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1 TJAL 1ª Fase

1ª Fase 19 - 02.03 … · digital de sinal público de notários e registradores e respectiva pesquisa. Art. 3º. A CENSEC será integrada, obrigatoriamente, por todos os Tabeliães

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TJAL

1ª Fase

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DIA 19 – SEGUNDA-FEIRA – 02/03/2020

METAS

NOTARIAL E REGISTRAL: Ler Provimentos CNJ n. 18 de 2012 e n. 56 de 2016 e Recomendação CNJ n. 3 de

2012 (1h)

TRIBUTÁRIO: Ler do art. 77 a 138 do CTN (1h)

CIVIL:

Resolver, no mínimo, 25 questões de Contratos em geral e em espécie da VUNESP e, na segunda hora, ler do art. 533 a 652 do CC – total: 2h.

REVISÕES

24H – Constitucional: questões da VUNESP sobre Administração Pública, funções essenciais à Justiça e Defesa do Estado e das Instituições Democráticas

24H – Administrativo: questões da VUNESP sobre processo administrativo; 48H – Civil: questões da VUNESP em provas de cartório de Contratos em Geral e

Contratos em Espécie

7 DIAS – Civil: questões de direito das obrigações da VUNESP resolvidas em 23/10; 7 DIAS – Notarial e Registral: questões de tabelionato de notas resolvidas em 23/10.

NOTARIAL E REGISTRAL COMO ESTUDAR?

Ler Provimentos CNJ n. 18 de 2012 e n. 56 de 2016 e Recomendação CNJ n. 3 de 2012 (1h)

Fazer a leitura atenta dos provimentos acima, grifando apenas os principais pontos de cada.

OBSERVAÇÕES

Legislação estudada:

o O Provimento 18, de 28 de agosto de 2012, dispõe sobre a instituição e funcionamento da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados – CENSEC. Por meio dela, foram centralizadas informações acerca da lavratura de escrituras públicas, procurações públicas, testamentos públicos e aprovação de testamentos cerrados, possibilitou-se o acesso direto a essas informações por órgãos do Poder Público e as serventias passaram a ser interligadas, facilitando o

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intercâmbio de documentos eletrônicos e o tráfego de informações. O referido Provimento foi alterado pelos Provimentos 31/2013 e 40/2014, por isso verifique se a versão que está sendo usada para sua leitura está atualizada.

o Vejamos alguns dispositivos de destaque: Art. 1º. Fica instituída a Central Notarial de Serviços Eletrônicos

Compartilhados - CENSEC, disponível por meio do Sistema de Informações e Gerenciamento Notarial - SIGNO e publicada sob o domínio www.censec.org.br, desenvolvida, mantida e operada pelo Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal (CNB/CF), sem nenhum ônus para o Conselho Nacional de Justiça ou qualquer outro órgão governamental, com objetivo de: I. interligar as serventias extrajudiciais brasileiras que praticam atos notariais, permitindo o intercâmbio de documentos eletrônicos e o tráfego de informações e dados; II. aprimorar tecnologias com a finalidade de viabilizar os serviços notariais em meio eletrônico; III. implantar em âmbito nacional um sistema de gerenciamento de banco de dados, para pesquisa; IV. incentivar o desenvolvimento tecnológico do sistema notarial brasileiro, facilitando o acesso às informações, ressalvadas as hipóteses de acesso restrito nos caso de sigilo. V. possibilitar o acesso direto de órgãos do Poder Público a informações e dados correspondentes ao serviço notarial.

Art. 2º. A CENSEC funcionará por meio de portal na rede mundial de computadores e será composta dos seguintes módulos operacionais: I. Registro Central de Testamentos On-Line - RCTO: destinado à pesquisa de testamentos públicos e de instrumentos de aprovação de testamentos cerrados, lavrados no país; II. Central de Escrituras de Separações, Divórcios e Inventários - CESDI: destinada à pesquisa de escrituras a que alude a Lei n° 11.441, de 4 de janeiro de 2007; III. Central de Escrituras e Procurações - CEP: destinada à pesquisa de procurações e atos notariais diversos. IV. Central Nacional de Sinal Público - CNSIP: destinada ao arquivamento digital de sinal público de notários e registradores e respectiva pesquisa.

Art. 3º. A CENSEC será integrada, obrigatoriamente, por todos os Tabeliães de Notas e Oficiais de Registro que pratiquem atos notariais, os quais deverão acessar o Portal do CENSEC na internet para incluir dados específicos e emitir informações para cada um dos módulos acima citados, com observância dos procedimentos descritos neste provimento.

Art. 19. Poderão se habilitar para o acesso às informações referentes à CESDI e CEP todos os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público, bem como os órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios que delas necessitem para a prestação do serviço público de que incumbidos. § 1º. Os órgãos do Poder Judiciário, de qualquer instância, se habilitarão diretamente na Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados - CENSEC, mediante atendimento dos requisitos técnicos pertinentes.

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§ 2º A habilitação dos órgãos públicos de que trata o caput deste artigo será solicitada diretamente ao Colégio Notarial do Brasil -Conselho Federal, em campo a ser disponibilizado no sítio www.censec.org.br, no qual será informado o nome, cargo, matrícula e número do CPF das pessoas autorizadas para acesso ao sistema. (Alterado pelo Provimento nº 40, de 11 de setembro de 2014)

o O Provimento 56, de 14 de julho de 2016, por sua vez, dispõe sobre a obrigatoriedade de consulta ao Registro Central de Testamento On-Line (RCTO), antes do processamento de inventários e partilhas judiciais e da lavratura de escrituras públicas de inventários extrajudiciais.

o Por fim, a Recomendação n° 03, de 15 de março de 2012, dispõe sobre a cientificação prévia das partes quanto à possibilidade de obterem previamente à lavratura do ato notarial Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT.

o Módulos CENSEC:

TRIBUTÁRIO COMO ESTUDAR?

Ler do art. 77 a 138 do CTN (1h)

Fazer a leitura atenta da lei, com enfoque especial nos artigos que geraram dúvida ou erro quando da resolução de questões.

OBSERVAÇÕES

Legislação estudada:

CENSEC

RCTO - REGISTRO CENTRAL DE

TESTAMENTOS ONLINE

CESDI - CENTRAL DE ESCRITURAS DE

SEPARAÇÕES, DIVÓRCIOS E

INVENTÁRIOS

CEP - CENTRAL DE ESCRITURAS E PROCURAÇÕES

CNSIP - CENTRAL NACIONAL DE SINAL

PÚBLICO

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o Conforme já dito, por meio da resolução de questões nos dias anteriores, percebe-se que a literalidade do CTN é bastante cobrada pela VUNESP. Diversos conceitos estão definidos nesse Código, assim como formas de responsabilização, de interpretação e integração da legislação, a administração tributária etc. Por se tratar de uma lei pequena, que contém apenas 218 artigos, vale a pena ser lida.

o Optamos por colocar a leitura de lei após a resolução de todas as questões de concurso de cartório da VUNESP, justamente para que o aluno perceba quais os artigos mais cobrados e em quais assuntos teve maior dificuldade. Dessa forma, a leitura da lei é feita de forma otimizada, com enfoque no que realmente é cobrado em prova e com a ciência das deficiências na matéria.

o O CTN é originalmente uma lei ordinária de 1966, que foi recepcionada pela Constituição de 1988 com força de lei complementar. Por se tratar de texto anterior à Constituição, diversos de seus dispositivos não foram recepcionados pela nova ordem constitucional, pois com ela incompatíveis. Veja os dispositivos lidos hoje que foram alterados ou não recepcionados pela CF/88:

A parte de repartição de receitas é hoje disciplinada na CF/88. Por isso, ignorar o TÍTULO VI – DISTRIBUIÇÕES DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS (arts. 83 a 95).

Art. 97, IV, parte final: não se pode definir a base de cálculo do tributo por meio de ato do Poder Executivo, conforme mencionado nos artigos a que esse inciso remete.

JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

Legislação estudada: o Jurisprudência em teses – EDIÇÃO N. 82: PODER DE POLÍCIA:

1) A administração pública possui interesse de agir para tutelar em juízo atos em que ela poderia atuar com base em seu poder de polícia, em razão da inafastabilidade do controle jurisdicional. 2) O prazo prescricional para as ações administrativas punitivas desenvolvidas por Estados e Municípios, quando não existir legislação local específica, é quinquenal, conforme previsto no art. 1º do Decreto n. 20.910/32, sendo inaplicáveis as disposições contidas na Lei n. 9.873/99, cuja incidência limita-se à Administração Pública Federal Direta e Indireta. 3) Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. (Súmula n. 467/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - TEMA 324) 4) A prerrogativa de fiscalizar as atividades nocivas ao meio ambiente concede ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA interesse jurídico suficiente para exercer seu poder de polícia administrativa, ainda que o bem esteja situado dentro de área cuja competência para o licenciamento seja do município ou do estado. 5) Ante a omissão do órgão estadual na fiscalização, mesmo que outorgante da licença ambiental, o IBAMA pode exercer o seu poder de polícia

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administrativa, já que não se confunde a competência para licenciar com a competência para fiscalizar. 6) O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON detém poder de polícia para impor sanções administrativas relacionadas à transgressão dos preceitos ditados pelo Código de Defesa do Consumidor - art. 57 da Lei n. 8.078/90. 7) O PROCON tem competência para aplicar multa à Caixa Econômica Federal - CEF por infração às normas do Código de Defesa do Consumidor, independentemente da atuação do Banco Central do Brasil. 8) A atividade fiscalizatória exercida pelos conselhos profissionais, decorrente da delegação do poder de polícia, está inserida no âmbito do direito administrativo, não podendo ser considerada relação de trabalho e, por consequência, não está incluída na esfera de competência da Justiça Trabalhista. 9) Não é possível a aplicação de sanções pecuniárias por sociedade de economia mista, facultado o exercício do poder de polícia fiscalizatório. 10) É legítima a cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento quando notório o exercício do poder de polícia pelo aparato administrativo do ente municipal, sendo dispensável a comprovação do exercício efetivo de fiscalização. 11) Quando as balanças de aferição de peso estiverem relacionadas intrinsecamente ao serviço prestado pelas empresas ao consumidor, incidirá a Taxa de Serviços Metrológicos, decorrente do poder de polícia do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - Inmetro em fiscalizar a regularidade desses equipamentos. 12) É legitima a cobrança da Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários decorrente do poder de polícia atribuído à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, visto que os efeitos da Lei n. 7.940/89 são de aplicação imediata e se prolongam enquanto perdurar o enquadramento da empresa na categoria de beneficiária de incentivos fiscais. 13) Os valores cobrados a título de contribuição para o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF têm natureza jurídica de taxa, tendo em vista que o seu pagamento é compulsório e decorre do exercício regular de poder de polícia.

o Súmulas sobre Taxa: Súmula vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser

remunerado mediante taxa. Súmula vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,

de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

Súmula vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Súmula vinculante 12: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.

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Súmula 670-STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

Súmula 667-STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.

Súmula 665-STF: É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989.

Súmula 595-STF: É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural.

Súmula 545-STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

o Súmulas sobre Responsabilidade Tributária: Súmula 430-STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade

não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. Súmula 435-STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que

deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

Súmula 554-STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Súmula 585-STJ: A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação.

CIVIL COMO ESTUDAR?

Resolver, no mínimo, 25 questões de Contratos em geral e em espécie da VUNESP (1h)

Acessar o site Qconcursos e resolver, no mínimo, 25 questões com os seguintes filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO CIVIL; o ASSUNTOS: CONTRATOS EM GERAL + CONTRATOS EM ESPÉCIE; o BANCA: VUNESP.

Lembre-se de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS, DESATUALIZADAS e JÁ RESOLVIDAS.

Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

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Após a resolução das questões acima, ler do art. 533 a 652 do CC (1h) – total: 2h. OBSERVAÇÕES

Questões resolvidas:

o Conforme esclarecido anteriormente, a matéria contratos em espécie é a terceira mais cobrada pela VUNESP em provas de direito civil. Trata-se de matéria extensa e detalhada, mas como civil possui grande carga horária em nosso curso, vamos resolver questões e ler a lei, para melhor fixação da matéria. O conhecimento da parte de contratos em geral é também bastante exigido, e o seu estudo complementa o das espécies contratuais.

o Nesta semana e início da próxima, nos dedicaremos ao estudo dos contratos em espécie. O primeiro já foi visto no estudo de segunda-feira, que é o contrato de compra e venda. Hoje, daremos continuidade à leitura e, aliado a isso, resolveremos mais 25 questões sobre o tema.

Legislação estudada:

o Vejamos os enunciados das Jornadas de Direito Civil relacionados aos artigos lidos hoje: Enunciado 32 (art. 534): No contrato estimatório (art. 534), o consignante

transfere ao consignatário, temporariamente, o poder de alienação da coisa consignada com opção de pagamento do preço de estima ou sua restituição ao final do prazo ajustado.

Enunciado 549 (Art. 538): A promessa de doação no âmbito da transação constitui obrigação positiva e perde o caráter de liberalidade previsto no art. 538 do Código Civil. Justificativa: Na jurisprudência, comum é a identificação de que, nos casos em que a promessa de doação é realizada no âmbito de uma transação relacionada a pacto de dissolução de sociedade conjugal, inexiste a possibilidade de retratação do doador (precedentes do STJ: REsp n. 742.048/RS, relator Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 14/4/2009, DJe de 24/4/2009; REsp n. 853.133/SC, relator Ministro Humberto Gomes de Barros, relator para o acórdão Ministro Ari Pargendler, Terceira Turma, julgado em 6/5/2008, DJe de 20/11/2008). Todavia, inegável é que a promessa expressa vontade negocial e, no âmbito da autonomia, não é sustentável restringir tal possibilidade somente aos negócios bilaterais comutativos e onerosos. É, pois, legítimo cogitar-se de promessa de cumprir liberalidade que, após a chancela estatal, deixa de apresentar tal caráter.

Enunciado 622 (art. 541): Para a análise do que seja bem de pequeno valor, nos termos do que consta do art. 541, parágrafo único, do Código Civil, deve-se levar em conta o patrimônio do doador. Justificativa: O art. 541 do Código Civil trata da doação manual, que dispensa forma escrita, com o seguinte teor: "A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição". Para a definição do que seja bem de pequeno valor, doutrina

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e jurisprudência vêm entendendo pela necessidade de análise do patrimônio do doador. Por todos os julgados, mencionando o dispositivo correspondente no CC/1916, confira-se: "o pequeno valor a que se refere o art. 1.168 do Código Civil há de ser considerado em relação à fortuna do doador; se se trata de pessoa abastada, mesmo as coisas de valor elevado podem ser doadas mediante simples doação manual (Washington de Barros Monteiro)" (STJ, REsp 155.240/RJ, 3.ª Turma, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, j. 07.11.2000, DJ 05.02.2001, p. 98). A proposta está, ainda, de acordo com a redação do art. 783 do Código Civil Italiano, que trata da doação de módico valor. De acordo com tal comando, esse tipo de doação tem por objeto bens móveis, sendo válida se faltar o ato público mas ocorrer a tradição da coisa. Nos termos do mesmo dispositivo, essa modicidade – a configuração do bem de pequeno valor –, deve levar em conta a potencialidade econômica do doador, ou seja, o seu patrimônio.

Enunciado 33 (Art. 557): O novo Código Civil estabeleceu um novo sistema para a revogação da doação por ingratidão, pois o rol legal previsto no art. 557 deixou de ser taxativo, admitindo, excepcionalmente, outras hipóteses.

Enunciado 180 (art. 575): A regra do parágrafo único do art. 575 do novo Código Civil, que autoriza a limitação pelo juiz do aluguel-pena arbitrado pelo locador, aplica-se também ao aluguel arbitrado pelo comodante, autorizado pelo art. 582, 2ª parte, do novo Código Civil.

Enunciado 34 (Art. 591): No novo Código Civil, quaisquer contratos de mútuo destinados a fins econômicos presumem-se onerosos (art. 591), ficando a taxa de juros compensatórios limitada ao disposto no art. 406, com capitalização anual.

Enunciado 541 (Art. 594): O contrato de prestação de serviço pode ser

gratuito. Justificativa: Há controvérsia doutrinária a respeito da remuneração do prestador no contrato de prestação de serviços. Uma corrente entende que não é possível, pois a remuneração do prestador é sempre obrigatória. Nesse sentido: LISBOA, Roberto Senise, Manual de Direito Civil, vol. 3, Contratos, 6ª ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 341; ALVES, Jones Figueirêdo Alves, Novo Código Civil comentado, Coordenação: Ricardo Fiúza, São Paulo: Saraiva, 2002, p. 534; TARTUCE, Flávio, Manual de Direito Civil: volume único, 2ª ed., Método, 2012, p. 685; e MELLO FRANCO, Vera Helena de, Contratos: Direito Civil e Empresarial, 3ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, p. 128. Já a segunda admite que o contrato de prestação de serviços possa ser gratuito, sendo necessário apenas ajuste expresso. É como pensam Paulo Luiz Netto Lôbo (Código Civil anotado, Coordenação: Rodrigo da Cunha Pereira, Síntese, 2002, p. 363) e César Fiuza (Direito Civil: curso completo, 6ª ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 436). Apesar das considerações da primeira corrente, a razão está com a segunda, porque, embora não seja presumida a prestação de serviço gratuita, não há nenhum dispositivo legal

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que vede tal possibilidade se as partes manifestarem expressamente tal desejo.

Enunciado 181 (art. 618): O prazo referido no art. 618, parágrafo único, do Código Civil refere-se unicamente à garantia prevista no caput, sem prejuízo de poder o dono da obra, com base no mau cumprimento do contrato de empreitada, demandar perdas e danos.

JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

Legislação estudada: o Vejamos, agora, as súmulas relacionadas aos contratos em espécie estudados

hoje.

o Súmulas sobre contrato de locação: Súmula 158-STF: Salvo estipulação contratual averbada no registro

imobiliário, não responde o adquirente pelas benfeitorias do locatário. Súmula 374-STF: Na retomada para construção mais útil, não é necessário

que a obra tenha sido ordenada pela autoridade pública (art. 52, Lei nº 8.245/91)

Súmula 409-STF: Ao retomante, que tenha mais de um prédio alugado, cabe optar entre eles, salvo abuso de direito.

Súmula 410-STF: Se o locador, utilizando prédio próprio para residência ou atividade comercial, pede o imóvel locado para uso próprio, diverso do que tem o por ele ocupado, não está obrigado a provar a necessidade, que se presume. (art. 47, Lei nº 8.245/91).

Súmula 411- STF: O locatário autorizado a ceder a locação pode sublocar o imóvel.

Súmula 442-STF: A inscrição do contrato de locação no registro de imóveis, para a validade da cláusula de vigência contra o adquirente do imóvel, ou perante terceiros, dispensa a transcrição no registro de títulos e documentos.

Súmula 449-STF: O valor da causa, na consignatória de aluguel, corresponde a uma anuidade (art. 58, III, Lei nº 8.245/91).

Súmula 483-STF: É dispensável a prova da necessidade, na retomada do prédio situado em localidade para onde o proprietário pretende transferir residência, salvo se mantiver, também, a anterior, quando dita prova será exigida (art. 47, Lei nº 8.245/91).

Súmula 486-STF: Admite-se a retomada para sociedade da qual o locador, ou seu cônjuge, seja sócio, com participação predominante no capital social.

Súmula 214-STJ: O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu.

Súmula 268-STJ: O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não responde pela execução do julgado

Súmula 335-STJ: Nos contratos de locação, É VÁLIDA a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção (art. 35, Lei nº 8.245/91).

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o Súmula sobre contrato de depósito:

Súmula Vinculante 25, STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.

REVISÕES COMO ESTUDAR?

24H – Constitucional: questões da VUNESP sobre Administração Pública, funções

essenciais à Justiça e Defesa do Estado e das Instituições Democráticas

24H – Administrativo: questões da VUNESP sobre processo administrativo;

48H – Civil: questões da VUNESP em provas de cartório de Contratos em Geral e Contratos em Espécie

7 DIAS – Civil: questões de direito das obrigações da VUNESP resolvidas em 23/10; 7 DIAS – Notarial e Registral: questões de tabelionato de notas resolvidas em 23/10.

Dedicar até 30 minutos à leitura da folha de revisões dos temas acima, para relembrar os erros e dúvidas surgidos quando da resolução de questões.