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ENE0004 – Controle de Processos Aula: graus de liberdade, vari´ aveis de desvio e lineariza¸ ao Prof. Eduardo Stockler Tognetti Departamento de Engenharia El´ etrica Universidade de Bras´ ılia – UnB 1 o Semestre 2020 E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

107484 Controle de Processos - Aula: graus de liberdade, vari ......4 Lineariza¸c˜ao de processos multivari´aveis 5 Espac¸o de estados E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

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  • ENE0004 – Controle de Processos

    Aula: graus de liberdade, variáveis de desvio e linearização

    Prof. Eduardo Stockler Tognetti

    Departamento de Engenharia ElétricaUniversidade de Braśılia – UnB

    1o Semestre 2020

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sumário

    1 Graus de liberdade

    2 Linearização de sistemas com uma variável

    3 Variáveis de desvio

    4 Linearização de processos multivariáveis

    5 Espaço de estados

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Análise de graus de liberdade

    Os graus de liberdade de um processo são as variáveis independentes que devemser especificadas para definir o processo completamente (resposta do conjunto deequações que representam a dinâmica do sistema).

    O controle do processo nos pontos fixos especificados só é obtido se, e somentese, todos os graus de liberdade tiverem sido especificados.

    Graus de liberdade

    no. graus de liberdade = no. vars. independentes - no. eqs. independentes

    Nf = NV − NE

    Casos

    1 Nf = 0: processo exatamente especificado

    2 Nf > 0: processo sub-especificado (infinitas soluções)

    3 Nf < 0: processo super-especificado (sem solução)

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Análise de graus de liberdade

    Observações:

    Determinação incorreta se informações relevantes forem desprezadas ouequações redundantes inclúıda.

    Lei de controle introduz equação adicional entre as variáveis medidas emanipuladas e reduz por 1 os graus de liberdade do processo.

    Manipulação dos graus de liberdade

    Em geral Nf > 0. Há duas formas de se diminuir Nf (aumentar NE ):

    1 Ambiente externo (variáveis de distúrbio): d(t) = g(t)

    Nf = Nf0 − Nd , Nd : no. vars. distúrbio

    2 Objetivos (leis) de controle (variáveis manipuladas): mv(t) = g(yi )

    Nf = Nf0 − Nmv , Nmv : no. vars. manipuladas

    Graus de liberdade de controle (Nfc ): variáveis que podem ser controladas deforma independente Nfc = Nf − Nd .

    Usualmente, mas não sempre, Nfc = Nmv

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Balanço de energia em sistemas abertos

    Exemplo: Tanque com aquecimento

    Equações diferenciais que descrevem o processo:

    d

    dth(t) =

    1

    A(fe(t)− f (t))

    d

    dtT (t) =

    fe(t)

    Ah(t)(Te(t)− T (t)) + Q̇(t)

    ρcpAh(t)

    Análise dos graus de liberdade

    Número de equações: NE = 2

    Número de variáveis: NV = 6 h(t),T (t) (vars. de estado/ sáıdas)fe(t), f (t), Te(t), Q̇(t) (entradas)

    Graus de liberdade: Nf = 4

    Para determinar precisamente h(t) e T (t) ⇒ Nf = 0Atribuindo como distúrbio: fe(t), Te(t) (espec. pela unidade precedente)

    Atribuindo como variável manipulada: f (t), Q̇(t) (leis de controle)

    Por exemplo, f (t) poderia ser utilizado para controlar h(t) e Q̇(t) paracontrolar T (t).

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sumário

    1 Graus de liberdade

    2 Linearização de sistemas com uma variável

    3 Variáveis de desvio

    4 Linearização de processos multivariáveis

    5 Espaço de estados

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sistema linear

    Um sistema é dito linear se satisfaz as propriedades:

    1 Aditividade:L[u1 + u2] = L[u1] + L[u2]

    2 Homogeneidade:L[ku] = kL[u]

    L[·]: operador matemático que representa o sistemau: entradak : escalar

    Prinćıpio da superposição

    L[k1u1 + k2u2] = k1L[u1] + k2L[u2]

    Um sistema que não verifique qualquer uma destas propriedades é dito não-linear

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sistema linear

    x

    g(x)

    (0, 0)

    Curva linear

    x

    g(x)

    Curva não-linear

    Funções lineares:

    g(x) = ax

    g(x , u) = ax + bu

    Funções não-lineares:

    g(x) = ax + b (função afim)

    g(x) =1

    x+ ax

    g(x) = ax2

    g(x , u) = xu + u

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Linearização de g(x) no ponto x0:

    linha tangente

    g(x)

    x0x

    x̄ x∗

    g(x0) g(x) ≃ g(x0) +(∂g

    ∂x

    )

    x0

    (x − x0)

    Problema: x∗ 6= 0 (função afim)x0 : ponto de linearização

    x̄ : ponto em que g(x̄) = 0 (pto. eq.)

    x∗ : cruzamento da reta tang. c/ g(x) = 0

    Necessário deslocar reta tangente para a origem mudança de variávelx̃ , x − x∗

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Em sistemas dinâmicos usualmente deseja-se linearizar a dinâmica em torno doponto de equiĺıbrio, ou seja, um ponto x̄ tal que g(x̄) = 0 ( d

    dtx(t) = g(x) = 0)

    g(x)

    xx̄

    g(x) ≃(∂g

    ∂x

    )

    (x − x̄)

    g(x)

    x̃0

    g(x) ≃(∂g

    ∂x

    )

    x̄︸ ︷︷ ︸

    cte.

    O ponto de equiĺıbrio é o ponto em que o sistema pode operar em regimepermanente (ponto de operação)

    Nesse caso: x0 = x̄ = x∗

    Necessário ainda mudança de variável x̃ , x − x̄ para deslocar reta tangentepara a origem

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Seja o processodx

    dt= g(x)

    Ponto de linearização: x0

    Expansão da função não-linear g(x) em série de Taylor em torno de x0:

    g(x) = g(x0) +

    (dg

    dx

    )

    x0

    (x − x0)+(d2g

    dx2

    )

    x0

    (x − x0)22!

    +· · ·+(dng

    ∂xn

    )

    x0

    (x − x0)nn!

    Negligenciando termos de ordem maior ou igual a dois

    g(x) ≃ g(x0) +(dg

    dx

    )

    x0

    (x − x0) =(dg

    dx

    )

    x0

    x + (termos constantes)

    A equação ainda não é linear devido a presença de termos constantes.

    A aproximação é exata somente no ponto de linearização (x0).

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sumário

    1 Graus de liberdade

    2 Linearização de sistemas com uma variável

    3 Variáveis de desvio

    4 Linearização de processos multivariáveis

    5 Espaço de estados

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Variáveis de desvio

    Seja o valor em regime permanente x̄ que pode ser determinado por

    dx

    dt= 0 ⇔ g(x̄) = 0 (1)

    Considere x̄ o ponto de linearização do sistema ẋ = g(x), ou seja, x0 = x̄ .

    Então, em x̄ tem-se

    dx

    dt= g(x̄) +

    (dg

    dx

    )

    (x − x̄) (2)

    Considere a definição da variável de desvio abaixo.

    Variável de desvio

    x̃ , x − x̄

    A variável de desvio descreve a magnitude do deslocamento do sistema doponto de operação desejado.

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Variáveis de desvio

    Observe que

    dx

    dt=

    d(x − x̄)dt

    =dx̃

    dt, pois

    dx̄

    dt= 0

    Da definição da variável de desvio e g(x̄) = 0,

    dx

    dt= g(x̄)︸︷︷︸

    =0

    +

    (dg

    dx

    )

    (x − x̄)︸ ︷︷ ︸

    tem-se o seguinte sistema linear

    dx̃

    dt=

    (dg

    dx

    )

    Obs.: O mesmo resultado é obtido subtraindo (1) de (2).

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Exemplo:

    Seja ddtx(t) = g(x), g(x) = x2 − 9. Linearização em x0 = 2:

    g(x) ≃ g(x0)+(dg

    dx

    )

    x0

    (x−x0) = −5+4(x−2) = 4x−13 Não é linear! (3)

    Achando o ponto de equiĺıbrio x̄ ∈ {x : g(x) = 0}:d

    dtx(t) = 0 ⇔ g(x̄) = x̄2 − 9 = 0 ⇒ x̄ = 3

    Linearização em x0 = x̄ = 3:

    g(x) ≃ g(x0)+(∂g

    ∂x

    )

    x0

    (x−x0) = 0+6(x − 3) = 6x−18 Não é linear! (4)

    Definindo a variável de desvio x̃ , x − 3, tem-se g(x) ≃ 6x̃ . Observe qued

    dtx̃(t) =

    d

    dt(x(t)− 3) = d

    dtx(t)− d

    dt3 =

    d

    dtx(t) = g(x)

    ∴d

    dtx̃(t) = 6x̃ Eq. diferencial linear!

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Exemplo:

    Observe que ambas as equações (3) e (4), ou seja,

    g(x) ≃ 4x − 13, x em torno de x0 = 2e

    g(x) ≃ 6x − 18, x em torno de x0 = x̄ = 3

    podem ser transformadas de afim para linear introduzindo variáveis de desvio. Con-tudo, em sistemas dinâmicos faz mais sentido obter o comportamento linear noponto de operação em regime permanente, ou seja, no ponto de equiĺıbrio (ẋ = 0).

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Exemplo: dinâmica do ńıvel de um tanque

    fe

    f (t)

    Assuma fe constante

    Adh(t)

    dt= fe − f (t) dh(t)

    dt=

    fe

    A− f (t)

    A

    Se f (t) = αh(t) (α constante):

    dh(t)

    dt= g(h), g(h) =

    fe

    A− αh(t)

    A(sist. afim)

    Se f (t) = β√

    h(t):

    g(h) =fe

    A− β

    √h(t)

    A(sist. não-linear)

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Expandindo g(h) em série de Taylor em torno de h0: g(h) = 1/A(fe −β√

    h(t)):

    g(h) ≈ g(h0) + dg(h)dh

    (h(t)− h0)

    g(h) ≈(fe

    A− β

    √h0

    A

    )

    − β2A

    √h0

    (h(t)− h0)

    Logo, o sistema resultante é afim devido a presença de termos constantes

    dh(t)

    dt=

    fe

    A− β

    √h0

    A︸ ︷︷ ︸

    termo constante

    − β2A

    √h0

    h(t)− h0

    ︸︷︷︸

    termo constante

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Observe que o resultado seria o mesmo expandindo-se apenas o termo não linearβ√

    h(t) em torno de h0

    β√

    h(t) = β√h0 +

    (

    d(β√

    h(t))

    dh

    )

    h(t)=h0

    (h(t)− h0) + · · ·

    β√

    h(t) ≈ β√h0 +

    β

    2√h0

    (h(t)− h0)

    e substituindo no sistema não-linear

    Adh(t)

    dt= fe −

    (

    β√h0 +

    β

    2√h0

    h(t)− β2√h0

    h0

    )

    dh(t)

    dt=

    (fe

    A− β

    √h0

    A+

    β

    2A√h0

    h0

    )

    ︸ ︷︷ ︸

    termo constante

    − β2A

    √h0

    h(t)

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Variáveis de desvio

    Considere agora a linearização em torno do ponto de operação em regime per-manente h̄ determinado por

    g(h̄) = 0 ⇔ fe − β√

    h̄ = 0 (5)

    Definindo a variável de desvio h̃(t) = h(t)− h̄, tem-se

    dh̃(t)

    dt= g(h̄)︸︷︷︸

    =0

    +dg(h̄)

    dh(h(t)− h̄) = dg(h̄)

    dhh̃(t) = − β

    2A√h̄h̃(t) (6)

    Portanto o sistema linear é dado por

    dh̃(t)

    dt= − β

    2A√h̄h̃(t)

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de sistemas com uma variável

    Resumo: Caso monovariável

    Sistema não-linear:dx

    dt= g(x), x ∈ R

    Ponto de operação em regime permanente: x̄ g(x̄) = 0

    Ponto de linearização: x0

    Expansão truncada em Taylor em torno de x0:

    dx

    dt= g(x0) +

    (dg

    dx

    )

    x0

    (x − x0)︸ ︷︷ ︸

    Se x0 = x̄ ⇒ g(x0) = 0 ⇒dx̃

    dt=

    (dg

    dx

    )

    x0

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sumário

    1 Graus de liberdade

    2 Linearização de sistemas com uma variável

    3 Variáveis de desvio

    4 Linearização de processos multivariáveis

    5 Espaço de estados

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de processos multivariáveis

    Caso multivariável

    dx

    dt= g(x), x ∈ Rn

    g(x) =

    g1(x)...

    gn(x)

    , x =

    x1...xn

    Exemplo: x ∈ R2

    dx1

    dt= g1(x1, x2)

    dx2

    dt= g2(x1, x2)

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de processos multivariáveis

    Linearizando em torno de x0 =

    [x10x20

    ]

    :

    g1(x1, x2) = g1(x10, x20) +

    (∂g1∂x1

    )

    x0

    (x1 − x10)

    +

    (∂g1∂x2

    )

    x0

    (x2 − x20) +(∂2g1∂x21

    )

    x0

    (x1 − x10)22!

    +

    (∂2g1∂x22

    )

    x0

    (x2 − x20)22!

    +

    (∂2g1

    ∂x1, ∂x2

    )

    x0

    (x1 − x10)(x2 − x20) + · · ·

    Idem para g2(x1, x2).

    Seja o sistema em estado estacionário (regime permanente)

    {

    g1(x̄1, x̄2) = 0

    g2(x̄1, x̄2) = 0

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Linearização de processos multivariáveis

    Considerando o ponto de linearização como sendo o ponto de operação x̄ , ou seja,

    x10 = x̄1 e x20 = x̄2

    e definindo x̃1 = x1 − x̄1 e x̃2 = x2 − x̄2, tem-se o sistema linear

    dx̃1

    dt=

    (∂g1∂x1

    )

    x̃1 +

    (∂g1∂x2

    )

    x̃2

    dx̃2

    dt=

    (∂g2∂x1

    )

    x̃1 +

    (∂g2∂x2

    )

    x̃2

    ou na forma matricial

    dx̃

    dt= Ax̃ , A =

    [∂g

    ∂x

    ]

    =

    (∂g1∂x1

    )

    (∂g1∂x2

    )

    x̄(∂g2∂x1

    )

    (∂g2∂x2

    )

    ︸ ︷︷ ︸

    matriz Jacobiana

    , x̃ =

    [x̃1x̃2

    ]

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Variáveis de desvio

    Exemplo: dinâmica de ńıvel de um tanque com fluxo de

    entrada variável

    Seja fe(t) variável,

    dh(t)

    dt= g(h, fe), g(h, fe) = 1/A(fe(t)− β

    h(t)) (7)

    Em regime permanente g(h̄, f̄e) = f̄e − β√

    h̄ = 0 (8)

    Sistema linearizado, em que h̃(t) = h(t)− h̄ e f̃e(t) = fe(t)− f̄ed h̃(t)

    dt= g(h̄, f̄e) +

    ∂g(h, fe)

    ∂fe(fe(t)− f̄e) +

    ∂g(h, fe)

    ∂h(h(t)− h̄) (9)

    Como g(h̄, f̄e) = 0, tem-se o sistema linear

    dh̃(t)

    dt=

    1

    Af̃e(t)− β

    2A√h̄h̃(t) (10)

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Exemplo

    Seja o sistema não-linear

    dx1

    dt= g1(x1, x2,m1,m2, d1)

    dx2

    dt= g2(x1, x2,m1,m2, d2)

    Assumindo que o ponto de linearização p0 = (x10, x20,m10,m20, d10, d20) corres-ponde ao ponto de estado estacionário p̄ = (x̄1, x̄2, m̄1, m̄2, d̄1, d̄2) e definindo asvariáveis de desvio, tem-se o sistema linearizado

    dx̃1

    dt= a11x̃1 + a12x̃2 + b11m̃1 + b12m̃2 + e1d̃1

    dx̃2

    dt= a21x̃1 + a22x̃2 + b21m̃1 + b22m̃2 + e2d̃2

    em que aij =

    (∂gi∂xj

    )

    , bij =

    (∂gi∂mj

    )

    , ei =

    (∂gi∂di

    )

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Sumário

    1 Graus de liberdade

    2 Linearização de sistemas com uma variável

    3 Variáveis de desvio

    4 Linearização de processos multivariáveis

    5 Espaço de estados

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Representação em espaço de estados

    Para o exemplo anterior considere ainda que as variáveis medidas são represen-tadas por y , as manipuladas por m e os distúrbios por d e os estados por x ,

    dx1

    dt= g1(x1, x2,m1,m2, d1)

    dx2

    dt= g2(x1, x2,m1,m2, d2)

    y = s(x1, x2,m1,m2, d2)

    Sistema linearizado na representação espaço de estados em torno de p̄ = (x̄ , ū, w̄)com x̄ = (x̄1, x̄2), ū = (m̄1, m̄2) e w̄ = (d̄1, d̄2):

    [dx̃1/dtdx̃2/dt

    ]

    ︸ ︷︷ ︸

    ˙̃x

    =

    [a11 a12a21 a22

    ]

    ︸ ︷︷ ︸

    A

    [x̃1x̃2

    ]

    ︸︷︷︸

    +

    [b11 b12b21 b22

    ]

    ︸ ︷︷ ︸

    B

    [m̃1m̃2

    ]

    ︸ ︷︷ ︸

    +

    [e1e2

    ]

    ︸︷︷︸

    E

    [d̃1

    d̃2

    ]

    ︸︷︷︸

    Em que

    x̃ =

    [x1 − x̄1x2 − x̄2

    ]

    , ũ =

    [m1 − m̄1m2 − m̄2

    ]

    , w̃ =

    [d1 − d̄1d2 − d̄2

    ]

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Representação em espaço de estados

    Em forma compacta

    ˙̃x = Ax̃ + Bũ + Ew̃

    ỹ = Cx̃ + Dũ + Fw̃

    em que as matrizes jacobianas são dadas por

    A =

    [∂g

    ∂x

    ]

    , B =

    [∂g

    ∂u

    ]

    , E =

    [∂g

    ∂w

    ]

    , C =

    [∂s

    ∂x

    ]

    , D =

    [∂s

    ∂u

    ]

    , F =

    [∂s

    ∂w

    ]

    Pode-se também considerar

    ˙̃x = Ax̃ +[

    B E][

    ]

    ỹ = Cx̃ +[

    D F][

    ] ⇒{˙̃x = Ax̃ + B̂û

    ỹ = Cx̃ + D̂û

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

  • Resposta no espaço de estados

    Seja um sistema linear invariante no tempo{

    ẋ(t) = Ax(t) + Bu(t)

    y(t) = Cx(t) + Du(t)x0 = x(0)

    A sáıda do sistema para uma condição inicial x(0) e uma entrada u(t) é dadapor

    x(t) = eAtx(0) +

    ∫ t

    0

    eA(t−τ)

    Bu(τ )dτ

    y(t) = Cx(t) + Du(t)

    A resposta de um sistema com entrada nula ẋ(t) = Ax(t) para uma condiçãoinicial x(0) é dada por

    x(t) = eAtx(0)

    A exponencial de matriz eAt tem termos que são combinações lineares de seusautovalores e respectivas derivadas. Se A tem um autovalor λ1 com ı́ndice n1,então as entradas de eAt são combinações lineares de {eλ1t , teλ1t , · · · , tn1−1eλ1t}.

    E. S. Tognetti (UnB) Controle de processos

    TópicosPrincipalGraus de liberdadeLinearização de sistemas com uma variávelVariáveis de desvioLinearização de processos multivariáveisEspaço de estados