121118537 Questoes de Processo Penal

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    Caderno

    de Questes

    Processo Penal

    Parte Integrante do Livro: "Processo Penal"NO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

    SRIE

    Norberto Cludio Pncaro Avena

    SO PAULO

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    SUMRIO

    1. Inqurito policial ........................................................................... 5

    2. Ao penal ..................................................................................... 8

    3. Questes incidentais ..................................................................... 12

    4. Jurisdio e competncia .............................................................. 16

    5. Prova penal .................................................................................... 20

    6. Priso e liberdade provisria ........................................................ 277. Procedimentos ................................................................................ 34

    8. Nulidades ....................................................................................... 44

    9. Sentena penal ............................................................................... 47

    10. Questes correlatas recursos criminais ................................... 51

    11. Habeas corpus, reviso criminal, mandado de segurana, cor-reio parcial e reclamao ........................................................ 59

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    QUESTES

    1. INQURITO POLICIAL

    Questo 01. (XLI Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2000)

    Assinale a alternativa correta:

    (A) O arquivamento do inqurito policial, a requerimento do Ministrio Pblico, cria aprecluso.

    (B) Da deciso que arquiva o inqurito policial, a requerimento do Ministrio Pblico, caberecurso de apelao.

    (C) Da deciso que arquiva o inqurito policial, a pedido do Ministrio Pblico, cabemandado de segurana.

    (D) Da deciso que arquiva o inqurito policial, a pedido do Ministrio Pblico, cabecorreio parcial.

    *(E) Nenhuma das alternativas anteriores est correta.

    Questo 02. (Concurso para Delegado de Polcia substituto de Santa Catarina 2001)

    Se o crime for de alada privada, o inqurito policial ser iniciado mediante:

    (A) Portaria do delegado de polcia.*(B) Requerimento da vtima ou de quem legalmente a represente, ou mediante auto de

    priso em flagrante.1

    (C) Requisio de rgo do Ministrio Pblico.(D) Requerimento do escrivo de polcia, dirigido ao delegado.

    Questo 03. (Concurso para Delegado de Polcia substituto de Santa Catarina 2001)

    Sobre inqurito policial, assinale a alternativa CORRETA.

    *(A) Cabe ao chefe de polcia receber recurso, quando se trata de indeferimento de re-querimento de abertura de inqurito policial.

    (B) Sendo o inqurito policial, em sntese, um importante procedimento informativo, apesarde no ser ato de jurisdio estatal, os vcios nele existentes afetam a ao penala que deu origem.

    1 Lembre-se que, nos crimes de ao penal privada, o incio do inqurito policial por meio de auto depriso em flagrante exige que este contenha, no prprio corpo do documento ou em anexo, a manifestaode vontade da vtima requerendo a instaurao do inqurito policial.

    QUESTES ELABORADAS ANTES DA VIGNCIA DAS LEIS

    11.672 / 11.689 / 11.690 e 11.719TODAS DE 2008

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena6

    (C) A portaria que instaura o inqurito policial suprida pelo boletim de ocorrncia oupelo boletim de acidente de trnsito.

    (D) Como a polcia judiciria exercida pelas autoridades policiais, no territrio de suasrespectivas circunscries policiais, tendo por fim a apurao das infraes penais eda sua autoria, o Cdigo de Processo Penal expressamente veda que autoridade deuma circunscrio (Estado ou Municpio) investigue fatos criminosos praticados emoutra circunscrio.

    Questo 04. (Concurso para Delegado de Polcia substituto de Santa Catarina 2001)

    Analise as seguintes afirmativas.

    I No gera constrangimento ilegal a instaurao, em paralelo, pela autoridade policial es-tadual, de inqurito sobre crimes de competncia da Justia Federal, por isso mesmo jem investigao em procedente inqurito da Polcia Federal.

    II O prazo de envio do inqurito policial Justia de 30 dias, estando ru preso ou

    solto.III No se justifica deciso condenatria apoiada exclusivamente em inqurito policial, poisse viola o princpio constitucional do contraditrio.

    IV O inqurito policial pode ser arquivado de ofcio pelo juiz e rgo do Ministrio Pblico,sendo vedado ao delegado de polcia praticar tal ato.

    Assinale a alternativa CORRETA.

    (A) Somente a afirmativa IV verdadeira.(B) Somente as afirmativas I e III so verdadeiras.(C) Somente as afirmativas II e IV so verdadeiras.

    *(D) Somente a afirmativa III verdadeira.

    Questo 05. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Cear

    2001)O Delegado Z nega-se a atender requisio abertura de inqurito policial, subscrita pelo

    Promotor H, alegando falta de atribuies ao procedimento persecutrio a caber em outrajurisdio.

    (A) Tem-se diante conflito de atribuies.(B) O promotor de justia, em casos que tais, deve substituir-se ao delegado de polcia

    e, ento, ele prprio instaurar procedimento investigatrio.*(C) A requisio dotada de carter compulsrio, obrigando a abertura de inqurito

    policial.(D) Em qualquer circunstncia o membro do Ministrio Pblico no pode investigar.(E) O princpio inquisitrio ampara o comportamento do Delegado Z.

    Questo 06. (8. Concurso para ingresso na Magistratura Federal da 1. Regio

    2001)

    Assinale a alternativa correta em relao atuao do magistrado no inqurito policial:

    I Se o Ministrio Pblico no incluir um dos indiciados na denncia, nem sobre ele formularpedido direto de arquivamento, operou-se arquivamento implcito, de tal maneira que lhe vedado, posteriormente, aditar a denncia para inclu-lo. Se o fizer deve o juiz rejeitaro aditamento.

    II Pode o juiz determinar o arquivamento de inqurito policial sem requerimento nessesentido do Ministrio Pblico, posto que o Cdigo de Processo Penal probe apenas oarquivamento direto pela autoridade policial.

    III O deferimento pelo juiz de arquivamento do inqurito em ao penal privada implicadeclarao de extino da punibilidade pela renncia.

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    QUESTES 7

    IV Deferido o arquivamento de inqurito policial, o art. 18 do CPP permite o desarquiva-mento apenas com base em fatos novos.2

    (A) A II e a IV esto corretas.(B) A II e a V esto corretas.(C) A I e a III esto corretas.

    *(D) Nenhuma das alternativas.

    Questo 07. (Concurso para ingresso na Magistratura Estadual do Distrito Federal

    2001)

    Sobre o inqurito policial:

    I Trata-se de procedimento administrativo til formao da opinio delicti, mas pode serdispensado para o oferecimento da denncia.

    II Os atos nele praticados pela autoridade policial no se acham livres do controle judicialde sua legalidade.

    III Eventuais vcios nele contidos no justificam a anulao da ao penal a que deu origem.*(A) Todas as proposies so verdadeiras.(B) Todas as proposies so falsas.(C) Apenas uma das proposies verdadeira.(D) Apenas uma das proposies falsa.

    Questo 08. (Concurso para ingresso na Magistratura do Paran 2004)

    O contraditrio, garantia constitucional do cidado, caracterstica primordial do processo:

    (A) inquisitivo.(B) inquisitrio.(C) misto.

    *(D) acusatrio.

    Questo 09. (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de So Paulo

    2006)

    O prazo geral para encerramento do inqurito policial (art. 10, Cdigo de Processo Penal) de

    (A) cinco dias se o indiciado estiver preso e de dez dias se ele estiver solto.(B) cinco dias se o indiciado estiver preso e de quinze dias se estiver solto.

    *(C) dez dias se o indiciado estiver preso e de trinta dias se estiver solto.(D) dez dias se o indiciado estiver preso e de vinte dias se estiver solto.

    Questo 10. (Concurso para Delegado de Polcia do Maranho 2006)

    Em conformidade com o Cdigo de Processo Penal brasileiro, no que tange ao inquritopolicial correto afirmar:

    *(A) A incomunicabilidade do indiciado depender sempre de despacho nos autos e somenteser permitida quando o interesse da sociedade ou a convenincia da investigaoo exigir.

    (B) O inqurito policial dever terminar no prazo de 20 dias, se o indiciado tiver sidopreso em flagrante ou estiver preso preventivamente.

    (C) A autoridade policial, atualmente, poder mandar arquivar autos de inqurito, havendodispositivo legal expresso autorizando.

    2 O desarquivamento do inqurito policial exige que surjamprovas substancialmente novas. De qualquerforma, a alternativa lacnica, deixando dvidas quanto sua interpretao e permitindo a alegao denulidade.

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena8

    (D) O inqurito policial dever terminar no prazo de 45 dias quando o indiciado estiversolto, mediante fiana ou sem ela.

    (E) Nos crimes de ao pblica ou privada o inqurito policial poder ser iniciado deofcio, mediante requisio da autoridade judiciria ou do Ministrio Pblico.

    Questo 11. (Concurso para o cargo de Analista Judicirio TRF 4. Regio 2007)

    Analise as assertivas:

    I O inqurito policial deve ser instaurado por meio de relatrio e encerrado mediante por-taria da autoridade policial.

    II Em razo do princpio da oralidade do processo, no h necessidade de serem as peasdo inqurito policial reduzidas a escrito ou datilografadas.

    III No inqurito policial, o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado podero re-querer qualquer diligncia, que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    Est correto o que consta SOMENTE em

    (A) I e II.(B) I e III.(C) II.(D) II e III.

    *(E) III.

    GABARITO

    01 E 07 A

    02 B 08 D

    03 A 09 C

    04 D 10 A

    05 C 11 E

    06 D

    2. AO PENAL

    Questo 01. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico de Minas Gerais

    2000)

    Assinale a alternativa incorreta:

    (A) O prazo para o exerccio do direito de queixa peremptrio, no se suspendendonem se interrompendo, ocorrendo a extino da punibilidade pela decadncia, casono seja intentada a ao penal no perodo estabelecido pela lei, ainda que haja oofendido, ou quem tenha qualidade para represent-lo, requerido a instaurao doinqurito policial no prazo legal.

    (B)A ao penal de iniciativa privada regida pelo princpio da convenincia, que dao ofendido a faculdade de promov-la, se for esse seu interesse, e pelo princpioda disponibilidade, que lhe permite desistir da ao proposta.

    (C) Na ao penal de iniciativa privada subsidiria da pblica no admissvel a con-cesso de perdo, bem como a ocorrncia da perempo.

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    QUESTES 9

    (D)O crime de induzimento ao erro essencial e ocultao de impedimento, que se configuraquando o agente contrai casamento induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultan-

    do-lhe impedimento que no seja casamento anterior, so de ao penal de iniciativa privadapersonalssima, pois o direito de queixa s pode ser exercido pelo cnjuge enganado.*(E) Concluindo o Ministrio Pblico que houve, na queixa, excluso voluntria e expressa

    de autor do crime pelo querelante, poder adit-la para inclu-lo, intervindo em todosos termos subseqentes do processo.

    Questo 02. (Concurso para ingresso na Magistratura Federal da 1. Regio 2001)

    Em caso de crime de ao penal pblica condicionada representao,

    (A) Se for instaurado inqurito policial sem a representao, o delegado dever, de ofcio,determinar arquivamento do inqurito.

    (B)Apresentada a representao, a instaurao do processo ocorrer mediante posteriorqueixa do ofendido ou de seu representante legal.

    *(C) A ausncia de representao constituir falta de condio para a instaurao do

    processo.(D) A decadncia do direito de representar em relao ao representante legal impede,

    segundo orientao do Supremo Tribunal Federal, o oferecimento de representaopelo ofendido.

    (E)Se a representao for oferecida, poder haver retratao at o momento da sentena.

    Questo 03. (Concurso para ingresso na Magistratura Estadual do Distrito Federal

    2001)

    Sobre ao penal:

    I Das funes institucionais conferidas ao Ministrio Pblico pela Constituio Federal, desta-ca-se: promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei. Isto significa quefoi abolida do ordenamento jurdico ptrio a ao penal privada subsidiria, e que notem mais vtima legitimidade para apelar, supletivamente, de sentena absolutria.

    II Embora caiba ao Ministrio Pblico zelar pela observncia do princpio da indivisibilidadeda ao penal privada, segundo o qual, havendo concurso de agentes, todos devem serincludos na queixa, no lhe facultado aditar a referida pea para nela incluir co-autorbeneficiado por expressa renncia do querelante.

    III Admite-se, nos crimes de ao privada, o perdo, que atua como causa de extino dapunibilidade. O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, sem que seproduza, todavia, efeito em relao ao que recusar.

    Alternativas:

    (A) Todas as proposies so verdadeiras.(B) Todas as proposies so falsas.(C)Apenas uma das proposies verdadeira.

    *(D)Apenas uma das proposies falsa.

    Questo 04. (XLI Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2001)

    Assinale a alternativa INCORRETA.

    (A) A representao no exige forma especial, bastando que o ofendido manifeste o desejode instaurar contra o autor do fato o pertinente procedimento legal.

    (B) Os direitos de queixa e de representao podem ser exercidos, independentemente,pela vtima menor de 21 e maior de 18 anos ou por seu representante legal.3

    3 Concurso realizado antes da vigncia do novo Cdigo Civil, quando a questo objeto desta assertiva passoua ser discutida. Na atualidade, porm, consolidado que, possuindo idade superior a 18 anos, apenas avtima poder exercer tal direito.

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    (C) A enumerao contida no art. 31 do CPP (no caso de morte do ofendido ou quan-do declarado ausente por deciso judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir

    na ao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo) taxativa, noadmitindo ampliao.(D) A representao ser irretratvel depois de recebida a denncia pelo juiz.

    *(E) No oferecida a representao no prazo legal, ocorre a prescrio, causa extintivada punibilidade.

    Questo 05. (XLIII Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2003)

    O Ministrio Pblico o dono da ao penal pblica, tanto condicionada quanto incondicionada.Mas h exceo a tal princpio, admitindo-se ao penal privada quando:

    (A) O Ministrio Pblico desistir da ao penal.(B) O Ministrio Pblico no aditar ao penal.(C) O Ministrio Pblico s denunciar um acusado quando o inqurito policial indicar

    dois acusados.(D) O Ministrio Pblico requerer o arquivamento do inqurito policial.

    *(E) O Ministrio Pblico no intentar ao penal no prazo legal.

    Questo 06. (Concurso para ingresso na Magistratura do Distrito Federal 2001)

    Sobre decadncia e perempo:

    I A decadncia e a perempo so causas de extino da punibilidade, mas a primeira sse verifica na hiptese de crime de ao penal privada.

    II A perempo no impede que, pelo mesmo fato, nova queixa seja oferecida pela vtimaou seu representante legal, desde que observado o prazo de decadncia.

    III O prazo para o exerccio do direito de queixa do representante legal do menor conta-seda data em que este completar 18 anos.

    (A) Todas as proposies so verdadeiras.*(B) Todas as proposies so falsas.(C) Apenas uma das proposies verdadeira.(D) Apenas uma das proposies falsa.

    Questo 07. (XLIII Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2003)

    So institutos prprios da ao penal privada:

    (A) Prescrio e renncia.(B) Decadncia e perdo judicial.(C) Precluso e rejeio.

    *(D) Perempo e decadncia.(E) Renncia e desero.

    Questo 08. (Concurso para ingresso na carreira de Defensor Pblico de Alagoas

    2003)

    Em princpio, toda ao penal pblica, pois um direito subjetivo do titular perante o

    Estado-juiz. A distino que se faz entre ao pblica e ao privada se estabelece

    apenas em razo da legitimidade para agir; se promovida pelo Estado, por intermdio

    do Ministrio Pblico, ela ao penal pblica; se a lei defere o direito de agir vtima,

    ao penal privada.

    Considerando as idias do texto acima e os dispositivos legais acerca da ao penal, julgueos itens seguintes.

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    QUESTES 11

    8.1 Admite-se, nos crimes de ao privada, o perdo, que atua como causa de extinoda punibilidade. O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, sem

    que se produza, todavia, efeito em relao ao que recusar.8.2 Por se tratar de ao penal privada subsidiria da pblica, admite-se o perdo se o

    querelante quiser desistir da ao penal.8.3 Da deciso que rejeita a denncia ou queixa, cabe interpor o recurso de apelao.4

    8.4 Se o Ministrio Pblico no oferecer denncia no prazo legal, caber ao querelanteintentar ao penal privada subsidiria da pblica. Nesse caso, o Parquet poderrepudi-la, oferecendo denncia substitutiva.

    8.5 A ao penal privada personalssima somente pode ser intentada pelo ofendido, nohavendo sucesso por morte ou ausncia.

    8.6 Ao receber os autos do inqurito policial, o Ministrio Pblico dever oferecer denn-cia no prazo de cinco dias, se o ru estiver preso, ou quinze dias, se ele estiversolto. Porm, tratando-se de crime de imprensa, o prazo ser de dez dias paraoferecimento.

    Questo 09. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Paran

    2004)

    Assinale a alternativa incorreta:

    (A) irrecorrvel a deciso de arquivamento de inqurito policial, no podendo, tampou-co, nesse caso, ser intentada ao penal mediante queixa subsidiria. Determinado oarquivamento do inqurito policial, o ofendido no ficar impedido de propor ao civilpara efeito de reparao do dano decorrente de delito.

    *(B) Na ao penal pblica condicionada representao a retratao do ofendido oudo seu representante legal s possvel at a citao. Na ao privada, a qualquertempo se faculta ao ofendido a desistncia, a renncia e o perdo.

    (C) A queixa, seja na ao privada exclusiva, quer na ao privada subsidiria, poder seraditada no prazo de 03 (trs) dias pelo Ministrio Pblico, a quem caber intervir em

    todos os termos subseqentes do processo; o Ministrio Pblico ainda poder repudiara queixa supletiva, por entend-la inepta, oferecendo denncia substitutiva.(D) Citado o acusado por edital e no comparecendo para o interrogatrio nem constituindo

    defensor, o processo e o curso do prazo prescricional ficaro suspensos. Nesse caso,o juiz poder determinar a produo antecipada de provas urgentes e, se for o caso,decretar a priso preventiva.

    (E) O juiz, aps interrogar o acusado sobre sua pessoa e os fatos, facultar s partes aformulao de reperguntas. Se o interrogando no responder ao que lhe for perguntado,seu silncio no importar em confisso, nem ser interpretado em seu prejuzo; se,porm, negar a acusao, poder indicar provas.

    Questo 10. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Acre

    2005):

    Na ao penal privada, o perdo do ofendido:*(A) ato que ocorre aps o ajuizamento da ao, equivale desistncia e caracteriza-se

    pela bilateralidade, j que exige aceitao (mesmo tcita) do querelado.(B) Pode ser concedido pelo ofendido, tanto na ao penal privada exclusiva como na

    ao penal privada subsidiria da pblica, acarretando, caso aceito pelo querelado,extino do processo.

    4 Alternativa discutvel. que a deciso de no-recebimento da denncia no sinnimo de rejeio. Para aprimeira, taxativo o cabimento do RSE (art. 581, I, do CPP). A segunda, porm, para alguns apelvel(v.g. TJRS), enquanto para outros enseja RSE (v.g. TRF 4. Regio). Alm disso, h situaes em quecaber apelao da rejeio por fora de lei, o que ocorre na Lei de Imprensa (art. 44, 2., da Lei5.250/1967) e na Lei 9.099/1995 (art. 82).

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    (C) Reflete no processo, em relao ao autor remanescente, havendo mais de um querelante,se for concedido por um deles, em razo do princpio da indivisibilidade da ao penal.

    (D) Pode ser concedido em qualquer tempo, antes ou depois do trnsito em julgado deeventual sentena condenatria.

    Questo 11. (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional So Paulo

    2006):

    Sobre a ao penal, assinale a alternativa correta.

    *(A) A representao nos crimes de ao penal pblica condicionada ser irretratvel depoisde oferecida a denncia.

    (B) Se o juiz discordar do pedido de arquivamento do inqurito policial, determinar queo Ministrio Pblico oferea a denncia.

    (C) Em caso de ao privada subsidiria da pblica, o Ministrio Pblico pode aditar aqueixa, mas no repudi-la e oferecer denncia substitutiva.

    (D) Salvo disposio em contrrio, o ofendido decair do seu direito de queixa ou derepresentar se no o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia emque o crime foi praticado.

    GABARITO

    01 E 8.2 Errada

    02 C 8.3 Errada

    03 D 8.4 Certa

    04 E 8.5 Certa

    05 E 8.6 Certa

    06 B 09 B

    07 D 10 A

    08 8.1 Certa 11 A

    3. QUESTES INCIDENTAIS

    Questo 01. (Concurso para ingresso na Magistratura do Rio Grande do Sul 2000)Antnio Carlos, doente mental, matou Joo Lopes com um golpe de faca. Foi instaurado o

    incidente de insanidade mental, tendo o laudo do Instituto Psiquitrico Forense conclu-do ser o denunciado inimputvel, enquadrando-o no art. 26, caput, do CP. Face suacondio, nada disse quando ouvido, tanto na polcia quanto em juzo. Entretanto, umatestemunha presencial disse ter sido o ru agredido com uma paulada na cabea antesde matar a vtima com uma facada, fato confirmado pelo dono do bar onde o crimeocorreu. O juiz deve:5

    5 A resposta questo no gabarito oficial foi bastante questionada no Estado do Rio Grande do Sul poca do concurso. Isso porque o enunciado no fornece dados que permitam concluir no sentido de quehouvesse certeza da legtima defesa de forma a permitir a absolvio sumria prpria (sem medida desegurana).

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    QUESTES 13

    (A) Prolatar sentena de absolvio sumria, por ser o ru doente mental, com aplicaode medida de segurana.

    *(B) Prolatar sentena de absolvio sumria, por ter o ru agido em defesa legtima, semaplicao de medida de segurana.

    (C) Pronunciar o ru para que o jri aprecie a tese defensiva da legtima defesa.(D) Impronunciar o ru por ser ele doente mental e por ter mantido silncio.(E) Impronunciar o ru por ser ele doente mental, fato comprovado por laudo conclusivo

    do Instituto Psiquitrico Forense.

    Questo 02. (81. Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico de So

    Paulo 2000)

    Instaurado o incidente de falsidade de documento, o juiz assinar a cada uma das partes,para prova de suas alegaes, o prazo de

    (A) 2 (dois) dias.

    (B) 8 (oito) dias.(C) 5 (cinco) dias.*(D) 3 (trs) dias.(E) 10 (dez) dias.

    Questo 03. (81. Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico de So

    Paulo 2000)

    Pelo sistema vigente, o incidente de insanidade mental do acusado no poder ser instau-rado:

    (A) Por requerimento do Ministrio Pblico.*(B) Por determinao da autoridade policial.(C) Por requerimento do irmo do acusado.

    (D) Por requerimento do cnjuge do acusado.(E) De ofcio, pelo juiz.

    Questo 04. (173. Concurso para ingresso na Magistratura de So Paulo 2000)

    correto afirmar que:

    *(A) As coisas relacionadas com o fato criminoso, apreendidas durante o inqurito policial,no podero ser restitudas antes de transitar em julgado a sentena final, enquantointeressarem ao processo.

    (B) O exame mdico-legal, no incidente de insanidade mental do acusado, pode sersuprido pela inspeo pessoal do juiz.

    (C) O exame mdico-legal, para a verificao da integridade mental do sujeito do crime,no pode ser ordenado na fase do inqurito policial.

    (D) Haver conflito negativo de jurisdio quando duas ou mais autoridades judicirias seconsiderarem competentes para conhecer do mesmo fato criminoso.

    Questo 05. (172. Concurso para ingresso na Magistratura de So Paulo 2000)

    O curso da prescrio da pretenso punitiva no fica suspenso enquanto:

    *(A) Se processa o incidente de insanidade mental do acusado.(B) O ru cumpre pena em pas estrangeiro.(C) No for resolvida, noutro processo, questo de que depende o reconhecimento da

    existncia do crime.(D) O ru, citado por edital, no comparece em juzo, nem constitui advogado.

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena14

    Questo 06. (XLI Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2000)

    Divergindo dois promotores de justia quanto a quem cabe o oferecimento da denncia,est-se diante de:

    (A) Conflito positivo de jurisdio.(B) Conflito negativo de jurisdio.(C) Conflito de competncia.

    *(D) Conflito de atribuies.(E) Nenhuma das alternativas anteriores est correta.

    Questo 07. (XLIII Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2003)

    Assinale a alternativa INCORRETA:

    (A) O exame de insanidade mental do acusado pode ser ordenado durante a tramitao

    da ao penal e tambm durante o inqurito policial.(B) A correio parcial medida que se destina a combater error in procedendo e deve

    ser interposta no prazo de cinco dias.(C) O Ministrio Pblico no pode opor embargos infringentes, ainda que a deciso de

    Segunda Instncia, ao absolver o ru, no tenha sido unnime.(D) Admite-se a acareao entre acusado e testemunha, sempre que divergirem, em suas

    declaraes, acerca de fatos ou circunstncias relevantes.*(E) No pedido de restituio de coisa apreendida, a oitiva do Ministrio Pblico no

    indispensvel, ficando, por isso, ao prudente critrio do juiz.6

    Questo 08. (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil/Paran 2004)

    Em relao s medidas assecuratrias correto afirmar:

    (A) Inexistem no processo penal as denominadas medidas assecuratrias.*(B) admissvel o arresto prvio como medida pr-cautelar.(C) A especializao de hipoteca legal pode recair sobre bens mveis.(D) O seqestro no comporta defesa pelo acusado.

    Questo 09. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Paran

    2004)

    Assinale a alternativa incorreta:

    (A) A restituio das coisas apreendidas poder ser ordenada pela autoridade policial oujuiz, mediante termo nos autos, desde que no exista dvida quanto ao direito doreclamante; se duvidoso o direito, o pedido de restituio autuar-se- em apartado,devendo o requerente produzir prova em cinco dias, decidindo o juiz criminal, emseguida, o incidente; se houver dvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz

    remeter as partes para o juzo cvel.(B) O incidente de insanidade mental poder ser instaurado ainda na fase do inqurito.Determinando o exame o juiz nomear curador ao acusado e suspender o proces-so, se j iniciada a ao penal, podendo determinar a realizao de diligncias quepossam ser prejudicadas pelo adiamento.

    (C) direito do advogado recusar-se a depor como testemunha: 1) em processo no qualatua ou atuou como patrono, ainda que tenha renunciado causa e que a solicitaotenha partido do constituinte; 2) sobre fato relacionado com pessoa de quem seja oufoi advogado, mesmo quando autorizado pelo constituinte; e 3) sobre fato acobertadopor sigilo profissional.

    6 A oitiva prvia do Ministrio Pblico, antes de decidir o magistrado quanto restituio de coisa apreen-dida, possui expressa previso no art. 120, 3., do CPP.

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    QUESTES 15

    *(D) Somente quando a prpria autoridade policial ou judiciria no a realizar pessoalmente,a busca domiciliar dever ser precedida da expedio de mandado; a busca pessoal

    em mulher ser feita por pessoa do mesmo sexo, se no importar retardamento ouprejuzo da diligncia.(E) O juiz poder, de ofcio, ouvir testemunhas no indicadas pelas partes, mesmo alm

    das pessoas a que as testemunhas numerrias se referirem; poder, outrossim, emdecorrncia de elementos trazidos aos autos durante a instruo, proceder a novointerrogatrio ou reinquirir testemunhas.

    Questo 10. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Acre

    2005)

    De acordo com o Cdigo de Processo Penal, bens imveis, em relao aos quais haja in-dcios veementes de que tenham sido adquiridos pelo investigado, indiciado ou ru como produto da infrao penal, podero ser objeto de:

    *(A) Seqestro, que poder ser determinado pelo juiz de ofcio, a requerimento do Ministrio

    Pblico ou do ofendido, ou, ainda, mediante representao da autoridade policial.(B) Busca e apreenso, que poder ser determinada pelo juiz de ofcio ou mediante

    requerimento do Ministrio Pblico, desde que o ofendido seja pobre e no tenhacondies de constituir defensor para promov-la.

    (C) Hipoteca legal, que poder ser determinada pelo juiz mediante requerimento do ofen-dido ou, se houver interesse da Fazenda Pblica, ainda no inqurito policial, medianterequerimento da autoridade policial.

    (D) Arresto, que poder ser determinado pelo juiz apenas mediante requerimento do Mi-nistrio Pblico ou representao da autoridade policial.

    Questo 11. (127 Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de So Paulo

    2005)

    Sobre a influncia do julgado penal no cvel, assinale a alternativa correta.

    *(A) No impede a propositura da ao civil a deciso que julgar extinta a punibilidade.(B) Impede a propositura da ao civil a sentena que decidir que o fato imputado no

    constitui crime.(C) No faz coisa julgada no cvel a sentena penal que reconhecer ter sido o ato pra-

    ticado em estrito cumprimento de dever legal.(D) Faz coisa julgada no cvel a sentena penal que absolver por insuficincia de pro-

    vas.

    Questo 12. (128 Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de So Paulo

    2006)

    Em relao ao incidente de insanidade mental, o Cdigo de Processo Penal

    (A) condiciona a sua instaurao a requerimento feito pelo Ministrio Pblico, defensor,

    curador, ascendente, descendente, irmo ou cnjuge.*(B) admite a sua instaurao ainda na fase de inqurito, mediante representao daautoridade policial ao juiz competente.

    (C) prev que o juiz nomeie curador ao acusado somente depois de os peritos conclurempela sua inimputabilidade.

    (D) estipula que nenhum ato ou diligncia seja praticado durante o perodo de suspensodo processo em virtude da instaurao do incidente.

    Questo 13. (Concurso para Delegado de Polcia do Maranho 2006)

    Considere as afirmativas abaixo a respeito das medidas assecuratrias.

    I O juiz poder ordenar o seqestro de bens imveis, em qualquer fase do processo ouainda antes de oferecida a denncia ou queixa.

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena16

    II Se houver indcios veementes da provenincia ilcita dos bens mveis poder ser decre-tado seqestro deles desde que no caso no caiba apreenso.

    III O Ministrio Pblico detm a legitimidade exclusiva para requerer a hipoteca legal sobreos imveis do indiciado at a prolao de sentena.

    IV A medida assecuratria de seqestro autuar-se- em apartado e admitir embargos deterceiro.

    De acordo com o Cdigo de Processo Penal brasileiro, est correto o que se afirma APE-NAS em:

    (A) I, II e III.(B) I e III.

    *(C) I, II e IV.(D) II e IV.(E) II, III e IV.

    GABARITO

    01 B 08 B

    02 D 09 D

    03 B 10 A

    04 A 11 A

    05 A 12 B

    06 D 13 C

    07 E

    4. JURISDIO E COMPETNCIA

    Questo 01. (81. Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico de So

    Paulo 2000)

    De acordo com o nosso sistema, a competncia ser determinada pela conexo intersubjetivapor simultaneidade:

    (A) Quando a prova de uma infrao ou de qualquer de suas circunstncias elementaresinfluir na prova de outra infrao.

    (B) Se, ocorrendo duas ou mais infraes penais, houverem sido praticadas para facilitarou ocultar as outras.

    (C) Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infrao.*(D) Se, ocorrendo duas ou mais infraes penais, houverem sido praticadas, ao mesmo

    tempo, por vrias pessoas reunidas.(E) Se, ocorrendo duas ou mais infraes penais, houverem sido praticadas para conseguir

    a impunidade ou vantagem em relao a qualquer delas.

    Questo 02. (173. Concurso para ingresso na Magistratura de So Paulo 2000)

    Suponha-se um crime de extorso mediante seqestro que se estende por vrias comarcas,sendo instaurados vrios inquritos policiais. Nessa hiptese, a competncia jurisdicionalser determinada:

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    QUESTES 17

    (A) Pelo lugar em que se deu a privao da liberdade da vtima.(B) Pelo lugar em que foi praticado o ltimo ato de execuo.

    *(C) Pela preveno.(D) Pela conexo.

    Questo 03. (Concurso para ingresso na Magistratura Estadual de Minas Gerais

    2000)

    Prefeito municipal e vereador, cometendo crime doloso contra a vida, em concurso de agentes,devero ser julgados:

    (A) Ambos pelo Tribunal do Jri.(B) Ambos pelo Tribunal de Justia.

    *(C) O prefeito pelo Tribunal de Justia e o vereador pelo Tribunal do Jri.(D) O prefeito pelo Tribunal do Jri e o vereador pelo Tribunal de Justia.(E) O prefeito pelo Superior Tribunal de Justia e o vereador pelo Tribunal de Justia.

    Questo 04. (VIII Concurso para a Magistratura Federal da 1. Regio 2001)

    Sobre competncia ratione locci, assinale a alternativa correta:

    I Em caso de crime cometido no limite territorial de duas comarcas, sendo incerto o localdo crime, ambos os juzos so competentes.

    II No crime de leso corporal seguida de morte so competentes tanto o juzo onde ocorreua leso corporal como aquele em que ocorreu a condio de maior punibilidade.

    III No crime de homicdio alguns tribunais e o prprio STJ tm dado interpretao contralegem para a fixao da competncia territorial.

    IV Nos crimes permanentes, tais como nos crimes qualificados pelo resultado, a competnciafixa-se pela preveno.

    (A) Apenas a I est correta.(B) A I e a II esto corretas.(C) Todas esto erradas.

    *(D) A I e a III esto corretas.

    Questo 05. (Concurso para ingresso na Magistratura Federal da 4. Regio 2001)

    Assinalar a alternativa correta: procurador da Repblica com atuao em Florianpolis, forado uso de suas atribuies e por motivos particulares, discute e entra em luta corporalcom delegado da Polcia Federal, em Londrina, na sede dessa repartio pblica, vindo aferi-lo com golpes de bengala. A vtima, levada para tratamento em Curitiba, no resistindo gravidade das leses, vem a morrer.

    (A) O ru deve ser julgado pelo Tribunal do Jri da Justia Estadual em Londrina.(B) O ru deve ser julgado pelo Tribunal do Jri da Justia Federal em Curitiba.

    (C) O ru deve ser julgado pelo Tribunal do Jri da Justia Estadual em Curitiba.*(D) O ru deve ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4. Regio, em razo de

    prerrogativa de funo.

    Questo 06. (Concurso para ingresso na Magistratura do Distrito Federal 2001)

    Sobre JURISDIO:

    I o poder do Estado de julgar com autoridade; de dizer o direito em carter imperativoe definitivo.

    II Informam-na alguns princpios, dentre os quais o da indeclinabilidade, segundo qual nopode o juiz abster-se de julgar, ainda que no processo atue, como membro do MinistrioPblico, o filho de seu cunhado.

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena18

    III Abriga o princpio da correlao ou da relatividade ne procedat judex ultra petitum etextra petitum que impede o juiz de dar ao fato definio jurdica diversa daquela que

    consta da denncia ou queixa.(A) Todas as proposies so verdadeiras.(B) Todas as proposies so falsas.

    *(C) Apenas uma das proposies verdadeira.(D) Apenas uma das proposies falsa.

    Questo 07. (XLIII Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2003)

    Assinale a alternativa correta: Juarez iniciou a execuo de um crime no territrio nacional,mas a consumao aconteceu no Uruguai. Como ser determinada a competncia paraefeito de ao penal:

    (A) Pela residncia do ru.(B) Pela preveno.(C) Pela conexo.(D) Pela Capital do pas onde consumado o delito.

    *(E) Pelo local em que praticado o ltimo ato de execuo no Brasil.

    Questo 08. (Concurso para ingresso na Magistratura do Rio Grande do Sul 2003)

    Assinale a assertiva correta:

    (A) Em relao determinao do lugar do crime, o Cdigo Penal adotou a teoria daubiqidade, s aplicvel, no entanto, s infraes penais consumadas.

    (B) Furtos praticados em continuidade delitiva, parte em territrio nacional e parte emterritrio argentino, no ficam sujeitos lei penal brasileira.

    (C) Aplica-se a lei penal brasileira ao brasileiro que, fora do territrio nacional, pratiquefato contravencional brasileiro.

    (D) A Lei 9.099/95, em relao ao tempo do crime, adotou a teoria do resultado.*(E) O cnsul uruguaio acreditado junto ao Governo Brasileiro, quando em misso diplo-mtica, goza de imunidade de jurisdio penal no Brasil.

    Questo 09. (Concurso para ingresso na Carreira do Ministrio Pblico do Paran 2004)

    Indique a alternativa incorreta:

    (A) O assistente do Ministrio Pblico no ser admitido durante o inqurito policial, mas,no curso do processo, poder ser admitido mesmo aps a prolao da sentena,enquanto esta no transitar em julgado. Sendo caso de competncia do Tribunal doJri, o assistente poder aditar o libelo.

    (B) Verificada a reunio dos processos por conexo ou continncia, ainda que no proces-so de sua prpria competncia, venha o juiz a proferir sentena absolutria ou quedesclassifique a infrao para outra que no se inclua na sua competncia, continuar

    competente em relao aos demais processos.(C) De regra, a competncia ser determinada pelo lugar em que se consumar a infrao,ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o ltimo ato executrio; seo lugar da infrao for desconhecido, a competncia ser do Juzo do domiclio ouresidncia do ru; finalmente, se o paradeiro do ru tambm for desconhecido, sercompetente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.

    *(D) Conexos os crimes praticados por policial militar e por civil, ou acusados estes comoco-autores da mesma infrao, haver unidade de processo e julgamento perante ojuzo prevalente, nesse caso, a jurisdio militar.

    (E) Compete Justia Militar Estadual processar e julgar os policiais militares e bombei-ros militares nos crimes militares definidos em lei; compete, porm, Justia Comumprocessar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado emservio, bem como os crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil.

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    QUESTES 19

    Questo 10. (X Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Acre

    2005)

    Considere a seguinte situao: acidente de trnsito, no qual um caminho transportando trsmil garrafas de leo de soja, desgovernado, vem a tombar em rodovia Nesse contexto,moradores de vila prxima ao local do acidente, sem qualquer vnculo, aproximam-se einiciam o saque da carga do veculo. A hiptese:

    (A) de continncia concursal ou por cumulao subjetiva.(B) de conexo objetiva ou conseqencial.

    *(C) de conexo intersubjetiva de simultaneidade ou ocasional.(D) No caracteriza conexo e nem continncia.

    Questo 11. (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio Grande do

    Sul 2006)

    No que se refere aplicao da lei penal brasileira, assinale a assertiva correta:

    (A) A lei posterior, que de qualquer modo favorece o agente, aplica-se aos fatos anteriores,desde que decididos por sentena condenatria transitada em julgado.(B) Quanto ao tempo do crime, o Brasil adota a teoria da ubiqidade.

    *(C) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direitointernacional, ao crime cometido no territrio nacional.

    (D) Segundo o princpio da personalidade ativa, aplica-se a lei brasileira ao crime cometidopor estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil.

    Questo 12. (Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio Grande do

    Sul 2006)

    Conforme o Cdigo Penal Brasileiro, considera-se local do crime:

    (A) O lugar onde ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, no sendo relevanteo local onde se produziu o resultado.

    (B) Somente o lugar em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado.*(C) O lugar da ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou

    deveria produzir-se o resultado.(D) Somente o lugar onde se produziu toda a ao ou omisso, no sendo relevante o

    local onde se produziu o resultado.

    Questo 13. (Concurso para Juiz de Direito Substituto de Alagoas 2007)

    Um juiz estadual do Rio de Janeiro e sua esposa, engenheira civil, so acusados de, emco-autoria, terem cometido homicdio doloso simples na cidade de Macei, em Alagoas.

    A respeito do(s) rgo(s) competente(s) para o processo e o julgamento do juiz e de suaesposa, pode-se afirmar que

    (A) os dois sero julgados pelo Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro.

    (B) os dois sero julgados pelo Tribunal de Justia do Estado de Alagoas.(C) os dois sero julgados pelo Tribunal de Jri de Macei.*(D) o juiz de direito ser julgado pelo Tribunal de Justia do Rio de Janeiro e sua esposa

    pelo Tribunal do Jri de Macei.(E) o juiz de direito ser julgado pelo Tribunal de Justia de Alagoas e sua esposa pelo

    Tribunal do Jri de Macei.

    Questo 14. (Concurso para o cargo de Analista Judicirio TRF 4. Regio 2007)

    Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente, dentre outros, nasinfraes penais comuns,

    (A) os membros dos Tribunais Regionais do Trabalho.(B) o Governador do Distrito Federal.

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena20

    (C) os membros do Tribunal de Contas do Distrito Federal.(D) os membros dos Tribunais Regionais Federais.

    *(E) os membros do Tribunal Superior Eleitoral.7

    GABARITO

    01 D 08 E

    02 C 09 D

    03 C 10 C

    04 D 11 C

    05 D 12 C06 C 13 D

    07 E 14 E

    5. PROVA PENAL

    Questo 01. (Concurso para ingresso na Magistratura do Rio Grande do Sul 2000)

    Aps a qualificao da testemunha, o promotor de justia argi a amizade ntima desta como ru, dizendo-a suspeita e indigna de f. O juiz, ento, interpela a testemunha, que

    confirma a circunstncia da amizade ntima. Em tal situao, o juiz deve:*(A) Tomar o compromisso da testemunha e inquiri-la normalmente.(B) Dispensar a inquirio, excluindo a testemunha.(C) Indeferir o compromisso e inquirir a testemunha.(D) Ouvir o defensor e, se este concordar, determinar a substituio da testemunha.(E) Consultar a testemunha para saber se deseja depor; recusando, ser dispensada.

    Questo 02. (Concurso para ingresso na Magistratura do Rio Grande do Sul 2000)

    As testemunhas, em regra, prestam o compromisso legal de dizer a verdade, na forma doart. 203 do CPP. Excetuam-se, entre outros,

    (A) os menores de 21 anos e maiores de 16 anos, em qualquer hiptese.(B) os menores de 21 anos e maiores de 16 anos, a no ser quando assistidos por

    curador.(C) os menores de 18 anos.*(D) os menores de 14 anos.(E) os deficientes auditivos.

    Questo 03. (Concurso para ingresso na Magistratura Federal da 5. Regio 2001)

    Em relao prova, no sistema brasileiro, correto afirmar que:

    (A) O nus da prova no processo penal, segundo entendimento pacfico da doutrina, sempre da acusao.

    7 Art. 102, I, c, da Constituio Federal.

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    QUESTES 21

    (B) O momento para o acusado propor a prova testemunhal o de seu interrogatrioem juzo.

    (C) Para a produo da prova pericial, nos crimes punidos com deteno, basta umperito oficial.

    *(D) A prova da menoridade, para fins penais, deve ser feita por documento hbil, conformejurisprudncia assentada no Superior Tribunal de Justia.

    (E) Se admite, de forma tranqila na doutrina, a delao como prova para a condenao.

    Questo 04. (Concurso para ingresso na Magistratura do Distrito Federal 2001)

    Sobre provas.

    I O juiz penal no est obrigado a admitir como verdadeira a confisso do ru.

    II O juiz penal, quando julgar necessrio, poder ouvir outras testemunhas, alm das indi-cadas pelas partes, bem como pessoas por elas referidas.

    III A interceptao de comunicaes telefnicas, de qualquer natureza, para prova em in-

    vestigao criminal ou instruo processual penal, depender sempre de ordem judicialque, no entanto, no poder ser concedida se o fato investigado constituir crime punido,no mximo, com pena de deteno.

    *(A) Todas as proposies so verdadeiras.(B) Todas as proposies so falsas.(C) Apenas uma das proposies verdadeira.(D) Apenas uma das proposies falsa.

    Questo 05. (XLIII Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2002)

    Visando a provar inocncia, o acusado exibe em juzo carta confidencial que lhe fora dirigida.Tal atitude poder benefici-lo ou no:

    (A) A Constituio Federal assegura o sigilo de correspondncia, tornando inaceitvel oexpediente.

    (B) A prova considerada ilcita.(C) O princpio do contraditrio exclui o uso da carta.(D) A privacidade do ru inviabiliza a utilizao do documento.

    *(E) admissvel o uso da carta com base no princpio da defesa plena.

    Questo 06. (XLIII Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Rio

    Grande do Sul 2002)

    A confisso do ru, quando feita no interrogatrio, :

    (A) Irretratvel.(B) Invlida.(C) Sinnimo de prova plena.

    (D) Indivisvel.*(E) Divisvel e retratvel.

    Questo 07. (Concurso para ingresso na Magistratura de Santa Catarina 2003)

    O ordenamento jurdico brasileiro, em matria de prova, no processo penal:

    *(A) Adota, para avaliao da prova, como regra, o sistema do livre convencimento motivado,mas, em relao ao jri, admite julgamento por convico ntima.

    (B) No ope restrio produo de qualquer tipo de prova, em virtude de acolher oprincpio da verdade real.

    (C) Atribui ao acusado o nus de provar sua inocncia, sob pena de, em no fazendodentro do processo, ter sua condenao reconhecida.

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    (D) Considera nulo o processo se faltar o exame de corpo de delito, no admitindo osuprimento por prova testemunhal.

    (E) Permite, como regra, acusao e defesa fazerem reperguntas diretas ao ru nointerrogatrio.

    Questo 08. (Concurso para Ingresso na Carreira da Defensoria Pblica da Unio

    2004/CESPE)

    Acerca das provas no processo penal, julgue os itens a seguir.

    8.1. Tendo em vista a preservao das relaes familiares, permite-se, no processo penal,que se eximam de depor os ascendentes e os descendentes do acusado, bem comoseu cnjuge, exceto se estiver separado judicialmente.

    8.2. Os deputados estaduais, no caso de serem arrolados como testemunhas, devero serinquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.

    Questo 09. (Concurso para ingresso na Magistratura do Paran 2004)

    A apreenso de documento em poder do defensor do acusado:

    (A) No permitida, pois deve ser respeitado o sigilo profissional.(B) No permitida, pois o advogado tem imunidade processual.

    *(C) permitida, quando constituir elemento do corpo de delito.(D) permitida sempre, para que no fique tolhido o poder de polcia.

    Questo 10. (Concurso para ingresso na Magistratura do Paran 2004)

    Na apreciao ou valorao da prova, correto afirmar que vigora entre ns, em relaoao Tribunal do Jri:

    (A) O sistema das provas legais.(B) O sistema da persuaso racional.

    *(C) O sistema da ntima convico.(D) O sistema misto.

    Questo 11. (Exame de Ordem OAB/RS 01/2005)

    luz do processo penal constitucional, assinale a assertiva correta.

    *(A) O juiz, em busca da verdade real, pode agir ex officio determinando a realizao deprovas, sem com isso violar os princpios da imparcialidade, do tratamento igualitriodas partes e do sistema acusatrio.

    (B) O sujeito passivo que comparecer perante a autoridade judiciria ou policial serinterrogado na presena de seu defensor constitudo ou nomeado, que poder intervirao final do ato, formulando perguntas pertinentes e relevantes.

    (C) A busca domiciliar poder ser realizada durante a noite, no intervalo compreendido

    entre as 20 horas de um dia e s 6 horas do dia seguinte, com ordem emanada deautoridade judiciria competente.

    (D) Quando o acusado se recusa a fornecer padres grficos nos delitos de falsidadedocumental, h inverso do nus da prova, cabendo defesa provar que no foi oru quem assinou o documento.

    Questo 12. (Exame de Ordem OAB/PR 2/2005)

    Sobre o interrogatrio do acusado em juzo, assinale a alternativa correta:

    (A) No obrigatrio para o acusado presente.(B) Havendo mais de um acusado, devem ser interrogados conjuntamente frente a

    frente.

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    II Antes de sua realizao, o Juiz dever assegurar o direito de entrevista reservada doacusado com o seu defensor.

    III Logo aps esgotar seus prprios questionamentos, o Juiz dever indagar das partesse restou algum fato a ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes, se asentender pertinentes.

    IV Caso o acusado se reserve o direito de permanecer calado, dever o Juiz, obrigatoria-mente, consignar, no termo da audincia, as perguntas que, eventualmente, tenha feitoao ru e que no foram por ele respondidas.

    Esto corretas as alternativas:

    (A) I, III e IV.*(B) I, II e III.(C) II, III e IV.(D) I, II e IV.

    Questo 17. (X Concurso para Ingresso na Carreira do Ministrio Pblico do Estadodo Acre 2005)

    No processo penal brasileiro, sendo possvel obter-se a prova do fato e de suas circunstnciaspor outros meios, dever o Juiz aceitar a recusa, em depor:

    (A) De qualquer testemunha.(B) Dos ascendentes e descendentes da vtima.(C) Do cnjuge, ainda que separado ou divorciado da vtima ou do ru

    *(D) Do parente por afinidade do ru, em linha reta.

    Questo 18. (Exame de Ordem OAB/RS 01/2006)

    Em matria de prova no processo penal, incorreto afirmar que:

    (A) Salvo os casos expressos em lei, as partes podero apresentar documentos em

    qualquer fase do processo.(B) A todo tempo, o julgador poder proceder a novo interrogatrio do acusado, inclusive

    quando do julgamento das apelaes.*(C) No caso especfico de rus acusados pela prtica de crimes contra os costumes, o

    valor da confisso ser aferido independentemente dos critrios adotados para os outroselementos de prova, no sendo necessrio, para sua apreciao, o juiz confront-lacom as demais provas do processo.

    (D) Aps proceder ao interrogatrio, considerado meio de prova e de defesa, o juiz inda-gar das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntascorrespondentes se o entender pertinente e relevante.

    Questo 19. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2006)

    Sobre o depoimento judicial de ascendente ou descendente do acusado, correto afirmar:

    (A) Como testemunha, no poder se eximir da obrigao de depor.(B) Uma vez prestado o compromisso, pratica crime de falso testemunho se faltar com

    a verdade.(C) So proibidos de depor como testemunha.

    *(D) No se deferir o compromisso de dizer a verdade do que souber. 8

    (E) Podero se recusar a depor em qualquer caso.

    8 Art. 306 do CPP.

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    QUESTES 25

    Questo 20. (Concurso de Ingresso na Carreira da Defensoria Pblica de Sergipe

    2006/CESPE)

    Julgue os prximos itens, relativos a atos processuais, prova, priso e liberdade provisria.20.1 Na hiptese de a acusao, durante o julgamento pelo tribunal do jri, apresentar

    aos jurados documento novo, sem que a defesa dele tenha tomado conhecimento,a prova no ser admitida nos autos, pois se trata de prova ilcita, por afrontar anorma de direito penal.9

    20.2 O artigo do Cdigo de Processo Penal (CPP), que estabelece que a confisso nosupre o exame de corpo de delito, guarda ntida ligao com o sistema de provatarifada ou da certeza moral do legislador.

    20.3 A doutrina distingue intimao e notificao. A primeira refere-se cincia dada spartes acerca de atos processuais j realizados, enquanto a segunda diz respeito comunicao feita s partes ou a terceiros sobre os atos processuais que aindasero realizados.

    20.4 A priso provisria ou cautelar antecipa a anlise da culpabilidade do ru, uma

    vez que se trata de privao de liberdade destinada a assegurar, antes da sentenadefinitiva, a eficcia da deciso judicial.20.5 Em caso de priso temporria, o tempo da priso efetivamente cumprido, que no

    alcanvel pelo instituto da detrao penal, no pode ser computado na pena even-tualmente imposta, dada a provisoriedade dessa medida.

    20.6 O relaxamento de priso tem como causa uma priso em flagrante ilegal, ou seja,em desconformidade com o que determina o CPP, enquanto a liberdade provisriatem como causa uma priso em flagrante legal e, como conseqncia, a liberdadevinculada do autor do fato.

    Questo 21. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2007)

    O processo penal contemporneo contempla trs modelos de avaliao ou valorao da prova:

    o sistema legal; o da ntima convico; e o da persuaso racional. Sobre tais sistemasprobatrios pode-se afirmar:

    (A) O sistema legal, tambm conhecido como tarifado, tpico do procedimento acusa-trio, em que a intensa participao das partes na produo da prova pressupe oprvio estabelecimento de valores definidos a cada um dos elementos probatriosconsiderados vlidos.

    (B) O sistema da ntima convico inaplicvel no direito processual-penal brasileiro, emrazo do que dispe o artigo 93, IX, da Constituio Federal (todos os julgamentosdos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas as decises,sob pena de nulidade...).

    (C) O sistema da persuaso racional ou do livre convencimento encontra respaldo nomtodo inquisitrio, em que o magistrado tem ampla liberdade para avaliar as questesde fato, devendo apenas motivar as questes de direito.

    9 A alternativa encontra-se errada, pois, em primeiro lugar, apenas necessria a intimao da defesa quantoaos documentos que tiverem relao com o fato objeto do processo, nos termos do art. 475 do CPP.Assim, a exibio de uma reportagem jornalstica sobre o aumento da violncia, por exemplo, pode serrealizada independente de prvia cincia ao advogado. Alm disso, a questo refere-se ilicitude da provacomo decorrncia da violao de norma de direito penal. A norma violada, in casu, se for hiptese dedocumento que versar sobre o fato do processo, a do art. 475 do CPP portanto, norma de direitoprocessual penal. Por fim, gize-se que a afronta norma infraconstitucional gerailegitimidade e noilicitude. Inobstante, pensamos que, no caso de exibio de documento que verse sobre fatos do processosem prvia cincia defesa (pode ser ou no o caso da questo, pois lacnica), a hiptese ser tanto deilegitimidade (violao do citado art. 475 do CPP) como de ilicitude (violao s garantias constitucionaisdo contraditrio e ampla defesa).

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    (D) Os sistemas da ntima convico e da persuaso racional tm em comum a im-possibilidade de utilizao, na valorao da prova pelo magistrado, de mximas de

    experincia ou da notoriedade do fato.*(E) O que distingue o sistema da persuaso racional a liberdade do magistrado na

    valorao dos elementos probatrios, que, embora exista, contida pela obrigatoriedadede justificao das escolhas adotadas, diante da prova legitimamente obtida, com aexplicitao do caminho percorrido at a deciso.

    Questo 22. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2007)

    O princpio nemo tenetur se detegere, do qual decorre o direito previsto no artigo 5., LXIII,da Constituio Federal (o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o depermanecer calado...), assegura ao acusado o privilgio contra a auto-incriminao. Diantede tal princpio, correto afirmar:

    (A) O silncio do acusado durante o interrogatrio pode, legitimamente, influenciar o

    magistrado na formao de seu convencimento, atuando como um dos diversos fun-damentos de sua deciso.(B) O direito ao silncio no autoriza o acusado a deixar de participar da reconstituio

    do delito, determinada judicialmente, podendo vir a ser processado pelo crime dedesobedincia (art. 330 do CP) e ter a recusa interpretada em seu desfavor.

    (C) No existindo o dever de colaborao do acusado na produo de provas, pode ele serecusar a participar de diligncia de reconhecimento, pois se trata de direito absoluto,oponvel mesmo diante de intervenes no invasivas ou cooperaes passivas.

    *(D) A consignao das perguntas feitas ao acusado, que manifestou o desejo de per-manecer em silncio, no mais encontra respaldo legal e, por permitir a extrao deelementos para a valorao do silncio, afronta o aludido princpio. 10

    (E) O contedo do interrogatrio do ru, que mentiu em suas declaraes, pode serutilizado como circunstncia judicial desfavorvel, elevando a pena base em razo dadificuldade criada para o esclarecimento da verdade.

    Questo 23. (Concurso para Juiz de Direito Substituto de Alagoas 2007)

    A respeito de prova ilcita, a Constituio Federal

    *(A) no contm dispositivos expressos sobre a produo de prova derivada de prova ilcitae sobre a aplicao do princpio da proporcionalidade para a soluo de questessobre a ilicitude da prova.

    (B) determina, expressamente, a aplicao do princpio da proporcionalidade para a soluode questes concretas sobre a ilicitude de prova.

    (C) determina, expressamente, a aplicao do princpio da proporcionalidade em matriade prova ilcita apenas em favor do acusado.

    (D) veda, expressamente, a produo de prova derivada de prova ilcita.(E) no contm dispositivo expresso sobre a prova ilcita.

    Questo 24. (Concurso para Juiz de Direito Substituto de Alagoas 2007)

    Sobre prova criminal, NO se pode afirmar:

    (A) A interceptao telefnica possvel nos crimes punidos com recluso, no nos crimespunidos com deteno e nas contravenes penais.

    10 Esta assertiva foi considerada correta pelo gabarito oficial. Contudo, questionvel a afirmao que insere. que o art. 191 do CPP, antes da alterao introduzida pela Lei 11.792/2003, obrigava o juiz a consignar asperguntas formuladas e no respondidas pelo acusado. Com a citada alterao legislativa, desapareceu a obri-gatoriedade de consignao, tratando o art. 191, hoje, de questo diversa. Cremos, assim, que, em verdade, apar de no obrigado, possui o magistrado a faculdade de consignar, querendo, as perguntas no respondidas,conquanto no possa, evidentemente, utilizar o silncio do ru como fator de convico contra este (art. 186).Portanto, reputamos nula a questo, por no conter qualquer alternativa totalmente correta.

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    QUESTES 27

    (B) A infiltrao policial admitida no direito brasileiro.(C) No procedimento ordinrio dos crimes punidos com recluso, as partes podem arrolar

    at 8 (oito) testemunhas.(D) A lei dos crimes contra a ordem tributria favorece o co-autor ou partcipe que, por meio de

    confisso espontnea, revelar autoridade policial ou judicial sobre a trama delituosa.*(E) A busca domiciliar sempre depende de autorizao judicial.

    GABARITO

    01 A 10 C 20 20.1 Errada

    02 D 11 A 20.2 Certa

    03 D 12 C 20.3 Certa04 A 13 D 20.4 Errada

    05 E 14 A 20.5 Errada

    06 E 15 A 20.6 Certa

    07 A 16 B 21 E

    08 8.1 Errada 17 D 22 D

    8.2 Certa 18 C 23 A

    09 C 19 D 24 E

    6. PRISO E LIBERDADE PROVISRIA

    Questo 01. (Concurso para ingresso na Magistratura do Rio Grande do Sul 2000)

    Segundo o art. 594 do CPP, o ru no poder apelar sem recolher-se priso ou prestarfiana, salvo se for primrio e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentenacondenatria, ou condenado por crime de que se livre solto. Na condenao do ru,por roubo, em que reconhecida a reincidncia, nada consignando o juiz, na sentena,sobre a necessidade da priso,

    (A) de qualquer modo, s poder o ru apelar depois de recolher-se priso.(B) para evitar o recolhimento, dever a defesa ingressar com embargos declaratrios.

    *(C) o acusado permanecer em liberdade.(D) para evitar o recolhimento, o ru dever solicitar arbitramento de fiana.(E) para evitar o recolhimento, o ru dever interpor recurso de apelao.

    Questo 02. (X Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Par

    2000)

    Tendo sido denunciado como autor de um crime de furto simples, cuja pena cominada varia de1 a 4 anos de recluso, na forma do art. 155, caput, do CP brasileiro, Larapino Faltante,no dia seguinte ao seu interrogatrio, obteve sua liberdade provisria mediante fiana, paraisso pagando o valor fixado pelo juiz do processo. Durante a instruo deste, com base nasprovas testemunhais, ficou claro que cometera o delito juntamente de um comparsa, conhe-cido pelo vulgo de Carapan, resultando caracterizada a qualificadora do 4., IV, daquele

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    dispositivo legal, com cominao de pena varivel de 2 a 8 anos de recluso. Faltando aindaser ouvida a ltima testemunha de acusao, Larapino no compareceu audincia, embora

    intimado, porque, no dia previsto, 10.10.2000, estava em municpio interiorano, distante dacomarca por onde o processo tramita, no tendo comunicado, nem justificado, ao juzo essedeslocamento, que durou 10 dias. Larapino foi recolhido ao crcere, no dia 23.10.2000, ondeainda aguarda a sentena, constando de seu pronturio prisional que isso ocorreu por forada priso em flagrante iniciada no dia do crime, 03.06.2000, de vez que este passou a sercominado com pena mais gravosa e em decorrncia daquela sua ausncia. O recolhimentode Larapino ao crcere, em 23.10.2000,

    (A) est correto, de vez que motivadamente lhe foi cassada a fiana.*(B) foi acertado, porque deu motivo para o quebramento de sua fiana.(C) decorreu motivadamente tanto da cassao como do quebramento da fiana.(D) ocorreu exatamente por ser considerada inidnea a fiana que prestara, como se

    infere da situao acima.(E) deu-se porque, com a nova classificao, no decorrer da instruo processual, o crime

    se tornou inafianvel.

    Questo 03. (173. Concurso para ingresso na Magistratura de So Paulo 2000)

    Assinale a hiptese que, segundo a doutrina, constitui o flagrante presumido ou flagrante ficto.

    *(A) O agente encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papis quefaam presumir ser ele o autor da infrao.

    (B) O agente acaba de cometer a infrao.(C) O agente perseguido, logo aps a prtica da infrao penal, pelo ofendido ou por

    qualquer pessoa, em situao que faa presumir ser o autor do fato.(D) O agente preso ao estar cometendo a infrao penal.

    Questo 04. (X Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Par

    2000)

    Um juiz recebeu trs autos de inqurito policial, nenhum dos quais inaugurado por auto depriso em flagrante, indiciando trs pessoas, respectivamente, uma pela prtica da contra-veno prevista no art. 47 (priso simples de 15 dias a 3 meses ou multa) da Lei dasContravenes Penais, a segunda por ter incorrido na figura da receptao dolosa deque trata o art. 180, caput (recluso de 1 a 4 anos e multa), do CP e a terceira pelocrime de roubo definido no art. 157, caput (recluso de 4 a 10 anos e multa), tambm doCP. Verificou que, nos relatrios desses dois primeiros inquritos, as autoridades policiaisrepresentaram para que houvesse a decretao da priso preventiva. Convencendo-sedisso, o juiz a decretou, estando os seus destinatrios encarcerados h 20 dias. Notocante ao terceiro dessas peas informativas, ao denunciar o ru, o promotor de justiarequereu a imposio da custdia, o que o magistrado est tendente a atender. Acercadas decises tomadas nesse caso, certo dizer que:

    *(A) Erroneamente, o juiz decretou a priso preventiva do autor daquela contraveno

    penal, porque, por fora de lei, essa espcie de infrao no abrangida pela re-ferida custdia.(B) O juiz errou em decretar a priso preventiva, tanto do autor da referida contraveno

    como do autor do crime de receptao, porque ambos poderiam ser beneficiados comliberdade provisria com ou sem fiana, embora s at o recebimento da denncia,na situao acima.

    (C) Acertou o magistrado ao decretar a priso preventiva tanto do contraventor como do re-ceptador e acertar se vier a decretar essa custdia contra o autor do crime de roubo.

    (D) Errou o juiz ao decretar a priso preventiva do receptador, mas acertou ao decret-laem relao ao contraventor e acertar se a impuser ao autor do crime de roubo.

    (E) Nem o representante do Ministrio Pblico poderia ter requerido a decretao da prisopreventiva, menos ainda as autoridades policiais poderiam ter representado para essefim, por absoluta falta de previso legal para isso.

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    QUESTES 29

    Questo 05. (Concurso para delegado de polcia de Santa Catarina 2001)

    Sobre auto de priso em flagrante CORRETO afirmar que:

    *(A) A priso em flagrante um ato administrativo do Estado, como deixa entrever o C-digo de Processo Penal; uma medida cautelar de natureza processual que dispensaordem escrita e prevista expressamente na Constituio Federal.

    (B) Qualquer pessoa do povo poder, e as autoridades policiais e judicirias e seus respec-tivos agentes devero, prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

    (C) Tem cabimento a priso em flagrante do agente que, horas depois do delito, entre-ga-se espontaneamente polcia, que no o perseguia, e confessa o crime diante aautoridade policial.

    (D) A nota de culpa deve ser entregue ao preso no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,sendo assinada pela autoridade, com o motivo da priso, o nome do condutor e odas testemunhas.

    Questo 06. (Concurso para ingresso na Magistratura Federal da 5. Regio 2001)

    Joo e Pedro, ambos com dezenove anos de idade, aps subtrarem mediante violncia benspertencentes a Antonio, fogem. So imediatamente perseguidos por policiais que, depoisde uma hora, encontram Joo com parte dos bens subtrados. O juiz:

    (A) Deve relaxar a priso em flagrante porque ela s ocorreu depois de uma hora deperseguio.

    (B) No pode conceder a liberdade provisria sem fiana porque houve apenas recupe-rao parcial dos bens.

    (C) Deve permitir que Joo se livre solto porque menor.(D) Pode conceder fiana porque a pena mnima cominada para o roubo de dois anos

    de recluso.*(E) Pode conceder liberdade provisria sem fiana, se no estiverem presentes os requisitos

    da preventiva, embora se trate de crime cometido mediante violncia.

    Questo 07. (VIII Concurso para ingresso na Magistratura Federal da 1. Regio

    2001)

    Sobre as prises cautelares, assinale a alternativa correta:

    I No possvel priso em flagrante em crime de ao penal privada.

    II As infraes penais punidas com pena privativa de liberdade admitem a priso preventiva,excetuados os casos em que o ru se livra solto ou quando o juiz vislumbrar a incidnciade excludente de criminalidade.

    III Provida a apelao do Ministrio Pblico, interposta de deciso do jri que absolvia oru, no sentido de sua anulao, mandando submet-lo a novo julgamento, restabelece-sea priso provisria precedentemente decretada.

    IV A priso preventiva e a priso temporria somente podem ser decretadas medianterequerimento, certo tambm que a primeira tem por limite a instruo criminal.

    (A) A I e a II esto corretas.(B) A I e a III esto corretas.(C) Apenas a II est correta.

    *(D) Todas esto erradas.

    Questo 08. (Concurso para ingresso na carreira de defensor pblico da Unio

    2001)

    Marque (C) CERTO ou (E) ERRADO.

    Ado, aps dar uma trombada em uma anci, atrapalhando os movimentos desta, arrebatou-lhe a bolsa com seus pertences. Passados alguns minutos do evento criminoso e desua comunicao polcia, o meliante foi encontrado por policiais militares com a res

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    PROCESSO PENAL para Concursos Pblicos Norberto Cludio Pncaro Avena30

    furtiva, ocasio em que foi preso em flagrante. Lavrado o flagrante, a autoridade policialcomunicou a priso ao magistrado da comarca; este, aps homologar o auto, determinou

    o seu arquivamento, sem nada fundamentar. Aps o indiciamento de Ado pela prtica defurto, a autoridade policial concedeu-lhe, a pedido do defensor, a liberdade provisria comfiana. Relatado o inqurito policial, os autos foram encaminhados ao rgo do MinistrioPblico, que ofertou denncia, imputando a prtica do roubo. Ao receber a vestibularacusatria, a autoridade judiciria cassou, de ofcio, a fiana e determinou a expediode mandado de priso. Irresignado, Ado recorreu da deciso.

    Com referncia situao hipottica apresentada e legislao pertinente, julgue os itensabaixo.

    ( ) A priso de Ado foi ilegal pela ausncia do estado de flagrncia, j que ele nofoi surpreendido no ato de execuo do crime nem houve perseguio logo aps ainfrao penal.

    ( ) Juiz estava obrigado a fundamentar a manuteno da custdia de Ado ao recebera comunicao da priso, considerando que a atual Constituio da Repblica exige,como pressuposto de validade, a fundamentao das decises dos rgos do PoderJudicirio.11

    ( ) A tipificao do evento delituoso levada a efeito pela autoridade policial para aconcesso de fiana, nos casos em que a lei a admite, no vincula o rgo doMinistrio Pblico.

    ( ) Verificada a inexistncia dos pressupostos legais concesso da fiana, ou a inovaona classificao do crime, tomando-a incabvel, pode o magistrado cass-la por meiode despacho fundamentado.

    ( ) Da deciso que cassa a fiana no cabe recurso, devendo Ado impetrar uma ordemde habeas corpus para tentar coibir possvel constrangimento ilegal.

    Questo 09. (Concurso para ingresso na Magistratura do Distrito Federal 2001)

    Sobre priso preventiva e temporria.

    I A priso preventiva pode ser decretada pelo juiz em qualquer fase do inqurito policial ouda instruo criminal, sendo suficiente para justific-la a gravidade do delito.

    II A priso preventiva e a priso temporria tm, ambas, carter provisrio ou cautelar,de onde se conclui que no pode o juiz decretar a primeira na fluncia do prazo dasegunda.

    III Revogada a priso preventiva, pode o juiz de novo decret-la, se sobrevierem razesque a justifiquem.

    (A) Todas as proposies so verdadeiras.(B) Todas as proposies so falsas.

    *(C) Apenas uma das proposies verdadeira.(D) Apenas uma das proposies falsa.

    Questo 10. (Concurso de Ingresso na Carreira da Defensoria Pblica da Unio 2004/

    CESPE)

    Julgue os itens que se seguem, referentes priso.

    10.1 Em face da presuno de inocncia, a interposio de recurso extraordinrio obs-ta a expedio de mandado de priso contra o ru que responde ao processo emliberdade.

    10.2 Considere a seguinte situao hipottica. Hlio foi preso em flagrante imediatamenteaps cometer crime de homicdio e foi denunciado dentro do prazo legal, tendo de-

    11 Esta alternativa questionvel, tendo em vista que, ao homologar o flagrante, deve o juiz, inclusive paraos fins do art. 310 do CPP, pronunciar-se sob a concesso ou no de liberdade provisria, fazendo-o, semdvida, fundamentadamente.

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    QUESTES 31

    corrido mais de 81 dias entre a sua priso e a sentena de pronncia, proferida nodia 30.3.2004, com julgamento marcado para o dia 15.6.2004. Nessa situao, tendo

    em vista o tempo decorrido desde a priso em flagrante, caber a interposio dehabeas corpus, com fundamento no excesso de prazo da priso processual.

    Questo 11. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Paran

    2004)

    Sobre a priso e a liberdade provisria, assinale a alternativa incorreta:

    (A) Pode-se efetuar a priso sem mandado judicial nas hipteses de flagrante delito,transgresso militar ou crime propriamente militar, alm de ser permitida a recapturado evadido, anteriormente autuado em flagrante ou preso por fora de mandado depriso.

    (B) Presentes os pressupostos e fundamentos que autorizam a decretao da prisopreventiva, ela admissvel apenas nos crimes dolosos; e inadmissvel, portanto, nosilcitos culposos e nas contravenes.

    *(C) autoridade judiciria compete arbitrar fiana, nos casos de infraes punidas comrecluso; autoridade policial cabe o arbitramento de fiana, apenas nas hipteses emque a lei comine a pena de priso simples e multa, cumulativa ou alternativamente.

    (D) No ser concedida fiana: nos crimes punidos com recluso em que a pena mnimacominada for superior a 2 (dois) anos; bem como na hiptese de ter sido o mandadode priso expedido por juiz do cvel.

    (E) A priso temporria s pode ser decretada, quando imprescindvel para as investi-gaes do inqurito policial: em caso de seqestro e roubo, por 05 (cinco) dias, e,em se tratando de homicdio qualificado, latrocnio e trfico ilcito de entorpecentes,por 30 (trinta) dias. Referidos prazos so prorrogveis, por igual perodo, em caso deextrema e comprovada necessidade.

    Questo 12. (Concurso para Juiz de Direito do Estado da Bahia 2005)

    (Cada um dos itens a seguir apresenta uma situao hipottica referente a priso preventivae a liberdade provisria, seguida de uma assertiva a ser julgada.

    12.1 Alan praticou um grave homicdio qualificado contra a sua esposa, morta por tiros aqueima roupa na porta de sua residncia. O crime chocou os moradores da pequena epacata cidade do interior onde mora Alan, gerando clamor pblico considervel. Nessasituao, consoante entendimento do STF e do STJ, o clamor pblico e a credibilidadedas instituies autorizam a decretao da priso preventiva de Alan.

    12.1 Lus, primrio e sem antecedentes criminais, foi preso em flagrante pela prtica docrime homicdio qualificado. Nessa situao, de acordo com a jurisprudncia do STF,mesmo ausentes os motivos que autorizam a decretao da priso preventiva, Lusno ter direito concesso da liberdade provisria. 12

    Questo 13. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Acre 2005)

    Acerca da priso preventiva, considere as seguintes assertivas:

    I No admitida quando se tratar de contraveno penal

    12 Cabe ressaltar que esta alternativa foi considerada correta em razo da natureza hedionda do delito dehomicdio qualificado. poca do certamente, havia previso expressa na Lei 8.072/1990 que tal ordemde delitos seria insuscetvel de liberdade provisria. Inobstante, a alterao introduzida Lei dos CrimesHediondos pela Lei 11.464/2007 suprimiu desse diploma a vedao ao benefcio. Destarte, na atualidade,duas correntes existem: uma, no sentido da possibilidade de concesso de liberdade provisria, haja vista asupresso ao texto da Lei 8.072/1990 da proibio benesse. Outra, no sentido de que persiste a vedao,pois tal decorre do texto constitucional ao considerar inafianveis os delitos hediondos.

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    II Uma vez decretada, incidentalmente no processo, em relao a crime de natureza he-dionda, no poder ser revogada at o trnsito em julgado da sentena.

    III Pode ser decretada, em circunstncias excepcionais, nos crimes culposos.IV No admitida quando houver evidncias de ter o agente praticado o fato sob a gide

    de excludentes de ilicitude legtima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimentodo dever legal e exerccio regular de direito.

    Esto corretas as alternativas:

    (A) I e II.*(B) I e IV.(C) II e III.(D) III e IV.

    Questo 14. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2006)

    A liberdade provisria poder ser concedida sem o pagamento da fiana queles que, pormotivo de pobreza, no tiverem condies de prest-la. Obriga-se o beneficirio

    (A) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado e proibio de alterao daresidncia sem prvia comunicao, somente.

    (B) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado, proibio de freqentardeterminados lugares e proibio da ausncia de mais de oito dias da residncia semcomunicao autoridade.

    (C) somente proibio de freqentar determinados lugares e comunicao prvia auto-ridade da alterao de residncia.

    (D) ao comparecimento pessoal e obrigatrio a juzo, mensalmente, para informar e jus-tificar suas atividades.

    *(E) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado, proibio de alterao daresidncia sem prvia comunicao e proibio da ausncia de mais de oito diasda residncia sem comunicao autoridade.13

    Questo 15. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2006)

    A falta de testemunhas da infrao penal

    (A) impede a lavratura da priso em flagrante, impondo-se o seu relaxamento.(B) no impede a lavratura da priso em flagrante.

    *(C) no impede a lavratura da priso em flagrante, mas necessria a assinatura deduas pessoas que tenham testemunhado a apresentao do preso.14

    (D) no impede a lavratura da priso em flagrante, devendo o condutor prestar o com-promisso legal para o ato.

    (E) impede a lavratura da priso em flagrante, devendo a autoridade policial instaurarinqurito, ouvindo o acusado e os condutores.

    Questo 16. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2006)

    O juiz, a requerimento do Ministrio Pblico, decretou a incomunicabilidade do indiciado presopor meio de despacho fundamentado, como determina a Constituio Federal e o Cdigode Processo Penal. O defensor pblico

    (A) no poder proceder a entrevista pessoal e reservada com o acusado.(B) no poder proceder a entrevista pessoal e reservada com o acusado somente pelo

    prazo de trs dias, perodo mximo da incomunicabilidade.

    13 Regra do art. 350 do Cdigo de Processo Penal.14 Referncia ao disposto no art. 304 do Cdigo de Processo Penal.

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    *(C) poder proceder a entrevista pessoal e reservada com o acusado.(D) poder proceder a entrevista pessoal e reservada, desde que obtida a autorizao

    judicial.(E) poder proceder a entrevista pessoal, todavia com escuta ambiental.

    Questo 17. (Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Pblico de So Paulo

    2007)

    Na vspera do Natal, no planto judicirio, o defensor pblico recebe a cpia de um autode priso em flagrante de furto tentado (art. 155, c/c. art. 14, II, do CP). Aps atentaleitura, constata que o autuado, recm egresso do sistema prisional, onde cumpriu penapor furto, foi detido pelo segurana de um supermercado quando inseria, dentro de umisopor exposto para a venda, sete DVDs.

    Qual a medida a ser requerida ao juiz de planto?

    (A) A liberdade provisria do autuado, diante da ausncia de qualquer das hiptesesautorizadoras da priso preventiva.

    (B) O arbitramento de fiana, por se tratar de crime com pena mnima inferior a doisanos de recluso.

    *(C) O relaxamento do flagrante, tendo em vista a sua ilegalidade, diante do no-desen-volvimento dos atos executrios da infrao penal.

    (D) O relaxamento do flagrante, sob o fundamento da insignificncia do valor da res furtiva.(E) A liberdade provisria, em razo da ilegalidade de sua priso, efetuada por segurana

    do estabelecimento comercial.

    Questo 18. (Concurso para Juiz de Direito Substituto de Alagoas 2007)

    Em matria de priso, incorreto afirmar que, conforme dispe o Cdigo de Processo Pe-nal,

    (A) nas infraes permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto no

    cessar a permanncia.*(B) no ser concedida fiana nos crimes punidos com recluso em que a pena aplicada

    for igual ou inferior a 2 (dois) anos.(C) em qualquer fase do inqurito policial ou da instruo criminal, caber a priso

    preventiva, decretada pelo juiz, de ofcio, a requerimento do Ministrio Pblico ou doquerelante, ou mediante representao da autoridade policial.

    (D) a autoridade policial somente poder conceder fiana nos casos de infrao punidacom deteno ou priso simples.

    (E) o juiz poder revogar a priso preventiva se verificar a falta de motivos para quesubsista, bem como de novo decret-la, se sobrevierem razes que a justifiquem.

    Questo 19. (Concurso para o cargo de Analista Judicirio TRF 4 Regio 2007)

    A falta de testemunhas da infrao

    (A) impedir o auto de priso em flagrante, salvo se, alm das declaraes do condutor,existirem outras provas da materialidade e autoria do delito imputado pessoa presa.

    (B) impedir o auto de priso em flagrante, que s pode ser lavrado se, alm do condutor,duas testemunhas tiverem presenciado a prtica do delito pela pessoa presa.

    (C) impedir o auto de priso em flagrante, que s pode ser lavrado se, alm do condutor,pelo menos uma testemunha tiver presenciado a prtica do delito pela pessoa presa.

    (D) impedir o auto de priso em flagrante, salvo se, alm das declaraes do condu-tor, a pessoa presa tiver confessado a materialidade e a autoria do delito que lhe imputado.

    *(E) no impedir o auto de priso em flagrante, mas, nesse caso, com o condutor, de-vero assin-lo, pelo menos, duas pessoas que hajam testemunhado a apresentaodo preso autoridade.

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    Questo 20. (Concurso para Juiz Substituto do Paran 2007)

    Assinale a alternativa correta:

    I No se admite priso preventiva por crime doloso apenado com deteno.

    II inafianvel o porte de arma de fogo sem autorizao.

    III Quando o ru, por ser pobre, no puder prestar fiana em crime inafianvel, pode ojuiz conceder a liberdade provisria sem fiana.

    (A) Apenas as assertivas I e II esto corretas.(B) Apenas as assertivas II e III esto corretas.(C) Apenas as assertivas I e III esto corretas.

    *(D) Apenas uma assertiva est correta.

    GABARITO

    01 C 8.3 Certa 13 B

    02 B 8.4 Certa 14 E

    03 A 8.5 Errada 15 C

    04 A 09 C 16 C

    05 A 10 10.1 Errada 17 C

    06 E 10.2 Errada 18 B

    07 D 11 C 19 E

    08 8.1 Errada 12 12.1 Errada 20 D8.2 Errada 12.2 Certa

    7. PROCEDIMENTOS

    Questo 01. (Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico de Minas Gerais

    2000)

    No julgamento pelo Tribunal do Jri, se resultar dos debates a existncia de circunstnciasagravantes no articuladas no libelo, o juiz:

    *(A) Poder formular quesito a ela relativo, a requerimento do acusador.

    (B) De ofcio, poder formular quesito a ela relativo.(C) No poder formular quesito a ela relativo.(D) Formular quesito a requerimento do acusador, ouvida a defesa.(E) Nenhuma das respostas anteriores.

    Questo 02. (Concurso para ingresso na Magistratura de Minas Gerais 2000)

    O pedido de desaforamento do julgamento pelo Tribunal do Jri cabvel quando houverdvida sobre a:

    *(A) Segurana pessoal do ru.(B) Segurana pessoal do promotor de justia.(C) Segurana pessoal do defensor.

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