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1 O Governo da Igreja Escola Dominical IPJG Iberê Arco e Flexa 16/9/2007

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O Governo da Igreja

Escola DominicalIPJG

Iberê Arco e Flexa16/9/2007

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Formas de governo da Igreja

• Quacres e Darbistas

• Erastiano

• Episcopal

• Católico Romano

• Congregacional

• Nacional

• Reformado ou Presbiteriano

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Quacres e Darbistas

• Rejeitam qualquer tipo de governo da Igreja

• Qualquer tipo de governo exalta o elemento humano em detrimento do divino

• Os ofícios são negados e no culto cada qual segue as “sugestões do Espírito”

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Sistema Erastiano(Erasto, 1524-83)

• A Igreja é uma organização sujeita ao Estado e é função do Estado governar a Igreja

• Confronta o princípio fundamental de que o governo se assenta na liderança de Cristo

• Não reconhece que Estado e Igreja são instituições distintas em sua origem e em seu objeto

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Episcopal

• A comunidade dos crentes não tem nenhuma participação no governo da Igreja

• Cristo teria confiado o governo da Igreja exclusivamente a uma ordem de prelados / bispos, considerados estes como sucessores dos apóstolos

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Católico Romano

• É o sistema episcopal levado às últimas conseqüências: os prelados romanos são sucessores dos apóstolos e, em especial, de Pedro, tido como detentor de primazia entre os apóstolos

• Uma monarquia absoluta, em que o papa é infalível, e é quem determina e regulamenta a doutrina, o culto e o governo da Igreja

• Os crentes não têm qualquer participação no governo da Igreja

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Congregacional

• Cada igreja, ou congregação, é uma igreja completa, independente de todas as demais

• Os atos dos concílios ou convenções eclesiásticas, se existirem, são exclusivamente consultivos ou declarativos

• O sistema renega a unidade da Igreja de Cristo e abre caminho para toda sorte de arbitrariedades humanas

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Sistema Nacional

• O poder reside numa “organização nacional” e esta organização tem poder sobre as congregações locais

• Desconsidera completamente qualquer autonomia das igrejas locais

• Normalmente se adapta à idéia do “Estado totalitário”

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O sistema reformado, ou presbiteriano

As igrejas reformadas não têm a pretensão de que seu sistema seja determinado em

todas as minúcias pela Palavra de Deus, mas asseveram que seus princípios fundamentais

são derivados diretamente da Escritura

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Princípios fundamentais

• 1. Cristo é o chefe e cabeça da Igreja e a fonte de toda a sua autoridade

• 2. Cristo exerce a sua autoridade por intermédio de sua palavra real

• 3. Como rei, Cristo revestiu a igreja de poder

• 4. Cristo providenciou órgãos representativos para o exercício específico deste poder

• 5. O poder da Igreja reside primariamente no corpo governante local

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1. Cristo é o chefe e cabeça da Igreja e a fonte de toda a sua

autoridade

• Cristo é o único chefe da Igreja (em clara oposição à doutrina romana)

• Cristo é o verdadeiro Rei e Cabeça da Igreja, considerada como organização visível

• Mt 28.18; Ef 1.20-22; Ap 17.14

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1. Cristo é o chefe e cabeça da Igreja e a fonte de toda a sua

autoridade• Cristo é a cabeça do corpo. Ele mantém

relação viva e orgânica com ela, enche-a de vida e a governa espiritualmente

– Jo 15.1-8; Ef 1.10, 22, 23; 2.20-22

• Cristo tanto é a cabeça orgânica da Igreja invisível como o cabeça da igreja visível

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A autoridade de Cristo se manifesta assim:

• 1. Ele instituiu a Igreja do Novo Testamento

• 2. Ele instituiu os meios de graça que a Igreja deve administrar, a saber, a Palavra e os Sacramentos (Mt 28.19-20; 1 Co 11-23-29)

• 3. Ele deu à Igreja sua estrutura e os seus oficiais, e revestiu a estes de autoridade divina, para que pudessem falar e agir em seu nome (Mt 10.1; Jo 20.21-23)

• 4. Ele sempre está presente na Igreja quando esta se reúne para o culto e fala e age por meio de seus oficiais (Mt 10.40; 2 Co 13.3)

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2. Cristo exerce a sua autoridade por intermédio de sua palavra real

• Cristo governa a Igreja subjetivamente, por seu Espírito, e objetivamente pela Palavra de Deus como o padrão de autoridade

• Os oficiais da Igreja têm um poder derivado e ministerial; Cristo exerce seu poder por intermédio dos oficiais mas ele não transfere sua autoridade aos seus servos.

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3. Como rei, Cristo revestiu a igreja de poder

• O poder eclesiástico é delegado por Cristo à Igreja como um todo, aos membros comuns e aos oficiais

• Acto primo, à própria Igreja; acto secundo, naqueles que são especialmente chamados para isso

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4. Cristo providenciou órgãos representativos para o exercício

específico deste poder• Cristo providenciou que o poder fosse exercido

ordinária e especificamente por órgãos representativos, separados para a manutenção da doutrina, do culto e da disciplina

• Os oficiais da Igreja são eleitos pelo povo mas esta é a confirmação de um chamado interior feito pelo Senhor.É dele que os oficiais recebem sua autoridade e perante ele são responsáveis

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5. O poder da Igreja reside primariamente no corpo governante

local

• No sistema presbiteriano prevalece a autoridade da Igreja local. O Conselho da Igreja é o corpo governante.

• O Conselho, mediante representação, participa dos concílios maiores (presbitérios, sínodos, supremo concílio) para formar uma organização mais ampla com propósitos doutrinários, judiciais e administrativos que, de certa forma limitam a autoridade da Igreja local mas favorecem o crescimento e o bem estar das Igrejas e lhes dão maior expressão.

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Os Oficiais da Igreja

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Os Oficiais da Igreja

• Oficiais extraordinários– Apóstolos– Profetas– Evangelistas

• Oficiais ordinários– Presbíteros– Mestres– Diáconos

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Oficiais Extraordinários• Apóstolos

– Estritamente os 12 e Paulo; aplica-se também a certos auxiliares de Paulo

• At 14.4, 14; 1 Co 9.5-6; 2 Co 8.23

– Sua incumbência especial foi a de lançar os alicerces da Igreja de todos os tempos

• A) Foram comissionados diretamente por Deus e por Jesus (Mc 3.14, Lc 6.13, Gl 1.1)

• B) Eram testemunhas da vida e da ressurreição de Cristo (Jo 15.27, At 1.21-22, 1 Co 9.1)

• C) Estavam cônscios de serem inspirados pelo Espírito de Deus (At 15.28; 1 Co 2.13; 1 Ts 4.8; 1 Jo 5.9-12)

• D) Tinham o poder de realizar milagres (2 Co 12.12; Hb 2.4)• E) Foram ricamente abençoados em sua obra (1 Co 9.1,2; 2 Co 3.2,3; Gl

2.8)

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Oficiais Extraordinários

• Profetas

• O NT também fala de profetas– (At 11.28; 13.1,2; 15.32; 1 Co 12.10; 13.2;14.3; Ef

2.20; 3.5; 4.11; 1 Tm 1.18; 4.14; Ap 11.6)– Serviam de instrumentos para a revelação de

mistérios e para a predição de eventos futuros– Diferem dos ministros comuns pois falavam sob

inspiração especial

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Oficiais Extraordinários

• Evangelistas

• Filipe, Marcos Timóteo, Tito– At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5;

• Seu trabalho era pregar, batizar, ordenar presbíteros e exercer disciplina– Tt 1.5; 1 Tm 5.22; Tt 3.10;

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Oficiais Ordinários

• Presbíteros (anciãos) ou bispos (superintendentes)– At 20.17,28; 1 Tm 3.1; 4.14; 5.17,19; Tt 1.5,7; 1 Pe 5.1,2;– (presbuteroi, episkopoi

• Equivale a uma classe de oficiais idosos que exerciam certas funções nas sinagogas

• O ofício remonta aos primórdios da Igreja e deve ter sido instituído primeiro nas igrejas dos judeus depois nas dos gentios (Tg 5.14, Hb 13.7, 17

• Estes oficiais detinham a superintendência do rebanho e tinham que abastecê-lo, governá-lo e protegê-lo

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Oficiais Ordinários

• Mestres

– Inicialmente não os havia, pois os apóstolos, profetas e evangelistas faziam esta função

– Paulatinamente, o ensino, a docência, ligou-se ao oficio presbiteral (1 Tm 5.17)

– Com o tempo o ofício de presbítero evoluiu para “regente” (responsáveis pelo governo) e “docente”, com preparação especial (2 Tm 2.2; Tt 1.9)

– O presbítero docente, ou pastor, ministra a Palavra e os Sacramentos

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Oficiais Ordinários

• Diáconos

• At 6.1-6, o registro da instituição do diaconato– A) Diakonoi era termo usado no sentido de servo, os

que se dedicavam a obras de misericórdia e caridade– B) Os sete homens mencionados em At 6 tinham a

tarefa de distribuir as dádivas nas festas do amor cristão (agapae)=diakonia

– C) Os requisitos do ofício são exigentes e concordam com os mencionados em 1 Tm 3.8-10,12

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A vocacão dos oficiais e sua instalação no ofício

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Vocação dos oficiais ordinários

• Vocação interna

– Consciência de estar sendo impelido a alguma tarefa especial do reino de Deus, por amor a Deus e sua causa

– Convicção de estar, pelo menos em certa medida, intelectual e espiritualmente preparado para o ofício

– Experiência de que Deus está pavimentando o caminho que leva à meta

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Vocação dos oficiais ordinários

• Vocação externa

– Chega ao indivíduo pela instrumentalidade da igreja local

– Os oficiais têm parte na direção da Igreja local, não porém com a exclusão do povo

• (At 1.15-26; 6.2-6; 14.23)

– Os oficiais guiavam a escolha que o povo fazia (qualificações necessárias) mas o povo tomava parte na escolha propriamente dita (At 1.15,16; 6.1-6; 1 Tm 3.2-13)

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A investidura dos oficiais

• Dois ritos:

– Ordenação, que pressupõe a vocação e o exame do candidato ao ofício. É um ato do presbitério (1 Tm 4.14); solene expressão do julgamento da Igreja

– Imposição de mãos. Primitivamente significava que a pessoa era separada para o ofício e que algum dom espiritual especial lhe era conferida. Os protestantes consideram que é apenas uma indicação simbólica do fato de alguém ser separado para o ofício ministerial na Igreja. (At 6.6; 13.3; 1 Tm 4.14; 5.22)

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As assembléias eclesiásticas

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Corpos governantes do sistema reformado e presbiteriano

• Sistema de assembléias eclesiásticas numa escala ascendente ou descendente

– Consistório (conselho) da igreja local; os anciãos eleitos pelo povo

– Classe (presbitério); todos os ministros e um presbítero de cada igreja dentro dos limites territoriais

– Sínodo (igual número de ministros e presbíteros de cada classe: IPB, 3m e 3p, até dois mil membros + 1m e 1p a cada outros dois mil

– Assembléia geral (Supremo Concílio); IPB, cada presbitério, 2m e 1p até dois mil membros + 1m e 1p para cada grupo de dois mil membros

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O governo representativo da igreja local

• As igrejas elegem presbíteros regentes como seus representantes e estes, juntamente com os ministros formam um Conselho, ou Consistório, que governa a igreja local

– At 11.10; At 14.23; At 20.17; Fp 1.1

• São sempre mencionados no plural (não ao governo de um homem só)

• É evidente intenção da Escritura que o povo sempre tenha voz na seleção deles

• A eleição do povo é apenas uma confirmação externa da vocação interna feita pelo Senhor

• Embora representantes do povo, sua autoridade não deriva do povo, mas do Senhor da Igreja (Mt 16.19; Jo 20.22,23; At 1.24,26; 20.28; 1 Co 12.28)

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A relativa autonomia da igreja local

• 1. Toda igreja local é uma igreja de Cristo, completa, plenamente equipada com tudo o que se requer para o seu governo

• 2. As assembléias maiores (presbitérios, sínodos) não são um poder mais alto, mas têm exatamente o mesmo poder dos Conselhos, conquanto o façam em escala mais ampla

• 3. As assembléias maiores não podem imiscuir-se nos assuntos de uma igreja local em nenhuma hipótese

• 4. A autonomia da igreja local tem suas limitações nas relações existentes entre ela e as igrejas com as quais está associada e nos interesse e causas gerais das igrejas associadas

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As assembléias maiores• A natureza essencial da Igreja, como descrita na Escritura, requer

essa união. Ela é o corpo espiritual de Cristo do qual ele é a sublime cabeça

• A Bíblia fala da Igreja não somente como um corpo espiritual, mas também como um corpo tangível, como um templo do Espírito Santo, como um sacerdócio e como uma nação santa. Cada uma destas expressões indica uma UNIDADE.– 1 Co 12.12-50; Ef 4.4-16

• A autoridade das assembléias maiores se estende a todas as igrejas associadas. Suas decisões orientam as igrejas como a fiel interpretação da lei de Cristo e só deixam de ser obrigatórias quando se mostram contrárias à Palavra de Deus.