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    INTRODUO AO ESTUDO DA ANATOMIA (http://www.icb.ufmg.br/anatefis/introducao_Anatomia.htm)

    CONCEITO DE ANATOMIA

    No seu conceito mais amplo, a Anatomia a cincia que estuda macro e microscopicamente, a constituio e odesenvolvimento dos seres organizados.

    Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of Anatomists:"anatomia a anlise da estrutura biolgica, sua correlao com a funo e com as modulaes de estrutura em respostaa fatores temporais, genticos e ambientais. Tem como metas principais a compreenso dos princpios arquitetnicos da

    construo dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das vrias partes e a compreensodos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da anatomia compreende, em termostemporais, desde o estudo das mudanas a longo prazo da estrutura, no curso de evoluo, passando pelas dasmudanas de durao intermediria em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; at as mudanas de curto prazo,associadas com fases diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desdetodo um sistema biolgico, passando por organismos inteiros e/ou seus rgos at as organelas celulares emacromolculas".

    A palavra Anatomia derivada do grego anatome (ana = atravs de; tome = corte). Dissecao deriva do latim(dis = separar; secare = cortar) e equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia a cincia,enquanto dissecar um dos mtodos desta cincia.

    Seu estudo tem uma longa e interessante histria, desde os primrdios da civilizao humana. Inicialmentelimitada ao observvel a olho nu e pela manipulao dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graas a aquisio detecnologias inovadoras.

    Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em trs grandes grupos: Anatomia macroscpica, Anatomiamicroscpica e Anatomia do desenvolvimento.

    A Anatomia Macroscpica o estudo das estruturas observveis a olho nu, utilizando ou no recursostecnolgicos os mais variveis possveis. Apresenta duas grandes divises, a Anatomia Regional, na qual os dadosanatmicos macroscpicos humanos so descritos segundo as grandes divises naturais do corpo (membro inferior,membro superior, cabea e pescoo, trax, abdome e pelve) e a Anatomia Sistmica, na qual a abordagem feitasegundo os vrios sistemas ( conjunto de rgos com mesma funo bsica ). A tabela 1.1 mostra sucintamente osprincipais sistemas orgnicos, seus rgos e funes.

    A Anatomia Microscpica aquela relacionada com as estruturas corporais invisveis a olho nu e requer o uso deinstrumental para ampliao, como lupas, microscpios pticos e eletrnicos. Este grupo dividido em Citologia (estudo

    da clula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formao de rgos).A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivduo a partir do ovo fertilizado at a forma

    adulta. Ela engloba a Embriologia que o estudo do desenvolvimento at o nascimento.Embora no sejam estanques, a complexidade destes grupos torna necessria a existncia de estudos

    especficos.

    NORMAL E VARIAO ANATMICA

    Normal, para o anatomista, o estatisticamente mais comum, ou seja, o que encontrado na maioria dos casos.Variao anatmica qualquer fuga do padro sem prejuzo da funo. Assim, a artria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. Este o padro. Entretanto, em alguns indivduos esta diviso ocorre ao nvel da axila. Como noexiste perda funcional esta uma variao.

    Quando ocorre prejuzo funcional trata-se de uma anomalia e no de uma variao. Se a anomalia for to acentuada quedeforme profundamente a construo do corpo, sendo, em geral, incompatvel com a vida, uma monstruosidade.

    NOMENCLATURA ANATMICA

    Como toda cincia, a Anatomia tem sua linguagem prpria. Ao conjunto de termos empregados para designar edescrever o organismo ou suas partes d-se o nome de Nomenclatura Anatmica. Com o extraordinrio acmulo deconhecimentos no final do sculo passado, graas aos trabalhos de importantes escolas anatmicas (sobretudo na Itlia,Frana, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam denominaes diferentes nestescentros de estudos e pesquisas. Em razo desta falta de metodologia e de inevitveis arbitrariedades, mais de 20 000termos anatmicos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000). A primeira tentativa de

    uniformizar e criar uma nomenclatura anatmica internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia

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    em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revises e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a NomenclaturaAnatmica, conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatomica). Revises tm sido feitas, ao longo do tempo, jque a nomenclatura anatmica tem carter dinmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razessuficientes para as modificaes e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia. A ltimareviso criou a Terminologia Anatmica, que est atualmente em vigor. As lnguas oficialmente adotadas so o latim (porser lngua morta) e o ingls (que se tornou a linguagem internacional das cincias), porm cada pas pode traduzi-la paraseu prprio vernculo. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que no sejamapenas sinais para a memria, mas tragam tambm alguma informao ou descrio sobre a referida estrutura. Dentrodeste princpio, foram abolidos os epnimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a forma

    (msculo trapzio); a sua posio ou situao (nervo mediano); o seu trajeto (artria circunflexa da escpula); as suasconexes ou inter-relaes (ligamento sacroilaco); a sua relao com o esqueleto (artria radial); sua funo (m.levantador da escpula); critrio misto (m. flexor superficial dos dedos funo e situao). Entretanto, h nomesimprprios ou no muito lgicos que foram conservados, porque esto consagrados pelo uso.

    POSIO ANATMICA

    Para evitar o uso de termos diferentes nas descries anatmicas, considerando-se que a posio pode servarivel, optou-se por uma posio padro, denominada posio de descrio anatmica (posio anatmica). Destemodo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrio considerando o indivduo comose estivesse sempre na posio padronizada.

    Nela o indivduo est em posio ereta (em p, posio ortosttica ou bpede), com a face voltada para a frente, oolhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente,membros inferiores unidos, com as pontas dos ps dirigidas para frente.

    DIVISO DO CORPO HUMANO

    O corpo humano divide-se em cabea, pescoo, tronco e membros. A cabea corresponde extremidade superiordo corpo estando unida ao tronco por uma poro estreitada, o pescoo. O tronco compreende o trax e o abdome com asrespectivas cavidades torcica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade plvica. Dosmembros, dois so superiores ou torcicos e dois inferiores ou plvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual estligada ao tronco, e uma parte livre.

    PLANOS DE DELIMITAO E SECO DO CORPO HUMANO

    Na posio anatmica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes sua superfcie, os quais, comsuas interseces, determinam a formao de um slido geomtrico, um paraleleppedo.

    Tem-se assim, para as faces desse slido, os seguintes planos correspondentes: dois planos verticais, umtangente ao ventre plano ventral ou anterior e outro ao dorso plano dorsal ou posterior. Estes e outros a elesparalelos so tambm designados como planos frontais, por serem paralelos fronte; dois planos verticais tangentes aoslados do corpo planos laterais direito e esquerdo e, finalmente, dois planos horizontais, um tangente cabea planocranial ou superior e outro planta dos ps plano podlico (de podos = p) ou inferior.

    O tronco isolado limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia o vrtice do cccix, ou seja, o ossoque no homem o vestgio da cauda de outros animais. Por esta razo, este plano denominado caudal.

    Os planos descritos so de delimitao. possvel traar tambm planos de seco: o plano que divide o corpo

    humano em metades, direita e esquerda denominado mediano. Toda seco do corpo feita por planos paralelos aomediano uma seco sagital (corte sagital) e os planos de seco so tambm chamados sagitais; os planos de secoque so paralelos aos planos ventral e dorsal so ditos frontais e a seco tambm denominada frontal (corte frontal); osplanos de seco que so paralelos aos planos cranial, podlico e caudal so horizontais. A seco denominadatransversal.

    TERMOS DE POSIO E DIREO

    A situao e a posio das estruturas anatmicas so indicadas em funo dos planos de delimitao e seco.Assim, duas estruturas dispostas em um plano frontal sero chamadas de medial e lateral conforme estejam,respectivamente, mais prxima ou mais distante do plano mediano do corpo.

    Duas estruturas localizadas em um plano sagital sero chamadas de anterior (ou ventral) e posterior (ou dorsal)

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    conforme estejam, respectivamente, mais prxima ou mais distante do plano anterior. Para estruturas dispostaslongitudinalmente, os termos so superior (ou cranial) para a mais prxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para amais distante deste plano. Para estruturas dispostas longitudinalmente nos membros emprega-se, comumente, os termosproximal e distal referindo-se s estruturas respectivamente mais prxima e mais distante da raiz do membro. Para o tubodigestivo emprega-se os termos oral e aboral, referindo-se s estruturas respectivamente mais prxima e mais distante daboca. Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial chamada de intermdia. Nos outros casos (terceiraestrutura situada entre uma anterior e outra posterior, ou entre uma superior e outra inferior, ou entre uma proximal e outradistal ou ainda uma oral e outra aboral) denominada de mdia. Estruturas situadas ao longo do plano mediano sodenominadas de medianas, sendo este um conceito absoluto, ou seja, uma estrutura mediana ser sempre mediana,

    enquanto os outros termos de posio e direo so relativos, pois baseiam-se na comparao da posio de umaestrutura em relao a posio de outra

    SISTEMA ESQUELTICO

    O Sistema esqueltico (ou esqueleto) humano consiste em um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que seinterligam para formar o arcabouo do corpo e desempenhar vrias funes, tais como: proteo (para rgos como ocorao, pulmes e sistema nervoso central); sustentao e conformao do corpo; local de armazenamento de clcio efsforo (durante a gravidez a calcificao fetal se faz, em grande parte, pela reabsoro destes elementos armazenadosno organismo materno); sistema de alavancas que movimentadas pelos msculos permitem os deslocamentos do corpo,no todo ou em parte e, finalmente, local de produo de vrias clulas do sangue.

    O sistema esqueltico pode ser dividido em duas grandes pores: uma mediana, formando o eixo do corpo,composta pelos ossos da cabea, pescoo e tronco, o esqueleto axial; outra, apensa a esta, forma os membros e constituio esqueleto apendicular. A unio entre estas duas pores se faz por meio de cinturas: escapular (ou torcica), constitudapela escpula e clavcula e plvica constituda pelos ossos do quadril. No adulto existem 206 ossos. Este nmero varia deacordo com a idade (do nascimento a senilidade h uma reduo do nmero de ossos), fatores individuais e critrios decontagem.

    CLASSIFICAO DOS OSSOS

    H vrias maneiras de classificar os ossos. Uma delas classific-los por sua posio topogrfica, reconhecendo-se ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que fazem parte do esqueleto apendicular).Entretanto, a classificao mais difundida aquela que leva em considerao a forma dos ossos, classificando-os

    segundo a relao entre suas dimenses lineares (comprimento, largura ou espessura), em ossos longos, curtos,laminares e irregulares.

    Osso longo: seu comprimento consideravelmente maior que a largura e a espessura. Consiste emum corpo ou difise e duas extremidades ou epfises. A difise apresenta, em seu interior, umacavidade, o canal medular, que aloja a medula ssea. Exemplos tpicos so os ossos do esqueletoapendicular: fmur, mero, rdio, ulna, tbia, fbula, falanges.

    Osso laminar,plano ou chato: seu comprimento e sua largura so equivalentes, predominando sobre aespessura. Ossos do crnio (como o parietal, frontal, occipital) e outros como a escpula, esterno e oosso do quadril, so exemplos bem demonstrativos. So tambm chamados (impropriamente) de ossosplanos.

    Osso curto: apresenta equivalncia das trs dimenses. Os ossos do carpo e do tarso so excelentes exemplos.

    Osso irregular: apresenta uma morfologia complexa no encontrando correspondncia em formas geomtricasconhecidas. As vrtebras e osso temporal so exemplos marcantes

    Estas quatro categorias so as categorias principais de se classificar um osso quanto sua forma. Elas, contudo, podemser complementadas por duas outras:

    Osso pneumtico: apresenta uma ou mais cavidades, de volume varivel, revestidas de mucosa e contendo ar.Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos pneumticos esto situados no crnio: frontal,maxilar, temporal, etmide e esfenide

    Osso sesamide que se desenvolve na substncia de certos tendes ou da cpsula fibrosa que envolve certasarticulaes. os primeiros so chamados intratendneos e os segundos periarticulares. A patela um exemplo

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    tpico de osso sesamide intratendneo.

    Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro principais: o osso frontal, por exemplo, um osso laminar, mas tambmpneumtico; o maxilar irregular, mas tambm pneumtico, a patela um osso curto, mas , tambm um sesamide (porsinal, o maior sesamide do corpo).

    ESTRUTURA DOS OSSOS

    O estudo microscpico do tecido sseo distingue a substncia ssea compacta e a esponjosa. Embora os

    elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substncia ssea, eles dispem-se diferentemente conformeo tipo considerado e seu aspecto macroscpico tambm difere. Na substncia ssea compacta, as lamnulas de tecidosseo encontram-se fortemente unidas umas s outras pelas suas faces, sem que haja espao livre interposto. Por estarazo, este tipo mais denso e rijo. Na substncia ssea esponjosa as lamnulas sseas, mais irregulares em forma etamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaos ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, asemelhana do canal medular, contm medula Nos ossos longos a difise composta por osso compacto externamenteao canal medular, enquanto as epfises so compostas por osso esponjoso envolto por uma fina camada de ossocompacto.

    Nos ossos planos, a substncia esponjosa situa-se entre duas camadas de substncia compacta. Nos ossos daabbada craniana, a substncia esponjosa chamada de dploe. Os ossos curtos so formados por osso esponjosorevestido por osso compacto, como nas epfises dos ossos longos.

    PERISTEO

    No vivente e no cadver o osso se encontra sempre revestido por delicada membrana conjuntiva, com exceo dassuperfcies articulares. Esta membrana denominada peristeo e apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo,este em contato direto com a superfcie ssea. A camada profunda chamada osteognica pelo fato de suas clulas setransformarem em clulas sseas, que so incorporadas superfcie do osso, promovendo assim o seu espessamento.Os ossos so altamente vascularizados. As artrias do peristeo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se namedula ssea. Por esta razo, desprovido do seu peristeo o osso deixa de ser nutrido e morre.

    CARTILAGEM

    A cartilagem uma forma de tecido de suporte firme e resistente, mas no tanto como o osso. No tem vasossangneos nem linfticos e no recebe nervos. Trs tipos so conhecidos - cartilagem hialina, fibrocartilagem ecartilagem elstica.

    A cartilagem hialina tem uma aparncia translcida, branco-azulada. o tipo de mais larga distribuio e aparece nomodelo cartilagneo dos ossos em desenvolvimento. Ela persiste, na vida adulta, como cartilagem articular, nasextremidades dos ossos; como cartilagens costais, da traquia, do nariz, septo nasal dos brnquios e como as maiorescartilagens da laringe. Os representantes no-articulares da cartilagem hialina tm tendncia a se ossificar mais tarde navida.

    A fibrocartilagem consiste em colees densas de fibras colgenas nas quais est misturada uma matriz cartilagnea.Ela menos homognea que a cartilagem hialina, porm mais resistente e mais flexvel. Ocorre nos discosintervertebrais e articulares e nas orlas glenoidais de certas articulaes. Est presente na snfise pbica e cobre tendesonde estes tm relao com ossos.

    A cartilagem elstica atravessada por uma rica rede de fibras elsticas, o que lhe d, alm de uma aparnciaamarelada, a capacidade de retornar rapidamente a sua forma original, quando tracionada ou torcida. A cartilagem elsticaocorre somente nas partes mveis do ouvido externo, no nariz e na epiglote.

    LIGAMENTOS

    Um ligamento uma faixa ou corda bem definida de tecido fibroso unindo dois ossos. A maioria dos ligamentosatua resistindo ao movimento de uma articulao em uma direo especfica. Existem aqueles que so espessamentoslocalizados da cpsula da articulao (ligamentos capsulares), outros que so completamente isolados da cpsula daarticulao sobre a qual atuam (ligamentos extracapsulares) e outros, ainda, que esto situados dentro da articulao(ligamentos intracapsulares).

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    Algumas estruturas, tais como o ligamento inguinal e o ligamento redondo do fgado, que recebem a denominaode ligamentos no o so no sentido estrito do termo. Tambm distantes deste sentido estrito, recebem o nome deligamentos, algumas pregas do peritnio, que contm vasos sangneos e tecido conjuntivo e unem uma vscera a outraou a parede do corpo.

    ARTICULAES

    Articulao ou juntura a conexo entre duas ou mais peas esquelticas (ossos ou cartilagens). Essas uniesno s colocam as peas do esqueleto em contato, como tambm permitem que o crescimento sseo ocorra e que certas

    partes do esqueleto mudem de forma durante o parto. Alm disto, capacitam que partes do corpo se movimentem emresposta a contrao muscular.

    Embora apresentem considerveis variaes entre elas, as articulaes possuem certos aspectos estruturais efuncionais em comum que permitem classific-las em trs grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critriopara esta diviso o da natureza do elemento que se interpe s peas que se articulam.Articulaes fibrosas

    As articulaes nas quais o elemento que se interpe s peas que se articulam o tecido conjuntivo fibroso soditas fibrosas (ou sinartroses). O grau de mobilidade delas, sempre pequeno, depende do comprimento das fibrasinterpostas. Existem trs tipos de articulaes fibrosas: sutura, sindesmose e gonfose.

    As suturas, que so encontradas somente entre os ossos do crnio, so formadas por vrias camadas fibrosas,sendo a unio suficientemente ntima de modo a limitar intensamente os movimentos, embora confiram uma certaelasticidade ao crnio. A maneira pela qual as bordas dos ossos articulados entram em contato varivel, reconhecendo-se suturas planas (unio linear retilnea ou aproximadamente retilnea), suturas escamosas (unio em bisel) e suturasserreadas (unio em linha denteada). No crnio, a articulao entre os ossos nasais uma sutura plana; entre osparietais, sutura denteada; entre o parietal e o temporal, escamosa.

    No crnio do feto e recm-nascido, onde a ossificao ainda incompleta, a quantidade de tecido conjuntivofibroso interposto muito maior, explicando a grande separao entre os ossos e uma maior mobilidade. Estas reasfibrosas so denominadas fontculos (ou fontanelas). So elas que permitem, no momento do parto, uma reduo bastanteaprecivel do volume da cabea fetal pela sobreposio dos ossos do crnio. Esta reduo de volume facilita a expulsodo feto para o meio exterior.

    Na idade avanada pode ocorrer ossificao do tecido interposto (sinostose), fazendo com que as suturas, poucoa pouco, desapaream e, com elas, a elasticidade do crnio.

    Nas sindesmoses os ossos esto unidos por uma faixa de tecido fibroso, relativamente longa, formando ou um

    ligamento intersseo ou uma membrana interssea, nos casos, respectivamente de menor ou maior comprimento dasfibras, o que condiciona um menor ou maior grau de movimentao. Exemplos tpicos so a sindesmose tbio-fibular e amembrana interssea radio-ulnar.

    Gonfose a articulao especfica entre os dentes e seus receptculos, os alvolos dentrios. O tecido fibroso doligamento periodontal segura firmemente o dente no seu alvolo. A presena de movimentos nesta articulao significauma condio patolgica.Articulaes cartilaginosas

    Nas articulaes cartilaginosas o tecido que se interpe a cartilagem. Quando se trata de cartilagem hialina,temos as sincondroses; nas snfises a cartilagem fibrosa. Em ambas a mobilidade reduzida. As sincondroses so rarase o exemplo mais tpico a sincondrose esfeno-occipital que pode ser visualizada na base do crnio. Exemplo de snfise a unio, no plano mediano, entre as pores pbicas dos ossos do quadril, constituindo a snfise pbica. Tambm asarticulaes que se fazem entre os corpos das vrtebras podem ser consideradas como snfise, uma vez que se interpe

    entre eles um disco de fibrocartilagem - o disco intervertebral.

    ARTICULAES SINOVIAIS

    A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfcie ssea contra outra e isto impossvel quando entre elasinterpe-se um meio de ligao, seja fibroso ou cartilagneo. Para que haja o grau desejvel de movimento, em muitasarticulaes, o elemento que se interpe s peas que se articulam um lquido denominado sinvia, ou lquido sinovial.Alm da presena deste lquido, as articulaes sinoviais possuem trs outras caractersticas bsicas: cartilagem articular,cpsula articular e cavidade articular.

    A cartilagem articular a cartilagem do tipo hialino que reveste as superfcies em contato numa determinadaarticulao (superfcies articulares), ou seja, a cartilagem articular a poro do osso que no foi invadida pela

    ossificao. Em virtude deste revestimento as superfcies articulares se apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiada.

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    A cartilagem articular avascular e no possui tambm inervao. Sua nutrio, portanto, principalmente nas reas maiscentrais, precria, o que torna a regenerao, em caso de leses, mais difcil e lenta.

    A cpsula articular uma membrana conjuntiva que envolve a articulao sinovial como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira mais resistente e podeestar reforada, em alguns pontos, por ligamentos, destinados a aumentar sua resistncia. Em muitas articulaessinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cpsula articular e em algumas, como na do joelho, aparecemtambm ligamentos intra-articulares.

    Cavidade articular o espao existente entre as superfcies articulares, estando preenchido pelo lquido sinovialLigamentos e cpsula articular tm por finalidade manter a unio entre os ossos, mas, alm disto, impedem o

    movimento em planos indesejveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais.A membrana sinovial a mais interna das camadas da cpsula articular. abundantemente vascularizada e

    inervada, sendo encarregada da produo da sinvia (lquido sinovial), o qual tem consistncia similar a clara do ovo etem por funes lubrificar e nutrir as cartilagens articulares. O volume de lquido sinovial presente em uma articulao mnimo, somente o suficiente para revestir delgadamente as superfcies articulares e localiza-se na cavidade articular.

    Alm destas caractersticas, que so comuns a todas as articulaes sinoviais, em vrias delas encontram-seformaes fibrocartilagneas, interpostas s superfcies articulares, os discos e meniscos, de funo discutida: serviriam melhor adaptao das superfcies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receberviolentas presses, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua caracterstica forma de meia lua, so encontrados naarticulao do joelho. Discos so encontrados nas articulaes esternoclavicular e temporomandibular.

    MOVIMENTOS DAS ARTICULAES SINOVIAIS

    As articulaes fibrosas e cartilagneas tm um mnimo grau de mobilidade. Assim, a verdadeira mobilidadearticular dada pelas articulaes sinoviais. Estes movimentos ocorrem, obrigatoriamente, em torno de um eixo,denominado eixo de movimento. A direo destes eixos ntero-posterior, ltero-lateral e longitudinal. Na anlise domovimento realizado, a determinao do eixo de movimento feita obedecendo a regra, segundo a qual, a direo do eixode movimento sempre perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento em questo. Assim, todo movimento realizado em um plano determinado e o seu eixo de movimento perpendicular quele plano. Os movimentos executadospelos segmentos do corpo recebem nomes especficos e aqui sero definidos, a seguir, apenas os mais comuns:

    Flexo e extenso so movimentos angulares, ou seja, neles ocorre uma diminuio ou um aumento do nguloexistente entre o segmento que se desloca e aquele que permanece fixo. Quando ocorre a diminuio do ngulo diz-seque h flexo; quando ocorre o aumento, realizou-se a extenso, exceto para o p. Neste caso, no se usa a expresso

    extenso do p: os movimentos so definidos como flexo dorsal e flexo plantar do p. Os movimentos angulares deflexo e extenso ocorrem em plano sagital e, seguindo a regra, o eixo desses movimentos ltero-lateral.

    Aduo e abduo que so movimentos nos quais o segmento deslocado, respectivamente, em direo ao planomediano ou em direo oposta, isto , afastando-se dele. Para os dedos prevalece o plano mediano do membro. Osmovimentos da aduo e abduo desenvolvem-se em plano frontal e seu eixo de movimento ntero-posterior.

    Rotao que o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal (vertical). Assim, nos membros,pode-se reconhecer uma rotao medial, quando a face anterior do membro gira em direo ao plano mediano do corpo, euma rotao lateral, no movimento oposto. A rotao feita em plano horizontal e o eixo de movimento, perpendicular aeste plano vertical.

    Circunduo o resultado do movimento combinatrio que inclui a aduo, extenso, abduo, flexo e rotao.Neste tipo de movimento, a extremidade distal do segmento descreve um crculo e o corpo do segmento, um cone, cujovrtice representado pela articulao que se movimenta.

    CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS ARTICULAES SINOVIAIS

    O movimento nas articulaes depende, essencialmente, da forma das superfcies que entram em contato e dosmeios de unio que podem limit-lo. Na dependncia destes fatores as articulaes podem realizar movimentos em tornode um, dois ou trs eixos. Este o critrio adotado para classific-las funcionalmente. Quando uma articulao realizamovimentos apenas em torno de um eixo, diz-se que mono-axial ou que possui um s grau de liberdade; ser bi-axial aque os realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e tri-axial se eles forem realizados em torno de trs eixos(trs graus de liberdade). Assim, as articulaes que s permitem a flexo e extenso, como a do cotovelo, so mono-axiais; aquelas que realizam extenso, flexo, aduo e abduo, como a radio-crpica (articulao do punho), so bi-axiais; finalmente, as que alm de flexo, extenso, abduo e aduo, permitem tambm a rotao, so ditas tri-axiais,

    cujos exemplos tpicos so as articulaes do ombro e do quadril.

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    CLASSIFICAO MORFOLGICA DAS ARTICULAES SINOVIAIS

    O critrio de base para a classificao morfolgica das articulaes sinoviais a forma das superfcies articulares.Contudo, s vezes difcil fazer esta correlao. Alm disto, existem divergncias entre anatomistas quanto no s aclassificao de determinadas articulaes, mas tambm quanto denominao dos tipos. De acordo com a nomenclaturaanatmica, os tipos morfolgicos de articulaes sinoviais so:

    Plana, na qual as superfcies articulares so planas ou ligeiramente curvas, permitindo

    deslizamento de uma superfcie sobre a outra em qualquer direo. A articulaoacromioclavicular (entre o acrmio da escpula e a clavcula) um exemplo. Deslizamentoexiste em todas as articulaes sinoviais mas nas articulaes planas ele discreto,fazendo com que a amplitude do movimento seja bastante reduzida. Entretanto, deve-seressaltar que pequenos deslizamentos entre vrios ossos articulados permitem aprecivelvariedade e amplitude de movimento. isto que ocorre, por exemplo, nas articulaesentre os ossos curtos do carpo, do tarso e entre os corpos das vrtebras.

    Gnglimo, ou dobradia, sendo que os nomes referem-se muito mais ao movimento (flexoe extenso) que elas realizam do que forma das superfcies articulares. A articulao docotovelo um bom exemplo de gnglimo e a simples observao mostra como a superfcie

    articular do mero, que entra em contato com a ulna, apresenta-se em forma de carretel.Todavia, as articulaes entre as falanges tambm so do tipo gnglimo e nelas a formadas superfcies articulares no se assemelha a um carretel. Este um caso concreto emque o critrio morfolgico no foi rigorosamente obedecido. Realizando apenas flexo eextenso, as articulaes sinoviais do tipo gnglimo so mono-axiais.

    Trocide, na qual, as superfcies articulares so segmentos de cilindro e, por esta razo, cilindrides talvezfosse um termo mais apropriado para design-las. Estas articulaes permitem rotao e seu eixo demovimento, nico, vertical: so mono-axiais. Um exemplo tpico a articulao radio-ulnar proximal (entreo rdio e a ulna) responsvel pelos movimentos de pronao e supinao do antebrao. Na pronaoocorre uma rotao medial do rdio e, na supinao, rotao lateral. Na posio de descrio anatmica oantebrao est em supinao.

    Condilar, cujas superfcies articulares so de forma elptica e elipside seria talvez um termo maisadequado. Estas articulaes permitem flexo, extenso, abduo e aduo, mas no a rotao. Possuemdois eixos de movimento, sendo portanto bi-axiais. A articulao radio-crpica (ou do punho) um exemplo.Outros so a articulao temporomandibular e as articulaes metacarpofalngicas.

    Selar, na qual a superfcie articular de uma pea esqueltica tem a forma de sela, apresentandoconcavidade num sentido e convexidade em outro, e se encaixa numa segunda pea onde convexidade econcavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira. A articulao carpo-metacrpica do polegar exemplo tpico. interessante notar que esta articulao permite flexo, extenso, abduo, aduo erotao (conseqentemente, tambm circunduo) mas classificada como bi-axial. O fato justificado

    porque a rotao isolada no pode ser realizada ativamente pelo polegar sendo s possvel com acombinao dos outros movimentos.

    Esferide, que apresenta superfcies articulares que so segmentos de esferas e se encaixam emreceptculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa, que pode ser movimentado em qualquer direo, um exemplo no anatmico de uma articulao esferide. Este tipo de articulao permite movimentos emtorno de trs eixos, sendo portanto, tri-axial. Assim, a articulao do ombro (entre o mero e a escpula) e ado quadril (entre o osso do quadril e o fmur) permitem movimentos de flexo, extenso, aduo, abduo,rotao e circunduo.

    COMPLEXIDADE DE ORGANIZAO

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    Quando apenas dois ossos entram em contato numa articulao sinovial diz-se que ela simples (por exemplo, aarticulao do ombro); quando trs ou mais ossos participam da articulao ela denominada composta (a articulao docotovelo envolve trs ossos: mero, ulna e rdio).

    INERVAO

    As articulaes sinoviais so muito inervadas. Os nervos so derivados dos que suprem a pele adjacente ou osmsculos que movem as articulaes. As terminaes nervosas sensveis a dor so numerosas na membrana fibrosa dacpsula e nos ligamentos e so sensveis ao estiramento e toro destas estruturas. Contudo, o principal tipo de

    sensibilidade a propriocepo. Das terminaes proprioceptoras da cpsula - fusos neurotendinosos - partem impulsosque interpretados no sistema nervoso central informam sobre a posio relativa dos ossos da articulao, do grau edireo de movimento. As vezes, essas informaes so inconscientes, e atuam em nvel de medula espinhal paracontrole dos msculos que agem sobre a articulao.

    MSCULOS

    A capacidade de reagir em resposta a uma modificao do meio ambiente constitui uma das propriedadesfundamentais do protoplasma animal. Assim, um ser unicelular em contato com um agente irritante contrai-se no ponto deestmulo e emite um prolongamento do citoplasma no ponto oposto quele que foi estimulado. Diz-se que a clulacontraiu-se ao ser estimulada, distanciando-se do agente de estmulo; em suma, ocorreu um movimento. Porm, sendounicelular, ele deve realizar com uma nica clula, um sem nmero de atividades: respirao, absoro, excreo etc. Nosseres multicelulares, as clulas diferenciam-se para realizar funes especficas: algumas so apropriadas respirao,outras absoro, etc. As chamadas clulas musculares especializam-se para a contrao e o relaxamento. Estas clulasagrupam-se em feixes para formar massas macroscpicas chamadas msculos, os quais acham-se fixados pelas suasextremidades. Assim, msculos so estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distancia queexiste entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contrao. Dentro do aparelho locomotor, constitudo pelos ossos,articulaes e msculos, estes ltimos so os elementos ativos do movimento. Alm de tornar possvel o movimento, amusculatura tambm mantm unidas as peas do esqueleto, determinando a posio e a postura do esqueleto.

    MSCULO ESQUELTICO

    A clula muscular est normalmente sob o controle do sistema nervoso. Cada msculo possui o seu nervo motor,

    o qual divide-se em muitos ramos para poder controlar todas as clulas do msculo. As divises mais delicadas,microscpicas, destes ramos terminam, em cada clula muscular, num mecanismo especializado conhecido como placamotora. Quando o impulso nervoso passa atravs do nervo, a placa motora transmite o impulso clula musculardeterminando a sua contrao. Se o impulso para a contrao resulta de um ato de vontade diz-se que o msculo voluntrio; se o impulso parte de uma poro do sistema nervoso sobre o qual o indivduo no tem controle consciente,diz-se que o msculo involuntrio. Os msculos voluntrios distinguem-se histologicamente dos involuntrios porapresentar estriaes transversais. Por esta razo so estriados, enquanto os involuntrios so lisos. O msculo cardaco,por sua vez, assemelha-se ao msculo estriado, histologicamente, mas atua como msculo involuntrio, alm de sediferenciar dos dois por uma srie de caractersticas que lhe so prprias. Tambm possvel distinguir os msculosestriados dos lisos pela topografia: os primeiros so esquelticos, isto , esto fixados, pelo menos por uma dasextremidades, ao esqueleto; os ltimos so viscerais, isto , so encontrados na parede das vsceras de diversos sistemasdo organismo. Entretanto, msculos estriados so tambm encontrados em algumas vsceras, e msculos lisos podem

    estar, excepcionalmente, submetidos ao controle da vontade.Um msculo esqueltico tpico possui uma poro mdia e extremidades. A poro mdia carnosa, vermelha no

    vivente e recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, sendo, portanto a parte ativa domsculo, isto , a parte contrtil. Quando as extremidades so cilindrides ou ento tm forma de fita, chamam-setendes; quando so laminares, recebem a denominao de aponeuroses.

    Tanto tendes quanto aponeuroses so esbranquiados e brilhantes, muito resistentes e praticamenteinextensveis, constitudos por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colgenas. De um modo geral, os msculos seprendem a duas reas do corpo, em geral no esqueleto, por seus tendes e aponeuroses, enquanto o ventre muscularno se prende, para que possa contrair-se livremente. Na contrao muscular, uma delas permanece fixa e a outra semove. A fixa a origem e a mvel a insero. Portanto, os conceitos de origem e insero so dinmicos, dependendode que pea se move e de qual permanece fixa.

    Estes conceitos, que so genricos, admitem algumas excees, tais como: os tendes ou aponeuroses nem

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    sempre se prendem ao esqueleto, podendo faz-lo em outros elementos (cartilagem, cpsulas articulares, septosintermusculares, derme, tendo de outro msculo etc.); em um grande nmero de msculos, as fibras dos tendes tmdimenses to reduzidas que se tem a impresso de que o ventre muscular se prende diretamente no osso; em unspoucos msculos, aparecem tendes interpostos a ventres de um mesmo msculo, e esses tendes no servem parafixao no esqueleto.

    A fscia muscular uma lmina de tecido conjuntivo que envolve cada msculo. A espessura da fscia muscularvaria de msculo para msculo, dependendo de sua funo. s vezes a fscia muscular muito espessada e podecontribuir para prender o msculo ao esqueleto.

    Para que os msculos possam exercer eficientemente um trabalho de trao ao se contrair, necessrio que eles

    estejam dentro de uma bainha elstica de conteno, papel executado pela fscia muscular. Outra funo desempenhadapelas fscias permitir o fcil deslizamento dos msculos entre si.

    Em algumas regies do corpo as fscias musculares vo alm de serem somente envoltrios musculares. Assim,nos membros, alm de cada msculo ser envolvido por sua fscia, todo o conjunto muscular tambm envolto por umafscia mais espessa, da qual partem prolongamentos que vo se fixar nos ossos, separando grupos musculares. Estesprolongamentos so chamados de septos intermusculares. A fscia muscular que envolve os msculos da paredeabdominal apresenta setores ocupados por msculos e setores desocupados.

    CLASSIFICAO MORFOLGICA DOS MSCULOS ESQUELTICOS

    Os msculos so classificados de vrias formas. As mais comumente empregadas so as que o fazem em relao forma do msculo e ao arranjo de suas fibras e s extremidades e ao ventre muscular. A funo do msculo condicionasua forma e arranjo de suas fibras. Como as funes dos msculos so mltiplas e variadas, tambm o so suamorfologia e arranjo de suas fibras. De um modo geral e amplo, os msculos tm as fibras dispostas paralelas ouoblquas direo de trao exercida pelo msculo.

    A disposio paralela das fibras pode ser encontrada tanto em msculos nos quais predomina o comprimento -msculos longos-, quanto em msculos nos quais comprimento e largura se equivalem - msculos largos -. Nos msculoslongos muito comum notar-se uma convergncia das fibras musculares em direo aos tendes de origem e insero,de tal modo que na parte mdia o msculo tem maior dimetro que nas extremidades e por seu aspecto caracterstico denominado fusiforme. Msculos fusiformes so muito freqentes nos membros. Nos msculos largos, as fibras podemconvergir para um tendo em uma das extremidades, tomando o aspecto de leque.

    Msculos cujas fibras so oblquas em relao aos tendes denominam-se penados, porque esta disposiolembra a das barbas de uma pena. Se os feixes musculares se prendem numa s borda do tendo fala-se em msculo

    unipenado, se os feixes se prendem nas duas bordas do tendo, ser bipenado.Quando os msculos se originam por mais de um tendo, diz-se que apresentam mais de uma cabea de origem.

    So ento classificados como msculos bceps, trceps ou quadrceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeas de origem.Exemplos clssicos so encontrados na musculatura dos membros e a nomenclatura acompanha a classificao: m.bceps braquial, m. trceps da perna, m. quadrceps da coxa.

    Do mesmo modo, os msculos podem inserir-se por mais de um tendo. Quando h dois tendes, sobicaudados; trs ou mais, policaudados.

    Alguns msculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendes intermedirios situados entre eles. Sodigstricos os msculos que apresentam dois ventres e poligstricos os que apresentam maior nmero de ventres.

    CLASSIFICAO FUNCIONAL DOS MSCULOS ESQUELTICOS

    Quando um msculo o agente principal na execuo de um movimento ele um agonista. Quando um msculose ope ao trabalho de um agonista, um antagonista. Quando atua no sentido de eliminar algum movimento indesejadoque poderia ser produzido pelo agonista um sinergista. Assim, o msculo braquial quando se contrai o agente ativo naflexo do antebrao, sendo, pois um agonista. O msculo trceps braquial, que se ope a este movimento, retardando-o,para que ele no ocorra bruscamente, atua como um antagonista. Na flexo dos dedos, os msculos flexores dos dedosso os agonistas. Como os tendes de insero destes msculos cruzam a articulao do punho, a tendncia natural provocar tambm a flexo da mo. Isto no ocorre porque outros msculos, como os extensores do carpo, se contraem edesta forma estabilizam a articulao do punho, impedindo o movimento indesejado e atuando assim como sinergistas.

    Os msculos que fixam um segmento do corpo para permitir um apoio bsico nos movimentos executados poroutros msculos so chamados de fixadores ou posturais, como ocorre na contrao dos msculos abdominais parapermitir a flexo do brao contra resistncia. Alguns anatomistas consideram os sinergistas como uma subcategoria dos

    fixadores. Independente de sutilezas conceituais importante notar que estes conceitos so dinmicos, ou seja, um

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    msculo que em determinado momento agonista em outro pode ser antagonista ou fixador ou sinergista.

    MECNICA MUSCULAR

    A contrao do ventre muscular vai produzir um trabalho mecnico, em geral representado pelo deslocamento deum segmento do corpo. Ao contrair-se o ventre muscular, h um encurtamento do comprimento do msculo econseqente deslocamento da pea esqueltica.

    O trabalho realizado por um msculo depende da potncia do msculo e da amplitude de contrao do mesmo. Aamplitude de contrao depende do comprimento das fibras musculares. Assim, um msculo longo tem o mais alto grau

    de encurtamento. A potncia (ou fora) funo do nmero de fibras que se contraem e nmero de fibras contido em umaseco transversal do msculo, o que medido em ngulo reto com o eixo maior dos fascculos musculares e no com oeixo maior do msculo como um todo.

    Desta forma, o que um msculo penado perde em amplitude de contrao, ganha em fora. Como foianteriormente dito, o trabalho do msculo se manifesta pelo deslocamento de um (ou mais) osso(s). Os msculos agemsobre os ossos como potncias sobre braos de alavancas. No caso da musculatura cardaca e dos msculos lisos,geralmente situadas nas paredes de vsceras ocas ou tubulares, tambm se produz um trabalho: a contrao damusculatura destes rgos reduz seu volume ou seu dimetro e desta forma vai expelir ou impulsionar seu contedo.

    A clula muscular obedece a chamada lei do tudo ou nada, ou seja, ou est completamente contrada ou esttotalmente relaxada. Assim, a quantidade de fibras musculares que vai estar envolvida com o trabalho de um msculo, aomesmo tempo, vai depender de quantas unidades motoras ele possua. Denomina-se unidade motora ao conjunto de fibrasde um msculo supridas pelo mesmo neurnio. Desta forma um msculo com poucas unidades motoras um msculo demovimentos mais grosseiros, enquanto aquele que possui muitas unidades motoras capaz de movimentos de altapreciso e delicadeza.

    SISTEMA CIRCULATRIO

    O sistema circulatrio dividido em sistema circulatrio sangneo, com as funes de levar oxignio e nutrientesaos tecidos e deles trazer seus produtos, que sero redistribudos a outros rgos e tecidos e seus resduos, que seroeliminados (ver sistema urinrio) e em sistema circulatrio linftico, que transporta para a circulao sangnea o excessode lquido intersticial, bem como substncias de grande tamanho, incapazes de passar diretamente dos tecidos paraaquela. Alm disto ajuda na defesa do organismo contra o ataque de microrganismos.

    Em sntese o sistema circulatrio pode ser dividido em: sistema sangneo composto por artrias, veias, capilares

    e corao e cujo fluido o sangue e em sistema linftico, formado por vasos linfticos, linfonodos, tonsilas e rgoshemopoiticos e cujo fluido a linfa.

    SISTEMA CIRCULATRIO SANGNEO

    O sistema circulatrio sangneo formado por um circuito fechado de tubos (artrias, capilares e veias) dentrodos quais circula o sangue e por um rgo central, o corao, que atua como bomba aspirante-premente.

    ARTRIAS

    As artrias so os vasos que transportam o sangue centrifugamente ao corao. Distribuem-se por praticamentetodo o corpo, iniciando por grandes troncos que vo se ramificando progressivamente. Estes ramos podem ser colaterais

    ou terminais. Quando uma artria d ramos e deixa de existir por causa desta diviso, diz-se que estes ramos soterminais. Quando a artria emite ramos e continua a existir, estes ramos so chamados de colaterais. Estes, que so agrande maioria dos ramos arteriais, se separam do tronco arterial mais comumente em ngulo agudo, mas podem faz-loem ngulo reto ou, mais raramente, em ngulo obtuso. Estes seguem um trajeto retrgrado e so denominados derecorrentes.

    CAPILARES

    As artrias se ramificam e se tornam, progressivamente, menos calibrosas e com as paredes mais finas, atchegarem aos capilares, que so de dimenses microscpicas e cujas paredes so uma simples camada de clulas(endotlio). Sua distribuio quase universal no corpo, sendo rara sua ausncia, como ocorre na epiderme, na

    cartilagem hialina, na crnea e no cristalino. ao nvel dos capilares, graas a aberturas existentes entre clulas

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    endoteliais vizinhas (poros capilares), que ocorrem as trocas entre o sangue e os tecidos. Estas aberturas variam dedimenses de tecido para tecido.

    VEIAS

    As veias so os vasos que transportam o sangue centripetamente ao corao. Sua formao lembra a formaodos rios: afluentes vo confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se progressivamente mais volumoso. As veiasrecebem numerosas tributrias e seu calibre aumenta medida que se aproximam do corao, exatamente o oposto doque ocorre com as artrias, nas quais o calibre vai diminuindo medida que emitem ramos e se afastam do corao. De

    acordo com sua localizao em relao s camadas do corpo, as veias so classificadas em superficiais e profundas.Estas podem ser solitrias. ou seja, no acompanham artrias ou , o que mais comum, satlites, quando acompanhamas artrias. Neste caso so, geralmente, em nmero de duas para cada artria. As veias superficiais possuem trajetoindependente do das artrias e se comunicam com as profundas por inmeras anastomoses. Na superfcie interna demuitas veias existem pregas membranosas, de forma semilunar, geralmente aos pares, denominadas vlvulas, as quais,por direcionarem o fluxo sangneo, contrabalanam a ao da gravidade, desfavorvel circulao nas veias de trajetoascendente. Assim, nas veias dos membros as vlvulas so comuns, enquanto na cabea e pescoo so ausentes ouvestigiais.

    CORAO

    O corao, localizado no mediastino torcico ( poro mediana do trax, compreendida entre as cavidadespulmonares um rgo muscular oco que funciona como uma bomba contrtil-propulsora. O tecido muscular que forma ocorao de tipo especial, tecido muscular estriado cardaco, e constitui sua camada mdia, o miocrdio. Este revestidointernamente por endotlio, o qual contnuo com a camada ntima dos vasos que chegam ou saem do corao. Estacamada interna o endocrdio. Externamente ao miocrdio, h uma serosa revestindo-o, denominada epicrdio. Acavidade do corao subdividida em quatro cmaras: duas direita, o trio e o ventrculo direitos e duas esquerda, otrio e o ventrculo esquerdos. O trio direito se comunica com o ventrculo direito atravs do stio atrioventricular direito,no qual existe um dispositivo direcionador do fluxo, a valva tricspide. O mesmo ocorre esquerda, atravs do stioatrioventricular esquerdo, cujo dispositivo direcionador de fluxo a valva mitral. As cavidades direitas so separadas dasesquerdas pelos septos interatrial e interventricular.

    Ao trio direito, atravs das veias cavas inferior e superior chega o sangue venoso do corpo (com baixa pressode O2 e alta presso de CO2). Ele passa ao ventrculo direito atravs do stio atrioventricular direito e deste vai ao tronco

    pulmonar e da, atravs das artrias pulmonares direita e esquerda, dirige-se aos pulmes, onde ocorrer a troca gasosa,com CO2 sendo liberado dos capilares pulmonares para o meio ambiente e com O2 sendo absorvido do meio ambientepara os capilares pulmonares. Estes capilares confluem e, progressivamente, se formam as veias pulmonares que levamsangue rico em O2 para o trio esquerdo. Deste, o sangue passa ao ventrculo esquerdo atravs do stio atrioventricularesquerdo e da vai para a artria aorta, que inicia sua distribuio pelo corpo.

    O trajeto ventrculo esquerdo aorta artrias de calibres progressivamente menores capilares veias de calibresprogressivamente maiores veias cavas superior e inferior trio direito, chamado de grande circulao ou circulaosistmica.

    O trajeto ventrculo direito tronco pulmonar artrias pulmonares direita e esquerda, com reduo progressiva decalibre capilares pulmonares veias pulmonares com aumento progressivo de calibre trio esquerdo, chamado depequena circulao ou circulao pulmonar.

    PERICRDIO

    Envolvendo o corao, separando-o dos outros rgos do trax e limitando sua distenso existe um saco fibro-seroso, o pericrdio. Ele constitudo por uma camada externa fibrosa, o pericrdio fibroso e por uma camada internaserosa, o pericrdio seroso. Este possui uma lmina parietal, aderente ao pericrdio fibroso e uma lmina serosa,aderente ao miocrdio, ou seja, a lmina serosa o epicrdio.

    SISTEMA CIRCULATRIO LINFTICO

    O sistema linftico formado por vasos linfticos e linfonodos situados ao longo do trajeto dos vasos. Estes atuambasicamente como um sistema auxiliar de drenagem, pois nem todas as molculas do lquido tecidual passam para os

    capilares sangneos, em especial as de grande tamanho, que so recolhidas em capilares especiais, os capilares

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    linfticos, de fundo cego, de onde a linfa segue para os vasos linfticos e destes para os troncos linfticos, os maisvolumosos, que por sua vez lanam a linfa em veias de mdio ou grande calibre. Por serem capazes de absorverestruturas de maior calibre, os capilares linfticos podem captar tambm restos de clulas normais ou inflamatrias ebactrias.

    Para evitar que estas substncias estranhas ao organismo penetrem na circulao sangnea e se disseminempor todo o corpo existem ao longo dos vasos linfticos estruturas denominadas linfonodos, que atuam como uma barreiraou filtro contra estes agentes agressores. Os linfonodos so, portanto, elementos de defesa do organismo e para tantoproduzem glbulos brancos, principalmente linfcitos. Os linfonodos variam muito em forma, tamanho e colorao,ocorrendo geralmente em grupos, embora possam apresentar-se isolados. Como resposta a uma inflamao, o linfonodo

    pode intumescer-se e tornar-se doloroso, fenmeno conhecido tecnicamente como linfadenite ou popularmente comongua. As tonsilas so rgos linfides situados na orofaringe compostos por linfonodos parcialmente encapsulados.

    SISTEMA NERVOSO

    As funes orgnicas, bem como a integrao ao meio ambiente esto na dependncia de um sistema especialdenominado sistema nervoso. Isto significa que este sistema no s controla e coordena as funes de todos os sistemasdo organismo como tambm, ao receber os devidos estmulos, capaz de interpret-los e desencadear respostasadequadas a eles. Desta forma, muitas funes do sistema nervoso dependem da vontade (caminhar, por exemplo, umato voluntrio) e muitas outras ocorrem sem que se tenha conscincia delas (a secreo de saliva, por exemplo, ocorreindependentemente da vontade).

    O sistema nervoso dividido em duas partes fundamentais que so o sistema nervoso central (SNC) e o sistemanervoso perifrico. O sistema nervoso central a poro de recepo de estmulos, de comando e desencadeadora derespostas, sendo formado pelo encfalo e pela medula espinhal. A poro perifrica est constituda pelas vias queconduzem os estmulos ao sistema nervoso central ou que levam at aos rgos efetuadores as ordens emanadas daporo central, sendo formado pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gnglios e pelas terminaes nervosas.

    SISTEMA NERVOSO CENTRAL

    O sistema nervoso central formado pelo encfalo e pela medula espinhal, protegidos, respectivamente. pelocrnio e pela coluna vertebral Esta proteo reforada pela presena de lminas de tecido conjuntivo, as meninges. Elasso, de fora para dentro: dura-mter, aracnide e pia-mter. A dura-mter a mais espessa delas, sendo que no crnioest associada ao peristeo da face interna dos ossos, enquanto entre ela e a coluna vertebral existe um espao, o

    espao extradural (ou epidural). A pia-mter a mais fina e est intimamente aplicada ao encfalo e a medula espinhal.Entre a dura e a pia-mter est a aracnide, da qual partem fibras delicadas que vo a pia-mter, formando uma redesemelhante a uma teia de aranha. A aracnide separada da dura-mter por um espao capilar, o espao subdural e dapia-mter pelo espao subaracnideo, onde circula o lquido crebro-espinhal ou lquor, o qual funciona como absorventede choques.

    O encfalo dividido em crebro, cerebelo, mesencfalo, ponte e bulbo, sendo estes trs ltimos conhecidos emconjunto como tronco enceflico. A maior parte do encfalo corresponde ao crebro, constitudo por duas massas, oshemisfrios cerebrais, unidos por uma ponte de fibras nervosas, o corpo caloso e separados por uma lmina de dura-mter, a foice do crebro. Na superfcie dos hemisfrios existem depresses, os sulcos que delimitam giros. Oshemisfrios podem ser divididos em lobos, correspondendo cada um aos ossos do crnio com que guardam relaes,existindo, portanto, os lobos frontal, occipital, temporal e parietal. O crebro responde pelas funes nervosas maiselevadas, contendo centros para interpretao de estmulos bem como centros que iniciam movimentos musculares. Ele

    armazena informaes e responsvel tambm por processos psquicos altamente elaborados, determinando ainteligncia e a personalidade. O cerebelo atua, basicamente, como coordenador dos movimentos da musculaturaesqueltica e na manuteno do equilbrio. O tronco enceflico, alm de ser a origem de dez dos doze nervos cranianos, sede de vrias funes ligadas ao controle das atividades involuntrias e das emoes.

    A medula espinhal formada por trinta e um segmentos, cada um dos quais d origem a um par de nervosespinhais. Ela atua como um caminho pelo qual passam impulsos que vo ou vem do encfalo para vrias partes docorpo.

    A observao atenta de um corte de qualquer rea do SNC permite reconhecer reas claras e escuras querepresentam, respectivamente, o que se chama de substncia branca e substncia cinzenta. A primeira est constituda,predominantemente, por fibras nervosas mielnicas e a segunda por corpos de neurnios. No crebro e no cerebelo aestrutura geral a mesma: uma massa de substncia branca, revestida externamente por uma fina camada de substncia

    cinzenta e tendo no centro massas de substncia cinzenta constituindo os ncleos (acmulos de corpos neuronais dentro

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    do SNC). Na medula, a substncia cinzenta forma um eixo central contnuo envolvido por substncia branca, enquanto notronco enceflico a substncia cinzenta central no contnua, apresentando-se fragmentada, formando ncleos.

    SISTEMA NERVOSO PERIFRICO

    O sistema nervoso perifrico composto por terminaes nervosas, gnglios e nervos. Estes so cordesesbranquiados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que tm por funo levar (ou trazer) impulsosao (do) SNC. As fibras que levam impulsos ao SNC so chamadas de aferentes ou sensitivas, enquanto que as quetrazem impulsos do SNC so as aferentes ou motoras. Os nervos so divididos em dois grupos: nervos cranianos e nervos

    espinhais.

    NERVOS ESPINHAIS

    O nervo espinhal formado pela fuso de duas razes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenasfibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares esto situados na coluna anterior da substncia cinzenta da medula. Araiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos celulares esto no gnglio sensitivo da raiz dorsal, que seapresenta como uma poro dilatada da prpria raiz. Como o nervo espinhal formado pela fuso destas razes, ele sempre misto, ou seja tem fibras aferentes e eferentes. Logo aps sua formao pela fuso das razes ventral e dorsal onervo espinhal se divide em dois ramos: ramo dorsal, menos calibroso e que inerva a pele e os msculos do dorso e ramoventral, mais calibroso e que inerva os membros e a poro ntero-lateral do tronco.

    Os ramos ventrais que inervam os membros se anastomosam amplamente formando os plexos, dos quaisemergem nervos terminais, de tal forma que cada ramo ventral contribui para formar vrios nervos e cada nervo contemfibras provenientes de diversos ramos ventrais. J no tronco no h a formao dos plexos; cada ramo ventral segue seucurso isolado.

    NERVOS CRANIANOS

    Os nervos cranianos so doze pares de nervos que fazem conexo com o encfalo. Os dois primeiros tmconexo com o crebro e os demais com o tronco enceflico. Os nervos cranianos so mais complexos que os espinhais,havendo acentuada variao quanto aos seus componentes funcionais. Alguns possuem um gnglio, outros tem mais deum e outros, ainda, no tem nenhum. Tambm no so obrigatoriamente mistos como os nervos espinhais. Os nervos

    cranianos recebem denominaes prprias, bem como tambm so numerados em seqncia crnio-caudal, o que mostrado na tabela 3, juntamente com suas respectivas funes

    TERMINAES NERVOSAS E GNGLIOS

    As terminaes nervosas existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras. Nestas ltimas, o exemplo maistpico a placa motora. Nas primeiras, as terminaes nervosas so estruturas especializadas para receber estmulosfsicos ou qumicos na superfcie ou no interior do corpo. Assim, os cones e bastonetes da retina so estimulados somentepelos raios luminosos; os receptores do ouvido apenas por ondas sonoras; os gustativos por substncias qumicascapazes de determinar as sensaes de doce, azedo, amargo, etc.; na pele e nas mucosas existem receptoresespecializados para os agentes causadores de calor, frio, presso e tato, enquanto as sensaes dolorosas so captadaspor terminaes nervosas livres, isto , no h uma estrutura especializada para este tipo de estmulo.

    Enquanto acmulos de neurnios dentro do SNC so chamados de ncleos, fora do SNC so chamados degnglios e se apresentam, em geral, como uma dilatao.

    Do ponto de vista funcional pode-se dividir o sistema nervoso em SN somtico e SN visceral. Este o conjunto deestruturas nervosas, centrais e perifricas, que se ocupam do controle do meio interno, enquanto o SN somtico, tambmformado por estruturas centrais e perifricas, tm por funo a interao do organismo com o meio externo. Assim, deuma forma geral, pode-se afirmar que o SN somtico cuida das atividades voluntrias enquanto o SN visceral o faz dasinvoluntrias.

    SISTEMA NERVOSO AUTNOMO

    Tanto o SN somtico quanto o SN visceral possuem uma parte aferente e outra eferente. Denomina-se sistema

    nervoso autnomo (SNA) a parte eferente do SN visceral. O SNA por sua vez dividido em duas partes: o sistema

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    simptico e o sistema parassimptico. O simptico estimula as atividades que ocorrem em situaes de emergncia outenso, enquanto o parassimptico mais ativo nas condies comuns da vida, estimulando atividades que restauram econservam a energia corporal. O simptico tem origens nas regies torcica e lombar da medula espinhal, enquanto oparassimptico as tem pores no tronco enceflico e nos segmentos sacrais da medula espinhal. Ambos possuem fibraspr-ganglionares que fazem conexes com gnglios (acmulo de neurnios fora do SNC) e dos quais partem fibras ps-ganglionares que vo at os rgos efetuadores; contudo as fibras pr-ganglionares simpticas so curtas e as ps-ganglionares so longas, enquanto no parassimptico ocorre o contrrio. Existem vrias outras diferenas, como no tipodos mediadores qumicos, que fogem ao objetivo deste tpico.

    SISTEMA RESPIRATRIO

    O sistema respiratrio contem os tubos que transportam o ar do meio externo aos pulmes e vice-versa e osalvolos dos pulmes, onde ocorrem as trocas gasosas. Respirao o processo pelo qual gases so trocados entre omeio ambiente e as clulas do corpo.

    RGOS DO SISTEMA RESPIRATRIO

    O nariz, formado por ossos e cartilagens, apresenta duas aberturas, as narinas, que permitem a entrada do ar. Acavidade nasal o espao situado posteriormente ao nariz e dividida medianamente pelo septo nasal. As paredeslaterais da cavidade nasal apresentam salincias, as conchas nasais, que aumentam a superfcie de contato entre o ar e amucosa da cavidade nasal. Esta mucosa filtra, aquece e umedifica o ar inspirado.

    Os seios paranasais so cavidades existentes em alguns ossos do crnio e que se abrem na cavidade nasal. Seurevestimento contnuo e idntico ao da cavidade nasal. Alm de reduzirem o peso do crnio, apresentam as mesmasfunes da cavidade nasal.

    A faringe apresenta trs partes: naso, oro e laringofaringe. Destas trs, a nasofaringe , exclusivamente, viaarea. A laringofaringe somente via digestiva e a oro faringe um caminho comum ao ar e aos alimentos. Da orofaringeo ar inspirado vai para a laringe.

    A laringe atua como passagem de ar e ajuda a evitar, atravs do reflexo da tosse, que corpos estranhos penetremna traquia. Alm disto, ela contem as pregas vocais (errnea e popularmente chamadas de cordas vocais), salinciasmsculo-ligamentares em sua luz, que produzem os sons bsicos da fala, por vibrarem com a passagem do ar durante aexpirao. A movimentao das pregas vocais as leva a maior ou menor tenso ( o que regula se os sons sero mais oumenos agudos) e a uma maior ou menor aproximao mediana (o que produz sons mais ou menos intensos).

    A traquia alm de servir de passagem de ar tambm ajuda a aquec-lo e a umedific-lo. Termina dividindo-se embrnquios principais direito e esquerdo.

    Os brnquios se ramificam progressivamente, formando a rvore bronquial, que leva o ar da traquia aos alvolospulmonares. Os pulmes so formados pelo conjunto dos alvolos, da maior parte da rvore bronquial e de tecidos desustentao.

    INSPIRAO E EXPIRAO

    A inspirao (entrada do ar) e a expirao (sada do ar) so acompanhadas de alteraes dos dimetros da caixatorcica.

    Para que a inspirao ocorra necessrio que o trax se expanda, reduzindo assim a presso dentro dele, o quevai permitir a expanso dos tecidos pulmonares e a suco do ar do meio ambiente. Esta expanso do trax ocorre no

    dimetro crnio-podlico as custas da contrao e conseqente abaixamento (em direo ao abdome) do msculodiafragma, constituindo o principal movimento inspiratrio. Os dimetros ltero-lateral e ntero-posterior aumentam devidoaos movimentos das costelas.

    A expirao, ao contrrio da inspirao, que sempre envolve gasto energtico, quando feita de forma tranqila, oque ocorre habitualmente, passiva, sem gasto de energia, pois feita s custas da energia potencial acumulada nasfibras elsticas pulmonares, distendidas durante a inspirao (como uma borracha estirada volta a seu tamanho originalsem ser preciso empregar energia).

    SISTEMA DIGESTIVO

    Digesto o processo de transformar os alimentos em formas possveis de serem absorvidas pelo organismo. O

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    sistema digestivo, que realiza esta tarefa, composto pelo canal alimentar ou tubo digestivo e por vrias glndulasanexas.

    CANAL ALIMENTAR

    A boca est adaptada a receber os alimentos e iniciar o processo de digesto. Tambm atua como rgo da fala edo prazer. As bochechas so seu limite lateral, enquanto que os lbios a delimitam superior e inferiormente. Os lbios somuito mveis e possuem grande variedade e quantidade de receptores sensitivos, utilizados para analisar ascaractersticas do alimento.

    A lngua , basicamente, uma estrutura muscular revestida por mucosa que atua misturando o alimento com asaliva e encaminhando-o faringe. A superfcie irregular da lngua, alm de facilitar a movimentao dos alimentostambm apresenta receptores gustativos.

    O palato forma o teto da cavidade bucal e apresenta duas partes, o palato duro, sseo e o palato mole, muscular.Este se move e ajuda a ocluir a comunicao com a cavidade nasal durante a passagem dos alimentos em direo faringe.

    Os dentes (vinte, primariamente e trinta e dois, secundariamente) atuam cortando o alimento em pedaospequenos, aumentando assim a rea exposta s aes digestivas.

    A faringe e esfago atuam, somente, como tubos condutores, levando o alimento da boca at ao estmago. Afaringe dividida em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Destas trs, a nasofaringe , exclusivamente, via area. Alaringofaringe somente via digestiva e a oro faringe um caminho comum ao ar e aos alimentos. A deglutio dosalimentos se inicia com eles sendo misturados com a saliva, na boca, e empurrados para a orofaringe. A seguir, reflexosinvoluntrios encaminham o alimento at ao esfago, do qual encaminhado ao estmago.

    O estmago recebe os alimentos, mistura-os com o suco gstrico, absorve-os (limitadamente) e os encaminha aointestino delgado.

    O intestino delgado, composto de trs partes (duodeno, jejuno e lio) mede, no vivo, cerca de 3 a 4 metros decomprimento. Aps a morte, pela perda do tnus muscular, pode atingir at 7 metros. Ele recebe o bolo alimentar doestmago, mistura-o com secrees provenientes do pncreas, da vescula biliar e dele mesmo e completa o processo dedigesto, absorvendo seus produtos e encaminhando seus resduos ao intestino grosso.

    O intestino grosso, formado pelo ceco, pelos colos ascendente, transverso, descendente e sigmide, pelo reto epelo canal anal, recebe os resduos da digesto vindos do intestino delgado, reabsorve a gua e os eletrlitos nelescontidos e forma e estoca as fezes. Estas consistem de material no digerido, gua, eletrlitos, secrees mucosas ebactrias.

    GLNDULAS ANEXAS

    As glndulas salivares secretam a saliva, a qual umedece os alimentos, facilita a mastigao, possibilita agustao, inicia a digesto e ajuda a limpar a lngua. Existem trs pares de glndulas salivares maiores (partida,submandibular e sublingual) e um nmero varivel de glndulas salivares menores disseminadas pela cavidade oral.

    O pncreas, estreitamente relacionado com o duodeno, produz o suco pancretico, Alm disto, tem aes comoglndula endcrina, produzindo dois hormnios, a insulina e o glucagon, que atuam no metabolismo dos aucares.

    O fgado a maior glndula do corpo humano. Alm de produzir diversas substncias fundamentais para a vida,ele atua na digesto atravs da produo da bile, a qual armazenada, concentrada e excretada pela vescula biliar.

    SISTEMA URINRIO

    O sistema urinrio constitudo pelos rins, que removem substncias do sangue, formam a urina e auxiliam aregulao de diversos processos corporais; pelos ureteres, estruturas tubulares que transportam a urina dos rins at abexiga. Esta atua como reservatrio de urina. Quando cheia, esvazia-se para o exterior atravs de um tubo, a uretra.

    Os rins so rgos pares, situados um de cada lado da coluna vertebral, na parte mais superior da paredeposterior do abdome. Eles atuam removendo resduos metablicos do sangue, bem como regulando o volume e acomposio dos lquidos corporais.

    A unidade funcional do rim o nefron (em cada rim existem cerca de um milho), de dimenses microscpicas ecomposto pelo corpsculo renal (formado pelo glomrulo e pela cpsula do glomrulo) e pelos tbulos renais.

    O glomrulo renal formado por um aglomerado de capilares, atravs dos quais ocorre a filtrao do sangue. Estefiltrado recolhido pelos tbulos renais e, a nvel destes, ocorre a reabsoro de algumas substncias, bem como a

    eliminao de outras. O que fica a urina. A ltima parte dos tbulos o chamado ducto coletor. Estes progressivamente

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    vo confluindo entre si at desaguarem na pelve renal, que se continua no ureter.Os capilares que formam os glomrulos renais tem uma caracterstica prpria: eles se interpem entre duas

    artrias e no, como comum, entre uma artria e uma veia. Isto ocorre, porque o sangue aps ser filtrado vai nutrir ostecidos renais, sendo necessrio para tal a disposio habitual. Em resumo, no rim as coisas acontecem assim: artriacapilares glomerulares artria capilares comuns veia.Sistemas orgnicos, seus principais rgos e funes

    Sistema -> Principais rgos -> Principais funes

    Tegumentar (pele e tela subcutnea) = Pele, cabelo, unhas, glndulas sudorparas e sebceas (Protege tecidossubjacentes, regula a temperatura corporal, atua como reserva nutricional, contm terminaes sensitivas).

    Esqueltico (Ossos, ligamentos, cartilagens) = Sustenta e protege as partes moles, serve de fixao aos msculos, produzclulas do sangue, estoca sais inorgnicos.

    Articular (Articulaes fibrosas, cartilaginosas e sinoviais) = Unem peas esquelticas, fixando-as ou permitindo queocorra sua movimentao.

    Muscular (Msculos e fscias) = Produzem movimentos, mantm a postura, produzem os batimentos cardacos.

    Circulatrio*Sangneo (Corao, artrias, veias e capilares) = Move o sangue atravs dos vasos sangneos e distribuem

    substncias por todo o corpo.

    *Linftico (Vasos linfticos, linfonodos, timo, bao) = Traz de volta ao sangue os lquidos tissulares, absorve etransporta estruturas de maior volume, defende o organismo contra infeces.

    Nervoso (Crebro, medula espinhal, nervos, gnglios, terminaes sensitivas) = Detecta alteraes, recebe e interpretainformaes, estimula msculos e glndulas.

    Sensorial (rgos da viso, audio, equilbrio, olfao e gustao) = Fornecem informaes complexas, provenientes

    dos meios externo e interno ao sistema nervoso.

    Endcrino (Glndulas que secretam hormnios (hipfise, tireide, paratireide, pncreas, adrenal, gnadas, pineal) =Controla as atividades metablicas do organismo.

    Digestivo (Boca, lngua, dentes, glndulas salivares, faringe, esfago, estmago, fgado, vescula biliar, pncreas,intestinos delgado e grosso) = Recebe, quebra e absorve os alimentos, elimina o material no absorvido.

    Respiratrio (Cavidade nasal, faringe, laringe, traquia, brnquios, pulmes) = Inspira e expira o ar, promove a troca degases entre o sangue e o ar.

    Urinrio (Rins, ureteres, bexiga urinria, uretra) = Remove os resduos do sangue, mantm o equilbrio de gua e

    eletrlitos, armazena e transporta urina.

    Reprodutor masculino (testculo, epiddimo, ducto deferente, vescula seminal, prstata, glndulas bulbo-uretrais uretra,pni) = Produz e sustenta os espermatozides; transfere-os para o sistema reprodutor feminino.

    Reprodutor feminino (ovrios, tubas uterinas, tero, vagina, clitris, vulva) = Produz e sustenta os vulos, recebe etransporta os espermatozides, sustenta o desenvolvimento do embrio, atua no processo de nascimento.

    TABELA 2 DISTRIBUIO E NMERO DOS OSSOS DO CORPO

    LOCALIZAO e NMERO

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    Esqueleto axial

    Crnio e hiide = 29

    Vrtebras = 26

    Costelas e esterno = 25Total = 80

    Esqueleto apendicular

    Membro superior e cintura escapular = 64

    Membro inferior e cintura plvica = 62Total = 126Total geral = 206

    TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNES

    Nervo, Tipo, Funo

    I - OlfatrioSensitivo = Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao sentido do olfato

    II - ptico

    Sensitivo = Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados viso

    III - OculomotorPrincipalmente motor = Fibras motoras transmitem impulsos que elevam as plpebras, movem os olhos, ajustam aquantidade de luz que penetra no olho e foca o cristalino. Algumas fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ascondies dos msculos

    IV - TroclearPrincipalmente motor = Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos que movem os olhos. Algumas fibras sensitivastransmitem impulsos relacionados as condies dos msculos

    V Trigmeo = Misto

    OftlmicoSensitivo = Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes dos olhos, glndulas lacrimais, couro cabeludo, fronte eplpebras superiores.

    MaxilarSensitivo = Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes dos dentes superiores, da gengiva superior, do lbiosuperior, do palato e da pele da face.

    MandibularMisto = Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes do couro cabeludo, dos dentes inferiores, da gengiva inferior,

    do lbio inferior e da pele da mandbula. Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos da mastigao

    VI - AbducentePrincipalmente motor = Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos que movem os olhos. Algumas fibras sensitivastransmitem impulsos relacionados as condies dos msculos

    VII - FacialMisto = Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados a gustao. Fibras motoras transmitem impulsos aosmsculos da expresso facial e s glndulas lacrimais e salivares

    VIII-Vestibulococlear = Sensitivo

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    VestibularSensitivo = Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao equilbrio

    CoclearSensitivo = Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao sentido da audio

    IX Glossofarngeo = misto = Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes da faringe, das tonsilas, da lngua e dasartrias cartidas. Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos da faringe utilizados na deglutio e s glndulassalivares.

    X - VagoMisto = Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes da faringe, da laringe, do esfago e das vsceras do trax e doabdome. Fibras motoras somticas transmitem impulsos aos msculos associados a fala e a deglutio. Fibras motorasautnomas transmitem impulsos ao corao e aos msculos lisos e glndulas das vsceras torcicas e abdominais.

    XI Acessrio = MotorRaiz cranianaMotor = Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos da faringe, da laringe e do palato mole.

    Raiz espinhalMotor = Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos do pescoo e da nuca

    XII - HipoglossoMotor = Fibras motoras transmitem impulsos aos msculos que movem a lngua.