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N° 02/17 121 A 15 de fevereiro de 2017 121ª Edição Sub-15 e Sub-17: volta não ao mundo, mas aos estádios mineiros, em cerca de 80 dias

121ª Edição Sub-15 e Sub-17: volta não ao mundo, mas aos ... · um clube vencedor”, disse o presidente Cláudio Gonçalves na recepção dos 50 jogadores entre 14 e 17 anos

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N° 02/17 121 A 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

Sub-15 e Sub-17: volta não ao mundo, mas aos estádios mineiros, em cerca de 80 dias

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N° 02/17 121 B 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

s equipes Sub-15 e

ASub-17 de futebol do Athletic se

comprometeram no reinício dos treinos, dia 4 de fevereiro no estádio Joaquim Portugal, não em dar 'a volta ao mundo em 80 dias' (romance de aventura de Júlio Verne), mas se prepararem muito bem em 84 dias para o Campeonato da 2ª Divisão da Federação Mineira de Futebol, com início previsto para 29 de abril.

“Queremos manter a filosofia de trabalho sempre presente na história do Athletic: trabalhar com gente da cidade e da região. A maioria de vocês está conosco há muito tempo, da escolinha às categorias de base, e queremos manter isso: dar

oportunidade a quem está aqui, sem precisar buscar ninguém fora. Mas para jogar aqui tem que querer ganhar, pois o Athletic é um clube vencedor”, disse o presidente Cláudio Gonçalves na recepção dos 50 jogadores entre 14 e 17 anos para a temporada 2017.

Fábio, gerente do futebol, complementou: “Pra vir jogar bola no Athletic, a primeira coisa é estar animado”. O treinador 'Tiaguinho', do Sub-15, deu um toque especial ao termo 'fominha' na sua mensagem às equipes: “se vocês forem fominhas, iguais à equipe dirigente do futebol do Athletic, a gente está satisfeito, nos daremos bem. Fominha é persistência. É o contrário de, a qualquer coisinha,

faltar aos treinos. Persistência é fundamental para, após o resultado do jogo nos fins de semana, a gente ser feliz”.

Clayton, novo treinador do Sub-17, disse que o trabalho de formação oferecido no Athletic, além de visar que os melhores jogadores ascendam ao Sub-20 e ingressem em plantéis profissionais, é formar “seres humanos”. Segundo o gerente Fábio, a equipe Sub-20 se apresenta em março.

O Athletic chega aos 108 anos em junho com todas as suas equipes de futebol em campo, em torneios municipais, regionais e estaduais – neste, com sua primeira equipe feminina.

N° 02/17 121 C 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

ESCOLINHA DE FUTEBOL FEMININO

Clara joga desde os 4 anos, e necade 'princesinha': de igual para igual

A escolinha de futebol de campo iniciou as aulas

com quatro meninas inscritas. Conheça um pouco de Clara Jardim Nogueira, 7 anos, única mulher dentre 15 miúdos de 7 a 9 anos da turma de 15-16 horas de terças e quintas-feiras. Longos cabelos atados com prendedor 'rabicó' laranja, ela volta e meia afasta com a mão esquerda uma mecha de cabelo que teima em cair sobre o rosto no treino coletivo.

A mãe, Sílvia Brügger, professora de História na

UFSJ, historia rápido ao repórter que a trajetória futebolística de Clara começou aos anos, 4quando os pais levaram-na para comemorar o aniversário de anos do 6 irmão João na escolinha

de futebol que freqüentava. "Ela tinha 4anos, viu e pediu para entrar. De lá para cá esta é a quarta escolinha de ambos, sendo que Clara sempre foi a única menina da sua faixa etária. Meu marido e eu achamos legal ela jogar junto com meninos. No primeiro ano, professores e colegas tinham um cuidado especial com ela, até porque era menor do que os demais. Mas agora joga de igual para igual, não tem muita diferença. É uma maneira de mudar esse perfil tradicional de menina ser 'princesinha'".

N° 02/17 121 D 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

Pesquisa científica sobre cantora mineira inspirou nome

Enquanto Sílvia lembra que "a primeira coisa que melhorou na Clara com a

escolinha de futebol foi o apetite, pois comia pouco", bem como sua coordenação motora, Clara – menor jogador em altura no treino – aproveita tempo livre para pular e tentar tocar a trave superior do gol, que é bem menor para crianças da sua faixa etária. Consegue algumas vezes. No treino coletivo de 20 minutos após o treino recreativo, bate uns dois escanteios, intercepta uma ou duas bolas do time adversário – não importa se foi a bola que bateu nela – e, em pleno jogo, logo após alguém bater um lateral, imita no meio de campo o movimento: arqueia um pouco os braços e costas para trás como que segurando uma bola, e arremessa os braços para a frente sobre a cabeça. O gesto não passa de dois segundos e, segundo seguinte, volta a focar o jogo.

Sílvia diz que o marido Josemir Nogueira Teixeira, amazonense de Parintins e professor de filosofia, ao seu lado na arquibancada, é torcedor do Botafogo. E que desde os 2 anos Clara queria uma camisa alvinegra . Hoje, no igualAthletic, veste um uniforme quase

idêntico, de listras verticais pretas e brancas. Conta que pelos dois irmãos terem crescido e jogarem no campo, esqueceram um pouco a varanda do apartamento, antes lugar de jogo entre os dois. "Eles tem suas pequenas disputas, coisa de irmãos, companheiros".

Lembra que Clara fez ginástica recreativa – olímpica –, mas o local que freqüentava fechou, e

quer voltar às aulas de natação. "De vez em quando pega seu pequeno violão ao ver o irmão João, aprendiz do instrumento – e de tênis – treinar. Ela diz gostar de rock, enquanto nós, pais, prezamos a MPB e samba". Sílvia tem pesquisas, artigos, capítulos de livros e pós-doutorado sobre a carreira e obra da cantora mineira Clara Nunes, na qual se inspirou para nomear a filha.

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N° 02/17 121 E 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

Viu estréia da Seleção feminina brasileirana Olimpíada, no 'Engenhão'

Clara, acompanhada dos pais e do irmão João – também novo

frequentador da escolinha de futebol do Athletic –, foi no primeiro jogo da Seleção feminina brasileira de futebol das Olimpíadas 2016, contra a China, no 'Engenhão' (RJ). Sílvia comenta que "o futebol feminino tem pouco apoio, divulgação". Ao saber que o estádio do Athletic receberá jogos do Campeonato Mineiro 2017 Feminino no último quadrimestre, com o time adulto do Athletic participando, diz que trará Clara para ver as partidas.

A platéia então terá Clara uniformizada, de prendedor rabicó laranja nos cabelos, arremessando os braços para o alto e para frente não fantasiando o lateral como no treino coletivo da tarde de

quinta, 9 de fevereiro, mas torcendo pelas jogadoras do Athletic, que até lá deverá ver de perto treinando no mesmo gramado em que aprende a rolar a bola.

Escolinha – Meninas de 5 a 15 anos interessadas em freqüentar aulas terças e quintas-feiras, manhã ou tarde, com duração de uma

hora, devem procurar a secretaria do Departamento de Futebol no estádio Joaquim Portugal (bairro Matozinhos). Para verificar como são as aulas da sua faixa etária e/ou participar de uma aula experimental, leve sua filha(s) à secretaria, ao lado da cantina. Telefone: (32) 3371-5050. Horário comercial.

N° 02/17 121 F 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

ENTREVISTA: ANTÔNIO CLARET DE SOUZA

Campainha excluía homens do sol a pino na piscina

Você sabia que, nos anos 60 até metade dos 70, uma campainha alertava

às 11h45 os freqüentadores masculinos da piscina do Athletic para que a desocupassem até 12h, porque das 12h às 14h o parque aquático era exclusivamente feminino? E que o “terrível, rigoroso” tomador de conta Seu José suspendia quem demorasse a sair?

Quem evoca essa e outras lembranças da piscina quando começou a freqüentá-la em 1967, é o sócio Antônio Claret de Souza. Ele prossegue: naquele tempo as mulheres não podiam usar óleo bronzeador na piscina, mas traziam escondido. A molecada avisava ao tomador de conta Seu José, que ia lá, vistoriava sob a toalha no chão ou entre os pertences, e, se encontrasse, recolhia e anotava para possível punição pela diretoria. Claret, sobrenome cujo som lembra claro, branco, e não bronzeado(r), garante que nunca brincou de dedurar ao ficar sentado com colegas no encosto

dos então bancos de cimento.

Recorda que marmanjos e moças da 'Turma do Kibon' (ponto de encontro da juventude) que freqüentavam a piscina, se concentravam no lado do muro que faz divisa com a rua que sobe ao bairro Bonfim. “Um dos expoentes dessa turma, Toninho Ávila, dava um mergulho 'prancha' famoso, denominado 'Jesus Cristo': pulava de braços totalmente abertos e, nessa posição, adentrava n'água”. Outra

lembrança sua da 'rapaziada do Kibon' na piscina: “eles saltavam e faziam o corpo dar uma volta – girar lateralmente, como um parafuso – na horizontal”.

“Dos meus 11 aos 17 anos, a piscina vivia lotada. Era a maior forma de lazer e de divertimento que existia na cidade. Naquele tempo a carteira do clube era renovada mensalmente na sede social: a família pagava o mês, e era carimbada uma pequena cartolina de cada sócio que autorizava a entrada na piscina. Às vezes formava-se uma fila para pagamento e carimbo”. Claret lembra que nessa época o clube não tinha escolinha de natação mas, nas férias e horários de menor movimento, cruzava até 40 vezes o comprimento da piscina, o equivalente a mil metros, no estilo 'peito', “sem qualquer orientação técnica”.

“Eu só gostava de nadar, andar de bicicleta e caminhar”. E como que da terra e da água ele foi parar temporariamente no ar?

N° 02/17 121 G 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

Toninho Ávila amerissava com braços como asas na piscina; fiquei no caminho da “meia asa” como cadete aviador

Casado, filho e filha profissionais na capital paulista, Claret se confessa não gregário, “meio solitário”. No entanto, é um grande contador de suas reminiscências polivalentes, pois atuou em várias áreas. Compete em 'memória' com os primeiros computadores que lidou no início dos anos 80 e o fez analista de tecnologia de informação. “Nasci em 1957 em casa, em Tiradentes, pois até então era raro se nascer em hospital no interior de Minas. Meu avô materno, dono de armazém que recebia alimentos em sacas trazidos via trem que descarregava tudo na estaçãozinha local, foi dono do primeiro carro em Tiradentes”.

“Meus pais mudaram-se para São João quando eu tinha 2-3 anos. Sou o primogênito de oito irmãos. Fui semi-interno no Colégio Santo Antônio, que oferecia mais modalidades esportivas que os clubes à época, como ping-pong e espiribol, entre outras. Aos 15, ingressei dentre 22 mil candidatos, na Escola

Preparatória de Cadetes do Ar – Epcar – em Barbacena. Aos 18, segui para a Academia da Força Aérea em Pirassununga, onde éramos iniciados no vôo da aeronave T23 que, concluído, recebíamos o 'meio brevê', com apenas uma asa. Só no quarto ano se recebe o 'brevê' com as duas asas, de aspirante aviador. Abandonei o curso, mas

mantenho contato com a turma inicial da Epcar de 45 anos atrás até hoje, pelo WhatsApp. Reunimo-nos de 5 em 5 anos em Barbacena. Voar é liberdade. Por isso participei do aeroclube de São João del-Rei, pratico aeromodelismo, brinco horas na tela do computador simulando vôos e pretendo comprar um drone”.

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N° 02/17 121 H 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

Levantar novos vôos sempre a bordo da tecnologia, inclusive na ginástica e musculação

“Lido com informática desde o início dos anos 80. Estudei de modo autodidata, por ter aprendido a ser altamente metódico na vida militar. Introduzi e implementei informática nas áreas de engenharia e administrativa da então Companhia Industrial Fluminense, o que me levou a prestar vestibular para administração na então Fundação Municipal de São João del-Rei, depois de experimentar matemática e engenharia. Como passei em primeiro lugar, estudei sem pagar, prêmio que a instituição dava. Em 1987 iniciei o processo de informatização da então Funrei – hoje UFSJ –, de onde me aposentei em 2015”.

“Entre 2010 e 2014 liderei uma organização não governamental auto-sustentável que visava apoiar entidades populares na conquista de informações sobre o que até então parecia uma ciência oculta: acesso aos direitos sociais. Disseminar o conhecimento de direitos e

ajudar a construir formas de obtê-los era a proposta, mediante cursos, palestras, formação e presença nas lutas. Mas a tolerância e o jogo de cintura não eram muito presentes”.

Após aterrissar da UFSJ, Claret revela sua nova direção voltando à linguagem de seus 18 anos na AFA em Pirassununga: “decolo e recolho meu trem de pouso para novos vôos: meu principal plano é construir uma plataforma dotada de vários softwares para fornecer cursos digitais à distância para leigos que querem recordar, conhecer ou aprofundar seus

conhecimentos em alguma área”. Acrescenta: “não paro de mexer em tecnologia, nem no Athletic. Corro três vezes por semana em esteira da academia com tablet e fone de ouvido, e faço musculação com smartphone com áudios, ambos para aperfeiçoar inglês”.

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N° 02/17 121 I 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

Sábado de Aleluia, 15 de abril,

das 21 horas ao raiar da manhã, a avenida Tiradentes vira esquina da Abbey Road. E os três andares da sede social do Athletic Club,

o Cavern Club das Vertentes.

Sgt. Pepper's Band (BH),Um dos melhores covers mundiais dos Beatles, no

2º ENCONTRO DA ‘TURMA DA ESQUINA DO KIBON’

Jovens de diferentes gerações que entre as décadas de 60 e 80 partilharam amizades e sonhos na 'Esquina do Kibon', transformando-a em um verdadeiro mito, estarão lá.

COME TOGETHER ! (Venha Junto!)GET BACK (Volte ao lugar que você pertencia!)

Mais a ao vivo; Banda 88` ROCK STATIONBaile; mesas e cadeiras; serviço de cantina e garçons; outros atrativos; breve, página do 2º

Encontro da Turma da Esquina do Kibon no Facebook!

Prepare-se!

Confira aqui o vídeo , com um pequeno “Sgt. Pepper's Band – A História”apanhado da história da banda cover dos Beatles de BH, com imagens entre 1990 e 2013.

N° 02/17 121 J 15 de fevereiro de 2017121ª Edição

PISCINA TEM 'PACOTE' DE CARNAVAL – Sócios que queiram levar amigos ao parque aquático nos quatro dias de carnaval – sábado 25 a terça 28 – terão um desconto festivo: como o convite diário para convidado custa R$ 25,00, o convite 'pacote', válido para os quatro dias de Momo na piscina, sai por R$ 50,00.

ESCOLINHA DE FUTEBOL TEM AMISTOSOS – Sábado, 18, das 8 horas às 12 h, a escolinha de futebol do Athletic promove um dia de jogos amistosos com alunos da escolinha América Del Rey, de Santa Cruz de Minas. Partidas de confraternização e treinamento envolverão as categorias (faixas etárias) Sub-7, Sub-9, Sub-11, Sub-13 e Sub-15, com meninos e meninas. Convidamos pais, familiares, coleguinhas dos aprendizes e pais que têm filhos desejosos de entrar em escolinha de futebol para conferir. Aguarde na próxima edição fotos do evento. PESAR – Professores da escolinha de futebol, técnicos das equipes competitivas, diretores do Departamento de Futebol e do Athletic têm ainda, desde 3 de fevereiro, uma sensação de tristeza ao chegar ao Estádio Joaquim Portugal e não encontrar o zelador José Giarola, que labutou quase metade dos seus 74 anos para manter gramado e dependências do estádio sempre acolhedores a jogadores e torcedores. 'Seu Zé' foi velado em caixão coberto pela bandeira do Athletic, e féretro e enterro no Cemitério Municipal contaram com todos os colegas de trabalho no estádio e diretores do clube. Em março de 2015, ele foi o entrevistado do Informativo Athletic Club. Relembre aqui: * http://www.athleticclub.com.br/arquivos/124832220315_72_g.jpg

* http://www.athleticclub.com.br/arquivos/124641220315_72_h.jpg

* http://www.athleticclub.com.br/arquivos/124612220315_72_i.jpg

* http://www.athleticclub.com.br/arquivos/124411220315_72_j.jpg