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PADRE ANTÓNIO VIEIRA
Escola Secundária José FalcãoNovembro de 2009
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Para ensinar, sempre é
necessário amar e saber;
porque quem não ama não
quer e quem não sabe não
pode.
Sermão do
Espírito Santo
Padre António Vieira
3
O meio mais eficaz de
apagar a inveja é repartir a
felicidade.
Carta ao Duque
do Cadaval
Padre António Vieira
4
Ver e não remediar é não
ver.
Sermão da Quinta Quarta-Feira da
Quaresma
Padre António Vieira
5
Sabeis porque choram os
olhos? Porque vêem.
Sermão das Lágrimas
de S. Pedro
Padre António Vieira
6
Palavras sem obras são
tiros sem balas: atroam mas
não ferem.
Sermão da
Sexagésima
Padre António Vieira
7
A maior pena a que fui
condenado foi a do
silêncio. Carta ao Duque
do Cadaval
Padre António Vieira
8
Para falar ao vento,
bastam palavras; para falar
ao coração, são necessárias
obras.
Sermão da
Sexagésima
Padre António Vieira
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Sermão de Santo António
13 de Junho de 1654
Padre António Vieira
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PADRE ANTÓNIO VIEIRA
Escola Secundária José FalcãoNovembro de 2009
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Antecedentes
. Março de 1653 – Sermão dos Escravos: denúncia da injusta escravidão a que os índios eram sujeitos
causou grande impressão e aceitação entre colonos e autoridades
. Mas, passado pouco mais de um ano, os compromissos assumidos pelos colonos eram esquecidos: os índios continuavam a ser oprimidos.
. Em Junho de 1654 – Nem os colonos, nem as autoridades portuguesas, nem os religiosos de outras ordens apoiavam a acção de P.e António Vieira, antes a contrariavam: ninguém já o queria ouvir falar sobre justiça e sobre a liberdade dos índios.
. Junho de 1654 – P.e António Vieira resolve embarcar para Lisboa com o fim de alcançar novas leis a favor dos índios.
Sermão de Santo António
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Três dias antes do embarque para Lisboa, na festa de Santo António – 13 de Junho de 1654 –, em S. Luís do Maranhão, P.e António Vieira sobe ao púlpito e causa grande surpresa: em vez de, simplesmente, enaltecer as virtudes e os milagres de Santo António...
...relembra o ambiente adverso que reinava contra ele, sossega os ouvintes e declara-lhes que, visto não o quererem ouvir, vai, a exemplo de Santo António, pregar aos peixes, que estavam ali a poucos passos.
E profere uma das melhores obras oratórias de sempre:
O Sermão de Santo António
Sermão de Santo António
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Estrutura de um Sermão
Introdução – Exórdio
Desenvolvimento – Exposição e Confirmação
Conclusão – Peroração
Sermão de Santo António
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Exórdio Capítulo I
. O conceito predicável: «Vós sois o sal da terra» – há muitos pregadores;
– a Terra está corrupta, ou porque o sal não salga ou porque a Terra não se deixa salgar…
. Santo António como exemplo de pregador – como os homens não o ouviam, pregou
aos peixes; – Padre António Vieira vai seguir o seu exemplo.
Sermão de Santo António
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Exposição e Confirmação Capítulos II, III, IV e V
. Cap. II – Louvores aos peixes em geral. Cap. III – Louvores aos peixes em particular. Cap. IV – Repreensões aos peixes em geral. Cap. V – Repreensões aos peixes em particular
Sermão de Santo António
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Exposição e Confirmação Capítulos II, III, IV e V
. Cap. II – Louvores aos peixes em geral – bons ouvintes («ouvem e não falam»); – primeiras criaturas criadas por Deus; – obedientes; – prudentes (recusam a convivência com o homem).
Sermão de Santo António
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Exposição e Confirmação Capítulos II, III, IV e V
. Cap. III – Louvores aos peixes em particular – o peixe de Tobias; – a rémora; – o torpedo; – o quatro-olhos.
Sermão de Santo António
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Exposição e Confirmação Capítulos II, III, IV e V
. Cap. IV – Repreensões aos peixes em geral – comem-se uns aos outros, com a agravante de os grandes comerem os pequenos; – ignorância, cegueira e vaidade.
Sermão de Santo António
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Exposição e Confirmação Capítulos II, III, IV e V
. Cap. V – Repreensões aos peixes em particular – os roncadores; – os pegadores; – os voadores; – o polvo.
Sermão de Santo António
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Peroração Cap. VI
. Retoma dos argumentos utilizados.
. Apelo aos ouvintes para que respeitem, venerem e louvem a Deus.
. Louvor a Deus.
Sermão de Santo António
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PADRE ANTÓNIO VIEIRA
António Vieira O céu ‘strela o azul e tem grandeza.Este, que teve a fama e a glória tem,Imperador da língua portuguesa,Foi-nos um céu também. No imenso espaço seu de meditar,Constelado de forma e de visão,Surge, prenúncio claro do luar,El-Rei D. Sebastião. Mas não, não é luar: é luz do etéreo.É um dia; e, no céu amplo de desejo,A madrugada irreal do Quinto ImpérioDoira as margens do Tejo. Fernando Pessoa, Mensagem, 31-7-1929
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PADRE ANTÓNIO VIEIRA
António Vieira Filho peninsular e tropicalDe Inácio de Loyola,Aluno do BandarraE mestreDe Fernando Pessoa,No Quinto Império que sonhou, sonhavaO homem lusitanoÀ medida do mundo.E foi ele o primeiro.OriginalNo ser universal...Misto de génio, mago e aventureiro. Miguel Torga, Poemas Ibéricos, 1965
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PADRE ANTÓNIO VIEIRA
Escola Secundária José FalcãoNovembro de 2009
FIM