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MOVIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
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O QUARTO MÊS
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CARACTERÍSTICAS GERAIS Aumento da simetria = melhora do controle bilateral entre flexores e extensores do
pescoço = melhora da simetria da cabeça.
Desta forma = adquire uma orientação corporal na linha média.
Início dos movimentos voluntários controlados, assim como dos movimentos
alternados e coordenados.
Muito ativo visualmente e o controle ocular é mais refinado devido ao aumento do
controle de cabeça = nesta fase os olhos são desbravadores e a descoberta do meio e
dos objetos causa movimentos da cabeça.
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Já consegue acompanhar objetos que se encontram no seu campo visual com
amplitude maior de 180º = a fixação visual aumenta a estabilidade da cabeça
e permite uma melhor orientação espacial.
Início dos movimentos oculares independentes dos movimentos da
cabeça.
Uso da boca para explorar (fase oral) = distinguir a mão dos diferentes objetos.
Controle motor aumentado de MMII = porém os movimentos são menos
frequentes que de MMSS.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
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Comportamento: Diferenciação do choro = a mãe reconhece e entende cada um deles. Realiza a abertura voluntária da boca e apresenta a tosse social com o intuito de
chamar a atenção.
No geral: Ganho de bastante simetria. Explora o mundo na linha média. Em prono a cabeça já é funcional. Dissociação entre visão e movimentos de cabeça. Abrandamento das cólicas. Espera-se que a criança não apresente mais os reflexos primitivos / movimentos
tônicos = início da fase cortical.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
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Melhor controle de cabeça e orientação na linha média = maior maturação
das reações labiríntica e óptica de retificação.
Chin tucking continua a ocorrer = importante para o desenvolvimento da
estabilidade postural da coluna cervical.
Apesar do aumento do controle muscular na região de cabeça/pescoço, o
bebê nesta etapa ainda não consegue flexionar independentemente a
cabeça, retirando-a da superfície de suporte = devido não apresentar ação
sinérgica da musculatura abdominal bem como a estabilização do tórax.
SUPINO
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A REAÇÃO CERVICAL DE RETIFICAÇÃO ainda pode ocorrer =
ao realizar a rotação ativa da cabeça, o restante do corpo
acompanha o movimento virando em bloco = esta reação pode ser
a causa primária pela qual o bebê de 4 meses rola de supino
para decúbito lateral.
O RTCA pode ocorrer discretamente e é pouco observado devido a
característica da simetria do 4º mês.
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Tronco bastante simétrico e início da ação antigravitária dos flexores de tronco.
Anteversão e retroversão ativas da pelve = sinal claro da contração da musculatura do tronco no plano sagital. RETROVERSÃO = ocorre pela contração dos flexores de
quadril e da musculatura abdominal que traciona o púbis superiormente.
ANTEVERSÃO = devida à contração muscular ativa (extensores lombares e iliopsoas) e ao estiramento muscular (iliopsoas) durante a extensão de quadril.
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MEMBROS SUPERIORES
inicia-se um controle ativo dos membros em supino = os
músculos escapulares provêm uma estabilidade dinâmica na
variabilidade dos movimentos.
Traz as mãos para a face, une as mãos acima do peito, alcança o
quadril e os joelhos fletidos = desta forma conhece cada vez mais
as partes do seu corpo.
Aquisição de maior controle motor para alcançar e agarrar
objetos.
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Alcança os brinquedos com pronação do antebraço e extensão do
punho.
Apreensão de objetos = ocorre do lado ulnar para o radial
Alterna as mãos para a preensão, porém não é capaz de transferir
objetos de uma mão para outra ou manipulá-los.
O largar não é voluntário = feito através do efeito tenodese = flexão
de punho = tensiona os extensores de dedos = abre a mão.
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MEMBROS INFERIORES Mais ativos que no 3º mês, com movimentos mais específicos e variados.
As pernas movem-se simetricamente uma em relação a outra e em sincronia
com os MMSS.
Maior extensão de quadril, embora ainda prevaleça a flexão.
A posição de frogg legged (“rã”) (ABD, RE de quadril) ainda está presente,
porém sendo modificada devido a maior atividade dos AD de quadril.
Aumento na EXT de joelhos = alongamento da musculatura posterior de MMII.
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Contato dos pés = importante para dessensibilização tátil e
preparação para o suporte de peso e maior consciência corporal.
Realiza flexão e extensão alternadas de MMII = importante efeito
na pelve e na sua mobilidade ântero-posterior.
Início da realização de “Ponte de quadril” = apoio das plantas
dos pés na superfície, arqueamento das costas e retirada do
quadril do apoio.
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O ROLAR PARA DECÚBITO LATERAL
Com 4 meses o bebê rola de supino para DL.
Esse movimento é acidental e geralmente ocorre a partir de uma
postura fletida = quadris, joelhos e mãos unidas ou sobre os
joelhos.
O rolar é frequentemente iniciado pela rotação da cabeça =
REAÇÃO CERVICAL DE RETIFICAÇÃO = produz rotação do
tronco para o lado no qual a cabeça se encontra.
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CABEÇA Aumento do grau de extensão da cabeça na linha média = aumento da
influência do sistema vestibular e maior maturação da REAÇÃO LABIRÍNTICA DE RETIFICAÇÃO que facilitam a extensão.
Ao erguer a cabeça = o peso desloca-se posteriormente e a atividade
dos extensores dorsais auxilia nesse deslocamento e na elevação
anterior da cabeça.
NOVA AQUISIÇÃO DO BEBÊ DE 4 MESES: Flexão controlada da cabeça enquanto o peso é suportado pelo
antebraço = aumento da estabilidade da cintura escapular e dos MMII.
PRONO
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A rotação da cabeça adquirida continua a contribuir para a
mobilidade da coluna e para o deslocamento lateral do peso do
tronco = o peso desloca para o mesmo lado que a face gira =
flexão lateral do tronco do lado facial.
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TRONCO Aos 4 meses é difícil separar os movimentos da cabeça e do
tronco = a cabeça tem um grande efeito na ativação muscular,
mobilidade e desenvolvimento do tronco = a REAÇÃO DE LANDAU ilustra bem esta situação.
Balanço do tronco no sentido ântero-posterior (sagital) usando o
abdômem como um eixo = gera aumento da atividade extensora
por exercitar os músculos flexores.
A AD bilateral escapular = contribui para o reforço da extensão
torácica.
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À medida que os músculos eretores espinhais tornam-se mais
ativos, a cifose torácica irá reduzir e a lordose lombar irá
aumentar.
A EXT do tronco em prono = promove alongamento dos músculos
abdominais e flexores do quadril.
Ativação da musculatura flexora do tronco = muito sutil no 4º mês
= ela ainda não flexiona o tronco em prono, mas balanceia a ação
dos extensores impedindo, desta forma, a hiperextensão.
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MEMBROS SUPERIORES
Suporte de peso sobre os antebraços = importante por fornecer
estímulos proprioceptivos para a cintura escapular e MMSS.
Ombros FLX e AD. Braços próximos e alinhados ao corpo, antebraços
pronados.
Incremento na coordenação e força muscular da cintura escapular com
ombros mais AD = permite que os cotovelos se estendam se
afastando da superfície e deslocando peso para as mãos.
Não consegue fazer alcance de objetos.
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MEMBROS INFERIORES
MMII estendidos, embora a ADM total ainda não seja alcançada.
Quadril mais estendido = quanto maior a EXT do quadril e aproximação
da pelve na superfície = maior aumento da elevação anterior de
tronco.
Quadris mais AD e menos RE, em relação aos meses anteriores.
Grande aumento na EXT de joelhos = devido maior atividade do
quadríceps, mobilidade dos ísquiotibiais e alongamento do reto femural.
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ROLAR PARA DECÚBITO LATERAL
Pode rolar para DL = geralmente é acidental, acontece quando o
bebê encontra-se apoiado por apenas um dos seus antebraços e
vira a cabeça = ocorre porque a musculatura do ombro não tem
controle suficiente para suportar o peso.
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A posição de DL é importante:
Ganho do controle de cabeça em DL.
Contribui para dar forma ao gradil costal = devido descarga de peso e
ação da gravidade.
Dá uma nova orientação visual e vestibular.
Dá um feedback assimétrico tátil e proprioceptivo no lado onde o peso é
descarregado = esses estímulos em conjunto provêm um feedback
sensorial que irá facilitar o desenvolvimento da FLX antigravitária.
Necessidade de coordenação, estabilidade, sinergismo, co-contração e
força muscular para elevar a cabeça lateralmente e posteriormente a
flexão lateral de tronco.
DECÚBITO LATERAL
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Aumento da atividade flexora antigravitária = permite que a cabeça se
eleve junto com o corpo não pendendo para trás e mantendo uma
postura simétrica.
Ao ser puxado, o bebê agarra o dedo do examinador através da FLX
dos dedos, cotovelos, pernas, cabeça e tronco, sendo que o queixo
antecipa o movimento (Chin Tucking).
Esta postura flexora mantém-se até a metade da manobra = devido
atividade flexora antigravitária não se encontrar totalmente
desenvolvida.
PUXADO PARA SENTAR
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Esta antecipação do bebê durante o puxado para sentar sugere que
ele prevê o atraso da cabeça e, então, faz ajustes posturais antes do
movimento (feedforward).
Estes ajustes = feedforward = acontece devido aprendizado das
vivências motoras.
MMSS estão mais ativos durante a manobra = ao agarrar o dedo do
examinador o bebê faz FLX dos cotovelos se impulsionando para
frente.
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Nesta idade a postura sentada é agradável ao bebê.
Consegue manter-se sentado, sem suporte por alguns segundos,
mas com pouca estabilidade e funcionalidade.
Cabeça mantém-se estável e na linha média, com atividade
extensora maior que flexora.
A rotação da cabeça leva à transferência de peso para o lado no qual
a face se dirigiu.
O tronco encontra-se semi-ereto (atividade dos eretores da cervical,
torácica e lombar), porém, apresentando ainda um pouco de cifose.
SENTADO
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Aumento da mobilidade de MMII.
Quando permanece sentado = MMII em ABD, RE e FLX.
Devido mobilidade aumentada na articulação do quadril, as
pernas encontram-se mais próximas da superfície, garantindo
maior estabilidade.
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DE PÉ Encontra-se na FASE SALTADORA = a pelve já se encontra estabilizada,
permitindo movimentos de flexo/extensão nos quadris, joelhos e tornozelos.
Quando suportado de pé = descarrega peso sobre as pernas estendidas.
Controle de cabeça é melhor de pé em relação à posição sentada = maior
estabilidade do tronco em função da aumentada extensão promovida pelo
“ficar de pé”.
Tronco está simetricamente estendido com uma pequena lordose lombar e maior
amplitude de extensão de quadril.
No momento em que o bebê é colocado de pé, ocorre uma forte contração
do quadríceps que levará à extensão de joelho. Pés pronados.
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REAÇÃO DE LANDAU:
Incompleta, havendo apenas extensão
de cabeça, tronco e quadris.
SUSPENSÃO VENTRAL