10.Apostila Teoria Musical Enelruy Lira

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    NDICE

    1 Ornamentos ......................................................................................................... 21.1 Apojiatura.......................................................................................................... 4

    1.1.2 Apojiatura Longa ou Expressiva.................................................................. 41.1.3 Apojiatura Breve (simples) ............................................................................ 61.1.3.1- Acicatura....................................................................................................... 71.1.3.2- Apojiatura irregular...................................................................................... 81.1.4 Apojiatura Sucessiva (ou dupla) ................................................................... 81.1.4.1 Apojiatura sucessiva irregular.................................................................. 91.1.4.2 Acicatura sucessiva (regular e irregular) ................................................... 91.2 Mordente ........................................................................................................... 91.2.1 Mordente Superior......................................................................................... 91.2.2 Mordente Inferior......................................................................................... 101.2.3 Mordente Duplo (ou ampliado) .................................................................... 10

    1.3 Grupeto ........................................................................................................... 111.3.1 Grupeto de Ataque ...................................................................................... 111.3.1.1 Grupeto Superior...................................................................................... 111.3.1.2 Grupeto Inferior........................................................................................ 121.3.2- Grupeto Medial .............................................................................................. 121.3.2.1 Grupeto Medial Superior.......................................................................... 131.3.2.2- Grupeto Medial Inferior.............................................................................. 141.4 Glissando ........................................................................................................ 141.5 Portamento ..................................................................................................... 151.6 Floreio ............................................................................................................. 151.7 Cadncia Meldica ......................................................................................... 161.8 Trmulo ........................................................................................................... 161.8.1 Desdobramento de notas desiguais .......................................................... 161.9 Trinado ............................................................................................................ 171.9.1 Trinado Simples: ......................................................................................... 181.9.2 Trinado com preparao............................................................................. 191.9.3 Trinado com Resoluo.............................................................................. 191.9.4 Trinado com Preparao e Resoluo ...................................................... 192 Dinmica ............................................................................................................ 192.1 Sinais de Acentuao .................................................................................... 192.2 Representao grfica dos sons: ................................................................. 21

    3 Expresso .......................................................................................................... 214 Respirao ......................................................................................................... 304.1 Inspirao ....................................................................................................... 314.1.1 Inspirao em trs fases............................................................................. 314.1.2 Inspirao numa s fase............................................................................. 314.2 Expirao ........................................................................................................ 314.3 Exerccios respiratrios sem o instrumento................................................ 324.3.1 Exerccio I .................................................................................................... 324.3.2 Exerccio II ................................................................................................... 334.3.3 Exerccio III .................................................................................................. 334.3.4 Exerccio IV .................................................................................................. 33

    5 Respirao Contnua ou Circurlar................................................................... 335.1 Exerccios Mecnicos .................................................................................... 346 Bibliogafia .......................................................................................................... 35

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    1 Ornamentos

    rnamento: notas ou grupos de notas acrescentadas a uma melodia. Sua

    finalidade adornar as notas reais da melodia. Desenhos musicais que

    enfeitam ou embelezam uma melodia ou acorde. Notas reais so todas

    aquelas que fazem parte integrante da melodia.

    Os ornamentos tiveram sua origem na execuo dos antigos instrumentos de

    tecla, cuja falta de sonoridade se contornava por meio do acrscimo de notas

    estranhas ao desenho original. At o incio do sculo XVII os ornamentos no eram,

    em geral, grafados ou mesmo indicados na partitura. Por isso muito difcil definir

    uma norma geral a respeito da execuo dos adornos na msica antiga. Com a

    liberdade na ornamentao, a melodia se desfigurou de tal modo que por vezes

    chegava a ser irreconhecvel. Por esse motivo, os compositores comearam a

    indicar, atravs de sinais grficos, o tipo de ornamentao para determinada nota ou

    frase. Muitas vezes o compositor informava na prpria pea a resoluo dos

    ornamentos.

    Os ornamentos so muito frequentes no canto gregoriano, na idade mdia, no

    renascimento e no barroco. No classicismo e no romantismo, os ornamentos j somenos comuns e, muitas vezes, so grafados detalhadamente com as notas e no

    mais abreviados com sinais grficos.

    A teoria e prtica dos ornamentos ou adornos assunto especfico de vrios

    livros. O presente trabalho apresenta somente informao sobre os ornamentos

    modernos mais comuns e a maneira de execut-los.

    Ornamentos

    Inteiramenteimprovisados

    sem indicao notexto

    Grafados napartitura

    com sinaisgrficos

    Grafadosdetalhadamente

    com notasexatas

    O

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    OrnamentoApojiatura

    Mordente

    Grupeto

    Glissando

    Portamento

    Floreio

    Cadncia

    Meldica

    Trmulo

    Trinado

    Os ornamentos so geralmente indicados por notas em formato menorprecedendo a nota principal (nota real), ou por um smbolo colocado acima ouabaixo da nota real.

    Na execuo, os ornamentos tiram sua durao de notas reais anteriores ou

    posteriores.

    Obs.: 1) Existem muitas divergncias sobre a grafia e a interpretao dosornamentos. A rigor, a teoria dos ornamentos assunto mais especfico da arte da

    interpretao do que da Teoria da Msica.

    2) A deciso sobre a opo ideal na interpretao dos ornamentos questo

    de bom gosto musical e de muito conhecimento histrico e esttico.

    3) Os ornamentos devem embelezar a melodia e no enfeia-la! Por isso,

    apesar de serem grafados como notas rpidas, devem soar claramente e em

    dinmica apropriada (nem muito piano, nem muito forte em relao s notas reais).

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    1.1 Apojiatura

    o ornamento que precede a nota real da qual se separa pela distncia

    de 2 Maior ou menor. Apojatura (apogiatura, apojectura, apojiatura,

    appoggiatura).

    Obs: Appoggiatura em italiano significa apoio (sobre a qual se apoia).

    1.1.2 Apojiatura Longa ou Expressiva representada por uma nota pequena (um grau acima ou abaixo da nota

    real) ligada nota real. Na execuo normalmente d-se apojatura o valor inteiro

    que ela representa. O acento na apojatura (e no na nota real).

    Apojiatura

    Superior (acima

    da nota)

    Inferior (abaixo

    da nota)

    Apojiatura

    Simples (uma

    nota)

    Longa ouexpressiva

    Breve

    Sucessiva (duas

    notas)irregular

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    Obs: A acentuao varia conforme o tipo de ornamento. Para facilitar a

    aprendizagem, nos exemplos sero grafados os respectivos acentos. Na prtica

    esses acentos no so grafados.

    Conforme a caracterstica da nota real, a interpretao da apojiatura longa

    pode variar.

    a) Quando apojatura pertence nota real simples (sem ponto), d-se

    apojatura a metade do valor da nota real, ficando esta com a outra metade.

    Obs: 1) Nem sempre a apojiatura est grafada com o valor que ela ser

    tocada, mas sempre a diviso dos valores : primeira metade da nota real para

    apojatura longa e a segunda metade para a nota real.2) Nem sempre a apojatura e a nota real so grafadas com ligadura.

    3) Independentemente da grafia, nem sempre a apojatura executada ligada

    nota real na interpretao.

    Apojatura para uma das notas de um acorde:

    b) Quando a apojiatura pertence nota real pontuada, d-se apojiatura ou

    dois (geralmente dois) teros da nota real, ficando esta com o estante do seu valor.

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    c) Quando a apojiatura pertence nota real que se repete em seguida (que

    venha seguida de outra da mesma entoao), d-se apojiatura todo o valor da

    nota real que, nesse caso, suprimida.

    1.1.3 Apojiatura Breve (simples)

    representada por uma nota pequena (um grau acima ou abaixo da nota

    real), geralmente a colcheia atravessada por um trao oblquo. Na execuo d-se

    apojiatura breve a parte mnima do valor da nota real, ficando esta com o restante do

    valor. O acento na nota real (e no na apojiatura).

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    Obs. 1) A durao da apojiatura breve varia conforme o andamento, estilo e aesttica da pea. Nos exemplos a apojiatura ser representada em geral pela fusa

    (valor simblico).

    2) A diferena bsica na grafia das apojaturas longa e breve reside no trao

    oblquo existente na breve.

    3) O acidente da apojiatura no altera a nota real no mesmo compasso.

    aconselhvel, porm, grafar um acidente de precauo.

    4) A durao da apojiatura breve numa pea a mesma independente do

    valor da nota real a qual pertence.

    1.1.3.1- Acicatura

    um tipo de apojiatura que tira sua durao do final da nota que a antecede e

    no do incio da nota seguinte. O acento na nota real.

    Obs. A grafia geralmente no indica se o ornamento deve ser interpretado

    como apojiatura ou acicatura. Conforme o estilo e a esttica da pea musical o

    intrprete opta por uma ou outra interpretao.

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    1.1.3.2- Apojiatura irregular

    No forma com a nota real um intervalo de segunda. Porm, apesar disso, a

    interpretao a mesma da apojiatura breve.

    Obs. 1) Alguns livros preferem chamar a apojiatura irregular de floreio.

    2) A acicatura irregular difere da acicatura regular apenas pela distncia da

    nota real.

    3) A acicatura pode ser indicada pela ligadura do ornamento com a nota

    anterior.

    1.1.4 Apojiatura Sucessiva (ou dupla)

    Consiste na execuo sucessiva de apojiaturas superior e inferior da mesma

    nota real. representada, geralmente, por duas semicolcheias pequenas. Na

    execuo d-se apojiatura uma pequena parte da nota real, ficando esta com o

    restante do seu valor. O acento na nota real (e no na apojiatura).

    Apojiatura sucessiva superior comea acima da nota real.

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    Apojiatura sucessiva inferior comea abaixo da nota real.

    1.1.4.1 Apojiatura sucessiva irregular

    formada por notas que no so graus conjuntos da nota real. Pode ter at

    mais de duas notas.

    1.1.4.2 Acicatura sucessiva (regular e irregular)

    executada da mesma forma que a apojiatura, porm, ela antecipa a nota

    real, tirando sua durao da parte final da nota anterior.

    1.2 Mordente

    um ornamento que se compe de duas notas que precedem a nota

    real, sendo a primeira nota da mesma altura da nota real e a segunda

    um grau acima ou abaixo dela. Na execuo d-se ao mordente uma

    parte da nota real, ficando esta com o restante do valor. O acento na primeira

    nota do ornamento.

    1.2.1 Mordente Superior

    A segunda nota est uma segunda acima da nota real. Indica-se pelo sinal:

    .

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    1.2.2 Mordente Inferior

    A segunda nota est uma segunda abaixo da nota real. Indica-se pelo sinal:

    (sinal do mordente superior cortado por um trao vertical).

    Obs. 1) O mordente pode ser grafado sem sinal grfico, como se

    fosse uma apojatura sucessiva.

    2) Na execuo, o valor das notas que formam o mordente varia conforme o

    andamento e o estilo. Nos exemplos ser convencionado o uso de fusas para o

    mordente.

    3) Na execuo, o mordente geralmente ligado nota real.

    4) O mordente inferior tambm chamado de mordente invertido.

    5) Outros exemplos:

    Quando a segunda nota do mordente for alterada, grafa-se a alterao acima

    (mordente superior) ou abaixo (mordente inferior) do respectivo sinal grfico.

    Obs. Outra grafia possvel: ou .

    1.2.3 Mordente Duplo (ou ampliado)

    o mordente simples executado mais uma vez. Indica-se (superior) e

    (inferior, cortado por um trao vertical).

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    1.3 Grupeto

    um ornamento que se compe de trs ou quatro notas que precedem

    ou seguem a nota real. Grupeto = pequeno grupo de notas.

    Grupeto Superior comea um grau acima da nota real.

    Grupeto Inferior comea um grau abaixo da nota real.

    Grupeto de Ataque executado no incio da nota real.

    Grupeto Medial executado no meio ou no final da nota real.

    1.3.1 Grupeto de Ataque

    1.3.1.1 Grupeto Superior

    formado por trs notas. Comea um grau acima da nota real, desce para

    nota real, desce um grau abaixo da nota real e volta finalmente para a nota real. Na

    execuo d-se ao grupeto a primeira parte da nota real, ficando esta com o

    restante do valor. O sinal grfico do grupeto grafado sobre a nota real. O acento

    na nota real (depois do grupeto).

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    Obs. Na execuo, o valor das notas que formam o grupeto varia conforme o

    andamento e o estilo. As possveis alteraes se grafam em cima e embaixo do sinal

    grfico do grupeto.

    Alterao da 2 superior

    Alterao da 2 inferior.

    1.3.1.2 Grupeto Inferior

    formado por trs notas. Comea um grau abaixo da nota, sobe para a nota

    real, sobe um grau acima da nota real e volta finalmente para a nota real.

    Obs. O grupeto pode ser grafado tambm sem sinal grfico, como se fosse

    uma apojatura sucessiva irregular.

    1.3.2- Grupeto Medial

    executado no meio ou no final da nota real. O sinal do grupeto colocado

    entre a nota real e a nota seguinte.

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    1.3.2.1 Grupeto Medial Superior

    1) Quando a nota real um valor simples (sem ponto de aumento), comea-

    se com a nota real e o grupeto executado na segunda metade ou ultima quarta

    parte, ou outra frao final da nota real. O acento no incio da nota real.

    Allegro Andante

    Obs. O grupeto , nesse caso, formado por quatro notas.

    2) Quando a nota real e a nota seguinte so de mesma entoao, o grupeto

    tem somente trs notas.

    Obs. A ornamentao evita a repetio de notas iguais.

    3) Quando a nota real uma nota pontuada que corresponde a um ou trs

    tempos inteiros, o grupeto executado na ltima tera parte da nota real (durao

    do ponto = durao do grupeto) ou na outra frao ternria final da nota real.

    4) Quando a nota real uma nota pontuada que no corresponde a um tempo

    inteiro, o grupeto executado no meio da nota real (por exemplo, na segunda tera

    parte da nota real).

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    1.3.2.2- Grupeto Medial Inferior

    Fica valendo as mesmas regras do grupeto superior.

    1.4 Glissando

    um ornamento relativamente moderno que consiste no deslizamento

    rpido entre duas notas reais. Na execuo, o glissando tira o seu

    valor do final da primeira nota real. O acento na nota real.

    Glissando Diatnico aquele formado por notas da escala diatnica

    (teclas brancas no piano, por exemplo).

    Glissando Cromtico aquele formado por notas da escala cromtica

    (teclas brancas e pretas do piano, por exemplo).

    Glissando Microtonal aquele formado por todas as freqncias

    intermedirias. Este glissando realizvel em instrumentos de corda, na voz e

    parcialmente no trombone e no tmpano de pedal.

    Glissando da Srie Harmnica aquele formado por notas da srie

    harmnica (nos instrumentos chamados metais).

    Execuo

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    1.5 Portamento

    um ornamento representado por uma colcheia que antecipa a nota

    real, tendo ambas a mesma entonao. uma rpida antecipao da

    nota real. Na execuo d-se ao portamento uma pequena parte do

    final da nota real anterior. O acento na nota real.

    1.6 Floreio

    um ornamento sem forma definida. formado por uma ou mais notas.

    um grupo de notas intercalado entre duas notas reais.

    Floreio formado por uma nota s uma apojatura breve ou acicatura

    irregular (o intervalo entre a apojatura e a nota real maior que uma segunda).

    Floreio formado porduas notas uma apojatura ou acicatura dupla irregular

    (o intervalo entre as notas da apojatura e a nota real maior que uma segunda).

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    Floreio formado por trs ou mais notas executado como apojatura ou

    acicatura irregular.

    1.7 Cadncia Meldica

    um ornamento que consiste na execuo de uma passagem

    sobrecarregada de valores das mais diversas duraes e cuja

    execuo fica a critrio do executante. A fermata colocada na nota real

    anterior ao ornamento permite a execuo vontade, sem observar os

    limites regulares do compasso.

    1.8 Trmulo

    o desdobramento, sem medida, de um valor sem outros menores. Na

    percusso chamado de rufo.

    Esses sinais podem ser interpretados como trmulo significando que a nota

    deve ser desdobrada em outras menores, sendo estas executadas com rapidez

    (sem contar quantas so) at completar a durao da figura.

    1.8.1 Desdobramento de notas desiguais

    Execuo: Alternam-se as duas notas grafadas (d e mi) no valor de colcheia

    (uma barra de ligao representa a colcheia) at completar o valor de UMA mnima.

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    1.9 Trinado

    um ornamento que consiste na alternncia rpida de duas notas (real

    e o grau superior ou inferior). indicado pelo sinal ou . Adurao do trinado igual durao da nota real. O acento na nota

    real (primeira nota do trinado).

    Trinado

    Superior

    Inferior

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    Obs. 1) O trinado inferior muito raro.

    2) O trinado comea e termina geralmente na nota real. Na transcrio grafa-

    se no final uma quiltera.

    3) Na prtica, a velocidade do trinado irregular e varia conforme os critrios

    estticos. Pode at, por exemplo, comear devagar, acelerar em seguida e terminar

    novamente mais devagar.

    1.9.1 Trinado Simples:

    Quando a nota do ornamento tem acidente, o sinal de alterao indicado

    junto ao do trinado.

    Obs. 1) Os acidentes fixos (armadura) alteram as notas do trinado.

    Trinado

    simples compreparao

    comresoluo

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    1.9.2 Trinado com preparao

    1.9.3 Trinado com Resoluo

    1.9.4 Trinado com Preparao e Resoluo

    2 Dinmica

    o grau de intensidade atribudo determinada nota de um desenho ou

    frase musical. a nfase dada a um som (alguns sons so mais

    fortemente acentuados que outros).

    2.1 Sinais de Acentuao

    Indicam as notas que so acentuadas.

    O sinal (marcato) indica que a nota deve ser atacada com muito vigor e

    suavizada logo em seguida.

    O sinal indica que a nota deve ser acentuada e em seguida suavizada.

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    O sinal (tenuto) informa que a nota conserva a intensidade original (sem

    decrescendo natural) e sustentada rigorosamente at o fim da figura. No h

    nenhum acento no incio da nota.

    Obs. 1) O termo em francs para o tenuto detach.

    2) Tenuto uma advertncia para garantir que ser dado nota todo o seu

    valor. Tambm subentende geralmente certo grau de nfase na interpretao.

    Sforzato ( ou ), Forzato ( ) e Riforzato (r ) significam reforado.

    O som deve ser atacado como muita fora.

    Tabela dos Acentos:

    Obs. 1) Os acentos so grafados, de preferncia, junto cabea da nota. O

    sforzato grafado sob o pentagrama.

    2) Toda acentuao proporcional intensidade geral do trecho. Um acento

    numa passagempiano sem dvida menor que um outro numa passagem forte.3) Todos os acentos alteram o incio do som.

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    Forte piano significa que a nota deve ser atacada forte e imediatamente

    prosseguir em piano (sem decrescendo).

    2.2 Representao grfica dos sons:

    Nota normal tem geralmente um pequeno decrescendo e

    termina um pouco antes.

    Nota com tenuto no decresce e sustentada rigorosamenteat o fim.

    O acento inicial proporcionalmente grande e o decrescendo

    maior.

    O acento inicial menor e o decrescendo maior

    A nota comea forte e continua piano.

    3 Expresso

    ara interpretar fielmente uma obra, o intrprete deve compreender

    todas as intenes e sentimentos do compositor. Muitas vezes o

    prprio ttulo da obra ajuda. Mrcia Fnebre, por exemplo,

    certamente ser uma msica triste. Notturno uma msica inspiradaP

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    na calma das horas da noite. Serenata uma msica destinada originalmente a ser

    tocada ou cantada por um homem, s primeiras horas da noite, sob a janela de uma

    mulher a quem deseja cortejar.

    Para informar o carter da msica, o compositor utiliza no incio da msica

    termos de expresso. Expresso termo indicativo de um estado de esprito;

    indicao que orienta ao intrprete a inteno do autor. Exemplos: Andantino

    affetuoso, Allegro com brio, Lento doloroso, Presto agitato.

    Obs. 1) A interpretao de termos de expresso varia de um artista para

    outro.

    2) A capacidade de transmitir os sentimento e expresses dependente do

    preparo tcnico, da sensibilidade e da cultura musical do intrprete.Addolorato = doloroso, triste

    Affabile = afvel, carinhoso

    Brillante = brilhante

    Brioso = com brio

    Calmamente = com emoo

    Cantabile = cantando

    Com anima = com almaDolce = docemente

    Dolente = doloroso

    Elevato = nobremente

    Energico = com energia

    Flebile = triste

    Fuocoso = com fogo

    Giocoso = brincando, alegre

    Giusto = justo

    Grandioso = imponenteImpetuoso = tempestuoso

    O fraseado deve possuir preciso rtmica, definio exata das articulaes,

    silabao adequada (pronncia) e definio do estilo, imprescindvel quando

    executadas em naipe.

    Nosso sistema ocidental de notao rtmica no adequadamente equipadopara tratar com a complexidade de ritmos de jazz derivados da frica e ainda das

    influncias latinas da msica popular de vrias etnias, que agora se fundem e

    desembocam em um formidvel caldeiro multicultural do sculo XXI. Por exemplo,

    as colcheias com swing, frequentemente escritas como colcheias regulares

    . Alguns escritores preferem indicar da seguinte maneira

    . Ambas as notaes so inadequadas. A colcheia

    swingada, quando propriamente executada, representa ,

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    enfatizando pulsao ternria. Portanto, no estilo clssico, a colcheia deve mesmo

    ser regular , no entanto, no jazz e em outros ritmos latinos,

    a colcheia regular deve ser executada

    .

    Aconselho maestros e chefes de naipe a anotarem todas as articulaes

    necessrias e apropriadas nas partituras, para a perfeita definio do estilo a ser

    executado.

    O problema bsico nas bandas e fanfarras o mtodo de ataque, ou seja, a

    preciso de tocar staccato e a habilidade de executar um belo legato; tocar asnotas suavemente sustentadas, conectadas e com a pronncia apropriada.

    Exemplo 1

    As marcaes em legato (exemplo 1) frequentemente no so usadas no

    senso tradicional, mas para definir o comprimento da frase. Este tipo de frase no

    estilo swing dever ser atacado (lngua) levemente, e ainda com uma silabao

    macia, (soft) como "DU". Os acentos sero melhores realizados mais com a

    presso da coluna de ar do que com ataque pesado da lngua, e ainda por ser uma

    frase de carter ascendente, dever ter um natural e suave crescendo.

    Tem existido alguma confuso entre os maestros com relao ao tamanho e

    interpretao das anotaes de acento. O acento longo, que recebe o valor integral

    da nota, deve ser marcado como e o pequeno e pesado acento deve ser

    anotado como . O acento marcato [ ^ ] deve indicar: mais pesado e mais longo

    do que uma colcheia, ou do que uma semnima staccato.

    Apenas recentemente os arranjadores comearam a aceitar esta notao

    como padro, e por esta razo as grades (os scores) devem ser estudadas com

    ateno e mudadas quando necessrias. Veja o prximo exemplo, ele

    considerado correto em ambas as maneiras.

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    Exemplo 2

    No estilo "swing" (popular no clssico), todo final de frase normalmente deve

    ser cortado, a no ser que exista outra indicao.

    Exemplo 3

    As colcheias mais altas no pentagrama devem ser normalmente acentuadas

    como no exemplo acima. Os acentos no devem ser exagerados. Um acento com

    presso da coluna de ar mais efetivo do que um acento pesado de golpe de

    lngua. Os msicos frequentemente reforam o acento da presso da coluna de ar

    com um suave ataque da lngua. Esta abordagem funciona melhor interpretao do

    Exemplo 4:

    As semnimas com grande exposio no tempo fraco geram sincopas e

    devem ser acentuadas como no Exemplo 5:

    Colcheias com ligaduras sobre a barra de compasso e ligadas s notas com

    valor maior do que colcheia, so normalmente tocadas com acentos longos.

    Exemplo 6

    Notas ligadas dentro do compasso, ou sobre a barra compasso so

    acentuadas e tocadas com valor integral, a no ser que outra indicao exista.

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    Exemplo 7

    Colcheias ligadas sobre a barra de compasso a outra colcheia podero ser

    articuladas de duas maneiras, dependendo do estilo e das frases precedentes e

    subsequentes.

    Exemplo 8

    Uma figura rtmica muito comum que aparece sempre no tempo primeiro ou

    terceiro no estilo de swing. Ela dever ser articulada dos seguintes modos.

    Exemplo 9

    Uma articulao apropriada para a segunda colcheia dependente do que

    vir aps esta mesma figura. No estilo rock normalmente articulado do seguinte

    modo.

    Exemplo 10

    Uma srie de semnimas que aparecem consecutivamente no tempo fraco

    so frequentemente tocadas curtas (exemplo 11a), todavia, elas podem tambm ser

    interpretada com acentos longos e "quedas curtas" (short falls), criando pequenos

    intervalos entre cada semnima (ex. 11b).

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    Exemplo 11

    A seguinte figura poder ser corretamente articulada em vrias maneiras

    diferentes; a escolha apropriada ir depender do estilo.

    Exemplo 12

    Semnimas no estilo swing so frequentemente tocadas curtas como acento

    marcato. Ateno para no apressar os tempos fortes, particularmente nos

    andamentos lentos e moderados. Os alunos devero ser instrudos para esperar por

    cada tempo. uma grande idia instruir o estudante a tocar com carter, para

    trs", mas com o cuidado de no atrasar ou, arrastar o andamento: muito

    importante manter o tempo.

    Exemplo 13

    Para se ter certeza de um limpo e preciso ataque no tempo fraco, com valor

    de colcheia, precedida por uma longa nota ligada, proceda do seguinte modo:

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    interrompa a nota na ltima ligadura do tempo forte. A poro final da nota ligada

    dever ser considerada como pausa. Veja o exemplo a seguir:

    Exemplo 14

    Shakes so frequentemente seguidos por uma colcheia no tempo fraco. O

    ataque da colcheia pode ser mais preciso se parar o Shake no tempo forte ao invsdo tempo fraco. Esta tcnica similar quela descrita no exemplo acima, e no

    dever ser sempre desejada, mas ela , todavia, um meio de sucesso para limpar o

    problema em uma banda ou grupo camerstico com pouca experincia.

    Exemplo 15

    Crescendo e decrescendo; quando so indicados, devem ser adicionados e

    seguir contorno natural das linhas meldicas. Se a linha sobe na tessitura, ento um

    suave crescendo ser benfico e vice-versa. Estas nuances no devem ser muito

    evidenciadas e devem parecer naturais. Os crescendos geram uma pequena tenso

    e os decrescendos geram, ao contrrio, um relaxamento da frase.

    Exemplo 16

    No sentido de gerar interesse e movimento em notas longas, que

    normalmente possuem um carter estacionrio, aconselhvel adicionar um suave

    crescendo.

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    Exemplo 17

    Falls off(queda) podem apresentar muitos problemas. O maestro deve instruir

    os alunos acerca do tamanho do falI. Alguns arranjadores so bastante especficos e

    indicam se o falI short (curto) ou long (longo) - veja a tabela sobre articulaes no

    final desta matria. Confuses podero ser evitadas, aconselhando os alunos aterminarem o falI num determinado tempo. O falI no deve ser abrupto, mas

    desaparecer gradualmente, seguido de um diminuendo ao longo do falI. Os alunos

    no precisam se preocupar com uma escala particular, pois o falI meramente um

    efeito.

    Exemplo 18

    No caso do fall off, os msicos no devem se perder no compasso. Eles

    precisam continuar contando cuidadosamente atravs de seu comprimento inteiro. O

    fall deve ser curto se existe uma entrada imediatamente aps, assim como no

    exemplo 19. Existem outros termos para fali off, como por exemplo, spillou gliss, ou

    ainda drop, todas com o mesmo significado, que seria "cair fora da nota. Veja

    exemplo 19. No caso deste exemplo, no existe muita diferena se o fali off no for

    executado, j que ele est muito perto do compasso seguinte. Em outros casos, ele

    funciona com muita propriedade.

    Exemplo 19

    Quando for realizar um gliss, glissando entre duas notas, como no exemplo

    20: A nota que aparece no final do glissando dever ser ligeiramente acentuada, j

    que ela a culminao do glissando. A escolha da escala para o glissando livre.

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    Em alguns casos, governada pela distncia entre as notas das pontas do

    glissando.

    Exemplo 20

    Os alunos devem ser informados da importncia de um bom ataque antes de

    se preocupar com os gliss ou falls. Jovens msicos so freqentemente culpados de

    comearem um gliss ou falIoffantes que tenham executado um bom ataque na nota

    precedente. O arranque para o ataque do glissando ascendente similar para o

    gliss descendente (falI off). Diferente do glissando descendente, o ascendente

    normalmente incorpora um crescendo. Os saxes podero iniciar o gliss ascendentes

    pianssimo, ou possivelmente em sub tone (sub tone um efeito muito usado e

    bastante bonito. utilizado basicamente em dois contextos: o backing, "cama" para

    um solo de metal ou soli, ou para um solo de saxes. Consiste em um som macio

    com um pouco de ar presente, produzido por um leve relaxamento, soltura da

    embocadura e com a colocao de ar nas bochechas e nas cavidades da boca). Os

    trombones tm uma vantagem bvia em execut-los. Os trompetistas podero usar

    a tcnica de 1/2 vlvula. Uma localizao determinada da nota da culminncia do

    glissando muito importante e realmente muito difcil para jovens msicos com

    pouca experincia.

    Exemplo 21

    Notas fantasmas (ghost notes) so aquelas dedilhadas, mas que no soam

    realmente com a mesma fora, peso e ataque, ou importncia de uma nota regular.

    O exemplo 22 mostra o uso das notas fantasmas.

    Exemplo 22

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    responsabilidade do Maestro ou chefe de bancada, decidir onde as notas

    fantasmas so apropriadas. Mesmo que no sejam indicadas, elas so muito usadas

    em andamentos rpidos e complexos. Normalmente em colcheias e semicolcheias,

    para facilitar um fraseado suave e equilibrado. O exemplo 23 ilustra as notaes

    apropriadas para trompetes e trombones nas notas abertas e fechadas. Com surdina

    plunger mute. O sinal (+) indica fechado e o sinal (O) indica aberto.

    Exemplo 23

    Esta matria complicada e difcil, tanto para os alunos com poucaexperincia, quanto para os instrutores. No entanto, a chave para o sucesso com a

    banda ou grupo camerstico muito trabalho, ensaio e experimentao, por isso, o

    instrutor/maestro poder mudar ou acrescentar marcaes de articulaes no seu

    repertrio, adaptando-as para o seu grupo. O importante ter uma direo da

    articulao que ser usada para todos. Uma banda ou conjunto camerstico afinada

    e com fraseado e articulaes bem resolvidos, j est um passo frente.

    4 Respirao

    simples fato de soprar no significa produzir som. Para que a

    emisso seja correta, com a fluidez e perfeio necessrias boa

    execuo de uma obra, indispensvel, alm do domnio da

    tcnica da embocadura, um perfeito conhecimento da respirao,

    base substancial para os nossos propsitos artsticos.

    A respirao mais recomendada para os instrumentistas de sopro a

    diafragmtica. Ela permite a execuo de longas frases, o aumento da amplitude do

    som e a emisso afinada das notas em pianssimo na regio aguda, porque graas a

    ela os pulmes podem desenvolver toda a sua capacidade e o diafragma pode

    impulsionar de maneira mais controlada a coluna de ar.

    Se observarmos algum deitado em decbito dorsal (posio do corpo de

    quem est deitado de bruos), notaremos que a sua respirao naturalmente

    diafragmtica. por esta razo que aconselhamos nossos alunos a se exercitarem

    O

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    primeiramente nessa posio. Em seguida podero comear os exerccios de p ou

    sentados.

    4.1 Inspirao

    4.1.1 Inspirao em trs fases

    De p ou sentado, com o busto e a cabea erguidos, exalar todo o ar que

    puder, contraindo o diafragma, como se este fosse um fole. Imaginar que os

    pulmes esto divididos em trs partes: base, parte mdia e parte superior. Inspirar

    lentamente pelo nariz sem levantar os ombros, enchendo primeiramente a base.

    Deter a inspirao por alguns segundos e continuar enchendo a parte mdia. Deter

    novamente a inspirao e encher finalmente a parte superior at esgotar acapacidade pulmonar. Repetir Ester exerccio vrias vezes, at conscientizar o seu

    mecanismo.

    4.1.2 Inspirao numa s fase

    Inspirar lentamente pelo nariz, enchendo primeiramente a base, em seguida a

    parte mdia e finalmente a parte superior, at esgotar a capacidade pulmonar.

    4.2 Expirao

    Exalar lentamente pela boca, contraindo o diafragma e os msculos

    intercostais. medida que o ar vai sendo expulso, estes voltam posio de

    repouso, empurrando a coluna de ar.

    Para melhor compreenso desse mecanismo em comparar o trax a um

    cilindro aberto. O diafragma seria representado por um pisto que se desloca de

    baixo para cima dentro desse cilindro (fig.1). Outro exemplo seria comparar otrabalho do diafragma com os movimentos de um fole (figs. 2 e 3).

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    Aconselhamos aos nossos alunos, antes de pegarem o instrumento,

    praticarem estes exerccios durante alguns minutos num local vem arejado.

    Como eles servem tambm para relaxar-se, so muito teis antes das

    apresentaes pblicas.

    4.3 Exerccios respiratrios sem o instrumento

    Estes exerccios tm como objetivo aumentar a capacidade pulmonar. Por

    essa razo, indispensvel pratic-los regularmente.

    4.3.1 Exerccio I

    Este exerccio dever ser feito inicialmente deitado em decbito dorsal (posio

    do corpo de quem est deitada de bruos). A fim de melhor sentir e controlar osmovimentos do diafragma conveniente colocar um livro pesado sobre o ventre.

    Uma vez compreendido o mecanismo do exerccio, prossegui-lo de p da

    seguinte maneira:

    a) Colocar a palma da mo sobre o abdome, bem abaixo das costelas.

    b) Inspirar lentamente pelo nariz. Dever-se- se sentir que o diafragma

    empurra a mo.

    c) Continuar inalando lentamente, expandindo o trax, de maneira a inspirar

    uma boa quantidade de ar.

    d) Sustentar a respirao por alguns segundos.

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    e) Exalar lentamente pela boca.

    4.3.2 Exerccio II

    a) Proceder como nos trs primeiros itens do exerccio I.

    b) Exalar lentamente, interrompendo a expirao com freqentes pausas, a

    fim de fortalecer os msculos empregados no controle da coluna de ar.

    4.3.3 Exerccio III

    a) Sentado ou em p, inalar lentamente, ora pelo nariz, ora pela boca.

    b) Esgotada a capacidade pulmonar, reter o ar durante alguns segundos.

    4.3.4 Exerccio IV

    a) Inalar rapidamente pela boca.

    b) Exalar lenta e constantemente pela boca, produzindo o som

    correspondente a um S prolongado (ssss...). Desta forma ser mais fcil verificar a

    regularidade da expirao.

    5 Respirao Contnua ou Circular

    respirao contnua ou circular um recurso que permite tocar um

    instrumente de sopro sem interromper o fluxo de ar. Consiste em expulsar o

    ar armazenado na boca, enquanto inspira-se, simultaneamente, pelo nariz.

    Inicialmente, queremos ressaltar que ela no absolutamente

    indispensvel ao msico. apenas um recurso para permitir a execuo de frasesexcessivamente longas, especialmente, na msica do sculo XX, impraticveis com

    a respirao normal. A falta de critrios no seu emprego, no entanto, poder

    acarretar um certo mal estar entre os ouvintes no habituados com esse tipo de

    respirao.

    importante ressaltar que esta tcnica deve ser somente praticada quando o

    msico j tiver um domnio completo da respirao diafragmtica.

    Apesar de sua popularidade recente entre os adeptos da msicacontempornea, a respirao contnua , no entanto, uma tcnica milenar

    A

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    empregada, principalmente, entre os povos orientais na fabricao artesanal do

    vidro.

    Dentre todos os instrumentos de sopro, a flauta a que oferece maiores

    dificuldades para a sua aplicao, em razo do grande volume de ar empregado e

    da pouca presso utilizada na produo do som.

    Com os instrumentistas do palheta ou de bocal, obtm-se melhores

    resultados j que, ao contrrio da flauta, eles necessitam de muita presso e

    oferecem por si s um ponto de apoio para os lbios, facilitando o processo de

    armazenamento do ar. Por esse motivo, o flautista necessita de uma embocadura

    especial, mais relaxada do que a normalmente utilizada.

    5.1 Exerccios Mecnicos

    1 Exale todo o ar dos pulmes.

    2 Infle as bochechas.

    3 Expulse o ar das bochechas de maneira a provocar um rudo. Ao faz-lo,

    certifique-se de que o orifcio entre os lbios, por onde o ar escapa, situa-se na

    mesma posio utilizada na embocadura normal.

    medida que o ar vai sendo expulso, inspire, simultaneamente, pelo nariz, demaneira a repor o ar, anteriormente, existente nos pulmes. Repita o exerccio vrias

    vezes at automatiz-lo.

    Outros exerccios muito interessantes, semelhantes ao anterior, consistem em

    substituir o ar armazenado nas bochechas, por gua.

    1 Encha a boca de gua.

    2 Expulse o ar dos pulmes.

    3 Expulse a gua pressionando as bochechas e inspire, simultaneamente,pelo nariz.

    Depois de alguma prtica, o prximo asso dera fazer os exerccios no mtodo

    conhecido como bolha dgua, o qual consiste em fazer borbulhas dentro de um

    copo de gua com o auxlio de um canudinho de refresco.

    1 Inspire, normalmente, pelo nariz.

    2 Expire atravs do canudinho, produzindo as borbulhas, inspirando ao

    mesmo tempo pelo nariz.

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    Nas primeiras tentativas, normal que o ar se esgote rapidamente. Por isso,

    deve-se praticar, regularmente, com muita concentrao a fim de manter o fluxo

    constante das borbulhas.

    preciso, tambm se concentrar no momento da inspirao para evitar a

    entrada da gua no conduto errado.

    O momento mais difcil a transio do uso do ar das bochechas para o ar

    dos pulmes, quando se verifica uma ligeira interrupo. Com muito treino, porm,

    essa transio tornar-se- imperceptvel.

    6 Bibliogafia

    DICIONRIO GROOVE DE MSICA: edio consisa / editado por Stanley

    Sadie; editora-assistente Alison Latham; traduo Eduardo Francisco

    Alves. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.

    LIRA, Enelruy Freitas

    Exemplos musicais; Finale 2011 e Adobe acrobat, em multimdia:

    Fortaleza, 2011. CDROM.

    MED, Bohumil

    Teoria da msica. Braslia, DF: Editora Mudimed, 4 edio revista e

    ampliada,1996.

    WOLTZENLOGEL, Celso

    Mtodo Ilustrado de Flauta. Rio de Janeiro: Editora Irmos Vitale Editores, 3

    edio revista e ampliada, 1995.

    Revista Weril. Maio/Junho, 2002, ano 24, n 141, dica tcnica n 59 Maestro BetoBarros. Julho/Agosto, 2002, ano 24, n 142, dica tcnica n 60 Maestro Beto Barros.