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1. INTRODUÇÃO A carenagem tem por função proteger o piloto e os elementos dos subsistemas contra impactos, detritos e outros agravantes Tratou-se aqui as etapas de: projeto, confecção artesanal e montagem de peças de carenagem veiculo Baja SAE explicando e criticando estas etapas para obter melhorias nos futuros projetos. ANÁLISE DAS ETAPAS DE CONFECÇÃO DE CARENAGEM VEICULAR (BAJA SAE) EM FIBRA DE VIDRO POR FABRICAÇÃO ARTESANAL Filipe de Bona Sartor, filipesartor@hotmail. com 1 ; Guilherme Almeida Monteiro, g [email protected] 1 Antonio José Oliveira Cabral, [email protected] 2; Adauto Martins de Assis, [email protected] 2 Universidade Federal Fluminense: 1 (alunos graduação Eng. Mecânica; 2 Prof. Pós-grad. Eng. Mecãnica) Depart. Eng. Mecânica (VR) Pós-graduação Eng Mecânica Proj. Ext. Intr. Eng. Automotiva 2. MATERIAIS E MÉTODOS Confeccionou-se artesanalmente, seguindo as etapas: projeto, confec-ção e montagem, a carenagem (2012) em fibra de vidro, porque esta é um compósito de fácil confecção, possibilita peças complexas, leve, incombustível, tem resistência mecânica e estabilidade dimensional. No projeto, usou-se o sistema CAD/CAE (Solidworks) junto com as referencias Fox et al 1934 e Streeter 1982 para desenvolver os modelos. Na concepção de projeto, foram estudadas as regras das competições Baja SAE Brasil para evitar equívocos. A carenagem foi elaborada em paralelo com os demais subsistemas para não causar interferência. Estudou-se aerodinâmica veicular e escoamentos viscosos ou não,. Na confecção dos moldes usou-se compensado, chapa de fibra de madeira (Eucatex) e ferramentas manuais para construir-se os moldes. Usou-se cera de carnaúba como desmoldante, resina poliéster, catalisa-dor e manta de vidro e o acabamento foi feito com lixas (80 e 120 mesh). Na montagem os tubos do habitáculo foram envolvidos com isotubo e napa para a alocação das carenagens. A análise do chassi indicou-se as regiões protegidas pela carenagem: 1 carenagem frontal; 2 carenagem lateral (duas peças); 3 carenagem superior (teto) e 4 carenagem traseira (duas peças). A Figura 1 mostra em: (a) modelo da carenagem do teto do Baja, (b) regiões no chassi para aplicação da carenagem. Figura 1. a) Modelo da carenagem do teto, b) Chassi e pontos de aplicação da carengem (a ) 4. CONCLUSÕES A partir do que foi abordado, observa-se que a confecção de carenagem para um veículo baja feita artesanalmente em fibra de vidro tem limitações. Necessidade de mais e estudos de aerodinâmica veicular e escolha certa de materiais para obter melhor desempenho aerodinâmico, boa estética, proteção ao piloto e subsistemas, baixo peso, fácil confecção. Necessidade de máquinas de precisão e túnel de vento para facilitar a confecção da carenagem. A carenagem construída atendeu os principais requisitos de solicitações, proteção e acabamento. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a confecção do molde da carenagem frontal, Fig. 2a), observa-se qie as laterais não fazem parte do modelo da carenagem, mas são apenas sustentação da superfície geradora da carenagem. Esta superfície foi limpa, recebeu uma camada de massa plástica, lixamento e uma camada de cera de carnaúba, desmoldante. Assim, foram obtidas superfícies mais homogênea que gera uma superfície mais lisas na fibra de vidro sendo desnecessário o lixamento, na fase de acabamento. 5. AGRADECIMENTOS Os Autores agradecem a FEC Fundação Euclides da Cunha e a FAPERJ pelo suporte financeiro essencial a elaboração deste projeto. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS Assis et al, 2012, “Equipe VR Baja Carro #50”, Relatório Técnico, 18ª competição Baja SAE Brasil - Petrobras, Piracicaba - SP, SAE Brasil, São Paulo – SP. DS Solidworks, 2007, “User Guide Reference”, Dassault Systèmes Solidworks Corp, Vélizy, France. Fox, R.W., McDonald, A.T. and Pritchard, P. J., 1934, “Introdução a mecânica dos fluidos”, Vol. 6, Rio de Janeiro, Brasil, pp. 31- 34. Streeter, V. L., 1982, “Mecânica dos Fluidos”, Vol. 3, São Paulo, Brasil.). Universida de Federal Fluminense Após o planejamento na etapa de projeto, confeccionou-se os moldes em paralelo com os modelos de carenagem. A confecção artesanal dos moldes é resultado da criatividade indivídual e da escolha do material e meio de confecção. Nos moldes das peças foram utilizados compensado. A confecção da fibra de vidro foi feita com massa composta de resina poliéster, 2% de catalisador na mistura e a manta (ou tecido) de vidro que induzem as propriedades finais do material e seguiu as etapas: Aplicação de uma de camada de resina; Intervalo de 10 minutos, Aplicação de uma canada de Fibra, Aplicação de uma de camada de resina, Intervalo de 10 minutos. Repetiu-se as três últimas etapas, até atingir-se a quantidade de camadas de fibra desejadas. O tempo de cura foi de 24 horas A figura 2 mostra em a) o molde da carenagem dianteira; em b) as carenagens traseiras desmoldadas sem acabamento e em c) a carena-gem dianteira alocada no chassi A limpeza do molde é essencial para o melhor acabamento das peças . Figura 2. a) Molde da carenagem frontal; b) Carenagens traseira sem acabamento; c) carenagem diateira alocada No acabamento das peças de carenagem aparou-se as bordas; lixou-se e poliu-se as superfícies; fizeram-se as furações necessá-rias para alocação no chassi do veículo com auxílio de abraçadei-ra de nylon. Os tubos que poderi-am ter contato com piloto recober-to com isotubo e napa. Em fim a carenagem alocada é mostrada na Fig. 3. Assis et al 2012 A concepção do Projeto foi para confecção artesanal das peças. O programa de CAD/CAE utilizado é de fácil manipulação. Não foi utilizado usado o túnel de vento. Os materiais foram selecionados pelo tripé: custo, facilidade de acesso na região de Volta Redonda e propriedades mecânicas. Em novos projetos com análise de aerodinâmica veicular via similaridade em túnel de vento será possível carenagens mais complexas e precisas que permitam maiores conclusões sobre suas efetividades. Figura 3. Carenagens alocadas (b ) (1) (2) (3) (4) . (a) (c) (b)

1. INTRODUÇÃO A carenagem tem por função proteger o piloto e os elementos dos subsistemas contra impactos, detritos e outros agravantes Tratou-se aqui

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1. INTRODUÇÃO

A carenagem tem por função proteger o piloto e os elementos dos subsistemas contra impactos, detritos e outros agravantesTratou-se aqui as etapas de: projeto, confecção artesanal e montagem de peças de carenagem veiculo Baja SAE explicando e criticando estas etapas para obter melhorias nos futuros projetos.

ANÁLISE DAS ETAPAS DE CONFECÇÃO DE CARENAGEM VEICULAR (BAJA SAE) EM FIBRA DE VIDRO POR FABRICAÇÃO ARTESANAL

Filipe de Bona Sartor, [email protected] 1; Guilherme Almeida Monteiro, [email protected] José Oliveira Cabral, [email protected] 2; Adauto Martins de Assis, [email protected] 2

Universidade Federal Fluminense: 1 (alunos graduação Eng. Mecânica; 2 Prof. Pós-grad. Eng. Mecãnica)

Depart. Eng. Mecânica (VR)Pós-graduação Eng MecânicaProj. Ext. Intr. Eng. Automotiva

2. MATERIAIS E MÉTODOS Confeccionou-se artesanalmente, seguindo as etapas: projeto, confec-ção e montagem, a carenagem (2012) em fibra de vidro, porque esta é um compósito de fácil confecção, possibilita peças complexas, leve, incombustível, tem resistência mecânica e estabilidade dimensional. No projeto, usou-se o sistema CAD/CAE (Solidworks) junto com as referencias Fox et al 1934 e Streeter 1982 para desenvolver os modelos. Na concepção de projeto, foram estudadas as regras das competições Baja SAE Brasil para evitar equívocos. A carenagem foi elaborada em paralelo com os demais subsistemas para não causar interferência.Estudou-se aerodinâmica veicular e escoamentos viscosos ou não,.Na confecção dos moldes usou-se compensado, chapa de fibra de madeira (Eucatex) e ferramentas manuais para construir-se os moldes. Usou-se cera de carnaúba como desmoldante, resina poliéster, catalisa-dor e manta de vidro e o acabamento foi feito com lixas (80 e 120 mesh).Na montagem os tubos do habitáculo foram envolvidos com isotubo e napa para a alocação das carenagens.A análise do chassi indicou-se as regiões protegidas pela carenagem: 1 carenagem frontal; 2 carenagem lateral (duas peças); 3 carenagem superior (teto) e 4 carenagem traseira (duas peças). A Figura 1 mostra em: (a) modelo da carenagem do teto do Baja, (b) regiões no chassi para aplicação da carenagem.

Figura 1. a) Modelo da carenagem do teto, b) Chassi e pontos de aplicação da carengem

(a) 4. CONCLUSÕES

A partir do que foi abordado, observa-se que a confecção de carenagem para um veículo baja feita artesanalmente em fibra de vidro tem limitações.Necessidade de mais e estudos de aerodinâmica veicular e escolha certa de materiais para obter melhor desempenho aerodinâmico, boa estética, proteção ao piloto e subsistemas, baixo peso, fácil confecção.Necessidade de máquinas de precisão e túnel de vento para facilitar a confecção da carenagem. A carenagem construída atendeu os principais requisitos de solicitações, proteção e acabamento.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a confecção do molde da carenagem frontal, Fig. 2a), observa-se qie as laterais não fazem parte do modelo da carenagem, mas são apenas sustentação da superfície geradora da carenagem. Esta superfície foi limpa, recebeu uma camada de massa plástica, lixamento e uma camada de cera de carnaúba, desmoldante. Assim, foram obtidas superfícies mais homogênea que gera uma superfície mais lisas na fibra de vidro sendo desnecessário o lixamento, na fase de acabamento.

5. AGRADECIMENTOS

Os Autores agradecem a FEC Fundação Euclides da Cunha e a FAPERJ pelo suporte financeiro essencial a elaboração deste projeto.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

Assis et al, 2012, “Equipe VR Baja Carro #50”, Relatório Técnico, 18ª competição Baja SAE Brasil - Petrobras, Piracicaba - SP, SAE Brasil, São Paulo – SP. DS Solidworks, 2007, “User Guide Reference”, Dassault Systèmes Solidworks Corp, Vélizy, France.Fox, R.W., McDonald, A.T. and Pritchard, P. J., 1934, “Introdução a mecânica dos fluidos”, Vol. 6, Rio de Janeiro, Brasil, pp. 31- 34.Streeter, V. L., 1982, “Mecânica dos Fluidos”, Vol. 3, São Paulo, Brasil.).

Universidade Federal Fluminense

Após o planejamento na etapa de projeto, confeccionou-se os moldes em paralelo com os modelos de carenagem. A confecção artesanal dos moldes é resultado da criatividade indivídual e da escolha do material e meio de confecção. Nos moldes das peças foram utilizados compensado.

A confecção da fibra de vidro foi feita com massa composta de resina poliéster, 2% de catalisador na mistura e a manta (ou tecido) de vidro que induzem as propriedades finais do material e seguiu as etapas: Aplicação de uma de camada de resina; Intervalo de 10 minutos, Aplicação de uma canada de Fibra, Aplicação de uma de camada de resina, Intervalo de 10 minutos. Repetiu-se as três últimas etapas, até atingir-se a quantidade de camadas de fibra desejadas. O tempo de cura foi de 24 horas

A figura 2 mostra em a) o molde da carenagem dianteira; em b) as carenagens traseiras desmoldadas sem acabamento e em c) a carena-gem dianteira alocada no chassi

A limpeza do molde é essencial para o melhor acabamento das peças .

Figura 2. a) Molde da carenagem frontal; b) Carenagens traseira sem acabamento; c) carenagem diateira alocada

No acabamento das peças de carenagem aparou-se as bordas; lixou-se e poliu-se as superfícies; fizeram-se as furações necessá-rias para alocação no chassi do veículo com auxílio de abraçadei-ra de nylon. Os tubos que poderi-am ter contato com piloto recober-to com isotubo e napa. Em fim a carenagem alocada é mostrada na Fig. 3. Assis et al 2012

A concepção do Projeto foi para confecção artesanal das peças. O programa de CAD/CAE utilizado é de fácil manipulação.Não foi utilizado usado o túnel de vento.Os materiais foram selecionados pelo tripé: custo, facilidade de acesso

na região de Volta Redonda e propriedades mecânicas.Em novos projetos com análise de aerodinâmica veicular via

similaridade em túnel de vento será possível carenagens mais complexas e precisas que permitam maiores conclusões sobre suas efetividades.

Figura 3. Carenagens alocadas

(b)

(1) (2)

(3)

(4)

.

(a) (c)

(b)