1001 QUESTÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCERIRA E ORÇAMENTÁRIA

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    1001 QUESTES

    COMENTADAS DEADMINISTRAOFINANCERIRA E

    ORAMENTRIA CESPE/UnB

    Djalma Gomes e Graciano Rocha

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    SUMRIOCAPTULO 1 (questes 1 a 74)Tpicos de Finanas Pblicas: funes dogoverno; falhas de mercado e produo debens pblicos; teoria da tributao.

    CAPTULO 2 (questes 75 a 131) Evoluo conceitual do oramento pblico

    CAPTULO 3 (questes 132 a 236) Princpios oramentrios

    CAPTULO 4 (questes 237 a 321)Ciclo oramentrio: elaborao daproposta, discusso, votao e aprovaoda lei de oramento

    CAPTULO 5 (questes 322 a 383) Plano Plurianual

    CAPTULO 6 (questes 384 a 442) Lei de Diretrizes Oramentrias

    CAPTULO 7 (questes 443 a 540) Lei Oramentria Anual

    CAPTULO 8 (questes 541 a 620)Programao de desembolso emecanismos retificadores do oramento

    CAPTULO 9 (questes 621 a 684) Definio e classificao da receita pblica

    CAPTULO 10 (questes 685 a 724)Definio e classificao da despesapblica

    CAPTULO 11 (questes 725 a 805)Execuo oramentria e financeira:estgios e execuo da despesa pblica eda receita pblica. Restos a pagar.Despesas de exerccios anteriores.Suprimento de fundos.

    CAPTULO 12 (questes 806 a 829)Gesto organizacional das finanaspblicas: sistemas de planejamento eoramento e de administrao financeiraconstantes da Lei 10.180/2001

    CAPTULO 13 (questes 830 a 856)Conta nica do Tesouro Nacional:conceito e previso legal

    CAPTULO 14 (questes 857 a 1001) Lei de Responsabilidade Fiscal

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    CAPTULO 1.TPICOS DE FINANAS PBLICAS: FUNES DO GOVERNO.FALHAS DE MERCADO E PRODUO DE BENS PBLICOS.TEORIA DA TRIBUTAO.

    1. (CESPE/ANALISTA/IEMA-ES/2007), As finanas pblicas incluema atividade de obteno e aplicao dos recursos para o custeiodos servios pblicos e para o atendimento das necessidades dapopulao.1. CERTO. Segundo a doutrina, a disciplina finanas pblicas, quetraa relaes com a economia, o direito e a administrao,contempla quatro braos da atuao estatal no campoeconmico-financeiro, a saber: a receita pblica e o crditopblico, concernentes obteno de recursos; a despesa

    pblica, relativa execuo dos programas e atividades a cargodo Estado; e o oramento pblico, que diz respeito aogerenciamento desses elementos citados.

    2. (CESPE/AUFC/TCU/2008), A chamada lei de Wagner preconizaque, em pases industrializados, o setor pblico cresce sempre ataxas mais elevadas que o nvel de renda, de tal forma que aparticipao relativa do governo na economia cresce com oprprio ritmo de crescimento econmico do pas.2. CERTO. A questo reproduziu o teor da Lei de Wagner (Adolf

    Wagner, economista alemo), que trata de razes para aexpanso das despesas pblicas nos pases ocidentais. Paraseguidores da teoria desse autor, o crescimento econmiconacional, por si s, seria um impulso expanso dos gastospblicos, em razo de trs causas principais: o crescimento dasfunes administrativas e de segurana; as demandas por maiorbem-estar social, especialmente as relativas a educao esade; e a maior interveno do governo no processo produtivo.

    3. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Aglobalizao econmica e o crescimento regular da produo

    industrial provocam um enfraquecimento do Estado. Com isso,ele deixa de ser um agente econmico importante noatendimento das necessidades coletivas, o que provoca reduodos gastos governamentais.3. ERRADO. Trata-se exatamente do contrrio: a globalizao e odesenvolvimento econmico desencadearam um fortalecimentodo Estado, que cumpre funes importantes em praticamente

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    todos os pases, envolvendo o aumento do gasto pblico.

    4. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. SADE/2008), A poltica fiscal dividida em dois segmentos: a poltica tributria, cujo objetivo captar os recursos necessrios ao atendimento das funes da

    administrao pblica, e a poltica oramentria, que trata daaplicao desses recursos.4. CERTO. Essa a diviso conceitual da poltica fiscal, que, apesardo nome, tem alcance mais amplo que o estudo dos tributos(que remete ideia de fisco).

    5. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010), Como instrumento da poltica deestabilizao econmica, o oramento pode apontar ora napromoo de uma expanso da demanda, gerando supervit, orana contrao da demanda, gerando dficits.5. ERRADO. Ocorre o inverso: para expandir a demanda agregada,

    o governo, de modo a aumentar seus gastos, pode assumirdficits, endividando-se para auferir mais recursos; e, paracontrao da demanda, promove-se restrio oramentria egerao de supervits.

    6. (CESPE/ANALISTA/ANEEL/2010), De acordo com a soluo dePareto, considera-se que a economia atinge a mxima eficinciaquando modificaes em determinada alocao de recursos serevelam capazes de melhorar o nvel de bem-estar de umacomunidade sem prejudicar o bem-estar individual.

    6. ERRADO. A soluo, ou timo, de Pareto representa umasituao terica em que, numa dada economia, os recursosprodutivos e financeiros teriam aproveitamento mximo, demodo que o aumento de bem-estar de um agente s poderiaocorrer ao custo da diminuio do bem-estar de outro(s).

    7. (CESPE/ANALISTA/STF/2008), A adoo do oramento modernoest associada concepo do modelo de Estado que, desdeantes do final do sculo XIX, deixa de caracterizar-se por merapostura de neutralidade, prpria do laissez-faire, e passa a sermais intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeies domercado e promover o desenvolvimento econmico.7. CERTO. A evoluo do oramento d-se, geralmente, no sentidode sua ampliao e maior sofisticao, acompanhando atendncia (oscilante, verdade), de aumento da participao doEstado na economia. Assim, a quase neutralidade tributria dooramento tradicional, pelo reduzido impacto no produto interno

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    das economias, foi substituda pela utilizao do oramento comoferramenta de desenvolvimento econmico e de tentativa decorreo das falhas de mercado.

    8. (CESPE/AGENTE/ABIN/2010), Fatores demogrficos podem

    explicar o crescimento do gasto pblico, como ocorre, porexemplo, quando os gastos com sade e previdncia aumentam medida que a populao se torna idosa.8. CERTO. Um dos principais fatores de presso sobre o aumentodas despesas pblicas reside nos fatores demogrficos. Como,em regra, as populaes ao redor do mundo experimentam umafase de ampliao da expectativa de vida, natural queaumentem as demandas por aes governamentais dirigidas sfaixas etrias mais avanadas, nas reas de sade e previdncia.

    9. (CESPE/TCNICO/TRE-MG/2008), A atividade do Estado na

    alocao de recursos justifica-se naquelas situaes em que soutilizadas as receitas oramentrias para proviso de bens quetenham as caractersticas de bens privados, mas quemomentaneamente no esto sendo produzidos pelo mercado.9. ERRADO. A ao estatal relativa alocao de recursos justificada pela proviso de bens pblicos e semipblicos, e node bens privados, j que estes tm seu fornecimento e preoregulados pelas regras de mercado. importante registrar que,caso bens privados tenham relevncia socioeconmica suficientepara ter sua proviso assumida ou incentivada pelo Estado,

    nesse caso, passam a ser considerados semipblicos.

    10. (CESPE/ANALISTA/MDS/2006), As necessidades aladas condio de meritrias pela sociedade devem ser atendidassegundo o princpio da excluso, que pressupe a disposio doconsumidor a pagar o preo de mercado pelo bem ou serviooferecido pelo seu produtor ou prestador.10. ERRADO. Por partes: o princpio da excluso, em economia,aplica-se aos bens privados, e significa que o consumo dedeterminado bem garantido a quem paga por esse consumo,de forma que no se observa o efeito carona (consumo debens por agentes que no o custearam). Em segundo lugar, asnecessidades ou bens considerados meritrios (ou semipblicos)so aqueles que, embora tenham caractersticas de bensprivados, tm importncia social suficiente para que o Estadogaranta seu fornecimento em maior quantidade, ou de formamais facilitada, do que o mercado estaria apto/disposto a

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    fornecer. Dessa forma, o Estado no permite que se concretizetotalmente o princpio da excluso relativamente aos bensmeritrios.

    11. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Os

    gastos com sade no mbito da seguridade social brasileira soum exemplo da proviso, por parte do setor pblico, de bensmeritrios, para os quais os recursos so obtidoscompulsoriamente por meio da tributao.11. CERTO. Sade (embutida em seguridade social), e educaoso consideradas os bens meritrios mais emblemticos, cujofornecimento, quanto maior, mais traz benefcios coletivos, o queas coloca no topo da lista de prioridades dos governos.

    12. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2006), Em finanas pblicas,considera-se que as necessidades meritrias, ao se alarem

    categoria de pblicas, pressupem que os beneficirios dosservios estatais se eximiriam de manifestar suas preferncias,pois tais servios seriam obrigatoriamente prestados,independentemente de manifestao.12. CERTO. O enunciado apresenta a descrio do efeito caronaquanto ao consumo de bens pblicos e semipblicos numaeconomia. No caso dos bens pblicos puros, o mecanismo demercado no seria de qualquer forma aplicvel a seufornecimento, pela impossibilidade de impedir seu consumo porquem quer que fosse (justia, segurana pblica, defesa nacional

    etc.). Assim, ao invs de esperar pela manifestao de agentesno sentido de fornecer tais bens, o Estado assume essa proviso,custeando sua operao por meio da cobrana de tributos.

    13. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Aexistncia dos bens pblicos que permite a alocao tima derecursos na economia, superando a ineficincia do mercado nagarantia adequada de produtos e servios que so necessrios sociedade.13. ERRADO. A existncia de bens pblicos, ao contrrio, impede oalcance de uma alocao tima de recursos na economia, j que,quanto ao fornecimento desses bens (que so absolutamentenecessrios numa economia), o mercado seria ineficiente.

    14. (CESPE/CONSULTOR/CMARA/2003), A ausncia de recursosprivados necessrios ao financiamento dos projetos de grandeporte em setores essenciais ao desenvolvimento pode ser

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    considerada um exemplo de mercados incompletos, justificando,pois, a participao direta do Estado nessas reas, mediante acriao dos monoplios estatais.14. CERTO. O conceito da falha de mercado chamada mercadoincompleto diz respeito impossibilidade setorizada de

    fornecimento de determinados bens, mesmo havendoconsumidores dispostos a pagar pelo consumo. Isso ocorre pelanecessidade de mobilizao de alta soma de recursos para que ofornecimento tivesse incio, envolvendo riscos e grandedisponibilidade financeira. Para suprir essa falha, e considerandoque o mercado incompleto se trata de um setor importante, oEstado pode assumir diretamente a disponibilizao dos bens eservios correlatos.

    15. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Naexistncia de um monoplio natural, ou seja, quando se

    configura situao de mercado em que o tamanho timo deinstalao e de produo de uma empresa suficientementegrande para atender todo o mercado, o Estado poderesponsabilizar-se diretamente pela produo do bem ou doservio.15. CERTO. Como o monoplio natural nas mos de atores privadosafastaria um dos principais mecanismos de autorregulaoeconmica a concorrncia , o funcionamento do mercado nose daria de forma equilibrada. Com isso, monoplios naturaisno podem servir apenas obteno de lucro pelo agente

    fornecedor responsvel. Da a necessidade de intervenoestatal, ora na regulao, ora na assuno direta do monoplio.

    16. (CESPE/ANALISTA/TJCE/2008), No perodo ps-privatizao, opapel do Estado modificou-se, dado que, para vrios servios deutilidade pblica como telecomunicaes e eletricidade ,passou de provedor ou produtor do servio para agenteregulador, atuando na fiscalizao do setor no que diz respeito fixao dos preos e quantidade e qualidade dos serviosoferecidos.16. CERTO. A dcada de 90 trouxe ao Brasil uma mudana no papeldo Estado quanto a setores estratgicos da economia, em que,historicamente, tinha assumido o provimento de bens e servios.Com as privatizaes das estatais atuantes nesses setores, opoder pblico buscou fortalecer suas funes regulatrias,criando, tambm a esse tempo, diversas agncias reguladoras.

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    17. (CESPE/ESPECIALISTA/ANAC/2009), Entre os aspectos positivosdo processo de privatizao brasileiro, no passado recente,incluem-se, alm das melhorias de eficincia das empresasprivatizadas, o fato de que ele impediu que os elevados deficitsprimrios pressionassem a dvida pblica e garantiu, ainda, o

    financiamento parcial dos desequilbrios externos.17. CERTO. Com a transferncia do controle de estatais iniciativaprivada, o governo federal pde reduzir o volume de despesastransferidas a essa categoria de empresas, com a consequentemelhora do resultado primrio.

    18. (CESPE/ESPECIALISTA/ANEEL/2010), A identificao de vriostipos de vcios ou imperfeies do mercado tem ensejado umasrie de intervenes governamentais regulatrias, o que, noBrasil, est em coerncia com o prprio texto constitucional, queestabelece, como um dos princpios da ordem econmica, a livre

    concorrncia. No caso de servios pblicos, a concesso aempresas privadas uma das formas de o governo transferirpara terceiros toda a responsabilidade pelo atendimento populao em condies de livre mercado.18. ERRADO. A concesso de servios a atores privados no leva aofornecimento desses servios em condies de livre mercado,tendo em vista a existncia de marcos regulatrios, segundo osquais o ente pblico se compromete a manter a fiscalizao e ocumprimento de determinadas clusulas, com o fito decompatibilizar o interesse pblico com o ganho econmico das

    concessionrias.

    19. (CESPE/ANALISTA/PREVIC/2011), As necessidades sociais nopodem ser atendidas pelos mecanismos convencionais domercado, visto que a elas no se aplica o princpio da excluso e,em tais situaes, os bens e servios so consumidos por todosem quantidades iguais. Tais necessidades sociais tm de serfinanciadas por via oramentria.19. CERTO. A questo retrata a principal justificativa para ainterveno estatal nas atividades econmicas. A constatao defalhas prprias dos mecanismos de mercado leva tentativa desua correo ou amenizao por meio de aes governamentais,financiadas pelo oramento anual.

    20. (CESPE/AGENTE/ABIN/2010), As externalidades positivas ounegativas so os efeitos diretos e indiretos sobre determinadosagentes do sistema econmico e decorrem de transaes sobre

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    as quais esses agentes no exercem controle.20. CERTO. As atividades econmicas dos atores, em determinadosistema, geram efeitos diretos e indiretos sobre os demais. Taisefeitos podem ser positivos, potencializando o bem-estar alheio,ou negativos, diminuindo-o. Como dito no enunciado, os agentes

    no exercem controle sobre as externalidades, pelo fato de noserem fenmenos produzidos intencionalmente.

    21. (CESPE/ANALISTA/ANATEL/2004), Em determinado mercado, aexistncia de custos fixos elevados, bem como a presena deexternalidades e de assimetrias de informao, impe restries adoo do paradigma competitivo, fazendo que a fixao deesquemas regulatrios contribua para aumentar os nveis deeficincia nesses mercados.21. CERTO. A questo mencionou alguns tipos de falhas de mercado,cujos impactos negativos podem ser diminudos mediante a

    interveno estatal.

    22. (CESPE/ANALISTA/ANA/2006), Em razo da existncia deimportantes economias de escala, decorrente, em parte, daexistncia de elevados custos fixos, a monopolizao dossistemas de abastecimento de gua pode aumentar a eficincia ereduzir os custos mdios de produo e proviso da guatratada, comercializada por esses sistemas.22. CERTO. Trata-se de uma hiptese de monoplio natural, em quea pulverizao da oferta por meio de vrios agentes levaria a um

    aumento do custo mdio do bem, em razo da deseconomia deescala produzida. Nessas condies, visando manuteno dopreo em nveis reduzidos, torna-se mais conveniente amanuteno da oferta em poder de poucos atores.

    23. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2007), No mercado de telefonia, apresena de custos fixos elevados e de assimetrias deinformao limita a competio e exige a adoo de um marcoregulatrio para a reduo das perdas relativas a bem-estar.23. CERTO. Assim como no fornecimento de gua e de energia, nosetor de telefonia tambm no h vantagens econmicas napulverizao da oferta. Dessa forma, o mercado concentrado nasmos de poucos agentes demanda a regulao pelo Estado, demodo a compatibilizar as pretenses de lucro dos fornecedorescom o bem-estar dos consumidores.

    24. (CESPE/ACE/TCU/2008), A teoria de finanas pblicas consagra

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    ao Estado o desempenho de trs funes primordiais: alocativa,distributiva, e estabilizadora. A funo distributiva deriva daincapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens eservios de consumo coletivo. Como esses bens e servios soindispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar

    recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer suademanda.24. ERRADO. Apesar de a questo ter indicado corretamente as trsfunes clssicas do Estado, a descrio feita na segunda partedo enunciado corresponde funo alocativa.

    25. (CESPE/ANALISTA/TST/2008), O oramento pblico passa a serutilizado sistematicamente como instrumento da poltica fiscal dogoverno a partir da dcada de 30 do sculo XX, por influncia dadoutrina keynesiana, tendo funo relevante nas polticas deestabilizao da economia, na reduo ou expanso do nvel de

    atividade.25. CERTO. Segundo a concepo de John Maynard Keynes,economista britnico, o Estado deveria assumir as rdeas daeconomia nacional a fim de combater crises e manter odesenvolvimento equilibrado, ora acelerando, ora diminuindo oaquecimento da economia.

    26. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Aspolticas keynesianas defendem a presena do Estado naeconomia, por meio da implementao de polticas indutoras de

    investimentos e geradoras de renda e emprego, combinadas compolticas de contedo redistributivo.26. CERTO. Principalmente para momentos de crise, em que omercado no conseguiu sustentar o desenvolvimento equilibradoda economia, as teorias keynesianas foram entendidas comorecomendadas, a fim de se obterem os resultados descritos noenunciado.

    27. (CESPE/AUFC/TCU/2009), Em pocas de estagnao e recessoeconmica, as concepes keynesianas tm dado suporte flexibilizao na aplicao do princpio do equilbrio oramentrio,defendendo, inclusive, um maior endividamento pblico,possibilitando uma utilizao intensiva de recursos ociososesterilizados por agentes econmicos privados.27. CERTO. Segundo a teoria keynesiana, o Estado, no intuito desuperar momentos de crise econmica, poderia assumir,inclusive, altos nveis de endividamento, a fim de canalizar

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    recursos eventualmente ociosos para o desenvolvimento deatividades pblicas.

    28. (CESPE/ANALISTA/ANEEL/2010), Uma das atribuieseconmicas governamentais a de promover ajustamentos na

    alocao de recursos, por exemplo, nas atividades relacionadas expanso da infraestrutura econmica. A intervenogovernamental justificada pela ausncia de condies nomercado que assegurem maior eficincia na utilizao dosrecursos econmicos.28. CERTO. Muitas vezes, nesse assunto, o prprio vocabulrio dasquestes indica qual funo governamental est sendofocalizada. No caso, a alocao de recursos refere-se funoalocativa, que trata das decises sobre quais setores serofavorecidos com a aplicao de recursos pblicos.

    29. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2007), Na insuficincia de capitaisprivados, investimentos estatais na produo de eletricidade e deoutros tipos de infraestrutura, indispensveis ao crescimentoeconmico, fazem parte da funo alocativa do governo.29. CERTO. As decises governamentais sobre em que setoresaplicar os recursos arrecadados dos particulares, em nome dobenefcio comum, fazem parte da funo alocativa.

    30. (CESPE/TCNICO/TRE-MG/2008), A chamada funoestabilizadora exercida pelo governo visa o provimento de bens

    pblicos para todos os consumidores, em face das imperfeiesinerentes prpria lgica de mercado, que determina o tipo e aquantidade de bens pblicos a serem ofertados populao.30. ERRADO. A descrio feita na questo refere-se funoalocativa, no estabilizadora.

    31. (CESPE/ANALISTA/TST/2008), A utilizao da polticaoramentria para os propsitos de estabilizao econmicaimplica promover ajustes no nvel da demanda agregada,expandindo-a ou restringindo-a, e provocando a ocorrncia dedeficits ou superavits.31. CERTO. A funo estabilizadora objetiva manter o equilbriosobre o nvel de preos e sobre a oferta de empregos, a partir donvel de demanda que o governo exerce sobre a economia.

    32. (CESPE/ANALISTA/PREF. VITRIA/2008), A adoo dos sistemasde imposto de renda progressivo, alm de refletir a funo

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    distributiva do governo, contribui para estabilizar a economia.32. ERRADO. A adoo de um sistema progressivo de imposto derenda explicita diretamente somente o exerccio da funodistributiva. No se garante, apenas com isso, a estabilizaoeconmica.

    33. (CESPE/TCNICO/TRE-MG/2008), O governo pode realizarajustamento na redistribuio da renda e da riqueza do pasutilizando instrumentos como transferncias, impostos esubsdios. Por exemplo, o Estado pode tributar indivduos de altarenda e utilizar os recursos captados para o financiamento deprogramas para a parcela de baixa renda da populao.33. CERTO. Est sendo descrito um dos mecanismos deredistribuio de renda, a partir do sistema tributrio. Sistemasditos progressivos promovem esse tipo de efeito, canalizandorecursos das faixas mais abastadas para as menos favorecidas.

    34. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Odesenvolvimento do sistema de seguridade social no Brasil apsa Constituio Federal de 1988 um exemplo do cumprimentoda funo distributiva do governo.34. CERTO. Segundo a literatura, a CF/88 e as leis que a seguirampromoveram ajustes at mais do que razoveis relativamente funo distributiva, favorecendo, no tocante previdncia,pessoas que no haviam contribudo para o sistema, bem comocriando uma srie de benefcios.

    35. (CESPE/ANALISTA/TJCE/2008), Polticas fiscais expansionistasimplementadas mediante reduo de impostos e aumento degastos pblicos ilustram a funo estabilizadora do governo.35. CERTO. A funo estabilizadora reflete-se na utilizao dapoltica econmica do governo para aumentar ou diminuir ademanda agregada, para manter equilibrados o nvel de preos ea oferta de emprego, em conformidade com a tendncia depresso ou ao aquecimento da economia.

    36. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Aspolticas pblicas do Estado, principalmente a monetria e afiscal, com vistas a promover um alto nvel de emprego naeconomia, so exemplos da funo estabilizadora exercida pelogoverno.36. CERTO. A funo estatal relacionada manuteno de um nvelsustentvel de empregos na economia a estabilizadora, para a

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    qual concorrem vrios mecanismos.

    37. (CESPE/TCNICO/TRE-MG/2008), O oramento pblico umimportante instrumento da poltica de estabilizao econmica.Por isso, no se recomenda a realizao de mudanas nas

    receitas e nas despesas pblicas, visando o controle da inflao edo crescimento econmico.37. ERRADO. Ao contrrio: mudanas na poltica fiscal soinstrumentos apropriados para a estabilizao econmica, para ocontrole inflacionrio e do crescimento econmico.

    38. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Por meioda poltica alocativa, o governo pode reduzir os gastos pblicos,com o objetivo de inibir o consumo na sociedade, e elevar aalquota de impostos, visando assegurar o controle dos preos naeconomia.38. ERRADO. As caractersticas explicitadas no enunciado dizemrespeito funo estabilizadora do Estado, no funoalocativa.

    39. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. SADE/2008), Entre asfunes essenciais do governo est a chamada funodistributiva, ou seja, a capacidade de intervir no mercado pormeio da variao dos gastos pblicos ou da arrecadao deimpostos, de forma a equilibrar os excessos ou insuficincias dademanda agregada.

    39. ERRADO. Novamente, a descrio do enunciado corresponde funo estabilizadora do Estado.

    40. (CESPE/AUDITOR/PREF. LIMEIRA/2006), A indivisibilidade noconsumo dos bens pblicos, decorrente do seu carter de noexclusode qualquer indivduo, resulta em que o consumo decada indivduo igual ao total da produo.40. CERTO. Bens pblicos so conceituados como aqueles cujoconsumo pela populao d-se de forma indivisvel e no rival. Aindivisibilidade do consumo de um bem se refere ao fato de suasparcelas, consumidas pelos cidados, no serem passveis demensurao, de forma que sua disponibilidade favorece de formahomognea os beneficirios ou, falando de outra forma, osbens pblicos so disponibilizados por inteiro para todos osbeneficirios. A rivalidade do consumo consiste na diminuio dadisponibilidade de um bem a partir do momento em que umbeneficirio dele se utiliza; no caso dos bens pblicos, o usufruto

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    por parte de um beneficirio no implica a reduo da ofertarelativamente a outros. Com essas caractersticas, osmecanismos bsicos do mercado no funcionam a contento, pelaimpossibilidade de fixar um preo dos bens pblicos e de atribuira cada beneficirio a parcela respectiva de seu consumo.

    41. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008), No obstante as discusses sobrea redefinio das funes do Estado moderno, no est emquesto o seu papel na produo dos bens pblicos. Aos benspblicos tradicionais, que compreendem a defesa, a justia e asegurana, tm-se agregado crescentemente novas reas, entreas quais se destacam a proteo e o trato das questesambientais.41. CERTO. A preservao ambiental figura atualmente como um dosprincipais bens pblicos ofertados, somando-se aos itensclssicos listados no enunciado da questo.

    42. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Umadiferena essencial entre o bem pblico e o bem privado dizrespeito excluso de determinados indivduos do consumodesse bem. Na medida em que o Estado regula a produo deum bem privado, assegurando sua oferta pelo mercado, todos osindivduos podero consumi-lo, sem excluso.42. ERRADO. Mesmo que o fornecimento de um bem privado sejafavorecido pela ao do poder pblico, aumentando suadisponibilidade, suas caractersticas bsicas permanecem

    inalteradas: no consumo, haver rivalidade/excluso (diminuioda quantidade disponibilizada medida que ocorre o consumo), edivisibilidade (possibilidade de mensurao da parcela consumidapor cada beneficirio).

    43. (CESPE/CONTADOR/SEAD-PA/2004), Denominam-se benspblicos semipblicos ou meritrios aqueles que possuemcaractersticas de bens privados e que so oferecidos por meiode mecanismos prprios do sistema de mercado, porm emquantidade insuficiente para atender demanda. Como anatureza privada desses bens tem menor importncia que suautilidade social, em funo das externalidades desejveis queprovocam na economia (mrito social), o governo aloca recursospblicos em sua proviso, visando garantir a complementaonecessria satisfao das necessidades da sociedade.43. CERTO. Os bens semipblicos ou meritrios, cujos exemplosclssicos so a sade, a educao e a previdncia social, tm

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    natureza e todas as caractersticas de bens privados, tanto quepodem ser fornecidos por atores privados. Entretanto, por suarelevncia social, tm seu fornecimento favorecido pela aogovernamental, a exemplo dos bens pblicos.

    44. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010), Acaracterstica essencial dos bens semipblicos seu elevadocontedo de externalidades. Isso significa que os benefciosadvindos de seu consumo no so totalmente internalizados peloindivduo que consome esses bens, espalhando-se uma parcelaconsidervel desses benefcios por toda a coletividade.44. CERTO. A produo de externalidades positivas, com efeitosabrangentes a toda a sociedade, a principal razo do fomentopblico produo de bens meritrios.

    45. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009), O sistema tributrio deve ser

    estruturado de forma a interferir ao mximo na alocao derecursos da economia.45. ERRADO. Um dos princpios bsicos da tributao o daneutralidade, segundo o qual a cobrana de tributos deveinterferir o mnimo possvel nas decises econmicas dos atoresprivados.

    46. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009), O conceito da eficcia datributao estabelece que o sistema tributrio no provoque umadistoro na alocao dos recursos.

    46. ERRADO. O esforo de evitar distores na alocao dos recursosnuma economia tem a ver com o princpio tributrio daneutralidade.

    47. (CESPE/ANALISTA/TRE-MT/2010), O tributo que tem por fatogerador uma situao independente de qualquer atividadeestatal especfica relativa ao contribuinte denominado imposto.47. CERTO. O enunciado reproduz o conceito de imposto institudono Cdigo Tributrio Nacional (Lei 5.172/66). Os recursosdecorrentes da arrecadao de impostos, como regra, no sevinculam prestao de servios ou oferta de bens pblicos populao, podendo ser cobrados independentemente daprestao dessas aes governamentais.

    48. (CESPE/ESPECIALISTA/ANEEL/2010), Contribuio o tributocuja obrigao tem por fato gerador uma situao independentede qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte.

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    48. ERRADO. O conceito referido no enunciado o de imposto, no ode contribuio.

    49. (CESPE/ANALISTA/PREVIC/2011), Os impostos cobrados pelaUnio, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municpios, no

    mbito de suas respectivas competncias, so tributos cujaobrigao tem por fato gerador uma situao independente dequalquer atividade estatal especfica relativa ao contribuinte.Portanto, o Estado no fica vinculado a nenhumacontraprestao para o contribuinte que pagou o referidoimposto.49. CERTO. Como dito, a cobrana de impostos no gera para ocontribuinte o direito de receber qualquer contraprestao porparte do ente pblico arrecadador.

    50. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), Alguns servios pblicos so

    prestados somente quando solicitados, caso em que suaremunerao feita pelos indivduos que deles se beneficiemdiretamente.50. CERTO. A prestao de certos servios pblicos tem, por vezes,sua demanda mais localizada ou restrita a determinado grupo, oque exige outras formas de custeamento, diferentes da cobranaampla e genrica prpria dos impostos. Assim, a arrecadaodos recursos necessrios, nesses casos, no pode ocorrermediante a cobrana de impostos, mas de outras espciestributrias (tipicamente, taxas).

    51. (CESPE/ESPECIALISTA/ANTAQ/2009), As taxas cobradas pelosestados, no mbito de suas respectivas atribuies, podem tercomo fato gerador a utilizao, efetiva ou potencial, de serviopblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte.51. CERTO. O enunciado reproduz parte do conceito legal de taxa,trazido pelo Cdigo Tributrio Nacional. Para a cobrana detaxas, uma das hipteses legais a utilizao (que no precisaser efetiva, bastando a possibilidade de utilizao), de serviospblicos especficos e divisveis prestados pelo poder pblico.

    52. (CESPE/ANALISTA/TJCE/2008), As contribuies sociais, aindaque por sua natureza se destinem a determinadas finalidades,tm sido muito utilizadas no mbito da Unio como forma deaumentar o montante e a sua participao nos recursostributrios nacionais. A no-vinculao, de acordo com a CF, seaplica apenas aos impostos.

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    52. CERTO. Conforme a CF/88, os impostos federais devem serrepartidos com os entes federados menores, mesmo aquelesimpostos que venham a ser criados futuramente. Em razodesse fato, a Unio, que perdeu parte da arrecadao tributriatotal devido ao sistema tributrio trazido pela nova constituio,

    buscou reverter a tendncia com o incremento da arrecadaoproveniente de contribuies, que no se submetem ao regimede repartio.

    53. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), De acordo com a CF, a Unio podeutilizar os recursos dos impostos federais atribudos aos estadose municpios para pagamento de seus crditos, inclusive o desuas autarquias.53. ERRADO. O enunciado distorceu o previsto no art. 160,pargrafo nico, inc. I, da CF/88, que permite Unio e aosEstados condicionar a entrega de recursos relativa repartio

    de suas receitas tributrias ao pagamento de crditos pelosentes favorecidos.

    54. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009), As contribuies nointeresse de categorias profissionais ou econmicas, conhecidastambm por contribuies corporativas, incluem as contribuiessindicais e as contribuies para os conselhos de fiscalizaoprofissional.54. CERTO. Os recursos advindos das contribuies de interesse decategorias profissionais ou econmicas so geridos pelas

    entidades responsveis pela fiscalizao da atividade profissionalrespectiva, como o caso dos conselhos federais e regionais decertas profisses.

    55. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/IPEA/2008), Os emprstimoscompulsrios somente podem ser institudos pelos estados comautorizao federal e desde que destinados a calamidadespblicas.55. ERRADO. Conforme o art. 148 da CF/88, somente a Unio podeinstituir emprstimos compulsrios, ora para atender a despesasextraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerraexterna ou sua iminncia, ora para custear investimentospblicos de carter urgente e relevante interesse nacional.

    56. (CESPE/ANALISTA/TCE-AC/2006), O valor arrecadado pelopagamento das contribuies de melhoria no poder sersuperior ao custo total da obra.

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    56. CERTO. Nos termos do art. 81 do Cdigo Tributrio Nacional, aarrecadao decorrente de contribuio de melhoria tem comolimite a despesa total realizada e assumida pelo ente pblico.

    57. (CESPE/ACE/TCE-TO/2008), Os impostos extrafiscais so aqueles

    que possuem como primacial funo carrear disponibilidadesfinanceiras aos cofres pblicos.57. ERRADO. Ao contrrio: os impostos extrafiscais caracterizam-sepor atender primordialmente a outros interesses pblicos, queno o de arrecadar recursos ao errio. Por exemplo, um impostopode ter preponderantemente fins regulatrios, ou fiscalizatrios.

    58. (CESPE/ESPECIALISTA/ANTAQ/2009), Os tributos no tmapenas finalidade fiscal, que arrecadar recursos para o Estado,pois algumas espcies tributrias tm finalidade extrafiscal, quetem o escopo de estimular ou desestimular o uso ou consumo dedeterminados produtos ou mercadorias.58. CERTO. A imposio de tributos relativamente a determinadosfatores pode favorecer ou desestimular comportamentos doscontribuintes, o que revela o carter extrafiscal de tais tributos.A ttulo de exemplo, a CF/88 desestimula a posse de propriedadeurbana sem utilizao ou edificao, prevendo a aplicao deIPTU progressivo no tempo (art. 182, 4, inc. II).

    59. (CESPE/ACE/TCE-TO/2008), Imposto parafiscal aquele cujafinalidade principal no arrecadatria, mas de controle da

    balana comercial, da inflao, das taxas de juros e dedesestmulo manuteno de propriedades improdutivas.59. ERRADO. A parafiscalidade caracteriza-se pela delegao dacapacidade tributria ativa a ente terceiro, no instituidor dotributo. Assim, com o fenmeno da parafiscalidade, a pessoa quearrecada o tributo no o ente pblico que detm a prerrogativaconstitucional de cobr-lo. O conceito traduzido no enunciado dizrespeito ao fenmeno da extrafiscalidade.

    60. (CESPE/ACE/TCE-TO/2008), O imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios(ICMS), classificado como imposto indireto, pois o contribuintede direito recolhe o valor devido e transfere o nus econmicopara o contribuinte de fato.60. CERTO. Os tributos so classificados como diretos ou indiretos apartir da configurao da capacidade tributria passiva. Se ocontribuinte de direito tambm o de fato, ou seja, quem

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    suporta definitivamente o nus tributrio, tem-se um tributodireto. O tributo indireto caracteriza-se pela dissociao entre ocontribuinte de direito e o de fato, j que o primeiro tem apossibilidade de transferir o encargo do nus tributrio a esteltimo como ocorre no caso do ICMS, cujo nus transferido

    pelas empresas fornecedoras de bens e servios ao consumidorfinal.

    61. (CESPE/ACE/TCE-TO/2008), Considera-se imposto regressivoaquele em que o nus da carga tributria repartido de maneirauniforme entre as vrias classes de renda da sociedade.61. ERRADO. O imposto regressivo denota uma concentrao donus tributrio sobre as parcelas da populao de menorcapacidade econmica.

    62. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010), Um imposto progressivo

    estabelece uma relao decrescente entre carga tributria erenda.62. ERRADO. Ao contrrio, um imposto progressivo revela umarelao crescente, proporcional, entre carga tributria e renda,de forma que, quanto maior a capacidade de pagamento, maioro nus tributrio.

    63. (CESPE/ESPECIALISTA/ANTAQ/2009), Taxas sujeitam-se aosprincpios tributrios, o que no ocorre com preos pblicos.63. CERTO. Entre as espcies remuneratrias da prestao de

    servios pblicos, as taxas configuram tributos, como institudona CF/88 e no Cdigo Tributrio Nacional, ao passo que preospblicos, ou tarifas, revelam uma relao comercial deconsumidor-fornecedor entre o usurio e o poder pblico.

    64. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), Alguns servios pblicos soprestados somente quando solicitados, caso em que suaremunerao feita pelos indivduos que deles se beneficiemdiretamente.64. CERTO. Servios pblicos com essas caractersticas podemjustificar a cobrana de taxas ou de preos pblicos, a depender,basicamente, da possibilidade de escolha sobre a utilizao ouno desses servios. Caso a cobrana seja compulsria, mesmoque o servio no seja efetivamente utilizado pelo contribuinte,cobra-se taxa; caso o servio seja facultativo, contratado pordeciso do consumidor, tem-se o preo pblico.

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    65. (CESPE/ANALISTA/STM/2011), Se determinado municpio criaruma taxa de fiscalizao sanitria, poder vincular o produto desua arrecadao para a constituio de um fundo especial com oobjetivo de construir uma usina de reciclagem de lixo.65. CERTO. comum, embora no obrigatrio, que os recursos

    arrecadados em virtude de taxas sejam aplicados nas atividadesrelacionadas aos servios pblicos por elas remunerados. Comoa receita de taxas no se submete ao princpio da novinculao, podendo ser vinculada a determinados fins, ahiptese trazida no enunciado factvel.

    66. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), O preo pblico se diferencia dataxa porque nasce do fornecimento de um bem e decorre de umcontrato entre as partes, ao passo que as taxas se referem aosservios.66. ERRADO. Tanto as taxas quanto os preos pblicos servem

    remunerao de servios pblicos, no de fornecimento de bens.

    67. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/IPEA/2008), Os entes das trsesferas de governo tm a competncia para instituir impostos,taxas e contribuies sociais, alm de outros tributos, nos limitesestabelecidos na Constituio Federal (CF).67. CERTO. Questo com redao polmica, j que a expressoalm de outros tributos encerra hipteses restritas competncia tributria da Unio (contribuies sociais,emprstimos compulsrios, impostos residuais...). Entretanto, a

    expresso nos limites estabelecidos na Constituio pode servir justificativa dessa redao aparentemente mais permissiva.

    68. (CESPE/TCNICO/PREF. LIMEIRA/2006), A instituio de novosimpostos prerrogativa da Unio, mas eles no podero sercumulativos.68. CERTO. A competncia residual para instituio de novosimpostos exclusiva da Unio, nos dizeres do art. 154, inc. I.Esse dispositivo exige que os eventuais novos impostos sejamno cumulativos (no incidam sobre outros impostos), e notenham fato gerador ou base de clculo prprios de outrosdiscriminados na CF.

    69. (CESPE/TCNICO/PREF. LIMEIRA/2006), O custo dapavimentao de via pblica realizada pelo Estado pode serrateado entre os proprietrios de imveis beneficiados por meiode contribuio de melhoria, que ser instituda pelo municpio.

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    69. ERRADO. Sendo a obra pblica realizada pelo estado, apenaseste ente pblico poder instituir a contribuio de melhoria paracompensar o custo empenhado.

    70. (CESPE/ANALISTA/DETRAN-PA/2006), No Brasil, as

    transferncias tributrias constitucionais entre a Unio, estados emunicpios so constitudas por repasse de parte da arrecadaopara determinado governo ou mediante a formao de fundosespeciais. Essas transferncias sempre ocorrem do governo demaior nvel para os de menores nveis, quais sejam: da Uniopara estados; da Unio para municpios; ou de estados paramunicpios.70. CERTO. A repartio das receitas tributrias instituda pela CF/88obedece ao critrio descendente, de forma que no h repassesde entes federados menores para entes maiores.

    71. (CESPE/AUDITOR/TCU/2006), O poder de tributar que a Uniodetm abrange as cinco espcies tributrias impostos, taxas,contribuies de melhoria, emprstimos compulsrios econtribuies especiais. O poder de tributar dos estados e dosmunicpios, por sua vez, restrito a impostos, taxas econtribuies de melhoria.71. ERRADO. A CF/88 prev, quanto competncia tributria deestados e municpios, a cobrana de contribuio previdenciriados respectivos servidores pblicos (art. 149, 1), bem como,no caso dos municpios e do DF, de contribuio para o custeio

    do servio de iluminao pblica (art. 149-A).

    72. (CESPE/PROCURADOR/AGU/2010), Estado da Federao temcompetncia privativa e plena para dispor sobre normas geraisde direito financeiro.72. ERRADO. O direito financeiro pertence ao rol das matrias decompetncia concorrente entre a Unio, os estados e o DF.Assim, as normas gerais sobre direito financeiro so prerrogativafederal. Somente na ausncia de lei federal sobre normas geraisa competncia dos estados e do DF seria plena (mesmo assim,no privativa, ao contrrio do que diz o enunciado).

    73. (CESPE/INSPETOR/TCE-RN/2009), No que se refere s normasgerais sobre finanas pblicas, os estados e municpios adotam odisposto em lei complementar federal.73. CERTO. No mbito da competncia concorrente, caracterstica dodireito financeiro, as normas gerais federais devem ser adotadas

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    por todos os entes federados.

    74. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009), De acordo com oentendimento do STF, a imunidade tributria recproca entre osentes da Federao, prevista na CF, aplicvel tanto aos impostos quanto s

    taxas.74. ERRADO. A imunidade tributria recproca entre os entesfederados alcana apenas os impostos, conforme estabelece oart. 150, inciso sexto, a, da CF/88.

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    CAPTULO 2.EVOLUO CONCEITUAL DO ORAMENTO PBLICO

    75. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010), O oramento clssico outradicional tem nfase naquilo que a instituio realiza, no no

    que ela gasta.75. ERRADO. O oramento clssico, entendido como o conjunto demodelos oramentrios nascidos antes do sculo XX destacando-se o ingls e o francs compreendido como umapea simples, uma listagem na qual eram indicadas asnecessidades de aquisies a serem feitas pelo governo, ao ladodas receitas que deveriam ser arrecadadas para custear taisgastos. Nesse momento da histria, o foco da pea oramentriaainda estava sobre os gastos em si, e no sobre o resultado, emtermos de realizaes, que o governo poderia obter.

    76. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010), De acordo com a concepotradicional, o oramento pblico caracterizado como meroinventrio dos meios com os quais o Estado conta para cumprirsuas tarefas, sendo as funes de alocao, distribuio eestabilizao relegadas a segundo plano.76. CERTO. A forma modesta assumida pelo oramento tradicionalno permitia que sua execuo tivesse um papel decisivo na vidaeconmica dos Estados. As funes clssicas do oramento(alocao, distribuio e estabilizao), s surgiram com aexpanso e com o aumento da relevncia dos oramentos

    relativamente s economias nacionais.

    77. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010), O oramento tradicional tinhacomo foco o controle, para que o Poder Legislativo noextrapolasse a proposta do Poder Executivo.77. ERRADO. Desde o incio, o oramento surgiu como uma propostaapresentada pelo Executivo ao Legislativo, ou, dizendo de outraforma, como um pedido de autorizao de gastos do primeiropara o segundo poder. Assim, o Legislativo exerce, desdesempre, a funo de autorizador e controlador do oramentopblico. Nesse sentido, quem poderia extrapolar a proposta,nos dizeres do enunciado, seria o prprio Executivo, responsvelpela aplicao dos recursos autorizados pelo Parlamento.

    78. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), O oramento tradicional tinhacomo funo principal a de possibilitar ao parlamento discutircom o rgo de execuo as formas de planejamento

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    relacionadas aos programas de governo, visando ao melhoraproveitamento dos recursos, com base nos aspectos relativos acusto/benefcio.78. ERRADO. As discusses relativas ao planejamentogovernamental e ao melhor aproveitamento de recursos no

    faziam parte do processo do oramento clssico. Como vimos,tratava-se de uma pea contbil simples, cujo principal objetivoera prover recursos para sustentar a ento pequena mquinaestatal.

    79. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010), Uma das virtudes do oramentotradicional era a de se programar excedentes oramentrios parao financiamento dos investimentos pretendidos.79. ERRADO. Esse perfil de planejamento pblico, com a destinaode recursos para investimentos pretendidos, no se desenvolveuno mbito do oramento clssico.

    80. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010), O oramento tradicional, aocolocar em segundo plano os aspectos jurdicos, desconsideravao critrio da neutralidade.80. ERRADO. A neutralidade um dos princpios da tributao,segundo o qual a interveno estatal na economia, retirandorecursos mediante tributos, deve ocorrer da forma menostraumtica possvel, sem influir nas decises que os atoreseconmicos tomariam na ausncia de tributao. Para que osistema tributrio seja neutro, ou o oramento pblico deve ter

    dimenso inexpressiva em relao economia nacional, ou asreceitas devem ser arrecadas quase que sem impactoseconmicos negativos sobre a produo e o consumo. No casodo oramento tradicional, dava-se a primeira hiptese.

    81. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010), Foi particularmente a partirda revoluo keynesiana que o oramento passou a serconcebido como instrumento de poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou retrao da atividade econmica.81. CERTO. A revoluo keynesiana diz respeito adoo, pordiversos pases, das ideias de Keynes, economista britnico,segundo o qual o Estado deveria intervir maciamente naeconomia nacional em favor do enfrentamento de criseseconmicas. No perodo posterior Segunda Guerra Mundial, oiderio keynesiano baseou, por exemplo, a reconstruo e odesenvolvimento dos pases ocidentais. A partir desseentendimento terico, o oramento pblico passa a terimportncia vital, j que o principal instrumento de interveno

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    estatal na poltica fiscal (obteno de receitas e execuo dedespesas pblicas).

    82. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010), O oramento modernonasceu sob a gide do primado dos aspectos econmicos,

    deixando em segundo plano as questes atinentes programao.82. ERRADO. A evoluo do oramento tradicional para o oramentomoderno envolveu a sofisticao na forma de entender o papeldas finanas pblicas at pelas funes mais numerosas que ogoverno foi ganhando em relao poca do domnio doliberalismo. Nesse novo contexto, os gastos pblicos passaram aser executados a partir de objetivos a alcanar, traofundamental do planejamento oramentrio, ou, como diz oenunciado, da programao.

    83. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010), O oramento de desempenhoest dirigido mais para os produtos gerados pela administraopblica que pelos resultados propriamente ditos.83. ERRADO. O oramento de desempenho, surgido nas primeirasdcadas do sculo XX, principalmente a partir das experinciasnos EUA, marcou a transio de contedo entre o oramentotradicional e o moderno. Buscava-se caracterizar a peaoramentria como um documento indicador de projetos eresultados pretendidos pelo governo, alm da esperadaevidenciao contbil de receitas e despesas.

    84. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010), No oramento dedesempenho, em sua concepo mais recente, os produtosobtidos pela ao governamental so muito mais relevantes queos resultados econmicos e sociais alcanados.84. ERRADO. O fundamento da questo o mesmo da anterior: ooramento de desempenho elaborado a partir dos resultadospretendidos pela Administrao, sem que os itens concretos deaquisio pelo governo ocupem papel de destaque.

    85. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010), O oramento por desempenho

    caracteriza-se pela forte vinculao ao sistema de planejamento.85. ERRADO. Embora j seja formatado a partir das concepes deplanejamento administrativo, o oramento de desempenho, emseu momento histrico, ainda no se originava de um sistema deplanejamento centralizado e de atuao prvia elaborao daproposta oramentria. Como vimos, sua preocupao repousavasobre os resultados a serem obtidos pelo governo. Assim, grosso

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    modo, o oramento de desempenho focava sobre as fases finaisdo processo de planejamento (realizao avaliao), o queviria a ser alterado com o predomnio da tcnica do oramentoprograma.

    86. (CESPE/CONTADOR/AGU/2010), O oramento de desempenho,

    voltado para a definio dos propsitos e objetivos prprios doscrditos oramentrios, corresponde ao que, nos dias de hoje, seconvencionou chamar de oramento-programa.86. ERRADO. O oramento-programa se refere a mais um salto naevoluo da pea oramentria, superando o oramento dedesempenho no tocante participao da sistemtica deplanejamento no processo.

    87. (CESPE/TCNICO/STM/2011), O oramento de desempenho amais recente evoluo do oramento-programa, fruto daspresses sociais por servios pblicos de melhor qualidade e por

    mais transparncia na gesto pblica.87. ERRADO. Como visto, o oramento-programa um estgioposterior ao chamado oramento de desempenho.

    88. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010), O PPA, no Brasil, umademonstrao da aplicao do sistema de planejamento,programao e oramento (PPBS), inspirado no modelo norteamericanode oramento pblico. Assim, na elaborao da leioramentria, a nfase dada s necessidades financeiras dasunidades organizacionais.

    88. ERRADO. O processo oramentrio brasileiro , realmente,baseado no conceito de oramento-programa, de raiz norteamericana.O PPBS americano, referido na questo, levava acabo a atividade massiva de planejamento, como condio elaborao oramentria. Assim, no se enfocam asnecessidades financeiras das unidades organizacionais, mas anecessidade de recursos para atender aos programasinstitucionalizados.

    89. (CESPE/ANALISTA/MDS/2006), Na concepo do Sistema dePlanejamento, Programao e Oramento (PPBS), orientado para

    o planejamento, a anlise das alternativas um requisito-chave.Sempre que possvel, devem ser cotejadas alternativas, deforma a possibilitar a identificao daquela que for maisvantajosa em termos de eficcia e de economia.89. CERTO. Faz parte do planejamento a atividade de avaliao daslinhas de ao escolhidas, para que eventuais alternativas maisvantajosas no sejam ignoradas. Um dos indicativos de avano

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    num sistema oramentrio o nvel (quantidade/qualidade), daavaliao do processo.

    90. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2007), O oramento-programa,originalmente sistema de planejamento, programao e

    oramentao, foi introduzido nos Estados Unidos da Amrica nofinal da dcada de 50, sob a denominao de PlanningProgramning Budgeting System (PPBS).90. CERTO. O PPBS, experincia americana, tido como o grandepredecessor da tcnica de oramento-programa adotadaamplamente nos dias de hoje.

    91. (CESPE/TCNICO/STM/2011), O oramento-programa objetivafacilitar o planejamento governamental.91. CERTO. O oramento-programa um sistema que parte dasprioridades governamentais e das possibilidades de

    financiamento para realizar uma correlao entre os recursos eas necessidades. Alm disso, integra tambm processos deavaliao e controle, de modo a verificar o quanto so atingidosos objetivos inicialmente fixados. Com um sistema desseseficientemente instalado, a atividade de planejamentogovernamental pode protagonizar efetivamente a conduo daspolticas pblicas.

    92. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2010), Uma das vantagens dooramento-programa em relao ao oramento tradicional a

    possibilidade de se conjugar a formulao do oramento aoplanejamento governamental.92. CERTO. O grande diferencial do oramento-programa em relaoaos estgios anteriores a preponderncia do planejamentogovernamental na elaborao dos planos e oramentos.

    93. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010), No oramento-programa, aalocao dos recursos est dissociada da consecuo dosobjetivos.93. ERRADO. O certo justamente o contrrio: no oramentoprograma,os objetivos so fixados previamente, antes daalocao dos recursos.

    94. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010), O oramento moderno configura-secomo instrumento de interveno planejada do Estado naeconomia para a correo de distores e o incentivo aodesenvolvimento econmico. No Brasil, a adoo de uma

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    estrutura oramentria embasada em programas, projetos eatividades, a partir da CF, representou importante passo emdireo modernizao do sistema oramentrio brasileiro.94. ERRADO. Como registrado pelo professor James Giacomoni(Oramento Pblico, ed. Atlas), a rea federal (...), j a partir de

    1967, passou a apresentar o oramento com a classificaofuncional substituda por outra formada por programas esubprogramas, sendo estes ltimos subdivididos em projetos eatividades.

    95. (CESPE/AGENTE/ABIN/2010), Embora a Lei de ResponsabilidadeFiscal tenha enfatizado os programas e metas do governo, aideia do oramento-programa j vem sendo empregada desde oincio dos governos militares.95. CERTO. Como visto, as primeiras experincias brasileiras com ooramento baseado em programas datam da dcada de 60, com

    o progressivo amadurecimento e expanso nas dcadasposteriores. A CF/88, instituindo um sistema oramentriobaseado no planejamento de mdio prazo (materializado no PPA)e na definio de prioridades a cada ano (disciplina da LDO),solidificou a tcnica de oramento-programa.

    96. (CESPE/INSPETOR/TCE-RN/2009), A metodologia de elaboraodo oramento-programa foi introduzida no Brasil depois dapromulgao da CF e rompeu completamente com a prtica dediscriminar os gastos pblicos de acordo com o tipo de despesa a

    ser realizada.96. ERRADO. Novamente, o oramento-programa teve seusurgimento no Brasil durante o perodo militar, mas ganhou maisfora a partir da sistemtica trazida pela CF/88.

    97. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), De acordo com o conceito deoramento-programa, devem-se valorizar o gasto pblico e oque o governo adquire, em detrimento do que se pretenderealizar.97. ERRADO. Nos sistemas oramentrios modernos, as realizaesdo governo (em conjunto com sua medio), so o principalobjeto de preocupao das anlises. As aquisies feitas com osrecursos oramentrios so apenas meios, de modo que suamera consecuo no representa agregao de qualidade aogasto pblico.

    98. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008), O oramento tradicional aquele

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    que apresenta os objetivos e metas, identifica os custospropostos para alcanar tais objetivos e os dados quantitativosque medem as realizaes e os trabalhos realizados.98. ERRADO. A descrio trazida pela questo se refere aooramento-programa, com caractersticas bastante distanciadas

    do oramento tradicional.99. (CESPE/ANALISTA/STM/2011), O oramento popularmentechamado de lei de meios, porque seu objetivo principal discriminar em suas tabelas e anexos quais os meios que ogoverno deve utilizar para atingir os seus fins.99. ERRADO. O enunciado da questo se aplica ao oramentoclssico de 200 anos atrs, cuja substncia consistia dos meiosutilizados pela administrao pblica para seu funcionamento.

    100.(CESPE/ANALISTA/ICMBIO/2008), Enquanto, no oramento por

    desempenho, a alocao de recursos visa consecuo deobjetivos e metas relacionados ao planejamento, no oramentoprograma,visa aquisio de meios.100. ERRADO. Mais uma inverso de caractersticas entre sistemasoramentrios: a aquisio de meios foco do oramentoclssico.

    101.(CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. SADE/2008), A definioclara e precisa dos objetivos uma condio essencial para aadoo do oramento-programa. O maior nmero de pacientes

    atendidos e a possibilidade de eles serem tratados nascomunidades em que j residem, por exemplo, no constituempropriamente o objetivo de um novo programa, mas aconstruo de novos postos de sade, sim.101. ERRADO. certo dizer que a definio de objetivosgovernamentais condio essencial para o oramentoprograma,j que se trata de um ponto de partida para odimensionamento das despesas e a atribuio dos recursospossveis. Entretanto, no exemplo dado pela questo, houveinverso entre meios e objetivos. O aumento do nmero depacientes atendidos e a possibilidade de tratamento local so

    objetivos a serem perseguidos por um ente governamental, narea da sade; a construo de novos postos de sade apenasum meio, uma forma de possibilitar aqueles objetivos.

    102.(CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008), A necessidade de definioclara e precisa dos objetivos governamentais condio bsicapara a adoo do oramento-programa. No caso, por exemplo,

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    de tornar-se um rio navegvel, sero necessrias indicaessobre os resultados substantivos do programa, que envolveroinformaes, tais como reduo no custo do transporte ediminuio dos acidentes e das perdas com a carga.102. CERTO. Na hiptese levantada, o objetivo do programa (tornar

    um rio navegvel), deve ser definido a partir de informaesaferveis, que permitam medir o quanto j foi alcanado desseobjetivo. A essas informaes d-se o nome de indicadores.

    103.(CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2007), A definio clara deobjetivos condio bsica para o oramento-programa. Umprograma na rea de sade, por exemplo, estaria mais bemjustificado se, em vez de apontar o nmero de hospitais a seremconstrudos ou ambulatrios a serem instalados, indicasse onmero de novos pacientes a serem atendidos ou de novosatendimentos a serem realizados.

    103. CERTO. Mais uma questo referente a um exemplo deprograma hipottico; no caso, o nmero de atendimentos, comoobjetivo de governo, justifica mais um programa na rea dasade do que a construo de hospitais ou ambulatrios (meios),j que este ltimo ponto s faz sentido em funo da existnciadaquele primeiro.

    104.(CESPE/TCNICO/STM/2011), Os objetivos e propsitos, osprogramas e seus custos e as medidas de desempenho socomponentes essenciais do oramento-programa.

    104. CERTO. A questo relacionou diversos itens imprescindveis instalao do sistema do oramento-programa, que j vimos emcomentrios anteriores. O ciclo dessa tcnica parte dos objetivose volta a eles, no sentido de avaliar se o desempenhooramentrio permitiu sua concretizao.

    105.(CESPE/ANALISTA/TJ-ES/2011), Os processos de planejamento ede programao so dissociados no oramento tradicional; j astcnicas utilizadas na elaborao do oramento-programaprimam pelo oramento como elo entre o planejamento e asfunes executivas da organizao.

    105. CERTO. Enquanto que, no oramento tradicional, planejamentoe programao so incipientes, na tcnica do oramentoprogramaeles so conectados aos resultados pretendidos peloente pblico, justamente a partir da execuo oramentria.

    106.(CESPE/AGENTE/ABIN/2010), O oramento-programa discriminaas despesas segundo sua natureza, dando nfase aos fins, de

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    modo a demonstrar em que e para que o governo gastar equem ser responsvel pela execuo de seus programas.

    106. CERTO. A novidade em relao aos comentrios anteriores aapario de classificaes oramentrias (por natureza e por

    agente), que auxiliam na implementao do oramentoprograma.Para que as atividades sejam distribudascoerentemente entre agentes responsveis e para que asdespesas sejam dimensionadas no tocante ao efeito econmico,so utilizadas codificaes relativas s referidas classificaes.

    107.(CESPE/ANALISTA/INMETRO/2007), Na elaborao dooramento-programa, no deve haver preocupao quanto mensurao das operaes a cargo do governo.107. ERRADO. Pelo contrrio: a mensurao do alcance dos objetivos vital na tcnica do oramento-programa. dessa forma que se

    verifica a funcionalidade dos programas executados, com apossibilidade de melhorar debilidades ou substituir aes dedesempenho insatisfatrio.

    108.(CESPE/ANALISTA/ANS/2005), Na metodologia atual deelaborao do oramento federal, o programa constitudo deaes que tm por finalidade combater as causas do problemade determinado pblico-alvo, devendo existir relao consistentede causa e efeito entre o problema a resolver e os atributos doprograma.

    108. CERTO. Obviamente, deve haver relao de causa e efeito entreo problema a resolver e o programa que se prope a resolv-lo.Da a importncia da mensurao da efetividade das aesoramentrias: apenas com medidas confiveis de desempenhopode-se afirmar que um programa bem-sucedido e merececontinuar na base de operaes do governo nos moldes em que executado.

    109.(CESPE/AUFC/TCU/2009), Um dos desafios do oramentoprograma a definio dos produtos finais de um programa detrabalho. Certas atividades tm resultados intangveis e que,

    particularmente na administrao pblica, no se prestam medio, em termos quantitativos.109. CERTO. Uma dificuldade relativa ao oramento-programaaparece quando os resultados de uma ao no so passveis demensurao. Como o oramento-programa se pauta pelamedio fsica do atingimento dos objetivos de governo,situaes desse gnero no permitem que a tcnica seja aplicada

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    de forma confivel em diversos casos.

    110.(CESPE/ANALISTA/TST/2008), A principal caracterstica dooramento-programa, em contraposio com os oramentostradicionais, a nfase no objetivo e no no objeto do

    gasto. Em organizaes mais simples, que desempenham umanica funo, a indicao do objeto do gasto ou a natureza dadespesa suficiente para se identificar, ainda que indiretamente,o objetivo dos dispndios realizados pela unidade responsvel.110. CERTO. Se, numa organizao simples, apenas uma funo desempenhada, fica mais fcil visualizar o objetivo perseguidopelas aes oramentrias a partir dos objetos de gasto, emrazo da ligao direta entre esses polos.

    111.(CESPE/ANALISTA/TCE-TO/2008), Oramento programa ooramento clssico, confeccionado com base no oramento do

    ano anterior e acrescido da projeo de inflao.111. ERRADO. Ignorando o evidente erro da comparao inicial noenunciado, vale destacar a tcnica de atualizao oramentriaindicada. A simples renovao do oramento, com ajustesrelativos projeo de inflao, sem modificaes decorrentesda avaliao dos resultados das aes do governo, caracteriza ochamado incrementalismo oramentrio, no qual os gastospersistem pelo fato de j estarem em execuo. Com isso,despesas novas tm maior dificuldade de serem assumidas pelopoder pblico (inrcia oramentria).

    112.(CESPE/ANALISTA/TST/2008), O oramento-programa sediferencia do oramento incremental pelo fato de que este ltimopressupe uma reviso contnua da estrutura bsica dosprogramas, com aumento ou diminuio dos respectivos valores.112. ERRADO. A reviso dos programas, com a avaliao danecessidade de aumento ou diminuio dos respectivos valores,est mais prxima do oramento-programa que do oramentoincremental, em razo das atividades de avaliao maispresentes na tcnica mais moderna.

    113.(CESPE/AUDITOR/TCU/2006), O oramento-programa substituivantajosamente o oramento incremental visto que permite umareviso na estrutura dos programas de governo, inclusive quanto importncia relativa de cada um deles na composio dooramento pblico.113. CERTO. Mais uma vez, destaca-se a caracterstica dooramento-programa relacionada avaliao e reviso dos

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    programas. Isso permite a percepo do desempenho relativo eda progressiva relevncia de cada um deles na agendagovernamental.

    114.(CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. SADE/2008), Entre os mais

    crticos ou cticos integrao entre planejamento e oramento,destacam-se os que veem no incrementalismo um grandeobstculo s recomposies e ao redimensionamento dasdotaes oramentrias.114. CERTO. Um grande empecilho ao predomnio do planejamentogovernamental sobre a programao oramentria oincrementalismo, que, como dito anteriormente, diz respeito tendncia de repetio dos oramentos a cada ano, com, nomximo, pequenas modificaes ocasionais (incrementos). Casoas condies tcnicas e/ou polticas no sejam favorveis avaliao crtica do desempenho dos programas, possvel que o

    planejamento congele, tornando o oramento uma pea rgidae desvinculada das circunstncias reais.

    115.(CESPE/CONTADOR/INEP/2005), O incrementalismo naelaborao dos oramentos pblicos est associado inrcia, nosentido de que h uma tendncia a manter-se em execuo oque j foi introduzido. Os novos programas tm, ento, decompetir com os preexistentes para romper a barreira daescassez de recursos.115. CERTO. Se o incrementalismo e a inrcia se impem no sistema

    oramentrio, torna-se difcil outras demandas sociais seremincludas na programao do governo. Os recursos ficamcomprometidos pelos programas existentes, mesmo que estesno cumpram os objetivos para os quais foram destinados.

    116.(CESPE/ADMINISTRADOR/MIN. TRABALHO/2008), Oincrementalismo oramentrio desvirtua ou compromete adesejvel integrao entre o planejamento e o oramento. Deacordo com essa sistemtica, a base formada pelos programasj introduzidos no oramento tende a perpetuar-se, compequenos incrementos, compreendendo a maior parte dosrecursos. Alguns autores denominam essa tendncia deresistncia mudana, reviso dos objetivos, diretrizes emetas, como inrcia ou inercialidade.116. CERTO. A questo repete o teor dos comentrios anteriores. Oincrementalismo e a inrcia so fenmenos correlatos queimpedem a saudvel e necessria avaliao do xito dasaes oramentrias.

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    117.(CESPE/ANALISTA/MMA/2008), O oramento base-zerocaracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que asdecises so voltadas para a maximizao da eficincia naalocao dos recursos pblicos. Adota-se, como procedimento

    bsico, o questionamento de todos os programas em execuo,sua continuidade e possveis alteraes, em confronto com novosprogramas pretendidos.117. CERTO. O oramento base-zero, apesar de sua denominao,no se trata de mais um estgio da evoluo da peaoramentria. , na verdade, uma tcnica de elaboraorelacionada ao oramento-programa. No OBZ, busca-se evitar aocorrncia do incrementalismo e da inrcia, a partir de umpressuposto radical: todos os programas devem ter suaexecuo justificada, ao incio de cada ciclo. Ou seja, no hpreferncia por programas existentes apenas pelo fato de j

    estarem em execuo; necessrio que haja evidncias desucesso para sua permanncia na agenda.

    118.(CESPE/ANALISTA/INMETRO/2007), O oramento base zero(OBZ), visa especialmente instrumentalizar as aes gerenciais,que se caracterizam por apresentar duas dimenses dooramento: o objeto de gasto e um programa de trabalho.118. ERRADO. A descrio do enunciado trata do oramento dedesempenho, que trouxe um salto de qualidade relativamente aooramento tradicional ao apresentar um programa de trabalho

    ou seja, uma lista de objetivos ligado aos objetos de gasto.

    119.(CESPE/ANALISTA/TCE-TO/2008), Oramento programa temcomo caracterstica a no existncia de direitos adquiridos emrelao aos recursos autorizados no oramento anterior, devendoser justificadas todas as atividades a serem desenvolvidas noexerccio corrente.119. ERRADO. O conceito referido na questo no de oramentoprograma,mas de oramento base-zero.

    120.(CESPE/TCNICO/TRE-MG/2008), O oramento de base zeroenvolve o controle operacional pelo qual cada gestor devejustificar todas as solicitaes de dotaes oramentrias emdetalhes, a partir do ponto zero, para serem avaliadas poranlises sistemticas e classificadas por ordem de importnciaem diferentes etapas operacionais.120. CERTO. No OBZ, possvel que programas novos substituam

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    programas j em execuo, caso estes no tenham justificativasplausveis para sua continuidade. Os gestores devem comprovaras vantagens da continuidade ou do incio dos programas,conforme o caso.

    121.(CESPE/AGENTE/ABIN/2010), O oramento de base zero tem agrande vantagem de permitir a elaborao de propostaoramentria por meio de processo mais clere e menos onerosopara os rgos pblicos.121. ERRADO. Pelo fato de exigir um processo de avaliao e seleode programas mais trabalhoso, natural que se espere do OBZum desenrolar bem mais demorado e custoso (tanto em relaoa recursos quanto a tempo).

    122.(CESPE/ANALISTA/INMETRO/2007), No oramento dedesempenho, que voltado especialmente para as avaliaes

    dos resultados do oramento em curso, todos os programasdevem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclooramentrio.122. ERRADO. Novamente, uma inverso de conceitos e descries:a questo se refere, na verdade, tcnica do oramento basezero.

    123.(CESPE/INSPETOR/TCE-RN/2009), O oramento participativo, queapresenta vantagens inegveis do ponto de vista da alocao derecursos segundo as demandas sociais existentes, no utilizadono mbito do governo federal.

    123. CERTO. Por suas caractersticas, o oramento participativo temmais chances de implementao em governos locais. Confira oconceito de oramento participativo dado pela Controladoria-Geral da Unio: O oramento participativo um importanteinstrumento de complementao da democracia representativa,pois permite que o cidado debata e defina os destinos de umacidade. Nele, a populao decide as prioridades de investimentosem obras e servios a serem realizados a cada ano, com osrecursos do oramento da prefeitura. Alm disso, ele estimula oexerccio da cidadania, o compromisso da populao com o bempblico e a co-responsabilizao entre governo e sociedade sobrea gesto da cidade.

    124.(CESPE/ACE/TCU/2007), Em defesa da legitimidade das decisescomunitrias, atribui-se ao oramento participativo o mrito deconferir maior fidelidade programao de investimentos, aocontrrio da flexibilidade que caracteriza o processo convencional

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    de programao.124. CERTO. As despesas prioritrias negociadas com a populaolocal e levadas lei oramentria tm, normalmente, maiorsobrevivncia em relao s despesas normais, tratadas nombito do processo oramentrio tradicional. A deciso por

    determinada despesa nas audincias pblicas d a ela umcarter de intocabilidade, ou fidelidade programao, nosdizeres do enunciado.

    125.(CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009), O oramento participativo ,atualmente, a tcnica oramentria adotada pela Unio.125. ERRADO. Como j vimos, o oramento participativo maisapropriado para governos locais, principalmente em municpios.Vale registrar que, mesmo nos governos que o adotam, apenasparte das dotaes oramentrias levada discusso normalmente, trata-se de investimentos que impactam

    diretamente as condies de vida da populao.

    126.(CESPE/AGENTE/ABIN/2010), No Brasil, vigora o oramento dotipo participativo, visto que todos os poderes e rgos daadministrao direta e alguns da administrao indireta tm aprerrogativa de elaborar suas prprias propostas oramentrias.126. ERRADO. O conceito de oramento participativo exige ainsero de grupos locais da populao no processo deelaborao oramentria, grupos esses diretamente beneficiadospor opes de investimentos pblicos em discusso.

    127.(CESPE/ACE/TCU/2008), Entre as maiores restries apontadasem relao ao chamado oramento participativo, destacam-se apouca legitimidade, haja vista a perda de participao do PoderLegislativo, e a maior flexibilidade na programao dosinvestimentos.127. ERRADO. A questo trouxe informaes opostas ao observadona realidade: a legitimidade do oramento aumentada com aadoo do oramento participativo, j que a deciso de comogastar recursos pblicos tomada com a participao direta dosbeneficirios; o Poder Legislativo no perde tanta participao na

    elaborao do oramento, mas apenas tem parcela de seu papelpartilhada com grupos da sociedade; e a programao dosinvestimentos mais rgida, pelo carter de compromisso queassumem os projetos votados nas audincias pblicas.

    128.(CESPE/PROCURADOR/AGU/2010), Tratando-se de oramentoparticipativo, a iniciativa de apresentao do projeto de lei

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    oramentria cabe a parcela da sociedade, a qual o encaminhapara o Poder Legislativo.128. ERRADO. No oramento participativo, a sociedade no detm ainiciativa de apresentao do projeto de lei oramentria. O queocorre simplesmente a incluso de grupos da sociedade no

    processo de discusso e votao das dotaes que integraro alei oramentria.

    129.(CESPE/ADMINISTRADOR/MIN. PREVIDNCIA SOCIAL/2010)Uma das vantagens apontadas com a adoo do oramentoparticipativo a sua maior legitimidade, com a substituio doPoder Legislativo pela participao direta da comunidade nasdecises sobre a alocao das dotaes.129. ERRADO. Como j afirmado anteriormente, a sociedade nosubstitui o Legislativo na funo de decidir sobre a alocao dasdotaes. Trata-se mais de uma parceria do que de uma

    substituio.

    130.(CESPE/ANALISTA/TJ-CE/2008), A proposta oramentria para2009, em tramitao no Congresso, poder servir deexperimento para uma iniciativa que a Comisso Mista deOramento quer adotar nos prximos anos: o oramento federalparticipativo. A principal caracterstica desse tipo de oramento a participao direta da populao na definio das prioridadespara a obteno da receita e para as despesas correntesobrigatrias.

    130. ERRADO. H dois problemas na questo: o oramento federalparticipativo no foi uma possibilidade aventada at o momento,e o papel entregue populao, no oramento participativo, noinclui a discusso sobre as formas de obteno de receita. Operfil dessas discusses com os grupos sociais diz respeito sdespesas preferenciais a serem executadas.

    131.(CESPE/ANALISTA/MCT/2008), O tipo de oramento utilizado noBrasil o misto, pois ele elaborado e executado pelo PoderExecutivo, cabendo ao Poder Legislativo sua votao e controle.131. CERTO. Aproveitamos a ocasio para tratar dos tipos deoramento, conforme os papis desempenhados pelos Poderes.O oramento legislativo, a proposta oramentria elaborada,votada e aprovada apenas pelo Parlamento, cabendo apenas aexecuo ao Executivo. No oramento executivo, o oramento elaborado, aprovado, executado e controlado pelo PoderExecutivo; e, no oramento misto, temos a elaborao e aexecuo a cargo do Executivo, com a votao e o controle

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    desempenhados pelo Legislativo. Na verdade, essa distinoterica no espelha exatamente o processo oramentrio, pelomenos na esfera federal: na Unio, os Poderes elaboram eexecutam sua parcela respectiva do oramento. O Executivo, naelaborao, apenas agrega as propostas setoriais num s corpo,

    e, na execuo, apenas libera os recursos para os outrosPoderes, conforme a programao financeira do exerccio.Entretanto, para fins didticos, o oramento misto o quemelhor descreve a realidade brasileira.

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    CAPTULO 3.PRINCPIOS ORAMENTRIOS.

    132. (CESPE/ANALISTA/STM/2011), Para ser considerada umprincpio oramentrio, a norma precisa obrigatoriamente estar

    includa na Constituio Federal ou na legislaoinfraconstitucional.132.ERRADO. A ordem das coisas est invertida na questo. Osprincpios constituem orientaes gerais relativamente a camposdo conhecimento, que embasam as normas positivas; no caso dodireito financeiro, os princpios oramentrios que guiam aelaborao, a execuo e o controle do oramentoeventualmente assumem a forma de regras constitucionais oulegais, mas essa condio no essencial.

    133. (CESPE/AGU/2008), O oramento um ato administrativo da

    administrao pblica.133.ERRADO. Apesar de sua natureza ser tipicamente administrativa,sem o carter abstrato que envolve as leis, o oramento umalei porm, em sentido formal.

    134. (CESPE/ANALISTA/STM/2011), A lei oramentria anualelaborada no mbito da Unio , ao mesmo tempo, lei ordinriae especial.134.CERTO. Ao mesmo tempo em que o processo legislativo da leioramentria acompanha a maior parte das regras aplicveis s

    leis ordinrias, h caractersticas que a distinguem destasltimas. Por exemplo, podem-se citar a iniciativa exclusiva dochefe do Executivo; o processo legislativo no mbito da casalegislativa Congresso Nacional, e no sequencialmente naCmara e no Senado; a limitao proposio de emendas etc.So tais caractersticas que tornam o oramento uma lei especial(de rito especial).

    135. (CESPE/ANALISTA/STM/2011), Se a lei for omissa em relao adeterminado procedimento de natureza oramentria, este nopoder ser utilizado.135.CERTO. A questo reflete a necessria obedincia ao princpio dalegalidade no mbito oramentrio. Como s possvel aosagentes pblicos atuarem em consonncia com a lei, no possvel inovar, utilizando procedimentos oramentrios noprevistos na legislao.

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    136. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2008), vedado o incio deprogramas ou projetos no includos na LOA.136.CERTO. A questo se baseia no art. 167, inc. I, da ConstituioFederal. Trata-se de um dispositivo que fortalece a observnciaao princpio da legalidade, determinando que as aes do poder

    pblico tenham, necessariamente, autorizao do PoderLegislativo, corporificada na lei oramentria.

    137. (CESPE/PROCURADOR/AGU/2010), O princpio da legalidade emmatria de despesa pblica significa que se exige a incluso dadespesa em lei oramentria para que ela possa ser realizada,com exceo dos casos de restituio de valores ou pagamentode importncia recebida a ttulo de cauo, depsitos, fiana,consignaes, ou seja, advindos de receitas extraoramentriasque, apesar de no estarem fixados na lei oramentria, sejamobjeto de cumprimento de outras normas jurdicas.137.CERTO. As despesas consideradas extraoramentrias norepresentam gastos prprios do governo, mas apenas devoluode recursos a terceiros, legtimos proprietrios de taisimportncias. Dessa forma, a realizao das despesasextraoramentrias no se integra s aes governamentais, quenecessitam, estas sim, de autorizao oramentria prvia.

    138. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/IPEA/2008), A natureza jurdica dalei oramentria anual no Brasil no interfere nas relaes entreos sujeitos passivos e ativos das diversas obrigaes tributrias.

    138.CERTO. Como o oramento uma lei formal, sem o condo denormatizar condutas, estabelecer punies e coisas semelhantes,ele tambm no interfere no mbito tributrio, ou seja, noinfluencia qualquer relao entre contribuintes e Fazenda.

    139. (CESPE/ANALISTA/DPU/2010), O princpio da legalidade, um dosprimeiros a serem incorporados e aceitos nas finanas pblicas,dispe que o oramento ser, necessariamente, objeto de umalei, resultante de um processo legislativo completo, isto , umprojeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao PoderLegislativo, para apreciao e posterior devoluo ao PoderExecutivo, para sano e publicao.139.CERTO. O oramento nasceu como lei, desde o momento em quepodemos falar da existncia de uma pea oramentria issoporque os Legislativos, liberados das monarquias absolutas, sepreocuparam logo com o controle da proporo assumida pelosgastos dos governos. Assim, a histria do oramento passa

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    necessariamente pela aprovao de uma lei que o veicula.

    140. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009), O campo de atuao doprincpio da legalidade abarca os planos e programas, asoperaes e aberturas de crditos, a transposio, o

    remanejamento ou a transferncia de recursos de uma dotaopara outra.140.CERTO. O enunciado se refere a diversos instrumentos doprocesso oramentrio, desde os mais amplos (planos), at osmais operacionais, de efeito restrito a certa despesa(transposio, remanejamento e transferncia).

    141. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2008), Segundo o princpio daanualidade, as previses de receita e despesa devem fazerreferncia, sempre, a um perodo limitado de tempo.141.CERTO. O princpio da anualidade, ou da periodicidade, firma que

    o oramento deve contemplar um perodo limitado e de duraofixa. Em razo da antiga regra da anualidade do imposto, sob aqual o oramento tambm era a lei que autorizava a arrecadaopara o ano, solidificou-se o perodo de um exerccio financeirocomo o adequado para a execuo oramentria.

    142. (CESPE/ANALISTA/TCE-AC/2008), O princpio da anualidade foireforado pela Constituio Federal, que probe a incorporaodos crditos especiais e extraordinrios ao oramento doexerccio financeiro subsequente.

    142.ERRADO. Crditos especiais e extraordinrios podem serincorporados ao oramento do ano seguinte, se o respectivo atode autorizao for emitido nos ltimos quatro meses do ano(letra do art. 167, 2, da CF/88). Essa disposioconstitucional constitui uma exceo ao princpio da anualidade.

    143. (CESPE/ANALISTA/TRE-MT/2010), Para no contrariar oprincpio da anualidade, os crditos especiais e extraordinriosautorizados nos ltimos quatro meses do exerccio anterior nopodem ser reabertos, e seus saldos remanescentes devem serincorporados ao oramento do exerccio corrente.143.ERRADO. O j referido art. 167, 2, autoriza a reabertura decrditos especiais e extraordinrios autorizados nos ltimosquatro meses do exerccio anterior, com a incorporao de seussaldos ao oramento corrente, o que flexibiliza a observncia doprincpio da anualidade.

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    144. (CESPE/TCNICO/MPU/2010), Em carter excepcional emediante decreto do presidente da Repblica, o exercciofinanceiro para a administrao pblica pode ser diferente doano civil.144.ERRADO. A Lei 4.320/64 determina que o exerccio financeiro

    coincida com o ano civil (art. 34), sem previso paraexcepcionalidades.

    145. (CESPE/ANALISTA/DPU/2010), O princpio da anualidade ou daperiodicidade estabelece que o oramento obedea adeterminada periodicidade, geralmente um ano, j que esta amedida normal das previses humanas, para que a interfernciae o controle do Poder Legislativo possam ser efetivados emprazos razoveis, que permitam a correo de eventuais desviosou irregularidades verificados na sua execuo. No Brasil, aperiodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente

    federativo.145.ERRADO. Alm de ser questionvel a alegao de que um ano a medida normal das previses humanas, a periodicidade anualdo oramento fixa para todos os entes federativos, comodeterminado pela Lei 4.320/64.

    146. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010), O princpio da periodicidadefortalece a prerrogativa de controle prvio do oramento pblicopelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitaranualmente autorizao para arrecadar receitas e executar as

    despesas pblicas.146.CERTO. O fato de, a cada ano, o oramento ser submetido aoParlamento fortalece o controle a ser exercido pelo Legislativo,que pode verificar (e modificar), a forma como os recursospblicos vm sendo aplicados. Um detalhe: apesar de tambmem outras situaes as bancas considerarem correto dizer que ooramento autoriza a arrecadao das receitas, isso se refere auma viso tradicional da pea oramentria, tendo em vista que,atualmente, as receitas so arrecadadas independentemente daaprovao da LOA.

    147. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009), A vedao constitucionaldo incio de programas ou projetos que no foram includos naLOA e a proibio de investimento cuja execuo ultrapasse umexerccio financeiro sem prvia incluso no PPA vai de encontroao princpio da anualidade oramentria.147.ERRADO. Os assuntos levantados no enunciado no dizem

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    respeito ao princpio da anualidade. A necessidade de incluirprogramas ou projetos na LOA, para incio de sua execuo, tmmais a ver com o princpio da universalidade, tratado emalgumas questes mais frente; e a obrigao de incluirinvestimentos de execuo superior a um exerccio no plano

    plurianual refora a observncia ao planejamento prvio,notadamente para realizao de gastos de grande vulto.

    148. (CESPE/AGENTE/ABIN/2010), A legislao brasileira permite queo exerccio financeiro dos rgos pblicos no se inicie noprimeiro dia de janeiro, desde que o perodo total do exercciocorresponda a doze meses.148.ERRADO. Como j referido, a Lei 4.320/64 exige que o exercciofinanceiro coincida com o ano civil (perodo que vai de 1 dejaneiro a 31 de dezembro de cada ano).

    149. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2010), Os entes federados podempossuir mais de um oramento anual.149.ERRADO. Pelo princpio da unidade oramentria, os entespblicos devem aprovar e executar apenas um oramento, emnome da centralizao e do controle das finanas pblicas.

    150. (CESPE/ANALISTA/TRE-MA/2009), O art. 165, 5., da CFdetermina que a LOA deve compreender os oramentos fiscal eda seguridade social assim como o oramento de investimentodas empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha

    a maioria do capital social com direito a voto. Essa regra foiestabelecida em observncia ao princpio oramentrio daunidade.150.CERTO. Mesmo considerando a existncia de trs oramentos,reconhece-se no sistema oramentrio brasileiro a observnciado princpio da unidade (ou, como denominado atualmente,princpio da totalidade), j que esses oramentos soelaborados, aprovados e executados simultaneamente,compondo um s agregado: a Lei Oramentria Anual.

    151. (CESPE/ANALISTA/PREVIC/2011), O fato de a lei oramentriaanual compreender os oramentos fiscal, da seguridade social ede investimento das empresas estatais est em consonncia como princpio da unidade.151.CERTO. A LOA abarca os trs oramentos citados, permitindoafirmar que a unidade documental caracteriza o oramentopblico nos entes federados brasileiros.

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    152. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009), O princpio da unidade,tambm chamado de princpio da totalidade, no respeitado noBrasil, pois a Constituio Federal (CF), estabelece trsoramentos distintos: fiscal, de investimentos das empresas

    estatais e da seguridade social.152.ERRADO. Os trs oramentos so distintos, mas o processo deelaborao, aprovao e execuo coincidente. A separaodesses oramentos tipicamente temtica, sem prejudicar acentralizao das finanas pblicas.

    153. (CESPE/ANALISTA/CNPQ/2011), O princpio oramentrio datotalidade determina que haja um oramento nico para cadaum dos entes federados, com a finalidade de se evitar aocorrncia de mltiplos oramentos paralelos internamente mesma pessoa poltica.153.CERTO. Acrescenta-se aos comentrios anteriores umaobservao sobre o sistema oramentrio federal prvio Constituio de 1988. Nesse perodo, havia realmenteoramentos paralelos, j que o oramento fiscal, levado aprovao do Congresso, representava apenas pequena partedas receitas e despesas do governo. O oramento das estatais eo monetrio congregavam a maior parte dos gastos, e eramaprovados e executados apenas no mbito do Poder Executivo.Assim, o Parlamento tinha pouqussima noo da realidade fiscalpela qual passava o pas.