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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens 1 1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens 1 - Bartolomeu Pires, nasceu cerca de 1565 e casou com Ana Paes, ambos naturais de Mora. Tiveram: 2 - André Paes Rosado, tabelião de notas (1) , nasceu na freguesia de Nossa Senhora da Graça da Vila de Mora cerca de 1590. Casou na Igreja Matriz desta Vila a 10 de abril de 1617 (2) com Catarina Aleixo, natural da freguesia de Pavia e filha legítima de Paulo Fernandes e de sua mulher Maria Dias, da mesma localidade. Foram testemunhas do seu casamento Luís Mendes e muitas outras pessoas (no registo sic). André Paes Rosado terá exercido o seu ofício na Vila de Mora pelo menos nos anos de 1632 e 1633, subsistindo ainda um dos seus livros no Arquivo Distrital de Évora. André Paes Rosado e Catarina Aleixo são o tronco de toda a família Aleixo Paes, um apelido composto que perdura há quase quatro séculos. Deste casal nasceu: 3 - Maria Aleixo, que nasceu na freguesia e concelho de Mora, provavel- mente no final dos anos 20 do século XVII. Casou na Igreja de Nossa Senhora da Graça da freguesia da sua naturalidade a 5 de Fevereiro de 1646 (3) com António Dias Oliveira, seu conterrâneo. Assistiram ao seu casamento como testemunhas Domingos Garcia, Gaspar Nunes, Filipe de Mira e Fran- cisco de Lemos. António Dias de Oliveira foi primeiro alcaide e depois contratador de marchantaria como consta no processo de habilitação para o Santo Ofício de seu neto Manuel Aleixo Paes (4) . Era filho legítimo de Gaspar Pires e de sua mulher Ana Dias, ambos de Mora. Maria Aleixo e seu marido foram os pais de: 4 - Joseph Aleixo Paes, que nasceu na freguesia e concelho de Mora, foi (1) - A.D.E., Registos Notariais, Mora, André Paes Rosado, 1632-1633, Lv. 5. (2) - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Lv. C8, 1595-1670, fl. 20v.º. - Documento I. (3) - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Lv. C8, 1595-1670, fl. 50. - Doc. II. (4) - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Manuel Aleixo Paes, Maço 91, n.º 1711.

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens · 2019-12-27 · 1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens 5 6.1 - José António Aleixo Paes, escrivão dos Órfãos de Évora (27) e familiar

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Page 1: 1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens · 2019-12-27 · 1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens 5 6.1 - José António Aleixo Paes, escrivão dos Órfãos de Évora (27) e familiar

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

1

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

1 - Bartolomeu Pires, nasceu cerca de 1565 e casou com Ana Paes, ambos

naturais de Mora. Tiveram:

2 - André Paes Rosado, tabelião de notas (1), nasceu na freguesia de Nossa

Senhora da Graça da Vila de Mora cerca de 1590. Casou na Igreja Matriz

desta Vila a 10 de abril de 1617 (2) com Catarina Aleixo, natural da freguesia

de Pavia e filha legítima de Paulo Fernandes e de sua mulher Maria Dias, da

mesma localidade. Foram testemunhas do seu casamento Luís Mendes e

muitas outras pessoas (no registo sic).

André Paes Rosado terá exercido o seu ofício na Vila de Mora pelo

menos nos anos de 1632 e 1633, subsistindo ainda um dos seus livros no

Arquivo Distrital de Évora.

André Paes Rosado e Catarina Aleixo são o tronco de toda a família

Aleixo Paes, um apelido composto que perdura há quase quatro séculos.

Deste casal nasceu:

3 - Maria Aleixo, que nasceu na freguesia e concelho de Mora, provavel-

mente no final dos anos 20 do século XVII. Casou na Igreja de Nossa

Senhora da Graça da freguesia da sua naturalidade a 5 de Fevereiro de 1646 (3)

com António Dias Oliveira, seu conterrâneo. Assistiram ao seu casamento

como testemunhas Domingos Garcia, Gaspar Nunes, Filipe de Mira e Fran-

cisco de Lemos.

António Dias de Oliveira foi primeiro alcaide e depois contratador de

marchantaria como consta no processo de habilitação para o Santo Ofício de

seu neto Manuel Aleixo Paes (4). Era filho legítimo de Gaspar Pires e de sua

mulher Ana Dias, ambos de Mora.

Maria Aleixo e seu marido foram os pais de:

4 - Joseph Aleixo Paes, que nasceu na freguesia e concelho de Mora, foi

(1) - A.D.E., Registos Notariais, Mora, André Paes Rosado, 1632-1633, Lv. 5.

(2) - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Lv. C8, 1595-1670, fl. 20v.º. - Documento I.

(3) - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Lv. C8, 1595-1670, fl. 50. - Doc. II.

(4) - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Manuel Aleixo Paes, Maço 91, n.º 1711.

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

(5) - Não consta no respectivo assento de batismo quem foram os seus padrinhos. - A.D.E.,

Registos Paroquiais, Mora, Lv. B2, 1638-1669, fl. 92. - Doc. III.

(6) - Como consta no processo de habilitação para o Santo Ofício de seu filho Manuel

Aleixo Paes. - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Manuel Aleixo Paes, Maço 91, n.º 1711.

(7) - Foram testemunhas deste casamento o Prior Frei António do Couto e o Padre Manuel

Lopes do Couto. - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Lv. C9, 1673-1716, fl. 29v.º. - Doc. IV.

(8) - Apolónia Pegas teve por padrinhos de batismo João Alves e Susana Lopes. - A.D.E.,

Registos Paroquiais, Montemor-o-Novo, Freguesia de Lavre, Lv. B4, 1659-1673, fl. 12v.º.

- Doc. V.

(9) - Como consta no processo de habilitação para o Santo Ofício de seu neto Manuel

Aleixo Paes. - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Manuel Aleixo Paes, Maço 91, n.º 1711.

(10) - Idem.

(11) - A.D.E., Inquirições de Genere, Vicente Pegas, Maço 50, n.º 1067.

batizado na respetiva Igreja Matriz a 24 de março de 1666 (5). Foi Escrivão

da Câmara e tesoureiro da Igreja de Mora (6) e aí casou a 15 de agosto de

1688 (7) com Apolónia Pegas, que nascera na Vila de Lavre, no atual concelho

de Montemor-o-Novo, onde foi batizada a 17 de Fevereiro de 1661 (8).

Esta era filha legítima de Francisco Godinho, que foi lavrador da Herda-

de das Várzeas, no termo de Lavre, e depois foi viver para Mora onde foi

Escrivão da Câmara Judicial, Notas, Órfãos e Almoçataria(9) e de sua mulher

Catarina Pegas.

Apolónia Pegas era neta paterna de André Godinho, que serviu os cargos

honrados da república em Lavre(10) e de sua mulher Sebastiana Lopes, todos

naturais da referida Vila de Lavre.

Joseph Aleixo Paes e sua mulher Apolónia Pegas tiveram:

5.1 - Vicente Pegas, que nasceu na freguesia e concelho de Mora, tendo

sido batizado na Igreja Matriz a 29 de janeiro de 1690. Fez inquirição “de

genere” para receber Ordens menores no Arcebispo de Évora em 1707(11).

5.2 - Manoel Aleixo Paes de Saldanha e Pêgas, batizado a 11 de fevereiro

de 1692 na vila de Mora, que segue.

5.3 - André Pegas Paes, nasceu cerca de 1694, Coruche em Coruche e

casou em Mora a 7 de março de 1716 com Margarida Soeira Pelicoa.

Margarida Pelicoa era filha de José Soeiro, proprietário, lavrador da her-

dade das Albardas em Mora e Provedor da Misericórdia e de Mónica Rosa-

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

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da Pelicoa, natural de Arraiolos (segundo as Genealogias Alentejanas - Pag. 61).

5.4 - Mónica Pegas Paes, nasceu cerca de 1698, Coruche.

5.5 - Catarina Pêgas Paes, batizada a 9 de novembro de 1701 em Santana do

Mato, Coruche, que segue.

5.2 - Manuel Aleixo Paes de Saldanha e Pegas, familiar do Santo Ofício (12), sar-

gento-mor de Mora (13) e cavaleiro da Ordem de Cristo (14), Capitão do Regi-

mento de Artilharia, Sargento-Mór de Lagos, que nasceu na freguesia de

Mora, em cuja Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça foi batizado a 11 de

Fevereiro de 1692.

Casou cerca de 1731 com Maria Antónia Xavier, natural da freguesia

lisboeta da Madalena, filha legítima de Gabriel Correia e de sua mulher Pás-

coa de Sousa. Em segundas núpcias casou com Paula Maria da Cruz, natu-

ral de Mafra e filha legítima de António Luís Pereira, administrador das

Obras do Convento de Mafra, e de sua mulher Maria Teresa da Cruz. Deste

segundo casamento nasceram:

6.1 - Luís José Aleixo Paes, que foi bacharel em Cânones pela Universidade

de Coimbra e serviu depois os lugares de letras (15) como juiz de fora de Via-

na do Alentejo (16) e juiz dos órfãos de Évora (17), sendo ainda cavaleiro da

Ordem de Cristo (18). Era natural da Vila de Lagos e foi morador em Mafra.

(12) - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Manuel Aleixo Paes, Maço 91, n.º 1711.

(13) - Consta como sargento-mor no processo de habilitação para receber o hábito da

Ordem de Cristo de seu filho Luís José Aleixo Paes. - ANTT, Habilitações da Ordem de

Cristo, Luís José Aleixo Paes, Letra L, Maço 10, n.º 1.

(14) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dom João V, Lv. 29, fl. 169.

(15) - Fez processo de leitura de bacharéis em 1769. - ANTT, Leitura de Bacharéis, Luís

José Aleixo Paes, Maço 1, n.º 21. (Processo não consultado)

(16) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dom José I, Lv. 28, fl. 330. (Registo e cota não

verificados)

(17) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dona Maria I, Lv. 17, fl. 14. (Registo e cota não

verificados)

(18) - As informações relativas a sua mãe e avós maternos constam precisamente no seu

processo de habilitação para a Ordem de Cristo. A mercê data de 9 de Março de 1759, mas

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

6.2 - Maria Elói Pais Pereira e Saldanha, que recebeu uma tença régia em

1756 (19), acrescentada em 1788 (20).

6.3 - Vitória Bárbara da Cruz Pegas Pais, que em 1759 recebeu 10 mil

réis de tença régia (21).

5.5 - Catarina Pegas Paes, nasceu na Vila de Mora, onde foi batizada a 9

de setembro de 1702 (22). Casou na freguesia de Pavia do mesmo concelho

Mora, a 16 de dezembro de 1723 (23), com Francisco Caeiro Freire que aí

nascera e fora batizado a 16 de outubro de 1702 (24).

Francisco Caeiro Freire era filho legítimo de Manuel Barreiros Freire (25)

e de sua mulher Isabel Fernandes, ambos de Pavia. Terá sido capitão de

auxiliares, posto reservado à nobreza e habilitou-se para familiar do Santo

Ofício, mas não chegou a receber carta por motivos que neste momento se

desconhecem (26).

Catarina Pegas e seu marido Francisco Caeiro Freire tiveram:

a sua efectivação só ocorreu a 24 de setembro de 1772. - ANTT, Habilitações da Ordem de

Cristo, Luís José Aleixo Paes, Letra L, Maço 10, n.º 1; e ANTT, Registo Geral de Mercês,

Dom José I, Lv. 13, fl. 402v.º. (Registo, processo e respectivas cotas não verificados)

(19) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dom José I, Lv. 11, fl. 124. (Registo e cota não

verificados)

(20) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dona Maria I, Lv. 24, fl. 187. (Registo e cota não

verificados)

(21) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dom José I, Lv. 13, fl. 402v.º. (Registo e cota não

verificados)

(22) - Catarina Pegas Paes foi batizada por seu tio Gregório Godinho que era na altura

Prior de Santana do Mato. O seu padrinho foi o Ouvidor da comarca, que não foi nomeado

no assento respectivo. - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Freguesia de Mora, Lv. B3,

1669-1716, fl. 169v.º. - Doc. VI.

(23) - Assistiram a este casamento como testemunhas Paulo de Mira Coelho e o

Reverendo Padre Frei José Ribeiro, do hábito de Avis. - A.D.E., Registos Paroquiais,

Mora, Freguesia de Pavia, Lv. C12, 1693-1750, fl. 104. - Doc. VII.

(24) - Francisco Caeiro Freire teve por padrinhos Manuel Teles e Luísa de Brito. - A.D.E.,

Registos Paroquiais, Mora, Freguesia de Pavia, Lv. B6, 1683-1719, fl. 99. - Doc. VIII.

(25) - Este Manuel Barreiros Freire surge no assento de batismo de seu filho Francisco com

o nome de Manuel Caeiro, não havendo no entanto qualquer dúvida de que se trata da

mesma pessoa. - Cf. Doc. VIII.

(26) - O processo respectivo encontra-se retirado da leitura por estar em muito mau estado

de conservação. - ANTT, Tribunal do Santo Ofício, Habilitações Incompletas, Francisco

Caeiro Freire, Doc. 1641.

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

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6.1 - José António Aleixo Paes, escrivão dos Órfãos de Évora (27) e familiar

do Santo Ofício (28), que nasceu na freguesia de Pavia, concelho de Mora,

em cuja Igreja de São Paulo foi batizado a 21 de junho de 1731 (29).

Casou na Igreja de São Mamede da cidade de Évora a 8 de janeiro de

1758 (30) com Ana Inácia da Costa Pinheiro, que aí fora batizada a 23 de

setembro de 1738 (31); filha legítima de Manuel da Costa Tomás e de sua

mulher Joana Micaela Pais, ambos de Évora.

Ana Inácia era neta paterna de outro Manuel da Costa Tomás, de Vila

Cova à Coelheira no concelho de Vila Nova de Paiva, e de Catarina Martins,

de Évora; e neta materna de Domingos da Costa Pinheiro, familiar do Santo

Ofício (32), e de Mariana Ferreira Pais, cujas naturalidades se desconhecem.

José António Aleixo Paes e Ana Xavier da Costa Pinheiro foram os pais

de:

7.1 - António Daniel de Saldanha e Pegas, que morreu na campanha

francesa da Rússia.

7.2 - Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas, (casado com Genoveva Joaqui-

na Rosa Bárbara da Silva) que segue.

7.3 - Joana Benedita de Saldanha e Pegas, (casada com Joaquim António

Rebelo de Siqueira e Aragão) que segue no 3.º Capítulo, ramo Rebelo.

(27) - ANTT, Registo Geral de Mercês, Dona Maria I, Lv. 12, fl. 64. (Registo e cota não

verificados)

(28) - Teve Carta de Familiar a 8 de junho de 1713. - ANTT, Habilitações do Santo Ofí-

cio, José António Aleixo Paes, Maço139, n.º 2774.

(29) - Foram seus padrinhos de batismo o Reverendo Padre Bartolomeu Dias do Casal e

sua irmã Ana Cândida do Casal. - A.D.E., Registos Paroquiais, Mora, Freguesia de Pavia,

Lv. B7, 1719-1737, fl.109. - Doc. IX.

(30) - Este casamento foi testemunhado por José Vidigal e por Domingos Rosado. -

A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia de São Mamede, Lv. C18, 1757-1807, fls.

6 e 6v.º. - Doc. X.

(31) - Foram seus padrinhos de batismo João Galvão de Oliveira e Francisca das Chagas. -

A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia de São Mamede, Lv. B9, 1733-1748, fl.

41v.º. - Doc. XI.

(32) - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Domingos da Costa Pinheiro, Maço 17, n.º

363. (Processo não consultado)

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

(33) - Foram testemunhas deste casamento José Miguel Rebelo e Joaquim Pedro Rebelo,

ambos de Pavia.

(34) - Nome completo com que consta na lista de matriculados no Real Colégio das Artes

da Universidade de Coimbra. - RELAÇÃO e Índice Alphabetico dos Estudante Matricula-

dos na Universidade de Coimbra no Anno Lectivo de 1825 para 1826, suas naturalidades,

filiações e moradas, Coimbra: Imperial e Real Imprensa da Universidade, 1825. p. 6.

(35) - Existe no Arquivo Distrital de Évora o respectivo processo de dispensa de impedi-

mento matrimonial por parentesco, que precedeu a efectivação deste casamento. - A.D.E.,

Dispensas Matrimoniais, Caixa 56, Processo 1294. (Consultado superficialmente)

(36) - ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas, Maço

21, n.º 273.

(37) - Foram seus padrinhos de batismo o Inquisidor Nicolau Joaquim Torel, por procura-

ção que passou ao Dr. Joaquim José Correia de Sande, Juiz de Fora de Évora; e a invoca-

ção de Santa Ana da Igreja de São Tiago. - A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia

de São Mamede, Lv. 11, 1760-1772, fl. 39v.º. - Doc. XII.

7.4 - Emerenciana Fortunata de Saldanha e Pegas, que casou com

Manoel Rosado Lião, Sargento-Mor de Pavia. Faleceu em Pavia a 12 de

maio de 1843 tendo deixado testamento (ver história neste Capítulo).

7.5 - José Maria da Costa Freire, recebeu ordens menores em 1784. Era

cego. Casou com Antónia Luciana da Silva Goapette, filha do Capitão Pedro

Lopes Goapette e de Gertrudes Mariana do Salvador. José Maria Freire da

Costa Freire e Antónia Luciana tiveram pelo menos quatro filhos:

8.1 - Joaquim Aleixo Paes, que nasceu cerca de 1805 em Mora. Casou a 13

de dezembro de 1834 com Maria Clara, filha de Teodósio Pereira da Silva e

de Maria Arcangela (33).

8.2 - António Joaquim Aleixo Paes da Costa Freire de Saldanha Pegas (34),

bacharel pela Universidade de Coimbra. Foi um dos sócios fundadores do

Grémio Literário, em Lisboa.

8.3 - Maria Gertrudes Manuel de Saldanha Pegas, que casou em Évora

com o seu parente Francisco Pedro Salvado (35).

8.4 - Ana de Saldanha Pegas, batizada em S. Mamede, Évora em 1811.

7.2 - Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas, médico e Familiar do Santo

Ofício (36), nasceu na freguesia de São Mamede da cidade de Évora, em

cuja Igreja foi batizado a 4 de abril de 1762 (37). Sendo ainda solteiro, nas-

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

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ceu-lhe em Coimbra uma filha de uma senhora solteira não identificada (38), que

viria a perfilhar por escritura pública notarial (39) e legitimar por Carta Régia (40).

Casou posteriormente com Genoveva Joaquina Rosa Bárbara da Silva, de

quem não deixou geração. Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas foi o pai de:

8.1 - Ana Inácia Manuel Saldanha Pegas, que nasceu na freguesia de San-

ta Cruz de Coimbra a 12 de janeiro de 1786 (41) e nesse mesmo dia foi posta

na Roda, sendo assim batizada como enjeitada.

Casou na freguesia da Sé de Évora, no Oratório de Dom José Maldona-

do, a 11 de outubro de 1802 (42), com João Nepomuceno da Silva Leitão,

capitão de ordenanças, que nascera nessa mesma cidade mas na freguesia de

Santo Antão, onde foi batizado a 14 de dezembro de 1786 (43).

(38) - Nos documentos de perfilhação e legitimação, Joaquim Aleixo Pais da Costa Pegas

nunca refere o nome da mãe da sua filha. Na escritura de perfilhação, refere mesmo que

sendo ele solteiro teve uma filha de uma mulher solteira que por decência não declarava o

seu nome na Cidade de Coimbra (…) a qual ainda que fosse exposta na Roda dos enjeita-

dos daquela cidade, fora por ele mandada criar e depois a conduzira para esta cidade [de

Évora] aonde a tem sempre reconhecido e tratado como filha e ainda depois do consórcio

que havia contraído com D. Genoveva Joaquina Rosa Bárbara da Silva a conservava em

sua casa com o mesmo tratamento com a decência que lhe é permitido. Daqui se retira

claramente que D. Genoveva não era a mãe de D. Ana Inácia

(39) - Escritura de filiação que faz o Doutor Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas a sua

filha Ana Inácia Manuel Saldanha Pegas. De 10 de julho de 1802. - A.D.E., Registos

Notariais, Évora, Tabelião Faustino Xavier da Rosa, Lv. 1º (1452), 1799-1805, fl. 78v.º. -

Doc. XIII.

(40) - Como se demonstra por documentos anexos ao processo de inquirição de genere

para receber Ordens menores de Joaquim Aleixo Paes, Évora, 1822 - A.D.E., Inquirições

de Genere, Joaquim Aleixo Paes, Maço 184, n.º 1457. - Doc. XIV.

(41) - D. Ana Inácia foi batizada em Santa Cruz de Coimbra a 25 de janeiro de 1786, sen-

do sua madrinha Josefa Ferreira, rodeira. - Arquivo da Universidade de Coimbra, Registos

Paroquiais, Coimbra, Freguesia de Santa Cruz, Lv. B5, 1781-1830, fl. 62. - Doc. XV.

(42) - Foram testemunhas deste casamento Dom José Maldonado e Dom João Maldonado.

- A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia da Sé, Lv. C84, 1799-1810, fls. 58v.º e

59. - Doc. XVI.

(43) - Foram seus padrinhos de batismo o Reverendo Cónego José Jacinto e Teresa Maria

Elvas. - A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia de Stº Antão, Lv. B33, 1777-1790, fl.

209v.º. - Doc. XVII.

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

João Nepomuceno da Silva Leitão era filho legítimo de Caetano Rosado da

Costa (44), médico, natural dessa mesma freguesia e da já referida Genoveva

Joaquina Rosa Bárbara da Silva, natural da freguesia da Ameixoeira, limite

do concelho de Lisboa.

Era neto paterno de Manuel Rosado da Costa, da freguesia de São

Miguel de Machede e de Leocádia Eusébia, da cidade de Évora e neto

materno de José da Cruz, da Ameixoeira e de Bárbara Joaquina, da fregue-

sia de Carnide, Lisboa.

Ana Inácia e João Nepomuceno tiveram doze filhos:

9.1 - Mariana Cláudia, que foi batizada a 19 de julho de 1803 na freguesia

da Sé, Évora, tendo nascido a 10 de julho de 1803 e falecido em dezembro

de 1882. Casou a 12 de julho de 1845 com Diogo da Payã, falecido no

Vimieiro. Foi seu padrinho de batismo o Dr. Joaquim Aleixo Paes da Costa

Pêgas.

9.2 - Joaquim Aleixo Paes, nasceu a 19 de julho de 1804 e foi Capitão de

Infantaria 17, em Estremoz.

9.3 - Caetano Aleixo Paes, foi batizado a 23 de julho de 1806 na Sé, Évora,

tendo nascido a 15 de julho de 1806. Foi seu padrinho o Dr. Joaquim Aleixo

Paes da Costa Pêgas, avô materno.

9.4 - Genoveva Aleixo Paes, foi batizada a 4 de novembro de 1807, pelo

Reverendo Beneficiado Ângelo Pio Agostinho Fazenda, tendo nascido a 26

de outubro de 1807 e falecido em novembro de 1809. Foi seu padrinho o avô

materno Dr. Joaquim Aleixo Paes da Costa Pêgas. Faleceu sem descendência.

9.5 - António Aleixo Paes, foi batizado a 10 de novembro de 1823 na Sé de

Évora, segundo do nome, tendo nascido a 6 de janeiro de 1810. Foram seus

(44) - Existem no Arquivo Distrital de Évora três testamentos de que foi testamenteira D.

Genoveva Joaquina Rosa Bárbara da Silva: um relativo a seu marido, Caetano Rosado da

Costa; os outros, relativos aos seus filhos o Padre José Maria Rosado da Costa e Mariana

Bárbara de Santa Teresa, religiosa no Convento do Paraíso dessa cidade. - A.D.E., Testa-

mentos, Caetano Rosado da Costa, Cx. 43, n.º 67; A.D.E., Testamentos, José Maria Rosa-

do da Costa, Cx. 47, n.º 8; A.D.E., Testamentos, Mariana Bárbara de Santa Teresa, Cx.

46, n.º 31.

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

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padrinhos de batismo o Exmo. Bispo e o Reverendo Padre Frei José de San-

ta Maria do Mosteiro do Espinheiro. Faleceu sem descendência.

É referido no caderno de contas de Francisco Aleixo Paes, folha 1v, em

1864, um António Joaquim Aleixo Paes, como Quinhoeiro da Sesmaria da

Vinha.

9.6 - João Aleixo Paes, que nasceu a 19 de abril de 1812 e faleceu em julho

de 1834 (livro 57, Sé, Évora). Foi estudante na Universidade de Coimbra (45).

9.7 - José Aleixo Paes, gémeo com o anterior, nasceu a 19 de abril de 1812

e faleceu a 17 de maio de 1812.

Foram batizados a 28 de abril de 1812 na Sé de Évora, pelo Reverendo

Beneficiado Ângelo Pio Agostinho Fazenda. Foram seus padrinhos o avô

Dr. Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas e tocou com a prenda Reverendo

Padre Frei José de Santa Maria do Mosteiro do Espinheiro.

9.8 - Genoveva Joaquina Aleixo Paes, foi batizada a 15 de janeiro de

1815, segunda do nome, tendo nascido a 6 de janeiro de 1815 e falecido a

14 de março de 1832. Foram seus padrinhos o avô materno, Doutor Joaquim

Aleixo Paes da Costa Pegas, Médico do Curativo desta cidade e tocou com a

prenda Frei José de Santa Maria, Religioso de S. Jerónimo.

9.9 - Francisco Aleixo Paes, nasceu na freguesia da Sé de Évora a 12 de

junho de 1818 (46) e casou na freguesia de São Mamede da mesma cidade a

22 de abril de 1845 (47) com Maria Benjamim Rita da Fonseca Lima.

Segue no 2.º Capítulo, ramo Aleixo Paes.

(45) - RELAÇÃO e Índice Alphabetico dos Estudantes Matriculados na Universidade de

Coimbra no Anno Lectivo de 1825 para 1826, suas naturalidades, filiações e moradas,

Coimbra: Imperial e Real Imprensa da Universidade, 1825. p. 57.

(46) - Francisco Aleixo Paes foi batizado na Sé Catedral de Évora a 19 de junho de 1818 e

foi apadrinhado por Francisco Pereira da Silva Sousa e Menezes, Coronel do Regimento

de Milícias de Évora, e sua mulher D. Inácia de Sousa da Câmara Aragão e Castro, que

passou procuração ao Reverendo Cónego Manuel Afonso Madeira. - A.D.E., Registos

Paroquiais, Évora, Freguesia da Sé, Lv. B58, 1813-1818, fls. 244v.º e 245. - Doc. XVIII.

(47) - Assistiram a este casamento como testemunhas João Nepomuceno da Silva Leitão e

Joaquim Aleixo Paes. - A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia de São Mamede,

Lv. C30, 1843-1860, fl. 9v.º. - Doc. XIX.

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10

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

9.10 - Maria Engrácia Aleixo Paes, foi batizada a 26 de abril de 1820, ten-

do nascido a 15 de abril de 1820. Faleceu em 1875 em Mora. Foram seus

padrinhos de batismo o Ilustríssimo Fernando de Mesquita Pimentel e Pavia

e sua mulher Maria Liberata da Costa.

9.11 - Anna José Aleixo Paes, nasceu a 19 de março de 1822 e faleceu em

1875 em Mora.

Foi batizada a 1 de abril de 1822 em casa por ter nascido em perigo de

vida, sendo seus padrinhos Joaquim Aleixo Paes, irmão da mesma e tocou

com a prenda de Nossa Senhora, o Reverendo Padre Frei José Maria, Reli-

gioso de S. Jerónimo.

Casou a 19 de agosto de 1842 com Jacinto Barata Godinho nascido em

1819, Provedor da Misericórdia de Mora em 1849 e 1869, filho de Francisco

Barata Godinho, Capitão-Mor de Mora e aí Juiz Ordinário, batizado em

Avis a 23 de Fevereiro de 1766 e de D. Luiza Teresa de Sousa Calado, de

Mora. Tiveram dois filhos:

Registo de casamentos em S. Mamede, Évora:

Aos 19 de agosto de 1842 casaram Jacinto Barata, natural de Mora,

filho de Francisco Barata Godinho e de D. Luísa Teresa Calado com D.

Anna José Aleixo Paes, natural de Évora, filha de João Nepomuceno da Sil-

va Leitão e de D. Anna Manoel de Saldanha e Pêgas, sendo testemunhas

João e Joaquim Nunes, moradores em Mora.

10.1 - João Nepomuceno Barata, Escriturário da Fazenda foi batizado na

Igreja da Misericórdia de Mora a 16 de dezembro de 1844, tendo nascido a

3 do mesmo mês. Foram padrinhos João Nepomuceno da Silva Leitão e D.

Luiza Thareza Callada, seus avós.

Casou em Mora a 23 de abril de 1879 com Adelaide Sophia de Lima

(48) - D. Maria Benjamim Rita da Fonseca foi batizada na Igreja Paroquial de Santo

Antão a 5 de junho de 1823, sendo seus padrinhos Dom Frei Patrício da Silva, Arcebispo

de Évora, com procuração passada ao Cónego Estêvão José Vieira; e a invocação de Nos-

sa Senhora, com cuja prenda tocou Francisco Joaquim da Fonseca, tio de D. Maria Benja-

mim. - A.D.E., Registos Paroquiais, Évora, Freguesia de Santo Antão, Lv. B35, 1820-

1844, fl. 53v.º. - Doc. XX.

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

11

Peixoto, nascida em 1853 em Arraiolos, filha de Demétrio António Peixoto

e de Luiza Sophia de Lima e foram moradores na Rua Nova dessa vila.

Foram testemunhas de casamento Jacintho Barata, viúvo, proprietário e

António Francisco de Lima e Brito, administrador do concelho, casado.

Tiveram três filhos:

11.1 - Francisco Barata, batizado em Mora a 12 de agosto de 1880, nasceu

a 27 de julho de 1880. Foram seus padrinhos Francisco Aleixo Paes, casado,

proprietário, morador no Couço e Francisca do Rosário Barata Falcão, casa-

da, proprietária, moradora em Mora.

11.2 - João Barata, batizado em Mora a 18 de maio de 1882, nasceu a 2 de

março de 1882 na Rua do Balcão em Mora. Foram seus padrinhos o Dr.

Manuel Luiz de Castro, Facultativo e D. Anna Diaz Taborda.

11.3 - Manoel Barata, batizado em Mora a 17 de agosto de 1884, nasceu a

30 de junho de 1884. Foram seus padrinhos Francisco Pedro Barata, soltei-

ro, proprietário e Jacinta da Anunciação Barata, casada, ambos moradores

em Mora. Casou a 15 de outubro de 1910 na Igreja de S. Mamede em Évora

com Ester Augusta, de 21 anos, natural de S. Mamede, filha de pais incógni-

tos. Faleceu em S. Pedro, Évora.

10.2 - Francisco Barata, foi batizado na Matriz de Mora a 15 de julho de

1846, tendo nascido a 8 do mesmo mês.

10.3 - Jacinto Barata, batizado na Matriz de Mora a 9 de novembro de

1849, nasceu mo primeiro desse mês. Foram seus padrinhos o Reverendo

Prior António Pinto Álvares e D. Luzia Thareza Callada, avó.

10.4 - Jacinta da Anunciação Barata, batizada em Mora a 25 de abril de

1857, nasceu a 25 de março desse ano. Foram seus padrinhos Pedro Maria

Barata e D. Maria Engrácia Aleixo Paes, tios, casados, ambos moradores em

Mora.

Casou com 22 anos a 24 de outubro de 1878 em N. Sra. da Graça em

Mora com Manuel Rodrigues de 38 anos, viúvo de Maria Joana de Brito

Correia, ferreiro, depois proprietário, natural de Montargil. Era filho de José

Vicente Barroso e de Anna Isabel. Tiveram dois filhos:

11.1 - Luiza Barata, foi batizada a 17 de agosto de 1884 em Mora, tendo

nascido a 28 de abril desse ano.

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12

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

Segue no 2º Cap.

Esquema da Árvore Aleixo Paes

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

13

Folha do manuscrito de Francisco Silva Leitão

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14

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

9.9

Francisco Aleixo Paes

e verso da fotografia

10.1

Francisco Aleixo Paes

9

Maria Benjamim Rita da Lima Fonseca

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

15

História

Memórias de Francisco da Silva Leitão

Uma parte do chamado “livro de família Aleixo Paes” é escrito por Fran-

cisco da Silva Leitão e as suas memórias são surpreendentes, como se verá.

Sendo o manuscrito muito antigo, claro que o português se ressente disso.

Por exemplo, o autor não diz batizado mas bauptizado! Estive indeciso se

deveria modernizar esse português em benefício do leitor, ou manter os ter-

mos originais por pitorescos. Decidi tornar as frases mais legíveis mas con-

servar algumas das antigas palavras.

Francisco da Silva Leitão não é meu ascendente, mas tio da minha

ascendente Genoveva Joaquina Rosa Bárbara da Silva Leitão, e esta filha de

José da Cruz e de Bárbara Joaquina, ambos naturais de Cernache do Bom

Jardim, tal como Francisco da Silva Leitão. Mas deixemos os comentários

para o fim da transcrição das suas memórias:

Livro de Família:

“Em 1710, no mês de outubro fui eu bauptizado, Francisco da Silva Lei-

tão.

Em 1713, no mês de fevereiro foi bauptizada Thereza segunda deste

nome.

Em 4 de outubro de 1755 foi bauptizada a minha escrava Maria na Igreja

de (ilegível).

Comprei-a de idade que tinha, 16 anos.

Custou-me oitenta mil reis.

Em 21 de fevereiro de 1757 annos:

Me recebi (n.a. casei-me) com Thereza Maria Relvas na Igreja de São

Pedro desta Cidade de Évora; ela é natural da villa do Vimieiro e eu natural

da Freguesia de São Sebastião de Sernache do Bom Jardim, termo da villa

da Certaã, Priorado do Crato. Fui bauptizado na dita freguesia de São Sebas-

tião de Sernache do Bom Jardim.

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16

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

Forão padrinhos o Dr. Dezembargador Thomas Jozé de Menezes Souza,

Prior na mesma Igreja e o Capitão Simão Dias da Fonseca, era ub Supra e,

por verdade, foi este asento que asignei.

Francisco da Silva Leitão.

Em 1758, no mês de fevereiro, foi bauptizada a minha sobrinha Genove-

va, em 21 do referido mês de fevereiro, na Muxeira, no Limiar, termo de

Lisboa; está abelitada pello Santo Ofício, pois que a mandei eu abelitar.

Em 1762, no mês de outubro foi bauptizada a minha Sobrinha Getrudes,

em 7 do referido mês de outubro e a meti Freira no Convento do Paraízo

desta Cidade de Évora.

Em 3 de fevereiro de 1780, dia de São Braz, profeçou minha sobrinha

Soror Gertrudes Thereza do Céo no Convento do Paraizo desta Cidade de

Évora, para Relligioza de véo Preto, era ut. supra.

E gastei etc.

Em 26 dias de março de 1770 foy bauptizado meu sobrinho Joachim que

nasceo aos 21 do dito mês filho legítimo do primeiro Matrimónio bauptiza-

do na freguesia de São Sebastião de Sernache do bom jardim da villa da

Certaã Priorato do Crato; como milhor consta da sua certidão de batismo

que está na gaveta junta com os papéis; declaro que foi bauptizado na Fre-

guesia de Sernache do bom jardim termo da villa da Certaã.

E este sobrinho tem mais sete Irmãs; está abelitada pelo Santo Ofício a

mais velha que se chama D. Genoveva Joaquina Roza Barbara da Silva e que

casou com o Dor. Caetano Rozado da Fonseca Médico desta cidade de Évora.

Em 21 de abril de 1781 cazei minha sobrinha Genoveva Joaquina Roza

Bárbara da Silva com o Doutor Caetano Rozado da Costa desta cidade, filho

de Manoel Rozado.

(Nota à margem: Teve 7 filhos e 5 filhas como consta dos Asentos folha

98 verso e folha 99 e faleceu a 22 de fevereiro de 1842, ela tendo passado a

segun-das núpcias com o Dr. Joaquim Aleixo Paes, Médico em a cidade de

Évora.)

E gastei com elas no emxoval que lhe fiz e comprei e caza posta como

consta do rol junto desta conta, salvo erro quinhentos e vinte e três mil, seis-

centos e quarenta reis, etc.

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

17

Em 24 de Janeiro de 1782 pario minha sobrinha Genoveva. É uma mini-

na e batizouce em 3 do mesmo mês de fevereiro. Forão padrinhos Manoel

Rozado da Costa e madrinha Thereza Maria Relvas e se chama Mariana. Se

batizou na Igreja de Santo Antão desta cidade de Évora; digo foi baptizada

aos três dias do mês de fevereiro de 1782.

Em 23 de abril de 1783 pariu Minha Sobrinha Genoveva. É uma menina,

se batizou a 29 de abril do anno. Forão padrinhos o M. R. Padre Chantre

Sebastião de Sáa e madrinha Thereza Maria Relvas, molher de Francisco da

Sylva Leitão e se chama a minina Mariana segunda deste nome, e se batizou

na Igreja de Santo Antão desta cidade de Évora em abril de 1783.

Em 25 de fevereiro de 1785 pariu minha Sobrinha Genoveva. É um

menino que se chama Jozé. Batizouce em 6 de março do mesmo ano de

1785 na Igreja de Santo Antão desta cidade de Évora. Forão padrinhos Jozé

Francisco da Sylva Leitão e madrinha Thereza Maria Relvas, sua molher.

Francisco da Silva Leitão, mercador de roupas Inglezas, morador na Praça

grande desta cidade de Évora, era ut supra.

(Nota à margem: Este menino foi o frade Jozé de Santa Maria do Convento do Espinheiro)

Em 23 de junho de 1786 mandei vir da Beira mais duas sobrinhas que as

trouxe seu pai que se chama Jozé da Cruz e sua mãe Bárbara Joaquina. As

minhas sobrinhas uma chama-se Anna Criada digo Bárbara e a outra Frautina

Roza da Silva Bárbara.

Em 4 de dezembro de 1786 pario minha sobrinha Genoveva um minino,

que se chama João Nepuliseno. Forão padrinhos o M. R. Snr. Cónego Jacintes

digo Jozé Jacintes e madrinha Thereza Maria Relvas, molher de Francisco

da Sylva Leitão. Batizouce na Igreja de Santo Antão desta cidade de Évora,

como todos se têm, digo, aonde todos se têm bauptizado como consta em fron-

tes. Batizouce na Igreja de Santo Antão em 13 ou 14 do referido mês de 1786.

Em 20 de abril de 1787 entreguei o dote a Prioreça e as propinas da

emtrada no Paraizo para Frantina ser (ilegível) Paraizo dote 6000 reis.

Porpinas de emtrada della 180,82 reis.

Em 3 de maio de 1787 entrou minha sobrinha para freira no Paraízo para

freira Fraustina Fortunata do minino Jesus, que se lhe mudarão a profissão,

digo, na entrada os sobrenomes.”

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18

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

Como se vê, Francisco da Silva Leitão, nascido em 1710 em Cernache

do Bom Jardim, escreve as memórias até 1787. Ele próprio o diz que era

“mercador de roupas Inglezas, morador na praça grande desta cidade de

Évora”. Seria provavelmente irmão de Bárbara Joaquina, moradora com seu

marido na Muxeira, no Lumiar, termo de Lisboa. O que surpreende são as

decisões sobre as suas sobrinhas: Genoveva, tal como o seu filho, João

Nepomuceno, recebem os apelidos do tio, Silva Leitão. Genoveva é mandada

habilitar pelo Santo Ofício; as outras sobrinhas Ana e Frautina são manda-

das vir da Beira, Frautina para entrar como freira num convento em Évora!

No que diz respeito à habilitação pelo Santo Ofício da jovem sobrinha,

alguns genealogistas experientes afirmam que não pode ser a habitual habi-

litação para Familiar do Santo Ofício. Parece que se tratava duma habilita-

ção prévia para facilitar o futuro casamento da jovem com um marido que já

fosse Familiar do Santo Ofício.

Casamento de jovens

No “livro da família Aleixo Paes” mais dois textos manuscritos dizem

respeito a este “minino” João Nepomuceno nascido em 4 de dezembro de

1786 e filho da sobrinha Genoveva de Francisco da Silva Leitão. O autor

deste manuscrito é bastante mais recente: o Dr. Arthur Paes de Almeida, que

foi médico em Vendas-Novas e era neto de João Nepomuceno. Os textos

são muito semelhantes e o primeiro texto diz o seguinte:

“A D. Genoveva enviuvou do Dr. Caetano Rosado da Costa, depois de

ter este filho João Nepomuceno. Annos depois d’enviuvar casou com o

Doutor Joaquim Aleixo Paes, que tinha uma filha, D. Anna Manoel Salda-

nha Pegas, da mesma idade de João Nepomuceno. Como tinham de viver

juntos, casaram estes filhos quando fizeram 16 annos (dizia meu avô que

ainda brincavam com bonecas). O irmão de João Nepomuceno, José, foi fra-

de no convento do Espinheiro com o nome de Fr. José de Santa Maria, e foi

padrinho de quase todos os filhos de seu irmão João Nepomuceno da Silva

Leitão (vide folhas 95 e 96 do livro de família).”

O segundo texto acrescenta mais algumas informações sobre este caso:

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

19

“Este menino casou-se com D. Anna Manoel Saldanha Pegas. Esta D.

Genoveva casou em segundas núpcias com o Doutor (também médico) Joa-

quim Aleixo Paes, que tinha uma irmã, D. Emerenciana Fortunata de Salda-

nha Pegas e uma filha. A filha do médico Aleixo Paes (filha natural?) foi a

que casou com João Nepomuceno da Silva Leitão.

Eu, Arthur Aleixo Paes, que escrevo isto em 25 de junho de 1929, etc.”

Estas memórias seguem na história do 2.º Capítulo, ramo Aleixo Paes.

Como já foi referido na nota (38) da genealogia, uma investigação recen-

te permitiu esclarecer melhor a história de Anna Inácia Manoel Saldanha

Pegas: Com efeito, Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas, médico e Familiar

do Santo Ofício, sendo ainda solteiro, nasceu-lhe em Coimbra uma filha de

uma senhora solteira não identificada, que viria a perfilhar por escritura

pública notarial e legitimar por Carta Régia.

Assim Anna Inácia Manoel Saldanha Pegas não era filha de Genoveva

da Silva Leitão mas filha perfilhada do Dr. Joaquim Aleixo Paes. E, apesar

disso, Genoveva da Silva Leitão é minha ascendente, porque é a mãe de

João Nepomuceno da Silva Leitão, este filho do seu primeiro casamento

com o Dr. Caetano Rosado da Costa.

João Nepomuceno e Ana Inácia foram os pais do primeiro Francisco

Aleixo Paes, que herdou os apelidos do seu avô materno Joaquim Aleixo

Paes.

O manuscrito do Dr. Arthur Aleixo Paes tem outra imprecisão. O Dr.

Joaquim Aleixo Paes da Costa Pegas tinha mais dois irmãos além da sua

irmã Emerenciana de Saldanha e Pegas, que o manuscrito não refere: uma

irmã, Joana Benedita de Saldanha e Pegas, que veio a casar e residir em

Pavia, e um irmão José Maria da Costa Freire, o José Maria “cego”.

Memórias de João Nepomuceno da Silva Leitão

No “livro da família Aleixo Paes ” surge um extenso relatório manuscri-

to de nascimentos dos filhos de João Nepomuceno da Silva e Genoveva Joa-

quina Roza Bárbara da Silva Leitão. O autor deste manuscrito terá sido o

próprio João Nepomuceno e refere o seguinte:

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20

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

“Na folha 98 verso deste livro se vê o dia em que é batizado João Nepo-

muceno da Sylva Leitão, assim como na folha 99 se vê o asento de batismo

de suas irmãs e irmãos . No verso da folha 99 se vê quando casaram os seus

Pays, o Dr. Caetano Rozado da Costa e D. Genoveva Joaquina Roza Barba-

ra da Sylva Leitão.

Cidade de Évora: Em o dia 11 de outubro de 1802 cazei com D. Anna

Manoel de Saldanha e Pegas.

Fomos recebidos pello Padre Ângelo Agostinho Fazenda na Capella do

Palácio do Páteo de S. Miguel, forão padrinhos D. José Maldonado e seu

filho D. João Maldonado, e madrinha D.ª Maria Ventura, may de D. José

Maldonado.

Nasceo a primeira filha Marianna a 10 de julho de 1803, foi batizada em

a Santa Sé de Évora pelo Padre Angelo Agostinho Fazenda, forão padrinhos

seu avô, o Doutor Joaquim Aleixo Paes e foi tocar com a prenda de Nossa

Senhora do Espinheiro seu tio e meu irmão Frei José de Santa Maria, Monje

em o dito Convento.

Morreo em dezembro de 1882 em a Villa do Vimieiro.

Nasceo o primeiro filho Joaquim a 19 de setembro de 1804 e foi batiza-

do em a Santa Sé de Évora pello Padre Ângelo Agostinho Fazenda. Forão

padrinhos seu avô o Doutor Joaquim Aleixo Paes e foi tocar com a prenda

de Nossa Senhora do Espinheiro seu tio e meu irmão Frei Jozé de Santa

Maria, Monje em o dito Convento. Morreo, sendo Capitão de Infantaria n.º

17 em Estremoz, em 185 (?)

Nasceo o segundo filho Caetano a 15 de julho de 1806, foi batizado em a

mesma Igreja pello mesmo Padre e forão os mesmos padrinhos asima ditos.

Faleceo no 1.º de abril de 1840 pellas nove horas e meia da noite e foi enter-

rado no cemitério de Santo António.

Nasceo a segunda filha Genoveva em outubro de 1807 e foi batizada em

a mesma Igreja pelo mesmo Padre. Forão os mesmos padrinhos acima ditos,

faleceo em novembro de 1809 e foi enterrar à Igreja do Carmo.

Nasceo o terceiro filho António a 6 de Janeiro de 1810 e foi batizado em

a Matriz da Villa de Pavia pello Reitor o Padre António Thomas. Foi padrinho

seu avô o Doutor Joaquim Aleixo, levando procuração Joaquim António

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1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

21

Rebello, e madrinha (?) Emerenciana Fortunata de Saldanha Pegas. Faleceu

a 9 de julho (?) de 1822 e foi enterrado no Convento de Santo António da

cidade de Évora.

Nascerão o quarto e quinto filhos gémeos João e Jozé a 18 de abril de

1812, forão batizados em a Igreja da Sé de Évora pello Padre Ângelo Agos-

tinho Fazenda. Forão padrinhos seu avô, o Doutor Joaquim Aleixo Paes e

foi tocar com a prenda de Nossa Senhora do Espinheiro seu tio e meu Irmão

Frei José de Santa Maria, Monje no dito Convento; José faleceo a 17 de

maio de 1812 e foi enterrar à Igreja do Carmo de Évora; João faleceo e foi

enterrar ao Cemitério da Santo António pella moléstia da cólera em julho de

1844, aliás em 1834.

Nasceo a terceira filha de segundo nome Genoveva a 3 de Janeiro de

1815 e foi baptizada em a Santa Sé de Évora pello Beneficiado da mesma

Igreja o Padre Joaquim Victorino, digo, pello Padre Joaquim, por alcunha o

Boxêxa, forão padrinhos seu avô o Doutor Joaquim Aleixo Paes e tocou

com a prenda de Nossa Senhora do Espinheiro seu tio e meu irmão Frei José

de Santa Maria, Monje no dito Convento. Faleceo a 14 de março de 1832 e

foi enterrar ao Convento ao Carmo da cidade de Évora.

Nasceo o sexto filho Francisco a 11 de junho de 1818 foi baptizado em a

Santa Sé pello beneficiado da mesma Igreja o Padre Joaquim Victorino.

Forão padrinhos Francisco Pereira de Sylva Souza e Menezes, então Coro-

nel das Millicias d´ Évora e sua mulher

D. Ignácia.

Nasceo a quarta filha Maria a 16 de abril de 1820 e foi baptizada em

Santa Sé pello beneficiado da mesma Igreja o Padre Francisco de Paulla

Macedo. Forão padrinhos Fernando da Mesquita Pimentel Pavia e Barreto e

madrinha D. Maria Liberato, sua mulher. Morreo em Mora em de 187…

Nasceo a quinta filha Anna a 19 de março de 1822, foi batizada em a

Santa Sé pello beneficiado da mesma Igreja o Padre Joaquim Victorino.

Forão padrinhos seu avô o Doutor Joaquim Aleixo Paes e tocou com a pren-

da de Nossa Senhora do Espinheiro seu irmão Joaquim Aleixo Paes. Morreo

em Mora aonde residiu em … de 187…

Nasceo o sétimo filho António a 30 de outubro de 1823 e foi baptizado

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22

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

em a Santa Sé de Évora pello Baxarel da mesma Igreja o Padre Joaquim

Cordeiro. Forão padrinhos o Bispo de Eucarpia, o Dor. António d’Óliveira e

tocou com a prenda de Nossa Ssenhora do Espinheiro seu tio e meu irmão

Frei Jozé de Santa Maria, Monje em o dito Convento. Morreo em Mora em

18??

Segue-se o assento dos filhos e filhas cazados e dos netos do cazal de

João Nepomuceno da Silva Leitão e de sua esposa D.ª Anna Manoel Salda-

nha e Pegas:

- Anna, quinta filha, cazou em 19 de agosto de 1842 com Jacinto Barata

filho de Capitão-Mór Francisco Barata, da Villa de Mora e de D.ª Luzia

Thereza Calada. (1)

- Nasceo em dezembro de 1844 João e foi batizado em a freguesia

Matriz de Mora Pello Reverendo Prior da mesma freguesia. Forão padrinhos

seu avô materno João Nepomuceno da Sylva Leitão e madrinha sua avó

paterna D. Luiza Thereza Callada.

- Nasceo em 8 de julho de 1846 Francisco e foi batizado em a freguesia

Matriz de Mora Pello Reverendo Prior da mesma freguesia. Forão padrinhos

António Callado, tio do pay e madrinha D.ª Guilhermina Barata, Irmãa do

pay.

Nota à margem: Faleceo a 21 de outubro de 1848.

- Nasceo a 2 de agosto de 1847, chama-se Joze e foi batizado em a fre-

guesia Matriz de Mora. Forão padrinhos Fortunato Simões ??? e madrinha

sua avó materna (?) D. Luiza Thereza Callada.

- Jacinto nasceo em a Matriz da Villa de Mora e foi baptizado em a Igre-

ja pello Reverendo Prior da mesma, o qual foi padrinho e madrinha sua avó

paterna D. Luiza Thereza Callada.

??? Nasceo uma Menina …

nasceo em fevereiro de 1850 e cazou com não sei quem.

Houve outro chama-se Júlio, casado hoje com uma filha do Mayor (?)

Monteiro da Villa de Évora. Reside em Mora.

- Outra chama-se Jacinta, cazada hoje com Manuel Rodrigues Saldanha

proprietário e Tesoureiro, residem em Mora.

Francisco sexto filho cazou a 22 d’abril de 1844 com D. Maria Benja-

Page 23: 1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens · 2019-12-27 · 1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens 5 6.1 - José António Aleixo Paes, escrivão dos Órfãos de Évora (27) e familiar

1º Capítulo - Aleixo Paes - Origens

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mim Lima da Fonseca, filha de Jozé Maria Fonseca e de D.ª Inocência.

Forão padrinhos seu pay João Nepomuceno e seu irmão Joaquim Aleixo e

madrinha sua may D. Anna Manoel forão pello Prior de S. Mamede recebi-

dos.

Nasceo o sétimo filho Francisco a 25 de setembro de 1847 (?) foi batiza-

do em a freguesia de S. Mamede pello Padre ? por se achar doente o Reve-

rendo Prior Constantino Augusto Cabral. Forão padrinhos seu avô paterno

João Nepomuceno da Silva Leitão e com procuração seu tio, irmão de seu

pay, Joaquim Aleixo Paes, a procuração era feita por sua Irmã e Freira do

Convento de Vianna D. Maria Angélica da Fonseca, irmã da may

Não houve mais filhos.”