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1 QUALIDADE SANITÁRIA DA AREIA DAS PRAIAS NO QUALIDADE SANITÁRIA DA AREIA DAS PRAIAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIA PARA MONITORAMENTO E DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIA PARA MONITORAMENTO E CONTROLE CONTROLE Autor: Nassim Boukai* Orientadora: Prof a . Marcia Marques Gomes Co-orientador: Prof. Adacto Benedicto Ottoni *Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Prefeitura do Rio de Janeiro- SMAC Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Engenharia – DESMA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental PEAMB

1 QUALIDADE SANITÁRIA DA AREIA DAS PRAIAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIA PARA MONITORAMENTO E CONTROLE Autor: Nassim Boukai*

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QUALIDADE SANITÁRIA DA AREIA DAS PRAIAS NO QUALIDADE SANITÁRIA DA AREIA DAS PRAIAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO:

DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIA PARA MONITORAMENTO DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIA PARA MONITORAMENTO E CONTROLEE CONTROLE

Autor: Nassim Boukai*

Orientadora: Profa. Marcia Marques Gomes

Co-orientador: Prof. Adacto Benedicto Ottoni

*Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Prefeitura do Rio de Janeiro- SMAC

Universidade do Estado do Rio de JaneiroFaculdade de Engenharia – DESMAPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental PEAMB

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I. POLUIÇÃO DE AREIA DE PRAIA E DOENÇAS CAUSADAS

Língua negra – Praia de São Conrado

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Fatores de poluição:

- fezes de cães - lixo - fezes de pombos - línguas negras

Micoorganismos patogênicos:

• bactérias

• fungos

• parasitas

Pombos – Praia Copacabana

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Bactérias

- coliformes fecais

- enterococos

- Criptococus neoformans

- Histoplasma capsulatum

Doenças causadas

- gastrinterites (diarréia e desidratação)

- criptococose (ataca o sistema nervoso central)

- histoplasmose (ataca o sistema respiratório)

bactéria Escherichia coli

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Fungos

- Candida sp

- Scopulariopsis sp

- Aspergillus sp

Doenças causadas

- micoses (doenças da pele)

- infecções das unhas e do couro cabeludo.

Micose Tinea nigra

Fungos leveduriformes Candida sp

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Parasitas

- Toxocara canis

- Ancylostoma sp

Doenças causadas

- larva migrams visceral

- larva migrams cutânea

Rastro sinuoso causado pela larva migrans cutânea.

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II . CONTROLE DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS

DAS PRAIAS

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Controle da Água (Resolução CONAMA 274/2000)

Coliformes fecais: 1.000 NMP/100 ml E. coli: 800 NMP/100 ml Enterococos: 100 NMP/100 ml

Controle da Areia

- Contrariando a legislação municipal vigente, atualmente não se divulga a qualidade sanitária da areia das praias

- CONAMA: apenas recomenda monitoramento para futuras padronizações.

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Exigências Previstas na Legislação Municipal

• Lei Orgânica Municipal (LOM) incumbe ao Poder Público garantir:

- limpeza e a qualidade sanitária da areia das praias. - amplo acesso dos interessados às informações sobre a qualidade sanitária da areia das praias.

• Lei 3.210 de 5 de abril de 2001- Cria a obrigatoriedade de divulgação quinzenal do Boletim de Avaliação das condições das areias das praias.

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Ações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro - SMAC

Projeto Piloto – 1999/2000Estabeleceu um padrão provisório de qualidade sanitária para areia de praia, com previsão de revisão em dois anos.Resolução SMAC 81/2000.

Fase de Monitoramento – 2001/2002Aplicado ao longo de todo o litoral do Município, com base no padrão provisório.

Revisão do padrão: Tomaria como base os dados obtidos durante a fase de monitoramento.

A revisão não foi realizada até hoje.

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OBJETIVO GERAL

Contribuir para a redução do risco de transmissão de doenças aos freqüentadores das praias, por microorganismos patogênicos encontrados nas suas areias, através da formulação de uma proposta de estratégia para monitoramento e controle da qualidade sanitária da areia de praia no Município do Rio de Janeiro.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Contextualizar o tema qualidade sanitária de areia de praia no cenário nacional e internacional, incluindo aspectos legais, epidemiológicos e de gestão.

2. Caracterizar e classificar preliminarmente as praias do MRJ, em função da qualidade sanitária de suas areias, através dos dados quinzenais obtidos no período de monitoramento (out/2001 a set/2002) realizado pela SMAC.

3. Formular uma proposta de revisão dos padrões de qualidade sanitária de areia de praia estabelecidos na Resolução SMAC 81/2000.

4. Estimular a ampliação da discussão do tema nos municípios da zona costeira brasileira.

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PROJETO PILOTO E FASE DE MONITORAMENTO - SMAC/MRJ

Fonte: SMAC (2000).

Extração de amostra de areia – Projeto Piloto SMAC.

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PROJETO PILOTO – Setembro/1999 a Agosto/2000

• Objetivo: estabelecer padrão de qualidade sanitária para areia de praia.

• 45 campanhas nas praias de Copacabana e Prainha.

• Amostras obtidas em três faixas da areia: junto à calçada, faixa central, e junto à água.

• O estabelecimento de um padrão de qualidade sanitária foi dificultado pela dispersão acentuada dos valores de colimetria obtidos em cada ponto de amostragem.

• Causas prováveis:

- alta heterogeneidade espacial da contaminação da areia.

- procedimento de amostragem inadequado, com

amostras simples retiradas de um único ponto.

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E. coli Local n Mínimo Máximo

R. Peru B. Ipanema S. Lima Prainha

36 36 36 8

5 5 5 5

25.000 80.000 80.000 1.100

Amplitude da Dispersão dos Valores de E. coli Obtidos na Faixa Central, Durante o Projeto Piloto

(NMP/100g areia).

Causa: metodologia de amostragem inadequada.

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Padrão Sanitário Estabelecido no Projeto PilotoResolução SMAC 81/2000.

Os dados obtidos de colimetria foram submetidos pela SMAC a análise estatística paramétrica, com uso da média e de desvio padrão, procedimento considerado inadequado para série de dados que não seguem distribuição normal.

Em função da dificuldade de interpretação dos dados, a SMAC optou por “limites hipotéticos” provisórios, com previsão de revisão em até dois anos.

Coliformes totais (NMP): 30.000/100g de areiaE. Coli (NMP): 400/100g de areia

Não foram estabelecidos padrões para fungos e parasitas por insuficiência de dados.

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Indicadores Sanitários Propostos na Literatura Mendes

et al (1993)

ABAE (2002)

Costa e Silva

(2000)

SMAC (2000)

Coliformes Totais (NMP/g areia)

10.000 100 50

300

Coliformes Fecais (NMP/g areia)

1.000 --- 10

---

E. coli (NMP/g areia)

--- 20 ---

4

Enterococos (pfc)

100 20 ---

---

Fungos (pfc)

Cândida: 10 pfc

Fungos total: 300-560 pfc

--- ---

Dados epidemiológicos? Análise de risco?

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FASE DE MONITORAMENTO - SMAC

Período: outubro/2001 – setembro/2002

• Padrão de qualidade aplicado: Resolução SMAC 81/2000. • Locais monitorados: 34 pontos de praia, faixa central da areia.• Freqüência: quinzenal.• Tipo de amostra: composta de 5 sub-amostras, obtidas de uma área de 2m2.

Qualidade de Areia Resultante

38% das amostras de areia foram classificadas como “impróprias”.

8% das amostras da praia de Prainha, adotada como padrão de qualidade no Projeto Piloto, foram classificadas como “impróprias“.

Como o padrão sanitário aplicado não resultou de estudos epidemiológicos e análise de risco, e o valores limites foram escolhidos aleatoriamente, não há como avaliar a real situação da qualidade sanitária da areia.

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CARACTERIZAÇÃO DA AREIA DAS PRAIAS DO

MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

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1 - Variação da Qualidade Sanitária nas Três Faixas de Areia Avaliadas (A, B, C)

Das três faixas de areia de praia avaliadas durante o projeto piloto – (A) junto à calçada, (B) faixa central, e (C) junto à água – os valores de colimetria obtidos na faixa de areia junto à calçada (A) foram superiores aos das outras faixas.

Comerciantes, quiosques, pedestres

L ín g u a n eg ra

Cal

çada

Oce

ano

Atl

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Atl

ânti

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ABC

D (la d o d ire ito )

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Conjunto de amostras faixas A, B, C

400100

225

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

10000000

E.coli A E.coli B E.coli C

E.c

oli

(N

MP

/100

g)

Faixa n Mediana IQR 95% IC da Mediana

E.coli A  108 400 6210 150 1100

E.coli B  108 100 1053 80 200

E.coli C  108 225 1480 105 700

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Estação do Ano

Mediana E. coli 95% IC

Primavera 50 23 110 Verão 110 50 220 Outono 23 13 30 Inverno 45 23 110

2- Variação Sazonal da Qualidade Sanitária da Areia

Reforça a tese de que o nível de poluição da areia das praias está associado à taxa de ocupação da areia e aos hábitos higiênicos de seus freqüentadores.

Teste de significância da diferença entre as medianas (Mann-Whitney, α = 0,05): Mediana no Verão é superior à mediana

nas demais estações.

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Local E. coli Local E. coli 1-Praia Reserva 2 18-Leblon/ BM 230 2-Barra/Con Bar 23 19-Barra/ Pepê 300 3-S Conrado 23 20-Praia Leme 300 4-Recreio 23 21-S Conrd/ HN 300 5-Prainha 30 22-Praia Diabo 300 6-Praia Vermelha 50 23-Leblon/ VAlb 500 7-Praia Flamengo 80 24-Barra/ QMar 500 8-Barra/A Senna 80 35-Copac/ SLima 500 9-Copac/ BIpan 90 26-Paquetá/Imb 500 10-Ilha G/P Mor 110 27-Arpoador 800 11-Praia Grumari 130 28-Guaratiba 1300 12-Recreio/C Clb 130 29-Sepetiba 1700 13-Praia Ramos 170 30-Ilha G/ PE 2300 14-Ipanema/P Rd 170 31-Ilha G/ GU 5000 15-Praia Botafogo 230 32-Ilha P/ JB 8000 16-Copac/ RPeru 230 33-Ilha G/ PB 11000 17-Ipanema/ MQ 230 34-Urca/ PC 13000

3- Classificação de 34 pontos de monitoramento de areia de praia segundo o valor superior do

intervalo de confiança da mediana (IC = 95%)

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4- Comparação entre a qualidade da água do mar versus areia da praia

Estação de Amostragem

Mediana de E. coli da

Areia

% de Água Imprópria

no Ano Praia de Ramos 1,5 100 Praia do Flamengo 18,5 88 Praia de Botafogo 80 83 Ipanema – M.Quitéria 95 18 Ipanema – Arpoador 105 10 Copacabana – S. Lima 110 7 Ipanema – P. Diabo 140 8

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5- Simulação de Padrão de

E.coli = 800 NMP/100g areia:

% de Amostras Consideradas Impróprias

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Projeto Piloto SMAC – Limite para E. coli

Limite para areia: 400 NMP/100g (Projeto piloto)

Limite para água: 800 NMP/100g (Resolução CONAMA)

Hipótese: Para uma mesma concentração de coliformes na água e na areia, o risco de contaminação de um banhista por areia seria menor do que o risco de contaminação por água.

ARGUMENTOS:1) A fluidez da água proporciona maior facilidade de contato com a

pele e de penetração nas cavidades do corpo do banhista. Desta forma, para um mesmo risco de contaminação, o limite

máximo para areia poderia ser superior ao limite máximo estabelecido para água.

2) Limites estabelecidos na literatura (ex: MENDES et al, 1993) são

muito superiores a 400NMP/100g areia do projeto piloto.

Proposta do presente trabalho: aumento do limite de E. coli de 400 para 800 NMP/100g de areia.

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Percentile 10th 1 25th 4 50th 50 75th 500 90th 5000

Para o limite atual de 400NMP/100g areia, 38% das amostras foram consideradas imprórias.

Com um padrão de 800NMP/100g areia para E. coli (igual ao de balneabilidade de água), o percentual de amostras classificadas como impróprias durante o monitoramento será inferior a 25%.

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ESTRATÉGIA PARA MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE SANITÁRIA DE

AREIA DE PRAIA NO MRJ

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PROPOSTA DE REVISÃO RESOLUÇÃO SMAC 81/2000

Indicador Valor Atual (100g areia)

Valor Proposto (100g areia)

Bactérias Coliformes totais (NMP)

30.000 --

E. coli (NMP)

400 800 (1)

Fungos Cândida sp (pfc)

-- 1.000 (2)

Parasitas Ancylostoma sp -- Ausente (3) Toxocara sp -- Ausente (4)

Fontes: (1) Resolução CONAMA 274/2000; (2) Mendes et al (1993) apud

Mendes et al (1997); (3) Migowski apud Velasco (2004); (4) Velasco (2004).

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RESUMO DO SISTEMA DE GESTÃO PROPOSTO

1. Revisão da Resolução SMAC 81/2000.

2. Revisão da metodologia de amostragem de areia.

3. Realização de novo projeto piloto.

4. Implantação de um programa contínuo de educação ambiental na mídia e nas escolas.

5. Manutenção de rígida vigilância nas praias, visando garantir o cumprimento da legislação em vigor.

6. Disponibilização pelo Poder Público de estrutura adequada para a disposição correta do lixo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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O novo padrão proposto para qualidade sanitária de areia de praia não deve ser considerado como um padrão definitivo, tendo em vista as controvérsias e a insuficiência de dados epidemiológicos e de análise de risco.

Assim como o padrão de balneabilidade de água de praia foi revisado após um período de 14 anos (1986-2000), o padrão de areia poderá ser revisado em função de novos resultados obtidos em futuros monitoramentos, e em função de desenvolvimento de novas pesquisas.