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1. COMPACTAÇÃO Compactação do solo é o p vazios do solo, melhorand permeabilidade. Pode ser fe Quando o solo é compactad Aumentar o co Reduzir o volu Aumentar a re Gerar um mate Reduzir a perm Os solos compacta pavimentação, barragens d processo de compactação sã Em laboratório, de curva de compactação e p aparente seco máximo (γ dmá Já a capacidade de s de CBR (Califórnia Bearin uma especifica conhecida c Para executar a com equipamentos em função d com base nos parâmetros de 2. Curva de Compact Proctor (1993) dese compactação (Figura 1). (S O DOS SOLOS processo manual ou mecânico que visa redu do as suas características de resistência, de eito tanto em laboratório como no campo. do, procura-se atingir os seguintes objetivos: ontato entre os grãos; ume de vazios; esistência; erial mais homogêneo; meabilidade e a compressibilidade. ados são utilizados em estabilização de m de terra e aterros, sendo que os fatores qu ão o teor de umidade do solo e a energia aplic eve ser realizado o ensaio de compactação pa parâmetros como a umidade ótima (w ot ) e o ám ). suporte do solo compactado é determinada a ng Ratio). Ainda no caso de solos tropicais, f como MCT (Minitura, Compactado, Tropical) mpactação no campo, podem ser utilizados do material que será compactado, sendo que o eterminados em laboratório. tação envolveu o ensaio dinâmico para determina Slide) 1 uzir o volume de eformabilidade e maciços terrosos, ue interferem no cada. ara determinar a peso específico através do ensaio foi desenvolvida ). s vários tipos de o controle é feito ação da curva de

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1. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS

Compactação do solo é o processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de

vazios do solo, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e

permeabilidade. Pode ser feito tanto em laboratório como no campo.

Quando o solo é compactado, procura

� Aumentar o contato entre os grãos;

� Reduzir o volume de vazios;

� Aumentar a resistência;

� Gerar um material mais homogêneo;

� Reduzir a permeabilidade e a compressibilidade.

Os solos compactados são utilizados em

pavimentação, barragens de terra e aterros

processo de compactação são o teor de umidade do solo e a energia aplicada.

Em laboratório, deve ser real

curva de compactação e parâmetros como a umidade ótima (w

aparente seco máximo (γdmám

Já a capacidade de suporte do solo compactado é determinada através do ensaio

de CBR (Califórnia Bearing Ratio

uma especifica conhecida como MCT (Minitura, Compactado, Tropical).

Para executar a compactação no campo, podem ser utilizados vários tipos de

equipamentos em função do material que será co

com base nos parâmetros determinados em laboratório.

2. Curva de Compactação

Proctor (1993) desenvolveu o ensaio dinâmico para determ

compactação (Figura 1). (Slide)

COMPACTAÇÃO DOS SOLOS

processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de

vazios do solo, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e

feito tanto em laboratório como no campo.

Quando o solo é compactado, procura-se atingir os seguintes objetivos:

Aumentar o contato entre os grãos;

Reduzir o volume de vazios;

Aumentar a resistência;

Gerar um material mais homogêneo;

Reduzir a permeabilidade e a compressibilidade.

s compactados são utilizados em estabilização de maciços terrosos,

pavimentação, barragens de terra e aterros, sendo que os fatores que interferem no

processo de compactação são o teor de umidade do solo e a energia aplicada.

Em laboratório, deve ser realizado o ensaio de compactação para determinar a

curva de compactação e parâmetros como a umidade ótima (wot) e o peso especí

dmám).

Já a capacidade de suporte do solo compactado é determinada através do ensaio

Bearing Ratio). Ainda no caso de solos tropicais, foi desenvolvida

uma especifica conhecida como MCT (Minitura, Compactado, Tropical).

Para executar a compactação no campo, podem ser utilizados vários tipos de

equipamentos em função do material que será compactado, sendo que o controle é feito

com base nos parâmetros determinados em laboratório.

de Compactação

Proctor (1993) desenvolveu o ensaio dinâmico para determinação da curva de

(Slide)

1

processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de

vazios do solo, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e

estabilização de maciços terrosos,

os fatores que interferem no

processo de compactação são o teor de umidade do solo e a energia aplicada.

izado o ensaio de compactação para determinar a

) e o peso específico

Já a capacidade de suporte do solo compactado é determinada através do ensaio

). Ainda no caso de solos tropicais, foi desenvolvida

uma especifica conhecida como MCT (Minitura, Compactado, Tropical).

Para executar a compactação no campo, podem ser utilizados vários tipos de

mpactado, sendo que o controle é feito

inação da curva de

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Figura 1 - Curva de Compactação.

Curva de compactação é a relação entre o peso especifico seco versus teor de

umidade.

No ponto de inflexão da curva determinamos o teor de umidade ótimo (wot) que

representa que se um solo compactado com a energia do ensaio, nesse teor de umidade

ele apresentará o peso especifico aparente seco máximo.

No ramo seco, a água lubrifica as partículas e facilita o arranjo desta, ocorrendo

por essa razão, o acréscimo do peso especifico aparente seco.

No ramo úmido, a água amortiza a compactação e começa a ter mais água do

que sólidos, sendo por essa razão, a diminuição do peso especifico aparente seco.

Observa-se ainda que para baixos teores de umidade (w<wot), as forças capilares

são elevadas o que gera a formação de grumos e conseqüentemente baixos valores de γd.

Já para elevados teores de umidade (w>wot) as forças capilares diminuem e

existe água em excesso. Como a água é incompressível, parte da energia é dissipada e

ocorre uma má compactação do solo.

A norma é a NBR 7182 (ABNT, 1986). O ensaio consiste em compactar uma

porção de solo em um cilindro padrão, com um soquete, caindo em queda livre de uma

altura de 30 cm.

As energias especificadas na norma são: normal, intermediária e modificada,

variando dimensões do molde e do soquete, número de camadas e golpes, conforme

pode ser observado na Tabela 1.

Ramo Seco

Ramo Úmido

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Tabela 1 – Características inerentes de cada energia (Copilado da NRB 7182/1986)

Para determinar a curva de compactação deve-se moldar 5 corpos de prova na

energia especificada, variando-se a quantidade de água incorporada ao solo. Os corpos

de prova são pesados e deve-se determinar ainda o teor de umidade de cada um deles.

Com estes dados calcula-se:

V

P=γ

+

=

1001

wd

γγ

Onde: γ = peso específico do solo (kN/m3); P = peso do molde (KN); V = volume de

molde (m3); γd = peso específico do solo seco (kN/m3); w = teor de umidade (%)

Coloca-se os 5 pontos no gráfico γ x w e traça-se a curva de compactação

unindo-se as retas do ramo seco e do ramo úmido com uma parábola. Com esses dados

determina-se wot e γdmax (Figura 2).

Figura 2 - Curva de Compactação.

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Realizar o ensaio de compactação com ou sem reuso?

Sem reuso exige-se maior quantidade de material, mas obtêm-se resultados mais

confiáveis já que dependendo do tipo de solo pode ocorrer quebra de partículas com a

recompactação do material (prejudicando os resulatdos). É o caso, por exemplo, de

solos tropicais que possuem concreções lateríticas (óxido de ferro e alumínio muito

intemperizados, ocorre reações químicas agregando-se e formando concreções).

Realizar o ensaio de compactação com secagem prévia?

É mais comum realizar ensaios com secagem prévia. No entanto, a pré-secagem pode

influenciar nas propriedades dos solos e dificultar a sua homogeneização. Em alguns

casos, dependendo da obra, recomenda-se executar o ensaio com a umidade natural.

Existe algum detalhe que deve ser observado para solos pedregulhosos?

Pode ocorrer a formação de ninhos na interface solo-cilindro e heterogeneidade no

material. Sendo assim, a norma limita o diâmetro máximo de 4,8 mm para o material ser

compactado. Para solos fora desta especificação recomenda-se utilizar cilindros com

dimensões maiores ou substituir o material.

3. Curva de Saturação

A curva de saturação corresponde ao lugar geométrico dos valores de w e �d

onde o solo está saturado. Podem ser determinadas curvas para diversos graus de

saturação, sendo importante ressaltar que a curva de compactação se localiza abaixo da

curva de saturação 100%.

Para determinar os pontos da curva de saturação utiliza-se a equação abaixo:

wS

S

sw

Wsd ..

..

γγ

γγγ

+=

Onde: γd = peso específico aparente seco (kN/m3); S = grau de saturação (%); γw = peso

específico da água (aproximadamente 10 kN/m3); γs= peso específico real dos grãos; w=

umidade (%).

Para um valor fixo de S determina-se pares de valores de w e γd e obtém-se

curvas como mostradas na Figura 3. Geralmente a curva de saturação 100% é traçada

junto com a curva de compactação. Observa-se que os pontos ótimos da curva de

compactação se situam em torno de 80% a 90% de saturação.

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Figura 3 - Curvas de saturação

4. Estrutura dos Solos Compactados

Os solos apresentam estruturas diferentes que variam com a quantidade de água

presente nos seus vazios (Figura 4).

Os solos quando compactados no ramo seco apresentam uma estrutura mais

floculada que se pronuncia mais com a diminuição da energia. As forças de atração

entre as partículas geram flocos indestrutíveis.

Já no ramo úmido, a estrutura se apresenta mais dispersa, sendo que esta

característica é mais presente quanto maior é a energia de compactação. Com o aumento

da umidade as forças de atração são desfeitas e os grãos começam a atuar como

partículas dispersas em água.

Figura 4. Estrutura dos solos compactados.

12,0

12,5

13,0

13,5

14,0

14,5

15,0

15,5

16,0

16,5

17,0

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

w (%)

d (

kN

/m3)

S=100%

S=90%S=80%

12,0

12,5

13,0

13,5

14,0

14,5

15,0

15,5

16,0

16,5

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

w (%)

d (

kN

/m3)

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5. Resistência dos Solos Compactados

A resistência dos solos compactados é analisada através da determinação do

CBR (Califórnia Bearing Ratio) ou ISC (Índice de Suporte Califórnia). Depois de

compactar os corpos de prova, deixa os moldes 4 dias imersos em água para medir a

expansão. Para medir a resistência, leva-se o corpo de prova para a prensa (Figura 5),

onde mede-se a penetração de um pistão padrão no solo compactado (NBR 9895).

Relaciona-se a pressão aplicada, obtida pelo anel dinamométrico ou por um manômetro,

com a penetração medida pelo deflectômetro.

O CBR é calculado a partir da equação abaixo:

100×=p

c

p

pCBR

onde: pc = pressão calculada ou corrigida aplicada no ensaio; pp = pressão padrão da

brita (obtida de acordo com a Tabela 2)

Tabela 2 - Valor da pressão padrão da brita.

Penetração (mm) Pressão padrão (MPa)

2,54 6,90 5,08 10,35

Realizando-se o ensaio de CBR com os 5 corpos de prova é possível determinar

um gráfico de CBR x w (Figura 5).

Figura 5 - Curva de CBR.

6. Influência da Energia

A energia de compactação é determinada pela seguinte equação:

V

PhNnE =

0

2

4

6

8

10

12

14

16

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27w (% )

CB

R (

%)

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onde: E = energia de compactação por unidade de volume; P = peso do soquete; h =

altura de queda do soquete; N = número de golpes por camada; n = número de camadas;

V = volume do solo compactado.

A Figura 6 apresenta a variação das curvas de compactação de um mesmo solo

em função da energia aplicada. Observa-se que quanto maior é a energia, maior é γdmax e

menor é wot.

A linha que passa pelos picos das curvas e conhecida como Linha de Ótimos.

Figura 6. Variação da curva de compactação com a energia.

7. Influência da Saturação

Quando se realiza o ensaio de compressão simples no solo compactado obtém-se

um gráfico como apresentado na Figura 7a, onde observa-se uma queda da resistência

com a incorporação de água ao solo. Comparando-se este gráfico com as curvas de

compactação e saturação apresentadas na Figura 7b pode-se observar os seguintes fatos:

• Quando o solo é compactado numa umidade baixa (wi < wot), tem-se uma

resistência Ri maior. Ao mesmo tempo, como γd é baixo tem-se um índice de

vazios elevado;

• Com a saturação, obtém-se uma umidade wf que corresponde a uma resistência

Rf muito baixa;

• Quando o solo é compactado próximo à wot, tem-se uma variação de resistência

entre Ri’ e Rf’ bem menor, o que é o ideal, pois assim tem-se a resistência mais

estável. Por isso é que o solo deve ser compactado próximo à wot.

12,0

12,5

13,0

13,5

14,0

14,5

15,0

15,5

16,0

16,5

17,0

17,5

18,0

18,5

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

w (%)

d (

kN

/m3)

E1 < E2 < E3

E1

E2

E3

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Figura 7. Influência da saturação no solo compactado.

8. Compactação no Campo

O processo de compactação no campo pode ocorrer de quatro maneiras:

• Por compressão, onde a força vertical é o peso próprio do equipamento.

Corresponde aos compressores de rodas metálicas com elevado peso e pequena

superfície de contato. Indicado para solos granulares, macadames e britas

graduadas, sendo que para solos com baixa capacidade de suporte inicial a

compactação não fica homogênea;

• Por amassamento, onde atuam a força vertical (peso) e a força horizontal (efeitos

dinâmicos). Consiste nos rolos pneumáticos com rodas oscilantes e nos rolos pé-

de-carneiro, sendo que o processo gera um adensamento mais rápido do solo;

• Por vibração, onde a força vertical é aplicada com freqüências maiores que 500

golpes/min. Existem vários tipos de equipamentos com a freqüência variando

entre 900 e 2000 golpes/min, sendo que a situação ideal ocorre quando a

compactação do rolo se combina com a oscilação do material;

Ri

w

γγγγd

wwi wot wf

Ri’

Rf’

Rf

R

S = 100%

(a)

(b)

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• Por impacto. Semelhante ao processo por vibração, sendo que a freqüência é

menor que 500 golpes/min. Consiste em equipamentos do tio sapo mecânico e

bate-estacas, utilizados em locais de difícil acesso.

A escolha do equipamento que irá ser utilizado no campo depende

principalmente do tipo de material que se deseja compactar. Os principais equipamentos

utilizados são:

• Rolos lisos de rodas de aço

Consistem no equipamento mais antigo. Os fatores que interferem na

compactação são a carga por unidade de largura das rodas, largura e diâmetro das rodas.

São utilizados para compactar pedregulhos, areias bem graduadas, misturas de areia a

argila de média plasticidade e para a compactação de acabamento. Não são

recomendados para areias uniformes e solos finos com elevada plasticidade, podendo

ocorrer má compactação das camadas inferiores.

• Rolos pneumáticos

Existem rolos rebocados com um eixo (mais pesados), rebocados com dois eixos

(leves; 8 a 13 t) e auto-propulsores (8 a 36 t). São aplicados para solos arenosos ou

pouco coesivos, devendo-se ter cuidados especiais com a velocidade de operação (5 a 8

km/h). Os principais fatores que interferem na compactação são a pressão de

enchimento dos pneus, área de contato entre pneu e superfície e a pressão de contato.

Na seleção do tipo de equipamento a ser utilizado deve-se observar o espaçamento

entre rodas, peso bruto e número de rodas.

• Rolos pé-de-carneiro

Estes rolos são compostos de cilindros metálicos ocos com “patas” adaptadas (15

a 25 cm). Geralmente, as filas com as “patas” são alternadas com 4 “patas” por fila e o

diâmetro do tambor varia entre 1,0 e 1,5 m. Este tipo de equipamento gera maior

porcentagem de vazios que os rolos pneumáticos e lisos.

Os fatores que interferem na compactação são a pressão dos pés-de-carnerio,

extensão da camada comprimida pelo rolo, peso total do rolo, área de contato de cada

pé, número de pés em contato com a camada num dado tempo e o número total de pés

por tambor.

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• Rolos vibratórios

Podem ser compostos por um ou dois cilindros, rebocados ou não e são

eficientes para materiais não coesivos. Os fatores que interferem são a freqüência de

vibração (1750 vpm a 3000 vpm), amplitude (0,3 mm a 0,7 mm), força dinâmica, força

estática, formas e dimensões da área de contato e estabilidade do equipamento.

Existem outros tipos de equipamentos como o rolo de grelha, as placas

vibratórias, os rolos combinados e os soquetes mecânicos.

O controle de compactação no campo se baseia na verificação do teor de

umidade e do peso específico aparente seco. Na obra, é fixada uma faixa de variação da

umidade permitida em torno da ótima (geralmente, wot ± 2%). Para determinar a

umidade no campo pode-se utilizar três métodos:

• coleta de amostras hermeticamente fechadas e determinação da umidade em

laboratório;

• método da frigideira;

• Speedy.

O peso específico aparente seco de campo pode ser determinado através do

ensaio de frasco de areia (NBR 7185). Com este dado é possível determinar o Grau de

Compactação (GC) que para ser considerado aceitável deve variar entre 95% e 100%.

100max

×=d

dGCγ

γ

onde: γd = peso específico aparente seco máximo de campo (kN/m3); γdmax = peso

específico aparente seco máximo determinado em laboratório (kN/m3).

Assim, para executar a compactação no campo deve-se seguir as seguintes etapas:

1- Escolha da área de empréstimo

Deve-se considerar o critério técnico-econômico, distância de transporte,

características geotécnicas e relação da umidade natural com a umidade de

compactação.

2- Transporte e espalhamento do solo

Durante o espalhamento deve-se observar a relação entre a espessura da camada

solta e da camada final.

3- Acerto da umidade

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Deve-se colocar o solo na umidade especificada por processos de irrigação ou

secagem e proceder a melhor homogeneização possível.

4- Compactação

Deve-se utilizar os equipamentos especificados de acordo com o tipo de solo e

controlar o número de passadas necessário para atingir a energia de compactação

desejada.

5- Controle

Deve-se controlar a umidade e o peso específico aparente seco no campo.