10 Paisagismo

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PAISAGISMOAntonio Castelnou

IntroduoT Por PAISAGEM (do latim pagus = territrio rural;

pelo fr. paysage) pode-se entender tudo aquilo que paysage) podevemos ou que nossa viso alcana; domnio do visvel e de natureza heterognea, que constitudo por formas, volumes, cores, movimentos, sons e odores. combinao dinmica de elementos naturais e antrpicos, inter-relacionados e interdependentes, antrpicos, interque, em determinado espao, tempo e momento social, formam um conjunto nico e indissocivel, em equilbrio ou no; produzindo sensaes estticas.T De modo mais especfico, trata-se de uma trata-

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T Diz-se que a paisagem Diz-

NATURAL quando ainda no foi mudada pelo esforo humano, sendo resultado da evoluo das condies naturais (estrutura geolgica, relevo, clima, hidrografia, etc.), sem a interferncia antrpica

T J a paisagem ARTIFICIAL ou CULTURAL o

produto da ao do ser humano sobre o espao natural, sendo portanto um produto eminentemente social. Trata-se daquela que produzida pelo homem Tratade acordo com sistemas socioeconmicos.

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mutaes, tanto de ordem FUNCIONAL (mudana de funes que variam de acordo com as atividades, horas do dia, semana ou ano) como de ordem ESTRUTURAL (mudana de estruturas pela substituio de formas ou elementos).

T A paisagem sofre

Transformao da paisagemPRAA XV DE NOVEMBRO

(Antigo Pao Real)

Rio de Janeiro RJ

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1580Capitania do Rio de Janeiro

Ermida de Nossa Senhora do Igreja Jesutica (Companhia de Jesus)

1620Convento do Carmo (em construo) Capela de Santa Cruz

Armazm Del Rei (Casa da Moeda, a partir de 1697)

Vila de So Sebastio RJ

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1750Igreja de N. S. do Carmo (Antiga S, 1749)

Largo do Carmo

Casa dos Governadores (1730/43)

Conjunto da famlia Telles de Menezes (Dr. Juiz de rfos)

1790Largo do CarmoIncndio do Pao do Conselho Telles de Menezes

Palcio dos Vice-Reis Vice(Sede do Governo Geral, 1763)

Chafariz do Mestre Valentim (1785)

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1840Sede do Reino de Portugal (1815) (Chegada da Coroa Portuguesa em 1808) Igreja da Ordem Terceira do Monte do Carmo

Primeiro embarcadouro da Capital

Pao Real

1870Sede da Capital do Imprio (1822) Departamento de Correios & Telgrafos

Pao Imperial

Aterro do ancoradouro Faculdade Cndido Mendes

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Torre da Igreja (1905, Rebecchi) Rebecchi)

1911

Abolio da Escravatura (1888) Proclamao da Repblica (1899)

Monumento do General Osrio

Praa XV de Novembro

Reforma Urbana de Oliveira Passos (1903/06)

Centro Cultural do Pao Imperial e Biblioteca Paulo Santos (1982)

1988Transferncia da capital (1960)

Praa XV de Novembro

Viaduto da Perimetral

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Monumento ao General Osrio Igreja da Ordem 3a do Carmo

Hoje

Chafariz do Mestre Valentim Praa XV de Novembro

Estao das Barcas

Viaduto da Perimetral

Antigo Convento das Carmelitas

Pao Imperial

Palcio Tiradentes

Centro Cultural

PRAA XV DE NOVEMBRO (Sculo XIX)

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PRAA XV DE NOVEMBRO (Sculo XX)

Praa Tiradentes - Curitiba PR

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Largo da Ordem Curitiba PR

PaisagismoT

O PAISAGISMO corresponde ao conjunto de trabalhos de configurao do entorno aberto do homem, isto , de toda a paisagem circundante, no s em termos de vegetao, mas tambm em relao a mobilirio e equipamentos urbanos, servios e comunicao visual da cidade. O campo de atuao do PAISAGISTA vai desde o projeto de jardins e praas pblicas at o entorno prximo (interno e/ou semi-interno) de edificaes semiresidenciais, comerciais e industriais; e abrangendo tambm escolas, hotis, clubes, parques e rodovias.

T

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criao de parques, praas e jardins externos s edificaes consistem em um importante trabalho paisagstico de apropriao do espao humano para a habitao e demais funes urbanas (ARQUITETURA DE EXTERIORES). EXTERIORES).

T O planejamento e a

T

As principais funes do PAISAGISMO so:! Funo preservativa: preservativa: Visa favorecer o desenvolvimento e conservao de espcies vegetais e animais, contribuindo para o pensamento ambientalista; ! Funo atenuante: atenuante: Reduz diversos tipos de fatores adversos ao convvio das pessoas em determinadas reas, tais como efeitos de temperaturas elevadas, rudos e ventos, inclusive criando barreiras filtrantes de poluentes em suspenso na atmosfera;

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!

Funo decorativa: decorativa: Contribui para o resultado plstico de um conjunto arquitetnico ou urbanstico, atravs da concordncia harmoniosa de seus elementos, o que possibilita o arranjos monumentais e tursticos, alm de uma diversidade de comunicaes estticas;

!

Funo estrutural: estrutural: Possibilita a criao de formas e volumes que influenciam na conformao ambiental, tais como muros vegetais ou cercas vivas, que servem de elementos limitadores; e forraes de taludes, que protegem as camadas superficiais do solo e impedem a eroso, alm de elementos que se tornam pontos de referncia;

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! Funo recreativa: recreativa: Qualifica uma determinada rea como adequada para a recreao e o lazer, tanto passivo (ldico) como ativo (esportivo), atravs da disposio com motivos utilitrios ou contemplativos, para o desfrute dos usurios e transeuntes; ! Funo lucrativa: lucrativa: Valoriza economicamente uma propriedade imobiliria, o que recompensa financeira e profissionalmente o paisagista, principalmente atravs da projeo pblica de sua imagem e de seu empreendedor.

Evoluo histricaverde esteve associado s atividades ldicas do ser humano. Os JARDINS SUSPENSOS DA BABILNIA foram construdos em 800 a.C., sendo considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, sendo compostos Antigo, por terraos arborizados alimentados por irrigao.T Desde a Antiguidade, o

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T Os antigos persas criaram

jardins de grande exuberncia, destinados diverso, ao prazer e ao luxo, compostos por rvores frutferas e flores aromticas, carregados de valores religiosos e simblicos. De traado cruciforme, possuam um cana dgua circundado por reas verdes ornamentais.

Pinjore Gardens Nova Delhi, ndia Delhi,

T Na ndia, o jardim possua

traado geomtrico e simtrico, composto por canais, repuxos e canteiros de vegetao, de inspirao persa. Suas caractersticas mais marcantes eram a modulao, a decorao profusa e a temtica fantstica (animais, deuses e monstros).Saheliyon-Ki-Bari Saheliyon- KiUdaipur ndia

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Taj Mahal Gardens (1632/54, Agra ndia)

Shah Jahan

T O paisagismo chins procurava evidenciar, de forma

simblica, os elementos da natureza, da qual o homem era subordinado. Explorando os diferentes desnveis do terreno e baseado em um traado curvilneo e suave, expressava equilbrio e harmonia.

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T O JARDIM CHINS era planejado para todos os estados mentais e ocasies da vida, procurando evidenciar simbolicamente a essncia da natureza:' Pedras e colinas = Yang (fora e energia masculina) ' gua e rios = Ying (fluncia do esprito e tranqilidade feminina) ' Bambu = fora do indivduo ' Ltus = espiritualidade

jardins repetiam as linhas retas e formas geomtricas em simetria do Oriente Mdio, estando situados prximos a templos e residncias, formados por palmeiras, sicmoros, sicmoros, figueiras e parreiras, tendo carter mais prtico que ornamental.

T No Egito antigo, os

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recusar as linhas rgidas, buscando a simplicidade e respeitando a topografia. Seus jardins ocorriam em recintos fechados, onde cultivavam plantas aromticas e medicinais. Foi a partir deles que surgiu a idia dos pomares.

T J os gregos tendiam a

T Foi em Roma que surgiu o

HORTUS, um jardim HORTUS, cercado destinado ao cultivo de legumes, ervas, frutas e tambm flores. Os jardins de recreao apareceram somente no final do sculo II a.C., caracterizando-se caracterizandopelo traado metdico e ordenado, composto por esttuas, pergolados, fontes e bancos, dispostos de forma regular e retilnea.

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Villa Adriana(118/38 dC, Tivoli dC, Itlia)

T Na Idade Mdia, os

jardins praticamente desapareceram, reduzindo-se a reas reduzindoconfinadas em claustros e destinadas ao cultivo. Por sua vez, apareceram as PRAAS, que se tornaram espaos importantes na cidade, devido s funes que desempenhavam.

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Piazza Vecchia, Bergamo Vecchia,

Piazza San Marco, Veneza

PRAAS MEDIEVAIS

Piazza del Campo, Siena

Piazza delle Erbe e dei Signori, Verona

Villa Medici (1417/60, Fiesoli) Fiesoli)

Michelozzo Michelozzi (1396-1472) (1396-

Villa Lante (1560/68, Bagnai) Bagnai)

Giacomo Vignola (1507-1573) (1507-

T Contudo, foi a partir do sculo XVI que as praas e os

jardins passaram a ter maior importncia no espao urbano, adquirindo valor esttico e utilitrio, principalmente na Itlia, Frana e Inglaterra, onde se transformaram em elementos fundamentais de composio da cidade renascentista e barroca.

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T No Renascimento, o

JARDIM ITALIANO retomou os elementos decorativos da antiga Roma, explorando seu carter geomtrico, traado linear e profuso de esttuas e fontes. Aplicavam-se eixos e Aplicavamcoordenadas na sua composio, geralmente monumental.Villa dEste (1560/75, Tvoli) Tvoli)

Pirro Ligorio (1513-1583) (1513-

Ptio do Belvedere (1503/06, Vaticano)

Donato Bramante (1444-1514) (1444Cardeal Scipione Borghese (1576-1633) (1576Villa Borghese (1605/16, Roma)

Isola Bella (1630/70, Lago Maggiore)

Carlo III Borromeo

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Jardins de Vaux-le-Vicomte Vaux- le(1650/61, Frana)

Barroco conduz exuberncia dos jardins, os quais adquirem grandiosidade, complexidade e uma rgida distribuio axial, marcada por perspectivas sem fim e a idia do domnio do homem sobre a natureza (JARDIM (JARDIM FRANCS). FRANCS).

T No sculo XVII, o

Andr Le Ntre (1613-1700) (1613-

8 7

6

4 1 5 2 3

Andr Le Ntre (1613-1700) (1613-

Jardins do Palais de Versailles (1662/98, Frana)

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Herrenhausen (1666, Hanover Alemanha)

Princesa Sophia de Palatinate (1530-1714) (1530-

Nymphenburg (1693, Viena ustria)

Dominique Girard

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Stourhead (1725/43, Wiltshire GB)

Henry Hoare (1705-1785) (1705-

T No sculo XVIII, como

reao ao franceses e por influncia oriental, os ingleses propuseram uma reaproximao das formas orgnicas e naturais, atravs de paisagens pitorescas que propunham uma continuidade com os sistemas existentes (JARDIM INGLS). INGLS).

Rousham Park (1730/38, Steeple Aston, Oxfordshire) Aston, Oxfordshire)

William Kent (1685-1748) (1685-

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Sheringham Park (1812/19, Norfolk GB)

Humphry Repton (1752-1818) (1752-

T A partir do sculo XIX, as

transformaes e problemas decorrentes da industrializao afastaram o homem urbano da natureza, fazendo surgir um movimento de resgate e implantao de reas verdes nas cidades, os parques urbanos (PARK MOVEMENT).

Blenheim Palace (1764/74, Woodstock GB)

Capability Lancelot Brown (1716-1783) (1716-

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Central Park (1850/58, Nova York EUA)

Frederick Law Olmstead (1822-1903) (1822-

T No final do scyulo

XIX, alguns utopistas propuseram a organizao da cidade moderna combinada, de forma harmnica, com a natureza, atravs da busca do equilbrio social e ambiental, o que fez surgir os conceitos de gardengardencities (CIDADECIDADEJARDIM).

Proposta da Cidade-Jardim Cidade-

Ebenezer Howard

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T No sculo XX, surgiu a preocupao em introduzir a

natureza na casa, estabelecendo uma ntima continuidade entre edifcio e jardim, inclusive incorporando-o ao interior da casa, prtica comum no incorporandoOriente, onde os espaos verdes eram vistos como elementos ornamentais dos espaos internos.

Tipos de paisagismoT At o sculo XIX, o tratamento paisagstico era regido por normas acadmicas as mesmas que eram impostas na arte e na arquitetura , seguindo estilos e intenes estticas e plsticas geralmente universais. T A ARQUITETURA PAISAGSTICA acompanhou

as correntes, gostos e modas no decorrer da histria, envolvendo no somente o arranjo e o tratamento da arborizao e vegetao, como tambm os elementos referentes s circulaes, revestimentos de piso, iluminao pblica, sinalizao, ornamentao, mobilirio e equipamentos urbanos. urbanos.

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Jardim clssicoT De bases renascentistas e

barrocas, dominado principalmente pela perspectiva, caracterizandocaracterizandose pelo seu aspecto monumental, rigidez geomtrica e simetria. Seus componentes vegetais so tomados como elementos construdos (artificiais), o que geralmente recai na monotonia e viso esttica.

FRANCS, sua caracterstica mais marcante seu FRANCS, aspecto formal e artificial, no qual freqente o uso de retculas, esttuas, fontes e espelhos dgua.

T Conhecido como JARDIM ITALIANO ou

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Jardim romnticoT Resultado das crticas

ao aspecto artificial dos jardins clssicos, este tipo volta-se para a voltainspirao na natureza, baseando-se em baseandotraados mais orgnicos e dinmicos. Caminhos sinuosos, prados, lagos e cascatas compem um conjunto livre e de grande fluidez.

T Formado por amplas extenses verdes, o JARDIM

INGS busca a criao de cenrios e surpresas, conseguidas com runas, bosques e arbustos, os quais eram cuidadosamente dispostos dentro da paisagem.

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Jardim orientalT De bases xintostas e

naturalistas, caracterizacaracterizase principalmente pelo seu aspecto simblico, no qual cada elemento da paisagem rvore, pedra, ttem, miniatura, ttem, etc. possui um valor de contemplao e reflexo pessoal (ESTTICA ZEN). ZEN).

T Devido aos seus espaos

exguos (1/8 de rea cultivvel), o Japo acabou propondo uma miniaturizao do jardim chins, usando apenas rochas, cascalhos e areia em diferentes texturas para produzir efeitos belos e exticos, sempre com a presena da gua e do verde.

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T Atravs da criao de cenrios de meditao, respeito

natureza e memria dos antepassados, o JARDIM JAPONS trabalha com caminhos de pedra, lagos, pontes, lanternas e plantas ans (Bonsai): a ponte leva (Bonsai): ao nirvana por um caminho iluminado pela lanterna.

Jardim modernoT A partir do sculo XX,

com o MODERNISMO, MODERNISMO, os jardins passaram a ser trabalhados de forma mais livre e expressiva, recebendo influncia das vanguardas artsticas, representadas pelo Cubismo, pelo Fauvismo, Cubismo, Fauvismo, pelo Neoplasticismo e pelo Expressionismo. Expressionismo.

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Heliconia burle-marxii burle-

T Um importante papel

teve o paisagista brasileiro Roberto Burle Marx (1909(19091994), criador e difusor do chamado JARDIM TROPICAL, no qual se TROPICAL, explora o aspecto escultural e cromtico das espcies vegetais, alm de uma forte inteno ecolgica.

Fazenda Marambaia (Petrpolis RJ)

ROBERTO BURLE MARX

Jardins da Residncia Odete Monteiro Correias RJ

Parque del Este Venezuela

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Banco Safra (So Paulo SP)

T Inspirado pelas vanguardas artsticas e imbudo por

um esprito investigativo e nacionalista, BURLE MARX criou um paisagismo marcado por traados livres, assimtricos e coloridos, influenciando todo o mundo, alm de promover a descoberta de espcies .

Calades de Copacabana

RIO DE JANEIROParque do Flamengo

Praa Salgado Filho

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Projeto paisagsticoT

Na criao e execuo de jardins, as alteraes da paisagem devem ser avaliadas em volume, trabalho e custo. Aps o planejamento, chega-se ao projeto chegapaisagstico, no qual so indicados os componentes paisagstico, e seus detalhes construtivos (pisos, esculturas, espelhos dgua, pergolados, postes, etc.). Alm da vegetao, deve-se observar as questes deverelacionadas circulao, iluminao, sinalizao, manuteno e controle do espao, buscando garantir sua beleza, funcionalidade e durabilidade.

T

T Para se planejar um jardim,

praa ou parque so necessrios alguns fatores:! Conhecer a organizao

geral do terreno, ou seja, a sua extenso, orientao, clima, caracteres pedolgicos locais e conformao topogrfica; ecolgicas regionais, de modo a auxiliar na definio das plantas e vegetao em geral;

! Pesquisar as condies

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T Considerar fatores climticos; luminosidade necessria; freqncia e intensidade das chuvas; e a direo dominante dos ventos no local; T Definir os elementos de infra-estrutura, tais como infrapontos de gua, pontos de iluminao, espaos de circulao, elementos de proteo, etc.;

T O PROJETO PAISAGSTICO possui as mesmas

etapas que o arquitetnico, partindo de estudos preliminares, aprovao pelo cliente, desenho tcnico e detalhamento executivo. fundamental conceb-lo concebde forma dinmica e coerente s estaes do ano.

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MAQUETE PAISAGSTICA

ConclusoT Atualmente, a busca pelo

conforto e qualidade de vida nas cidades tm aumentado a importncia do paisagista na concepo e criao de espaos urbanos, tanto de uso pblico como privado, assim como estabelecido um novo paradigma de projeto: a (re)integrao entre homem e natureza.

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Parque Tingi

Parque Barigi

CURITIBA PR

Parque Tangu Parque das Pedreiras

BibliografiaT DOURADO, G. M. (org.) Vises de paisagem: um T T T T T

panorama do paisagismo contemporneo no Brasil. So Paulo: Associao Brasileira de Paisagismo ABP, 1997. FRANCO, M. A. R. Desenho ambiental: uma introduo arquitetura da paisagem. So Paulo: Annablume, 1997. Annablume, JELLICOE, J. & S. El paisaje del hombre. Barcelona: hombre. Gustavo Gilli, 1995. LAURIE, M. Introduccin a la arquitectura del paisaje. paisaje. Barcelona: Gustavo Gilli, 1983. MACEDO, S. S. Quadro do paisagismo no Brasil. So Paulo: Quap: EdUSP, 1999. Quap: EdUSP, THE GARDEN BOOK. New York: Phaidon, 2000. Phaidon,

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