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10 Fatos Surpreendentes sobre Alucinógenos, Psicodélicos e Cogumelos Mágicos • O Mundo Mágico do Cogumelo http://mundocogumelo.com/2013/03/07/10-fatos-supreendentes-sobre-alucinogenos-psicodelicos-e-cogumelos-magicos/[19/08/2013 22:57:56] 10 Fatos Surpreendentes sobre Alucinógenos, Psicodélicos e Cogumelos Mágicos RAINSPIRIT MARÇO 7, 2013 5 4 Votes “Ao contrário do cientificismo, a ciência no verdadeiro sentido da palavra é abrir para a investigação imparcial todo fenômeno existente.” Stanislav Grof O Instituto Tecnológico Biofarmacológico, que está localizado na companhia Promega em Madison, Wisconsin, recentemente hospedou o 10cimo Fórum Bioético Internacional chamado “ Manifestando a Mente”. Diversos palestrantes notáveis deram apresentações em um assunto um tanto inesperado: o uso de alucinógenos como a psilocibina (encontrada por exemplo em cogumelos mágicos) para a melhor compreensão da natureza da consciência e até mesmo para o tratamento de doenças neuropsicológicas como a depressão, ansiedade e o vício em drogas. A Psilocibina (O-fosforil-4-hidróxi-N,N-dimetiltriptamina), que é um dos ingredientes ativos nos cogumelos psicodélicos, tem sido utilizada há anos pelos povos indígenas das Américas; em fato, os Astecas chamaram esses cogumelos de teonanacatl , ou “carne dos deuses”. A Mescalina (o ingrediente psicoativo do cacto peyote ) é um outro tipo de alucinógeno que foi amplamente utilizado pelos Nativos Americanos vivendo no que são agora partes da América do Sul e do México; até mesmo hoje o cacto peyote se apresenta de forma forte em rituais religiosos celebrados pelos Navajos e outras tribos indígenas. O LSD, (dietilamida do ácido lisérgico), outro tipo de alucinógeno, foi descoberto mais recentemente pelo Dr. Albert Hofmann em 1943 e então popularizado pelo movimento de “contracultura” da década de 1960. O Estudo dos alucinógenos e seu modo de ação no cérebro humano é conduzido desde os anos de 1800. (1) Por volta de 1960, o estudo dos alucinógenos e seus efeitos na consciência se aceleraram dramaticamente. (2-4) Infelizmente, em vista das aventuras de entusiastas de drogas como o doutor Timothy Leary, o interesse público e científico além do suporte à pesquisa com alucinógenos essencialmente parou. Foi assim até meados da década de 1990, quando controles de estudo aprimorados puderam ser implementados, quando os pesquisadores puderam retomar a investigação das substâncias alucinógenas e o efeito desses agentes na mente e no corpo. Atualmente, pesquisadores e doutores renovaram seu interesse em substâncias psicodélicas como a psilocibina porque foi descoberto que essas substâncias são efetivas no tratamento de diversos comportamentos e estados mentais desafiantes, como memórias reprimidas, (5), álcool, tabaco e vício em narcóticos (6), dores de cabeça e enxaquecas (7) e até mesmo a depressão, como um resultado de câncer terminal/em estágio avançado. (8) Depois de um estudo de candidatos potenciais com estabilidade mental e sem uso de alucinógenos anteriormente, esses pesquisadores e doutores administraram dosagens controladas da droga alucinógena Psilocibina. As reações dos participantes são então meticulosamente registradas e catalogadas. Em diversos casos, ressonâncias magnéticas ou tomografias por emissão de pósitrons são administradas durante a experiência psicodélica com o objetivo de avaliar a atividade cerebral. Alguns resultados intrigantes já foram coletados desses estudos, incluindo os 10 listados a seguir: 1.A Ausência da Dependência

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10 Fatos Surpreendentes sobre Alucinógenos,Psicodélicos e Cogumelos Mágicos

RAINSPIRIT MARÇO 7, 2013 5

4 Votes

“Ao contrário do cientificismo, a ciência no verdadeiro sentido da palavra é abrir para a investigaçãoimparcial todo fenômeno existente.”

Stanislav Grof

O Instituto Tecnológico Biofarmacológico, que está localizado na companhia Promega em Madison,Wisconsin, recentemente hospedou o 10cimo Fórum Bioético Internacional chamado “Manifestando aMente”. Diversos palestrantes notáveis deram apresentações em um assunto um tanto inesperado: o usode alucinógenos como a psilocibina (encontrada por exemplo em cogumelos mágicos) para a melhorcompreensão da natureza da consciência e até mesmo para o tratamento de doenças neuropsicológicascomo a depressão, ansiedade e o vício em drogas.

A Psilocibina (O-fosforil-4-hidróxi-N,N-dimetiltriptamina), que éum dos ingredientes ativos nos cogumelos psicodélicos, temsido utilizada há anos pelos povos indígenas das Américas; emfato, os Astecas chamaram esses cogumelos de teonanacatl, ou“carne dos deuses”. A Mescalina (o ingrediente psicoativo docacto peyote) é um outro tipo de alucinógeno que foiamplamente utilizado pelos Nativos Americanos vivendo no quesão agora partes da América do Sul e do México; até mesmohoje o cacto peyote se apresenta de forma forte em rituaisreligiosos celebrados pelos Navajos e outras tribos indígenas. OLSD, (dietilamida do ácido lisérgico), outro tipo de alucinógeno,foi descoberto mais recentemente pelo Dr. Albert Hofmann em1943 e então popularizado pelo movimento de “contracultura” dadécada de 1960.

O Estudo dos alucinógenos e seu modo de ação no cérebro humano é conduzido desde os anos de1800. (1) Por volta de 1960, o estudo dos alucinógenos e seus efeitos na consciência se aceleraramdramaticamente. (2-4) Infelizmente, em vista das aventuras de entusiastas de drogas como o doutorTimothy Leary, o interesse público e científico além do suporte à pesquisa com alucinógenosessencialmente parou. Foi assim até meados da década de 1990, quando controles de estudoaprimorados puderam ser implementados, quando os pesquisadores puderam retomar a investigaçãodas substâncias alucinógenas e o efeito desses agentes na mente e no corpo.

Atualmente, pesquisadores e doutores renovaram seu interesse em substâncias psicodélicas como apsilocibina porque foi descoberto que essas substâncias são efetivas no tratamento de diversoscomportamentos e estados mentais desafiantes, como memórias reprimidas, (5), álcool, tabaco e vícioem narcóticos (6), dores de cabeça e enxaquecas (7) e até mesmo a depressão, como um resultado decâncer terminal/em estágio avançado. (8) Depois de um estudo de candidatos potenciais comestabilidade mental e sem uso de alucinógenos anteriormente, esses pesquisadores e doutoresadministraram dosagens controladas da droga alucinógena Psilocibina. As reações dos participantes sãoentão meticulosamente registradas e catalogadas. Em diversos casos, ressonâncias magnéticas outomografias por emissão de pósitrons são administradas durante a experiência psicodélica com oobjetivo de avaliar a atividade cerebral. Alguns resultados intrigantes já foram coletados desses estudos,incluindo os 10 listados a seguir:

1.A Ausência da Dependência

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Comparação entre a Psilocina(Psilocibina sem o radical fosfórico)

e a Serotonina (Ao lado)

Serotonina, principalneurotransmissor ligado à

memória/aprendizado

Drogas narcóticas como a cocaína previnem a recaptação dos neurotransmissores deprazer/aprendizado como a dopamina, eventualmente levando à dependência devido à forte sensaçãode recompensa que os narcóticos criam. Alternadamente, a psilocibina age como um agonista (ativador)dos receptores 5-hidroxitriptamínicos (5-HT), 5-HT1A, 5-HT2A e 5-HT2C, se assemelhandograndemente ao receptor serotonínico natural 5-HT. A Serotonina, ao contrário da Dopamina, é maisassociada com o bem-estar e a memória, e menos com prazeres temporários, uma diferença chave queacredita-se que remova essa substância do caminho da dependência.

2.Redução da Ansiedade

O Dr. Stephen Ross estudou a psicoterapia assistida com psilocibina como um método de tratamentopara pacientes que estão sofrendo de sensações de ansiedade e depressão como resultado de umdiagnóstico de câncer terminal/em estado avançado. As descobertas do NYU Psilocybin Cancer Project,no qual ele é o principal pesquisador, indicam que os pacientes com câncer terminal/em estadoavançado se beneficiam da administração de psilocibina em termos do seu bem estar mental e espiritual,além de diminuir os níveis de ansiedade, depressão e dor. Isso não é surpreendente sob a luz dasdescobertas feitas pelo Dr. Franz X. Vollenweider, que descobriu que a psilocibina reduz o controle docórtex pré-frontal sobre a amídala, o tão chamado centro do medo no cérebro. Incidentalmente, o Dr.Vollenweider também publicou estudos na redução da depressão em pacientes que ingerem psilocibinaregularmente.

3. A Mudança no Centro do Comportamento

A percepção geral da sociedade em relação à indivíduos que consomem substâncias psicodélicas é queeles são anti-sociais, desajustados e cabeças-dopadas. Entretando, a pesquisa que está sendoconduzida pelo Dr. Roland Griffiths na Universidade Johns Hopkins indica que ingerir psilocibina podeproduzir mudanças positivas na personalidade, atitudes e comportamentos dos participantes. (10)Indivíduos que experimentaram a psilocibina reportaram que tiveram sentimentos de responsabilidadesocial, empatia com outros e uma compreensão fundamental da inter-conexão entre todas as formasvivas aprimorados e fortificados. As mudanças da percepção e da cognição incorridas durante oencontro com a psilocibina são creditadas em parte para essas mudanças no centro do comportamento.

4. As Experiências de Tipo Místico

O Insituto das Ciências Intelectuais, de quem o Dr.Roland Griffiths participa, é ativo estudando asexperiências místicas que são vividas porparticipantes que tomaram a psilocibina ou outrosalucinógenos. Em muitos casos, respostas neurais epadrões de ondas cerebrais de participantes são

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extremamente semelhantes aos encontradosdurante estados de jejum, oração, meditação ououtro êxtase religioso/espiritual. (11) Existe tambémum estudo colaborativo planejado entre o Dr.Roland Griffiths e Richard Davidson (Universidadede Wisconsin-Madison) para descobrir sealucinógenos podem ajudar indivíduos que sãopraticantes regulares e experientes de meditaçãoem termos de foco, duração da sessão, e processoespiritual. Os participantes desse estudo serãoselecionados na Universidade Johns Hopkins eentão testados via Ressonância Magnética na

Universidade Wisconsin-Madison.

5. Abandono do Vício em Tabaco

Estudos-piloto em curso na Universidade Johns Hopkins com psilocibina sugeriram que essealucinógeno pode ajudar indivíduos superarem seu vício em nicotina. (6, 12) Até agora, dos trêsvoluntários testados, 1 ficou em remissão de nicotina por pelo menos 6 meses enquanto dois outrosficaram em remissão por mais de 12 meses. A pesquisa atual é focada na busca do mecanismo por trásdo tratamento do vício em nicotina com alucinógenos assim como vícios em outras drogas.

6. Significado Pessoal Profundo

Indivíduos que tomaram psilocibina reportaram que a experiência foi uma das cinco mais significantesentre as cinco principais de sua vida. Essa opinião continuou por até 14 meses depois da experiênciacom o alucinógeno (13), provando que a tão chamada “viajem psicodélica” não é algo para ser levadode forma leve ou passageira.

7. Neuroplasticidade

A Neuroplasticidade é definida como uma mudança neural que ocorre tipicamente em resposta a umestímulo, seja ele um hormônio, uma ação do ambiente ou comportamento. No caso da psilocibina, aexposição repetida do cérebro a essa substância pode induzir neuroplasticidade através da modulaçãodiscreta de circuitos neurais. O trabalho do Dr. Franz X. Vollenweider do Instituto de Pesquisas Hefftersugeriu que a psilocibina influencia a liberação do glutamato no córtex pré-frontal. O Glutamato ativa oFator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF na sigla em inglês), um fator de crescimento de nervosque é a chave para o crescimento neural, desenvolvimento e sobrevivência. (14) As mudançaspsicológicas que foram encontradas nos indivíduos que tomaram a psilocibina, tais como a redução dadepressão, podem ser atribuídos ao glutamato elevado.

8. Tratamento do Transtorno Obessivo-Compulsivo

O Dr. Francisco A. Moreno da Universidade do Arizonaestá explorando o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo, ou TOC, com a psilocibina. (15) Osresultados preliminares parecem promissores, comalguns pacientes ficando livres dos sintomas por diasseguindo-se ao tratamento. Um paciente ficou semsintomas por quase 6 meses. Nenhum tratamento foiencontrado para aliviar os sintomas de TOC rapidamentecomo a psilocibina.

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9. Tratamento de Cefaleias em Salvas

Cefaleias em Salvas são enxaquecas de intensidade incomum que duram aproximadamente de 15minutos a 3 horas ou mais. Podem ocorrer em uma base periódica, mas também podem estar sujeitas auma remissão espontânea. Ambas substâncias, psilocibina e LSD, foram descritas como um possíveltratamento contra as cefaleias com um sucesso impressionante. (7)

10. Ressurgimento de Memórias Reprimidas

Em alguns casos, a ingestão de psilocibina permitiu que certos indivíduos retomassem memóriasemocionais suprimidas. A Fundação Beckley, em colaboração com o especialistas em RessonânciasMagnéticas, Dr. Karl Friston, estarão estudando indivíduos que ingeriram psilocibina para determinar see como a psilocibina possibilita essas memórias virem à tona.

É claro, nem tudo são rosas quando se trata de alucinógenos. Roland Griffiths reportou que, mesmo sobsupervisão cuidadosa por coordenadores do estudo, indivíduos que tomaram psilocibina experimentarammedo e ansiedade durante a experiência. De modo geral, 1/3 dos indivíduos tiveram sensações demedo e ansiedade quando administradas altas dosagens (30mg/70kg). Outros 9% dos participantesreportaram que a sessão inteira foi dominada por ansiedade, enquanto 26% tiveram pensamentosparanóicos leves e transitórios.

Há também poucas informações sobre os efeitos de longo prazo do uso de psilocibina. Efeitos de curtoprazo, como a dependência ou a neurotoxidade/excitotoxicidade, não aparentam ser um problema;entretanto, não é certo que a regulação dos receptores de serotonina (por exemplo a tolerância), oacúmulo de sub-produtos, ou uma doença neurodegenerativa estejam fora de questão após o usoprolongado de alucinógenos. Esses efeitos paralelos podem levar décadas para se tornarem evidentes,e, portanto, não poderiam ser relatados em pesquisas realizadas apenas 15-20 anos atrás.

Enquanto todas as questões não foram respondidas sobre a psilocibina e outros alucinógenos, existemevidências sugerindo que podem haver potenciais terapêuticos para vários problemas mentais e decomportamento. Assim também, os tão famosos psicodélicos podem se tornar uma janela única para aalma humana.

Texto traduzido do blog promega.com

[hr]

1. Mitchell SW. Remarks on the effects of Anhelonium lewinii (the mescal button). The British Medical Journal.Dec 5 1896, 1625–9.

2. Huxley, Aldous. Drugs that Shape Men’s Minds.

3. Cohen, S. (1960) Lysergic acid diethylamide: Side effects and complications. J. Nerv. Ment. Dis. 130, 30–40.

4. Unger, S. M. (1963) Mescaline, LSD, Psilocybin and Personality Change. Psychiatry: Journal for the Studyof Interpersonal Processes. 26, May 1963.

5. Psilocybin and Memory. The Beckley Foundation

6. Psilocybin-Facilitated Treatment of Addiction – A Beckley Foundation/Johns Hopkins Collaboration

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Recomende:

7. Sewell, R.A., Halpern, J.H. and Pope, H.G. Jr. (2006) Response of cluster headache to psilocybin andLSD. Neurology 27 1920–22.

8. Hallucinogens Have Doctors Tuning InAgainhttp://www.nytimes.com/2010/04/12/science/12psychedelics.html?ref=science

9. Grob, C.S. et al. (2011) Pilot study of psilocybin treatment for anxiety in patients with advanced-stagecancer. Arch Gen Psychiatry. Jan;68(1):71–8. Epub 2010 Sep 6.

10. Psilocybin and quantum change in attitude and behavior” with Roland Griffiths

11. Griffiths, R.R. et al. (2006) Psilocybin can occasion mystical-type experiences having substantial andsustained personal meaning and spiritual significance. Psychopharmacology (Berl). 187, 268–83;discussion 284-92. Epub 2006 Jul 7.

12. Psilocybin in Smoking Cessation: A Pilot Study. Horizons 2010: Psilocybin in Smoking Cessation: A PilotStudy – Matthew W. Johnson, Ph.D. and Mary P. Cosimano, MSW

13. Griffiths, R. et al. (2008) Mystical-type experiences occasioned by psilocybin mediate the attribution ofpersonal meaning and spiritual significance 14 months later. J Psychopharmacol. 22, 621–32. Epub 2008Jul 1.

14. Finsterwald, C. et al .(2010) Regulation of Dendritic Development by BDNF Requires Activation of CRTC1by Glutamate J. Biol. Chem.285, 28587–95.

15. Francisco, A. et al. Safety, Tolerability, and Efficacy of Psilocybin in 9 Patients With Obsessive-CompulsiveDisorder J Clin Psychiatry 2006;67:1735-1740.

Apesar dos estudos recentes, eu, por exemplo, já venho estudando os efeitos, não só da psilocibina, comode outras substâncias, como do LSD, da Cannabis e da Salvia Divinorum. Ao contrário dos cientistas, eu souminha própria cobaia. Depois de alguns anos de experiências, vejo que é possível um tratamento alternativomuito mais eficiente do que dos químicos tradicionais. Esse fato é bastante óbvio, uma vez que a naturezademonstra infinitas possibilidades para tratamento de qualquer doença, sendo ela própria uma excelentefarmácia. Entretanto, minhas pesquisas relatam que os psicodélicos não trazem nenhuma revolução naconsciência. Vou explicar brevemente como cheguei nessa conclusão, pois procurei entender a natureza denossa consciência.Como nós sabemos, toda experiência chega a um fim. Por tal fato, o cérebro traduz cada experiência oucomo prazerosa, ou como dolorosa. Esse reconhecimento, muito provável, é a construção e início de nossaconsciência. O reconhecimento é a identificação que o pensamento faz de nossas experiências passadas. Senão há reconhecimento e identificação, não há experiência, correto? Para ser uma experiência, eu precisoreconhece-la como tal. E para reconhece-la como tal, eu necessito passar por ela. Então, todas as nossasexperiências constituem nosso passado. Essa é a natureza de nossa mente. E é o passado que está atuandono presente. Por exemplo, a vontade que temos de repetir o que foi prazeroso e a necessidade de evitar ador. Todas essas reações são frutos de nosso passado, de nossas experiências, desejos e vontades.No momento da experiência psicodélica, poucos conseguem se desprender totalmente do passado e ir além.Esse além, provavelmente, decorre do entendimento da morte. A morte em muitas religiões é regada decrenças. E essas crenças projetam algum tipo de continuidade de nossas experiências. O nosso ser ébasicamente a atividade do pensamento, e o pensamento é o conjunto de todas as nossas experiências. Éesse ser que esperamos uma continuidade em um outro mundo. O passado, com todas suas recordações ememórias, prazerosas ou dolorosas, chegará a um fim. Isso é a morte do Ego. Agora, é possível morrer paraas experiências?Acho difícil o ser humano chegar nesse entendimento, pois todos nós queremos mais e mais experiências, afim de chegar a algum tipo de entendimento ou iluminação. Só que as experiências que constituem o Ego, anatureza da mente. Se não há nenhum tipo de identificação, existe um Ego? A identificação com o nação,com a religião, com nosso próprio passado, com algum ideologia limitada…. Uma mente em silêncio é umamente totalmente vazia. Não se trata de um silêncio forçado, com todas as acumulações batalhando paraficar em silêncio. Mas o silêncio vem da total ausência de identificação. Isso é possível?Agora, voltando aos enteógenos… por mais profunda que seja a experiência, se a mente depende disso, nãosó disso, como de qualquer coisa, essa mente sempre terá Medo. Todo o tipo de dependência trás Medo. Eonde há medo, há resistência, agressividade. Não me refiro a dependência física, mas a dependênciapsicológica, que basicamente é a procura por Prazer e por novas experiências e sensações. Se não há maisa necessidade de experiências, qual o estado dessa mente? Ele depende de algo? Não estaria ela livre doMedo? Medo que também é Apego e Apego é Dependência. É possível a mente ficar totalmente livre doApego?Texto anônimo

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