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5/18/2018 1-2CR-OsLivrosdeCrnicas-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/1-2-cr-os-livros-de-cronicas-563b8183d139e 1/14 Antigo Testamento II  Históricos e Poéticos 123 OS LIVROS DE CRÔNICAS A SUA POSIÇÃO NO CÂNON DO VELHO TESTAMENTO As versões portuguesas seguem a Septuaginta e a Vulgata, colocando Crônicas imediatamente a seguir a Reis, mas na Bíblia hebraica o livro, de Crônicas é o último do Velho Testamento, posição que já deveria ocupar no tempo de Cristo (ver nota a 2Cr 24.20 e seguintes). Em hebraico, trata-se de um único livro (embora nas Bíblias hebraicas impressas se tenha adotado a tradição cristã); a divisão em dois livros remonta à Septuaginta. TÍTULO E DATA Devemos o nome que damos a este livro, Crônicas, a uma sugestão de São Jerônimo. Constitui ele uma tradução aceitável do título hebraico dibhre hay-yamim, isto é, "os acontecimentos dos dias", ou "anais", mas não exprime com justeza o caráter ou finalidade deste livro (ver abaixo o parágrafo Finalidade). O próprio livro de Crônicas, no capítulo 2Cr 36.22, indica uma data terminal evidente, a saber, 537 A. C. Todavia, parece haver evidência conclusiva de que Crônicas e Esdras-Neemias constituíam originalmente um só livro, o que avançaria a data para depois de 430 A.C. A lista dos descendentes de Zorobabel (1Cr 3.19-24) até à sexta geração sugere uma data não anterior a 400-340 A. C., mas veja-se a nota referente a esta passagem. Em Ne 12.10 e seguintes, e Ne 12.22 e seguintes, a lista dos sumo-sacerdotes chega a Jadua, que viveu cerca de 332 A. C. Rudolph (Esra und Nohemia, 1949) afirma o que intrinsecamente é  bem possível que se trata de adições feitas por escribas e atribui ao livro a data de pouco depois de 400 A. C. Albright (J.B.L., 1921, págs. 104-124) chega à mesma data, partindo de  premissas diferentes. Seja como for, podem-se excluir, por improváveis, datas posteriores a 300 A.C. AUTOR  Os fatos que acabamos de apresentar, tornam muito difícil aceitar a atribuição judaica da autoria a Esdras, como o tornam, também, a descrição fragmentária da atividade dessa  personalidade histórica; mas parece que a tradição foi mal compreendida e que só se lhe atribuem as genealogias (#1Cr 1.9; ver Jewish Enc., ad loc.). Nesse caso, a opinião de Delitzsch, de que Esdras foi o compilador de grande parte do material utilizado pelo cronista, pode estar certa, ou, até, a de Welch (Schweich Lectures, 1939), de que a maior  parte do livro é anterior ao exílio. Em qualquer dos casos, continuamos a desconhecer o nome do cronista. TÍTULO Os dois livros atualmente conhecidos como 1 e 2 Crônicas eram originalmente um único documento nas Escrituras hebraicas. O título hebraico era diḇrê yyāmîm, que pode ser traduzido como ‘os eventos (ou fatos) dos dias (ou anos) (passados)’. A expressão hebraica é encontrada várias vezes em 1 e 2 Reis para descrever os anais ou registros da corte dos reis de Israel e Judá (e.g. 1 Rs 15.7,23; 22.46).

1-2 CR - Os Livros de Crônicas

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Introdução ao AT - H 2.

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  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 123

    OS LIVROS DE CRNICAS

    A SUA POSIO NO CNON DO VELHO TESTAMENTO

    As verses portuguesas seguem a Septuaginta e a Vulgata, colocando Crnicas

    imediatamente a seguir a Reis, mas na Bblia hebraica o livro, de Crnicas o ltimo do

    Velho Testamento, posio que j deveria ocupar no tempo de Cristo (ver nota a 2Cr 24.20

    e seguintes). Em hebraico, trata-se de um nico livro (embora nas Bblias hebraicas

    impressas se tenha adotado a tradio crist); a diviso em dois livros remonta

    Septuaginta.

    TTULO E DATA

    Devemos o nome que damos a este livro, Crnicas, a uma sugesto de So Jernimo.

    Constitui ele uma traduo aceitvel do ttulo hebraico dibhre hay-yamim, isto , "os

    acontecimentos dos dias", ou "anais", mas no exprime com justeza o carter ou finalidade

    deste livro (ver abaixo o pargrafo Finalidade).

    O prprio livro de Crnicas, no captulo 2Cr 36.22, indica uma data terminal

    evidente, a saber, 537 A. C. Todavia, parece haver evidncia conclusiva de que Crnicas e

    Esdras-Neemias constituam originalmente um s livro, o que avanaria a data para depois

    de 430 A.C. A lista dos descendentes de Zorobabel (1Cr 3.19-24) at sexta gerao sugere

    uma data no anterior a 400-340 A. C., mas veja-se a nota referente a esta passagem. Em Ne

    12.10 e seguintes, e Ne 12.22 e seguintes, a lista dos sumo-sacerdotes chega a Jadua, que

    viveu cerca de 332 A. C. Rudolph (Esra und Nohemia, 1949) afirma o que intrinsecamente

    bem possvel que se trata de adies feitas por escribas e atribui ao livro a data de pouco

    depois de 400 A. C. Albright (J.B.L., 1921, pgs. 104-124) chega mesma data, partindo de

    premissas diferentes. Seja como for, podem-se excluir, por improvveis, datas posteriores a

    300 A.C.

    AUTOR

    Os fatos que acabamos de apresentar, tornam muito difcil aceitar a atribuio judaica

    da autoria a Esdras, como o tornam, tambm, a descrio fragmentria da atividade dessa

    personalidade histrica; mas parece que a tradio foi mal compreendida e que s se lhe

    atribuem as genealogias (#1Cr 1.9; ver Jewish Enc., ad loc.). Nesse caso, a opinio de

    Delitzsch, de que Esdras foi o compilador de grande parte do material utilizado pelo

    cronista, pode estar certa, ou, at, a de Welch (Schweich Lectures, 1939), de que a maior

    parte do livro anterior ao exlio. Em qualquer dos casos, continuamos a desconhecer o

    nome do cronista.

    TTULO

    Os dois livros atualmente conhecidos como 1 e 2 Crnicas eram originalmente um

    nico documento nas Escrituras hebraicas. O ttulo hebraico era dir yymm, que pode ser traduzido como os eventos (ou fatos) dos dias (ou anos) (passados). A expresso hebraica encontrada vrias vezes em 1 e 2 Reis para descrever os anais ou registros da

    corte dos reis de Israel e Jud (e.g. 1 Rs 15.7,23; 22.46).

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 124

    Os tradutores da Septuaginta implicaram, com o nome que adotaram para essa obra,

    Paraleipomena - Paraleipomena, que Crnicas registrou coisas omitidas em Samuel e Reis, algo que apenas parcialmente verdade. O livro foi dividido em dois, pela primeira

    vez, pelos mesmos tradutores gregos.

    O ttulo em portugus derivado do ttulo em latim, dado por Jernimo, Chronicon

    totius divinae historiae, [Uma crnica do todo da histria sagrada]. O ttulo da Vulgata foi

    abreviado em verses modernas para Crnicas.

    DATA E AUTORIA

    Como a maioria da literatura histrica hebraica, Crnicas uma obra annima.

    Grande parte da tradio hebraica atribui a obra a Esdras, o levita e escriba do sculo 5

    (Baba Bathra 15a). Como o livro enfatiza o lugar da comunidade levtica dentro da nao e

    parece indicar a prioridade de Israel como uma comunidade adoradora que herdou as

    promessas feitas monarquia pr-exlica, Esdras parece ser o melhor candidato honra de

    ter escrito Crnicas. O fato de que o final de Crnicas encontrado praticamente em

    verbatim no pargrafo de abertura de Esdras sugere laos muito ntimos entre as duas obras,

    inclusive autoria comum.

    O livro certamente situa-se no perodo entre o decreto real para reconstruir o templo,

    emitido por Ciro em 539 a.C. (2 Cr 36.22, 23; cf. texto de Ciro em ANET, p. 316) e a

    reconstruo dos muros de Jerusalm, por Neemias em 445 a. C, visto que seria

    inconcebvel que um evento to significante fosse omitido em um livro em que a vitalidade

    da teocracia to fortemente enfatizada. Assim, parece que uma data por volta da metade do

    sculo 5 a.C. o perodo mais provvel para a composio de Crnicas. Isso leva em conta

    a referncia a apenas duas geraes, alm de Zorobabel em 3.17-21, no seis, como

    propem alguns estudiosos, que favorecem uma data no sculo 4 para o livro, (cf. R. K.

    Harrison, Introduction to the Old Testament [Introduo ao Antigo Testamento], p. 1154-5).

    CONTEXTO HISTRICO

    A comunidade israelita, no exlio, manteve por um tempo a crena teimosa de que

    Jerusalm logo estaria livre do jugo babilnio e de que os que estavam no cativeiro

    retornariam. Foi apenas depois do golpe definitivo em 586 a.C. que a realidade da ameaa

    de Jeremias, de um longo exlio, realmente se consolidou.

    Quando Joaquim, o rei exilado, foi solto da priso e recebeu um lugar de honra na

    corte de Evil-Merodaque [Amel-Marduque] (560 a.C., 37 anos depois de sua captura por

    Nabucodonozor; cf. 2 Rs 25.27-30), uma pequena fagulha de esperana acendeu-se entre os

    exilados judeus. Essa se transformou em fogo quando Ciro assinou seu decreto de libertao

    em 539 a.C., e um remanescente de cerca de cinquenta mil pessoas retornou sob a liderana

    de Sesbazar e Josu a fim de reconstruir o templo.

    Os primeiros esforos foram frustrados por oposio externa e falta interna de

    compromisso e f. O templo foi terminado 21 anos depois que seus alicerces foram lanados

    por Zorobabel (Ed 3.1-5), mas a condio espiritual da comunidade judaica deixava muito a

    desejar. Um clima de apatia parecia dominar o povo, o que levou ao desnimo e cinismo em

    relao a Yahweh e Seu programa para a nao (cf. Ml 1). Nesse contexto, o autor de

    Crnicas insere sua viso da histria de Israel e estabelece suas implicaes para a

    comunidade ps-exlica.

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 125

    FINALIDADE

    Uma crnica difere de uma histria por ser um registro de acontecimentos

    transitrios feito sem qualquer critrio seletivo quanto ao que se inclui ou ao que se omite.

    O "cronista" escreve obviamente histrias, pois h um princpio muito claro que ressalta

    tanto do que acrescenta a Samuel e a Reis como do que exclui. Os seus acrescentamentos

    referem-se principalmente ao templo e seus atos de culto e aos acontecimentos que

    exaltavam o aspecto religioso de estado sobre o civil; bvio que se preocupava sobretudo

    com Israel como comunidade religiosa. As suas omisses mostram que o seu interesse se

    concentrava no desenvolvimento de duas instituies divinas: o templo e a linhagem

    davdica de monarcas. Por isso, s se menciona a morte de Saul, omitindo-se o seu reinado,

    o pecado de Davi, a rebelio de Absalo, a tentativa de usurpao feita por Adonias. A

    histria do reino do norte, que se revoltou contra ambas estas instituies de Deus,

    mencionada s at ao ponto em que se relaciona com os destinos de Jud.

    por isso que se diz que o livro de Crnicas representa o ponto de vista sacerdotal,

    preocupando-se com a realizao do que Deus determinara e no, ao contrrio de Samuel e

    Reis, com o ponto de vista proftico, de como Deus tratou o Seu povo e Se revelou.

    No difcil descortinar os motivos que levaram feitura do livro de Crnicas. A

    comunidade posterior ao exlio tinha de compreender como surgira, que era uma verdadeira

    continuao do reino anterior ao exlio (o que explica na presena das genealogias), e qual o

    papel do dom de Deus-o templo e seus atos de culto-que lhe fora confiado. Da omisso de

    tantas cenas familiares de Samuel e Reis ressalta que, embora fossem poucos os que haviam

    regressado do exlio, Deus sempre eliminara da histria do Seu povo os elementos que

    contra Ele se revoltavam.

    Numa era em que cada vez mais forte a tendncia de pr de parte a antiga revelao

    de Deus nas Escrituras, o livro de Crnicas tem uma mensagem de encorajamento e

    advertncia para todos ns.

    FONTES

    evidente que a fonte principal do livro de Crnicas se encontra em Samuel e Reis.

    Alm disso, faz-se referncia a vrias outras fontes, vinte ao todo, a saber, 1Cr 5.17; 1Cr

    9.1; 1Cr 23.27; 1Cr 27.24; 1Cr 29.29; 2Cr 9.29; 2Cr 12.15; 2Cr 13.22; 2Cr 24.27; 2Cr

    26.22; 2Cr 27.7; 2Cr 33.19; 2Cr 35.25 etc. Embora no haja necessidade de pr em dvida a

    existncia destas fontes, no se segue que o cronista tenha necessariamente feito uso direto

    delas, pois pode ter-se servido de um ou mais documentos nelas baseados. Normalmente,

    segue muito de perto Samuel e Reis, embora, de quando em quando, no hesite em fazer

    alteraes; no h qualquer motivo para supor que no tenha seguido as suas outras fontes

    com igual proximidade, embora existam provas de que no hesitava em vazar a sua

    linguagem noutros moldes.

    VALOR HISTRICO

    evidente que, lido isoladamente, o livro de Crnicas daria uma perspectiva

    desequilibrada da histria israelita; mas no menos claro que o autor partia do princpio

    que os seus leitores estavam familiarizados com Samuel e Reis, pelo que a crtica baseada

    neste argumento destituda de validade. Mais difcil de explicar o grande nmero de

    discrepncias entre Crnicas, por um lado, e Samuel e Reis, por outro, algumas verdadeiras,

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 126

    outras imaginrias. Talvez seja por este motivo que o Talmude pe em dvida a sua

    exatido histrica, embora no a sua canonicidade.

    Em tempos modernos, duvidou-se da autenticidade de todos os passos ausentes de

    Samuel e Reis (foram, at, considerados invenes do cronista). Mas, nos poucos casos em

    que a arqueologia estava apta a dar a sua opinio, esta tendia a ser favorvel, e agora as

    crticas feitas pelos comentadores so normalmente muito mais cautelosas. No h motivo

    para duvidar da exatido essencial do cronista e suas fontes. Algumas das discrepncias

    podem ser devidas a corrupo textual na origem e em vrios pontos o texto de Crnicas foi

    deficientemente transmitido.

    Um dos principais problemas de Crnicas o dos nmeros que contm. Muitos

    destes so impossivelmente grandes, outros esto em desacordo com Samuel e Reis,

    enquanto que outros, ainda, so incompatveis com as descobertas da arqueologia. Todavia,

    outros algarismos h que no apoiam a hiptese geralmente aventada de que se trata pura e

    simplesmente de autnticos exageros, como, por exemplo, os trezentos carros de guerra em

    2Cr 14.9, por contraste com um milho de soldados de infantaria. A soluo mais evidente

    que se trata, sim, de corrupo textual, quer nas fontes, quer na transmisso do livro de

    Crnicas. O estudo das variantes encontradas nas genealogias mostrar at que ponto tal

    corrupo existiu. H, todavia, outro aspecto a considerar. A partir de mil, os nmeros eram

    usados no s como nmeros redondos mas tambm em sentido figurado. Assim, em vrios

    dos casos mencionados no comentrio, pretendia-se talvez exprimir apenas um nmero

    grande, ou muito grande.

    TEMAS TEOLGICOS

    O autor de Crnicas escreveu com a segunda gerao da comunidade ps-exlica em

    mente. Ao ligar, por meio das genealogias, sua verso da histria de Israel histria

    primitiva, ele tenta fornecer uma viso abrangente do plano de Deus para Seu povo baseada

    em quatro parmetros, a saber, o desenrolar da aliana deuteronmica (com nfase na

    retribuio), o desenrolar da aliana davdica (com nfase na graa), a crucialidade da

    revelao legal e proftica de Deus e a continuidade da teocracia por meio da adorao no

    templo.

    O desdobramento da aliana deuteronmica

    Os fracassos de Israel (ou Jud) em cumprir a fidelidade exigida pela aliana

    mosaica, conforme expressado em Deuteronmio, um tema freqente em Crnicas, o qual

    muitas vezes associado a punies similares s prescritas em Deuteronmio 28. Assim, o

    saque de Jerusalm por Sisaque (2 Cr 12.5s.) interpretado como uma retribuio direta

    pela infidelidade (12.1,2); a doena e morte de Joro, com a invaso de Jud, so atribudas

    interveno de Yahweh contra a prostituio religiosa do rei (2 Cr 21.12-20). Na histria, em 2 Cr 15.2-7; 16.7-9; 19.2,3; 24.20; 25.15,16; e 34.24-28, so encontradas outras

    ilustraes dessa perspectiva. O sucesso dos chamados bons reis tambm est ligado lei e obedincia a ela (2 Cr 14.2-7; 17.3-9; 24.6, 9; 30:15,16; e 34.19-21, 29-33).

    O desdobramento da aliana davdica

    A nfase em Davi e sua dinastia evidente pelo lugar preponderante que ocupam nas

    genealogias. O autor claramente pretendia demonstrar que a aliana registrada em 2 Samuel

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 127

    7, que ele cuidadosamente reproduz em 1 Crnicas 17, mantivera sua validade ao longo da

    histria da monarquia dividida, tanto no aspecto da bno quanto no disciplinar (Asa e

    Jeosaf so os dois reis que recebem tanto louvor quanto crtica do autor, assim ilustrando

    as duplas promessas de 2 Samuel), e, nesse ponto, dava a esperana de qual comunidade

    ps-exlica derivaria sua fora enquanto esperava pelo cumprimento total das bnos

    exemplificado nos reinados dos descendentes fiis de Davi.

    Esses reis (Salomo, Asa, Jeosaf, Ezequias e Josias) no so idealizados como

    perfeitos, mas so seletivamente apresentados como retratos do padro messinico

    estabelecido por Davi, um rei cujo corao era compromissado com Yahweh de tal modo

    que buscava a piedade e a fidelidade aliana de Deus em seu reinado, sendo depois

    recompensado com triunfo militar, livramentos milagrosos e prosperidade material (cf. as

    bnos na aliana palestina ou deuteronmica).

    Mais relevante ao Sitz im Lebem de sua comunidade o cuidado do autor em

    identificar cada um desses bons reis com alguma avaliao do esforo deles em assegurar a

    adorao apropriada ligada ao templo salomnico, a casa de Yahweh e a expresso tangvel

    da teocracia para o Israel ps-exlico. Isto est de acordo com as palavras da aliana

    davdica: Este edificar uma casa ao meu nome (2 Sm 7.13; cf. 1 Cr 17.12).

    A crucialidade da revelao proftica

    Ao longo de sua obra, o cronista destaca a delicada questo do relacionamento entre

    o trono e os profetas, que funcionavam como guardas da mais importante herana de Israel

    a aliana com Yahweh. Os profetas, que em Reis so vistos apenas como portadores de mensagens orais,

    aparecem em Crnicas como profetas escritores (na obra, a nica meno a Elias uma

    carta escrita ao rei Joro, de Jud, cf. 21.12-15). Reis que atendem s exortaes profticas

    tm sucesso (Davi, Asa, Jeosaf, Ezequias, Josias e at os duvidosos Roboo [2 Cr 12.6] e

    Amazias [25.7-10]), enquanto aqueles que as rejeitaram trouxeram para si o perigo e a

    destruio final (Joro, Jos, Amazias, Manasss e Zedequias).

    Dessa maneira, um padro j implcito nos livros de Samuel, a saber, que a

    monarquia de Israel devia estar sujeita a Yahweh por meio do ministrio proftico (cf.

    Samuel e Nat), encontra sua plena expresso em Crnicas, sendo resumido nas palavras de

    Jeosaf: Tenham f no Senhor, o seu Deus, e vocs sero sustentados; tenham f nos

    profetas do Senhor e tero vitria (2 Cr 20.20, NVI). A fora do paralelismo bvia,

    especialmente em suas implicaes para a comunidade ps-exlica; assim como as antigas

    promessas foram cumpridas literalmente, as promessas pendentes sero finalmente

    cumpridas em favor de uma gerao obediente de israelitas.

    A continuidade da teocracia por meio da adorao no Templo

    Uma das nfases mais importantes na histria do cronista a eleio de Levi como a

    tribo que ministraria diante do Senhor (1 Cr 15.2; cf. 23.24-32), de Jerusalm, como o lugar

    onde Sua adorao poderia ser conduzida (2 Cr 6.6, 34-38; 33.7), e do templo, como o lugar

    onde Seu nome habitaria (2 Cr 7.12-16).

    A centralidade do culto como expresso da soberania de Yahweh sobre Israel vista

    tambm na quantidade de material dedicado a sua descrio, desde o tempo dos preparativos

    de Davi para a construo do templo e para o funcionamento de seu ritual (1 Cr 21.1 26.19; 28.1 29.9) at a construo e dedicao do edifcio por Salomo (2 Cr 2.1 7.10) e

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 128

    o zelo reformador de Jos (24.4-13), Ezequias (29.3-36), e Josias (34.3-13), mesmo em

    relao ao decreto de Ciro (36.23). A inteno bvia de participar comunidade ps-

    exlica que eles eram herdeiros das promessas centradas em torno daquele edifcio, o justo

    Filho de Davi e o trono eterno.

    PADRES LITERRIOS E EXEGTICOS

    O uso de genealogias

    Levando-se em conta que o propsito do cronista era fornecer comunidade ps-

    exlica uma viso abrangente do plano de Yahweh para Israel ao longo da histria, a

    presena de genealogias no surpreendente. Mentes ocidentais podem v-las como um

    apndice obra, mas, para o autor, elas eram parte integrante da histria sacra; de certa

    forma, os homens eram a mensagem!

    O elemento-surpresa, porm, a presena de genealogias primitivas, visto que Israel

    olhava para Abrao, no passado, como seu ponto de partida. A incluso de uma genealogia

    comeando em Ado, porm, teria servido at melhor ao propsito, j que demonstrava que

    Israel era o plano de Deus desde o princpio, enquanto acrescentava uma dimenso universal

    ao propsito da existncia de Israel. uma sutil lembrana de que as promessas abramicas,

    sobre as quais a nao fora fundada, tinham como propsito fazer Yahweh conhecido por

    todo o mundo, como tambm fazer de Israel uma bno para todas as naes (cf. Gn 12.3).

    As genealogias, em Crnicas, alm de todo esse propsito teolgico, proporcionam

    informao familiar que , de certo modo, relevante para a autopercepo da comunidade

    (cf. 1 Cr 7.14-19, a informao da origem parcialmente aramia dos gileaditas). Nessa rea,

    as genealogias, em Crnicas, servem ao propsito especial de destacar aquelas tribos, cls e

    indivduos que mais significantemente influenciaram a histria israelita (cf. a nfase em

    Jud e Levi, e a negligncia total a D e Zebulom), como tambm fornecem informao

    sobre por que outros foram impedidos de se tornar canais da bno de Yahweh (5.1,2).

    Elas tambm tm uma funo poltica, mais diretamente relacionada distribuio de

    terras, que era importante enquanto os refugiados buscavam se assentar em suas antigas

    propriedades familiares.

    Um elemento religioso importante tambm est envolvido: estabelecer posio e

    cargo entre os levitas e sacerdotes (6.1-30; 9.10-34). Isso era particularmente importante

    para a preservao do sacerdcio racialmente puro, como evidenciado em Esdras 2.61-63.

    Um propsito final era manter os nmeros exatos em estatsticas de alistamento militar,

    como se encontra em 1 Crnicas 5.1-21, especialmente o versculo 18.

    H evidncia de que o cronista foi seletivo e interpretativo no uso das genealogias

    disponveis, alterando, s vezes, a ordem cronolgica correta a fim de enfatizar um

    indivduo ou uma famlia (cf. a famlia de Samuel em 6.22-27).

    Assim, embora o quadro das genealogias no esteja absolutamente claro, h luz

    suficiente para o leitor atento perceber como o cronista as usou para realar sua abordagem

    teolgica histria de Israel.

    Harmonizao

    O termo harmonizao usado aqui no para indicar alterao do texto ou das fontes

    disponveis (cf. as observaes de Childs sobre isso, IOTS, p. 648), mas para o ajuste real de

    narrativas anteriores ao propsito do livro.

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 129

    Isso muitas vezes aparece como suplementao, ou seja, o acrscimo de detalhes

    retidos em tradies alm das preservadas no Texto Massortico. Por exemplo, a referncia

    aos levitas como portadores da arca (1 Cr 15) est ausente em 2 Samuel 6, em que a ligao

    arca-levitas no era relevante para o propsito do autor.

    Seleo

    O cronista, visto que seu propsito era lidar com a histria do remanescente fiel de

    Israel, sistematicamente omite o reino do Norte ou refere-se a ele em tons condenatrios

    (cf., por exemplo, o discurso de Abias em 2 Cr 13.4-12). Mesmo Elias, grande campeo do

    jeovismo, raramente mencionado, porque a maior parte de sua atividade estava

    relacionada luta contra o baalismo, no Norte.

    O cronista, ao omitir material ofensivo, principalmente no caso de Davi e Salomo,

    freqentemente acusado de adornar a histria de Israel. A acusa-o surge principalmente de

    um entendimento errado de seu propsito. Ele no est tentando reescrever a Histria, mas

    buscando interpret-la luz de novas realidades enfrentadas pelo Israel ps-exlico. Assim,

    omitido muito do que no relevante para seu propsito de ligar a comunidade adoradora

    do sculo 5 a.C. aliana davdica pr-exlica. De modo significativo, muito do que se

    encontra em Samuel e Reis retido, apesar de ser danoso imagem de vrios reis (e.g., o

    pecado de Davi em fazer o censo do povo) e certos elementos, que Reis e Samuel no

    registraram, so acrescentados (e.g. a profana aliana de Asa, com os arameus, contra Israel;

    cf. 1 Cr 16.7-10 e 1 Rs 15.16-22, e seu fracasso em confiar em Yahweh em relao a sua

    doena; cf. 1 Rs 15.23 e 2 Cr 16.12).

    O cronista, dessa maneira, est isento das acusaes de suprimir informaes (que

    estavam plenamente disponveis, afinal de contas, em Samuel e Reis); ele usou a

    informao seletivamente para pintar um retrato de Davi como o ideal messinico de

    Yahweh, pelo qual outros reis davdicos foram medidos. Assim, mesmo o mais perverso de

    todos, Manasss, capaz de genuno arrependimento, uma marca do homem segundo o

    corao de Deus.

    Tipologia

    Childs resume bem a tcnica empregada, quando escreve: ...Faz-se uso de palavras-chave e expresses estereotipadas para trazer conscincia do leitor outros

    exemplos do mesmo padro dentro de todo o espectro das Escrituras oficiais (IOTS, p. 651).

    Assim, as palavras que se encontram na conduo de Josu liderana (Js 1.9) esto

    tambm nos lbios de Davi quando passa o basto real a Salomo (1 Cr 22.13). De maneira

    semelhante, Abias, Asa, Jeosaf e Ezequias enfrentam perigo iminente com uma orao ou

    afirmao que reconhece a insuficincia deles e a suficincia de Yahweh (cf. 2 Cr 13.12;

    14.11; 20.12; 32.8), em um esforo consciente de refletir a confiana e f que Davi tem

    Yahweh.

    O cronista lida tambm com os eventos de tal maneira que a continuidade se torna

    bvia a um leitor atento. Davi, como Moiss, muito bem-sucedido como iniciador, mas

    incapaz de alcanar seu sonho de vida (construir o templo e entrar em Cana); em ambos

    casos uma proibio divina indica que seus sucessores realizariam o que eles haviam

    comeado (cf. 1 Cr 22.5-13; Dt 31.2-8). Tanto Salomo quanto Josu so conduzidos a seus

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 130

    cargos de modo particular e pblico (22.6; cf. Dt 31.23 e 28.8; cf. Dt 31.7). Assim como o

    tabernculo, o plano do templo veio do prprio Deus (1 Cr 28.11-19; cf. x 40.35).

    As ofertas voluntrias coletadas por Moiss (x 25.1-7) e Davi (1 Cr 29.19) encontram correspondncia histrica nas reformas de Josias (2 Cr 34) e, por implicao, nos

    esforos ps-exlicos para reconstruir o templo. Assim, a tipologia cumpre o propsito de

    estabelecer continuidade e motivar a fidelidade no presente.

    ESBOO

    I. As tribos de Israel (1 Cr 1.19.44) A. De Ado a Esa (1.1-54)

    i. De Ado a No (1.1-4a)

    ii. Os descendentes de No (1.4b-23)

    iii. De Sem a Abrao (1.24-27)

    iv. Abrao (1.28-34)

    v. Esa e Edom (1.35-54)

    B. As tribos de Israel (2.19.1) i. Os filhos de Israel (2.1-2)

    ii. A tribo de Jud (2.34.23) a. De Jud a Hezrom (2.3-8)

    b. Os descendentes de Rao (2.9-17)

    c. Os descendentes de Calebe (2.18-24)

    d. Os descendentes de Jerameel (2.25-41)

    e. Outros descendentes de Calebe (2.42-55)

    f. A famlia real de Davi (3.1-24)

    g. Outros cls de Jud (4.1-23)

    iii. A tribo de Simeo (4.24-43)

    iv. As tribos da Transjordnia (5.1-26)

    a. A tribo de Ruben (5.1-10)

    b. A tribo de Gade (5.11-22)

    c. Ameia tribo de Manasses (5.23-26)

    v. A tribo de Levi (6.1-81)

    a. Os sumo sacerdotes aronitas (6.1-15; TM, 5.27-41)

    b. A genealogia dos levitas (6.16-30; TM, 6.1-15)

    c. A genealogia dos msicos levitas (6.31-48; TM, 6.16-33)

    d. As tarefas dos sumo sacerdotes aronitas (6.49-53; TM, 6.34-38)

    e. As cidades dos levitas (6.54-81; TM, 6.39-66)

    vi. As tribos da margem ocidental do Jordo (7.1-40)

    a. A tribo de Issacar (7.1-5)

    b. A tribo de Benjamim (7.6-12a)

    c. A tribo de D (?) (7.12b)

    d. A tribo de Naftali (7.13)

    e. Ameia tribo de Manasses (7.14-19)

    f. A tribo de Efraim (7.20-29)

    g. A tribo de Aser (7.30-40)

    vii. A tribo de Benjamim (8.1-40)

    a. Fixao das famlias benjamitas (8.1-28)

    b. Genealogia da famlia de Saul (8.29-40)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 131

    viii. Concluso das listas de tribos (9.1)

    C. Repovoando Jerusalm (9.2-34)

    i. Repovoando as cidades (9.2)

    ii. Leigos em Jerusalm (9.3-9)

    iii. Sacerdotes em Jerusalm (9.10-13)

    iv. Levitas em Jerusalm (9.14-16)

    v. Porteiros em Jerusalm (9.17-32)

    vi. Msicos em Jerusalm (9.33)

    vii. Concluso (9.34)

    D. A genealogia da famlia de Saul (9.35-44)

    II. O reino de Davi e Salomo (1 Cr 10.12Cr9.31) A. Transferindo o reino para Davi (10.112.40)

    i. O fim da casa de Saul (10.1-14)

    a. A morte de Saul (10.1-5)

    b. O fim da casa de Saul (10.6-7)

    c. O cadver de Saul (10.8-10)

    d. O sepultamento de Saul (10.11-12)

    e. A transferncia do reino de Saul (10.13-14)

    ii. Todo Israel reconhece Davi como rei (11.112.40) a. Davi e ungido sobre todo Israel em Hebrom (11.1-3)

    b. A capital de Davi (11.4-9)

    c. Os valentes de Davi (11.10-47)

    d. Apoio tribal em Ziclague: os benjamitas (12.1-7)

    e. Apoio tribal na fortaleza: os gaditas (12.8-15)

    f. Apoio tribal na fortaleza: os de Benjamim e os de Jud (12.16-18)

    g. Apoio tribal em Ziclague: os manassitas (12.19-22)

    h. Apoio tribal em Hebrom (12.23-37)

    i. Celebrao de Davi como rei em Hebrom (12.38-40)

    B. Davi traz a arca para Jerusalm (13.116.43) i. A arca comea sua jornada (13.1-14)

    a. A deciso de transportar a arca (13.1-4)

    b. O transporte da arca (13.5-8)

    c. A santidade mortal de Deus (13.9-12)

    d. A bno incondicional de Deus (13.13-14)

    ii. Bnos de Deus sobre o reinado de Davi (14.1-17)

    a. O palcio de Davi (14.1-2)

    b. Os filhos de Davi (14.3-7)

    c. As guerras de Davi com os filisteus (14.8-16)

    d. A fama de Davi (14.17)

    iii. A arca completa sua jornada (15.1-29)

    a. Preparando um lugar para a arca (15.1-3)

    b. Preparando o povo para transportar a arca (15.4-10)

    c. Preparando os lideres (15.11-15)

    d. Os preparativos para uma alegre celebrao (15.16-24)

    e. A alegre celebrao do povo (15.25-29)

    iv. Beno, adorao e louvor (16.1-43)

    a. Bnos para todos os israelitas (16.1 -3)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 132

    b. Levitas designados em Jerusalm (16.4-7)

    c. O Senhor e rei (16.8-36)

    d. Levitas designados em Jerusalm (16.37-38)

    e. Levitas designados em Gibeo (16.39-42)

    f. Bno para a casa de Davi (16.43)

    C. A aliana de Deus com Davi (17.1-27)

    i. As boas intenes de Davi (17.1-2)

    ii. A promessa da aliana davdica (17.3-15)

    a. Introduo (17.3-4a)

    b. Davi no deve construir um templo (17.4b-6)

    c. Deus manteve suas antigas promessas (17.7-10a)

    d. Deus construra uma casa para Davi (17.10b-14)

    e. Concluso (17.15)

    iii. A orao de Davi (17.16-27)

    a. Louvor pela singularidade de Deus (17.16-22)

    b. Pedido para que Deus confirme suas promessas (17.23-27)

    D. O imprio de Davi (18.120.8) i. As vitrias de Davi sobre as naes (18.1-17)

    a. Vitrias sobre os filisteus (18.1)

    b. Vitrias sobre os moabitas (18.2)

    c. Vitrias sobre Hadadezer, rei de Zoba (18.3-10)

    d. As ofertas de Davi (18.11)

    e. Vitrias sobre os edomitas (18.12-13)

    f. O gabinete de Da vi (18.14-17)

    ii. As vitrias de Davi sobre os amonitas (19.120.3) a. Primeira vitria sob o comando de Joabe (19.1-15)

    b. Segunda vitria sob o comando de Davi (19.16-19)

    c. Vitria final (20.1-3)

    iii. Vitrias sobre os filisteus (20.4-8)

    E. Os preparativos de Davi para o templo (21.129.30) i. O pecado de Davi e a graa de Deus (21.122.1)

    a. O recenseamento (21.1-6)

    b. Uma segunda escolha (21.7-14)

    c. Arrependimento de Deus e do homem (21.15-17)

    d. Um novo altar (21.18-27)

    e. A nova casa de Deus (21.2822.1) ii. Os preparativos iniciais de Davi para o templo (22.2-19)

    a. A preparao dos trabalhadores e materiais (22.2-5)

    b. A preparao do construtor do templo (22.6-16)

    c. A preparao dos lideres de Israel (22.17-19)

    iii. Os levitas se preparam para o templo (23.126.32) a. Salomo e designado como rei (23.1)

    b. O recenseamento dos levitas (23.2-6a)

    c. Os cls dos levitas (23.6b-23)

    d. Grupos de levitas (23.2426.32) iv. Outros lderes preparam-se para o templo (27.1-34)

    a. As divises do exrcito (27.1-15)

    b. Os oficiais das tribos (27.16-24)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 133

    c. Os oficiais do rei (27.25-34)

    v. Os preparativos finais de Davi para o templo (28.129.25) a. Davi fala sobre o construtor do templo (28.1-10)

    b. Davi conta a Salomo os planos de Deus (28.11-19)

    c. Davi comissiona Salomo (28.20-21)

    d. Davi pede a consagrao de Israel (29.1-5)

    e. Ofertas para o templo (29.6-9)

    f. A orao de Davi (29.10-20)

    g. Salomo e ungido rei (29.21-25)

    vi. Frmula de concluso para Davi (29.26-30)

    F. Salomo se prepara para o templo (2Cr 1.12.18) i. O esplendor de Salomo (1.1-17)

    a. O reino de Salomo e estabelecido (1.1)

    b. A adorao prestada por Salomo (1.2-6)

    c. A sabedoria de Salomo (1.7-13)

    d. A riqueza de Salomo (1.14-17)

    ii. Os preparativos de Salomo (2.1-18)

    a. Instrues sobre a construo (2.1)

    b. Censo dos trabalhadores (2.2)

    c. A carta de Salomo para Hiro (2.3-10)

    d. A carta de Hiro para Salomo (2.11-16)

    e. Censo dos trabalhadores no-israelitas (2.17-18)

    G. Salomo constri o templo (3.15.1) i. Comeando a construir o templo (3.1-2)

    ii. Os alicerces e o prtico (3.3-4a)

    iii. O templo de ouro (3.4b-13)

    iv. O vu (3.14)

    v. As colunas (3.15-17)

    vi. Os utenslios do templo (4.1-22)

    a. O altar de bronze (4.1)

    b. O mar de fundio (4.2-6,10)

    c. Os dez candeeiros de ouro e as dez mesas (4.7-8)

    d. Os ptios (4.9)

    e. Utenslios de bronze (4.11b-18)

    f. Objetos de ouro (4.19-22)

    vii. A concluso do templo (5.1)

    H. Salomo dedica o templo (5.27.22) i. A arca e a nuvem (5.2-14)

    a. Salomo rene todo Israel (5.2-3)

    b. A jornada final da arca (5.4-6)

    c. O lugar de repouso definitivo da arca (5.7-10)

    d. A glria de Deus e o louvor de Israel (5.11-14)

    ii. O louvor e a adorao de Salomo (6.1-42)

    a. Salomo responde a glria de Deus (6.1-2)

    b. O testemunho de Salomo a promessa de Deus (6.3-11)

    c. A orao dedicatria de Salomo (6.12-42)

    iii. A resposta de Deus a orao (7.1-22)

    a. O fogo e a glria de Deus (7.1-3)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 134

    b. O sacrifcio e o louvor de Israel (7.4-10)

    c. As promessas de Deus (7.11-22)

    I. Salomo termina o templo (8.1-16)

    i. As outras construes de Salomo (8.1-6)

    ii. Estrangeiros no reino de Salomo (8.7-11)

    iii. As cerimnias e o pessoal do templo (8.12-15)

    iv. O templo e completado (8.16)

    J. O esplendor de Salomo (8.179.31) i. As relaes internacionais de Salomo (8.179.12)

    a. Salomo e o rei de Tiro (8.17-18; 9.10-11)

    b. Salomo e a rainha de Sab (9.1-9,12)

    ii. A sabedoria, a fama e a prosperidade de Salomo (9.13-28)

    a. O ouro de Salomo (9.13-21)

    b. A supremacia internacional de Salomo (9.22-28)

    iii. Frmula de concluso para Salomo (9.29-31)

    III. O reino de Jud (2Cr 10.136.23) A. Roboo (10.112.16)

    i. Israel se separa de Jud (10.1-19)

    a. Os planos frustrados de coroao de Roboo (10.1-5)

    b. Conselho para Roboo (10.6-15)

    c. Diviso entre Israel e Jud (10.16-19)

    ii. A fora de Roboo (11.1-23)

    a. Paz entre Israel e Jud (11.1-4)

    b. Jud e fortificada (11.5-12)

    c. A verdadeira adorao e mantida (11.13-17)

    d. A famlia real cresce (11.18-23)

    iii. O arrependimento de Roboo (12.1-12)

    a. Sisaque, do Egito, ataca (12.1-4)

    b. O humilde arrependimento de Jud (12.5-12)

    iv. Frmulas de concluso (12.13-16)

    B. Abias e Asa (13.116.14) i. Abias (13.114.1)

    a. Frmula introdutria (13.1-2a)

    b. Guerra civil entre Israel e Jud (13.2b-19)

    c. O poder de Abias (13.20-21)

    d. Frmula de concluso (13.2214.1) ii. Asa (14.216.14)

    a. Asa busca a Deus e prospera (14.2-7)

    b. Asa confia em Deus e vitorioso (14.8-15)

    c. Asa obedece a palavra de um profeta (15.1-8)

    d. A aliana de Asa com Deus (15.9-19)

    e. A aliana de Asa com Ben-Hadade (16.1-6)

    f. Asa rejeita a palavra de um profeta (16.7-10)

    g. Asa no busca a Deus (16.11-12)

    h. Formula de concluso (16.13-14)

    C. Josaf (17.121.1) i. Introduo (17.1-19)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 135

    a. Josaf fortalece seu reino (17.1-6)

    b. As benos de Josaf (17.7-11)

    c. Os recursos militares de Josaf (17.12-19)

    ii. Josaf, Acabe e os profetas (18.1-19.3)

    a. Uma aliana para a guerra (18.1-3)

    b. Os profetas e a guerra (18.4-27)

    c. O cumprimento da profecia de Micaias (18.28-34)

    d. A profecia de Je (19.1-3)

    iii. As reformas judiciais de Josafa (19.4-11)

    a. Renovao religiosa (19.4)

    b. Indicao de juzes (19.5-7)

    c. Indicao de outros oficiais (19.8-11)

    iv. A f de Josaf (20.1-30)

    a. Jud e invadido (20.1-2)

    b. Josaf ora (20.3-13)

    c. Jaasiel profetiza (20.14-19)

    d. Jud cr (20.20-26)

    e. Jerusalm se alegra (20.27-30)

    v. Formula de concluso (20.3121.1) D. Jud e a casa de Acabe (21.222.12)

    i. Jeoro (21.2-20)

    a. Deus preserva a casa de Davi (21.2-7)

    b. Deus pune Jeoro (21.8-20)

    ii. Acazias (22.1-9)

    a. Acazias e a casa de Acabe (22.1-4)

    b. Runa e morte de Acazias (22.5-9)

    iii. Atalia (22.10-12)

    E. Trs reis decadentes (23.126.23) i. Jos (23.124.27)

    a. Ascenso de Jos sob a liderana de Joiada (23.1-21)

    b. A fidelidade de Jos durante a vida de Joiada (24.1-16)

    c. A apostasia de Jos depois da morte de Joiada (24.17-27)

    ii. Amazias (25.126.2) a. A fora de Amazias (25.1-4)

    b. Guerra contra Edom (25.5-16)

    c. Guerra contra Israel (25.17-24)

    d. O fim de Amazias (25.25-26.2)

    iii. Uzias (26.3-23)

    a. Uzias busca a Deus e obtm xito (26.3-15)

    b. O orgulho e a queda de Uzias (26.16-23)

    F. Trs reis se alternam (27.132.33) i. A obedincia de Joto (27.1-9)

    a. O contraste entre Joto e seu pai (27.1-2)

    b. A continuidade entre Joto e seu pai (27.3-6)

    c. Joto descansa com seus pais (27.7-9)

    ii. A infidelidade de Acaz (28.1-27)

    a. A apostasia de Acaz (28.1-4)

    b. Massacre e misericrdia (28.5-15)

  • Antigo Testamento II Histricos e Poticos 136

    c. Falsa ajuda (28.16-21)

    d. A apostasia de Acaz aumenta (28.22-25)

    e. O sepultamento de Acaz (28.26-27)

    iii. As reformas de Ezequias (29.131.21) a. Convite para a consagrao do templo (29.1-11)

    b. Renovando o culto no templo (29.12-36)

    c. Convite para a Pscoa (30.1-12)

    d. Celebrando a Pscoa (30.1331.1) e. Reorganizao dos dzimos e ofertas (31.2-21)

    iv. Deus salva Jud pela f de Ezequias (32.1-33)

    a. Ezequias se defende (32.1-8)

    b. Senaqueribe ataca (32.9-19)

    c. O Senhor salva (32.20-23)

    d. Sucessos e fracassos de Ezequias (32.24-33)

    G. Trs reis e o arrependimento (33.136.1) i. Manasses (33.1-20)

    a. A maldade sem paralelo de Manasses (33.1-9)

    b. O arrependimento de Manasses e o favor de Deus (33.10-20)

    ii. Amom no se arrepende (33.21-25)

    iii. Josias (34.136.1) a. Josias busca a Deus fielmente (34.1-7)

    b. Josias se arrepende por causa da palavra de Deus (34.8-33)

    c. Josias celebra a Pscoa (35.1-19)

    d. A morte de Josias (35.2036.1) H. Quatro reis e o fim do reino (36.2-20)

    i. A queda de Jeoacaz (36.2-4)

    ii. A queda de Jeoaquim (36.5-8)

    iii. A queda de Joaquim (36.9-10)

    iv. A queda de Zedequias e do reino (36.11-20)

    I. Comeando a reconstruir a casa de Deus (36.21-23)