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1 Políticas de Inovação para a Competitividade Carlos Américo Pacheco Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia

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Políticas de Inovação para a Competitividade

Carlos Américo PachecoSecretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia

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•Robusto sistema universitário e de pós-graduação

•Conjunto respeitável de instituições de pesquisa

•Grande crescimento da produção científica - publicações em revistas internacionais:

•Grande abrangência das competências científicas

MCT

Brasil: Pontos fortes

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3

Número de alunos titulados no mestrado e doutorado, 1987-2001

Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC).

1987 1988 19890

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Mestrado Doutorado

2001 (*)

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4

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

Fonte: Institute for Scientific Information (ISI). National Science Indicators

Artigos publicados

Número de artigos publicados em periódicos internacionais e % em relação ao mundo - 1981-2001

% do Brasil em relação ao mundo

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• Limites para tecnologia avançada em produtos e processos

• C&T&I secundários no desenvolvimento

• Pequeno esforço privado - Patentes no USPTO:

• 1980 – Brasil 24 - Coréia do Sul 9• 2000 – Brasil 113 - Coréia do Sul 3.472.

•Fragmentação e baixa coordenação das atividades

MCT

Brasil: Pontos fracos

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6

Recursos aplicados em P&Dcomo percentagem do PIB - países selecionados 1999

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Brasil México Portugal Espanha Itália União

Européia

França Total

OCDE

Coréa Estados

Unidos

Japão

PERCENTUAL

Fonte: OCDE, Main Science and Technology Indicators 2001 e Ministério da Ciência e Tecnologia.

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RECURSOS APLICADOS EM P&DPART. % DO SETOR PRIVADO - PAÍSES SELECIONADOS 1999

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Brasil México Portugal Espanha Itália UniãoEuropéia

França TotalOCDE

Coréa EstadosUnidos

Japão

PERCENTUAL

Fonte: OCDE, Main Science and Technology Indicators 2001 e Ministério da Ciência e Tecnologia.

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Pedidos de patentes depositados no INPI1990-2001

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000(1)

Nosso lado fraco, em C&T, sempre foi o do

desenvolvimento tecnológico. A nova

Lei de Patentes criou um estímulo ao

registro da propriedade

intelectual. Estamos alcançando a marca

anual de 25 mil patentes. Isso é

resultado da mudança de conduta das universidades e

das empresas.

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

(1) Números parciais

2000(1)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 (1)

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

(1) Dados Preliminares

2001(1)

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Concessões de patentes de invenção nos EUA (USPTO), por países de origem selecionados, 1980-2000

Fonte: U.S. Patent and Trademark Office (USPTO

Anos Brasil Argentina México Coréia do Sul

80 24 18 43 8

81 23 25 45 17

82 27 18 43 14

83 19 21 34 26

84 20 20 43 30

85 30 11 35 41

86 27 17 37 46

87 29 16 45 97

88 36 20 41 159

89 41 17 34 225

90 62 16 42 405

91 40 20 45 538

92 57 24 50 779

93 60 32 52 943

94 63 31 45 1.161

95 63 30 46 1.493

96 62 35 57 1.891

97 74 43 77 3.259

98 91 44 94 3.562

99 98 54 100 3.314

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• História industrial:• Substituição de importações• Forte participação da grande empresa estrangeira

• Pouco competitiva• Pequena abertura para o exterior

•Acesso à tecnologia:• BK• transferência da matriz• desenvolvimento autônomo em segmentos estatais

MCT

Brasil: Inovação e Transformações Econômicas

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• Esgotamento da substituição de importações:

• Reformas estruturais:• Novo papel do Estado• Novos mecanismos de regulação dos mercados

• Novo regime fiscal• Necessidade de maior inserção internacional

• Novo regime de propriedade intelectual• Ênfase em qualidade e competitividade

MCT

Brasil: Anos 80s e 90s – nova agenda econômica

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• Longa história de suporte à C&T• CNPq e CAPES – 50 anos• FINEP – 36 anos• MCT – 16 anos• Fundações Estaduais (FAPs) – FAPESP – 40

anos

• Complexidade e multiplicidade de atores

• Vários Ministérios do Governo Federal• Estados• Setor privado• Universidades• Centros e institutos de pesquisa

MCT

Evolução do sistemanacional de C&T

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O Governo Federal responde por 40% do

que se gasta em pesquisa e

desenvolvimento no Brasil. Além de

ampliar o esforço do setor privado - inclusive com

estímulos - é também importante incentivar

os Estados a investirem nessa área.

É uma obrigação de todos construirmos alternativas para o

futuro.

Dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)Distribuição % por Setor - Dados Preliminares - 1999

Federal39,7%

Estadual22,8%

Setor Empresarial

37,6%

Governo62,5%

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• Incentivos à P&D

• Políticas de redução e incentivo ao risco

• Infra-estrutura pública para competitividade (TIB)

• Fomento e infra-estrutura de pesquisa

• Recursos humanos qualificados:

• Sistema nacional de inovação

MCT

Agenda da Política de C&T&I

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• comprometimento com o financiamento público

• incentivos para a colaboração entre empresas

• apoio público à P&D e à inovação

• ênfase na comercialização dos resultados da pesquisa

• centros de excelência (cooperação universidade e empresas)

• atenção a novas áreas do crescimento

• empreendedorismo e promoção de novas empresas

• ênfase na colaboração público/privado e na formação de redes

• mobilidade de pesquisadores e flexibilidade institucional

• avaliação dos resultados e impactos das políticas

MCT

Tendências Internacionais das Políticas de C&T&I

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• Incorporação da dimensão INOVAÇÃO

• Reforma do sistema de fomento à C&T• 12 fundos setoriais para Pesquisa• Fundo para infra-estrutura de pesquisa• Fundo para interação Universidade-Empresa

• Reforma do sistema de financiamento e risco

• Estruturação de um mercado de capital de risco

• Crédito favorecido para P&D privados• Incentivos (subvenção) para P&D privados

MCT

Reforma do SistemaNacional de C&T&I (I)

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Recursos do Governo Federal Aplicados em Ciência e Tecnologia (C&T), 1991-2002

1

Os gastos do Governo Federal em C&T sempre foram marcados pela instabilidade. Para contornar essa dificuldade criamos novos 14 Fundos Setoriais para Pesquisa. Em 2002, os Fundos irão responder por um acréscimo de R$ 1 bilhão no orçamento de C&T.

R$ 1.000.000 de 2001

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002(1)

Notas: valores monetários expressos em R$ 1.000.000 de 2001, atualizados pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para a atualização monetária, levou-se em conta a execução mensal dos recursos orçamentários, cujos valores foram atualizados mensalmente para preços médios de 2001 e acumulados anualmente.1) Informações obtidas na Lei Orçamentária para 2002. Valores correntesDados preliminares

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FUNDO SETORIAL 1999 2000 2001 2002

PETRÓLEO 109,4 245,7 151,1 193,9

INFRAESTRUTURA - 45,1 138,6 160,0

TRANSPORTES - 1,6 8,0 7,9

ESPACIAL - 5,4 5,4 5,4

FUNTELL (*) 239,0 255,3

VERDE AMARELO - - 192,0 214,1

ENERGIA - - 80,0 71,4

INFORMÁTICA - - 44,0 40,0

HÍDRICO - - 26,8 28,3

MINERAL - - 2,7 3,2

AGRONEGÓCIO - - - 50,7

SAÚDE - - - 50,7

BIOTECNOLOGIA - - - 21,7

AERONÁUTICO - - - 21,7

TOTAL 109,4 297,8 887,6 1.124,3

Fundos Setoriais de C&T - 1999-20022

Doze dos novos Fundos financiam tecnologia

para setores importantes da

economia brasileira. Outros dois Fundos são

voltados para a infra-estrutura de pesquisa e

para estimular a interação Universidade-

Empresa. Outra novidade é que

participam da gestão todos os Ministérios envolvidos, o setor

privado e a academia.

Fonte: Coordenadora Geral de Captação Internacional- Assessoria de Captação de Recursos - Ministério da Ciência e Tecnologia

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• Reformas Institucionais• Novo modelo de gestão

• Reforma dos institutos federais de pesquisa

• Novos modelos (redes, centros, laboratórios associados, etc.)

• Projetos cooperativos Universidade-Empresa

• Novos arranjos pré-competitivos de empresas

• Lei de Inovação (mobilidade, flexibilidade, público-privado)

MCT

Reforma do SistemaNacional de C&T (II)

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• Superar visão linear de conhecimento e inovação

• Ênfase em mudanças institucionais

• Alteração nas relações público-privado

• Ambiente favorável à inovação (cooperativo)

• Externalidades para empresas (infra-estrutura tecnológica, etc.)

• Mobilizar competências

• Instrumentos distintos para cada segmento (fomento, bolsas, crédito, subvenção, etc.)

MCT

Políticas para um Sistema Nacional de

Inovação

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Exemplo do que esperamos da colaboração Universidade Empresa é o Projeto Genolyptus.

São 12 empresas, 7 universidades e 3 centros da Embrapa.

É uma rede que seria impossível de ser feita apenas com um ou outro ator. É uma das maiores redes de pesquisa sobre eucalipto no mundo.

Ela pressupõe mobilizar toda a competência existente - universidades, empresas e institutos de pesquisa - para aumentar a competitividade da indústria.

Genoma do Eucalipto

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NOVOS INSTRUMENTOS DE APOIO À INOVAÇÃO

A Lei 10.332/01 - iniciativa do Executivo, aprovada com

apoio de todo o Congresso Nacional, é um marco no

apoio à P&D no Brasil. Ela aloca recursos adicionais

para o Fundo Verde Amarelo. Esses recursos são

destinados a novos instrumentos de apoio ao esforço de

inovação do setor empresarial:

1. Equalização de taxa de juros em operações da FINEP garantir custo do financiamento similar ao praticado internacionalmente

2. Subvenção ao Desenvolvimento Tecnológico

reduzir o custo de atividades de desenvolvimento tecnológico e inovação

3. Participação em Empresas de Base Tecnológicaestimular o desenvolvimento do capital de risco no Brasil

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PROJETO INOVAR - Capital de Risco

Capital de Risco é central para a nova economia. FINEP, BNDES e SEBRAE tem criado novos fundos de risco.

O INOVAR cria um ambiente para esse desenvolvimento:

Realizamos 6 Venture Foruns, em que participaram mais de 50 investidores institucionais;

Mais de mil empresas depositaram seus planos de negócios no site do INOVAR;

Uma rede de agentes - incubadoras, institutos, bancos, SEBRAE - está prospectando negócios em todo o País;

Criamos um Fundo só para estimular novos fundos e a Lei 10.332/01 permite - através do Fundo Verde Amarelo - incentivar diretamente o capital de risco.

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LEI DE INOVAÇÃO

A Conferência Nacional de C&T&I debateu - e nos meses seguintes este texto foi submetido a consulta pública - uma Lei de incentivo à inovação. Estamos enviando ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que estimula a relação entre todos os atores desse sistema. Esse Projeto de Lei busca:

• Estimular a constituição de núcleos de inovação nas Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs)

• Flexibilizar a gestão nas Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs)

• Estimular a inovação empresarial por meio da redução do risco tecnológico

• Incrementar a formação e fortalecer as empresas de base tecnológica (EBTs)