12 -Aparelho Reprodutor Feminino

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Fisiologia Aplicada a Esttica Fisiologia Digestria II APARELHO REPRODUTOR FEMININO O sistema reprodutor feminino composto pelos ovrios, tubas uterinas (trompas de falpio), tero e vagina.

OVRIOS Nos ovrios ocorrem produo de hormnios, como, por exemplo, os hormnios sexuais femininos (estrgenos e progesterona) e ovcitos secundrios (clulas que se tornam vulos, ou ovos, caso haja fertilizao). constitudo por 3 zonas distintas: o crtex, que constitui a maior parte do ovrio, delimitado pelo epitlio germinativo e contm o estroma e os folculos. O estroma contm clulas tecais, clulas contrcteis e tecido conjuntivo. As estruturas foliculares so constitudas por ovcitos rodeados de clulas da granulosa (uma ou mais camadas, consoante o estadio de desenvolvimento); a medula, formada por um agregado celular heterogneo; o hilo, por onde entram e saem vasos sanguneos. O folculo uma unidade formada por muitas clulas, presentes nos ovrios. dentro dos folculos que se desenvolve o vulo e ocorre a produo de hormnios sexuais femininos. A mulher nasce com aproximadamente 200 000 folculos primrios em cada ovrio, os quais amadurecem formando os folculos secundrios. A partir da puberdade, uma vez por ms, um folculo secundrio amadurece mais ainda, por estmulo do hormnio hipofisrio FSH (Hormnio Folculo Estimulante), e forma o folculo maduro ou folculo de Graaf, que contm o vulo e produz grande quantidade de estrgeno, que prepara o tero para a gravidez. Caso ocorra a fecundao, o corpo-lteo, por estmulo da gonadotrofina corinica, produzida pela placenta, permanece produzindo a progesterona, o que mantm o endomtrio proliferado, capaz de nutrir o embrio em desenvolvimento. Caso no se verifique a gravidez, o corpo-lteo regride, transformando-se no corpo albicans. Aps 14 dias da ovulao, pela falta de progesterona, o endomtrio descama, constituindo a menstruao, quanto tem incio um novo ciclo hormonal. TROMPAS DE FALPIO OU TUBAS UTERINAS So dois ductos que unem o ovrio ao tero. Seu epitlio de revestimento formado por clulas ciliadas. Os batimentos dos clios microscpicos e os movimentos 1

Fisiologia Aplicada a Esttica Fisiologia Digestria II peristlticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino at o tero. TERO no tero que se fixar o vulo fertilizado, ocorrendo, ento, desenvolvimento da gestao at seu final, quando ocorre o trabalho de parto. o

VAGINA atravs da vagina que os espermatozides so introduzidos no sistema reprodutor feminino, alm disso, neste rgo que se localiza o canal de nascimento.

FONTE: www.vivita.com.br REGULAO HORMONAL DA FUNO OVARIANA: O EIXO HIPOTLAMOHIPFISE-OVRIO (HHO). As funes do eixo hipotlamo-hipfise-ovariano (HHO) envolvem neurnios do hipotlamo mdio basal, gonadotropos hipofisrios e clulas teca-granulosas de um nmero varivel de folculos ovarianos de acordo com o perodo da vida e a fase do ciclo menstrual. No sistema endcrinoreprodutivo, as gonadotrofinas sofrem variaes qualitativas e quantitativas especficas segundo o perodo de vida, obedecendo a modulao do hipotlamo, da prpria hipfise e dos esterides ovarianos. (MEDEIROS, S.F.; MEDEIROS, M.M.W.Y, in: Modificaes dos nveis de gonadotrofinas durante a vida reprodutiva. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.29 no.1 Rio de Janeiro Jan. 2007. este eixo que sustenta o funcionamento hormonal da mulher sendo a funo ovariana regulada: HIPOTLAMO: GnRh (Hormnio Libertador das Gonadotrofinas) que neurohormnio regulador de gonadotrofinas. HIPFISE: Que regula os hormnios: FSH (Hormnio Folculo Estimulante) e o LH 2

Fisiologia Aplicada a Esttica Fisiologia Digestria II (Hormnio Luteinizante). OVRIO: Que regula o estradiol e a progesterona. CICLO MENSTRUAL O ciclo menstrual causado pela secreo alternada dos hormnios folculoestimulante e luteinizante, pela adenohipfise, e dos estrognios e progesterona, pelos ovrios. O ciclo de fenmenos que induzem essa alternncia tem a seguinte explicao: 1No comeo do ciclo menstrual, isto , quando a menstruao se inicia, a pituitria anterior secreta maiores quantidades de hormnio folculo-estimulante juntamente com pequenas quantidades de hormnio luteinizante. Juntos, esses hormnios promovem o crescimento de diversos folculos nos ovrios e acarretam uma secreo considervel de estrognio. 2 - Acredita-se que o estrognio tenha, ento, dois efeitos seqenciais sobre a secreo da pituitria anterior. Primeiro, inibiria a secreo dos hormnios folculo-estimulante e luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mnimo por volta do dcimo dia do ciclo. Depois, subitamente a pituitria anterior comearia a secretar quantidades muito elevadas de ambos os hormnios, mas principalmente do hormnio luteinizante. essa fase de aumento sbito da secreo que provoca o rpido desenvolvimento final de um dos folculos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias. 3O processo de ovulao, que ocorre por volta do dcimo quarto dia de um ciclo normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades considerveis de estrognio. 4O estrognio e a progesterona secretados pelo corpo lteo inibem novamente a pituitria anterior, diminuindo a taxa de secreo dos hormnios folculo-estimulante e luteinizante. Sem esses hormnios para estimul-lo, o corpo lteo involui, de modo que a secreo de estrognio e progesterona cai para nveis muito baixos. nesse momento que a menstruao se inicia, provocada por esse sbito declnio na secreo de ambos os hormnios. 5Nessa ocasio, a pituitria anterior, que estava inibida pelo estrognio e pela progesterona, comea a secretar outra vez grandes quantidades de hormnio folculo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher. APARELHO REPRODUTOR MASCULINO O sistema reprodutor masculino formado por: Testculos ou gnadas Vias espermticas: epiddimo, canal deferente, uretra. Pnis Escroto Glndulas anexas: prstata, vesculas seminais, glndulas bulbouretrais. TESTCULOS So as gnadas masculinas. Cada testculo composto por um emaranhado de tubos, os ductos ou tbulos seminferos sendo formados pelas: 3

Fisiologia Aplicada a Esttica Fisiologia Digestria II Clulas de Srtoli (de sustento e de Nutrio); Epitlio Germinativo (onde ocorrer a formao dos espermatozides). Em meio aos ductos seminferos, as clulas intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormnios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsveis pelo desenvolvimento dos rgos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundrios: Estimulam os folculos pilosos para que faam crescer a barba masculina e o plo pubiano. Estimulam o crescimento das glndulas sebceas e a elaborao do sebo. Produzem o aumento de massa muscular nas crianas durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares. Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz. Fazem com que o desenvolvimento da massa ssea seja maior, protegendo contra a osteoporose. EPIDDIMOS So dois tubos enovelados que partem dos testculos, onde os espermatozides so armazenados. CANAIS DEFERENTES So dois tubos que partem dos testculos, circundam a bexiga urinria e unemse ao ducto ejaculatrio, onde desembocam as vesculas seminais. VESCULAS SEMINAIS Responsveis pela produo de um lquido, que ser liberado no ducto ejaculatrio que, juntamente com o lquido prosttico e espermatozides, entraro na composio do smen. O lquido das vesculas seminais age como fonte de energia para os espermatozides e constitudo principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrognio no protico, cloretos, colina (lcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamnico B) e prostaglandinas (hormnios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contrao da musculatura lisa do tero na dismenorria clica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatao em artrias do crebro, o que talvez justifique as cefalias dores de cabea da enxaqueca. So formados a partir de cidos graxos insaturados e podem ter a sua sntese interrompida por analgsicos e antiinflamatrios). PRSTATA Glndula localizada abaixo da bexiga urinria. Secreta substncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozides. GLNDULAS BULBO URETRAIS OU DE COWPER Sua secreo transparente lanada dentro da uretra para limp-la e preparar a passagem dos espermatozides. Tambm tem funo na lubrificao do pnis durante o ato sexual. PNIS considerado o principal rgo do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pnis encontra-se a glande - cabea do pnis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulao da pele que a envolve - o prepcio - acompanhado de estmulo ertico, ocorre a inundao 4

Fisiologia Aplicada a Esttica Fisiologia Digestria II dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considervel aumento do tamanho (ereo). O prepcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreo sebcea espessa e esbranquiada, com forte odor, que consiste principalmente em clulas epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepcio). Quando a glande no consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepcio, diz-se que a pessoa tem fimose. URETRA comumente um canal destinado para a urina, mas os msculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereo para que nenhuma urina entre no smen e nenhum smen entre na bexiga. Todos os espermatozides no ejaculados so reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. SACO ESCROTAL OU BOLSA ESCROTAL OU ESCROTO Um espermatozide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles no podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5C). Assim, os testculos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a funo de termorregulao (aproximam ou afastam os testculos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 C abaixo da corporal.

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FONTE: www.infoescola.com ESPERMATOGNESE A espermatognese o processo de formao e desenvolvimento dos espermatozides. Os espermatozides so clulas sexuais especializadas que possuem metade dos cromossomos paternos, graas meiose. A formao dos espermatozides implica uma srie de divises celulares (inicialmente por mitose e posteriormente por meiose) e nas modificaes a partir das clulas germinativas primordiais, localizadas no interior da parede dos tbulos seminferos que originam as espermatognias. A espermatognese na espcie humana dura aproximadamente 48 dias e pode ser dividida em trs fases ou perodos distintos: FASE DE MULTIPLICAO Ocorre, a partir dos seis ou sete anos de idade, quando as espermatognias diplides se dividem por mitoses sucessivas. A primeira diviso mittica origina duas outras espermatognias igualmente diplides, sendo que uma delas ir substituir a espermatognia que iniciou o processo, garantindo assim a continuidade desta fase, durante toda a vida do indivduo. A outra espermatognia seguir as transformaes para tornar-se espermatozide. FASE DE CRESCIMENTO CELULAR Inicia-se a partir da puberdade, sob estmulo dos hormnios gonadotrficos. As espermatognias de localizao mais profunda nos tbulos seminferos passam a aumentar de volume, nutridas pelas clulas de Sertoli, caracterizando um curto perodo de crescimento. Nesta fase, no ocorrem divises celulares. As espermatognias passam ento a ser denominadas de espermatcitos primrios ou de primeira ordem. Estas clulas ainda mantm a mesma carga cromossmica das espermatognias, ou seja, continuam diplides. FASE DA MATURAO Nesta fase, o espermatcito primrio sofrer uma diviso meitica reducional (meiose I), originando dois espermatcitos secundrios ou de segunda ordem. Estas clulas j so haplides, pois possuem a metade do nmero de cromossomos dos espermatcitos primrios. Na seqncia, os espermatcitos secundrios sofrero meiose equacional (meiose II), originando quatro espermtides igualmente haplides. As espermtides haplides no realizam mais divises e sofrero algumas modificaes morfolgicas e estruturais, denominadas espermiognese, originando finalmente os espermatozides. Portanto, cada espermatcito primrio diplide que participa da espermatognese origina, ao final do processo, quatro espermatozides haplides. Isso justifica o grande nmero de espermatozides encontrados no esperma, em cada ejaculao, com um nmero oscilante entre 300 a 500 milhes.

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