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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DE ATIVO E PASSIVO GRUPO ESMERALDA: ANDRESSA BUZETTI TAMANINI FRANCISLEY ASSIS DIAS TIAGO GOMES LEITE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DE ATIVO E PASSIVO

GRUPO ESMERALDA:

ANDRESSA BUZETTI TAMANINI

FRANCISLEY ASSIS DIAS

TIAGO GOMES LEITE

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Dentro do escopo da organização de uma empresa a figura do administrador financeiro tem três funções básicas:

Investimento; Financiamento; Dividendos.

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Conforme, Van Horne: “As funções de finanças envolvem três principais decisões que a

companhia tem que tomar: a decisão de investimento, a decisão de financiamento e a decisão de dividendos. Cada uma deve ser considerada em relação ao nosso objetivo; uma ótima combinação das três irá criar valor. Investimento de capital é a alocação de capital para as propostas de investimento cujos benefícios serão realizados no futuro. Uma vez que os futuros benefícios não são conhecidos com certeza, as propostas de investimento necessariamente envolvem riscos. Conseqüentemente, elas devem ser avaliadas na relação de seu retorno e risco esperado, uma vez que esses fatores afetam a avaliação da empresa no mercado.”

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Essas três decisões têm a finalidade de apoiar a empresa em todo seu processo de gestão elas fazem parte, na realidade, da controladoria, e estão sob responsabilidade do controller.

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Decisão de investimento e determinação da estrutura do ativo

Conforme Gitman:

“... as decisões de investimento determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa (...) a combinação refere-se ao montante de recursos aplicados em ativos circulantes e ativos permanentes...”

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Conceito e classificação de investimento

“Um investimento caracteriza-se por ser um gasto não consumido imediatamente, cujos resultados virão dos benefícios futuros desse gasto”Características de investimento:         Todos os gastos utilizam determinado modelo de mensuração, geralmente fluxo de caixa descontado:         Geração de outros produtos e serviços;         Instrumentos e meios para desenvolver as atividades;         Não se exaurirem de uma única vez;      Haver usufruto (uma obra de arte não seria considerada um investimento industrial);

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Investimentos

Contabilidade: Ativos não circulantes; Finanças: Ativos fixos.

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Em relação aos investimentos

Temos dois tipos de atividades:

• As que utilizam recursos;

• As que coordenam e distribuem recursos.

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Ativos Fixos e Capital de Giro

Os ativos representam os investimentos da empresa agrupados em duas classes:

  Os que têm dinâmica própria e acompanham o ciclo de operação da empresa, denominados de investimento de capital de giro (estoques, contas a receber, contas a pagar);

  Os que caracterizam por um forte grau de imutabilidade ou fixidez, denominados de ativos fixos (imóveis, equipamentos, utensílios, intangíveis adquiridos).

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Os ativos podem ser de diversas naturezas, porém dentro do ambiente empresarial o que nos interessa são quatro grandes tipos:

1- Aquisição de uma empresa já existente;2- Investimento em uma nova empresa;3- Investimento da empresa em uma nova unidade de

negócio ou novo produto;4- Investimento da empresa em ativos específicos; Todos eles requerem análise do retorno e risco.

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Determinação da Estrutura do Ativo

Determinar a estrutura do ativo significa identificar a quantidade e a qualidade do investimento.

“Conceitua-se determinação da estrutura do ativo como a decisão de investimento que é tomada na obtenção da combinação ideal de ativos em relação ao negócio proposto, objetivando a menor estrutura de capital”.

O propósito desta combinação é determinar a parcela ideal de investimentos em ativos fixos e capital de giro para o negócio ou empresa a ser constituída.

A partir do ponto estratégico da empresa sairão as diretrizes e pontos referenciais que determinarão a estrutura do ativo do investimento.

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Modelo de decisão para definição da estrutura do ativo

“Para se definir a estrutura do ativo, é necessário antes a definição de uma série de outras variáveis, que se inicia pela definição do produto ou produtos a serem fornecidos dentro do negócio a ser explorado.

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A definição da estrutura do ativo é um processo complexo, pois envolve uma série muito grande de variáveis como:

• Volume;• Preços de venda;• Tecnologias;• Processos;• Estrutura do produto;• Atividades a serem internadas, etc.

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Etapas para determinação do Ativo

1ª Etapa - Definição do negócio e missão da empresa

• A primeira decisão estratégica consiste na definição do negócio ou setor em que a empresa quer atuar.

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2ª Etapa – Definição do produto (ou serviço), mercado, volume e preço(s) de venda.

Após a definição do negócio, a empresa tem de definir qual produto ou linha de produtos ela vai desenvolver e/ou vender e qual mercado consumidor estará disposto a aceitá-los.

Juntamente a essa escolha duas decisões devem ser levadas em consideração: a definição do preço de venda dos produtos e o volume desejado ou esperado de vendas (e conseqüentemente produção).

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3ª Etapa:

• Definição do segmento da cadeia produtiva e tecnologia do produto.

• Definição de que etapa da cadeia produtiva a empresa iniciará seu processo.

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Cadeia produtiva

• Pode ser definida como os processos básicos de transformação que permitem traduzir matéria-prima em produto final pronto para ser consumido.

• Definição: São processos necessários para transformação do insumo básico em produto final para o consumidor.

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Tecnologia do produto

• Juntamente com a definição da cadeia produtiva, a empresa decidirá qual a tecnologia de produto a ser empregada.

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4ª Etapa – Definição ou criação das tecnologias essenciais da empresa

A definição das tecnologias complementares para operacionalizar os seguintes processos das funções básicas do sistema empresa: fabricação ou produção, comercial e administrativo financeiro.

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Tecnologia Produtiva

Consiste em definir os processos de fabricação que serão necessários para operacionalizar a tecnologia do produto adotada.

Quais equipamentos, processos e modelos de gestão de produção serão adotados e que, conseqüentemente, continuarão o processo de identificação dos ativos necessários para o investimento.

Se optar por uma estrutura mais automatizada será necessário maior investimento em equipamentos. Caso queira optar por uma produção mais enxuta essa necessidade será menor.

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Tecnologia comercial

A empresa pode optar por várias maneiras de levar seu produto ao mercado:

• Pode vender toda sua produção para revendedores, oferecendo-lhes preços menores;

• Pela tecnologia de distribuição e venda própria através de seus vendedores e filiais de vendas;

• Pela tecnologia de revendedores residentes e comissionados em todas as regiões de mercado de seus produtos;

• Pela venda de porta em porta.

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Tecnologia Administrativa

É de cunho mais genérico e muitas vezes, mais do que definição, consiste na criação de tecnologia.

Existem empresas que apostam em tecnologias administrativas já consagradas. (ex. consultorias, auditorias...)

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Variáveis básicas das tecnologias essenciais

  Processos internados;

  Volume;

  Tempo;

  Eficiência dos recursos.

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Ciclo e Custo médio

As variáveis básicas determinam, ao final de seu ciclo, os fatores de custos (de produção, comercialização e administrativa) necessários para operacionalizar cada tecnologia. Os fatores de custos, decorrentes das estruturas de ativos, determinam o custo médio dos produtos fabricados e comercializados.

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Desta maneira, ao final do modelo decisório, obteremos a visão global dos três ciclos fundamentais das empresas, suas necessidades estruturais e, associados aos volumes planejados e operacionalizados, seus custos médios:

Quais sejam:  Ciclo produtivo e custo médio fabril;  Ciclo comercial e custo médio comercial;  Ciclo administrativo e custo médio administrativo;  Custo médio total do produto ou serviço.

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5ª Etapa – Detalhamento e definição das variáveis básicas das tecnologias essenciais da empresa;

Como uma etapa final da utilização do modelo para determinação da estrutura do ativo está o detalhamento das variáveis básicas para cada tecnologia essencial, as estruturas dos ativos e utilização dos fatores ou insumos de produção, comercialização e administração.

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Variáveis básicas e seu detalhamento na tecnologia produtiva

 

Processo de Fabricação – Depende de duas variáveis básicas para qualquer estrutura industrial: a estrutura do produto e o processo ou roteiro de fabricação.

Subprocessos internados e terceirização: A empresa tem opção de terceirizar ou internar seus processos. 

Estrutura do produto

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Como conseqüência em termos de ativo, a estrutura do produto, mais as quantidades a serem produzidas, aliadas ao tempo requerido para os processos, mais a política de estocagem conduzem à formação do ativo de estoques de matérias-primas, componentes e embalagens.

Roteiro de Fabricação.

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Volume

É comum as empresas escolherem e desenvolverem um nível de atividade de tal forma que possa utilizar suas instalações industriais com folga. Quando a demanda aumentar ela pode, adicionando recursos (turnos, horas-extras) atendê-la sem modificar sua estrutura.

O volume de atividade, mais os processos internados gerarão um tempo físico necessário para o total do programa de produção almejado.

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Tempo

Os recursos financeiros necessários tanto para os investimentos fixos como para os estoques e as despesas geram um custo financeiro, que é o custo de oportunidade aplicado ao tempo que os recursos financeiros ficam parados no processo produtivo até a conclusão do processo fabril.

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Eficiência dos Recursos

Para que o produto seja fabricado pelas diversas atividades fabris, é preciso sistemas de informações e manutenção dos recursos que gerenciem todo o conjunto operacional, seja em termos de estoques, seja em termos de PCP e de qualidade, engenharias de desenvolvimento e processos, gerência fabril...

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Variáveis básicas e seu detalhamento na

tecnologia comercial

Processo A estrutura do produto para área comercial tem

apenas um componente, o produto final, que é transferido da área de manufatura para a comercial. O processo de comercialização adotado, mais a política de estoque de produtos finais exigirão mais ou menos estoque de produtos acabados, sendo, portanto, fator determinante parcial da estrutura do ativo.

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Demais variáveis básicas:

Volume, tempo e eficiência recebem o mesmo enfoque sobre esses fatores apresentados em relação a tecnologia fabril.

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Variáveis básicas e seu detalhamento na tecnologia

administrativa

Duas variáveis básicas: Volume e eficiência dos recursos.

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Estrutura do Ativo, estrutura de custos e alavancagem operacional

Podemos definir a estrutura de custos de uma empresa como a proporção relativa entre o total de custos e despesas fixas e o total de custos e despesas variáveis no total de custos e despesas da empresa. Podemos ver a estrutura de custos de uma empresa de duas formas: o total dos gastos fixos e variáveis em relação as vendas e o total dos gastos fixos e variáveis em relação ao total dos gastos.

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Alavancagem Operacional

Conceito:

Quanto maior a incidência de gastos fixos maior a possibilidade da alavancagem operacional.

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Relação entre Estrutura de Ativo e Alavancagem Operacional

A alavancagem operacional decorre de uma estrutura operacional montada para uma empresa realizar suas operações de produção, vendas ou serviços.

A alavancagem operacional maior ou menor decorre de uma estrutura de custos com maior ou menor incidência de custos fixos.

Estrutura do Ativo Estrutura de Custos Alavanc. Operacional

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Relacionamento entre estrutura do Ativo e Alavancagem Operacional

Estrutura do Ativo Exemplo de Tipo Custo decorrente Tipo de Custo

de Ativo do Ativo Estrutura de Custo

Capital de Giro Estoque CMV – Custo da Custo Variável

Merc. Vendida

Alavancagem

Operacional

Ativo Fixo Equipamento Depreciação Custo Fixo

Fonte: Padoveze (2009, p. 163)

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Grau de Alavancagem Operacional

É a medida da extensão da utilização dos custos e despesas fixas dentro da empresa.

Margem de contribuição total = GAO

Lucro Operacional

Dado um aumento de volume, quanto maior o grau de alavancagem operacional, maior será a variação do lucro operacional.

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1. Lucro Operacional com aumento de 15% nas Vendas = 8.100,00 = + 145,5%

Lucro Operacional Anterior 3.300,00

2. Lucro Operacional com aumento de 15% nas Vendas = 3.340,00 = + 75,8%

Lucro Operacional Anterior 1.900,00

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Risco Operacional

Toda empresa tem seu risco, e um dos componentes fundamentais para isso é o risco operacional, que decorre de adoção de determinada estrutura do ativo, a qual está ligada ao volume e preço esperado, bem como a estrutura de custos decorrente da composição do ativo.

O risco operacional acontece quando existe uma redução do volume e não há possibilidade de reduzir os gastos com os custos e despesas fixas.

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Quadro Explicativo – Alavancagem Operacional

CUSTO FIXO GRAU DE ALAVANCAGEM

OPERACIONAL

GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL

LUCROS ( Em situação de aumento de demanda).

GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL

LUCROS ( Em situação de redução de demanda).

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Modelos para Decisões de Modificação da Estrutura de Custos

As maiores possibilidades de modificação da estrutura do ativo após sua determinação inicial, concentram-se nos elementos que são definidos na etapa de definição ou criação das tecnologias essenciais da empresa.

Existem dois modelos de decisão mais comuns para eventuais modificações na estrutura do ativo e custos da empresa:

Comprar Versus fabricar : A empresa opta por produzir o produto ou comprá-lo diretamente de terceiros.

Manutenção ou não das atividades necessárias para gestão de recursos : Relacionado com a possibilidade de terceirizar este processo.

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CONSIDERAÇÕES PARA DECISÃO

Levantamento dos custos envolvidos nas alternativas;

Utilização da capacidade ociosa; Custos adicionais por adquirir de terceiros; Quantidades envolvidas; Qualidade, tempo, fornecedor alternativo.

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INTERNAÇÃO DE ATIVIDADES

Os critérios mais utilizados para o processo de decisão de internar ou não são:

Custo interno versus custo externo; Qualidade do serviço oferecido; Grau de ocupação intelectual que a atividade

exige dos gestores da empresa.

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DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DO PASSIVO

Estrutura de passivo ou estrutura de capital – definição e conceitos principais:

Define-se estrutura do passivo a participação relativa dos diversos tipos de fontes de capital remuneradas que estão sendo utilizadas para financiar os investimentos do ativo da empresa. Esta estrutura também é denominada de estrutura de capital.

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Passivos de Funcionamento: Financia os custos das operações da empresa.

Fornecedores; Contas a pagar; Impostos a recolher; Salários a pagar.

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Os passivos remunerados com juros que fazem parte do conceito de estrutura de passivo, são denominados de Passivo de Financiamento.

Os Principais Parâmetros Norteadores da Estrutura do Passivo são:

Grau de aversão ao risco; Dilema Liquidez X rentabilidade; Mensuração do endividamento.

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GRAU DE AVERSÃO AO RISCO

O risco pode ser definido como probabilidade de perda em relação a resultados esperados;

O grau de aversão ao risco indica como a empresa vê o risco financeiro que é evidenciado na estrutura do passivo;

Quanto maior for a fonte de capita externa, menor será o grau de aversão ao risco;

Quanto maior for a fonte de capital interna, maior será o grau de aversão ao risco.

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O DILEMA LIQUIDEZ X RENTABILIDADE

Denomina-se liquidez a condição que a empresa tem de honrar todos os seus compromissos financeiros.

A busca de maior rentabilidade fazendo uso intensivo de fontes externas de capital leva ao dilema liquidez x rentabilidade.

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GRAU DE ENDIVIDAMENTO E RISCO FINANCEIRO

Denomina-se risco financeiro a possibilidade de a empresa não se responsabilizar, temporária ou definitivamente, pelos pagamentos das parcelas do principal e dos juros contratuais.

Adota-se como referência básica para medir o risco financeiro de cada empresa, além do potencial de geração operacional de lucros, o grau de endividamento.

(GE) = CAPITAL DE TERCEIROS

CAPITAL PRÓPRIO Quanto maior o grau de endividamento, maior o risco financeiro.

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Estrutura Financeira, rentabilidade do Ativo e Rentabilidade dos Acionistas

A Rentabilidade Geral da empresa decorre da rentabilidade do ativo, do Resultado Operacional, Já a Rentabilidade do Capital Próprio depende do quanto de juros tem que se pagar para os Empréstimos (Capital de Terceiros).

Empresas do mesmo setor podem ter a mesma rentabilidade do Ativo, mas obterem rentabilidade diferente para o Capital Próprio decorrente de sua Estrutura Financeira e da Taxa de Juros do Capital de Terceiros.

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Hipótese 1 - Taxa de Juros de 12% a.a

Discriminação Estrutura A Estrutura B Estrutura C

Lucro Operacional antes dos Juros 150.000 150.000 150.000

Juros - 12% a.a s/ Capital de Terceiros - 60.000 90.000

Lucros Líquido p/ os Acionistas 150.000 90.000 60.000

Rentabilidade do Ativo (em %) 15 15 15

Rentabilidade dos Acionistas (em %) 15 18 24

Hipótese 2 - Taxa de Juros de 18% a.a

Discriminação Estrutura A Estrutura B Estrutura C

Lucro Operacional antes dos Juros 150.000 150.000 150.000

Juros - 18% a.a s/ Capital de Terceiros - 90.000 135.000

Lucros Líquido p/ os Acionistas 150.000 60.000 15.000

Rentabilidade do Ativo (em %) 15 15 15

Rentabilidade dos Acionistas (em %) 15 12 6

Conclusão: Na tomada de decisão para Investimentos, não devemos nos prender apenas ao Resultado Operacional, mas também na forma com que a empresa trata seu Capital de Terceiros, pois é neste ponto que o Lucro para os Acionistas é alterado.

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Alavancagem Financeira Maiores Lucros para Acionistas com uso mais intenso de Capital de Terceiros; Alavancagem Financeira x Risco Financeiro Juros como custo Fixo:

Manter o percentual do Custo do Financiamento inferior à Rentabilidade do Ativo;

Aumentar o Lucro Operacional alavancando assim a rentabilidade para o Acionista por manterem fixos os valores pagos ao capital de Terceiros.

Estrutura do Passivo

Capital de Terceiros

Capital Próprio

Exemplo de Tipo de Passivo

Financiamentos

Capital Social

Custo/Renda decorrente do

Passivo do exemplo

Juros

Dividendos

Tipo de Renda

Renda Fixa

(Custo Fixo)

Renda Variável

Alavancagem Financeira

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Custo de Capital, Estrutura do Passivo e Valor da Empresa

A abordagem tradicional assume que há uma estrutura ótima de Capital e que a empresa pode aumentar o seu valor através do uso adequado do Efeito Alavancagem, ou seja, a Empresa inicialmente pode baixar seu custo de capital e aumentar seu valor total através da alavancagem financeira. Porém quanto mais alavancagem ocorrer e, conseqüentemente, maior grau de endividamento financeiro, os financiadores externos provavelmente irão penalizar a empresa com taxas de Juros maiores nos novos empréstimos a serem fornecidos à empresa, uma vez que passam a assumir riscos maiores.

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Para trabalhar a estrutura de Capital da Empresa temos as seguintes equações:

Ki= Custo Anual de Juros/Valor de Mercado das Dívidas (Capital de Terceiros)- Custo da alavancagem ou o Custo dos Empréstimos;

Ke= Lucro Disponível aos Acionistas (Lucro Operacional depois dos Juros)/Valor de Mercado do Patrimônio Líquido (Capital Próprio)-Custo das Ações ou o Custo Exigido pelos Acionistas;

Ko= Lucro Operacional (Lucro antes dos Juros)/Valor de mercado da Empresa (Capital de Terceiros mais Capital Próprio)-Custo médio de Capital da Empresa.

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Abordagem do Lucro Operacional

Nesta abordagem o valor da Empresa é obtido pela capitalização do Lucro Operacional (Lucro Antes dos Juros) a uma determinada taxa geral de Capitalização, e o valor do Capital dos Acionistas é obtido pela diferença entre o valor total da empresa e o valor das dívidas.

0 Lucro Operacional (antes dos juros) R$ 2.000,00

Ko Taxa Geral de Capitalização 0,125

V Valor da Empresa (0:Ko) R$ 16.000,00

B Valor da Dívida (capital de Terceiros R$ 7.000,00

S Valor dos Acionistas (capital próprio) R$ 9.000,00

Exemplo: Se uma empresa tem um lucro operacional médio esperado de R$ 2.000,00 e assumindo uma taxa geral de capitalização de 12,5%, o valor da empresa seria R$ 16.000,00. Supondo que o total de dividas financeiras fosse de R$ 7.000,00, o valor do capital dos acionistas seria de R$ 9.000,00.

Assumindo, por exemplo, que a taxa de juros dos empréstimos fosse de 10% a.a., o custo de capital dos acionistas seria:

Lucro Operacional = R$ 2.000

(-) Custo dos Juros = (R$ 700)

= Lucro para os Acionistas = R$ 1.200

Ke= R$ 1.200 = 13,3% a.a.

R$ 9.000

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Alavancagem Financeira e Alavancagem Combinada Alavancagem Financeira

Parte do pressuposto de que os custos fixos de juros podem ser utilizados para maximização do retorno dos acionistas, ou seja, é a capacidade da empresa de usar Encargos Financeiros Fixos para maximizar os efeitos de variações no Lucro antes de Juros e Impostos (LAJIR) sobre o Lucro por Ação.

Estrutura Financeira A

Estrutura Financeira A

Capital de Terceiros 350.000 600.000

Capital Próprio 650.000 400.000

Ativo Total 1.000.000 1.000.000

Taxa de Juros 10% 10%

Descrição Situação Atual Aumento de 12% o volume Diminuição de 12% no volume

Estrutura A Estrutura B Estrutura A Estrutura B Estrutura A Estrutura B

Receita de Vendas 1.500.000 1.500.000 1.680.000 1.680.000 1.320.000 1.320.000

Custos e Despesas Variáveis 900.000 900.000 1.008.000 1.008.000 792.000 792.000

Custos e Despesas Fixas 490.000 490.000 490.000 490.000 490.000 490.000

Lucro Operacional antes dos Juros (A) 110.000 110.000 182.000 182.000 38.000 38.000

Juros 35.000 60.000 35.000 60.000 35.000 60.000

Lucro depois dos Juros (B) 75.000 50.000 147.000 122.000 3.000 (22.000)

Rentabilidade Oper. Do Ativo (em %) 11 11 18,2 18,2 3,8 3,8

Rentabilidade do Capital Próprio (em %) 11,5 12,5 226 30,5 0,5 -5,5

Grau de Alavancagem Financeira (A:B) 1,467 2,200 Efeito da Alavancagem Financeira Ocorrência do Risco Financeiro

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Fica claro, então, que quanto mais alavancada financeiramente é uma empresa, ela se beneficia de dois aspectos:

1. Quando o custo dos empréstimos é menor que o Lucro Operacional sobre os ativos;

2. Quando há aumento do nível de atividade.

Porém, nota-se que quanto mais alavancada financeiramente for a empresa, maior risco ela terá na hipótese de ocorrer queda no nível de atividade.

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Alavancagem Combinada

É a combinação de uma Estrutura de Ativo com uma Estrutura de Passivo, e é obtida pela multiplicação do grau de Alavancagem Operacional e o Grau de Alavancagem Financeiro. Por conseguinte, o grau de alavancagem combinado determina o grau de risco do empreendimento naquela combinação de Alavancagem escolhida.m Combinada

Ativo Passivo

Alavancagem Operacional

Risco Operacional

Alavancagem Financeira

Risco Financeiro

Alavancagem Combinada

Risco da Empresa

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Portanto, na alavancagem Combinada, poderemos ter quatro combinações de estruturas de empresas, que são:

Estrutura Operacional Conservadora + Estrutura Financeira ConservadoraUtiliza-se o máximo possível de Custos Variáveis e de capital Próprio;

Estrutura Operacional Conservadora + Estrutura Financeira ArrojadaUtiliza o máximo possível de Custos Variáveis e de capital de Terceiros;

Estrutura Operacional Arrojada + Estrutura Financeira ConservadoraUtiliza o máximo possível de Custos Fixos e de Capital próprio;

Estrutura Operacional Arrojada + Estrutura Financeira ArrojadaUtiliza o máximo possível de Custos Fixos e Capital de Terceiros

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O Impacto Tributário na Alavancagem Financeira

Um dos grandes elementos motivadores da Alavancagem Financeira é a dedutibilidade dos Juros para fins de Imposto sobre o Lucro, ou seja, o custo do Capital de Terceiros, através das taxas de juros nominais, é reduzido pelo impacto tributário, já que é uma despesa dedutível.

Taxa de Juros Nominal 20,0% a.a

Dedutibilidade Tributária – 34% x 20% 6,8%

Taxa de Juros Efetiva 13,2% a.a.

Considerando a alíquota máxima dos impostos sobre o lucro de 34%, uma taxa de juros de 20% ao ano tem um custo real, após a utilização como despesa dedutível pela empresa, de 13,2%.

Temos também o Juros sobre Capital Próprio que é uma das formas de rendimentos do Capital Investido pelos sócios e/ou acionistas, sendo um direito dos Investidores. Para a entidade, por sua vez, um planejamento tributário que reduz a carga de impostos, conseqüentemente deixa de diminuir seus ativos. Tal medida foi instituída no final do ano de 1995 e tem como finalidade, compensar as Empresas pelos reflexos negativos relacionados ao aumento da tributação em virtude do fim da Correção Monetária, e também sob o argumento de que deve haver isonomia de tratamento entre o Capital Próprio e Capital de Terceiros.

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Modelo de Decisão para Emprestar ou não Emprestar: Ponto de Indiferença

A Alavancagem Financeira nem sempre é vantajosa, dependendo do nível de atividade (volume de produção e vendas e geração de Lucro Operacional) e da taxa de juros sobre os financiamentos disponíveis no mercado.- Os dois Modelos mais conhecidos para decisão de Emprestar ou Não Emprestar são:

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•Plano Financeiro e Análise do Ponto de Equilíbrio ou IndiferençaEste Plano analisa a decisão da Empresa em Emprestar ou Não Emprestar em relação ao volume de atividade, mantendo constante a taxa de juros dos Financiamentos.

Exemplo:

Temos uma Empresa com Capital de R$ 10.000.000,00 (Dez Milhões), representado por 200.000 (Duzentas Mil) ações. Em determinado momento ela apresenta um Lucro Operacional de R$ 2.400.000,00 (Dois Milhões e quatrocentos Mil) por ano. Ela pretende dar início a um novo projeto e para isso necessitará de um adicional de capital no valor de R$ 5.000.000,00 (cinco Milhões). Ela tem duas opções, ou faz um Financiamento com Custo anual de 12%, ou uma nova captação de dinheiro junto aos acionistas, onde o número de Ações passará para 300.000.

Discriminação Ações Financiamento

Lucro Operacional Antes dos Juros e Impostos - LAJI

R$ 2.400.000 R$ 2.400.000

Juros - 600.000

Lucro Antes dos Impostos 2.400.000 1.080.000

Impostos – 40% 960.000 720.000

Lucro Líquido depois dos Impostos 1.440.000 1.080.000

Quantidade de Ações 300.000 200.000

Lucro por Ação R$ 4,80 R$ 5,40

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Nota-se que neste nível de Resultado Operacional, a vantagem é clara pela decisão de emprestar.Porém a questão é saber qual é o volume de Atividade (Geração de Lucro Operacional) em que as duas situações são idênticas, ou seja, é indiferente emprestar ou não emprestar.Este ponto de Indiferença é obtido da seguinte forma:

LAJI – C1 = LAJI – C2 S1 S2

LAJI = Lucro Operacional antes dos Juros e Impostos;C1 e C2 = Encargos Financeiros (Não Emprestar é igual a 0)S1 e S2 = Quantas ações envolvidas nas duas opções.

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Usando os dados anteriores, temos:

Discriminação Ações Financiamento

Lucro Operacional Antes dos Juros e Impostos - LAJI

R$ 1.800.000 R$ 1.800.000

Juros - 600.000

Lucro Antes dos Impostos 1.800.000 1.200.000

Impostos – 40% 720.000 480.000

Lucro Líquido depois dos Impostos 1.080.000 720.000

Quantidade de Ações 300.000 200.000

Lucro por Ação R$ 3,60 R$ 3,600

Significa que, ao Nível de Atividade que gera R$ 1.800.000,00 (Hum Milhão e oitocentos Mil) de Lucro Operacional, é indiferente Emprestar ou Não Emprestar, pois ambas as hipóteses apresentaram o mesmo Lucro por Ação.

LAJI – 0 = LAJI – 600.000

300.000 200.000

(LAJI)(200.000) = (LAJI)(300.0000) – (600.000)(300.000)

100.000 LAJI = 180.000.000

LAJI = $ 1.800.000

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Taxa de Juros no Ponto de IndiferençaEste modelo verifica qual a taxa de juros máxima admissível para Emprestar, mantendo constante o volume de

Atividade.A fórmula para obter o valor dos juros no ponto de indiferença é:

VJPI = LAJI (-) Lucro por Ação (Não Emprestando) x Quantidade de Ações (Emprestando) 1 – Alíquota de Imposto sobre o Lucro

Este modelo verifica qual a taxa de juros máxima admissível para Emprestar, mantendo constante o volume de Atividade.Exemplo:Uma Empresa tem Capital próprio de R$ 500.000,00 (Quinhentos Mil), representado por 1.000 (Hum Mil) Ações, e pretende captar mais R$ 250.000,00 (Duzentos e cinqüenta Mil) para um novo projeto de Investimento que deverá aumentar o volume de vendas em 15%. No caso de Não Emprestar, a quantidade representativa do Capital passará para 1.500(Hum Mil e quinhentos) Ações.

Calculando:

VJPI = R$ 82.000 (-) (32,80 x 1.000) 1 – 0,4VJPI = R$ 82.000 (-) 32.800 0,60VJPI = R$ 82.000 (-) 54.667VJPI = R$ 27.333

Taxa de Juros no ponto de indiferença = Juros Máximos Admissíveis Empréstimo de Capital

Taxa de Juros no ponto de indiferença = R$ 27.333 = 10,93% R$ 250.000

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Ou seja, qualquer Taxa acima de 10,93% não deverá ser aceita e o modelo indica que se deve captar dinheiro junto aos Acionistas.

Discriminação Situação

Atual

Situação Futura

Não Emprestando Emprestando

Receita de Vendas 1.000.000 1.150.000 1.150.000

Custos Variáveis 720.000 828.000 828.000

Custos Fixos 240.000 240.000 240.000

Lucro antes dos Juros e Impostos 40.000 82.000 82.000

Juros - - 27.333

Lucro Depois dos Juros e Impostos 40.000 82.000 54.667

Imposto sobre o Lucro – 40% 16.000 32.800 21.867

Lucro Líquido para os Acionista 24.000 49.200 32.800

Quantidade de Ações 1.000 1.500 1.000

Lucro por Ação – R$ 24,00 32,80 32,80