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1 TJMS 1ª Fase

1ª Fase 29 - 06.03 … · CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS + CÉDULAS E NOTAS DE CRÉDITO; • Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS OU DESATUALIZADAS. • Durante a resolução,

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TJMS

1ª Fase

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DIA 29 – SEXTA-FEIRA – 06/03/2020

METAS NOTARIAL E REGISTRAL:

• Resolver as 28 questões da CONSULPLAN de RTD, RCPJ e cédulas/notas de crédito (1h)

EMPRESARIAL: • Resolver as 44 questões existentes de títulos de crédito da CONSULPLAN

e ler esquema de títulos de crédito do Notarium (2h) REVISÕES

• 48H – Direito Notarial e Registral: questões de Tabelionato de Notas da CONSULPLAN;

• 48H – Direito Penal: questões de penal da CONSULPLAN; • 7 DIAS – Direito Notarial e Registral: questões de Registros de Imóveis da

CONSULPLAN, resolvidas em 28/02;

• 30 DIAS – Direito Civil: questões de Parte Geral, resolvidas em 06/02; • 30 DIAS – Direito Tributário: questões do Instituto Consulplan de Tributário

e da CONSULPLAN de conceito de tributo e espécies tributárias, resolvidas em 06/02.

NOTARIAL E REGISTRAL COMO ESTUDAR?

➔ Resolver as 28 questões da CONSULPLAN de RTD, RCPJ e cédulas/notas de crédito (1h)

• Acessar o site Qconcursos e resolver as 28 questões existentes com os seguintes filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL; o ASSUNTO: REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS + REGISTRO

CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS + CÉDULAS E NOTAS DE CRÉDITO;

• Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS OU DESATUALIZADAS.

• Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

OBSERVAÇÕES

• Hoje retomaremos o estudo de RTD e RCPJ por meio da resolução de todas as questões da CONSULPLAN sobre o tema. Lembrando que já

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lemos essa matéria quando da leitura do CNMS e, na próxima semana, daremos início à leitura da Lei 6.015/73, o que fará com que o aluno retome essa matéria em pouco tempo, ajudando a fixá-la na memória.

• Caso o aluno apresente muita dificuldade quando da resolução das questões, recomenda-se que ele releia o resumo sobre RTD e RCPJ disponibilizado na semana 03 do curso.

• Quanto ao estudo de cédulas e notas de crédito, ele foi estrategicamente colocado em conjunto com o estudo de títulos de crédito dentro do direito empresarial para que o aluno possa analisar as diversas abordagens da matéria, seja no âmbito do direito registral ou do direito material.

• Indicamos que o aluno leia sobre cédulas de crédito no Resumo Notarium disponibilizado ao final deste arquivo.

• Cuidado com a pegadinha! As novas cédulas (CCB e CCI), bem como a CPR, NÃO SÃO REGISTRADAS NO LIVRO 3 – REGISTRO AUXILIAR, salvo para constituição de eventual garantia. O prazo de 3 dias úteis é para o registro das cédulas antigas: CCR, Cédula de Crédito Indutrial, à Exportação e Comercial.

• Mudança da lei aplicável: a parte de regularização fundiária urbana na Lei n. 11.977/2009 foi revogada e substituída pela Lei n. 13.465/17. No entanto, os temas trabalhados seguem regulados da mesma forma pela nova lei.

• Mais uma pegadinha! A hipoteca cedularmente constituída será objeto de registro no Livro 2, que independe do registro realizado no Livro 3.

EMPRESARIAL COMO ESTUDAR?

➔ Resolver as 44 questões existentes de títulos de crédito da CONSULPLAN e ler esquema de títulos de crédito do Notarium (2h)

• Acessar o site Qconcursos e resolver as 44 questões existentes com os seguintes filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL; o ASSUNTO: TÍTULOS DE CRÉDITO.

• Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS OU DESATUALIZADAS.

• Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

OBSERVAÇÕES

• A matéria Títulos de crédito é, em parte, doutrinária e, em parte, legal.

Contudo, mesmo a parte que está contida em lei, está pulverizada em

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diversos diplomas. Mais adiante no curso, leremos as leis 5.474/68, 7.357/85 e o Decreto-lei 2.044/1908, que tratam, respectivamente, da duplicata, do cheque e da letra de câmbio e nota promissória. Por ora, nosso estudo focará nas questões e, caso o aluno sinta muita dificuldade na parte doutrinária da matéria, que diz respeito aos conceitos que permeiam a matéria, tal qual aval, endosso etc., recomenda-se a leitura do Manual Esquematizado da OAB, que contém um breve resumo sobre os institutos.

• Tenha em mente, ao estudar títulos de crédito, que as disposições do Código Civil são meramente residuais, ou seja, aplicáveis apenas quando não houver previsão em outro sentido na lei especial que regulamenta aquele título de crédito. Portanto, em eventual contradição entre os diplomas legais, prevalecerá a lei especial.

JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA

• JURISPRUDÊNCIA EM TESES – EDIÇÃO N. 56: TÍTULOS DE CRÉDITO:

1) Os títulos de crédito com força executiva podem ser cobrados por meio de processo de conhecimento, execução ou ação monitória.

2) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do devedor principal

do título de crédito prescrito é quinquenal nos termos do art. 206, § 5º, I, do

Código Civil, independetemente da relação jurídica fundamental.

3) As duplicatas virtuais possuem força executiva, desde que acompanhadas

dos instrumentos de protesto por indicação e dos comprovantes de entrega

da mercadoria e da prestação do serviço.

4) O devedor do título crédito não pode opor contra o endossatário as

exceções pessoais que possuía em face do credor originário, limitando-se tal

defesa aos aspectos formais e materiais do título, salvo na hipótese de má-

fé.

5) O devedor pode alegar contra a empresa de factoring as exceções pessoais

originalmente oponíveis contra o emitente do título.

6) A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser

completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. (Súmula

n. 387/STF)

7) O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também

responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como

devedor solidário. (Súmula n. 26/STJ)

8) O avalista não responde por dívida estabelecida em título de crédito

prescrito, salvo se comprovado que auferiu benefício com a dívida.

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9) É válido o aval prestado por pessoa física nas cédulas de crédito rural, pois

a vedação contida no § 3º do art. 60 do Decreto-Lei n. 167/67 não alcança o

referido título, sendo aplicável apenas às notas promissórias e duplicatas

rurais.

10) A autonomia do aval não se confunde com a abstração do título de crédito

e, portanto, independe de sua circulação.

11) É indevido o protesto de título de crédito prescrito.

12) O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por

danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de

mandatário. (Súmula n. 476/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do

CPC/73 - Tema 463)

13) Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário

que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal

extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os

endossantes e avalistas. (Súmula n. 475/STJ) (Tese julgada sob o rito do art.

543-C do CPC/73 - Tema 465)

14) O protesto indevido de título enseja indenização por dano moral que se

configura in re ipsa.

15) A prescrição da pretensão executória de título cambial não enseja o

cancelamento automático de anterior protesto regularmente lavrado e

registrado.

16) Incumbe ao devedor providenciar o cancelamento do protesto após a

quitação da dívida, salvo pactuação expressa em contrário. (Tese julgada sob

o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 725)

17) A vinculação da nota promissória a um contrato retira-lhe a autonomia de

título cambial, mas não a sua executoriedade, desde que a avença seja liquida,

certa e exígivel.

18) A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza

de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. (Súmula n.

258/STJ)

19) É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário

vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste. (Súmula n. 60/STJ)

• JURISPRUDÊNCIA EM TESES – A EDIÇÃO N. 62: CHEQUE

1) Os prazos de apresentação e de prescrição (arts. 33 e 59 da Lei n. 7.357/85) nos cheques pós-datados possuem como termo inicial de contagem a data consignada no espaço reservado para a emissão da cártula. (Tese julgada sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015 - Tema 945)

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2) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de

cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de

emissão estampada na cártula. (Súmula n. 503/STJ) (Tese julgada sob o rito

do art. 543-C do CPC/1973 - Tema 628)

3) Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o

emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão

da cártula. (Súmula n. 531/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do

CPC/1973 - Tema 564).

4) A relação jurídica subjacente ao cheque (causa debendi) poderá ser

discutida nos casos em que não houver a circulação do título.

5) O negócio jurídico subjacente à emissão do cheque pode ser discutido em

sede de embargos monitórios.

6) A investigação da causa debendi é admitida nas hipóteses em que o

cheque é dado como garantia, bem como nos casos em que o negócio jurídico

subjacente for constituído em flagrante desrespeito à ordem jurídica.

7) A ação de locupletamento ilícito (art. 61 da Lei n. 7.357/1985) não exige

comprovação da causa debendi e deve ser proposta no prazo de até dois

anos contados do fim do prazo prescricional da execução do cheque.

8) A ação de cobrança prevista no artigo 62 da Lei n. 7357/85 está

fundamentada na relação jurídica subjacente ao cheque, sendo

imprescindível a comprovação da causa debendi.

9) O foro competente para a execução do cheque é o local do pagamento -

lugar onde se situa a agência bancária em que o emitente mantém sua conta

corrente - sendo irrelevantes os locais de domicílio do autor e do réu.

10) O banco sacado não responde pela emissão de cheques sem fundos que

geram prejuízos a terceiros.

11) É indevida a inscrição do nome do cotitular de conta bancária conjunta

nos órgãos de proteção ao crédito se este não emitiu o cheque sem provisão

de fundos.

12) A instituição financeira é responsável pelos danos resultantes de extravio

de talonários de cheques utilizados fraudulentamente por terceiros.

13) O estabelecimento bancário não está obrigado a verificar a autenticidade

das assinaturas dos endossantes, mas tem o dever de atestar a regularidade

formal da cadeia de endossos.

14) O protesto de cheque pode ser efetuado após o prazo de apresentação,

desde que não escoado o lapso prescricional da pretensão executória dirigida

contra o emitente (protesto facultativo).

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15) A pretensão executiva do cheque dirigida contra os endossantes deve ser

precedida de protesto realizado dentro do prazo de apresentação (protesto

obrigatório).

16) A diferenciação de preços para o pagamento em dinheiro, cheque ou

cartão de crédito caracteriza prática abusiva no mercado de consumo.

17) A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. (Súmula

n. 388/STJ)

18) Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.

(Súmula n. 370/STJ)

19) É razoável o valor da compensação por danos morais fixado em até 50

(cinquenta) salários mínimos para a hipótese de devolução indevida de

cheque.

20) Os juros moratórios decorrentes de dívidas representadas em cheque

devem ser fixados a partir da data da primeira apresentação do título para

pagamento, independentemente da cobrança ter sido buscada por meio de

ação monitória.

REVISÕES COMO ESTUDAR?

• 48H – Direito Notarial e Registral: questões de Tabelionato de Notas da CONSULPLAN;

• 48H – Direito Penal: questões de penal da CONSULPLAN;

• 7 DIAS – Direito Notarial e Registral: questões de Registros de Imóveis da CONSULPLAN, resolvidas em 28/02;

• 30 DIAS – Direito Civil: questões de Parte Geral, resolvidas em 06/02; • 30 DIAS – Direito Tributário: questões do Instituto Consulplan de Tributário

e da CONSULPLAN de conceito de tributo e espécies tributárias, resolvidas em 06/02.

Dedicar 30 minutos à leitura da folha de revisões, para relembrar os erros e

dúvidas surgidos quando da resolução de questões sobre os temas acima.]

ESQUEMA NOTARIUM

CÉDULAS DE CRÉDITO

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LEGISLAÇÃO

• Cédula Hipotecária: Código Civil: art. 1.486 →regula a emissão de cédula hipotecária, que depende de autorização no ato constitutivo, na forma e nos fins previstos em lei especial (DL 70/66).

• Cédulas Rurais: Decreto-lei n° 167/1967 → cédula rural pignoratícia, cédula rural hipotecária, cédula rural pignoratícia e hipotecária e nota de crédito rural.

• Cédula de Crédito Industrial: Decreto-lei 413/1969.

• Cédula de Crédito à Exportação: Lei n° 6.313/1975, mas regulada pelo DL da CCI.

• Cédula de Crédito Comercial: Lei n° 6.840/180, mas regulada pelo DL da CCI.

• Cédula de Produto Rural: Lei n° 8.929/1994. • Novas Cédulas: Cédula de Crédito Imobiliário e Cédula de Crédito

Bancário → Lei n° 10.931/04.

DISPOSIÇÕES GERAIS

• Credores: o Órgãos integrantes do sistema nacional de crédito rural → CCR (art. 1°,

DL 167/67); o Instituições financeiras → CCI, CCE, CCC, CCB (arts. 1° do DL 413/69 e

das Leis n° 6.313/75 e 6.840/80, e art. 26 da Lei n° 10.931/04); o Qualquer interessado na CPR; o Credor de crédito imobiliário da CCImob.

• Devedores: o PF ou PJ, independentemente da natureza da cédula (art. 1° dos DL

167/67 e 413/69 e das Leis n° 6.313/75 e 6.840/80, art. 2° da Lei n° 8.929/94 e art. 26 da Lei n° 10.931/04).

o Necessário haver um vínculo de produção e aplicação dos recursos no ramo de sua atividade.

• Natureza jurídica das cédulas: o Via de regra, é promessa de pagamento, sendo emitida pelo devedor.

Exceções: i) Cédula Hipotecária, que é emitida unilateralmente pelo credor a partir de contrato de hipoteca já firmado (art. 1.482, CC); ii) Cédula de Crédito Imobiliário, que, da mesma forma, é emitida pelo credor (art. 18, 10.931/09).

o Todas as cédulas podem ser consideradas títulos de crédito impróprios.

o Art. 10, DL 167/67: CCR é “título civil”. • Garantia real:

o CCR, CPR e CCB podem ou não ter garantia real. o Notas de crédito são sempre sem garantia real.

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o CCI, CCC e CCE só podem ser emitidas com garantia real. Se forem sem garantia, são Notas de Crédito.

o Impenhorabilidade: na CCR (art. 59), CCI (art. 57), CCE, CCC, CPR (art. 18) e CCB (art. 30), os bens dados em garantia ficam impenhoráveis por outras dívidas. ▪ Exceções: alimentos; acidente de trabalho; trabalhista; fiscal;

penhora realizada após o período de vigência do financiamento; anuência do credor.

o Anuência do credor para a oneração ou alienação dos bens gravados: art. 59, DL 167/67 e art.51 do DL 413/69.

• Notas de Crédito: o Podem ser: rural, industrial, à exportação e comercial. o Não têm garantia real, podendo ter garantia pessoal (fiança ou aval). Se

tiver garantia real é cédula, não nota. o Servem, basicamente, para constituir um crédito privilegiado (privilégio

especial) ao credor (art. 17, DL 413/69). o As Notas de Crédito Rural ser registradas no Livro 3 do RI (art. 30, d, do

DL 167/67). As demais não são registradas (art. 18, DL 413/69).

• Requisitos: o Assinadas apenas pelo emitente e devedor. Porém, se houver aditivo,

deve haver assinatura do credor. o Necessária anuência do cônjuge se houver bem imóvel como garantia

(art. 1.647, I, CC). o GRAU: havendo mais de um registro de cédula hipotecária e/ou

pignoratícia sobre os mesmos bens, deve ser mencionado na cédula o grau da hipoteca ou do penhor, com anuência do credor anterior.

o Se o devedor for apenas arrendatário, locador ou parceiro, deverá ser apresentado o respectivo contrato, dispensado o registro em RTD (questão polêmica).

o Valor do crédito: i) fixado em moeda nacional (art. 308 do CC e arts. 1° do DL 857/69 e da Lei n° 10.192/01). As exceções são previstas no art. 2° do Dec. 857/69;

o CND do INSS: em regra, é dispensável para o crédito rural, CCI, CCE, CCC (art. 37, Lei n° 4.829/65 e art. 42 do DL 413/69);

o CCIR: nas cédulas rurais, não deve ser exigido CCIR (art. 6° do Decreto 62.141/68 e caput do art. 78 do DL. 167/67). Nas demais cédulas, deve exigir, se for o caso.

o Comprovantes do ITR dos últimos 5 anos: deve ser apresentada CND de Imóvel Rural ou os comprovantes de pagamento dos últimos 5 exercícios (arts. 20 e 21 da Lei n° 9.393/96, arts. 62 e 63 do Dec. 4.382/02 e arts. 53, 54 e 56 da IN SRFB n° 256/02). Somente se o imóvel for dado em garantia. ▪ Casos de dispensa: i) crédito pelo Pronaf (agricultura familiar); ii)

imóvel com menos de 200ha, bastando simples declaração do devedor na cédula; iii) devedora ME ou EPP, mini e pequenos produtores rurais e agricultores familiares, bastando declaração do

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devedor de que se enquadra nessa condição e de que não está inscrito no CADIN (art. 4°, §§1° e 2°, Lei n° 10.522/02).

o Reconhecimento de firmas: dispensado nas cédulas e aditivos; exigido, no entanto, nos termos de quitação. ▪ Exceção: Nas CCB com AFG de imóvel de terceiros, por cautela,

deve-se exigir o reconhecimento de firmas. o Aditivo: proibido após o vencimento da cédula.

CÉDULAS DE CRÉDITO RURAL

• Características gerais: o Trata-se de promessa de pagamento em dinheiro, com ou sem

garantia real, em contrapartida a um crédito obtido e que deverá ser destinado ao fomento da atividade rural.

o Art. 2°, DL 167/67: o emitente fica obrigado a aplicar o financiamento aos fins ajustados, comprovando essa condição no prazo e forma exigidos pela instituição financeira; art. 7°: sempre que julgar conveniente, o credor pode indicar alguém para percorrer as dependências dos imóveis referidos no título e verificar o andamento dos serviços nele existentes.

o Se for sem garantia real, é a Nota de Crédito Rural, que pode ter garantia fidejussória ou não ter garantia.

o Devedor é o emitente. o Impenhorabilidade: art. 69, DL 167/67 → os bens dados em garantia

não podem ser penhorados, arrestados ou sequestrados por outras dívidas do emitente ou do terceiro garantidor. ▪ Exceções: alimentos; acidente de trabalho; trabalhista; fiscal;

penhora realizada após o período de vigência do financiamento; anuência do credor.

o Anuência do credor para a oneração ou alienação dos bens gravados: art. 59, DL 167/67 e art.51 do DL 413/69.

• Cédula Rural Pignoratícia: o Registro no Livro 3 do RI → Far-se-á um único registro, que abarcará a

cédula e sua garantia; o Competência para registro: RI do local do imóvel onde serão localizados

os bens apenhados (art. 30, a, DL 167/67). o Deve ser demonstrada a relação do emitente com o imóvel, seja ele

proprietário, comodatário, arrendador, parceiro, etc. o Diz o professor que há registradores que exigem o registro do

arrendamento em RTD. Só que não há previsão desse registro na 6.015/73, nem em outro lugar. Me parece absurdo.

• Cédula Rural Hipotecária: o Competência: comarca/circunscrição onde se encontra localizado o

imóvel dado em garantia (art. 30, b, DL 167/67); o Registro da Cédula no Livro 3 e da hipoteca no Livro 2.

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o Prazo máximo da hipoteca é de 30 anos. Pode ser prorrogada, por averbação, até atingir esse tempo máximo. Credor e devedor devem requerer a prorrogação (art. 1.485, CC).

o Passados os 30 anos, necessário novo instrumento e novo registro, podendo, no entanto, ser mantida a ordem de precedência da hipoteca anterior (art. 1.485, CC).

• Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária: o Registra a hipoteca no Livro 2 e o penhor e a cédula em um mesmo

registro no Livro 3; o Competência: RI do local do imóvel hipotecado E do local dos bens

apenhados (art. 30, c, DL 167/67).

• Nota de Crédito Rural: o Única Nota de Crédito registrável, no Livro 3 do RI do local do imóvel

onde será explorada a atividade alvo do financiamento.

CÉDULAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL, À EXPORTAÇÃO E COMERCIAL

• Fundamento legal: O Decreto-lei 413/69 institui e regula a cédula de crédito industrial. Porém, as leis posteriores que instituíram as demais cédulas se reportam a ele.

• Garantia: as cédulas sempre terão garantia real. Se não tiverem, serão notas de crédito.

• Cédulas de Crédito Industrial: promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real consistente em: i) penhor cedular; ii) alienação fiduciária ou iii) hipoteca cedular.

• Registro: Livro 2 → hipoteca e AFG de bem imóvel; Livro 3 → a própria cédula e penhor; RTD → AFG de bens móveis, exceto veículos que é só no DETRAN (art. 1.361, §1°, CC).

• Objeto do penhor industrial: art. 20: i) máquinas e aparelhos industriais; ii) matérias-primas, produtos e materiais empregados na produção; iii) animais destinados à industrialização; iv) embalagens; v) veículos; vi) aviões; vii) títulos de crédito; viii) bens adquiridos ou pagos com o financiamento; ix) qualquer implemento ligado à indústria.

• Localização dos bens apenhados: devem permanecer nas propriedades mencionadas na cédula, sendo vedada a remoção sem anuência do credor, salvo veículos, se a atividade exigir. Os bens permanecem na posse imediata do emitente, como depositário. Se a garantia for prestada por terceiro, tanto ele quanto o emitente são solidariamente responsáveis pela integridade e guarda dos bens.

• Impenhorabilidade: art. 57 do DL 413/69 → os bens dados em garantia não podem ser penhorados, arrestados ou sequestrados por outras dívidas do emitente ou do terceiro garantidor. o Exceções: alimentos; acidente de trabalho; trabalhista; fiscal; penhora

realizada após o período de vigência do financiamento; anuência do credor.

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• Anuência do credor para a oneração ou alienação dos bens gravados: art. 51, DL 413/69.

CÉDULA DE PRODUTO RURAL

• Características gerais: o Trata-se de promessa de ENTREGA DE PRODUTOS RURAIS, com ou

sem garantia real cedularmente constituída, que pode ser emitida por PRODUTOR RURAL ou por SUAS ASSOCIAÇÕES. ▪ Para a cobrança de CPR cabe ação de execução para entrega de

coisa incerta (art. 15) o A garantia pode ser: hipotecária, pignoratícia ou de alienação fiduciária

(art. 5º). ▪ IMPENHORABILIDADE: Art. 18. Os bens vinculados à CPR não serão

penhorados ou seqüestrados por outras dívidas do emitente ou do terceiro prestador da garantia real, cumprindo a qualquer deles denunciar a existência da cédula às autoridades incumbidas da diligência, ou a quem a determinou, sob pena de responderem pelos prejuízos resultantes de sua omissão.

▪ Não há previsão de necessidade de anuência do credor para a alienação dos bens hipotecados ou penhorados. No caso da alienação fiduciária, a proibição de alienação decorre da própria natureza desta garantia.

▪ Art. 8º A não identificação dos bens objeto de alienação fiduciária não retira a eficácia da garantia, que poderá incidir sobre outros do mesmo gênero, qualidade e quantidade, de propriedade do garante.

o Art. 10. Aplicam-se à CPR, no que forem cabíveis, as normas de direito cambial, com as seguintes modificações: ▪ I - os endossos devem ser completos; - ou seja, veda-se o endosso

parcial. ▪ II - os endossantes não respondem pela entrega do produto, mas,

tão-somente, pela existência da obrigação; - ou seja, o endossante não se torna coobrigado.

▪ III - é dispensado o protesto cambial para assegurar o direito de regresso contra avalistas.

o Art. 4º-A – É permitida a liquidação financeira da CPR, desde que expressamente prevista no título, com todos os elementos necessários para a conversão da quantidade de produto em valor pecuniário. Para a cobrança de CPR com liquidação financeira cabe AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA.

o Art. 13. A entrega do produto antes da data prevista na cédula depende da anuência do credor.

• Novidades da MP 897 de 1º de outubro 2019 o Pode ser emitida sobre a forma CARTULAR ou ESCRITURAL

(eletrônica). Neste caso, o sistema será gerido por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil (art. 3º-A da Lei n. 8929/94).

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▪ § 2º – A CPR emitida sobre a forma cartular pode circular sob a forma escritural, desde que depositada em depositário central, nos termos do art. 24 da Lei 12.810/13.

o A CPR NÃO MAIS EXIGE registro no Livro 3 do Registro de Imóveis. Apenas a garantia é que será registrada, se for o caso. O artigo 12, que continha essa exigência, teve sua redação modificada. ▪ De acordo com sua nova redação, a partir de 1º de julho de 2020,

TODA CPR será depositada ou registrada em entidade autorizada pelo Banco Central ou pela CVM para exercer essa função de instituição custodiante (art. 12).

o Art. 4º-A, §2º – A CPR com liquidação financeira pode ser emitida com cláusula de correção pela variação cambial (geralmente vedada – art. 6º da Lei n. 8.880/94), desde que os produtos sejam referenciados ou negociados em bolsas de mercadorias e futuros com cotações na mesma moeda da correção OU que seja emitida em favor de investidor não residente no Brasil, OU para ser vinculada a Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) ou Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA) – formas de securitização.

CÉDULA HIPOTECÁRIA

• Decreto-lei 70/66: autoriza o funcionamento de associações de poupança e empréstimo, institui a cédula hipotecária e dá outras providências.

• Art. 10: instrumento hábil para representar créditos hipotecários, sendo emitida pelo credor, nas seguintes hipóteses: i) SFH; ii) credores instituições financeiras e companhias de seguro; iii) hipotecas entre outras partes, desde que a cédula seja originalmente emitida em favor das PJs a que se refere o item ii.

CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO

• Modelo estrutural semelhante ao das demais cédulas, mas sem a limitação temática.

• Veio substituir o Contrato de Abertura de Crédito, que teve sua força executiva retirada pelo STJ.

• Conceito: art. 28, Lei n° 10.931/09: título executivo extrajudicial que representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo ou nos extratos da conta corrente.

• Garantias: art. 27: pode ser com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente constituída. Sempre acompanham o crédito principal o Obs.: a garantia real pode se referir a bens patrimoniais de qualquer

espécie, disponível e alienável, seja móvel ou imóvel, material ou imaterial, presente ou futuro, fungível ou infungível, consumível ou não. Abrange o principal e os acessórios.

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o Art. 34, §2°: até a liquidação da obrigação, os bens objeto de garantia não poderão, sem prévia autorização do credor, ser alterados, retirados, destruídos ou deslocados, exceto, nesse último caso, semoventes e veículos, em seu uso normal.

• Registro: não exige o registro da cédula; registra-se apenas a garantia. • Natureza jurídica: título de crédito, mais especificamente promessa de

pagamento.

• Requisitos (art. 29): i) denominação “Cédula de Crédito Bancário”; ii) promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro; iii) data e lugar do pagamento e, no caso de parcelamento, as datas e valores de cada prestação, ou os créditos para essa determinação; iv) nome do credor, podendo conter a cláusula à ordem (se não tiver, circula por cessão); v) data e lugar da emissão; vi) assinatura do emitente e, se for o caso, do terceiro garantidor, ou respectivos mandatários (poderes especiais).

• Tipos: o Valor determinado → indicado na cédula; o Valor indeterminado → baseado na apuração de extratos bancários

feita pelo credor. • Emissão: A emissão é SEMPRE cartular (art. 29, §2°).

• Circulação: o Cartular → título à ordem, transferível por endosso em preto (art. 29,

§1°); o Por Certificado de Cédulas de Crédito Bancário cartular → custodia a

cédula em uma instituição e circula o certificado, por endosso (art. 43, §4°);

o Por Certificado de Cédulas de Crédito Bancário escritural → custodia a cédula em instituição e circula o certificado, transferível mediante termo de transferência, a ser averbado junto à instituição financeira custodiante (Cetip, BOVESPA, etc).

o Cessão cambial: cessão parcial ou total, por contrato em separado ou mera tradição, nesse último caso, de acordo com o art. 919 do CC.

• No caso dos créditos que circularem pela forma escritural, cabe à instituição custodiante indicar o credor atual para fins de pagamento e quitação.

• Credores (art. 26): o instituições financeiras: bancárias, bancos múltiplos, caixas

econômicas, agências de fomento, cooperativas de desenvolvimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de arrendamento mercantil, sociedades de crédito ao microempreendedor (membros do Sistema Financeiro Nacional);

o ou entidade equiparadas: empresas de cartão de crédito ou de factoring.

• Devedores: pessoa física ou jurídica. • Art. 26, §§ 1° e 2°: pode ser emitida em favor de instituição estrangeira,

desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. Nesses casos, ela pode ser emitida em moeda estrangeira.

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• Força circulatória: somente a via do credor tem força liberatória e representa a circulação do título. As vias não negociáveis são apenas cópias.

• Art. 29, §4°: CCB pode ser aditada, retificada e ratificada por documento escrito, datado e com os requisitos da CCB, passando esse documento a integrar a cédula.

• Protesto por indicação: credor envia cópia ou faz indicações e declara estar na posse da única via negociável, inclusive no caso de protesto parcial (art. 40 e item 43, Cap. XV, Normas SP).

• Protesto facultativo: art.44: dispensa o protesto para garantir o direito de cobrança contra endossantes, seus avalistas e terceiros garantidores.

CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

• Título de crédito emitido pelo credor pare representar crédito imobiliário (que é qualquer um que guarde qualquer relação com imóvel – ex.: aluguéis) → art. 18;

• Pode ser integral ou fracionária → §1°; • Pode ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob a forma

escritural ou cartular → §3°;

• Na verdade, a CCI escritural também depende de cártula, em escritura pública ou instrumento particular, a ser custodiado em instituição financeira e registrada em sistema de registro e liquidação financeira de títulos privados autorizado pelo Banco Central do Brasil. → §4° e art. 22.

• Se o crédito que originar a CCI for garantido por direito real, a emissão da CCI deve ser averbada no RI → §5°; Se feito junto com o registro da garantia, considera-se ato único para fins de cobrança → §6°.

• Dispensa de anuência: a emissão da CCI não depende de anuência do devedor do crédito imobiliário que ela representa (art. 21).

• Requisitos: a denominação “Cédula de Crédito Imobiliário”, quando emitida cartularmente; qualificação do credor e do devedor e, no caso de emissão escritural, do custodiante; identificação do imóvel objeto do crédito imobiliário e do registro da constituição da garantia, se for o caso; modalidade de garantia, se for o caso; número e série da cédula; valor do crédito que representa; condição de integral ou fracionária e, neste caso, a fração que ela representa; prazo, data de vencimento, valor da prestação e demais condições; local e data da emissão; assinatura do credor, quando emitida cartularmente; autenticação pelo Oficial de Registro de Imóveis competente, no caso de contar com garantia real; e cláusula à ordem, se endossável.

• É título executivo extrajudicial (art. 20).

• CCI Escritural: após custodiada em instituição custodiante, a cessão pode ser feita por sistema de registro e de liquidação financeira de títulos privados autorizados pelo BCB (art. 22) o A cessão implica automática transmissão das garantias;

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o A transmissão da garantia dispensa averbação no RI. Aplicam-se as regras sobre cessão de crédito;

o Para a baixa da garantia, em caso de quitação, pede-se declaração da instituição custodiante demonstrando quem é o credor.

• Securitização: art. 23 → a CCI pode ser objeto de securitização, nos termos da Lei n° 9.514/97, com indicação de valor, número, série e instituição custodiante. o p. ú.: o regime fiduciário da lei 9.514/97, no caso de emissão de

Certificado de Recebíveis Imobiliários lastreados em créditos representados por CCI, será registrado na instituição custodiante, mencionando o patrimônio separado a que estão afetados, dispensada averbação no RI.

• É vedada a averbação da emissão de CCI com garantia real quando houver prenotação ou registro de qualquer outro ônus real sobre os direitos imobiliários respectivos, inclusive penhora ou averbação de qualquer mandado ou ação judicial (art. 25).

LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

• Emitida por entidades do sistema financeiro, com autorização expressa do

Banco Central do Brasil.

• É título de crédito lastreado por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou AFG. ◦ Trata-se de uma espécie de securitização, com a junção de vários

créditos em um título.

• Art. 12 e seguintes, Lei n° 10.931/09.