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1 A RELAÇÃO ENTRE A RELAÇÃO ENTRE TERAPEUTA E CLIENTE E A TERAPEUTA E CLIENTE E A PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA Ant. Maia Olsen do Vale Ant. Maia Olsen do Vale UFC/Sobral - Psicologia UFC/Sobral - Psicologia LANAC - Laboratório de Análise do Comportamento

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A RELAÇÃO ENTREA RELAÇÃO ENTRETERAPEUTA E CLIENTE E A TERAPEUTA E CLIENTE E A

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICAPSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA

Ant. Maia Olsen do ValeAnt. Maia Olsen do ValeUFC/Sobral - PsicologiaUFC/Sobral - Psicologia

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DEFINIÇÃODEFINIÇÃO

Uma relação terapeuta-cliente envolve as Uma relação terapeuta-cliente envolve as qualidades pessoais de um terapeuta, as qualidades qualidades pessoais de um terapeuta, as qualidades pessoais de um cliente e a interação entre ambos pessoais de um cliente e a interação entre ambos (Beitman apud Rangé, 1995).(Beitman apud Rangé, 1995).

Envolve situações onde as ações de cliente e Envolve situações onde as ações de cliente e terapeuta estão contingencialmente entrelaçadas.terapeuta estão contingencialmente entrelaçadas.

Pode ser terapêutica.Pode ser terapêutica.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICAEVOLUÇÃO HISTÓRICA

Antes da década de 60 – Utopia TecnicistaAntes da década de 60 – Utopia Tecnicista Características pessoais do terapeuta e o modo Características pessoais do terapeuta e o modo como ele interagia com o cliente eram irrelevantes como ele interagia com o cliente eram irrelevantes diante de todo o arsenal tecnológico da Terapia diante de todo o arsenal tecnológico da Terapia Comportamental.Comportamental.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICAEVOLUÇÃO HISTÓRICA

Antes da década de 60 – Antes da década de 60 – Utopia TecnicistaUtopia Tecnicista

Eysenck em 1959 definiu Eysenck em 1959 definiu terapia comportamental terapia comportamental como o uso de como o uso de procedimentos de extinção e procedimentos de extinção e desenvolvimento de novos desenvolvimento de novos repertórios.repertórios. (apud Braga e Vandembergh, (apud Braga e Vandembergh,

2006)2006)

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EVOLUÇÃO HISTÓRICAEVOLUÇÃO HISTÓRICA

Após a década de 60Após a década de 60

• Estudos de Carl Rogers (1957) sobre a postura do Estudos de Carl Rogers (1957) sobre a postura do terapeuta na situação clínica e o modelo das outras terapeuta na situação clínica e o modelo das outras terapias.terapias.

• Inserção da TC no mercado e mudança do perfil Inserção da TC no mercado e mudança do perfil do terapeuta comportamental.do terapeuta comportamental.

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Os estudos de eficácias sobre as variáveis inerentes Os estudos de eficácias sobre as variáveis inerentes ao processo clínico promoveram a “virada relacional”.ao processo clínico promoveram a “virada relacional”.

Eysenck passa a afirmar que características da Eysenck passa a afirmar que características da relação terapeuta-cliente podem aumentar a eficácia relação terapeuta-cliente podem aumentar a eficácia dos procedimentos terapêuticos, ao promover dos procedimentos terapêuticos, ao promover confiança/credibilidade na terapia ou por ocasionar confiança/credibilidade na terapia ou por ocasionar atitutes colaborativas pró-terapêuticas no cliente atitutes colaborativas pró-terapêuticas no cliente (Braga (Braga

e Vandembergh, 2006)e Vandembergh, 2006)..

EVOLUÇÃO HISTÓRICAEVOLUÇÃO HISTÓRICA

Após a década de 60Após a década de 60

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Porque valorizar a relação terapêutica?Porque valorizar a relação terapêutica?

A maior parte dos repertórios humanos são A maior parte dos repertórios humanos são construídos em ambientes sociais e estão sobre construídos em ambientes sociais e estão sobre controle de contingências sociais.controle de contingências sociais.

A relação terapêutica estabelece um contexto A relação terapêutica estabelece um contexto protegido para se analisar treinar o desenvolvimento protegido para se analisar treinar o desenvolvimento de relações interpessoais mais saudáveis e não de relações interpessoais mais saudáveis e não apenas para garantir o sucesso das técnicas apenas para garantir o sucesso das técnicas (Shinohara, 2000; Kohlenberg & Tsai, 2001).(Shinohara, 2000; Kohlenberg & Tsai, 2001).

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ATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICASATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICAS

• Ouvir e observar de uma forma objetiva, porém, Ouvir e observar de uma forma objetiva, porém, empática (Shinohara, 2000).empática (Shinohara, 2000).

• Saber fazer perguntas e Saber fazer perguntas e feedbacksfeedbacks que facilitarão a que facilitarão a descoberta do cliente de quais são os determinantes descoberta do cliente de quais são os determinantes do seu comportamento (Shinohara, 2000).do seu comportamento (Shinohara, 2000).

• Calor humano, empatia acurada, autenticidade e um Calor humano, empatia acurada, autenticidade e um cuidado zeloso para com o cliente são essenciais cuidado zeloso para com o cliente são essenciais (Rogers apud Rangé, 1995; Kohlenberg & Tsai, (Rogers apud Rangé, 1995; Kohlenberg & Tsai, 2001).2001).

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ATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICASATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICAS

• A clarificação das queixas e demandas, além da A clarificação das queixas e demandas, além da definição de metas e objetivos, transmitem definição de metas e objetivos, transmitem segurança ao clientesegurança ao cliente..

• A flexibilidade na postura do Terapeuta, no A flexibilidade na postura do Terapeuta, no setting setting e e no processo facilita o estabelecimento de uma no processo facilita o estabelecimento de uma relação autêntica e positiva com os mais variados relação autêntica e positiva com os mais variados tipos de cliente.tipos de cliente.

• Grande parte da terapia refere-se à familiarização Grande parte da terapia refere-se à familiarização do terapeuta com a história de vida do cliente, do terapeuta com a história de vida do cliente, levando-o a se sentir compreendido.levando-o a se sentir compreendido.

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ATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICASATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICAS

• Intimidade – surge quando o cliente pode falar de Intimidade – surge quando o cliente pode falar de seus sentimentos, pensamentos e experiências seus sentimentos, pensamentos e experiências abertamente para o terapeuta. Sendo este capaz de abertamente para o terapeuta. Sendo este capaz de demonstrar acolhimento, compreensão e aceitação.demonstrar acolhimento, compreensão e aceitação.

• Reconhecimento (não esquivar-se) cuidadoso dos Reconhecimento (não esquivar-se) cuidadoso dos sentimentos e experiências aversivas. Procurando sentimentos e experiências aversivas. Procurando promover uma extinção reflexa ou dessensibilização.promover uma extinção reflexa ou dessensibilização.

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ATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICASATITUDES CLÍNICAS TERAPÊUTICAS

Audiência não punitiva - Uma atmosfera de Audiência não punitiva - Uma atmosfera de confiança e não julgamento pode facilitar para o confiança e não julgamento pode facilitar para o cliente fornecer dados a serem investigados por ele, cliente fornecer dados a serem investigados por ele, com a orientação do terapeuta. (Skinner, 1953)com a orientação do terapeuta. (Skinner, 1953)

““Aqui me sinto à vontade para falar de meus Aqui me sinto à vontade para falar de meus problemas, falo de coisas que nunca tive coragem problemas, falo de coisas que nunca tive coragem de contar para ninguém,”de contar para ninguém,”““É interessante, aqui falo coisas que tenho vergonha É interessante, aqui falo coisas que tenho vergonha até de mim mesma...”.até de mim mesma...”.(Braga e Vandembergh, 2006, p.311)(Braga e Vandembergh, 2006, p.311)

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

é uma proposta de terapia é uma proposta de terapia comportamental que coloca comportamental que coloca a relação terapeuta-cliente a relação terapeuta-cliente como principal meio para como principal meio para se atingir os objetivos se atingir os objetivos terapêuticos. Foi terapêuticos. Foi desenvolvida por Robert J. desenvolvida por Robert J. Kohlenberg e Mavis Tsai Kohlenberg e Mavis Tsai nos EUA (Kohlenberg nos EUA (Kohlenberg &Tsai, 2001). &Tsai, 2001).

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

Algumas características –Algumas características –

•Behaviorismo Radical como referencial.Behaviorismo Radical como referencial.•Ênfase nas interações que ocorrem durante a Ênfase nas interações que ocorrem durante a sessão de atendimento.sessão de atendimento.•A relação terapeuta-cliente como terapêutica.A relação terapeuta-cliente como terapêutica.•O uso do reforçamento natural.O uso do reforçamento natural.•Busca por novas habilidades relacionais e de Busca por novas habilidades relacionais e de resolução de problemas.resolução de problemas.

(Kohlenberg &Tsai, 2001; (Kohlenberg &Tsai, 2001; García, Aguayo e Bermúdez, 2007 García, Aguayo e Bermúdez, 2007 ))

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

Algumas características –Algumas características –

•Uso da avaliação funcional como principal Uso da avaliação funcional como principal estratégia para que a terapia não se torne apenas estratégia para que a terapia não se torne apenas um lugar rico de bons sentimentos que não um lugar rico de bons sentimentos que não possibilita autoconhecimento e mudança.possibilita autoconhecimento e mudança.

((García, Aguayo e Bermúdez, 2007 García, Aguayo e Bermúdez, 2007 ))

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Estudos em laboratório (AEC) demonstraram que Estudos em laboratório (AEC) demonstraram que “quanto mais próximo em tempo e lugar o “quanto mais próximo em tempo e lugar o comportamento estiver de suas conseqüências, maior comportamento estiver de suas conseqüências, maior será o controle (...). A implicação para a terapia é que será o controle (...). A implicação para a terapia é que os efeitos do tratamento serão mais fortes se os os efeitos do tratamento serão mais fortes se os comportamentos problema do cliente e seus comportamentos problema do cliente e seus progressos ocorrerem durante a sessão, (...) assim, progressos ocorrerem durante a sessão, (...) assim, um aspecto fundamental da FAP é que ela está um aspecto fundamental da FAP é que ela está voltada para os problemas cotidianos que também voltada para os problemas cotidianos que também ocorrem durante a sessão terapêutica.” (Kohlenberg ocorrem durante a sessão terapêutica.” (Kohlenberg &Tsai, 2001). &Tsai, 2001).

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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““Outra importante característica da FAP é que os Outra importante característica da FAP é que os progressos no comportamento do cliente deveriam progressos no comportamento do cliente deveriam ser imediatamente reforçados.” (Kohlenberg &Tsai, ser imediatamente reforçados.” (Kohlenberg &Tsai, 2001). 2001).

Como um terapeuta reforça comportamentos? E Como um terapeuta reforça comportamentos? E quais as implicações disso?quais as implicações disso?

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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Dependendo da forma como é empregado o uso do Dependendo da forma como é empregado o uso do reforçamento na terapia pode trazer benefícios ou reforçamento na terapia pode trazer benefícios ou malefícios.malefícios.O reforçamento que não acontece de forma natural O reforçamento que não acontece de forma natural no processo terapêutico (reforçamento arbitrário) no processo terapêutico (reforçamento arbitrário) apresenta diversos problemas, tais como:apresenta diversos problemas, tais como:

1) ele produz mudanças no cliente, que são 1) ele produz mudanças no cliente, que são reforçadoras para o terapeuta, mas que não são reforçadoras para o terapeuta, mas que não são necessariamente benéficas para o cliente; necessariamente benéficas para o cliente;

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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2) essas mudanças não duram quando o cliente 2) essas mudanças não duram quando o cliente retorna para o seu “ambiente natural”, “o retorna para o seu “ambiente natural”, “o comportamento arbitrariamente reforçado somente comportamento arbitrariamente reforçado somente ocorre quando o controlador está presente ou se o ocorre quando o controlador está presente ou se o cliente está interessado na recompensa”;cliente está interessado na recompensa”;

3) “pode substituir ou interferir nos reforçadores 3) “pode substituir ou interferir nos reforçadores naturais, obtendo o controle sobre o comportamento”.naturais, obtendo o controle sobre o comportamento”.

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)O reforçamento natural, por outro lado, possui O reforçamento natural, por outro lado, possui

diversas vantagens:diversas vantagens:

1)1)Começa com um desempenho já existente no Começa com um desempenho já existente no repertório do indivíduo, que é também reforçado por repertório do indivíduo, que é também reforçado por um evento que seguramente ocorre no ambiente do um evento que seguramente ocorre no ambiente do indivíduo;indivíduo;

2) é sincero e honesto, o que aumenta a confiança do 2) é sincero e honesto, o que aumenta a confiança do cliente no terapeuta;cliente no terapeuta;

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

3) é contingente sobre uma classe maior de 3) é contingente sobre uma classe maior de comportamentos.comportamentos.

Os únicos reforçadores naturais disponíveis na Os únicos reforçadores naturais disponíveis na relação terapeuta-cliente são comportamentos relação terapeuta-cliente são comportamentos verbais e demais interações entre terapeuta e verbais e demais interações entre terapeuta e cliente. cliente.

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Comportamento Clinicamente RelevanteComportamento Clinicamente Relevante((CCRCCR ou CRB) ou CRB)

““Comportamento Clinicamente Relevante inclui o Comportamento Clinicamente Relevante inclui o problema assim como os comportamentos alvo ou problema assim como os comportamentos alvo ou meta” que acontecem durante a sessão. Os CCR’s meta” que acontecem durante a sessão. Os CCR’s são o fundamento do processo psicoterápico na FAP.são o fundamento do processo psicoterápico na FAP.““A aplicação clínica da PFA baseia-se em três tipos A aplicação clínica da PFA baseia-se em três tipos de comportamento do cliente e em cinco tipos de de comportamento do cliente e em cinco tipos de comportamento do terapeuta, que podem ocorrer comportamento do terapeuta, que podem ocorrer durante a sessão terapêutica.”durante a sessão terapêutica.”

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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• CCR1 – Exemplos reais de comportamentos CCR1 – Exemplos reais de comportamentos durante a sessão terapêutica que são ocorrências do durante a sessão terapêutica que são ocorrências do foco clínico. (“Problemas”)foco clínico. (“Problemas”)

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

• CCR2 – Repertórios cuja ausência ou baixa frequência CCR2 – Repertórios cuja ausência ou baixa frequência estão diretamente ligados à apresentação do problema. estão diretamente ligados à apresentação do problema. (“progresso clínico”)(“progresso clínico”)

• CCR3 – Os repertórios verbais do cliente que CCR3 – Os repertórios verbais do cliente que correspondem ao seu próprio CCR e às variáveis de correspondem ao seu próprio CCR e às variáveis de controle. (“Interpretações funcionais”)controle. (“Interpretações funcionais”)

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• Regra 1 – (“Observar”) Desenvolver um repertório para Regra 1 – (“Observar”) Desenvolver um repertório para observar os exemplos possíveis da ocorrência de CCR’s observar os exemplos possíveis da ocorrência de CCR’s durante a sessão terapêutica. durante a sessão terapêutica.

• Regra 2 – (“evocar”) Construa um ambiente Regra 2 – (“evocar”) Construa um ambiente terapêutico que irá intensificar a evocação do CCR. terapêutico que irá intensificar a evocação do CCR.

• Regra 3 – (“Reforçar”) Criar meios para o Regra 3 – (“Reforçar”) Criar meios para o reforçamento positivo de CCR2. (lembrar de evitar o reforçamento positivo de CCR2. (lembrar de evitar o reforçamento arbitrário). reforçamento arbitrário).

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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• Regra 4 – (“Auto-observação”) Desenvolver um Regra 4 – (“Auto-observação”) Desenvolver um repertório pela observação das propriedades repertório pela observação das propriedades reforçadoras em potencial do comportamento do reforçadoras em potencial do comportamento do terapeuta que são contingentes sobre as ocorrências terapeuta que são contingentes sobre as ocorrências do Comportamento Clinicamente Relevante do do Comportamento Clinicamente Relevante do cliente.cliente.

• Regra 5 – (“Analisar”) Desenvolver um repertório Regra 5 – (“Analisar”) Desenvolver um repertório para descrever o relacionamento funcional entre as para descrever o relacionamento funcional entre as variáveis controladoras e o Comportamento variáveis controladoras e o Comportamento Clinicamente Relevante do Cliente. Clinicamente Relevante do Cliente.

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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““É importante lembrar que os comportamentos É importante lembrar que os comportamentos clinicamente relevantes são hipóteses a serem clinicamente relevantes são hipóteses a serem exploradas, e que sua real relevância clinica exploradas, e que sua real relevância clinica necessita ser demonstrada, e não presumida.” necessita ser demonstrada, e não presumida.”

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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INTERVENÇÕES NOS CCR´SINTERVENÇÕES NOS CCR´S

• Considerar que pode não ser o momento ideal Considerar que pode não ser o momento ideal para intervir.para intervir.

• Sinalizar a ocorrência do CCR.Sinalizar a ocorrência do CCR.

• Interpretar – identificar possíveis funções Interpretar – identificar possíveis funções desconhecidas do CCR.desconhecidas do CCR.

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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INTERVENÇÕES NOS CCR´SINTERVENÇÕES NOS CCR´S

• Perguntar, sobre sentimentos e pensamentos, Perguntar, sobre sentimentos e pensamentos, procurando identificar ou explicitar relações procurando identificar ou explicitar relações funcionais.funcionais.

• Descrever comportamentos emocionais e verbais Descrever comportamentos emocionais e verbais do terapeuta em função do cliente.do terapeuta em função do cliente.

• Sugerir e dar modelo sobre a compreensão e a Sugerir e dar modelo sobre a compreensão e a generalização dessas análises para outras generalização dessas análises para outras situações fora da terapia.situações fora da terapia.

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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INTERVENÇÕES NOS CCR´SINTERVENÇÕES NOS CCR´S

• Reconhecer e valorizar (enquanto formas de Reconhecer e valorizar (enquanto formas de reforçamento natural) os comportamentos do reforçamento natural) os comportamentos do cliente que indicam enfrentamento de situações cliente que indicam enfrentamento de situações aversivas e superação de suas dificuldades.aversivas e superação de suas dificuldades.

• Reforçar naturalmente comportamentos do cliente Reforçar naturalmente comportamentos do cliente de fazer análises funcionais baseadas em de fazer análises funcionais baseadas em evidências críticas.evidências críticas.

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Resistência - atitudes do cliente que o impede de Resistência - atitudes do cliente que o impede de entrar em contato com os determinantes do seu entrar em contato com os determinantes do seu comportamento e/ou impedem uma análise crítica e comportamento e/ou impedem uma análise crítica e mudança da maneira como lida com seus problemas.mudança da maneira como lida com seus problemas.

• Generalização – comportamento operante que Generalização – comportamento operante que ocorre em razão da similaridade entre a atual situação ocorre em razão da similaridade entre a atual situação (relação terapeuta-cliente) e situações passadas que (relação terapeuta-cliente) e situações passadas que o cliente tenha vivenciado (Kohlenberg & Tsai, 2001).o cliente tenha vivenciado (Kohlenberg & Tsai, 2001).

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Estrutura do tempo –Estrutura do tempo –

Chegar atrasado – pode ser: esquiva de situações Chegar atrasado – pode ser: esquiva de situações emocionalmente carregadas, desqualificação da emocionalmente carregadas, desqualificação da terapia/terapeuta, dificuldade para organizar terapia/terapeuta, dificuldade para organizar atividades em geral (ex: sobrecarga de atividades).atividades em geral (ex: sobrecarga de atividades).

Ter dificuldades para sair ao final da sessão – pode Ter dificuldades para sair ao final da sessão – pode ser: comportamento de dependência ou apego ser: comportamento de dependência ou apego excessivos, regras de abandono ou rejeição.excessivos, regras de abandono ou rejeição.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Estrutura do tempo - Estrutura do tempo -

Pontualidade excessiva – pode ser: comportamento Pontualidade excessiva – pode ser: comportamento compulsivo, medo de desapontar, excesso de compulsivo, medo de desapontar, excesso de disciplina consigo mesmo.disciplina consigo mesmo.

Chegar muito cedo – ansiedade, medo de ser Chegar muito cedo – ansiedade, medo de ser esquecido ou não atendido, querer sentir-se mais esquecido ou não atendido, querer sentir-se mais importante que outros clientes na vida do terapeuta.importante que outros clientes na vida do terapeuta.

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LANAC - Laboratório de Análise do Comportamento 32

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Férias do terapeuta –Férias do terapeuta –

Pode eliciar: medo intenso, ansiedade, raiva, tristeza, Pode eliciar: medo intenso, ansiedade, raiva, tristeza, revolta.revolta.

Pensamentos: “você não voltará” – “as pessoas de Pensamentos: “você não voltará” – “as pessoas de quem venho a gostar sempre me abandonam” – quem venho a gostar sempre me abandonam” – “você está fugindo de mim, deve me achar muito “você está fugindo de mim, deve me achar muito chato” – “eu não consigo tomar conta de mim chato” – “eu não consigo tomar conta de mim mesmo”.mesmo”.

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LANAC - Laboratório de Análise do Comportamento 33

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Encerramento da terapia -Encerramento da terapia -Questões sobre independência e autoconfiança, e Questões sobre independência e autoconfiança, e tristezas acerca de perdas anteriores, separações tristezas acerca de perdas anteriores, separações mortes.mortes.

Sua reação é uma indicação de como ele reage aos Sua reação é uma indicação de como ele reage aos começos e términos em outras áreas de sua vida começos e términos em outras áreas de sua vida pessoal. pessoal.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Pagamento das sessões -Pagamento das sessões -Pode ser contexto para comportamentos de Pode ser contexto para comportamentos de autodepreciação: “eu não mereço gastar este autodepreciação: “eu não mereço gastar este dinheiro comigo”.dinheiro comigo”.

Pode ser contexto para evitar sentimentos de Pode ser contexto para evitar sentimentos de intimidade em relação ao terapeuta: “você me trata intimidade em relação ao terapeuta: “você me trata bem porque estou lhe pagando para isso”.bem porque estou lhe pagando para isso”.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Pagamento -Pagamento -Pode ser contexto para sentimentos de sucesso; Pode ser contexto para sentimentos de sucesso; competitividade ou humilhação com o terapeuta.competitividade ou humilhação com o terapeuta.

O atraso do pagamento pode ser: um “teste”, punição O atraso do pagamento pode ser: um “teste”, punição para o terapeuta/terapia, tentativa de ser rejeitado para o terapeuta/terapia, tentativa de ser rejeitado pelo terapeuta e assim confirmar regras catastróficas. pelo terapeuta e assim confirmar regras catastróficas.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• “ “Erros” ou comportamentos não intencionais do Erros” ou comportamentos não intencionais do terapeuta –terapeuta –

• Mesmo o melhor dos terapeutas um dia erra.Mesmo o melhor dos terapeutas um dia erra.• Padrão de esquiva ao não demonstrar Padrão de esquiva ao não demonstrar diretamente raiva ou desapontamento.diretamente raiva ou desapontamento.• Idealização exagerada tornando inevitáveis os Idealização exagerada tornando inevitáveis os desapontamentos.desapontamentos.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

Silêncios – Silêncios – Em um conversar é natural surgir a “falta de assunto” Em um conversar é natural surgir a “falta de assunto” em algum momento, geralmente leva a um em algum momento, geralmente leva a um desconforto.desconforto.

Esquiva, tempo para organizar os pensamentos ou Esquiva, tempo para organizar os pensamentos ou refletir sobre uma colocação do terapeuta, refletir sobre uma colocação do terapeuta, sinalização de algo de forma não vocal, sinalização sinalização de algo de forma não vocal, sinalização de um estado emocional. de um estado emocional.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Expressão de afeto/sentimentos/emoções – Expressão de afeto/sentimentos/emoções – Para o cliente pode significar: demonstrar fraqueza, Para o cliente pode significar: demonstrar fraqueza, inferioridade, vulnerabilidade, medo não conseguir inferioridade, vulnerabilidade, medo não conseguir parar, ser criticado ou humilhado.parar, ser criticado ou humilhado.

Esquivas do demonstrar sentimentos: mudar de Esquivas do demonstrar sentimentos: mudar de assunto, conversas intermináveis sobre tópicos assunto, conversas intermináveis sobre tópicos tangenciais, não falar, focalizar no ambiente físico da tangenciais, não falar, focalizar no ambiente físico da sala ou no terapeuta.sala ou no terapeuta.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Sentir-se bem –Sentir-se bem –Pode funcionar como aversivo (devido a experiências Pode funcionar como aversivo (devido a experiências onde foi punido por estar bem) levando a esquivar-se onde foi punido por estar bem) levando a esquivar-se num agir infeliz ou depressivo. “eu não mereço esta num agir infeliz ou depressivo. “eu não mereço esta felicidade”, “como posso estar bem se os outros não felicidade”, “como posso estar bem se os outros não estão”, “não tenho motivos suficientes para estar estão”, “não tenho motivos suficientes para estar bem”.bem”.

Pode funcionar como sinalização (SD) do término da Pode funcionar como sinalização (SD) do término da terapia.terapia.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Feedback positivo de demonstrações de afeição por Feedback positivo de demonstrações de afeição por parte do terapeuta –parte do terapeuta –

Pode funcionar como aversivo.Pode funcionar como aversivo.

““Agora terei que corresponder às suas expectativas Agora terei que corresponder às suas expectativas ou você irá me desaprovar”, “Você está me dizendo ou você irá me desaprovar”, “Você está me dizendo isso só para ser agradável”.isso só para ser agradável”.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Sentindo-se íntimo ao terapeuta –Sentindo-se íntimo ao terapeuta –Pode funcionar como aversivo. “Se eu me apegar a Pode funcionar como aversivo. “Se eu me apegar a você vou acabar estragando tudo como sempre”.você vou acabar estragando tudo como sempre”.

• Características do terapeuta –Características do terapeuta –Características físicas ou comportamentais do Características físicas ou comportamentais do terapeuta podem evocar CCR´s. “Você é magro e por terapeuta podem evocar CCR´s. “Você é magro e por isso é bem tratado e tem sucesso”.isso é bem tratado e tem sucesso”.

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Eventos na Relação Terapeuta-Cliente queEventos na Relação Terapeuta-Cliente que

Frequentemente Evocam CCR´sFrequentemente Evocam CCR´s

• Eventos incomuns –Eventos incomuns –Encontrar o terapeuta fora da clínica, o terapeuta Encontrar o terapeuta fora da clínica, o terapeuta ficar doente, engravidar, ter que remarcar o ficar doente, engravidar, ter que remarcar o atendimento devido a um problema pessoal, faltar luz atendimento devido a um problema pessoal, faltar luz na clínica, etc.na clínica, etc.

Sentimentos de posse, rivalidade, dependência, Sentimentos de posse, rivalidade, dependência, desamparo e mortalidade.desamparo e mortalidade.

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LANAC - Laboratório de Análise do Comportamento 43

PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)

• Behavioral Codification System (BCS)Behavioral Codification System (BCS)Desenvolvido por Callaghan, Summers, e Weidman Desenvolvido por Callaghan, Summers, e Weidman (2003) da Universidade Estadual de San José (2003) da Universidade Estadual de San José (California)(California)

É um sistema para registrar e codificar É um sistema para registrar e codificar comportamentos de clientes e terapeutas, de forma a comportamentos de clientes e terapeutas, de forma a possibilitar a coleta de dados sobre mudanças possibilitar a coleta de dados sobre mudanças terapêuticas de natureza interpessoal.terapêuticas de natureza interpessoal.

Avaliação do processo e dos resultadosAvaliação do processo e dos resultados

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Avaliação do processo e dos resultadosAvaliação do processo e dos resultados

• Behavioral Codification System (BCS)Behavioral Codification System (BCS)– – OP OP Outside Problems Outside Problems (Problemas fora da sessão).(Problemas fora da sessão).– – OI OI Outside Improvements Outside Improvements (Melhoras fora da sessão).(Melhoras fora da sessão).– – CRR CRR Client Session Progression Client Session Progression (Progressos dentro da (Progressos dentro da sessão).sessão).– – CRB CRB Clinic Relevant Behavior Clinic Relevant Behavior (CCR 1, (CCR 1, 2 e 3).2 e 3).– – TCRB TCRB Therapist CRB Therapist CRB (Ações do terapeuta sobre os CCR(Ações do terapeuta sobre os CCR1, 2 e 3).1, 2 e 3).– – MCRB MCRB Mistake CRB Mistake CRB (Falhas do terapeuta ante os CCR 1, 2 (Falhas do terapeuta ante os CCR 1, 2 e 3).e 3).– – ECRB ECRB Evoque CRB Evoque CRB (Ações do terapeuta para evocar CCR).(Ações do terapeuta para evocar CCR).

Parâmetros – Frequência – Avaliação Parâmetros – Frequência – Avaliação de resultadosde resultados

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Avaliação do processo e dos resultadosAvaliação do processo e dos resultados

• Functional idiographic assessment template (FIAT)Functional idiographic assessment template (FIAT)(Callaghan, Summers, y Weidman, 2003)(Callaghan, Summers, y Weidman, 2003)

É uma escala para auxiliar na identificação de É uma escala para auxiliar na identificação de classes de ações interpessoais que podem ser classes de ações interpessoais que podem ser problemáticos para os clientes.problemáticos para os clientes.

Parâmetros – Frequência – Avaliação Parâmetros – Frequência – Avaliação de resultadosde resultados

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Avaliação do processo e dos resultadosAvaliação do processo e dos resultados

• Functional idiographic assessment template (FIAT)Functional idiographic assessment template (FIAT)(Callaghan, Summers, y Weidman, 2003)(Callaghan, Summers, y Weidman, 2003)

– – Expressão de necessidades: problemas com a Expressão de necessidades: problemas com a identificação e a afirmação/defesa de necessidades e identificação e a afirmação/defesa de necessidades e valores.valores.– – Comunicação bidirecional: Problemas com a Comunicação bidirecional: Problemas com a identificação e a resposta ao feedback e ao impacto identificação e a resposta ao feedback e ao impacto sobre os outros.sobre os outros.– – Conflitos: Problemas com conflitos interpessoais.Conflitos: Problemas com conflitos interpessoais.

Parâmetros – Frequência – Avaliação Parâmetros – Frequência – Avaliação de resultadosde resultados

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PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)PSICOTERAPIA FUNCIONAL ANALÍTICA (FAP)Avaliação do processo e dos resultadosAvaliação do processo e dos resultados

• Functional idiographic assessment template (FIAT)Functional idiographic assessment template (FIAT)(Callaghan, Summers, y Weidman, 2003)(Callaghan, Summers, y Weidman, 2003)

– – Proximidade pessoalProximidade pessoal:: Problemas com a revelação e Problemas com a revelação e o desempenho, e a manutenção de repertórios pró-o desempenho, e a manutenção de repertórios pró-sociais.sociais.– – Experiência e expressão emocional: As dificuldades Experiência e expressão emocional: As dificuldades com a identificação e as respostas às experiências com a identificação e as respostas às experiências emocionais.emocionais.

Parâmetros – Frequência – Avaliação Parâmetros – Frequência – Avaliação de resultadosde resultados

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