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1 l Combatente Dezembro 2009

1 l C omba te nte De zembro 2009

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CoimbraRua da Sofia, 1363000-389 CoimbraTel/Fax: 239 823 376/ 239 833 [email protected]

CovilhãRua do Rodrigo, 656200-188 CovilhãTel e Fax: 275 323 [email protected]/[email protected]

ElvasRua Isabel Maria Picão, 77350-476 ElvasTel: 963 302 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

EntroncamentoVila Nova da BarquinhaRua Eng. Ferreira Mesquita, 12330-152 EntroncamentoTel: 249 719 [email protected]

EspinhoRua 43, 474, 1.º - Sala C4500-801 Espinho – Tel: 227 324 799

EstremozPortas de Sta. Catarina - Prédio Militar 227100-110 Estremoz – Tel: 268 322 [email protected]

ÉvoraRua dos Penedos, 107000-531 ÉvoraTel: 266 708 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

FaroRua Dr. José de Matos, 115 - B, r/c8000-501 Faro – Tel/Fax: 289 873 [email protected]

Figueira da FozRua Rancho das Cantarinhas, 44, r/cBuarcos 3080-250 Figueira da FozTel: 233 428 [email protected]

FunchalRua Ribeirinho de Baixo, 33 B, 4.º - Dto.9050-447 Funchal – Tel: 291 220 [email protected]@sapo.pt

GuardaPraça Dr. Francisco Salgado Zenha6300-694 GuardaTel: 271 211 [email protected]

Lagoa/ PortimãoRua Alexandre Herculano, 20 , r/cApartado 2658400-370 LagoaTel: 282 089 169

LagosRua Castelo dos Governadores, 608600-563 LagosTel: 282 768 309

LamegoUrbanização da Urtigosa, Lote 8, Cave - Esq.5100 LamegoTel: 254 613 [email protected]

LeiriaAv. 25 de Abril, Lote 12, r/c - Dto.2400-265 LeiriaTel: 244 001 [email protected]

LisboaRua João Pereira da Rosa, 18, r/c1249-032 LisboaTel/Fax: 213 470 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

LixaRua Dr. António Cerqueira Magro - EdifícioCidade Nova, Bloco 2 - Loja 114615-Lixa

LouléRua Eng. Duarte Pacheco, 61, 1.º - Dto.8100-570 LouléTel: 289 413 726/91 339 45 [email protected]

MafraPraceta dos Combatentes2640 MafraTlm: 96 738 46 86

ManteigasRua Dr. Pereira de Matos6260 ManteigasTel: 275 981 035

Marinha GrandeRua do Ponto da Boavista, 122430-051 Marinha GrandeTel: 244 550 [email protected]

MatosinhosMatosinhosMatosinhosMatosinhosMatosinhosRua Prof. Rocha Pereira, 1284250-007 PortoTels: 967 576 509

MêdaBairro Senhora das Tábuas6430-110 Mêda

MonçãoRua Dr. Álvares Guerra, 48/52(Apartado 92)4950-433 MonçãoTel: 251 652 521

MontargilTravessa dos Combatentes, 57425-141 MontargilTel: 242 904 624 / 936 910 071

Montemor-o-NovoRua de Aviz, 39/41/437050-088 Montemor-o-NovoTel / Fax:266 896 668/ 266 891 149

MontijoRua Manuel Neves Nunesde Almeida, 32, 1.º - Dto.2870 MontijoTel: 212 310 364

MoraRua do Parque, 3 - Apartado 287490-244 MoraTel / Tlm:266 403 247 / 93 852 92 26

Oeiras/CascaisRua Cândido dos Reis, 216, 1.º2780-212 OeirasTel / Fax: 214 430 036 / 214 694 [email protected]

OlhãoRua 18 de Junho, 251/2578700-568 Olhão - Tel: 289 706 [email protected]@sapo.pt

Oliveira de AzeméisRua António Alegria, 223, 1.º3720-234 Oliveira de AzeméisTel / Fax: 256 688 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

Oliveira do BairroRua Senhor dos Aflitos, 15-A, r/c3770-102 Oliveira do BairroTel: 234 747 [email protected]

PenafielRua Engenheiro Matos, 20(Antigo Matadouro Municipal)4560-465 Penafiel - Tel: 255 212 [email protected]

PicoPicoPicoPicoPicoRua do Granel, BRMadalena do Pico9950-363 Pico

PinhelRua da República - Merc. Municipal, Loja 36400-440 PinhelTlm: 967 397 369

Ponta DelgadaAv. António José de Almeida, 27, 1.º - Dto.9500-053 Ponta DelgadaTels: 296 282 333 / 919 534 [email protected]

PortalegreRua 15 de Maio, 37300-206 PortalegreTel/Fax: 245 202 [email protected]

PortoRua da Alegria, 394000-041 Porto - Tel: 222 006 [email protected]

Póvoa de VarzimRua Latino Coelho, 1007, r/c4490-650 Póvoa de VarzimTel: 252 627 [email protected]

QueluzRua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A2745-158 Queluz - Tel: 309 909 [email protected]

Regu. de MonsarazRua João de Deus, 147200-376 Reguengos de MonsarazTlm: 963 090 [email protected]

Rio MaiorRua João de Deus, 41, r/c2040-287 Rio MaiorTel/Fax: 243 908 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

SantarémTravessa dos Pasteleiros, 162000-043 SantarémTel: 243 324 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

SesimbraTravessa Cândido dos Reis, 9, 1.º2970-789 SesimbraTel: 212 280 306

SetúbalRua dos Almocreves, 62, r/c2900-213 SetúbalTel: 265 525 765

SintraRua Dr. António José Soares, 2 - Portela2710-423 Sintra – Tlm: 916 449 [email protected]

TaviraRua TCor Melo Antunes, 2, r/c - Dto.8800-687 Tavira - Tel: 281 324 108

Winnipeg (Canadá)1331 Downying St. Winnipeg,Manitoba, R3E 2R8 – CanadáTels: 204 772 1760/228 1132

Quebec (Canadá)Cp 42027 – Succ. JeanneManse, MontrealQC, Canadá – H2w2t3

Ontário (Canadá)1171 Dundas Street West, TorontoOntário M6J 1x3Tel: 416 534 75 15Fax: 416 534 31 71

Sallaumines (França)24 Rue de Quimper62430 SallauminesTel: 0033 21677052

GabuRua Sello Coiada-GabuGuiné-Bissau

S. Vicente/MindeloChã de MarinhaRibeira de JuliãoCabo VerdeC.P. 89A-5VTel: 2329105

Núcleos da Liga dos Combatentes no País

e no estrangeiro

AbrantesRua do Arcediago, 162000-399 AbrantesTel: 241 372 885nú[email protected]

Alcácer do SalCalçada 31 de Janeiro, 217580-098 Alcácer do SalTel: 265 081 958 / 968 764 [email protected]

AlcobaçaRua Luís de Camões, 63, r/c - D2460-014 AlcobaçaTel: 262 597 [email protected]

AlmadaPraça Gil Vicente, 13, 4.º - F2800-098 AlmadaTel: 212 751 988

Angra do HeroísmoLargo da Boa Nova9700-031 Angra do HeroísmoTel: 295 212 [email protected]

Aveiras de CimaRua António Amaro dos Santos, 52050-075 Aveiras de CimaTel: 263 476 796

AveiroRua Eng. Von Halfe, 61, 1.º - C3800-177 Aveiro – Tel: 234 427 878

AzambujaRua Boavista Canada, 202050 AzambujaTel: 263 418 160

BatalhaRua Maria Júlia Sales Oliveira ZuqueteMoinho de Vento – Apartado 1042440-901 BatalhaTel: 244 765 [email protected]

BejaPraça da República, 42, 1.º7800-427 BejaTel: 284 322 320

BelmonteEdifício Multiusos - Sala 1Rua Pedro Álvares CabralTel: 96 285 63 226250-086 Belmonte

BragaBêco do Eirado, 13, 1.º4710-237 Braga - Tel: 253 216 [email protected]

BragançaEdif. Principal - Largo General SepúlvedaApartado 76 – 5300-054 BragançaTel: 273 326 [email protected]

Caldas da RainhaPavilhões do Parque D. Carlos I2500-109 Caldas da RainhaTel/Fax: 262 843 [email protected]

Castelo BrancoRua de Santa Maria, 1046000-178 Castelo BrancoTel: 272 323 [email protected]

ChavesTerreiro de Cavalaria, 25400-193 Chaves - Tel: 276 351 [email protected]

Apoio ao Combatentemilitar para efeitos de reforma, masquanto aos complementos, o que resul-ta na sua aplicação é preocupante erevela profunda engenharia legislativaou interpretativa, para reduzir ao máxi-mo o que já era reduzido. Na prática, oque hoje o combatente recebe corres-ponde à devolução de parte do que cadacontribuinte pagou para contagem doseu tempo de serviço! Com a agravantede que hoje já não há pagamento dacontagem de tempo de serviço, o quecria mais uma desigualdade. Clarifican-do, são criados e pagáveis pela nova lei,um acréscimo vitalício de pensão, umsuplemento especial de pensão ou umcomplemento especial de pensão, nãoacumuláveis. O primeiro, aplicável aquem pagou contagem do tempo deserviço; o segundo, a quem descontoupara o CNP ou CGA e não pagou conta-gem e o terceiro, para resolução dosproblemas dos que não efectuaram des-contos para a Segurança Social (imigran-tes). Daqui resulta que quando é calcu-lado o subsídio com base no tempo deserviço em zona de periculosidade emÁfrica, se encontra um grande númerode contribuintes que tendo pago conta-gem de tempo de serviço, lhe é atribuídoum acréscimo vitalício de pensão e nãoum suplemento especial de pensão.Aquele nem é transmissível para a viúvaao contrário deste último. Ou seja, aotrasladar para um acréscimo vitalício depensão o subsídio especial de pensão, oEstado não está a fazer nada mais do quea devolver parte do dinheiro já recebidodo próprio beneficiário. Como não sãoacumuláveis os subsídios criados, quemestiver a receber um acréscimo vitalíciode pensão, não está a receber um pe-queno subsídio, mas uma pequena de-volução do seu dinheiro que nunca rece-berá na totalidade. Estas conclusões re-sultaram de atenta audição das entida-des competentes. Solicitaremos reuniãoidêntica à CGA. Consideramos preocu-pante esta forma da lei minimizar cus-tos. Custos assumidos por políticos emcarta enviada aos combatentes com ocompromisso de pagamento então, deum acréscimo vitalício de pensão e umcomplemento especial de pensão. E pa-gos no primeiro ano. Estes foram substi-

tuídos no ano seguinte por apenas umacréscimo vitalício de pensão, para ageneralidade dos contribuintes (quempagou tempo) e complemento de pen-são (para quem não pagou). A nova leicriou três novos conceitos de subsídios ereduz significativamente os seus valo-res. Sublinhamos, porém, que embora acontagem do tempo de serviço, estejasendo feita, os combatentes têm razãoquando, mesmo sem perceberem bema alteração e aplicação das leis, afirmamque não devem ser dadas “esmolas”como contrapartida de um serviço àPátria. Por outro lado quem pagou tem-po de serviço tem direito a um acréscimonão transmissível. Quem não pagou re-cebe um suplemento especial transmis-sível! A incompreensão já instalada doanterior, generaliza-se.

A lei 3/2009 preocupando-se mais coma vertente social do que com a vertenterisco em campanha (Lei 9/2002), face àsreduções dos subsídios que aplicou e àalteração de conceitos que introduziu,não cumpriu os objectivos, pelo contrárioaprofundou descontentamentos.

É pois real que estas leis têm motivadoum desconforto escusado, entre os com-batentes e o poder político. O aprofunda-mento desta importante questão, pode-rá levar-nos a defender com mais razãoe fundamento, aquilo que aqui já ex-pressámos. Será preferível, mantendopor outras formas os subsídios para quemtiver vencimento mínimo, estudar a cen-tralização e aplicação das importantesverbas resultantes das leis 9/2002 e 3/2009 num Fundo que contemple Progra-mas como os já propostos pela Liga dosCombatentes, apoiando a vertente daSolidariedade Social (Liga Solidária) e daSaúde (Cuidados de Saúde) criando eseleccionando infra-estruturas e servi-ços de apoio eficientes.

Só o CNP, segundo foi afirmado, des-pendeu em Outubro, 25 milhões de Eu-ros. A canalização destas e futuras ver-bas e as obtidas pela CGA, ao longo dosanos, para um FUNDO DE APOIO AOCOMBATENTE, devidamente estrutura-do, permitiria ao Estado cumprir final-mente a sua missão de apoio, humanitá-ria e de reconhecimento para com oscombatentes.

Joaquim Chito RodriguesTenente-General

Presidente da Direcção Central

Oinconformismo existente resultan-te da aplicação da lei 3/2009,sendo real, merece reflexão. As

leis 9/2002 e 3/2009 continuam a man-ter uma relação difícil com os combaten-tes. Decisões políticas sucessivas, paraisso têm contribuído. As leis contem-plam a contagem do tempo de serviçomilitar para efeitos de pensão de refor-ma e estabelecem acréscimos, comple-mentos ou suplementos especiais depensão. Estão sendo aplicadas de acordocom as regras da instituição pública ouprivada a que o combatente está vin-culado. Aquilo que é igual à partidatorna-se desde logo desigual à chega-da. No dia 5 de Novembro tomámosparte numa reunião, com outras Associ-ações, no Centro Nacional de Pensões,com vista a sermos esclarecidos sobredúvidas existentes. O Senhor Director doCNP durante quatro horas, explanou edialogou com os presentes. Abertura,competência, conhecimento profundodo assunto é a síntese que posso fazer dasua intervenção. Concluímos então queo problema parece estar menos na apli-cação das leis do que nas próprias leis. Aconjugação das duas leis e de algunsdecretos intermédios confirmam, de fac-to, a contagem do tempo de serviço

TomarPraceta Dr. Raul Lopes, 1, r/c2300-446 TomarTel/Fax: 249 313 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

Torres NovasRua Miguel de ArnidePrédio Alvorão, 69-A, r/c - C2350-522 Torres NovasTel: 249 822 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

ValençaRua José Rodrigues4930 Valença

Vendas NovasRua General Humberto Delgado, 47 - C7080-167 Vendas NovasTel: 265 087 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

Viana do CasteloRua de S. Pedro, 39, 1.º4900-538 Viana do CasteloTel: 258 827 705

Vila Franca de XiraAlameda Capitães de Abril, 18 - Cave A2600-125 Vila Franca de XiraTel: 263 276 [email protected]

Vila Nova S. AndréVila Nova S. AndréVila Nova S. AndréVila Nova S. AndréVila Nova S. AndréBairro 678 FogosBanda 5 - Edifício 1, 2.º B7500-170 Vila Nova S. André

Vila Nova Foz CôaVila Nova Foz CôaVila Nova Foz CôaVila Nova Foz CôaVila Nova Foz Côa(Delegação do Núcleo da Guarda)Sala Anexa do Edificio da EscolaPrimária - Plano Centenário doMunicípio de V. Nova Foz Côa5150 Vila Nova de Foz Côa

Vila RealLargo Conde de Amarante,Edifício do Governo Civil, r/c5000-529 Vila RealTel: 259 324 379

Vila R. de S. AntónioAv. da República - Fronteira Fluvial(Antiga Alfandega)8900-206 Vila Real de Santo AntónioTel/Fax: 269 083 117/91 821 07 [email protected]

VinhaisLargo dos Combatentes da GrandeGuerra - Arrabalde - Casa da Assistência5320-318 VinhaisTel: 273 106 169

ViseuRua da Prebenda, 3, r/c3500-173 ViseuTel. 232 423 [email protected]

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CombatenteEdição n.º 350TrimestralDezembro 2009

Proprietário e Editor:Liga dos CombatentesRua João Pereira da Rosa, 181249-032 LisboaTel.: 213 468 245Fax: 213 463 [email protected]/NIF 500816905

Director:Presidente da Direcção CentralConselho Editorial:Direcção CentralDirector Executivo:Hélder Freire

Edição online e gestão de informática:Jorge Martins

Secretariado:Anabela [email protected]

Design:Ricardo Nogueira

Execução gráfica:Xis e érre, [email protected]

Revisão:António Costa

Impressão:Lisgrafica

Expedição:Translista, [email protected]

Tiragem:43.000 exemplares

Depósito Legal:210799/04ISSN – 223 582ICS – 101 525

Voltamos à Giné

CEAMPS uma

história desucesso

86.º Aniversárioda Liga

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Dia do ExércitoO povo saíu à rua

Sumário

Tabela de PublicidadeContracapa ................................. 1.400 €Verso da capa ........................... 1.200 €Verso da contracapa ................ 1.100 €Página dupla ............................. 1.000 €Página inteira ............................... 500 €Meia página dupla ...................... 500 €Meia página .................................. 250 €Terço de página ........................... 150 €Quarto de página ........................ 100 €Rodapé .......................................... 100 €IVA à taxa legal

No site da Liga dos Combatentesencontra-se disponível um FÓRUMonde tem a possibilidade de expor assuas ideias, de dialogar connosco ecom os seus amigos. REGISTE-SE EPARTICIPE. É um espaço de discussãopública onde geralmente são coloca-das questões, reflexões ou opiniões

que podem ser comentadas. Todasas mensagens estão organizadas empáginas com a pergunta e todas asrespostas em baixo. A aparência dosistema é semelhante à caixa de e-mails. É necessário registar-se parapoder enviar ou responder às men-sagens no Fórum.

A26.ª reunião da FMAC teve lugar emCopenhague entre 19 e 23 de Outubro

de 2009 com organização da Associaçãode Combatentes dos Boinas Azuis da Di-namarca.

Esta reunião contou com a presença demais de 300 delegados que representa-vam 55 países e 90 associações de com-batentes todo o Mundo.

A sessão de abertura foi presidida peloPríncipe Joachim, Herdeiro do Reino daDinamarca e teve a presença do Ministroda Defesa da Dinamarca, do Chefe dasForças de Defesa da Dinamarca, do Presi-dente dos Boinas Azuis da Dinamarca –Coronel Bjarne Hesselberg, do Presidentede Honra da FMAC – Mr. Serge Wourgaft edos Vice-Presidentes Honorários da FMAC.

Abriu a sessão o Presidente da FMAC –Mr Hamid Ibrahim, que teceu palavras deagradecimento pela presença do herdeirodo trono, que é também o patrono dosBoinas Azuis da Dinamarca e agradeceuaos Boinas Azuis pela organização destaAssembleia, pela calorosa hospitalidade epelas boas-vindas que deram aos partici-pantes.

A FMAC foi fundada em 1950, fazendoportanto este ano 59 anos, pelo que, sepretende inovar transformando-a numaorganização humanitária e de caridade enum movimento activista para a paz,mobilizando os vastos recursos humanosde que dispõe (representa mais de 30milhões de pessoas espalhadas pelos cin-co continentes), para apoiar as NaçõesUnidas na promoção da Paz Internacionale da Segurança.

Portugal esteve representado pelasduas associações membros da FMAC –Liga dos Combatentes e ADFA (Associa-ção dos Deficientes das Forças Arma-das), sendo o delegado da Liga o Capi-tão-de-Mar-e-Guerra Filipe Macedo

De realçar a presença de 7 elementosde Timor-Leste que se fizeram represen-tar pela 1.ª vez nesta organização, tendoformulado o seu pedido de adesão comomembros da FMAC com o apoio de Portu-gal. Nestes oito elementos estavam: oSecretário de Estado dos Antigos Comba-tentes da República de Timor Leste –

26.ª ASSEMBLEIA-GERAL DA FMAC

Mário dos Reis, 1 representante da Fun-dação dos Veteranos das Falintil – JoséSequeira, 1 representante do Movimentodos Estudantes da Resistência Nacionalde Timor – José Neves, 1 representanteda Associação de Ex-Prisioneiros Políticos– Francisco Branco, 1 representante daAssociação dos Veteranos da Resistênciade Timor Leste – Paulo Belo, 1 represen-tante da Organização Popular das Mulhe-res de Timor Leste – Lurdes Alves e 1Director dos Assuntos dos Combatentesde Libertação Nacional – Gil Cruz.

Estiveram também presentes outrosdois países de língua Portuguesa, umadelegação alargada da (ACLLNM) Asso-ciação dos Combatentes pela Luta deLibertação Nacional de Moçambiquechefiada pelo seu Presidente – RockChooly, uma delegação de Angola re-presentando as Associações de Comba-tentes daquele país – AMIGA e ACEPA(Associação de Ex-Militares do EstadoPortuguês de Angola) e pela 1.ª vez umrepresentante do Brasil que represen-tava os Combatentes daquele país.

A abertura solene da Assembleia foifeita pelo Príncipe Herdeiro da Dinamar-ca, com a presença duma força da GuardaReal que fez uma demonstração de ma-nobras militares com músicas que usamno render da guarda no Palácio Real todosos Domingos.

Esteve presente uma delegação daHolanda, presidida pelo Secretário de Es-tado da Defesa e dos Veteranos, acompa-

nhado do seu staff, que se deslocoupropositadamente à Dinamarca, para sedirigir aos antigos combatentes, fazendoum brilhante discurso que empolgou aAssembleia.

Os trabalhos decorreram com muitaintensidade e muita participação.

Muitas Resoluções aprovadas têm umcarácter regional, mas houve outras degrande interesse global e em especial degrande significado para os deficientes evítimas de guerra.

Durante a Assembleia realizou-seuma sessão especial para comemoraros 60 anos da adopção das "Conven-ções de Genebra de 1949", em quefalou a Conselheira Jurídica do ComitéInternacional da Cruz Vermelha emFrança, que suscitou particular interes-se, quer pelos casos apresentados comas visitas das equipas da Cruz Verme-lha aos países com prisioneiros, querpelas questões colocadas na Assem-bleia pelos países do Médio Oriente ea delegação de Israel.

O Presidente informou que é urgente arealização duma conferência sobre legis-lação relativa aos combatentes, visto que,a última que se realizou foi em Lisboa em1995 e que a Rússia não tinha conseguidoconcretizar a que se propusera efectuarem 2009.

Foi apontada a data de fins de Novem-bro de 2010 para a sua realização emParis, com o apoio do Secretário de Estadodos Combatentes do Governo Francês.

FILIPE MACEDO

CAP. MAR E GUERRA

Visite o site www.ligacombatentes.org.pt

R e g i s t e - s e e pa r t i c i p e n o F ó r u m

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Ministro da Defesa Nacional

Augusto Santos SilvaNascido no Porto em 1956, casado,

pai de três filhos.Doutorado em Sociologia, especiali-

dade de Sociologia da Cultura e daComunicação, pelo Instituto Superiorde Ciências do Trabalho e da Empresa(1992). Agregado em Ciências Sociais,pela Faculdade de Economia da Uni-versidade do Porto (1999).

Docente da Faculdade de Economiado Porto, desde 1981, actualmente coma categoria de professor catedrático.

Deputado à Assembleia da Repúbli-ca, pelo círculo eleitoral do Porto (des-de 2002).

Membro do XIV Governo Constitu-cional (1999-2002), primeiro comoSecretário de Estado da AdministraçãoEducativa (1999-2000), depois comoMinistro da Educação (2000-2001) ecomo Ministro da Cultura (2001-2002).

Pró-reitor da Universidade do Porto(1998-1999).

Presidente do conselho científicoda Faculdade de Economia do Porto(1998-1999).

Colunista do jornal Público (1992-1999,2002-2005).

Membro do Conselho Nacional de Edu-cação (1996-1999); coordenador do gru-po de contacto entre os Ministérios daEducação e da Cultura para a educação eo ensino artísticos (1998-1999); e repre-sentante português no Projecto de Edu-cação para a Cidadania Democrática doConselho da Europa (1997-1999).

Membro do Conselho de Adminis-tração da Sociedade Porto 2001(1999).

Cronista da TSF-Rádio Jornal (1997--1998).

Vogal da Comissão do Livro Brancoda Segurança Social (1996-1998).

Colaborador da Página Cultural doJornal de Notícias (1978-1986).

Membro do Partido Socialista (des-de 1990), membro da sua ComissãoNacional (desde 1998), da ComissãoPolítica Nacional (2002-2005, desde

2006), do Secretariado Nacional (des-de 2006). Coordenador do Grupo Par-lamentar do PS para as áreas de Cul-tura, Ciência e Ensino Superior (2002-2005). Director do Acção Socialista,órgão oficial do PS (2002-2005).

Membro do Conselho Directivo daFundação José Fontana (2002-2005).

Membro da Assembleia de Fregue-sia de Nevogilde (1994-1999).

Livros publicados

A Sociologia e o Debate Público:Estudos sobre a Relação entre Co-nhecer e Agir, Porto: Edições Afron-tamento, 2006.

Por uma Política de Ideias emEducação. Intervenções no XIV Go-verno, 1999-2001, Porto: EdiçõesAsa, 2002, 223 pp.

Dinâmicas Sociais do nosso Tem-po. Uma Perspectiva Sociológica,para Estudantes de Gestão, Porto:Editora da Universidade do Porto, 2002.

Projecto e Circunstância: CulturasUrbanas em Portugal, organização emcolaboração com Carlos Fortuna Por-to: Edições Afrontamento, 2002.

Cultura e Desenvolvimento: Estu-dos sobre a Relação entre Ser e Agir,Oeiras: Celta Editora, 2000.

Públicos para a Cultura na Cidadedo Porto, em colaboração com Felí-

cia Luvumba, Helena Santos e Pau-la Abreu, Porto: Edições Afronta-mento/Câmara Municipal do Porto,2000.

La Política: Ensayos de Definición,em colaboração com Rafael del Agui-la, Paul Barry Clarke e Nicolas Tenzer,Madrid: Ediciones Sequitur, 2000.

Parte Devida: Intervenções Pú-blicas, 1992-1998, Porto: EdiçõesAfrontamento, 1999.

De que Vale Ter Poder? Crónicasno Público, 1995-97, Matosinhos:Contemporânea Editora, 1997.

Palavras para um País: EstudosIncompletos sobre o Século XIX Por-tuguês, Oeiras: Celta Editora, 1997.

Textos Datados, com Motivo e Cau-sa, Matosinhos: Contemporânea Edi-tora/Jornal Público, 1996.

Tempos Cruzados: um Estudo In-terpretativo da Cultura Popular, Porto:Edições Afrontamento, 1994.

Existe uma Cultura Portuguesa?,organização em colaboração comVítor Oliveira Jorge, Porto: EdiçõesAfrontamento, 1993.

Educação de Adultos, Educaçãopara o Desenvolvimento, Porto:Edições Asa, 1990, 2.ª ed., 2001.

Entre a Razão e o Sentido: Du-rkheim, Weber e a Teoria das CiênciasSociais, Porto: Edições Afrontamento,1988, 3.ª ed., 2001.

Metodologia das Ciências Sociais,organização, em colaboração comJosé Madureira Pinto, 1986, Porto:Edições Afrontamento, 13.ª ed., 2005.

Funções Governamentais Exercidas

Desde 2009-10-26Ministro da Defesa Nacional do XVIII

Governo Constitucional

Desde 2005-03-12 até 2009-10-26Ministro dos Assuntos Parlamenta-

res do XVII Governo Constitucional

Desde 2001-07-03 até 2002-04-06Ministro da Cultura do XIV Governo

Constitucional

Desde 2000-09-14 até 2001-07-03Ministro da Educação do XIV Gover-

no Constitucional

Desde 1999-10-28 até 2000-09-14Secretário de Estado da Administa-

ção Educativa do XIV Governo Consti-tucional

Em resultado das últimas eleições legislativas, o Ministério da Defesa Nacional tem nova equipa.O titular da pasta e o Secretário de Estado, estiveram já na Liga dos Combatentes conformerelatamos noutro local – e as suas intervenções criaram legítimas expectativas de que serápossível estabelecer uma cooperação profícua que sirva os interesses dos Combatentes.

Nova equipa na DefesaExpresso e integra o painel fixo doprograma "Corredor do Poder" da RTP.Foi, até recentemente, vice-presiden-te da Câmara Municipal de Lisboa.

Em 1994, licenciou-se em Direito,na Faculdade de Direito da Universi-dade de Lisboa, e exerceu depois aadvocacia.

Em 1995, assume as funções deadjunto do Ministro dos Assuntos Par-lamentares e, em 1999, as de chefedo gabinete do secretário de Estadoda Administração Interna.

Em 1998, fez o Curso de Auditoresde Defesa Nacional.

Em 2001, funda e assume a direcçãodo CIMASA – Centro de Informação,Mediação e Arbitragem de SegurosAutomóveis, onde se encontram reu-nidos representantes das empresas se-guradoras, através da Associação Por-tuguesa de Seguradores, dos consumi-dores, através da DECO, e dos automo-bilistas, através dos ACP. Durante seisanos dirigiu este organismo.

Em 2004, é eleito membro do Se-cretariado Nacional do PS, função queainda hoje mantém.

Em 2005, é eleito deputado à As-sembleia da República e vice-presi-dente do Grupo Parlamentar do PS,Integrou a Comissão de Assuntos Cons-titucionais, Direitos, Liberdades e Ga-rantias e é eleito membro da Assem-bleia Parlamentar da OSCE Organiza-ção para a Segurança e Cooperaçãona Europa.

Em 2007, é eleito vereador e assu-me a vice-presidência da CâmaraMunicipal de Lisboa.

Em Outubro de 2009, candidata-seà Câmara Municipal de Oeiras, tendosido eleito vereador.

Secretário de Estado da Administra-ção Educativa do XIV Governo Consti-tucional.

Secretário de Estado da DefesaNacional e dos Assuntos do Mar

Marcos da Cunha e Lorena Perestre-llo de Vasconcellos

Nasceu em Lisboa, em 1971.

É advogado de profissão, escreveuma crónica quinzenal no semanário

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Os filhos do Tenente Coronel Perestrellodepositaram as suas condecoraçõesno Museu das Oferendas na Batalha

Também se comemorou o Dia daLiga dos Combatentes e se evocou

o aniversário do fim da Guerra do Ultra-mar.

A Liga dos Combatentes convidou oMinistro da Defesa Nacional, para pre-sidir à cerimónia, à qual assistiu tam-bém o Secretário de Estado e dosAssuntos do Mar.

Foi convidado para proferir a tradicio-nal intervenção o General Valença PintoCEMGFA.

Presentes o Almirante CEMA, GeneralCEME, General CEMFA e General Chefeda Casa Militar do PR, além de Embaixa-dores e Adidos de Defesa de PaísesAmigos, Almirantes, Generais e Direc-tores-Gerais, Presidente da SouvenirFrançais e da Amilcalle des MilitaresFrançais au Portugal,

Presidente da Royal British Ligeon,Presidentes das Associações de Com-batentes, Membros dos Corpos sociaisda Liga dos Combatentes e a maior

parte dos Núcleos espalhados pelo País.A primeira intervenção da cerimónia,

esteve a cargo do Presidente da Direc-ção Central da Liga dos Combatentes,general Chito Rodrigues que, após cum-primentar e agradecer a presença detodos os convidados, disse:

«Neste lugar cada vez mais AltarPátrio, cada vez mais lugar de encontroda História de Portugal com o Mundo,onde o Homem tem vindo a cruzarsímbolos do início do Império com sím-bolos do fim desse mesmo Império,encontramo-nos mais uma vez, hoje,para evocar o 91.º Aniversário do Ar-mistício da I GG, o 86.º Aniversário daprimeira acta criadora da Liga dos Com-batentes e o 35.º Aniversário do fim daGuerra do Ultramar.

Com esta cerimónia encerramos ascerimónias iniciadas em todo o País nodia 11 de Novembro.

Evocamos pois, por um lado, o passadohistórico e os Valores da Paz que ajudá-mos a construir em 1918 e em 1974.

A Batalha pelos Valores e a Batalha pela Solidariedade

Por outro lado, sublinhamos os Valo-res da Solidariedade e Apoio Mútuo, umdos pilares da criação e da sustentaçãoda nossa identidade colectiva, na pro-cura do reconhecimento da dignidadedo combatente.

Duas Grandes Batalhas, que têmmotivado os que hoje servem e os queserviram ao longo da sua História a Ligados Combatentes: A Batalha pelos Valo-res e a Batalha pela Solidariedade.

Batalhas com muitos e diferenciadoscombates nas mais diversas frentes,prolongados no tempo e no espaço eque nos impõe perseverança, determi-nação e disponibilidade permanente naluta pela resolução dos problemas dosque servem ou serviram as Forças Ar-madas.

Poucos saberão, melhor do que nós,combatentes, reconhecerem quem nosreconhece e distinguirem estes senti-mentos cruzados, de realidades como a

Paz e a Guerra, a solidariedade e oabandono, o reconhecimento e a faltadele a alegria e a tristeza, a coragem ea cobardia, a lealdade ou a traição.

Mais uma vez cruzamos hoje, a ale-gria de aniversários de Nascimento ePaz, mas também de Tristeza e Mortena Guerra. E é nestes dias, nestes mo-mentos, que se cruzam em nosso pen-samento os mais altos Valores que en-riquecem o Homem e aqueles que oempobrecem.

Os que hoje vivos podem testemu-nhar os sacrifícios da aplicação da vio-lência, tenha sido na guerra de guerri-lhas em África, seja na guerra de guer-rilhas que hoje enfrentam na Europa ena Ásia ou noutras que se lhe sucede-rem, sabem que houve e haverá sem-pre um único Grande Herói: – o Povoportuguês.

Bastará recordarmo-nos que na Ín-dia e em África de 1954 a 1974,esteve mais de um milhão de solda-dos portugueses. Todos eles tinhamPai. Todos tinham Mãe. Avós mater-nos e paternos. Alguns casados e comfilhos.

Tal significa que, desse povo, pelomenos 7 milhões de portugueses sen-tiram no seu íntimo poder vir a perderna guerra, um seu ente querido. É essepovo, que coloca os seus filhos à dispo-sição das decisões do poder político,quantas vezes discutíveis, que deve-mos venerar como o verdadeiro GrandeHerói na nossa existência, enquantopaís soberano, independente e cosmo-polita.

É pois com natural regozijo que sen-timos juntarem-se a nós, altos respon-sáveis políticos e militares, bem como

muitos combatentes e famílias e popu-lação em geral, quando evocamos osmaiores desse povo, numa convergên-cia de sentimentos que reforçam oconceito de que a “defesa nacionalsomos todos nós”.

Demonstração, plena de compre-ensão da importância da nossa mis-são, Liga dos Combatentes, enquantocontribuintes e impulsionadores acti-vos na promoção da História, da cul-tura cidadania e defesa, dos símbolosnacionais, da conservação das me-mórias, do apoio médico psicoló-gico e social aos mais carenciados,enfim enquanto garante da honra dosque caíram e da dignidade dos quesobreviveram.

Não estamos sós, na Europa. Nemsomos impulsionadores de algo que épassado.

Abertura, Inovação e Entusiasmo para a Mudança.

Estamos aqui hoje, com o mesmosentimento do presente que levou oPresidente Sarkosy e Angel Merckel areunirem-se no dia 11 no Arco doTriunfo e a Rainha Isabel II nas ceri-mónias de Londres: – O sentimento dareconciliação, da partilha de memó-ria, o reconhecimento dos erros queconduzem à guerra e seus horrores.Estamos pois partilhando os mesmosvalores e a mesma ambição para Por-tugal e para Europa: – Prosperidade ePaz.

Há precisamente um ano que nestelugar vos sintetizei o que temos vindo afazer para o aprofundamento dos ob-jectivos que o nosso estatuto nos im-põe.

86.º Aniversário do Dia da LigaO tradicional dia do Armistício,

celebrado em todos os Núcleosespalhados pelo País,

nomeadamente em Lisboa naAvenida da Liberdade, teve a suacerimónia principal no dia 14 de

Novembro, junto ao Forte do BomSucesso, em Belém.

91 anos do Armistício Guerra do Ultramar acabou há 35 anos

A viúva do Major-Gen. Lopes Camilo recebendo das mãos do Ministro oreconhecimento dos serviços prestados pelo seu marido

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As acções que continuámos a desen-volver são todas elas resultantes dumaAtitude que definimos para nós e paraquem connosco trabalha. Tal Atitudepode resumir em três grandes ideias: –Abertura, Inovação e Entusiasmo para aMudança.

Abertura que no corrente ano sematerializou na realização de mais par-cerias e protocolos em que destacamosos realizados com o Centro de EstudosSociais da Universidade de Coimbra, aMisericórdia do Porto, a Associação daLuta de Libertação Nacional de Moçam-bique, com a Associação dos Comba-tentes do Estado Português de Angola,com a Fundação dos Veteranos da Lutade Libertação de Timor, com o Núcleoda Liga dos Combatentes, em São Vi-cente, Mindelo, Cabo Verde, bem comocom acções com a Revista Segurança eDefesa.

Abertura que se viu enriquecida comparticipação conjunta de todas as Asso-ciações que se batem pela dignidadedos que serviram e servem as ForçasArmadas, num Congresso dos Comba-tentes e que deram uma demonstraçãode unidade de propósitos no que dizrespeito à cidadania e defesa, ao apoiosocial e ao apoio à saúde.

Abertura que nos permite integrar-mo-nos perfeitamente naquilo que osenhor Ministro da Defesa Nacional cha-ma o “Novo Paradigma da Defesa Na-cional e das Forças Armadas” e nospermitirá aprofundar a Passagem deTestemunho aos Novos Combatentes jáiniciada, na garantia da perenidade emodernidade da nossa Instituição.

Abertura que nos vem garantindouma nova imagem que se deseja sem-pre renovada e que tem facilitado aoutra grande vertente da nossa atitude:– A inovação.

Estamos a implementar um plano decomunicações e informatização de to-dos os Núcleos, bem como desenvolve-mos um outro plano que conduz àdigitalização do Arquivo Histórico daLiga (se para tal conseguirmos as ver-bas necessárias);

Acabamos de instalar na sede daLiga dos Combatentes o primeiroPainel foto voltaico que nos trans-

forma num produtor de energia eum contribuinte activo para o bomambiente, com as respectivas con-trapartidas financeiras;

Estamos com alguns combatentes ea grande maioria dos funcionários,empenhados na utilização dos Pro-gramas Novas Oportunidades tendocomo objectivo proporcionar a todoso 12.º ano, contribuindo assim activa-mente nos programas da educaçãopara a cidadania.

Apoiamos diversas teses de mestra-do e doutoramento coordenando diver-sas acções com os nossos combaten-tes, ao mesmo tempo que desenvolve-mos acções de formação em várioscampos e da investigação no âmbito dasaúde, em coordenação com a Univer-sidade Nova de Lisboa e a Universidadede Coimbra.

Este estado de espírito de abertura einovação tem-nos garantido o entusias-mo permanente para a acção e para amudança.

Mudança sem rotura que se materia-liza na procura da modernidade e noaprofundamento permanente de maissolidariedade, mais apoio mútuo, maisdignidade, mais reconhecimento dosque serviram as Forças Armadas e For-ças de Segurança, no respeito dos valo-res expressos pela UNESCO e dos Direi-tos do Homem.

Talvez por compreenderem essa pos-tura da Liga dos Combatentes, tenha-mos voltado no corrente ano a aumen-tar o número de núcleos e o número desócios e a ver levantarem-se mais emais monumentos em honra e memó-ria dos combatentes por Portugal.

No âmbito do Programa EstruturanteLiga Solidária desenvolvemos no cor-rente ano a primeira fase das obras doLar dos Combatentes e da Creche doPorto que esperamos inaugurar no pri-meiro trimestre de 2010 em apoio decombatentes idosos e dos seus netos.

Aguardamos decisão do Ministério daSegurança Social quanto aos Lares deEstremoz e Vila de Rei e a cedência deinstalações em Castelo Branco já solici-tadas ao MDN.

No que diz respeito ao ProgramaConservação das Memórias, sublinho o

apoio dado pelo EMGFA e recebido noterreno através dos Adidos de Defesa eMilitares, bem como dos militares emtarefas no âmbito da DGPDN. Assinalo aterceira operação realizada na Guiné,em Gabu, para concentração de ossa-das na cidade de Bissau a que seseguirá a Operação Guiné Sul, a partirde amanhã, com a qual se esperamaterializar o objectivo principal: Fa-zer do Cemitério de Bissau o cemitériodigno, onde se encontram concentra-dos os militares que saídos de Portugalali se bateram.

Hoje homenagearemos três milita-res, caídos na Guiné, recuperados, noâmbito deste Programa, em Guidaje esó agora identificados com o apoio doInstituto de Medicina Legal de Coimbra.

Com estes três militares ascende aoito o número de militares de que asfamílias solicitaram o regresso da Guiné.

Homenageamos também combaten-tes caídos por terem servido as FA portu-

guesas na Guiné, descerrando uma placacom 53 nomes de militares Comandos.

Do Plano Estruturante Cultura Cidada-nia e Defesa assinalo no corrente ano asobras de recuperação deste Monumentoaos Combatentes do Ultramar e a conti-nuação da recuperação e manutençãodo Forte do Bom Sucesso, para além deinúmeras acções no âmbito da CulturaCidadania e Defesa de que destaco osPrémios Defesa Nacional/Liga dos Com-batentes entregues a alunos dos Estabe-lecimentos Militares de Ensino, as confe-rências “Fim do Império”, as exposiçõese publicações levadas a efeito.

De extraordinário relevo no âmbitoda inovação e modernização é o levan-tamento do Programa Estratégico Es-truturante Cuidados de Saúde que esteano nos permitiu o apoio aos nossosmembros mais necessitados nos cam-pos da doença, nomeadamente da do-ença mental, bem como da inclusãosocial. Foi criado e dotado em pessoal,

material e instalações, o Centro de Estu-dos de Apoio Médico Psicológico e So-cial e montados cinco Centros de ApoioMédico Psicológicos e Social em Lisboa,Coimbra, Porto, Chaves e Loulé, com oapoio de médicos, psicólogos e assis-tentes sociais, alguns em regime deapoio voluntário à Liga dos Combaten-tes. Com este serviço e seu desenvolvi-mento queremos vir a garantir os servi-ços de qualidade a que nos comprome-temos com o Ministério da Defesa Na-cional em protocolo próprio.

Todos estes planos estruturantes têmtido o apoio do Ministério da DefesaNacional. Sem esse apoio que aliás osEstatutos estabelecem, não teriam sidopossíveis os resultados alcançados noapoio aos combatentes.

Não quero terminar sem fazer umareferência especial a todas as Direcçõesdos 80 Núcleos e membros dos CorposSociais da Liga, num total de mais dequatrocentos dirigentes voluntários que

enquadram e dirigem uma Instituiçãoquase secular, com dezenas e dezenasde milhar de sócios e dizer-lhes quesendo uma honra estar com eles, à suafrente, tenho um sentimento profundode que muito tem sido feito e que porisso considero que a nossa Liga dosCombatentes estando cada vez maisforte, o que significa cada vez mais útil,pode gritar a plenos pulmões o seugrito;

Liga dos CombatentesValores Permanentes!Liga dos CombatentesEm Todas as Frentes»

É a ideia de Portugalo que verdadeiramente hojeaqui se celebra e cultiva

Seguiu-se, na tribuna o general Va-lença Pinto, Chefe do Estado MaiorGeneral das Forças Armadas, que, aoiniciar a sua intervenção, disse, da suaconvicção de que:

«É a ideia de Portugal o que verdadei-ramente hoje aqui se celebra e cultiva.

De facto a noção de combatente sótem sentido e alcance na relação com aPátria e a comunidade nacional.

Ser combatente é, em síntese, umaatitude suprema de cidadania. Tantoquanto o respeito por aquilo que oscombatentes simbolizam é um valor eum atributo de cidadania.

Porque a cidadania a ninguém dis-pensa e a todos apela e obriga, sãonaturalmente múltiplas as formas deser seu construtor. Daí que haja legiti-mamente modos diversos de se sercombatente. São também frentes des-sa empresa as acções política, cívica,cultural ou económica, entre outras.

Numa nação que se forjou, acima detudo, pela vontade dos seus é respon-sabilidade das sucessivas gerações terpresente que Portugal é obra dos portu-gueses. E que nesse empenhado e vito-rioso esforço colectivo os militares tive-ram um papel de manifesto relevo.

Destacar os combatentes militares éassim inteiramente justo.

Ser combatente militar é por issouma forma absoluta de paradigma deserviço.

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Lembrar os que fundaram a naçãoem Ourique e na conquista de Lisboa, osque firmaram a independência em Al-jubarrota e os que a reafirmaram emMontes Claros. Os que resistiram e ex-pulsaram invasores. Os que agiram emnome da soberania e dos interesses dosportugueses.

Ao longo da história as pessoas forammudando mas, na identidade de propó-sitos e na convergência dos fins, encon-tramos uma unidade que transcende ostempos.

De um modo claro, a acção dos com-batentes militares inscreve-se semprenos mais altos valores, princípios e cri-térios. Só neles é possível fundar oimpulso máximo de sublimação e degenerosidade que leva à aceitação fácilda entrega da vida própria.

Os combatentes militares não têmnisso reserva ou hesitação.

É aqui que radica a condição militar.Uma condição que, não pretendendoser primeira, é absolutamente específi-ca e singular entre todas as condições.

Ser combatente militar é por issouma forma absoluta de paradigma deserviço. Um serviço que não defineservidão. Pelo contrário, um serviçoque gera pertença livre.

E que sendo autêntico e plenamenteverdadeiro implica, ou melhor exige,ser regido por desapego pessoal.

Esta é a perspectiva que torna identi-camente inaceitáveis a busca de injus-tificados privilégios, e qualquer omis-são dos poderes públicos perante anecessidade de, com adequação e opor-tunidade, reconhecer, respeitar e cui-dar. São aliás duas perversões quemutuamente se alimentam, o que re-dobra a sua inaceitabilidade.

Mas se na sua tradução histórica oconceito de combatente tem, como énatural, dependido dos contextos emque se concretiza, na sua essência eleé temporalmente coincidente com aideia passada, presente e futura denação.

Realmente o que mais define a noçãode combatente são os aspectos intem-porais que lhe são intrínsecos.

Acima de todos o patriotismo e osvalores e princípios nacionais.

São dados a que é imprescindívelatender de forma permanente e reno-vada, em particular num contexto deforças armadas inteiramente profissio-nais.

Assim tem acontecido em Portugal.Assim é preciso que continue a aconte-cer.

É também um valor nacional perma-nente que o ser português se tenhaaberto ao Mundo, protagonizando a suaunificação geográfica e promovendo tan-tos encontros e trocas civilizacionais.

Ficou-nos daí um traço genético quedistingue e obriga os combatentes mi-litares portugueses, dando-lhes umacapacidade excepcional de aculturação,de respeito pelos outros, de actuação

Foram combatentes de Portugal osque integraram o ciclo das navegaçõesaté à dobragem do Cabo da Boa Espe-rança e os que, depois disso e até àmodernidade, em múltiplos continen-tes, nas armas, na diplomacia, na acçãopolítica, na ciência, na cultura e naeconomia, viveram o ciclo do impérioque se lhe seguiu.

De modo particular e com forte ca-maradagem militar evoco aqueles queao serviço do País nas recentes guerrasem África contraíram deficiências.

Foram também combatentes de Por-tugal os que protegeram e afirmaram oPaís na Europa, sob o novo regimerepublicano, órfãos de retaguarda po-lítica e militar, numa guerra difícil deentender, cujo principal acto lúcido foi oarmistício que também hoje comemo-ramos.

Saúdo a Liga dos Combatentes

Foram e são combatentes de Portu-gal os mais de trinta e seis mil mulhe-res e homens que nos últimos dezoitoanos, em vinte teatros de operações,em quatro continentes, por terra, mare ar, serviram e afirmaram o interessenacional, levaram mais paz, mais lei,mais segurança, mais estabilidade emais progresso a esses países e aesses povos, honraram a responsabili-dade nacional na ordem global, torna-ram Portugal num produtor de segu-rança e dessa forma reforçaram demodo ímpar a soberania portuguesa.

Saúdo a Liga dos Combatentes que,personificando o espírito dos comba-tentes militares, a todos sem excep-ção representa e a quem por isso cabeuma função insubstituível de aglutina-ção e de interface entre o Estado e aspessoas. Uma função que, no absolutorespeito por outras expressões resul-tantes da dinâmica da sociedade civil ea elas atendendo criteriosamente, ca-rece de ser plenamente inclusiva eassim reconhecida e praticada.

Em meu nome, mas convicto deexpressar o sentir das Forças ArmadasPortuguesas, recordo os muitos e mui-tos que nos antecederam nas fileirase que nos legaram identidade, com-

promisso e um profundo sentido dehonra.

E curvo-me muito respeitosamenteperante a memória de todos aquelesque, com o seu derradeiro sacrifício,contribuíram decisivamente para cons-truir em Portugal e no Mundo um lugarmelhor.»

Homenagem aos esforços de todos

Por seu turno, o Ministro da Defesa,falando de improviso, garantiu que «ossoldados mortos ao serviço da Pátria,todos merecem momentos de refle-xão», acrescentando que «o século XXfoi duro a todos os níveis» e que «amaior lição da História militar é que nãoexistem guerras entre estados demo-cráticos».

O prof. Santos Silva, quis depois, pres-tar tributo aos cerca de um milhão demilitares que estiveram no Ultramar.«Homenageamos os esforços de todos,curvamo-nos perante os que morrerame apoiamos os ex-combatentes e osdeficientes das Forças Armadas (...),combatentes somos todos, pois nãohouve um português que ficasse indife-rente à guerra.»

Estas palavras do responsável máxi-mo do Governo, pela pasta da DefesaNacional, seriam mais tarde reforçadas,quando escreveu, no livro de honra doForte do Bom Sucesso, ser para si umahonra «poder participar nas comemora-ções empreendidas pela Liga dos Com-batentes.

Ocasião para enaltecer o trabalho daLiga em prol dos interesses e necessida-des dos combatentes, assim como napromoção e difusão dos valores consti-tutivos, da nossa identidade nacional.

Lembrar o general Camilo

Seguidamente procedeu-se à conde-coração a título póstumo do Major Gene-ral Camilo, que faleceu no desempenhodas funções de Vice-Presidente da Liga,com a Grã-Cruz de Mérito militar que lhefoi atribuída pelo Presidente da Repúbli-ca por proposta do Presidente da Ligados Combatentes. Entregou a condeco-ração à viúva o Ministro da Defesa.

O reconhecimento pelos serviços pres-tados ao serviço da Liga foi depoissalientado pela entrega de Medalhasde Mérito da Liga aos Presidentes dosNúcleos de Penafiel, Chaves, ao Secre-tário do Núcleo de Loulé a título póstu-mo ao Presidente de Leiria, ao Vogal daDirecção Central Comandante BelémRibeiro e à Dr.ª Eugénia Cunha colabo-radora da Liga no Programa Conserva-ção das Memórias.

Seguiu-se a evocação do Armistícioe o descerramento de uma placa com53 nomes de militares comandosmortos na Guiné. O Presidente da Ligaconvidou o Senhor Ministro a acom-panhá-lo no descerramento da Ban-deira Nacional que cobria aquela pla-

central para receberam as homena-gens, integradas na cerimónia de ho-menagem aos mortos em combate.

O Bispo das Forças Armadas e deSegurança D. Januário Torgal Ferreiraproferiu depois uma oração alusiva aosignificativo e emotivo momento.

Muitas vezes os combatentes ali sehaviam já deslocado em cerimóniasidênticas de homenagem aos caídos.Hoje para além de terem sido incorpo-rados mais 53 militares naquelas pare-des, estavam presentes as ossadas detrês camaradas que a guerra derrubou.

Três dezenas de coroas de flores fo-ram depois colocadas pelas Associa-ções e Entidades presentes tendo aúltima sido colocada pelo Ministro da

DestaqueDestaque

ca e pediu ao Presidente da Associa-ção de Comandos para os acompanharnesse acto.

Saindo da porta principal do Fortesurgiram então seis militares em passocadenciado segurando três urnas con-tendo os restos mortais de três militarescaídos na Guiné, em Guidaje, exumadosdurante a primeira operação do Progra-ma Conservação das Memórias. Dirigi-ram-se para o centro do Monumento eaí colocaram as três urnas em posição

Perfilados perante as urnas dos militares regressados da Guinéholística e de isenção perante facçõesem conflito.

São características absolutamentedecisivas para actuar nos modernosconflitos, e que como tal integram osalicerces do reconhecido sucesso na-cional nesses cenários.

Foi na enriquecedora combinaçãoassente por um lado na identidade dosvalores e dos princípios superiores nasdiferentes circunstâncias e por outrolado na diversidade das expressões his-tóricas, que se construiu o traço comumque aqui se celebra.

Defesa que, acompanhado do Presi-dente da Liga ouviu, imediatamenteatrás das urnas, os toques aos mortos eo toque de alvorada. Seguiu-se a retira-da dos corpos dos três militares.

A cerimónia encerrou-se com o Hinoda Liga.

Após o desfile das Forças em Paradatodos os presentes se dirigiram para oForte do Bom Sucesso, onde visitaramas várias exposições patentes ao pú-blico.

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No mesmo dia, foi oficialmenteapresentado o novo Vice-Presidenteda Direcção Central da Liga dos Com-batentes, General Fernando Aguda.

O novo Vice-Presidente aproveitoua ocasião para dar conta dos progres-sos feitos nas missões que têm leva-do à Guiné Bissau equipas da LC paraidentificação, recolha e depósito nacapela que a LC recuperou no cemité-rio de Bissau, dos restos mortais deantigos combatentes portugueses,caídos naquele território.

O general Fernando Aguda assegu-rou que as missões são para prosse-guir, revelando existirem esforços para

Comemorando a data em que,em 1923 se assinou a primeira

acta constitutiva da Liga dos Com-batentes, a Direcção Central reuniu,no Forte do Bom Sucesso, com oscolaboradores mais próximos da LC,para, em jeito de balanço, reflectirsobre a actividade de um ano detrabalho.

Foi assim que se ficaram a saberdos desenvolvimentos no campo dainformatização da rede que serve aLiga, com a aquisição e distribuiçãode novos equipamentos, renovaçãodo site e criação de um Fórum detodos os combatentes, bem comoos avanços na área do CEAMPS queexcederam já as melhores expecta-

"chumbou" as legítimas pretensõesdos combatentes.

Mas, como não vale a pena chorarsobre o leite derramado, foi bomouvir, da boca do arquitecto EduardoVaranda, que as obras de recupera-ção do Lar do Porto avançam em bomritmo e que em breve, aquela unida-de entrará em funcionamento.

Assim, no âmbito da Liga Solidária,vai funcionar na Invicta um lar e uma

Foi há 86 anos

estender a acção a outros países afri-canos.

Colaboradores distinguidosA ocasião foi ainda aproveitada, para

a condecoração de funcionários e co-laboradores da LC.

Foram distinguidas as funcionáriasMaria Teresa de Jesus Andrade Góis deAlmeida, pelos seus 39 anos de dedica-ção ao serviço da Liga e Hortênsia PintoFernandes que, igualmente, perfez 38anos de serviços prestados.

Outra distinção foi atribuída ao dr.João Evangelista de Jesus Hipólito, cola-borador da Liga e dos CEAMPS.

creche, já no primeiro trimestre de 2010.Vamos ter a alegria de 30 crianças,oito no berçário, dez até um ano, edoze até aos trinta e seis meses,significando um investimento de 224mil euros, que darão emprego a novefuncionários.

Quanto ao lar, está a ser recupera-do para receber vinte e cinco utentesda terceira idade, significando estaprimeira fase, um investimento de

quatrocentos mil euros e empregan-do onze trabalhadores.

Este exemplo, podia – e devia – serseguido noutras regiões do país, comoOliveira de Azeméis, Vila de Rei, Co-vilhã e Estremoz, se a SegurançaSocial tivesse sido sensível ao contri-buto que a Liga dos Combatentespode dar, na resolução dos proble-mas dos combatentes mais carenci-ados. E são bastantes.

tivas e são já hoje, uma realidadeque se espalha por todo o país,cumprindo e ultrapassando o pro-grama estabelecido.

Estava clara a satisfação pelos ob-jectivos alcançados, embora se "adi-vinhasse" que a Segurança Socialnão iria dar provimento – mais umavez – à sua participação no arranquedos lares para antigos combatentes,uma velha aspiração da LC e dosseus associados.

Há terrenos em vários pontos dopaís, há projectos aprovados e algu-mas verbas, mas, a Segurança Soci-al – ao que parece – acha que oscombatentes não precisam destesequipamentos e, uma vez mais,

Dr. João Evangelista de Jesus Hipólito Maria Teresa de Jesus Andrade Góis de Almeida Hortênsia Pinto Fernandes

Cumprimento de boas vindas ao Major General Fernando Aguda

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Teve lugar, na FATACIL, em Lagoa, o16.º Jantar dos Combatentes do Ul-

tramar. Este jantar de confraterniza-ção e homenagem ao Combatente foipresidido pelo vice-Presidente da Di-recção Central da Liga dos Combaten-tes, Major-General Fernando Pereirados Santos Aguda.

Na ocasião, disse o vice-Presidente daLiga: «Saúdo o Núcleo de Lagoa/Porti-mão e os Combatentes presentes, pelarealização deste 16.º Encontro, convi-dando todos a recordar aqueles Camara-das que não podem estar entre nós, porrazões da Lei inexorável da Vida que denós, fisicamente, os afastou.

05AGO2009 – O Secretário-geral da Liga dosCombatentes, Coronel Adalberto Travassos Fer-nandes presidiu às cerimónias comemorativasdo aniversário do Núcleo da Liga dos Combaten-tes, em Vila Real de Santo António.

No âmbito das cerimónias foi inaugurada umaexposição fotográfica, sob o tema "Memórias daGuerra" - Portugal: Honra e Sacrifício, temareferente à Primeira Grande Guerra. Esta exposi-

ção esteve patente ao público no Centro Cultural António Aleixo, de 28 de Julhoa 05 de Agosto. Destaca-se a excelente organização do Núcleo de VRSA e seusassociados, bem como o apoio do Museu da Liga dos Combatentes, nomeada-mente da Tenente Helena Maciel.

O Secretário-geral referiu-se publicamente à efeméride na sessão solene,perante a Direcção do Núcleo, associados, vice-Presidente da Câmara Municipalde Vila Real de Santo António, vereadora da Cultura e outros autarcas daquelaregião. Agradeceu o apoio da CM de Vila Real de Santo António à Liga dosCombatentes e louvou a ideia da construção de um Monumento aos Combaten-tes de VRSA, a suportar por aquela autarquia sob a orientação e simbologia daLiga dos Combatentes.

Lagoa PortimãoA força que determina a realização

deste 16.º Jantar dos Combatentes doUltramar, volvidos 35 anos sobre ofinal da Guerra do Ultramar, colhe-seno desenvolvimento do espírito de ca-maradagem, de amizade e de lealda-de que se mantém anos a fora, unindocombatentes que um dia mastigaramo pó com algumas alegrias e muitosofrimento partilhando quantas vezeso mesmo cigarro os mesmos receios ea mesma esperança num porvir me-lhor.

Juntam-se hoje, em Lagoa/Portimão,Homens de armas que defenderam Por-tugal e as verdades do seu tempo decombatentes, para rever amigos e ca-maradas, recordando também aquelesque já partiram sem deixarem esqueci-mento em nossas Almas.

Temos a convicção de que o esforçomoral e físico, desenvolvido no Ultramare por nós combatentes oferecido à Pátriapara figurar nas páginas da nossa Histó-ria nunca esquecendo os combatentesde outras guerras e de outros temposque nos legaram o Portugal que somos,nos uniu e irmanou pelos tempos fora.

Essa uma das razões para, repetida eperiodicamente, nos encontrarmos, abra-çarmos e convivermos como se nãotivesse andado o tempo, vivendo sere-namente o momento que aqui desfruta-mos, recordando momentos da nossavida militar já vivida e mergulhando nasrecordações da missão cumprida porterras do Ultramar.

Aglutinados por mística de camarada-gem, de solidariedade e de amizade,que o esforço dos nossos verdes anoscimentou para a vida toda, estamosaqui, maduros da vida, para reviver,recordar homens presentes e homensausentes, confraternizar e garantir quebrevemente nos voltaremos a encon-trar, pelas mesmas razões e para osmesmos fins.

Parabéns ao Núcleo da Liga de LA-GOA/PORTIMÃO.

Parabéns a todos os combatentes eaos seus familiares que puderam res-ponder à chamada deste ano.

Vila Real de Santo AntónioNúcleo fez anos

Na Figueira da Foz foi inauguradoum Memorial aos combatentes

do Concelho mortos na Guerra doUltramar. O Presidente da DirecçãoCentral acompanhado do Presidentedo Núcleo dirigiram-se à Câmara Mu-nicipal onde foram recebidos e cum-primentaram o Presidente da Câmaratendo agradecido o apoio dado paraque o evento fosse possível.

Deslocaram-se depois para a Praçaonde seria inaugurado o monumento,precisamente em frente do monu-mento ali já existente referente à IGrande Guerra.

Após a força militar prestar as hon-ras militares ao General Chito Rodri-gues, iniciou-se a cerimónia com odiscurso do Presidente do Núcleo, doPresidente da Câmara Municipal e fi-nalmente do Presidente da DirecçãoCentral.

Seguiu-se a inauguração do Monu-mento, a sua bênção e a colocação deuma coroa de flores após o que foramtocados os toques de Honra aos Mor-tos em combate. Cerimónia digna emuito significativa, numa praça cen-tral da cidade conjugando a homena-gem aos Mortos da I Grande Guerracom os Mortos do Ultramar no qualforam colocados os nomes dos figuei-renses caídos.

Na oportunidade, o General ChitoRodrigues disse: (…) "A Figueira daFoz junta-se hoje a 130 lugares no

Figueira da Fozjá tem o seu memorial

País onde se esculpiram no ferro e napedra o esforço e sacrifício dos ho-mens que na geração dos anos 60 e 70do século passado estavam em condi-ções de pegar em armas e defenderos interesses vitais do País, entãoassim considerados pelos políticos.

Interrogo-me porquê, nos últimosquatro anos se ergueram mais monu-mentos do que nos últimos quarenta.

Encontro algumas respostas.Em primeiro lugar porque o senti-

mento de gratidão e a vivência interiordo que foi o esforço pedido a essageração se encontra presente e bempresente na população portuguesa.Em segundo lugar porque a Liga dosCombatentes e os combatentes emgeral, têm trazido à luz do dia a neces-sidade de assumir a História sem com-plexos antes pelo contrário, com osentimento de um dever cumprido.

Finalmente porque as populaçõesentendem e os combatentes concor-dam que os feitos então praticados eos que então deram a vida merecemque seja deixado para os vindouros,um sinal, uma marca perene dessesfeitos e suas circunstâncias.

Somos a geração da 2.ª Grande Guer-ra, da Guerra Fria, das Guerras deÁfrica e do 25 de Abril. Somos a Gera-ção da 2.ª metade do séc. XX quemarcou o fim do Império de que aGuerra do Ultramar foi o episódio finalduma grande epopeia ultramarina."

Em 07 de Setembro na cidadede Faro, no dia em que se come-morava o Dia da Cidade, umaaspiração antiga dos combaten-tes locais teve lugar.

A inauguração de um monu-mento aos combatentes, numarotunda do centro, junto à actualescola Hoteleira e antigo Regi-mento de Infantaria de Faro. Oevento iniciou-se com missa desufrágio pelos combatentes fale-cidos celebrado pelo Senhor Pa-dre Chantre, que fez uma sentidae profunda homilía em presençade muitos fiéis que nessa Segun-da-feira encheram a igreja. Se-guiu-se a inauguração do monu-mento.

O General Chito Rodrigues, Pre-sidente da Liga dos Combatentesfoi recebido por uma guarda dehonra conjunta após o que o Ma-jor Oliveira, Presidente do Núcleode Faro coordenou e dirigiu a ce-rimónia. Deu a palavra ao CoronelCaniné, conhecido poeta, o qualdisse uma significativa quadradedicada ao Combatente:

"Tocam mil clarins nos céus,quando lá chega um soldado

E p´ro louvar vejo Deus, a seuspés, ajoelhado"

Faro Monumentoaos Combatentes

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No passado dia 26 de Setem-bro, o Núcleo do Entroncamen-

to/Vila Nova da Barquinha da Ligados Combatentes, levou a efeito umpasseio ao Buçaco e Caramulo.

Covilhã, Caldas da Rainha, Estremoz eOliveira de Azeméis. As escrituras dosterrenos oferecidos pelas respectivasCâmaras Municipais estão feitas e aspropostas e respectivos projectos emfase de concretização. Os fundos daLiga Solidária irão também para esses

projectos como complemento das can-didaturas ao Programa PARES.

Hoje também é dia de agradeci-mento à fidelidade dos nossos asso-ciados.

Ao sócio de Honra n.º 1 – CâmaraMunicipal de Abrantes e ao Sócio Bene-

mérito n.º 2 – Orfeão de Abrantes osnossos parabéns e a nossa gratidão porterem completado 75 anos de associa-dos.

Aos sócios que vão ser condecora-dos com as Medalhas Comemorativasdas Campanhas das Forças ArmadasPortuguesas manifestamos, desde já,o nosso apreço e estima. Servistes aPátria e hoje aqui estamos nós paravos prestar a merecida homenagemque vos é devida!

Aos sócios que já completaram 25anos no Núcleo de Abrantes, os nos-sos votos para que continuem a sernossos associados por muitos anos! Avossa permanência no Núcleo moti-va-nos no sentido de fazer melhor.

Antes de terminar, queremos agra-decer a presença de todos vós e, emparticular, o excelente apoio prestadopela Escola Prática de Cavalaria, adisponibilidade da Tagus Valley noconvívio de Junho e o contínuo apoioda Câmara Municipal de Abrantes,pela cedência das instalações da Sededo Núcleo."

Entroncamento Vila Nova da Barquinha

Com saída da Praia do Ribatejo epassagem pelo Entroncamento, fo-mos ao Buçaco onde visitámos oPalácio Hotel, a Mata e o MuseuMilitar, visita essa que serviu para

enriquecer os conhecimentos e re-lembrar os de outros. Após a visitaseguimos para o almoço.

O almoço decorreu no restau-rante em Tondela, onde pudemosconviver em ambiente de sã ca-maradagem, aproveitando paradegustar alguns pratos da belagastronomia da região regadoscom vinho da mesma zona.

O dia estava radioso o que per-mitiu após o almoço, uma visita aoMuseu de Arte e Automóvel noCaramulo.

Regressados a casa, ficamos coma sensação de um dia bem passa-do de confraternização entre to-dos e esperando já pelo próximopasseio. Deixamos uma palavra deagradecimento a todos quantosparticiparam, neste passeio.

O Núcleo de Abrantes comemorouo seu 85.º Aniversário no passado

dia 27 de Setembro.Do programa constou na parte da

manhã, a Assembleia Geral de Sóciosno Auditório da Sta. Casa da Miseri-córdia, uma missa celebrada junto aoTalhão dos Combatentes no cemitériode Abrantes (São João) e uma home-nagem aos mortos com deposição decoroa de flores e honras militaresprestadas por uma secção armada daEscola Prática de Cavalaria.

Depois deste momento solene, se-guiu-se uma homenagem aos Com-batentes junto ao Monumento, comum minuto de silêncio após a deposi-ção de flores, no Jardim da República,no Centro histórico da Cidade.

No início da tarde, houve um discur-so do Presidente do Núcleo, ao qualse seguiu a cerimónia de entrega deMedalhas segundo a ordem seguinte:

Ao sócio de Honra n.º 1 – CâmaraMunicipal de Abrantes e ao Sócio Be-nemérito n.º 2 – Orfeão de Abrantes amedalha dos 75 anos de associados.

A 4 sócios que participaram nasCampanhas das Forças Armadas Por-tuguesas as respectivas Medalhas Co-memorativas.

Aos 8 sócios que completaram nocorrente ano, 25 anos no Núcleo deAbrantes, a respectiva Medalha deMérito.

Abrantes aniversário do NúcleoQuando se dirigiu aos convidados,

disse o Presidente do Núcleo:"Decorreram 85 anos desde a fun-

dação da então sub-agência de Abran-tes, por isso hoje é dia de comemora-ção. Nesta festa, queremos perpétuaro dinamismo e a coragem que, naaltura, um "grupo" de militares tive-ram de constituir a então Liga dosCombatentes da Grande Guerra e res-pectivas primeiras delegações, nasquais se incluía a de Abrantes. Hoje, aLiga dos Combatentes está aberta atodos os militares das Forças Arma-das, combatentes ou não, e a todos oscivis que reúnam condições para nelase inscreverem, tendo a nível nacio-nal mais de 50.000 sócios.

O nosso Núcleo continua a crescerao ritmo médio de 1 novo sócio porsemana. Estamos muito perto dos1200 inscritos. Somos uma das maio-res associações do Concelho!

Mantemos o objectivo de ir maisalém na área dos protocolos, do aten-dimento e da dinamização de activi-dades para os sócios.

Temo-nos esforçado por resolver asinúmeras e mais díspares solicitaçõesque nos são colocadas no dia-a-dia.

Inscrevemo-nos em Maio como só-cio colectivo do Centro Social do Pes-soal da Câmara Municipal de Abran-tes, o que permite a cada um dosnossos associados com as quotas em

dia, utilizar esse Centro em todas assuas valências a preços mais vantajo-sos (nomeadamente o refeitório e obar). Temos neste momento, em fasede aprovação um protocolo com aAcústica Médica de Abrantes.

A DCLC tem em curso, há dois anos,um projecto denominado "Liga Soli-dária", amplamente divulgado na re-vista "O Combatente". Vamos conti-nuar a ajudar com o nosso donativo!Vamos ser solidários! Esse é tambémum dos objectivos da Liga!

O Núcleo de Abrantes já tem 13casos de PSTD sinalizados e acompa-nhados. Neste momento as instala-ções já se tornaram exíguas para oatendimento psico-social, nomeada-mente para a terapia de grupo e paraas consultas do Médico Fisiatra e daAssistente Social. Na semana passadafoi-nos permitido utilizar, a título gra-cioso, uma sala no Edifício do Coman-do dos Bombeiros de Abrantes.

As valências do Núcleo estão a au-mentar, precisamos de instalaçõesmaiores. Vamos procurar soluções emparceria com a Câmara e com outrasinstituições para atendermos melhoros nossos associados.

Importa aqui referir que no âmbito doprograma estruturante Liga Solidáriapara o biénio 2009-2011, mantém-sevivo o objectivo da DCLC de construirlares para os associados, em Vila de Rei,

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ONúcleo de Coimbra realizou atradicional cerimónia do Armistício,

91.º Aniversário, e o 86.º Aniversário daliga dos Combatentes. A cerimónia, apósconcentração no Núcleo iniciou-se comuma missa na Igreja da Graça na Rua daSofia, dita pelo capelão do Quartel-ge-neral e com a presença do Presidente daCâmara de Coimbra e do Presidente daDirecção Central da Liga dos Combaten-tes e o Coronel 2.º Comandante da Briga-da de Intervenção.

O Acto Litúrgico dos Militares FiéisDefuntos da região de Coimbra reali-zou-se com a coordenação do Núcleo,e a Brigada de Intervenção organizou econduziu as cerimónias. Na celebraçãoEucarística na Capela do Comando daBrigada participou o Coro e Fanfarra daBrigada de Intervenção.

Seguiu-se a cerimónia de evocação ehomenagem aos Fiéis Defuntos no Ta-lhão dos Combatentes do Núcleo noCemitério da Conchada.

A Guarda de Honra à cerimónia foi cons-tituída por um Pelotão, sendo o Ossário doTalhão ladeado por Flâmulas e pelo Guiãoda Liga. A cerimónia iniciou-se com acolocação de uma coroa de flores pelo

Dia de finados

"Celebrar a Paz, através da evocaçãodo Armistício de 1918, significa tambémreflectir sobre a guerra que o precedeu,recuperar uma memória colectiva – si-multaneamente heróica e trágica – inte-grando-a devidamente no tecido do Tem-po, com que se vai entretecendo a His-tória, no seu eterno ciclo de aniquila-mento e reconstrução que, em últimaanálise, está na base da sobrevivênciadas nações e dos estados.

Relembrar a guerra sob a óptica de umsentido de Paz não significa rasurar asmemórias dolorosas que tendencialmen-te traduzem a sua face mais visível naexperiência dos povos. Significará, antese acima de tudo, procurar interpretar osentido da História, compreendendo-a àluz de um conhecimento continuamente

renovado, retirando lições do Passadoque inspirem as acções do Presente eiluminem os trilhos Futuros do ser e daexistência nacional, em cooperação comos outros povos e países.

A evocação do Armistício, nos dias dehoje, justifica-se plenamente, no propósitode lembrar e enaltecer a participação por-tuguesa num conflito à escala mundial, oenorme esforço de guerra e a acçãoheróica do CEP – Corpo ExpedicionárioPortuguês – ao qual coube, na hora trági-ca, resistir sem limites, com o sacrifício demilhares dos nossos compatriotas."

Seguiu-se uma intervenção do Presi-dente da Direcção Central que numimproviso agradeceu a presença de to-dos, enalteceu o momento que se co-memorava e sublinhou a acção da Ligados Combatentes no passado, no pre-sente e os objectivos que deseja atingirno futuro.

Foi inaugurado recentemente o Mo-numento aos Combatentes do Ul-

tramar na cidade da Lixa, integradanas Comemorações do XIV Aniversárioda elevação da Lixa a Cidade.

O Núcleo de Penafiel colaborou coma Comissão Organizadora do Monu-mento aos Combatentes na Cidade daLixa, que integra todo o concelho deFelgueiras e três freguesias do conce-lho de Amarante (Figueiró Santiago;Figueiró Santa Cristina e Freixo deCima). A cerimónia de inauguraçãodecorreu com a presença de um pelo-tão de militares do Regimento de Ca-valaria n.º 6 e da Fanfarra do Regi-mento de Artilharia n.º 5, que apesardas condições adversas do tempo, de-notou uma grande abnegação e espí-rito de sacrifício dos seus elementos,que também patentearam uma capa-cidade técnico-profissional altamentequalificada, recebendo da parte detodos os oradores grandes elogios ecomo sendo merecedores da presta-ção de honras aos valorosos militaresque perderam a vida ao serviço daPátria, sendo a apresentação do guiãoda responsabilidade da Liga.

Foram várias as entidades presen-tes, a Presidente do Município de Fel-gueiras, Governador Civil do Porto,representante da Direcção Central daLiga dos Combatentes (Coronel Bel-chior, Presidente do Núcleo do Porto),Presidente da Assembleia do Municí-pio, Presidente do Núcleo de Penafiel,Vereadores, Presidentes de todas asJuntas de Freguesia e familiares dosmilitares homenageados.

Conforme a imprensa local (Jornalda Lixa), esta cerimónia retrata ummomento carregado de simbolismo,tendo o público aderido com umamultidão que não é habitual, dandoassim brado à gloriosa obra do Escul-tor Carlos Costa, que nos honrou como Emblema da Liga no Monumento.Obra que dignifica todos os Comba-tentes que partiram ao serviço daPátria, mas também a Comissão Or-ganizadora e todos que colaboraram

Penafiel Monumento e Núcleo na Lixa

e participaram para que este Monu-mento fosse uma realidade. Para-béns ao povo da Cidade da Lixa e doConcelho de Felgueiras pela valiosaobra com que agraciaram os milita-res que pereceram na Guerra do Ul-tramar.

Passou a estar iluminado durante a noite,desde 20 de Maio de 2009, o Monumento quehonra os mortos por Portugal oriundos da Re-gião de Setúbal, situado nesta cidade, na PraçaAlmirante Reis.

Este acontecimento é digno de ser assinala-do, por quanto resultou de uma atitude daCâmara Municipal de Setúbal, pois embora des-de 22 de Dezembro de 1930 tenha sido feitaentrega do Monumento ao Município de Setú-bal, através de "Auto de Inauguração" lavrado eassinado, e não obstante o carinho permanenteda autarquia pela simbólica obra, este alinda-mento nocturno só aconteceu durante a vigên-cia do actual Mandato Autárquico.

À Câmara Municipal de Setúbal o nosso eleva-do agradecimento.

Seguiu-se um almoço de convívio naQuinta da Torre onde nada faltou, atéuns fados animaram os presentes queforam brindados com o Fado das Trin-cheiras. Esta acção deu origem à criaçãode um novo Núcleo da Liga na cidade daLixa.

Setúbal Iluminação doMonumento ao Combatente

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um elevado número de sócios e fa-miliares de combatentes que ali "re-pousam". No final, essas famílias fo-ram individualmente cumprimenta-das pelo General Comandante e peloPresidente do Núcleo.

Major-General Comandante da Brigadade Intervenção, acompanhado pelo Pre-sidente do Núcleo, no Obelisco do Ta-lhão.

Após os toques de "Silêncio", Apresen-tar-Arma" e "Toque de homenagem aosmortos em defesa da Pátria" pela Fan-farra, o Capelão proferiu a seguinte"Prece":

"Recordemos os nossos Camaradasmortos, em especial todos aqueles quederramaram o seu sangue ao serviço daPátria.

…Descansem na Paz de Deus…Vivam na memória de todos nós"Estiveram presentes representações de

Unidades e Estabelecimentos Militares e

Festa sentida em CoimbraDe referir a actuação do coro da Brigada

durante o decorrer da Missa. As entidadesdirigiram-se depois a pé até junto doMonumento aos Combatentes da GrandeGuerra onde uma força prestou honrasmilitares ao general Presidente da Liga.

Muitas autoridades civis e militarespresentes de que destacamos o SenhorPresidente da Relação de Coimbra paraalém das já referidas. Uma Senhora Te-nente convidada pelo Presidente doNúcleo de Coimbra proferiu uma interes-sante intervenção na qual não só evocouo momento histórico que se estava cele-brando como transmitiu aos presentesos momentos mais significativos da his-tória da Liga.

Disse a tenente, a dada altura da suaextensa intervenção:

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Dando cumprimento a uma aspira-ção antiga, a Junta de Freguesia

de Cordinhã mandou erguer no largoprincipal desta localidade do concelhode Cantanhede um belo monumento dehomenagem aos Combatentes do Ultra-mar.

Após a Missa dominical, celebrada emintenção dos combatentes falecidos, asentidades convidadas, os combatentesnaturais da freguesia, uma representa-ção da Associação dos Veteranos doCentro, com sede em Cantanhede, e apopulação de Cordinhã reuniram-se noLargo do Terreiro para assistirem à ceri-mónia de inauguração do monumentoque fica a perpetuar a memória de todosos filhos da freguesia que lutaram naGuerra do Ultramar.

Depois da bênção do monumento peloPadre Samelo, o vereador da Cultura daCâmara Municipal de Cantanhede, Dr.Pedro Cardoso, leu um belo poema deum antigo combatente que emocionouos presentes. Seguiu-se o descerramen-to, pelo presidente da Câmara Municipalde Cantanhede, Professor João Moura,da inscrição gravada num bloco de pe-dra, simbolicamente encimado por um"quico", e o hastear simultâneo das ban-deiras de Portugal, do Município e daFreguesia.

dos nas matas africanas, recorrendoao diário de um soldado. Evocou aindatodos os filhos da Cordinhã que com-bateram noutras guerras em todas asépocas e aos quais também este mo-numento é dedicado. A esposa de umcombatente quis também dar o seutestemunho lendo uma carta do seumarido em forma de verso e a respostaque lhe enviou também em verso,papéis que ainda guarda ciosamenteno baú das suas memórias. Na suaintervenção o presidente da Junta deFreguesia, Enfermeiro Adérito Macha-do, afirmou sentir uma honra enormeter conseguido concretizar este pro-jecto já antigo de prestar uma home-nagem mais que justa a todos quantospartiram desta Freguesia para os terri-tórios ultramarinos no cumprimento doserviço militar e lá souberam honrar asua terra e a sua Pátria nas frentes decombate. Por fim usou da palavra oProfessor João Moura que lembrou queo monumento agora inaugurado é oreconhecimento público dos sacrifíciose do dever cumprido por todos os filhosde Cordinhã que lutaram na Guerra do

Ultramar, adiantando que esse reco-nhecimento deve ser também traduzi-do por medidas do Estado que propor-cionem um apoio efectivo aos vetera-nos de guerra de forma a minimizar osproblemas da sua velhice e das defici-ências e traumas que trouxeram.

No final os combatentes presentestomaram a iniciativa de cantar o HinoNacional no que foram acompanhadospor todos os presentes.

Além das entidades e instituição járeferidas, marcaram também a sua pre-sença a vice-Presidente da Autarquia,Dr.ª Helena Teodósio, o vereador dodesporto, Arq. António Pinheiro, e umrepresentante do Núcleo de Coimbra daLiga dos Combatentes.

O corpo principal deste monumento éconstituído por um bloco de pedra deAnçã com dois metros de altura onde érecortada a silhueta de um militar emposição de combate. Ao lado está umcubo de pedra com a inscrição "Home-nagem aos combatentes do Ultramar"e encimado por uma escultura do bonécamuflado usado na Guerra Colonial,vulgarmente conhecido por "quico".

Combatentes de Cordinhã homenageados

O Major Serafim Marques Ribeiro, Vogal(ex-Presidente) da Liga dos Combatentes,Núcleo de Leiria, faleceu vítima de cancro, nodia 24/09/2009. A Liga dos Combatentes e oMundo perderam um grande militar e umgrande homem.

O Major Serafim Ribeiro era licenciado emPsicologia e Mestre em Recursos Humanos.

Dedicou os últimos seis anos à Liga dosCombatentes, cinco como Presidente, sendosubstituído este ano pelo TCOR Ley Garcia,mantendo-se a dar os seus contributos à

Liga, como Vogal, enquanto a doença o permitiu.No dia 25 de Setembro foi acompanhado na sua última "cerimónia" por

centenas de pessoas, sendo o seu corpo coberto pela Bandeira Nacional,(sobre a urna) e acompanhado pelos Guiões dos Núcleos de Leiria,Batalha, Marinha Grande e Rio Maior, estando ainda presente, a DirecçãoCentral e outros Núcleos.

Foram-lhe prestadas Honras Militares de 3 salvas de tiro G3 por umasecção de militares do RAL 4.

Durante as comemorações do Armistício e da Liga dos Combatentes emLisboa, em 14 de Novembro de 2009, foi condecorado, a título póstumo,com a Medalha de Mérito da Liga. Recebeu-a a sua esposa, a Dr.ª ManuelaRibeiro.

Que descanse em paz!

actual Núcleos actual Núcleos

Faleceuo Major Serafim Ribeiro

ALiga dos Combatentes, Núcleo deLeiria, com a colaboração das en-

tidades militares, civis e das Forças desegurança, comemorou o 91.º ani-versário da assinatura do armistícioque pôs termo à 1.ª Grande Guerra.Do programa comemorativo constouhomenagem aos militares falecidosna 1.º Grande Guerra com deposiçãode coroas de flores junto ao monu-mento e honras militares por umpelotão e fanfarra do Regimento deArtilharia n.º 4.

Comemoraçãodo 11 Novembro em Leiria

A cerimónia foi presidida pelo Pre-sidente da Câmara Raul de Castro.

No final da cerimónia ficou combi-nado o envolvimento das diversasentidades no sentido de, no próximoano, se desenvolverem várias activi-dades que dêem um significado maisrelevante ao Armistício.

Foram ainda prestadas homenagensde honra aos mortos junto aos Monu-mentos dos Combatentes de MonteRedondo e da N.ª Sr.ª do Monte, aquicom um Terno de Clarins do RAL 4.

Das intervenções que se seguiram,destaque para o Dr. Júlio Diniz, o pri-meiro filho da terra a ser mobilizadopara Angola, logo no início da guerra,e que evocou momentos difíceis vivi-

ONúcleo realizou em Oeiras e Cas-cais, cerimónias, comemorativas

do Armistício, que constaram de umaalocução pelo Presidente do Núcleo,deposição de coroas de flores e pres-tação de honras militares por umaforça com fanfarra do RAAA1.

Em ambas as cerimónias estevepresente o Secretário-Geral da Liga,Cor. Travassos Fernandes em repre-sentação do Presidente do D.C., Gen.Chito Rodrigues.

Em Oeiras a cerimónia realizou-sejunto do monumento aos Combaten-

Oeiras/Cascais

tes da G.G. (14-18), no Jardim DoutorPinto Coelho. Estiveram presentes, oPresidente da Câmara, Oficiais Gene-rais onde se destacam o Gen. Brocha-do Miranda e Gen. Espírito Santo, osTenentes Generais Francisco Couto e

de Arcos. Delegações das Associa-ções; de Comandos, Grupos Especiais,e Grupos Especiais Pára-quedistas edos Combatentes do Ultramar, sóciosda Liga e público em geral.

Em Cascais a cerimónia realizou-se,junto do monumento aos Combatentesda G.G. (14-18), no Jardim Visconde daLuz. Destaca-se a presença do Vice-Pre-sidente da Câmara em representação doPresidente, do TGen. Monteiro Pereira,C/Alm. Leiria Pinto, dos Presidentes dasJ.F. de Cascais, Estoril e Alcabideche, derepresentações das Associações: Coman-dos, dos Grupos Especiais e Grupos Espe-ciais Pára-quedistas e dos Combatentesdo Ultramar. Representação da PSP, só-cios e público em geral.

Gabriel Teixeira e o MGen. FranciscoCorreia do Comando Operacional.

Representações; do Joint CommandLisbon (NATO), da Direcção de Faróisdo I.S.N., da EMEL, da PSP, dos B.V.O.,Presidentes da J.F. de Oeiras e de Paço

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ONúcleo de Braga realizou no pas-sado dia onze, as cerimónias em

título, com o seguinte programa:

10H00 – Hastear das Bandeiras Na-cional e da Liga, na fachada do prédiodo Núcleo;

10H30 – Missa na basílica dos Con-gregados, em sufrágio dos comba-tentes falecidos em combate;

11H15 – Concentração das autorida-des civis e militares, junto do monu-mento aos Combatentes da GrandeGuerra, à Av. Central;

11H30 – Alocução alusiva à efemé-ride proferida pelo TenCor João Men-donça – Secretário da Direcção doNúcleo;

- Deposição de coroas de flores nabase do Monumento e Honras Militares.

A Direcção do Núcleo regozija-se aoconstatar que, uma vez mais, estascerimónias se revestiram da maior

Braga

dignidade e brilhantismo, merecendorealce a presença do Regimento deCavalaria n.º 6, credor do maior agra-decimento por parte desta Direcção.Estiveram presentes representantes

Acerimónia foi presidida pelo Co-mandante do Comando da Instru-

ção e Doutrina do Exército, as honrasforam prestadas por uma força do CIDe os toques foram executados pelaBanda Militar de Évora.

Segundo o jornal "Diário do Sul",junto ao Monumento dos Mortos daGrande Guerra, o núcleo de Évora daLiga dos Combatentes prestou home-nagem aos portugueses mortos na-quele conflito. A cerimónia foi presidi-da pelo Major General Alfredo Peri-quito, Director de Formação do Co-mando de Instrução e Doutrina, queestava acompanhado por diversos

Évora

oficiais, e ainda Teresa Tadeu, emrepresentação da Governadora Civil;José Ernesto de Oliveira, Presidentedo Município de Évora e outras perso-nalidades.

O acto teve início com algumaspalavras proferidas pelo TenCor JoséHenriques Neto Pires que em deter-minada altura afirmou "os povos rara-mente são inimigos entre si, sendo osconflitos resultado da incapacidade,da ganância (e ou) dos interesses dos

A cerimónia do 90.ºaniversário, foi assinalada,junto ao monumento dosCombatentes da Grande

Guerra. A efeméride, contoucom a presença do Vice-

Presidente da CâmaraMunicipal da Guarda e alguns

sócios do Núcleo. Foramproferidas breves palavras

alusivas ao acto. A cerimóniafoi simples, mas de um grandesignificado e dignidade e para

comemorar esta data, oPresidente do Núcleo,

convidou o Vice-Presidente acolocar uma coroa de floresjunto ao monumento que sesitua no jardim desta cidade.

Guarda

Contrato com aInforma-se os nossos associados, que continua em em vigor, o novo

contrato de fornecimento de combustíveis com a GALP.Trata-se da aquisição de vantagens significativas para os subscritores

deste contrato, pelo que os interessados devem inscrever-se junto dosseus Núcleos.

actual Núcleos actual Núcleos

políticos e do poder, proclamado comoadversários de hoje, a abater os queontem e provavelmente amanhã vol-tarão a ser seus amigos e aliados".

Seguiu-se a deposição de coroas deflores na base do monumento, após oque o TenCor Capelão, Padre Carlosresponsável pelos SAR (Serviços deAssistência Religiosa) pronunciou umacurta oração por alma dos militaresportugueses falecidos no decorrer daguerra de 1914/1918.

No dia 12 do corrente pelas10H30 comemorou-se o Dia

do Armistício com umahomenagem aos mortos junto

ao monumento dosCombatentes da Grande

Guerra.

Numa iniciativa do Núcleo, e com aparticipação das Associações lo-

cais de Comandos e de Pára-quedis-tas, para comemorar o 91.º Aniversá-rio da assinatura do Armistício de1918, tiveram lugar no passado dia 07de Novembro, solenidades de cunhopatriótico em homenagem à memo-ria de todos os portugueses que de-

Viana do Castelofenderam a Pátria nas fileiras dasForças Armadas.

Procedeu-se à deposição de corasde flores junto do Monumento aosCombatentes, pelo Governo Civil, Co-mando local da PSP e pelo Núcleo,tendo em seguida o TenCor DimasVaz, Presidente da Associação localde Comandos, a nosso convite prévio,

proferido notável alocução. Para alémde um representante do Governo Ci-vil, contamos com a presença do re-cém-eleito Presidente da Câmara, doComandante do Porto de Viana doCastelo, do representante do Co-mando da PSP local, outras entida-des, ex-combatentes, povo anóni-mo, e de uma força militar a nível desecção e clarim, que pelo seu garboe aprumo muito contribuiu para obrilhantismo e dignificação das ceri-mónias levadas a efeito.

Seguiu-se, uma missa na Igreja deS. Domingos, da cidade, sufragando amemória de todos os combatentes jáfalecidos, na qual participou a forçamilitar acima referenciada.

A finalizar teve lugar um jantar deconfraternização, num conhecido res-taurante da cidade, que contou comcerca de meia centena de convivas.

das Câmaras Municipais de Braga, Fa-malicão, Cabeceiras de Basto e Vizela,o Chefe do CRB e um representante daPSP, para além de um elevado númerode sócios e público anónimo.

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Numa organização do Núcleode Loulé da Liga dos Combaten-tes, Câmara Municipal de Loulé,Junta de Freguesia de São Cle-mente e Junta de Freguesia deSão Sebastião, comemorou-se naCidade de Loulé, o 91.º Aniversá-rio do Armistício, em frente à Câ-mara Municipal.

O Chefe do Centro de Recruta-mento de Faro e 4 ex-combaten-tes, depuseram coroas de flores,em homenagem aos combatentesdo Concelho de Loulé que sacrifi-caram as suas vidas no cumpri-mento do dever, na I Grande Guer-ra. O Clarim do Corpo de Bombei-ros da Câmara Municipal de Loulé,Joaquim Nunes, executou o toquede silêncio, toque de homenagemaos mortos ao serviço da Pátria etoque de alvorada. O dia terminouno Centro Paroquial e Social deLoulé, com um almoço-convívio.Estiveram presentes nas comemo-rações do 91.º Aniversário do Ar-mistício, o Presidente e Vice-Presi-dente da Câmara Municipal de Lou-lé, respectivamente Dr. Seruca

LouléONúcleo organizou uma cerimónia comemorativa do 91.º Aniversário

do Armistício da I Grande Guerra, prestando homenagem à memóriados Combatentes que pereceram naquele conflito mundial, assim como atodos aqueles que, posteriormente, deram a vida pela Pátria.

Esta cerimónia teve lugar junto ao Monumento aos Mortos da I GrandeGuerra, nesta cidade, com deposição de flores e um minuto de silêncio.

Marinha Grande

ONúcleo da Liga dos Combatentes de Oliveirade Azeméis comemorou o aniversário da

assinatura do Armistício que pôs fim à PrimeiraGrande Guerra Mundial.

Presentes na cerimónia, que decorreu juntoao Monumento dos Combatentes, para além detodos os membros da Direcção, o Presidente daCâmara, o Comandante da GNR de Oliveira deAzeméis e o Presidente honorário do Núcleo Dr.Vieira Dias.

Uma cerimónia simples mas com a dignidadeda efeméride. Depois de o Presidente da Câma-ra, Hermínio Loureiro e o presidente da DirecçãoEng. Alfredo Pina terem colocado no Monumen-to uma coroa de flores, foi cantado o HinoNacional enquanto o estandarte do Núcleo e aBandeira Nacional esvoaçavam ao vento.

ONúcleo de Ponta Delgada da Liga dos Comba-tentes, contando com a participação activa e

estreita das Forças Armadas, levou a cabo aCerimónia Comemorativa do Dia do Armistício, a11 de Novembro, em memória dos portuguesesque, em momentos difíceis, souberam defendere honrar a Pátria. Tudo começou junto ao Monu-mento de Homenagem aos Combatentes da Guer-ra de 1914/1918, situado na muralha Norte doForte de S. Brás, com deposição de coroas de floresjunto àquele Monumento, após as alocuções doPresidente da Direcção deste Núcleo e do Coman-dante Operacional dos Açores, Vice-AlmiranteJoão da Cruz de Carvalho Abreu.

Ponta Delgada

Decorreu na Praça 5 de Outubro, junto ao monumento do Combatente, acomemoração do 91.º Aniversário do Armistício. Estiveram presentes as

seguintes entidades: Representante do Município de Torres Novas; Presidentesdas Juntas de Freguesia do concelho; Representante do CMDT da Esquadra daPolícia de Segurança Pública; Representante do Director da Escola Prática dePolícia; Comandante do Posto da Guarda Nacional Republicana torrejano;Comandante dos Bombeiros Voluntários, Sócios, Ex-Combatentes, Familiares ePopulares deste Concelho.

Foram colocadas flores no Monumento em homenagem a todos os comba-tentes que tombaram pela Pátria, pelas entidades presentes.

Pelos mesmos, foram proferidas algumas palavras alusivas à efeméride.

Torres Novas

actual Núcleos actual Núcleos

Emídio e Eng. José Graça, os Presi-dentes das Juntas de Freguesia deSão Clemente, Querença e Amei-xial, respectivamente Pedro Oli-veira (Presidente da Mesa da As-sembleia Geral do Núcleo de Lou-lé da Liga dos Combatentes) eManuel Viegas dos Santos (Presi-dente do Conselho Fiscal do Núcleode Loulé da Liga dos Combatentes)e Abílio Sousa, Secretário da Juntade Freguesia de Almancil, JoaquimPinto, Capitão Santos, Comandantedo Destacamento da Guarda Naci-onal Republicana de Loulé, o Co-mandante do Regimento de Infan-taria n.º 1, de Tavira, Coronel Mou-ra Pinto, o Sargento-Mor Duarte,do mesmo Regimento, o 2.º TenAugusto Reboula, do Comando daZona Marítima do Sul, familiares eex-combatentes.

Oliveira de Azeméis

Numa organização do Núcleo de Loulé da Liga dos Combatentes,Câmara Municipal de Loulé e de todas as suas Juntas de Freguesia, oNúcleo comemorou o Dia de Finados, com a colocação de flores em todosos cemitérios do Concelho de Loulé.

Estiveram presentes muitas entidades oficiais e população em geral,que assistiram às cerimónias, que foram pontuadas pelo clarim daFanfarra dos Bombeiros, Joaquim Nunes que efectuou um excelentetrabalho em todos os cemitérios.

O dia terminou no cemitério de Tôr, com o grito da Liga dos Combaten-tes:

Liga dos Combatentes? Valores Permanentes!Liga dos Combatentes? Em todas as frentes!O nosso muito obrigado a todos, porque sem o seu apoio, não teria sido

tão significativo este nobre acto, de homenagem a todos os combatentesque morreram ao serviço da Pátria.

Cerimónias dignas

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As cerimónias decorreram em Viseu,nos locais habituais e com a presença

de alguns populares, associados da Ligae Entidades Militares, civis e Religiosas.

Foi celebrada uma missa na Igrejade Santo António, contígua ao Monu-mento dos Combatentes da I GrandeGuerra onde foi depositada uma coroade flores e prestadas Honras Militarespor uma força do RI 14.

Viseu

Comemorou-se em Chaves o 91.º ani-versário do fim da Grande Guerra.

Mais uma vez foi cumprida a tradição. Aforça militar do Regimento de Infantarian.º19 (RI19), prestou honras em frente aoMonumento de homenagem aos Mortosda Grande Guerra e do Talhão da Liga,onde foram depositadas em cada um doslocais, uma coroa de flores.

Nela estiveram presentes destacadasindividualidades do concelho e dezenasde sócios do Núcleo de Chaves, que teste-munharam e deram força a este evento.

No final todos os presentes reuniram-senas instalações do Teatro ExperimentalFlaviense (TEF), onde brindaram com umPorto de Honra.

Chaves

Foi mais uma vez comemorado porantecipação o aniversário da assina-

tura do Armistício, pelo Núcleo dePortalegre, junto ao monumento doscombatentes da Grande Guerra. Pre-sentes além da direcção do Núcleo, oGovernador Civil de Portalegre, repre-sentante da C.M. de Portalegre, presi-dentes das Juntas de freguesia, Srs.Comandantes da GNR, da PSP, Regi-mento de Cavalaria 3, dos Bombeiros,da Cruz Vermelha, e das Associaçõesda cidade e numeroso público. Foifeita uma breve alocução do Presi-

Portalegredente do Núcleo, onde recordou to-dos os que perderam a vida ou quesofreram e guardaram para sempreas marcas do seu sacrifício. Disse oresponsável pelo Núcleo que é umanecessidade histórica manter viva aparticipação de Portugal na GrandeGuerra. Mas mais que assinalar a data,estas comemorações, serviram parahomenagear todos os Combatentesque ao longo do tempo, se têm batidopela defesa de Portugal.

Seguindo a política de "Honrar osmortos e dignificar os vivos", o Núcleo

de Portalegre independentemente deapoios, procedeu recentemente à recu-peração dos Talhões de Tolosa e Mar-vão, onde se encontram inumados com-batentes da Grande Guerra. Ao fazê-loestamos a dar a dignidade e a trazer àlembrança todos os que sofreram asvicissitudes da guerra.

Foram prestadas cortesias militarespor uma força do Regimento de Cavala-ria de Estremoz, e seguidamente foramdepositadas coroas de flores na base domonumento em memória de todos osmilitares deste País já falecidos.

O Núcleo de Leiria da Liga dos Com-batentes, com o apoio de uma

comissão de combatentes residentese o Presidente da Junta de Freguesiade Maceira promoveram a inaugura-ção de um significativo monumento.A concepção e construção do monu-mento permitiu a inscrição de todosos nomes de cidadãos do lugar de A-do-Barbas, que serviram as ForçasArmadas na Primeira Grande Guerra ena Guerra do Ultramar.

Presentes o Presidente da Câmarade Leiria, o Governador Civil de Leiria,o Presidente da Junta de Freguesia deMaceira, o Comandante do Regimen-to de Artilharia Ligeira 4, entidadesmilitares, religiosas, civis e muita po-pulação.

As cerimónias iniciaram-se com umamissa em sufrágio dos combatentes mor-tos. Em seguida, numa praça do centroda vila foi descerrado o monumentoapós uma força do RAL4 ter prestadohonras militares. Foram colocadas duascoroas de flores e feitos os toques dehonra aos mortos e alvorada.

Tomou a palavra o Presidente daComissão de Residentes e Presidentedo Núcleo da Marinha Grande, Sr. Joséde Jesus Sousa, a que se seguiu umaintervenção do Presidente do núcleo deLeiria, Tenente-coronel Mário João LeyGarcia.

Encerrou as cerimónias o Presiden-te da Direcção Central da Liga dosCombatentes, Tenente-general ChitoRodrigues, que num improviso enal-teceu o evento que acabou de terlugar, a posição dos Combatentes nasociedade e o apoio que a populaçãolhes tributa.

A-do-Barbas

actual Núcleos

Atouguia da Baleia - Peniche

A Junta da Freguesia da Atouguia daBaleia em Peniche, promoveu umahomenagem pública à memória doscombatentes naturais da Freguesiacaídos em defesa da Pátria, à qualassistiu bastante público.

Realizou-se uma romagem ao ce-mitério local para, ao som do toquede "Silêncio", executado por um ele-mento da "Banda Filarmónica União1.º Dezembro", se prestar homena-gem aos combatentes ali sepulta-dos.

Seguidamente no jardim do Largodo Capitão, com honras militaresprestadas por uma secção coman-dada por um 1.º Sargento da Escolade Sargentos do Exército sedeadoem Caldas da Rainha, foram inaugu-radas uma estátua e duas lápides; aestátua representa um combatenteem uniforme de campanha, a lápideda esquerda é uma homenagem daJunta de Freguesia a todos comba-tentes das Guerras do Ultramar e ada direita aos combatentes naturais

da Freguesia caídos ao serviço daPátria nas mesmas Guerras do Ul-tramar.

Da responsabilidade dos Ministérios da Defesa Nacional e do Ambiente,foram entregues os prémios às unidades militares que mais se esforçarame implementaram procedimentos amigos do ambiente.

Em representação do Presidente da Direcção Central da Liga dos Comba-tentes, esteve presente o Secretário-geral Coronel Adalberto Fernandes.

Este ano, com a concorrência de unidades dos três ramos das ForçasArmadas, o prémio foi atribuído à Base Aérea n.º 4 sediada da Base dasLajes, na ilha Terceira - Açores.

As Forças Armadas e o ambiente

actual Núcleos

Monumento em FERREL

Foi inaugurado em Ferrel, um mo-numento de homenagem aos ex-combatentes da Guerra do Ultramar.A iniciativa partiu da junta de Fregue-sia de Ferrel e do Núcleo de Ex-combatentes do Ultramar do Conce-lho de Peniche.

Durante a inauguração do monu-mento usaram da palavra alguns ora-dores convidados, entre eles dois ex-combatentes, Joaquim Jorge e TadeuSimões que proferiram palavras emo-tivas e muito sentidas em nome detodos aqueles que sofreram e lutarampela Pátria em terras de Ultramar.

Por fim, usou da palavra, o Presi-dente de Ferrel, que dirigiu uma pa-lavra especial a todos os presentes,em particular à memória de um cida-dão falecido em combate na Guiné,Henrique Ferreira.

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Dia do Exército Centrais Centrais Dia do Exército

Omomento mais preponderante dascomemorações do Dia do Exérci-

to, em Braga, foi a passagem pelaAvenida da Liberdade de cerca de2000 homens, veículos e material deguerra e de assistência social, numademonstração de eficácia e moderni-dade que fez sair à rua milhares debracarenses e não só, que aplaudi-ram os nossos militares, sem rega-teio.

Já cá faltava

Esta jornada de propaganda do Exér-cito, que visava, além do mais, "sedu-zir" os jovens para a vida militar, ondehá um défice de cerca de 1200 ho-mens, excedeu as expectativas maisoptimistas dos organizadores, a pon-to de o Chefe do Estado-Maior doExército, general Pinto Ramalho, agra-decer com prazer, a maneira como osmilitares foram recebidos pela popu-lação bracarense.

Perante a demonstração de opera-cionalidade dos militares que estive-ram em manobras e desfilando, oChefe do Estado-Maior do Exército fezquestão de salientar que as tropasportuguesas são, legitimamente con-sideradas de grande qualidade pelosnossos parceiros da NATO, nos dife-rentes teatros onde operam e que onível de equipamento e dos recursoshumanos, dignificam o País.

Isso mesmo foi demonstrado ao longoda semana em que o Exército "invadiu" acidade e promoveu uma série de iniciati-vas, envolvendo as populações que acor-reram em grande número às exposições,colóquios e demonstrações da capacida-de e operacionalidade do Exército.

Em jeito de balanço, o governador civilde Braga, José Ferreira Lopes, considerouter sido uma honra para Braga participarneste Dia do Exército.

O povo saíu à ruapara ver a tropa passar

FOTOS: TEN. RICO SANTOS “JORNAL DO EXÉRCITO”

Que elas andam por aí, já sabíamos. São a sombra negra de qualquerjornalista, que ao longo da sua carreira, tem inevitavelmente encontromarcado com elas: as "gralhas".

Desta vez, pousaram cá em casa.Na edição 349 de "O Combatente", fomos traídos pelas novas tecnologias.É verdade, ao escrevermos os nomes das personalidades militares presentes

no dia da Infantaria em Mafra, esta "máquina infernal" foi à prateleira dahistória e debitou os nomes constantes no arquivo, mas do ano passado.

E como o seu a seu dono deve ser dado, aqui ficam as nossas desculpas ea devida rectificação:

Em Mafra, na verdade, a cerimónia do Dia da Infantaria, foi presidida peloChefe do Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho, acompa-nhado pelo Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército e Director Honorário daArma de Infantaria, Tenente-General Mário de Oliveira Cardoso, e peloComandante da EPI o Coronel Ormonde Mendes.

O estandarte da Ligaintegrou-se no bloco

de estandartes doExército

Desfilemotorizado

O GeneralCEMEdirige-separa oponto decontinencia

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destaquede

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Realizou-se, em simultâneo, o reco-nhecimento dos locais a serem in-

tervencionados em Missão próxima.Chegados a Portugal, começaram ospreparativos para a sua concretização.

Tendo entretanto tomado posse o actualvice-Presidente da Liga dos Combatentes,Major-General Fernando Aguda, foi-lhecometida a responsabilidade primária doPrograma Estruturante da Liga, "Conserva-ção das Memórias". Para cumprir essatarefa, foi definida, como do anterior, umaEquipa de Missão (EM) que inclui o Chefeda Missão e uma Equipa Técnica (ET), queiria concretizar a "Operação Sul da Guiné".

A 4.ª Missão teve início no passado dia15 de Novembro. A Equipa de Missão foiconstituída pelo Major-General FernandoAguda, o TCor Diogo e o TCor Correia,

acompanhados pelo técnico de geo-ra-dar, Hélder Hermosilha. Já na Repúblicada Guiné Bissau contámos com o indis-pensável apoio da Embaixada de Portu-gal na Guiné-Bissau, especialmente doAdido de Defesa, Coronel Nogueira , queteve a amabilidade de nos receber eapoiar desde a chegada, pelas 02h30,com o Sargento-Chefe Gonçalves daCooperação Técnica Militar (CTM), o Sar-gento-Mor Lopes e demais Militares, nãoesquecendo o já familiar "Papa", funcio-nário do CTM que presta apoio na recolhae transporte da bagagem.

Pernoitamos em Bissau, nas instala-ções da CTM, que, desde o início dasMissões da Liga, nos têm dado apoio.

Pela manhã, após reunião técnicapara coordenação, saída para Gabu. O

Cor Pára-quedista Danif, que tem cola-borado nas Missões anteriores, consti-tuiu-se como assessor do Chefe da Mis-são. Tinha já coordenado o aluguer deviaturas com condutor, tendo promovi-do e acompanhado alguns contactosentre o Chefe de Missão e Altas Entida-des em Bissau, sobre assuntos relacio-nados com os Combatentes.

Acompanharam também o decorrerda "Operação Sul da Guiné", dois repre-sentantes do Instituto de Defesa Nacio-nal, da República da Guiné-Bissau (IDN//RGB) com o qual foi celebrado umProtocolo, que só assim permitiu estetipo de intervenção, o José Carlos e oRoberto, que, devidamente credencia-dos para o efeito, vieram a ser muitoimportantes nos contactos com as au-

toridades locais, em todos os locais deintervenção. Foi realizada a identifica-ção de um local de inumação de algu-mas das vítimas de CheChe, com apoiodo geo-radar, local que será objecto deintervenção numa próxima Missão.

E não houve descanso. As distâncias,não sendo grandes, são muito demoradasa percorrer, devido ao terreno, em quemuitos quilómetros são em "picada" sótransitável com viatura todo-o-terreno.

A partir de Bissau realizou-se a exu-mação de um Combatente, na Ilha dasGalinhas.

A partir do Saltinho, uma antiga Uni-dade Militar, junto à ponte sobre o rioCorubal, como "Base Avançada", reali-zaram-se as deslocações a Quebo, Ca-cine, Catió, Bedanda, Fulacunda e Bola-

ma, para a abertura das Campas epreparação do trabalho científico a rea-lizar, neste caso por três AntropólogasForenses, a Prof.ª Dr.ª Eugénia Cunha, aMestre Teresa Ferreira e a Mestre SóniaCodinha, incansáveis e já conhecedorasdestas paragens, que se juntaram à EM,em 21 de Novembro.

De novo, a partir de Saltinho foramintervencionados os locais referidos,agora para a realização das exumaçõese posterior encerramento das campas.

Do trabalho técnico, constatou-se queo estado de conservação dos restosmortais variava consoante o local deinumação, e nalguns sítios, a acidez doterreno, terá feito desaparecer umaparte dos ossos. Os locais, com diferen-tes características, obrigam a uma aná-

lise cuidada e, nalguns casos, a identi-ficação terá de ser procurada através daidentificação comparativa.

Em 27 de Novembro, já em Bissau,decorreu na Capela da LC, a cerimóniade deposição em Ossário, de mais 10Urnas, com a bênção das novas ima-gens religiosas aí colocadas e a presen-ça dos Militares Portugueses, em Mis-são na Guiné-Bissau, bem como deAutoridades Locais. Estiveram presen-tes Órgãos de Comunicação Social querealizaram a cobertura da mesma, bemcomo entrevista ao Chefe da Missão e àChefe da Equipa Técnica.

E em 28 de Novembro, regresso aPortugal, com mais uma" Missão Cum-prida", estando já em preparação apróxima, no 1.º Trimestre de 2010.

FERNANDO AGUDA

MAJOR - GENERAL

Terminou a 4.ª Missão no fim de Novembro no sul da Guiné,com a exumação de 10 Combatentes, cujos restos mortais

repousam agora num ossário na Capela da Liga dosCombatentes (LC) no Cemitério de Bissau, junto às campas de

outros 284 aí inumados.

Voltámos à Guiné

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PROFESSORA DOUTORA

EUGÉNIA CUNHA

Cerimónia na capela de Bissau que a Liga recuperou Equipa que cumpriu esta missãoDetecção de ossadas

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actual CEAMPS

Centro de Estudos e Apoio Médico, Psicológico e Social

Foi desenvolvido um projecto quepretende concretizar-se durante o

triénio 2009/2012 e significará a revi-talização e rejuvenescimento da Ligados Combatentes na forma como apoia,nas diversas vertentes, os seus mem-bros em especial os mais carenciados.

O projecto Nacional integrado da Ligados Combatentes "Cuidados de Saúde"foi dinamizado a partir dessa data peloCentro de Estudos e Apoio Médico Psico-lógico e Social e desenvolve-se em 3vertentes complementares: O Centro deEstudos e Projectos de Investigação(CEPI), os Centros de Apoio Médico, Psi-cológico e Social (CAMPS) e o Centro deApoio à Inclusão Social (CAIS).

Ao nível do Centro de Estudos e Projec-tos de Investigação foram efectuadosprotocolos com Instituições de EnsinoSuperior, encontrando-se em fase deelaboração outros protocolos, nomea-damente com a Universidade de Coim-bra e com a Universidade do Minho.

Foi lançado em Setembro do ano pas-sado um estudo preliminar destinado àcaracterização sócio-demográfica da po-pulação-alvo e a avaliar a situação psi-

No dia 16 de Outubro de 2008comemoraram-se os 85 anossobre a data de assinatura da

acta n.º 1 da Liga dosCombatentes, em conjunto como 90.º aniversário do armistício

e do bicentenário da TorreEspada. Nesse mesmo dia foi

apresentado o PlanoEstruturante no âmbito do apoio

médico, psicológico e dainclusão social.

cossocial e a presença ou ausência deStress Pós-Traumático nos Antigos Com-batentes do Ultramar e nos Militares quetenham participado em Missões de PazInternacionais.

Os resultados deste estudo explorató-rio foram apresentados em 27 de No-vembro de 2009 na sede da Liga dosCombatentes na reunião anual dos Nú-cleos da região de Lisboa.

Os dados foram recolhidos de Setem-bro de 2008 a Julho de 2009. De umaamostra de 750 combatentes (1,3% doscerca de 60 mil associados da LC), e apóstratamento estatístico, os principais re-sultados sugerem que os combatentestem uma média de idade de 64,49 anos,que a maior parte dos combatentespertenciam ao Exército (90,3%), a suaárea de residência é distribuída a Norte(20,1%), Centro (31,9%) e Lisboa e Valedo Tejo (30,4%), tem um nível de esco-laridade primário, a maior parte sãocasados (84,2%) e vivem com a esposa.Actualmente 46,9% encontram-se nasituação de aposentados e mais de me-tade não recorrem a Serviços de SaúdeMental Públicos. Grande parte dos com-batentes (78,9%) mantém ligação comoutros camaradas, sobretudo através dosconvívios e encontros anuais. Sentemorgulho em terem servido Portugal(96,5%). Da amostra foi possível verifi-car que 77,3% são combatentes da Guer-ra do Ultramar e 22,7% prisioneiros deguerra da Índia.

Em relação aos indicadores de stresspós-traumático na amostra recolhida,cerca de metade indicou ter estado empresença de situações traumáticas taiscomo: emboscadas e operações de ata-que, ver colegas de armas mutilados,assistir a enterros de camaradas semqualquer dignidade, corpos que ficaramabandonados pela Nação, feridos gravese morte de camaradas, camaradas quemorreram sem que pudesse fazer nada,rebentamentos e tiros, medo constante

de ser abatido ou feito prisioneiro, sede,fome, medo, incerteza, afastamento dafamília, entre outras situações. Em rela-ção à sintomatologia associada ao stresspós-traumático os sintomas mais refe-renciados relacionam-se com: após essaexperiência notaram dificuldades emadormecer ou manter o sono e torna-ram-se mais nervosos ou mais facilmen-te assustados por barulhos ou movimen-tos (maior reactividade a barulhos). Al-guns destes combatentes referem queos sintomas identificados encontram-sepresentes actualmente e que em con-sequência estes sintomas levaram-nosa consultar o médico de família, o psi-quiatra ou outro profissional de saúde.Acrescentam ainda que estes sintomas

levaram-nos a tomar medicamentospor mais do que uma vez.

A 2.ª fase deste estudo "Stress pós--traumático e vulnerabilidades em com-batentes" já se iniciou através da linhade Investigação do Centro de Investiga-ção da UAL – "Vulnerabilidade Psicosso-cial e Contextos Instáveis", Departamen-to de Psicologia e Sociologia, em colabo-ração com o CEPI.

O CEAMPS tem sido solicitado ao longodeste ano para colaborar em estudos einvestigação com combatentes. Atravésde 2 investigadores do CEPI, estamos aapoiar doutoramentos e mestrados emparceria com várias Universidades deEnsino Superior cuja amostra é a popula-ção combatente.

É necessário estudar, investigar paraque a intervenção seja a mais adequada.

Ao nível do apoio médico, psicológicoe social, foram implementados 5 CAMPS:no Núcleo de Loulé para o Sul e Algarve;em Lisboa para a região de Lisboa e Valedo Tejo, no Núcleo do Porto para a regiãoNorte, em Coimbra para a região Centroe em Chaves para o Norte Interior.

Todos os CAMPS são constituídos porequipas multidisciplinares: clínica geral,psiquiatria, psicologia clínica, serviçosocial e enfermagem. Actualmente co-laboram com o CEAMPS cerca de 30técnicos de várias especialidades. Ini-ciamos com cerca de 30 casos sinaliza-dos em 2008, até ao final deste anoprevê-se atingir os 1000 casos sinali-

zados, estando efectivamente a seracompanhados mais de 600 combaten-tes e famílias. Efectuámos cerca de 1400consultas e atendimentos individuais ena região de Lisboa acompanhámos cer-ca de 90 pacientes entre combatentes emulheres, em terapia de grupo, numtotal de 3 grupos psicoterapêuticos e 7em grupos de auto-ajuda.

Ao nível do apoio à inclusão social,das 140 famílias carenciadas a seremapoiadas em 2008 passamos a apoiar200 famílias com os mesmos recursosfinanceiros. Encontramos outras res-postas, em parceria com Instituiçõeslocais. Criámos em Janeiro de 2009 opré-diagnóstico de avaliação social detodos os combatentes e famílias queestamos a apoiar. Existem cerca de 40novos casos em 2009 que estão a serapoiados sem o recurso a apoios finan-ceiros. Efectuamos em média 50 apoi-os domiciliários mensais com equipasde apoio psicossocial ao domicílio (30em Lisboa e 20 no Algarve) através deum modelo integrado de inclusão soci-al, funcionando em rede com os Nú-cleos e parcerias locais.

Através das equipas de voluntariadoacompanhamos cerca de 50 combaten-tes na situação de sem-abrigo (32 naregião de Lisboa e os restantes no Al-garve e por outras regiões do país,sinalizados e apoiados pelos Núcleos).Fazemos parte da estratégia nacionalpara a integração de pessoas sem-abrigo 2009-2015 – prevenção, inter-venção e acompanhamento.

Começamos a dinamizar o voluntari-ado em Lisboa, com a criação de equi-pas de rua e trabalho no terreno, senti-mos necessidade de chegar ao Norte,Centro e Sul. Sentimos a necessidadede estar mais estruturados e melhorar anossa forma de actuação, criando abolsa de voluntariado da Liga dos Com-batentes onde já aderiram 15 voluntá-rios provenientes de várias áreas dosaber, alguns já com experiência devoluntariado noutras Instituições. Foicriado o Regulamento de Voluntariadoda Liga dos Combatentes e a Bolsa devoluntários em Lisboa. Estamos a darformação nesta área e a criar capacida-des mais abrangentes de resposta.

CEAMPS actual

ANTÓNIO CORREIA

MAJOR / PSICÓLOGO CLÍNICO

Um projecto que se vai construindo,...1 ano depois

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Estamos a apostar na formação e es-pecialização dos técnicos que colaboramcom o CEAMPS, contando com a parceriado Departamento de Psicologia e Soci-ologia da UAL. Organizámos o 1.º en-contro nacional de técnicos do CEAMPS,onde durante 4 dias de formação inten-siva foi possível juntar 22 dos 30 técni-cos que colaboram com este projecto.Foi criada a possibilidade de abordarlinhas de orientação comum aos diver-sos CAMPS.

A fazer o balanço de 1 ano de iníciodeste projecto "Cuidados de Saúde", re-cordaríamos que 30 anos depois da De-claração de Alma Acta sobre Cuidados deSaúde primários ter sido adoptada, osprincípios chave permanecem alicercesfundamentais para a melhoria da saúdedas pessoas. Neste âmbito continua ac-tual a perspectiva da Organização Mun-dial de Saúde (OMS): a saúde é umestado de bem-estar físico, mental esocial completo e não meramente aausência de doença ou incapacidade.Reiterando o Relatório Mundial de Saúdede 2008 da OMS argumenta-se que umarenovação e um reforço dos cuidadosprimários de saúde é agora mais impor-tante do que nunca. Por outro lado ogrande desafio do espaço Europeu é:"Não há saúde sem Saúde Mental".

Os estudos epidemiológicos mais re-centes demonstram que os problemasde saúde mental se tornaram a principalcausa de incapacidade e uma das princi-pais causas de morbilidade, nas socieda-des actuais. A carga de perturbaçõesmentais tais como a depressão, depen-dência do álcool e esquizofrenia foiseriamente subestimada no passado,devido ao facto de as abordagens tradi-cionais apenas considerarem os índicesde mortalidade, ignorando o número deanos vividos com incapacidade provoca-da pela doença. Das 10 principais causasde incapacidade, 5 são perturbaçõespsiquiátricas e 1 em cada 4 pessoassofrem actualmente de perturbaçõesmentais. Para além das pessoas queapresentam uma perturbação diagnosti-cável, muitas têm problemas de saúdemental que podem ser considerados"subliminares", ou seja, não preenchemos critérios de diagnóstico para perturba-

ção psiquiátrica mas estão também emsofrimento, devendo beneficiar de inter-venções.

Também o plano de saúde mental2007-2016 coloca relevância no traba-lho de equipas multidisciplinares e anecessidade de ir ao encontro das pes-soas, a sua casa, num serviço de respos-tas de proximidade.

Em 2010, e numa 2.ª fase de imple-mentação do projecto pretendemos che-gar aos cerca de 36.000 combatentesque participaram e participam nas Ope-rações de Apoio à Paz, desde 1992.Depois de deixarem as fileiras ficam semrede de apoio e estes combatentes tam-bém se confrontaram com situaçõesdifíceis e experienciaram situações trau-máticas no Teatro de Operações: noKosovo, na Bósnia, no Iraque, em Timor,no Líbano ou no Afeganistão. Váriosestudos sugerem indicadores de queestes combatentes poderão vir a desen-

cadear um quadro clínico de StressPós-Traumático ou outras patologiasassociadas, necessitando também deapoio na área dos Cuidados de Saúde.

O objectivo primordial para 2010 éconsolidar as estruturas criadas em 2009e se possível chegar ao interior (CasteloBranco e Évora) potenciando respostasde proximidade. Estamos a criar umaequipa de avaliação e acompanhamen-to para, a partir de Janeiro de 2010,avaliar de uma forma sistemática a qua-lidade dos serviços prestados em cadaum dos CAMPS.

Pretendemos continuar a promover aadesão de novos colaboradores, quer naárea da investigação ou na intervenção,psicólogos, assistentes sociais, enfer-magem e de reabilitação psicossocial,por forma a criar novas equipas comu-nitárias de apoio psicossocial para tra-balharem no terreno no apoio às famí-lias carenciadas e em risco de exclusão

1.º Encontro Nacional de Técnicos dos CAMPS

CEAMPS actual

Realizou-se na Base da Força Aérea em Maceda - Ovar, o 1.º Encontro Nacionalde técnicos colaboradores da Liga dos Combatentes. Estiveram presentes colabo-radores dos CAMPS de Lisboa, Porto, Coimbra e Chaves, provenientes de váriasáreas do saber, especialmente das áreas da psicologia e apoio social. No últimodia estiveram presentes no encontro os Directores Clínicos de Lisboa e de Coimbra(Dr. Fernando David e Dr. Silva Santos), como forma de manifestarem o reconhe-cimento e apreço pelo trabalho que está a ser desenvolvido nos CAMPS.

Foram 4 dias intensivos de formação/aprendizagem contínua, das 09h às 23hde acordo com um plano de formação estruturado e previamente preparadopara o efeito. Ao abrigo do protocolo de colaboração com o Departamento dePsicologia e Sociologia da Universidade Autónoma de Lisboa, podemos contarcom a equipa de formadores chefiada pelo Prof. Doutor João Hipólito, quesouberam preparar e organizar esta formação para ir de encontro às necessida-des dos técnicos e dos combatentes e famílias com quem trabalhamos.

O objectivo do encontro foi proporcionar um clima de comunicação quepermitisse a cada elemento do grupo encontrar um espaço de liberdade pessoal,permitindo a partilha de experiências e vivências do seu dia-a-dia no trabalhorealizado nos CAMPS, tendo como objectivo final encontrar formas de actuaçãoconjunta segundo o modelo de Abordagem Centrada na Pessoa. No final doencontro os técnicos ficaram munidos com um conjunto de saberes técnicos etrocas experienciais bastante significativas, que os vão ajudar a desenvolver umtrabalho de qualidade no apoio técnico e humanização dos serviços prestados aoscombatentes e suas famílias. O encontro contou no dia da abertura, com a presençado Sr. General Presidente da Liga dos Combatentes, tendo participado no almoçoconjunto com o Comandante da Base Aérea, os formadores e os participantes.

Um agradecimento especial ao Comandante da Base Aérea, Tenente CoronelCristovão Mendes e ao seu staff pela forma como nos acolheu durante estesdias e nos proporcionou o apoio logístico adequado para que todos sesentissem em casa.

social e apoio aos combatentes na situ-ação de Sem-abrigo no âmbito da estra-tégia nacional.

Pretendemos no próximo ano chegaràs ilhas da Madeira e Açores (S. Miguele Terceira) potenciando as respostaslocais e continuar a dinamizar o envolvi-mento dos Núcleos e outras parceriaslocais que se vão estabelecendo e quesão fundamentais para conseguirmosdar uma melhor qualidade de vida aosnossos combatentes e famílias. Nunca édemais enfatizar a necessidade de umaboa coordenação e articulação com osvários actores locais.

O projecto "Cuidados de Saúde" não éum assunto relacionado estritamentecom o Stress Pós-Traumático ou proble-mas de saúde mental, nem tão-poucode "malucos ou loucos", mas de educa-ção, respeito, valores, sociabilidades,famílias, de emoções e de afectos, ouseja, de combatentes que lutam diaria-mente pelo seu reconhecimento e digni-ficação como pessoas na sociedade.

Sentimos que estamos a desenvolverum projecto integrado e a funcionar emrede com parcerias locais. Sentimos queestamos efectivamente a "cuidar" doscombatentes e suas famílias, promo-vendo a saúde, criando respostas quecontribuem para a prevenção, diagnós-tico e orientação para o tratamento –gerar ganhos efectivos em qualidade devida.

Temos a consciência que no 1.º anodeste projecto foram dados passosmuito importantes para o apoio médi-co-social aos combatentes e suas fa-mílias. Porém, não estamos totalmen-te satisfeitos, o presente e o futuroimediato exigem continuidade e mu-dança para manter o que está bem emudar o que pode ser melhorado. Oprojecto "Cuidados de Saúde" continuaa ser um grande desafio para todos.

Hoje, 1 ano depois, podemos afir-mar que afinal não é um sonho. Orgu-lhamo-nos de ter contribuído paraque um sonho antigo se tenha trans-formado em realidade.

"Quando se sonha sozinho é apenasum sonho. Quando sonhamos juntos é ocomeço da realidade."

Evolução dos casos clínicos

Distribuição dos casos pelos Centros de Apoio Médico

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eventos CEAMPS CEAMPS eventos

Realizou-se no dia 14 de No-vembro entre as 10h30 e as 12h00no mini-auditório do Forte do BomSucesso um encontro com o gru-po inicial da bolsa de voluntaria-do da Liga dos Combatentes. Par-ticiparam no encontro 12 volun-tários entre os quais 3 antigoscombatentes e 2 combatentesainda no serviço activo. Todos osvoluntários já efectuaram volun-tariado integrados em equipas derua com outras Instituições. Paraalém do Coordenador (Dr. Antó-nio Correia) e da gestora do vo-luntariado do CEAMPS (Dr.ª AnaMartins), participaram também noencontro técnicos dos CAMPS-2 -Sul e Algarve (Dr.ª Filomena), doCAMPS-3 - Norte (Dr. Miguel e Dr.Pedro), do CAMPS-4 - Centro (Dr.ªLara, Dr.ª Catarina e Dr.ª Rita) eCAMPS-1, Lisboa (Dr. FernandoDavid, Dr. Carlos Anunciação, Dr.ªMartina e Dr.ª Filipa).

O encontro insere-se numa ac-ção de informação do Projecto daLiga dos Combatentes e da cria-ção dos Núcleos de voluntariadode Lisboa, Loulé, Porto e Coimbra.O objectivo do CEAMPS é a cons-tituição de equipas de rua inte-gradas com técnicos para o apoioaos combatentes na situação desem-abrigo e outras acções a de-senvolver no terreno no apoio aoscombatentes e famílias carencia-das e em risco de exclusão social.

De acordo com o planeamento deactividades para 2009 do CEAMPS,realizou-se no dia 27 de Novembro,no salão nobre da sede em Lisboa, areunião de trabalho anual com todosos Núcleos da região de Lisboa. Parti-ciparam na sessão de trabalhos maisde 20 Núcleos, num total de 30 parti-cipantes.

Um dos objectivos da reunião de tra-balho foi efectuar o balanço do trabalhodesenvolvido um ano depois pelo Cen-tro de Apoio Médico, Psicológico eSocial (CAMPS) da área de Lisboa afuncionar a partir da sede da DirecçãoCentral, tendo sido dada particular rele-vância para o trabalho de parceria efec-tuado com os Núcleos no terreno.

De acordo com o planeamento de actividades para 2009 do Centro deEstudos e Apoio Médico, Psicológico e Social (CEAMPS), realizou-se no dia

31 de Outubro, no Centro Paroquial de Loulé, a reunião de trabalho anual comtodos os Núcleos da região Sul e Algarve: Beja, Faro, Lagoa/Portimão, Lagos,Loulé, Olhão, Reguengos de Monsaraz, Tavira, Vila Nova de Santo André e VilaReal de Santo António. A Direcção Central da Liga dos Combatentes, esteverepresentada pelo Sr. Coronel Lucas Hilário e pelo Dr. António Correia.

Um dos objectivos da reunião de trabalho foi efectuar o balanço do trabalhodesenvolvido um ano depois do Centro de Apoio Médico, Psicológico e Socialdo Sul e Algarve, a funcionar nas instalações da Sede Social do Núcleo de Louléda Liga dos Combatentes.

Foi enaltecido o trabalho de parceria com a Câmara Municipal de Loulé, asJuntas de Freguesia do Concelho, Bombeiros Voluntários de Portimão, Asso-ciação da Pessoa com Esclerose Múltipla do Barlavento e Sede Social doNúcleo de Lagos entre outras Instituições. Foi realçado o excelente trabalhoque as equipas de voluntários do Núcleo de Loulé, tem desenvolvido no terrenono apoio aos combatentes e famílias carenciadas.

Actualmente o Núcleo de Loulé conta com o apoio médico do Dr. ManuelParreira e da Psiquiatra Dr.ª Maria do Carmo, do apoio psicológico do Dr. AlbertoGuerreiro e Dr.ª Marília Viegas e o apoio social da Dr.ª Filomena Santos e daDivisão de Acção Social da Câmara Municipal de Loulé (Rede Social doMunicípio de Loulé), da Comissão Social da Freguesia de São Clemente, daFundação António Aleixo. Conta ainda com o apoio de dois voluntários deenfermagem.

Após importante trabalho desenvolvido pelo presidente do Núcleo de

Chaves e respectiva Direcção, em coor-denação com a Direcção Central e oCEAMPS no âmbito do Programa Estru-turante Cuidados de Saúde, foi inaugu-rado o 5.º Centro de Apoio Médico,Psicológico e Social (CAMPS).

A cerimónia teve o seu início comuma sessão solene, que para além de

Mais informações consultar o site da Liga em www.ligacombatentes.org.pt e procurar no espaço CEAMPS

Encontrode técnicose voluntáriosno Forte do BomSucesso

Reunião de trabalho dos Núcleos da região de Lisboa

Reunião de trabalho dos Núcleosda região do Sul e Algarve

Inauguração do CAMPS em Chaves foi em 18 de Outubro

muitos convidados, combatentes e fa-mílias estiveram presentes o Presiden-te da Direcção Central, General ChitoRodrigues e o Presidente da CâmaraMunicipal de Chaves, Dr. João Gonçal-ves Batista. A sessão iniciou-se comuma exposição feita pelo Presidente doNúcleo de Chaves da Liga dos Comba-tentes, Tenente Coronel Mário Pires daSilva, que apresentou a nova infraestru-

tura e sua finalidade, bem como ostécnicos que lhe vão dar vida e garantiro apoio médico-social aos utentes. Fa-lou seguidamente o Sr. Presidente daCâmara Municipal de Chaves, que agra-deceu e enalteceu mais este serviçoque a Liga dos Combatentes presta aeste sector da comunidade flaviense ea todo o Norte interior. Finalmente fezuma intervenção o Presidente da Ligados Combatentes, que para além deenaltecer os serviços prestados peloPresidente do Núcleo de Chaves, apro-fundou perante a assistência os verda-deiros objectivos da LC, as suas caracte-rísticas patrióticas e humanitárias e,também, os seus objectivos profundos.Os convidados seguiram depois para ainauguração e bênção das instalaçõesdo CAMPS, no centro da cidade, emespaço cedido por um sócio Apoiante daLC (Farmácia Mariz). De referir a dignida-de, funcionalidade e bom gosto do espa-ço dedicado ao CAMPS, fruto do traba-lho, entusiasmo e dedicação do Presi-dente do Núcleo da LC em Chaves.

Na 2.ª parte da reunião de trabalhoso coordenador do CEAMPS apresentouos resultados preliminares do estudoexploratório iniciado através do ques-tionário lançado em Setembro de 2008na Revista Combatente, efectuandotambém um ponto de situação da evo-lução e implementação do projecto "Cui-dados de Saúde" ao nível nacional. 38

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MAR DA VIDA

Há sempre um vapor acostado ao caisUm vapor que está dentro de nósUm vapor que somos todos nósUm vapor que por vezes derivaOutras impede que se faça estivaMas que consigo carrega esperançaDa vitória, do sucesso, da mudança.Há sempre um vapor acostado ao cais.Ao cais da Vida, ao cais da HistóriaAo cais do Amor, ao cais da GlóriaAo cais da Cidade, ao cais do DestinoAo cais do Olimpo, ao cais do DivinoAo cais do Ocaso, ao cais da TeoriaAo cais dos Valores, ao cais da Poesia.Nós que somos a sua douta tripulaçãoNós que temos tais vapores em nossa mãoNaveguemos sempre em águas escolhidasPreferindo do Mar as águas vivasAcostando em terra sempre ao caisOnde não haja dor de mulher e pais.

Muita da família da LC esteve pre-sente no almoço, que contou com aactuação brilhante do coro de funcio-nários da Assembleia da República.

Aos brindes, depois de agradecer apresença de todos, o general ChitoRodrigues lembrou aqueles que jápartiram e dedicou, aos presentes eaos ausentes, poemas da sua autoriae que espelham bem o momento quese viveu.

Disse o Presidente da Direcção Cen-tral:

"O Natal aproxima-se.Aproximam-se mais os amigos.Aproxima-se mais a família.Para marcar esse poético e tradici-

onal medidor do tempo, aqui esta-mos hoje mais vez…

…Decidi pois evocar neste momentonatalício, de uma forma sintética e su-gestiva, momentos marcantes danossa memória e vida colectivas, recor-rendo à forma de expressão poéticaprópria da época e que tanto admiro.

Nas décadas de 50, 60, e 70 doséculo passado, os Natais de nossasmães e pais, eram de receio e expec-tativa silenciosa.

As recordações de tais momentoslevaram-me a este poema a que deio título de "No Horizonte":

NO HORIZONTE

Deixei meu filho ir p´ro marIr para longe da terra ... lutar !Dizem-me que vai p´ra guerraPoderá não voltar !...

No caisMuitas mães a chorarDeixaram seus filhos ir p´ro mar

Não vão sós!Vão em vapor militarVão p´ra longe da terra...lutar!

Volto à Serra, volto ao MonteDeixei meu filho ir p´ro marContinuo a vê-lo no Horizonte!

Volvidos anos sabemos que a mai-oria desses filhos voltou e outros, defacto, lá ficaram para sempre, confir-mando o receio daquelas mães e pais.

Mas todos eles, nos conduziram a umconceito de heroicidade, tão anónimaquanto desapercebida, que expresseiem poema sob o título de "Heróis:

HERÓIS

Não. Não navegam no sofrimentoOs que então cumpriram seu deverDe cabeça erguida, sem lamentoSão da Pátria Heróis sem o saber.

Vivem!Vivem mesmo os que morreram!Todos!Todos os que juntos sofreramVivem!Vivem anónimos e altivosEntre aqueles que os esqueceram!

Hoje, Grandes Homens ou mendigosSão no Portugal atlântico e europeuHeróis Pátria mesmo desconhecidosHeróis com nome que guerra não levou!

Entre o momento daquelas mãescontinuarem a ver seus filhos no ho-rizonte, o momento de, posteriormen-te, outros os considerarem ou nãoheróis e o momento que nos traz aquihoje, há um factor terrível, que tudomarca e tudo decide: o Tempo.

Mesmo " O Tempo Morto". E é esseque leva à poesia.

TEMPO MORTO

O Tempo passa o TempoQue passa e faz do TempoUm Tempo já passado!

Como a Água que passaNo Rio e faz do RioUm Rio de Águas passadas!

Ou o vento que passaPelo vento e faz do ventoUm vento que já passou!

A Água alimenta!O Vento respira!O Tempo mata

O Tempo mata o TempoE faz do Tempo mortoUm Tempo já passado.

O Tempo mata o HomemO Homem mata o Tempo!Não importa o momento!

Só os Tempos FuturosDos Tempos que passamSão Águas e Ventos puros.

Mas se só os Tempos Futuros nosgarantem Águas e Ventos puros, sãoas águas e os ventos que passam quecaracterizam o Mar da Vida onde, faceàs dificuldades que o caracterizam, há

Termino esta mensagem de Natalsublinhando a importância de " Nave-gar sempre em águas escolhidas ""Preferindo do Mar as águas vivas"

É com esta mensagem que vos incen-tivo à procura permanente de uma vidade valores, desperta, activa, digna, cons-trutiva, destruidora de angústias e cria-dora de esperança, Com ela termino,Agradeço o apoio e a presença de todose desejo-vos Boas Festas e um Feliz Anocheio de águas e ventos puros."

A estas palavras respondeu o Secretá-rio de Estado com um brinde a todos oscombatentes, manifestando ainda a suasatisfação por ter participado no evento.

Antes, numa breve cerimónia, osfuncionários e dirigentes da LC apre-sentaram cumprimentos de Natal aoPresidente da Direcção Central, ten-do, na altura, sido agraciados, Armin-da Pereira e o Dr. António Correia,Psicólogo clínico.

sempre um vapor acostado ao cais, naesperança de águas e ventos puros.

Foi isso que procurei expressar aoescrever " Mar da Vida":

Almoço de Natal na sede da Liga

A Direcção Central da Liga dosCombatentes, promoveu um jantarde Natal que este ano contou coma presença do Secretário de Estado

da Defesa e Assuntos Mar, Dr.Marques Perestrello

O MajorAntónio Correiafoi um dosgalardoados(ao lado)O Secretário deEstado propôsum brinde atodos oscombatentes(em baixo)

ArmindaPereira

também foidistinguida

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100 Anos da Aviaçãoem Portugal

Com a presença do Chefe do Esta-do-Maior da Força Aérea, o Presi-

dente do Clube de Aeronáutica emPortugal, Dr. Manuel Salta, represen-tantes dos Chefes de Estado-Maiordos Ramos, Chefe da Casa Militar deSua Exa. o Presidente da República,antigos Chefes do Estado-Maior daForça Aérea e muitos convidados, acerimónia iniciou-se após as HonrasMilitares ao CEMFA, com uma inter-venção deste oficial a que se seguiu odescerramento do Memorial alusivoao período 1909-2009, síntese da His-tória da Aviação em Portugal.

Na sua intervenção, o Chefe do Es-tado-Maior da Força Aérea, disse, adada altura da sua intervenção:

Uma vida ao serviço de Portugal

17OUT2009 – Data em queperfizeram 100 anos da

Aviação em Portugal, que ummemorial alusivo à efeméridese encontra junto ao Forte do

Bom Sucesso (Museu doCombatente) em Belém.

Descriçãodo Monumento

Sobre um plano em aço corte-ne, cor de terra, elevam-se ostermos que assinalam "os cemanos da Aviação Portuguesa" su-gerindo a dimensão, que a possi-bilidade de voar, nos oferece.

No centro do plano um brevet,estilizado, acolhe os símbolos daviagem nacional: a esfera armilare a Cruz de Cristo, homenagean-do-se assim todos os que inicia-ram e continuam a aventura devoar.

Após a passagem em formação,de aviões da FAP sobre o local e otoque do Hino da Força Aérea, osconvidados dirigiram-se para oForte do Bom Sucesso, onde apósa assinatura do Livro de Honra daLiga dos Combatentes foi, em ale-gre convívio, servido um Porto deHonra.

gerações, ajudaram a construir a jálonga e gloriosa história da nossaaviação, para aqui deixar aos vindou-ros um marco sinalizador do singelo,mas significativo acto, que lhe deuorigem.

Apóstolo da Aviaçãoportuguesa

Com efeito, a 17 de Outubro de1909, praticamente a esta hora, nohipódromo de Belém, à beira-rio,teve lugar um voo de escassos mi-nutos, à altura de 8 metros e numpercurso de 180, levado a cabo pelocidadão francês Armand Zipfel, pe-rante 5 mil curiosos espectadores.

Pode ter sido, analisada a esta dis-tância temporal, apenas um "pulo",uma tentativa incipiente realizada porum estrangeiro, mas, foi, de facto, oprimeiro voo motorizado efectuadoem espaço aéreo português, repre-sentando, por isso, um indiscutível eindelével marco de referência."

E, mais adiante:

esfera armilar e a cruz de Cristo),prestamos homenagem a todos osportugueses que iniciaram e conti-nuam a aventura e a arte de voar,independentemente do sector emque exercem tão nobre e apaixonan-te actividade.

É este o significado mais profundoda obra e o sentimento que nos animae que queremos, desta forma simbó-lica, assinalar."

"Completado um século sobre o 1.°voo, em terras lusas, do "mais pesadoque o ar", estamos hoje e aqui, nestelocal carregado de simbolismo, reu-nindo representantes das mais diver-sas instituições, civis e militares, cu-jos ideais e esforços ao longo de

"A 11 de Dezembro de 1909 foioficialmente constituído o Aero Clubede Portugal, que muito deve à paixãopelos "assuntos do ar" do ilustre oficialdo Exército Pedro Fava Ribeiro de Al-meida, justamente considerado como"apóstolo" da aviação portuguesa.

Há assim, não uma mas múltiplasrazões, para assinalar os cem anos daaviação portuguesa neste ano de 2009.Com o descerramento de uma placasingela, em cujo centro se representaum "brevet" estilizado, acolhendo ossímbolos da "epopeia nacional" (a

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O General CEMFA e o Presidente do Aero-Clube de Portugal com o Presidente da LC,no Forte do Bom Sucesso, após terem assinado o Livro de Honra

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Opresente galardão destina-se acontemplar, anualmente, o me-

lhor estudante finalista ou grupo detrabalho (com o máximo de três ele-mentos), com classificação igual ousuperior a 14 valores, pela realizaçãode actividades curriculares no âmbitoda Formação Militar ou Educação paraa Cidadania, dos cursos ministradosna Escola Naval, Academia Militar,Academia da Força Aérea, ColégioMilitar, Pupilos do Exército e Institutode Odivelas.

Este ano, foram contemplados osalunos dos seguintes Estabelecimen-tos de Ensino:

Prémios Defesa NacionalA Liga dos Combatentes é a

legítima herdeira daadministração dos fundos

próprios do prémio escolarDefesa Nacional / Liga dosCombatentes, instituído no

ano lectivo de 1935/36, pelofundador da revista "DefesaNacional", Comandante José

Soares de Oliveira, sendo maistarde, em 1973, transferida

para a administração da Ligados Combatentes.

Academia da Força Aérea

Aluna CAD / AL / ENGAER - Sara deMiranda da Costa Monte, entreguepelo Cor. Lucas Hilário,no dia 20 deNovembro de 2009.

Escola Naval

Aluno Guarda-marinha João DuarteVentura da Cruz, entregue pelo

Secretário-Geral da Liga dosCombatentes,Cor. Adalberto Fernan-

des em 27 de Novembro de 2009.

Instituto Militar Pupilosdo Exército

Aluno n.º 50 - João Diogo Baptistada Gaga Rodrigues Filipe, entreguepelo TenGeneral Joaquim ChitoRodrigues, no dia 13 de Novembrode 2009, por no ano transacto terreunido as condições que oreferenciaram como merecedor detal galardão.

Academia Militar

Aspirante-Aluno Inf.ª GNR - TiagoAndré Lopes Augusto, entregue pelo

TenGeneral Joaquim ChitoRodrigues, Presidente da DC da Liga

dos Combatentes, no dia 04 deNovembro de 2009, por ter sido omelhor classificado num trabalho

sobre a Defesa Nacional, realizadono âmbito dos Trabalhos deInvestigação Aplicada (TIA).

Forças Armadas não são um peso para a Nação

Oprograma partiu de um estudo coor-denado pela professora Helena Car-

reira, do ISCTE que demonstrou que osportugueses estão pouco informados so-bre as Forças Armadas e que esse desco-nhecimento leva, muitas vezes, a avaliarmal o seu papel e a sua importância naactualidade. Mesmo assim, segundo oestudo, as Forças Armadas são das insti-tuições do Estado em quem os portugue-ses mais confiam.

Na oportunidade, o general Chito Rodri-gues referiu que nenhuma outra institui-ção como a militar, se renovou tanto, nosúltimos cinquenta anos.

Preparados para uma guerra conven-cional, os militares portugueses tive-ram que se adaptar a uma guerra sub-versiva que durou catorze anos, no fimdos quais tínhamos 200 mil homens emarmas.

Hoje, temos apenas 39.000 segundodados considerados fiáveis.

Mas este efectivo, tem como missão,decorrente da legislação, um territórioque se estende às Regiões Autónomas,o que exige um esforço terrestre, aéreoe marítimo, para o qual temos de estarpreparados.

O esforço do Estado, porém, não seresume ao presente, tem sob sua res-ponsabilidade todo o trabalho de apoioaos que, durante anos e anos, deram omelhor de si e hoje precisam do apoiodo Estado.

O Presidente da Direcção Central da Liga dosCombatentes, general Chito Rodrigues,

participou, recentemente, num programa daRTP2, sobre os custos das Forças Armadas. Ficoudemonstrado que, por um lado, os portugueses

apoiam as suas Forças Armadas e, por outro, queos custos suportados pelo erário público,

constituem um encargo moderado, tendo emconta os serviços que as Forças Armadas

prestam à Nação.

É neste momento que a Liga dos Com-batentes entra em acção, estando aolado e apoiando os que padecem destress de guerra, que tiveram dificulda-des de readaptação, que estão mutila-dos, sem abrigo, excluídos da sociedade.

Ajudando o Estado a cumprir a suamissão, a Liga dos Combatentes está noterreno, há um século, trabalhando,todos os dias, para minimizar os trau-mas e as dificuldades dos ex-comba-tentes e das suas famílias.

Quanto custaum militar?

Outro dos participantes no programa daRTP2, Sociedade Civil, foi o Presidente daAssociação Nacional de Sargentos LimaCoelho que, pegando nas palavras dogeneral Chito Rodrigues, demonstrou queas Forças Armadas são um serviço públicode qualidade, em muitos aspectos alta-mente qualificado e de baixo custo.

Referindo-se a um documento da As-sociação Nacional de Sargentos, AntónioLima Coelho disse que, segundo dados de2007, a despesa com as FA teria sido demil cento e sessenta milhões de Euros,para um efectivo de 36.780 militares.

Segundo ele, esses militares estiveramdisponíveis 24 horas por dia, 365 dias porano, como é a condição militar, o quesignificou um custo por hora da ordemdos 2,88 Euros.

Militaresmal tratadospelo poder político

Terá sido tudo isto (2,88 Euros), oque o Estado investiu no pessoal quefaz funcionar um dispositivo 24 horaspor dia, todos os dias do ano, emquaisquer condições, cobrindo umagama de serviços públicos que vãodesde o transporte de titulares de ór-gãos de soberania e organismos ofici-ais, à abertura de caminhos e constru-ção de pontes no país e no estrangeiro;à segurança e navegabilidade nos es-paços marítimo e aéreo, até à salva-guarda da vida no mar. Note-se que,de 2003 a 2006, só a Marinha salvouem média 1.949 vidas/ano, e proce-deu à evacuação de doentes e sinistra-dos, às centenas por ano.

No programa, participou também ogeneral Loureiro dos Santos que sereferiu à forma como o poder políticotem tratado (mal) os militares, nome-adamente na questão dos salários,em que profissões de igual escalão ede menor perigosidade e disponibili-dade, têm salários que dobram os dosmilitares.

Ficou a convicção de que os portu-gueses ficaram mais esclarecidos sobrea importância das nossas Forças Arma-das e o pouco, comparativamente, queelas nos custam.

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já aconteceu

proc

uram

-se

cam

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as

António Alves Ferreira da Maia, mais conhecidopelo "Bigodes" do Pelotão de Obuses, procura ex-camaradas da CCS - B.C.A.4610 do B.A.7 que estive-ram em Bissora na Guiné-Bissau 1973/1974. Parafuturos convívios contactem: 964 704 300.

António Ernesto, mais conhecido pelo "Cada-val" procura ex-militares do Batalhão de Caçado-res 357 que estiveram em Angola de 1962-1964e que ainda não tenham contacto com o organi-zador do convívio nacional que para o ano será noCadaval. Contactos: 96 448 91 26 - 91 360 04 72.

Dinis Marques, o "d'Artagnan" procura os seuscamaradas radiotelegrafistas, da 2.ª incorporaçãode 1970 em Boane - Moçambique - e especialida-de tirada em Lourenço Marques, no BTM2/Enge-nharia, para eventual convívio em 2010, ou seja,40 anos após a incorporação na vida militar.Contactos: 93 641 50 04 ou [email protected]

António Roberto Teixeira Taveira, 2.º sargentomiliciano, foi mobilizado pelo RI 2 para o BC 186,CC 187, embarcou para a 3.ª Região Militar Angolaa 18/7/1961, regressou a 02/11/1963, procuracamaradas do BC 186 e da CC 187, pois gostariamuito de se reunir com os que ainda andam porcá. Contacto: [email protected]

Luís Grifo, procura camaradas da Companhia deCaçadores 2457 do Batalhão de Caçadores 2858,para futuros convívios. Contacto: 96 378 06 99.

Diogo Pereira Gonçalves, procura camaradasRadiotelegrafistas do S.T.M. que prestaram servi-ço militar em Portugal 1968/69 e em Angola1969/71.

1.º Cabo Virgílio de Leiria1.º Cabo Fonseca de LamegoSoldado José Luís Vila Cova Oleiro do Samouco

/MontijoSoldado Silva de Silves (tinha um conjunto

musical familiar)Soldado Fernando (mais conhecido pelo Nan-

do) de Moreira de Cónegos - ViselaSoldado Meco de Moreira de Cónegos - ViselaGostava ainda de contactar camaradas do Bat.

Cavalaria 2870 que prestava serviço em SerpaPinto nessa data e que eram meus amigos. Con-tacto: 96 890 75 25.

José Domingos Faria Gomes, Ex-soldado CARn.º 119/65, procura o camarada Leitão da Louri-nhã, Ex-soldado CAR n.º 135/65 e outros milita-res que pertenciam à Companhia da Polícia Mili-tar 1445, que prestaram serviço em LourençoMarques - Moçambique, no período de 1965/67.Contactos: 91 475 90 26 / 249 813 832 [email protected]

José Ferreira da Silva ex-combatente em1966/67 na zona de Bula na Guiné, procuracompanheiros que eventualmente tenham von-tade de se deslocar àquele país ou que tenhamalgo programado nesse sentido que entrem emcontacto, pois tem muita vontade de lá voltar ede preferência com companheiros. Contactos: 96304 82 11 ou Tel/Fax: 22 901 16 52.

Bernardino Fernandes, vive em França e pro-cura ex.-companheiros de Estremoz da Compa-nhia de Cavalaria 624 do quarto pelotão queestiveram no Kinguengue depois na Beira Baixa.Contacto de França: 00331.69.31.15.49

Adelino Gonçalves Silva 1.º Cabo AmanuenseFAP - A.B. 4 Henrique de Carvalho, procura oscamaradas que estiveram, na antiga colónia deAngola entre 1963/69.

Contactem para: 21 757 42 34 ou 91 469 91 31.

Faleceu no dia 4 de Outubro de 2009 oContra-Almirante António Horta Gal-

vão de Almeida Brandão. Filho de umtambém oficial de marinha – Jaime Pintode Almeida Brandão, entra para o Colé-gio Militar no ano de 1923. Passa pelaEscola Politécnica de Lisboa e pela EscolaNaval, como se fazia nessa época. Em-barca pela primeira vez (1930) no Avisode 2.ª Classe "República".

Em 1937 tira a especialização de Arti-lharia Naval. O seu segundo embarquefá-lo no histórico e representativo navioda nossa Armada, a "Fragata D. FernandoII e Glória" (1937/1938).

Fará depois várias comissões nos Con-tra-Torpedeiros, que eram na época, na-vios de topo da Marinha de Guerra Por-tuguesa: "Dão" (1938/1939), "Douro"(1941/1944), "Lima" (1945/1946), paravoltar de novo ao Contra-Torpedeiro "Dão"(1954/1956) como seu comandante.

Vai depois para o norte do País coman-dar a Lancha de Fiscalização "Corvina"(1946/1949), tendo tido uma acçãoimportante na defesa dos nossos recur-sos pesqueiros, frequentemente invadi-dos por barcos espanhóis, e com os quaisteve alguns contactos não muito amigá-veis. Ficou conhecido pela "Patrulha daAlvorada" porque partia para o mar aoanoitecer, ficando para lá dos barcos quepor aí fainavam, evitando que pudes-sem fugir para além das nossas águasterritoriais. Disse-lhe uma vez um des-ses detidos, para quem terá sido maisbenevolente, que tinha "a cabeça a pré-mio" na comunidade dos pescadoresespanhóis que aí actuavam.

Mais tarde virá a ser comandante da"Flotilha de Draga-Minas" (1968/1969).

Entre 1949 e 1954 foi Capitão de Portoda Nazaré, onde granjeou várias amiza-des entre armadores e pescadores des-se nosso porto de pesca, com os quaismanteve contactos e cordiais relaçõespara além dessa época, e a quem reviaquando aí se deslocava em passeio.Dessas amizades que o deixaram ligadoà Nazaré, foi possível obter, quando oContra-Almirante Almeida Brandão co-

A sua última comissão de serviço, cum-priu-a em África, quando aceitou o co-mando da "Defesa Marítima da Guiné".Tinha 60 anos. Sabia, sabíamos todos nóso momento difícil que se vivia naquelanossa parcela de África. Ele sabia-o maisdo que ninguém, porque ia substituir umcamarada de curso e um amigo muitoligado o Contra-Almirante Moura da Fon-seca, mas nunca pensou em recusar.

A dedicação, o amor e o empenho quedurante mais de 50 anos foram os valo-res com que se relacionou com a Mari-nha de Guerra Portuguesa e a sua profis-são, "obrigavam-no" a aceitar este seuúltimo desafio.

Várias vezes recebeu convites paraexercer actividades profissionais fora davida militar, decerto com melhores con-dições materiais, mas nunca deixou queos convites passassem disso mesmo.

O 25 de Abril de 1974 dá-se consigo naGuiné. Foram, creio, momentos difíceis efelizes os que aí viveu, mas também deenorme responsabilidade. Por afasta-mento e vinda para Lisboa do entãocomandante-chefe Militar e GovernadorGeneral Bettencourt Rodrigues, assume,por solicitação do MFA na Guiné, essecomando Militar interinamente até sersubstituído, finalizar a sua comissão eregressar a Lisboa, onde passará à reser-va em 1974 com alguma mágoa pelofim da sua carreira.

laborou com o Museu da Marinha e coma Associação dos Amigos do mesmo, umbarco típico daquela praia, quando já sótalvez existia esse mesmo exemplar emcondições de ser restaurado, e que hojepode ser visto no Museu de Marinha.

Mais tarde (1956/1961) foi nomea-do "Director de Instrução da Escola deArtilharia". Adjunto do Capitão do Portode Lisboa (1961/1965). Segundo Co-mandante da Base Naval do Alfeite(1966). Chefe da "Segunda Repartiçãoda Direcção do Serviço de Pessoal"(1966/1968) e (1969/1971). Professorefectivo do Curso de Altos Comandos do"Instituto de Altos Estudos Militares"(1971/1972) e (1974). Subdirector do"Instituto Superior Naval de Guerra"(1972/1973).

Contra-Almirante Almeida Brandão

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do antecedente ....................................................................... 48.480,38 •David Gregório Oliveira Cardoso ............................................................. 119,00 •José Martins dos Santos ............................................................................. 50,00 •Anónimo ...................................................................................................... 100,00 •Altide Dias Pires ........................................................................................... 40,00 •Núcleo da Marinha Grande ...................................................................... 443,34 •Artur Francisco P. Dantas ......................................................................... 100,00 •Vítor Manuel Cristovão Baião .................................................................. 150,00 •El Corte Inglés ......................................................................................... 2.500,00 •Companhia de Caçadores 3439 ................................................................. 45,00 •José Manuel Silva ........................................................................................ 50,00 •Vítor Manuel da Silva Carvalho ............................................................... 100,00 •SALDO PASSA A : ...................................................................... 52.177,72 •

Fundo Liga Solidária Donativos 2009 - NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8

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A minha instrução de recruta

Na altura em que escrevo estas linhasjá só faltam um ano e poucos meses

para meio século! Desde aquela manhãde Terça-feira de 29 de Março de 1960que em cumprimento da ordem recebi-da me apresentei na Doca da Marinhaem Lisboa, a fim de embarcar numavedeta da Armada que me levaria a mime a mais cerca de meia centena demancebos para a outra margem do RioTejo, no Alfeite.

Quase em frente ao imponente Edifíciodo Comando alinharam-nos numas quan-tas filas semelhantes a uma formatura.

Seguiu-se passagem pelo barbeiroonde sofremos o tradicional corte de

cabelo, estilo militar com muita pressa esem cerimónia, pela parte do barbeiro.

Dali passamos ao paiol de uniforme afim de nos ser distribuído o que constituíao "uniforme e pequeno equipamento".

Numa caserna, depois do banho dechuveiro foi a vez de envergarmos ouniforme, para isso tivemos que serauxiliados com o "alcaxe" e a "manta deseda". Pronto! Estávamos em uniforme.Não aquele uniforme azul ou branco,consoante a época do ano, mas sim ouniforme de cotim cinzento, nada ele-gante conhecido pelo "Fato de Alumí-nio".

Todo o marinheirotinha amor à sua maca

Muitos corriam para os espelhos parase admirarem; era um dia memorável.

Estórias da História

Após o jantar fomos transportadospara a Estação do Caminhos-de-ferro doRossio e de comboio para o apeadeiro daQuinta das Torres, Vila Franca de Xira,que servia ambas as escolas.

Durante a paragem numa estação dopercurso, lembro-me de um senhor já decabelos brancos que nos disse: "A vidaque vocês vão agora fazer já eu a fiz há35 anos”!

Finalmente chegamos ao destino – AEscola de Alunos Marinheiros, que seriaa nossa casa por cerca de 3 meses.

A caserna cheirava a algo semelhantea alcatrão, cheiro proveniente das novasmacas e uniformes… agora tinhamosque desforrar as macas; uma explicaçãorápida foi o suficiente. Não levamostempo a cair no sono.

Na manha seguinte toca o clarim aalvorada às 07h00. Chegou a altura deforrar as macas… para leigos no assunto,como nós, era um trabalho impossívelde fazer; pendurar a maca pelas ara-nhas, dobrar os cobertores os quais jun-tamente com o travesseiro tem o seu

RAMIRO BANDEIRA MARTINS

Estórias da História

A visita teve início no Forte do Bom Sucesso, onde oilustre visitante e comitiva foram recebidos pelo Presi-dente da Direcção Central, General Chito Rodrigues,pelo Presidente da Assembleia Geral da Liga, Generalda Força Aérea Brochado Miranda e por vários mem-bros da Direcção Central da Liga.

Seguiu-se a homenagem aos Mortos pela Pátria juntoao Monumento aos Mortos do Ultramar, cerimónia aque se associou o Chefe do Estado-Maior General dasForças Armadas, General Valença Pinto. A requinta fezos toques de "Silêncio" e "Alvorada" e foi colocada umacoroa de flores junto ao Monumento com as fitas daLiga e das Falintil, com honras militares prestadas pelopessoal da guarda em serviço no Forte. Depois deassinar o Livro de Honra da Liga e de uma breve visitaao Forte a comitiva deslocou-se para a sede da Ligaonde se realizou uma cerimónia de boas-vindas noGabinete do Presidente da Direcção Central, com aassinatura dum protocolo de entendimento com oscombatentes das Falintil e a entrega de lembrançasinstitucionais.

Depois duma visita ao Salão Nobre e Museu da Ligaseguiu-se para o almoço nas instalações da Liga.

Visita de Taur Matan Ruak

A Liga dos Combatentes recebeu avisita do CEMGFA das FALINTIL

- Brigadeiro-general Matan Ruak quese fazia acompanhar pelo Capitão defragata Costa Gomes actual Chefe do

Estado-Maior da Armada de TimorLeste, do Tenente-coronel Santos Coli

e do Tenente Mário Baptista dasForças de Defesa de Timor-Leste.

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lugar apropriado dentro da maca. Umcabo com cerca de 3 metros (o cabo detomadouro) tinha que dar 5 voltas àmaca, esta ficava com a configuraçãode um chouriço gigante e depois deferrada era pendurada na tarimba quepor sua vez era alçada na vertical.Depois de várias tentativas éramosquase mestres na arte. A Maca deMarinheiro era usada em quase todasas Marinhas do Mundo e a sua origemremonta aos tempos dos navios devela.

Éramos cerca de 450 recrutas agrupa-dos em 6 Companhias formando umbatalhão. A minha Companhia era a 5.ª,formada em grande parte por mance-bos de Lisboa e arredores. O senso dehumor tipicamente "Alfacinha", alegra-va o ambiente.

Quem pode esquecer: o "Bolinhas" deAlfama; o "Carinhas" da Graça; o "Viti-nho" do Bairro Alto; o "Zé Calmeirão" doBarreiro; o "Piedade"; o "Sacavém" emuitos outros.

Os "Filhos da Nossa Escola", teimamem se julgar rapazes quando todos osanos nos reunimos num almoço e lem-bramos a nossa mocidade na Armada.

A Marinha em virtude de ser umramo das Forças Armadas quase ex-clusivamente vocacionado para os na-vios e para o mar, parte consideráveldo tempo de instrução era devotado àmatéria respeitante a navios e mar:nomenclatura dos navios e pequenasembarcações; arte do marinheiro; fa-zer leme; serviço de vigia a navegar;limitações de avarias e combate aincêndios a bordo; serviços de escalaa bordo; básico de bandeiras e sinais(código internacional); natação; remo;pinturas e até baldeação do convésetc… etc…

Chegou o dia de irmos à carreira detiro. Depois do pequeno-almoço apa-nhámos o comboio especialmente fre-tado para levar o Batalhão à estação doCacém e daí com a "Mauser" em bando-leira marchá-mos ate à carreira de tirodo Exército na Carregueira.

Era a arma standard do Exército Ale-mão e notamos que estavam marcadascom a "Águia e Suástica" símbolo dopartido Nazi.

Fazia um calor tremendo. Regressá-mos à Escola pela mesma via, estáva-mos estafados.

Acontecimento importantepara todas as famílias

Ao fim de 12 semanas chegámos aogrande dia, por nós todos ansiosamen-te esperado, o dia de Juramento de

punhada pelo Segundo Tenente Wan-dscheider, com a respectiva escolta.

O nosso ordenado mensal sofreu apartir deste dia um aumento de 100%passou de 60 para 120 escudos.

Nesse mesmo dia depois do jantarfomos destacados para a Escola de Me-cânicos excepto os destinados à classede Manobra que foram para o N/E "Sa-gres" (a antiga, hoje navio museu atra-cada em Hamburgo) e os Artilheirosforam para a Escola de Artilharia Navalno Alfeite.

Ao transpor o limite que separa as 2Escolas com a mochila (maca e 2 sacos)às costas sinto um nó na garganta…Aquela era a nossa Alma Matter.

Dia 17 de Junho 1960 na Escola deInformações de Combate cerca de 12 denós, iniciámos o curso de ITE (InstruçãoTécnica Elementar) da especialidade deRadarista que iria durar 12 semanas.

Terminado o curso de ITE de Radaristasagora já com a designação de SegundosGrumete Radaristas íamos fazer um es-tágio no mar durante 3 dias ao largo dacosta portuguesa.

Eu nunca tinha andado no mar altocreio que os meus camaradas, comuma ou outra excepção também não,era uma nova experiência… Que ja-mais esqueceremos.

Depois do jantar apanhámos o com-boio para Lisboa que chegou atrasadíssi-mo e chegados à Doca da Marinha en-xergamos a silhueta do navio onde ia-mos embarcar, amarrado a uma dasbóias no quadro dos Navios de Guerra -o Contratorpedeiro N.R.P. "Lima".

O Oficial de Marinheiros apita a alvora-da, vamos tomar o café da manhã.Venho ao convés, estava uma manhã desol radiante. Diante de mim, a casario ovelho bairro de Alfama, a Sé de Lisboamais além, o Mosteiro de São Vicente deFora, para Sul deste a Igreja de SantoEstêvão e a Igreja de Santa Engrácia queainda levaria alguns anos a ser acabada!E passaria a ser o Panteão Nacional.Podíamos observar o vai-e-vem dosCacilheiros e os barcos da carreira doBarreiro na sua ida e vinda de e para asEstações Fluviais do Terreiro do Paço. Asfragatas do Tejo na sua faina, enfim…um quadro lindo! Só faltava a Ponte, que

ainda lá não estava, só seria inaugurada6 anos depois (6 de Agosto de 1966).

Um torpedo de trazer por casa

Era meia-manhã o navio já se encon-trava preso à bóia pelo virador e agoraera só esperar a ordem do Comandantepara soltar o chicote do mesmo; depoisdesta manobra e dada ordem à máquinae assim o navio inicia a sua marcha acaminho do oceano.

Por estibordo tínhamos a deslumbran-te vista da parte ocidental da cidade deLisboa.

O incómodo do enjoo não tardaria anos atormentar… nesse momento en-contrava-me no castelo onde um mari-nheiro de manobra nos explicava orumo que o navio estava a seguir, dei-xado o Rio Tejo para trás passamosentre torres (Bugio e São Julião), entra-mos no Oceano Atlântico. O navio co-meça a dar balanços de bombordo//estibordo e proa/popa, provocou adebandada, o enjoo começou a atacaruns mais que outros; alguns ficaramestendidos no convés, eu incluído. Era onosso baptismo de mar.

No alto mar reparei que a cor do marera azul e não verde como pensava.

A 50 milhas da costa deitámos ascaixas de munições ao mar. Pela pri-

meira vez olhando ao redor só via mare céu.

Para instrução prática do curso de ITEde Armas Submarinas (Torpedeiro De-tector) íamos proceder ao lançamentode uma bomba de profundidade e de umtorpedo. Já tinha visto nos filmes masagora ia ver ao vivo; o que mais meimpressionou foi a bomba de profundi-dades, arma utilizada no ataque a sub-marinos; com a forma de um cilindrodeslizou pela calha na popa e com onavio em movimento atingindo a pro-fundidade previamente regulada explo-diu provocando uma montanha de águae uns segundos depois um enorme re-puxo com cerca de 20 ou mais metros dealtura. Quanto ao lançamento do torpe-do não teve o mesmo interesse; deslizoude dentro do tubo entrou na água emposição horizontal e parou a cerca de200 jardas do navio. Depois procedeu-sea recolha do mesmo, já que o seu custoera de cerca de 600 contos! Uma somaenorme nesse tempo.

Vários exercícios tomaram lugar du-rante o resto do dia e parte da noite.

Acordei antes da alvorada devido aoforte balanço do navio. Vim ao convés efiquei deslumbrado! O navio navegava àcapa, a proa cortava as ondas em velo-cidade reduzida. Estas varriam o casteloda proa, para um leigo como eu nas lides

navais, fiquei deveras impressionado, sótinha visto este espectáculo nos filmes,agora era ao vivo! Curiosamente com asurpresa e o espectáculo perante mim, oenjoo não me afectou. Dizem os enten-didos que o enjoo é mal psicológico…

Esse dia foi passado a navegar, já noitealta entrámos no porto de Setúbal ondelargamos ferro (fundeamos).

No dia seguinte soltámos rumo a Lis-boa entrando a Barra Sul, na tarde dessedia. Como não queria perder a experiên-cia da minha entrada, pela primeira vez,na barra de Lisboa fui ao castelo da proaonde um Sargento Artilheiro me expli-cou que o navio estava no enfiamentoda entrada da barra, isto é: Gibalta;Esteiro e Mama.

Chegamos ao destino; amarrámos auma das bóias no Quadro dos Navios deGuerra .

Agora já podíamos dizer que tínhamosandado no mar! Foi uma grata experiên-cia termos andado no mar alto tendo ànossa volta só mar e céu. Já sentíamosaquele sentimento que acompanhava afarda de marinheiro.

O mar exerce um fascínio difícil dedescrever sobre todos nós!

Nessa mesma tarde recebemos Guiade Marcha para diversos navios paraservirmos como membros da guarni-ção.

Bandeira, 15 de Julho de 1960, Sexta--feira.

Toca a alvorada, pequeno-almoço, irpara a caserna e fazer os preparativos;engraxar as botas pretas, ainda nãousávamos sapatos, fazer a barba, tomarbanho, etc. Pela primeira vez vamosenvergar o uniforme branco.

Na tribuna fazem-se os últimos pre-parativos para as altas individualidadesque vinham assistir. Chegou a Banda daArmada e o Terno de Clarins e Tamborese a "Charanga".

Começaram a chegar familiares dosalunos recrutas para assistir ao Jura-mento de Bandeira, muitos vêm delonge em autocarros alugados de váriospontos do País. O Juramento de Bandei-ra de um familiar próximo era encaradocomo acontecimento muito importantena família.

Cerca das 14h00 o clarim toca a for-mar, forma o Batalhão a 6 companhias;a requinta do Sargento Clarim Florival,toca a sentido! Direita volver! Em frentemarche! Rompe a Banda e a Charangacom uma marcha militar, os rapazesmarcham com garbo para o campo dejogos da Escola de Mecânicos, ondeesperam pelas altas individualidadescivis e militares. Segue-se os rituais docostume; chega o momento solene defazer o juramento com o braço estendi-do em frente à Bandeira Nacional em-

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A fuga falhadaCampo de Pondá (Goa)

Há três meses que osmilitares portugueses se

encontravam aprisionadospelo Exército da União

Indiana. A moral dosprisioneiros estava muito em

baixo, pois os boatos quecirculavam no campo não

eram muito animadores. Porisso mesmo e como compete

a qualquer militar feitoprisioneiro, pensava-se em

fugir do campo deconcentração. Os diferentes

planos, começaram agerminar no pensamento de

alguns homens.

Orelato que se segue, é de umadessas tentativas que se gorou,

por motivos que relevam da próprianatureza dos homens. Não se trataaqui de julgar ninguém, mas tambémnós tivemos os nossos momentos devã glória.

Estava tudo estudado e preparadoao pormenor. Durante dias, algunshomens estudaram os movimentosdos guardas do Exército da UniãoIndiana, e as rotinas do campo. Falta-va acertar as cumplicidades e fazerfigas para que tudo desse certo. Foiassim que, naquela manhã, se che-gou à fala com o Furriel português deserviço ao campo, para que "fechas-se os olhos", se visse alguma coisa.

Tanto bastou para que o pobre ho-mem, assustadíssimo, sentisse que afuga dos soldados que estava prepa-rada, lhe acarretaria represálias, a sie à sua família que entretanto cons-tituíra no território. Mesmo assim, oplano foi para a frente e era simples:os três soldados portugueses quetentariam a fuga, misturar-se-iam

com o lixo e seriam "despejados" noaterro, já no lado de fora do campo,para onde os soldados da União India-na o levavam. Só que, na hora daverdade, as coisas correram mal.

Pela manhã, como era habitual,antes da primeira refeição, uma águaescura a que chamavam café, semaçúcar e um bocado de pão duro, osprisioneiros tinham tido a primeiraformatura do dia para "contagem",pelos indianos, a fim de se saber sefaltava algum. Finda a "contagem",foi dada a ordem de "dispersar".

Ainda muitos prisioneiros se en-contravam no refeitório e já era dadaordem de nova formatura, o quelevou muitos deles a interrogarem "oporquê"…, vindo a saber-se que trêssoldados tentaram evadir-se do cam-ÍNDIA.Campo Presioneiros de Vasco da Gama Dez 1961

ÍNDIA - GOA - Campo de Prisioneiros, cozinha Bateria1961-62

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Prisioneiros de guerra

FAUSTO DIABINHO

Aviões que participaram nainvasão do território

Português da Índia

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po, dentro da viatura que recolhiadiariamente o lixo para ser entregue àsaída do campo aos soldados india-nos, altura que o graduado portuguêsdenunciou a fuga aos indianos.

Dos três soldados, um conseguiusair da viatura e misturar-se com osrestantes prisioneiros, sendo os ou-tros dois apanhados e levados parafora do campo, a fim de serem puni-dos. Os prisioneiros estiveram na for-matura mais de duas horas, sob o solescaldante que àquela hora da ma-nhã já se fazia sentir, pois os indianosexigiram a presença de todos os pri-sioneiros incluindo os doentes a fimde saberem se faltava alguém, poistemiam que tivessem mais a tentar aevasão.

Terminada a formatura, a maioriados prisioneiros começou a aproxi-mar-se do grupo onde se encontravao Furriel delator, proferindo palavrasinjuriosas e a quererem fazer justiçapelas próprias mãos. Os detidos es-tavam fora de si e temia-se a todo omomento o linchamento do delator,senão tivesse havido o bom sensodos que o rodeavam, que foram re-cuando até às camaratas, que porsinal não tinham segurança pois asportas eram em vidro. A agitação eratremenda e cada vez aumentava deintensidade, até que alguém se lem-brou de começar a atirar pedras, ac-ção que se generalizou por quasetodos os prisioneiros chegando ahaver graduados a arrancar os seus

símbolos do Posto e a metê-los nobolso, vociferando impropérios, ati-rando também pedras.

Levado o delator para dentro dacamarata, o Comando Português pe-diu ao Comando Indiano que retiras-se para fora do campo o referidoFurriel, pois temia-se que durante anoite pudesse haver represálias físi-cas contra o mesmo, o que foi com-preendido pelos indianos

Na parte da tarde, houve novaformatura extra e viu-se chegar umEsquadrão de Cavalaria devidamentearmado de espingardas e pistolasmetralhadoras, cercando o campo deprisioneiros. Seguidamente entrou noCampo o Brigadeiro Sagat Singh, Co-mandante Geral dos campos de prisio-neiros o qual mandou avançar umPelotão fortemente armado dando or-dem para que os Oficiais Portuguesese Comandantes de Unidade formas-sem à parte.

Temia-se a todo o momento umfinal imprevisível, pois os prisioneirosestavam bastante agitados, se nãotivesse havido a corajosa intervençãodo Tenente Capelão Joaquim Ferreirada Silva que com a sua atitude salvoucerca de mil e setecentos militaresportugueses de serem fuzilados. Nãose descreve o referido episódio, poiso mesmo já foi publicado na Revista"Combatente" N.º 344, Página 35 a

37, Edição de Junho de 2008. Aindahoje, passados quase quarenta e oitoanos, muitos prisioneiros se interro-gam do motivo que levou o Brigadei-ro Indiano a tomar aquela atitude quena mente do narrador se resume aosseguintes factos:

1.º - Tentativa de fuga de três prisio-neiros naquele dia?

2.º - Tumulto no campo de prisio-neiros com tentativa de linchamentodo Furriel delator?

3.º - Pela manhã desse dia (veio asaber-se mais tarde) tinha havido emPangim (Goa) uma manifestação deestudantes Goeses contra o invasor,levando os estudantes a atarem àcauda de um porco uma bandeira daUnião Indiana e queimarem-na?

4.º - Todos estes acontecimentosocorreram no mesmo dia, o que teriafeito passar pela mente do referidoBrigadeiro que haveria elos de liga-ção entre os portugueses detidos e osestudantes?

5.º - Ter querido mostrar a todos osprisioneiros que quem detinha a forçaera ele e que não toleraria mais insu-bordinações dentro do campo de pri-sioneiros?

Enfim, um enigma que nunca sechegará a saber pois o referido Briga-deiro já faleceu. 55

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Prisioneiros de guerra

Rendição das tropasportuguesas perante os

oficiais indianos

Comandante indiano das forças invasoras

A frágil e mal armada resistência portuguesa

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Escola de FuzileirosCerimonial ao Combatente...

Como se pode ver na foto da capada revista - Combatente - é uma pro-va real de que os nossos ex-comba-tentes, mesmo espalhados pelo mun-do da diáspora, continuam com umespírito bem latente, ao recordar umavivência única da história de Portugal!Logicamente que, graças à Net, paraaqueles que têm tido coragem deusufruir dela, o mundo tornou-se decerta forma acessível, no que respeitaao convívio mútuo entre todos queteimam em não esquecer o tão esfu-siante sentimento que lhes possessaa alma! Neste caso, é bem evidente aenvolvência do Núcleo de Ex-comba-tentes de Winnipeg, uma das provín-

Tele objectiva

Posta RestanteGovernador enaltece militares

O Governador Civil de Faro, CarlosSilva Gomes, enalteceu a dedicaçãodos militares às causas humanitári-as, tendo salientado que "são sobre-tudo os combatentes, quem maisdistinguem e valorizam um bem tãoprecioso como a vida".

Silva Gomes falava durante a ceri-mónia de homenagem aos antigoscombatentes realizada no cemitérioda Esperança, em Faro, no âmbito dascelebrações do Dia dos Finados.

O Governador referiu que a lutacontra o individualismo e a indiferen-ça, enquanto dois principais proble-mas que dominam cada vez mais anossa sociedade, constitui uma dasmissões a que os militares, mais doque ninguém, sabem dar o devidovalor.

Uma vergonha a pensão (não)vitalícia dos ex-combatentes

No tempo da monarquia, havia anobreza, o clero e o povo. Hoje, no-breza são os governantes, tudo po-dem fazer, tudo decidem, nada lhesacontece…

Clero são os convertidos que se-guem a cartilha da actual nobreza.Povo é quem for apanhado no super-mercado a roubar um quilo de arrozpara matar a fome; no mínimo é pre-so! Como a pensão vitalícia dos ex--combatentes é "avultada" (médiaanual de € 150), resolveu a nobreza,em decreto-lei, criar três escalões paraa sua atribuição. É bárbaro recebertanto dinheiro!!!

cias mais a oeste do Canadá, onde umgrupo ferrenho de ex-combatentestêm dado cartas aos combatentesdoutras cidades e províncias de supe-riores dimensões no Canadá e não só!Fazendo um memorial de homena-gem aos combatentes, com a inaugu-ração de um Monumento de homena-gem aos combatentes por Portugal,homenageando os combatentes dopassado, presente e futuro.

Publicada por Artur/LeiriaFilhos da Escola

AgradecimentosInstitucionais

"Manifesto ao Meu General,em nome da Instituição que te-nho a honra e privilégio de Co-mandar, o reconhecimento pe-las ilustres e justas palavras queteve a generosidade de expres-sar no Editorial da revista da Ligados Combatentes, na edição deSetembro de 2009.

Neste mundo, em crise de va-lores, princípios e referências,ainda vale a pena pugnar peloBem Comum e pelo escrupulosocumprimento da nobre Missãode que fomos incumbidos.

Os meus reconhecidos agrade-cimentos institucionais."

Luís Evangelista Esteves deAraújo

GeneralChefe do Estado Maior da Força

Aérea

Já está disponível na Loja daLiga, o CD com o nosso Hino.Agora já podemos tocá-lo e can-tá-lo nas festas dos nossos con-vívios e cerimónias oficiais.

5 sugestões de leitura

FICHEIROS SECRETOS DA DESCOLONI-ZAÇÃO DE ANGOLA

Autora: Leonor FigueiredoEdição: Alétheia EditoresContactos Tel: 21 093 97 48 / 9E-mail: [email protected]

GOLPES DE MÃO's- MEMÓRIAS DE GUERRA

Autor: José Eduardo Reis de Oliveira -Prefácio: Tenente General Alípio ToméPinto

Contactos para adquirir o livro: Liga dosCombatentes.

José Eduardo Reis de Oliveira, nasceuem Alcobaça em 1940. Cumpriu serviçomilitar durante 4 anos 1962/1966. Mobi-lizado para a Guerra do Ultramar emMaio de 1964 fez parte da Companhia deCaçadores 675 no Norte da Guiné atéfinais de Abril de 1966.

ANGOLA, TERRA PROMETIDA - A VIDAQUE OS PORTUGUESES DEIXARAM

Autor: Ana Sofia FonsecaEdição: Esfera dos LivrosContactos: 21 340 40 60 / 21 381 56 00

ou [email protected]

Ana Sofia Fonseca, jornalista freelan-cer, trabalhou em vários órgãos de comu-nicação social. É autora do livro "BarcaVelha - Histórias de um vinho". Alguns dosseus trabalhos foram distinguidos com oPrémio AMI - Jornalismo Contra a Indife-rença.

A vida tranquila da baía de Luanda, osbanhos de mar quente, as mangas madu-ras a Cuca gelada, as lagostas, o cinema,os gelados do Baleizão. O cheiro da terraencarnada, os bailes e as grandes festas.As caçadas no mato, as amizades férreas…Os melhores anos da vida dos muitosportugueses que, em Angola, encontra-ram uma terra quente e generosa.

Leonor Figueiredo, 52 anos, é jorna-lista desde 1981. Licenciada em Co-municação Social, tem trabalhos pu-blicados em várias revistas e jornais.Viveu em Angola até 1975.

"Estas são histórias de luto e de dor.De cidadãos que ainda hoje se sen-tem injustiçados. Os 34 anos que pas-saram distanciam-nos dos aconteci-mentos, mas não apagam os factos.Nem a capacidade de nos indignar-mos. O Estado português não quis –nem quer – saber. Portugal continua aser, aliás, o único país europeu comex-colónias que ainda não indemni-zou os "retornados".

CAMPO DE SANTA CLARA- SUA ENVOLVENTE

Autor: Abel Fernandes de AlmeidaContactos para adquirir o livro: E-mail:

[email protected] ou TM: 96 32230 08 - Preço: 6,00 Euros + IVA

É um livro composto por 12 capítulose imensas fotos alusivas aos vários edi-fícios militares no Campo de Santa Clarainstalados, bem como da sua envolven-te, desde o século XVIII ao século XX.

No livro é feita uma abordagem exaus-tiva de todos os conventos/palácios re-ligiosos e pertencentes à nobreza, ondehoje se instalam os vários departamen-tos militares.

ANGOLA, AFINAL ERA DELESAutor: José Nunes ValenteEdição: Chiado EditoraContacto:E-mail [email protected]

José Nunes Valente, nasceu em So-bral da Adiça, concelho de Moura.

É licenciado em Direito pela Facul-dade de Direito de Lisboa. Cumpriuserviço militar em Angola, numa dastrês primeiras companhias de caçado-res especiais para lá enviadas.

Viveu os acontecimentos iniciais daguerra colonial e assistiu ao primeirorecontro armado e aos primeiros tirosda guerra que provocaram mortos. Estaexperiência marcou-o para todo o sem-pre. Desenvolveu depois a sua car-reira na Polícia Judiciária, onde exer-ceu funções de investigação criminalem vários departamentos e no Gabi-nete Nacional da Interpol. Exerceuainda funções dirigentes no estabe-lecimento de formação respectivo.

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Tome nota

Foi inaugurada no Museu doCombatente, no Forte do BomSucesso, a exposição fotográfica"Dois olhares sobre o Afeganistão"da autoria dos fotógrafos AngeloLucas e Roger Lemoyne. Presidi-ram à inauguração a Embaixadorado Canadá em Lisboa, Anne-MarieBourcier e o Presidente da Ligados Combatentes General ChitoRodrigues.Esta exposição vai estar patenteao público até 31JAN10, no Fortedo Bom Sucesso (junto à Torre deBelém) e mostra o olhar dosautores, num país marcado pelaguerra, animado pela esperança epor uma vontade inabalável em sereconstruir.

O GRANDE CONCERTO DE ANO NOVOStrauss Festival Orchestra & BalletEnsembleDepois de mais de um século deexistência, a música característica da Vienaimperial do século XIX adquiriu, nosúltimos anos, um prestígio inusitado eencontrou na comemoração do Ano Novoum lugar preponderante para o seu culto.As grandes salas de concerto e os teatrosda Europa enchem-se nesta época deentusiasmo e de palmas despertadas pelocontagiante ritmo de valsas, marchas epolcas que marcaram a época.A Strauss Festival Orchestra é umaprodução realizada em colaboração comensembles da mais alta qualidade ereputação, que levam a música de Strauss,por ocasião do Ano Novo, a um públicocada vez mais amplo e entusiasta.Sem esquecer o espírito jovial e festivoda música de Strauss, o rigor estilísticodesta orquestra não é um obstáculo paraque, ao longo do espectáculo, se utilizeuma variada gama de recursosexpressivos, dos mais nobres esentimentais aos mais jocosos ehumorísticos.Ao mesmo nível musical e profissionaldos membros que compõem a StraussFestival Orchestra, o Strauss FestivalBallet Ensemble conferiu um carizdefinitivamente original ao GrandeConcerto de Ano Novo.Hoje seria inconcebível um iniciar um anonovo sem o clássico "Grande Concerto deAno Novo".

Classificação etária: > 6 anosPreços:1ª Plateia: 30,00 euros2ª Plateia: 28,00 eurosBalcão: 25,00 eurosDesconto de 2,50 euros para menores de18 anos e maiores de 65 anos.O Grande Concerto de Ano Novo10 de Janeiro às 18h00Auditório Jorge Sampaio

Compre o seu bilhete online:http://www.ticketline.sapo.pt

La Musica de Marguerite DurasSOLVEIG NORDLUND

Solveig Nordlund encena uma dasprimeiras peças de teatro escritas porMarguerite Duras, um texto que semantém actual pela universalidade doseu tema: o amor.21, 22, 23 e 25 Jan 2010 - 21:0024 Jan 2010 - 16:00M/12 ANOS

Pequeno Auditório - Sala EduardoPrado CoelhoPreços: Plateia 15 € - Laterais 12,5•€Descontos25% para menores de 25 anos emaiores de 655•€ para estudantes e profissionais deespectáculos (n.º limitado de bilhetes)Descontos de 20% para grupos de 10a 50 pessoas

JAZZZÉ EDUARDO E MANUELA LOPESDOSE DUPLA

Um duo de puro jazz! Dois veteranosdo Jazz nacional - Manuela Lopes e ZéEduardo - juntam-se num projectopouco comum: contrabaixo e voz.4 Fev 2010 - 22:00M/12 ANOS

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

RECEPÇÃO DO MÓDULO IENTRADA LIVRE

A proposta é também pouco usual:revisitar alguns dos velhos "standards"bem como temas dos grandes mestresdo Bebop, ambos abordados semcomplexos, numa mistura entre a línguade Camões e a Avenida 52.Seguramente um interessante desafiopara os intérpretes e aos ouvintes e umespectáculo com características únicas.

EMISSORES REUNIDOS - EPISÓDIO2: SENHOR FANTASMA, VAMOSFALAR14 NOV 2009 - 24 JAN 2010 -ANTIGA RDP - PORTO

"Emissores Reunidos" é umprograma de exposições quereabre um edifício do Porto ondeaté há pouco tempo funcionouuma estação de rádio. O segundoepisódio - "Senhor Fantasma,Vamos Falar" - reúne obras deMarcelo Cidade (São Paulo, 1979)e Renato Ferrão (Vila Nova deFamalicão, 1975) especificamenteconcebidas para este espaço.As figuras do funcionário deescritório e do copista, exemplar-mente descritas pela literatura doséculo XIX, são invocadas pelostrabalhos que empregam, porexemplo, secretárias antigas e oobsoleto papel-carvão.Comissariado/Curator: RicardoNicolauProdução/Production: Fundaçãode Serralves

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