1 - Geologia Bacia do Paraná

Embed Size (px)

Citation preview

Geologia da Bacia do ParanAntonio Liccardo

A Bacia do Paran

Localizao das bacias fanerozicas no Brasil

Bacia sedimentar Regio recebe aporte de material por estar abaixo do nvel regional, acumulando e preservando sedimentos Subsidncia Diagnese

Bacia do Paran Intracratnica - Gondwana Superfcie de mais de 1.400.000 km2 Largura ~900km e comprimento ~1.800km Profundidade mxima 8.000 m 2.000m vulcnicas Ordoviciano (~460 ma) at Cretceo Inferior (~120 ma) Seqncias sedimentares e magmticas Cinco (seis*) grandes seqncias Perodos de deposio contnuos separados por perodos de descontinuidade Pesquisas desde White (1908)

Serra do Rio do Rastro SC Coluna White 1908 1200m em 10Ma Formao Teresina a Formao Rio do Rastro

Serra do Mar

1000m 750m 500m 0mTerceiro Planalto Segundo Planalto Primeiro Planalto Terra Boa

Evoluo Origem controversa Localizao no interior de placas continentais Baixa ao tectnica durante sua evoluo Eventos tectnicos associados a reativao de estruturas do embasamento e arcos marginais Sedimentao controlada por orogenias externas a bacia Magmatismo associado ruptura do Gondwana Ambientes deposicionais flvio-deltaico, marinho costeiro, plataformal clasto-carbontica, glacial e elico

A Bacia do Paran e a abertura do Atlntico

Arcabouo tectnico Zaln et al 1990

Arco de Ponta Grossa

Superseqncia Bauru** Cretceo Superseqncia Gondwana III Jurssico Cretceo Superseqncia Gondwana II - Trissico Superseqncia Gondwana I Permiano Carbonfero Superseqncia Paran - Devoniano Superseqncia Rio Iva Ordoviciano Siluriano

Milani et al. 2008

Superseqncia Iva Ordoviciano Siluriano Grupo Rio Iva Formao Alto Garas arenitos e arcsios Formao Iap diamictitos polimticos Formao Vila Maria pelitos fossilferos (fsseis-guia) Ampla rea e pouca espessura Registro da glaciao neo-ordoviciana

Contato Iva (Fm. Iap) com Paran (Fm. Furnas) em Castro

Contatos da Bacia do Paran com embasamento

Superseqncia Paran - Devoniano Episdio regressivo Grupo Paran Formao Furnas homogeneidade litolgica Conglomerados basais e arenitos branco amarelados Estratificaes cruzadas acanaladas ambiente continental fluvial passando a marinho no topo Formao Ponta Grossa folhelhos, folhelhos slticos, siltitos e arenitos Marcas onduladas e bioturbado ambiente marinho raso Fossilfero e s vezes carbonosos

Arenito e conglomerado Formao Furnas Paran

Icnofsseis em arenitos da Formao Furnas -

Folhelhos e siltitos da Formao Ponta Grossa Paran

Fsseis da formao Ponta Grossa

Superseqncia Gondwana I Carbonfero Permiano

Maior instabilidade na evoluo Fatores climticos e tectnicos inibiram a sedimentao Hiato de 45 ma Grupos Itarar, Guat e Passa Dois Carter transgressivo

Grupo Itarar diamictitos, folhelhos, siltitos e arenitos Ambiente de gelo e degelo forte afluxo sedimentar Fm. Lagoa Azul, Campo Mouro, Mafra, Campo do Tenente, Taciba) Formao Aquidauana equivalente na poro N-NW da bacia Grupo Guat arenitos, carvo, siltitos e folhelhos Fm. Rio Bonito carvo, folhelhos e siltitos - ambiente deltico Fm. Dourados arenito fino calctico a caulintico Fm. Palermo siltito, siltito arenoso plataforma marinha rasa Grupo Passa Dois golfos e baas de profundidade Fm. Irati folhelhos, arenitos, margas e folhelho pirobetuminoso fsseis importantes - mar restrito, hipersalino Fm. Serra Alta folhelhos ciclo regressivo Fm. Teresina argilito e siltito cinza, calcrio ooltico ambiente mars Fm. Rio do Rastro arenito, siltito, folhelho - ambiente deltaico

Ambientes glacial e/ou flvio-glacial Grupo Itarar

Carvo mineral em Figueira Formao Rio Bonito - Guat

Folhelho pirobetuminoso So Mateus do Sul Formao Irati Passa Dois

Superseqncia Gondwana II - Trissico

Evento orognico com reflexos em toda a Bacia Formaes Pirambia, Rosrio do Sul e Santa Maria Arenito avermelhado e esbranquiado, s vezes conglomertico Ambiente continental flvio-elico, com lagos rasos Estratificao cruzada acanalada e planar A Fm. Rosrio do Sul rica em fsseis de vegetais, vertebrados e invertebrados.

Red beds pacotes pelticos fossilferos Rio Grande do Sul Formao Santa Maria Gondwana II

Superseqncia Gondwana III Jurssico Eocretceo Grupo So Bento Formao Botucatu Ambiente desrtico - extenso campo de dunas Arenitos avermelhados com grandes estruturas cruzadas

Formao Serra Geral Derrames de lava por fissuras pacotes 2.000m Basaltos e diabsios Incio da abertura do Gondwana

Arenito intertrapp

Arenitos elicos Fm. Botucatu So Bento

Derrames baslticos no Rio Grande do Sul Formao Serra Geral So Bento

Basaltos de Foz do Iguau Fm. Serra geral So Bento

Salto So Francisco Prudentpolis limite do segundo para o terceiro planalto

Superseqncia Bauru Cretceo Superior

Grupo Bauru e Grupo Caiu Depsitos continentais areno-conglomerticos Seixos de vrias litologias e depsitos sltico-argilosos com caliches Macios ou com estratificaes acanaladas

Para alguns autores no pertence Bacia do Paran por constituir nova bacia ps-Gondwanica.

Solo altamente erodvel Fm. Caiu - Bauru

Arenitos elicos Fm. Caiu - Bauru

Potencial econmico Baixo potencial a mineralizaes de metlicos (Cu, Pb, Zn) Potencial baixo para recursos energticos fsseis (RS, SC, PR) e radioativos (Figueira - PR, Amorinpolis - GO) Carvo (cinzas, pirita e potencial de queima) Petrleo/gs competitividade com as bacias costeiras

Possibilidades econmicas Carvo Formao Rio Bonito Folhelho pirobetuminoso Formao Irati Petrleo e gs (rochas geradoras Fm Ponta Grossa e Irati) Urnio (Formao Rio Bonito) gata e Ametista (Formao Serra Geral) Zelitas (Formao Serra Geral; zonas vesiculares) Rocha Ornamental: basaltos, diabsios e arenitos silicificados (Formao Serra Geral e Botucatu) Argilas vermelhas e caulins (vrias unidades) Agregados midos e grados (areias e britas)

Ametista e gata no Rio Grande do Sul maiores jazidas do mundo

Produo de ametista e citrino em geodos de basaltos Chopinzinho - PR

Produo de ametista e citrino em geodos de basaltos Chopinzinho - PR.

Para saber mais...ASSINE, M.L., SOARES, P.C. & MILANI, E.J.1993. Seqncias tectono-sedimentares mesopaleozicas da Bacia do Paran, Sul do Brasil. Revista Brasileira de Geocincias.

CAVA, L. T. 1985. Potencial e perspectivas do carvo mineral do Estado do Paran. Curitiba: MINEROPAR. 131 p.DAEMON, R.F., CASALETTI, P. & CIGUEL, J.H.G. 1991. Biopaleogeografia da Bacia do Paran. Curitiba, PETROBRS. Rel. interno. FERNANDES, L.A. 1992. A cobertura cretcea suprabasltica no Paran e Pontal do Paranapanema (SP): os grupos Bauru e Caiu. ln: Congresso Brasileiro de Geologia, 37. So Paulo, SBG. Boletim de Resumos Expandidos, v. 2, p. 506-508. MILANI, E.J. 1992, lntraplate tectonics and the evolution of the Paran basin, SE Brazil, ln: DE WIT & RANSOME (Eds.), lnverion tectonics of the Cape Fold Bet, Karoo and Cretaceous basins of Southern Africa. Rotterdam, Balkema, p, 101-108. MILANI, E.J., ASSINE, M.L. & SOARES, P.C,1993. A seqncia ordovcio-siluriana da Bacia do Paran. Submetido ao Boletim de Geocincias da PETROBRS. MILANI, E.J. et al. 2007, Bacia do Paran. In Cartas Estratigrficas. Boletim de Geocincias da Petrobrs v.15. n.2