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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Paloma Almeida de Arruda A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: classificação dos animais Garanhuns 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Paloma Almeida de Arruda

A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS:

classificação dos animais

Garanhuns

2015

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Paloma Almeida de Arruda

A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS:

classificação dos animais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

requisito parcial para obtenção do título de Licenciado

em Pedagogia pelo Curso de Licenciatura em Pedagogia

da Universidade Federal Rural de Pernambuco –

Unidade Acadêmica de Garanhuns.

Orientadora: Profª. Mª. Glória Maria Duarte Cavalcanti

Garanhuns

2015

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Ficha Catalográfica Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial UFRPE/UAG

CDD: 371.3

1. Ciência – Estudo e ensino

2. Atividades pedagógicas

3. Aprendizagem cognitiva

I. Cavalcanti, Glória Maria Duarte

II. Título

A779u Arruda, Paloma Almeida de

A utilização de atividades lúdicas no ensino de

ciências: classificação dos animais / Paloma Almeida

de Arruda . - Garanhuns, 2015.

f. 53 Páginas

Orientadora: Glória Maria Duarte Cavalcanti Monografia (Curso Licenciatura em Pedagogia) –

Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade

Acadêmica de Garanhuns, 2015.

Inclui apêndices e bibliografias

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Paloma Almeida de Arruda

A UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS:

classificação dos animais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

requisito parcial para obtenção do título de Licenciado

em Pedagogia pelo Curso de Licenciatura em Pedagogia

da Universidade Federal Rural de Pernambuco –

Unidade Acadêmica de Garanhuns.

Aprovado em: ___/___/____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________________

Profª. Mª. Glória Maria Duarte Cavalcanti – UAG/UFRPE

Prof. Dr. Cláudio Galvão de Souza Júnior – UAG/UFRPE

Profª. Drª. Heloisa Flora Brasil Nóbrega Bastos - UAG/UFRPE

5

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por acreditar em mim e por ter me

dado forças para prosseguir mesmo quando o caminho parecia difícil de ser percorrido, ao

meu pai, pelo seu amor, dedicação e apoio e também a minha mãe, que mesmo não estando

aqui do meu lado, sei que deve estar muito orgulhosa de mim, olhando por mim lá do céu.

Existem situações na vida em que é fundamental poder contar com o apoio e a

ajuda de algumas pessoas.

Para a realização e conclusão deste trabalho, pude contar com várias pessoas. E a

essas pessoas prestarei, através de poucas palavras, os mais sinceros agradecimentos:

À professora Glória Maria Duarte Cavalcanti, orientadora deste trabalho, pelos seus

conhecimentos, sua atenção e sua boa vontade;

Às coordenadoras e gestoras da Instituição de Ensino em que foi realizada a

pesquisa, pela oportunidade, apoio e compreensão;

Aos funcionários da Instituição de Ensino em que foi realizada a pesquisa, pela

cordialidade em que me receberam em seus setores e pela prestação das valiosas

informações que serviram de estudo para o presente trabalho.

À professora e alunos da escola, pela colaboração e disposição.

À professora Heloisa, pelos seus valiosos conselhos, pela compreensão e paciência.

Ao professor Cláudio Galvão pela presença e boa vontade.

Aos meus colegas de turma que proporcionaram trocas de experiências e bons

momentos coletivos.

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso teve como título A Utilização de

Atividades Lúdicas no Ensino de Ciências: classificação dos animais buscando atingir

alguns objetivos, tendo como Objetivo Geral: Analisar quais são as contribuições trazidas

pelas atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) para a aprendizagem sobre classificação de

animais; e os específicos: Identificar de que forma a prática educativa da docente

contempla as atividades lúdicas. Conhecer a concepção que a professora tem sobre o uso

do lúdico nas atividades de Ciências e Analisar de que forma as atividades lúdicas como

jogos e brincadeiras podem contribuir para um ensino de ciências mais significativo e

divertido. Foram utilizados para realização deste trabalho alguns instrumentos de coleta de

dados como: roteiro de observações das aulas de ciências (observação participante);

Entrevista com a professora da turma e Questionário aplicado aos alunos após as aulas de

intervenções. Após a realização da coleta de dados, realizada com o auxilio dos

instrumentos utilizados e mencionados anteriormente, foi possível chegar a algumas

conclusões, a professora da turma em questão considera o lúdico como um instrumento que

possa fazer com que os alunos compreendam melhor o conteúdo, porém, a mesma

apresenta uma compreensão superficial da importância da ludicidade para o Ensino de

Ciências, acarretando assim, em uma prática que pode ser melhorada, buscando recursos

pedagógicos inovados, de modo que seu trabalho seja cada vez mais produtivo e

significativo, possibilitando os alunos a um entendimento prazeroso e ao mesmo tempo

divertido.

Palavras chaves: Ciências, Atividades Lúdicas, Jogos, Animais.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................8-9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................11

2.1 A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚDICAS (JOGOS E BRINCADEIRAS)

PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM.................................................................11-13

2.2 O ENSINO DE CIÊNCIAS NUMA PERSPECTIVA LÚDICA.................... 14-15

2.3 CONCEITO CIENTÍFICO: CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS................ 15-21

3 METODOLOGIA.................................................................................................... 22

3.1 TIPO DE PESQUISA........................................................................................22-23

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA................................................................................... 23

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS............................................... 23-25

3.4 PASSOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA..............................................25-26

4 ANÁLISE DOS DADOS..........................................................................................27

4.1 ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES...................................................................30-31

4.2 ANÁLISE DA ENTREVISTA DA PROFESSORA.........................................31-36

4.3 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS DOS ALUNOS......................................37-41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................42-43

REFERÊNCIAS.....................................................................................................44-46

APÊNDICE A–FICHA DE OBSERVAÇÃO...........................................................47

APÊNDICE B–ENTREVISTA DA PROFESSORA...............................................48

APÊNDICE C–QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS.................................................49

APÊNDICE D-TABELA CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS.........................50-51

APÊNDICE E–REGRAS DO JOGO: TRILHA CLASSIFICAÇÃO DOS

ANIMAIS.....................................................................................................................52

APÊNDICE F-REGRAS DO JOGO: GINCANA SOBRE CLASSIFICAÇÃO

DOS ANIMAIS............................................................................................................53

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1 INTRODUÇÃO

Devemos fazer uso na sala de aula, de atividades lúdicas com o intuito de

proporcionar um ensino mais significativo e ao mesmo tempo produtivo para o

desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.

Tal perspectiva se concretizará por meio de métodos e estratégias inovadoras para

que o Ensino de Ciências Naturais torne-se de um modo geral, mais dinâmico e agradável

para o aluno. O lúdico pode ser utilizado como ferramenta fundamental no processo de

ensino-aprendizagem em Ciências, como afirmam Santos e Cruz (2002):

O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o

desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde

mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de

socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento

(p.12-14).

As atividades realizadas por meio da ludicidade (jogos, brincadeiras, desenhos, etc.)

são consideradas importantes para o processo de ensino-aprendizagem científico, por

proporcionarem um aprendizado significativo, do ponto de vista da ciência, mais dinâmico

e divertido, facilitando o entendimento dos educandos em relação a conceitos científicos.

Desta forma, jogos e brincadeiras constituem-se como bons modelos de

ferramentas pedagógicas para motivar etapas posteriores mais complexas do

desenvolvimento cognitivo dos alunos. É nítida a necessidade que existe de se inovar

práticas escolares para o Ensino de Ciências, frente à percepção de que muitos docentes

ainda dão suas aulas de acordo com métodos tradicionais, considerados retrógados e de

certa forma mecânicos, não favorecendo o desenvolvimento do processo de ensino-

aprendizagem.

Em relação às atividades lúdicas, como jogos e brincadeira, poderão estar presentes

nas práticas pedagógicas dos professores de Ciências de forma mais permanente,

favorecendo uma aprendizagem construtiva de conceitos científicos, especificamente no

que se refere á organização, estruturação e classificação dos seres vivos. Portanto, é

preciso considerar as atividades lúdicas como uma importante ferramenta metodológico-

pedagógica para tornar o Ensino de Ciências mais atrativo e prazeroso para os alunos,

sempre pensando sobre sua importância em meio ao processo de ensino aprendizagem.

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A ludicidade deverá facilitar o ensino de conceitos científicos pelo professor, e a

aprendizagem desses conceitos pelos alunos, a partir dessa concepção, o Ensino de

Ciências não deverá restringir-se apenas à transmissão e memorização de informações

prontas, sem haver métodos estratégicos e ao mesmo tempo em que apresentem caminhos

buscando ajudar o aluno a tomar consciência do conhecimento cientifico, de si mesmo, dos

outros e da sociedade de um modo geral.

De acordo com a necessidade que existe de se classificar as coisas, pretendo

discorrer neste trabalho de conclusão de curso a ideia de que é possível entender a

classificação dos animais como um aspecto relevante para o desenvolvimento do ser

humano, essencialmente para as crianças, que sentem a necessidade de descoberta, de

entendimento e principalmente de reconhecer tudo àquilo que vê.

O estudo sobre a classificação dos animais é de extrema importância para o

aprendizado do estudante, pelo fato de dispor certos conceitos que são considerados

essenciais para que se note a diferenciação entre as várias espécies de seres vivos, levando

em consideração semelhanças e diferenças. Portanto, é nítida a necessidade de classificar e

categorizar as espécies de animais e suas significativas propriedades, facilitando assim, a

compreensão da enorme variedade de seres vivos existentes em nosso planeta.

Classificar os animais é uma ação de bastante importância para se reconhecer as

diferentes espécies, considerando o pensamento de Souza e Ruffino (2008, p.19):

Além da temática “animais” ser muito apreciada por crianças pequenas, a

partir dela é possível desenvolver uma série de conhecimentos e

habilidades, tais como: identificação de características morfológicas e

fisiológicas, comparações, classificações, propriedades e os cuidados para

com os seres vivos.

Este trabalho de conclusão de curso busca analisar a seguinte questão de pesquisa:

Como utilizar atividades lúdicas no Ensino de Ciências para favorecer uma aprendizagem

mais significativa do conceito de Classificação dos Animais? Para responder a essa questão

buscamos atingir o objetivo geral dessa pesquisa, qual seja: Analisar quais as contribuições

trazidas pelas atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) para a aprendizagem sobre

classificação dos animais.

Em sequência, elencamos os seguintes objetivos específicos: Identificar de que

forma a prática educativa da docente contempla as atividades lúdicas; Conhecer a

concepção que a professora tem sobre o uso do lúdico nas atividades de Ciências e

10

Analisar de que forma as atividades lúdicas como jogos e brincadeiras podem contribuir

para um Ensino de Ciências mais significativo e divertido.

O presente trabalho de conclusão de curso está dividido em seções:

Na primeira seção trazemos uma introdução apresentando a importância da

utilização das atividades lúdicas para o Ensino de Ciências, juntamente com uma

explicação do que de fato significam as atividades lúdicas no processo de ensino

aprendizagem. Apresenta também a questão de pesquisa, o objetivo geral e os objetivos

específicos a serem atingidos.

Na segunda seção apresentamos a fundamentação teórica da pesquisa, discutindo o

conceito de ludicidade, a importância do lúdico enquanto recurso didático, importância do

lúdico como recurso didático a ser utilizado pelos professores para o ensino aprendizagem

de Ciências e por fim algumas questões sobre o conceito científico: classificação dos

animais.

Na terceira seção mostramos os procedimentos metodológicos da pesquisa,

apresentando o tipo de pesquisa realizada, os sujeitos da pesquisa, os instrumentos de

coleta de dados e os passos metodológicos percorridos para realização da mesma.

Na quarta seção apresentamos e analisamos os resultados da pesquisa, através das

observações participantes realizadas, da entrevista realizada com a professora da sala de

aula em estudo e dos questionários aplicados aos alunos da mesma. De modo, que

pudessem ser analisados os resultado obtidos de acordo com as ações realizadas no

decorrer do trabalho de pesquisa.

Finalizando este trabalho de pesquisa, apresentamos as considerações finais, as

referências bibliográficas e os apêndices.

11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pretendo discutir nesta seção o conceito de ludicidade por meio do uso de jogos e

brincadeiras conforme suas características e possibilidades de utilização para o ensino e

aprendizagem de conceitos. A partir da concepção de que atividades lúdicas podem

estabelecer uma relação de prazer e ao mesmo tempo de diversão para o ensino.

2.1 A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚDICAS (JOGOS E BRINCADEIRAS)

PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM

A função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo em

formação, seu conhecimento, seu desenvolvimento corporal e sua compreensão e

reconhecimento de mundo. Segundo Campos (2008, p. 2):

O lúdico pode ser utilizado como promotor da aprendizagem nas práticas

escolares, possibilitando a aproximação dos alunos ao conhecimento

científico. Neste sentido, trabalhar com ludicidade se constitui um

importante recurso para o professor desenvolver a habilidade de

resolução de problemas, a favorecer a apropriação de conceitos e atender

aos anseios daqueles que ainda estão em processo de desenvolvimento.

Todo ser humano pode se beneficiar de atividades lúdicas, tanto pelo aspecto de

diversão e prazer, quanto pelo aspecto da aprendizagem. Através das atividades lúdicas

exploramos e refletimos sobre a realidade, a cultura na qual vivemos, incorporamos e, ao

mesmo tempo, questionamos sobre a importância de determinados aspectos inovadores que

contribuem para o desenvolvimento da prática metodológica do professor/educador.

Segundo Sousa e Silva (2014, p.2):

Todo ser humano pode se beneficiar por intermédio de atividades mais

dinâmicas, incorporando na prática pedagógica educativa brincadeiras e

jogos numa tentativa de desenvolver diferentes capacidades que

contribuam no processo de ensino/aprendizagem. Deste modo, pode-se

considerar o lúdico como um poderoso meio de construção de

conhecimentos, tendo a eficácia de registrar na memória do aluno com

mais facilidade determinada temática, levando-o a refletir de forma

menos impactante sobre tal tema.

Neste caso, pode-se entender o lúdico como um instrumento promotor da

aprendizagem nas práticas escolares, que tem por objetivo possibilitar a aproximação dos

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alunos com o conhecimento, constituindo-se como um importante recurso para que o

educador possa desenvolver de forma produtiva e eficaz sua prática e suas habilidades de

resolução de problemas, favorecendo assim a ampliação de conceitos por meio do

entendimento do lúdico como uma metodologia diferenciada e motivadora que promove

uma aprendizagem muito mais significativa e prazerosa para os alunos.

Aspectos lúdicos como: dramatizar, contar, brincar, jogar, viver e elaborar

criando seu próprio espaço, dando ênfase ao brinquedo, ao ato do brincar propriamente

dito, tanto sozinho, como também com outras pessoas, coletivamente, ajudam a

desenvolver os aspectos cognitivos e afetivos da criança. É no brincar com outras pessoas

que a criança aprende a viver em meio social, em sociedade, respeitando regras, cumprindo

normas, esperando a sua vez e interagindo de forma organizada e respeitosa. No grupo,

aprende a dividir as coisas e a passa a fazer também movimentos importantes para a

socialização e o diálogo. Segundo o pensamento de Kishimoto (1996):

Por meio da brincadeira a criança envolve-se no jogo e sente a

necessidade de partilhar com o próximo. O jogo também poderá

proporcionar, ainda que em postura de adversário, o espirito de parceria,

estabelecendo uma relação de igualdade entre si. Brincando e jogando a

criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a

sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito

de permanecer concentrado e outras habilidades perceptuais

psicomotoras. Brincando e jogando as crianças tornam-se operativas.

O brinquedo como suporte da brincadeira tem papel estimulante para a criança

no momento da ação lúdica. Tanto o brinquedo, quanto a brincadeira, permite a exploração

do seu potencial criativo de numa sequência de ações livres e naturais em que a

imaginação se apresenta como atração principal. De acordo com Kishimoto (1996):

Por meio do brinquedo a criança desenvolve-se fisicamente e

intelectualmente. Com o brinquedo a criança satisfaz certas curiosidades

e traduz o mundo dos adultos para a dimensão de suas possibilidades e

necessidades. Ainda falando sobre a importância do brinquedo, o mesmo

é a essência da infância e seu uso permite um trabalho pedagógico que

possibilita a produção do conhecimento e também a estimulação da

afetividade na criança.

A criança estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar

suas angústias e paixões; suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.

Segundo Kishimoto (1996, p.37):

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Os jogos recreativos e a competitividade sadia desenvolvem além da

cognição, pois permitem que se construam as representações mentais, a

afetividade, as funções sensório-motoras e a área social, no que diz

respeito às relações entre os alunos e a percepção das regras. A utilização

do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por

contar com a motivação interna típica do lúdico.

O jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo e do outro, da

possibilidade de experimentar, criar e transformar o mundo. Segundo Machado (1966):

O ressaltar do jogo como não sendo qualquer tipo de interação, mas sim,

uma atividade que tem como traço fundamental os papéis sociais e as

ações derivadas em estreita ligação funcional com as motivações e o

aspecto propriamente técnico-operativo da atividade. Dessa forma

destaca o papel fundamental das relações humanas que envolvem os

jogos infantis.

Educar não deve limitar-se a transmitir informações ou mostrar apenas um

caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a

tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É saber aceitar-se como pessoa

e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher

entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e

com circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Segundo Machado (1966):

A interação social implica transformação e contatos com instrumentos

físicos e/ou simbólicos mediadores do processo de ação. Esta concepção

reconhece o papel do jogo para formação do sujeito, atribuindo-lhe um

espaço importante no desenvolvimento das estruturas psicológicas.

O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fazes da vida dos seres

humanos, tornando especial e prazerosa a sua existência. De alguma forma o lúdico se faz

presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas,

possibilitando que a criatividade aflore e que o espírito coletivo se desenvolva. Segundo

Vygotsky (1984, p.109):

É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. A

criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da

vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela

capacidade de subordinação às regras.

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2.2 O ENSINO DE CIÊNCIAS NUMA PERSPECTIVA LÚDICA

Discutiremos nessa seção a possibilidade de construção de um Ensino de Ciências

mais lúdico, onde jogos e brincadeiras possam permear aprendizagens significativas com o

intuito de trabalhar conteúdos científicos de modo que facilitem o ensino-aprendizagem

dos estudantes, ao mesmo tempo em que desperte, nos mesmos, um interesse maior pela

Ciência.

A utilização de Jogos no Ensino de Ciências é considerada recente, vários autores,

principalmente nos últimos anos têm apresentado jogos e destacado sua eficiência para

despertar o interesse dos alunos pela Ciência. Os mesmos destacam os jogos como

elementos motivadores e facilitadores do processo de ensino e aprendizagem de conceitos

científicos. Segundo Melo (2005):

O objetivo dos jogos ou das atividades lúdicas não se resume apenas a

facilitar que o aluno memorize o assunto abordado, mas sim a induzi-lo

ao raciocínio lógico, à reflexão, ao pensamento e, consequentemente, à

(re) construção do seu conhecimento.

De acordo com as leituras realizadas e com o entendimento posterior referente à

temática em estudo, podemos entender o lúdico no Ensino de Ciências como um fator de

fundamental importância, a partir dos conceitos apreendidos. A partir dessa concepção,

realizamos um trabalho de conclusão de curso sobre a utilização do lúdico no ensino de

ciências. Por meio de tal trabalho, observamos que o uso de jogos no Ensino de Ciências,

revela características bastante significativas em meio ao desenvolvimento da aprendizagem

e observamos também que o jogo em si é utilizado para transmitir conteúdos e trabalhar

habilidades cognitivas básicas.

É por meio da utilização do jogo que a criança pode desenvolver seu processo de

interação com o mundo à sua volta, estando a mesma inserida em um contexto social.

Segundo as diretrizes curriculares de Ciências Naturais para o ensino fundamental:

O trabalho com a perspectiva lúdica precisa ser considerado nas

estratégias de ensino, independentemente da série e da faixa etária do

estudante, adequando encaminhamento, linguagem e recursos utilizados

como apoio.

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Entretanto, o educador da disciplina de Ciências e também de outras disciplinas

deverá estar sempre se atualizando de novas instrumentalizações e conceitos para melhor

saber lidar com as crianças. De acordo com o pensamento de Friedmann (1996):

Para a ocorrência de uma aprendizagem significativa deve ser oferecida

aos alunos uma quantidade diversificada de tarefas e, para isso, o

professor deve conhecer muitas técnicas e recursos, e, portanto, ser

mantenedor de metodologias diferenciadas.

Neste sentido o professor precisa deixar de ser o mero transmissor de

conhecimentos e agir como investigador das ideias e experiências de seus alunos. Segundo

Oliveira (1999):

Ensinar ciências não se restringe a transmitir informações ou apresentar

apenas um caminho, mas é ajudar o aluno a tomar consciência de sim

mesmo, dos outros e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que

ele possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com

seus valores, sua concepção de mundo e com ás diversidades que irá

encontrar ao longo da vida.

2.3 CONCEITO CIENTÍFICO: CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

Pretendo discutir nesta seção o conceito cientifico sobre classificação dos animais

em seus diversos aspectos e critérios de classificação. Considerando o fato de que tal

temática é bastante apreciada pelas crianças, é nítida a necessidade de se trabalhar a

classificação de animais em sala de aula buscando compreender os diferentes tipos de

classificação, sendo a classificação, uma necessidade que faz parte da constituição do ser

humano.

O homem vive classificando tudo o que vê. Classificar significa, entre outros

aspectos, agrupar, organizar a partir de critérios tendo por base aspectos de semelhança

entre os elementos classificados e selecionados. É um processo habitual do homem,

caracterizado pela necessidade de se subdividir entre partes os diferentes elementos de um

grande conjunto. Segundo Abrão (2005, p. 2):

O homem tem a necessidade de dar nomes a tudo o que ele conhece para

organizar esses conhecimentos. Sendo assim, um dos trabalhos

fundamentais das ciências é nomear todos os seus objetos de estudo e

classifica-los, segundo critérios definidos, para facilitar a sua localização

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quando for necessário. Os critérios de classificação são definidos pelos

seres humanos, e assim os grupos se estruturam. Em um trabalho de

classificação, portanto, o primeiro passo é estabelecer um único critério

de classificação.

Para organizar a diversidade de animais existente no planeta, foi necessário a

criação de um sistema de classificação que envolve “categorias” estratificadas que

agrupam os animais de acordo com suas semelhanças.

A necessidade de classificar (classificação) faz parte da constituição do ser humano,

do mesmo modo que se sente a necessidade de se classificar os animais e suas principais

características, facilitando assim nossa vida, a partir do momento em que passamos a

entender melhor certos conceitos e diferenciações. Portanto, a classificação dos animais

tem uma importante presença na vida, no dia-a-dia, e no cotidiano das crianças, fazendo-se

presente em diversos momentos de descobertas e curiosidades, despertando assim certo

caráter afetivo sobre tal temática. Segundo Barros (2015, p. 1):

Os animais são seres vivos, ou seja: nascem, crescem, morrem e possuem

capacidade de reprodução. Cada espécie possui suas características

próprias, como cor, tamanho, tipo de alimentação, ambiente em que vive,

dentre outros aspectos. Os animais também apresentam diversas formas

de locomoção, podendo andar, nadar, saltar, voar, rastejar ou,

simplesmente, não se locomover.

Considerando essa temática como algo apreciado pelas crianças, é principalmente a

partir da mesma, e de como ela é trabalhada, que é possível que exista o desenvolvimento

de inúmeros conhecimentos e habilidades, tendo como exemplo a identificação de

características especificas de variados tipos de identificação: morfológicas, fisiológicas,

comparações, diferenciações e classificações, necessárias para que tais levantamentos

aconteçam, tendo por objetivo conscientizar também sobre a grande importância desses

seres vivos para a vida no planeta. Segundo Souza e Ruffino (2008, p. 19):

Além da temática “animais” ser muito apreciada por crianças pequenas, a

partir dela é possível desenvolver uma série de conhecimentos e

habilidades, tais como: identificação de características morfológicas e

fisiológicas, comparações, classificações e os cuidados para com os seres

vivos.

Deste modo, a temática “animais” é de fato bastante apreciada e querida pelas

crianças, e é a partir do estudo dessa temática, que as crianças passam a desenvolver uma

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série de habilidades e conhecimentos específicos, possibilitando assim, a autonomia das

mesmas, e também a apreensão de conteúdos que envolvam noções de classificação e

divisão de características. Segundo Barros (2015, p. 2):

Os animais variam bastante, no tamanho e nas características, podendo

ser considerados de porte pequeno, como pulgas, sanguessugas e

mosquitos; médio, como muitos sapos, cachorros e tamanduás; e de

grande porte, como bovinos, elefantes, cavalos e baleias. A quantidade de

patas dos animais também é variável de acordo com o grupo ao qual o

animal irá pertencer. Alguns deles não possuem patas, como as esponjas e

serpentes; outros possuem duas patas, como (aves e morcegos) existindo

também os que possuem quatro patas, como por exemplo, a girafa, o

cachorro e o gato. Tem ainda os animais que apresentam seis patas como

os insetos, ou inúmeras patas, como a centopeia.

A cobertura do corpo dos animais também é bastante variável. Segundo Barros

(2015, p. 2):

Existem aqueles animais que têm o corpo coberto de pêlos, que é o caso

da maioria dos mamíferos, outros que possuem escamas, que neste caso

são os peixes, as aves, que têm o corpo coberto por penas, os anfíbios,

que apresentam a pele úmida e rugosa e também os répteis, que possuem

uma pele formada por escamas. No caso dos animais invertebrados, varia

muito, mas vale destacar o corpo coberto por carapaça externa, comum

nos artrópodes como: caranguejo, aranha, centopeia, borboleta e outros.

A alimentação dos animais é outro aspecto que varia bastante. Segundo Barros

(2015, p. 2):

São classificados como animais carnívoros aqueles que se alimentam

basicamente de carne de outros animais, tendo como exemplo o leão, a

onça-pintada, entre outros, os animais herbívoros, aqueles que comem

apenas vegetais, inteiros ou partes deles, como a girafa e o bovino.

Existem também os animais que comem tanto carne quanto folhagens,

são os onívoros, alguns exemplos de animais onívoros são: porco, galinha

e macaco.

Cada grupo de animal alimenta-se de forma diferente. De acordo com Santos (2015,

p. 1):

Os animais Onívoros são os que se alimentam de tudo, eles comem

vegetais e também outros animais. Nós seres humanos somos animais

onívoros, assim como o porco, o lobo-guará, o jabuti, os suricatos, entre

outros. Aqueles animais como o urubu e os abutres, que se alimentam de

matéria morta ou em decomposição, são chamados de detritívoros.

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Alguns animais possuem coluna vertebral, ou seja, uma sustentação corporal

composta por vertebras, e por esse motivo são chamados de vertebrados, dividindo-se em

cinco grupos: mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.

Os animais que não possuem coluna vertebral são nomeados como animais

invertebrados, eles são divididos nos grupos dos poríferos, cnidários, platelmintos,

nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes e equinodermos. Tendo em vista a ideia de

classificação, podemos entender que os animais são divididos em dois grandes grupos,

vertebrados e invertebrados. Segundo Petrin (2015, p. 1):

Os animais, em geral, são divididos em invertebrados e vertebrados. O

que os difere, é a presença, ou a ausência de espinha dorsal e caixa

craniana. A divisão é feita apenas para facilitar o estudo dos animais.

Compreendendo 97% de todas as espécies de animais de todo o mundo –

1,5 milhão de espécies diferentes, os invertebrados são considerados os

animais mais antigos do reino animal, uma vez que foi a partir deles que

surgiram os vertebrados.

Considerando o estudo sobre os animais invertebrados, aqueles não possuem

vértebras, ou seja, aqueles animais que não apresentam uma coluna vertebral, também

muito importante para a aprendizagem de conceitos sobre os animais, Segundo Petrin

(2015, p.2):

Os animais invertebrados em geral, possuem corpos moles, mas alguns

possuem exoesqueleto de calcário, como os artrópodes. Esse

exoesqueleto tem como objetivo facilitar a locomoção, a sustentação e a

proteção. A estrutura corpórea dos animais invertebrados possuem

características consideradas peculiares, pelo fato de existir a ausência de

parede celular, formação multicelular, reprodução normalmente sexuada

e tecidos como resultado da organização celular – onde a única exceção é

a esponja.

O habitat dos animais invertebrados é bastante diversificado, eles podem ser

encontrados em terra, como as formigas e as minhocas; no ar, como as moscas e

pernilongos; na água, como o camarão e a lula; e até mesmo no corpo humano ou no corpo

de outros animais, como a pulga e o piolho, que são chamados de parasitas. De fato, os

animais invertebrados, são aqueles que não possuem uma estrutura corporal firmada por

vértebras e os animais vertebrados apresentam uma estrutura física firme. De acordo com

Georgia (2015, p. 1):

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Pertencentes ao reino Animália e filo Chordata, os animais vertebrados

são os seres vivos que têm o organismo mais avançado do planeta. Seu

número é inferior ao grupo de animais invertebrados, chegando a

aproximadamente 50000 espécies. Esses animais habitam os mais

diversos ambientes, como o terrestre, aquático ou aéreo, bichos

vertebrados podem ser avistados em desertos, florestas, mares, etc. A

temperatura que abriga os vertebrados varia bastante, seja áreas muito

quentes ou muito frias, esses animais têm a capacidade de se adaptarem

bem.

Considerando a importância de se conhecer sobre os animais vertebrados, quanto à

sua classificação, podemos considerar que a principal característica dos animais

invertebrados é a coluna vertebral, que dá sustentação ao conjunto corpóreo. De acordo

com Georgia (2015, p.1):

Os vertebrados têm como característica principal a medula espinhal e

a coluna vertebral, que é formada por vértebras. Esses animais possuem

músculos e esqueleto, fazendo com que realizem movimentos mais

complexos que os invertebrados. A maior parte dos vertebrados possui

o sistema nervoso bem desenvolvido, tendo o sistema central composto

pelo cérebro e medula espinhal. Os vertebrados inferiores são

controlados predominantemente pelo cérebro, que desempenha o

comando das funções dos órgãos sensoriais. Os vertebrados superiores

têm o cérebro maior, que permite a troca de informações mais intensa

entre as diversas partes do organismo. Os músculos (estriado esquelético,

cardíaco e liso) e o esqueleto interno formam estruturas necessárias para

que os animais se adaptem a forma de vida que levam. Na formação de

órgãos, encontram-se responsáveis os tecidos: conjuntivo, epitelial,

vascular, muscular e nervoso.

Em relação à estrutura dos animais vertebrados, podemos destacar que os animais

vertebrados têm estruturas que permitem que o se tamanho corporal se apresente maior,

como a girafa, o boi, o elefante, o camelo, entre outros. Eles têm também órgãos

importantes com melhor proteção. Fazem parte do esqueleto de um animal vertebrado, a

coluna, o crânio, a cauda e a caixa torácica, que é formada pelas costelas. De acordo com

Georgia (2015, p.2):

Todos os animais que são vertebrados apresentam uma estrutura formada

pela cabeça e pelo crânio circuncidando o encéfalo, formado por

prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Na fase embrionária, eles

possuem a crista neural, que forma estruturas como as cefálicas. O

sistema de respiração desses animais se dá através de brânquias, pulmões

ou ainda pela pele, que é o caso dos anfíbios como sapo e perereca.

A caixa torácica protege alguns órgãos considerados vitais, como o coração e

também os pulmões. Ossos e cartilagens formam as nadadeiras, braços, pernas e asas, esses

fazem a representação do esqueleto apendicular. É graças a tais estruturas que os animais

20

vertebrados são reconhecidos mais facilmente. Exemplos de animais vertebrados: Aves,

Peixes, Répteis, Anfíbios e Mamíferos. De acordo com Santos (2015, p. 1):

Os animais são também classificados quanto a seu tipo de alimentação,

cada grupo de animais possui sua própria dieta alimentar, de acordo com

cada espécie. Alguns deles comem fruta, outros comem apenas carne,

pequenos animais, outros ainda comem qualquer coisa que encontrem

pela frente. Muitas vezes, um animal alimenta-se exatamente da mesma

coisa que a outra espécie, causando assim uma relação ecológica

conhecida como competição, onde passa a existir a luta pela

sobrevivência.

Os animais podem ser classificados de acordo com o tipo de alimento que ingere

em: Herbívoros, Carnívoros e Onívoros. De acordo com Santos (2015, p. 1):

Os Herbívoros são aqueles que se alimentam apenas de vegetais, alguns

desses animais comem toda a planta, outros possuem preferência por

algumas partes específicas, como os frutos, as raízes, o néctar ou as

folhas. Os animais que se alimentam apenas dos frutos são conhecidos

como frugívoros, e os que se alimentam apenas de sementes são

chamados de granívoros.

Animais Herbívoros, ou seja, aqueles que se alimentam apenas de plantas, são

considerados os consumidores primários em uma cadeia alimentar, pelo fato de se

alimentarem de produtores, neste caso, os vegetais. Como exemplo de animais herbívoros,

podemos citar o boi, o gafanhoto, as borboletas, as zebras, os elefantes, as girafas, entre

outros.

Existem também os animais carnívoros, que são aqueles que se alimentam

basicamente da carne de outros animais, favorecendo a prática da predação, entre eles está

o leão, a onça e outros. De acordo com Santos (2015, p. 1):

Os animais Carnívoros são aqueles que só se alimentam de outros

animais. O nome dado à relação ecológica em que um animal alimenta-se

de outro animal é predação, quando eles se alimentam da mesma espécie,

dizemos que ocorreu um canibalismo. Como exemplo de animais

carnívoros, podemos destacar o leão, o tigre, o tubarão, a onça, serpentes,

louva-a-deus, entre outros.

De acordo com o tipo de animal que uma espécie come, ela pode receber uma

determinada denominação especial, por exemplo, se um animal alimenta-se de peixe, ele é

chamado de piscívoro, caso se alimente de insetos, é chamado insetívoro.

Cada animal possui um sistema digestório que se difere de acordo com o tipo de

alimento que ingere. Alguns carnívoros, como o leão, possuem dentes pontiagudos,

chamados de caninos, que são utilizados para rasgar a carne da vítima. Alguns herbívoros,

como o boi, possuem um sistema digestório que permite a quebra da celulose, dando maior

21

eficiência ao processo de digestão. Alguns insetos possuem um aparelho bucal

especializado em cortar, sugar ou esmagar. Portanto, cada grupo de animal, de acordo com

sua respectiva espécie está perfeitamente adaptado ao seu modo de se alimentar.

22

3 METODOLOGIA

Nesta seção apresentamos os procedimentos metodológicos deste trabalho de

conclusão de curso, de modo que sejam descritos os caminhos percorridos para realização

do mesmo considerando o tipo de pesquisa, os sujeitos da pesquisa e os instrumentos

utilizados para coleta de dados. Dando continuidade, são citados os passos da pesquisa, tais

como: observações, entrevista, intervenções e questionário.

3.1 TIPO DE PESQUISA

Essa é uma pesquisa do tipo Pesquisa-Ação, pelo fato de ter por objetivo intervir no

campo escolar, primeiramente diagnosticando, logo depois intervindo, e por fim, refletindo

sobre as ações realizadas. Segundo Xavier (2010, p. 47):

É aquela em que o pesquisador faz intervenções diretas na realidade

social que se apresenta com algum problema. Ele interage de forma

intensa com os sujeitos pesquisados e com a realidade que o cerca. Além

de constatar o problema e suas causas, ele procura agir para solucioná-los

de modo prático e conscientizar os sujeitos envolvidos sobre a melhor

forma de evitar a ocorrência de tais problemas.

A abordagem utilizada na presente pesquisa é do tipo Etnográfica com

abordagem qualitativa, baseando-se na necessidade de se considerar elementos de pesquisa

com base na qualidade dos estudos realizados em campo, buscando conhecer o ambiente

pesquisado de acordo com uma descrição densa do ambiente analisado, a ênfase deve ser

dada no processo de investigação, envolvendo um trabalho de campo onde o pesquisador

deverá conhecer profundamente os sujeitos, as situações vivenciadas, etc.

Weber também contribuiu de forma importante para a configuração da

perspectiva qualitativa de pesquisa ao destacar a compreensão (verstehen) como o objetivo

que diferencia a ciência social da ciência física. Segundo Weber, o foco da investigação

qualitativa deve se centrar na compreensão dos significados atribuídos pelos sujeitos às

suas ações. Como Dilthey, ele argumenta que, para compreender esses significados, é

necessário colocá-los dentro de um contexto.

Uma característica importante sobre a pesquisa etnográfica é o fato de ela

envolver um trabalho de campo onde o pesquisador aproxima-se de pessoas, situações,

23

locais, eventos, mantendo com eles um contato direto e prolongado, de acordo com a

realização e validade da pesquisa.

Algumas questões éticas deverão ser respeitadas durante a realização do trabalho de

pesquisa, como por exemplo, a identificação dos rostos e dos nomes dos sujeitos durante a

coleta/exposição de dados e também no momento da divulgação/discussão dos resultados,

ao realizar a entrevista ou o questionário, os nomes dos sujeitos participantes não poderão

ser revelados, sendo assim, caracterizados por um nome fantasia, a não ser que os próprios

sujeitos concordem com a exposição, mas mesmo assim, deverá ser evitada qualquer

exposição que venha a violar a imagem da escola ou dos sujeitos do âmbito escolar.

Contudo, as ações somente poderão ser realizadas por meio da autorização das

autoridades escolares, e cabe ao pesquisador ter consciência e, sobretudo respeitar tal

realidade. Pelo fato de ser social, o trabalho de pesquisa deverá conter algumas restrições

como, por exemplo, a necessidade de consentimento em relação à explicitação dos dados,

buscando sempre evitar danos indesejados como, por exemplo: violação da

confidencialidade, anonimato e falta de proteção dos dados.

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Os participantes da nossa pesquisa foram alunos do 3º ano do Ensino Fundamental,

uma turma composta por 22 alunos, de uma escola do município de Garanhuns –

Pernambuco. E uma docente dessa mesma turma que era do quadro efetivo de professoras

do Município de Garanhuns.

O critério de escolha da escola campo de pesquisa foi determinado por meio de uma

diagnose feita na Secretaria de Educação do Municipal de Garanhuns, visando identificar

quais escolas possuem professores efetivos no 3º ano do Ensino Fundamental. Após

identificarmos a escola, realizada uma conversa informal com a docente para questionar se

ela já tinha trabalhado, ou iria trabalhar com a temática Classificação dos animais em suas

aulas de ciências.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para obtenção dos dados coletados neste trabalho de conclusão de curso foram

utilizados alguns instrumentos de pesquisa:

24

a) FICHA DE OBSERVAÇÃO - Por meio da observação participante buscamos atingir o

primeiro objetivo específico, qual seja: Identificar de que forma a prática educativa da

docente contempla as atividades lúdicas. A observação participante, Segundo Denzin

(1978), “é uma estratégia de campo que combina simultaneamente a análise documental, a

entrevista de respondentes e informantes, a participação e a observação direta e a

introspecção” (p.183).

Nela, o pesquisador utiliza-se dos sentidos (visão, audição, olfato, gustação e tato)

para examinar o objeto investigado a fim de conhecê-lo melhor, por meio da participação

direta do observador na coleta de dados. A observação é chamada de participante porque

parte do princípio de que o pesquisador tem sempre um grau de interação com a situação

estudada, afetando-a e sendo por ela afetado.

A observação participante ocupa um lugar privilegiado nas abordagens de

pesquisa educacional, principalmente pelo fato de o pesquisador entrar em contado direto

com o ambiente em análise. Segundo Patton (1980, p.26):

Para realizar as observações é preciso preparo material, físico, intelectual

e psicológico. O observador, diz ele, precisa aprender a fazer registros

descritivos, saber separar os detalhes relevantes dos triviais, aprender a

fazer anotações organizadas e utilizar métodos rigorosos para validar suas

observações. Além disso, precisa preparar-se mentalmente para o

trabalho, aprendendo a se concentrar durante a observação, o que exige

um treinamento dos sentidos para se centrar nos aspectos relevantes. Esse

treinamento pode ocorrer em situações simuladas ou no próprio local em

que ocorrerá a coleta definitiva de dados, bastando para isso que seja

reservada uma quantidade específica de tempo para essa atividade.

Na ficha de observação (Ver apêndice A) destacamos alguns pontos de grande

relevância para atingirmos o primeiro objetivo específico da pesquisa. A parte inicial da

ficha de observação apresenta o perfil de formação da professora, dados sobre a turma

pesquisada, disciplina observada e horário de início/término da observação. A segunda

parte da ficha de observação apresenta os seguintes pontos:

Verificar se existe a presença do lúdico em sala de aula;

Observar de que forma é tratado o aspecto lúdico pela educadora da sala;

Analisar se a aula de Ciências conta com a presença do lúdico;

Relação professor-conhecimento-lúdico;

Dinâmica da aula;

Aspectos metodológicos da aula. (Se existe a presença do lúdico);

Formas de avaliação utilizadas.

25

b) ENTREVISTA COM A PROFESSORA - As entrevistas têm a finalidade de

aprofundar as questões e esclarecer os problemas observados durante as aulas observadas,

no caso da entrevista semiestruturada, as questões propostas podem ser modificadas de

acordo com a necessidade de alteração de algum item ou conteúdo do projeto de

investigação, deste modo, o pesquisador poderá ter autonomia de realizar alguma

modificação necessária durante a entrevista.

A entrevista representa um dos instrumentos básicos para a coleta de dados,

partindo de uma perspectiva de pesquisa que contempla indagações compostas por técnicas

capazes de juntar e selecionar dados coletados durante a pesquisa.

A entrevista realizada com a professora da turma contém questões de relevância

que estão voltadas para responder ao segundo objetivo específico da pesquisa, qual seja:

Conhecer a concepção que a professora tem sobre o uso do lúdico nas atividades de

Ciências (Ver apêndice b).

c) QUESTIONÁRIO COM OS ALUNOS - O questionário, tendo por objetivo ampliar o

conhecimento geral e específico sobre o sujeito da pesquisa, podendo explicar

determinadas características envolvidas no contexto. O questionário utilizado contou com

perguntas fechadas (sim ou não), contando também com a solicitação da justificativa das

respostas dos alunos.

O referido questionário teve como intenção responder ao terceiro objetivo

específico da pesquisa, qual seja: Analisar de que forma as atividades lúdicas como jogos e

brincadeiras podem contribuir para um Ensino de Ciências mais significativo e divertido.

Por isso, ele foi aplicado após a realização das intervenções pedagógicas realizadas com a

utilização de jogos e brincadeiras sobre a classificação dos animais (Ver apêndice C).

O questionário aplicado ajudou a identificar se houve aprendizagem dos alunos por

meio de um jogo e uma brincadeira com os mesmos, observando, se de fato, o instrumento

de intervenção utilizado foi relevante, se deu resultados positivos e se mudou o contexto

inicial.

3.4 PASSOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

Inicialmente realizamos duas observações das aulas de Ciências da professora da

turma pesquisada para identificar de que maneira a prática educativa da referida professora

contempla o aspecto lúdico no contexto em estudo (Ver descrições das aulas).

26

Após as observações das aulas, realizamos uma entrevista com a professora da

turma procurando identificar, por meio de uma conversa informal, o entendimento da

mesma sobre ludicidade e qual a importância atribuída pela mesma para as atividades

lúdicas no Ensino de Ciências.

Em seguida, desenvolvemos duas intervenções pedagógicas utilizando os jogos e as

brincadeiras como recurso didático para o estudo sobre classificação dos animais. (Ver

Apêndice E e F).

Logo após as intervenções pedagógicas, aplicamos um questionário com os alunos

para identificar de que forma a pesquisa contribuiu para a aprendizagem dos alunos sobre

classificação dos animais. Analisando se de fato os instrumentos utilizados nas interações

teve resultados positivos no processo de aprendizagem dos alunos.

Para finalizar o processo metodológico da pesquisa aplicamos também uma

atividade avaliativa e objetiva sobre classificação dos animais, tendo por objetivo

identificar o entendimento dos alunos, de forma individual, sobre a temática estudada. (Ver

Apêndice D)

27

4 ANÁLISE DOS DADOS

Após a realização da coleta de dados, através dos métodos descritos anteriormente,

e após estudos embasados teoricamente, foi possível realizar a análise dos dados coletados

durante a pesquisa, e então conseguimos chegar a algumas conclusões importantes. As

conclusões estão relacionadas à resposta ao nosso problema de pesquisa: Como utilizar

atividades lúdicas no Ensino de Ciências para favorecer uma aprendizagem mais

significativa do conceito de Classificação dos Animais?

Realizamos inicialmente duas observações em aulas de Ciência, ministradas pela

professora regente da turma, onde buscamos identificar, de acordo com uma ficha de

observação (Apêndice A), de que forma a prática da mesma contemplava as atividades

lúdicas.

Descrição das aulas observadas:

1ª aula – Dia: 29/05/2015 (Sexta-feira)

Ao chegar à escola, a professora foi buscar os alunos em fila (na quadra), e logo depois, foi

com eles para a sala. A professora iniciou sua aula de maneira bem dinâmica, relembrando

conteúdos trabalhados na aula anterior.

Os alunos eram bem participativos e colaboravam bastante com a professora, logo quando

cheguei, uma aluna estava falando sobre constelações com a maior desenvoltura. Após esse

momento a professora indagou aos alunos o que seria o movimento de rotação e translação

da Terra, relembrando o assunto com eles. Os alunos sabiam descrever com fluência os

movimentos da Terra.

Após esse momento, foram distribuídos os livros de Ciências, e a professora disse: “Este

livro é mais para leitura, tem poucas atividades para serem feitas”. Os alunos ficaram bem

felizes e empolgados com o recebimento do livro didático de Ciências.

A professora começou a conversar com eles, explicando que a aula daquele dia seria de

Ciências, sobre os Animais. Ela solicitou que eles guardassem os livros de Ciências e pediu

que fossem sentar no chão para fazerem uma roda de conversa. Ela começou a explicar que

os animais tem um ciclo vital: nascem, crescem se reproduzem e morrem e que são

organizados (classificados) em grupos.

Neste momento ela distribuiu uma atividade impressa, que explicava a classificação dos

animais e suas características em cinco grupos: Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e

28

Mamíferos. A aula foi bem dinâmica e os alunos tiveram uma boa participação. No

entanto, a mesma não utilizou nenhuma atividade lúdica para ilustrar o conteúdo estudado.

Em seguida, a professora colocou duas atividades no quadro sobre animais, para eles

copiarem no caderno e posteriormente ela dá o visto. Uma para os alunos que estavam em

processo de alfabetização, e outra para os que já sabiam ler com fluência. A atividade

pedia que eles escrevessem em uma tabela nomes de animais de acordo com a

classificação, por exemplo: Peixes – eles deveriam escrever nomes de peixes (sardinha,

atum, dourado, piaba, etc.) que conheciam, e com os outros grupos de animais (Aves,

Mamíferos, Répteis e Anfíbios) também deveriam fazer o mesmo. Neste momento eles

falaram bastante, pois conheciam muitos animais.

Os alunos que não sabiam ler escreviam em seus cadernos os nomes: peixes, anfíbios,

répteis, aves e mamíferos (cada um cinco vezes) [Escrita Cursiva, Manuscrito e contando

as letras]. A professora afirmou neste momento que tentava alfabetizar e ensinar o

conteúdo que estava sendo trabalhado ao mesmo tempo.

Um dos alunos não estava copiando, ela o repreendeu, colocando-o para o lado dos alunos

não alfabetizados. A sala era dividida, os alfabetizados ficam de um lado, e os não

alfabetizados de outro.

Alguns alunos alfabetizados estavam repetindo os nomes, como os não alfabetizados,

então, ela explicou que a atividades deles eram diferentes, e que era para colocar os nomes

dos animais que eles conheciam, exemplo: dourado, sardinha, piaba e outros.

Em seguida, ela falou algumas curiosidades sobre os animais, sempre refletindo junto com

eles se tal animal mama ou rasteja, por exemplo, identificando junto com eles, a qual grupo

pertence.

Ela pediu para que eles fizessem uma fila para dar o visto no caderno e na atividade

desenvolvida na sala de aula. Após este momento, ela distribuiu um caça-palavras sobre

animais, e pediu que fizessem duplas. Os alunos deveriam procurar os nomes dos seguintes

animais: CAVALO, OVELHA, ELEFANTE, HIPOPÓTAMO e GIRAFA.

Mostrei o baralho animal para a professora e ela pediu que aplicássemos nesta mesma aula,

porém, ela sugeriu que apresentássemos apenas alguns animais, os mais próximos da

realidade deles, segundo ela, (cachorro, peixe e baleia).

A avaliação é feita de acordo com a participação dos alunos, já que a mesma confere e

acompanha a realização das atividades e desempenho dos mesmos.

29

2ª aula – Dia: 28/07/2015 (Terça-feira)

De início, a professora começou a trabalhar a temática Cadeia Alimentar, no primeiro

momento, ela discutiu com eles sobre cadeia alimentar, indagando o que seria uma cadeia

alimentar, como era constituída uma cadeia alimentar. Ela os deixou bem à vontade para

falar. Os alunos foram falando o que entendiam sobre tal temática, um dos alunos falou:

“O gato come o rato e o rato come o queijo tia”. Ela foi explicando para eles como se dá o

ciclo da cadeia alimentar, refletindo com eles sobre qual animal come qual animal, etc.

Deu vários exemplos:

O leão come cavalo, zebra, ovelha, búfalo e boi.

Os alunos fizeram várias indagações à professora. Por exemplo: Se come pavão? Se come

jiboia? Se come sapo?

Ela explicou que existem animais que a gente pode se alimentar, e outros não. Durante a

aula a professora se mostrou bem colaborativa para com a aprendizagem dos alunos, os

deixando falar e se expressar. Ela explicou como acontece o processo de alimentação de

alguns animais, como por exemplo, a formiga, que leva a folhinha até o lugar onde vive e

geralmente trabalha coletivamente.

Ela contou uma história de quando ela matou um pato no sítio da avó dela, eles ficaram

bem empolgados e riram bastante. Ela falou para eles que o ser humano não come outro ser

humano, que o polvo se alimenta de algas e de pequenos peixes. Ela falou também de uma

leitura que realizou junto com eles anteriormente, que falava sobre os animais herbívoros,

carnívoros, frutíferos, etc.

Ela utilizou o livro de Ciências para mostrar exemplos de cadeias alimentares. Uma das

alunas perguntou: Quem come o canguru? Ela explicou: Em nosso país não comemos o

canguru, mas, em outros países as pessoas comem sim canguru, e também outros animais

exóticos. Uma das alunas comentou que o passarinho come minhocas e pequenos animais,

e ela confirmou. Em seguida ela disse: “Temos que aprender que cadeia alimentar é a

maneira como as pessoas ou animais se alimentam”.

Nesse momento a professora solicitou que os alunos fechasse o livro de Ciências e

copiasse o texto que ela colocou no quadro, O texto foi o seguinte:

Cadeia Alimentar - Os animais precisam de alimento para continuar vivos. Assim, existem

vários tipos de alimentação para cada espécie. Quando os animais se alimentam de outros

animais chamamos de cadeia alimentar, veja um exemplo de cadeia alimentar:

GAVIÃO COBRA RATO SEMENTES

30

Logo após o texto, ela colocou uma atividade para eles completarem as cadeias alimentares

com o nome dos animais na sequência correta.

A dinâmica da aula centrou-se na exploração sobre essa temática, deixando sempre claro o

conceito de cadeia alimentar e qual a sua importância. Ela relatou que houve avanço em

relação à leitura dos alunos que não sabiam ler, ela falou que eles já escrevem com letras

cursivas. Por fim, ela fez a chamada e a aula se deu por encerrada.

4.1 ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES

De acordo com as observações realizadas durante a pesquisa, pudemos observar

que, a prática pedagógica da professora conta com poucos momentos de ludicidade, pois a

mesma não se utiliza de jogos ou brincadeiras durante o processo educativo vivenciado

pelas crianças da sala em questão, pelo contrário, na maioria dos momentos a mesma adota

uma postura tradicional.

Durante a observação das duas aulas de ciência sobre animais e cadeia alimentar,

pode-se perceber que a professora ainda apresenta uma prática pedagógica tradicional e

mecânica, com atividade de memorização e cópia, não favorecendo dessa forma, um

aprendizado significativo dos conceitos trabalhados na sala de aula.

Podemos considerar que a utilização de atividades lúdicas no Ensino de Ciências é

importante para o desenvolvimento cognitivo do sujeito, sendo assim, a mesma contribui

para um entendimento de conceitos científicos relevantes, que devem ser ensinados

especificamente de acordo com a realidade do alunado, como diz Santos e Cruz (2002):

O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o

desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde

mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de

socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento

(p.12-14).

Desta forma, jogos e brincadeiras constituem-se como bons modelos de material

pedagógico, ferramentas pedagógicas que tem por objetivo motivar etapas posteriores mais

complexas do desenvolvimento cognitivo dos alunos.

É nítida a necessidade de se inovar práticas escolares para o Ensino de Ciências,

frente à percepção de que muitos docentes ainda dão suas aulas de acordo com métodos

tradicionais, considerados retrógados e de certa forma mecânicos, não favorecendo o

desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

31

Em relação às atividades lúdicas, como jogos e brincadeira, poderão estar presentes

nas práticas pedagógicas dos professores de Ciências de forma mais permanente,

favorecendo uma aprendizagem construtiva de conceitos científicos, especificamente no

que se refere à organização e estruturação dos seres vivos.

4.2 ANÁLISE DA ENTREVISTA DA PROFESSORA

Tendo por objetivo conhecer a concepção que a professora tem sobre o uso de

atividades lúdicas nas aulas de ciências, realizamos uma entrevista com a finalidade de

aprofundar as questões que permeiam a prática da professora e esclarecer outras questões

relacionadas a esse objetivo. Assim como as observações, a entrevista representa um dos

instrumentos básicos para a coleta de dados, partindo de uma perspectiva de pesquisa que

contempla indagações compostas por técnicas capazes de juntar e selecionar dados

coletados durante a pesquisa.

A entrevista realizada com a professora da turma (Apêndice B) foi composta por

questões abertas, voltadas para responder ao segundo objetivo específico da pesquisa.

Iniciamos a análise da entrevista a partir das respostas dadas pela professora a cada uma

das questões.

Ao indagarmos a primeira questão da entrevista que se referia a importância

atribuída pela professora às atividades lúdicas para o Ensino de Ciências, obtemos a

seguinte resposta:

P: “As atividades lúdicas auxiliam o estudante a entender melhor os conteúdos e fazer

conexão com a realidade deles. O Ensino de Ciências na sala é um compromisso

importante na construção da cidadania do estudante”.

De acordo com a fala da professora entrevistada, podemos perceber que a mesma

considera as atividades lúdicas como um instrumento auxiliar para que os alunos possam

entender melhor o assunto estudado e também comenta brevemente sobre a importância de

contextualizar as atividades lúdicas com o dia a dia dos alunos, isso demostra que ela

considera importante, porém não cita outras contribuições que o lúdico traz para a

aprendizagem de conceitos científicos. A professora tem uma compreensão superficial da

importância da utilização de atividades lúdicas no Ensino de Ciências.

32

Devemos pensar o Ensino de Ciências de modo que possamos falar e refletir sobre

nossas práticas. Segundo Oliveira (1999), O educador da disciplina de Ciências e também

de outras disciplinas deverá estar sempre se atualizando de novas instrumentalizações e

conceitos para melhor saber lidar com as crianças. Ensinar ciências não se restringe a

transmitir informações ou apresentar apenas um caminho, mas é ajudar o aluno a tomar

consciência de sim mesmo, dos outros e da sociedade. Com relação à segunda questão da

entrevista que perguntava a opinião da professora sobre como ela achava que deveria ser

trabalhado o aspecto lúdico na sala de aula, obtivemos a seguinte resposta:

P: “Com muito cuidado para não perder o foco e a disciplina com os alunos, pois,

ludicidade não é brincadeira sem importância, é uma forma de trabalhar sem a rigidez

que já foi trabalhada antigamente. É um jogo de erros em busca de acertos. É importante

para o desenvolvimento do aluno em aprender com prazer”.

A resposta obtida pode ser considerada satisfatória, pois, de fato a professora

expressou de maneira clara e objetiva o cuidado que se deve ter ao se trabalhar com

atividades lúdicas, deixando claro que não deve se trabalhar de maneira rígida, como

acontecia antigamente. Sendo preciso se levar em consideração a seriedade e a

responsabilidade necessária, de modo que não se percam elementos que fazem a diferença,

tendo como base um objetivo e um direcionamento, considerando a importância para o

desenvolvimento do aluno de acordo com uma aprendizagem que proporcione prazer e ao

mesmo tempo disciplina.

Percebemos que a professora compreende como devem ser trabalhadas as

atividades lúdicas na sala de aula, no entanto, ela não utiliza em suas aulas aspectos lúdicos

para desenvolver o aprendizado dos alunos.

Com relação à terceira questão da entrevista realizada, que se referia a como ela

acha que a presença da ludicidade no Ensino de Ciências pode contribuir para a

aprendizagem dos alunos, obtivemos a seguinte resposta:

P: “Importante para o desenvolvimento do aluno em aprender com prazer”.

A resposta coletada é curta e direta, a professora alega que a presença da ludicidade

pode contribuir de maneira importante e favorável, proporcionando uma aprendizagem

prazerosa aos alunos. Deste modo, podemos observar que para ela a ludicidade e o prazer

33

estão interligados, sendo esta junção, um aspecto importante para o desenvolvimento do

aluno.

Realmente as atividades lúdicas nas aulas de Ciências tornam as mesmas mais

agradáveis e dinâmicas, motivando os alunos a participarem ativamente da construção do

seu próprio conhecimento e trazendo mudanças significativas em suas aprendizagens, pois

eles podem expressar sentimentos e emoções, bem como, serem capazes de resolver

conflitos, apreender sobre normas, regras e valores.

Ao indagarmos a quarta questão da entrevista que pergunta se os jogos e as

brincadeiras podem facilitar o Ensino de Ciências, obtivemos a seguinte resposta:

P: “Sim, para a compreensão dos conteúdos pelos estudantes”.

A resposta obtida nos possibilita compreender que, para ela, Jogos e brincadeiras

são instrumentos que podem sim facilitar o Ensino de Ciências, de modo que os conteúdos

possam se apreendidos de maneira mais fácil pelos alunos. Apesar de a professora

compreender a importância dos jogos e brincadeiras como facilitadores do processo de

ensino-aprendizagem, em sua prática pedagógica ela pouco se utiliza desses recursos para

ensinar Ciências.

Na quinta questão, buscando entender de fato o que a professora da turma

pesquisada entende por lúdico, a resposta foi a seguinte:

P: “São dinâmicas que auxiliam no processo de ensino aprendizagem. Dinâmicas que

colocam os alunos a praticar os conteúdos”.

Como podemos observar na resposta obtida, o lúdico seriam dinâmicas que

auxiliam no processo de ensino aprendizagem, de modo que colocariam os alunos a

praticar os conteúdos, ou seja, para ela o lúdico pode ser entendido como um conjunto de

ações mais dinâmicas que tem por objetivo colocar os alunos a praticar os conteúdos.

Entendemos que o lúdico não pode ser entendido apenas como uma dinâmica, ele

tem uma conotação bem maior, pois se refere a uma dimensão humana que evoca os

sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação.

A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar estão

incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que

joga, que brinca e que se diverte de um modo geral. Por sua vez, a função educativa do

34

jogo e da brincadeira oportuniza a aprendizagem do indivíduo em formação, sua

aprendizagem, seu conhecimento, seu desenvolvimento corporal e sua compreensão e

reconhecimento de mundo. Segundo Campos (2008, p.2):

O lúdico pode ser utilizado como promotor da aprendizagem nas práticas

escolares, possibilitando a aproximação dos alunos ao conhecimento

científico. Neste sentido, trabalhar com ludicidade se constitui um

importante recurso para o professor desenvolver a habilidade de

resolução de problemas, a favorecer a apropriação de conceitos e atender

aos anseios daqueles que ainda estão em processo de desenvolvimento.

De acordo com as leituras realizadas e também com o auxilio de embasamentos

teóricos, numa perspectiva lúdica, o Ensino de Ciências se caracteriza como um

instrumento facilitador da aprendizagem de conceitos e conteúdos, de modo que a

ludicidade funciona como ferramenta fundamental para a concretização deste ensino.

Após a análise das respostas da professora, percebemos que apesar da mesma

reconhecer a importância do uso de atividades lúdicas nas aulas de Ciências, nas

observações das aulas ela não contempla o lúdico como um recurso metodológico para o

Ensino de Ciências.

De acordo com o embasamento teórico da pesquisa e com as leituras realizadas

durante o processo de investigação, entende-se que as atividades lúdicas (jogos,

brincadeiras, desenhos, etc.) são bastante importantes para o processo de ensino-

aprendizagem científico, por proporcionarem um aprendizado, do ponto de vista da

ciência, mais dinâmico, prazeroso, significativo e divertido, facilitando o entendimento dos

educandos em relação a conceitos de modo geral.

Descrição das intervenções:

1ª Aula: Dia 15/10/2015

Buscando conhecer as contribuições dos jogos e brincadeiras no Ensino de

Ciências, realizamos a construção de dois jogos pensando em uma proposta de intervenção

capaz de perceber quais as contribuições trazidas por atividades lúdicas como jogos e

brincadeiras para um Ensino de Ciências mais prazeroso e divertido.

O primeiro jogo “Trilha da Classificação dos animais” contou com algumas regras

(Apêndice E) e características próprias de uma trilha, composta por 20 (vinte casas), placas

com nomes e características de animais conhecidos pelos alunos, onde a sala foi dividida

35

em dois grandes grupos (grupo A e grupo B), em que cada grupo escolheu seu

representante para colocar seu respectivo objeto para marcar suas colocações na trilha, e

cada representante escolheu seu objeto para ir demarcando a trilha, ou seja, do início ao

fim da mesma. Para começar, houve um sorteio para ver quem começaria o jogo. O

jogador que iniciou utilizou-se de um dado para identificar quantas casas avançaria ou

retrocederia, considerando as placas de volte ou avance uma casa, coladas na própria trilha.

Após esse momento, mostrei uma das placas para que o aluno visse qual era o

animal que ele deveria imitar para o grupo, realizando uma mímica sem fazer uso de sons

ou palavras, apenas por meio da linguagem corporal, de modo que fosse necessária uma

devida atenção para todos os gestos e expressões realizadas. Caso o grupo do representante

que estava jogando naquele momento não acertasse, poderia ser dada uma dica sobre o

animal que estava sendo representado por meio da mímica. As dicas eram fundamentadas

na questão da alimentação do animal, hábitos, habitat e características físicas e corporais.

Caso o grupo que estava na vez não acertasse, seria dada uma chance para o outro grupo

até que o animal fosse identificado. O jogo seguiu esta sequência até o fim da trilha e havia

um placar no quadro, de modo que o grupo vencedor ganharia brindes.

2ª Aula: Dia 26/10/2015

O segundo jogo foi caracterizado por uma gincana sobre classificação de animais

(Apêndice F), que contou com procedimentos mais simplificados e objetivos, fazendo uso

de um direcionamento mais simples e lúdico onde as crianças poderiam ter contato com

imagens de diversos animais. Foram construídas placas com imagens de animais

mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes, insetos e também alguns animais invertebrados,

que não possuem coluna vertebral.

Construímos para divisão de três grupos pequenos cartões com imagens de três

animais: elefante, abelha e papagaio; Distribuímos para que fossem formados os grupos,

após a formação dos mesmos, cada grupo recebeu um pacote fechado com todas as placas

com as imagens dos animais, um total de 26 (vinte e seis) placas. Após este momento, foi

solicitado que eles dividissem os animais por grupo que pertencem. Foram feitas perguntas

sobre estes animais, perguntas relacionadas a seu modo de vida, hábito, alimentação ou

característica física, cada grupo deveria levantar a placa de acordo com a classificação do

animal em questão, após a realização da pergunta, sendo computados os números de

acertos no quadro, finalizando com a distribuição dos brindes para o grupo vencedor.

36

O resultado dessa intervenção contou com a satisfação de todos e também com uma

boa participação e empolgação do alunado, de modo que ficou claro o conhecimento que

os mesmos apresentam sobre o assunto, demonstrando isso por meio da facilidade em

responder as perguntas propostas durante a aplicação do jogo.

Atividade avaliativa: tabela sobre classificação dos animais

Realizamos durante essa aula uma atividade avaliativa sobre Classificação dos

animais, tendo por objetivo identificar o entendimento dos alunos, de forma individual,

sobre classificação dos amimais. Esta atividade foi realizada após as aulas de intervenções

de modo que os alunos teriam de marcar um “X” para classificar os animais de acordo com

suas respectivas características e grupos: Mamíferos, Répteis, Peixes, Aves, Anfíbios e

Insetos (Apêndice D).

Os resultados da atividade estão expressos no gráfico a seguir, de acordo com a

quantidade de acertos obtidos pelos alunos.

De acordo com os resultados obtidos a partir da aplicação individual da atividade,

podemos perceber que os alunos, em maioria, de fato compreenderam o conteúdo sobre

Classificação dos animais de acordo com as intervenções realizadas por intermédio dos

jogos e brincadeiras. Os alunos demonstraram ter aprendido a classificar os animais, pois

associaram as características dos grupos com o animal correspondente. Este gráfico revela

que a utilização dos jogos e brincadeiras nas aulas de Ciências favorece de forma positiva e

significativa na aprendizagem dos alunos.

0

5

17

0 5 10 15 20

De 0 - 9 acertos

De 10 - 19 acertos

De 20 - 25 acertos

Tabela Classificação dos Animais

Tabela Classificação dosAnimais

37

4.3 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS DOS ALUNOS

Para finalizar a pesquisa, realizamos um questionário com os alunos buscando

atingir o terceiro objetivo específico da pesquisa, tendo como meta saber se as atividades

aplicadas contribuíram na aprendizagem dos alunos, ou seja, buscando entender de que

forma práticas lúdicas como jogos e brincadeiras podem contribuir significativamente para

o Ensino de Ciências. O questionário aplicado contou com perguntas fechadas (sim ou

não), contando também com a solicitação da justificativa das respostas, deste modo, o

principal objetivo do questionário aplicado foi fazer uma análise de acordo com o que os

alunos acharam dos jogos e brincadeiras no Ensino de Ciências. Observamos também, as

atividades desenvolvidas durante as intervenções pedagógicas realizadas se contribuíram

positivamente para uma mudança significativa no processo de aprendizagem dos alunos.

No momento da aplicação do questionário, estavam presentes na sala de aula, apenas 17

alunos, entretanto a quantidade total de alunos da referida turma é de 22 alunos. Os

resultados obtidos com a aplicação dos questionários estão expostos nos gráficos a seguir:

1. Você gostou dos jogos de Ciências sobre Classificação de animais que realizamos?

ALTERNATIVA ALUNOS CATEGORIAS

SIM A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9

A10 A11 A13 A14 A16 A17

Os jogos e as brincadeiras

foram legais;

Aprendeu melhor com os

jogos e as brincadeiras;

Porque os dois grupos da

sala ganharam;

Porque gostam de estudar

88%

12%

Sim Não

38

ciências;

Porque gostaram da

professora;

Porque jogaram em grupos

de amigos.

NÃO A12 A15 Porque durante os jogos e

brincadeiras houve

“trapaças e roubalheiras”.

De acordo com as respostas obtidas, podemos perceber que a grande maioria dos

alunos gostou dos jogos e brincadeiras aplicadas nas aulas de intervenções, alegando vários

motivos. Dentre as justificativas alegadas pelos alunos podemos destacar duas que

consideramos muito importante: “Aprendeu melhor com os jogos e as brincadeiras” e

“Porque jogaram em grupos de amigos”. Essas respostas revelam que as atividades lúdicas

como jogos e brincadeiras realmente ajudam os alunos a aprenderem melhor os conceitos

científicos. E a importância da interação social na sala de aula.

Porem dois alunos não gostou dos jogos e das brincadeiras realizadas nas aulas de

intervenção, alegando o fato de ter havido competição e discórdia entre os grupos. Isso

revela que, mesmo sendo dito aos alunos que o objetivo daquela brincadeira seria para

aprender sobre classificação dos animais e não para competição entre eles, alguns não

entenderam que o mais importante era aprender e buscar a participação de todos com

harmonia entre os grupos.

2. Você conseguiu entender o conteúdo sobre classificação de animais através das

brincadeiras utilizadas na sala de aula?

39

ALTERNATIVA ALUNOS CATEGORIAS

SIM A5 A6 A7 A11 A15 Porque foi bom e legal;

Porque gostam de estudar

Ciências;

Porque entenderam melhor

sobre os animais.

NÃO A1 A2 A3 A4 A8 A9 A10

A12 A13 A14 A16 A17

Porque só ajudou a

relembrar o assunto;

Porque a professora da

turma já tinha falado sobre

animais.

Considerando as respostas obtidas nesta segunda questão do questionário aplicado,

podemos constatar que os alunos, em maioria, disse não ter entendido as brincadeiras

realizadas em sala de aula, porque a já tinha trabalhado o assunto sobre animais

anteriormente na sala de aula, por este motivo, grande parte dos alunos demonstrou, a

partir de suas respostas, que já sabia do assunto. No entanto, relataram também que os

jogos e as brincadeiras aprofundaram ainda mais seus conhecimentos, demonstrando que

os jogos facilitou sua aprendizagem.

Deste modo, ficou claro que os jogos realizados não foram o primeiro contato do

alunado com este conteúdo, mas sim um processo que oportunizou uma experiência de

revisão lúdica, onde os mesmos se divertiram. Ficou claro nas respostas que os alunos

gostam de estudar Ciências de forma lúdica porque compreendem melhor os assuntos

abordados.

29%

71%

Sim Não

40

3. Você achou que as atividades desenvolvidas em sala de aula sobre classificação de

animais foram prazerosas?

ALTERNATIVA ALUNOS CATEGORIAS

SIM A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7

A8 A9 A10 A11 A12 A14

A15 A16 A17

Os jogos e brincadeiras

foram bons e legais;

Foi o estudo dos animais;

Foram as orientações da

professora;

Foi o fato de o Peixe-boi ser

peixe e boi ao mesmo tempo.

NÃO A13 Porque a turma arengou

muito.

Considerando as respostas dos alunos nesta terceira pergunta, é possível

observar que a grande maioria considera as atividades lúdicas desenvolvidas em grupo

foram prazerosas e as orientações dadas pela professora pesquisadora foram satisfatórias.

Fundamentando-se nas leituras realizadas durante o processo de pesquisa,

podemos constatar que tal experiência comtemplou um caráter lúdico, onde o brincar e o

divertir-se são aprimorados e efetivados.

Neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa

também à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte de um modo geral. Por sua

vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo em formação, sua

94%

6%

Sim Não

41

aprendizagem, seu conhecimento, seu desenvolvimento corporal e sua compreensão e

reconhecimento de mundo.

4. Você achou que as atividades de Ciências desenvolvidas foram

significativa/importante para a sua aprendizagem sobre classificação dos animais?

ALTERNATIVA ALUNOS CATEGORIAS

SIM A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8

A9 A10 A11 A12 A13 A14

A15 A16 A17

Porque aprendeu mais

coisas sobre os animais;

Porque brincaram e

jogaram com os amigos;

Porque gostam de animais;

Porque ajudou no

conhecimento sobre os

animais.

As respostas obtidas na questão quatro nos mostrou que de fato as atividades

lúdicas aplicadas forneceram bons resultados, contribuindo positivamente para o processo

de aprendizagem dos alunos sobre classificação dos animais, ao mesmo tempo em que

participaram de maneira colaborativa, mostrando bastante interesse pelos jogos e

brincadeiras levados para a sala de aula estudada.

Podemos também destacar que ficou evidente as contribuições dos jogos e das

brincadeiras na melhoria da aprendizagem sobre os animais e sua classificação, além de

terem apreendido curiosidades e informações até então não conhecidas por eles. Podemos

observar também que em vários momentos do questionário os alunos demostraram que o

fato de se trabalhar em grupo contribuiu significativamente na sua aprendizagem.

100%

0%

Sim Não

42

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Garanhuns – PE, em

uma turma do terceiro ano do Ensino Fundamental I. O método utilizado nesta pesquisa foi

o método indutivo, pelo fato de, ao entrar em contato com o contexto, levaram-se em

consideração algumas situações desconhecidas, portanto, ao pesquisar sobre o fenômeno

estudado, o pesquisador iniciou sua pesquisa de maneira natural, sem fazer uso de

quaisquer expectativas.

Durante a realização desta pesquisa foram utilizados processos de investigação

voltados para a necessidade de se conhecer como é tratado o aspecto lúdico em uma sala de

aula de terceiro ano do ensino fundamental e também sua importância para o

desenvolvimento da aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências Naturais.

Buscando atingir o objetivo geral dessa pesquisa, qual seja analisar quais são as

contribuições trazidas pelos jogos e brincadeiras para a aprendizagem sobre classificação

dos animais. E os seguintes objetivos específicos: Identificar de que forma a prática

educativa da docente contempla a atividade lúdica (OBSERVAÇÃO DAS AULAS);

Conhecer a concepção que a professora tem sobre o uso do lúdico nas atividades de

Ciências (ENTREVISTA DA PROFESSORA); Analisar de que forma as atividades

lúdicas como jogos e brincadeiras podem contribuir para um ensino de ciências mais

significativo e divertido (QUESTIONÁRIO COM OS ALUNOS).

Podemos destacar algumas conclusões importantes com a realização dessa

pesquisa, tais como:

É possível trabalhar os conceitos científicos em sala de aula de diferentes formas,

principalmente pelo fato da disciplina de Ciências ser do interesse dos alunos e a

temática classificação dos animais ser bastante apreciada pelas crianças, causando

curiosidade e interesse.

O aspecto lúdico pode ser considerado um facilitador quando se diz respeito à

aprendizagem de conceitos mais amplos como a classificação dos animais, uma vez

que, nem sempre é fácil classificar e selecionar um grupo.

A utilização de jogos e brincadeiras contribui de forma significativa para o

desenvolvimento da criança em seu processo de interação com o mundo. Por isso,

de acordo com as diretrizes curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, o

trabalho com a perspectiva lúdica precisa ser considerado nas estratégias de ensino,

43

independentemente da série e da faixa etária do estudante, adequando

encaminhamento, linguagem e recursos utilizados como apoio.

Buscando responder a nossa questão de pesquisa, podemos considerar neste

trabalho de conclusão de curso que, a utilização de atividades lúdicas como jogos,

brincadeiras, entre outras, favorecem uma aprendizagem significativa dos conceitos

científicos, especialmente o estudado nessa pesquisa, sobre classificação dos animais. Para

tanto, os professores de Ciências devem oferecer aos alunos uma quantidade diversificada

de tarefas e atividades facilitadoras, por meio de técnicas e recursos metodológicos

diferenciados.

Respondendo também os objetivos do nosso trabalho de pesquisa, observamos que

a prática da docente da turma pesquisada, pouco contempla as atividades lúdicas, pois a

mesma apresenta uma prática mais voltada para o ensino tradicional.

Com relação à concepção da professora, percebemos em suas respostas que apesar

de reconhecer a importância do uso de atividades lúdicas para ensinar Ciências, a mesma

não contempla o lúdico como um recurso metodológico fundamental para o Ensino de

Ciências. Além de demostrar que possui um conhecimento superficial sobre o lúdico.

Também destacamos que, de acordo com as respostas obtidas com a aplicação dos

questionários, os jogos e as brincadeiras contribuem para a melhoria da aprendizagem dos

alunos de forma significativa e divertida.

44

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XAVIER, Antônio Carlos. Como fazer e apresentar trabalhos científicos em eventos

acadêmicos. Recife: Rêspel, 2013.

47

APÊNDICE A - FICHA DE OBSERVAÇÃO

Data:

Local:

Nome da professora:

Formação:

Horário de início e término da aula:

Quantidade de alunos presentes na sala:

Disciplina observada:

Como a professora inicia a aula:

Verificar se existe a presença do lúdico em sala de aula;

Observar de que forma é tratado o aspecto lúdico pela educadora da sala em

questão;

Analisar se a aula de Ciências conta com a presença do lúdico.

1. Relação professor-conhecimento (Lúdico).

2. Dinâmica da aula.

3. Aspectos Metodológicos da aula. (Se existe a presença do lúdico).

4. Formas de Avaliação utilizadas.

48

APÊNDICE B - ENTREVISTA DA PROFESSORA

1- Qual a importância que você atribui para as atividades lúdicas no Ensino de

Ciências?

2- Como você acha que deve ser trabalhado o aspecto lúdico na sala de aula?

3- Como você acha que a presença da ludicidade no Ensino de Ciências pode

contribuir para a aprendizagem dos alunos?

4- Jogos e brincadeiras podem facilitar o ensino de Ciências?

5- O que você entende por lúdico?

49

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS

1- Você gostou dos jogos de Ciências sobre Classificação de animais que realizamos?

( ) Sim ( ) Não

Justifique a sua resposta:

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

2- Você conseguiu entender o conteúdo sobre classificação de animais através das

brincadeiras utilizadas na sala de aula?

( ) Sim ( ) Não

Escreva o que você entendeu:

_________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

3- Você achou que as atividades desenvolvidas em sala de aula sobre classificação de

animais foi prazerosa?

( ) Sim ( ) Não

O que lhe chamou mais atenção?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

4- Você achou que as atividades de Ciências desenvolvidas foram significativa/importante

para a sua aprendizagem sobre classificação dos animais?

( ) Sim ( ) Não

O que você achou de mais significativo/importante?______________________________

_________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

50

APÊNDICE D - TABELA CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

Principais Características

Mamífero Réptil Peixe Ave Anfíbio Inseto

1. São animais apenas aquáticos.

2. São animais aquáticos e terrestres.

3. Sua respiração é apenas branquial.

4. Locomovem-se por meio de asas ou patas

5. Sua respiração é cutânea e pulmonar.

6. Possui escamas e nadadeiras.

7. A maioria tem quatro membros. Na fase larval, são aquáticos e na adulta terrestres.

8. Sua respiração é pulmonar.

9. Tem a pele seca, alguns têm escamas.

10. Têm penas e bicos, a maioria voa.

11. Possuem pêlos e glândulas mamárias

12. Locomovem-se por meio de patas, pés ou nadadeiras.

13. Locomovem-se por meio de patas, exceto alguns que rastejam.

14. Vivem e respiram dentro da água

15. A maioria tem duas antenas e seis patas, alguns têm asas.

16. Nascem de ovos (são ovíparos)

17. Alimentam-se de outros peixes menores ou de substâncias que flutuam na água

18. A maioria são carnívoros e caçadores, às vezes também comem vegetais.

19. Quando são pequenos mamam.

51

Alguns são herbívoros, carnívoros e onívoros

20. Tem o corpo coberto de pêlo, a maior parte anda, outros nadam e outros voam.

21. Tem o corpo coberto de escamas e alguns têm uma carapaça com placas

22. Tem a pele nua e úmida. Vivem na terra e na água

23. Nascem do útero da mãe

24. Alimentam-se de vegetais ou matéria em decomposição.

25. Alimentam-se de insetos que capturam com sua larga língua

TOTAL DE ACERTOS

52

APÊNDICE E – REGRAS DO JOGO: TRILHA CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

1. Dividir a turma em dois grandes grupos (grupo A e B);

2. Escolher de cada grupo um aluno que representará o grupo no jogo;

3. Os alunos representantes dos grupos escolherão um objeto para colocar no campo

de início da trilha;

4. Sortear-se (par ou impar) a ordem de início do jogo;

5. O aluno do grupo que iniciará joga o dado para identificar quantas casas passará na

trilha e em seguida a professora mostra ao aluno qual animal ele deverá representar

para o seu grupo por intermédio da mímica (a informação não pode de forma

alguma ser passada com palavras);

6. O grupo deverá responder qual é o animal que está sendo representado, caso o

grupo não acerte, eles terão uma dica sobre o animal. Caso não acerte, mesmo com

essa primeira dica, passa para o outro grupo;

7. A vez ficará passando de um grupo para outro e as dicas sendo dadas até que algum

grupo acerte;

8. O grupo que acertar a resposta ganhará um ponto no placar;

9. A professora marcará um tempo estipulado para que o grupo responda;

10. O jogo continuará seguindo estas regras até chegar ao final da trilha;

11. O grupo que chegar por primeiro e obter a maior pontuação ganhará o jogo.

53

APÊNDICE F – REGRAS DO JOGO: GINCANA SOBRE CLASSIFICAÇÃO

DOS ANIMAIS

1- Sorteio dos três grupos: Elefante, Abelha e Papagaio;

2- Distribuição das fichas com as imagens dos animais para os três grupos;

3- Pedir que cada grupo separe as imagens referente ao grupo de animal:

mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes e insetos;

4- Fazer as perguntas referentes às características do animal;

5- Fazer um placar no quadro com a quantidade de acertos de cada grupo.