0livro Principios Normas v1

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  • CONSELHO REGIONALDE CONTABILIDADE DORIO GRANDE DO SUL

    Volume 1

    Princpios de Contabilidade e Normas Brasileirasde Contabilidade

    PRINCPIOS DE CONTABILIDADENBCs NBCs T 10 NBC T 15 NBCs T 16

  • CSEH REGIA DE

    CTABIIDADE

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    PRINCPIOS

    DE CONTABILIDADE

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    NORMAS BRASILEIRAS

    DE CONTABILIDADE

    VUE 1

    PRICPIS DE CTABIIDADE

    BCs BCs T 10 BC T 15

    BCs T 16 BCs PG

    Prt Aegre

    Atuaiad at ar de 2014

  • EDITOR: CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Rua Baronesa do Gravata, 471 90160-070 Porto Alegre-RS Fone/fax (51) 3254-9400 E-mail: [email protected] Internet: http://www.crcrs.org.br

    Coordenao-geral: Contador ANTNIO PALCIOS Presidente do CRCRS

    Coordenao da edio: Mrcia Bohrer Ibaez

    edio revista e atualizada at maro de 2014

  • PREFCIO

    Colega:

    O Programa de Fiscalizao Preventiva Educao Continua-da do CRCRS tem o objetivo de fiscalizar por meio da atualizao e do aprimoramento dos profissionais da Contabilidade do Rio Grande do Sul.

    Esta ao tambm alcanada mediante a edio de livros, com abordagens tanto tcnicas quanto da legislao profissional con-tbil e das normas vigentes.

    Assim, afinados com essa diretiva, estamos, pois, mais uma vez pondo disposio da Classe Contbil esta publicao, que con-tm os Princpios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Conta-bilidade atualizados at maro de 2014.

    Porto Alegre, 31 de maro de 2014.

    Contador ANTNIO PALCIOS Presidente

  • 5

    SUMRIO

    CRIAO DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E DOS CONSELHOS REGIONAIS ........... 9

    Constituio e Finalidades .................................................................. 9 Estrutura do CRCRS ......................................................................... 11 rgos do CRCRS (Deliberao Coletiva e Singulares) .................. 13

    PRINCPIOS DE CONTABILIDADE ......................................... 15

    Resoluo CFC n 750, de 29-12-93. Dispe sobre os Princpios de Contabilidade (PC) ............................................... 17

    Resoluo CFC n 1.111, de 29-11-07. Aprova o Apndice II da Resoluo CFC n 750-93, sobre os Princpios de Contabili-dade ............................................................................................. 23

    CONVERGNCIA AOS PADRES INTERNACIONAIS

    Resoluo CFC n 1.055, de 07-11-05. Cria o Comit de Pronun- ciamentos Contbeis (CPC), e d outras providncias ............... 30

    Resoluo CFC n 1.103, de 28-09-07. Cria o Comit Gestor da Convergncia no Brasil, e d outras providncias ..................... 38

    NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE ................... 41

    Resoluo CFC n 1.328, de 18-03-11. Dispe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade .................................. 43

    Resoluo CFC n 1.329, de 18-03-11. Altera a sigla e a numera-o de normas, interpretaes e comunicados tcnicos .............. 48

    Resoluo CFC n 1.269, de 10-12-09. Aplicao antecipada das Normas Brasileiras de Contabilidade ......................................... 51

    Resoluo CFC n 1.281, de 16-04-10. Altera a data de aplicao das NBC Ts e ITs aprovadas pelas Resolues CFC que espe-cifica ............................................................................................ 53

  • 6

    Resoluo CFC n 1.319, de 09-12-10. Faculta a elaborao e a divulgao das demonstraes contbeis comparativas no exerccio de 2010 ......................................................................... 54 Resoluo CFC n 1.324, de 18-03-11. Altera a data de apli-

    cao de itens das NBC Ts 19.33 e 19.41, que tratam da apresentao do capital social das sociedades cooperativas ....... 56

    Resoluo CFC n 920, de 19-12-01. Aprova, da NBC T 10 Dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diversas, o item: NBC T 10.8 Entidades Cooperativas ........................... 58 Resoluo CFC n 1.013, de 19-11-04. Aprova a NBC T 10.8 IT 01 Entidades Cooperativas ............................................... 66 Resoluo CFC n 944, de 30-08-02. Aprova da NBC T 10 Dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diversas, o item: NBC T 10.21 Entidades Cooperativas Operadoras de Planos de Assistncia Sade ..................................................... 74 Resoluo CFC n 958, de 14-03-03. Aprova a NBC T 10.21 IT 01 Regulamentao do item 10.21.1.4 .............................. 82 Resoluo CFC n 959, de 14-03-03. Aprova a NBC T 10.21 IT 02 Regulamentao do item 10.21.4 Demonstrao de Sobras e Perdas ...................................................................... 87 Resoluo CFC n 1.003, de 19-08-04. Aprova a NBC T 15 Informaes de Natureza Social e Ambiental ............................. 93 Resoluo CFC n 1.128, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.1 Conceituao. Objeto e Campo de Aplicao ........................... 100 Resoluo CFC n 1.129, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.2 Patrimnio e Sistemas Contbeis .............................................. 105 Resoluo CFC n 1.130, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.3 Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contbil ...... 110 Resoluo CFC n 1.131, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.4 Transaes no Setor Pblico ..................................................... 113 Resoluo CFC n 1.132, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.5 Registro Mercantil ..................................................................... 116 Resoluo CFC n 1.133, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.6 Demonstraes Contbeis ......................................................... 123

  • 7

    Resoluo CFC n 1.134, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.7 Consolidao das Demonstraes Contbeis ........................... 131 Resoluo CFC n 1.135, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.8 Controle Interno ........................................................................ 134 Resoluo CFC n 1.136, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.9 Depreciao, Amortizao e Exausto ..................................... 138 Resoluo CFC n 1.137, de 21-11-08. Aprova a NBC T 16.10 Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Pblico ........................................................................ 143 Resoluo CFC n 1.366, de 25-11-11. Aprova a NBC T 16.11 Subsistema de Informao de Custos do Setor Pblico ............ 152

    NORMAS PROFISSIONAIS GERAIS ...................................... 165

    Norma Brasileira de Contabilidade. NBC PG 100, de 24-01-2014. Dispe sobre a NBC PG 100 Aplicao Geral aos Profissio-nais da Contabilidade ............................................................... 167

    Norma Brasileira de Contabilidade. NBC PG 200, de 24-01-2014. Dispe sobre a NBC PG 200 Contadores que Prestam Servi-os (Contadores Externos) ........................................................ 180

    Norma Brasileira de Contabilidade. NBC PG 300, de 24-01-2014. Dispe sobre a NBC PG 300 Contadores Empregados (Con-tadores Internos) ....................................................................... 202

  • 9

    CRIAO DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E DOS CONSELHOS REGIONAIS

    CONSTITUIO E FINALIDADES

    O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais, atualmente existentes em 27 Estados da Federao, so entidades de fiscalizao do exerccio profissional, criadas por meio do Decreto- -Lei n 9.295, de 27 de maio de 1946.

    Cada um desses rgos constitudo de dois teros (2/3) de Con-tadores e um tero (1/3) de Tcnicos em Contabilidade, denominados Conselheiros, e que so escolhidos da seguinte forma:

    a) no Conselho Federal, mediante votao secreta e pessoal de um Colgio Eleitoral, integrado por um representante de cada CRC;

    b) nos Conselhos Regionais, mediante voto secreto, pessoal, dire-to e obrigatrio de todos os Contadores e Tcnicos em Contabilidade com registro em vigor e em situao regular para o exerccio da pro-fisso contbil.

    A durao do mandato dos Conselheiros de 04 (quatro) anos e a renovao feita de dois em dois, em eleies que ocorrem sempre nos anos de final mpar.

    Os Conselhos Regionais de Contabilidade, hierarquicamente su-bordinados ao Conselho Federal de Contabilidade, tm como finalida-des precpuas: fiscalizar o exerccio da profisso contbil e de efetuar o registro dos profissionais da Contabilidade e das empresas de servi-os contbeis.

    Sua fora de ao se concentra no profissional que executa ou explora atividades contbeis, bem como na empresa por ele integrada, no sentido de mant-lo dentro dos padres legais, tcnicos e ticos estatudos como inerentes sua atividade; portanto, a natureza dos Regionais de Contabilidade de fiscalizao da profisso contbil.

  • 10

    De acordo com o Regimento Interno, compete ao CRCRS, entre outras atribuies:

    - fiscalizar, pelos rgos prprios, o exerccio da profisso de contabilista, impedindo e punindo as infraes, cumprindo-lhe exami-nar livros e documentos de terceiros quando necessrio instruo processual e representar s autoridades competentes sobre os fatos que apurar e cuja soluo no sejam de sua alada;

    - processar, conceder, organizar, manter, baixar, revigorar, e can-celar os registros de contador, tcnico em contabilidade e organizao contbil; assim como conceder e expedir o certificado de registro ca-dastral;

    - examinar e julgar as reclamaes e representaes escritas, so-bre os servios de registro e infraes dos dispositivos legais, relativos ao exerccio da profisso de contabilista;

    - eleger os membros do Conselho Diretor e dos demais rgos de Deliberao Coletiva, e singulares, exceto a Ouvidoria, cujo titular ser nomeado pela Presidncia, bem como o representante no Colgio Elei-toral de que trata o artigo 11 do Regulamento Geral dos Conselhos;

    - aprovar o oramento anual do CRCRS e respectivas modifica-es, submetendo-os homologao do CFC;

    - elaborar e aprovar resolues sobre assuntos de seu peculiar in-teresse, submetendo-as homologao do CFC quando a matria dis-ciplinada tiver implicao ou reflexos no mbito federal;

    - adotar e promover, dentro do mbito de sua competncia e ju-risdio, todas as medidas necessrias realizao de suas finalidades;

    - cooperar com os rgos do Governo do Estado no estudo e so-luo dos problemas referentes profisso de contabilista, encami-nhando ao CFC os assuntos da alada Federal;

    - deliberar sobre as decises das Cmaras; - julgar relatrio, contas e demonstraes contbeis apresentadas

    pelo Presidente, aps parecer da Cmara de Controle Interno, antes de envi-las ao Conselho Federal de Contabilidade;

  • 11

    - julgar infraes e aplicar penalidades previstas no Regulamento de Procedimentos Processuais dos Conselhos de Contabilidade e em outros atos normativos baixados pelo CFC;

    - incentivar e contribuir para o aprimoramento tcnico, cientfico e cultural dos profissionais da Contabilidade e da sociedade em geral.

    ESTRUTURA DO CRCRS

    O Regimento Interno do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, aprovado pela Resoluo CRCRS n 412-03, ho-mologada pela Deliberao CFC n 202-03, de 19-09-03, com as alte-raes posteriormente aprovadas, o que define a estrutura e o fun-cionamento do CRCRS.

    O Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul tem sua sede na Rua Baronesa do Gravata, 471, Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, cuja rea territorial delimita sua jurisdio.

    O Plenrio composto de 27 (vinte e sete) Conselheiros efetivos e igual nmero de suplentes, observada a proporo de 2/3 (dois ter-os) de Contadores e 1/3 (um tero) de Tcnicos em Contabilidade.

    O CRCRS constitudo de rgos de deliberao coletiva e de rgos singulares, cujos componentes so eleitos pelos prprios Con-selheiros do Regional.

    I rgos de deliberao coletiva: Plenrio; Conselho Diretor; Cmara de Controle Interno; Primeira Cmara de tica e Disciplina; Segunda Cmara de tica e Disciplina; Terceira Cmara de tica e Disciplina; Cmara de Fiscalizao; Cmara de Recursos de tica e Disciplina; Cmara de Recursos de Fiscalizao;

  • 12

    Cmara de Registro; Cmara de Desenvolvimento Profissional.

    II rgos singulares: Presidncia; Vice-Presidncia de Gesto; Vice-Presidncia de Fiscalizao; Vice-Presidncia de Registro; Vice-Presidncia de Controle Interno; Vice-Presidncia de Desenvolvimento Profissional; Vice-Presidncia Tcnica; Vice-Presidncia de Relaes com os Profissionais; Vice-Presidncia de Relaes Institucionais.

    III Ouvidoria.

    IV Conselho Consultivo

    Cada um dos rgos nominados tem as suas atribuies especfi-cas, que se encontram descritas no Regimento Interno.

    Nenhum Conselheiro, nem mesmo o Presidente do CRCRS, per-cebe pagamento a qualquer ttulo, tampouco cdula de presena (jetton), por comparecimento s sesses plenrias ou das Cmaras.

  • 13

    CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RS RGOS DO CRCRS

    (DELIBERAO COLETIVA E SINGULARES)

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  • PRICPIS

    DE CTABIIDADE

  • 17

    RESOLUO CFC n 750(1) de 29 de dezembro de 1993

    Dispe sobre os Princpios de Contabili-dade (PC).(2)

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais.

    CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentao a-propriada para interpretao e aplicao das Normas Brasileiras de Contabilidade,(2)

    RESOLVE:

    CAPTULO I DOS PRINCPIOS E DE SUA OBSERVNCIA

    Art. 1 Constituem PRINCPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resoluo.(2)

    1 A observncia dos Princpios de Contabilidade obrigatria no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).(2)

    2 Na aplicao dos Princpios de Contabilidade h situaes concretas, a essncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspec-tos formais.(2)

    CAPTULO II DA CONCEITUAO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAO

    Art. 2 Os Princpios de Contabilidade representam a essncia das doutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos cientfico e profissional

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    de nosso Pas. Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social, cujo objeto o Patrimnio das Entidades.(2)

    Art. 3 So Princpios de Contabilidade:(2) I o da ENTIDADE; II o da CONTINUIDADE; III o da OPORTUNIDADE; IV o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; V Revogado. (2) VI o da COMPETNCIA e VII o da PRUDNCIA.

    Seo I O PRINCPIO DA ENTIDADE

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a neces-sidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natu-reza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequncia, nesta acepo, o patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patri-mnios autnomos no resulta em nova ENTIDADE, mas numa uni-dade de natureza econmico-contbil.

    Seo II O PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a apre-sentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta cir-cunstncia.(2)

  • 19

    Seo III O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    Art. 6 O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais para produ-zir informaes ntegras e tempestivas.(2)

    Pargrafo nico. A falta de integridade e tempestividade na pro-duo e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a perda de sua relevncia, por isso necessrio ponderar a relao entre a oportunidade e a confiabilidade da informao.(2)

    Seo IV O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Art. 7 O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transaes, expressos em moeda nacio-nal.(2)

    1 As seguintes bases de mensurao devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes for-mas: (2)

    I Custo histrico. Os ativos so registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que so entregues para adquiri-los na data da aqui-sio. Os passivos so registrados pelos valores dos recursos que fo-ram recebidos em troca da obrigao ou, em algumas circunstncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais sero neces-srios para liquidar o passivo no curso normal das operaes; e(2)

    II Variao do custo histrico. Uma vez integrado ao patrim-nio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaes decorrentes dos seguintes fatores: (2)

    a) Custo corrente. Os ativos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no perodo das demonstraes contbeis. Os passivos so reconhecidos pelos

  • 20

    valores em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que seri-am necessrios para liquidar a obrigao na data ou no perodo das demonstraes contbeis; (2)

    b) Valor realizvel. Os ativos so mantidos pelos valores em cai-xa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das operaes da Entidade; (2)

    c) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal das operaes da Entidade; (2)

    d) Valor justo. o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos; e(2)

    e) Atualizao monetria. Os efeitos da alterao do poder aquisi-tivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros cont-beis mediante o ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais. (2)

    2 So resultantes da adoo da atualizao monetria: (2)

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; (2)

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente cor-retos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequncia, o do Patrimnio Lquido; e(2)

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas to somente o ajustamento dos valores originais para determinada

  • 21

    data, mediante a aplicao de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda nacional em um da-do perodo. (2)

    Seo V(2)

    Art. 8 Revogado. (2)

    Seo VI O PRINCPIO DA COMPETNCIA

    Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.(2)

    Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a simul-taneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas.(2)

    Seo VII O PRINCPIO DA PRUDNCIA

    Art. 10. O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patri- mnio lquido.

    Pargrafo nico. O Princpio da Prudncia pressupe o emprego de certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas em certas condies de incerteza, no sentido de que ativos e receitas no sejam superestimados e que passivos e despesas no sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais.(2)

    Art. 11. A inobservncia dos Princpios de Contabilidade consti-tui infrao s alneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei n 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicvel, ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista. (2)

  • 22

    Art. 12. Revogada a Resoluo CFC n 530-81, esta Resoluo entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 1994.

    Braslia, 29 de dezembro de 1993.

    Ivan Carlos Gatti Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 31-12-93 e de 07-02-94. (2) Alterada pela Resoluo CFC n 1.282-09, publicada no DOU de 02-06-2010.

  • 23

    RESOLUO CFC n 1.111 (1)(2) de 29 de novembro de 2007

    Aprova o Apndice II da Resoluo CFC n 750-93 sobre os Princpios de Contabili-dade. (3)

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO a convenincia de um maior esclarecimento sobre o contedo e abrangncia dos Princpios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Pblico, (3)

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar o Apndice II da Resoluo CFC n 750-93 sobre os Princpios de Contabilidade. (3)

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 29 de novembro de 2007.

    Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente

  • 24

    INTERPRETAO DOS PRINCPIOS DE CONTABILIDADE

    SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PBLICO(3)

    APNDICE II DA RESOLUO CFC n 750-93 SOBRE OS PRINCPIOS DE CONTABILIDADE(3)

    INTRODUO AO APNDICE

    O ponto de partida para qualquer rea do conhecimento humano deve ser sempre os princpios que a sustentam. Esses princpios espe-lham a ideologia de determinado sistema, seus postulados bsicos e seus fins. Vale dizer, os princpios so eleitos como fundamentos e qualificaes essenciais da ordem que institui.

    Os princpios possuem o condo de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, so considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema.

    Adicionalmente, as novas demandas sociais esto a exigir um no-vo padro de informaes geradas pela Contabilidade Pblica, e que seus demonstrativos item essencial das prestaes de contas dos gestores pblicos devem ser elaborados de modo a facilitar, por parte dos seus usurios e por toda a sociedade, a adequada interpreta-o dos fenmenos patrimoniais do setor pblico, o acompanhamento do processo oramentrio, a anlise dos resultados econmicos e o fluxo financeiro.

    1. INTERPRETAO DOS PRINCPIOS DE CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PBLICO

    1.1. O Princpio da Entidade

    1.1.1. O enunciado do Princpio da Entidade

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio co-mo objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a ne-cessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma

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    pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou a uma institui-o de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequncia, nesta acepo, o patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou a agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    Perspectivas do Setor Pblico

    O Princpio da Entidade se afirma, para o ente pblico, pela auto-nomia e responsabilizao do patrimnio a ele pertencente.

    A autonomia patrimonial tem origem na destinao social do pa-trimnio e a responsabilizao pela obrigatoriedade da prestao de contas pelos agentes pblicos.

    1.2. O Princpio da Continuidade

    1.2.1. O enunciado do Princpio da Continuidade

    Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a a-presentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta circunstncia. (3)

    Perspectivas do Setor Pblico

    No mbito da entidade pblica, a continuidade est vinculada ao estrito cumprimento da destinao social do seu patrimnio, ou seja, a continuidade da entidade se d enquanto perdurar sua finalidade.

    1.3. O Princpio da Oportunidade

    1.3.1. O enunciado do Princpio da Oportunidade

  • 26

    Art. 6 O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais para pro-duzir informaes ntegras e tempestivas.

    Pargrafo nico. A falta de integridade e tempestividade na pro-duo e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a per-da de sua relevncia, por isso necessrio ponderar a relao entre a oportunidade e a confiabilidade da informao. (3)

    Perspectivas do Setor Pblico

    O Princpio da Oportunidade base indispensvel integridade e fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensurao e evi-denciao da informao contbil, dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimnio da entidade pblica, observadas as Nor-mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico. (3)

    A integridade e a fidedignidade dizem respeito necessidade de as variaes serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrncia, visando ao completo atendimento da essncia sobre a forma.

    1.4. O Princpio do Registro pelo Valor Original

    1.4.1. O enunciado do Princpio do Registro pelo Valor Original

    Art. 7 O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transaes, expressos em moeda nacional. (3)

    1 As seguintes bases de mensurao devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: (3)

    I Custo histrico. Os ativos so registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que so entregues para adquiri-los na data da aquisio. Os passivos so registrados pelos valores dos recursos que foram rece-bidos em troca da obrigao ou, em algumas circunstncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais sero necessrios para liquidar o passivo no curso normal das operaes; e(3)

    II Variao do custo histrico. Uma vez integrado ao patrim-nio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaes decorrentes dos seguintes fatores: (3)

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    a) Custo corrente. Os ativos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no perodo das demonstraes contbeis. Os passivos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que seri-am necessrios para liquidar a obrigao na data ou no perodo das demonstraes contbeis; (3)

    b) Valor realizvel. Os ativos so mantidos pelos valores em cai-xa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das operaes da Entidade; (3)

    c) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal das operaes da Entidade; (3)

    d) Valor Justo. o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos; e(3)

    e) Atualizao monetria. Os efeitos da alterao do poder aqui-sitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros con-tbeis mediante o ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais. (3)

    2 So resultantes da adoo da atualizao monetria: (3) I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor,

    no representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; (3) II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores

    das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente cor-retos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequncia, o do Patrimnio Lquido; e(3)

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas to somente o ajustamento dos valores originais para determina-da data, mediante a aplicao de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado perodo. (3)

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    Perspectivas do Setor Pblico

    Nos registros dos atos e fatos contbeis ser considerado o valor original dos componentes patrimoniais.

    Valor Original, que ao longo do tempo no se confunde com o custo histrico, corresponde ao valor resultante de consensos de mensurao com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada a exemplo de custo histrico, custo histrico corrigido e custo corrente; ou valores de sada a exemplo de valor de liquidao, valor de realizao, valor presente do fluxo de benefcio do ativo e valor justo.

    1.5. O Princpio da Atualizao Monetria (Revogado) (3)

    1.6. O Princpio da Competncia

    1.6.1. O enunciado do Princpio da Competncia

    Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.(3)

    Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a simul-taneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas. (3)

    Perspectivas do Setor Pblico

    O Princpio da Competncia aplica-se integralmente ao Setor P-blico. (3)

    1.7. O Princpio da Prudncia

    1.7.1. O enunciado do Princpio da Prudncia

    Art. 10 O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patri-mnio lquido.

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    Pargrafo nico. O Princpio da Prudncia pressupe o emprego de certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas em certas condies de incerteza, no sentido de que ativos e receitas no sejam superestimados e que passivos e despesas no sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais. (3)

    Perspectivas do Setor Pblico

    As estimativas de valores que afetam o patrimnio devem refletir a aplicao de procedimentos de mensurao que prefiram montantes, menores para ativos, entre alternativas igualmente vlidas, e valores maiores para passivos.

    A prudncia deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo j escriturado por determinados valores, segundo os Prin-cpios do Valor Original, surgirem possibilidades de novas mensura-es. (3)

    A aplicao do Princpio da Prudncia no deve levar a excessos ou a situaes classificveis como manipulao do resultado, oculta-o de passivos, super ou subavaliao de ativos. Pelo contrrio, em consonncia com os Princpios Constitucionais da Administrao P-blica, deve constituir garantia de inexistncia de valores fictcios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

    (1) Publicada no DOU, de 05-12-2007. (2) A Resoluo CFC n 1.111-07 aplicvel naquilo que no contraria a Resoluo CFC n 750-93. (3) Redao dada pela Resoluo CFC n 1.367-11, publicada no DOU de 29-11-2011.

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    RESOLUO CFC n 1.055 (1) de 07 de outubro de 2005

    Cria o Comit de Pronunciamentos Con-tbeis (CPC), e d outras providncias.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que a crescente importncia da internaciona-lizao das normas contbeis vem levando inmeros pases a cami-nhar para um processo de convergncia que tenha como consequncia:

    a) a reduo de riscos nos investimentos internacionais (quer os sob a forma de emprstimo financeiro quer os sob a forma de partici-pao societria), bem como os crditos de natureza comercial, redu-o de riscos essa derivada de um melhor entendimento das demons-traes contbeis elaboradas pelos diversos pases por parte dos inves-tidores, financiadores e fornecedores de crdito;

    b) a maior facilidade de comunicao internacional no mundo dos negcios com o uso de uma linguagem contbil bem mais homognea;

    c) a reduo do custo do capital que deriva dessa harmonizao, o que no caso de interesse, particularmente, vital para o Brasil;

    CONSIDERANDO que a importncia crescente da Contabilidade levou tendncia mundial de se contar, no processo de emisso de pronunciamentos contbeis, com a participao no s dos Contadores preparadores das informaes dessa natureza e dos seus Auditores Independentes, mas tambm com a dos usurios dessas informaes, como os profissionais de investimentos e rgos reguladores, dos que fiscalizam esse processo e dos que pesquisam e estudam, academica-mente, a Cincia Contbil;

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    CONSIDERANDO que a confiabilidade nas Demonstraes Contbeis por toda a sociedade interessada torna-se maior quando uma entidade for responsvel pelo preparo e pela emisso e divulga-o das regras que as regem;

    CONSIDERANDO que a tendncia da grande maioria dos pases desenvolvidos e dos pases de economia mais relevantes em desenvol-vimento a da adoo dessa entidade nica com a participao de todos esses interessado na informao contbil, inclusive sendo esse o modelo adotado pelos rgos internacionais de maior relevncia no mundo de hoje, como o IASB International Accounting Standards Board;

    CONSIDERANDO que, no Brasil, diversas entidades representa-tivas desses segmentos de preparadores de informaes contbeis, seus auditores, profissionais de investimentos, usurios, fiscalizadores e pesquisadores j vm trabalhando juntos nesse processo de maneira ainda no totalmente sistematizada e unificada, mas com a acumula-o de experincia suficiente para formalizar agora a definitiva im-plantao de um comit que as rena e possa, de maneira central, ela-borar pronunciamentos tcnicos contbeis ;

    CONSIDERANDO que algumas dessas entidades, de natureza regulatria governamental, vem demonstrando seu interesse em se beneficiar do processo de elaborao desses pronunciamentos, para posterior deliberao em suas reas de competncia, bem como vem incentivando a criao desse comit aglutinador dos diversos interes-sados;

    CONSIDERANDO o papel que o Conselho Federal de Contabi-lidade vem desempenhando nesse processo h muitos anos, sua expe-rincia nesse campo e sua estrutura; e

    CONSIDERANDO a confiana nele depositada por essas referi-das entidades na criao e na manuteno de um comit autnomo, democrtico e independente e que dever representar, de maneira mais ampla, os pensamentos e os interesses da coletividade em relao s normas contbeis;

    RESOLVE:

  • 32

    CAPTULO I DA CRIAO E DA COMPOSIO

    Art. 1 Fica criado o COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS (CPC).

    Art. 2 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ser composto pelas seguintes entidades:

    a) ABRASCA Associao Brasileira das Companhias Abertas; b) APIMEC NACIONAL Associao dos Analistas e Profis-

    sionais de Investimento do Mercado de Capitais; c) BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e

    Futuros;(3) d) CFC Conselho Federal de Contabilidade; e) IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; f) FIPECAFI Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atua-

    rias e Financeiras.

    Pargrafo nico. Por aprovao de 3/4 (trs quartos) das entida-des representadas no Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), outras entidades ou instituies vinculadas a contadores, auditores, analistas de investimentos ou de Demonstraes Contbeis, relaciona-das ao mercado financeiro, em geral, ou ao mercado de capitais, em particular, bem como representantes de universidades que possuam cursos de Contabilidade, reconhecidos como de alta qualidade ou ins-titutos de pesquisas na rea contbil vinculado a universidades que mantenham tais cursos, podero vir a ser convidadas a integrar o Co-mit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), assim como podero ser excludas do CPC, observada a manuteno de equilbrio entre os setores nele representados.

    CAPTULO II DO OBJETIVO

    Art. 3 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) tem por objetivo o estudo, o preparo e a emisso de Pronunciamentos Tc-nicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgao de infor-maes dessa natureza, para permitir a emisso de normas pela enti-dade reguladora brasileira, visando centralizao e uniformizao do

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    seu processo de produo, levando sempre em conta a convergncia da Contabilidade Brasileira aos padres internacionais.

    Art. 4 atribuio do Comit de Pronunciamentos Contbeis - (CPC) estudar, pesquisar, discutir, elaborar e deliberar sobre o conte-do e a redao de Pronunciamentos Tcnicos.

    1 O Comit de Pronunciamentos Contbeis - (CPC) poder emitir Orientaes e Interpretaes, alm dos Pronunciamentos Tcni-cos, sendo que todos podero ser consubstanciados em Norma Brasi-leira de Contabilidade pelo CFC e em atos normativos pelos rgos reguladores brasileiros, visando dirimir dvidas quanto implementa-o desses Pronunciamentos Tcnicos.

    2 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) dar am-pla divulgao dos documentos que produzir, tanto na etapa de audi-ncia quanto da emisso dos mesmos.

    3 A aprovao dos Pronunciamentos Tcnicos, das Orienta-es e de suas Interpretaes dar-se-, em conformidade com o regu-lamento interno, mas sempre por, no mnimo, 2/3(dois teros) dos seus membros.

    4 Definir suas diretrizes de atuao, sempre em consonncia com suas finalidades.

    Art. 5 Para o cumprimento de seus objetivos, o Comit de Pro-nunciamentos Contbeis (CPC) poder realizar quaisquer atividades que com eles sejam compatveis e necessrias, entre as quais:

    a) desenvolver e implementar aes educativas, tais como, cur-sos, simpsios, seminrios, congressos, conferncias, palestras ou quaisquer outros eventos;

    b) realizar pesquisas; c) manter servio de divulgao e de distribuio de informaes,

    dados, trabalhos, estudos tcnicos e documentos relacionados com os seus objetivos;

    d) colaborar ou participar de programas governamentais ou de-senvolvidos por instituies privadas ou da sociedade civil que afetem ou sejam afins sua rea de atuao, podendo, para tanto, participar

  • 34

    e/ou aceitar assentos em comits, comisses, cmaras, fruns, redes e outros;

    e) subsidiar o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nas suas necessidades de firmar convnios, contratos, acordos ou recor-rer a quaisquer outras formas de colaborao ou cooperao com pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, nacionais ou es-trangeiras, incluindo governamentais, associaes de classe, orga-nismos internacionais, setores acadmicos, organizaes no go-vernamentais e demais instituies assemelhadas;

    f) realizar quais outras atividades ou praticar quaisquer outros a-tos necessrios ao cumprimento de seus objetivos.

    Art. 6 O Comit de Pronunciamentos Contbeis - (CPC) dever submeter audincia pblica as minutas dos Pronunciamentos Tcnicos.

    Pargrafo nico. No processo de audincia, o Comit de Pronun-ciamentos Contbeis (CPC) consultar outras entidades e/ou institu-ies, como: Secretaria da Receita Federal, agncias reguladoras, as-sociaes ou institutos profissionais, associaes ou federaes repre-sentativas da indstria, do comrcio, da agricultura, do setor financei-ro, da rea de servios, de investidores, instituies de ensino e/ou de pesquisa de Contabilidade e outras que tenham interesse direto nas questes definidas nos objetivos do Comit de Pronunciamentos Con-tbeis (CPC), devendo, para cada uma delas, haver uma correspon-dncia direta e individualizada.

    CAPTULO III DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO

    Art. 7 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ser formado, em sua maioria, por contadores, com registro ativo em Con-selho Regional de Contabilidade, todos de ilibada reputao e reco-nhecido conhecimento tcnico na rea contbil e de divulgao de informaes, eleitos a partir das indicaes feitas pelas entidades refe-ridas no art. 2.

    1 As pessoas fsicas, com a representao delegada pelas enti-dades referidas no art. 2 tero autonomia em todas as suas delibera-es e votaes.

  • 35

    2 Cada entidade indicar 2(dois) membros efetivos para com-por o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC).

    3 O mandato dos membros do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ser de 4 (quatro) anos, permitindo-se recondu-es, encerrando-se com a assinatura do termo de posse do sucessor formalmente indicado pela correspondente entidade.

    4 Na primeira indicao de cada entidade, um dos membros te-r mandato de 2 (dois) anos.

    5 As reunies do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) instalar-se-o com a presena de um nmero superior a 50% (cinquenta por cento) dos seus membros.

    Art. 8 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) eleger, dentre seus membros, 4 (quatro) Coordenadores, a saber: Coordenador de Operaes, Coordenador de Relaes Institucionais, Coordenador de Relaes Internacionais e Coordenador Tcnico, e respectivos Vi-ce-Coordenadores, com mandatos de 2 (dois) anos, permitindo-se reeleies, fixando-lhes a competncia em Regimento Interno.(2)

    Art. 9. Os membros do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) desempenharo suas funes e atribuies sem remunerao.

    Art. 9 A. A extino ou a perda do mandato dos membros do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ocorrer: (3)

    a) em caso de renncia; (3) b) por supervenincia de causa de que resulte inabilitao para

    o exerccio da representao, mesmo que temporria; (3) c) por ausncia, no ano, a trs reunies ordinrias consecutivas

    ou a cinco intercaladas, exceto quando estiver representando oficial-mente o CPC na mesma data; (3)

    d) em caso de substituio da representao delegada pelas en-tidades que compem o CPC; (3)

    e) por falecimento. (3) 1 Em caso de vacncia, a entidade-membro indicar formal-

    mente o sucessor, a fim de manter a composio de 2 (dois) membros efetivos por entidade-membro, o qual completar o mandato do mem-bro que deu a vaga. (3)

  • 36

    2 O sucessor completar o mandato do membro do CPC em que se deu a vacncia. (3)

    Art. 10. O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), em conformidade com o Regimento Interno, poder nomear Grupos de Trabalho para auxili-lo no desempenho de suas atribuies.

    CAPTULO IV DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

    Art. 11. Ao Conselho Federal de Contabilidade competir: a) convidar e firmar com as instituies referidas no art. 2; b) fornecer estrutura fsica, biblioteca, recursos humanos, tecnolgi-

    cos e outros para o pleno atendimento dos objetivos da presente Resolu-o que criou o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC);

    c) dar ampla divulgao das minutas dos Pronunciamentos Tc-nicos, das suas Interpretaes e das Orientaes emanadas do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC);

    d) viabilizar a promoo de audincias pblicas para discusso das minutas de matria tcnica acima referidas;

    e) firmar convnios visando adoo dos atos do Comit de Pro-nunciamentos Contbeis (CPC) pelas instituies interessadas na matria tcnica;

    f) manter os contatos necessrios para questionar, quando aplic-vel, as razes pelas quais uma entidade no aderiu e no aprovou ou aprovou os procedimentos tcnicos recomendados pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC);

    g) firmar convnios, contratos, acordos ou recorrer a quaisquer outras formas de colaborao ou cooperao para o atendimento ao disposto na presente Resoluo;

    h) proceder a divulgao, inclusive por via eletrnica, dos atos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e editar, no mnimo a cada seis meses, material de divulgao de tais atos;

    i) firmar convnios com os rgos reguladores contbeis brasilei-ros para que estes implementem, em suas respectivas reas de abran-gncia, os Pronunciamentos Tcnicos, as Orientaes e as Interpreta-es emitidos pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e/ou as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo CFC, de-les derivadas; e

  • 37

    j) fomentar a divulgao dos atos e decises do Comit de Pro-nunciamentos Contbeis (CPC) nas instituies de ensino contbil no Brasil.

    CAPTULO V DO PRAZO DE DURAO

    Art. 12. A durao do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) por prazo indeterminado.

    Art. 13. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 7 de outubro de 2005.

    Jos Martonio Alves Coelho Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 24-10-05. (2) Redao dada pela Resoluo CFC n 1.075, de 28-07-06 DOU de 02-08-06. (3) Redao dada pela Resoluo CFC n 1.339, de 15-05-11 DOU de 18-04-11.

  • 38

    RESOLUO CFC n 1.103(1) de 28 de setembro de 2007

    Cria o Comit Gestor da Convergncia no Brasil, e d outras providncias.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO o crescente impacto da globalizao para a economia do Brasil, onde empresas brasileiras concorrem por neg-cios e pela captao de recursos financeiros internacionais na forma de capital e financiamento com empresas de segmentos similares locali-zadas em todo o mundo;

    CONSIDERANDO que esse impacto, se conduzido de forma po-sitiva, propicia o desenvolvimento sustentvel s economias dos pa-ses, que vem sendo apoiado no mundo pela internacionalizao das normas de contabilidade e de auditoria;

    CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade junto com outras entidades interessadas tem a possibilidade de contri-buir de forma decisiva para esse desenvolvimento sustentvel atravs da reforma contbil e de auditoria que resulte numa maior transparn-cia das informaes financeiras utilizadas pelo mercado, bem como no aprimoramento das prticas profissionais;

    CONSIDERANDO o papel e a responsabilidade do Conselho Federal de Contabilidade em promover as aes que garantam uma maior valorizao da classe profissional;

  • 39

    CONSIDERANDO a crescente e irreversvel internacionalizao das normas contbeis, que vem levando diversos pases ao processo de convergncia.

    CONSIDERANDO as aes j iniciadas para o processo de con-vergncia com a criao do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e a necessidade de estender o escopo dessa convergncia s outras reas, notadamente auditoria, (2)

    RESOLVE:

    CAPTULO I DA CRIAO E DA COMPOSIO

    Art. 1 Fica criado o Comit Gestor da Convergncia no Brasil.

    Art. 2 O Comit ser composto pelas seguintes entidades: a) CFC Conselho Federal de Contabilidade; b) IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; c) CVM Comisso de Valores Mobilirios; d) BACEN Banco Central do Brasil.

    Pargrafo nico. Por aprovao da maioria absoluta das entidades representadas no Comit, outras entidades ou instituies interessadas na rea de contabilidade e auditoria, podero vir a ser convidadas a integrar o Comit, observada a manuteno de equilbrio entre os seto-res nele representados.

    CAPTULO II (2) DO OBJETIVO E ATRIBUIES

    Art. 3 O Comit tem por objetivo contribuir para o desenvolvi-mento sustentvel do Brasil por meio da reforma contbil e de audito-ria que resulte numa maior transparncia das informaes financeiras utilizadas pelo mercado, bem como no aprimoramento das prticas profissionais, levando-se sempre em conta a convergncia da Contabi-lidade Brasileira aos padres internacionais.

    Art. 4 So atribuies do Comit: a) Identificar e monitorar as aes a serem implantadas para via-

    bilizar a convergncia das normas contbeis e de auditoria, a partir das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) editadas pelo CFC e dos Pronunciamentos de Contabilidade e Auditoria editados pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e IBRACON Instituto dos

  • 40

    Auditores Independentes do Brasil, respectivamente, bem como de assuntos regulatrios no Brasil, com vistas ao seu alinhamento s Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB, s Nor-mas Internacionais de Auditoria e Assegurao emitidas pela IFAC e s melhores prticas internacionais em matria regulatria.(2)

    b) Realizar os trabalhos visando convergncia contbil at 2010 e a de auditoria a partir daquelas correspondentes ao exerccio a ser iniciado em 1 de janeiro de 2009.

    c) Definir suas diretrizes de atuao, por regulamento prprio, sempre em consonncia com suas finalidades.

    d) Acompanhar a agenda do CPC, com o objetivo de alinhar as aes do processo de convergncia s necessidades do mercado brasi-leiro. (2)

    CAPTULO III DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO

    Art. 5 O Comit ser formado, em sua maioria, por contadores, com registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade, eleitos a partir das indicaes feitas pelas entidades referidas no art. 2.

    1 (Revogado) (2)

    2 Cada entidade indicar 2 (dois) membros, sendo 1 efetivo e 1 suplente, para compor o Comit, podendo ser substitudos a critrio de cada entidade.

    3 As reunies do Comit instalar-se-o com a presena de no mnimo 50% (cinquenta por cento) dos seus membros.

    Art. 6. Os membros do Comit desempenharo suas funes e atribuies sem remunerao.

    Art. 7. O Comit poder nomear Grupos de Trabalho para auxi-li-lo no desempenho de suas atribuies e objetivos.

    Art. 8. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 28 de setembro de 2007.

    Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 05-10-07. (2) Alteraes introduzidas pela Resoluo CFC n 1.105, DOU, de 19-10-2007.

  • RAS BRASIEIRAS

    DE CTABIIDADE

  • 42

  • 43

    RESOLUO CFC n 1.328(1) de 18 de maro de 2011

    Dispe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alnea f do art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295-46, alterado pela Lei n. 12.249-10,

    CONSIDERANDO o processo de convergncia das Normas Bra-sileiras de Contabilidade aos padres internacionais;

    CONSIDERANDO que a tcnica legislativa utilizada no desen-volvimento das Normas Brasileiras de Contabilidade, quando compa-rada com a linguagem utilizada nas normas internacionais, pode signi-ficar, ou sugerir, a eventual adoo de diferentes procedimentos tcni-cos no Brasil;

    CONSIDERANDO que os organismos internacionais da profis-so, responsveis pela edio das normas internacionais, esto atuali-zando e editando novas normas, de forma continuada;

    CONSIDERANDO a necessidade de redefinio e reviso da a-tual estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, de forma que ela se apresente alinhada e convergente aos padres internacionais,

    RESOLVE:

    Art. 1 As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos

  • 44

    padres de elaborao e estilo utilizados nas normas internacionais e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretaes Tcni-cas e os Comunicados Tcnicos.

    Art. 2 As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e Tcnicas.

    Pargrafo nico. As Normas Brasileiras de Contabilidade, sejam elas Profissionais ou Tcnicas, estabelecem preceitos de conduta pro-fissional e padres e procedimentos tcnicos necessrios para o ade-quado exerccio profissional.

    Art. 3 As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se estruturam conforme segue:

    I Geral NBC PG so as Normas Brasileiras de Contabili-dade aplicadas indistintamente a todos os profissionais de Contabili-dade;

    II do Auditor Independente NBC PA so as Normas Bra-sileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes;

    III do Auditor Interno NBC PI so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos;

    IV do Perito NBC PP so as Normas Brasileiras de Conta-bilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como peritos contbeis.

    Art. 4 As Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnicas se es-truturam conforme segue:

    I Geral NBC TG so as Normas Brasileiras de Contabili-dade convergentes com as normas internacionais emitidas pelo Inter-national Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasilei-ras de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalen-tes internacionais;

  • 45

    II do Setor Pblico NBC TSP so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico, emiti-das pela International Federation of Accountants (IFAC); e as Nor-mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais;

    III de Auditoria Independente de Informao Contbil His-trica NBC TA so as Normas Brasileiras de Contabilidade apli-cadas Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Au-ditoria Independente emitidas pela IFAC;

    IV de Reviso de Informao Contbil Histrica NBC TR so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas Reviso convergentes com as Normas Internacionais de Reviso emitidas pela IFAC;

    V de Assegurao de Informao No Histrica NBC TO so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas Assegurao convergentes com as Normas Internacionais de Assegurao emitidas pela IFAC;

    VI de Servio Correlato NBC TSC so as Normas Brasi-leiras de Contabilidade aplicadas aos Servios Correlatos convergen-tes com as Normas Internacionais para Servios Correlatos emitidas pela IFAC;

    VII de Auditoria Interna NBC TI so as Normas Brasilei-ras de Contabilidade aplicveis aos trabalhos de Auditoria Interna;

    VIII de Percia NBC TP so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicveis aos trabalhos de Percia;

    IX de Auditoria Governamental NBC TAG so as Nor-mas Brasileiras de Contabilidade aplicadas Auditoria Governamen-tal convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Gover-namental emitidas pela Organizao Internacional de Entidades Fisca-lizadoras Superiores (INTOSAI).

  • 46

    Pargrafo nico. As normas de que trata o inciso I do caput so segregadas em:

    a) Normas completas que compreendem as normas editadas pelo CFC a partir dos documentos emitidos pelo CPC que esto convergen-tes com as normas do IASB, numeradas de 00 a 999;

    b) Normas simplificadas para PMEs que compreendem a nor-ma de PME editada pelo CFC a partir do documento emitido pelo IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre o assunto, numerados de 1000 a 1999;

    c) Normas especficas que compreendem as ITs e os CTs edita-dos pelo CFC sobre entidades, atividades e assuntos especficos, nu-merados de 2000 a 2999.

    Art. 5 A Interpretao Tcnica tem por objetivo esclarecer a a-plicao das Normas Brasileiras de Contabilidade, definindo regras e procedimentos a serem aplicados em situaes, transaes ou ativida-des especficas, sem alterar a substncia dessas normas.

    Art. 6 O Comunicado Tcnico tem por objetivo esclarecer as-suntos de natureza contbil, com a definio de procedimentos a se-rem observados, considerando os interesses da profisso e as deman-das da sociedade.

    Art. 7 As Normas so identificadas conforme segue:

    I a Norma Brasileira de Contabilidade identificada pela sigla NBC, seguida das letras conforme disposto nos arts. 3 e 4, numera-o especfica em cada agrupamento, seguido de hfen e denominao. Por exemplo: NBC PA 290 Denominao; NBC TG 01 Deno-minao;

    II a Interpretao Tcnica identificada pela sigla IT, seguida da letra ou letras e numerao do grupo a que pertence conforme dis-posto nos arts. 3 e 4, seguida de hfen e denominao. Por exemplo: ITG 01 Denominao; ITSP 01 Denominao;

  • 47

    III o Comunicado Tcnico identificado pela sigla CT, seguida da letra ou letras e numerao do grupo a que pertence conforme dis-posto nos arts. 3 e 4, seguido de hfen e denominao. Por exemplo: CTG 01 Denominao; CTSP 01 Denominao;

    IV as Normas, Interpretaes e Comunicados alterados devem ser identificados pela letra R de reviso, seguida do nmero da revi-so realizada. (2)

    Art. 8 As Normas Brasileiras de Contabilidade, com exceo dos Comunicados Tcnicos, devem ser submetidas audincia pblica com durao mnima de 30 (trinta) dias.

    Art. 9 A inobservncia s Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infrao disciplinar sujeita s penalidades previstas nas al-neas de c a g do art. 27 do Decreto-Lei n. 9.295-46, alterado pela Lei n. 12.249-10, e ao Cdigo de tica Profissional do Contador.

    Art. 10. As Normas Brasileiras de Contabilidade, tanto as Pro-fissionais quanto as Tcnicas, editadas pelo Conselho Federal de Con-tabilidade continuaro vigendo com a identificao que foi definida nas Resolues CFC n. 751-93, n. 1.156-09 e n. 1.298-10 at serem alteradas ou revogadas mediante a emisso de novas normas em con-formidade com as disposies previstas nesta Resoluo.

    Art. 11. Fica revogada a Resoluo CFC n. 1.298-10, publicada no DOU, Seo 1, de 21-09-2010.

    Art. 12. Esta Norma entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 18 de maro de 2011.

    Juarez Domingues Carneiro Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 22-03-2011. (2) Redao dada pela Resoluo CFC n 1.443, publicada no DOU de 25-04-2013.

  • 48

    RESOLUO CFC n 1.329(1) de 18 de maro de 2011

    Altera a sigla e a numerao de normas, interpretaes e comunicados tcnicos.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alnea f do art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295-46, alterado pela Lei n. 12.249-10,

    CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade editou a Resoluo CFC n. 1.328-11 que altera a estrutura das Nor-mas Brasileiras de Contabilidade e adota novas siglas e numeraes para normas, interpretaes e comunicados tcnicos,

    RESOLVE:

    Art. 1 Alterar a sigla e a numerao das normas citadas abaixo, conforme segue:

    DE PARA NBC T 1 NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL NBC T 19.10 NBC TG 01 NBC T 7 NBC TG 02 NBC T 3.8 NBC TG 03 NBC T 19.8 NBC TG 04 NBC T 17 NBC TG 05 NBC T 10.2 NBC TG 06 NBC T 19.4 NBC TG 07 NBC T 19.14 NBC TG 08 NBC T 3.7 NBC TG 09 NBC T 19.15 NBC TG 10 NBC T 19.16 NBC TG 11 NBC T 19.17 NBC TG 12

  • 49

    NBC T 19.18 NBC TG 13 NBC T 19.23 NBC TG 15 NBC T 19.20 NBC TG 16 NBC T 19.21 NBC TG 17 NBC T 19.37 NBC TG 18 NBC T 19.38 NBC TG 19 NBC T 19.22 NBC TG 20 NBC T 19.24 NBC TG 21 NBC T 19.25 NBC TG 22 NBC T 19.11 NBC TG 23 NBC T 19.12 NBC TG 24 NBC T 19.7 NBC TG 25 NBC T 19.27 NBC TG 26 NBC T 19.1 NBC TG 27 NBC T 19.26 NBC TG 28 NBC T 19.29 NBC TG 29 NBC T 19.30 NBC TG 30 NBC T 19.28 NBC TG 31 NBC T 19.2 NBC TG 32 NBC T 19.31 NBC TG 33 NBC T 19.35 NBC TG 35 NBC T 19.36 NBC TG 36 NBC T 19.39 NBC TG 37 NBC T 19.32 NBC TG 38 NBC T 19.33 NBC TG 39 NBC T 19.34 NBC TG 40 NBC T 19.42 NBC TG 41 NBC T 19.40 NBC TG 43 NBC T 19.41 NBC TG 1000 IT 08 ITG 01 IT 13 ITG 02 IT 03 ITG 03 IT 06 ITG 06 IT 07 ITG 07 IT 01 ITG 08 IT 09 ITG 09 IT 10 ITG 10 IT 11 ITG 11 IT 12 ITG 12 IT 14 ITG 13

  • 50

    IT 15 ITG 15 IT 16 ITG 16 NBC TE 11 ITG 2001 NBC T 10.23 CTG 01 CT 03 CTG 02 IT 02 CTG 03 CT 05 CTG 04 CT 06 CTG 05 CT 01 CTG 2000 CT 04 CTG 2001 CT 02 CTA 01 CT 07 CTA 02 CT 08 CTA 03 CT 09 CTA 04 NBC P 3 NBC PI 01 NBC T 12 NBC TI 01 NBC TA 01 NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL NBC PA 03 NBC PA 11 NBC PA 4 NBC PA 12 NBC PA 5 NBC PA 13

    Art. 2 As citaes de sigla e de numerao em texto de normas em vigor editadas pelo CFC, ora alteradas, so substitudas pela nova denominao da norma, interpretao ou comunicado tcnico. Essas normas sero substitudas no stio do CFC pelas verses atualizadas das normas objeto desta Resoluo.

    Art. 3 Em funo da alterao da denominao da Norma NBC TE 11 para Interpretao ITG 2001, da Norma NBC T 10.23 para Comunicado CTG 01 e de Interpretao IT 02 para Comunicado CTG 03, esses normativos devem tambm ser ajustados nos respectivos textos no que for pertinente.

    Art. 4 Esta Resoluo entra em vigor na data da sua publicao.

    Braslia, 18 de maro de 2011.

    Juarez Domingues Carneiro Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 22-03-2011.

  • 51

    RESOLUO CFC n 1.269(1) de 10 de dezembro de 2009

    Dispe sobre a aplicao antecipada das Normas Brasileiras de Contabilidade con-vergidas, editadas em 2009, com vigncia a partir de 1. de janeiro de 2010.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, membro do Comit de Pronuncia-mentos Contbeis (CPC), criado pela Resoluo CFC n. 1.055-05;

    CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Tcnicos, Interpretaes e Orientaes so-bre procedimentos de contabilidade e divulgar informaes dessa na-tureza, visando permitir a emisso de normas uniformes pelas entida-des-membro, levando sempre em considerao o processo de conver-gncia s normas internacionais;

    CONSIDERANDO que a aplicao das normas compulsria para a apresentao das demonstraes contbeis de exerccios sociais a iniciar-se a partir de 1 de janeiro de 2010;

    CONSIDERANDO que, consoante o processo de convergncia das normas internas s normas internacionais, a adoo antecipada de uma norma, interpretao ou comunicado tcnico convergido somente poder ser feita se a adoo antecipada for estendida totalidade des-ses normativos,

  • 52

    RESOLVE:

    Art. 1. A adoo antecipada das Normas Brasileiras de Contabi-lidade convergidas, editadas em 2009, somente poder ser exercida se aplicada a todas as normas, com vigncia a partir de 1. janeiro de 2010.

    Art. 2. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 10 de dezembro de 2009.

    Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 18-12-2009.

  • 53

    RESOLUO CFC n 1.281(1) de 16 de abril de 2010

    Altera a data de aplicao das NBC Ts e ITs aprovadas pelas Resolues CFC que especifica.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) emitiu a maioria dos pronunciamentos e interpretaes no lti-mo quadrimestre de 2009 e, consequentemente, que a transformao desses pronunciamentos e interpretaes em NBC Ts e ITs pelo Con-selho Federal de Contabilidade se deu ao final do ano de 2009;

    CONSIDERANDO que os profissionais de Contabilidade neces-sitam de mais tempo para estudar e ter uma interpretao adequada das referidas NBC Ts e ITs para permitir a correta aplicao;

    CONSIDERANDO que a data da adoo obrigatria da aplicao dos Pronunciamentos Tcnicos e Interpretaes emanados do CPC durante o ano de 2009 foi prorrogada, por alguns rgos reguladores, para dezembro de 2010,

    RESOLVE:

    Art. 1 A aplicao das NBC Ts e ITs aprovadas pelas Resolues CFC n.os 1.170 a 1.172, 1.174 a 1.180, 1.184 a 1.189, 1.193, 1.195 a 1.198, 1.239 a 1.242, 1.254 e 1.256 a 1.266, todas de 2009, passa a ser obrigatria a partir de dezembro de 2010, observando, no caso de adoo antecipada, o disposto no art. 1 da Resoluo CFC n. 1.269-09.

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, revogando-se a Resoluo CFC n. 1.278-10, publicada no DOU, Se-o I, de 9-4-10.

    Braslia, 16 de abril de 2010.

    Juarez Domingues Carneiro Presidente

    (1) Publicada no DOU, de 28-04-2010.

  • 54

    RESOLUO CFC n 1.319(1) de 9 de dezembro de 2010

    Faculta a elaborao e a divulgao de ajustes retrospectivos das demonstraes contbeis comparativas no exerccio de 2010.(2)

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alnea f do art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295-46, alterado pela Lei n. 12.249-10,

    CONSIDERANDO que a NBC TG 1000 Contabilidade para Pequenas e Mdias Empresas exige a divulgao de informaes de forma comparada com as do perodo anterior para todos os valores apresentados nas demonstraes contbeis do exerccio corrente;

    CONSIDERANDO que essa exigncia pode representar um de-sembolso de recursos incompatvel ao benefcio que dele possa advir;

    CONSIDERANDO que essas informaes comparativas passaro a estar disponveis a partir do exerccio social iniciado em 2010 em funo da aplicao da NBC TG 1000,

    RESOLVE:

    Art. 1 Facultar, para o exerccio de 2010, a elaborao e a divul-gao de ajustes retrospectivos com base na NBC TG 1000, das de-monstraes contbeis de exerccios anteriores para fins de compara-o com as demonstraes contbeis do exerccio de 2010, na forma prevista no item 3.14 da NBC TG 1000, mantendo-se a obrigatorieda-

  • 55

    de da divulgao comparada com os valores das demonstraes con-tbeis de 2009.(2)

    Pargrafo nico. A faculdade prevista no caput deste artigo no poder ser exercida pelas entidades obrigadas a essa divulgao em decorrncia de legislao de rgo regulador especfico.

    Art. 2 As entidades que exercerem a faculdade prevista no art. 1 devem mencionar este fato nas notas explicativas s demonstraes contbeis.

    Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data da sua publicao.

    Braslia, 9 de dezembro de 2010.

    Juarez Domingues Carneiro Presidente

    (1) Publicada no DOU de 21-12-2010. (2) Retificao publicada no DOU, de 19-01-2011.

  • 56

    RESOLUO CFC n 1.324(1) de 18 de fevereiro de 2011

    Altera a data da aplicao de itens das NBC Ts 19.33 e 19.41 que tratam da apre-sentao do capital social das sociedades cooperativas.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alnea f do art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295-46, alterado pela Lei n. 12.249-10,

    CONSIDERANDO que, no processo de convergncia das Nor-mas Brasileiras de Contabilidade aos padres internacionais, o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) aprovou em novembro de 2010 a Interpretao Tcnica ICPC 14 Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos Similares que ainda no foi aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC);

    CONSIDERANDO que foi criado no mbito do CPC um Grupo de Trabalho para elaborar documento de orientao tcnica para a correta aplicao da referida interpretao no ambiente brasileiro;

    CONSIDERANDO que os profissionais de contabilidade que prestam servios s sociedades cooperativas, bem como o corpo dire-tivo dessas entidades necessitam das orientaes tcnicas a serem emanadas do documento a ser elaborado pelo Grupo de Trabalho, para a correta interpretao e aplicao das normas convergidas, dada a singularidade e especificidade do ambiente cooperativista brasileiro,

    RESOLVE:

    Art. 1 Os itens 16A, 16B, 16C e 16D da NBC TG 39 Instru-mentos Financeiros: Apresentao e o item 22.6 da NBC TG 1000

  • 57

    Contabilidade para Pequenas e Mdias Empresas, no que se refere classificao contbil das quotas-partes dos associados nas sociedades cooperativas brasileiras, sero de adoo obrigatria a partir de 1 de janeiro de 2016, facultada a sua aplicao antecipada. (2)

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, retroagindo seus efeitos a 31 de dezembro de 2010.

    Braslia, 18 de fevereiro de 2011.

    Juarez Domingues Carneiro Presidente

    (1) Publicado no DOU, de 22-02-2011. (2) O novo prazo para a adoo obrigatria de que trata o art. 1 foi alterado pela Resoluo CFC n 1.365, publicada no DOU de 29-11-2011.

  • 58

    RESOLUO CFC n 920(1) de 19 de dezembro de 2001

    Aprova, da NBC T 10 Dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diver-sas, o item: NBC T 10.8 Entidades Coo-perativas.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretaes Tcnicas constituem corpo de doutrina contbil que estabelece regras de procedimentos tcnicos a serem observadas quando da realizao de trabalhos;

    CONSIDERANDO que a forma adotada de fazer uso de traba-lhos de instituies com as quais o Conselho Federal de Contabilidade mantm relaes regulares e oficiais est de acordo com as diretrizes constantes dessas relaes;

    CONSIDERANDO o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Tra-balho das Normas Brasileiras de Contabilidade, institudo pela Porta-ria CFC n 10-01, bem como o intenso auxlio desempenhado pelos profissionais que o compem representando, alm desta Entidade, o Banco Central do Brasil, a Comisso de Valores Mobilirios, o Ins-tituto Brasileiro de Contadores, o Instituto Nacional de Seguro Social, o Ministrio da Educao, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria Federal de Controle e a Supe-rintendncia de Seguros Privados;

  • 59

    CONSIDERANDO que o Grupo de Trabalho das Normas Brasi-leiras de Contabilidade elaborou o item 10.8 Entidades Cooperativas da NBC T 10 Dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diversas;

    CONSIDERANDO a deciso da Cmara Tcnica no Relatrio n 58, de 28 de novembro de 2001;

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.8 Entidades Cooperativas.

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor a partir da data de sua pu-blicao.

    Braslia, 19 de dezembro de 2001.

    Jos Serafim Abrantes Presidente

  • 60

    NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 10 DOS ASPECTOS CONTBEIS ESPECFICOS EM

    ENTIDADES DIVERSAS

    10.8 ENTIDADES COOPERATIVAS

    10.8.1 Disposies Gerais

    10.8.1.1 Esta norma estabelece critrios e procedimentos espe-cficos de avaliao, de registro das variaes patrimoniais e de estru-tura das demonstraes contbeis, e as informaes mnimas a serem includas em notas explicativas para as Entidades Cooperativas, ex-ceto s que operam Plano Privado de Assistncia Sade conforme definido em Lei.

    10.8.1.2 Entidades Cooperativas so aquelas que exercem as a-tividades na forma de lei especfica, por meio de atos cooperativos, que se traduzem na prestao de servios diretos aos seus associados, sem objetivo de lucro, para obterem em comum melhores resultados para cada um deles em particular. Identificam-se de acordo com o objeto ou pela natureza das atividades desenvolvidas por elas, ou por seus associados.

    10.8.1.3 Aplicam-se s Entidades Cooperativas os Princpios Fundamentais de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabili-dade, especialmente a NBC T 2 e a NBC T 4, com as alteraes tra-tadas nos itens 10.8.5.1, 10.8.6.1 e 10.8.7.1, bem como todas as suas Interpretaes e os Comunicados Tcnicos editados pelo Conselho Federal de Contabilidade.

    10.8.1.4 A movimentao econmico-financeira decorrente do ato cooperativo, na forma disposta no estatuto social, definida con-tabilmente como ingressos e dispndios (conforme definido em lei). Aquela originada do ato no cooperativo definida como receitas, custos e despesas.

    10.8.1.4.1 As receitas e os ganhos, assim definidos no item 3.3.2.1, a, da NBC T 3.3, bem como as demais rendas e rendimentos, nesta norma ficam denominados de ingressos.

  • 61

    10.8.1.4.2 Os custos dos produtos ou mercadorias fornecidos (vendidos) e dos servios prestados, as despesas, os encargos e as perdas, pagos ou incorridos, assim definidos no item 3.3.2.1, b, da NBC T 3.3, ficam denominados dispndios.

    10.8.1.5 O exerccio social das Entidades Cooperativas fixado em seus estatutos sociais.

    10.8.1.6 O capital social das Entidades Cooperativas formado por quotas-partes, que devem ser registradas de forma individualizada por se tratar de sociedade de pessoas, segregando o capital subscrito e o capital a integralizar, podendo, para tanto, ser utilizados registros auxiliares.

    10.8.1.7 Nas Entidades Cooperativas, a conta Capital Social movimentada por:

    a) livre adeso do associado, quando de sua admisso, pelo valor das quotas-partes fixado no estatuto social;

    b) pela subscrio de novas quotas-partes, pela reteno estatu-tria sobre a produo ou servio, pela capitalizao de sobras e pela incorporao de reservas, exceto as indivisveis previstas em lei e aquelas do item 10.8.2.12 desta norma;

    c) retirada do associado, por demisso, eliminao ou excluso.

    10.8.1.8 As sobras do exerccio, aps as destinaes legais e es-tatutrias, devem ser postas disposio da Assembleia Geral para deliberao e, da mesma forma, as perdas lquidas, quando a reserva legal insuficiente para sua cobertura, sero rateadas entre os asso-ciados da forma estabelecida no estatuto social, no devendo haver saldo pendente ou acumulado de exerccio anterior.

    10.8.1.9 As Entidades Cooperativas devem distribuir as sobras lquidas aos seus associados de acordo com a produo de bens ou ser-vios por eles entregues, em funo do volume de fornecimento de bens de consumo e insumos, dentro do exerccio social, salvo delibe-rao em contrrio da Assembleia Geral.

    10.8.1.10 A responsabilidade do associado, para fins de rateio dos dispndios, perdura para os demitidos, eliminados ou excludos, at quando aprovadas as contas do exerccio social em que se deu o

  • 62

    desligamento. Em caso de sobras ou perdas, aplicam-se as mesmas condies.

    10.8.1.11 Os elementos do patrimnio das Entidades Coopera-tivas sero atualizados monetariamente na forma prevista na Reso-luo CFC n. 900, de 22 de maro de 2001, e legislaes posteriores.

    10.8.1.12 Os fundos previstos na legislao ou nos estatutos so-ciais, nesta norma, so denominados Reservas.

    10.8.2 Do Registro Contbil

    10.8.2.1 A escriturao contbil obrigatria.

    10.8.2.2 Os investimentos em Entidades Cooperativas de qual-quer grau devem ser avaliados pelo custo de aquisio.

    10.8.2.3 Os investimentos em Entidades no Cooperativas de-vem ser avaliados na forma estabelecida pela NBC T 4.

    10.8.2.4 O resultado decorrente de investimento relevante em En-tidades no Cooperativas deve ser demonstrado em conta especfica.

    10.8.2.5 O resultado decorrente de recursos aplicados para com-plementar as atividades da Entidade Cooperativa deve ser apropriado contabilmente por atividade ou negcio a que estiver relacionado.

    10.8.2.6 O resultado lquido decorrente do ato no cooperativo, quando positivo, deve ser destinado para a Reserva de Assistncia Tcnica, Educacional e Social, no podendo ser objeto de rateio entre os associados. Quando negativo, deve ser levado Reserva Legal e, se insuficiente sua cobertura, ser rateado entre os associados.

    10.8.2.7 As perdas apuradas no exerccio no cobertas pela Re-serva Legal sero rateadas entre os associados, conforme disposies estatutrias e legais, e registradas individualmente em contas do Ati-vo, aps deliberao da Assembleia Geral.

  • 63

    10.8.2.7.1 Enquanto no houver deliberao da Assembleia Geral pela reposio das perdas apuradas, estas devem ser debitadas no Patri-mnio Lquido na conta de Perdas No Cobertas pelos Cooperados.(2)

    10.8.2.8 Os dispndios de Assistncia Tcnica Educacional e Social sero registradas em contas de resultados e podero ser absor-vidas pela Reserva de Assistncia Tcnica, Educacional e Social em cada perodo de apurao.(2)

    10.8.2.9 Os ajustes de exerccios anteriores devem ser apresen-tados como conta destacada no Patrimnio Lquido, que ser subme-tida deliberao da Assembleia Geral.

    10.8.2.10 As provises e as contingncias sero registradas em conta de resultado e, em contrapartida, no Passivo.

    10.8.2.11 As provises constitudas por Entidades Cooperativas especficas, destinadas a garantir ativos ou riscos de operaes, deve-ro ser registradas em conta de Passivo.

    10.8.2.12 As Reservas de Incentivos Fiscais e Reavaliao so consideradas indivisveis.

    10.8.3 Do Balano Patrimonial

    10.8.3.1 O Balano Patrimonial das Entidades Cooperativas de-ve evidenciar os componentes patrimoniais, de modo a possibilitar aos seus usurios a adequada interpretao das suas posies patrimonial e financeira, comparativamente com o exerccio anterior.

    10.8.3.2 A conta Capital, item 3.2.2.12, I, da NBC T 3.2, ser denominada Capital Social.

    10.8.3.3 A conta Lucros ou Prejuzos Acumulados, item 3.2.2.12, III, da NBC T 3.2, ser denominada Sobras ou Perdas Disposio da Assembleia Geral.

    10.8.4 Da Demonstrao de Sobras ou Perdas

    10.8.4.1 A denominao da Demonstrao do Resultado da NBC T 3.3 alterada para Demonstrao de Sobras ou Perdas, a qual deve evidenciar, separadamente, a composio do resultado de deter-minado perodo, considerando os ingressos diminudos dos dispn-

  • 64

    dios do ato cooperativo, e das receitas, custos e despesas do ato no cooperativo, demonstrados segregadamente por produtos, servios e atividades desenvolvidas pela Entidade Cooperativa.

    10.8.5 Da Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido

    10.8.5.1 Na elaborao desta demonstrao, sero observadas as disposies da NBC T 3.5 e a terminologia prpria aplicvel s Entidades Cooperativas, dispensada a elaborao da Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados NBC T 3.4.

    10.8.6 Da Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos

    10.8.6.1 Na elaborao desta demonstrao sero observadas as disposies da NBC T 3.6 e a terminologia prpria aplicvel s Enti-dades Cooperativas.

    10.8.7 Da Divulgao das Demonstraes Contbeis

    10.8.7.1 A divulgao das demonstraes contbeis deve obe-decer NBC T 6 Da Divulgao das Demonstraes Contbeis.

    10.8.7.2 As demonstraes contbeis devem ser complemen-tadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informaes:

    a) contexto operacional da Entidade Cooperativa; b) as principais atividades desenvolvidas pela Entidade Coopera-

    tiva; c) forma de apresentao das demonstraes contbeis; d) principais prticas contbeis adotadas; e) apresentao analtica dos principais grupos de contas, quando

    no apresentados no balano patrimonial; f) investimentos relevantes, contendo o nome da entidade investi-

    da, nmero e tipo de aes/quotas, percentual de participao no capi-tal, valor do Patrimnio Lquido, data-base da avaliao, resultado apurado por ela no exerccio, proviso para perdas sobre os investi-mentos e, quando da existncia de gio e/ou desgio, valor envolvido, fundamento e critrio de amortizao;

  • 65

    g) saldos (ativos e passivos) e transaes (receitas e despesas) com partes relacionadas que no sejam associados, com desdobra-mento conforme a natureza das operaes;

    h) composio do imobilizado e diferido, valores respectivos das depreciaes, amortizaes e exaustes acumuladas, taxas adotadas e montantes do perodo;

    i) composio dos tipos de emprstimos, financiamentos, mon-tantes a vencer a longo prazo, taxas, garantias e principais clusulas contratuais restritivas;

    j) contingncias existentes, com especificao de sua natureza, estimativa de valores e situao quanto ao seu possvel desfecho;

    k) composio da conta Capital Social, com nmero de associa-dos existentes na data do encerramento do exerccio e valor da quota- -parte;

    l) discriminao das reservas, detalhamento suas natureza e fina-lidade;

    m) mudanas de critrios e prticas contbeis que interfiram na avaliao do patrimnio da Entidade Cooperativa, destacando seus efeitos;

    n) composio, forma e prazo de realizao das perdas regis-tradas no Ativo (item 10.8.2.7); e

    o) eventos subsequentes.

    (1) Publicada no DOU, de 09-01-02. (2) Retificao publicada no DOU, de 18-02-05.

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    RESOLUO CFC n 1.013(1) de 19 de novembro de 2004

    Aprova a NBC T 10.8 IT 01 Entida- des Cooperativas.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerc-cio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretaes Tcnicas constituem corpo de doutrina contbil que estabelece regras de procedimentos tcnicos a serem observadas quando da realizao de trabalhos;

    CONSIDERANDO que a forma adotada de fazer uso de traba-lhos de instituies com as quais o Conselho Federal de Contabilidade mantm relaes regulares e oficiais est de acordo com as diretrizes constantes dessas relaes;

    CONSIDERANDO que o Grupo de Estudo para definir as Inter-pretaes Tcnicas da NBC T 10.8 Entidades Cooperativas e NBC T 10.9 Entidades Financeiras, no que diz respeito a Cooperativas de Crdito, institudo pelo Conselho Federal de Contabilidade, atendendo ao que est disposto no Art. 1 da Resoluo CFC n 751, de 29 de dezembro de 1993, elaborou a NBC T 10.8 IT 01 Entidades Coo-perativas.

    CONSIDERANDO que por se tratar de atribuio que, para o a-dequado desempenho, deve ser empreendida pelo Conselho Federal de Contabilidade em regime de franca, real e aberta cooperao com o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comisso de Valores Mobilirios (CVM), o IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Bra-

  • 67

    sil, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), o Ministrio da Edu-cao, a Secretaria Federal de Controle, a Secretaria da Receita Fe- deral, a Secretaria do Tesouro Nacional e a Superintendncia de Segu-ros Privados,

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar a NBC T 10.8 IT 01 Entidades Cooperativas.

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor a partir da data de sua pu-blicao.

    Braslia, 19 de novembro de 2004.

    Jos Martonio Alves Coelho Presidente

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    NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

    INTERPRETAO TCNICA NBC T 10.8 IT 01 ENTIDADES COOPERATIVAS

    Esta Interpretao Tcnica (IT) visa a esclarecer critrios e proce-dimentos especficos de avaliao, de registro das variaes patrimo-niais e de estrutura das Demonstraes Contbeis e de informaes mnimas a serem includas em notas explicativas, relativas NBC T 10.8 Entidades Cooperativas.

    ATOS COOPERATIVOS E NO COOPERATIVOS

    1. O item 10.8.1.4 e os seus subitens da NBC T 10.8 estabelecem:

    10.8.1.4. A movimentao econmico-financeira decorren-te do ato cooperativo, na forma disposta no estatuto social, de-finida contabilmente como ingressos e dispndios (conforme de-finido em lei). Aquela originada do ato no cooperativo defini-da como re-ceitas, custos e despesas.

    10.8.1.4.1. As receitas e os ganhos, assim definidos no item 3.3.2.1, a, da NBC T 3.3, bem como as demais rendas e ren-dimentos, nesta norma, ficam denominados de ingressos.

    10.8.1.4.2. Os custos dos produtos ou mercadorias forneci-dos (vendidos) e dos servios prestados, as despesas, os encargos e as perdas, pagos ou incorridos, assim definidos no item 3.3.2.1, b, da NBC T 3.3, ficam denominados dispndios.

    2. As movimentaes econmico-financeiras decorrentes das ati-vidades econmicas desenvolvidas pelas entidades cooperativas, em observncia a leis e regulamentaes especficas, bem como ao Prin-cpio da Competncia, compem, obrigatoriamente, a Demonstrao de Sobras ou Perdas e devem ter o seguinte tratamento contbil:

    a) aquelas decorrentes dos atos cooperativos, praticados na forma prevista no estatuto social, denominadas como receitas e despesas na NBC T 3.3 e legislao aplicvel, inclusive a emitida por rgos regu-ladores, so denominadas, respectivamente, como ingressos (re-ceitas incorridas, recebidas ou no, por conta de associados) e dis-pndios (despesas incorridas, pagas ou no, por conta de associados),

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    e resultam em sobras ou perdas apuradas na Demonstrao de Sobras ou Perdas; e

    b) aquelas decorrentes dos atos no cooperativos, praticados na forma disposta no estatuto social, denominam-se receitas, custos e despesas e devem ser registradas de forma segregada das decorrentes dos atos cooperativos, e resultam em lucros ou prejuzos apurados na Demonstrao de Sobras ou Perdas.

    APURAO E DESTINAO DOS RESULTADOS DOS ATOS COOPERATIVOS E NO COOPERATIVOS

    3. Os itens 10.8.1.8 e 10.8.1.9 da NBC T 10.8 estabelecem:

    10.8.1.8. As sobras do exerccio, aps as destinaes legais e estatutrias, devem ser postas disposio da Assembleia Geral para deliberao e, da mesma forma, as perdas lquidas, quando a reserva legal insuficiente para sua cobertura, sero rateadas entre os associados da forma estabelecida no estatuto social, no deven-do haver saldo pendente ou acumulado de exerccio anterior.

    10.8.1.9. As Entidades Cooperativas devem distribuir as so-bras lquidas aos seus associados de acordo com a produo de bens ou servios por eles entregues, em funo do volume de for-necimento de bens de consumo e insumos, dentro do exerccio social, salvo deliberao em contrrio da Assembleia Geral.

    4. O exerccio a que se referem os itens 10.8.1.8 e 10.8.1.9 a-quele definido no estatuto social e objeto de apreciao da Assembleia Geral.

    5. Os critrios de destinao e rateio de sobras ou de perdas l-quidas so aqueles definidos pelo estatuto social e deliberados em Assembleia Geral, respeitada a legislao pertinente.

    6. O item 10.8.2.6 da NBC T 10.8 estabelece:

    10.8.2.6. O resultado lquido decorrente do ato no cooperati-vo, quando positivo, deve ser destinado para a Reserva de Assistn-cia Tcnica, Educacional e Social, no podendo ser objeto de rateio entre os associados. Quando negativo, deve ser levado Reserva Le-gal e, se insuficiente sua cobertura, ser rateado entre os associados.

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    7. O resultado positivo tratado no item 10.8.2.6 antes da sua des-tinao final Reserva de Assistncia Tcnica, Educacional e Social transita pela conta Sobras ou Perdas Disposio da Assembleia Geral (item 10.8.3.3)

    8. O resultado negativo do exerccio (ato no cooperativo) deve ser levado Reserva Legal e, se insuficiente sua cobertura, pode ser deduzido das sobras aps as destinaes para reservas legais obrigat-rias (sobras lquidas). No entanto, se forem insuficientes essas com-pensaes, o saldo remanescente ser rateado entre associados.

    9. O item 10.8.2.7 e subitem 10.8.2.7.1 da NBC T 1