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1.000 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Enfermagem 2020Karen Nina Nolasco e Thalita GaleãoAirton OliveiraDidário TelesMicheline Luz ChahoudCaio Vinícius Menezes NunesPaulo Costa LimaSandra de Quadros UzêdaSilvio José Albergaria da Silva

Editora Sanar Ltda.Rua Alceu Amoroso Lima, 172Caminho das Árvores,Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.CEP: 41820-770, Salvador - BA.Telefone: 71.3052-4831www.editorasanar.com.bratendimento@editorasanar.com.br

2019© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Feve-reiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.

Título |Editoras |

Diagramação |Capa |

Copisdesque |Conselho Editorial |

DDaaddooss IInntteerrnnaacciioonnaaiiss ddee CCaattaallooggaaççããoo nnaa PPuubblliiccaaççããoo ((CCIIPP))Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)

_______________________________________________________________________________________________________________

PP228888qq PPaassssiinnhhoo,, Renata Soares

1.000 questões comentadas de provas e concursos em Enfermagem 2020 / Renata Soares Passinho. –

1. ed. - Salvador: Editora Sanar, 2019.

690 p.; il; 17x24 cm.

IISSBBNN 978-85-5462-199-5

1. Concursos 2. Enfermagem 3. Exercícios 4. Problemas 5. Provas I. Título II. Autora

CCDDDD 661100..7733 CCDDUU 661166..0088

______________________________________________________________________________________________________________

ÍÍNNDDIICCEE PPAARRAA CCAATTÁÁLLOOGGOO SSIISSTTEEMMÁÁTTIICCOO

11.. Enfermagem.

22.. Enfermagem.

__________________________________________________________________________________________________

Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846

RREEFFEERRÊÊNNCCIIAA BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAA

PPAASSSSIINNHHOO, Renata Soares. 11..000000 qquueessttõõeess ccoommeennttaaddaass ddee pprroovvaass ee ccoonnccuurrssooss eemm EEnnffeerrmmaaggeemm 22002200. 1. ed. Salvador: Editora Sanar, 2019.

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Autores

Andréa Tayse de Lima Gomes

Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Mestre em Enferma-gem pela Universidade Federal do Rio Grande do Nor-te (UFRN). Enfermeira graduada pela UFRN. Enfermeira Servidora Pública Federal da UFMG.

Brenda do Amaral Almeida

Doutoranda em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Enfermeira do Hospital Municipal de Macaé (RJ). Pro-fessora substituta de Enfermagem na UFRJ; Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em Enfermagem do Traba-lho (UNINTER) e em Preceptoria do SUS (Hospital Sírio Libanês). Enfermeira do Trabalho pela Uninter. Bacha-rela e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Bruno Picanço

Formado em Matemática pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor voltado para Olimpíadas de Matemática, premiado por menção honrosa em 2018.

Chandra Lima Maciel

Mestre em Saúde Comunitária pelo Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva – UFBA. Enfermeira sanitarista gradua-da pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2009). Especialista em Saúde Pública e em Saúde da Família. Atualmente é Enfermeira concursada no Programa de

Tratamento Fora Domicílio (TFD) lotada no Departa-mento de Controle, Avaliação, Auditoria e Regulação do SUS da Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus\BA.

Dayse Batista Santos

Mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Gradua-da em Enfermagem pela Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC; Especialista em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia - ISC/UFBA. Enfermeira concursada, apoiado-ra institucional na educação permanente na Atenção Básica do município de Ilhéus/BA.

Elen Cristiane Gandra

Doutoranda e Mestre em Enfermagem pelo Pro-grama de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGE) da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em Gestão de Emer-gências em Saúde Pública (Hospital Sírio Libanês). En-fermeira concursada do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Betim (MG).

Haroldo Ramanzini

Doutor em Linguística (UNESP) / Mestre em Teoria Literária (UNESP) / Bacharel e Licenciado em Letras (USP).

José Igor Silva Santos

Graduado em Enfermagem pela Universidade Esta-dual de Santa Cruz (UESC). Especialista em Urgência e Emergência em saúde pela Unigrad.

COORDENADORA E AUTORARenata Soares Passinho

Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Servidora Pública Federal (Enfermeira) da Universidade Fede-ral do Sul da Bahia (UFSB). Especialista, sob a forma de residência, em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Gestão de Emergências em Saúde Pública pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês. Aprovação em dois concursos públicos municipais (Salvador e Eunápolis) e dois federais (UFSB – 1º lugar e EBSERH UFBA – 3º lugar).

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José Roberto Ancelmo

Atuou como especialista em informática e profes-sor. Atuando com EAD Multidisciplinar desenvolven-do materiais didáticos voltados para o mercado EAD, como ebooks, exercícios, revisões e demais produ-tos. Assessoria em EAD a Faculdades e Universida-des, também alunos de graduação e pós-graduação.

Josias Alves de Oliveira

Mestrando em Enfermagem e Saúde pela Uni-versidade Federal da Bahia (UFBA). Graduado em Enfermagem (UNIJORGE); Especialista em Cardio-logia e Hemodinâmica e em Saúde, Desastres e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Laís Santos de Magalhães Cardoso

Doutoranda em Enfermagem pela Universi-dade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Escola de Engenharia da UFMG. Especialista em Saúde Coletiva (UFMG). Graduação em Enfer-magem (bacharelado e licenciatura) pela Escola de Enfermagem da UFMG.

Laís Santana Santos Pereira Lira

Mestre Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Especialista em Saúde Mental (UESC). Servidora Pública Federal (Docente) no Ins-tituto Federal da Bahia - IFBA/Eunápolis.

Maria Alice Souza Vieira

Mestranda do programa de pós-graduação da Es-cola de Enfermagem da Universidade Federal de Mi-nas Gerais (UFMG). Enfermeira, graduada pela UFMG.

Milena Cerqueira Pitanga

Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Bacharel em Enfermagem pela UESC. Especialista

em Saúde do Trabalhador e Enfermagem do Traba-lho pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). Docente da Faculdade Ruy Barbosa - DeVry Brasil, Salvador - BA.

Nathália Sales

Especialista em Enfermagem do Trabalho (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universida-de Federal de Sergipe (UFS). Professora em Saúde da Mulher e da Criança no curso online da Editora Sanar.

Nayanna Moreno Miranda Araújo

Mestranda em Avaliação pela Faculdade CES-GRANRIO. Enfermeira do Trabalho concursada da empresa Petrobras. Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Escola Bahiana de Medicina e Saú-de Pública e em Auditoria em Sistemas de Saúde pelo Instituto Israelita Albert Einstein.

Paloma de Castro Brandão

Doutoranda em Saúde Coletiva pelo ISC/Univer-sidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Ensino e Pesquisa/Hospi-tal Sírio Libanês. Enfermeira concursada no SAMU 192 de Salvador – BA. Especialista, sob a forma de residência, em Terapia Intensiva Emergencista pela UFBA. Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Servidora Pública Fe-deral (Docente) na Escola de Enfermagem da UFBA.

Rafael Rodrigues Polakiewicz

Doutorando em Ciências do Cuidado em Saúde na Universidade Federal Fluminense/UFF. Mestre em Ciências do Cuidado em Saúde pela UFF. Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria (FAFIA). Graduado em Enfermagem pela UFF. Professor temporário da UFF.

Victor Porfirio Ferreira Almeida Santos

Mestre em Enfermagem pela Universidade Fe-deral da Bahia/UFBA. Especialista em Enfermagem Intensivista pela UFBA. Docente no Centro de En-sino Superior Estácio (FIB). Enfermeiro concursado do SAMU 192 de Salvador - BA. Bacharel em Enfer-magem pela Faculdade Guanambi.

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Apresentação

Olá, tudo bem?

Este livro foi pensado, planejado e concebido para você, Enfermeira Concurseira. Espero que esta obra faça a diferença em seus estudos e que o tão sonhado objetivo de ser aprovado na prova seja alcançado. Por este motivo, fizemos uma vasta análise no cenário de provas de concursos de Enfermagem nos últi-mos anos. Captamos questões dos mais diversos tipos de provas: prefeituras, EBSERH, tribunais e senado federal, forças armadas, títulos de especialista, dentre outros. Desta forma, conseguimos ter uma visão mais clara sobre os conteúdos mais relevantes. De acordo com este levantamento, agrupamos o con-teúdo por tema e o número de questões será proporcional à sua relevância em concursos públicos. Este trabalho prévio nos permitiu criar um produto mais completo e mais eficiente que atende às necessidades de uma enfermeira que prestará concurso público.

Vamos às ferramentas didáticas:• DICAS DE ESTUDO. Planejamento da rotina de estudos baseado na proposta pedagógica do livro. Mais

detalhes sobre esta ferramenta podem ser lidos no tópico: "Como ler este livro”.• CRIANDO SEUS PRÓPRIOS RECURSOS. Traremos para você dicas para criarem seus resumos, mapas

mentais, focar nos estudos e se organizar da melhor maneira possível!• QUESTÕES CATEGORIZADAS. Todas as questões são organizadas por assuntos e por grau de dificulda-

de, de acordo com o seguinte modelo:• COMENTÁRIOS EM CADA ALTERNATIVA. Todas as alternativas possuem breves comentários, indepen-

dentemente de estarem certas ou erradas.

• DICA DO AUTOR. Explicação adicional aos comentários das alternativas. Aparecerá nas questões que o autor julgar importante incluir este recurso.

• RESUMO PRÁTICO. Síntese do assunto abordado nas questões estruturado de forma esquematizada.• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. As fontes utilizadas privilegiam os livros mais recomendados em edi-

tais e estão devidamente identificadas nas referências.

Oi, eu sou a @_enfermeira_concurseira serei a sua assis-tente de estudos e espero que este livro possa te auxiliar em sua jornada. Para isso, preste atenção nas dicas de estudo

que eu trouxe para você, combinado?

FÁCIL

INTERMEDIÁRIO

DÍFICIL

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1. Para começar, preciso lhe dizer que este livro não é um livro qualquer!

2. Acreditamos que a ausência de um método de estudo é o principal fator de reprovação. Como o nosso papel é ajudá-lo a alcançar o seu sonho de ser aprovado em um concurso público, incluímos nesta obra um roteiro de estudo para guiá-lo e alimentá-lo com as fer-ramentas necessárias ao aprendizado.

3. Então as suas missões são: estudar, consumir e devorar estas páginas!

Esteja livre para rabiscar, sublinhar, destacar, circular e escrever! O importante é produzir e garantir o seu sucesso nas provas!

4. O nosso objetivo é ajudá-lo a conquistar a sua meta! Muitas vezes, encorajando-o e incentivando-o

para continuarmos juntos na missão!

Como ler este livro?

1. Organize o seu tempo

2. Evite distrações

3. Exercite seu conhecimento resolvendo as questões e depois analise os co-mentários validando seu raciocínio

4. Leia os resumos práticos com bastante atenção e quando necessário, assista a videoaulas.

Quem avisa, amigo SANAR é...COMO FAZER UM BOM RESUMO?

1. L E I A com atenção 2. Marque/grife as palavras-chave3. Escreva o resumo com as suas próprias palavras4. Organize as ideias principais5. Faça muitos exercícios para fixar o assunto! Pode ser logo após a leitura, no fim de semana... Faça o que

for melhor de acordo com a sua rotina, mas sempre organizando o seu planner de estudos!

Conceitos

Como se manter focado nos estudos?

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Como fazer um mapa mental?

O mapa mental é uma ferramenta para organizar, memorizar ou analisar um conteúdo específico.

1. Identifique de onde virá a informação e qual o seu OBJETIVO.2. Comece com o TÍTULO. Coloque-o no CENTRO da folha, normalmente dentro de uma elipse.

3. A partir do título, puxe linhas que representam INFORMAÇÕES ASSOCIADAS AO TÍTULO. É recomenda-do que essas informações sejam apenas palavras.

4. O ideal é COLORIRMOS o nosso mapa mental! Junte aí as suas canetas coloridas!5. Use FIGURAS e DESENHOS o máximo que você puder para solidificar ainda mais as informações.6. TREINE! O mapa mental pode ser a ferramenta para que o seu cérebro organize melhor as informações.

A prática leva à perfeição!

ILUSTRAÇÃO DE MAPA MENTAL

TÍTULO

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Checklist do edital

De olho no edital!Faça aqui o acompanhamento dos próximos editais das provas que você irá realizar e em breve virá a sua aprovação!

A organização, estudo e acompanhamento é fundamental!

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Sumário

1. Legislação Profissional e Epistemologia em Enfermagem ........................................................... 151. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem .................................................................................................152. Conselho Federal de Enfermagem e Respectivas Resoluções ..................................................................................213. Lei do Exercício Profissional ................................................................................................................................224. Teorias de Enfermagem ......................................................................................................................................255. Processo de Enfermagem ....................................................................................................................................27

▍RESUMO PRÁTICO ....................................................................................................................................................... 29

2. Gerenciamento em Enfermagem ............................................................................................... 371. Teorias Administrativas ..................................................................................................................................... 372. Auditoria em Enfermagem ................................................................................................................................. 383. Planejamento em Enfermagem .......................................................................................................................... 404. Gerenciamento de Recursos materiais ................................................................................................................. 415. Escalonamento do pessoal de enfermagem ......................................................................................................... 446. Liderança em Enfermagem ................................................................................................................................ 44

▍RESUMO PRÁTICO ....................................................................................................................................................... 45

3. Fundamentos de Enfermagem e Propedêutica Clínica .................................................................51 1. Curativos e Cuidados com a Ferida....................................................................................................................... 512. Propedêutica Clínica .......................................................................................................................................... 653. Intervenções de Enfermagem ............................................................................................................................. 784. Sinais Vitais ...................................................................................................................................................... 815. Coleta de Amostra para Exames .......................................................................................................................... 846. Administração e Cálculo de Medicamentos .......................................................................................................... 88

▍RESUMO PRÁTICO ....................................................................................................................................................... 97

4. Legislação do Sistema Único de Saúde ..................................................................................... 1111. Constituição Federal de 1988 .............................................................................................................................1112. Princípios e Diretrizes do Sistema Único de Saúde ...............................................................................................1163. Lei nº 8.142/1990 .............................................................................................................................................1224. Lei nº 8.080/1990 .............................................................................................................................................1285. Norma Operacional Básica e Norma Operacional de Assistência à Saúde ...............................................................1406. Decreto nº 7.508/2011 ......................................................................................................................................1427. Pacto pela Saúde ..............................................................................................................................................1468. Resolução nº 453/2012......................................................................................................................................148

▍RESUMO PRÁTICO ..................................................................................................................................................... 150

5. Enfermagem em Saúde Coletiva ...............................................................................................1571. Epidemiologia ..................................................................................................................................................1571. Doenças e Agravos de Notificação Compulsória ................................................................................................................................ 162

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2. Sistemas de Informação ................................................................................................................................................................... 1673. Determinantes Sociais em Saúde ..................................................................................................................................................... 1682. Políticas e Programas em Saúde Coletiva ...........................................................................................................1691. Política Nacional de Atenção Básica ................................................................................................................................................. 1692. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016 - Atenção Domiciliar............................................................................................................ 1993. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica .................................................................................. 2004. Política Nacional de Atenção às Urgências ........................................................................................................................................ 2025. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança ................................................................................................................. 2066. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher ................................................................................................................. 2077. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem ................................................................................................................ 2088. Política Nacional de Humanização ................................................................................................................................................... 2099. Programa de Saúde na Escola .......................................................................................................................................................... 212

10. Programa Nacional de Imunização ................................................................................................................................................... 213

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................216

6. Enfermagem em Urgência e Emergência ...................................................................................2291. Ressuscitação Cardiorrespiratória ..................................................................................................................... 2292. Choque ............................................................................................................................................................ 2373. Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) .......................................................................................... 2384. Trombose Venosa ............................................................................................................................................. 2395. Intoxicações e Envenenamentos ........................................................................................................................ 2396. Emergências Cardiovasculares ........................................................................................................................... 2417. Trauma ............................................................................................................................................................ 2448. Emergências Endócrinas.................................................................................................................................... 2509. Acolhimento com Classificação de Risco .............................................................................................................. 251

10. Emergências Neurológicas, Coma e Rebaixamento do Nível de Consciência ........................................................... 25211. Hemorragia Digestiva ....................................................................................................................................... 25412. Abordagem Intensiva ao Paciente Grave ............................................................................................................ 255

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................256

7. Enfermagem Clínica e Cirúrgica ................................................................................................2871. Enfermagem Clínica ......................................................................................................................................... 2871. Doenças Crônicas Não Transmissíveis ............................................................................................................................................... 287

Hipertensão Arterial Sistêmica ......................................................................................................................................................... 288Diabetes Mellitus ............................................................................................................................................................................. 292

2. Doenças Diarreicas Agudas .............................................................................................................................................................. 3043. Doenças Neurológicas ...................................................................................................................................................................... 3064. Distúrbios Acidobásicos ................................................................................................................................................................... 3075. Doenças Cardiovasculares ................................................................................................................................................................ 3096. Doenças Respiratórias ...................................................................................................................................................................... 3137. Doenças Renais ................................................................................................................................................................................ 3168. Doenças Gastrintestinais .................................................................................................................................................................. 3172. Enfermagem Cirúrgica ...................................................................................................................................... 3181. Cuidados Pré, Intra e Pós-Operatórios .............................................................................................................................................. 3182. Sala de Recuperação Pós-Anestésica ................................................................................................................................................ 3193. Complicações Cirúrgicas ................................................................................................................................................................... 3204. Feridas Cirúrgicas ............................................................................................................................................................................. 3215. Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização ....................................................................................................................... 321

▍RESUMO PRÁTICO ..................................................................................................................................................... 325

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8. Enfermagem em Infectologia...................................................................................................3451. Infecções Sexualmente Transmissíveis ............................................................................................................... 3452. Doenças Imunopreveníveis ............................................................................................................................... 3493. Hanseníase ...................................................................................................................................................... 3554. Tuberculose ..................................................................................................................................................... 3585. Arboviroses ...................................................................................................................................................... 362

▍RESUMO PRÁTICO ..................................................................................................................................................... 364

9. Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente ..................................................................3711. Avaliação e Cuidados ao Recém-Nascido ............................................................................................................. 3712. Triagem Neonatal ............................................................................................................................................. 3783. Emergências Neonatais ..................................................................................................................................... 3804. Crescimento e Desenvolvimento da Criança ........................................................................................................ 3805. Saúde do Adolescente e Estatuto da Criança e do Adolescente.............................................................................. 384

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................391

10. Enfermagem em Saúde da Mulher ............................................................................................4031. Enfermagem Ginecológica ................................................................................................................................ 4032. Pré-natal ......................................................................................................................................................... 4103. Trabalho de Parto e Parto ................................................................................................................................. 4154. Complicações Obstétricas .................................................................................................................................. 4225. Puerpério ........................................................................................................................................................ 4256. Violência Contra a Mulher ................................................................................................................................. 427

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................429

11. Enfermagem em Saúde do Trabalhador ....................................................................................4371. Organização Internacional do Trabalho .............................................................................................................. 4372. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora .............................................................................. 4383. Legislação Trabalhista e Previdenciária .............................................................................................................. 4414. Fator Acidentário de Prevenção ......................................................................................................................... 4415. Acidente de Trabalho e Comunicação de Acidente de Trabalho ............................................................................. 4426. Doenças Profissionais e Doenças Relacionadas ao Trabalho .................................................................................. 4447. Atribuições do Enfermeiro do Trabalho ............................................................................................................... 4478. Norma Regulamentadora nº 5 ........................................................................................................................... 4479. Norma Regulamentadora nº 6 ........................................................................................................................... 448

10. Norma Regulamentadora nº 7 ........................................................................................................................... 44811. Norma Regulamentadora nº 9 e Elementos da Higiene Ocupacional ..................................................................... 45212. Norma Regulamentadora nº 15 ......................................................................................................................... 45313. Norma Regulamentadora nº 17 e Ergonomia Aplicada ao Trabalho ....................................................................... 454

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................457

12. Enfermagem em Saúde Mental ................................................................................................4711. Reforma Psiquiátrica ........................................................................................................................................ 4712. Centro de Atenção Psicossocial e Outros Serviços Substitutivos ............................................................................ 4723. Articulação entre Saúde Mental e Atenção Básica ............................................................................................... 4744. Rede de Atenção Psicossocial ............................................................................................................................. 4775. Transtornos Mentais ......................................................................................................................................... 4786. Emergências Psiquiátricas ................................................................................................................................. 483

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7. Tratamento Medicamentoso ............................................................................................................................. 4838. Atuação do Enfermeiro em Saúde Mental ........................................................................................................... 484

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................487

13. Português .............................................................................................................................. 513

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................566

14. Matemática ........................................................................................................................... 603

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................638

15. Informática ........................................................................................................................... 645

▍RESUMO PRÁTICO ......................................................................................................................................................679

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Enfermagem em Saúde da Criança 9Dayse Batista Santos

Enfermagem em Saúde da Criança 9Dayse Batista Santos

1. AVALIAÇÃO E CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO

01 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA - PB - COTEMAX - 2019) A hemorragia abaixo da aponeurose

epicraniana, que conecta os componentes fron-tal e occipital dos músculos fronto-occipitais, que apresenta-se como massa de consistência firme a flutuante, às vezes se estendendo para o pescoço ou fronte, é um dos achados no exame físico do re-cém-nascido, (RN) denominado:

Ⓐ Bossa serossanguínea. Ⓑ Caput succedaneum. Ⓒ Céfalo-hematoma. Ⓓ Hematoma subgaleal. Ⓔ Dolicocefalia.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: A questão exige bastante atenção. Mas, considerando a objetividade e clareza dos conceitos de cada alternativa, o seu grau de difi-culdade abranda. Importa ao candidato atentar na hora das anotações.Alternativa A: INCORRETA. Também conhecida como capput succedaneum, a bossa serossanguínea, como indica o nome, é uma bossa no couro cabe-ludo, causada pela pressão exercida pelo útero e cérvix sobre a cabeça do feto durante o parto. Ca-racteriza-se por ser uma massa mal limitada e mole, edemaciada e equimótica, a qual, embora inicial-mente se restrinja à área de apresentação do parto, pode se deslocar para outras regiões, conforme o decúbito. Desaparece nos primeiros dias de vida.1,2

Alternativa B: INCORRETA. Caput succedaneum ou bos-sa serossanguínea, conforme já apresentado na alternativa A, é a alteração mais frequentemente encontrada após o nascimento.2

Alternativa C: INCORRETA. Define-se enquanto céfalo--hematoma a coleção sanguínea subperiostal ou derrame sanguíneo subperióstico, de consistência cística e volume variável, que se desenvolve após o parto e se expande durante o primeiro dia de vida, à medida que o sangue se acumula. É arredondado e limitado a um osso. Ocasionalmente, pode haver fratura subjacente, podendo também ser causa de hiperbilirrubinemia.3

Alternativa D: CORRETA. Hematoma subgaleal é o ter-mo que define a hemorragia abaixo da aponeurose epicraniana, que conecta os componentes frontal e occipital dos músculos fronto-occipitais e que se apresenta como massa de consistência firme a flutuante, às vezes se estendendo para o pescoço ou fronte. É um dos achados no exame físico do recém-nascido (RN). Com borda definida, pode apresentar crepitação durante a palpação, princi-palmente na periferia 3

Alternativa E: INCORRETA. Dolicocefalia é o alongamen-to do crânio, também conhecido como escafocefa-lia.4

02 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA - PB - COTEMAX - 2019) Atenção especial deve ser dada para

a face do RN, observando-se a harmonia, simetria e proporcionalidade dos componentes da face. O enfermeiro deve procurar características faciais pe-culiares, que auxiliam no diagnóstico de síndromes genéticas. Qual das síndromes apresentadas a se-guir NÃO apresenta traços identificáveis na face?

Ⓐ Síndrome de Down. Ⓑ Síndrome de Potter. Ⓒ Síndrome de Crouzon. Ⓓ Síndrome de Apert. Ⓔ Síndrome de Yamaguchi.

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372 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança384 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Causas de grande exclusão social, as síndromes genéticas necessitam de atenção especial, pois algumas características que trazem são, algumas vezes, traços fenotípicos simples de alguns indivíduos. O seu estudo aprofundado, além de evitar possíveis sequelas precocemente evitáveis, representa um caminho para o estímulo à inclusão social e promoção de melhor qualidade de vida para os seus portadores. Alternativa A: INCORRETA. A face das crianças com Síndrome de Down é caracterizada por pregas palpebrais oblíquas para cima, epicanto (prega cutânea no canto interno do olho), sinófris (união das sobrancelhas), base nasal plana, face aplanada, protusão lingual, palato ogival (alto), orelhas de im-plantação baixa, pavilhão auricular pequeno e pelo cabelo fino.5

Alternativa B: INCORRETA. A Síndrome de Potter repre-senta uma condição na qual o recém-nascido, pela ausência de líquido amniótico (oligo-hidrâmnio), fica desprotegido da parede do útero. Nessa situa-ção, a pressão exercida por essa parede provoca uma aparência facial típica (fácies de Potter): olhos amplamente separados, com pregas epicânticas, ponte nasal ampla, implantação baixa das orelhas e queixo retraído.6

Alternativa C: INCORRETA. Tríade composta por defor-midades do crânio, anomalias faciais e exoftalmia, a síndrome de Crouzon caracteriza-se pelo fecha-mento prematuro de suturas cranianas e a sinos-tose prematura de suturas centrofaciais e da base do crânio, ocasionando crescimento ósseo anor-mal e produção de deformidades faciais. Embora frequentemente se apresente aos dois anos de ida-de, existem formas precoces congênitas nas quais a sinostose se desenvolve ainda dentro do útero, sendo percebida ao nascimento por deformidades faciais como a hipoplasia maxilar superior, respon-sável por dificuldades respiratórias e exoftalmia.7,8

Alternativa D: INCORRETA. Ao exame físico, a Síndrome de Apert apresenta face ligeiramente achatada e assimétrica, hipertelorismo e proptose ocular as-sociada à depressão das fissuras palpebrais late-rais, com um sulco profundo transversal acima da região supra-orbital, o que lhe dá um aspecto de envelhecimento precoce. O nariz pequeno, com largura desproporcional ao comprimento, associa-do à ponte nasal deprimida, sugerindo um aspecto de “nariz de papagaio”, é uma outra característica marcante. O terço médio da face hipoplásica, o ân-gulo nasolabial diminuído, exibindo ausência de

selamento labial e respiração bucal, e as orelhas lar-gas deslocadas para baixo são outros traços identi-ficáveis na face.9

Alternativa E: CORRETA. A Síndrome de Yamaguchi é uma variante da cardiomiopatia hipertrófica, ca-racterizada pela hipertrofia apical do ventrículo esquerdo (VE), com maior incidência entre os japo-neses.10

03 (SES - DF - IADES - 2018) Ao exame físico do re-cém-nascido, palidez geralmente sugere a

existência de uma anemia e/ou vasoconstrição pe-riférica. O aparecimento de palidez em um hemi-corpo e vermelhidão no lado oposto sugerem alte-ração vasomotora, achado semiológico conhecido como pele de:

Ⓐ Sereia. Ⓑ Lontra. Ⓒ Dragão. Ⓓ Porcelana. Ⓔ Arlequim.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: A questão necessita de atenção, para que o candidato não a responda por simples analogia. Resolução: O aparecimento de palidez em um hemi-corpo e vermelhidão no lado oposto sugerem alte-ração vasomotora, achado semiológico conhecido como pele de arlequim. Vindo do grego “ichthys”, o termo significa peixe, usado devido ao aspecto escamoso da pele dos doentes. Na sua forma mais severa, a pele apresenta-se com placas córneas espessas, em formas geométricas, separadas por fissuras, caracterizando o “feto arlequim” (as placas lembram o padrão diamante dos trajes de Arle-quim - personagem da antiga comédia italiana de traje multicolor em losango).11

▍Resposta: Ⓔ

04 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JOSÉ GONÇALVES DE MINAS - MG - FADENOR - 2019) O cuidado com a

saúde do recém-nascido (RN) tem importância fun-damental para a redução da mortalidade infantil, ainda elevada no Brasil, assim como a promoção de melhor qualidade de vida e a diminuição das desi-gualdades em saúde. Com relação à avaliação e cui-dados com o recém-nascido, pode-se afirmar que:

385▏Dayse Batista Santos

Ⓐ A Escala ou Índice de Apgar é o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste ime-diato do recém-nascido à vida extrauterina e deve ser realizado nos dez e quinze minutos de vida.

Ⓑ Proteção ocular, controle de temperatura, con-trole de diurese e mudança de decúbito são cuida-dos essenciais com o recém-nascido em fototera-pia.

Ⓒ A Tabela de Kramer relaciona os níveis de bi-lirrubina indireta (BI) à zona dérmica de icterícia, em que a cabeça, pescoço e tórax correspondem à zona I ou icterícia de grau I.

Ⓓ O Método de Capurro é amplamente utilizado para avaliar o desconforto respiratório do recém--nascido prematuro.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A Escala ou Índice de Apgar deve ser realizado no primeiro e no quinto minuto após o nascimento.12,13

Tabela para cálculo do Índice de Apgar:

PONTOS 0 1 2

Frequência cardíaca Ausente <100/min >100/min

Respiração Ausente Fraca, irregular

Forte/choro

Tônus muscular Flácido

Flexão de pernas e braços

Movimento ativo/Boa

flexão

Cor da pele Cianótico/ Pálido

Cianose de extremida-

desRosado

Irritabilida-de Reflexa Ausente Algum mo-

vimentoEspirros/

ChoroFonte: Brasil,2014.

Alternativa B: CORRETA. Um dos principais cuidados durante a fototerapia deve ser a proteção ocular com a utilização de protetor radiopaco, apropria-do para prevenir a exposição à luz. O controle da temperatura corporal deve ser frequentemente realizado, a fim de detectar hipotermia ou hiperter-mia. Da mesma forma, o controle da diurese precisa ser monitorado, pois a fototerapia pode provocar elevação da temperatura, da frequência respirató-ria e do fluxo sanguíneo na pele, com maior perda insensível de água. Orienta-se a mudança de decú-bito de 3 em 3 horas, com avaliação do estado da pele, registro e comunicação de possíveis altera-ções e intolerância do RN.14

Alternativa C: INCORRETA. A principal causa de icterí-cia patológica e de doença hemolítica neonatal é a incompatibilidade sanguínea materno-fetal, que cursará com redução de hematócrito, aumento dos níveis séricos de BT e reticulócitos >5%. A digito-pressão sobre a pele, sob luz natural, permite a clas-sificação da icterícia nas zonas de Kramer ou zonas dérmicas. Conforme a tabela de Kramer, a zona I ou icterícia de grau I corresponde à cabeça e pescoço. O tórax está concentrado na zona II.15

Tabela de Kramer:

ZONA LocalNíveis Séricos de Bilirrubina

Zona 1 Cabeça e pescoço 4 a 8 mg/dl, média 6 mg/dl

Zona 2 Tronco até umbigo5 a 12 mg/dl,

média 9 mg/dl Zona

Zona 3 Hipogástrio até coxas

8 a 17 mg/dl, média 12 mg/dl

Zona 4 Braços, antebraços e pernas

11 a 18 mg/dl, média 15 mg/dl

Zona 5 Mãos e pés>15 mg/dl, média >18

mg/dlFonte: Brasil, 2012.21

Alternativa D: INCORRETA. O Método de Capurro é o método comumente usado para realização de exa-me somato-neurológico dos recém-nascidos com idade gestacional maior que 28 semanas, podendo ser realizado logo ao nascer (método somático).16

05 (PREFEITURA MUNICIPAL DE QUADRA - SP - CONSULPAM - 2018) Quando o recém-nascido está com

boa vitalidade e não necessita de manobras de rea-nimação e devem ser realizadas as seguintes inter-venções, EXCETO:

Ⓐ Proceder ao clampeamento do cordão umbili-cal após cessadas suas pulsações (aproximadamen-te 1 a 3 minutos), nos casos de mães isoimunizadas ou HIV /HTLV positivas. Nos outros casos, o clam-peamento deve ser imediato.

Ⓑ Manter o RN sobre o abdome e/ou tórax ma-terno, usando o corpo da mãe como fonte de calor, garantindo que o posicionamento da criança per-mita movimentos respiratórios efetivos. O contato pele a pele imediatamente após o nascimento, em temperatura ambiente de 26°C, reduz o risco de hi-

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373▏Dayse Batista Santos384 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Causas de grande exclusão social, as síndromes genéticas necessitam de atenção especial, pois algumas características que trazem são, algumas vezes, traços fenotípicos simples de alguns indivíduos. O seu estudo aprofundado, além de evitar possíveis sequelas precocemente evitáveis, representa um caminho para o estímulo à inclusão social e promoção de melhor qualidade de vida para os seus portadores. Alternativa A: INCORRETA. A face das crianças com Síndrome de Down é caracterizada por pregas palpebrais oblíquas para cima, epicanto (prega cutânea no canto interno do olho), sinófris (união das sobrancelhas), base nasal plana, face aplanada, protusão lingual, palato ogival (alto), orelhas de im-plantação baixa, pavilhão auricular pequeno e pelo cabelo fino.5

Alternativa B: INCORRETA. A Síndrome de Potter repre-senta uma condição na qual o recém-nascido, pela ausência de líquido amniótico (oligo-hidrâmnio), fica desprotegido da parede do útero. Nessa situa-ção, a pressão exercida por essa parede provoca uma aparência facial típica (fácies de Potter): olhos amplamente separados, com pregas epicânticas, ponte nasal ampla, implantação baixa das orelhas e queixo retraído.6

Alternativa C: INCORRETA. Tríade composta por defor-midades do crânio, anomalias faciais e exoftalmia, a síndrome de Crouzon caracteriza-se pelo fecha-mento prematuro de suturas cranianas e a sinos-tose prematura de suturas centrofaciais e da base do crânio, ocasionando crescimento ósseo anor-mal e produção de deformidades faciais. Embora frequentemente se apresente aos dois anos de ida-de, existem formas precoces congênitas nas quais a sinostose se desenvolve ainda dentro do útero, sendo percebida ao nascimento por deformidades faciais como a hipoplasia maxilar superior, respon-sável por dificuldades respiratórias e exoftalmia.7,8

Alternativa D: INCORRETA. Ao exame físico, a Síndrome de Apert apresenta face ligeiramente achatada e assimétrica, hipertelorismo e proptose ocular as-sociada à depressão das fissuras palpebrais late-rais, com um sulco profundo transversal acima da região supra-orbital, o que lhe dá um aspecto de envelhecimento precoce. O nariz pequeno, com largura desproporcional ao comprimento, associa-do à ponte nasal deprimida, sugerindo um aspecto de “nariz de papagaio”, é uma outra característica marcante. O terço médio da face hipoplásica, o ân-gulo nasolabial diminuído, exibindo ausência de

selamento labial e respiração bucal, e as orelhas lar-gas deslocadas para baixo são outros traços identi-ficáveis na face.9

Alternativa E: CORRETA. A Síndrome de Yamaguchi é uma variante da cardiomiopatia hipertrófica, ca-racterizada pela hipertrofia apical do ventrículo esquerdo (VE), com maior incidência entre os japo-neses.10

03 (SES - DF - IADES - 2018) Ao exame físico do re-cém-nascido, palidez geralmente sugere a

existência de uma anemia e/ou vasoconstrição pe-riférica. O aparecimento de palidez em um hemi-corpo e vermelhidão no lado oposto sugerem alte-ração vasomotora, achado semiológico conhecido como pele de:

Ⓐ Sereia. Ⓑ Lontra. Ⓒ Dragão. Ⓓ Porcelana. Ⓔ Arlequim.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: A questão necessita de atenção, para que o candidato não a responda por simples analogia. Resolução: O aparecimento de palidez em um hemi-corpo e vermelhidão no lado oposto sugerem alte-ração vasomotora, achado semiológico conhecido como pele de arlequim. Vindo do grego “ichthys”, o termo significa peixe, usado devido ao aspecto escamoso da pele dos doentes. Na sua forma mais severa, a pele apresenta-se com placas córneas espessas, em formas geométricas, separadas por fissuras, caracterizando o “feto arlequim” (as placas lembram o padrão diamante dos trajes de Arle-quim - personagem da antiga comédia italiana de traje multicolor em losango).11

▍Resposta: Ⓔ

04 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JOSÉ GONÇALVES DE MINAS - MG - FADENOR - 2019) O cuidado com a

saúde do recém-nascido (RN) tem importância fun-damental para a redução da mortalidade infantil, ainda elevada no Brasil, assim como a promoção de melhor qualidade de vida e a diminuição das desi-gualdades em saúde. Com relação à avaliação e cui-dados com o recém-nascido, pode-se afirmar que:

385▏Dayse Batista Santos

Ⓐ A Escala ou Índice de Apgar é o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste ime-diato do recém-nascido à vida extrauterina e deve ser realizado nos dez e quinze minutos de vida.

Ⓑ Proteção ocular, controle de temperatura, con-trole de diurese e mudança de decúbito são cuida-dos essenciais com o recém-nascido em fototera-pia.

Ⓒ A Tabela de Kramer relaciona os níveis de bi-lirrubina indireta (BI) à zona dérmica de icterícia, em que a cabeça, pescoço e tórax correspondem à zona I ou icterícia de grau I.

Ⓓ O Método de Capurro é amplamente utilizado para avaliar o desconforto respiratório do recém--nascido prematuro.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A Escala ou Índice de Apgar deve ser realizado no primeiro e no quinto minuto após o nascimento.12,13

Tabela para cálculo do Índice de Apgar:

PONTOS 0 1 2

Frequência cardíaca Ausente <100/min >100/min

Respiração Ausente Fraca, irregular

Forte/choro

Tônus muscular Flácido

Flexão de pernas e braços

Movimento ativo/Boa

flexão

Cor da pele Cianótico/ Pálido

Cianose de extremida-

desRosado

Irritabilida-de Reflexa Ausente Algum mo-

vimentoEspirros/

ChoroFonte: Brasil,2014.

Alternativa B: CORRETA. Um dos principais cuidados durante a fototerapia deve ser a proteção ocular com a utilização de protetor radiopaco, apropria-do para prevenir a exposição à luz. O controle da temperatura corporal deve ser frequentemente realizado, a fim de detectar hipotermia ou hiperter-mia. Da mesma forma, o controle da diurese precisa ser monitorado, pois a fototerapia pode provocar elevação da temperatura, da frequência respirató-ria e do fluxo sanguíneo na pele, com maior perda insensível de água. Orienta-se a mudança de decú-bito de 3 em 3 horas, com avaliação do estado da pele, registro e comunicação de possíveis altera-ções e intolerância do RN.14

Alternativa C: INCORRETA. A principal causa de icterí-cia patológica e de doença hemolítica neonatal é a incompatibilidade sanguínea materno-fetal, que cursará com redução de hematócrito, aumento dos níveis séricos de BT e reticulócitos >5%. A digito-pressão sobre a pele, sob luz natural, permite a clas-sificação da icterícia nas zonas de Kramer ou zonas dérmicas. Conforme a tabela de Kramer, a zona I ou icterícia de grau I corresponde à cabeça e pescoço. O tórax está concentrado na zona II.15

Tabela de Kramer:

ZONA LocalNíveis Séricos de Bilirrubina

Zona 1 Cabeça e pescoço 4 a 8 mg/dl, média 6 mg/dl

Zona 2 Tronco até umbigo5 a 12 mg/dl,

média 9 mg/dl Zona

Zona 3 Hipogástrio até coxas

8 a 17 mg/dl, média 12 mg/dl

Zona 4 Braços, antebraços e pernas

11 a 18 mg/dl, média 15 mg/dl

Zona 5 Mãos e pés>15 mg/dl, média >18

mg/dlFonte: Brasil, 2012.21

Alternativa D: INCORRETA. O Método de Capurro é o método comumente usado para realização de exa-me somato-neurológico dos recém-nascidos com idade gestacional maior que 28 semanas, podendo ser realizado logo ao nascer (método somático).16

05 (PREFEITURA MUNICIPAL DE QUADRA - SP - CONSULPAM - 2018) Quando o recém-nascido está com

boa vitalidade e não necessita de manobras de rea-nimação e devem ser realizadas as seguintes inter-venções, EXCETO:

Ⓐ Proceder ao clampeamento do cordão umbili-cal após cessadas suas pulsações (aproximadamen-te 1 a 3 minutos), nos casos de mães isoimunizadas ou HIV /HTLV positivas. Nos outros casos, o clam-peamento deve ser imediato.

Ⓑ Manter o RN sobre o abdome e/ou tórax ma-terno, usando o corpo da mãe como fonte de calor, garantindo que o posicionamento da criança per-mita movimentos respiratórios efetivos. O contato pele a pele imediatamente após o nascimento, em temperatura ambiente de 26°C, reduz o risco de hi-

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374 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança386 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

potermia em RNs a termo com respiração espontâ-nea e que não necessitam de ventilação, desde que cobertos com campos preaquecidos.

Ⓒ Realizar o aleitamento precoce para promoção do contato mãe-bebê imediato após o parto, evi-tando intervenções desnecessárias, que interferem nessa interação nas primeiras horas de vida. Deve ser estimulado o contato pele a pele e o aleitamen-to materno na primeira hora de vida, exceto em ca-sos de mães HIV ou HTLV positivos.

Ⓓ Administrar vitamina K para prevenção do san-gramento, 1mg de vitamina K por via intramuscular ao nascimento.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Questão simples, que exige con-centração do candidato. Os cuidados iniciais dire-cionados ao recém-nascido influenciam diretamen-te na sua qualidade de vida. Este é um tema sempre presente na maioria das provas, que exige atenção especial do estudante e profissionais da saúde. O candidato deve atentar que o enunciado da ques-tão solicita a marcação da alternativa INCORRETA. Alternativa A: INCORRETA. Ao contrário do que apresen-ta a questão, a Portaria 371, de 07 de maio de 2014, no seu Art. 4º, parágrafo segundo, orienta que é necessário proceder ao clampeamento do cordão umbilical, após cessadas suas pulsações (aproxi-madamente, de 1 a 3 minutos), exceto em casos de mães isoimunizadas ou HIV HTLV positivas, nesses casos o clampeamento deve ser imediato. O Mi-nistério da Saúde, através do Manual de Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal (2017), orienta a realização do clampeamento do cordão umbilical entre 1 e 5 minutos ou de forma fisioló-gica, quando cessar a pulsação, exceto se houver alguma contraindicação em relação ao cordão ou necessidade de reanimação neonatal. Ainda con-forme as diretrizes, se uma mulher solicitar o clam-peamento e a secção do cordão após 5 minutos, apoiá-la em sua escolha.17

Alternativa B: CORRETA. Intervenção deve ser realizada.Alternativa C: CORRETA. Intervenção deve ser realizada.Alternativa D: CORRETA. Intervenção deve ser realizada.

06 (PREFEITURA MUNICIPAL DE COITEGI - PB - CPCON - 2018) Na atenção à saúde da criança, o exa-

me físico completo deve ser realizado na primeira consulta do recém-nascido e nas consultas subse-quentes. Durante o exame físico, os valores da fre-quência respiratória devem ser avaliados. Associe a primeira coluna de acordo com a segunda, em rela-

ção aos valores normais da frequência respiratória de crianças.

De 0 a 2 meses ( ) Até 40 mrm

De 2 a 11 meses ( ) Até 30 mrm

De 12 meses a 5 anos ( ) Até 60 mrm

De 6 a 8 anos ( ) Até 50 mrm

Acima de 08 anos ( ) Até 20 mrm

A sequência CORRETA dessa associação é:

Ⓐ 3, 4, 1, 2 e 5. Ⓑ 2, 3, 5, 1 e 4. Ⓒ 3, 5, 1, 4 e 2. Ⓓ 4, 5, 3, 2 e 1. Ⓔ 4, 2, 1, 3 e 5.

GRAU DE DIFICULDADE

Resolução: Define-se enquanto frequência respi-ratória normal, de 0 a 2 meses: até 60mrm; de 2 a 11 meses: até 50mrm; de 12 meses a 5 anos: até 40mrm; de 6 a 8 anos: até 30mrm; e acima de 8 anos: até 20mrm.14

▍Resposta: Ⓐ

07 (PREFEITURA DE GUARAJÁ DO SUL - SC - AMEOSC - 2019) A temperatura corporal é o resultado do ba-

lanço entre os mecanismos de produção e de elimi-nação do calor. No recém-nascido (RN), sobretudo no pré-termo, pode ocorrer desequilíbrio desses mecanismos, com aumento nas perdas e limitação na produção. É exemplo de condição ligada à dimi-nuição da produção de calor:

Ⓐ Menor mobilização de noradrenalina e ácidos graxos livres.

Ⓑ Baixa temperatura ambiental. Ⓒ Menor capacidade de vasoconstrição cutânea. Ⓓ Epiderme não queratinizada.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. As perdas e limitação na produ-ção da temperatura corporal no RN tem como fato-res a menor mobilização de noradrenalina e ácidos graxos livres, o menor estoque de gordura marrom, a menor resposta termogênica por hipóxia, restri-ção do crescimento intrauterino e doenças e o con-sumo de O2 limitado por problemas pulmonares.18

387▏Dayse Batista Santos

Alternativa B: INCORRETA. Fator associado ao aumento da perda de calor no RN.18

Alternativa C: INCORRETA. Fator associado ao aumento da perda de calor no RN.18

Alternativa D: INCORRETA. Fator associado ao aumento da perda de calor no RN.18

08 (SEHAC - FUNDAÇÃO DOM CINTRA - 2018) A hipoter-mia na admissão neonatal é considerada um

fator que aumenta a morbidade e mortalidade, por agravar, entre outros, o desequilíbrio ácido-básico. Na assistência ao recém-nascido com idade gesta-cional inferior a 29 semanas ou peso ao nascer infe-rior a 1500g para prevenir a hipotermia na sala de parto, é recomendado:

Ⓐ Manter a temperatura da sala de recepção do recém-nascido, o mínimo, em 20°C.

Ⓑ Envolver o recém-nascido em campos úmidos e aquecidos.

Ⓒ Envolver o recém-nascido em saco plástico transparente, de polietileno, exceto a face.

Ⓓ Realizar banho de imersão com água tépida, após clampeamento do cordão umbilical.

Ⓔ Colocar o recém-nascido em contato, pele a pele, com a mãe.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A temperatura deverá ser mantida entre 23º e 26º C.18

Alternativa B: INCORRETA. A correta orientação é re-cepcionar e envolver o recém-nascido em campos aquecidos, secar e remover os campos úmidos.18

Alternativa C: CORRETA. Cobertura oclusiva com filme de polietileno, polivinil ou poliuretano: envolver o RN prematuro em filme plástico, utilizado em RN pré-termo, reduz a perda evaporativa da pele e pro-picia temperatura mais elevada à admissão em RN pré-termo, com idade gestacional menor que 32 semanas. Os riscos dessa intervenção estão relacio-nados à hipertermia, lesão e alteração da coloniza-ção de pele, o que precisa ser mais bem estudado.18

Alternativa D: INCORRETA. Após o clampeamento do cordão, o RN poderá ser mantido sobre o abdome e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe como fonte de calor.18

Alternativa E: INCORRETA. Contato pele a pele iniciado logo após o nascimento, ao estimular a amamen-tação e o vínculo mãe-filho e promover a liberação de ocitocina materna, acaba por produzir o aumen-to da temperatura da pele materna, funcionando como fonte de calor para o RN. Todavia, embora

seja uma prática comprovadamente benéfica para RNs sadios, porém é pouco estudada em RNs pre-maturos.18

09 (PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE ALEGRE - PI - CRES-CER - 2019) Em relação à saúde dos recém-nas-

cidos e crianças, analise as afirmações abaixo:

I. A frequência respiratória considerada normal para uma criança de 0 a 2 meses é até 60 movi-mentos respiratórios por minuto.

II. Bossa serossanguínea e cefalematomas desa-parecem espontaneamente.

III. Enquanto mama no peito, o bebê respira pela boca, estabelecendo o padrão normal de res-piração oral.

Está correto o que se afirma em:

Ⓐ Somente I. Ⓑ Somente II. Ⓒ Somente I e II. Ⓓ Somente III.

GRAU DE DIFICULDADE

Resolução:AFIRMATIVA I: CORRETA. Segundo a Organização Mun-dial de Saúde (OMS), a frequência respiratória con-siderada normal para uma criança de 0 a 2 meses é até 60 movimentos respiratórios por minuto.18

Frequência respiratória normal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):

De 0 a 2 meses Até 60mrm*

De 2 a 11 meses Até 50mrm

De 12 meses a 5 anos Até 40mrm

De 6 a 8 anos Até 30mrm

Acima de 8 anos Até 20mrm

Fonte: Brasil, 2012 * mrm = movimentos respiratórios por minuto.

AFIRMATIVA II: CORRETA. Bossa serossanguínea: é uma massa mole, mal limitada, edemaciada e equimó-tica, localizada ao nível da apresentação que desa-parece nos primeiros dias de vida (BRASIL, 2014). Os cefalematomas ou hemorragias sob o periósteo são comumente unilaterais e de localização parie-tal, diferenciada do sangramento mais superficial por estar limitada à área de um único osso. Uma pequena porcentagem tem fratura linear associa-da no osso que a sustenta. Os cafalematomas não

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391▏Dayse Batista Santos402 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

tos segundo sua natureza, o ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades para seu desenvolvimento é deno-minado:

Ⓐ Violência estrutural. Ⓑ Negligência. Ⓒ Violência institucional. Ⓓ Violência física. Ⓔ Violência comunitária.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: O trabalho infantil ainda é uma grande realidade em todo o território nacional. A ausência de fiscalizações e de políticas públicas efi-cazes é, sem dúvida, uma das causas de tal proble-ma. Questão simples, mas que exige do candidato reflexão acerca de temas que têm sido geradores de polêmicas e debates atuais. Alternativa A: INCORRETA. A violência estrutural ou so-cial diz respeito às diferentes formas de manuten-ção das desigualdades sociais, culturais, de gênero, etárias e étnicas, que produzem a miséria, a fome e as diversas formas de submissão e exploração de umas pessoas pelas outras.37

Alternativa B: CORRETA. A negligência caracteriza-se pelas omissões dos adultos, sejam eles pais, demais responsáveis ou instituições, ao deixarem de prover as necessidades básicas para o desenvolvimento físi-co, emocional e social de crianças e adolescentes.37

Alternativa C: INCORRETA. Violência Institucional é aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços públicos, como hospitais, postos de saúde, escolas, delegacias, judiciário.37

Alternativa D: INCORRETA. Violência física: caracteriza-da como todo ato violento com uso da força física de forma intencional, não acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas da criança ou adolescente, que pode ferir, lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa, deixando ou não marcas evidentes no corpo, e po-dendo provocar inclusive a morte.37

Alternativa E: INCORRETA. A violência comunitária ca-racteriza-se pelo fato de ser praticada entre indi-víduos sem laços de parentesco, conhecidos ou desconhecidos. Exercida por pessoas em atos de violência gratuitos, estupros, violência sexual e as cometidas em instituições públicas ou privadas, tais como: escolas, serviços de saúde, comunidades e condomínios, dentre outros.37

Alternativa B: INCORRETA. Adrenarca caracteriza-se como a fase de aumento da produção de hormô-nios sexuais que marca a pré-puberdade.39

Alternativa C: INCORRETA. Não existe o termo "genar-ca" na área da saúde.Alternativa D: INCORRETA. A pubarca refere-se ao apa-recimento de pelos pubianos em adolescentes.39

Alternativa E: CORRETA. A telarca é normalmente o pri-meiro sinal da puberdade feminina, marcada pelo aparecimento dos brotos mamários entre 08 e 13 anos.39

36 (Enfermeiro Saúde da Criança e do Adolescente - EB-SERH - 2013) Preencha as lacunas e assinale

a alternativa com a sequência correta. O Estatu-to da Criança e do Adolescente (ECA) determina a proibição de qualquer trabalho a menores de _______________________ anos de idade, salvo na condição de aprendiz a partir de _____________ anos de idade.

Ⓐ Dezesseis / quatorze. Ⓑ Dezoito / dezesseis. Ⓒ Quatorze / doze. Ⓓ Dezessete / quinze. Ⓔ Dezoito / quatorze.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: O trabalho infantil ainda é uma grande realidade em todo o território nacional. A ausência de fiscalizações e de políticas públicas efi-cazes é, sem dúvida, uma das causas de tal proble-ma. Questão simples, mas que exige do candidato reflexão acerca de temas que têm sido geradores de polêmicas e debates atuais. Resolução: A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, inciso XXXIII, veda expressamente qual-quer trabalho antes dos 16 anos idade, salvo na condição de menor aprendiz, que é a partir dos 14 anos. Além da previsão constitucional, há diversas legislações que tratam sobre o tema, entre elas a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, denominada Estatuto da Criança e do Adolescente.31

▍Resposta: Ⓐ

37 (Enfermeiro Saúde da Criança e do Adolescente - EB-SERH - 2013) Na Classificação dos Atos Violen-

403▏Dayse Batista Santos

EXAME FÍSICO

A realização da anamnese materna e o conhecimento da idade gestacional são fatores relevantes a se-rem considerados durante o exame físico do RN. O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças.14 Outras informações tam-bém necessitam ser consideradas, sendo importante a compreensão de alguns termos.

Idade gestacionalDuração da gestação medida do primeiro dia do último período normal de menstruação até o nascimento; expressa em dias ou semanas completas.

Pré-termo Menos do que 37 semanas completas (menos do que 259 dias completos).

Prematuro tardio De 34 semanas a 36 e 6 e 6 dias

Termo De 37 semanas completas até menos de 42 semanas completas (259 a 293 dias).

Pós-termo 42 semanas completas ou mais (294 dias ou mais).

Período neonatalIntervalo de tempo que vai do nascimento até o momento em que a criança atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos.

Período neonatal precoce

Intervalo de tempo que vai do nascimento até o momento em que a criança atinge 6 dias, 23 horas e 59 minutos.

Período neonatal tardio

Intervalo de tempo que vai do 7º dia até o momento em que a criança atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos.

Idade pós-natal É o período de tempo que decorre do nascimento até a data presente.

Idade corrigidaÉ a idade pós-natal menos o número de semanas que faltou para completar 40 semanas (subtrair da idade pós-natal a diferença entre 40 semanas e a idade gestacional). É usada para avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança após o termo.

Peso de nascimento

Primeiro peso do recém-nascido (RN) obtido após o nascimento. Nos casos onde o contato pele a pele da primeira hora de vida foi estabelecido, realizar a pesagem a posteriori. • Baixo peso: peso ao nascer inferior a 2.500 gramas. • Muito baixo peso: peso ao nascer inferior a 1.500 gramas. • Extremo baixo peso: peso ao nascer inferior a 1.000 gramas.

Fonte: Brasil, 2013.

O índice de Apgar: no quinto minuto entre 7 e 10 é considerado normal. Apgar 4, 5 ou 6 é considerado intermediário e relaciona-se, por exemplo, com prematuridade, medicamentos usados pela mãe, má-for-mação congênita, o que não significa maior risco para disfunção neurológica. Índices de 0 a 3 no quinto minuto relacionam-se a maior risco de mortalidade e leve aumento de risco para paralisia cerebral. No entanto, um baixo índice de Apgar, isoladamente, não prediz disfunção neurológica tardia.16

Tabela para cálculo do índice

Pontos 0 1 2

Frequência cardíaca Ausente < 100 / min > 100/ min

Respiração Ausente Irregular/ Bradipneia Forte / Choro

Tônus muscular Flácido Flexão de pernas e braços Movimento ativo/ Boa flexão

Cor Cianose Central/ Palidez Cianose de extremidades Rosado

Reflexo/ Irritabilidade Ausente Algum movimento/ Careta Espirros / Choro

RESUMO PRÁTICO

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392 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança404 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

Tabela para cálculo do índice

Pontos 0 1 2

Frequência cardíaca Ausente <100/min >100/min

Respiração Ausente Irregular/Bradipneia Forte/Choro

Tônus muscular FlácidoFlexão de pernas e

braçosMovimento ativo/

Boa flexão

Cor Cianose Central/PalidezCianose de

extremidadesRosado

Reflexo/Irritabilidade AusenteAlgum movimento/

CaretaEspirros/Choro

Fonte: Brasil, 2013.

Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido:

Tópicos do exame físico Ações específicas

Peso, comprimento e perímetro cefálico

Avalie o comprimento e o perímetro cefálico da criança. Avalie o peso em relação ao peso ideal ao nascer. Consideram-se normais tanto uma perda de peso de até 10% ao nascer quanto a sua recuperação até o 15º dia de vida. O perímetro cefá-lico com medidas acima ou abaixo de dois desvios-padrão (< -2 ou > +2 escores “z”) pode estar relacionado a doenças neurológicas, como microcefalia (de causa genética ou ambiental) e hidrocefalia, o que exige, portanto, melhor avaliação e encaminhamento.

Desenvolvimento social e psicoafetivo

Observe e avalie o relacionamento da mãe/cuidador e dos familiares com o bebê: como respondem às suas manifestações, como interagem com o bebê e se lhe proporcionam situações variadas de estímulo.

Estado geral

Avalie a postura normal do recém-nascido: as extremidades fletidas, as mãos fe-chadas e o rosto, geralmente, dirigido a um dos lados. Observe o padrão respira-tório: a presença de anormalidades, como batimentos de asas do nariz, tiragem intercostal ou diafragmática e sons emitidos. Avalie o estado de vigília do re-cém-nascido: o estado de alerta, o sono leve ou profundo e o choro. Identifique sinais de desidratação e/ou hipoglicemia: pouca diurese, má ingestão (a criança não consegue mamar ou vomita tudo o que mama), hipoatividade e letargia. A temperatura axilar normal situa-se entre 36,4ºC e 37,5ºC e não necessita ser me-dida rotineiramente em crianças assintomáticas, exceto na presença de fatores de risco, como febre materna durante o parto.

FacePesquise alguma assimetria, má-formação, deformidade ou aparência sindrômi-ca.

Pele

Observe a presença de: (a) edema (se for generalizado, pense em doença he-molítica perinatal, iatrogenia por uso de coloides ou cristaloides em excesso, insuficiência cardíaca, sepse; se for localizado, isso sugere trauma de parto); (b) palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim – palidez em um hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e sem repercussão clínica); (c) cianose (se for generalizada, pense em doenças car-diorrespiratórias graves; se for localizada nas extremidades ou na região perioral, pense em hipotermia); (d) icterícia. O profissional deverá estar mais atento, caso a icterícia tenha se iniciado nas primeiras 24 horas ou depois do 7º dia de vida, caso tenha duração maior do que uma semana no recém-nascido a termo, dura-ção maior do que duas semanas no prematuro e se a tonalidade for amarela com matiz intenso ou se a icterícia se espalha pelo corpo, atingindo pernas e braços. Pesquise a possível presença de assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo--plantares (sífilis). Esclareça a família quanto à benignidade do eritema tóxico.

405▏Dayse Batista Santos

Crânio

Examine as fontanelas: a fontanela anterior mede de 1cm a 4cm, tem forma lo-sangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no momento do nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de 0,5cm e fecha-se até o segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas. Bossa serossanguínea e cefalematomas (mais delimitados do que a bossa e que invo-luem mais lentamente) desaparecem espontaneamente.

Olhos

Reflexo fotomotor: projeta-se um feixe de luz em posição ligeiramente lateral a um olho. A pupila deve se contrair rapidamente. O teste deve ser repetido no outro olho, devendo ser comparado com o primeiro. Avalia basicamente a estru-tura anatomofuncional (Canadian, 2008). Teste do reflexo vermelho ou Bruckner test (idem): deve ser realizado na penumbra (para a pupila ficar mais dilatada), com o oftalmoscópio colocado aproximadamente de 5cm a 10cm de distância dos olhos da criança (o importante é que o oftalmoscópio ilumine os dois olhos, simultaneamente), para se observar o reflexo vermelho nos dois olhos. Se for no-tado um reflexo diferente entre os olhos ou a presença de opacidade, a criança deverá ser avaliada por um oftalmologista com urgência, pois poderá ter pro-blemas como: catarata congênita, retinoblastoma ou retinopatia da prematuri-dade (Graziano, 2002). É importante lembrar que todos os prematuros com 32 semanas ou menos e/ou menores de 1.500g devem ser avaliados com dilatação de pupila por oftalmologista na 6ª semana de vida e acompanhados de acordo com o quadro clínico, pois o teste do reflexo vermelho detecta retinopatia da prematuridade apenas de grau 5, já com descolamento de retina e prognóstico reservado. Conjuntivites: as pálpebras podem estar edemaciadas (pela reação ao nitrato de prata a 1%) e a regressão é espontânea em 24h a 48h. A presença de secreção purulenta evidencia uma conjuntivite e, principalmente no RN, é im-portante descartar a infecção por gonococo, clamídia e herpes-vírus (Sociedade, 2006). A conduta correta é sempre coletar a secreção e solicitar exame bacterio-lógico e bacterioscópico. A coleta pode ser feita do fundo de saco, com espátula para swab, e encaminhada ao laboratório de microbiologia em meio de cultura. Após a coleta, deve-se iniciar imediatamente o tratamento com colírio (tobrami-cina ou ofloxacina) e, após o resultado, deve-se tratar o agravo de acordo com o agente etiológico. O grande risco é a conjuntivite por gonococo, pois a bactéria pode penetrar na córnea intacta e causar perfuração ocular em 24h. Estrabismo (ou esotropia) e nistagmo lateral são comuns nesta fase, devendo ser reavaliados posteriormente. Os recém-nascidos podem apresentar eventualmente algum tipo de desvio ocular, pois a visão binocular só estará bem desenvolvida entre 3 e 7 meses. Raramente, o estrabismo congênito tem seu diagnóstico feito antes dos 6 meses de vida (Graziano, 2002).

Orelhas e audição

Oriente a família para a realização da triagem auditiva neonatal universal (Tanu) ou “teste da orelhinha”. As justificativas para a triagem universal, o teste e as si-tuações de risco para deficiência auditiva estão descritos no capítulo 7. Observe também a implantação, o tamanho e a simetria das orelhas.

Nariz Avalie a forma e a possível presença de secreção (sífilis).

Boca

Alterações morfológicas podem representar dificuldade para a pega durante a amamentação, o que exigirá suporte e acompanhamento adequados. Observe a úvula, o tamanho da língua (macroglossia), o palato, o freio lingual e a coloração dos lábios.

Pescoço

Avalie a assimetria facial e a posição viciosa da cabeça. O torcicolo congênito tem resolução espontânea em 90% dos casos. No entanto, nos casos mais per-sistentes, pode ser necessária a correção cirúrgica - protelada até os três anos de idade (Staheli, 2008).

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395▏Dayse Batista Santos406 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

Tórax

Avalie a assimetria, pois ela sugere más-formações cardíacas, pulmonares, de co-luna ou arcabouço costal. Apalpe as clavículas, para avaliar se há fraturas que po-deriam acarretar diminuição ou ausência de movimentos do braço. A fratura de clavícula é manejada simplesmente prendendo-se o braço ao tórax, para propor-cionar conforto ao bebê (Staheli, 2008); tem caráter benigno e ocorre formação de calo ósseo em 2 a 3 semanas. Oriente a família para a involução espontânea de mamas, que podem estar ingurgitadas ou com presença de secreção leito-sa (passagem de hormônios maternos). Observe possíveis sinais de sofrimento respiratório (tiragens, retração xifoidiana, batimentos de asas do nariz, gemidos, estridor). Conte a frequência cardíaca, que normalmente varia entre 120bpm e 160bpm. Observe a possível presença de cianose, abaulamento pré-cordial, tur-gência jugular, ictus cordis e sopros cardíacos. Verifique também os pulsos.

Abdome

Observe a respiração, que é basicamente abdominal e deve estar entre 40mrm e 60mrm. Observe a forma do abdome: se ele estiver dilatado, o achado pode sugerir presença de líquido, distensão gasosa, visceromegalias, obstrução ou perfuração abdominal; se ele estiver escavado, isso pode indicar hérnia diafrag-mática. Diagnostique a presença de hérnias inguinal e umbilical. Os casos de hérnia inguinal têm indicação cirúrgica imediata, devido ao risco de encarce-ramento ou estrangulamento. Já nos casos de hérnia umbilical, aguarda-se sua regressão espontânea até 12 meses, dependendo do tamanho da hérnia (Behr-man; Kliegman; Jensen, 2003). Diagnostique também a presença de diástase dos retos abdominais e agenesia da musculatura abdominal. Verifique a presença de granuloma umbilical após a queda do coto (resolvido com uso de nitrato de prata). Se a região umbilical estiver vermelha, edemaciada e com secreção féti-da, o achado indica onfalite e, portanto, a criança deve ser encaminhada para a emergência (Amaral, 2004).

Genitália

Apalpe a bolsa escrotal para identificar a presença dos testículos. Quando os testículos não forem palpáveis na bolsa escrotal na primeira consulta do recém--nascido, a mãe pode ser informada de que isso se trata de uma situação comum, especialmente em prematuros (9,2% a 30%). Isso porque, na maioria das vezes, os testículos “descem” até os 3 meses de vida, quando o caso deverá ser reavalia-do. Se aos 6 meses os testículos não forem apalpados na bolsa escrotal, a criança deve ser encaminhada para melhor avaliação e tratamento (Denes; Souza; Souza apud Jatene; Nobre; Bernardo, 2006). o acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo caracteriza hidrocele, que, em geral, tem regressão lenta, com reso-lução espontânea, até os 2 anos de idade da criança (idem). A fimose é fisiológica ao nascimento. Deve-se observar a localização do meato urinário para excluir a possibilidade de hipospádia ou epispádia. Na genitália feminina, os pequenos lábios e o clitóris estão mais proeminentes. Pode haver secreção esbranquiçada, às vezes hemorrágica, devido à passagem de hormônios maternos, que se resol-ve espontaneamente.

Ânus e retoVerifique a permeabilidade anal, bem como a posição do orifício e a presença de fissuras.

Fonte: Brasil, 2013.

SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE

• Criança residente em área de risco. • Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g). • Prematuridade (menos de 37 semanas gestacionais). • Asfixia grave ou Apgar menor do que 7 no 5º minuto. • Internações/intercorrências. • Mãe com menos de 18 anos de idade.• Mãe com baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo). • História familiar de morte de criança com menos de 5 anos de idade.

407▏Dayse Batista Santos

SÍFILIS CONGÊNITA

Conforme relato do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA,2018), em comparação ao ano de 2016, observou-se aumento de 28,5% na taxa de detecção em gestantes, 16,4% na incidên-cia de sífilis congênita e 31,8% na incidência de sífi-lis adquirida. Entre gestantes, cresceu de 10,8 casos por 1 mil nascidos vivos em 2016 para 17,2 casos a cada 1 mil nascidos vivos em 2017. Já a sífilis con-gênita passou de 21.183 casos em 2016 para 24.666 em 2017. O número de óbitos por sífilis congênita foi de 206 casos em 2017, maior que em relação a 2016, quando foram registrados 195 casos.5

Fonte: (Brandelli, 2017).

ALEITAMENTO MATERNO

O leite materno é o alimento mais completo que um bebê pode receber desde o seu nascimento. Devendo ser sua alimentação exclusiva até os seis meses de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracteri-zam o posicionamento e pega adequados:46

Pontos-chave do posicionamento adequado:

• Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo.

• Corpo do bebê próximo ao da mãe.• Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço

não torcido).• Bebê bem apoiado.

Pontos-chave da pega adequada:

• Mais aréola visível acima da boca do bebê.• Boca bem aberta.• Lábio inferior virado para fora.• Queixo tocando a mama.

BENEFÍCIOS46:

Para o bebê:

• Maior contato com a mãe.• Melhora a digestão e minimiza as cólicas.• Desenvolve a inteligência quanto maior for o

tempo de amamentação.• Reduz o risco de doenças alérgicas.• Diminui as chances de desenvolver doença de

Crohn e linfoma.• Estimula e fortalece a arcada dentária.• Previne contra doenças contagiosas, como a

diarreia.

Para a mãe:

• Diminui o sangramento no pós-parto.• Acelera a perda de peso.• Reduz a incidência de câncer de mama, ovário

e endométrio.• Evita a osteoporose.• Protege contra doenças cardiovasculares, como

o infarto.

Fonte: maespecialista.2018.

TRIAGEM NEONATAL

Conforme publicação do Ministério da Saúde47, são os chamados exames da triagem neonatal:

Teste do Pezinho – Realizado preferencialmente entre o 3° e o 5° dia de vida, o teste do pezinho é uma das principais formas de diagnosticar seis doenças que, quanto mais cedo forem identifica-das, melhores são as chances de tratamento. São elas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fi-brose cística, deficiência de biotinidase e hiperpla-sia adrenal congênita. Realizado na rede de Aten-ção Básica, hospitais e maternidades.Teste do Olhinho – É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um refle-

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396 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança408 ▕ Enfermagem em Saúde da Criança

xo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão. O exame é realizado nas maternidades públicas até a alta do recém-nascido. Teste da Orelhinha – Entre os procedimentos realizados ainda na maternidade, logo após o nascimento do bebê, está a triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha. O exame é feito, geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê e identifica problemas auditivos no recém-nascido. Desde 2010 é deter-minado por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem ter feito o teste, que é gratuito. As crianças nascidas fora do ambiente hospitalar devem fazê-lo antes de completarem 3 meses de vida. O Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contraindicações e dura em torno de 10 minutos. Teste do Coraçãozinho – Todo bebê tem direito de realizar o teste de coraçãozinho ainda na maternidade, entre 24h e 48h após o nascimento. O teste é simples, gratuito e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro – espécie de pulseirinha – no pulso e no pé do bebê. Caso algum problema seja detectado, o bebê é encaminhado para fazer um ecocardiograma. Se alterado, é encaminhado para um centro de referência em cardiopatia para tratamento.

IMUNIZAÇÃO

O reaparecimento de algumas doenças, como sarampo, poliomielite, rubéola e difteria, tem preocupa-do profissionais de saúde. A baixa cobertura vacinal é o fator determinante para o retorno de tais doenças e a este respeito o Ministério da Saúde, por meio de nota, informa que tal ocorrência acende a “luz vermelha”, o que exige alerta e cuidado por parte de todos. Durante a infância, o acompanhamento ao calendário va-cinal deve ser uma prioridade para os profissionais de saúde e para os pais ou responsáveis, buscando ga-rantir a máxima proteção dos menores. A sensibilização e orientação constante das famílias, a busca ativa e a adesão aos períodos de campanha são algumas condutas que precisam estar fortalecidas na rede básica. A integração com o serviço escolar, a exigência da caderneta de vacina atualizada para matrícula nas es-colas e recadastramento no Bolsa Família são caminhos que podem fortalecer a imunização na infância.

CRIANÇA

IDADE VACINA DOENÇAS EVITÁVEIS DOSE

Ao nascerBCG-ID

Previne as formas graves de tuberculose (miliar e

meningea)Dose única

Hepatite B Previne a hepatite B Dose única

2 meses

Pentavalente (DTP + Hib + Hep. B)

Previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e

meningite e infecções por Hib

1a dosePoliomielite Inativada

(VIP)Previne a poliomielite

(paralisia infantil)

Pneumocócica 10 – valente (conjugada)

Previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo

Oral contra Rotavírus Humano (VORH)

Previne diarreia por rotavírus

3 meses Meningocócica CPrevine meningite e meningococcemia

(infecção generalizada)1a dose

409▏Dayse Batista Santos

4 meses

Pentavalente (DTP + Hib + Hep. B)

Previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e

meningite e infecções por Hib

2a dosePoliomielite Inativada

(VIP)Previne a poliomielite

(paralisia infantil)

Pneumocócica 10-va-lente (conjugada)

Previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo

Oral contra Rotavírus Humano (VORH)

Previne diarreia por rotavírus

5 meses Meningocócica CPrevine meningite e meningococcemia

(infecção generalizada)2a dose

6 meses

Pentavalente (DTP + Hib + Hep. B)

Previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e

meningite e infecções por Hib 3a dose

Poliomielite Inativada (VIP)

Previne a poliomielite (paralisia infantil)

12 meses

Tríplice Viral (SCR)Previne sarampo, caxumba

e rubéola1a dose

Meningocócica CPrevine meningite e me-ningococcemia (infecção

generalizada)Reforço

Pneumocócica 10 valente

Previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo

Reforço

15 meses

Tríplice Bacteriana (DTP)Previne difteria, tétano,

coqueluche1o reforço

Poliomielite Oral (VOP)Previne a poliomielite

(paralisia infantil)1o reforço

Hepatite A Previne a hepatite A Dose única

Tetraviral (SCRV)Previne sarampo, caxumba,

rubéola e varíolaDose única

4 anos

Tríplice Bacteriana (DTP)Previne difteria, tétano,

coqueluche2a dose

Poliomielite Oral (VOP)Previne a poliomielite

(paralisia infantil)2a dose

Varicela Previne a varicela 2a dose

9 anos*Papilomavírus Humano

(HPV)

Previne o papiloma, vírus humano que causa câncer e

verrugas genitais

Duas doses com seis meses de intervalo

* Pode ser aplicada até 14 anos 11 meses e 29 dias.Fonte: Brasil, 2019.48