Upload
rafael-godoy
View
245
Download
14
Embed Size (px)
Citation preview
Magia Sem Lágrimas Completo &Comentado
Aleister Crowley
&
Marcelo Ramos Motta
sendo
The Oriflamme
Volume VI Números 3 e 4
An LXXX Sol in 0° 0’ 0” �
22 de dezembro de 1983 e.v.
10h 30m Greenwich
Traduzido do original em inglês por
Frater P.G.
Prefácio à TraduçãoFaze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Comentários dos tradutores entre [COLCHETES].
Diante de alguns acontecimentos novos e a obtenção de
Magic Without Tears – Unexpurgated and Commented na
revisão e edição de Marcelo Ramos Motta, optamos em
usar esta, por mostrar-se mais correta, completa, e ter
valiosos comentários para os estudantes sérios.
Porem é importante ressaltar que não somos extremistas
como o editor original. Algumas reações naturais de Motta
são opiniões das quais não participamos, outras sim. Com o
tempo, e bom senso, cada qual encontra sua opinião sobre
todo e qualquer assunto, ainda mais os delicados que Motta
levanta em seus comentários.
As notas que já haviam sido produzidas para o auxilio da
compreensão do texto foram mantidas, quando necessárias,
por mostrarem uma visão diferente da apresentada por
Motta. O que não quer dizer que onde quer que haja
somente comentário de Motta não tenhamos tido uma visão
oposta, mas apenas não vimos necessidade de
complementar, opor ou concordar.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
Frater P.G.
Frater S.R.
Os capítulos serão adicionados conforme as traduçõesforem finalizadas. Consulte semanalmente a página paraverificar novo conteúdo.
Gerado em 27/12/2012. Para obter possíveis revisõese/ou capítulos ausentes neste e-book, acesse:http://hadnuit.com.br/magia-sem-lagrimas-completo-e-comentado.
Origem da traduçãoTraduzido por Frater P.G.
Editorial da Primeira EdiçãoCompleta e ComentadaFaze o que tu queres há de ser tudo da Lei
Como sabem os nossos assinantes, este número de
Oriflamme [veja-se um dicionário] deveria ter sido
dedicado ao Livro Quatro Comentado Parte III, com o
subtítulo de “Magick Thelêmica”. Nós tivemos que alterar
nossa agenda devido a uma publicação renovada do Sr.
Francis “Israel” Regardie pirateando Magick Sem
Lagrimas.
Francis Regardie é um judeu. Para todos os Thelemitas em
causa, este não é e nunca foi um rótulo de infâmia. Pelo
contrário, a partir do testemunho da história, tem sido
muitas vezes um rótulo de mérito. Infelizmente, no caso do
Sr. Regardie, uma exceção confirma a regra.
Alguns correspondentes nossos de mentalidade fraca
queixam-se, de vez em quando, que denunciamos Francis
Regardie em publicações Thelêmicas anteriores. Alguns
eram tão avançados na fraqueza mental – ou hipocrisia –
que eles pretenderam serem incapazes de entender por que
fomos tão “hostil” ao Sr. Regardie – implicando que somos
intolerantes a um indivíduo, no seu conjunto, valioso para a
sociedade.
Realmente não somos preocupados com as opiniões de
pessoas fracas de espírito; eles são usualmente fracos –
caracterizados, como Sr. Regardie é, embora ele
certamente não seja fraco de espírito. Outra exceção que
comprova a regra.
Por isso nós, entretanto, não tentaremos defender-nos contra
as acusações, veladas ou não, de animosidade contra ao Sr.
Francis “Israel” Regardie. O nosso assunto principal é
agora, como sempre foi, que, enquanto os seus direitos
autorais são protegidos por lei, Aleister Crowley não deve
ser deturpado na impressão por mentirosos ou por ladrões.
Sr. Regardie, como o seu registro comprova, é ambos.
Infelizmente, demasiados Judeus nos dias atuais são ambos,
em algum contexto ou em outro. Alguns, como Sr.
Menachem Begin, dão passos, além disso, para trás, e
tornam-se também terroristas e assassinos. Pode ou não
pode ser significante ao leitor que tais Judeus indignos são
normalmente “Israelitas”. Se houver um jogo de palavras
aqui, não é da nossa criação. De fato, duvidamos que seja
da criação dos pais do Sr. Francis “Israel” Regardie.
Em 1937 e.v. (significativamente, novamente, justo antes do
inicio da Segunda Guerra Mundial) Sr. Regardie publicou,
pela primeira vez, a sua compilação de “A Golden Dawn”.
Na sua introdução para aquele livro ele afirmou que tinha
se sentido compelido a publicar porque Aleister Crowley
tinha mutilado a maior parte do material no O Equinócio. A
implicação foi, até o fim da introdução, de que Aleister
Crowley já sabia que ele tinha roubado da Golden Dawn
“manuscritos secretos”. Esta parte da desinformação tem
(ainda significativamente) sido metodicamente espalhada
entre editoras de muitos países diferentes através de um
agente duplo israelita chamado Oskar Schlag, de que você
aprenderá mais em um ensaio além desse neste número de
Oriflamme: um ensaio apropriadamente chamado de
“Serviços de Inteligência não são inteligentes”.
Até aqui tudo bem; o Sr. Regardie teve a total liberdade
legal de acusar Aleister Crowley, porque Crowley estava
morto quando o Sr. Regardie publicou o material antigo da
Golden Dawn. (Por lei, você não pode difamar uma pessoa
morta. Você pode dizer algo que você quiser sobre os
mortos. Mesmo os herdeiros não podem processa-lo. De
mortuis mas util, ai ai.) Mas se, como Sr. Regardie
implícita e muitas vezes explicitamente afirmou, que
Crowley nunca soube de tudo que ele roubou da Golden
Dawn de “MacGregor” Mathers & Co, seria de se esperar
que o Sr. Regardie nunca tocasse o material de Crowley.
No fim de tudo, qual é a utilidade do material Crowley se
você puder ter — graças à generosidade do Sr. Regardie, o
altruísmo, a moral e a honestamente — acesso ao manancial
de sabedoria nos quatro (depois dois, e agora um) volumes
de A Golden Dawn do Sr. Regardie?
Infelizmente para Regardie, contudo, Sr. Karl Germer
continuou publicando o material fresco de Crowley.
Também infelizmente para o Sr. Regardie, os estudantes
sérios de O Equinócio foram capazes de perceber que
Θελημα foi anos-luz além de todos os embaraçosos,
barrocos, verbosos e imprecisos “manuscritos secretos”
que o Sr. Regardie tão generosamente “deu” ao mundo —
coletando os royalties para seu próprio bolso. A maior
parte do material na sua edição de “The Golden Dawn” foi
anteriormente inédito, lembre-se; portanto, protegido por
direitos autorais. Sr. Regardie pagou royalties aos autores,
ou os herdeiros dos autores, daquele material? Não, como
você pode notar.
Consequentemente, a renda deste primeiro exercício
declarou seca: as pessoas perderam o interesse no “The
Golden Dawn” de Regardie uma vez que ficou claro que
ele não coincidiu com o material no O Equinócio, ou no
novo material de Crowley que o Sr. Germer ajudou o seu
Mestre a publicar, e que depois da morte de Crowley
continuou publicando (em condições da grande miséria): O
Equinócio dos Deuses, Oito Palestras de Yoga, O Coração
do Mestre, Pequenos Ensaios em Direção à Verdade, O
Livro de Thoth, O Evangelho Segundo São Bernard Shaw,
A Visão e A Voz Anotada, Magick Sem Lágrimas, 777
Revisado, O Livro das Mentiras Comentado e — realmente
com a sua ajuda — Liber Aleph. Até ao fim dos Anos 60,
Francis “Israel” Regardie desprezou o gênio de Crowley
como não sendo mais crível. Por isso, uma vez que, em
seguida, o Sr. Germer esteva morto e Regardie pensou que
um ladrão não tem nada para temer do morto, ele começou
a piratear novamente — desta vez o material de Crowley.
Ele publicou algo chamado “Gemas do Equinócio”.
Por enquanto, não demasiado longe: desde que Crowley
tinha permitido deliberadamente que os direitos autorais do
primeiro volume de O Equinócio escoassem, não se pode
acusar Sr. Regardie do flagrante furto, embora cada um
pudesse pensar que ele deve ter-se sentido moralmente
obrigado a compartilhar pelo menos os royalties com a
O.T.O. — tivesse ele alguma moral. Entretanto, é difícil
entender por que Sr. Regardie deve ter-se sentido
compelido a editar o “Gemas do Equinócio” se, como ele
tinha afirmado anteriormente na impressão, todo o material
nele foi plagiado dos mistérios inefáveis da pura “Golden
Dawn”...
Tendo observado o ressurgimento do interesse em “seus”
escritos, com esta publicação o Sr. Regardie foi mais
longe. Editou “A Visão e a Voz Comentado” – e, uma vez
que este livro tinha sido feito originalmente em uma edição
muito pequena e estava totalmente fora de catálogo, desta
vez ele se sentiu seguro para tomar mais um passo em seu
intelectual, se não material, roubo: acrescentou seus
comentários asininos aos comentários de Aleister Crowley,
não incomodando-se em nada de fazer a diferença entre
eles – uma “interpretação” de AL I 22 que venho revelar
ser útil para outros ladrões. Eu pedi esta edição da Samuel
Weiser Inc., quando da sua chegada no Brasil eu notei a
desconfiguração do texto ele foi enviado de volta com uma
nota explicando por que eu estava rejeitando-o. Isto foi
relatado para Regardie, junto com meus comentários
apontando sua ética, e não podemos predispô-lo a ser um
dos meus admiradores. Tanto melhor, porque às vezes sou
fraco o suficiente para medir meu valor pelo valor daqueles
que me admiram, sendo admirado por Francis “Israel”
Regardie me deixaria profundamente preocupado comigo
mesmo.
Contudo, no momento em que a minha existência começou a
incomodar o Sr. Regardie, a sua presunção já tinha ido
demasiado longe: ele tinha publicado sua edição castrada
de Magick Sem Lagrimas. Desta vez o roubo foi
juridicamente total. O Sr. Regardie, após tomar
conhecimento de que finalmente alguém tinha aparecido na
cena e que poderia reclamar legalmente para representar a
OTO, começou a tentar desembaraçar-se. Em declarações
contraditórias (o que nós temos por escrito) feitas durante
um período de vários anos, ele afirmou aos diferentes
inquiridores, primeiro, que todo o material de Crowley,
com a exceção de sua “edição” de “Magick Sem Lagrimas”
(!), estava no domínio publico, e “Motta não tinha nada a
dizer sobre isso”. Após alguns anos, fui notificado por
Donald Weiser ou James Wasserman ou algum outro
mentiroso e ladrão como ele, que eu estava pegando
pesado, ele afirmou que tinha autorização para publicar
Crowley de Joseph Metzger, na Suíça. Ao ser
educadamente solicitado a apresentar provas da
“permissão” do Sr. Metzger, ele ficou de mau humor e
entrou numa espécie de Silêncio Metálico dos quais os
“mahar i shis”, “paramanhansas” e outros “mestres
sagrados” são tão afeiçoados em tais ocasiões. Por fim,
mais recentemente, ele afirmou que tinha permissão para
publicar a partir de Grady McMurtry. Ao ser nova e
educadamente solicitado para clarificar se essa
“permissão” era datada da época em que ele primeiro
afirmou que o material era de domínio público, ou pelo
menos voltar ao tempo em que ele afirmava ter permissão
de Metzger, ele novamente optou por retirar-se para o
Silencio Inescrutável. Temos fortes dúvidas de que este
plano, a revelação pública de sua falta de caráter, vá
perturbar a serenidade de seu Retiramento.
O Volume Um de O Equinócio era do domínio público no
momento em que Francis “Israel” Regardie pegou suas
“gemas” dele. Nesse caso, embora Regardie fosse
moralmente um ladrão, juridicamente ele era apenas um
parasita. [Nem tudo que é moral é legal, nem tudo que é
legal é moral]. A Visão e a Voz Comentado não foi
oficialmente protegido por direitos autorais, devido à
ausência do Sr. Germer na familiaridade com a lei dos
Direitos de Autoria: ele achava que o livro era do domínio
público, tendo sido previamente publicado no O Equinócio
Volume Um, mas os comentários adicionais de Crowley
não foram de domínio público, e ainda podem ser
protegidos nos Estados Unidos da América (eles são
certamente protegidos em muitos outros países, inclusive na
Inglaterra), este é um dos pontos em que a OTO esta agora
determinando nos tribunais.
Mas no caso de Magia Sem Lágrimas, a posição de
Regardie de que ele pode publicar este livro porque ele
esteve no domínio público foi uma mentira flagrante e
maliciosa; como você pode ver das reproduções
fotográficas na pagina seguinte:
Como já afirmado, quando Regardie reclamou “a
permissão” de Metzger solicitamos para vê-la por escrito;
o que a nós — e enquanto sabemos, todos os outros —
nunca fez. “Permissão” de McMurtry (“dado” anos depois
do fato), não nos incomodamos para solicitar a prova dela,
porque bastante possivelmente Regardie pode expor um
pedaço de papel para esse efeito: é bem conhecido por
agora que se eu apontar alguém com mentiroso, um ladrão,
ou um incompetente, McMurtry “fretará” apressadamente
ele ou ela, em algo ou o outro, e “concederá” a ele ou ela
os seus títulos imerecidos ou irracionais. Mas como nem
Metzger nem McMurtry alguma vez tiveram a sanção do Sr.
Germer ou do seu testamenteiro para representar os direitos
autorais Crowley (estamos agora com processo para provar
isto no tribunal) a sua “permissão” a Regardie não é melhor
do que a permissividade a que ele se permite.
Embora o Sr. Germer, em muitas cartas diferentes,
expressou para mim a sua falta total de confiança na
sinceridade de Regardie, eu não pensei que ele alguma vez
se deu conta de que quando Regardie apareceu e ofereceu
os seus “serviços” a Θελημα e Aleister Crowley ele já era,
como James Wasserman foi quando ele me ofereceu os seus
“serviços”, um agente de interesses sinistros e poderosos.
A explicação do Sr. Germer “do desencantamento” de
Regardie com Crowley foi esta: Crowley tinha dito ao seu
secretário e “discípulo” que o Mestre é egoísta; e daquele
momento em Regardie tinha começado a temer que Crowley
fosse “um Irmão Negro”, e decidiu por lutar contra ele pelo
resto de sua vida.
[Seria hilário se não fosse vergonhoso... não estou aqui e
nem é minha função, apoiar qualquer lado que seja, seja o
lado de Motta ou o de Regardie, mas seria interessante
avisar os incautos e desprevenidos que um Irmão Negro é
um ADEPTO, pelo menos um 5=6, quando não um 7=4!,
que nega-se a tomar “Aquela” tarefa, que mesmo sendo ele
um 5=6 só deveria se preocupar com ela quando chegasse a
ser um 7=4. Mas o prenuncio “Desta” tarefa MÁXIMA já
ecoa mesmo antes de sua derradeira hora chegar: Ele ja
pressente seu futuro... Muitas vezes ainda quando um
iniciante você ja sente isso...de uma forma bem imatura e
romântica, mas sente...
Regardie confundia drasticamente o conceito Thelêmico de
“Irmão Negro” com o conceito de Feiticeiro e adorador do
diabo dos Crististas, o que por si só já é prova de
insanidade, tão intensa quanto possível só do fato dele
acreditar que Crowley fosse um mero feiticeiro medieval
de grimórios!]
Esta explicação, sem embargo, não é suficiente para se
encaixar com os fatos da conduta de Regardie nos anos
desde a morte do Sr. Germer. Quanto ao Mestre que é
egoísta; negamos o caráter moral de Regardie ou a
compreensão espiritual, mas não lhe negamos a boa e velha
astúcia diária e mundana Iídiche. Não é possível deixar de
conseguir ter ocorrido a Regardie que se Crowley
realmente foi um “Irmão Negro”, a ultima coisa ele faria
ser ia avisar um discípulo contra ele mesmo: a média
“Maharishi” é distante, naturalmente, de ser um “Irmão
Negro”, mas é bastante astuta para protestar apenas “amor
infinito” aos seus patetas.
O egoísmo do Mestre é um fato; ele ou ela cuidam de
absolutamente de nada alem de seu Trabalho; os discípulos
são simplesmente instrumentos no jogo da Sua vida, para
ser usado (mas não abusado ou abusada) ou descartados
como uma criança faz para conduzir soldados de chumbo ou
bonecas. O Mestre é simplesmente um instrumento dos
Deuses; A sua vida “pessoal” é uma ilusão; o Trabalho que
ele ou ela foram enviados para fazer é o que importa. A
Jaganata dos hindus é apenas uma imagem desta — ao
profano — realidade terrível. Se o discípulo não puder
aceitar este fato, e viver com ele, ele ou ela estão em
perfeita liberdade para deixar de ser discípulo [Até que
você mesmo possa se guiar, ou torne-se REALMENTE
incompatível com o que o tal Guru veio fazer em sua vida!].
Mas ele ou ela devem ter pelo menos a decência comum
para sentir-se agradecidos pelo aviso franco do Mestre ou
da Mestra, e não tentar roubar Seu instrumento da sua
propriedade.
Eu mesmo já fui acusado — e, do ponto de vista dos
acusadores, eu admito, às vezes com motivo — de ser
insensível, dominante, totalmente envolvido comigo,
desapiedadamente frio e, naturalmente, sempre
desapiedado. Fui acusado de não fazer o meu Trabalho, que
do ponto de vista dos acusadores deve ser aquele de
“salvar” e “consolar” eles. No fim de tudo, não se supõe
que eu seja um servo da Humanidade?
[O problema é que com a morte de Motta, muitos
seguidores deste se acham Mestres e por tanto, livres pra
pisotear em todos a sua volta, ate o momento em que o
“fraco e covarde” resolve morder o pé que “calcou forte
sobre eles”. “Os escravos serviram”. Se o Mestre te pisa,
pise nele de volta, se ele for o que se diz, teu pé não o fará
mal! “Lutai como irmãos”.]
Mas ser um Empregado da Humanidade não é ser babá de
patifes ou de tolos; é cultivar o melhor, e não o pior, na
alma daqueles que lhe vêm para a instrução; deve fazer
ouro do chumbo. A operação está longe de ser indolor,
tanto para a matéria prima quanto para o Alquimista
(embora a matéria prima possa ser possivelmente
desculpada por ignorar os problemas do último — o que
ele pode saber da Dor do Bode?) Nosso proposito, como o
próprio Crowley inimitavelmente tem afirmado, é duplo:
fortificar o próprio e eliminar o impróprio. Se você quiser
a “consolação” e almeja um porto seguro, não venha ao
Mestre; vá ao pregador ou ao charlatão (existe realmente
uma diferença entre os dois?) Você merece um ao outro. Eu
não estou aqui para agradá-lo ou amá-lo: E estou aqui para
agradar Aqueles que me enviou, e ensinar-lhes amá-lo mais
do que vocês se “amam”. Em resumo, eu sou um servo, e
gostaria de fazer Servos de você; entretanto, enquanto isso
eu os farei meus servos. Se o programa não agradar, é inútil
tentar modificá-lo; escape de mim e vá brincar com os seus
brinquedos.
[Tudo o que ele diz é vero, o que se questiona é ate que
ponto ele era o que se dizia ser para fazer o que já tinha
tendência a fazer. Isso nunca saberemos!
Mas em suma há outro lado da moeda... o Mestre é severo,
mas isso não é REGRA, cada qual conduz seu trabalho no
Pilar que mais lhe é conveniente. Eu tenho uma ideia
pessoal de que as pessoas preferem sempre o mais fácil, e
o mais fácil é dar chibatadas no “servo”. RESPEITO se
conquista, não se impõe por temeridade ou manipulação
psicológica. Como aconselhei antes, se o mestre te pisa,
chuta forte nele, se ele for Mestre teu pé não o fara mal,
mas “Lutai como irmãos”!]
Esta edição restaura o texto original de Magick Sem
Lágrimas, do qual o Sr. Regardie corta mais de quinze mil
palavras; ela restaura e aumenta a lista de livros citados
que apareceram na edição original legítima; e aumenta o
índice. Ela restaura a introdução original do Sr. Germer.
Ela inclui notas que explicam pontos obscuros, esclarece
certos termos, e indicam que partes do texto foram retiradas
pelo Sr. Regardie — às vezes da explicação da motivação
atrás do corte. Em geral, contudo, os cortes do Sr. Regardie
falam por eles, e pouco a pouco constroem um quadro
esclarecedor de sua alma.
[Os cortes do Sr. Regardie são uma atitude espúria e
INADMISSÍVEL, assim como os cortes do Sr. Motta no
Livro Quatro e nos Comentários de AL! Espero um dia
descobrir o motivo disso da parte do Motta, já que ele só
deixa claro o que motivou Regardie a fazer o mesmo em
Magick Sem Lagrimas, mesmo que em maior escala.]
Existem algumas alterações no texto. Primeiro, a pontuação.
Infelizmente, muitas das cartas eram ditadas a Kenneth
Grant, que por esta altura era o novo secretário de Crowley
(que ele nunca teve muita sorte com os secretários.) Nas
cartas ao Sr. Germer, da qual temos cópias, Crowley se
queixava de que Grant tinha o hábito de mudar o seu texto
sem consultá-lo. A pontuação na edição original é muitas
vezes irregular, o que também pode ser devido a quem a
digitou, independentemente das razões, temos tentado fazê-
lo mais regular. Sempre pareceu-nos, contudo, que a
pontuação seguiu o ritmo do discurso de Crowley em vez
das regras da gramática, deixamo-lo intacto.
Em segundo lugar, modificamos o termo “cristianismo” e
suas derivações pelo termo “Cristista”, onde quer que seja
claro no texto que Crowley não está dizendo sobre a
cristandade legítima, da qual somos os herdeiros, mas do
j ogo de objeção Romano-Alexandrino e os seus ramos
posteriores. O termo “Cristista” foi inventado por Fernando
Pessoa, o grande poeta Português que se tornou discípulo
de Crowley, Rei da O.T.O. em Portugal, e
consequentemente o primeiro Mestre do Templo Thelêmico
em um país latino.
[Motta escreveu isso antes da avalanche modista em torno
do envolvimento de Crowley e Pessoa. Em breve teremos
documentos sobre isso, aproveitando a onde de que
publicar cartas de qualquer pessoa que tenha conhecido ou
se relacionado com Crowley agora é moda. Enche o bolso
de quem tem posse delas, mas pelo menos nos da valiosas
informações que na verdade deveriam ser encontradas com
facilidade em qualquer biblioteca de merda, não fossem
seus herdeiros, legítimos ou não, mais ambiciosos que seus
predecessores.] O termo é útil, e somos seguros que
Crowley teria aprovado esta modificação. Fernando Pessoa
dedicou sua vida à luta por Θελημα no seu país; ele morreu
jovem sob o fardo terrível do ataque constante por parte da
Igreja Católica Romana [E do excesso de Vinho e Éter]; ele
morreu desconhecido. Ele é reconhecido agora como um
dos maiores pela maior parte dos poetas originais do seu
país; largamente admirado em Portugal e no Brasil;
traduzido em várias línguas; frequentemente, como
Shakespeare, citado inintencionalmente, pela maior parte
dos jovens. Com o seu cinismo habitual, a Igreja Católica
Romana em Portugal e no Brasil está fingindo agora que
sempre o admirou. Ele será consequentemente reconhecido
como um dos maiores poetas do mundo. Há uma tradução
de um de seus trabalhos em inglês; não o lemos, assim não
podemos opinar quanto aos seus méritos; mas para aqueles
que podem se interessar no homem, essa poderia ser uma
partida. Naturalmente, a essência da grande poesia pode ser
normalmente pegada em toda a sua beleza só no idioma
original. Feliz são eles que podem ler Homero no Grego,
Goethe, Schiller e Helne em alemão, Vatsyayana no
Sânscrito, Omar Kayyam no persa, o Alcorão no árabe, a
Canção das Canções no hebraico, Lao Tsé no chinês... Eu
os invejo.
Terceiro, e isto levantará certamente alguns arrepios entre
os puristas, modificamos termos que nesses dias da
autoconsciência feminina aumentada poderiam ser
considerados evidência de sexismo. Tais modificações só
podem ser feitas quando a expressão é simplesmente uma
figura do discurso, e não indicam uma opinião (ou, se você
quiser, um preconceito) da parte de Crowley. Quando fica
claro que as referências para o macho ou para a fêmea
foram totalmente destinadas para exprimir diferenças entre
os sexos, abandonamo-las intata. Mas o pronome “ele” e o
termo “homem” foram tradicionalmente usados em inglês
durante séculos para exprimir não a metade masculina da
espécie só, mas a espécie em geral; e quando tais ocasiões
apareceram, adotamos o dispositivo incomodo “dele ou
dela” ou “ele ou ela” e o seus semelhantes; já que é melhor
ser incomodo do que ser pouco nítido. Crowley sempre
falava do Iniciado como um macho, e do Mestre do Templo
como “ele”. Mas desde que isto não foi uma expressão de
preconceito (de resto, ele não teria afirmado que Helena
Petrovna Blavatsky foi um Mestre do Templo, como ele fez;
ou que Safo foi um Philosophus que consequentemente se
tornou um Dominus Liminis e na morte conseguido o
Adeptado), mas simplesmente uma figura de estilo, nos
modificamos a forma em uma tentativa de conservar o
pensamento. Crowley foi acusado — pela Igreja Católica
Romana, naturalmente — de ódio e desprezo pelas
mulheres. Você notará que a maior parte das cartas em
Magick Sem Lágrimas foram escritas a mulheres; e as
mulheres devem lê-las sem se sentirem incomodadas,
nesses dias de ativismo feminista que não podemos deixar
de estimular e aplaudir, pelas convenções do discurso. Não
somos seguros de que o Sr. Karl Johannes Germer teria
aprovado esta iniciativa nossa; mas fizemo-lo em nossa
Autoridade.
Estas reservas expressas, você tem aqui o texto original de
Crowley, tão puro e intacto como o usado pelos secretários
Israel Regardie e Kenneth Grant poderiam ter deixado isso.
Uma das razões pelas quais eu sou o mais antipático para
com Francis “Israel” Regardie é que, no momento em que
Magick Sem Lagrimas foi publicado pela primeira vez, ele
estava apreciando bons rendimentos de sua compilação “A
Golden Dawn” e criando para si mesmo, entre os
pensadores superficiais, uma reputação como um homem de
sabedoria, no entanto, ele não contribuiu em nada para o
livro que mais tarde piratearia de Crowley, ele não
levantou um dedo para ajudar. Magick Sem Lagrimas foi
impresso em condições de grandíssimas privações: o texto
foi digitado de inicio em uma máquina de escrever elétrica
(a mesma em que o Sr. Germer mandou-me escrever uma
lista que tinha feito dos livros na biblioteca da OTO, ele
também ordenou-me a manter uma cópia da lista, que agora
está sendo usada nos tribunais para saber quanto da
biblioteca foi vendida criminalmente por qualquer Grady
McMurtry, Parsons, Helen-Smith, Phyllis ou qualquer
outro), o resultado foi mimeografado e encadernado.
Quando eu falava dessas coisas com o Sr. Germer, eu lhe
perguntei quantas cópias foram impressas, ele me disse
duzentas. Vendo a expressão no meu rosto, ele perguntou se
eu achava que a edição deveria ter sido maior. Eu disse que
achava que deveria ter sido pelo menos mil, sobre o qual
ele acresceu muito indignado, pois ele queria imprimir,
pelo menos, um milhão, mas o povo – adivinhe quem – que
havia “ajudado” ele colocaram para fora protestando que
isto não vale a pena – eles não pensavam nem mesmo em
duas centenas de exemplares vendidos. Quem iria querer
ler Aleister Crowley...?
A última razão pela qual eu sou antipático em relação ao
Francis “Israel” Regardie – na verdade, a razão pela qual
eu nunca vou perdoá-lo, e nunca poderia respeitá-lo, até
mesmo como outro ser, a razão pela qual em minha opinião,
ele desonra a sua religião e sua cultura (como a maioria
dos sionistas fazem), é que quando ele publicou seu
primeiro Magick Sem Lagrimas pirateado ele passou por
duas edições em questão de meses, ele fez um bom dinheiro
com seu roubo, e ele não mandou um centavo desse
dinheiro para a Sra. Sascha Germer, que (na ausência de
mim mesmo) foi legalmente responsável pelos direitos
autorais de Crowley, a quem ele deveria ter ido pedir
autorização para publicação (o problema era que ela nunca
teria dado a ele), que tinha então menos de três anos por
viver, e que foi lentamente morrendo de fome. Literalmente
isso. A razão pela qual tal conduta desonra a sua religião e
sua cultura é que a Sra. Germer era judia, e um bom judeu
nunca permitiria que outro judeu morresse de fome,
especialmente uma mulher. Esta era a regra mais severa de
sobrevivência que os judeus aprenderam, em primeiro lugar
da privação nos desertos físicos do Oriente Médio, depois
de dois mil anos de privação nos desertos morais do mundo
Cristista. Francis “Israel” Regardie é um mau judeu no
sentido judaico; e em qualquer sentido humano ele é um
rastejante inescrupuloso, arrogante e desprezível. Como
afirmei na minha última carta ao Sr. Donald Weiser,
pessoas como ele e Regardie são uma boa desculpa para os
nazistas: o tipo de exemplo que dão só pode prejudicar os
judeus como um todo, por isso só pode prejudicar a
humanidade. Nós entraremos nisso com mais detalhes na
r edação anexa a este livro chamado “Serviços de
Inteligência não são Inteligentes”.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Marcelo Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
EditorialEm 1943, Aleister Crowley encontrou uma senhora que,
tendo ouvido de seu amplo conhecimento e experiência,
pediu seu conselho sobre ocultismo, espiritualismo, e
questões práticas.
Na realidade, estas cartas foram dirigidas a diferentes
pessoas, a maioria delas mulheres. Muitas foram
dirigidas a Jane Wolfe, que Crowley havia conhecido
antes. – Motta.
Esta chance de conexão resultou em uma troca estimulante
d e cartas. Crowley, então, pediu para colocar-lhe outras
questões semelhantes. O resultado foi um acervo de mais de
oitenta cartas que agora estão sendo emitidas sobre o título
escolhido, “Magick sem Lágrimas”. [Apesar do que alguns
digam, nunca encontrei nenhum dicionário que me
confirmasse que MAGICK é um termo em Frances para a
palavra Magia. Faze o que tu queres.]
Este tem decolado como o livro aritmética primaria para
crianças, que foi um best-seller por varias décadas. –
Motta.
Como Crowley não manteve cópias de suas primeiras
cartas para a senhora acima mencionada, ele não foi capaz
de incluí-las na coleção que ele planejava publicar.
Felizmente elas foram preservados e estão agora incluídas
na introdução deste livro. Sua forma original foi mantida
com as fórmulas de abertura e de encerramento, a qual
Crowley usou em todas as suas cartas.
Crowley de primeira pretendia chamar o livro de
“ALEISTER EXPLICA TUDO”, e enviou a seguinte
circular aos seus amigos e discípulos pedindo-lhes para
sugerir temas para a inclusão:
ALEISTER EXPLICA TUDO.
“Muito satisfeito como o autor do LIVRO DE THOTH por
tantas cartas de apreciação, principalmente das mulheres,
agradecendo-lhe por não ‘colocá-lo em uma linguagem
ininteligível’, por ‘fazer tudo tão claro que até eu com a
minha inteligência limitada pudesse compreender, ou assim
eu penso.
É interessante que as mulheres responderam ao EQ. III 5
em maior número do que os homens: a Igreja Católica
Romana tinha mantido uma intensa campanha contra
Crowley desde os dias de Mussolini, acusando-o na
imprensa, em documentos particulares de ordens romana,
e em instruções confidenciais para “padres” de ser um
inimigo e desprezador da feminilidade. Mas a Segunda
Guerra Mundial havia sido muito produtiva: com a
maioria dos jovens na frente de batalha, chefes e gerentes
tiveram que contratar mulheres para cargos em que
mulheres normalmente não teriam ocupado antes do
conflito, e até mesmo a promovê-las. Uma geração inteira
de mulheres teve um primeiro gosto de liberdade pessoal,
e depois que a guerra acabou muitas delas se ressentiam
em terem que deixar isto. Algumas nunca fizeram, e a
Revolução Feminista ganhou ímpeto delas. Generalizado
h o j e neste livro, atrás de piadas e brincadeiras de
Crowley, o seu profundo amor e respeito para com o
chamado “sexo do delicado” vai ficar muito claro. –
Motta.
[No original “Tender Sex”. Tender pode ser delicado,
macio, mas também se referindo a uma refeição..rsss Uma
boa tradução serio “Sexo Gostoso”]
“No entanto, e não obstante! Por muitos anos o Mestre
Therion sentiu agudamente a necessidade de algumas bases
de ensino adequado para aqueles que estão apenas
começando no estudo de Magick e suas ciências
subsidiarias...
Como a física, astronomia, matemática, geologia,
biologia, medicina, psiquiatria... E a sociologia. Muito
especialmente esta... – Motta.
...sejam os meramente curiosos ou os interessados com
intenção de estudar. Ele sempre fez todo o possível para
deixar o sentido claro para a pessoa educada de inteligente
média...
Sempre uma minoria absoluta em qualquer país... –
Motta.
...mas mesmo aqueles que entendem-no perfeitamente e são
mais favoráveis ao seu trabalho, concordam que é a este
respeito que ele tem falhado. “Tanta coisa para o
diagnostico – agora para o remédio!” Um gênio inspirado
dos deuses, sugeriu recentemente que o enigma pode ser
resolvido de algum modo nas antigas e bem trilhadas linhas
do “Guia do Dr. Brewer à Ciência”, ou seja, por ter
aspirantes escrevendo para o Mestre fazendo perguntas, do
tipo de problema que naturalmente vem à mente de qualquer
interessado sensível,
Infelizmente, outra minoria absoluta, pelo menos neste
planeta... – Motta.
... e ficando com sua resposta na forma de uma carta. ‘O
que é isso?’ ‘Por que eu deveria preocupar a minha cabeça
sobre isso?’ ‘Quais são seus princípios?’ ‘De que serve
isso?’ ‘Como eu começo?’, E assim por diante.
“Esse plano foi posto em ação, a ideia foi a de cobrir os
assuntos de todos os ângulos possíveis, o estilo foi
coloquial e fluente; termos técnicos, foram cuidadosamente
evitados ou mais cuidadosamente ainda explicados, e a
carta não foi admitida à série até o consulente manifestasse
satisfação. Umas setenta cartas, até o presente foram
escritas, mas ainda parece haver certas lacunas na
demonstração, como as manchas brancas no mapa do
Mundo, que pareciam tão tentadoras cinquenta anos atrás.
Este memorando é um convite à vossa colaboração e apoio.
Uma lista, indicando brevemente o assunto de cada carta
que foi escrita é acrescentada. Se você acha que alguma
dessas vai ajudá-lo em seus próprios problemas, uma cópia
tipografada será enviada para você imediatamente... Se
você quiser saber alguma coisa fora do escopo, mande sua
pergunta (expondo tão clara e completamente quanto
possível)... A resposta deve chegar até você, acidentes de
lado, em menos de um mês... Propôs-se finalmente a
emissão da série [de cartas] em formato de um livro.
Isto agora foi feito.
Carta Nº A19 de Março de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Fiquei muito feliz em obter a partir de sua conversa ontem à
noite que você tem uma séria intenção de levar a Grande
Obra com o espírito apropriado. Suas críticas a experiência
anterior no curso de suas aventuras parecia singularmente
sã e justa. Como prometi, estou escrevendo esta carta para
cobrir alguns pontos práticos que não tivemos tempo para
discutir e que, em qualquer caso, acho que seria melhor
organizá-las por correspondência.
1) É da maior importância que você deva compreender a
minha posição pessoal. Não é realmente errado considerar-
me como professor, mas certamente é susceptível de induzir
ao erro; companheiro de estudos, ou, se quiser,
companheiro no sofrimento, parece uma definição mais
apropriada.
O objetivo é evitar, se possível, uma abordagem
devocional misturada com temor religioso por parte dos
discípulos. O Método Thelêmico é, afinal, o Método da
Ciência. Antes de eu vir para os Estados Unidos para
recolher os pedaços da derrocada Cabiness Gernon
Gunther III da “Troll Publishing”, eu perguntei Soror
KA, que passou a ser a mulher – e o único homem – no
local naquele momento: “Fazer troça de mim. Diga a eles
pequenas coisas ridículas sobre mim”. Bem, ela fez isso
com muito entusiasmo – talvez demasiado grande, mas
depois, ela também se ressentia do Professor – quem não?
Como resultado, quando cheguei, era encarado com
desconfiança e até com desprezo, mesmo assim, era
necessário agitar eles para mantê-los fora do assento em
meus pés com a língua de fora para ouvir meu Santo
Discurso, em vez de trabalhando suas bundas e ouvir a
voz de suas próprias almas. Sempre que precisar.
Crowley foi especialmente adepto de puncionar a
Devoção Sagrada para o Guru, e é aqui para se ter muito
tato, de fato. Mas este problema, bem como a solução, são
incomparavelmente discutidos no Capítulo M de Liber
333 Comentado. – Motta.
O clímax de minha vida foi o que é conhecido como o
Trabalho no Cairo, descrito nos mínimos detalhes em O
Equinócio dos Deuses.
Livro Quatro Parte IV, A Lei, a ser publicado neste
volume de “The Oriflamme” – Motta.
Naquela época muito de O Livro da Lei foi completamente
ininteligível para mim, e uma boa parte dele –
especialmente o terceiro capítulo – extremamente
antipático. Eu lutei contra esse livro por anos, mas ele
provou-se irresistível.
Eu não penso que estou me vangloriando injustamente
quando eu digo que as minhas pesquisas individuais têm
sido de grande valor e importância para o estudo de temas
de Magick e Misticismo em geral, especialmente a minha
integração dos vários sistemas de pensamento do mundo,
notavelmente a identificação do sistema do Yi King com a
Qabalah. Mas eu asseguro-vos que todo o trabalho da
minha vida, se fosse multiplicado mil vezes, não seria um
dízimo do valor de um único verso de O Livro da Lei.
Eu acho que você deveria ter um exemplar de O Equinócio
dos Deuses e fazer O Livro da Lei o seu estudo constante.
Tal valor que o meu próprio trabalho pode possuir para
você deve corresponder a não mais do que uma ajuda na
interpretação deste livro [Liber L, claro].
2) Pode ser que mais tarde você vá querer uma cópia de
Oito Palestras de Yoga;...
EQ. III, N°4, que será re-emitido e anotado no devido
tempo. – Motta.
...por isso estou colocando uma cópia como reservada, para
o caso de você querer.
3) Com respeito à O.T.O., eu acredito que eu posso
encontrar uma datilografia de todos os documentos oficiais.
Se assim for, eu vou deixar você le-los, para que você
possa fazer uma ideia para saber se você quer se afiliar ao
Terceiro Grau da Ordem. Eu deveria, por conseguinte, no
caso de sua decisão por afiliar-se, enviar para voce o
manunscrito dos Rituais e explicar o significado da coisa
toda, comunicando, em adiçao, o real segredo e o
conhecimento significativo o qual a Maçonaria ordinaria
não possuí.
4) O horóscopo; eu não gosto de fazer tudo isso, mas é
parte do acordo com o Grande Tesoureiro da O.T.O....
Naquela epoca, Karl Johannes Germer. O Sr. Germer era
um excelente astrólogo, e é interessante que ele deveria
insistir com Crowley na elaboração das cartas
[astrológicas], o que mostra que ele considerava Crowley
melhor astrólogo do que ele. – Motta.
...que eu deveria realizá-los em casos dignos, se
pressionado. Mas eu prefiro manter a figura para mim
mesmo para referência futura, no caso de qualquer evento
significativo fazer uma consulta desejável.
Agora há uma questão muito importante. A única coisa além
de O Livro da Lei , que está na vanguarda da batalha. Como
eu lhe disse ontem, a primeira necessidade é a dedicação
de tudo o que se é e de tudo o que se tem para a Grande
Obra, sem reservas de qualquer espécie...
A única coisa que os senhores Regardie, Grant, Metzger,
McMurtry, Mudd, Smith, Neuberg, Stansfleld Jones, e as
Madames “Hirsig”, Wolfe, Parsons Smith, Wade-Seckler-
McMurtry e muitas das pessoas menos notórias que
podemos citar, provam constantemente, com regularidade
cansativa, serem totalmente incapazes de fazerem. –
Motta.
Isso deve ser mantido constantemente em mente, a maneira
de fazer isso é praticar Liber Resh vel Helios, sub Figura
CC, pp 425-426 – Magick. Há outra versão destas
adorações, ligeiramente mais completa, mas as constantes
do texto são muito boas. O importante é não esquecer...
Ou seja, não esquecer da dedicação de tudo o que se é e
tudo o que se tem para a Grande Obra. – Motta.
...Vou ter que te ensinar os sinais e gestos que vão com as
palavras.
Também é desejável antes de iniciar uma refeição formal
recitar o seguinte diálogo: Bata 3-5-3: diga, “Faze o que tu
queres há de ser tudo da Lei”. A pessoa do outro lado da
mesa responde: “Qual é a Tua vontade?” Você: “É minha
vontade comer e beber.” Ele: “Para quê fim?” Você: “Que
meu corpo pode ser fortificada por ela”. Ele: “Para quê
fim?” Você: “Que eu possa realizar a Grande Obra”....
É costume, se você for um Probacionista ou Membro da
G.D, adicionar este ponto: “O Conhecimento e
Conversação do meu Sagrado Anjo Guardião”. – Motta.
....O outro: “Amor é a lei, amor sob vontade.” Você, com
uma única batida: “Assim seja”. Quando sozinho faça um
monólogo disto: assim, Bata 3-5-3. Faze o que tu, etc É a
minha vontade , etc., que o meu corpo, etc., para que eu,
etc., o amor é, etc. Bata: e comece a comer.
É impossível exagerar a importância de realizar essas
pequenas cerimónias regularmente, e de ser tão preciso
quanto possível no que diz respeito aos tempo [Os horários
que devem ser rigorosamente seguidos para a execução do
ritual de Adoração ao Sol em seus quatro momentos,
conforme ensinado em Liber Resh]. Você não deve ter em
mente parar no meio de uma rua lotada – com camiões ou
sem camiões – e dizer as Adorações...
Ai! Tais conselhos de perfeição são para o futuro. Você
vai atrair a atenção não apenas para si mesmo, mas o
ódio mortal de Crististas – para não falar de outros
credos crapulosos – se você fizer algo parecido com isto.
Eu costumava fazer isso, quando eu estava na faculdade,
nos EUA, num momento em que eu estava sob vigilância
especial, por despacho do Sr. J. Edgar Hoover, e lembro-
me de ter sido abordado por um agente que não fez
nenhum esforço especial para manter-se discreto e
perguntou por que eu parei no meio da rua e balbuciava
palavras para mim. Ele sabia perfeitamente o que eu fiz, e
por que fiz isso, e estava apenas tentando preencher sua
cota diária e ganhar seu salário. Você deve dizer as
adorações totalmente sempre que puder, mas, em público,
você pode simplesmente dizer-lhes interiormente
colocando o seu dedo indicador ou o polegar contra seus
lábios, dependendo do seu grau ou de sua vontade. O
detalhe importante é não esquecê-los – sempre! Além
disso, você deve perceber que as Estações do Sol não têm
absolutamente nada em haver com a hora do relógio
normal. Elas têm haver com a hora local, e mais
especialmente o meridiano que acontece sobre sua
cabeça. É meio-dia quando o Sol cruza o meridiano local,
não importa o que diz o relógio. E se você está no topo de
uma montanha, o sol vai definir muito mais tarde, e
levantar muito mais cedo do que se você está em um vale.
Arranha-céus também contam. E ao sul do equador ao
meio-dia e meia-noite são revertidos nos pontos cardeais.
Ou você mantem essas coisas em mente, ou você vai
acabar com o dogma morto, como o “Natal” e Santas
inquisições, em suas mãos. Se você acha que é melhor tê-
los em suas mãos do que na sua garganta, amigo você
está se tornando um crapuloso. Ou melhor, ex-amigo. –
Motta.
...; e você não deve ter em mente esnobar o seu convidado
ou o seu hospede se ele ou ela se provar ignorante de sua
participação no diálogo...
De fato, as ocasiões sociais são normalmente lisamente
passadas simplesmente pedindo desculpa ao seu anfitrião
ou parceiro, afirmando que você está indo fazer as suas
orações, e o fazendo. Não há nada que mostra mais
prontamente se uma pessoa merece a companhia humana
ou não do que a sua reação a um pedido tão simples.
O Cristista, por via de regra, assumirá automaticamente
que você está executando o que eles chamam de orações,
mas desde que a ocasião é social você não tem de
desiludi-los a menos que eles o forcem. Na experiência
deste escritor, eles muitas vezes fazem isso. Mas então é
culpa deles, como de costume, e não sua. – Motta.
...Isto é assim talvez porque essas matérias são questões tão
insignificantes e triviais na aparência que elas oferecem
uma excelente opção de treino. Ensinam-lhe a
concentração, atenção, coragem moral e social, e uma série
de outras virtudes.
Como uma perfeita dama, tenho deixado a melhor porção
para o final. É absolutamente essencial para começar um
diário mágico, e mantê-lo diariamente. Você começa
fazendo um relato de sua vida, vá para antes mesmo de seu
nascimento para sua ancestralidade. Em conformidade com
a prática que você pode, talvez, optar por adotar mais
tarde, já em Liber Thisarb, sub Figura CMXIII, parágrafos
27-28, Magia, pp 420-422, você deve encontrar uma
resposta para a pergunta: “Como eu vim para este lugar,
neste momento, envolvido neste trabalho em particular?”
Como você vai ver a partir do livro, isso vai fazer você
começar lá na descoberta de quem você realmente é e,
eventualmente, levá-la a recuperar a sua memória de
encarnações anteriores.
Como é difícil para você chegar à cidade, exceto em raros
e irregular intervalos, posso sugerir um plano que já havia
se mostrado muito útil, e que é uma carta semanal. Eliphas
Levi fazia isso com o Barao de Spedalieri, e a
correspondência é uma das mais interessantes de suas
obras. Você faz as perguntas, as que você deseja ter
respondidas, e eu respondo-as no melhor de minha
capacidade. Eu, é claro, adiciono comentários espontâneos
que podem ser provocados por minhas observações sobre o
seu progresso e da leitura de seu diário mágico. Isto,
naturalmente, deve ser escrito em um lado do papel
somente, para que a página oposta esteja livre para
comentários, e algo deve ser arranjado para que [o diário]
seja verificado a intervalos regulares.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Carta Nº B20 de Abril de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei
Fiquei muito contente por ter a sua carta, e estou muito
triste ao ouvir de você que tem estado em aflição. Sobre a
demora, no entanto, eu acho que eu deveria lhe dizer que a
Regra original da Ordem da A�A� que é o introdutor ler
uma curta lição para o pretendente, em seguida, deixá-lo
sozinho por um quarto de hora, e na volta receber um “sim”
ou “não”. Se houver alguma hesitação sobre isto o
pretendente está barrado durante uma vida.
A razão para o relaxamento da regra era que essa ficaria
melhor para ajudar as pessoas ao longo da fase inicial do
trabalho, mesmo se ali não havia mais nenhuma esperança,
despejando-o da primeira-classe...
Aquele relaxamento foi um erro que afetou seriamente o
andamento dos trabalhos, uma vez que produziu pessoas
como Regardie, Stanfeld Jones, Kenneth Grant, Grady
McMurtry, Phyllis Wade-Seckler-McMurtry, Helen
Parsons Smith, etc., etc. Se as pessoas não vão sair da
primeira classe devem ser sumariamente descartadas, não
estamos no negócio de salvação, estamos no negócio de
ensino. Se uma pessoa é, obviamente, imprópria, é um
erro incentivá-la na ilusão de que ela pode fazer
progresso. Este progresso é geralmente à custa da
energia do instrutor, que seriam melhor aplicados para
ensinar alguém mais digno.
[Felizmente Crowley não teve essa opinião pessoal sobre o
progresso, independente de ter relaxado ou não as regras
Ordem em um momento ou outro. AL I, 26; AL II,32]
Eu fui apresentado à Ordem de acordo com a regra
original. Eu tinha exatamente cinco minutos para decidir
se eu queria participar ou não. E cada vez que tenho
relaxado esta regra com um dos meus alunos, aquele
aluno tem eventualmente se mostrado indigno, e a Obra
tem sido prejudicada por ela ou ele. – Motta.
...Mas eu gostaria que você percebesse que, mais cedo ou
mais tarde, seja nesta encarnação ou em outra, isto é
colocado em cima de você para que você mostre perfeita
coragem em face ao completamente desconhecido e do
poder da rápida e irrevogável decisão [que se toma] sem se
contar o custo[sem se preocupar com o custo desta
decisão].
Eu penso que seja completamente errado permitir-se ficar
preocupada por “problemas psicológicos, morais e
artísticos”. Isto não é bom como seu ponto de partida sobre
qualquer tipo de coisa a menos que você possa ver
claramente na simplicidade da verdade. Tudo isso
cantarolando e gaguejando sobre as coisas é o veneno
moral. Qual é a utilidade de ser uma mulher se você não
tem uma intuição, um instinto habilitando você a distinguir
entre o genuíno e o falso?
Por outro lado, ver as suas observações sobre a Fórmula
da Mulher na Carta 53, “Amor de Mãe”. A assim
chamada “intuição feminina” pode ser encontrada em
ambos os sexos, e foi muito rara em mulheres Ocidentais
no Velho Aeon: temperamentos perceptivos tinham sido
desapiedadamente extirpados pelas denominações
Crististas, mulheres que exibiam isso sendo acusadas de
feitiçaria, satanismo, et cetera, et cetera, et cetera.
Somente o tipo “conformado” de mulheres, expondo as
“virtudes” que o Romanismo considerou útil à sua
dominação foram permitidos prosperar.
A intuição, assim chamada, é simplesmente um Neschmah
bem desenvolvido com o Ruach. Se você foi encarnado em
um corpo feminino foi de fato mais fácil para esta
conexão formar-se e durar; mas as energias Aeon de
Horus (Cf. LXV v 5-7, 44) provêm ambos os sexos da
oportunidade da intuição agora. E Crowley sabia
perfeitamente bem, mas estava falando baixo, no nível do
discípulo. A necessidade de fazer isto conduz os Mestres
muitas vezes a serem acusados de contradição, bobice, ou
até desonestidade. – Motta.
[Ele se refere ao Mestre TO MEGA THERION, Crowley,
claro!]
Seu estado de mente [espírito] sugere para mim que você
deve ter estado, no passado, sob a influência de pessoas
que estavam sempre falando sobre as coisas, mas nunca
fazendo qualquer trabalho real. Eles continuaram arguindo
toda sorte de ponto filosofico obscuro, quanto a isso esta
tudo bem, mas quando você tem sucesso em analisar suas
reações é que você vai entender que toda essa conversa é
justa excusa [apenas uma desculpa] para não fazer qualquer
trabalho sério.
Alguém se reconhece nesta descrição. Provavelmente não.
Ai! – Motta.
Eu estou confirmando este julgamento por seus dizeres [por
você dizendo, ou, por suas palavras]: “Eu não sei se eu
quero entrar em um grande conflito. Eu preciso de paz”.
Afortunadamente você salvara a si mesma[salvou a si
mesma] por acrescentar: “A paz real, que é viver e não
estagnar”. Toda a vida é conflito. Cada respiração que
você projeta representa uma vitória na luta de todo o
Universo. Você não pode ter paz sem uma perfeita maestria
da circunstância; e eu suponho que isso é o que você quer
significar com “viver, e não estagnar”.
Generoso como sempre, amando como sempre. O que ela
realmente quis dizer foi sobre a lendária cegonha e seu
dispositivo de enfiar a cabeça em um buraco na areia e
deixar a bunda para o vento. – Motta.
Mas para a primeira consequência, para você reunir [em
si ]a resolução de acabar com este mar de pensamentos
rodopiando, atraves de um ato de vontade, você deve dizer:
“A paz permaneça”. No momento em que você tenha
entendido para e o que são esses pensamentos, as
ferramentas do inimigo, inventadas por ele com a ideia de
impedi-la de realizar a Grande Obra – o momento em que
você descartar todas as considerações com firmeza e
determinação e disser: “O que eu devo fazer?” e ter
descoberto que começou a trabalhar para fazê-lo,
permitindo isso sem interrupção, você vai encontrar aquela
paz viva, que (como você parece ver) é um processo
dinâmico e não uma condição estática. (Há bastante sobre
este ponto nos Pequenos Ensaios em Direção à Verdade, e
também em A Visão e a Voz.)
A Visão e a Voz também será reeditado hoje por nós: esta
foi tornada necessária mais pela interferência do Sr.
Israel Regardie com coisas além de sua competência. –
Motta.
Seu comentário final me fez sorrir. Esta propaganda não é
boa para o tipo de pessoa com quem você esteve associada
no passado[ou seja, O que você me disse não me leva a ter
uma boa percepção destas pessoas com as quais você se
manteve vinculada no passado]. Minha posição é muito
simples. Eu obedeci a injunção de “comprar uma perfeita
galinha preta, sem regatear”. Eu gastei mais de 100.000
libras de meu dinheiro herdado sobre este trabalho: e se eu
tivesse um milhão de vezes essa quantidade hoje iriam
todos na mesma direção. E é apenas quando um esta forjado
assim desta forma, que estará totalmente desprendido de
todas as considerações de dois centavos e meio para mais
ou quatro centavos e meio para menos, que se obtém uma
perfeita liberdade neste Plano dos Discos.
Bem, não muito, ou melhor, não menos importante, se
você é um Thelemita, pois como o Senhor do Aeon mesmo
comentou, tudo deve ser feito “com jeito de negócios”.
Essa atitude de indiferença para com o dinheiro funciona
apenas na medida em que dinheiro não é necessário para
o trabalho, e mesmo assim somos cépticos sobre o seu
valor. É próprio do mestrado Oriental (reais, não os
milionário “maharishis” e “gurujis” e outros), mas não
para nós. Você não pode construir alojamentos sem
dinheiro, publicar livros, sem dinheiro, viagens às
cavernas distantes, sem dinheiro, etc, etc, etc. O erro
consiste em valorizar o dinheiro em si mesmo como uma
prova de realização, e não como um meio para isso.
Crowley errou constantemente por não observar as
recomendações do Terceiro Capítulo da AL, que ele
admitidamente detestava. Ele nunca, por exemplo, teve o
cuidado com os direitos autorais de O Equinócio I 1-10,
declarando (como o Sr. Germer me disse quando
questionado) que ele sentiu que deveria pertencer à
Humanidade. Nós todos sabemos como a humanidade se
manifesta em sua gratidão. Seu próximo ataque de
censura levaram-no a vender a Mansão em Boleskine, sua
última âncora para a segurança financeira, e dar o
dinheiro para a O.T.O.: o Grande Tesoureiro Geral que
tinha escolhido prontamente lhe roubou. Em 1919 e.v. ele
tinha sido parcialmente recuperado de seus sentidos, e O
Equinócio III 1 foi protegido por direitos autorais em seu
nome depois de ser publicado nos Estados Unidos, mas
novamente o texto deste livro continha graves erros de
doutrina flagrantemente conflitantes com o Terceiro
Capítulo do Livro da Lei. Desta vez, o próprio Senhor
interveio: o pretendido Nº 2 que era ainda pior a este
respeito, nunca apareceu. Os números seguintes de O
Equinócio III foram publicados, com extremo sacrifício e
com grandes intervalos. Sem a renúncia de Karl Johannes
Germer, a publicação de o Nº 3, O Equinócio dos Deuses,
N° 4, Oito Lições de Yoga, e o N°5, O Livro de Thoth,
nunca teriam ocorrido.
O Sr. Germer mesmo sofreu dessa ambivalência em
relação ao dinheiro. Lembro-me de que ele fez o
horóscopo de meu filho e descreveu-o para mim em uma
carta. Ele detectava no menino, entre outras coisas, uma
tendência a “ganância”, e comentou em um lado “eu não
gosto”. Mas sem algum grau de ganância você é
responsável pelo fim de sua vida, como Crowley fez,
dependendo da generosidade de seus discípulos, e se você
refletir sobre a generosidade média do discípulo médio
que você vai fazer bem se manter em mente o Capítulo 55
de Liber 333, que nunca o próprio Crowley, infelizmente
para ele, para o Sr. Germer, e para mim, nunca fez.
Ser um discípulo “Crowley” não é, como eu sei que para
meu pesar, conducente à sua obtenção e manutenção de
bons empregos, especialmente em nível gerencial; ser um
ladrão de Crowley, como Regardie, Grant, McMurtry e
outros, ajuda. Esta é a reflexão sobre a sociedade em que
vivemos, e não sobre Crowley. Discípulos futuros podem
tê-lo melhor, mas vai fazer bem em contar seus centavos
entretanto e manter um olho atento para os serviços de
inteligência que, ferramentas dos cultos estabelecidos
que são, mantem-se perseguindo os nossos pés e passam
sobre nos “informação confidencial” para nossos
possíveis empregadores de que somos satanistas, ou
anarquistas, ou nazis, ou os traficantes de drogas, ou
pervertidos sexuais, ou o que quer que seja. Se eu parecer
muito indignado no presente número, é porque estou
revivendo três décadas de tais “preocupações” com o
FBI, a CIA, Shin Beth, a Inteligência Militar Brasileira, e
talvez mesmo a KGB. Isto começa a ficar chato depois de
um tempo, você sabe. – Motta.
Todas as Ordens sérias do mundo, ou quase todas,
começam por insistir que o aspirante deve ter um voto de
pobreza,...
Vê o que eu quero dizer? Lá vai ele de novo. Isso não é
absolutamente Thelêmico de modo algum – Motta.
...um Budista Bhikku, por exemplo, só pode possuir nove
objetos – seus três robes, tigela de mendicância, um abano,
escova de dentes, e assim por diante. As Ordens Hindus e
Maometanas tem regulamentos similares; e assim fazem
todas as importantes Ordens de vida monástica no
Cristianismo.
Ele quis dizer Cristismo. No entanto, foi exatamente os
cultos derivados dessas ordens que o Senhor do Aeon
acusou de crapulosos! É bastante óbvio que, mesmo perto
do fim da sua vida Crowley não gostei do Terceiro
Capítulo do Livro da Lei, totalmente. No entanto, no
parágrafo seguinte, suas responsabilidades como profeta
são novamente afirmadas. – Motta.
Nossa própria Ordem é a única exceção de importância, e o
motivo para isso é que é muito mais difícil para reter a
pureza se você está vivendo no mundo do que se você
simplesmente corta-se dele. É muito mais fácil de alcançar
realizações técnicas se for desobstruído de quaisquer
considerações desse tipo. Estes regulamentos funcionam
como restrições aqueles que são uteis em ajudar o mundo.
Há perigos terríveis, o pior de todos os perigos, associado
com o completo isolamento. Em minha opinião pessoal,
além disso, penso que o nosso próprio ideal de uma vida
natural é muito mais saudável.
Quando você descobrir um pouco sobre suas encarnações
passadas, você deve ser capaz de entender isso muito mais
clara e simplesmente.
O que eu encontrei sobre as minhas encarnações
passadas confirmou a minha posição, que é a sua própria
Posição como o Profeta: a riqueza e o poder deveriam
pertencer a quem vai utilizar tais atributos para servir à
humanidade, para não abusar dela. Se milionários foram
iniciados ou atendessem a iniciação, o capitalismo não
oprimiria nem geraria a pobreza; e comissários fossem
iniciados ou atendessem a iniciação, o comunismo iria
funcionar tão bem na prática como é suposto trabalhar na
teoria. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Carta Nº C30 de Abril de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Obrigado pela sua longa carta sem data, porem recebida ha
dois dias atrás...
Esse desleixo pode ser muito irritante; também, a má
conservação dos registos e para acompanhar a
fiscalização dos serviços de espionagem, assim
chamados. – Motta.
...Eu sinto muito por você ainda se sentir esgotada...
Isto, com quase 70 anos de idade, durante a guerra entre
os ataques aéreos, e sofrendo todo tipo de perseguição
mortal e boicote que perseguiu suas últimas quatro
décadas de existência. Se ela tivesse algum senso, ela não
teria sequer mencionado seus “problemas” com ele, mas
se discípulos tivessem qualquer senso, não teria
necessidade de serem discípulos. – Motta.
...Eu mesmo não me sinto muito bem, por eu achar este
tempo muito difícil. Vou responder aos seus diferentes
pontos da melhor maneira possível. Eu estou me
organizando para enviar a você os documentos oficiais
conectados com a O.T.O., mas a ideia que você deve
conhecer outros membros primeiro é completamente
impossível. Mesmo após a afiliação, você não iria
encontrar ninguém a menos que fosse necessário para que
você trabalhe em cooperação com eles. Tenho medo que
você ainda tenha a ideia de que a Grande Obra seja como a
festa do chá. O contato com outros estudantes apenas
significaria que você criticaria seus chapéus, e então suas
morais, e eu não vou encorajar isso. Seu trabalho não é de
ninguém; e conversa indireta [FOFOCA!] é o pior elemento
tóxico na sociedade humana.
Quando você fala do “verdadeiro registro” do “Ser
chamado de Jesus Cristo”, eu não sei o que você quer dizer.
Não tenho conhecimento da existência de qualquer registro
deste tipo. Eu conheço um grande numero de lendas, na sua
maioria emprestadas de lendas anteriores, de
características semelhantes.
Seria melhor para você obter uma cópia de O Equinócio
d o s Deuses e estudá-la. A Grande Obra é a união dos
opostos. Isso pode significar a união da alma com Deus, do
microcosmo com o macrocosmo, do sexo feminino com o
masculino, do ego com o não-ego - ou o que sabe-se mais.
Por “amor sob vontade”, uma referência ao fato de que o
método em cada caso é amor, pelo qual se entende a união
dos opostos como acima referido, como o hidrogênio e
cloro, sódio e oxigênio, e assim por diante. Qualquer
reação que seja, qualquer fenômeno, é um fenômeno de
“amor”, como você vai entender quando eu começar a lhe
explicar o significado da palavra “ponto de evento”. Mas o
amor tem que ser “sob vontade”, se for para ser
direcionado corretamente. Você deve encontrar sua
Verdadeira Vontade, e fazer todas as suas ações
subserviente aquele único e grande propósito.
Rahoor é o Deus Sol; Tahuti é o Mercúrio Egípcio; Kephra
é o Sol da meia-noite.
Um verdadeiro discípulo. Estes foram os detalhes que, em
um país civilizado como a Inglaterra, ela poderia ter
pego as informações em qualquer biblioteca local; mas
ela tinha que incomodar o Mestre ao invés de esforçar-se.
– Motta.
Sobre seus problemas, o que eu tenho que fazer é tentar
ensiná-la a pensar com clareza. Você será imensamente
estimulada a ter todos os enfeites inúteis despojados do seu
aparelho de pensar. Por exemplo, eu acho que você não
conhece os primeiros princípios da lógica. Você parece
assumir uma atitude mais ou menos Cristista,...
Mais uma vez, vamos mudar a palavra “cristão” e seus
derivados para a palavra ‘Cristista’ e seus derivados
onde fica claro no texto que Crowley está se referindo à
teologia desenvolvida pelos Romanos-Alexandrinos, ao
invés da teurgia dos Gnósticos originais, os seguidores de
Dionísio. “Cristista” é o neologismo que foi inventado
pelo grande poeta Português e Irmão, Fernando Pessoa, e
seu uso vem se espalhando, mas seguramente desde o seu
falecimento. É especialmente útil se você vive em um país
oprimido pelo Catolicismo Romano em sua forma mais
virulenta, como são a maioria dos países da América do
Sul, Filipinas, Coreia do Sul, Itália, França, Polónia, e
como eram os Estados Unidos sob os Kennedys. – Motta.
...mas, ao mesmo tempo que você gosta muito da ideia de
Karma. Você não pode ter ambos.
Elas implicam duas teleologias totalmente diferentes. O
conceito Cristista é que você vive apenas uma vida, no
qual você está condenado ao inferno desde o início, a
menos que você salve sua alma pela mediação
benevolente de qualquer ramo da heresia Romana
ajudando a vampirizar o seu grupo cultural, em cujo caso
você vai para o purgatório ou para o céu depois de
morrer. Karma significa que você vive uma série de vidas,
e aprende o que é “bom” para si, por tentativa e erro. A
necessidade de “salvação” e da ameaça de “danação
eterna “ são conceitos totalmente estranhos ao conceito
de Karma. – Motta.
A questão sobre dinheiro não se aplica. Esta antiga e muito
boa regra (que eu sempre mantive), foi realmente pertinente
para o momento em que havia segredos reais...
Ele esta se referindo à regra de não se cobrar dinheiro
pelo ensinamento e iniciação. – Motta.
....Mas eu tenho publicado abertamente todos os segredos.
Tudo que posso fazer é treiná-la de uma forma
perfeitamente exotérica. Minha sugestão sobre a carta
semanal foi destinada a excluir esta pergunta, como você
estaria recebendo algo de completo valor comercial
pagando nada.
Suas perguntas sobre o Espírito do Sol, e assim por diante,
devem ser respondidas pela experiência. Satisfação
intelectual é inútil. Eu tenho que levá-la a um estado de
espírito completamente superior ao mecanismo da mente
normal.
Significado, ele vai tentar ensiná-la a pensar por si
mesma. Mente normal, normalmente, não pensam por si
mesma: elas foram treinadas para reagir a estímulos,
como os cães de Pavlov. A fim de pensar por si mesma
uma pessoa tem que tirar de si mesma todos os
preconceitos da educação em grupo, culturais e
educacionais. Nesse sentido, a educação universitária é
uma desvantagem e não uma vantagem, pois significa
simplesmente que a mente foi submetido a um
condicionamento extra, a menos que o indivíduo teve a
sorte de ir para uma das universidades de primeira linha,
onde os calouros são ensinados a pensar um pouco mais
do que a aprender de cor. Essas universidades estão se
tornando cada vez menores nestes dias de conflito
intelectual entre o assim chamado capitalismo e o assim
chamado marxismo, para os “líderes” em ambos os lados
é mais lucrativo para si promover um dogma político e
social do que encorajar o livre exame e espíritos livres. O
processo de descascar-se de um dos preconceitos
adquiridos é extremamente doloroso para o pupilo, e mais
naturalmente desistem e voltam para o rebanho. Isto é
esplendidamente colocado transversalmente em poema de
Stephen Crane, “O Viajante”:
O viajante
Percebendo o caminho para a verdade
Foi golpeado com perplexidade.
era densamente cultivado com plantas daninhas.
“Ha”, disse ele,
“Eu vejo que ninguém tem passado aqui
ha um longo tempo”.
Mais tarde, ele viu que cada planta daninha
Era uma faca singular.
“Bem”, ele murmurou enfim,
“Sem dúvida, existem outros caminhos”. – Motta.
Uma boa parte da sua carta é um pouco difícil de
responder. Você sempre parece querer colocar a carroça na
frente dos bois. Você não vê que, se eu estivesse tentando
levá-la a fazer uma coisa ou outra, eu deveria simplesmente
voltar para o tipo de resposta que eu pensei que iria
satisfazê-la, e fazer você feliz?...
Mas é claro que foi isso que ela queria que ele fizesse: é
o processo pelo qual o “maharishis” e “gurujis”
adquirem suas enormes fortunas. As pessoas vão para o
Mestre do consolo, não para a verdade. Mas o Mestre é a
Verdade, o que mais podemos ensinar? – Motta.
...E isso seria muito fácil de fazer porque você não tem
ideias claras sobre qualquer coisa. Primeiramente, você
continua usando termos sobre cujo significado ainda não
estamos de acordo...
O que significa que ela sempre usa termos em conotação
emocional pelo seu condicionamento, ao invés de sua
simples definição de dicionário, de modo que, quando ela
diz algo, ele não pode ter certeza exatamente do que ela
quer significar, e quando ele dá uma resposta que ela
interpreta em termos do que ela quer ouvir, ao invés do
que ele está tentando transmitir. Este é um dos problemas
mais difíceis no trato com os pupilos. – Motta.
...Quando você fala sobre o “caminho Cristão”, você
acredita em expiação vicária e danação eterna – não é
mesmo? Uma grande parte da confusão que surge em todas
estas questões, e cresce constantemente pior com os
colegas de escola falando sobre – o cego guiando cego – é
porque eles não têm ideia da necessidade de definir os seus
termos.
Então, novamente, você me faz perguntas como “O que é a
pureza?” que podem ser respondidas em uma dúzia de
maneiras diferentes, e você deve ter em vista o que se
entende por um “universo de discurso”...
Um “universo de discurso”, os limites dentro dos quais
um está tentando comunicar ideias através da utilização
de palavras. Se eu (machista chauvinista que eu sou)
estou falando sobre a beleza dos seios de uma garota,
você deve ser capaz de entender que eu estou expressando
o meu gosto pessoal em forma de peitos, sem falar da
beleza como uma “verdade eterna”. A não ser que eu seja
um poeta, os poetas têm licença para saltar de um
universo de discurso para outro, que talvez seja por isso
que muitos poetas são licenciosas. Este é um trocadilho.
Um trocadilho pode ser definido como uma junção de dois
ou mais universos de discurso em uma palavra,
geralmente em uma tentativa de humor. – Motta.
...Se você me perguntasse – “É esta amostra de cloreto de
ouro uma amostra pura?” Eu posso te responder. Você deve
entender o valor da precisão no discurso. Eu poderia ficar
divagando sobre a pureza e abnegação por anos, e ninguém
seria um centavo melhor.
Exceto ele, claro. Mas ser um “Maharishi” ou o
Primeiro-Ministro ou Presidente ou qualquer outro tipo
de charlatão nunca foi uma de suas prioridades. – Motta.
P.S. – ou melhor, eu não quero ditar esse trecho...
Por que o macaco que os derruba, que se não fosse
Regardie agora seria o Grant que os interpretaria
segundo o seu próprio universo de discurso, e se tornaria
ainda mais símio por meio disso. – Motta.
...– Suas ideias sobre a O.T.O. relembram-me a ideia de
algumas mulheres sobre compras. Você quer martelar sobre
o estoque e depois sair com um sorriso orgulhoso e feliz:
NÃO. Você realmente acha que eu deveria reunir todas as
pessoas mais ilustres vivas para a sua inspeção e
aprovação?
Bom, aqui ele foi entregando-se um pouco a arte de
vender. Muito poucos membros da O.T.O. eram realmente
distintos, e eu não estou falando sobre a distinção social
ou intelectual: eu estou falando sobre a personalidade e
aspiração. Se você considerar que tanto McMurtry e
Grant foram sócios, você vai saber o que quero dizer. Por
outro lado, ele certamente teria sido ultrajante arrastar
um Johannes Karl Germer ou Rudolph Steiner ou um JBS
Haldane ou até mesmo um Arnold Krumm-Heller e
submetê-los ao escrutínio da senhora. – Motta.
[Ela estava sendo altamente presunçosa ao supor ser apta
para tal. Por mais escândalos que haja em qualquer Ordem,
ninguém é apto a julgar outros com os quais nunca interagiu,
sem querer ser contraditório.]
A cláusula de filiação em nossa Constituição é um
privilégio: uma cortesia para um corpo simpático...
Refere-se a uma cláusula na Constituição da O.T.O.
o r i g i n a l em conceder aos membros da Maçonaria
Osiriana um direito automático de se tornarem membros
do III° O.T.O.. Com a Constituição atual, este privilégio
foi retirado. Corpo “simpático”, certamente! – Motta.
...É que você não foi Maçom, ou Co-Maçom, você teria que
s e r proposta e apoiada, e em seguida examinada por
inquisidores selvagens; e então – provavelmente – jogada
fora ao monte de lixo.
Novamente, pura propaganda, infelizmente: lembre-se
que a Grady McMurtry foi concedido o IX º em virtude de
um empréstimo de cinquenta libras. Mas podemos
garantir-vos que não é a maneira como as coisas estão
sendo feitas agora, e espero que continuem a serem feitas.
– Motta.
[IX° OTO? Para o Sr. McMurtry, no lugar de Crowley,
cobraria 1000 libras!]
...Bem, não, isso não é tão ruim assim; mas nós certamente
não queremos qualquer um que opte por escolher-nos. Quer
fazê-lo você mesma, como se você estivesse no Comité de
um Clube? A O.T.O. é um órgão sério, engajado em um
trabalho de escopo Cósmico. Você deve questionar a si
mesma: em que eu posso contribuir?
Segredos. Há uma exceção para o que eu disse sobre a
publicação de tudo: isto é, o último segredo da OTO. Isso é
realmente muito perigoso para divulgar, mas a salvaguarda
é que você não poderia usá-lo a não ser que você soubesse
que ao menos fosse uma Adepta avançada; e você não seria
permitida ir tão longe se nós não estivéssemos satisfeitos
de que você realmente esteja sinceramente dedicada à
Grande Obra. (Veja Uma Estrela à Vista). Verdade, os
Irmãos Negros poderiam usá-lo, mas eles só se destruiriam.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Carta Nº D8 de Junho de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Obrigado por sua carta. Eu não conseguia encontrar o
material impresso da O.T.O. – e em seguida ocorreu-me
que seria útil para esperar por sua reação. Se eu estivesse
esperando alguns documentos importantes pelo correio, eu
deveria ficar ansioso após 24 horas de atraso (no máximo)
e iniciar investigações. De qualquer forma, eu não posso
encontrá-los no momento, mas o Sr. Bryant disse que iria
lhe emprestar seu Blue Equinox: as páginas 195-270 darão
o que você quer.
[Aqui Crowley sutilmente chama a atenção da referida
dama, que levou aproximadamente dois meses para tornar a
falar com Crowley porque ele lhe deu um “leve puxão de
orelhas”... Mas isso tudo é função de um ego sensível,
como o da maioria das pessoas. A.C. estava dando perolas
de sabedoria a esta referida e muito confusa dama – sic!]
Mas o ponto verdadeiro é que sua afiliação é que me poupa
de ter que estar constantemente em guarda para que eu não
deva mencionar algo que estou jurado não revelar. Como
em toda sociedade séria, os membros se comprometeram a
não divulgar o que eles podem ter aprendido, com quem
eles se encontraram, mas é assim, mesmo na Co-
Maçonaria: não é; Mas pode-se mencionar os nomes dos
membros que morreram. (Veja Liber LII, par 2..) Seja feliz
então, o ultimo X.. Y... foi um de nós. Eu espero que ele e
Rudolph Steiner (entre eles)[um dentre os dois] possam
satisfazer as suas dúvidas...
Temos de introduzir aqui algumas observações. Primeiro,
você vai seriamente notar agora que Crowley tomou o
segredo do material da O.T.O., inclusive os rituais. Você
verá mais tarde que o Sr. Israel Regardie, em sua
pirataria, retirou um longo parágrafo que torna bastante
claro que Crowley nunca teria aceitado ou permitido a
publicação dos rituais secretos da O.T.O. em forma de
livro. As razões pelas quais o Sr. Regardie extirpou esse
número vai ficando progressivamente claro como veremos
a frente. Em segundo lugar, o Sr. Germer, ao editar as
cartas, retirou qualquer referência ao nome do Sr. X. .. Y.
.., embora o homem estivesse morto. O Sr. Germer o fez
para proteger tanto a família do homem e quanto seus
amigos do tipo de “atenção” que estava sendo oferecida
aos Thelemitas pelo FBI dos Srs. Hoover e McCarthy.
Não se esqueça que este livro foi publicado pela primeira
vez, em sua edição só é legal antes da presente - e única
edição intactas antes desta - em 1954 e.v. Na instigação
de Hoover o F.B.I. tinha perseguido tanto o Sr. Quanto a
Sra. Germer de tal maneira que eles foram forçados a
deixar Nova Iorque e ter residência em Hampton, Nova
Jersey. Para o credito dos agentes nos precisamos
acrescentar que eles não estavam dispostos a fazer isso:
as cartas de Hoover para eles realmente ameaçam com
sanções se não encontrassem algo para o descredito de
Germer. Aparentemente, Hoover foi de boa-fé sobre isso:
e l e tinha, obviamente, recebido “informações
confidenciais” que o levou a acreditar que os Germers
eram culpados de crimes horríveis. Desde que Hoover
trabalhou em estreita colaboração com todo o Vaticano
(ele e McCarthy foram os Católicos Romanos) para a
caça às bruxas dos anos cinquenta, não tem que se
admirar de onde ele obteve o seu preconceito. Os agentes
finalmente tinham algumas acusações coxas de que o Sr.
Germer era um simpatizante do nazismo com o
proprietário de uma “livraria oculta que o seu jeito
patrocina”, e Hoover parece ter ficado satisfeito com
isso. Foi o suficiente para enviar agentes para todos os
alunos da Sra. Germer - ela dava aulas particulares de
piano - e avisá-los contra ela. Ela perdeu a maioria deles,
e com os alunos foi a renda que os apoiaram tanto em
Nova York. Daí a mudança para Hampton, onde eu
conheci a ambos.
As citações acima são dos arquivos do F.B.I., material
que a agência foi obrigada a revelar ao sob a Liberdade
da Lei de Informação, que alguns dos apoiantes de
Reagan no Senado e na Câmara manifestaram o desejo
piedoso de ter revogado. Os nomes de alguns dos
informantes, no entanto, tem sido enegrecido nos
registros. No entanto, qualquer leitor destas linhas será
capaz de adivinhar a “livraria oculta” em Nova York que
o Sr. Germer patrocinou. É interessante que ele ser
acusado de nazismo, e a Sra. Germer ser acusada de
nazismo, quando eles não eram somente os refugiados do
nazismo, mas também a Sra. Germer era judia. O Sr.
Germer foi casado três vezes: duas de suas esposas eram
judias. Um dos motivos que ele foi colocado em um campo
de concentração pelos nazistas era que ele era simpático
para com os judeus. Ele uma vez me escreveu que ele
preferiria lidar com um judeu do que com um Cristista a
qualquer momento, um sentimento em que eu
sinceramente concordo. Eu só não concordo contra
judeus como Donald Weiser, Israel Regardie e Oskar
Schlag pessoas que são a desonra de sua cultura e sua fé.
“Sr. X. .. Y. ..” era um americano influente. – Motta.
A A�A� é totalmente diferente. Uma Estrela à Vista diz-
lhe tudo o que você precisa saber. (Talvez alguns desses
regulamentos sejam difíceis de compreender: pessoalmente,
eu nunca consigo entender tudo isso como uma Lei material.
Então você deve me perguntar o quê e porquê, e assim em
diante).
Isto é dito com perfeita sinceridade. O homem Crowley, o
“escriba”, é uma estrutura totalmente diferente da
energia que vem do Adepto que concebeu e organizou a
estrutura do sistema A �A � [juntamente com GEORGE
CECIL JONES], ou o Mestre, que é energizado. A única
ligação necessária é que um é o instrumento dos outros.
Isto não deve ser absolutamente confundido com o
conceito espírita de “mediunidade”, mas é compreensível
que uma mente profana pode ser incapaz de perceber a
diferença [Profana?Que palavra mais cristista!]. No
entanto, mesmo o primeiro Trance e a mais elementar
União vai mostrar ao novato [Agora sim, muito melhor
q u e PROFANA!] que há mais planos para a sua
consciência do que aqueles em que os bípedes sem penas
geralmente funcionam. – Motta.
Há apenas um ponto verdadeiro para o seu julgamento.
“Pelos seus frutos vós os conhecereis”. [A Soror em
questão citava constantemente os jargões da bíblia cristista,
e esta foi uma das poucas citações que A.C. concordou
como aplicável ao contesto da carta. Mas todos crescem,
amadurecem e se tornam uteis a Thelema, de forma honrosa
ou não...]
Sim, mas o autor desta célebre frase parece não ter
ponderado que os frutos de uma pessoa é o veneno de
outra pessoa, para não dizer nada de porcos e macacos.
Cada um de nós vai para a árvore de nossa própria
escolha, e acha que é excelente. Sionismo e Romanismo
me fazem vomitar, mas, sem dúvida, o sabor é doce aos
Oskar Schlag e William Casey. Minha única objeção é
que ambos gostariam de empurrar a comida na minha
garganta, que eu acho que é imprópria para o consumo
humano. – Motta.
...Você leu Liber LXV e Liber VII; Isso mostra quais
estados você pode alcançar por este currículo. Agora leia
“Um Mestre do Templo” (Blue Equinox, pp 127-170) para
um relato dos primeiros estágios do treinamento, e seus
resultados...
Você observará que ele acentuou as primeiras etapas, e
não a tentativa de Stansfeld Jones de cruzar o Abismo,
que foi infelizmente mal sucedida; contudo, esta parte do
trabalho de Jones deveria ter aparecido no Equinócio III
2; e o fracasso de Jones foi um dos vários motivos por
que este número do Equinócio III nunca foi impresso. No
momento que Crowley recebeu o Registro, Jones já estava
tentando derrubar o Mestre – e o que foi o pior, ele
estava fazendo isso inconscientemente. (Se você o fizer
conscientemente, você escolheu simplesmente o caminho
da maldade; você é um Mago Negro, mas não
necessariamente um Irmão Negro). – Motta.
[Qual o problema em “obrar a obra da maldade”? Mesmo
porque, se ele for Mestre, seu ataque não terá nenhum efeito
contra ele... Eu acho que Motta estava era reafirmando sua
autoridade-própria, inconscientemente, claro!...]
...(É claro, o seu caminho pode não coincidir, ou mesmo se
assemelhar, com este caminho).
Mas coloque isso em sua cabeça “Se um cego guiar outro
cego, ambos caem no fosso”. Se você tivesse visto 1% do
dano que eu vi, você iria congelar até a medula de seus
ossos com a mera ideia de ver outro membro através de um
telescópio! Bem, ao falar assim eu extravaso e admito;...
O que significa que ele está exagerando um pouco para
impressionar sobre a importância do isolamento para ela.
Foi muito no inicio de seus dias para ele, em sua
inocência de Puro Tolo, perceber o desassossego que este
rigoroso segredo provocaria nos governos benevolentes
de todos os lugares. Os serviços de “inteligência”-
qualquer um realmente admira-se em por que motivo eles
recebem esse nome, quando geralmente são tripulados
pelo tipo moral e intelectual mais estreito de homo
sapiens - lamuriam-se muito com todo esse mistério:
temos de estar tentando manter as pessoas afastadas
umas das outras para podermos manipulá-las mais
facilmente, ou ensinar-lhes todos os tipos de
obscenidades indizíveis. Através dos anos, tive alunos que
não são realmente os alunos em tudo, mas retransmitem
todos os conselhos que são dados para um painel central
de “psicólogos”, ou cenário de computador ou o que quer
mais que está tentando descobrir o que nos faz, pelo
menos quanto a mim, ter credito. Eu aprendi a detectar o
tipo: costumam demorar pelo menos um mês para
responder a cartas de aconselhamento ou de reagir às
ordens, porque eles têm que enviá-las e aguardar
instruções. Infelizmente, exige o juramento que se deve
colocar-se com esse tipo de coisa, pelo menos até o
momento em que esses traidores desistem ou são
ordenados a sair por seus patrões. Mas é impossível
destacar a importância de trabalhar em isolamento no
sistema da A �A �, pelo menos nas fases anteriores de se
chegar plenamente a Zelator. Probacionistas s ão podres,
e os Neófitos são impertinentes, pois eles sempre
interferem uns com os outros, além de incessantemente
incomodarem você, se você permitir-lhes manter muito
intercurso - de qualquer tipo - um com o outro ou com
você! – Motta.
[A Lei é para todos. Particularmente acho que todo
processo é autofogocitótico: O inapto consome-se a si
mesmo e desaparece de sua vida. Você não precisa gastar
energia procurando um inimigo oculto ou sendo tosco
porque seu “pupilo” é um idiota. Todos somos idiotas
quando vistos por alguém que está em um plano acima, ou
melhor, diferente. Isso é pra mim, ódio injustificado,
disfarçado de falso Zelo – sim, trocadilho intencional!]
...porem, não precisas de uma dúzia de cozinheiros para
fazer um caldo! Se você está trabalhando comigo, você não
tem tempo para perder com outras pessoas.
Eu temo que o seu “Cristianismo” é como na maioria das
outras tribos [Ou seja, não é Cristianismo, mas sim
CRISTISMO]. Você escolhe uma ou duas das figuras a
partir das quais os Alexandrinos compuseram seu “Jesus”
(também muitos cozinheiros, novamente, como uma
vingança!) e negligenciaram as outras[figuras]. O Cristo
Sionista de Mateus pode não ter valor algum para você, e o
mesmo com o Asiático “Deus-Dying” – compilado de
Melcarth, Mitra, Adônis, Baco, Osíris, Attis, Krishna, e
outros – que fornecem os elementos miraculosos e
ritualísticos da fábula.
Justamente você pergunta: “Em que eu posso contribuir?”
Resposta: Um Livro. Essa é a ideia da carta semanal: 52
suas e 52 minhas, competentemente editadas, nos daria um
volume dos mais proveitosos. Este seria de sua
propriedade: para que você obtenha uma boa quantidade de
valor material [dinheiro], talvez muito mais para suas
despesas...
Este é o tipo de generosidade incrível - alguns advogados
chamariam isso de burrice - que estava sempre lhe
metendo em problemas e o fez terminar a sua vida na
completa pobreza. – Motta.
[Concordo. Mas não foi burrice. Crowley nos dias de hoje
estaria distribuindo tudo gratuitamente na Internet! E não
teria que ter torrado sua fortuna para concluir a Grande
Obra. Mas, se for para ganhar dinheiro, que seja
CROWLEY e não nós, que não contribuímos com nada de
útil! Para os “Magos de Plantão”: Dinheiro se consegue
com TRABALHO!]
...Pensei nesse plano, porque um tal arranjo recentemente
chegou ao fim, com resultados surpreendentemente feliz:...
Aqui referindo-se ao Equinócio III Nº5, “O Livro de
Thoth”, o direito autoral, que originalmente tinha a
intenção de deixar completamente para Frieda Harris. –
Motta.
...eles devem estar abertos para a sua apreciação em alguns
meses a partir de agora. Incidentalmente, eu pessoalmente
não pego nada disso para mim [não ganho nada com isso];
secretariar um trabalho custa dinheiro estes dias [dar a ela
a assistência que ela precisa sairia muito caro se fosse o
caso de se cobrar por isso. Então, pactuaram em trocarem
cartas, onde ela seria assistida em todo seu trabalho pelo
próprio Therion, sob o único custo de permitir que as
cartas sejam publicadas. Hoje em dia a suposta “assessoria
espiritual” é uma profissão...como vemos em qualquer meio
de comunicação em massa]. Porém há uma outra grande
vantagem, a de nos manter até a meta [ou seja, para que
ambos não desistam da empreitada antes de alcançar a
consecução deste trabalho, que são as 52 cartas de cada
um]. Além disso, nestas cartas com grandes chances e
extremidades [finalizações, conclusões] de conhecimento
[ o u , uma grande miscelânea de conhecimentos e
possibilidades de investigação mística e magica]
transformam-se automaticamente em coisas valiosas; é
bastante frequente sim, mas não quer perder o fio, uma vez
que se iniciar. Possivelmente dez dias poderiam ser melhor
[ao invés de uma carta a cada sete dias, uma carta a cada
10 dias. O que levaria 364 dias, sem contar o tempo dos
correios e seus atrasos, levaria 520 dias].
Mas por favor, entenda que esta sugestão surgiu
exclusivamente a partir de sua própria indicação do que
você pensou em que iria ajudar na sua situação atual.
Enfim, como você diz, decida! Se for sim, gostaria de vê-la
antes de 15 de Junho, quando espero estar fora por alguns
dias; melhor para dar-lhe algum fundamento para mantê-la
ocupada na minha ausência.
Como Mejnour fez para Glyndon, e com resultados
semelhantes. – Motta.
[Ele esta se referindo aos personagens do livro Zanoni, que
todos deveriam ler e reler...]
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Carta Nº E18 de Agosto de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Tenho pensado muito na construção de seu Mote. “Eu me
tornarei” pode satisfatoriamente ser transformado em
“Deixe que seja” [Let there be] evitando o Primeiro
Pronome fica com a ideia de “a absorção do Si no Amado”,
que é exatamente o que você necessita.
E que, curiosamente, a propósito, é psicológica e
anatomicamente um impulso do sexo masculino, ao invés
do sexo feminino. Crowley não deveria, no entanto,
colocar um Mote na boca desta senhora dessa forma. É
verdade que sua primeira ideia: “Vou ficar”, foi
basicamente egóica, mas só que isso não é negocio [não é
da conta] do instrutor. Ele costumava brincar assim, e o
resultado foi que os alunos muitas vezes brincaram assim,
em vez de fazer um trabalho real. Ele foi, é verdade,
ciente do egocentrismo da senhora e tentou, em vão, com
este dispositivo, para dar-lhe uma motivação mais
mística, mas é melhor assistir os atos, ao invés de
palavras. Normalmente, o Probacionista não tem
nenhuma ideia real de sua Vontade ao ingressar na
Ordem, muitas vezes eles não têm ideia alguma do que a
Ordem realmente é: a sublimidade da A �A � est á al ém
da concep ção de qualquer um, mesmo do tipo mais
elevado de Aspirante. É por isso que ao Probacionista é
concedido o privil égio de mudar de Moto ao tornar-se
um Ne ófito, algo que se pode fazer normalmente só
quando se passa da G �D � para a R �R � et A �C � e,
depois, para a S �S �. O ato de sugerir a um
Probacionista um Moto menos est úpido, e talvez ainda
mais próximo de sua verdadeira Aspira ção do que aquele
que optou-se, conduz muitas vezes a personalidade a uma
grosseira rebelião. Ela vai se rebelar de toda a maneira,
em qualquer caso! – Motta. [A personalidade, não a
pupila em questão].
“A Força criadora do Universo” está completamente
pronta. Πυραμις,...
Na nota original do Sr. Germer Lia-se: “Em Grego no
original” – Motta.
...uma pirâmide, é aquela força em sua forma geométrica;
na sua forma biológica é Φαλλος,...
Nota do Sr. Germer: “Em Grego no original” – Motta.
...o Yang ou Lingam. Ambas palavras têm o mesmo valor
numérico, 831. Estas duas palavras podem, portanto, servir
como o objeto secreto de sua Obra. Como é que você pode
construir o número 831?
A Letra כ,...
Idem: “Em hebraico no original” – Motta.
...Júpiter (Jeová), a Roda da Fortuna no Tarô – o Atu X é
um retrato do Universo construindo-se e resolvendo-se, por
virtude desses Três Princípios: Enxofre, Mercúrio, Sal; ou
Gunas: Sattvas, Rajas, Tamas – esses tem o valor 20.
Então, esse tem também a letra Yod escrita em cheio ( יוד ).
Idem: “Em hebraico no original” – Motta.
Uma forma Gnóstica secreta de ortografar e pronunciar
Jeová é ΙΑΩ...
Idem: “Em grego no original” – Motta.
...e este tem o valor de 811. Então, tem “Deixe que seja”,
Fiat, transliterado para o grego (ΦΙΑΤ).
Resumindo todas essas ideias, parece que você pode
expressar sua aspiração muito ordenadamente, muito
completa, escolhendo como seu Moto as Palavras FIAT
YOD.
Que, em Inglês simples, seria: “Que o pênis se manifeste
em mim”, ou “Posso desenvolver o aspecto masculino da
minha natureza”. As feministas fariam bem em prestar
atenção aqui. Tudo isso foi, provavelmente, grego, para
não dizer nada de hebraico, para a senhora, que pode até
ter interpretado o Moto proposto no sentido de que
Crowley queria passar a vara nela, o que poderia colocá-
la no mesmo nível da mentalidade de Kenneth Grant,
Grady McMurtry e Israel Regardie, mas esse nível de
mentalidade é do nível do homem médio muito baixo, e da
mulher média baixa também. No entanto, foi uma boa
tentativa, e mostrou Crowley, o incansável promotor do
verdadeiro feminismo, que quer dizer verdadeira
feminilidade ou masculinidade, que quer dizer
humanidade balanceada, ainda no trabalho, incansável,
apesar da idade, doença, perseguição e da “amizade” de
Gerald Yorke, para não dizer nada do chelado dos
bípedes sem penas acima referidos. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
P.S. Por favor estude esta carta, e estas figuras
explicativas(o autor, BAPHOMET X ° OTO, no original
soletra cada palavra, dando o equivalente numérico de cada
letra em pyramis, etc. Isso não é copiado aqui) [Nota
possivelmente de Germer] e medite sobre elas ate que não
se tenha apenas assimilado a matéria analisada
imediatamente, mas sim o método geral de pesquisa e
construção cabalística. Note como novas ideias surgem em
cognato para enriquecer a formula.
666
Carta Nº F20 de Agosto de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Deixe-me começar fazendo referencia para a minha carta a
respeito do Moto e deixar claro para você o funcionamento
desta presente carta.
Neste Moto você realmente tem várias ideias combinadas,
e ainda assim elas são realmente, é claro, uma ideia. Fiat,
sendo 811, é idêntico a IAO, e, portanto, YOD FIAT pode
ser lido não apenas como “Deixe que seja”(ou “Deixe-me
tornar”), a fonte secreta de toda a energia criativa, mas
como “a fonte secreta da energia de Jeová”. As duas
palavras juntas, com o valor de 831, que contêm os
significados secretos Pyramis e phallos, que é a mesma
ideia de formas diferentes, assim você tem três maneiras de
expressar a forma criativa, no seu aspecto geométrico, no
seu aspecto humano, e em seu aspecto divino. Estou
fazendo um ponto para isto, porque o trabalho fora deste
moto deveria lhe dar uma ideia muito clara do tipo de
maneira pela qual a Cabala deve ser usada. Eu acho que é
bastante útil para lembrar que é a essência da Cabala;
portanto, em princípio, a sua correspondência para
Malkuth, Yesod, Hod você está simplesmente escrevendo
algumas das ideias que pertencem aos números 10, 9 e 8,
respectivamente. Naturalmente, há uma grande sobrecarga
de redundância e, logo que você começa com ideais
importantes o suficiente para ser abrangente, como é
mencionado no artigo sobre a Cabala em O Equinócio, Vol.
I, Nº 5, é muito fácil provar que 1=2=3=4, etc.
Dentro do “universo de discurso” da Cabala, é claro.
Mas, mesmo em algumas formas de Matemática Superior
a proposição pode ser provada - de novo, dentro de um
determinado “universo de discurso”. Tenha em mente
que, apesar de um universo de discurso poder incluir
vários outros universos de discursos, a fundamentação
dos já inclusos deve ser estritamente limitada às suas
próprias fronteiras, o que é outra forma de se afirmar que
os planos não devem ser misturados. – Motta
[Nas comparações matemáticas, as notas de Motta são as
melhores em minha opinião, se comparada com outras
notas de outros “editores” que circulam por aí.]
Em contrapartida, você deve ser cuidadosa para prevenir
d e pegar as correspondências dadas nos livros de
referência, sem antes pensar por que elas são assim
determinadas. Assim, você encontra um camelo no número
que se refere à Lua, mas a carta do Tarô “a Lua” não se
refere à letra ג, que significa Camelo, mas a letra ק ao signo
de �, que significa peixe, enquanto a letra em si se refere à
parte de trás da cabeça [nuca]; e você também vai encontrar
peixe significando a letra נ. Você não deve ir partir deste, e
dizer que a parte de trás de sua cabeça é como um camelo –
a conexão entre eles é simplesmente que todos eles se
referem à mesma coisa[ideia, objeto].
No estudo da Cabala você faz menção à seis meses; Eu
penso que após esse tempo você deve estar habilitada a
perceber que após seis encarnações de estudo ininterrupto
você poderá fazer ideia de que você nunca pode saber
sobre isto[depois de seis meses de estudo dedicado você
começara a perceber que mesmo apos seis encarnações de
estudo continuo você não vai saber o suficiente sobre
Cabala]; como disse Confúcio sobre o Yi King. “Se mais
alguns anos forem adicionados à minha vida, gostaria de
dedicar uma centena delas para o estudo do Yi”.
Se, no entanto, você trabalhar na Cabala da mesma forma
como eu mesmo tenho feito, em uma temporada, você
deverá ter uma ideia muito clara em seis meses. Agora vou
dizer-lhe como que este método é: como eu andava[fazia
caminhada], fiz questão de atribuir tudo o que eu via a sua
ideia adequada. Para sair precisa passar pela porta da
minha casa, então refletia que a porta é ד e a casa נ; agora, a
palavra “dob”...
Daleth + Beth – Motta.
...é o hebraico para urso, e tem como número o 6, que
refere-se ao Sol. Então você se aproxima de suas
propriedades e vê que é ח – número 8, número do VII°
Trunfo do Tarô, que é a Carruagem: assim você começa a
procurar em volta pelo seu carro. Então você vem para a
rua e a primeira casa que você vê é o número 86, que é
Elohim, e é construído de tijolo vermelho, que relembra a
você ♂ e a Torre Fulminada, e assim por diante. Assim que
este tipo de trabalho, que pode ser feito por qualquer
pessoa de espirito ligeiro, se tornar habitual, você irá
encontrar a sua mente funcionando naturalmente nesse
sentido, e ficará surpreso com seu progresso. Nunca deixe
sua mente viajar partindo do fato de que sua Cabala não é
a minha Cabala, uma boa parte das coisas que tenho
observado pode ser útil para você, mas você deve construir
seu próprio sistema para que ele seja uma arma viva em sua
mão.
Eu penso que serei justo se eu dissesse que o primeiro
passo na Cabala que talvez possa ser chamado de sucesso é
quando você faz uma descoberta real que lança luz sobre
um problema que vem tribulando você. Um quarto de
século atrás eu estava em Nova Orleans, e estava muito
confuso sobre o meu curso de ação imediata; na verdade eu
posso dizer que fiquei muito angustiado. Não parecia
literalmente nada que eu pudesse fazer, então eu considerei
para mim mesmo que era melhor invocar Mercúrio. Tao
logo entrei no estado mental apropriado, naturalmente,
ocorreu-me, com uma certa alegria, “Mas eu sou
Mercúrio”. Eu coloquei isto em Latim – Mercurius Sum, e
de repente alguma coisa me golpeou, uma espécie de
reação sem nome que disse: “Isso não está certo”. Como
um flash me veio a ideia de colocá-lo em Grego, o que me
deu “Ερμης Ειμι” [Hermes Eimi] e somando rapidamente,
eu tive o número 418, com todas as correspondências
maravilhosas que tinha sido tão abundantemente útil para
mi m no passado (ver O Equinócio dos Deuses, p. 138).
Minhas tribulações desapareceram como um relâmpago.
Agora, para responder às suas perguntas seriamente, é
correto fazer-me perguntas sobre o Livro da Lei; um muito
extenso comentário tem sido escrito, mas ainda não foi
publicado. Eu provavelmente estou habilitado a responder
qualquer uma das suas perguntas do manuscrito, porem
você não pode prosseguir além, depois que isso se torna
uma discussão; como dizem nos tribunais, “você deve ter a
resposta da testemunha”.
II. A Cabala, Grega e Hebraica, e também, muito
provavelmente, a Árabe, foram usadas pelo autor do Livro
da Lei. Eu tenho explicado acima sobre o uso adequada da
Cabala. Eu não posso lhe dizer como os primeiros Rosa-
cruzes usaram, mas acho que pode-se supor que seus
métodos não eram muito diferentes dos nossos. Aliás, não é
muito seguro falar sobre Rosa-cruzes, porque seu nome
tornou-se um sinal para deixar soltas as mais devastadoras
enchentes de absurdos. O que se sabe realmente sobre os
Rosa-cruzes original é praticamente confinado aos três
documentos que foram emitidos. Os Rosa-cruzes do século
XVIII podem, ou não, terem sido os sucessores legítimos da
irmandade original – Eu não sei. Mas a partir deles a
O.T.O. deriva a sua autoridade; O ultimo O.H.O. Theodor
Reuss possuía um certo número de documentos que
demonstraram a validade desta reivindicação de acordo
com ele, mas eu só vi dois ou três deles, e eles não eram de
grande importância. Infelizmente ele morreu logo após a
última guerra, e ele já tinha saído do contato com alguns
dos outros Grandes Mestres. Os documentos não vieram
para mim como deveriam terem feito;...
Esta observação deve ser clarificado: antes de morrer,
Reuss apontou Crowley o seu sucessor como O.H.O.; e o
O.H.O. é curador de todos os bens da Ordem. O O.H.O.
não é ‘eleito’, como Grady McMurtry astutamente tentou
fazer crer em uma de suas “epístolas” aos seus fiéis: ele
é sempre nomeado pelo antecessor dele ou dela. Apenas
no caso do O.H.O. morrer sem nomear um sucessor é que
os Grão-Mestres Nacionais Gerais realizam uma eleição
para nomear um. Crowley apontou Karl Johannes Germer
seu sucessor como O.H.O. inequivocamente, em cartas a
muitos alunos, o Sr. McMurtry incluído; e o Sr. Germer,
também de forma inequívoca, me designou como seu
sucessor no seu leito de morte, conforme relatado por sua
esposa. A única razão por eu não ter assumido o título é
que eu nunca quis isso, meu interesse foi sempre a A �A
�, e n ão a O.T.O., e gostaria muito de fazer o que muitos
de meus irm ãos e irm ã s t êm feito antes de mim, e
Parsifal Krumm-Heller teve a sorte de ser capaz de fazer
duas d écadas atr ás, a saber: desaparecer da vista do
público e levar meus próprios negócios mágicos e minha
vida espiritual. Mas eu sou obrigado pelo meu Juramento,
e vou ficar por aqui até que eu possa encontrar um
substituto. Estou começando a achar que eu vou morrer
antes que isso aconteça, considerando a velocidade
espantosa em que todos os meus alunos falham em se
qualificarem para qualquer tipo de posição responsável.
Caráter, infelizmente, nunca foi um bem abundante, e
nestes dias de “democracia” contra o “ateu” parece se
tornar mais raro a cada dia. Conheci pessoas de caráter
no curso de minhas aventuras, mas nenhuma
suficientemente estúpida para querer tomar o meu lugar.
Tolos, é claro, estão sempre correndo das pestes. – Motta.
[Independente de haver ou não justificativas ou provas
para as queixas de Motta, o que interessa aqui é absorver
o que ele tem e teve de bom a oferecer a todo e qualquer
Thelemita]
...; eles foram apreendidos por sua esposa que teve a ideia
de que poderia vendê-los por um preço fantástico; e nós
não nos sentimos inclinados a atender seu ponto de vista.
Eu não acho que o assunto é de grande importância, o
trabalho estar sendo feito por membros da Ordem em todo
o lugar para mim é o suficiente.
Podemos ver que Theodor Reuss, embora O.H.O., não foi
competente o suficiente para escolher uma parceira
adequada para um homem de suas responsabilidades, mas
a O.T.O. alemã, com muito poucas exceções, notavelmente
Karl Johannes Germer, foram na maior parte maçons de
ego inflado, sem dedicação ou alta capacidade de
qualquer tipo; são os do nível dos Grady McMurtrys,
Israel Regardies e Grand blá-blá a média da maioria das
“loja maçônicas” nos EUA e no resto do “mundo livre”. –
Motta.
III. O Ruach contém ambos os mundos, o moral e o
intelectual, o que é realmente tudo o que queremos
significar por mente consciente; talvez isto também inclua
ainda algumas porções do subconsciente.
O leitor médio pode perguntar aqui: “Mas você não sabe
com certeza?” Claro que ele não sabia ao certo: Crowley
inventou parapsicologia uma-só-mão [sozinho], ele foi o
primeiro Mestre a aplicar abertamente o método da
ciência para o objetivo da Religião. Somente as futuras
gerações de pesquisadores será capaz de estabelecer uma
análise quantitativa do Ruach, a partir de outras partes
do ser humano não identificado ainda no corpo físico. A
pesquisa do cérebro vai ajudar, mas a menos que os
investigadores tenham treinamento místico ou mágico vai
se perder muito de extrema importância. – Motta.
[Comparem um livro qualquer sobre fenômenos naturais,
ou biologia com a magnifica obra de Lyall Watson
“Supernatureza, a historia natural do sobrenatural”. E
vejam por si só, a diferença entre um asno-magico-
mistificado vomitando asneiras romantizadas sobre o
“oculto”, e um cientista investigando o caso! “O Método
da Ciência, o Objetivo da Religião”! ]
IV. Na iniciação do grau de Neófito até a de Zelator, se
passa por este caminho. O trabalho principal é obter o
acesso, e controle, ao plano astral.
Ele está se referindo ao Caminho de ת, mas num sentido
totalmente além da capacidade o experiência do aluno
médio. – Motta.
Suas expressões sobre “purificar os sentimentos” e assim
por diante são bastante vagas para entrar em um sistema
científico como o nosso. O resultado ao qual você sem
dúvida se refere é alcançado automaticamente no curso de
suas experiências. Suas muito breves descobertas logo
mostraram que tipo de estado de mente que é favorável ou
desfavorável ao trabalho, e você também descobrirá o que
é útil e prejudicial a esses estados em seu modo de vida.
Por exemplo, uma prática como não-receber presentes é
boa para a mente Hindu cuja mente esta marcada por dez
mil encarnações pelo choque de aceitar um cigarro ou uma
xícara de chá. Aliás, a maioria das seitas orientais caem
quando elas vêm para o Ocidente, simplesmente porque
eles não fazem nenhuma tolerância para os nossos
temperamentos diferentes. Também puseram tarefas que são
completamente inadequados para os europeus – uma imensa
quantidade de desilusão foi causada pela falha em
reconhecer estes fatos.
Uma das muitas razões pelas quais o “gurujis” e
“maharishis” são tão “bem sucedidos” é que eles não são
mesmo os verdadeiros seguidores de seus próprios
sistemas orientais. Seu cinismo é muito semelhante ao dos
Papas Romanos, que sempre foram plenamente consciente
de que “Jesus” não é senão uma ficção útil. Útil para
eles! – Motta.
Suas sub-questões a, b e c são realmente respondidas pelo
o que esta acima. Todos os termos que você usa são muito
indefinidos. Espero que isto não demore muito para tirá-la
do modo com que pensa nestes termos. Por exemplo, a
palavra “iniciação” inclui a totalidade do processo, e como
distinguir entre ela e iluminação Eu não direi a você.
“Provação”, por outro lado, se isto significa “provar”,
continua durante todo o processo. Nada é pior para o aluno
que entregar-se a essas especulações sobre termos
ambíguos.
V. Você pode, se quiser, tentar trabalhar sobre o progresso
de Osíris através Amenti na Árvore da Vida, mas duvido
que você vá obter qualquer resultado satisfatório.
Porque em seu estagio de “avanço” ela não só iria falhar
em reconhecer os pontos de referência, ela nem sequer
perceberia exatamente o que é Osíris, ou o que é Amenti,
ou o que a própria Árvore da Vida é... – Motta.
Parece-me que você deveria confinar-se muito estritamente
com o trabalho real em sua frente. No presente momento, é
claro, isso inclui uma boa dose de estudo geral, mas meu
ponto é que os termos utilizados nesse estudo devem ser
sempre capazes de uma definição precisa. Eu não tenho
certeza se você tem o meu “Pequenos Ensaios em Direção à
Verdade”...
Este pequeno volume de ensaios é essencial para quem
quisesse estudar a O.T.O. tal como foi reformulada por
Crowley para seguir a filosofia de Θελημα. Uma nova
edição deve ser devidamente emitida como parte deste
volume do Oriflamme. – Motta.
...O primeiro ensaio do livro, intitulado “Homem”, dá um
relato completo dos cinco princípios que vão fazer-se
Homem de acordo com o sistema Cabalístico. Tenho
tentado definir esses termos o mais exatamente possível, e
eu acho que você vai encontrá-los[achar], em qualquer
caso, mais claros do que aqueles a que você se acostumou
nos sistemas do Leste...
Ele está falando aqui sobre as traduções desses termos,
em especial a idiotice grandiloquente dos Leadbeaters e
dos Besants. – Motta.
...Na Índia, a propósito, nenhuma tentativa é necessária
para usar esses termos vagos. Eles sempre têm uma ideia
muito clara do que se entende por palavras como “Buddhi”,
“Manas” e similares. As tentativas de tradução são muito
insatisfatórias. Acho que mesmo com um assunto tão
simples como os “Oito Membros da Yoga”, como você vai
ver quando chegar a ler o meu Oito Palestras.
Este livro, também, em breve será reeditado por nós com
anotações. É um complemento do Livro Quatro, Parte Um
completo. – Motta.
Estou muito satisfeito com suas ilustrações, o que é uma
prática excelente para você. Presentemente você tem que
fazer talismãs, e um Lámen para si mesma, e até mesmo
desenhar um selo para servir ao que você poderia chamar
de um brasão mágico[escudo-de-armas], e todo este tipo de
coisa é muito útil.
Ocorre-me que até agora não fizemos nada sobre o plano
astral e este caminho de Tau de que você fala. Você já teve
qualquer experiência de viajar no astral? Se não, você acha
que você pode começar por si mesma sobre as linhas
estabelecidas no Liber O, seções 5 e 6? (Veja Magick, p.
387-9). Senão é melhor deixar-me leva-la pelos portões
primeiro. A questão do ruído surge imediatamente; eu acho
que devemos ter que fazê-lo não antes das nove horas da
noite, e eu não sei se você pode gerenciar isso.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Carta Nº G4 de setembro de 1943
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
“há de ser” (em vez de “Faze o que tu queres é...”) e não
“é”. Veja Liber AL, I, 36, 54, e II, 54. Não é “Mestre
Perdurabo”: ver Livro Quatro Parte III p. XXIX. “Care
Frater” é suficiente.
[Eu adoto a tradução de Motta, para mim é a melhor que
tem de Liber AL.
Mas, segue o original do paragrafo acima para que não se
tenha duvidas:
Do what thou wilt shall be the whole of the Law.
“shall be” (instead of “Do what thou wilt is ...”) not “is”.
See Liber AL, I, 36, 54, and II, 54. Not “Master
Perdurabo”: see BOOK FOUR PART III p. XXIX. “Care
Frater” is enough. ]
Tudo isso é normal, instrução enfadonhamente normal.
Devo tê-la dado eu mesmo nao menos de mil vezes - eu
não acho que seria tantas vezes aborrecido por fazer o
contrário. “deve ser”, não é “é”, é usado em Liber AL,
por múltiplos motivos, o principal dos quais são: faz a
declaração da Lei um “Devir”, não uma proposição
“Ser”, uma dinâmica - Teúrgica – não uma proposição
dogmática, e isto te avisa para que não sejas
autossuficiente como os “papas” ou Jerry Falwell, ou
Phyllis Schlafly, Menachem Begin, ou o Ronald Reagan.
Nos querermos Teurgia, não Dogma, e se você não
consegue entender “por que” estamos tão
arbitrariamente restringidos a sua escolha de teologia
que você deve ir se candidatar como membro do F.B.I. ou
da C.I.A., ou Shin Beth ou a K.G.B. ou ao “Colégio dos
Cardeais”, ou em qualquer outro lugar que você possa
desejar, exceto a O.T.O., ou A �A �, ou qualquer outra
Ordem Thelêmica...
[Evidente que este comentário é imaturo, a Lei é para
Todos. Mesmo idiotas como eu, sábios como ele, e
crististas como outros. E um tal comentário assim pode
realmente ser de menos valia a Thelema que ao ego de
Motta]
...“Care Frater”, não “Mestre Perdurabo” por diversos
motivos. Um, porque Perdurabo não era um adepto: este
era o Mote de Crowley na Ordem Externa, a G �D � [A
Golden Dawn da A �A �, não a antiga e extinta Golden
Dawn de Mathers] e outro, porque mesmo que Perdurabo
fosse um Mestre, apenas um Adepto Isento seria capaz de
dirigir-se a ele como tal, e este tratamento seria feito em
um nível completamente diferente do discurso... Para ser
breve, e antes que me acusem de discutir por ninharia [ou
quizumbeiro ;) ], por favor, tente ter em mente que as
nossas regras não foram estabelecidas da mesma maneira
que os credos crapulosos ou burocracia do governo: eles
foram profundamente ponderados e criados para efeitos
muito maus graves que, se você seguir as nossas regras
ao pé da letra e, assim, vir a perceber suas intenções,
pode até parecer agradável pra você. O que é
extremamente irritante é que as pessoas vêm até nós
fingindo que querem se juntar a nós, mas mostrando total
desprezo para as nossas regras e regulamentos, para não
falar dos nossos objetivos. Isso faz um desperdício de
tempo e energia ao redor de todos. Você pode ter tempo e
energia para gastar, mas nós não. “Care Frater” é latim
para “Querido Irmão”, e se for uma instrutora, uma
mulher, o tratamento é “Cara Soror”, que significa
“Querida Irmã”. Agora, tente ser honesto neste
tratamento, e não faça como Grady McMurtry, que pode
abrir uma carta com “Mais Ilustre, Excelente, etc, etc,
Irmão” e continuar a mostrar que ele tem a intenção de
tratá-lo de uma forma muito pouco fraterna. Novamente,
esse tipo de coisa é bom para os Papas, os Presidentes
Americanos e membros do Politsburo, mas não é para
nós. Nos temos números de Tolos, tolos, resmungões e
crianças entre nós, mas nós não temos nenhum numero de
bajuladores, nem hipócritas. – Motta.
777 é praticamente incomparável: cópias chegam a custar
£10 ou algo próximo...
Muito mais agora a edição original. 777 Revisado, que
incluí material que não e da edição original, foi
pirateado por Samuel Weiser, Inc. - naturalmente, com
uma “introdução” do Sr. Israel Regardie, que
condescendente elogia um livro do qual ele extraiu o
pouco da Cabala ele conhece. A O.T.O. tem planos de uma
nova edição, a ser chamada de 777 Revisado Dois,
incluindo as novas tabelas de correspondências
importantes produzidas por pesquisadores da A �A � nos
últimos 30 anos. É de se esperar que ele n ão vá ser
pirateado por Donald Weiser, ou introduzido pelo Sr.
Regardie. – Motta.
...Quase todas as correspondências mais importantes estão
em Livro Quatro Parte III, Tabela I....
Que é o que é importante para iniciantes. – Motta.
...Os dois livros estão sendo enviados juntos. “Trabalhando
fora dos jogos com números”. Lamento que você não
consiga ver mais do que isso. Quando você estiver melhor
equipada, você vai ver que a Cabala é o melhor (e quase
único) meio pelo qual uma inteligência pode identificar a si
mesma. E métodos de Gematria servem para descobrir as
verdades espirituais. Os números são a rede da estrutura do
Universo, e suas relações a forma de expressar sua
Compreensão disto...
Uma nota do Sr. Germer diz: “Ele dá os valores
numéricos das letras do alfabeto Grego – não copiados
aqui.” – Motta.
...Em Grego e Hebraico não há outra maneira de escrever
números, o nosso 1, 2, 3, etc, vem dos Fenícios através dos
Árabes. Você não precisa mais do Grego e Hebraico do
que esses valores, e algumas palavras sagradas -
conhecimento cresce pelo uso – e livros de referência.
Não se pode definir para um aluno tarefas além da
preparação que eu estou dando a você, e devemos encontrar
essa correspondência tomando a forma clara da sua própria
vontade. Você tem realmente mais do que você pode fazer.
E eu só posso dizer que tarefas estão corretas – dentre
centenas – por suas próprias reações ao seu estudo e
prática.
“Osíris em Amenti”, ver o Livro dos Mortos. Eu quis dizer
que você pode tentar traçar um paralelismo entre suas
viagens e o Caminho da Iniciação.
Viagem Astral – desenvolvimento do corpo astral é
essencial para a investigação e, sobretudo, para a
realização do “Conhecimento e Conversação do Sagrado
Anjo Guardião”.
Você deve demonstrar sua performance no Ritual do
Pentagrama para mim, você provavelmente está fazendo
qualquer número de erros. Eu, claro, a levarei com atenção
pelos rituais da OTO para III°, logo que você estiver
bastante familiarizada com eles. O plano dos graus é este: –
0º Atração para o Sistema Solar
Iº Nascimento
IIº Vida
IIIº Morte
IVº Exaltação
P.I. “Aniquilação”
Vº - IXº Comentário progressivo no IIº com muita
especial referencia ao segredo central da pratica de
Magick.
Sabemos que a lascívia de ladrões como Regardie, Grant,
Symonds e Francis King levou todos a acreditarem que o
sexo é o segredo central da pratica de Magick, mas o
assunto é um pouco mais extenso do que isso. Afinal, se o
“segredo central” foi o sexo, os Srs. Regardie, McMurtry
e Grant, e Madames Parsons-Smith e Wade-Seckler-
McMurtry devem tê-lo praticado por anos. E desde que o
que alcançaram com ele não foi mais do que a distinção
de serem mentirosos, ladrões ou hipócritas ou os três ao
mesmo tempo, deve haver algo faltando neste “segredo
central”. Talvez eles devessem ir consultar Masters &
Johnson para descobrir o que eles estão fazendo que não
está certo! – Motta.
[Master & Johnson, casal de cientistas que escreveram
muito sobre sexo, de uma perspectiva cientifica, lúcida e
metódica].
Isto não tem conexão com o sistema da A�A� e a Árvore
da Vida. Claro, há certas analogias.
Seu método de estudo sugerido: você tem entendido a
minha ideia muito bem. Mas ninguém pode “levá-la
através” dos Graus da A�A�. Os Graus confirmam suas
realizações como você as faz; então, as novas tarefas
aparecem. Veja Uma Estrela à Vista.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Carta Nº H10-11 de Novembro. 23hs as 02hs [de 1943]
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Suas noticias vieram para alegrar-me justamente quando a
noite veio em branco diante de mim: um trabalho, um
grande trabalho que eu simplesmente não podia terminar
sem pedir ajuda: Como é chato! Mas, ainda assim, você
ganha!
1. Esse verso (AL I, 44) condensa toda a técnica mágica.
Ele clareia, uma vez você tenha entendido isso – o segredo
do sucesso na Grande Obra. Claro que num primeiro
momento parece um paradoxo. Você deve ter um objetivo, e
um único objetivo: e ainda assim, de modo algum você
deve desejar alcança-lo!...[Liber L, Cap. I, v. 44 “Pois
vontade pura, desembaraçada de propósito, livre da ânsia
de resultado, é toda via perfeita.”]
Os capítulos de O Livro das Mentiras citados na minha
última carta...
Uma nota do Sr. Germer cita: “Uma carta de 12 de
outubro de 43 e.v., intitulada como Carta No. 48 em
Magick Sem Lágrimas, e os capítulos seguintes do Livro
das Mentiras: “Pêssegos”, “Fale-Peregrino”, “Botões e
Rosetas”, “O Cano”[no original, Gun-Barrel, que pelo o
que sei é o cano de qualquer arma de fogo, incluindo
acanhoes.] e “O Montanhês”“. Na “edição” deste livro,
Regardie cortou fora qualquer referencia aos capítulos
citados. No entanto, eles são essenciais para uma
compreensão do que significa Crowley em ambas as
cartas, esta e a carta N°48. – Motta.
...devem lançar alguma luz sobre esse abismo de
autocontradição, e ali é o significado muito mais profundo
do que o contraste entre Vontade com um V capital
[maiúsculo] e desejo, querer ou veleidade...
A definição no dicionário para veleidade é “um mero
desejo, desacompanhado do esforço de ação necessário
para alcançar isso”. – Motta.
O ponto principal parece o ser que aquele que aspira ao
Poder é limitado pela Verdadeira Vontade. Se usar a força,
violando sua própria natureza, quer por falta de
entendimento ou por capricho petulante, é apenas um
desperdício de energia, as coisas voltam ao normal assim
que o estresse é removido. Esse é um pequeno caso da
grande Equação “Vontade Desembaraçada = Necessidade”
[Liber L, I, 44] (Fato, Destino, ou Karma: isto tudo é a
mesma coisa). Aquele é mais rigidamente ligado pela
cadeia causal que é arrastada para onde se esteja, mas é ela
mesma quem forjou estas ligações.
O ponto é que a menos que o indivíduo desenvolva o
conhecimento da parte de si mesmo que forja as ligações,
ele ou ela pode tanto ser totalmente impotente na vida,
quanto desviar-se completamente do caminho da sua
própria alma. Este é um anúncio para parapsico-análise,
isto é, a iniciação. – Motta.
Por favor, abstenha-se de uma réplica tão óbvia: “Então, ao
longo do caminho, você não tem possibilidade de incorrer
em erro: de modo que não importa o que você faz!”
Perfeitamente verdadeiro, é claro (Não há um simples grão
de poeira que não deva atingir um Estado de Buda [tornar-
se um Buda]; com algumas [semelhantes]palavras de
deboche o velho réprobo procurou consolar-se quando o
Tempo começou a tomar sua vingança)...
Ele está se referindo a Gautama Buda, que já devia estar
no meio da indigestão quando proferiu essa frase
“consoladora”. Se ele já se fez pronunciá-la. – Motta.
[Ou seja, será consolo saber que você “volta”, repete de
ano, até aprender a matéria? – sic!]
Mas a resposta é suficientemente simples: acontece que
você é do tipo de ser que acha que não importa para qual
curso você navegue, ou, ainda mais arrogantemente, você
desfruta do prazer de velejar. [Isso sim foi um esporro!]
Não, não existe esse fator em todo sucesso: a
autoconfiança. Se analisarmos isso, nós achamos que isso
significa que todas as faculdades físicas e mentais de cada
um estão trabalhando harmoniosamente. O inimigo mais
mortal e arguto deste sentimento [autoconfiança] é a ânsia
de resultado; a fina gaze de dúvida é suficiente para tornar
nossa visão turva, para jogar o campo inteiro para fora de
foco.
Assim, mesmo que se esteja atento de que há um resultado
e m perspectiva deve-se militar contra essa serenidade de
espírito que é a essência da autoconfiança1. Como você
sabe, todas as nossas funções fisiológicas automáticas
ficam desarranjadas se um tiver ciência Disto então, essa é
a dificuldade, para desfrutar conscientemente enquanto não
se perturba o processo envolvido. Um obvio caso físico é o
ato sexual: talvez a sua importância principal é justamente
que ele é um tipo de desta excepcional condição espiritual-
mental. Eu espero, no entanto, que você va se lembrar do
que eu tenho dito sobre o assunto nos parágrafos 15 – 17
em minha Terceira Palestra no “Yoga para Covardes”
[Yellowbellies é uma gíria, tipo amarelar, drenar, e as
vezes alguém que é ao mesmo tempo covarde e
desprezível];...
Uma referência para a segunda parte do O Equinócio III
Número Quatro, Oito Palestras sobre Yoga. A primeira
parte é chamada de “Yoga para Selvagens”, uma rápida
referência à rápida sátira de “As Viagens de Gulliver”. –
Motta.
...há uma maneira de se obter êxtase da função fisiológica
mais insignificante...
Por favor, entendam que “êxtase” não é uma palavra
necessariamente ligada à atividade sexual física. – Motta.
[E pelo menos pra mim sexo não é nem de longe uma
função fisiológica insignificante, logo, Crowley não falava
de sexo.]
...Observe que na transferência de toda a consciência
(dizem) para o dedo mindinho ou para o dedão do pé tu não
está tentando interferir com o exercício normal das suas
atividades, mas apenas para perceber o que está
acontecendo no organismo, o delicioso prazer de uma
função em sua atividade normal...
Se a essência dos menores movimentos da matéria
organizada não fosse o prazer, a vida no Universo não
existiria como conhecemos. Em um sentido muito
verdadeiro isto é o que se destina pela aparentemente
libidinosa frase “A essência da Existência é alegria”; ou,
como ela é ainda melhor colocada pelo autor do Livro da
Lei, “Lembre todos vós que existência é pura alegria”.
(AL, II - 9) – Motta.
...Com um pouco de imaginação pode conceber o processo
analógico do próprio Universo, e, ainda menos acorrentada
pela mesma suave limitação que símbolos materiais
necessariamente (mesmo que pouco) sugerem, “Lembre
todos vós que existência é pura alegria;...” (AL, II, 9).
É importante compreender que este é um fato
cientificamente verificável, e não uma promessa teológica
vazia. Mesmo as células cancerosas têm alegria em se
organizar, o fato de que o corpo sofre com o processo e
não se alegra como um todo é apenas uma parte da Piada
Universal. Mas, menos complicada por fatores externos, o
câncer é uma doença psicossomática. Câncer no corpo
geralmente reflete um conflito na alma, que é talvez a
razão pela qual o câncer está se tornando rapidamente a
doença mais comum do nosso tempos. – Motta.
É isto muito ousado por sugerir que a fusão gradual de
todas essas formas em uma unidade entrelaçada pode ser
tomada como um modo de apresentação do cumprimento da
Grande Obra em si?
Pelo menos, sinto-me bastante satisfeito que com a
meditação deles solidaria e conjuntamente pode ajudá-la
em uma resposta à sua primeira pergunta.
2. A maioria das pessoas na minha experiência quer
preparar um caldo-de-inferno de obstáculos auto-induzidos
para o sucesso na viagem astral, ou então brotar nas asas da
imaginação romântica e enganam a si mesmas pelo resto de
suas vidas na maneira de um Idiota da Vila. Seus,
felizmente, problemas são antigos.
Mas – é uma simples obstinação? – você não exercita a
sublime Arte Guru-de-Intimidar. Você devia ter dado um
salto frenético ao meu leito de morte, pôr-se à margem das
coortes de Luto de Arquimandritas[Arquimedes], e torcer
meu nariz até que eu faça você fazer isso[ter sucesso].
Essa é uma referência para um apólogo oriental sobre um
mestre que morre com o “Segredo” ainda não contado.
Você pode encontrar o segredo claramente revelado no
poema chamado “Os Discípulos” em Equinócio I, 10 e “O
Segredo” em Olla. Contudo, a Arte Guru-de-Intimidar é
de fato uma arte nobre. Lamento que eu não a tivesse
praticado mais vezes. – Motta.
E você repetidamente insiste que isso é difícil. Não é.
Existe, entretanto, alguma profunda inibição – um
(Freudiano) medo do sucesso? Existe alguma conexão com
este sentimento de culpa que nasce em todos, mesmo que
pouco?
O inato senso de culpa é o resultado da poda extensa que
sofreu a população da Europa durante as perseguições
religiosas e implacável genocídio praticado pelos
Crististas. Uma criança nascida sem vergonha e feliz era
imediatamente suspeita e “humilhada”, e observada com
cuidado para ver como ela iria crescer. Se você olhar em
torno de você, ou se lembrar da sua infância, você vai ver
que este método de criação ainda é amplamente
praticado. Eu sei que foi praticado comigo. – Motta.
Mas você não dá uma chance. Há, admito, algum truque, ou
dom, sobre como atravessar corretamente; uma faculdade
que se adquire (em regra) de repente e inesperadamente.
Um pouco como dominar algumas tacadas de bilhar. A
prática tem me ensinado como comunicar isso para os
estudantes; somente em casos raros que um falha. (É
incrível: um homem simplesmente não podia ser persuadido
de que o esforço físico intenso era o caminho errado para
ele. Lá ele se sentou, com as veias em sua testa quase no
ponto de estourar, e os braços da minha cadeira favorita
tremendo visivelmente sob seu domínio poderoso!)[Estas
palavras deveriam ser levadas bem a serio, ha neles mais
d o que aparenta...] No seu caso, percebo que você tem
misturado essa prática com Dharana: você escreve de
“esvaziar minha mente de tudo, exceto uma idéia, etc”
Então você vem com: “A invocação de um Ser
suprassensível é impossível para mim ainda.” A
impudência! A arrogância! Como você sabe orar madame?
(Discar números randômicos: os resultados são
surpreendentemente deliciosos!) Além disso, eu não pedi a
você para invocar um suprassensível (que palavra!
Significando?). Sendo de imediato, ou em qualquer
momento: o suprassensível está me dando nos nervos: você
quis dizer “não em circunstâncias normais para ser
apreendido pelos sentidos?” Eu suponho isto.
Em uma palavra: fixe uma época conveniente para ir ao
Plano Astral sob meus olhos: em meia hora (com um pouco
de sorte), não mais do que quatro noites iria colocá-la um
quadro muito diferente em mente. Logo você vai “sentir
seus pés” e “obter o suas barbatanas” e, em seguida, muito
mais cedo do que você pensa estará “Flutuando no Aethyr,
ó meu Deus, meu Deus!”...... “Cisne branco tu me
carregaras para sempre em tuas asas!”[Quase da pra ouvir
Crowley falando isso! Ele estava sendo irônico, mas com
um proposito definido: o de acordar a Madame do
romantismo].
3. Agora, então, ao seu velho Pons Asinorum sobre os
nomes dos Deuses!...
“Pons Asinorum” em latim significa “ponte de burros”. A
referência é na verdade para o primeiro teorema de
Euclides: acreditava-se que se um aluno fosse capaz de
compreender a sua demonstração ele ou ela seria capaz
de acompanhar as demonstrações da geometria e
matemática sem grandes dificuldades. Isso foi talvez
otimismo por parte dos professores. A expressão passou a
significar “algo não muito difícil, exceto para os
iniciantes”. É neste sentido que Crowley usa-lo aqui. –
Motta.
...Fique no canto por meia hora com a sua face pra parede!
Mantenha-se depois da escola [fique depois da aula na
escola]e escreva Malka be-Tharshishim v-Ruachoth b-
Schehalim 999 vezes!
Minha querida, querida, querida irmã, um nome é uma
fórmula de poder. Como você pode falar de “anacronismo”,
quando o Ser é eterno? Pois o tipo de energia é eterna.
[Apesar da aparente comicidade de algumas passagens,
procurem entender que se trata de um esforço real e
verdadeiro de uma mulher com criação sociocultural
vitoriana em alcançar o Adeptado, e, de modo algum, os
erros de alguém assim devem ser vistos com deboche.
Crowley esta usando de técnicas para purgar a mente dela
do excessivo romantismo, e não sendo um ogro bufão e
grosseiro.]
Todo nome é um número: e “Todo número é infinito, não há
diferença.” (AL I, 4). Mas um nome, ou sistema de nomes,
pode ser mais conveniente (a) para você pessoalmente, ou
(b) para o trabalho que você está realizando. Por exemplo
Eu tenho muito pouca simpatia com a Teologia ou ritual
Judaico, mas a Cabala é tão útil e agradável que eu a uso
mais do que todos – ou quase todos os outros juntos – para
uso diário e trabalho. A Teogonia Egípcia é a mais nobre, a
mais mágica, a mais ligada a mim (ou melhor, eu a ela) por
algum instinto mais íntimo,...
Porque a Teogonia Egípcia era democrática, ao invés de
autocrática como a Teologia Judaica é. No panteão
Judaico, há um só Deus - Jeová. (Que o Jeová passa a ser
meramente Amon-Rá “castrado” de Moisés até a
mentalidade de escravos que ele estava experimentando é
uma história muito longa para esta nota, seria necessário
u m livro inteiro, e teria que envolver a política do
sacerdócio Egípcio nesta barganha) na Teogonia Egípcia,
os Deuses – inclusive as Deusas – sucedem uns aos outros
como líderes. Isto é o que é chamado de Sucessão dos
Aeons. O “Trono de Ra” é sucessivamente ocupado por
diferentes deidades, e o Trono de Ra é chamado de
“Trono do Deus Desconhecido” precisamente para deixar
em aberto as opções. Isto significa variedade, liberdade e
oportunidade. A tirania de Jehovah, é claro, é confortável
para aqueles que não querem pensar por si mesmos ou se
ramificar-se rumo ao desconhecido, portanto terrível,
território, mas como nem todo Judeu é um burguês ou
admirador de Menachem Begin, nem todo ser humano
anseia por segurança na vida acima de tudo. – Motta.
...e pela memória da minha encarnação como Ankh-fn-
Khonsu, que eu uso (com a sua criança Greco-Fenícia) para
todos os trabalhos de supremo importância. Porque selo
minhas entranhas, madame! [Por que marco minhas
entranhas, madame!] A Operação de Abramelin
transformou a si mesma nesta forma antes que eu pudesse
sequer começar a trabalhar nela![Ele primeiro a aprendeu
em sua forma Cabalística, para depois executa-la em sua
forma Ritualística] Como o bebê Duquesa (excuse este
entusiasmo, mas você tem despertado o Britânico Leão-
Serpente).
“Selo minhas entranhas” é um velho juramento Inglês, e
provavelmente está relacionado, como a maioria de tais
juramentos, a mitos e arquétipos. Cf. “A mulher que fere
a cabeça da serpente”. “O bebê Duquesa” é um
personagem de As Aventuras de Lewis Carroll, Alice no
País das Maravilhas; mas aqui é um trocadilho de
Crowley e uma piada sobre a moral – e técnica sexual – e
as ideais de educação – da aristocracia. – Motta.
Note, por favor, que as equivalências dadas em 777 nem
sempre são exatas. Tahuti não é muito Thoth, Hermes ainda
menos; Mercúrio é uma ideia muito mais abrangente, mas
não quase tão exaltado: Hanuman quase nada. Nem é
Tetragrammaton IAO, embora ainda a etimologia afirme a
identidade.
Isso está relacionado ao fato de que diferentes grupos
culturais evoluem diferentes interpretações dos
“Arquétipos”; muitas vezes, graças ao dinamismo
fornecido para a mente-grupal pela vida e paixão de um
indivíduo em particular, de um – ou nenhum –
determinado sexo. Os “Arquétipos”, é claro, não são
“verdades eternas”, exceto para a espécie humana, pelo
menos, não até que tenhamos sabedoria e humildade
suficiente para verificar, por exemplo, a opinião dos
cetáceos. Mas desde que os cetáceos e nós derivamos da
mesma fonte, e na verdade estamos intimamente ligados,
podemos ter que aguardar o parecer de alienígenas do
espaço exterior – o que significa além do nosso sistema
solar –antes de formular um sistema de significado
cósmico verdadeiro. Enquanto isso, nossos panteões
funcionam bem o suficiente – para nós. Contanto que não
se confundam nossos universos de discurso, é o que é. –
Motta.
Nestas matérias é preciso ser católico, eclético, mesmo
sincrético...
Agora, vamos lá! Vá para o seu dicionário. Vai fazer bem
aprender o significado de algumas palavras para você
mesmo. E talvez você vá ser capaz de ponderar sobre
como a Igreja “Católica” Romana perdeu inteiramente a
definição da palavra “Católica”, para não falar das
palavras “sincrética” e “eclética”. Ou da palavra
“Igreja”. – Motta.
[Notavelmente alguns linhas ditas Thelêmicas também estão
perdendo essa Catolicidade, Ecletismo, Tolerância, para
não falar o THELEMISMO!]
...E você deve considerar a natureza do seu trabalho. Se eu
quisesse evocar Taphthartharath, haveria pouca ajuda de
fato no sistema Cabalístico; por que as formas precisas do
espírito e os números não são encontradas em nenhum
outro.
O inverso, porém, não é de todo verdade. A Cabala, bem
entendida, devidamente tratada, é tão universal que se pode
ajustar um ritual que se adequa a quase “qualquer nome e
forma”...
Isso se tornará ainda mais com a publicação de nossas
pesquisas sobre o Shih Yi Jien. – Motta.
...Mas, nesse caso, pode-se esperar para ter que reforçá-lo
por uma certa quantidade de história, literária, estudo
filosófico –e investigação.
4. Muito bem, minha cara senhora, sobre suas memórias de
sua encarnação agindo como um “Guia para o Caminho de
Volta”. Claro, se você “perdeu uma encarnação Egípcia”,
não seria tão provável que seja a pequena Martha,
preocupada “com muito serviço”. Não se farte de saber,
acima de tudo, é tão fascinante, tão terrivelmente fácil, e o
perigo de se tornar um pedante – “Ao Capeta todos vocês
pedantes! Eu digo”. Não, “podridão seca facil até ‘o Dia do
Julgamento”.
Ambas as citações são de Shakespeare. Pedantes se
tornam pedantes porque elas são completamente auto-
satisfeitas. Isso não significa que um pedante possa não
saber muito. Você pode aprender a partir de um pedante –
mas você vai parar de aprender com o pedante, logo que
você chegar ao seu limite. Além disso, você vai ser sábio
para esconder o fato de que você tenha atingido os limites
que a mente em particular limita a outra mente; pois
pedantes são vingativos. Eles estão perfeitamente
conscientes do fato de que eles não sabem tudo, mas eles
têm medo de aprender mais, e eles não recebem bem
serem lembrados de sua covardice. Pedantes colocam
Nietzsche e Wilhelm Reich no asilo, Crowley na infâmia, e
Regardie na “Revista Quem é Quem”. Eles sempre sabem
quem são os seus. – Motta.
Não, eu NÃO recomendarei um livro. Não deve doer muito
se você procurar no condensado feno (ou cardos),...
Ele esta chamando ela de asno, com um bom motivo; mas
é o asno da fabula. – Motta.
...tais como artigos em enciclopédias. Tome o Léxico do
Roget’s ou o Pequeno Dicionário Clássico de Smith’s (e
similares) e leia para si mesma ao dormir. Mas não se
embruteça tomando-se esse estudo muito a sério. Você
apenas será ridícula ao tentar fazer aos 50 o que você
deveria ter feito aos 15 anos. Como você não fez – tant pis!
Francês: equivalente de “Muito ruim”. – Motta.
...Você possivelmente não pode pegar o espírito, se você
pudesse, isso significaria apenas indigestão mental. Nós
todos temos lido como Cato começou a estudar Grego aos
90: porem a história parou aqui. Nós nunca temos ouvido
em que isso foi bom a si mesmo ou para qualquer outra
pessoa.
Isso não é necessariamente verdadeiro em todos os casos,
especialmente nos dias de hoje, quando sabemos muito
mais sobre a nutrição e o cérebro, mas foi certamente
verdade que a senhora em particular naquele momento
particular, e do pobre Cato em seu tempo. – Motta.
5. Formas-Divinas. Veja Livro Quatro Parte III. Claro o
bastante: bastante adequado: serve para nada sem a prática
contínua. Ninguém pode se juntar com você – novamente,
ninguém além de você!...
Significado, querendo que ele segure a mão dela enquanto
ela trabalha. – Motta.
Não, não, mil vezes não: essa é a prática par excellence,
onde você tem que fazer tudo sozinho...
“Par excellence” = especialmente. A inserção contínua
de Crowley de expressões francesas em seu discurso a
esta senhora não é particularmente “aprendidas” e
certamente não sao pedantes. A Inglaterra fica do outro
lado do Canal da França, os dois países têm sido
inimigos amigáveis durante séculos, e ficam hoje umas
duas ou três horas por mar e dez minutos por via aérea de
um para o outro. Expressões na língua de um e do outro
são bastante conhecidas em ambos os lados. Em 1943 e.v.
isto foi especialmente assim, uma vez que os Franceses
Livres foram esquartejados na Inglaterra sob De Gaulle.
– Motta.
...A Vibração dos nomes Divinos: isso, talvez, eu possa
pelo menos testá-lo nisto. Mas não se atreva a subir para
um teste até que tenha sido nisto – e com firmeza – por pelo
menos 100 exercícios.
Os próximos três parágrafos estão faltando na “edição”
do Sr. Regardie deste livro, talvez porque,
inequivocamente, o trabalho do aluno é mais importante
que a aprendizagem do professor. Ou ele se lembrou da
sua própria preguiça ou estava tentando proteger sua
auto importância. – Motta.
Eu penso que este é o seu problema sobre ser “deixada no
ar”. Quando eu “apresentar muitas coisas novas” para você,
o ferrão vai estar no seu rabo – é a pratica que vitaliza isso.
Material doutrinário é o fim. “Preguiçosa, preguiçosa,
sonolenta, sonolenta, no noo-on-dye shaun!...
Alusão a um dos contos do “Tio Remus” imitando o
dialeto de Negros Sul-Americanos. – Motta.
...Uma onça de sua prática vale uma tonelada de minhas
aulas. PEGUE ISSO. Este é todo o seu ódio do trabalho
duro:
“Va ter com a formiga, tu preguiçoso!
Considere seus caminhos e seja – – .”
Estou certo de que Salomão era muito bom poeta, e também
u m Guru experienciado, e na outra extremidade um
anticlímax de “sábio”.
Na carta original, Crowley finalizou a citação com a
palavra “arruinado”. No lascivo caça às bruxas
Americanas dos anos cinquenta Sr. Germer achou
prudente não incluir a palavra. Regardie acabou com a
citação por completo. – Motta.
6. Minerval. Qual é o problema? Tudo que você tem a fazer
é entendê-lo: apenas uma dramatização do processo de
encarnação. É melhor correr completar isto comigo: Eu vou
deixar isto tudo claro, e você pode fazer as notas de seus
problemas e sua solução para o uso dos futuros membros.
7. O Livro de Thoth. Certamente todos os termos que não
estão em um bom dicionário são explicados no texto. Eu
não vejo o que posso fazer sobre isso, em qualquer caso, a
mesma crítica se aplica para (digamos) a Introdução de
Bertrand Russell à Filosofia Matemática, não seria?
Em seguida ele cita do próprio livro: – Motta.
É X é um R-ancestral de y se y tem todo o R-hereditária
que x tem, desde que x é um termo que tem a R relação com
algo ou alguma coisa que tem a R relação? (Entusiasmado
gritos de “Sim, é!”) Ele diz: “Um número é qualquer coisa
que tenha o número de alguma classe.” Sente-se melhor
agora?
A sua bondade inata então afirma-se. – Motta.
[ESTUDEM TUDO de Russell.... impossível progredir de
verdade sem educar essa massa cinzenta com
MATEMÁTICA!]
Ainda assim, seria melhor você passar por uma página ou
mais comigo, e me dizer onde o sapato aperta. Claro que
tenho percebido a dificuldade há muito tempo, mas eu não
sei a solução, ou se há uma solução. Eu pensei em chamar o
Magick de “Magia Sem Lagrimas”, e eu pensei em colocar
meu trabalho a prova sendo interrogado como eu fui por
mente muito inferior em educação ou capacidade. De fato,
as Partes I e II do Livro 4 foram assim testadas.
Mas não, obviamente, a Parte III. A parte IV é muito mais
acessível ao americano Ph.D mediano nesses dias de
“educação progressiva”. O seguinte parágrafo foi
omitido na “edição” do Sr. Regardie. – Motta.
Que tal aplicar o corte Dedekindian a esta carta? Tenho
certeza que você não gostaria que ele se transforme num
Sorites Goclenian, especialmente porque temo que já pode
ter se desviado do δια παντος Hapaxlegomenon.
As referências são para o texto Grego de Lógica
Aristotélica, e o Sr. Germer acrescentou uma nota de que
as palavras Gregas foram escritas em Grego no original.
Deve ter sido tudo grego para ela. Uma maravilha se ela
se deu conta de que ele estava puxando sua extremidade
inferior ou extremidades, e se ela tirou vantagem da
oferta monumental de passar algumas páginas de O Livro
de Thoth com ele. Aparentemente, ela comprou uma cópia.
Apenas duzentos foram impressos, e que agora vendem –
quando vendem – por mais de mil dólares cada. – Motta.
Deve ter sido todo grego para ela. Cada um admira-se se
ela realizou que ele puxava a sua extremidade mais baixa
ou extremidades, e se ela tirou proveito da oferta
monumental de atravessar algumas páginas do Livro de
Thoth com ele. Ao que parece ela comprou uma cópia. Só
duzentos foram impressos, e eles agora vendem - quando
eles vendem - para mais de mil dólares cada um.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666.
Carta Nº I27 de Janeiro de 1944
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
É muito bom ouvir que essas cartas lhe fazem bem, mas um
pouco triste por refletir que ela vai fazer você tão
impopular. Seus amigos logo vão notar que vacuidades
locaz falharam em impressionar-te, e odiaram você, e
contaram mentiras sobre você. Isto vale a pena.
Como Mark Twain dizia: “Ele teve alguns” – Motta.
Sim, seu cérebro está muito certo; o que se deseja é
adquirir o hábito de pinar [fixar] as coisas coisas
instantaneamente. (Ele diz “reencarnação’ – agora, o que
exatamente ele quer dizer com isso? Ele diz “isto é natural
supor...”: o que é “natural”, e o que está implícito na
suposição?) Pratique este estilo de criticismo; escreva o
que acontece. Dentro de uma semana ou duas, você será
surpreendido ao descobrir que você tem o que é,
aparentemente, um pouco menos que um cérebro novo!
Você deve fazer disto um hábito, não deixar nada atrapalhar
as sentinelas.
Na verdade, eu quero que você vá ainda mais longe,
certifique-se do que se entende até mesmo nas palavras
mais simples. Traçar a história da palavra com a ajuda do
Dicionário Etimológico de Skeat. Por exemplo “bonito”
[pretty] significa trapaceiro, enganador; por outro lado,
“vadia” [hussy] é apenas “dona de casa”. É curioso,
também, que este “tafetá” [tabby] refere-se ao príncipe
Attab, o neto de Ommeya – o bairro da seda em Bagdá,
onde a utabi, uma rica seda lavada é vendida. Isto irá em
breve dar-lhe o poder de discernir imediatamente quando
as palavras estão sendo usadas para esconder significado
ou a falta dela.
Este parágrafo e os posteriores foram cortados pelo Sr.
Regardie, presumivelmente porque ele não queria ofender
alguns de seus amigos: - Motta.
[Em paralelo a ideia lançada por Crowley, aconselho a
leitura de “A Dama das Camélias”, pelo genial Augusto
Boal, o pai do Teatro dos Oprimidos. O livro trata da
inversão dos valores sociais, e o entendimento de que os
padrões mudam com a sociedade e, portanto não são nada
a que se deva dar credito. Inclusive os institutos sócio
jurídicos! Sem exageros, aconselho o estudo da OBRA de
Augusto Boal...]
Sobre A�A�, etc.: sua resolução é nobre, mas há uma
carta pronta para você que lida com o que é realmente uma
legitima investigação; necessária, também, com tantas
hordas de “Mestres Ocultos” e “Mahatmas” e assim por
diante debandando por todo o chão na esperança de distrair
sua atenção das futilidades de seus confiáveis capangas.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
P.S. Eu devo escrever longamente sobre o Eu Superior, ou
“Deus Interior” [ou Deus dentro de Nós], pois é muito fácil
ficar confuso sobre isso, e o assunto requer uma preparação
cuidadosa.
Na verdade, ele teve que escrever muito. Veja as cartas
28, 36, 42 e 43. – Motta.
666
1 Tome isso como uma regra AUREA! Só para ilustrar,
apesar de que não é necessário... Conversando com um
taxista acerca das mudanças e novas regras para se renovar
carteira de habilitação ou tirar uma primeira via, ele me
contou sua historia pessoal, que ele já dirigia ha mais de 15
anos quando, em 1995, foi tirar a “carta”. Chegou lá
brincando, todo certo de si e de seu sucesso, dizendo “isso
é mole, já sou motorista ha anos!”. Ele deixou o carro
morrer, não conseguiu colocar na balize, etc... Foi
reprovado! Em casa, refletindo, teve um lampejo de que
deveria tentar de novo, mas sem falar nada. Assim ele fez,
seguindo sua intuição. Ele foi aprovado. O fiscal chamou
ele e reservadamente disse-lhe: Sabe porque você fez tanta
coisa errada naquele dia? Ele disse que não... então o fiscal
lhe respondeu: Excesso de confiança sempre tira a nossa
atenção! 50 anos depois do que Crowley escreveu acima,
alguém percebeu o veneno da autoconfiança. Autoconfiança
é tão perigosa quanto o seu pai, o Orgulho desmedido.
Reflitam bem sobre isso... – Frater P.G.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta Um: O Que é Magick?Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
O que é Magick? Por que alguém deveria estudar e praticar
isso? Muito natural; as perguntas óbvias preliminares de
qualquer assunto seja qual for. Nós muito certamente temos
tudo isto claro e cristalino; não tema que eu possa falhar em
definir todo o negocio tão conciso quanto possível, e ainda
de maneira plena, tão convincente quanto lucidamente,
como se pode provar dentro de meu poder para faze-lo.
Pelo menos eu não preciso perder tempo em dizer a você o
que Magick não é, ou ir para a história de como o termo
passou a ser mal aplicado para truques de conjuração e
milagres fraudados, como é até hoje impingido por
estelionatários charlatões, dentro ou fora da Comunhão
Romana, para cima de uma boquiaberta multidão pasmada
de devotos imbecis.
Primeiro, deixe-me ir de forma Euclidiana, e esfregar o seu
nariz na Definição, Postulado e Teoremas dado em meu
compreensivo (mas, ai de mim! Tao avançado e tao
técnico) Tratado sobre o assunto...
Aqui ele se refere ao Livro Quatro Parte III – Motta.
Aqui estamos nós!
I. Definição:MAGICK
é a Ciência e Arte de fazer com que Mudança ocorra em
conformidade com a Vontade1.
[As notas no rodapé são de Crowley, quando não indicado
o contrario.]
(ilustração: É minha Vontade informar o Mundo de certos
fatos que eu conheço. Portanto eu tomo “armas mágicas” –
pena, tinta e papel; eu escrevo “encantamentos” – estas
sentenças – na língua “mágica”, i.e., aquela que é
compreendida pela gente que eu desejo instruir; eu invoco
“espíritos” – tais como impressoras, editores, livreiros,
etc. – e os constrinjo a transmitir minha mensagem àquela
gente. A composição, impressão e distribuição deste livro é
assim um ato de
MAGICK
pelo qual eu faço com que Mudanças ocorram de acordo
com minha Vontade.)
A principal diferença é de propósito, e não de matéria. A
Ciência é a observação e estudo da Natureza. Ciência
aplicada é, em um nível, tecnologia; em vários outros
níveis, Magick. – Motta.
II. Postulado:QUALQUER Mudança requerida pode ser efetuada pela
aplicação do tipo apropriado e quantidade apropriada de
Força, da maneira apropriada, e através de um meio de
transmissão apropriado, ao objeto apropriado.
(Ilustração: Eu desejo preparar uma grama de Cloreto de
Ouro. Eu devo tomar o tipo certo de ácido, nitro-
hidroclorídrico e nenhum outro, em quantidade e
concentração suficientes, e colocá-lo num recipiente que
não se quebrará, não vazará e não será corroído, de forma
que resultados indesejáveis não serão produzidos, com a
quantidade necessária de Ouro: e assim por diante. Tôda
Mudança tem suas próprias condições.
No presente estado de nosso conhecimento e poder,
algumas mudanças não são possíveis na prática; não
podemos produzir eclipses, por exemplo, ou transformar o
chumbo em estanho, ou criar homens de cogumelos. Mas é
teoricamente possível causar em qualquer objeto qualquer
mudança de que aquele objeto seja capaz por natureza; e as
condições estão cobertas no postulado acima.)
III. Teoremas:
(1) Todo ato intencional é um Ato Mágico2.
(Ilustração: Veja-se a “Definição”, acima.)
Na edição original uma nota de rodapé para isto foi
trocada por engano pela observação anterior sobre
Magick ser o nome dado a Ciência pelo vulgar. – Motta.
[A Nota esta agora corretamente colocada no rodapé.]
(2) Todo ato bem sucedido foi executado de acordo com o
Postulado.
(3) Todo fracasso prova que uma ou mais das condições do
postulado não foram satisfeitas.
(Ilustração: Pode haver fracasso em compreender o caso,
como quando um médico faz o diagnóstico errado, e seu
tratamento prejudica o paciente. Pode haver fracasso em
aplicar a quantidade necessária de força, como quando o
lutador de luta livre perde a chave que aplicara no
oponente. Pode haver fracasso em empregar o meio de
transmissão adequado, como quando Leonardo da Vinci viu
suas obras desbotarem. A força pode ser aplicada ao objeto
errado, como quando tentamos quebrar uma pedra pensando
que é uma noz.)
(4) O primeiro requisito para se causar qualquer mudança é
uma completa compreensão qualitativa e quantitativa das
condições.
(Ilustração: A causa mais comum de fracasso na vida e a
ignorância de nossa própria Verdadeira Vontade, ou dos
meios pelos quais aquela Vontade pode ser realizada. Um
ho me m pode se imaginar pintor, e desperdiçar sua
existência tentando se tornar um; ou ele pode realmente ser
um pintor, e no entanto fracassar em compreender e medir
as dificuldades peculiares àquela carreira.)
(5) O segundo requisito para se causar qualquer mudança é
a habilidade prática de pôr em movimento as forças
necessárias.
(Ilustração: Um banqueiro pode ter um conhecimento
perfeito de uma certa situação, no entanto faltar-lhe a
qualidade de decisão, ou o capital, necessários para
aproveitar a ocasião.)
(6) “Todo homem e toda mulher é uma estrela.” Isto é, todo
ser humano é intrinsecamente um indivíduo independente,
com seu próprio caráter e órbita.
(7) Todo homem e toda mulher tem um curso, dependendo
em parte deles mesmos e em parte do meio ambiente, um
curso que é natural e necessário para cada um. Quem quer
que é desviado de seu curso próprio, seja por falta de
autocompreensão, seja por oposição externa, entra em
conflito com a oposição universal, e sofre em
consequência.
(Ilustração: Podemos pensar que é o nosso dever agir de
um certo modo, tendo feito uma pintura imaginária de nós
mesmos, em vez de investigar nossa verdadeira natureza.
Uma mulher pode ser infeliz a vida inteira por julgar que
ela prefere o amor ao prestígio social, ou vice-versa. Uma
pode permanecer com um marido que ela não ama, quando
na realidade seria feliz num só ter com um amante, enquanto
outra pode procurar uma aventura romântica quando na
realidade seus únicos prazeres são aqueles de ir presidir a
bailes de gala e jantares da sociedade. Os instintos de um
menino podem impeli-lo para o mar, enquanto seus pais
insistem que ele se forme em medicina. Em tal caso, ele
será tanto mal sucedido quanto infeliz na medicina.)
(8) Um homem cuja vontade consciente está em luta com
sua Verdadeira Vontade está desperdiçando sua força. Ele
não pode esperar influenciar seu ambiente com eficiência.
(Ilustração: Quando a guerra civil explode num país, esse
país não está em condições de invadir outros países. Um
homem com câncer emprega sua nutrição tanto para seu
próprio uso como para uso do inimigo que é parte dele
mesmo. Depressa ele se torna incapaz de resistir à pressão
do seu meio ambiente. Na vida diária um homem que está
fazendo aquilo que sua consciência lhe diz que está errado
o fará com muito pouca habilidade. A princípio!)
Sr. Regardie, por exemplo, “melhorou” com a prática. –
Motta.
(9) Um homem que está fazendo sua Verdadeira Vontade
tem a inércia do universo a seu favor.
(Ilustração: A primeira condição de sucesso na evolução é
que o indivíduo seja fiel à sua própria natureza e ao mesmo
tempo se adapte ao seu meio ambiente.)
Mas se o ambiente é decididamente hostil a Verdadeira
Vontade do indivíduo, então é necessário mudar o
ambiente ou ser restringido por ele. Esta é toda questão
da tecnologia ou de Magick. – Motta.
(10) A Natureza é um fenômeno contínuo, se bem que não
sabemos em todos os casos como as coisas se ligam umas
às outras.
(Ilustração: A consciência humana depende de inúmeras
condições físicas peculiares a este planeta; e este planeta é
determinado por equilíbrio mecânico do universo material
inteiro. Nós podemos então dizer que nossa consciência
está causalmente ligada com as galáxias mais remotas; no
entanto não sabemos sequer como ele surge de – ou com –
mudanças moleculares no cérebro.)
(11) A ciência nos habilitar a tomar vantagem da
continuidade da Natureza pela aplicação empírica de certos
princípios, cuja intervenção envolve diferentes ordens de
ideias relacionadas umas com as outras de uma maneira
além da nossa compreensão presente.
(Ilustração: Nós somos capazes de iluminar cidades usando
métodos totalmente pragmáticos. Nós não sabemos o que a
consciência é, ou como ela se relaciona com a ação
muscular; não sabemos o que a eletricidade é, ou como ela
se relaciona com as máquinas que a geram; e nossos
métodos dependem de cálculos que envolvem ideias
matemáticas que não tem qualquer correspondência no
universo tal como nós o conhecemos.)
Aqui, acrescentou uma nota: “Por exemplo, ‘irracional’,
‘irreal’, e ‘infinito’ expressões. Estas são todos os tipos
de operações matemáticas avançadas, sem o qual o
estudo da física, física nuclear, especialmente, seria
ainda no nível do século XVIII. – Motta.
[Evidentemente a nota de rodapé aqui é mais, digamos,
“completa”, do que a que você encontrara no Livro
Quatro Parte III, pelo simples e logico motivo
cronológico. Livro 4 Parte III foi escrito muito antes de
Magick Sem Lagrimas. E, com sua nova visão – no
sentido de mais aprofundada – ele achou por bem incluir
mais algumas coisas na nota deste Teorema sobre
Magick.]
(12) O homem desconhece o alcance inteiro de seu próprio
ser e poderes. Mesmo sua ideia de suas limitações está
baseada em experiências passadas, e todo passo em nosso
progresso expande nosso império. Não existe, portanto
qualquer motivo para decretarmos limites teóricos3 quanto
ao que o homem pode ser, ou fazer.
Aqui, ele acrescentou outra nota – Motta.
[Foi colocada no rodapé, conforme esta em Livro 4 Parte
III]
(Ilustração: Faz apenas vinte e poucos anos, era
considerado teoricamente impossível que o homem pudesse
chegar a conhecer a composição química das estrelas.
Sabemos que os nossos sentidos estão adaptados para
perceber somente uma fração infinitesimal da escala de
vibrações possíveis. Mas instrumentos modernos nos têm
habilitado a determinar alguns desses suprassensíveis por
meios indiretos, e até a usar suas peculiares qualidades a
serviço da humanidade, como no caso dos raios de Hertz e
Röntgen...
Respectivamente, ondas de radio e raio-x – Motta.
...Como disse Tyndall, o homem pode a qualquer momento
aprender a perceber e utilizar vibrações de todos os tipos
concebíveis e inconcebíveis. O problema da Magia é o
problema de descobrir e empregar forças naturais até agora
desconhecidas. Nós sabemos que tais existem, e não
devemos duvidar da possibilidade de instrumentos mentais
ou físicos capazes de nos colocarem em relação com elas.)
(13) Todo homem está mais ou menos cônscio de que sua
individualidade inclui diversas ordens de existência,
mesmo quando ele crê que seus princípios sutis são
meramente sintomáticos das mudanças no seu veículo
grosseiro. Podemos assumir que uma ordem análoga de
coisas se estende através da natureza inteira.
(Ilustração: Nenhum de nós confunde dor de dentes com a
deterioração que é sua causa. Objetos inanimados sentem
certas forças físicas, tais como condutividade elétrica ou
térmica; mas nem em nós nem neles – tanto quanto sabemos
– há qualquer percepção direta consciente destas forças.
Influências imperceptíveis estão portanto associadas com
todos os fenômenos materiais; e não há motivo por que não
devamos agir sobre a matéria através dessas forças sutis,
como fazemos através de suas bases materiais. De fato, nós
utilizamos a força do magnetismo para mover o ferro, e a
radiação solar para reproduzir imagens.)
(14) O homem é capaz de ser, e de usar, tudo que ele
percebe, pois tudo que ele percebe é, em certo senso, parte
do ser dele. Ele pode assim subordinar todo o Universo de
que ele está cônscio à sua Vontade individual.
(Ilustração: Nós temos usado a ideia de Deus para ditar
nossa conduta pessoal, para obter poder sobre os nossos
semelhantes, para desculpar nossos crimes, e para
inumeráveis outros propósitos, inclusive aquele de nos
realizarmos a nós mesmos como Deus. Nós temos usado as
concepções irracionais e irreais da matemática para nos
auxiliarem a construir mecanismos. Nós temos usado nossa
força moral para influenciar a conduta mesmo de animais
selvagens. Nós temos empregado o gênio poético para fins
políticos.)
(15) Toda força do Universo pode ser transformada em
qualquer outra força através de meios apropriados. Existe
pois um reservatório inexaurível de qualquer tipo particular
de força de que possamos necessitar.
(Ilustração: O calor pode ser transformado em luz e força
quando é usado para impelir dínamos. As vibrações do ar
podem ser usadas para matar homens, se as organizamos
num discurso de modo a inflamar paixões guerreiras. As
alucinações relacionadas com as misteriosas energias do
sexo resultam na perpetuação da espécie.)
(16) A aplicação de qualquer uma força afeta todas as
ordens de existência incluídas no objeto ao qual a força é
aplicada, não importa qual dessas ordens a força seja
diretamente aplicada.
(Ilustração: Se eu firo um homem com uma adaga, a
consciência dele, e não apenas seu corpo, é efetada por
meu ato; se bem que a adaga, como tal, não tem nenhuma
relação direta com a consciência dele. Da mesma forma, a
força do meu pensamento pode agir de tal maneira na mente
de outra pessoa que pode chegar a produzir profundas
mudanças físicas nessa pessoa, ou em outras pessoas
através dela.)
(17) Um homem pode aprender a usar qualquer força para
qualquer fim, tomando vantagens dos teoremas acima.
(Ilustração: Um homem pode usar uma navalha para se
tornar vigilante sobre a sua fala, cortando-se quando quer
que deixa escapar uma palavra que se proibiu de dizer. Ele
pode obter considerável concentração determinando que
todo incidente de sua vida lhe recordará alguma coisa
particular, fazendo de cada impressão o ponto de partida de
uma sequência de pensamentos que termina naquela coisa.
Ele pode também devotar todas as suas energias a um
particular objetivo, resolvendo-se a não executar coisa
alguma que divirja daquele objetivo, e a fazer com que todo
e cada ato tenda à realização daquele objetivo, e a fazer
com que todo e cada ato tenda à realização daquele
objetivo.)
(18) Ele pode atrair para si qualquer força do Universo
fazendo de si mesmo um receptáculo apropriado para ela,
estabelecendo uma conexão com ela, e arranjando as
condições de forma que a natureza dela a compila a fluir
em direção a ele.
(Ilustração: Se eu quero beber água pura, eu cavo um poço
num lugar onde haja água subterrânea; eu calafeto as
paredes do poço; e eu tomo vantagem do fato que a água
obedece às leis da hidrostática para encher o poço.)
(19) O senso que o homem tem de si mesmo como separado
de, e oposto ao, Universo, impede-o de conduzir as
correntes deste. Insula o homem.
Esta é outro e o mais importante argumento contra
qualquer tipo de dogma religioso, que considera tudo no
Universo como intrinsecamente “mau” ou “hostil” para o
progresso do ser humano ou o “bem estar” de nossa
alma. O progresso da ciência no Ocidente, por exemplo,
só foi possível após a decadência do Cristismo.
Tentativas de reinstituir a religião medieval, como o
movimento “Maioria Moral” hoje em dia nos EUA, são
invariavelmente acompanhados de tentativas de negar ou
enfraquecer a ciência ou o verdadeiro humanismo, que
deriva da ciência. – Motta.
(Ilustração: Um líder popular tem tanto mais sucesso quanto
mais se esquece a si próprio e pensa apenas na ‘Causa’. O
amor-próprio engendra ciúmes e cisões. Quando os órgãos
do corpo declaram sua presença ao consciente, isto é sinal
de que estão doentes. A exceção única é o órgão de
reprodução.
Não é bem assim: Todos os órgãos de eliminação, dos
quais o órgão de reprodução é apenas um caso em
particular. Se defecar e urinar, por exemplo, não forem
atos prazerosos em qualquer organismo vivo, esse
organismo não iria sobreviver por muito tempo com o
acúmulo de produtos do catabolismo em si mesmo. –
Motta.
...E mesmo neste caso, sua auto-asserção é testemunha de
s u a insatisfação consigo mesmo, pois ele não pode
satisfazer sua função senão quando completado por sua
contraparte noutro organismo.)
(20) O homem pode apenas atrair e empregar as forças para
as quais ele está realmente apto.
(Ilustração: Quem nasceu para dez réis não chega a vintém.
O verdadeiro cientista aprende de qualquer fenômeno. Mas
a Natureza é muda para o hipócrita, pois nela nada existe
de falso4.)
Aqui, ele acrescentou a seguinte nota: - Motta.
[Colocada em seu devido lugar, no rodapé, conforme
Livro Quatro Parte III]
Mas aqui Crowley estava sendo idealista ao invés de
objetivo. Se essas religiões nao houvessem “fracassado”,
ele não teria se tornado tão insatisfeito com o seu tempo e
ambiente, para definir-se como o novo Cristo. O ponto
perigoso é, que é muito mais fácil se afirmar sobre
Vontade limitada, baseada em uma percepção limitada do
Universo, do que que uma mais ampla que tem grande
parte do Universo em conta como um instrumento do qual
a Vontade pode estar consciente. Na prática, o cientista
está sempre desconfiado, o fanático é sempre alto e
positivo. A afirmação de Crowley acima é equivalente a
dizer que a vontade de um hipócrita não pode prevalecer
sobre a Natureza e seus semelhantes. Isto é apenas
correto, a longo prazo – e às vezes no muito, muito longo
prazo. A humanidade, como um todo, não pode ser
escravizada pela vontade de um falso hipócrita, mas os
seres humanos o são frequentemente. A vida humana é
breve. Cristismo está lentamente se dissolvendo em sua
última miasma de doença e ódio, mas levou mais de mil
a n o s para corajosos seres humanos, pacientemente,
alcançarem essa dissolução, com a ajuda incansável da
Natureza. Jerry Falwell é extremamente errado, e sou
extremamente correto, mas Jerry Falwell fez cinquenta
milhões de dólares no ano passado e eu fiz nada. Por isso,
vamos colocar que o hipócrita é surdo de natureza, mas,
infelizmente, não é mudo para o seu semelhante. Pelo
contrário, quanto mais eles são hipócritas, o mais
articulado eles se tornam, mais fáceis são para entender,
por que o que eles têm a dizer é sempre muito simples.
Infelizmente para as massas inconscientes, não é a
simplicidade da síntese, como encontramos em Liber AL,
mas a simplicidade da restrição, como as que
encontramos nos Dez Mandamentos, ou no Credo de
Nicéia, ou no Manifesto Comunista. – Motta.
(21) Não existe limite ao alcance das relações de qualquer
homem com o Universo; pois tão cedo o homem se
identifica com qualquer ideia, os termos de comparação
deixam de existir. Mas seu poder de utilizar aquela ideia
está limitado pela força e capacidade mentais dele, e pelas
circunstâncias do seu meio ambiente humano.
(Ilustração: Quando um homem se apaixona, o mundo
inteiro lhe parece ser amor imanente e ilimitado; mas seu
estado místico não é contagioso; seus semelhantes ou se
divertem ou se entediam ele. Ele pode comunicar a outros
os efeitos que seu amor tem sobre ele apenas através de
suas qualidades físicas e mentais. Assim, Catullus, Dante e
Swinburne fizeram de seus amores uma poderosa alavanca
para mover a humanidade em virtude do poder que eles
tinham de expressar seus pensamentos sobre o assunto em
linguagem musical e eloquente. De novo, Cleópatra e outros
em posição de autoridade moldaram o destino de muitas
outras pessoas ao permitirem que o amor influenciasse sua
conduta política. O Magista, por mais que tenha sucesso em
estabelecer contato com as fontes secretas de energia da
Natureza, pode usá-las apenas no âmbito permitido por
suas qualidades intelectuais e morais. O contato de Maomé
com Gabriel foi efetivo apenas por causa da habilidade de
militar e estadista de Maomé, e do seu sublime comando da
língua árabe. A descoberta de Hertz dos raios que nós
agora usamos para a telegrafia sem fio permaneceu estéril
até ser refletida através das mentes e vontades de gente
capaz de tomar a verdade dele, e transmiti-la ao mundo da
ação através de meios mecânicos e econômicos.)
(22) Todo individuo é essencialmente suficiente a si
próprio satisfazer a si próprio enquanto não se estabelecido
em sua correta relação com o Universo.
(Ilustração: Um Microscópio, por mais perfeito que seja, é
inútil nas mãos de selvagens. Um poeta, por mais sublime
que seja à sua geração se há de se apreciar, e até de se
compreender, a si mesmo, como teoricamente deveria ser o
caso.)
(23) A Magia é a Ciência de nos compreendermos a nós
mesmos e às nossas condições. É a Arte de aplicar essa
compreensão em atos.
(Ilustração: Um bastão de golfe é construído de forma a
mover uma bola especial de uma maneira especial em
circunstâncias especiais. Um niblick raramente deve ser
uzado no tee, ou um brasie sob o ineifnal de um bunker.
Mas também, o uso de qualquer tipo de bastão exige
habilidade e prática.)
(24) Todo homem tem um direito irretorquível de ser o que
ele é.
(Ilustração: Insistir que qualquer outra pessoa deve se
submeter a nossos padrões pessoais é ultrajar, não só a
outra pessoa, mas a nós mesmos, desde que tanto a outra
p e s s o a como nós somos igualmente oriundos da
necessidade universal.)
A menos, claro, a outra pessoa, declarou, aparentemente,
de sua livre e espontânea vontade, que ele ou ela quer
estar em conformidade com seus padrões, e depois segue
para refutar essa vontade através de seus atos. Então
você deve dizer-lhes que provem as suas palavras por
suas ações ou vá vender sua esquizofrenia, verdadeira ou
falsa, em outro lugar. – Motta.
(25) Todo homem deve praticar a Magia cada vez que age e
até mesmo cada vez que pensa, desde que um pensamento é
um ato interno de cuja influência ultimalmente afeta a
conduta externa, se bem que possa não fazê-lo na ocasião.
(Ilustração: O mínimo gesto causa uma mudança no corpo
de um homem e no ar em volta dele; perturba o equilíbrio
do Universo inteiro, e seus efeitos continuam eternamente
através de todo o espaço. Todo pensamento, não importa
quão depressa suprimido, tem seu efeito na mente.
Permanece como uma das causas de todo pensamento
subsequente, e tende a influenciar todo ato subsequente. Um
golfista pode perder alguns metros em sua primeira tacada,
um pouco mais com sua segunda e terceira; ele pode lançar
a bolo no gramado até alguns centímetros de distância do
buraco; mas a soma final de cada um destes acidentes
insignificantes equivaleu à perda de uma jogada inteira, e
assim, provavelmente, a metade, e perder aquele buraco.)
(26) Todo homem tem o direito, o direito de
autopreservação, de satisfazer sua natureza o máximo
possível em todas as direções5.
Aqui ele adiciona a seguinte nota: - Motta.
[Colocada no rodapé.]
Esta é, naturalmente, uma simplificação do problema, e
supõe, em primeiro lugar, que a “sociedade” viva por
princípios Thelêmicos, e não Crististas, ou Muçulmanos,
ou Sionistas, ou Brâmanes, ou Marxistas, ou sei lá o que.
Sr. Menachem Begin é um modelo para os “Israelenses”;
ele também é um terrorista e assassino para os Ingleses,
os Árabes e, incidentalmente, para mim mesmo. As leis de
qualquer “sociedade” que não estão em conformidade
com a Lei de Θελημα serão infalíveis em serem
restritivas, inecologicas e injustas. Galileu quebrou a lei,
e assim o fez Crowley; não foi os tribunais de suas épocas
que condenaram ambos os homens? A lei dos Estados
Unidos enviou Wilhelm Reich e Timothy Leary para
prisões de loucos em que ambos foram submetidos a
“tratamentos”; Nixon foi eleito e Kissinger declarou
publicamente que não há afrodisíaco como o poder,
ambos no mesmo período de tempo. O exercício do direito
de autopreservação em uma sociedade de escravos torna
algum um criminoso em algum momento ou outro, e um
“inimigo publico”. Tenha isso em mente. – Motta.
(Ilustração: Uma função imperfeitamente executada injuria,
não só a si mesma, mas a tudo associado com ela. Se o
coração tem receio de bater, com medo de perturbar o
fígado, o fígado fica sem sangue, e se vinga do coração
causando perturbações da digestão, que eventualmente
desarranjam a função respiratória, da qual depende o bem
estar cardíaco.)
(27) Todo homem deve fazer da Magia a nota tônica de sua
vida. Ele deve aprender suas leis e viver de acordo com
elas.
(Ilustração: O Banqueiro deveria descobrir o verdadeiro
significado de sua existência, o verdadeiro motivo que o
levou a escolher aquela profissão. Ele deve compreender o
processo bancário como um fator necessário na existência
econômica da humanidade, em vez de apenas um negócio
cujos propósitos independem do bem estar geral. Ele
deveria aprender a distinguir falsos valores dos reais, e a
agir não de acordo com flutuações acidentais, mas de
acordo com considerações de verdadeira importância. Um
tal banqueiro se provará superior a outros; ele não será um
individuo limitado por coisas transitórias, mas uma força
natural, tão paciente e irresistível quanto as marés. Seu
sistema não estará sujeito ao pânico mais do que as leis dos
Quadrados Inversos é perturbada por Eleições. Ele não
estará ansioso a respeito de seus negócios, porque eles não
saram ‘dele’; e por este motivo ele será capaz de dirigi-los
com a calma e esclarecida confiança de um observador à
distância, com sua inteligência imperturbada por interesse
pessoal, e seu poder livre de paixão.)
(28) Todo homem tem o direito de executar sua própria
vontade sem receiar que ela possa interferir com a de
outros; porque se ele está em seu próprio caminho órbita, a
culpa é dos outros se interferem com ele.
(Ilustração: Se um homem como Napoleão tivesse
realmente sido designado pelo destino para controlar a
Europa, ele não deveria ser acusado de exercer seus
direitos. Opor-se a ele seria um erro. Qualquer pessoa
assim fazendo teria se enganado quanto a seu próprio
destino, exceto quanto à sua necessidade de aprender as
lições da derrota. O sol move-se no espaço sem
interferência. A ordem da Natureza provê uma órbita para
cada estrela. Um choque prova que uma ou outra se afastou
de seu curso. Mas quanto a cada homem que se mantém em
seu verdadeiro curso, quanto mais firme ele age, menos
acontece que outros se intrometam no caminho dele. Seu
exemplo ajudá-los-á a encontrar seus próprios caminhos e
segui-los. Todo homem que se torna um Magista ajuda a
outros a fazerem o mesmo. Quanto mais firmemente e com
mais segurança os homens se movam, e quanto mais tal
ação for aceita como padrão de moral, tanto menos
confusão e conflito impedirão a humanidade.)
Bem, está finalizada a Primeira Lição.
Isso parece-me cobrir todo fundamento muito bem, pelo
menos, que é o que tenho a dizer quando uma análise séria
está em agenda.
Mas há um sentido restrito e convencional em que a palavra
pode ser usada sem nos afastarmos muito da posição
filosófica acima. Alguém poderia dizer:
“Magia é o estudo e o uso de tais formas de energia que são
mais sutis (a) do que os tipos físico-mecânicos comuns, (b),
acessível apenas para aqueles que são (em um sentido ou
outro) ‘Iniciados’”.
Temo que isso possa soar um pouco obscurum per
obscurius, mas este é um desses casos – nos somos
susceptíveis de encontrar muitos desses no curso de nossas
pesquisas – em que nos entendemos, muito bem para todos
os propósitos práticos, o que queremos dizer, mas que nos
ilude com mais e mais sucesso o quanto mais acuradamente
lutamos para definir sua importância.
Poderíamos taxar ainda pior se tentássemos esclarecer as
coisas, fazendo listas de eventos na história, tradição ou
experiência e classificando estes como sendo, ou como não
sendo, verdadeira Magick. Os casos de fronteira iriam nos
confundir e enganar.
Mas – como eu já mencionei história – eu acho que pode
ajudar, se eu for direto para a última parte da sua pergunta,
e lhe der um breve esboço de como Magick é vista por
dentro no passado, presente e futuro.
Quais são os princípios dos “Mestres”? O que Eles estão
tentando fazer? O que Eles fizeram no passado? Qual
significado Eles empregaram?
Conforme isso acontece, eu tenho para mim um esboço
escrito por M. Gerard Aumont de Tunis cerca de vinte anos
atrás, que cobre o assunto com azoável adequação.
Eu sinto dores ao ter que traduzi-lo de seu francês, espero
que não muito reminiscente do antigo traduttore, traditore.
Vou revê-lo, dividi-lo (como a Gália) em Três Partes e
enviá-lo junto.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
O ensaio sobre as Três Escolas de Magick é reproduzido
nas cartas 6, 7 e 8. “Traduttore, traditore” é um
trocadilho italiano significando, “tradutor, traidor”. Mas
neste caso, se alguém traiu Crowley foi ele próprio,
porque o ensaio, embora tenha sido assinado pelo Sr.
Gerard Aumont, foi escrito pelo próprio Crowley. Aumont
não era um pseudônimo de Crowley, ele era um aluno por
um tempo, em Túnis. Temos extensas notas escritas para
este ensaio, por razões que serão óbvias para o leitor
sério quando ele ou ela chega a isso. – Motta.
1 Em um senso, a Magia pode ser definida como o nome
que o vulgo dá à Ciência.
2 Por “intencional” eu quero significar “voluntário”. Mas
mesmos atos aparentemente sem intenção não são assim
realmente. Por exemplo, respirar é um ato da Vontade-de-
Viver.
3 Isto é, exceto – possivelmente – no caso de problemas
logicamente absurdos, como as que os Escolásticos
discutiram em conexão com “Deus”.
4 Não é objeção, aqui, que o hipócrita é ele mesmo parte
da Natureza. Ele é um produto “endotérmico”, dividido
contra si mesmo, com tendência a se desintegrar. Ele verá
suas próprias qualidades refletidas em toda parte, e obterá
assim uma concepção radicalmente errada dos fenômenos.
A maior parte das religiões do passado fracassou por
esperarem que a Natureza se adaptasse aos seus ideais do
que é uma conduta “própria” [apropriada].
5 Homens de “natureza criminosa” simplesmente estão em
conflito com sua verdadeira Vontade. O assassino tem a
Vontade-de-Viver; e sua vontade de assassinar é uma falsa
vontade divergindo da Verdadeira Vontade dele, uma vez
que ele arrisca morte às mãos da Sociedade ao obedecer ao
seu impulso criminoso.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 2: A Necessidade deMagick para Todos
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Certo, estou contente em saber que você tem estado tão
completamente satisfeita com a minha explicação do que é
Magick, e em que a teoria repousa. É bom, também, ouvir o
quanto esteve interessada no vislumbre que você teve de
parte deste trabalho no mundo, mais, que você agarrou o
f a t o que esta aparentemente recôndita e irrelevante
informação tem um efeito imediato em sua vida pessoal
hoje. Ainda assim, não fiquei surpreso que você tenha
acrescentado: “Mas por que eu deveria fazer um estudo
especial da, e dedicar o meu tempo e energia para adquirir
proficiência na Ciência e Arte de Magick?”
Obviamente, esta carta foi escrita, ou reescrita já tendo
em mente a sua publicação como parte da série; que se
desvia do coloquial normal de Crowley e de certa forma
gracejando. – Motta.
Ah, bem então, talvez você não tenha entendido as minhas
observações em uma de nossas primeiras entrevistas tão
perfeitamente como você supõe! Desde que o ponto crucial
da minha exposição foi o de que Magick não é um assunto
estranho à principal corrente da sua vida, como a música,
jardinagem, ou uma coleção de pode ser. Não, todo ato de
sua vida é um ato mágico; sempre que da ignorância,
descuido, imperícia ou o que não mais, você vier aquém do
sucesso artístico perfeito, você inevitavelmente registo
falência, desconforto, frustração.
Felizmente para todos nós, a maioria dos atos essenciais
para continuar vivo são involuntários; o “inconsciente” se
tornou tão acostumado a fazer esta “Verdadeira Vontade”
que ele não necessita de interferência, quando essa
necessidade surge, nós a chamamos de doença, e
procuramos restaurar a máquina para a realização livre e
espontânea desta função.
Mas isso é apenas parte da história. Como as coisas são,
todos nós temos nos aventurar dentro de um imensurável
Universo de incalculável possibilidades, de situações não
contempladas pela tendência da Evolução. O homem é um
monstro marinho; quando ele decidiu que seria melhor para
ele de alguma forma para viver na terra, ele teve que criar
pulmões no lugar de guelras. Quando queremos viajar sobre
a neve macia, temos que inventar o esqui, quando queremos
trocar ideias, temos de arranjar um código convencional de
sons, de nós em cordas, de personagens esculpidos ou
escrita em caracteres – numa palavra – embarcar no oceano
infinito de hieróglifos ou símbolos de um tipo ou outro.
(Hoje eu tenho que explicar a suprema importância de tais
sistemas, na verdade, o próprio Universo não é, e não pode
ser, qualquer coisa que não um arranjo de caracteres
simbólicos!)
Aqui estamos nós, então, presos a uma rede de
circunstâncias, se quisermos fazer alguma coisa além da
automática vida vegetativa, devemos conscientemente nos
aplicarmos à Magick, “a Ciência e Arte” (deixe-me
lembrar você!) “de fazer com que Mudança ocorra em
conformidade com a Vontade”. Observe que a menor
negligência ou erro significa que as coisas acontecem, as
se, conformidade; e quando isso acontece a despeito de
seus esforços, nos estamos (temporariamente) confusos;
quando é a nossa própria ignorância sobre o que devemos
querer, ou falta de habilidade em adaptar os nossos
próprios recursos para o fim correto, então nos montamos
um conflito na nossa própria natureza: o nosso ato é
suicida. Essa luta interior é a base de quase todas as
neuroses, conforme Freud recentemente “descobriu” –
como se isso já não tivesse sido ensinado, e ensinado sem
essa quantidade de erros, pelos grandes mestres do
passado! A doutrina Taoísta, em particular, é mais precisa
e mais enfática nesse ponto, aliás, pode parecer a alguns de
nós a superação da marca, pois nada é permitido nesse
sistema que não seja os ajustes de fricção e de adaptação às
circunstâncias. “Benevolência e Justiça” são na realidade
depreciados! Que as ideias de qualquer desses jamais
deveria ter existido (diz Lao Tsé) é apenas a evidência da
desordem universal.
Sectários taoístas parecem assumir que a perfeição consiste
na ausência de qualquer perturbação do Fluxo da Ausência-
de-Conhecimento, e isso é muito parecido com a ideia
Budista de Nibbana.
Nós que aceitamos a Lei de Thelema, mesmo que
concorramos teoricamente nesta doutrina, não podemos
admitir que na prática o plano daria certo; o nosso objetivo
é que os nossos Nada, idealmente perfeitos como ele é em
si mesmo, deva divertir-se através da realização de si
mesmo no cumprimento de todas as possibilidades. Todos
esses fenômenos ou “ponto-de-eventos” são igualmente
“ilusão”; Nada é sempre Nada; mas a projeção de Nada na
tela do fenomenal não apenas explica, mas constitui, o
Universo. É o único sistema que reconcilia todas as
contradições inerentes no Pensamento e na Experiência;
p o i s nele “Realidade” é “Ilusão”, “Livre-arbítrio” é“Destino”, o “Eu” é o “Não-Eu” [não existe uma tradução
boa para SELF]; e de tal forma para cada quebra-cabeça da
Filosofia.
Não é tão ruim a analogia com uma peca de cadeia
[sequencia] interminável. Como uma faixa de condução,
você não pode amarrar um nó nisto; todas as
complexidades que você pode maquinar são como os nós
do “Tolo Tom”, e desemaranham-se com o toque
apropriado. Sempre seja Nada ou Dois! Mas a cada novo
rearranjo lança mais luz sobre os possíveis enredos, isto é,
sobre a natureza da própria cadeia. É sempre um “Nada”
quando você retirá-lo[puxa-lo para fora], mas se torna
“Tudo” quando você brincar com isto, pois não há limite
para as combinações que você pode formar a partir dele,
senão só na sua imaginação (onde a coisa toda pertence!) e
que cresce fortemente com a Experiência. Portanto, é assim
que vale a pena realizar-se de todas as maneiras
concebíveis.
A proposição acima, que parecia tão simples como ele
escreveu, demandara profunda meditação e anos de
verificação do aluno médio. – Motta.
É então (você vai dizer) impossível “errar”, uma vez que
todos os fenômenos são igualmente “Ilusões” e a resposta é
sempre “Nada”. Em teoria, dificilmente se pode negar essa
proposição, mas na prática – como direi? “O estado de
Ilusão que por conveniência eu chamo de minha presente
consciência é tal que o curso de ação A é mais natural para
mim que o curso de ação B?”
Ou: A é uma pequena fatia de Nada; A é menos provável de
criar um conflito interno.
Será que serve?
Ofereça a um cão um osso suculento, e um feixe de feno; ele
irá naturalmente pegar o osso, ao passo que um cavalo
poderia escolher o feno. Assim, quando acontecer de você
imagina-se ser uma Senhora Justa que procura a Sabedoria
Oculta, você vem para mim; se você pensar que é uma
Menestrel Negra, você poderia ir tocar banjo, e cantar
canções calculadas para atrair a moeda corrente do Reino a
partir do discernimento Publico!...
A palavra “negro” não tinha naquele momento e na
Inglaterra a pesada conotação emocional que mais tarde
viria a adquirir nos EUA. Também não deve o leitor
pensar que Crowley tinha preconceito de cor, lembre-se
que vários de seus amantes masculinos eram negros, e
que ele escreveu um poema (sob o pseudônimo de ‘Hilda
Norfolk”, para enfatizar a sua passividade no caso e a
brancura de sua pele –”Norfolk” – Nórdica) de êxtase
sexual dedicado a pelo menos um deles. Além disso,
“menestréis negros” eram a ultima moda nas salas de
musical na época, artistas brancos enegrecendo-se com
cortiça queimada para cantar e dançar no disfarce, na
forma que ficou famosa no cinema por Al Jolson. – Motta.
[E se você ainda estiver nervoso com isso, mesmo que
seja você branco no quanto que eu sou realmente negro,
saiba que nigger tem mais em haver com Nigéria, no
sentido de Nigeriano, do que qualquer outra coisa. –
P.G.]
...As duas ações são idênticas em última análise – veja-se
AL I, 22 – e sua percepção deste fato é que faria você uma
Iniciada de muito alto nível; porem no mundo do trabalho
do dia-a-dia, você é “realmente” uma Senhora Justa, deixe
o menestrel acrescer enfermos e velhos e contrate um
garoto órfão para levar o seu banjo!
Agora, então, o que me incomoda é isto: Tenho eu ou não
tenho eu explicado esta questão de “Magick” – “Por que eu
deveria (que apenas ouvi falar dele, pelo menos como um
tema sério de estudo) adquirir um conhecimento de seus
princípios, e dos poderes conferidos pelo seu domínio?”
Devo suborná-la com promessas de saúde, riqueza, poder
sobre os outros, conhecimento, habilidade taumatúrgica,
sucesso em todo mundo da ambição – como eu poderia
honestamente fazer? Espero que não exista essa
necessidade – e no entanto, devo confessar isto? – isto foi
só porque todas as coisas boas da vida, que de repente vi
serem-me inúteis, que eu deu os primeiros passos para a
consecução daquela Sabedoria a qual, enquanto apreciando
ao máximo a “Festa da Vida”, garantiu-me contra o
excesso, veneno, ou interrupção por saber que tudo isto é
um Sonho, e me deu o Poder de transformar esse sonho à
vontade em qualquer forma que aconteça para apelar à
minha Inclinação.
Eu prefiro estar acordado – Motta.
Permitam-me resumir, de forma muito sucinta; como usual,
meu entusiasmo tem seduzindo-me para bordar o meu sábio
discurso com Imagens Poéticas!
Por que você deve estudar e praticar magia? Porque você
não pode deixar de fazer isto, e é melhor fazer isto bem do
que mal. Você esta em terreno arenoso, quer você goste ou
não; por que continuar superando seu movimento, cortando
seu Brassie [Um dos vários modelos de taco de golfe],
afofando seu Niblick [Taco de golfe], puxando o seu Iron,
encaixando seu Mashie e não estando acima com seu Putt –
que é 6, e você não está autorizada a pegar. É muito longe
para o 19º, e o céu de tempestade ameaça antes da noite
iminente. [Todos estes temos foram mantidos em inglês,
porque aqui A.C. faz uma comparação usando termos de
jogadas técnicas do jogo de golfe].
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 3: Hieróglifos: Vida eLinguagem Necessariamente
SimbólicaCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Muito natural, a irritação em seu passado! Você escreve: –
“Mas por quê? Por que todo esse simbolismo elaborado?
P o r que não dizer diretamente o que você quer dizer?
Certamente o assunto é bastante difícil em qualquer caso –
você deve colocar uma máscara para fazer isto claro? Eu
conheço você bem o suficiente até agora para ter certeza de
que você não vai me enrolar com um Pênis-Santo sobre
qualquer besteira, sobre o inefável, sobre a linguagem
humana ser insuficiente para revelar tais mistérios, sobre a
necessidade de construir uma nova linguagem para explicar
um novo sistema de pensamento, é claro que eu sei que isto
tinha de ser feito no caso da química, da matemática
superior, aliás, de quase todos os assuntos técnicos; mas eu
sinto que você tem alguma outra, alguma explicação mais
profunda em reserva.
“Afinal, muito do que eu estou procurando aprender com
você tem sido familiar a muitas das grandes mentes da
humanidade por muitos séculos. Na verdade, a Cabala é
uma linguagem especial, e que é velha o suficiente; não há
muito material novo para ajustar dentro daquela estrutura.
Mas por que, em primeiro lugar, recorrer a este jargão
simbólico?”
Você colocou muito bem,...
Muito bem, na verdade; ele reescreveu para efeitos do
seu discurso. Isso ocasionalmente vai acontecer com suas
longas citações desta e outras cartas de pupilas neste
livro. Os alunos raramente são capazes de escrever tão
convincentemente em tais assuntos, e quando o fazem
escrevem longas cartas como essa que devem ser
desencorajadas; para fazer perguntas longas geralmente
é usualmente uma desculpa para fazer um trabalho curto.
Se algum. – Motta.
...e quando penso nisso, sinto-me longe da certeza de que a
explicação que eu estou a ponto de infligir irá satisfazê-la,
ou mesmo se ela vai reter a água! No último caso, terei que
manter o que estamos justificados pela experiência, pelo
sucesso empírico na comunicação do pensamento que tem
atendido, e continua a atender, os nossos esforços.
Mas para dar uma resposta completa, vou ter que voltar ao
começo, e reafirmar o problema original, e peço que você
não vá pensar que estou fugindo da pergunta, ou adotando o
método irlandês de responde-la com outra, embora eu saiba
que pode soar como se eu fosse.
Deixe-me definir por fora reinteirando nosso problema
original, o que nós queremos é a Verdade, queremos uma
abordagem ainda mais perto da realidade, e queremos
descobrir e discutir os meios adequados para alcançar este
objeto.
Muito bom, vamos começar pela mais simples de todas as
possíveis questões –e a mais difícel – “O Que é nada?” “O
que nos sabemos?” e outras perguntas que brotam
naturalmente dessas.
Eu vejo uma árvore.
Eu ouço isso – farfalhando ou rangendo com o vento.
Eu toco isto – duro.
Eu cheiro isto – acre.
Eu provo isto – amargo.
As duas últimas sensações dependem do tipo de árvore, é
claro. – Motta.
Agora todas as informações dadas por estes cinco sentidos
tem que ser colocadas juntas, embora nem dois concordem
em qualquer sorte de caminho. A lógica pela qual
construímos a nossa ideia complexa de uma árvore tem
mais buracos do que uma esponja.
[Leiam “O ABC da Relatividade”, de B. Russell, para mais
informações. sobre a limitação do conhecimento tendo
como canal apenas os sentidos e não a coisa sentida em si.]
Os parágrafos seguintes devem ser, e foram, mais
atentamente lido por cientistas, por Crowley está
analisando o próprio processo de observação, através do
qual a pesquisa científica é possível, e está analisando-o
afim de mostrar o processo pelo qual nossas mentes
percebem nada fora si mesmas – ou recriam a partir da
memória ou da imaginação. O que ele descreve é uma das
primeiras descobertas de Pratyahara. É profundamente
preocupante, em primeiro lugar, para a mente, por
perceber a fragilidade, a irrealidade por assim dizer, do
processo pelo qual “acessa a realidade”. Mas de que
outra forma você pode estudar o instrumento da
consciência? E se você não conhecer o instrumento o
mais profundamente possível, como você pode usá-lo de
forma eficiente? – Motta.
[Russell descreve isso tudo e muito mais no livro acima
citado. Aliais, tanto Crowley quanto Motta indicavam
veemente o estudo da Obra de Russell]
Mas isso é saltar muito à frente: nos temos primeiro que
analisar a única e simples impressão. “Eu vejo uma
árvore”. Este fenômeno é o que é chamado de “ponto-
evento”. É a união dos dois, o vidente e o visto. É único e
simples, porém nós não podemos conceber um deles como
algo diferente de complexo. E o Ponto-Evento nada diz
sobre um dos dois; ambos, como Herbert Spencer e Deus
sabe quantos outros têm mostrado, incognoscível; ele
representa a si mesmo, isolado e distante. Isto tem
acontecido; isto é a inegável Realidade. Contudo, não
podemos confirmá-la, pois ela nunca pode voltar a
acontecer precisamente da mesma forma. O que é ainda
mais desconcertante é que, uma vez que leva tempo para o
olho transmitir uma sensação à consciência (isto pode
alterar em 1000 maneiras no processo!) tudo o que
realmente existe é uma lembrança do Ponto-Evento. Não o
Ponto-Evento em si mesmo. Qual é então essa Realidade de
que estamos tão seguros? Obviamente, não tem um nome,
uma vez que isso nunca aconteceu antes, ou pode acontecer
de novo! Para discutir isto no todo, temos de inventar um
nome, e esse nome (como todos os nomes) pode
eventualmente não ser nada mais que um símbolo.
Mesmo assim, como tantas vezes apontado, tudo que
fazemos é para “registrar o comportamento dos nossos
instrumentos”. Também não estamos muito melhor quando
tivermos feito isso; pois o nosso símbolo, referenciando-se
a um fenômeno único em si mesmo, e não para ser
apreendido por outro, pode não significar nada para os
vizinhos. O que acontece, claro, é que semelhantes, embora
não idênticos, Pontos-Eventos acontecem a muitos de nós, e
assim somos capazes de construir uma linguagem
simbólica. Minha memória da misteriosa Realidade
assemelha-se o suficiente para induzir-nos a concordar que
ambos pertencem à mesma classe.
Mas deixe-me além disso perguntar a você para refletir
sobre a formação da própria linguagem. Exceto no caso de
palavras onomatopeicas...
Palavras que descrevem coisas, imitando o som de tais
coisas, como “miau” para o miar de um gato ou ‘bang’
para uma explosão. Pedimos desculpas para a introdução
de tais explicações ao longo do tempo, mas o leitor culto
é uma raridade nos dias de hoje, e deve ponderar os
maravilhosos efeitos da educação “socialista” ou
“progressista” moderna na mente de uma pessoa
mediana. Chegar a um palmo do dicionário pode afetar a
atenção de tal pessoa mais do que ele ou ela possa
suportar sem perder o ponto do que está sendo lido. Este
longo pedido de desculpas provavelmente terá o mesmo
efeito, mas ela está sendo feita apenas uma vez. – Motta.
[Isso foi proposital, claro, mas sutil!]
...e alguns outros, não há conexão lógica entre uma coisa e
ao som de nosso nome para ela. “Bow-wow” é um nome
mais racional do que “cachorro”, que é uma mera
convenção acordada pelo Inglês, enquanto outras nações
preferem chien, hund, cana, kalb kutta, e assim por diante.
Todos os símbolos, você vê, minha querida criança, não é
bom para seu retrocesso!
Mas não para por aí. Quando tentamos transmitir o
pensamento por escrito, somos obrigados a sentar-se
solidamente, e construir uma santa Cabala do nada. Por que
uma curva aberta para a direita, o som como o oceano,
aberto na parte superior, como você? E todas essas letras
arbitrárias e simbólicos são combinadas apenas como
simbólicos e dispositivos arbitrários para assumir
significados convencionais, e estas palavras combinaram
novamente em frases por um processo não menos
despótico.
E depois a sabedoria popular quer saber como é que pode
haver erro e mal-entendidos na transmissão de pensamentos
de uma pessoa para outra! Em vez considerá-la como uma
intervenção miraculosa da Providência, quando até mesmo
uma das mais simples ideias “atravessa”. Agora então,
sendo assim, isto é evidentemente bom senso para a
construção de um alfabeto próprio, com uma definição
própria muito precisa, a fim de lidar com um tema abstruso
e técnico como Magick. As palavras “ordinárias” como
Deus, eu, alma, espírito e o restante que têm sido usado por
muitas milhares de vezes de tantas mil maneiras,
usualmente por escritores que não sabiam ou não se
importavam com a necessidade de definição, que usa-los no
dia-a-dia em qualquer ensaio científico é quase ridículo.
Isso é tudo, por agora, irmã; não mais de suas críticas, por
favor; sente-se quieta com o seu 777, e consiga isso pelo
coração!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 4: A Cabala: O MelhorTreinamento para a Memória
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Agora você deve aprender Cabala. Aprenda este Alfabeto
d e Magick. Você deve tomá-lo em confiança, como uma
criança que faz o seu próprio alfabeto. Ninguém nunca
descobriu o motivo da ordem das letras ser asso,.
Provavelmente não há qualquer resposta.
A resposta é simplesmente que desde o início as cartas
foram associadas com números, e todo um sistema inteiro
de lógica simbólica entrelaçado saiu dele. Qualquer
outro sistema, desde que seja coerente em si mesmo,
serviria – cf Russell & Whitehead sobre isso em Principia
Matemática. A vantagem da Cabala é que ela tem sido
usada há tanto tempo que todo um sistema de arquétipos
tornou-se associado a ela. Esses arquétipos têm os seus
duplos [contrapartes] em outras culturas, como era de se
esperar: os princípios gerais do medicamento podem ser
usados para curar qualquer variante da espécie humana,
e não importa o quanto um ser humano possa ser
diferente de outro – alguns quase se parecem com
macacos, e alguns quase se comportam como macacos,
mesmo que eles não se pareçam com símios – todos eles
pertencem à mesma espécie. A Cabala não foi,
obviamente, inventada pelos próprios Judeus. Eles
tiveram-na, em parte, dos babilônios, em parte, dos
assírios, em parte dos egípcios. Mas a Cabala prática,
que Crowley esta especificamente falando, foi
desenvolvida na Idade Média da Europa por um grande
gênio judeu, Maimônides, em um esforço para provar aos
Crististas que eles e os israelitas tinham uma herança em
comum da compreensão espiritual com as assim
chamadas tribos bárbaras da Europa e a sabedoria do
Islã e do Extremo Oriente. Maimonides teve ajuda, claro,
ao fazer isso, mas merece todo o crédito por dar impulso
a este esforço para combater o horror e o ódio escondido
por trás da falsa mensagem de “amor” dos Crististas.
Como todas as coisas que têm valor para a humanidade
além da geração de uma vida, a Cabala mudou e cresceu
com os séculos. A chamada “Qabalah de Aleister
Crowley”, não é, naturalmente, de Aleister Crowley, mais
do que a física moderna pertence a Einstein. Sem o
trabalho de Newton, eo trabalho de todos aqueles que
vieram antes dele, onde Einstein estaria? E onde
estaríamos sem Einstein e Aleister Crowley? – Motta.
[Os modernos podem assistir ao filme ÁGORA para ter
uma leve noção do que é a intolerância cristista...]
O parágrafo a seguir foi cortado pelo Sr. Regardie em
sua “edição”, por razões relacionadas com a pura
ganância. O paragrafo chama a atenção para os esforços
de Crowley em decifrar os mistérios do Yi Jing, e Helen
Parsons Smith tinha acabado de colocar pra fora sua
própria “edição” deste Livro. Em vista do fato de que as
alegações do Sr. Regardie de que ele teve os melhores
interesses de Crowley quando ele começou a piratear o
trabalho de Crowley, e tendo em vista o fato de que a Sra.
Parsons-Smith, embora não seja autorizada a publicar
material da O.T.O., foi de pelo menos um membro da
O.T.O. (algo que o Sr. Regardie nunca foi e nunca será), é
interessante que ela deveria ter tentado dificultar, ao
invés de ajudar, o seu esforço. Mas o Mago trabalha de
maneira sutil para realizar suas maravilhas, e a ganância
e mesquinhez de ladrões podem, eventualmente,
contribuir para o benefício dos verdadeiros seguidores.
Veja Equinócio V, Nº 3, publicado pela O.T.O., anunciado
no final deste volume. – Motta.
Se você soubesse o que estou enfrentando no Yi King! A
ordem dos sessenta e quatro hexagramas. Estou convencido
de que isto é extremamente significativo, que isto implica
em um sublime sistema de filosofia. Eu tenho agora o
suficiente para ter absoluta certeza de que há um ritmo
necessário; e isso está me matando por milímetros,
encontrando por que cada par sucede o anterior. Perdoe
essas lágrimas!
Mas o nosso Alfabeto Mágico não é primariamente letras,
m a s figuras, não sons, mas ideias matemáticas. Sir
Humphrey Davy, que saindo de sua famosa iluminação (que
ele entrou com alguma ajuda do Óxido Nitroso) exclamou:
O Universo é composto apenas de ideias. Nós, analisando
isso um pouco, diremos: O Universo é uma expressão
matemática.
É claro, o Universo não é necessariamente nada do tipo.
Seria melhor para expressar ambos os discernimentos
deste modo: “Uma determinada região da mente humana
pode compreender o Universo apenas como ideias”, e “A
constituição da mente humana tende para a investigação
do Universo através de processos matemáticos”. Esta,
por sinal, está em conformidade com os próprios
pareceres de Crowley. Estamos na necessidade extrema
de comunicação com outras formas de vida inteligente,
nesta fase, não há outra maneira de enriquecer nossas
experiências. Podemos começar por tentar os cetáceos,
apesar de estarem tão perto de nós geneticamente. Eles
são extremamente inteligentes, mas nunca tentaram
desenvolver uma tecnologia, se adaptam ao seu ambiente,
em vez de tentar mudá-lo, têm sido persistentemente
prejudicados por nós, e ainda persistem em manter-se
amigáveis com os bípedes incômodos. Uma explicação de
suas motivações podem ampliar a nossa concepção do
Universo de uma forma de transcender todas as filosofias
e especulações científicas até o momento. – Motta.
Sir James Jeans poderia ter dito isso, apenas o seu
banqueiro aconselhou-o a ganhar dinheiro com Deus...
Sir James Jeans foi um físico e professor, um
contemporâneo de Eddington, e escreveu alguns livros de
muito clara explicação da física para o leigo. A obra
literária de Eddington foi, no entanto, muito superior em
conteúdo. – Motta.
...A forma mais simples dessa expressão é 0 = 2, em outro
lugar expôs isso detalhadamente...
Veja a Carta 5. Mas isto também esta em praticamente
todas as outras Cartas deste livro, e é a base da ontologia
de Crowley. – Motta.
...Este 2 em si pode-se expressar em um número
infinitamente grande de formas. Todos os números primos,
incluindo alguns que não na série de “números naturais”, é
um indivíduo. Os outros números, com talvez algumas
pequenas exceções (por exemplo, 418) são compostos de
seus primos.
Cada uma dessas ideias pode ser explicada, investigada e
compreendida por meios muito diversos. Em primeiro
lugar, os números Hebraico, Grego e Árabe também são
letras. Em seguida, cada uma dessas letras é ainda descrita
por um dos (arbitrariamente compostos) “elementos da
Natureza; os Quatro (ou Cinco) Elementos, dos Sete (ou
Dez) Planetas, e os Doze Signos do Zodíaco.
Como ele próprio diz, a composição dessas ideias é
arbitrária, embora muito provavelmente fosse o produto
da “investigação astral” por parte de Maimônides e seus
colaboradores. Entre outras coisas, podemos considerar
“Sete Elementos”, seguindo a tradição Hindu-Tibetana
esotérica, ou, como ele próprio diz, Dez Planetas
(incluindo a Lua), ao invés de apenas sete. O ponto é que
as tentativas de introduzir esses pensamentos na Árvore
parecem ser bem sucedidos. De certa forma, a Cabalística
Árvore da Vida prova-se por tais adições, que complicam,
mas harmonizam o todo. Há nisto um paralelo com a
tabela periódica dos elementos, mas isto, até agora,
mostrou-se extremamente útil para os místicos e mágicos.
Não se deve, contudo, exagerar essa utilidade, a ponto de
cair na ilusão de que a Cabala é “divinamente
ordenada”. Lembro de uma conversa no Brasil com Oskar
Schlag (que tinha vindo para me sentir para o Shin Beth
ou o Vaticano ou a CIA ou, mais provavelmente todos os
três de uma vez) em que ele protestou contra a inversão
de Crowley do Imperador e da Estrela na Árvore,
implicando que era “pouco ortodoxo”. Sugeri a ele que
os Mestres manipulam a Arvore para seus próprios fins
de vez em quando, principalmente quando os Aeons se
sucedem, e ele ficou muito indignado com isso.
Aparentemente, ele estava sob a ilusão de que ainda há
mais um mandamento de Moisés ou aquele “Tu não
trapacearas com a Árvore”. Dogmatismo para seu
próprio bem é sempre a marca do pedante, o pensador
superficial, o hipócrita ou o teólogo. O famoso muro de
Robert Frost é muitas vezes construído em sua mente. –
Motta.
Todas estas são arranjadas em um desenho geométrico
composto por dez “Sephiroth” (números) e 22 “caminhos”
se juntando a eles; este é chamado de Árvore da Vida.
A referência, claro, é ao Gênesis, e é interessante ver
Adão, depois de tantos séculos, supostamente, ainda
tentando lutar com os segredos que Jeová guarda do céu,
seguindo o conselho da serpente. Ou eles vão colocar a
culpa na Eva novamente? De qualquer forma, não é de
admirar os inquisidores Crististas queimado tantos
cabalistas Judeus vivos. Imagine-se que estes mártires
eram frequentemente denunciados por seu próprio povo,
pois se não eram hereges, eles eram certamente
“satanistas”. Se quer saber, qualquer um deles levantou a
objeção de que a lei foi feita para o homem, e não o
homem para a lei, e que bom que fez eles assim fizeram. –
Motta.
Toda ideia, seja qual for, pode ser e deve ser atribuída a
um ou mais destes símbolos primários; assim verde, em
diferentes tons, é uma qualidade ou função de Vênus, da
Terra, do Mar, de Libra, e outros. Assim também as ideias
abstratas; desonestidade significa “um Mercúrio aflito”,...
Imaginamos que Mercúrio estava terrivelmente
precisando de pesadas doses de Valium no horoscopo do
Sr. Regardie! – Motta.
...generosidade um bom, embora nem sempre forte, Júpiter;
e assim por diante.
A Árvore da Vida tem que ser aprendida de cor, você deve
conhecê-la para trás, para frente, de lado, e de cabeça para
baixo, deve tornar-se o fundo automático de todos os seus
pensamentos. Você deve manter pendurada tudo o que vem
em seu caminho no ramo apropriado [da Árvore da Vida].
Na primeira, claro, tudo isto é terrivelmente confuso, mas
persista, e o tempo virá em que todos os pedaços ímpares
se ajustam no quebra-cabeça – e você contempla – com que
adorante maravilha! – a maravilhosa beleza e simetria do
sistema Cabalístico.
E então – o que é uma arma que você vai ter forjado!
Qual poder de analisar, por em ordem, para manipular o
seu pensamento!
As seguintes seis parágrafos de Crowley que foram
extirpados pelo Sr. Regardie, só ele – e talvez o Senhor –
saiba o por quê. Muito coloquial sobre o coisas
“sagradas”? – Motta.
E lembre-se quando as pessoas cumprimentá-la por sua
memória ou clareza do seu pensamento, de dar crédito à
Cabala!
Isso é bom, parece-me ouvi-la ronronar, parece uma
adorável máquina. O projeto é apenas elegante; esse
alfinete de seu chalé é perfeitamente suave.[Muitas das
expressões do cotidiano Inglês não tem muito sentido para
nós. Mas foi o que ele escreveu, ou me engano: “that scarf-
pin of yours is perfectly sweet”].
Há somente um ponto: como fazer a maldita coisa
funcionar?
Ah sim, como aquele no Apocalipse, o ferrão esta no seu
rabo.[Tail, gíria pra rabo no sentido de bunda mesmo].
Honestamente, você não precisa se preocupar; isto funciona
sobre rolimãs, e há sempre aquelas “Treze Fontes de
Magnifico Óleo escorrendo pela barba do Macroprosopo”
no caso de ranger um pouco no início. Mas sério, toda a
matemática que você precisa é simples Adição e
Multiplicação.
“É!” Você rudemente responde. “Isso é o que você pensa;
mas você não tem começado muito longe na Cabala!”
Muito verdadeiro, irmã.
O Livro da Lei mesmo insiste no fato de que ele contém
uma Cabala que foi além de mim no momento de sua
ditação, é além de mim agora, e sempre estará além de mim
n e s t a encarnação. Deixe-me direcionar sua atenção
espiritual para AL I, 54, I, 56, II, 54-55; II, 76, III, 47.
Agora não era compreensível o suficiente no momento para
me assegurar de que o Autor do Livro saiba Cabala pelo
menos tanto quanto eu: eu descobri posteriormente mais do
que suficiente para tornar certo e sem erro que ele conhecia
muitíssimo mais, e que de uma ordem totalmente superior
do que eu sabia e, finalmente, como lampejos de luz e com
o tempo e o estudo desesperado ter me jogado em muitas
outras passagens obscuras, não deixou nenhuma dúvida em
minha mente que de ele é de fato o Cabalista supremo de
todos os Tempos...
Mas por favor, não deduza que Aiwass é “Deus”, e que a
Cabala – especialmente a Thelêmica – (Ah, não a Eva,
não!) é uma dádiva direta de “Deus” para Adão, ou você
vai seguir os Srs. Schlag e Begin na lixeira da idolatria.
O Sr. Regardie parece, por enquanto, ter evitado pelo
menos este erro, que pode dar origem a uma máxima.
Melhor um ladrão do que um fanático...? De qualquer
maneira, os oito parágrafos seguintes foram novamente
extirpados pelo Sr. Regardie, talvez porque eles ensinam
o leitor a descobrir sua própria Cabala, e assim não
depender de “cabalistas” do nível do Sr. Regardie para
sua “orientação”. Eles também mostram muito bem onde,
como e sob cujos conselhos ele aprendeu a pouca Cabala
que sabia. – Motta.
“Eu perguntei-lhe como trabalhar com isso”.
Não seja tão rabugenta, ranzinza e impaciente; seu zelo é
louvável, mas está perdendo o seu próprio tempo por
apressar-me.
Bem, quando você tiver esse Alfabeto dos Números (em
sua forma própria) absolutamente de coração, com tantos
conjuntos de atribuições como você pode cometer a
memória sem se confundirem, você pode tentar alguns
exercícios fáceis, começando com o passado.
(“Como muitos conjuntos de atribuições?” – Bem,
certamente, os alfabetos Hebraico e Grego com os nomes e
números de cada letra, e seu significado: um par de listas
dos nomes de Deus, com uma ideia clara do caráter,
qualidades, funções e importância de cada um; a “Escala do
Rei” das cores, todas as atribuições do Tarô, é claro; em
seguida, animais, plantas, drogas, perfumes, uma lista ou
duas de arcanjos, anjos, inteligências e espíritos – que deve
ser suficiente para começar.)
Agora você está armada! Pergunte-se: porque é que a
influência de Tiphareth transmitida a Yesod pelo Caminho
de Samekh, um suporte, 60, Sagitário, o Arqueiro, Arte,
azul – e assim por diante; mas para Hod pelo Caminho de
Ayin, um olho, 70, Capricórnio, o Bode, o Diabo, Índigo,
etc.?
Ou Crowley ou um secretário aparentemente escorregou
aqui, pois Samekh é um “suporte” [ou estaca, escora,
esteio], não uma “cerca”. É verdade que há certas
analogias importantes entre as duas letras; no entanto,
estas estão fora de discussão no presente trabalho
público. – Motta.
[Nota de S.R. – Se houve erro, vide A Visão e a Voz, o
Chamado do 28º Aethyr; Liber 58, e outros lugares]
Treze é o número de Achad [dx’a], Unidade [Na verdade
“unidade” é um desdobramento da interpretação dada. A
pronuncia é ech_d e seus significados LITERAIS são Um (o
numero cardinal) e Alguém (Como sendo qualquer pessoa)]
e Ahebah [hb’h]a;;] - pronuncia-se: ahavah, mas a
“marcação” silábica embaixo da letra Beth faz ela ter o
som de “Vê”, daí a aparente contradição], o Amor, então
que palavra deve surgir quando expandi-la pela Díade
Criativa, e obter 26; que quando você multiplica isso por 4,
e tem 52? Então, suponha que o pentagrama fique ocupado,
13 x 5 = 65, e depois?
[Em breve teremos disponível um excelente curso de
Língua Hebraica com material didático e áudio, que espero
que seja de grande auxilio, assim como o foi para mim,
para se entender um pouco mais do assunto. Crowley usava
muito as palavras em cheio, ou seja, mais seu valor
numérico do que sua pronuncia que importava, e para tal
não se usa os massoretes e demais traços e pontinhos
embaixo de cada letra Hebraica, o que muda, as vezes, em
muito o som de uma mesma palavra. Em resumo, como isso
não faz diferença na Cabala, Crowley buscou facilitar as
coisas. Então, a divergência não é por erro ou ignorância,
mas sim por simplificar as coisas e usar somente o que é
necessário. Mas para tal, o logico é que se aprenda o
mínimo para depois sim poder purgar o que realmente pode
não precisar.]
Agora você não se atreva a se voltar rastejando até mim
para as respostas; trabalhe isto você mesma sobre que sorte
de palavras que deveriam ser, e então cheque seu
resultado, olhando por cima daqueles números no Sepher
Sephiroth: O Equinócio Vol. I, n º 8, Suplemento.
Quando você for uma verdadeira Adepta em todos estes
b e m conhecidos cálculos “prepare-se para entrar na
Imensurável Região” e cavar o desconhecido.
Você deve construir a sua própria Cabala!
Isso não significa que você deva construir uma nova
Árvore da Vida: ele quer dizer que você deve construir
seu próprio dicionário de palavras e números que
compõem a Árvore da Vida, que sejam especialmente
importantes para você, e as correspondências
cabalísticas especialmente úteis. Os parágrafos seguintes
elucidam este ponto. – Motta.
[Pra infelicidade todos isso foi profético, pois criaram
uma nova Arvore, aliás, todo ano inventam uma nova....]
Ninguém pode fazer isso por você. Qual é o seu próprio
número de verdade? Você deve encontrá-lo e prová-lo ser
correto. No decorrer de alguns anos, você deveria ter
construído a si mesma um Palácio de Inefável Glória, um
Jardim de Indescritível Deleite...
Todos estes foram termos aplicados em tratados
cabalísticos ou filosóficos e coleções de poesias árabes e
hebreias da Idade Média. – Motta.
...Nem Tempo nem Fatalidade pode domar aquelas torres
tranquilas, os Minaretes da Música, ou devanescer-se um
florescer nessas avenidas do Perfume!
Humpf! Desagradável para mim: Mas que acabou preso a
mim que poderia ser tão bom se você fizer uma Sepher
Sephiroth de você mesma! O que é positivamente uma coisa
bestial para sugerir! No entanto, eu sugerirei isto.
Depois de tudo, é bastante simples. Cada palavra que você
s e deparar, acima some-a, abaixo desmembre e confronte
aquele número em um livro destinado a esse fim.[Analise a
palavra cabalisticamente] Isso pode parecer entediante e
bobo; por que você deve fazer novamente todo o trabalho
que já fiz por você? Razão: simples. Fazendo isso vai te
ensinar Cabala como nada mais poderia. Além disso, você
não vai ficar toda confusa com as palavras que não
significam nada para você, e se acontecer de você querer
uma palavra para explicar um número específico, você
pode procurá-la em meu Sepher Sephiroth.
Por esse método, também, você pode encontrar uma rica
veia de palavras suas mesma que eu tenho absolutamente
evitado.
Sem dúvida, um Verdadeiro Grande Professor teria dito:
“Acautele-se! Use meu Dicionário, e apenas o meu! Todas
os outros são falsos!” Mas então eu não sou um R.G.T.
desse tipo [R.G.T. Really Great Teacher – para manter o
trocadilho do original em inglês].
Indubitavelmente uma das razões pelas quais ele morreu
pobre, o que não será o caso com o Sr. Regardie. – Motta.
Para começar, é claro, você deve colocar as palavras que
são obrigadas a entrar em seu caminho em qualquer caso:
números como 11, 13, 31, 37, e seus múltiplos, os nomes
de Deus e os anjos principais; os nomes planetários e
geomânticos, e seu próprio nome privado e particular com
suas derivações. Depois, deixe que o seu trabalho sobre o
Plano Astral guie-la. Ao investigar o nome e outras
palavras comunicadas a você através de seres que você
encontra lá, ou invoca, muitos mais virão em suas conexões
apropriadas. Muito em breve você terá um pequeno e
agradável Sepher Sephiroth pessoal [de sua própria
confecção]. Lembre-se por fim, acima de tudo, a coerência.
Isto é uma prática excelente, mas o caminho, para fazer
alguns cálculos mentais na sua caminhada, adquirir o hábito
de somar todos os nomes que vier a você através de sua
leitura matinal. Nietzsche observou bem que os melhores
pensamentos vêm caminhando; e isso aconteceu comigo,
mais de uma ou duas vezes, em que as correspondências
realmente importante tem vindo, como uma lanterna, quando
eu estava forrando o velho casco[colocando os sapatos].
Você deve ter notado que nesta curta exposição eu limitei-
me a Gematria, a relação direta entre número e palavra,
omitindo qualquer referência ao Notariqon, a maldita arte
de fazer palavras fora de suas iniciais, como (na vida
profana) a Wren e a Gestapo e sua horrível ninhada, ou pro
Temurah, a arte de alterar a posição das letras em uma
palavra, uma espécie de cifra; pois estas são quase sempre
frívolas. Para a base de qualquer cálculo sério eles seriam
um absurdo.
No entanto, estes são o entretenimento favorito dos
Cabalistas Judeus “ortodoxos”. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
P.S. Você deve estudar O Equinócio Vol. I, Nº 5, “O
Templo de Salomão, o Rei” para uma exposição mais
elaborada da Cabala.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 5: O Universo: A Equação0=2
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Sim, eu admito tudo! É tudo culpa minha. Olhando meus
escritos anteriores vejo que minha única tentativa para
estabelecer uma sonora antologia foi na minha precoce e
atrapalhada brochura Berashith. Desde então, pareço ter
mantido a suposição de que todo mundo sabia tudo sobre
ela, referindo-se a ela, citando-a, mas nunca me sentei
seriamente para demonstrar a tese, ou mesmo para declará-
la em termos definidos. O Capítulo 0 de Magia em Teoriae Prática patina suavemente sobre ela, o “Arranjo de
Nápoles”, em O Livro de Thoth a evita com engenho
realmente diabólico. Pergunto-me por que. Isso é
excessivamente estranho, porque cada vez que eu penso na
Equação, estou excitado com um afiado brilho de satisfação
que este sempiterno enigma da Esfinge deveria ter sido
respondido por ultimo.
Então me deixe agora dar-me o prazer, e a você o conforto,
informando o problema desde o seu início, e provar a
solidez da solução – mostrando que a contradição dessa
equação é impensável. – Você está pronta? Avante! Reme!
Leitores seriamente interessados na filosofia Thelêmica –
e refiro-me aqueles que querem viver por ela – devem
prestar atenção a esta manifestação. Todo o conceito de
Θελημα brota dela. O que se segue é uma espécie de
comentário estendido sobre AL I, 28-30, 45-46, II, 66, III,
19-20. – Motta.
1. Nós somos conscientes.
2. Não podemos duvidar da existência (seja “real” ou
“ilusória” não fazem diferença) de qualquer coisa, porque
duvidar em si mesmo é uma forma de conscientização.
3. Nós amontoamos junto tudo aquilo que nós estamos
cientes sobre o conveniente nome de “Existência”, ou “O
Universo”. Cosmos não é tão bom para este proposito;
aquela palavra implica “fim” [Order no original em inglês
foi usada para dar a ideia de algo sequencial, ordenado,
com um começo, meio e fim], que no atual estágio de nossa
argumentação, é uma mera suposição.
4. Nós tendemos a pensar no Universo como contendo
coisas que nós não estamos cientes, mas isso é totalmente
injustificável, embora seja difícil pensar em tudo sem fazer
alguma suposição desse tipo. Por exemplo, um pode vir em
cima com um novo ramo do conhecimento – digamos,
histologia ou Hamurabi ou a língua do Iroquois ou os
poemas do Hermafrodita de Panormita. Parece estar tudo
pronto lá esperando por nós; nós simplesmente não
podemos acreditar que estamos fazendo tudo isso à medida
que avançamos. Por tudo isso, isto é completo sofisma; nós
podemos meramente estar desenrolando o conteúdo de
nossas próprias mentes. Então, novamente, fará uma coisa
deixar de existir se a esquecer? A resposta é que não se
pode ter certeza.
O leitor é lembrado de que muitos estados de insanidade
– entre os quais se deve incluir definitivamente o
fanatismo religioso – giram precisamente ao redor desses
pontos. – Motta.
Pessoalmente, sinto-me convencido da existência de um
Universo fora da minha própria consciência imediata;
porem é verdade, mesmo assim, que não existe para mim a
menos e até que ele tome seu lugar como parte da minha
consciência.
Este argumento foi adicionado para tentar expandir a
consciência, e por não ser muito auto-satisfeita. Eu posso
não estar ciente de que um avião supersônico está vindo
em minha direção por detrás de mim; ele não pode existir
para mim até o momento em que ela reduzir-me a uma
chuva de pedaços coloides quebrados – mas ele então
prova a sua existência de uma maneira muito profunda, e
serei até mais idiota do que o tolo médio se eu o chamar
de “mau” ou “satânico” seu eu morrer, ou o chamar de
“A Vontade de Deus”, que é simplesmente outro modo de
exprimir o meu idiotismo que me guardou no caminho do
avião em primeiro lugar. – Motta.
5. Todo este parágrafo D é na natureza de uma digressão,
para que você possa pensar sobre tudo isto e não consiga
tocar todo o argumento desta carta. Mas isto tinha que ser
colocado, apenas para evitar da sua mente levantar
objecções irrelevantes. Deixe-me continuar, então, a partir
de C.
6. Algo é. (Você deve ler “O Soldado e o Corcunda” no
Equinócio I 1). Este algo aparece incalculavelmente vasto
e complexo. Como isso chegou a ser assim?
Este, resumidamente, é o “Enigma do Universo”, que tem
sido sempre a primeira preocupação de todos os filósofos
sérios desde que os homens começaram a pensar em tudo.
7. A ortodoxa resposta idiota, usualmente envolta em
termos obscuros, na esperança de esconder do inquiridor o
fato de que não é uma resposta para tudo, mas uma evasão,
é: Deus criou isto.
Então, obviamente, quem criou Deus? Às vezes temos um
Demiurgo, um Deus criador por trás que é uma Grandeza
eternamente informe – [ou] qualquer coisa para confundir a
questão!
Às vezes o Universo é suportado por um elefante, ele, por
sua vez, por uma tartaruga... por esse tempo espera-se que o
inquiridor esteja muito cansado e confuso para perguntar o
que sustenta a tartaruga.
Às vezes, um grande Pai e Mãe cristalizam-se fora de
alguma enorme confusão nublada de “Elementos” e assim
por diante. Mas ninguém responde à questão; pelo menos,
nenhuma dessas mulas inventam Deus, com as suas mentes
incuravelmente banais.
8. Filosofia séria sempre começou por descartar todas
essas puerilidades. Tem necessidade de ser dividida nas
seguintes escolas: a Niilista, a Monista, e a Dualista.
9. A última delas é, na superfície, a mais plausível; pois
quase a primeira coisa que nós notamos em inspecionar o
Universo é o que as escolas Hindus chamam de “os Pares
de Opostos”.
Isso também é muito conveniente, porque se presta tão
prontamente para a teologia ortodoxa; por isso temos
Ormuzd e Ahriman, os Devas e os Asuras, Osíris e Set, et
cetera e tal, personificações do “Bem” e “Mal”. Os
inimigos podem ser razoavelmente alinhados; porem mais
frequentemente o conto fala de uma revolta no céu. Neste
caso, o “Mal” é temporário; em breve, especialmente com a
ajuda financeira do devoto, o “diabo” será “lançado no
abismo” e “os santos reinarão com Cristo em glória para
sempre e sempre, Amém”! Geralmente um “redentor”, um
“Deus morrendo”, é necessário para garantir a vitória para
a Onipotência; e isso é usualmente o que os meninos
vulgares podem chamar de uma “história tocante”!
[É preciso avisar que ele esta sendo irônico?]
10. A escola Monista (ou Advaitista) é por sua vez mais
sutil e refinada; esta parece se aproximar da realidade
última (ao contrário do exame superficial da Dualista)
ma i s cautelosamente. Parece-me que esta doutrina é
baseada em um sorites de validade duvidosa...
“Sorites” é uma palavra da lógica formal: ela significa
uma cadeia de argumentos nos quais um depende do outro
para conseguir uma conclusão. – Motta.
...Para dizer a você a terrivelmente vergonhosa verdade, eu
odeio essa doutrina tão furiosamente que mal posso confiar
em mim mesmo para apresentá-la o bastante! Mas vou
tentar. Enquanto isso, você pode estudar isso nos
Upanixades, no Bhagavad-Gita, em O Enigma do Universo
de Ernst Haeckel, e dezenas de outros clássicos. O dogma
aparece para animar estes patetas de ditirambos. Eu tenho
que admitir “a poesia” da ideia, mas há algo em mim que
veementemente a rejeita com violência excruciante e
vingativa. Possivelmente isso ocorre porque parte do nosso
próprio sistema corre em paralelo com as primeiras
equações deles.
[Esta passagem pode dar a impressão de ser o lamento de
u m homem sincero e meio enciumado. Mas eles só
“entendiam metade da equação”... – Frater S.R.]
11. O Monista percebe clara e corretamente que seja
absurdo responder à pergunta “Como essas Muitas coisas
(da qual somos conscientes) vieram a ser?” dizendo que
elas vieram de Muitos; e “Muitos”, neste conexão incluem
Dois. O Universo, por isso, deve ser um fenômeno único:
faça-o eterno e todo o resto dele – isto é, retire todo o
limite de qualquer espécie – e o Universo explica-se.
Como pode então os Opostos podem existir, como
observamos o que eles fazem? Ele não é a mesma essência
do nosso Sorites original de que Muitos deve ser redutível
à Um? Eles veem quão desajeitado isto é; portanto “o
diabo” da Dualista [Escola Dualista] é emulsionado e
evaporado na “ilusão”; que eles chamam de “Maya” ou
algum termo equivalente.
A “Realidade” para eles compõe-se sozinha de Brahman, o
S e r supremo, “sem quantidade ou qualidade”. Eles são
compelidos a negá-la todos os atributos, até aquele da
Existência; pois fazê-lo imediatamente os limitaria, e assim
o lançaria apressadamente atrás do Dualismo. Todo aquele
dos quais somos conscientes deve possuir obviamente
limites, ou ele não pode ter nenhuma significação
inteligível para nós; se quisermos um “porco”, devemos
especificar as suas qualidades e quantidades; no mínimo,
devemos ser capazes de distingui-lo “daquilo-que-não-é-
porco”.
Mas – um momento, por favor!
12. Há um perigo no Advaitismo muito fascinantemente
perigoso, isto é que, até certo ponto, “Experiência
Religiosa” tende a apoiar esta teoria.
Uma palavra sobre isto. Mentes vulgares, como estão
felizes com um Deus pessoal, Vishnu, Jesus, Melcarth,
Mitras, ou outro, muitas vezes excitam a si mesmo – chame-
lo de “Entusiasmo Energizado” se você quer ser sarcástica!
– a ponto de ter visões reais do objeto de sua devoção. Mas
essas pessoas não se perguntam muito sobre a questão
original do “Como acontece?” o que é nosso assunto
presente. Varrê-los para o descarte!
13. Além de Vishvarupadarshana, a visão da Forma de
Vishnu, que corresponde no sistema de classificação Hindu
ao nosso “Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo
Guardião”, é a chamada Atmadarshana, a visão (ou
apreensão, uma palavra muito melhor) do Universo como
um único fenômeno, fora de todas as limitações, quer de
tempo, espaço, causalidade, ou o quê não.
Muito bem, então! Aqui estamos com realização direta da
teoria Advaitista do Universo. Tudo se encaixa
perfeitamente. Além disso, quando digo “realização”, eu
quero que você entenda que eu quero dizer o que eu digo
em um sentido tão intenso e tão absoluto que é impossível
saber o meu significado para quem não passou por essa
experiência (Tenho discutido este assunto e os pontos
seguintes muito plenamente no Livro 4 Parte I).
Veja Yoga e Magick, pp. 47-66. – Motta.
Como podemos julgar a “realidade” de uma impressão
c omum sobre a consciência? Principalmente pela sua
intensidade, pela sua persistência, pelo fato de que ninguém
pode argumentar-nos para fora de nossa crença nela. Como
as pessoas disseram do “Idealismo” de Berkeley – “seus
argumentos são irrefutáveis, mas falham ao trazer
convicção”. Nem céticos, nem consultas idealistas podem
nos convencer de que um pontapé nas calças não é “real”
em nenhum sentido razoável da palavra. Além disso, a
memória nos assegura disso. Por mais vívido que um sonho
possa ser no momento, ele pode persistir ao longo dos anos
(embora seja raro para qualquer sonho, a menos que
frequentemente repetido, ou ligado a impressões despertas
por alguma feliz conjunção de circunstâncias, para
permanecer muito tempo na mente com uma clara visão) e
quase nunca é confundido como um evento da vida real.
Bom: então, como o despertar da vida é sonhar, portanto –
sim, assim mesmo! – está a Experiência Religiosa como
acima descrita para aquela vida comum a todos nós. Não é
simplesmente fácil, é natural, não é simplesmente natural,
mas inevitável, para alguém que experimentou “Samadhi”
(esta palavra convenientemente agrupa os mais altos tipos
da visão. “Visão” é uma palavra terrivelmente ruim para
isso, “trance” é melhor, mas os idiotas sempre misturam
isso com hipnotismo) considerar a vida normal como
“ilusão” pela comparação com este estado no qual todos os
problemas são resolvidos, todas as dúvidas jogadas fora,
todas as limitações abolidas.
Mas para além do Atmadarshana vem a experiência
chamada de Sivadarshana, (Possivelmente quase idêntico
com o Budista Neroda-Samapatti.),...
Ele é idêntico. As supostas diferenças são apenas o
resultado de um condicionamento cultural ou religioso. –
Motta.
...em que este Atman (ou Brahman), este limite-destruidor
Universo, é ele próprio abolido e aniquilado.
(E, com sua ocorrência, vai quebrar toda a teoria
Advaitista!)
É um lugar comum dizer que não há palavras para
descrever a destruição final. Essa é a verdade, e não há
nada que se possa fazer sobre isso, mas colocá-la com
coragem como eu fiz acima. Isto não é matéria para o nosso
presente propósito, tudo o que precisamos saber é que a
mais forte estrutura Monista rompeu abaixo.
Além disso, isto é realmente adequado para postular uma
origem do Universo, como inevitavelmente fazem?
Meramente negar que já houve um começo dizendo que este
“um” é eterno não me satisfaz.
[Convido-vos a leitura dos livros de Stephen Hawking].
O que é muito pior, eu não consigo ver em que o chamado
Mal “ilusão” nos ajuda em absoluto. Quando o cientista
cristão ouve que sua esposa foi selvagemente atacada por
seu Pequinês, ele tem que sorrir, e dizer que “esta é uma
reclamação do erro”. Não é bom o suficiente.
14. Isto levou um longo tempo para limpar o terreno. [Um
tempo] Que eu não esperava; as proposições acima são tão
familiares para mim, elas correm tão limpa em minha
mente, que, e até chegar a colocá-las no fim, eu não tinha
ideia do trabalho longo e difícil que era tudo isso. [Este é o
verdadeiro lamento de um homem humilde e genial. Essas
ideias “avançadas”, para Crowley, eram tão corriqueiras
que ele, mesmo sendo um Iniciado da mais alta ordem, em
sua humildade, cria ser de conhecimento comum: o que não
era o caso! Ao se dar conta disso, viu como é difícil
explicar a uma pessoa sem um padrão mínimo de cultura
assuntos mais “profundos”. Isso não mudou muito, as
pessoas são sempre muito ignorantes mesmo, mas, repito, a
humildade do iniciado Crowley, não o deixava ver isso. No
geral continuamos como frangos: nascemos, comemos,
cagamos, trepamos, e voltamos pra terra como comida de
vermes – Sic!]
Ainda assim, isto é uma longa viela, etc. Vimos que “Dois”
(ou “muitos”) são insatisfatórios como origem, só porque
eles sempre podem ser reduzidos ao “Um”; e “Um” em si
não é melhor, porque, entre outras coisas, ele se vê forçado
a negar as próprias premissas sobre o qual isto foi fundado.
Deverá melhorar para nós se assumirmos que “Ex nihilo
nihil fit” é uma falsidade, que a origem de Todas as Coisas
é Nada? Vamos ver.
[Uma pequena menção...
A frase em Latim significa “Nada pode surgir do Nada”.
Conceito similar persiste nas ciências. “Nada se perde,
nada se cria, tudo se transforma” é outra falsa-verdade, ou
s e preferir, meia-verdade. A física e matemática post-
Einstein demostram que as coisas não são bem assim... Por
vezes as coisas se PERDEM mesmo, deixam de EXISTIR.
Não-Existir é possível a algo que já existiu. O produto da
desintegração em laboratórios não emite calor, som, ou
qualquer outro tipo de radiação, ou mesmo qualquer outra
coisa... Isso conduz a outros campos como multi-universos,
teoria das cordas e por seguinte... Mas isso é só para
ilustrar o como e o quanto CROWLEY estava mais bem
informado do que se pode imaginar.
Certa vez Crowley havia voltado de uma de suas escaladas,
e descansava próximo a um lago... barbudo, fedido, sujo,
um maltrapilho...quando se aproximou um homem e sua
família para curtir o lugar..
Ele e Crowley passaram horas conversando... O homem
ficou abismado e perguntou-lhe: Como pode um mendigo
saber dessas coisas e conhecer tão bem a matemática
avançada? Como você se chama meu pobre amigo? Ele
disse: Aleister Crowley!
O homem em questão era apenas Whitehead!
Evidente, este relato está resumido!].
15. Vamos olhar o aspecto matemático do Nada em
primeiro lugar? (Incluindo esta equação idêntica na
Lógica.) Isto eu trabalhei muito tempo atrás em 1902, por
exemplo em Berashith, que você vai encontrar reimpresso
em A Espada da Canção, e no meu Obras Colecionadas,
Vol. I
O argumento pode ser resumido da seguinte forma.
Quando, no caminho normal dos negócios, nos escrevemos
0, deveríamos escrever 0n .
[A nota de rodapé que antecede foi mantida de uma dessas
versões espúrias que vagam pelos limbos da comunicação
pelo simples motivo de que é um argumento mui usado para
desacreditar aquilo que realmente interessa. Contra-
argumentei-a da melhor e mais compreensível maneira
possível. É o argumento de um Engenheiro e Telemita,
contra a visão limitada e torpe de um físico que
dificilmente, creio eu, deve ter realmente compreendido a
Física. Se ele o é de fato!].
Para que 0 implique que o assunto não é estendido em
qualquer dimensão em discussão. Assim, uma linha pode
ser de dois metros de comprimento, mas em largura e
profundidade, o coeficiente é Zero. Poderíamos descrever
isto como 2f × 0b × 0d, ou n2f + 0b + 0d .
[Novamente mantenho esta nota de rodapé pelos mesmos
motivos anteriormente ja explicados. Quando se depararem
com esses argumentos, não sejam estreitos mentalmente].
O que eu propus considerando “O que queremos dizer por
nada?” foi o considerar todas as qualidades possíveis de
qualquer objeto como uma dimensão.
Por exemplo, cada um poderia descrever esta página como
nf+n’b+n’’d+ vermelhidão 0 + amabilidade 0 + velocidade
0 + potencial 0 e assim por diante, até que você tivesse
observado e tivesse medido todas as qualidades que ele
possui, e excluiu todo o que ele não faz. Para a
conveniência, podemos escrever esta expressão como
Xf+b+d+r+a+v+p – usando as iniciais das qualidades que
nos chamamos de dimensões.
Somente mais uma explicação em matemática pura. Para
interpretar X1, X1+1 ou X2, e assim por diante, nós
assumimos que as referência são as dimensões espaciais.
As s i m suponha X1 ser uma linha de um metro de
comprimento, X2 será um plano de um metro quadrado, e
X3 um cubo medindo um metro em cada dimensão. Mas e
sobre X4? Não ha mais dimensões espaciais. A matemática
moderna tem (infelizmente, eu penso), concordou em
considerar esta quarta dimensão como tempo. Bem, e X5?
Para interpretar essa expressão, podemos começar a
considerar outras qualidades, tais como capacidade
elétrica, cor, atributos morais, e assim por diante. Mas esta
observação, embora necessária, conduz-nos um pouco
longe da nossa tese principal em vez de em direção à ela.
16. O que acontece quando colocamos um sinal de menos
antes do índice (aquela letra pequena em cima à direita) em
vez de um sinal de adição? Bastante simples. X2 = X1+1 =
X1 + X1. Com um sinal de menos, nós dividimos em vez de
multiplicar. Entao, X3-2 = X3 ÷ X2 = X1, como se você
tivesse apenas subtraído o 2 de 3 no índice.
Agora, finalmente, chegamos ao ponto de real importância
para a nossa tese: como devemos interpretar o X0?
Podemos escrevê-lo, obviamente, X1-1 ou Xn-n. Bom,
divida. Então X1 ÷ X1 = 1. Isto é o mesmo, com bastante
clareza, o que quer que X possa ser.
17. Ah, mas o que nós começamos a fazer foi descobrir o
significado de Nada. Não é correto escrevê-lo como um
simples 0; porque 0 implica em um índice 01, ou 0{2}, ou
0n. E se o nosso Nada é pra ser o Nada absoluto, então não
há apenas nenhuma figura, mas não há qualquer índice.
Portanto, temos de escrevê-lo como 00.
Qual é o valor dessa expressão? Nós iremos proceder
como antes; divida.
00 = 0n-n = 0n ÷ 0n = (0n ÷ 1) x (1÷ 0n). Claro que 0n ÷ 1
resta 0; porem 1÷ 0{n}= ∞.
Isto é, temos um choque entre o “infinitamente grande” com
o “infinitamente pequeno”, que derruba o “infinito” (e o
Advaitaismo com ele!) e nos deixa com um indeterminado
mas finito numero de variedade completa. Ou seja: 00 que
só pode ser interpretado como “O Universo que nós
conhecemos”.
18. Tanto para uma demonstração. Algumas pessoas
descobriram a falha com a álgebra; porem o Equivalente
lógico é precisamente paralelo. Suponha que desejo
descrever o meu estudo em um aspecto: posso dizer que
“Nenhum cão está no meu estudo”, ou “os Cães não estão
no meu estudo”. Posso fazer um pequeno diagrama: D é o
mundo dos cães; S é o meu estudo. Aqui está:
Diagrama 1
Os quadrados são bastante distintos. O mundo inteiro fora
do quadrado D é o mundo dos não-cães: fora do quadrado
S, o mundo do não-estudo. Mas suponhamos agora que eu
quero fazer o zero absoluto, como o nosso 00, eu devo
dizer “Não-cães não estão em meu estudo”.
Ou, “Não há ausência-de-cão no meu estudo”. Isso é o
mesmo que dizer: “Alguns cães estão em meu estudo”;
diagrama novamente:
Diagrama 2
No Diagrama 1, “o mundo onde nenhum cão está” incluído
todo o meu estudo; no Diagrama 2 aquela ausência-de-cão
não está mais lá; portanto um ou mais deles devem ter
conseguido ir de alguma maneira.
Isto é o que é; sei que pode ser um pouco difícil no início;
afortunadamente há um caminho diferente – o caminho
chinês – de indicar o teorema em termos muito simples.
[Percebam como este homem de “pouco conhecimento que
s e equivoca com índices algébricos” – sic! – transcorre
fluidamente no estudo de um modelo matemático e logico!
Se eu ganhasse UM CENTAVO por imbecilidades que
falam de Crowley, eu seria um homem muito rico].
19. Os chineses, como nós, começam com a ideia de “Nada
Absoluto”. Eles “fazem um esforço, e chamam isto de Tao”,
mas é exatamente isso que o Tao vem a significar, quando
nos examinarmos isto. Eles veem muito bem, como fizemos
acima, que meramente por afirmar o Nada não é explicar o
Universo; e eles passam a fazê-lo por meio de uma equação
matemática mais simples que a nossa, que não envolve
nenhuma operação simples além de soma e subtração. Eles
dizem “Nada obviamente significa Nada; isto não tem
qualidade nem quantidade”. (Os Advaitaistas disseram o
mesmo, e logo embruteceram-se completamente chamando-
o de Um!) “Mas”, continuam os sábios do Reino Médio, “é
sempre possível reduzir qualquer expressão a Nada
tomando qualquer dois termos iguais e opostos”.
(Assim n = (-n) = 0.), “devemos, portanto, ser capazes de
obter qualquer expressão que nos queremos de Nada; nos
simplesmente temos de ser cuidadosos para que os termos
sejam precisamente opostos e iguais”. (0 = n + (-n). Isto
então eles fizeram, e começaram a diagramatizar o
Universo como o Î – um a par de opostos, o Yang ou macho
ativo, e o Yin ou Fêmea passiva, seus princípios. Eles
representaram o Yang por uma linha não interrompida (—),
o Yin por uma linha interrompida (— —). (A primeira
manifestação na Natureza desses dois é Thƒi Yang, o Sol, e
o Thƒi Yin, a Lua). Esta sendo um pouco grande e frouxa,
eles dobraram essas linhas, e obtiveram os quatro Hsiang.
Eles então tomaram-nos três de uma vez, e adquiriram-se os
oito Kwa. Esses representam o desenvolvimento do OE
original {gorro de S.B. “eu”} à Ordem Natural dos
Elementos.
O estudante sério encontrará todo este assunto
amplamente desenvolvido em Textos Chineses de Magick
e Misticismo, O Equinox V, 3. – Motta.
Vou chamar o principio masculino de M e o feminino de F.
M.1.
�
Qian Céu-
Pai
F.1.
�
Kun Terra-
Mãe
M.2.
�
Li O Sol F.2.
�
Kan A Lua
M.3.
�
Zhen Fogo F.3.
�
Dui Água
M.4.
�
Sun Ar F.4.
�
Gen Terra
Observe quão admiravelmente eles preservaram a ideia de
equilíbrio. M.1. e F.1. são a perfeição. M.2. e F.2. ainda
mantem o equilíbrio em suas linhas. Os quatro “elementos”
mostram imperfeição, mas todos eles são equilibrados,
como um contra o outro. Observe, também, como aptos, são
o s ideogramas. M3. mostra as chamas bruxuleantes na
lareira, F.3, a onda no fundo sólido do mar;.. M.4, o ar
mutável, com espaço impenetrável acima e, finalmente, F.4,
a fina crosta da terra. mascarando as energias interiores do
planeta. Eles vão dobrar esses Kwa, atingindo assim os
sessenta e quatro hexagramas do Yi King, que não é apenas
um mapa, mas uma História da Ordem da Natureza.
Isto é o puro prazer entusiástico na Harmonia e Beleza do
Sistema que me conduziu até aqui longe do lar; o meu único
proposito essencial é mostrar como o Universo foi obtido
por esses Sábios Homens a partir do Nada.
Quando você tiver assimilado esses dois conjuntos de
Equações, quando você entender como 0 = 2 é a único e
simples solução necessária do Enigma do Universo, haverá,
em certo sentido, um pouco mais para você aprender sobre
a Teoria de Magick.
Você deve, contudo, lembrar-se o mais constantemente que
a equação do Universo, por mais complexa que possa
parecer, inevitavelmente cambaleia para fora do Zero; pois
para realizar isso é a fórmula da sua Obra como uma
Mística. Para lembrar a você, e amplificar certos pontos do
acima mencionado, deixa-me citar o Livro Quatro ParteIII:
Páginas 152-153, nota de rodapé 2, na edição original.
Livro Quatro Parte III Comentado, subintitulado Magick
Thelêmica, será emitido logo. – Motta.
Todos os elementos devem em alguma época
passada ter estado separados�isto seria o
caso com grande calor. Agora, quando átomos
chegam ao sol, quando nós chagamos ao sol,
temos aquele imenso, extremo calor, e todos os
elementos são si mesmos novamente.
Imaginemos que cada átomo de cada elemento
possui a memória de todas as suas aventuras
em combinação. Por sinal: aquele átomo,
fortificado por sua memória, não seria mais o
mesmo átomo; mas no entanto ainda seria,
porque não ganhou coisa alguma de qualquer
de suas aventuras a não ser essa memória.
Portanto, com a passagem do tempo, e por
virtude da memória, uma coisa se tornaria algo
mais que si mesma; e assim, um verdadeiro
desenvolvimento é possível. Podemos então
perceber o motivo por que um elemento se
decide a incorrer esta série de encarnações: é
porque assim, e somente assim, ele pode ir; e
ele aceita o lapso de memória que ele
experimenta durante essas encarnações, porque
ele sabe que passará intocado através delas.
Portanto, nos podemos ter um número infinito
de deuses, todos individuais e iguais, se bem
que diversos, cada qual supremo e
completamente indestrutível. Esta é também a
única explicação de como um ente criaria um
mundo em guerra, mal, etc., existem. O mal é
apenas uma aparência, porque, como o bem,
não pode a substância mesma, mas apenas
multiplicar suas combinações. Isto é um pouco
o mesmo que monoteísmo místico; mas a
objeção ao monoteísmo místico é que Deus
tem que criar coisas que são todas partes dele
mesmo, de forma que a interação delas é falsa.
Se pressupormos muitos elementos, a interação
deles é natural.
Não é uma objeção contra esta teoria perguntar
quem fez os elementos – os elementos, pelo
menos, estão ali, e Deus, quando você o
procura, não está ali. Teísmo é obscurum perobscurius. Uma estrela masculina é construída
do centro para fora; uma feminina, da
circunferência para dentro. Isto é p que se quer
dizer quando se diz que a mulher não tem alma.
Explica completamente a diferença entre os
sexos.
O leitor entenderá que tudo isso é um puro pensamento
especulativo, embora em um nível muito mais alto do que
aquele de teólogos. Os teurgistas têm o que chamamos de
“experiências religiosas” e alguns deles, muito
imprudentemente, deduzem de tais experiências uma ideia
de “Deus”. Daquele momento em diante um teólogo, um
verme da religião, está em terra “segura”. Um teólogo
não critica a ideia de “Deus” da sua religião; todo o seu
“raciocínio” é uma manipulação do dogma. Quanto à
especulação sobre como as estrelas masculinas e as
estrelas femininas são construídas, é um disparate. A
própria estrela é unissexual; é o instrumento que fica
“limitado” neste sentido no nascimento. Este assunto é
completamente tratado no Equinócio V, 4, subintitulado
de “Sexo e Religião”. A ideia de que uma mulher não tem
nenhuma “alma” é uma ideia puramente Semítica; isso
salta da atitude cultural dos Árabes e Judeus em direção
a mulheres. Contudo, quando cada um considera a
completa docilidade com a qual as mulheres arábicas e as
mulheres judias toleraram durante séculos teologias que
insultam e denigrem o seu sexo, qualquer um admira-se se
a mulher não tiver, se não uma alma, pelo menos um
cérebro. “Obscurum per obscuris” significa, rudemente,
um argumento falso baseado em uma premissa falsa,
levando a uma confusão maior do que houve na partida.
O parágrafo final de Crowley afasta qualquer dúvida de
que ele tinha progredido além de especulações sobre a
“alma” de mulher na hora desta escrita: – Motta.
Todo ato de “amor sob vontade” tem um dual resultado.
(1) a criação de uma criança que combina as qualidades de
seus pais,
(2) a retirada por êxtase dentro do Nada.
Por favor, consulte o que tenho escrito em “A Fórmula do
Tetragrammaton”; a importância disso neste momento é
para mostrar como 0 e 2 aparecem constantemente na
Natureza como a Ordem comum dos Eventos.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 6: As Três Escolas deMagick (1)
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Aqui está a primeira seção prometida do ensaio de M.
Gerard; este era originalmente chamado de “As Três
Escolas de Magick”. (Não se zangue, por favor, porque esta
não está no formato de uma carta pessoal!)
Como anteriormente instituído, embora Gerard Aumont
realmente existisse e fosse um aluno de Crowley durante
algum tempo, este ensaio foi escrito pelo próprio
Crowley, como parte da sua campanha contra Besant e
Leadbeater. A Escola Branca e a Amarela são
brilhantemente descritas e comentadas; a Escola Negra,
contudo, não é tocada em absoluto. A Escola Negra de
Magick é, claro, conectada com as pessoas negras da
Terra: Africanos e Australianos. A referência direta para
isso é feita em AL I, 37, sob uma terminologia africana. O
leitor notará que nas três cartas devotadas a este longo
ensaio de Crowley não tratam da verdadeira Escola
Negra. Em vez disso, ele faz um daqueles trabalhos de
manipulação comuns entre os Adeptos, para tirar proveito
da conotação de “Preto” com o “Mal” na mente dos
seguidores dos cultos mais degradados do gênero
humano, e do preconceito de cor contra a pessoas negras
por parte da média vulgar de pessoas brancas – e
amarelas!. Ele não ficou preocupado aqui com a
“verdade” no sentido normal. Como ele ele mesmo
afirmou no seu Comentário ao Capítulo 45 de Liber 333:
“O Mestre (em linguagem técnica, o Magus) não se
importa com fatos: ele não se preocupa se uma coisa é
verdadeira ou não: ele usa a verdade e a mentira
indiscriminadamente, para servir aos seus fins. O
escravos consideram-no imoral, e pregam contra ele no
Hyde Park”.
Esta afirmação não é verdadeira nem falsa. O ponto que o
leitor deve ter em mente é que todas as referências a
“Escola Negra” aqui feitas são altamente imaginativas,
para dizer o mínimo. Crowley referia-se, de fato,
especificamente a um sub-ramo da Escola Branca, aos
Hindus – os verdadeiros Arianos! – que são membros da
Escola Branca, por tudo isso que sua pele, muitas vezes
parece mais negra do que a de um negro. A confusão é
feita mais confusa adicionando Buda à história, já que
Buda era um membro da Escola Amarela. Mas desde que
a Sociedade Teosófica, depois de cair nas garras de dois
discípulos indignos da Mestra morta, estavam tentando
usar a religião para promover os alegados interesses
políticos da Índia e o interesse financeiro real dos
maharajas e “maharishis” e “gurujis”, etc , etc, ad
nauseam. Crowley, ficou indignado por que se atreveram
a pisar em seu território, e eles realmente jogavam sujo:
portanto, sujo foi jogado também – e com muito mais
sucesso.
Você não deve sentir simpatia por Annie Besant e seu
cúmplice: ela não se importa realmente com a própria
Índia: o que ela tinha em mente era o poder. Ela queria
que a Índia se tornasse independente do Império
Britânico, mas caindo sob a sua dominação. Seu sonho
era ser a “eminência cinza” por trás do trono, ou
república, ou sei la o que. E a partir de uma Índia
independente, quão poderosa a Sociedade Teosófica
seria! Tão poderosa como o Vaticano, nada mais! Pense
nisso: Annie Besant, a Papisa Branca do Oriente! ... Em
certo sentido, quase um sonho feminista. Mas muito longe
da Mestra, Blavatsky, uma verdadeira feminista pelo
caminho.
Os hindus, se você descontar a propaganda, são um dos
povos mais insensíveis, estúpidos, egoístas e cruéis do
mundo. Da sua maneira, eles são exatamente tão
insensível e egoísta como que o grupo subcultural
denominado Cristista. A miséria na Índia é terrível, o
absoluto desprezo pelos direitos de indivíduos que não
pertencem ao grupo dominante e os sofrimentos dos
pobres é medonha. Aqui está uma nação que tem um dos
maiores rebanhos bovinos do mundo inteiro, mas onde as
crianças diariamente morrem de fome porque os pais são
vegetarianos, e Hindus nenhum plantam o suficiente e
nem controlam (surpresa, surpresa!) os seus apetites
sexuais. Poderíamos continuar por horas falando dos
povos da península de Bengala e detalhando a sua
psicologia, política e realidade material, mas é inútil
fazê-lo. O leitor serio vai encontrar mais do que bastante
testemunho sobre eles em obras de visitantes ocidentais
inteligentes na região; mesmo a Sra. Shirley McLaine, em
seu primeiro livro autobiográfico de viagens (e não
aquela bobagem sobre a China) conseguiu tirar um
retrato exato do que que há de errado naquela zona. Deve
ser interessante ponderar que os países Crististas, sem a
influência dos chamados “Rosa-cruzes”, dos Judeus
Cabalistas de Maimônides, e dos Mouros, estariam
exatamente sob a mesma situação.
Ainda, a influência de Besant e Leadbeater foi
suficientemente forte no Oeste para fornecer aos
“maharishis” e “mestres secretos Hindus” com bastante
entrada, pelo menos pros Estados Unidos de América, que
não só os tornaram milionários com a maior das
tranquilidades, mas também os fazendo ser bem recebidos
onde um Thelemita seria evitado e temido. Em parte isto é
devido à campanha implacável da vingança que a
Sociedade Teosófica, ou pelo menos a seção dela sob
Besant e com a influência de Leadbeater, movera contra
Crowley (e continuam a mover contra Crowley) desde
então. De maneira bastante interessante, o Vaticano
tomou a enorme vantagem dos Tolosofistas, como
Crowley os chamava, do ódio a Θελημα. O Magus não é o
ú n i c o que usa a verdade ou a falsidade
indiscriminadamente para os seus próprios propósitos!
Esta declaração sobre o Mago, porém, deve ser
claramente entendida. Algumas coisas que parecem ser
humano médio a ser Vérités eterna são realmente muito
falsas: eles são os sonhos da mente inexperiente, muitas
vezes derivadas de impulsos inconscientes de medo ou de
ganância. É desse tipo de coisa que Crowley disse que o
Mago aproveita para colocar a sua Lei de diâmetro. No
entanto, para aprofundar este assunto, mas iria confundir
o leitor, que não único não seriam capazes de nos
entender, mas muito provavelmente seria, o que é pior,
completamente interpretam mal o que disse. Crowley foi
muito bem quando afirmou que verdadeiros segredos não
podem ser revelados (é por isso que eles são segredos.) A
menos que você mesmo tem a experiência dos estados de
consciência do que está sendo falado, você não vai
entender o que está sendo falado, não importa quão
claramente se afirma, ou por quem.
Esta afirmação sobre o Magus, contudo, deve ser
claramente entendida. Algumas coisas que parecem ao ser
humano médio ser verdades eternas são, de fato, bastante
falsas: elas são sonhos de uma mente não treinada,
muitas vezes derivados de impulsos subconscientes de
medo ou ganância. É desta espécie de coisa que Crowley
disse que o Magus tira vantagem para comunicar a sua
Lei. Contudo, ir mais profundamente nesta matéria
confundira o leitor, que não só seria incapaz de entender-
nos, mas, com muita probabilidade, que é o pior,
interpretaria completamente errado o que dissemos.
Crowley foi muito direito quando ele afirmou que os
verdadeiros segredos não podem ser revelados (por isso
eles são segredos). A menos que você mesmo tenha
experiência nos estados de consciência dos quais eles sao
ditos, você não entenderá o que está sendo dito, não
importa como claramente é afirmado, ou por quem.
[Rapidamente: os ditos “Institutos Sócio-Jurídicos”
fazem parte disso, principalmente! Procurem em livros de
Miguel Reale, entre outros, sobre o que se trata...]
Uma ultima observação antes de que entremos no Ensaio
propriamente dito: precisamente como os leitores devem
ter cuidado com as conotações emocionais de “Negro”
que podem existir em suas mentes ao lerem o que seguirá;
elas também devem ter cuidado com as conotações de
“Branco”. O que é descrito como “branco” não é
necessariamente “bom” ou “belo” ou “justo”, é
meramente branco; e no sentido que diz o ensaio, a
palavra Branco refere-se àquele grupo racial do gênero
humano que cai embaixo do nome de “raças brancas”.
Isto inclui não só o Nórdico e o Caucasiano, mas também
os Semitas e grupos Arianos, bem como os antigos
Egípcios, que apareceram com pele cor de cobre e não
branca. Se você não guardar isto firmemente em mente, é
improvável que você aproveite muito da leitura que
segue; e o que segue, para uma mente que se mantem em
guarda, é uma leitura realmente lucrativa. Ela lhe
ensinará muito sobre as Escolas Brancas e Amarelas de
Magick – embora muito pouco sobre a Negra! – Motta.
[Isso acima é um verdadeiro e áureo conselho... Curioso
que no idioma Inglês, Black – Preto – é a ausência de cor
enquanto que no idioma Espanhol a palavra “Blanco”
ocupa essa função...]
Há hoje muito equívoco quanto ao significado do termo
“Magick”. Muitas tentativas foram feitas para defini-lo,
mas possivelmente o melhor para o nosso presente
proposito de exposição ideológica-histórica será isto –
Magick é a Ciência do Incomensurável.
Isto é um dos muitos usos restritos da palavra; ajustada
para o presente objetivo.
Deve ser notado em particular que Magick, muitas vezes é
misturada com a ideia popular de uma religião, não tem
nada a ver com isso. É, de fato, o exato contrário da
religião; é, até mais do que a Ciência Física, o seu inimigo
irreconciliável.
Por isso é que todas as religiões nos atacam. – Motta.
Vamos definir esta diferença claramente. Magick investiga
as leis da Natureza com a ideia de fazer o uso delas. Ela só
se diferencia da ciência “profana” por sempre se conservar
à frente dela. Como Fraser mostrou, Magick é a ciência na
etapa experimental; mas pode ser, e muitas vezes é, mais do
que isto. Ele é a ciência que, para uma razão ou outra, não
pode ser declarada ao profano.
Isto não significa que os dispostos e capazes de fazer
assim não podem reproduzir os experimentos do
professor, e verificar as suas próprias conclusões para o
seu próprio benefício. Contudo, as etapas da consciência
que compõem o progresso espiritual são ininteligíveis e
incomunicáveis àqueles que não sofreram o treinamento
necessário para experimentá-las, ou quem são
constitucionalmente incapazes da serem submetidos a
elas. – Motta.
Religião, ao contrário, procura ignorar as leis da Natureza,
ou evitá-los pela apelação a um postulado poder que é
assumido para tê-las estabelecido. O homem religioso é,
como tal, incapaz da compreensão do que as leis da
Natureza realmente são. (Elas são generalizações da ordem
do fato observado.)
A História da Magick nunca foi seriamente tentada...
Toda as “histórias da magia”, escritas até agora,
incluindo as de Levi, ou são incompletas, enganosas,
absolutamente falsas ou sectárias. – Motta.
... Por uma razão, só os iniciados que prometeram proteger
o segredo sabem muito sobre isso; por outra, cada
historiador esteve falando sobre alguma ideia mais ou
menos convencional de Magick, e não da própria coisa em
si. Mas a Magick tem conduzido o mundo desde o inicio da
história, pala única razão de que Magick sempre foi a mãe
da Ciência. Por isso é de extrema importância que um
pouco de esforço deva ser feito para entender algo do
assunto; e não há, por isto, nenhuma necessidade de
desculpa por ensaiar este breve traçado dos seus aspectos
históricos.
Sempre houve, pelo menos no núcleo, três principais
Escolas da prática Filosófica. (Nós usamos a palavra
“filosófica” no bom e velho amplo sentido, como na frase
“Transações Filosóficas da Sociedade Real para o Avanço
do Conhecimento”.)
A palavra “filosofia” vem do Grego, e verdadeiramente
significa “amor a sabedoria”. – Motta.
É costume descrever essas três Escolas como Amarela,
Negra, e Branca. A primeira coisa necessária é avisar ao
leitor que eles não devem ser de modo nenhum confundidos
com distinções raciais de cor;...
Nisto você encontra a verdadeira atitude de Crowley com
direção à raça negra: ele está prestes a embarcar em uma
Operação que poderia resultar no seu dano, e ele está
neutralizando essa possibilidade no inicio, apesar de ter
a intenção de usar o preconceito racial se ele poder
neutralizar os esforços de Besant e Leadbeater. – Motta.
...e elas correspondem ainda menos com símbolos
convencionais, tias como gorros amarelos, mantos
amarelos, magia negra, feitiçaria branca, e assim por
diante. O maior perigo é apenas que essas analogias muitas
vezes são tão fascinantes a prova de um exame pode ser
enganosa.
Estas três Escolas representam três teorias perfeitamente
distintas e contrarias do Universo, e, portanto, as praticas
da ciência espiritual...
Esta afirmação é, obviamente, incorreta, e vamos chamar
a atenção dos leitores para esse fato quando ele se tornar
evidente. Tendo em mente o objetivo para o qual o ensaio
foi escrito, contudo, você deve aproveitar imensamente
dos seus aspectos puramente iniciáticos. – Motta.
... A fórmula mágica de cada uma é tão precisa como um
teorema de trigonometria. Cada uma assume como
fundamental uma certa lei da Natureza, e o assunto é
complicado pelo fato que cada Escola, em certo sentido,
admite a formulæ das outros duas...
Isto é na verdade Thelemicamente incorreto. Cf. AL. III,
49-56. Mas desde que ele tentava despertar a irritação e
oposição contra os ‘Tolosofistas’, teria sido impolítico da
sua parte deixar fugir que ele desprezava as pessoas que
ele pretendeu usar tanto quanto ele desprezava as
pessoas ele pretendia usá-las contra – ou possivelmente
somente um pouco menos.
Esse tipo de operação, a propósito, nunca tem sido
conhecida como bem sucedida a longo prazo. É muito
melhor tomar a posição que o Senhor do Aeon assumiu
desde o inicio, ela pode trazer-lhe séculos de sofrimento e
perseguição, mas você terá sucesso — e o seu êxito será
muito mais puro do que teria sido com a “ajuda” de todos
aqueles trogloditas.
Pense fazer um “acordo” tipo Jerry Falwell e Menachem
Begin e os Papas para “destruir a Ameaça Vermelha”.
Isso tem sido tentado repetidamente por “presidentes”
americanos corruptos como John Kennedy, Lyndon
Johnson, Richard Nixon e agora Ronald Reagan. Você
conseguiu ver alguma evidência histórica de “sucesso”
no presente, ou prever alguma no futuro?!? – Motta.
[Por isso a atual politica norte americana não permite
acordo com terroristas ou, até mesmo, comércio com
países que não aceitem suas exigências e manipulações
doentias: eles aprenderam, evoluíram, como uma doença
“demoníaca” evolui para um novo e mais eficiente
‘modus operandis’ para dominar e aniquilar, quando
preciso, esta nova e mais eficiente percepção social e
humana do que é ou não nocivo a nossa espécie]
...Limitou-se a considera-las como de alguma forma
incompleta, secundária ou ilusória. Agora, como será visto
adiante, a Amarela fica distante das outras duas escola pela
natureza de seus postulados. Mas a Escola Negra e a
Branca estão sempre mais ou menos em conflito ativo; e é
s ó porque nesse momento que o conflito esta se
aproximando de um clímax que é necessário escrever este
ensaio. Os adeptos da Escola Branca consideram o perigo
atual para a humanidade tão grande que eles estão dispostos
a abandonar a sua tradicional política do silêncio, para
alistar nas suas filas o profano de cada nação.
De gordo uso eles seriam! – Motta.
[Assim como eu, relinchando de tanto rir!!! Caso algum
leitor ou leitora ainda não tenha percebido, Crowley está,
digamos, “imitando” toda essa trupe teosófica para
atingi-los, ao mesmo tempo que fala algumas verdades...
Mas isso de “alistar profanos no exército de monges-
guerreiros da grande fraternidade branca” é sacanagem
do Crowley! – Mas não de Bessant e cia!]
Estamos na posse de certos documentos místicos...
Aqui Crowley acrescentou uma nota: “Liber CDXVIII, A
Visão e a Voz”. O Sr. Germer acrescentou o seguinte a
esta nota: “A nova edição com introdução e comentários
por 666 Thelema Publishing Co., Barstow, Califórnia”.
Este é outro livro que o Sr. Israel Regardie pirateou e
adulterou, falsificando as anotações de Crowley com
inserções enganosas por conta própria, sem fazer o
esforço de distinguir entre o material de Crowley e o seu.
Este livro, também, será reimpresso por nós na sua forma
não adulterada. Os leitores interessados nele que ainda
não são ainda de nossa lista de correspondência só tem
que escrever-nos solicitando para serem adicionados a
ela, e serão capazes de adquiri-lo a preços de pré-
publicações antes de ser publicamente lançado. – Motta.
... que podemos descrever resumidamente, para a
conveniência da causa, como um Apocalipse do qual temos
as chaves, graças à intervenção do Mestre que apareceu
nesta conjuntura grave do Destino. Este documento
compõe-se de uma série de visões, nas quais ouvimos vária
Inteligências cuja natureza seria difícil definir, mas que
são, no mínimo, dotadas de conhecimento e poder muito
além do que estamos acostumados a considerar como
próprio para a raça humana.
Devemos citar uma passagem de um dos mais importantes
desses documentos. A doutrina é transmitida, como é usual
entre Iniciados, na forma de uma parábola. Aqueles que
tenham alcançando mesmo que um grau medíocre de
iluminação são conscientes de que a crença bruta dos fieis,
e a infidelidade crua do zombeteiro, quanto ao assunto de
fato, é simplesmente infantil. Cada incidente na Natureza,
verdadeiro ou falso, possui um significado espiritual. E é
este significado, e apenas este significado, que possui
qualquer valor filosófico para o Iniciado.
Os ortodoxos não precisam ser chocados, e os iluminados
não precisam ser desdenhosos, ao saber que a passagem
que estamos prestes a citar, é uma parábola baseada nas
menos decorosas das lendas Bíblicas que se referem a
Noah. Ele simplesmente captura para a sua própria
conveniência da Escritura.
Não assim: isto é a verdadeira lenda, ou fabula um tanto
quanto iniciática, da qual a versão da Bíblia é uma
corrupção e falsificação, possivelmente não intencional;
já que cada um de nós só pode ver ou ouvir ou entender
tanto quanto sejamos capazes. Note a referência para a
natureza “indecorosa” da fábula: ele está pedindo
desculpa antecipadamente ao preconceito da gente que
proibiu a leitura de passagens da Bíblia para que as suas
passagens francas não corrompam ou desiludam o fiel.
Do ponto de vista de um adolescente moderno, a história
inteira é bastante inocente; mas não foi inocente aos
Judeus ortodoxos, que ate os dias de hoje copulam na
escuridão, já que a visão do corpo humano nu é má!
Aqueles, aliais, são a espécie de gente que treinou o
adolescente Menachem Begin a assassinar mulheres,
crianças, e colegas Judeus — e como “recompensa” por
seus assassinatos o elegeram o “Primeiro Ministro de
Israel” na sua velhice. – Motta.
(Aqui segue o trecho da Visão).
E uma voz grita: Maldito aquele que descobrirá a nudez do
Altíssimo, porque ele está embriagado sob o vinho que é o
sangue dos adeptos...
Isto é, ele é um Magus, embora não necessariamente o
Magus do Aeon em que ele vive. – Motta. [E isso só é
possível porque a ‘Lei é para todos’]
...E BABALON vos embalava para dormir em seu peito, e
ela vos fugiu, e deixou-o nu, e ela chamou seus filhos
juntos, dizendo: Vem comigo, e vamos fazer escarnio da
nudez do Altíssimo...
Em um senso, a percepção da nudez significa a percepção
das limitações ou deficiências inerentes ao Lei existente
no momento em que os primeiros adeptos percebem que
seu “pai” é “nu”, isto é, que a Lei existente é
inadequada. Você deve perceber que não há lei, em
qualquer nível ou qualquer outro sentido, é inadequada
até que alguém percebe que é, e prova isso! – Motta.
...E o primeiro dos adeptos cobriu Sua vergonha com um
pano, andando para trás, e ficou branco. E o segundo dos
adeptos cobriu sua vergonha com um pano, andando de
lado, ficou amarelo. E o terceiro dos adeptos fez zombaria
da sua vergonha, andando para frente, e ficou negro...
Agora, isso não tem absolutamente nada em haver com as
Linhagens Raciais de Magick, mas sim com a atitude com
que os adeptos reagem à Lei anterior, agora consideradas
insuficientes ou inadequadas. O assim chamado
“branco” percebe que não é adequada, mas reage como
s e não fosse, disfarçando a sua insuficiência e agindo
como se essa Lei fosse valiosa: eles caminham para trás
dela, prestando-lhe homenagem no velho estilo dos
cortesãos para uma rei ou imperador. O “Amarelo”
percebe a sua inadequação e escondê-la, mas já não
obedece a essa Lei, ele caminha para o lado dela. O
“Negro” avança e expõe a sua inadequação, e
ridicularizá-la. Nós, portanto, de Θελημα, somos a
verdadeira “Escola Negra” de Magick, como definido no
apólogo, do presente Aeon. Você já viu um “Maharishi”
denunciar cultos estabelecidos ou falar contra qualquer
que seja os “governantes” patifes de todos os países onde
os “Maharishis” fazem seus milhões dentro...? No sentido
acima, “Negra” é usada como a cor do “Mal”. Nós
criamos escândalo, nós criamos discórdia, nos “fazemos
onda”. E quem faz isso só tem duas alternativas:
permaneça como o “Diabo” até que a Lei torne-se
impotente com o tempo, ou seja destruído por alguém, ou
destrua aquela Lei eles mesmos, e tornem-se “Deus”. –
Motta.”
...E estas são as três grandes escolas dos Magis, que
também são os três Magos que viajaram até Belém, e
porque tu não tens a sabedoria, tu não sabes qual escola
prevalece, ou se a três escolas não são uma.
Essencialmente, é claro, elas são uma, desde que a
humanidade é uma, mas na manifestação que têm de ser
separadas. Lembrem-se da equação! – Motta.
Estamos prontos agora para estudar as bases filosóficas
dessas três Escolas. Nós devemos, contudo, entrar com uma
advertência contra uma interpretação demasiadamente
literal, mesmo da parábola. Pode-se suspeitar, por razões
que devem ser evidentes depois da nova investigação das
doutrinas das Três Escolas, que esta parábola foi inventada
por uma Inteligência da Escola Negra, que foi consciente da
sua iniquidade, e pensou transformá-la na retidão pela
alquimia de fazer uma jactância dele...
Pela interpretação acima, podemos ver o quão longe
Crowley foi a partir da percepção de AL III, quando
escreveu isto. A Inteligência que contou a parábola não
estava agradando a nenhum dos lados: Ela estava
meramente afirmando que qualquer adepto, ou qualquer
Escola de Adeptos, ridicularizando ou criticando a
“Criação” foi considerada “negra”, isto quer dizer,
“má”. Mas, cf. AL, I 21, 28-31, 49, 52-56, 60, II, 5, 14,
23, 52, III, 19, 43-45, 54. – Motta.
...O leitor inteligente notará a tentativa insidiosa para
identificar a doutrina da Escola Negra com o tipo de magia
negra que é comumente chamada de Diabolismo. Em outras
palavras, esta parábola é em si um exemplo de uma
excessivamente sutil operação de magia negra, e a
contemplação de semelhantes dispositivos tem levado os
seres para bastante longe de uma compreensão dos
espantosos processos ofídicos dos Magistas...
Agora, ele está aqui gozando o leitor tolo, e alertando o
sábio de não o tomar demasiadamente a sério, contudo
levar a sério o suficiente. Eu sei que isso vai soar
perplexante para o leitor médio; todos podem dizer isto,
mas muito ruim para você se estiver na média: tente
mudar, se você puder! É desnecessário dizer que seria
extremamente idiota a “Escola Negra” chamar atenção a
sua própria “negritude”! A menos, é claro, que a
intenção fosse prover uma Ordália – Cf. AL II, 53. –
Motta.
...Não deixe o leitor profano julgar tais sutilezas de sua
mente como um absurdo insignificante. É esse tipo de
astucia que determina o preço das batatas.
A digressão acima talvez não seja tão inexcusável como
pode parecer em uma primeira leitura. O estudo cuidadoso
deve revelar a natureza dos processos de pensamento que
são habitualmente usados pelos Mestres secretos da raça
humana para determinar o seu destino.
Quando todo mundo terminar de rir, eu vou pedir que você
compare os verdadeiros efeitos produzidos no curso de
assuntos humanos por César, Atila e Napoleão, de um lado,
e de Platão, os Enciclopedistas, e Karl Marx, no outro.
Aqui Crowley acrescentou a nota seguinte: “é
interessante observar que as três grandes influências no
mundo de hoje são aquelas dos Hebreus Teutônicos:
Marx, Hertz, e Freud”. Note-se que essas são influências
para evolução, ou mudança. – Motta.
A Escola Amarela de Magick considera, com completo
distanciamento científico e filosófico, o fato do Universo
como um fato. Sendo a parte desse Universo, ela realiza a
sua impotência para alterar a totalidade em menor grau.
Para colocar vulgarmente, ela tenta não levantar-se do
chão, puxando seus meias. Ela portanto se opõe à corrente
de fenômenos com nenhuma reação seja de ódio ou
simpatia. Ate agora a sua tentativa de influenciar no curso
absoluto dos eventos é feita da única maneira
inteligentemente concebível. Ela procura diminuir a fricção
interna.
Permanece, por isso, em uma atitude contemplativa. Para
usar os termos da filosofia Ocidental, há na sua atitude algo
do estoicismo de Zeno; ou do Pickwickianismo, se posso
usar o termo, de Epicurus. A reação ideal para fenômenos é
aquela da elasticidade perfeita. Ela possui alguma coisa do
sangue frio dos matemáticos; e por essa razão parece justo
dizer que, para os propósitos de estudo elementar,
Pitágoras é o seu representante mais adequado na filosofia
Europeia.
Desde a descoberta do pensamento asiático, contudo, não
temos a necessidade de tomar as nossas ideias de segunda
mão. A Escola Amarela de Magick possui um clássico
perfeito. O Tao Teh King.
Veja O Equinócio V, III , “os Textos Chineses de Magick
e Misticismo”, publicado pela O.T.O. Na época que o
ensaio foi escrito Crowley acrescentou a seguinte nota:
“Infelizmente não há nenhuma tradução no momento
publicada que é o trabalho de um Iniciado. Todas as
traduções existentes têm sido deturpadas por pessoas que
simplesmente não conseguem entender o texto. Uma
interpretação aproximadamente perfeita existe, mas até
agora só existe em manuscrito. O objeto da presente carta
é criar o interesse público suficiente para fazer este
trabalho, e outros de igual valor à disposição do
público”.
Isso está sendo feito por nós. – Motta.
É impossível encontrar qualquer religião que
adequadamente represente o pensamento desta obra-prima.
Não é apenas a religião como tal repugnante à ciência e à
filosofia, mas da própria natureza dos princípios da Escola
Amarela, seus aderentes não vão colocar-se a qualquer
inconveniência para a iluminação de um monte de gente que
eles consideram como tolos despreparados.
Ao mesmo tempo, a teoria da religião, como tal, sendo um
tecido de falsidades, a única força verdadeira de qualquer
religião é derivada de seus frutos da Doutrina Mágica; e, as
pessoas religiosas sendo por definição inteiramente
inescrupulosas, segue-se que uma determinada religião é
susceptível de conter restos da Doutrina Mágica, roubada
mais ou menos ao acaso de uma escola ou outra conforme a
ocasião serve.
Que o leitor, portanto, cuidado com o mais grave de tentar
obter uma compreensão do tema por meio de analogias
sirene. O Taoísmo tem tão pouco em haver com o Tao Teh
King como a Igreja Católica com o Evangelho.
Uma analogia extremamente pobre: o Tao Te Ching tem
existido intacto durante séculos: o “Evangelho” é uma
falsificação perpetrada pelos Romanos-Alexandrinos.
Ve j a Carta à um Maçom Brasileiro, publicado pela
O.T.O.. É preciso lembrar, no entanto, o tipo de pessoas
para quem ele estava escrevendo. – Motta.
O Tao Te Ching inculta inação consciente, ou melhor, a
inação inconsciente, com o objetivo de minimizar a
desordem do mundo. Algumas citações do texto devem
fazer a essência da doutrina clara.
X, 3 – Aqui está o Mistério da Virtude. Isto
tem criado tudo e alimentado tudo; ainda que
isto faça não lhes adere. Isso opera tudo; mas
não sabem disto, nem isto proclama; isto que
dirige tudo, mas sem controle consciente.
XXII, 2 – Assim o sábio concentra sobre a
Vontade, e isto é como uma luz para o mundo
inteiro. Ocultando-se, ele brilhara; retirando-
se, ele atraíra noticias; humilhando-se, ele
ganhará força para realizar sua Vontade. Como
ele não se esforçara, nenhum homem pode
contender contra ele.
XLIII, 1 – A substância mais suave caçará a
mais dura. O Insubstancial penetrará onde não
há nenhuma abertura. Aqui está a Virtude da
Inércia.
2 – Poucos são eles que alcançam: cujo
discurso é Silêncio, cujo Trabalho é Inercia.
XLVIII, 3 – Ele que atrairá para si tudo que é
sob o Céu fará assim sem esforço. Ele que o
esforço fará não é capaz de atraí-lo.
LVIII, 3 – O homem sábio é sensato e evitarás
agressão; seus cantos não injuriam outros. Ele
moverá em uma linha reta, e não desviará para
o lado; ele é brilhante, mas não cegará com seu
brilho.
LXIII, 2 – Faça grandes coisas enquanto eles
são coisas pequenas, difíceis enquanto eles são
ainda fáceis; para todas as coisas, como o
quão grande ou difícil sejam, tenha um começo
quando elas são pequenas e fáceis. Assim
então o homem sensato realizará as maiores
tarefas sem comprometer algo importante.
LXXVI, 2 – Assim então a rigidez e a dureza
são as estigmas da morte; elasticidade e
adaptabilidade de vida.
3 – Ele então que colocará adiante a força não
é vitorioso; mesmo que uma árvore forte
despedace no seu abraço.
4 – Assim o duro e rígido têm o lugar inferior,
o suave e elástico o superior.
Basta, eu acho, para esta parte do ensaio.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 7: As Três Escolas deMagick (2)
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Na esperança de que você agora está recuperada das
devastadoras revelações na questão da Escola Amarela,
devo pedir-lhe que se prepare para revelações ainda mais
formidáveis sobre a Negra. Não confunda com a Loja
Negra, ou os Irmãos Negros. A terminologia é
desafortunada, mas não fui eu quem fez isto. Agora então,
para o trabalho!
Ele retorna ao ensaio original escrito sob o pseudônimo
“Gerard Aumont”. – Motta.
A Escola Negra de Magick, que de modo algum deve ser
confundida com a Escola de Magia Negra ou feitiçaria,
sendo que esta última é uma perversão da tradição da
Branco...
Agora aqui temos que novamente introduzir uma ressalva.
(Essa palavra vem do latim, e significa “alerta”.
Crowley, como muitos intelectuais cultos, usam
frequentemente, então você poderia muito bem se
acostumar a isso.) Tenha em mente que a “Escola Negra”
mencionada neste ensaio não é “Escola Negra”
mencionada no Apólogo de Iniciados citado de A Visão e
a Voz. O primeiro é apenas uma falha Iniciática de
Coragem para enfrentar os fatos, enquanto a segunda,
pelo menos neste Aeon, somos nós, os Thelemitas.
Crowley está mentindo sobre certos planos e dizendo a
verdade sobre outros nos parágrafos seguintes. Vamos
tentar ajudá-lo a acompanhar o que é “verdadeiro” e o
que é “falso” sobre o que ele diz, mas você também deve
tentar encontrar seu próprio caminho através do
labirinto, se puder. Considere isso um exercício de ouvir
discursos políticos! – Motta.
...se distingue fundamentalmente da Escola Amarela no que
esta considera o Universo não como neutro, mas
definitivamente como uma maldição. Seu principal teorema
é a “Primeira Nobre Verdade” de Buda “Tudo é Dor”. Nos
clássicos primitivos desta Escola a ideia da tristeza é
confundida com aquela de pecado...
Isso absolutamente não era a intenção de Buda quando
ele falou: ele meramente afirmou um fato, a “moral”
dada as implicações desse fato são o resultado da
indisciplina dos veículos por parte dos seguidores
incapazes de enfrentar o Mestre e ouvir o “Segredo” que
Ele falava. – Motta.
(Esta ideia de lamentação universal é provavelmente
responsável pela escolha do Negro como a cor simbólica.
Contudo? Não é o branco o tom Chinês do luto?)
Este parêntese é uma ampla dica para o leitor inteligente.
– Motta.
A análise dos filósofos desta Escola refere cada fenômeno
para a categoria da dor. É completamente inútil apontar-
lhes de que certos eventos são acompanhados por alegria:
eles continuam seus cálculos implacáveis, e provam a sua
satisfação, ou melhor, a insatisfação, de que quanto mais
aparentemente agradável um evento é, mais malignamente
decepcionante é sua fascinação. Há apenas uma maneira
igualmente concebível de escapar, e este caminho é
bastante simples, a aniquilação. (Críticos superficiais do
budismo desperdiçaram muita dose de ingenuidade
estúpida na tentativa de fazer com que o Nirvana ou
Nibbana significasse algo diferente do que a etimologia, a
tradição e a evidencia dos Clássicos se combinam para
definir isto. A palavra significa, muito simplesmente,
cessação.: e é lógico que, se tudo é dor, a única coisa que
não é a dor é nada, e que por isso escapar da dor é a
obtenção do nada.)
Este ataque no budismo é o mais incisivo porque Crowley
tinha sido um budista muito ortodoxo antes do Ditame do
Livro da Lei. Sem embargo, há duas coisas erradas com
ele. Primeiro, o que Buda quer dizer com a ‘aniquilação’
foi o resultado do Trance Nerodah-Sammapatti, que
rudemente corresponde ao Samadhi Shivadarshana, que o
próprio Crowley admite como um mais alto estado de
Samadhi do que o Atmadarshana. Buda pregou o
desapego da ilusão da existência, não a extinção da
existência. Seus seguidores não eram encorajados a
cometer suicídio, mas sim conseguir um mais alto nível de
percepção do que aquela da massa da humanidade,
escrava das circunstâncias. – Motta.
O segundo erro é que a ‘Tolosofia’ de Besant e
Leadbeater não tem nada a ver com o Budismo serio de
qualquer tipo. É mais uma forma deturpada de
Bramanismo misturada com lendas absurdas. Há certos
“mestres secretos”, que são sempre muito misteriosos,
completamente inacessíveis, mas extremamente
poderosos, a devoção – e lotes de dinheiro pago aos
representantes deles – vai garantir ao “fiel” todos os
tipos de poderes fantásticos ou privilégios ou vantagens.
O panteão Besant-Leadbeater inclui não só Morya e Koot
Hoomi, supostos gurus de Blavatsky, mas uma mistura de
figuras lendárias de todos os tempos: o “Mestre Jesus”, o
“Mestre Racoczy”, o “Mestre Hilarion”, o “Mestre
Maitreya”, etc, etc. A analogia com os “santos” do
catolicismo romano é flagrante, a principal diferença é
que, embora haja mulheres “santas” no panteão católico,
o homossexualismo Leadbeater excluía qualquer uma na
Tolosofia. O “teosofia”, de Besant e Leadbeater é uma
operação de magia negra tentada ao longo das mesmas
linhas que o Cristismo, e provavelmente teria sido tão
bem “sucedida” como o Cristismo tinha se Crowley não
intervisse. Mas o budismo em si é meramente uma filial
da Escola Amarela, e, como observamos antes, a
verdadeira Escola Negra de Magia, a Escola da Raça
Negra, não é abordada no ensaio de Crowley. – Motta.
[Motta se esqueceu de incluir os “Mestres Atlantes”, a
“Chama Violeta”, etc...]
A filosofia ocidental é por vezes aproximada com esta
doutrina. Ele tem, pelo menos, afirmado que nenhuma forma
conhecida de existência está isenta de sofrimento. Huxley
diz, em seu Evolução e Ética, “Sofrimento é o emblema de
toda a tribo de coisas sensíveis”.
Não o Aldous Huxley escritor, mas sim seu avô, o grande
biólogo e estilista Thomas Henry Huxley, o primeiro
cientista respeitado a defender publicamente e aceitar a
Teoria da Evolução de Charles Darwin na Inglaterra. –
Motta.
Os filósofos desta Escola, visando, naturalmente, alterar o
mal pela raiz, investigam a causa da existência, que é dor, e
chegam logo na “Segunda Nobre Verdade” de Buda: “A
causa da Dor é Desejo”. Eles seguem com a concatenação
infinita de causas, de que a raiz final é a Ignorância. (Não
estou preocupado em defender a lógica desta Escola: Eu
meramente declaro a sua doutrina.) A questão prática de
tudo isso é que cada tipo de ação é tanto inevitável quanto
um crime. Devo fazer uma digressão para explicar que a
confusão de pensamento nesta doutrina está em
constantemente recorrente. Isso faz parte da escuridão da
Ignorância, que eles confessam ser a fundação de seu
Universo. (E, no fim de tudo, todo mundo tem seguramente
o direito de ter seu próprio Universo da maneira como
quiser.)
É extremamente improvável que o verdadeiro pensamento
de Buda é representado no budismo mais do que o
verdadeiro pensamento de Dionísio é representado em
Cristismo ou, infelizmente!, o verdadeiro pensamento de
Crowley será representado Crowleyosamente cem anos a
partir de agora. Estamos apenas no início, e os problemas
causados pelos Stansfeld Jones, os Grants, os Yorkes, os
Regardies, os McMurtrys, os Heflins e, talvez, os Mottas
já é aparente! – Motta
Esta escola que está sendo degradada pela natureza, não é
tão distante da religião convencional, como a Branco ou a
Amarela...
Este golpe baixo não toca Buda nem de longe, é claro.
Como nos dissemos antes, o ensaio inteiro foi feito como
um ataque à religião existente, um anuncio da religião
Thelêmica (como ele a concebeu na época) e uma
artilharia visando Besant e Leadbeater que, tendo
falhado em sua tentativa de definir Krishnamurti como o
“Salador do Mundo” (para ser manipulado por eles),
estavam começando a fazer barulho Budista para se
infiltrarem na França e de lá o resto da Europa. – Motta.
... A maioria das religiões primitivas fetichista podem, de
fato, serem consideradas representantes bastante fieis desta
filosofia. Onde o animismo domina, o “curandeiro”
personifica esse mal universal, e procura propiciá-lo pelo
sacrifício humano. As primeiras formas de Judaísmo, e
aquele tipo de Crististas que nos associamos com o
Exército da Salvação, Billy Sunday e os Fundamentalistas
dos back-blocks da América, são casos suficientemente
simples da religião cuja essência é a propiciação de um
demônio maligno.
Qualquer forma de Cristismo é como propiciação: o
postulado do Credo Niceno. Nós remetemos o leitor à
Carta a um Maçom Brasileiro sobre este assunto. –
Motta.
Quando a luz da inteligência começa a amanhecer
vagamente através de muitos nevoeiros sobre esses
selvagens, chegamos a um segundo estagio. A ousadia do
mestre e coragem de espírito para afirmar que a maldade
que é tão óbvia, é, de alguma maneira misteriosa, uma
ilusão. Eles, assim, repelem toda a complexidade inteira da
tristeza a uma causa única; isto é, o surgimento da ilusão de
resgate. O problema, então, assume uma forma final: Como
é aquela ilusão a ser destruída.
Uma coisa muito perversa, de ir contra uma Divindade
como essa. Por que, se “Deus” quisesse que o homem
voasse, “ele” teria lhes dado asas. Et cetera e assim por
diante. As tentativas de destruir a ilusão pelo Cristismo,
por exemplo, eram acompanhadas por torturas e
genocídio durante vários séculos. Esta é uma
característica das religiões iniciadas e mantidas por
Irmãos Negros que hereges não devem ser permitidos.
“Tu não deverás sofrer para uma feiticeira viver”, etc,
etc. – Motta.
Um exemplo regularmente puro do primeiro estagio deste
ti po de pensamento deve ser encontrado no Vedas; do
segundo estagio, nos Upanixades...
Você notará que nada disto tem qualquer coisa a ver com
Budismo ou Buda, sua principal intenção no ensaio é
desacreditar qualquer coisa que vem do Oriente, com a
única exceção da filosofia Chinesa. Isso se deveu ao fato
de que Besant e Leadbeater ocultaram o miasma da
vigarice atrás de uma mistura de erudição Hindu e
pseudo-Budista. Seus “Mestres Secretos” viveram em
algum lugar em uma região vaga do Leste que ficava
pulando em toda parte da Península Bengal, no Tibete, e
às vezes até no deserto de Gobi: “Shambalah”, onde os
“deuses” vivem – esse tipo de coisa. O leitor moderno
pode nao perceber como esta mistificação inteira foi
popular ha não muito tempo atrás. James Hilton, de muito
sucesso, e muito comum, no romance Lost Horizons foi
inspirado por ela, embora seu Shangri-La era,
naturalmente, a sua própria criação, até no nome. Como
ele deve ter aborrecido os Tolosofistas por que ele não
usou o termo “Shamabalah”... Mas possivelmente eles
teriam protestado contra ele; eles foram, e são bastante
estúpidos. Entretanto, a verdadeira intenção da Mestra
Blavatsky, que foi um enfraquecimento do fanatismo dos
Crististas sobre o Oeste, estava indo pelo dreno [ralo],
até que Crowley a pegou e carregou isto adiante. – Motta.
... Mas a resposta à pergunta, “Como a ilusão do mal deve
ser destruída?”, depende de outro ponto da teoria. Podemos
postular um Parabrahm infinitamente bom, etc, etc, etc, caso
em que consideramos a destruição da ilusão do mal como a
reunião da consciência com Parabrahm. A parte infeliz
deste esquema de coisas é que buscando definir Parabrahm
com o objetivo de retornar à sua pureza, é descoberto mais
cedo ou mais tarde, que Ele não possui nenhuma qualidade
em absoluto! Em outras palavras, como o fazendeiro disse,
ao ser mostrado o elefante: Não há nenhum animal. Foi
Gautama Buda que percebeu a inutilidade de arrastar este
paquiderme imaginário. Uma vez que nosso Parabrahm, ele
disse aos filósofos Hindus, é na verdade nada, por que não
ultrapassar para a percepção original que tudo é a dor, e
admitir que o único modo de escapar da dor é chegar ao
nada?
Podemos concluir toda a tradição da península Indiana de
maneira muito simples. Para os Vedas, o Upanixades, e o
Tripitaka para os Budistas, nós temos apenas que adicionar
os Tantras para as são chamadas de Escolas Vamacharya.
Por mais paradoxal que possa soar os tântricos são na
realidade os mais avançado dos Hindus...
Madame Blavatsky utilizou o tantrismo muito
discretamente, e um dos seus seguidores, Sir John
Woodroffe (“Arthur Avalon”), traduziu muitos textos
Tântricos importantes para o Inglês. A reação do
Anglicanismo e o Catolicismo Romano, para não falar das
outras seitas Crististas, contra ele foi extremamente
aguda, e Besant e Leadbeater abandonaram todo seu
esforço: Quem quer ganhar dinheiro com a “religião”
nunca ataca o status quo. – Motta.
...Sua teoria é, num ultimato filosófico, um estagio
primitivo da tradição Branca...
O leitor é novamente lembrado que embora a nossa
Escola seja de fato a Escola Branca a partir de um ponto
de vista racial esta é a chamada Escola “Negra” no
Apólogo do Iniciado citado da “A Visão e a Voz”, pelo
menos neste momento. – Motta.
... já que a essência dos cultos Tântricos é que pela
realização de certos ritos de Magick, cada um não só evita
o desastre, mas obtém uma bênção positiva. O Tântrico não
é obcecado pela vontade de morrer. É um negócio difícil,
não há dúvida, conseguir qualquer divertimento fora da
existência; mas pelo menos não é impossível. Em outras
palavras, ele implicitamente nega a proposição fundamental
de que a existência é dor, e ele formula o postulado
essencial da Escola Branca de Magick, que significa que
existem meios pelo o qual a dor universal (aparente a toda
observação comum) pode ser desmascarada, assim como
no rito de iniciação de Isis nos antigos dias de Khem. Lá,
um Neófito apresentando sua boca, à força, às nádegas do
Bode de Mendez fazendo beiço, encontrou-se acariciado
pelos lábios castos da sacerdotisa virginal daquela Deusa
na base do santuário no qual é escrito que Nenhum homem
levantou o seu véu.
Esta descrição dos ritos egípcios pertence já à época
decadente do Egito, e não ao tempo de seu poder, e
Crowley está citando quase palavra por palavra a partir
do A História da Magia de Levi e um capítulo de seu
Dogma e Ritual. Oh aquelas sacerdotisas castas e
virginais! – Motta.
A base da filosofia Negra não é absurdamente mero clima,
com este resultante estiolamento do nativo, esta lânguida,
biliosa, anêmica, prostrada por febre, emasculação da alma
do homem...
...Uau! Possivelmente você esta começando a entender o
que ele fazia? – Motta.
... Consequentemente encontramos poucos equivalentes
verdadeiros desta Escola na Europa. Na filosofia Grega
não há nenhum traço em qualquer doutrina...
Ele passa por cima discretamente, naturalmente, de que
os Helênicos vieram à Europa originalmente da Ásia,
como fez a maior parte das outras tribos conhecidas pela
história. Daí o fato estabelecido de que a maior parte das
línguas Indo-europeias se originaram do Sânscrito
antigo, no qual o Vedas e o Upanixades foram
originalmente escritos. – Motta.
O veneno na sua forma mais suja e mais virulenta só entrou
com o Cristismo...
Aqui ele acrescentou a seguinte nota: “Escritores anti-
Semita na Europa – por exemplo, Weininger – chamam a
teoria Negra e Judaísmo prático, embora por uma curiosa
confusão, das mesmas ideias a que são chamados de
Cristãos dentre os Anglo-Saxões. Em 1936 e.v. a Escola
“Nazista” começou a observar este fato. – Motta.
...Mas mesmo assim, poucos homens de qualquer eminência
verdadeira foram encontrados para levar os axiomas do
pessimismo à sério. Huxley, de todos os que tocam nesta
pequena chave, era um Conservador eupéptico...
Significando, membro do Partido Conservador dotado de
uma boa digestão. O leitor deve lembrar que este é
Thomas Henry Huxley que está sendo citado. – Motta.
...O ponto culminante da filosofia Negra só é encontrada em
Schopenhauer, e nós podemos considerá-lo como tendo
sido obcecado, por um lado, pelo desespero que nasce do
falso ceticismo que ele aprendeu da bancarrota de Hume e
Kant; por outro lado, pela obsessão direta dos documentos
Budistas para o qual ele foi um dos primeiros Europeus a
obter acesso. Ele era, por assim dizer, levado ao suicídio
por sua própria vaidade, um curioso paralelo para Kiriloff
em “Os Possessos de Dostoiewsky”.
O leitor encontrará boas descrições das doutrinas de
todos os três filósofos, Schopenhauer, Hume e Kant, na
História da Filosofia Ocidental de Bertrand Russell. –
Motta.
[Russel é, ao meu ver, repito, leitura obrigatória à qualquer
um que deseje progredir de verdade. Treine essa massa
cinzenta em matemática, cálculo, física, biologia, química e
historia também!]
Nós temos, entretanto, exemplos fartos e abundantes de
religiões provenientes quase que exclusivamente da
tradição Negra, em diferentes estágios. Já mencionamos os
cultos Evangélicos com seus ferozes diabo-deus que cria a
humanidade para o prazer de condena-la e forçá-la a
rastejar diante dele, enquanto ele berra de jubilo drogado
sobre a agonia de seu único filho...
Um pouco ao longo das linhas do jornalismo amarelo
aqui; mas ele tinha aprendido muito com eles. Uma nota
de rodapé acrescentada neste momento se lê: “N.B. A
Cristandade estava em seu primeiro estagio, um
Comunismo judaico, dificilmente distinguível do
Marxismo”. Isto é em parte correto: a maioria das seitas
dos Essênios, do qual os aspectos Judaicos do
Cristianismo são um ramo, eram comunistas na estrutura.
Novamente, veja “Carta a um Maçom Brasileiro” para
mais detalhes. – Motta.
... Mas na mesma classe, devemos colocar a Ciência cristã,
tão grotescamente com medo da dor, sofrimento e mal de
qualquer espécie, que os seus patetas não podem pensar em
nada melhor do que balir a negação desta realidade, na
esperança de hipnotizar-se em anestesia.
Praticamente os não Ocidentais têm alcançado o terceiro
estagio da tradição Negra, o estagio Budista...
Voltamos a lembrar ao leitor que o Budismo é uma
derivação da Escola Amarela de Magick, e não da Escola
Negra no sentido racial ou da Escola Negra no sentido do
apólogo já citado. – Motta.
...Isto é somente isolamento místico, e aqueles homens que
se colocam com desdenhosa complacência com as normas
da religião mais próxima, aquela que vai incomodá-los
pelo menos em sua busca do nada, que carregam o sorites
por enquanto.
Mas o último usualmente amontoa sob a goteira, da as
sangrenta do Cristismo, e não sob o Budismo de qualquer
espécie. – Motta.
Os documentos da Escola Negra de Magia já foram
indicados. Eles são, em sua maior parte, entediantes até o
último grau e repulsivos a todos os homens de espírito
sadio;...
Mentindo definitivamente como parte da política atrás
deste ensaio, uma vez que em outra parte nesses escritos
ele faz abundante as referências para a beleza poética e a
nobreza do pensamento em muitos dos Clássicos Hindus.
Eles estão na sua maioria, de qualquer modo, muito
acima dos “Evangelhos” tanto em estilo como em
profundidade filosófica. – Motta.
...ainda que possa ser apenas negado que tais livros como o
“Dhammapada” e “Eclesiastes” são obras-primas da
literatura. Eles representam a agonia do desespero humano
no seu grau máximo de intensidade, e a contemplação
melancólica que é induzida pela sua leitura minuciosa não é
favorável à concepção daquele clima que deve conduzir
cada inteligência realmente corajosa à determinação de
escapar da palmatoria do Professor da Escola Negra para
os braços estendidos da Mestra Branca da Vida.
Ah, garoto... – Motta.
Deixemos a figura sinistra de Schopenhauer para a forma
misteriosamente radiante de Espinosa! Este ultimo filósofo,
no que diz respeito pelo menos do seu panteísmo,
representa com bastante suficiência a tese fundamental da
tradição Branca...
Embora ele fosse Judeu... Novamente o leitor é
relembrado de não levar “Preto” e “Branco”, pra não
dizer nada do “Amarelo”, muito a serio neste ensaio de
Crowley. – Motta.
...Praticamente a primeira observação que devemos fazer é
que essa tradição Branca não é detectável fora da Europa.
Ela aparece em primeiro lugar na lenda de Dionísio...
Quem, por esta maneira, como Crowley sabia muito bem,
veio para a Europa da Península de Bengala. A política é
um jogo sujo, meninos e meninas. – Motta.
...(A este respeito, leia atentamente Browning “Apolo e as
Parcas”.)
[Sobre “politizar” Magick para combater os “Mestres
Ascencionados” acho oportuno indicar a leitura e estudo,
calmo e meditativo, de “O Leopardo e o Cervo”, sendo este
o Cap. 19 de Liber 333, “O Livro das Mentiras”, para um
entendimento mais generalizado de como focar esse tipo de
“técnica”...]
A tradição Egípcia de Osíris não é diferente. A ideia
central da Escola Branca é que, admitindo que “tudo é
sofrimento” para o profano, o iniciado tem os meios de
transformá-lo em “Tudo é alegria”. De fato não há dúvida
disso para qualquer avestruz, ignorando, como na Ciência
Cristia. Não há sequer um argumento mais ou menos
sofisticado sobre o ponto de vista alterando a situação
como Vedantismo. Nós temos, pelo contrário, a atitude que
foi talvez a primeira de todas, historicamente falando,
definida por Zoroastro, “a natureza nos ensina, e os
Oráculos também afirmam que até mesmo os germes maus
da Matéria podem igualmente tornarem-se úteis e bom”.
“Não fique no precipício com a escória da Matéria; pois há
um lugar para a tua Imagem num domínio sempre
esplêndido”. “Se tu estender a Mente Ígnea à obra da
piedade, tu queres preservar o corpo flexível”.
No entanto, como Crowley também sabia perfeitamente
bem, esses assim chamados Oráculos de Zoroastro têm
tanto a ver com Zoroastro, o Mago da Pérsia, como os
“evangelhos” têm a ver com Dionísio, ou as “Estâncias
de Dzyan” de Blavatsky tem a ver com qualquer
manuscrito antigo: eles são todos falsificações
relativamente modernas, embora aplicar a palavra
“falsificação” para os “oráculos” talvez seja um pouco
extremo: o escritor adotou o pseudónimo de Zoroastro
para escrevê-los e, talvez, ele foi até mesmo chamado de
Zoroastro. Mas ele não têm nada a ver com a religião
Persa. Aqui Crowley acrescentou a seguinte nota: “Esta
passagem parece ser uma dica direta da Fórmula do IXº
O.T.O., e a preparação do Elixir da Vida”. – Motta.
[Deve ser claro, apos reflexão e bom senso, que estas, e
outras “Falsificações” tem uma função similar a de um
“Marco”: Elas indicam o método, sucesso ou fracasso, de
uma determinada Operação de Magick. Necessariamente
os fatos não ocorreram ao pé-da-letra, mas não há um
termo mais adequado que não “Falsificação”. LAM,
AMALANTRA, e outros mais são MARCOS de Operações
de Magick de Crowley, e não fatos em amplo senso.]
Parece que o Levante, de Bizâncio e Atenas para Damasco,
Jerusalém, Alexandria e Cairo, estava preocupado com a
formulação desta Escola em uma religião popular,
iniciando nos dias de Augustus Caesar. Pois existem
elementos dessa ideia central na obra dos Gnósticos, em
certos rituais dos quais Frazer convenientemente chama o
Deus Asiático, como nos remanescentes do Antigo culto
Egípcio. A doutrina se tornou abominavelmente corrompida
e m comissão, por assim dizer, e o resultado foi o
Cristianismo, o que pode ser considerado como um ritual
Branco sobreposto por uma massa montanhosa da doutrina
Negra, como o bebê da mãe que o Rei Salomão não ajustou.
O leitor vai perceber que, apesar do fato de que ele
insistiu no princípio de que os Irmãos Negros e Magia
Negra não devem ser confundidos com a Escola Negra de
Magia, ele está aqui fazendo exatamente isso. A
explicação é que ele estava mentindo e, simultaneamente
alerta o leitor sobre o que ele pretendia fazer, e agora
está fazendo. – Motta.
Podemos definir a doutrina da Escola Branca, na sua pureza
em termos muito simples.
O leitor é novamente lembrado que esta é a nossa Escola,
e que esta é a Escola chamada de “Negra” no apólogo de
“A Visão e a Voz”. Você está ficando com dor de cabeça?
Continue então... – Motta.
A existência é pura alegria. A tristeza é causada por
insuficiência de perceber esse fato, mas isso não é uma
desgraça. Nós inventamos a tristeza, o que não importa
muito, afinal, a fim de ter a satisfação exuberante de se
livrar dela. A existência é, portanto, um sacramento.
Esta é uma simplificação excessiva não muito científica
da doutrina expressada em AL, e se transportada às suas
mais distante consequências podem dar origem, no futuro,
uma teologia tão repugnante e uma religião tão corrupta
como a teologia do Cristista e o Cristismo em si. Mas
vamos nos abster de qualquer comentário sobre AL mais
d o que os já existentes em Equinócio V 1 “Os
Comentários de AL”. – Motta.
Os adeptos da Escola Branca consideram seus Irmãos de
Negro muito como o aristocrático Inglês Sahib (dos dias
quando a Inglaterra era uma nação), considerou o Hindu
ignorante...
Uma atitude não muito fraterna, pode-se observar; mas
seja lembrado novamente de que ele está mentindo no seu
raciocínio para seu próprio proposito principal: para
propagandear Θελημα e alem disso desacreditar Besant e
Leadbeater... – Motta.
Nietzsche expressa a filosofia desta Escola, nessa medida,
com considerável precisão e vigor. O homem que denuncia
a vida se limita a definir-se como o homem que é desigual a
ela. O homem bravo se alegra em dar e receber golpes
duros, e o homem bravo é alegre. A ideia do Valhalla
Escandinavo pode ser primitiva, mas é varonil...
[O conceito de BRAVO mudou com o tempo. Poderíamos
ter usado a palavra Corajoso, mas não temos esse
entendimento. Thelemitas deveriam acompanhar o conceito
temporal que as palavras tomam em cada fase da
sociedade, mas nunca sem perder seu foco e sentido
original. Por este motivo, usamos e mantemos BRAVE
como BRAVO, “Bravo cavaleiro”!]
Pode-se observar aqui que a mitologia Nórdica foi a
primeira a introduzir o conceito da Mulher Guerreira no
Ocidente desde a lenda Grega das Amazonas. Isso em
parte foi devido ao fato de que as mulheres Nórdicas
gozavam de liberdade sexual e igualdade social desde o
início, e até mesmo o miasma do Cristismo não foi capaz
de roubá-los completamente da sua herança cultural
neste aspecto. – Motta.
[Os Iton Ifá sobre Oyá, para citar apenas uma das Irumales
Yoruba, já traziam este conceito com muito mais
antiguidade. Assim como as três Parcas Gregas – o Trino
Aspecto Lunar – podem facilmente ser encontradas no culto
às Yami Osoronga, também do panteão Yoruba, mas isso
foge um pouco ao foco aqui descrito...]
...Um céu de concerto popular, como o do Cristão; de
repouso inconsciente, como o do Budista; ou mesmo do
prazer sensual, como o do Muçulmano, excita a sua náusea
e o desprezo. Ele entende que o único valor da alegria é a
alegria da vitória contínua, e a própria vitória ficaria tão
tão dócil como um croque se não fosse condimentada pela
derrota igualmente contínua.
Tais simplificações, como observamos antes, podem dar
origem a credos crapulosos. O “ele” referido aqui é o
“homem corajoso”. Pode-se observar que, no momento
que o presente ensaio foi escrito (Crowley tinha acabado
de ser expulso da Sicília), seu entendimento da AL ainda
era bastante limitado. – Motta.
Os puríssimos documentos da Escola Branca são
encontradas nos Livros Sagrados do Θελημα...
Ah, ele chegou a isso!... – Motta.
...A doutrina é dada em excelente perfeição tanto no Livro
do Coração Cingido com a Serpente quanto no Livro do
Lápis-Lazúli. Uma única passagem é suficiente para
explicar a fórmula.
7. Além disto, eu tive a visão de um rio. Nele
havia um botezinho; e neste, sob velas de
púrpura, estava uma mulher dourada, uma
imagem de Asi lavrada do ouro mais fino.
Também, o rio era de sangue, e o bote de aço
brilhante. Então eu a amei; e, desatando meu
cinturão, atirei-me à correnteza.
8. Eu recolhi-me ao botezinho, e durante
muitos dias e noites eu a amei, queimando
lindo incenso diante dela.
9. Sim! Eu lhe dei a flor da minha juventude.
10. Mas ela não se moveu; apenas, pelos meus
beijos eu a conspurquei tanto que ela
enegreceu perante mim.
11. Entretanto eu a adorei, e dei-lhe a flor da
minha juventude.
12. Também aconteceu que através disto ela
adoeceu, e corrompeu-se diante de mim. Quase
eu me atirei à correnteza.
13. Então, no fim marcado, seu corpo era mais
branco que o leite das estrelas, e sua boca
rubra e quente como o acaso, e sua vida de um
branco em brasa como o calor do sol do meio-
dia.
14. Então ela se ergueu do abismo de Idades
de Sono, e seu corpo me abraçou. Eu me
derreti por completo em sua beleza, e alegrei-
me.
15. Também o rio tornou-se o rio de Amrit, e o
botezinho era a carruagem de carne, e suas
velas o sangue do coração que me carrega, que
me carrega.
Liber LXV, Cap. II.
Encontramos ainda na literatura profana esta doutrina da
Escola de Magia Branca:
Ó Buda! poderias tu no nada repousar
Um pivô para o universo?
Todas as coisas devem ser igualmente
confessas
Meras mudanças chamadas sobre uma
maldição?
Eu juro por toda felicidade do azul
Minha Phryne com seu pó
[Phrynea, Φρύνη, o mesmo que Hetaera, veja
uma enciclopédia]
É tão falsa – e tão verdadeira –
Como seu desgostoso esqueleto.
Cada um a seu gosto: se você prefere
Esta compenetração asquerosa em Decadência;
Eu chamo-lhe de Crescimento, e mais
encantadora
Que todos os glamoures do dia.
Você não iria flertar com Doreen
Porque sua indiferença desbotou,
Porque você sabe das coisas impuras
Isso vai torná-la uma donzela mortal.
Eu, se o seu cadáver apodrecido fosse meu,
O tomaria como minha comida natural,
Negando a tudo exceto o Divino
Igualmente na bondade quanto na maldade.
Aspasia pode arranhar-me de perto,
E Lais carregar-me com a doença.
Prazeres pobres, barganhas amargas, estes?
Desprezarei Diógenes.
Siga a sua fantasia longe o suficiente!
No fim seguramente chegará a Deus.
Este poema é, claro, do próprio Crowley – Motta.
Há, portanto, nesta Escola qualquer tentativa de negar que a
natureza é, como Zaratustra disse: “uma força fatal e do
mal”; mas a Natureza é, para se falar, “a Matéria Primeira
da Obra”, que deve ser transmutada em ouro. A alegria é
uma função da nossa própria parte nesta alquimia. Por essa
razão encontramos os adeptos mais ousados e mais hábeis
que deliberadamente procuram os elementos mais
repugnantes da Natureza para que o seu triunfo possa ser o
maior. A fórmula é evidentemente a de coragem desmedida.
Isto expressa a ideia de vitalidade e masculinidade no seu
sentido mais dinâmico.
[Tudo isso de formula alquímica é interpessoal. Evidente
que esse aspecto da Natureza a que Crowley se refere é o
de sua PRÓPRIA natureza, e não a de seu próximo.
Evidente, que valor há em você “dominar” os aspectos
sombrios de seus diferentes semelhantes se você mesmo
não domina os seus?]
A única religião que corresponde a esta Escola em absoluto
é aquela do Egito antigo; possivelmente também aquela da
Caldéia. Isto é porque aquelas religiões são religiões
Mágicas no sentido técnico estrito; o componente religioso
deles é negrigenciável. Porquanto ele exista, ele existe
somente para o não-iniciado.
Há, contudo, os traços do inicio da influência da Escola no
Judaísmo e no Paganismo. Há, também, certos documentos
do puro espírito Grego que carregam traços disto. É o que
eles chamaram de Teurgia.
A religião cristã na sua essência mais simples, por aquela
ideia de superar a maldade através de uma cerimônia
Mágica, a Crucificação, parece à primeira vista um
exemplo justo da tradição Branca; mas a ideia do pecado e
da conciliação manchou-a abominavelmente com Negridão.
Houve, contudo, certos pensadores cristãos que tomaram o
corajoso passo lógico da consideração da maldade como
um dispositivo de Deus para o exercício das alegrias do
combate e vitória. Isto é, naturalmente, uma doutrina
perfeitamente Branca; mas é considerada como a mais
perigosa das heresias. (Romanos VI. 1,2, et al.).
Por tudo isso, a ideia está lá...
Mas a ideia não é de todo Thelêmica, pelo contrário. Não
há “mal” na doutrina de “O Livro da Lei”. – Motta.
...A Missa em si é essencialmente um ritual Branco típico.
Seu objetivo é transformar a matéria crua diretamente na
Divindade. É, portanto, uma operação cardeal de Magick
Talismânica. Mas a influência da Escola Negra corroeu a
ideia com acréscimos teológicos, metafísicas, de um lado, e
supersticiosas do outro, tão completas para mascarar a
verdade por completo.
Agora isto, naturalmente, é completamente incorreto. A
Escola Negra como ele a interpreta no ensaio,
significando os Hindus e os Budistas, não teve
absolutamente nenhuma influência sobre a corrupção do
Ritual Gnóstico da Missa nas mãos do Crististas. Ele está
deliberadamente equacionando a “Escola Negra” com a
Loja Negra e os Irmãos Negros, para tirar vantagem das
conotações emocionais da cor “preta” na mente
Ocidental média. Ele vai começar por Besant e
Leadbeater consequentemente, como você verá, depois de
ter confundido completamente a questão para seu próprio
objetivo, que, lembramos o leitor, foi desacreditar os
Tolosofistas, “maharishis” orientais e “gurujis” em geral
e propagandear e Θελημα como ele então compreendeu. –
Motta.
Na Reforma, nós encontramos uma tentativa ineficaz para
remover o elemento Negro. Os pensadores Protestantes
deram o seu melhor para se livrar da ideia de pecado, mas
foi logo visto que o esforço só poderia levar ao
antinomismo; e eles reconheceram que isso infalivelmente
destrói a crença religiosa como tal.
Antinomismo é o conceito teológico Cristista de que a
“fé” sozinha é suficiente para assegurar a “salvação”.
Isso acaba com o “Diabo”, com “Jesus” e, o que era mais
grave, com a necessidade de sacerdotes, pastores ou
igrejas organizadas...! – Motta.
Misticismo, tanto Católico como Protestante, fez uma nova
tentativa de libertar a cristandade da nuvem escura da
iniquidade. Eles juntaram mãos com os Sufis e os
Vedantistas. Mas isto novamente levou à mera negação da
realidade da maldade. Assim afastando-se, pouco a pouco,
da clara compreensão dos fatos da Natureza, a sua doutrina
tornou-se puramente teórica, e desvaneceu-se, enquanto a
nuvem tempestuosa do pecado se instalou mais
pesadamente do que nunca.
Esta referência só pode ser entendida se você estudar a
história do movimento ecumênico no final do século XIX,
com a criação do Conselho Mundial de Religiões, nas
quais Vivekananda fez uma forte demonstração. Mas
obviamente, qualquer fortificação de sistemas sólidos de
misticismo, como Vedanta e Sufismo, poderia – e o fez –
só levam ao enfraquecimento da teologia Cristista do
nosso ponto da visão, e claro, isto é tudo de bom. Do
ponto de vista de Jerry Falwells e Phyllis Schlaflys e os
Papas, isto é um completo desastre, especialmente para
as suas bolsas. – Motta.
O mais importante de todos os esforços da Escola Branca,
d o ponto de vista exotérico, é o Islã. Na sua doutrina há
alguma leve mancha, mas muito menos do que no
Cristandade. É uma religião viril. Ela olha os fatos de
frente, e admite o seu horror, mas se propõe a superá-los à
força de pura masculinidade. Infelizmente, as concepções
metafísicas das suas Escolas quase-profanas são
grosseiramente materialista. É somente o panteísmo dos
Sufis, que elimina o conceito de propiciação; e, na prática,
os Sufis são muito estreitamente aliados ao Vedantismo
para manter a apreensão de realidade.
Novamente, isto está deliberadamente incorreto. – Motta.
Isto é tudo para o presente.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 8: As Três Escolas deMagick (3)
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Tem sido uma longa – e espero que não muito tediosa –
viagem; mas finalmente o porto está à vista.
Nosso ensaio se aproxima de seu objetivo; a teoria da Vida
para a qual tende a iniciação.
Ele quer dizer iniciação Thelêmica – Motta.
Vamos continuar!
Os parágrafos acima foram cortados pelo Sr. Regardie em
sua “edição” do livro. Talvez pensasse que a definição do
objetivo do ensaio é muito ameaçador para si e seus
comparsas. – Motta.
Há na história apenas um movimento que o objeto foi
organizar os adeptos isolados da Escola Branca de Magick,
e esse movimento foi totalmente desconectado com a
religião, exceto na medida que já emprestou a sua
influência para os reformadores da igreja Cristã. A sua
apelação não foi nada focada a população. Ele meramente
ofereceu abrir relações com, e comunicar certos segredos
práticos de sabedoria aos, homens isolados da ciência pela
Europa. Esse movimento é geralmente conhecido pelo nome
de Rosacrucianismo.
A palavra suscita todos os tipos de lamentáveis
correspondências; mas os adeptos da Sociedade nunca se
preocuparam no mínimo sobre o abuso do seu nome para os
propósitos de charlatanismo, ou sobre os ataques dirigidos
contra eles por críticos invejosos. De fato, tão sabiamente
tenham escondido as suas atividades, que alguns eruditos
modernos do tipo raso declararam que tal movimento nunca
existiu, que ele foi uma espécie de chiste prático jogado
sobre a curiosidade crédula da Idade Média. É certo pelo
menos que, desde as proclamações originais, nenhuma
publicação oficial foi proposta. Os segredos essenciais
foram mantidos inviolados. Se, durante os últimos anos
passados, um número considerável de documentos foram
publicados por eles, embora não no seu nome, foi por causa
da crise iminente à civilização, da qual a menção será
depois feita.
Não há nenhum bom propósito, mesmo que houvesse
licença, para discutir a natureza da base da realização
científica, que é o cerne das doutrinas da Sociedade. Só é
necessário salientar que a sua correspondência com a
alquimia é um fato genuíno sobre o assunto, que tem sido
permitido transpirar; porque os Rosacruzes, tal como
indicado por seu símbolo central, a cruz estéril à qual ele
fez uma rosa em flor, ocupa-se principalmente com a
alquimia espiritual e fisiológica. Tomando para “A
primeira matéria da Obra uma substância neutra ou inerte
(ela é constantemente descrita como a coisa mais comum e
menos valorizada da terra, e pode realmente conotar
qualquer substância que seja), ele deliberadamente a
envenena, por assim dizer, trazendo-a para um fase de
transmutação geralmente chamada de Dragão Negro, e ela
passa a trabalhar sobre este veneno virulento até que ela
obtenha a perfeição teoricamente possível.
Incidentalmente, temos um paralelo quase preciso com esta
operação na moderna bacteriologia. Os bacilos
aparentemente inofensivos de uma doença são cultivados
até se tornar mil vezes mais virulento do que antes, e é a
partir dessa cultura que é preparada a vacina, que é um
remédio eficaz para todos os estragos possíveis desse tipo
de micro-organismo.
Parte do ensaio foi aqui extirpado pelo próprio Crowley –
Motta.
Nós temos sido obrigados a expor, talvez com um
comprimento muito considerável, as principais doutrinas
das três Escolas. A tarefa, tediosa, foi necessária a fim de
explicar com razoável lucidez a sua ligação com o mundo e
suas ideias direta; isto é, a natureza de suas atividades
políticas.
A Escola Amarela, de acordo com esta doutrina de reação
perfeitamente elástica e não-interferência, mantém-se, em
geral, completamente separada de todas essas questões.
Dificilmente podemos imaginá-la suficientemente
interessada em qualquer evento, seja qual for para reagir
agressivamente. Ela se sente forte o suficiente para lidar
satisfatoriamente com qualquer coisa que possa
transformar-se, e de um modo geral, considera que qualquer
ação concebível em sua parte seria susceptível de
aumentar, em vez de diminuir o prejuízo.
Ela continua sendo um pouco desdenhosa longe do eterno
conflito da Escola Negra com a Branca...
Isto novamente é totalmente incorreto: a Escola Negra de
Magia, a Escola racial, não entra em conflito com a
Escola Branca; e acontece que a Escola Branca, pelos
termos do apólogo, é o “Escola Negra” deste Aeon.
Crowley deliberadamente levou a discussão para a
guerra entre a Escola Branca e a Loja Negra e os Irmãos
Negros. – Motta.
...Ao mesmo tempo, há uma certa sensação entre os adeptos
Amarelo de que uma dessas Escolas dever ser aniquilada, o
resultado poderia muito bem ser que o vencedor iria, mais
cedo ou mais tarde, voltar sua energia liberada contra si
mesmo.
Uma vez que a Loja Negra e os Irmãos Negros são
essencialmente doentes, se eles devem triunfar eles
certamente espalharam a infecção deles por todo o
planeta. Mas desde que por determinadas razões, isto é
impossível, a descrição de Crowley da técnica da Escola
Amarela é mais imaginativa do que fatual. Por favor note
que as Escolas misturam e trocam conhecimento na
medida da necessidade e ao acaso, e que os
“Rosacrucianos” que descrevi foram um ramo da Escola
Branca que usou métodos da Escola Amarela nas suas
operações de Magick. Eles foram, a propósito, a
organização da Escola Branca mais próspera conhecida
na história desde o Egito Antigo – Motta.
De acordo, portanto, com o seu plano geral de não-ação,
como expresso no Tao Teh King, ao lidar com o mal antes
que ele se torne forte demais para ser perigoso, eles
interferem delicadamente de vez em quando para
restabelecer o equilíbrio.
Durante as duas últimas gerações, os Mestres da Escola
Amarela tem sido obrigados a tomar conhecimento da
progressiva ruína dos adeptos Branco. O Cristianismo, que
possuía ao menos a aparência de uma fórmula Branca, já
estava na agonia da decomposição, mesmo antes de ser
realmente morto. A ciência materialista tem sobrecarregado
a fé e a esperança dos cristãos (eles nunca possuíram
qualquer caridade quando sobrepujavam) com uma
demonstração de tristeza, transitoriedade e futilidade cruel
do universo. Uma vasta onda de pessimismo tomou conta da
fortaleza da Alma Humana.
É verdade que foi um golpe mortal para os adeptos da
Escola Branca, quando Ciência, a sua própria amiga intima
em quem confiavam, voltou-se contra eles...
Tudo isso é ilusório, toda essa parte do ataque projetado
contra Besant, Leadbeater e os Tolosofistas. A ciência era
a arma empunhada pelos Rosacruzes para destruir a
tirania da Igreja Romana, e o estímulo do pensamento
científico tem sido a província especial da Escola Branca
de Magick há muitos séculos. – Motta.
Foi nessa conjuntura que os adeptos Amarelo enviaram ao
mundo Ocidental uma mensageira, Helena Petrowina
Blavatsky, com a distinta missão de destruir, por um lado,
as brutas escolas do Cristianismo, e, por outro lado, para
erradicar o materialismo da Ciência Física...
Isso é totalmente incorreto. É verdade que Blavatsky,
como o próprio Crowley, foram para a Ásia para
treinamento, mas ela foi uma Adepta Branca (leia-se
“Negra...!”), e seu trabalho era, obviamente, ao longo
das técnicas e dos objetivos da Escola Branca. A
principal razão de Crowley afirmar que ela foi enviada
pela Escola Amarela é que Blavatsky alegava que o seu
mestrado foi Oriental: ele está tentando dissociar
Blavatsky e seus Mestres completamente do que ele
chama de “Escola Negra”, que, como veremos em breve,
significa sobretudo Besant e Leadbeater, neste ensaio,
com a sua jogada de “Mestres Secretos”. Por favor note
que Besant e Leadbeater, embora falhando em especial
por causa da intervenção de Crowley, pelo menos
abriram a porta para qualquer charlatão “Maharishi” ou
“Guruji” no Ocidente. Coloque um turbante ou um manto
b r a n c o , cultive referências significativas para os
“Segredos do Oriente”, e você pode fazer um monte de
dinheiro no Ocidente, especialmente na Califórnia, nestes
dias. – Motta.
Ela fez a conexão necessária com Edward Maitland e Anna
Kingsford, que estavam tentando um pouco impotentemente
colocar as fórmulas exotéricas da Escola Branca nas mãos
dos estudantes, e com os representantes secretos da
Fraternidade Rosacruz. Aqui não é lugar para nós
estimarmos o grau de sucesso com o qual ela realizou a sua
embaixada; mas pelo menos vemos hoje que a ciência física
está finalmente penetrando até a base espiritual dos
fenômenos materiais. A obra de Henry Poincarè, Einstein,
Whitehead, Bertrand Russell são provas suficientes desse
fato.
[O ABC da Relatividade, do Ven. Russell, já em seus
primeiros capítulos, mostra mui claramente o método da
Raja Yoga aplicado a observação cientifica e das
armadilhas dos sentidos como ferramenta de analise do
Universo fenomênico. Veja-se também o ensaio final em
Liber 777: “O que é um Numero”]
Nunca foi nossa intenção salvar isto. Pelo contrário, esta
doença deve dirigir seu curso e seguir o caminho de todo
tal lixo infame. É de fato uma página “negra” na história
do gênero humano. Se isto dependesse de pessoas como os
McMurtrys e Regardies, isso tudo iria acontecer de novo
sob outro nome. – Motta.
...Vemos hoje que o cristianismo é mais intolerante, mais
divorciado da realidade, do que nunca. Em alguns países,
tornou-se novamente na Igreja perseguidora.
Em qualquer país onde Cristismo adquiriu poder político
e financeiro, nunca deixou de perseguir, e onde ele pode
alcançar o poder, ele vai perseguir. Daí a necessidade de
destruí-lo. Se você me perdoar o trocadilho, ele não tem
graça salvadora. – Motta.
Com alegria horrível os adeptos da Escola Negra...
Mais uma vez lembramos ao leitor que isto não tem
absolutamente nada a ver com o real (racial) Escola
Negra, e nada a ver com o Hinduísmo ou o Budismo,
exceto na medida em que Besant e Leadbeater tentaram
utilizar essas tradições para seus próprios fins e Crowley
interveio. A terminologia que ele esta usando tem sido
deliberadamente enganosa desde o início. – Motta.
...olhavam para estes paroxismos atroz. Mas ele fez mais.
Ele ordenou as suas forças calmamente, e preparou para
limpar o entulho dos campos de batalha. É atualmente
(1924 e.v.) prometido uma tentativa suprema de perseguir
as raças varonis do seu halidom espiritual. (O espasmo
ainda – 1945 e.v. – continua; observe bem os gritos pró-
alemão de Bispos Anglicanos, e as intrigas do Vaticano.)
A Escola Negra sempre trabalhou de forma insidiosa, por
traição. Precisamos, então, não ser surpreendidos por
descobrir que a sua representante mais notável foi a
seguidora renegada por Blavatsky, Annie Besant, e que ela
foi encarregada pelos seus mestre Negros com a missão de
convencer o mundo a aceitar para seu professor um
Messias negroide...
Entendeu a jogada? Krishnamurti, é claro, era Ariano
puro, e não tinha qualquer sangue negro. Mas o ensaio
foi escrito para ser lido pelo equivalente Europeu da
Sociedade Birch, a Maioria Moral e Ronald Reagan... –
Motta.
Para tornar mais completa a humilhação, uma criatura
desprezível, que foi escolhida, para as qualidades morais
mais repugnantes, acrescentou a imbecilidade mais fátua. E
então explodiu!
Aqui, novamente o próprio Crowley extirpou o material
que tinha na redação original, tratando do imbróglio
Besant Leadbeater Krishnamurti em maior detalhe. Como
observamos antes, ele poderia lutar sujo com o pior deles.
Ele ganhou o ódio duradouro de Besant e Leadbeater, e a
seção da Sociedade Teosófica que permaneceu sob a sua
influência é inimiga mortal de Crowley ate hoje. Eles têm
sempre ajudado o Vaticano e os Sionistas em sua
campanha de difamação da Besta. – Motta
[Eu incluiria Gandhi nesse rol...]
Este, então, é o atual estado da guerra entre as Três
Escolas. Não podemos supor que a humanidade é assim
inteiramente baseada para aceitar Krishnamurti; ainda que
tal esquema possa ter sido alguma vez concebido é um
sintoma da decadência quase desesperada da Escola
Branca...
Aqui ele adicionou o seguinte: “Nota. Esta passagem foi
escrita em 1924 e.v. O Mestre Therion levantou-se e
feriu-o. O que parecia uma ameaça agora não é sequer
uma recordação.” – Motta.
...Os adeptos Negros vangloriam-se abertamente que
triunfaram em toda a linha. Sua fórmula atingiu a destruição
de todas as qualidades positivas. É apenas um passo para a
fase em que a aniquilação de toda a vida e pensamento
aparece como uma necessidade fatal. O materialismo e o
ceticismo vital da atualidade, esta corrida frenética pelo
prazer em total desrespeito com qualquer ideia para
construir o futuro, testemunha um estado de completa
desordem moral, de abjeta anarquia espiritual.
A Escola Branca tem sido assim paralisada. Somos
lembrados de que a aranha descrita por Fabre...
Jean Henri Fabre, respeitado entomologista Francês e um
homem culto, que escreveu “A Vida das Aranhas”. –
Motta.
...Que injeta suas vítimas com um veneno que paralisa-as
sem matá-las, de modo que seus próprios filhotes podem
encontrar carne fresca. E é isso que vai acontecer na
Europa e na América a menos que alguma coisa seja feita
sobre isto, e feito em muito pouco tempo.
A Escola Amarela não podia permanecer impassível
espectadora das abominações. Madame Blavatsky foi uma
mera precursora. Eles, em conjunto com os Chefes Secretos
da Escola Branca na Europa, chefes que tinham sido
obrigados a suspender todas as tentativas de esclarecimento
exotéricos pela debilidade moral geral, que já tinham
ultrapassado a corrida a partir da qual tiraram seus
adeptos, que prepararam um guia para a humanidade. Este
homem, de uma extrema força moral e elevação, combinada
com um profundo sentido das realidades mundanas, ficou
diante de uma tentativa de salvar a Escola Branca, para
reabilitar a sua fórmula, e arremessar atrás dos bastiões da
liberdade moral dos selvagens uivantes do pessimismo. A
menos que o seu apelo seja ouvido, a menos que lá venha
uma reação verdadeiramente viril contra a atrofia que se
arrasta os está envenenando, a menos que eles se alistem
até o último homem sob o seu padrão, uma grande batalha
decisiva terá sido perdida.
Este profeta da Escola Branca, escolhido por seus mestres
e seus irmãos, para salvar a Teoria e Prática, está armado
com uma espada muito mais poderoso do que Excalibur.
Ele foi incumbido de uma nova fórmula mágica, uma que
possa ser aceita por toda a raça humana. A sua adoção
reforçará a Escola Amarela, dando um valor mais positivo
para a sua teoria, deixando os postulados da Escola Negra
intacta, isto irá transcendê-la e aumentar a sua teoria e
prática quase ao nível da Amarela...
Mais uma vez lembramos ao leitor que a “Escola Negra”
a que ele se refere é apenas o Hinduísmo e o Budismo, e
que o Hinduísmo é atualmente é um ramo da Escola
Branca (racialmente falando), e o Budismo da Amarela. A
operação contra Besant e Leadbeater ainda está em
jogo... E agora ele esta, naturalmente, batendo seu
próprio tambor. – Motta.
...Quanto à Escola Branca, vai retirar-lhe toda a mancha do
veneno da Negra, e restaurar o vigor de sua fórmula central
de alquimia espiritual, dando a cada homem um ideal
independente. Ele vai colocar um fim à castração moral
envolvida na suposição de que cada homem, qualquer que
seja sua natureza, deve negar a si mesmo para seguir um
ideal fantástico e impraticável de bondade. Incidentemente,
esta fórmula salvará a própria Ciência Física fazendo
desatendível o desespero da futilidade, o ceticismo vital
que a emasculou no passado. Ele mostra que a alegria da
existência não está em uma meta, já que aquela de fato é
claramente inalcançável, mas no curso de si mesma [mas
em seu próprio curso].
Esta lei é chamada de Lei de Θελημα. Ela se resume em
quatro palavras: “Faze o que tu queres”.
Não deveria ser necessário explicar que uma completa
apreciação desta mensagem não deve ser obtida através de
um exame apressado. É essencial estudá-la sob cada um
dos pontos de vista, analisá-la com um discernimento
filosófico agudo, e finalmente aplicá-la como uma chave
para todos os problemas, internos e externos, que existam.
Esta chave, aplicada com habilidade, abrirá todas as
fechaduras.
Do ponto de vista mais profundo, o maior valor dessa
fórmula é que ela proporciona, pela primeira vez na
história, uma base de reconciliação entre as três grandes
Escolas de Magick. Ela tenderá a apaziguar o eterno
conflito entendendo que cada tipo de pensamento seguirá o
seu próprio caminho, desenvolverá as suas qualidades
próprias, sem buscar interferir com outras fórmulas,
contudo (mesmo que superficialmente) que sejam opostas a
sua própria.
O que é verdadeiro para cada Escola é igualmente
verdadeiro para cada indivíduo. O sucesso na vida, com
base da Lei de Θελημα, implica em severo autodisciplina.
Cada ser deve progredir, como a biologia nos ensina, pela
adaptação às condições rigorosas do organismo. Se, como
a Escola Negra continuamente afirma, a causa do
sofrimento é o desejo, ainda podemos escapar à conclusão
pela Lei de Θελημα. O que é necessário não é buscar um
i d e a l fantástico, totalmente inadequado para nossas
necessidades reais, mas sim descobrir a verdadeira
natureza dessas necessidades, para satisfazê-las, e
regozijar-se nisso.
Este processo é o que realmente se entende por iniciação; o
que quer dizer, entrando em si mesmo, e fazendo as pazes,
por assim dizer, com todas as forças que se encontram lá.
[Ele disse TODAS, e não algumas ou as mais aprazíveis...]
É proibido aqui discutir a natureza do Livro da Lei, a
Escritura Sagrada de Θελημα. Mesmo depois de quarenta
anos de exame pericial reservado, ele permanece em
grande parte, misterioso; mas o pouco que sabemos dele é o
suficiente para mostrar que é uma síntese sublime de toda a
Ciência e toda a ética. É em virtude deste Livro que o
homem pode atingir um grau de liberdade até então nunca
suspeitado de ser possível, um desenvolvimento espiritual
muito além de qualquer coisa conhecida até agora; e, o que
é realmente mais direto ao ponto, um controle da natureza
externa que fará as realizações vangloriadas do século
passado parecem não mais do que preliminares infantis
para uma masculinidade incomparavelmente poderosa.
Tudo isso está vindo, naturalmente, para passar. Você
notará que ele reescreveu partes do Ensaio para adaptá-
lo a 1945 e.v., quando ele decidiu fazer isto parte deste
livro. – Motta.
Foi dito por alguns que a Lei de Θελημα apela só para o
elite da humanidade. Não há dúvida aqui e isto está muito
presente naquela afirmação, que só o mais alto pode tirar
vantagem da extraordinária oportunidade que ela oferece.
Ao mesmo tempo, “a Lei é para todos”. Cada um no seu
grau, cada homem pode aprender a perceber a natureza do
seu próprio ser, e desenvolvê-lo em liberdade. É por este
meio que a Escola Branca de Magick pode justificar o seu
passado, remir o seu presente, e assegurar o seu futuro,
garantindo a cada ser humano uma vida de Liberdade e de
Amor.
Tal, então, são as palavras de Gérard Aumont. Eu não
gostaria de subscrever cada frase;...
Não é tão tarde, de qualquer forma... – Motta.
Mas a exposição toda é tão magistral enquanto concisa, em
seu vigor tenso, e assim inigualável por qualquer outro
documento à minha disposição, que eu achei melhor deixar
você tê-lo em sua forma original, apenas com aquelas
poucas alterações que o lapso do tempo fez necessária.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
P.S. Nossa própria Escola une o rubi vermelho de Sangue
com o ouro do Sol. Ela combina as melhores características
das Escolas Amarela e Branca. À luz da exposição de M.
Aumont, é fácil entender.
Para nós, cada fenômeno é um Ato de Amor, cada
experiência é necessária, é um Sacramento, é um meio de
Crescimento. Assim, “... a existência é pura alegria; ...”
(AL - II, 9) “Uma festa cada dia em vossos corações na
alegria do meu êxtase! Uma festa toda noite para Nu, e o
prazer do deleite extremo!” (AL – II, 42-43).
Deixe isto embeber!
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 9: Os Chefes SecretosCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Muito prazer eu sou, pois uma vez fui obrigado a ser
duramente severo sobre a curiosidade impertinente, notar
que o seu desejo de ser informado sobre os Chefes Secretos
da A�A� é justificado, é certamente da maior importância
que você e eu deveria estar bem claro em nossas mentes
sobre aqueles sob cuja jurisdição e tutela nós dois
trabalhamos.
Estou muito contente, desde que uma vez fui obrigado a ser
duramente severo sobre sua curiosidade impertinente,
observe que o seu desejo de ser informada sobre os Chefes
Secretos da A�A� é justificado; é certamente da maior
importância que você e eu devamos estar bastante claros
nas nossas mentes sobre Aqueles sob cuja jurisdição e
tutela ambos trabalhamos.
A questão está envolvida com moitas de duros espinhos, e
o que é pior, o caminho é tão escorregadio que não há nada
mais fácil do que cair de cabeça no primeiro arbusto
espinhoso.
É justamente lembro-me que uma das minhas primeiras
propagandas “Mistério é o inimigo da Verdade”; como
então que eu iria concordar com a política de ocultação de
um assunto tão cardeal?
Possivelmente o melhor plano para mim é estabelecer
abaixo os fatos do caso, enquanto isso é possível, e a partir
deles pode parecer que nenhuma política alternativa é
viável.
A primeira condição de membro da A�A� consiste em
que cada um é jurado para identificar a sua própria Grande
Obra com a de elevar a humanidade a níveis mais altos,
espiritualmente, e em todos os outros.
Isto não está explícito nos Juramentos e Tarefas dos
graus mais baixos, e levou a muita confusão dos assim
chamados “aspirantes” egoístas e pequeno, que vem à
Ordem simplesmente para tentar melhorar a sua própria
condição restringida, imaginária ou não. Não é por nada
que o Hierofante tem um meio-sorriso sutilmente sinistro
no seu rosto! – Motta.
Consequentemente, é lógico que os responsáveis pela
conduta da Ordem devem ser pelo menos Mestres do
Templo, ou o seu julgamento seria inútil, e pelo menos
Magos (embora não seja do determinado tipo de Mago que
traz a palavra de uma Novo Fórmula para o mundo a cada
2.000 anos) ou eles não seriam capazes de influenciar os
acontecimentos em qualquer escala proporcional com o
Trabalho.
A�A�
De que natureza é este Poder, esta Autoridade, esta
Compreensão, esta Sabedoria – Vontade?
(eu vou de Geburah a Chokmah).
Do lado passivo é relativamente fácil para formar alguma
ideia, pois as qualidades essenciais são essencialmente
extensões daquelas que todos nós possuímos em algum
grau. E se Compreensão – Sabedoria é “certo” ou “errado”
deve ser em grande parte uma questão de opinião; que
muitas vezes só o tempo pode decidir sobre esses pontos.
Mas, para o lado ativo, é necessário postular a existência
de uma forma de Energia à sua disposição, que é habilitada
“para causar a mudança e para que esta ocorra em
conformidade com a Vontade” – uma definição de
‘Magick”.
Agora isto, como você sabe, é um assunto extremamente
complexo, cuja teoria é tortuosa, e sua prática cercada de
todo tipo de dificuldade.
Será que não há um método mais simples?
Sim: o motor taumatúrgico dispõe de um tipo de energia
mais adaptável do que a eletricidade em si, e mais forte e
mais sutil do que essa sua analogia no mundo da ciência
profana. Pode-se dizer, que é elétrica, ou pelo menos um
dos elementos do “Anel-fórmula” da moderna Física
Matemática.
Na R.R. et A.C., esta é indicada para o Adepto Menor pelo
título que lhe é conferido em sua iniciação naquele grau:
Hodos Camelionis: – O Caminho do Camaleão. (Isto
enfatiza a univalência da força)...
Não é assim: ela enfatiza a necessidade absoluta de
disfarçar-se em um ambiente semelhante: a regra dos
rosacruzes foi, e pode-se supor que ainda é, “de adotar as
roupas e os costumes de um país em que esteja viajando”.
É admissível que Crowley se esqueceu deste ponto, pois
seu trabalho não era o de um “Rosacruz”; Seu trabalho
não era esconder a sua luz do profano, mas para se
tornar, na tola parlança ritualística do Cristista, a Luz do
Mundo. Em outras palavras, o Enforcado. – Motta.
... Nos graus mais elevados de O.T.O. – a A�A� não gosta
de termos como estes, que beiram ao pitoresco – é
geralmente chamado de “as Vibrações Ofidianas”, lançando
assim uma ênfase especial sobre sua força serpentina,
sutileza, o controle da vida e da morte, e seu poder de se
insinuar em qualquer conjunto de circunstâncias desejada...
A referência é também, naturalmente, à Kundalini, o
Poder Serpente das Escolas Hindus, Tântricas e
Tibetanas. Este símbolo é universal: é encontrado nas
regiões Norte, Central e Sul da América e na Austrália
também. – Motta.
É desta poderosa arma universal que os Chefes Secretos
sao supostos por possuir completo controle.
Dentro de certos limites. Um atleta pode apertar 200
Libras de carga ou mais, enquanto eu posso pressionar
apenas cem, mas o atleta pode quebrar sob mil. A
analogia é ruim, mas poderia ser pior. O ponto
importante é que o leitor deve ter em mente que o
principal segredo não é onipotente ou onisciente ou
onipresente, exceto em relação à humanidade. Eles podem
estar errados, e eles podem falhar, pelo menos em termos
relativos, embora em um nível muito mais elevado do
discurso do que os pregadores, os políticos, os burocratas
e os milionários. – Motta.
Eles podem induzir uma menina a bordar uma tapeçaria, ou
dar início a um movimento político para culminaria em uma
guerra mundial, todos em busca de um plano inteiramente
fora do alcance e da compreensão dos pensadores mais
profundos e mais sutis.
(Isto sem dizer que o uso inteligente destas vibrações
permite o desempenho de todas os “milagres” clássicos)
Mais uma vez, dentro dos limites. Mas a maioria dos
‘milagres’ clássicos, aqueles do “evangelho”,
especialmente quando verdadeiro, pode ser realizado
mesmo pelos taumaturgos menores. – Motta.
Estes são poderes estupendos: eles parecem quase além da
concepção da imaginação.
As seguintes linhas em latim e subsequentes foram
cortadas na edição do Sr. Regardie. – Motta.
“Hic ego nec metas rerum nec tempora pono;
Imperium sine fine dedi”.
Como Virgílio, aquele vidente poderoso e mágico de Roma
e m seu periélio, diz em seu primeiro livro de Aenead.
(Virgílio que em cada linha é também um Oraculo, as folhas
de seu livro mais sagrado, mais importante, é mais certo do
que as da Sibila Cumana!)
Crowley compartilhada, naturalmente, da admiração de
Levi por Virgílio, para não falar de Dante. As linhas
acima significariam aproximadamente: “Desde que eu
não tenho um prazo para o proposito das coisas, eu dou o
Império ao infinito”. – Motta.
Esses poderes movem-se em dimensões de tempo e espaço
b e m diferente do que aqueles com os quais somos
familiarizados. Os seus valores são incompreensíveis para
nós. Para um Chefe Secreto, manejando esta arma, “A
condução agradável de uma bengala [num dia] nublada”
poderia ser infinitamente mais importante do que uma
guerra, a fome e a pestilência como poderiam exterminar
uma terceira parte da corrida, promover o bem estar que é
o ponto crucial do Seu juramento, e a única razão da Sua
existência!
Mas quem são eles?
Uma vez que eles são “invisíveis” e “inacessíveis”, eles
não poderiam ser apenas invenções de um autodenominado
“Mestre”, não muito seguro de si, para sustentar sua
vacilante autoridade?
[Crowley, como forma de Ordália, diga-se de passagem,
tinha o habito de lançar duvidas sobre si mesmo, de se
desacreditar propositalmente. Coisas de Mestres...].
Bem, a “invisível” e “inacessível” crítica podem
igualmente serem feitas ao Capitão A e ao Almirante B do
Departamento de Inteligência Naval. Estes “Chefes
Secretos” mantem-se no escuro exatamente pelas mesmas
razoes: e essas qualidades desaparecem instantaneamente
no momento em que Eles desejam se apossar de você.
Está escrito, além disso, “Que meus servidores sejam
poucos & secretos; eles regeram os muitos & os
conhecidos.” (AL – I,10)
Mas Eles são homens, no sentido usual da palavra? Eles
podem estar encarnados ou desencarnados: isto é uma
matéria de Sua conveniência.
Eles têm atingido a sua posição, passando por todos os
graus da A�A�?
Sim e não: o sistema que me foi dado a apresentar é apenas
um de muitos. “Acima do Abismo” todas estas rugas
técnicas são eliminadas. Um homem a quem eu suspeito de
ser um Chefe Secreto dificilmente tem alguma familiaridade
com a técnica de nosso sistema. Que ele aceita o Livro da
Lei é praticamente a sua única ligação com o meu trabalho.
Isso, e seu uso nas Vibrações Ofidianas: Eu não sei qual de
nós é o melhor para isto, mas tenho certeza que ele deve ter
um caminho muito longo pela frente, se ele é um d’Eles.
Você já tem nestas páginas e em outras partes numerosos e
variados exemplos meus escritos da maneira em que eles
trabalham. A lista está longe de terminar. As questões de
Ab-ul-Diz e Amalantrah mostram um método de
comunicação; então ha um caminho direto de “inspiração”,
como no caso de “Hermes Eimi” em Nova Orleans.
Novamente, Eles podem enviar um homem de vida
ordinária, seja um d’Eles ou não, quando eu não me sinto
seguro, para me instruir em alguma tarefa, ou para
estabelecer-me a razão quando eu erro. Então houveram as
mensagens transmitidas por objetos naturais, animado ou
inanimado...
Aqui acrescentou a nota: “Uma coisa que eu respeito da
minha própria experiência como certa: quando você chama,
Eles vêm. As circunstâncias normalmente mostram que a
chamada tinha sido prevista, e as preparações feitas para
respondê-lo, muito antes que o convite em si fosse feito.
Mas suponho que de alguma forma a chamada é para
justificar a decisão.”
Isso não é necessariamente assim. Eles podem escolher o
caminho de menor resistência para transmitir uma
mensagem, seguindo o Caminho do Tao, e se você tentar
seguir a sequência lógica dos acontecimentos que
precederam a ocasião, você pode tirar a conclusão que
Eles tinham previsto a demanda um longo tempo antes
que fosse vibrado, quando Eles apenas canalizaram um
pouco de uma força existente em sua direção, e logo em
seguida sessaram de incidirem no Continuum mais do que
o necessário para o seu – d’Eles – propósitos. Da mesma
forma que eu posso usar um rio para o transporte, o rio
foi criado por convulsões geológicas talvez dez milhões
de anos atrás ou mais, estou afirmando que ele foi criado
apenas para o propósito da minha passagem para chegar
a um destino que não pode viver mais do que um
momento? É certo, porém, que, geralmente, eles não vão
responder a menos que você pergunte. Você deve cultivar
a Nobre Arte da Intimidação do Guru, mas com a devida
cautela. Aí de ti, se você pedir ajuda quando você está
apenas demasiado preguiçoso ou demasiado vaidoso para
lutar suas próprias batalhas! Em tais casos, é melhor não
chamar a atenção para si mesmo. Que, afinal, é o que se
entende por Hodos Chamelionis! É uma faca de dois
gumes. Como diz o próprio Crowley, quando você
realmente precisa de ajuda, você obtém isso – como uma
regra, se isso servir aos Seus propósitos. E muitas vezes
você não estava ciente de que você precisava de ajuda
antes de que ela chegue. Na minha experiência, é muito
raro que você obtenha ajuda quando não servir
diretamente aos Seus propósitos; por outro lado, seus
recursos não são infinitos, por que eles deveriam então se
preocupar com o que acontece com você? Mas às vezes
e l e s se divertem com você, ou gostam de você, ou
entretém-se com seu comportamento disparatado. É inútil
– e até mesmo perigoso – tentar inventar essas respostas.
Eles podem ser divertidos pela insinceridade, mas só
quando é muito sutil ou muito desgracioso — e Eles não
se sentem obrigados a “recompensá-lo”! De fato, Eles
sentem-se obrigados por nada exceto Os Seus próprios
objetivos. Isto é a minha experiência, que é naturalmente
parcial e limitada, portanto não a tome por Verdade
eterna. – Motta.
[Esta é uma nota digna de nota! E muito seria mesmo!]
...Desnecessário dizer que o exemplo de destaque na minha
vida é todo o Plano de Campanha sobre O Livro da Lei.
Mas é Aiwaz um homem (provavelmente um Persa ou
Assírio) e “Chefe Secreto”, ou ele é um “anjo” no sentido
de que Gabriel é um anjo? É Ab-ul-Diz afinal um Adepto
que pode projetar-se na aura de uma mulher com quem eu
estiver vivendo, embora ela não tenha nenhuma experiência
anterior do tipo, ou qualquer interesse em tais assuntos? Ou
Ele é um ser cuja existência é completamente fora deste
p l ano , apenas adotando faculdades e uma aparência
humana, a fim de fazer-se sensível e inteligível para aquela
mulher?
Eu nunca tentei exercer qualquer tal questionamento. Isto
não foi proibido; e ainda assim sentia que era! Eu sempre
insisti, é claro, na mais estrita prova de que Ele realmente
possuía a autoridade reclamada por Ele! Mas eu senti que
era impróprio assumir qualquer outra iniciativa. Somente
um ponto de boas maneiras talvez?
Boas maneiras são sempre uma qualidade útil, num certo
sentido, elas significam a consciência da existência e
respeito por outras estrelas. O parágrafo a seguir foi
retirado pelo Sr. Regardie, talvez porque ele diz claramente
que
a) Crowley foi totalmente humilde para com seus
superiores e
b) Crowley poderia fazer contato com eles a qualquer
momento numa emergência, que, como todos sabem, os
sionistas parecem incapazes de fazerem com Moisés, ou
Jeová, ou seja quem for. – Motta.
Você pergunta se, o contato uma vez feito, eu sou capaz de
renová-lo se assim o desejarem. Mais uma vez, sim e não.
Mas a verdadeira resposta é que nenhum gesto da minha
parte pode ser necessário. Por um lado, o “Chefe” está tão
acima de mim que posso confiar n’Ele para tomar as
medidas necessárias, sempre que o contato fosse útil, por
outro lado, há sempre um caminho aberto, que é
perfeitamente suficiente para todas as contingências
possíveis.
Em outra parte eu vou explicar porque Eles escolheram um
maltrapilho tão abatido como eu para proclamar a Palavra
do Aeon, e fazer todas as tarefas anexas a esse Trabalho
específico.
O fardo é mais pesado com o passar dor anos; mas –
Perdurabo.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
P.S.: Lendo este texto datilografado mais para “literal”,
ocorreu-me que você ia me perguntar, muito razoavelmente:
“Mas se os Mestres Secretos tem estes poderes sem limites,
porque Eles permitem que você seja flagelado por
impressos, realizado pela carência de assessores,
preocupados por toda sorte de problemas práticos?... Por
que, em uma palavra, alguma coisa deu errado?
Existem várias linhas de respostas; coalescentes bastam:
1. O que é “errado”? Desde que quatro guerras é a sua
ideia de “correto”, você pode perguntar bem por que
padrão você pode julgar eventos.
2. Seu trabalho é criativo; Eles operam sobre a massa
enfadonha de possibilidades não realizadas. Assim, eles
encontram, primeiramente, a oposição do Torpor; em
segundo lugar, o recuo, a reação, o ressalto.
3. Coisas teoricamente viáveis são praticamente
impossíveis quando
1. por mais desejáveis que sua realização possa ser, ela
não é uma façanha essencial para o Trabalho em
apreço e no momento;
2. a soma total de energia disponível a ser utilizada por
essa tarefa especial, não há ninguém disponível para
questões de pouca importância;
3. a oposição, passiva ou ativa, é muito forte,
temporariamente, para superar.
Mais amplamente, não se pode julgar como um plano está
progredindo, quando não se tem a ideia exata do que é. Um
soldado disse “ao ataque”; ele pode ser destinado para
vencer, para cobrir uma retirada geral, ou para ganhar
tempo através do sacrifício deliberado. Somente o Chefe
em Comando sabe o que significa a ordem, ou o porque da
questão, e mesmo que ele não conheça o problema, ou se
vai mostrar e justificar a sua habilidade militar e
julgamento.
Nosso negócio é apenas para obedecer às ordens: a nossa
responsabilidade termina quando tivermos cumprido nós
mesmos o que emana de uma fonte que tem o direito de
comando.
P.P.S. A história de um visitante só me faz lembrar da
possibilidade de que eu sou um Chefe Secreto sem sabê-lo,
pois algumas vezes tenho sido reconhecido por outras
pessoas como tendo agido como tal, embora eu não tinha
conhecimento do fato na época.
O que não prova nada; ele pode ter sido Ofuscado. Mas
se ele não era um Chefe Secreto até então, Ele é um Chefe
Secreto agora. – Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 10: A Escola EscólexCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você realmente quer saber distinguir o ouro da pirita de
cobre – chamaram-lhe de o “ouro de tolo” na Califórnia,
em 49...
Ela lhe perguntou como seria capaz de distinguir entre os
Chefes Secretos que ele acabou de descrever dos ‘mestres
secretos’ de araque tão amplamente divulgados na
imprensa amarela. “49” não significa 1949 e.v., mas sim
1849 e.v., a data em que a chamada “febre do ouro
começou nos Estados Unidos da América”. – Motta.
[Nem poderia ser 1949, pela data do próprio documento!]
... – não! Eu não estava lá – ...
Ela muito provavelmente tinha estado importunando ele
sobre suas encarnações mais recentes. Por favor, lembre-
se de que essas cartas não foram editadas na ordem em
que elas foram escritas, e que muitas delas não foram
escritas para a mesma pessoa, de qualquer sexo. – Motta.
...ou álcool “absoluto” — o Licor de Whisky do “alki”
(álcool comercial — veja Jack London no The Princess,
uma história magnífica — não deixe de ler!) e o Scotch de
Guerra vendido na maior parte dos bares Britânicos em
1944, era vulgari.
Um bom plano é tomar uma obra de arte, escolher uma
página ao acaso, traduzi-la em Francês ou Alemão ou
qualquer outra língua que você mais gostar, caminhe ao
redor de sua cadeira por três vezes (de forma a esquecer o
Inglês) e, em seguida, traduza isso de volta.
Você vai obter uma impressão útil do valor da obra-prima
p o r perceber o tipo de dificuldade que se coloca no
trabalho de tradução; mais, observando o efeito produzido
por você, lendo sobre o resultado e, finalmente, estimando-
se a re-tradução; teve o efeito do original ser aprimorado
pelo trabalho feito sobre ele? Tornou-se mais lúcido? Tem
realmente lhe dado a informação que pretendia obter?
Mais, observando o efeito produzido por você, lendo sobre
o resultado e, finalmente, estimando-se a re-tradução, tem o
efeito do original foi aprimorado pelo trabalho feito sobre
ele? Tornou-se mais lúcido? Tem que realmente lhe deu a
informação que pretendia fazer?
(Eu estou dando a você crédito por uma habilidade muito
incomum; este teste não é fácil de fazer; e, obviamente,
você pode ter estragado toda a composição, especialmente
quando o seu valor depende de sua forma e não da sua
substância. Porem nos não estamos considerando poesia, ou
prosa poética; tudo que nós queremos é o significado
inteligível).
Isso não significa que uma passagem é absurda porque você
falha por compreender isto; ela pode simplesmente ser
muito difícil para você. Quando Bertrand Russell escreve:
“Dizemos que uma função é R’ é ‘em última análise Q-
convergente de α’ se houver um y membro do domínio
inverso de R e no campo da Q tal que o valor da função
para o argumento y e para qualquer argumento para que y
tenha a relação Q é um membro de α”. Entendeu?
Mas não você não deve ter dúvida de que se você tivesse
que aprender o significado de todos esses termos que não
conhece, seria capaz de seguir o seu pensamento.
Agora pegue um parágrafo de um “professor do oculto”.
Digo mais, eu vou lhe dar o trigo, e não o joio; ao que
parece é terrivelmente fácil uma instrução estrondosa se
degenerar em uma “batida de queixo”. Mas aqui vai!
“Vestir a veste humilde do Nirmanakaya é rejeitar para si a
felicidade eterna, para poder auxiliar a salvação humana.
Chegar à felicidade do Nirvana, mas renunciar a ela, é o
passo supremo, final – o mais alto no caminho da renúncia”
[A Voz do Silencio, Fragmento II, escrito pela Mestra
H.P.B., na traducao de Fernando Pessoa]
Bem, não completamente, a menos que seja tolo o
suficiente para acreditar que o Nirvana é o “ne plus
ultra” dos estados espirituais; e você não acredita nisso
a menos que você seja um macaco falante e nada mais,
mais do que você acredita que nada pode ultrapassar a
velocidade da luz”. – Motta.
Segue um comentário de senso comum, por Frater O.M.
A citação é da edição de Crowley do “A Voz do Silêncio e
os Sete Portais” de Blavatsky, comentado por ele mesmo.
Este livro, também, será relançado por nós. – Motta.
[Já esta disponível gratuitamente se procurar por ele... O
único motivo de não removermos essas propagandas é que
na época elas faziam sentido, principalmente pela escassez
no passado de acesso a livros de Crowley e mostram o
quanto se dedicaram os pioneiros na divulgação da Ordem
chamada A�A� no Brasil; o segundo motivo é que se
assim fizéssemos estaríamos agindo como os que
criticamos, naquilo em que nos os criticamos: A Censura!]
Tudo isso sobre Gautama Buda tendo renunciado ao
Nirvana é aparentemente tudo uma pura invenção da Sra.
Blavatsky, e não tem autoridade no Cânone Budista...
Em suma, Blavatsky estava mentindo, como Crowley
mentiu em seu “As Três Escolas de Magick”; falta que,
uma vez que ambos eram membros da Escola Branca
(“Negra”), pode dar a você uma boa ideia do Nosso
caráter, ou a falta dele! – Motta.
Buda é referido, varias vezes, como tendo ‘passado por
aquele tipo de passagem que deixa nada para trás’. O relato
de sua realização é dado no Mahaparinibbana Sutta; e foi a
contenda dos ‘Tolosofistas’ que esta ‘grande, sublime
história de Nibbana’ foi algo peculiar à Gautama Buda.
Eles começaram a falar sobre Parinibbana, super-Nibbana,
como se houvesse algum modo de subtrair algo de um
destes que deixaria o outro em um nível acima, um tipo
superior de nada, ou como se houvesse alguma forma de
soprar uma candeia que deixaria Moisés muito mais nas
escuridão dos Egípcios do que jamais haveria quando
éramos crianças.
Isso não é ciência. Isso não é negócio. Isso é jornalismo de
Domingo Americano. Os Hindus e os Americanos são
muito parecidos nesta inocência, nesta ‘ingenuidade’ que
exige contos de fadas com os gigantes cada vez maiores.
Eles não podem suportar a ideia de algo que é completo e
ser feito assim. Então, eles sempre falam em superlativos, e
é difícil colocar quando os fatos são alcançados, e eles têm
de inventar novos superlativos. Em vez de dizer que há
tijolos de vários tamanhos, e especificar esses tamanhos,
eles têm um tijolo e o ‘super-tijolo’, um tijolo e ‘algum’
tijolo; e quando eles chegam ao fim, eles perseguem através
do dicionário por algum outro epíteto de tijolo, que deve
excitar o sentimento de maravilhamento com o magnifico
progresso e super-progresso - que apresento ao público
Americano com esta palavra – que é suposta de ter sido
criada. Provavelmente a coisa toda é um blefe, sem um
único fato por trás dele. Quase toda a psicologia Hindu é
um exemplo deste tipo de jornalismo. Eles não se
contentam com o Deus supremo. O outro homem deseja
mostrar por ter um supremo Deus mais do que isso, e
quando um terceiro homem chega e encontra os litigantes,
cabe a ele inventar um supremo super-Deus.
É simplesmente ridículo tentar adicionar à definição de
Nibbana por esta invenção de Parinibbana e os tagarelas só
se ocupam com essas especulações fantásticas. Um
estudante de mente séria cuida de seu próprio negócio, que
é o negócio na mão. O Presidente da Corporação não paga
a sua contadora para fazer uma declaração dos incontáveis
bilhões de lucro a serem feitos em alguns anos no futuro.
Ele não necessita de grande habilidade para esticar uma
linha de zeros depois de um número significativo até que a
tinta se esgote. O que se quer é o balanço real da semana.
O leitor é fortemente encorajado a não permitir a si mesmo
a indulgencia em voos fantásticos de pensamento, que são o
veneno da mente, porque eles representam uma tentativa de
fugir da realidade, uma dispersão de energia e uma
corrupção da força moral. Seu negócio é, primeiramente,
conhecer a si mesmo; segundo, a ordenar e controlar-se;
terceiro, desenvolver-se em sólidas linhas orgânicas pouco
a pouco. O resto é só couro e prunella.
Significando discurso vazio ou “ar quente”. – Motta.
Há, no entanto, um sentido em que o serviço da humanidade
é necessário para a completude do Adepto. Ele não está
voando tão longe.
Algumas observações sobre este curso são dadas na nota
para o próximo verso.
O estudante também é aconselhado a tomar conhecimento
das condições de ingresso à A�A�.
(Equinócio III (1), Suplemento pp. 57 - 59).
Muito para árvore verde; agora para a seca!
Agora nós desceremos para o nível do “professor” popular,
o mero embusteiro. Leia isto: –
“Muito em breve um tipo totalmente diferente de
eletricidade será descoberto e trará tantas profundas
mudanças na vida humana como o primeiro tipo fez. Esta
nova eletricidade vai se mover em um éter mais fino do que
o nosso tipo familiar e, portanto, estará mais próxima da
vibração da quinta dimensão, a fonte mais íntima das
coisas, que o reino de ‘withinness’ onde tudo é mantido
equilibrado por uma força colossal, que a mesma força que
é lançada no interior do átomo. A segunda eletricidade será
inimaginavelmente mais poderosa do que a nossa atual
eletricidade”. (V. Alder S., A Quinta Dimensão, p. 132)
Este livro completamente parvo foi recentemente
reimpresso; naturalmente pela Samuel Weiser, Inc. –
Motta.
Exausto; Eu devo encordoar meu arco.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 11: As Pomposidades Vagasdos “Professores” Religiosos
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Eu não acho que isto era qualquer novo tipo de
eletricidade. Eu acho que foi aquela passagem em si que
tem me dado neuralgia. Isto me desgosta além das palavras.
Para colocar o assunto em poucas palavras, sem rodeios,
de forma concisa, de forma sucinta, o mundo está sendo
corrompido por tudo isso –
Pensamentos
Asmáticos
Pensamentos
Torpedos
Pensamentos
Nauseantes
P. Apáticos P. Incertos P. de Velha
Solteirona
P. Labregos P. Venenosos P. PurgativosP. Difusos P. Rudes P. Lamurientos
P. Excretórios P. Brutos P. Joeirado por
Ratos
P. Nublados P. Ziguezagues P. Superficiais
P.
Bisbilhoteiros
P.
Ambivalentes
P. Ouropéis
P. Desregrados P. Quebrados P.
Desbalanceados
P. Desajeitados P. Arrolhados P. Viscosos
P. Paralisados P.
Desconectados
P. Fanfarrões
P. Prostrados P. Eight-Anna P. Latidos
P. Plúmbeos P. Tagarelas P. Zimoticos
P. Mudos P.
Carrancudos
P. Podres
P. Neuróticos P. Pomposos P. Vesgos
P. Órfãos P.
Invertebrados
P. Emborcados
P. Pecáveis P. Berrantes
[Cor]
P. Maltrapilhos
P. Enjoados P. Tratantes P. Evasivos
P. Rococós P.
Leucorreicos
P. Informes
[Amorfos] T.
P. Escravos P. Roídos [por
traças]
P. Culpados
P. Hipócritas P.
Assistemáticos
P. Lacrimosos
P. Ignorantes P. Vazios P.
Sentimentalistas
P. Construídos
sem solidez
P. Oscilantes P. Relinchantes
P. Genuvalgos P. Atrofiados P. Odiosos
P. Preguiçosos P. Inchados P. Andarilhos
P. Bagunçados P. Cancerosos P. Trêmulos
P. Sórdidos P. AborrecidosP. de Sacos de
farrapos
P. Oleaginosos P. Eurasianos P. Viçosos
P. Purulentos P. Fúteis P. Tuberculosos
P. Relaxados P. Imaturos P. Folheados
P.
Despenteados
P. Beges P. Roucos
P. Sobre-
civilizados
P. Emaciados P. Lisos
P. Pegajosos P. Deslocadas P. Eméticos
P. Aleijados P. Lamacentos P. Insalubres
P. Turvos P. de Festas de
Chá
P. Sombrios
P. Verbosos P. Negroides P. Invejosos
P. Oportunistas P.
Balbuciantes
P. Pedantes
P. Lamacentos P. Onanistas P. Flatulentos
P. Sujos P. Híbridos P. Sórdidos
P. Flácidos P. Nebulosos P. Rançosos
P. P. Apressados P. Sarnentos
IndiferenciadosP. Afetados P. Vazios P. Portentosos
P. Teatrais P. Vaidosos P. Frouxos
P. Vaporosos P. Vãos P. Grosseiros
P. Míopes P. Sem sangue P. Ensaboados
P. Ralos
[inconsistentes]
P. Sucedâneos P. Tagarelentos
P. Incompletos P. Pontificais P. Desejosos
P. Cruzados P. Imaturos P. Cobertos por
vestidos
P. Irrelevantes P. Lustrosos P. Elegantes
P. Tacanhos P. Oficiosos P. Afeminados
P. Esnobes P. Enganosos P.
Escorregadios
Na edição original do Sr. Karl Germer , o editor,
acrescentou-se esta nota: “N o manuscrito original da
lista de adjetivos contém cerca de 1.000 palavras, so tem
sido usada uma pequena seleção”. Sr. Regardie , aliás, em
sua “edição” do livro, não reconheceu que as notas de
rodapé, quando não pelo Crowley, foram por Karl
Johannes Germer; possivelmente porque esta iria fazer a
sua pirataria e roubo mais flagrante; também,
possivelmente, porque ele queria enriquecer a sua
reputação à custa de um homem com uma mente e caráter
melhor. O secretário que tomou o ditado não foi,
naturalmente, por essa altura, o Sr. Regardie, que tinha
fugido com santo temor pelo ímpio que ele tentaria depois
roubar, como vimos. Não, o secretário foi outro futuro
ladrão, Kenneth Grant. Os adjetivos seguiram um a outro
sem pausa: Crowley descreveu a espécie do ‘pensamento’
que ele pensou com mil palavras diferentes, nenhuma das
quais, a propósito, foram as tradicionais quatro letras,
embora ele soubesse em abundância aquelas também. O
ponto do exercício é explicado no próprio texto. Não se
pode deixar de admirar que o Sr. Grant — quem, se algo é
intelectualmente tão preguiçoso como ele é moralmente –
pensou em tudo isso enquanto ele teve de suprimi-lo.
Deve ter tomado pelo menos meia hora. – Motta.
...como encontramos em Brunton, Besant, Clymer, Max
Heindel, Ouspensky e nas fraudes mal feitas dos mascates
de segredos, a U.B., a O.H.M., a A.M.O.R.C., e todas as
outras gangues de auto-intitulados Rosacrucianas, que
devem ser vaidas para fora do palco.
[Wow! Coitado de Newton e Einsten, os mais novos
“integrados” ao rol de bem sucedidos rosacruzes!]
Estas linhas que seguem do verso foram extirpadas pelo
Sr. Regardie. Talvez a referência para a Austrália o fez
lembrar de um homem muito melhor do que ele, Frank
Bennet, e irritou-o. – Motta.
[Frank Bennet foi melhor que muitos, Sr. Motta, inclusive
qualquer um de nós!]
Nós queremos este dinkum! Avance Australia!
Fure por sua bandeira! Marche por seu Hino
Nacional: –
“Receba um golpe sangrento! Obtenha algum
sentido no sangue Aprenda a arte sangrenta de
cercar-se de sangue!”
Uma das muito populares marchas de guerra da época.
Lembre-se que a Segunda Guerra Mundial ainda estava
comecando. – Motta.
[Vale, em muito, dizer que Frank Bennet foi citado pelo
próprio Crowley como tendo alcançado o Adeptado na
A� A� . A carreira Mágicka de Bennet não deixou
“duvidas”! ]
É o bastante para Buckingham!
O palácio de Buckingham, espaço tradicional da Família
“real” Britânica. – Motta.
[Pelo comentário da pra se perceber que a visão de Motta
do nível intelectual de seus leitores não era das melhores,
mesmo sendo este no original publicado em Inglês
Americano. No pior dos casos, é mais fácil um Americano
do interior da Carolina do Norte saber do que se trata
Buckingham, do que um Carioca, um Paulistano ou um
Soteropolitano.]
Agora que estamos de acordo sobre as condições que
satisfazem se quisermos permitir que uma dada proposição
contenha um Pensamento sobre tudo, é proprio voltarmos
nossa atenção para o valor relativo dos diferentes tipos de
pensamento. Esta questão é de primeirissima importância:
toda a teoria da Educação depende de um padrão correto.
Há fatos e fatos: não será necessariamente muito mais sábio
se alguem aprendesse a Enciclopedia Britanica de cor, ou
as Tabelas de Logaritmos. O único objetivo da Matemática,
na verdade, Whitehead aponta isso no seu pequeno ensaio
“A Aritmética de Xelim”, é fazer um fato de fazer o
trabalho de milhares de pessoas.
O que nos estamos procurando é como estar trabalhando
com uma Hierarquia de Fatos.
I s t o nos leva imediatamente de volta para a nossa
observação original de “adição e subtração” na minha carta
em mente. Classificação, o primeiro passo, proceda
juntando as coisas semelhantes, e as coisas desemelhantes a
parte.
Um ativo na Auditoria é de fato a quantidade de
conhecimento que isto abrange. (2 + 5)2 = 49; (3 + 4)2 =
49; (6 + 2)2 = 64; (7 + 1)2 = 64; (9 + 4)2 = 169 são fatos
isolados, nada mais; pior, as coincidências de 49 e 64
podem começar as mais ousadas fantasias na sua cabeça
como algo “misterioso sobre isso”. Mas se você escrever
“A soma dos quadrados de dois números é a soma dos
quadrados de cada numero, mais duas vezes seus
múltiplos” – (a + b)2 = a2+b2+2ab, você tem um fato que
abrange todos os possíveis casos e apresenta um aspecto da
natureza dos numeroes em si mesmos. A importância de
uma palavra incrementa essa classificação a partir do
particular e do concreto para o geral e abstracto. (É curioso
que os maiores valores de tudo, as “Leis da Natureza”,
nunca são exatamente “verdadeiras” para quaisquer duas
pessoas, uma pessoa nunca pode observar fenômenos
idênticos sensíveis a outra, uma vez que duas pessoas não
podem estar [ser] exatamente no mesmo lugar, exatamente
no mesmo tempo: mas é apenas este fato que é igualmente
verdadeiro para todos os homens).
[Vejam o “A,B,C da Relatividade”, do Ven. Russell]
Observe, eu rogo, a importância da memória. De um ponto
de vista (abençoe seu coração!), você não é nada alem de
um feixe de memórias. Quando você diz “isto está
acontecendo agora”, você é uma falsificadora da sagrada
verdade de Deus! Quando eu digo “eu vejo um cavalo”, a
verdade é que “eu gravei nesse termo a minha interpretação
hieroglífica particular do fenômeno desconhecido e
incognoscível (ou “ponto de evento”), que tem mais ou
menos recentemente ocorrido na outra extremidade do meu
sistema receptor de impressões”.
Este parágrafo foi extirpado pelo Sr. Regardie. – Motta.
(Está claro? Eu espero que sim; se não, faça-me rir com
tudo isso.)
Be m, então! Você percebe, claro, quantos milhões ou
bilhões de memórias deve haver para compor qualquer
mente média bem treinada. Essas seqüências de adjetivos...
Ele está se referindo as mil definições do tipo de
“pensamento” que se obtém a partir dos Besants,
Leadbeaters, Regardies, Grants, McMurtrys, etc, etc. –
Motta.
Todos nasceram espontaneamente; eu não procurei-os em
livros de referência; assim imagine a extensão do meu
vocabulário! E palavras são os tijolos semi-cozidos com os
quais se faz construcoes.
O parágrafo seguinte foi extirpado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
Milhões, sim; provavelmente bilhoes; mas ha um limite.
Ele quer dizer, para o número de memórias que você pode
manter em seu cérebro e coordenar com as outras. –
Motta.
[Inteligência é a capacide de um organismo concatenar
informacoes. Salvo se o que esse organismo tem é nada! –
Mas ate as amebas tem algo de inteligente, mas nao precisa
se ser como elas...]
Veja por isto, então, que você não aceite mais material
imprestável; que você selecione, e selecione novamente,
sempre em boa ordem e proporção, organize, estruture o
seu pensamento, sempre com um único objetivo em vista, o
de realizar a Grande Obra.
Bem, agora, antes de ir além nisso tudo, devo comportar-
me como um completo canalha, e desgraçar a árvore de
minha família, e manchar o meu ‘escudo e o meu caderno’
por confundir você sobre o que é “realismo”. Desculpa:
não a minha confusão; ela foi feita há séculos por um bando
de monges amaldiçoeados, encabeçados por cada tal de
Duns Scotus — assim chamdo porque ele era irlandês —
ou se não por alguém mais igualmente sujeito a objeções.
Eles seguiram o dogma Platônico de arquetipos. Eles
mantiveram que houve uma idéia original (divina) como
“verde” ou “porco”, e que um porco verde, como
observado na natureza, foi somente um exemplo dessas
duas essências ideais. Eles foram opostos pelos
“nominalistas”, que disse, ao contrário, que “verde” ou
“porco” não eram nada em si mesmos; eles foram meros
nomes (nominalismo do Lat. nomen, um nome) inventados
para a conveniência do agrupamento. Esta doutrina é o
simples e bom senso claro, e não desperdiçarei nenhum
tempo na demolição dos realistas.
[Vamos lá, o tal Duns citado é do periodo filosofico
Escolastico. Dun Scotus (1265-1308) tambem é conhecido
como Doctore Subtilis; isto esta na Barsa, o resto se te
interessar voce pode “jogar no google”. Mas para se
entender a aversao de Crowley por ele, veja o que
influenciou o Doctore é suas principais ideias e julgue por
si mesmo:
Principais ideias:
Inequivocidade do ser;
Hecceidade;
O dogma da Imaculada Virgem Maria;
Quem o influenciou:
Aristóteles,
Santo Agostinho de Hipona
São Tomás de Aquino
Avicena
Boécio
Santo Anselmo de Cantuária
Quem se deixou influenciar por ele:
Guilherme de Ockham, - Acredito!
Papas Alexandre VI e Sixto IV, - não tenho
duvidas!
René Descartes – Esse eu duvido em muito!
Martinho Lutero, - sem duvida
Leibniz - não me convenci desse ainda...]
Você vai notar que os “realistas”, como eles próprios se
chamavam, foram de fato os “idealistas” de acabar com
todos os “idealistas”, e o fato de que eles foram capazes
de se chamar por um termo que significava exatamente o
oposto do que eles eram explica os mil adjetivos de
Crowley e lembra a “democracia” de Reagan e da
“moralidade” de Falwell, para não falar do “feminismo”
de Schlafly e o “Cristianismo” dos Papas. Deve-se
acrescentar a “compaixão” dos Sionistas...?
Naturalmente, se você fosse defender-se descaradamente
dele então, sendo um monge ajuda. Isto ainda é feito, em
países atrasados como a Irlânda e os Estados Unidos. –
Motta.
[Motta aqui acerta o dado em cheio na mosca que posou no
taboleiro. Marcou 100 pontos!]
Todo o pensamento à priori, a pior espécie de pensamento,
vai com o “realismo” neste sentido.
E agora você olha chocado e surpreso! E não me admira! O
que (você exclamar) é toda a doutrina Cabalística, mas a
apoteose deste “realismo”? (Foi também chamado de
“idealismo”, aparentemente para alegrar e consolar o aluno
em seu caminho rude e grosseiro!)
Em vez disso, para confundi-lo mais completamente –
perdoem-me a palavra – do que alguem possa pensar. –
Motta.
Não é Atziluth o “mundo arquetípico”? não é — Oh, muito
bem, muito bem! Guarde a sua blusa lá! Eu não fui para
fazê-lo. Você tem toda a razão: a Árvore da Vida é assim,
na aparência. Mas é o modo incorreto de vê-la. Vamos
buscar o nosso numero dois, por exemplo, como “aquilo”
que é comum às pernas de um pássaro, orelhas de um
homem, gêmeos, a raiz cúbica de oito, os luminares
maiores,...
Em parlança astrológica, o Sol e a Lua. – Motta.
...as pontas de uma forquilha tridente, etc., mas tendo
conseguido isso, não devemos continuar argumentando que
o número dois por ser possuído desta propriedade,
portanto, deve haver dois de uma coisa ou outra, que por
uma razão ou outra, não podemos contar nos nossos dedos.
O problema é que às vezes nós podemos fazê-lo, somos
muitas vezes obrigados a fazê-lo, e isso sai correto. Mas
não devemos confiar em qualquer tal teorema; é pouco mais
do que uma dica para nos ajudar em nossas suposições.
Exemplo: um anjo aparece e diz que seu nome é MALIEL
(MLIAL), que soma 111, o terceiro dos números do Sol.
Nós concluímos que sua natureza é Solar? Neste caso, sim,
talvez, porque, (na teoria) ele teve esse nome pela simples
razão de que sintonizou-se com a sua natureza. Mas um
homem pode residir na Rua de Prata 81 sem ser um
Lunático, ou ter nascido as cinco horas do dia 05 de Maio
de 1905 e.v., e fazer-se um soldado muito pobre.
[O nome da empresa em que um conhecido meu trabalha é
alfanumerico, tem seis letras e um numero no final, o
numero sete; unitariamente sao sete algarismos. O numero
de registro dele nesta é 1231, o que soma sete, ele foi
admitido no primeiro dia do mes 7; e tudo isso nao quer
dizer coisa alguma! Um grande perigo de levar tais
“teoremas” além do campo em que sao necessários é
confundir os planos, e acabar “viajando na maionese”,
como dizem por ae!]
“Não, não, minha querida irmã, como tentado
por quem quer que seja,
Pelo nominalismo ser fiel para sempre!”
(Se você quiser aprender muito realmente, leia Bertrand
Russell nas “Aulas”)
Ele quer diser no “Princípios da Matemática” de Russell,
que é talvez obra mestra de Russell. Mas, muito
provavelmente ele não teria sido capaz de escrevê-lo sem o
seu trabalho anterior em “Principia Mathematica” com
Alfred North Whitehead, que já foi referido por Crowley.
Whitehead foi outro intelecto gigantesco, um filósofo e um
matemático, mas ao contrário de Russell, ele deu mais
aulas do que escreveu, que é a razão pela qual ele é menos
conhecido. – Motta.
[Tenho que falar, se nao esta claro, aos que nao tem
intimidade com a Obra do Ven. Russell, “Os Principios da
Matematica” e o “Principia Mathematica”, sao dois livros
distintos!O primeiro escrito por Russell, sozinho. O
segundo, por este e Whitehead. O segundo é carissimo, dois
volumes monstruosos e nao é nada simples para quem nao
tem “afinidade com numeros”. Mas eu tambem nao tinha e
aprendi a ter!]
Bastante, mais do que suficiente disto: vamos voltar para o
valor relativo dos diferentes tipos de pensamento.
As linhas acima foram retiradas da “edição” do Sr.
Regardie. Mas é sabido que ele não é a favor dos
calculos, de Bertrand Russell, do nominalismo ou de
Crowley. – Motta.
E u penso que você já entendeu o principal ponto: você
deve estruturar seu pensamento. Você deve aprender como
diferenciar e integrar os seus pensamentos. Nada existe
isoladamente, está sempre condicionado por suas relações
com as outras coisas, na verdade, em certo sentido,
qualquer coisa não é mais do que a soma de relações. (Pois
a única “realidade”, à longo prazo, é, como vimos, apenas
um ponto de vista.)
Agora, essa tarefa de organizar a mente, da construção de
uma estrutura coerente e inteligível, é facilitada
enormemente pela Cabala.
Quando, em um daqueles curiosos ataques de indisposição
de que você periodicamente se queixa, e a causa parece-lhe
tão obscura, vendo leopardos rosa na escadaria, mmmmm...
“Ah, a cor da Escala Rei de Tiphareth – Oh! a forma de
Leo, provavelmente na Escala Rainha” e deste modo
aumentar seu vocabulário por esses dois itens. Então,
talvez, alguém sugira que a imprudência no culto de
Dionísio é responsável pelos fenômenos observados...
O que significa que ela bebeu demasiado. – Motta.
[O que nao significa que ela encheu a cara no culto a
dionisio. Crowley disse que ela estava vendo um “elefante
cor de rosa na garrafa de whyski” – Sic. Da pra se perceber
que as pessoas com quem Crowley trocou essas cartas sao
pessoas desiquilibradas, como todos nos, mas com a
diferenca de que elas estavam tentando comecar no
Caminho, ou estavam a pouco neste, e um tempo onde era
dificil obter informacao. Elas eram pessoas de mente
facilmente impressionavel, e atribuiam tudo ao oculto e
espiritual, como os religiosos de hoje. Mas em suma,
Crowley estava caçuando ela um pouco...]
...– bem, este Tiphareth novamente; o Sacerdote, além
disso, usa uma pele de leopardo, e as manchas sugerem o
Sol. Além disso, o Sol é o Senhor de Leo: Então ai esta
você! Leopardos rosa são exatamente o que você tem o
direito de esperar!
O exemplo é uma gentil piada com ela, mas o metodo nao
é. – Motta.
[O método não é brincadeira, a forma como Crowley
apresentou, sim, que foi Brincando com uma Verdade!]
Até que você tenha praticado este método, todos e cada dia,
por um bom tempo, você não pode dizer o quão incrível é
seu poder mnemônico...
Significando o poder de sua memória. Assumimos, claro,
que a maioria dos nossos leitores são produtos da
Educacao Progressiva e precisa dessas dicas. – Motta.
...até que aumente a força dele. Mas tome cuidado sempre
com nova faixa de idéias que vêm junto na sua ordem certa
de importância.
Não é diferente do sistema de chaves usado em grandes
estabelecimentos, como hotéis. Primeiro, um conjunto de
chaves, cada qual abre uma porta, e uma única porta. Em
seguida, um conjunto que abre todas as portas em um único
piso. E assim por diante, até que a pessoa responsável que
tem uma única chave que abre todas as trancas no edifício.
Há outro ponto sobre isso no Sistema da Cabala. Ela faz
mais do que simplesmente aumentar a faculdade mnemônica
para 10.000% ou mais; o hábito de jogar os seus
pensamentos sobre, manipulando-os, dando-lhes uma
lavagem e escovação, embalando-os em seus devidos
lugares no seu “Gabinete Cristal”, dá a você um imenso
incremento de poder sobre eles.
Em particular, isto ajuda a voce livrá-los da sujeira
emocional que normalmente entope eles;...
Aqui ele acrescentou a seguinte nota: “Eu espero que não
haja necessidade de repetir que se qualquer pensamento é
agradável, ou indesejável, ou não contaminada por
Vedana, é totalmente irrelevante. – Motta.
...você se torna perfeitamente indiferente a qualquer
implicação porem o seu valor esta em relação a todo o
sistema; e isso é de uma ajuda incalculável para a
aquisição de novas ideias. É a diferença entre um homem
tentando tirar um cisco do olho de sua esposa com seus
desajeitados e gordurosos dedos embrutecidos por cavar
valas, e um oftamologista equipado com um espéculo e
todos os instrumentos perfeitamente adequados à tarefa.
No entanto, ha um outro ponto. Além de se livrar das
emoções e sensações que obscurecem o pensamento, o fato
de que você está constantemente se perguntando – “Agora,
em que gaveta do armário coloco faco esse pensamento ir?”
automaticamente induz voce a considerar o sistema como
um fator importante na operação, mesmo porque isto é
comum a cada um deles.
Assim, não só está libertado do Sanna (percepção) da
mácula do Vedana (sensação), mas elevou-o (ou demoliu-o,
se preferir olhar para ele naquela luz!) para ser apenas um
membro da classe Sankhâra (tendência), assim,
aumentando-lhe vigorosamente para a quarta etapa, a última
antes da última! A prática de Mahasatipathana.
Considerando o que ele disse sobre Buddha no ensaio
sobre as “Três Escolas”, você poderia pensar que ele
estava se contradizendo se você não soubesse que ele
estava tentando fazer lá, e o que ele está tentando fazer
aqui. – Motta.
Só mais uma palavra sobre o elemento do Vedana. O
intelecto é uma invenção puramente mecânica, tão precisa e
tão descuidada que ele é como uma Caixa Registadora. Ele
recebe impressões, calcula, afirma o resultado: que é A
duplo L, ALL [Tudo]!
Nunca tente qualificar um pensamento de qualquer maneira,
vê-lo como ele é em si com relação aos outros elementos
que sejam necessários para torná-lo o que ele é.
Acima de tudo, não “misture os planos”. Uma adaga pode
ser afiada ou cega, reta ou curva; mas não é “enxergar
errado”, ou ainda “confiança”, excepto na medida em que a
qualidade do seu aço torna-o assim. Um precipício não é
“carrancudo” ou “ameaçador”. Um glacial coberto de neve
não é “traiçoeiro”: ao dizer isso significa apenas que os
Escaladores Alpinos e outras pessoas ignorantes do oficio
das montanhas são incapazes de detectar a posição das
fendas cobertas.
Todos esses pontos você deve decidir por si mesma, o
importante é que você deve se opor a qualquer dessas
idéias.
Acima de tudo, não evitar, ou calúniar, os trens de
pensamentos não desejados ou problemas angustiantes. Não
diga “ele passou”, quando você quer dizer “ele morreu”, e
não chame uma pá de uma pá de sangue!
Os sete paragrafos seguintes foram retirados pelo Sr.
Regardie na sua “edição”. Talvez ele os considerasse
supérfluo, ou talvez ele considesse-os demasiado
informativo. Com esse tipo de “intelecto”, quem pode nos
dizer? – Motta.
Debulhe fora tais matérias com o mangual de Osíris; no
leque da joeira de Iacchus!
[Mangual não é Mangal]
A verdade em si mesma é bela, e a melhor âncora de
caramanchão [ancora de aportar] do seu barco; cada
verdade ajusta todo o resto da verdade; e a maior parte das
mentiras sedutoras nunca farão isto.
“O sapo, feio e venenoso,
Usa ainda uma joia preciosa em sua cabeça.”
E o resultado de deixar
“Dois medonhos ajudantes de cozinha
preparam a desordem
Com enxofre, breu, vitríolo, e esterco do
diabo”.
No final reembolsam a investigação.
A Visão e a Voz novamente, por favor! Que terrível
maldição – como cada frase acaba por ser uma Bênção!
Vou quebrar esta breve nota, neste ponto, de modo que
você possa ter tempo para me dizer se o que eu disse até
agora cobre todo o chão de seu inquérito.
Você talvez se lembre de que ela lhe tinha perguntado como
diferenciar um professor real de um falso e ele disse para
ela aprender a pensar direito, e ela vai perceber que a
verdade se encaixa, enquanto que a mentira não. Disse-lhe
também, é claro, ter a coragem de enfrentar a verdade. Este
não é o tipo de provável conselho que coloca um monte de
dinheiro no bolso do professor: isto exige muito esforço,
muita atenção, e muita coragem dos “alunos”! Há até um
efeito de lado de tal franqueza que, a um pensamento
superficial, pode parecer incompreensível: quando o
Professor diz que as verdades desagradáveis a algumas
espécies de pessoas, imediatamente decidem que o
Professor é mentiroso ou incompetente. (Às vezes eles vão
s e levantar ao mesmo tempo à procura da espécie do
professor falso Crowley esteve em tais dores para
descrever!) é sempre mais fácil culpar alguém mais de
próprias faltas de alguém, inatas ou do treinamento. Mas é
um curso mortal para os aspirante a iniciação – Motta.
[E muitos destes “Falsos Alunos” se tornam “Falsos
Professores” e usam o parágrafo de Crowley acima para
justificar suas “Falsas intenções”; Claro, que a Verdadeira
Vontade de um aluno inapto que por acidente se torna um
Professor Mal-Compreendido – para não dizer professor
inapto – sobrepuja a sua, aluno incompetente e
indisciplinado, sobre tudo quando se cansar de parvas e
desnecessár ias humilhações públicas, escravagismo
psicológico, e pavonismo afeminado, à parte do tradicional
oportunismo. Se você passa por isso, não pense duas vezes
em dar um tiro na cara de tal “Filho de uma Puta Judia
parido em um curral de porcos”! Ninguém além de você é
Senhor do SEU caminho! Faze o que tu queres!
Infelizmente não sou, e nunca desejei ser, como Motta,
Regardie, e tantos outros: tão disciplinados, Adeptos natos:
Eu faço parte do rol que aprendeu a “Arte de Socar o
Guru”, sou dos glutões, preguiçosos, desinteressados,
ébrios, indisciplinados, um “poema em linha reta”, mas
sempre com meus pés no chão. Não sou o “Filho Prometido
de Babalon”, nem um “Mestre do Templo”, nem me tornei
Adeptus em 5 anos! Eu sou do time dos fracassados que
NUNCA desistem. Meu nome é Persevervs Gaivs!]
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 12: O Caminho da MãoEsquerda – “Os Irmãos Negros”Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
É esta introdução da palavra “eu” que tem suscitado tais
questões espinhosas...
Isto refere-se a várias cartas anteriores. Infelizmente ou
não, essas cartas não foram editadas na ordem em que
foram escritas. Crowley coloca isso aqui, porque ele
tinha acabado de falar dos Chefes Secretos, e em seguida,
dos falsos professores. Ele provavelmente pensou que a
seqüência seria mais ordenada desta maneira. O leitor
pode ter perdido as cartas correspondentes, as que
despertaram estas respostas; mas se elas eram como a
minha para o meu próprio instrutor, voce não perdeu
muito. – Motta.
[Isso talvez porque o objetivo era popularizar Telema,
leva-la a um outro seguimento de leitores: Os leigos. Mas
Motta sempre esperou poder ensinar FISICA para
FISICOS. Crowley aprendeu, mesmo que tardiamente, que
as coisas nao sao bem assim a “ferro e fogo”, no quanto que
Motta, até então, não!]
Realmente é um pouco desconcertante; a placa [de
sinalização] “Caminho da Mão Direita”, “Caminho da Mão
Esquerda”, parece bastante indecifrável; e então, por um
longo caminho, eles parecem exatamente iguais. Em que
ponto então eles divergem?
Crowley deveria ter deixado bem claro desde o início que
esta nomenclatura “esquerda”–“direita” é totalmente
inadequada. Na verdade, foi introduzida pela Tolosofistas
sob a influência de “mestres” Hindus homossexuais. Não
quero dizer que um homossexual não possa ser um mestre,
mas um Mestre que é homossexual não condenará ou
odiará ou restringirá os “heteros”, enquanto o
homossexual médio serão tão tendencioso como os
‘heteros’ médios. Este termo foi introduzido por bichas
hindus fingindo serem Gurus, e se refere apenas aos
Tântricos que não utilizam apenas mulheres em seus
rituais mágicos, mas – horror dos horrores! – as mulheres
admitidas aos seus mistérios, os iniciaram, e
consideraram alguns deles seus próprios Mestres. O
Mestre de Vivekananda, Ramakrishna, tinha uma mulher
como sua instrutora, e não considerou que Vivekananda
estava em falta por causa disso. “Caminho da Mão
Esquerda” significava o canal medular espinhal
esquerdo, o Ida, e o “Caminho da Mão Direita”
significava o canal espinal direito, o Pingala. Os
chamados ‘Professores’ que introduziram a nomenclatura
consideraram que se o homem foi para a cama com outro
homem eles cultivaram ambos a corrente positivo ou
Solar, que funciona através de Pingala, enquanto que se o
homem foi para a cama com uma mulher ele cultiva a
Corrente Negativa, ou Lunar, que atravessa Ida. No
entanto, acontece que a polaridade é invertida na femea:
a corrente Solar corre através de Ida, e a corrente Lunar
corre através de Pingala! Então aqui, você vê, temos o
tipo de situação que encantaria os teólogos medievais a
procura de um churrasco humano. Os Tântricos – os
infames heterossexuais! – Foram habilmente caluniados
pelos “Guru-Bixas” de Besant e Leadbeater, que não
queriam competição, e principalmente sem a
concorrência de pessoas vis o suficiente para ir para a
cama com mulheres. Por isso, no Ocidente, ha a
conotação de “Irmão do Caminho da Mão Esquerda” com
o “Mal”. No Oriente, e especialmente entre os
verdadeiros Iniciados Hindus, naturalmente não há
nenhuma conotação assim. Por uma questão de fato, eles
riem-se dos doentes Tolosofistas e vigaristas como
“Paramahamsa Yogananda” e outros da mesma laia. O
uso da expressão “Irmão Negro” é, novamente, muito
infeliz. É interessante notar que a expressão vem da
dicotomia na imperfeita Europa. O mal não é apenas
relativo, mas em ambos os casos, não existe ainda
qualquer dano real envolvido, apenas o preconceito.
Então por favor, tente entender que, quando Crowley usa
essa nomenclatura infeliz, ele não é depreciativo dos
heterossexuais nem esta acusando os negros. Como ele
colocou por si mesmo, a nomenclatura é lamentável, mas
não foi ele quem inventou. Nós certamente devemos
encontrar algum termo melhor para o “Irmão Negro”, ou
“Irmão do Caminho da Mão Esquerda”, no sentido de
iniciado imperfeito, o que se recusa à Travessia do
Abismo, do ponto de vista de um Mestre do Templo, é
insano no Buddhi, que é uma condição que não é
detectável pelo psiquiatra médio! – Motta.
[Isso não se trata de caçoar a inteligência do leitor, sendo
este de um meio popular, como foi o objetivo do livro
publicado pelo Crowley, mas sim que, infelizmente, essas
palavras já estão enraizadas com um sentido coletivo
diferente de seu real senso, e sempre que possível, é bom
alertar e avisar para que não se siga o “lado errado” do
sentido da palavra, se me permite o trocadilho!
Vejam o que Emile Durkhein tem a dizer sobre o conceito
de “Consciência Coletiva”. Isso pode ser facilmente
encontrado no livro “A Divisão Social do Trabalho”, Vol.
2., Ed. Presença – Portugal, 1977; e mais facilmente ainda
levada para o ponto que Motta e Crowley querem
apresentar! O Coletivo adquire um comportamento à parte
do individuo, da mesma forma, essas definições
contaminadas que temos em palavras como Caminho da
Mão Esquerda, Irmão Negro, Magia Negra, Canhoto, agem
no Coletivo de uma forma distinta e doentia. E esta “Ideia
Universal” deturpada de algo, leva séculos para se
desfazer.]
Na verdade, as respostas são bastante simples.
No que diz respeito a consecucao ou realização está em
jogo, os dois Caminhos são de fato identicos. Na verdade,
um se sente obrigado a postular alguma falsidade íntima,
completamente impossível de detectar, inerente as fases
mais precoces.
A decisão que determina a catástrofe confronta apenas o
Adeptus Exemptus 7°=4. Até que esse grau seja atingido, e
muito plenamente na verdade, com todos os botões
devidamente costurados, não será capaz de entender o que
se entende por Abismo. A menos que “tudo que você tem e
tudo que você é” seja idêntica com o Universo, esta
aniquilação iria deixar um residuo.
Marque bem esta primeira distinção: o ‘Mago Negro’ ou
Feiticeiro nao é nem sequer um primo distante do “Irmão
Negro”. A diferença entre um ladrão furtivo e Hitler não é
uma analogia tão ruim.
[Como citei em outra carta, um Irmão Negro é um
INICIADO de altíssimo NÍVEL, ele apenas não CRUZOU
O ABISMO, isso é bem distante de um mero lançador de
pragas!]
Estes paragrafos foram retirados pelo Sr. Regardie em
sua “edição”, por razões melhor conhecidas por ele
mesmo. – Motta.
O Feiticeiro pode ser – de fato ele geralmente é – um
homem frustrado, decepcionado, cujos objetivos são
perfeitamente naturais. Muitas vezes, o seu verdadeiro
problema é a ignorância; e antes que ele tenha material
razoavelmente quente como um Mago Negro, ele aprendeu
que ele está chegando a lugar nenhum, e encontra-se, a
despeito de si mesmo, no Verdadeiro Caminho da
Sabedoria.
“Invocando Zeus para aumentar o poder de
Pan,
A oração que desconcerta o homem demente;
Luxurias da mentira que ainda amo.”
Então ele lança fora o seu aparato de bruxo como um bom
menino, encontra a A�A� e vive feliz para sempre.
O Caminho da Mão Esquerda é uma questão totalmente
diferente. Vamos começar pelo inicio.
Você se lembra de eu dizer que apenas duas operações
foram possíveis na Natureza: adição e subtração...
A multiplicação e divisão são simplesmente as formas
acelaradas de cada uma dessas! – Motta
...Vamos aplicar isso para o progresso mágico.
O que acontece quando o Aspirante invoca Diana, ou chama
por Lilith? Ele aumenta a soma das suas experiências nestes
modos particulares. Às vezes ele tem uma “ligação-
experiência”, que liga duas principais linhas de
pensamento, assim como dezenas de ganhos isolados.
Agora, se há qualquer diferença entre o Adepto Branco e o
Negro em caso similar, é que um, trabalhando por “amor
sob vontade” consegue um casamento com a nova idéia,
enquanto o outro, simplesmente agarra, acrescenta uma
concubina em seu harém de escravos.
O sobre-ser-Irmao Negro constantemente restringe-se, ele
está satisfeito com um ideal muito limitado, ele tem medo
de perder a sua individualidade – lembra o disparate
“Nórdico” sobre “poluicao racial.”
Ele está aqui se referindo ao delírio Nazista, que eram as
Arianas, loira, bonita e justa – isto é, justo em todas as
três contagens de... como os papas, em pelo menos dois.
Havia apenas Jesuses loiros pendurados nas cruzes das
Igrejas Católicas Romana na Alemanha durante o
Nazismo!
O parágrafo seguinte foi retirado pelo Sr. Regardie, com
o resultado, em sua “edição”, que o leitor tenha a
impressão de que a pupila de Crowley estava protestando
contra a sua crítica do Nazismo. Mas desde que os
Sionistas estavam tentando associar-nos ao Nazismo por
algum tempo, talvez o Sr. Regardie queria ajudá-los em
sua campanha de calúnias. Observe a seqüência: – Motta.
Você já viu as areias do Saara rosa? Tal é a violência do
Khamsin que chicoteia grãos de areia junto, pressionando-
as, finalmente constrói grandes blocos, suficientemente
grandes e sólidos o suficiente para ser usado como paredes
nos oásis. É lindo! Ufa! Por tudo isso, elas não são rochas
reais. Deixe a orla em paz, sem possível interferência – o
que acontece? (Eu trouxe algumas para casa, e as pus “em
segurança” como curiosidades, e como úteis testes
psicométricos.) Ai! Bastante tempo. Vá à gaveta que as
mantinha; nada remanesce além de pequenas pilhas de pó.
“Agora Mestre”! (Que censura no tom da sua voz!) Tudo
bem, tudo bem! Fique calma – Eu sei que é o termo exato
usado em “A Visão e a Voz ”, para descrever o Grande
Irmão Branco ou o Bebê do Abismo! Mas para ele significa
a vitória; para a Mao Esquerda isso significaria a derrota,
ruína devastadora, irremediável, definitiva. É exatamente o
que ele mais teme, e é o que ele deve ver no final, porque
não há nenhum elemento de compensação na sua idéia da
estrutura...
Aqui, novamente o Sr. Regardie extirpou, por razões
próprias, a partir da próxima linha até o final do
parágrafo seguinte: “...pode ainda ser dominante na
França.” – Motta.
As próprias nações nunca crescem permanentemente por
métodos de quebra-e-agarramento; cada uma simplesmente
adquire um ponto sensível, como no caso de Lorena,
possivelmente até o Eire. (Embora o Eire esteja usando
somente a fórmula da Restrição, fechando-se na sua miséria
e pobreza e orgulho idiota, quando um verdadeiro
matrimônio com e dissolução em um verdadeiro país daria
a ela sua nova vida. A ideia do “pote de fundição” é a
grande força de América.)
Considere a aristocracia em Faubourg St. Germain...
Um quarto da moda da classe alta de Paris antes da
Revolução Francesa. – Motta.
– Agora nem sequer uma memória sentimental. A guilhotina
não matou-os, foi a sua própria recusa em se adaptar às
novas condições biológicas da vida política. É verdade que
foi a sua restrição que apodreceu-os em primeira instância,
haviam sido Lafayette ou Mirabeau confiáveis, com plenos
poderes, e é fornecida com material adequado, uma geração
mais jovem da virtude, a monarquia pode ainda ser
dominante na França.
Mas então (você pergunta) como um homem pode ir tão
longe errando depois, como um Adeptus Minor, que
alcançou o “Conhecimento e Conversação do Santo Anjo
Guardião”?
Lembre-se da passagem do 14º Aethyr:...
A referência é a “Visão e a Voz”. – Motta.
“Veja onde teu anjo te levou”, e assim por diante. Talvez o
Irmão Negro deserte de seu Anjo quando ele perceber o
Programa.
Talvez o seu erro seja tão profundamente enraizado, desde
o início, que era seu gênio mau que ele evocou.
Nesses casos, a política do homem é, naturalmente, romper
todas as relações com a Tríade Suprema, e substituí-la,
inventando uma falsa coroa, Daath. Para eles o
conhecimento será tudo, e o que é conhecimento senão a
própria alma da Ilusão?
Recusando a si, portanto, o verdadeiro alimento de todas as
suas faculdades, perde sua unidade estrutural e deve ser
fortificado por doses contínuas de drogas no angustiada
auto-preservação. Assim, todas as equações químicas
tornam-se seus endotérmicos.
“Drogas” é aqui usada no sentido de estimulação
insalubre, e “ela” refere-se ao esforço de auto-
preservação inecologico. – Motta.
Eu espero estar sendo claro, é uma linha de pensamento
terrivelmente sutil. Mas eu acho que você deveria ser capaz
de pegar o teorema fundamental; suas próprias meditações,
auxiliada por passagens relevantes em Liber 418 e em
outros lugares devem fazer o resto.
Para descrever a atitude alternativa deverá clarificar, por
força do contraste; pelo menos a contemplação deve ser
uma mudança agradável.
Cada acréscimo deve modificar-me. Eu quero fazer isso.
Eu quero assimilá-lo absolutamente. Eu quero fazer disto
uma característica permanente do meu Templo. Eu não
tenho medo de perder-me nela, mesmo porque ele também é
modificado por mim mesmo no ato de união. Eu não tenho
medo de ser a coisa “errada”, porque cada experiência é
u m “jogo de Nuit”, e o pior que pode acontecer é uma
perda temporária do equilíbrio, que é instantaneamente
ajustado, logo que se percebe, por recordacao e pondo em
ação a fórmula da contradição.
Lembre-se da Fama Fraternitatis: quando eles abriram o
cofre que guardava o Pastos de nosso Pai Christian
Rosencreuz, “todas essas cores eram brilhantes e
piscantes”. Ou seja, se um painel mede 20” x 40”, o
símbolo (digamos, amarelo) que ocupam 200 polegadas
quadradas, e o fundo (neste caso, violeta) as outras 200
polegadas quadradas. Por isso que deslumbraram; a
limitação, restriçao, demarcação, desapareceram; e o
resultado foi uma idéia equanime em forma e e cor que está
além da compreensão física. (Da mesma maneira Picasso
tentou trabalhar essa idéia sobre tela). Destrua aquele
equilíbrio por uma em dez milhoes de polegadas, e o efeito
é perido. O item desbalanceado destaca-se como um civil
no meio de um regimento.
É verdade, esta faculdade, esse sentimento de equilíbrio
deve ser adquirido, mas depois de ter feito isso, ele é um
guia infalível. O desconforto imediato é um alerta; o
impulso de riscar isto (a analogia é muito propensa para se
rejeitar!) é irresistível.
E ó! quão imperativo isto é!
A menos que seu Universo seja perfeito – e perfeição inclui
a idéia de equilíbrio – como você pode chegar até
Atmadarsana? Os Hindus podem sustentar que o
Atmadarsana, ou pelo menos o Shivadarshana, é o
equivalente a cruzar o Abismo. Acautele-se de toda e tais
conclusões! Os Trances são apenas experiências isoladas,
um brusco corte do pensamento-vida normal. Pois cruzar o
Abismo é uma fundamental e permanente revolução em todo
o seu ser.
Muito mais, sobre a beira do Abismo. Se houver falta ou
redundancia mesmo em um átomo, toda uma monstruosa e
portentosa massa tendendo a mover-se com um irresistivel
impacto em sua direção como que para restabelecer o
equilíbrio. Para desviá-lo – bem, pense em um giroscópio!
Como, então, você pode destruí-lo com um unico e
estupendo gesto? Ah! Escute “A Visão e a Voz”.
Possivelmente o melhor e mais simples plano é para mim
escolher as mais importantes das passagens relevantes e
juntá-las como um apêndice a esta carta. Também, por
contraste, aquelas alusões aos “Irmãos Negros” e ao
“Caminho da Mao Esquerda”. Isto deverá dar-lhe uma ideia
clara do que cada um é, e faz; em que distingue os seus
respectivos métodos que de alguma forma são confusamente
iguais...
Porem uma sucinta explicação esta disponível para o
estudante serio em Liber Trigrammaton, q.v. – Motta.
... Eu realmente espero muito sinceramente que você vá
afiando a sua Adaga Mágica na Pedra do Sábio, e manejará
o mais destramente e determinadamente tanto o Buril de
Cabo-Branco como o de Cabo-Negro. Na tentativa de
exprimir essas opiniões, sou constantemente assombrado
pelo medo de que eu possa estar faltando em algum ponto
crucial, ou então permitindo que um mero subterfugio passe
por um argumento. A coisa apenas torna-se pior quando se
ficou tão habituado por ideias Neschamicas, para
conhecimento, que até mesmo antes de que alguém dizer
isso, aquilo o que cada um dirá será necessariamente
inverdade, tão falsa como é contraditória. Assim o que
pode eventualmente te importar com que é dito?
Tais dúvidas são abafadores!
“Bastante de Porque! Seja ele danado como um
cão!”
Seguem-se as citações de “A Visão e a Voz”:
“O Anjo reaparece.
A negritude reúne-se ao redor, tão densa, tão
agarrada, tão penetrante, tão opressiva, que
todas as outras trevas que eu já concebi seriam
como a brilhante luz ao seu lado.
Sua voz vem em um sussurro: Ó tu que és
mestre da arte dos cinqüenta portais da
Compreensao, não é minha mãe uma mulher
negra? Ó tu que és o mestre da arte do
Pentagrama, não é o ovo do espírito de um ovo
negro? Aqui habita o terror e a dor cega da
Alma, e eis-lo! até eu, que sou a luz unica, uma
centelha silente, levanto no sinal de Apophis e
Typhon.
Eu sou a serpente que devora o espírito do
homem com a luxuria da luz. Eu sou a
tempestade cega no meio da noite que envolve
o mundo com a desolação. Caos é o meu nome,
e densas trevas. Sabe tu que a escuridão da
terra é vermelha e na escuridão do céu é cinza,
mas a escuridão da alma é a escuridão total.
O ovo do espírito é o ovo do basilisco e os
portais da compreensão são cinquenta, sendo
eles do signo de Escorpião. Os pilares ao
redor do neófito são coroados com chamas e a
abóbada dos Adeptos é iluminada pela Rosa. E
no abismo reside o olho do falcão. No entanto,
sobre o grande mar, estará o Mestre do
Templo, não na estrela ou na lua.
Eu iria responder a ele: “A luz está comigo”.
Porém, antes que pudesse pronunciar as
palavras, ele falou uma grande palavra que é a
Chave do Abismo. E disse logo em seguida: tu
entraste na noite e cobiçaste o dia? Sofrimento
é meu nome e aflição. Estou envolvido em
tribulação. Aqui ainda pende o Crucificado e
aqui a Mãe lamenta pelo filho que ainda não
veio. Esterilidade é meu nome e desolação.
Intolerável é tua dor e incurável tua ferida. Eu
digo: Que as trevas cubram-me e atentai! Estou
rodeado por trevas inominadas. Ó tu que
subjugaste a luz dentro da terra, assim deves tu
fazer para todo o sempre. E a luz do sol não
brilha para ti e a da lua não emprestará teu
brilho a ti e as estrelas se esconderão, pois tu
passaste além dessas coisas, além da
necessidade dessas coisas, além do desejo
dessas coisas.
Pensei em pedaços de pedra, mais pensadas do
que realmente vistas e parecem ser Mestres
velados sentados calma e silenciosamente.
Eles não podem ser distinguidos um do outro.
E o Anjo diz: Veja para onde o teu Anjo o
leva. Tu pediste por fama, poder e prazer,
saúde e riqueza e amor e longos dias. Tu
agarraste a vida com os oito tentáculos como
um octopus. Tu procuraste os quatro poderes e
os sete deleites e as doze emancipações e os
dois e vinte Privilégios e as nove a quarenta
Manifestações e Veja! Tu te tornaste um
Desses. Curvadas estão tuas costas em cima da
qual repousa o universo. Veladas estão as
faces daqueles que contemplaram a glória
Indescritível.
Esses adeptos parecem Pirâmides - seus
capuzes e robes parecem Pirâmides.
E o Anjo diz: Em verdade, a Pirâmide é o
Templo da Iniciação. Em verdade, também é
uma tumba. Pensaste tu que haveria vida com
os Mestres do Templo que, encapuzados,
sentam no Mar? Em verdade, não existe vida
neles.
Suas sandálias eram feitas de pura luz e
tiraram-nas de seus pés e lançaram-nas no
abismo, pois este Æthyr é o solo santo.
Aqui as formas não existem e a visão da de
Deus, face-a-face, que é transmutada em
Atanor chamado dissolução, ou martelada
numa forja de meditação, é, nesse lugar, uma
blasfêmia e um escárnio.
E a Visão Beatífica não acontece mais e a
Glória do Altíssimo não mais existe. Não
existe mais conhecimento. Não existe mais
êxtase. Não existe mais poder. Não existe mais
beleza. Pois esse é o Palácio da Compreensão,
pois tu és uno com as cousas Primevas.
Beba da mirra de minhas palavras, que está
ferida pela bílis da roca e dissolvida na tinta
da lula e perfumada com beladona.
Este é o teu vinho, com que te embriagaste, o
vinho de Iacchus. E pelo pão comerás sal, Ó tu
nos cereais de Ceres que fizeste cera! Pois
como o puro ser é o puro nada, assim é a pura
sabedoria, a pura......,”
Aqui ele adiciona a nota: “Eu suponho que somente um
Magus poderia ter ouvido essa palavra.”
Mas apalavraera ‘tolice’: ele usouaantítesecomoo
subtítulode “LiberAleph: O LivrodaSabedoriaou Tolice”.
O ponto équea tolice deve serpura! – Motta.
“...a pura compreensão é o silêncio e
tranquilidade e trevas. O olho é chamado
setenta e o triplo Aleph pelo qual tu o notaste,
dividido no número da terrível palavra que é a
Chave do Abismo.
Eu sou Hermes e fui enviado pelo Pai para
expor todas as cousas, prudentemente, nessas
últimas palavras que tu ouvirás antes de
sentar-se entre aqueles, cujos olhos estão
cerrados e os ouvidos surdos e bocas seladas,
que estão curvados sobre si mesmos, o licor
cujos corpos são secados para que não reste
nada mais do que uma pirâmide de pó.
E esse brilho da luz de conforto e essa
penetrante espada da verdade e toda força e
beleza que eles fizeram de si mesmos, são
tirados deles, como escrito: “ Eu vi Satã, como
um raio, cair do Céu” e como uma espada
flamejante está pingando no abismo, onde as
quatro bestas esperam e vigiam. E o brilho
aparece no céu de Júpiter como uma estrela
matutina ou como uma estrela vespertina. E a
luz brilha pela terra e leva esperança e ajuda
aqueles que vivem nas trevas do pensamento e
bebem do veneno da vida. Cinquenta são os
portais da compreensão e cento e seis são as
suas estações. E o nome de cada estação é
Morte.”
(– A Visão e a Voz, 14° Aethyr)
E para seu trabalho depois?
“Assim, penetramos na terra e vejo uma figura
velada imersa na escuridão. No entanto, é
perfeitamente possível enxergá-la, os detalhes
da cena não nos escapam. E sobre a raiz de
uma flor ela verte ácido a qual se torce como
se fosse torturada. E outra ela corta e o barulho
é o de uma mandrágora cerrada pela raiz. E
outra ela queima e outra unta com óleo.
Então digo: pesado é o labor, todavia,
grandiosa é a recompensa.
E o jovem replica: ele não verá a recompensa,
ele cuida do jardim.
E digo: o que virá para mim?
Ele replica: isso tu não podes saber e nem será
revelado pelas letras que são os totens das
estrelas, porém apenas por esses astros.
E ele me diz desconexamente: o homem da
terra é o devoto. O amante dá a sua vida para
trabalhar entre os homens. O eremita caminha
solitário dando aos homens apenas a sua luz.
E questiono: porque ele me diz isso?
Ele então replica: não digo. Disseste tu
mesmo, pois tu ponderaste durante vários dias
e não encontraste a luz. E agora que tu és
chamado NEMO, a resposta para cada enigma
que tu não encontraste brotará em tua mente.
Quem pode dizer em qual dia uma flor
desabrochará?
E darás a tua sabedoria ao mundo e isso será o
teu jardim. E em relação ao tempo e a morte, tu
não tens nada a fazer quanto a essas cousas.
Para que uma pedra preciosa esteja oculta na
areia do deserto, ela não poderá ser notada
pelo vento, mesmo sendo ele feito igualmente
de areia. Pois o feitor das obras trabalhou por
causa dela e sendo clara, é invisível e por ser
resistente, não pode ser removida.
Todas essas palavras são ouvidas por todos
chamados NEMO. E tendo feito ele aplica a si
mesmo a compreensão dessas cousas. E deve
igualmente compreender a virtude das águas da
morte e também entender a do sol a do vento a
do verme que cruza a terra e das estrelas que
cobrem o seu jardim. E também a natureza e
propriedades particulares de cada flor ou
como cuidará dele?”
(Idem, 13°Aethyr)
Isso para os Mestres do Templo; como para os Irmãos
Negros?
“Pois Choronzon é a casca ou excremento
desses três caminhos e assim é a cabeça
erguida em Daäth e por isso os Irmãos Negros
dec l araram-no filho da Sabedoria e
Compreensão, não sendo nada mais do que o
bastardo da Suástica. Isso é o que está escrito
na Santa Cabala relativo ao Vórtice e Leviatã e
a Grande Pedra.”
(Idem, 3°Aethyr)
“Além disso há Maria uma blasfêmia contra
BABALON pois ela se fechou e assim tornou-
se a Rainha de todos aqueles demônios
sórdidos que caminham sobre a terra, aqueles
que tu viste como pequenos pontos manchando
o s Céus de Urânia. E todos esses são o
excremento de Choronzon.
E por isso BABALON está sob o poder do
Magista submetendo-se a obra e guardando o
Abismo. Nela está uma perfeita pureza
superior; ainda que seja enviada como o
Redentor para os que se encontram abaixo.
Não existe outro caminho para o Mistério das
Supernas além dela e da Besta na qual cavalga;
e o Magista é colocado além dela para
ludibriar os irmãos das trevas para que eles
não façam de si mesmos uma coroa; pois se
houvessem duas então Ygdrasil, a antiga
árvore, seria lançada no Abismo, extirpada e
lançada no Mais Distante Abismo profanando
o Arcanum que é o Adytum e a Arca seria
tocada e a Loja profanada por aqueles que não
mestres e o pão do Sacramento seria as fezes
de Choronzon e os vinho do Sacramento a água
de Choronzon e o incenso seria espalhado e o
fogo sob o Altar odiado. Erga-te, todavia,
firma, goze o homem e contemplai! Será
revelado a ti o Grande Terror, o inominado
temor”.
(Idem, 3°Aethyr)
“Ela avança novamente, cavalgando um
golfinho. E, novamente, vejo aquelas almas
errantes que procuraram restringir o amor e
não entenderam que “a palavra de pecado é
restrição”.
É muito curioso; eles parecem estar
procurando algo ou alguém, toda hora,
apressadamente. Porém, eles chocam-se entre
si e ainda não enxergam um ao outro, ou não o
podem, pois estão cobertos pelos próprios
mantos.
E uma voz diz: isso é mais terrível para aquele
q u e combriram-se e fizeram de si mesmos
rápidos contra o universo. Eles que sentam no
mar da cidade das Pirâmides estão, de fato,
fechados. No entanto, eles deram o sangue, até
a última gota, para encher a taça de
BABALON.
Esses que tu viste são, de fato, os Irmãos
Negros, pois está escrito: “Ele rirá de suas
calamidades e zombará deles quando forem
preenchidos pelo medo”...
Cf. O Livro da Lei, III 42. – Motta.
“... E assim, ele exaltou-os no plano de amor.
E novamente, está escrito: Ele não desejou a
morte de um pecador, porém, deveria ele
extirpar sua maldade. Agora, se um desses
tirassem o seu manto deveria contemplar o
brilho da senhora do Æthyr; no entanto, eles
não o farão. ”
E novamente: –
“Ó, avisto vastas planícies debaixo dos pés
dela, enormes desertos ornados com grandes
pedras e vejo pequenas almas solitárias,
correndo, desamparadas, pequenas criaturas
como homens e da cor negra. E elas emitem um
curioso uivo, o qual não posso comparar com
nada que tenha ouvido antes, ainda que
pareçam estranhamente humanos.
E uma voz diz: Esses são os que agarraram o
amor e uniram-se a ele em demasia, orando
aos joelhos da grande deusa. Esses são os que
trancaram-se na fortaleza do Amor.”
(Idem, 7°Aethyr)
Além disso, esta passagem também:
“E este é o significado da Ceia da Páscoa, o
verter do sangue do Cordeiro, o ritual dos
Irmãos Negros, pois eles selaram o Pilone com
sangue, para que o Anjo da Morte não
adentrasse. Assim, se furtaram da companhia
d o s santos. Assim, se mantém afastados da
compaixão e da compreensão. Malditos sejam
eles, pois reteram o sangue em teus corações.
Eles se mantêm longe dos beijos da minha Mãe
Babilônia e, em suas solitárias fortalezas,
oram a falsa lua. E unem-se por um juramento
e uma grande maldição. E com suas malícias,
juntos conspiram e possuindo poder e domínio
e em seus caldeirões fervem o grosseiro vinho
da desilusão misturado ao veneno de seus
egoísmos.
Deste modo fazem guerra ao Santíssimo,
mandando suas ilusões aos homens e a tudo
que vive. De modo que, a sua falsa compaixão
é chamada compaixão e sua falsa compreensão
é chamada compreensão, pois são o mais
potente feitiço deles.
De seus próprios venenos eles perecem e em
suas solitárias fortalezas são devorados pelo
Tempo que os iludiu para servi-lo e pelo
poderoso demônio Choronzon, seu mestre, cujo
nome é Segunda Morte, pois o sangue que
verteram no Pilone, que é uma barreira contra
o Anjo da Morte, é a chave pela qual se
adentra.”
(Idem, 7°Aethyr)
Aqui, ele acrescentou a seguinte nota: “Eu penso que o
problema com essas pessoas é que elas queriam substituir
o sangue de outra pessoa pelo seu próprio sangue, porque
queriam manter suas personalidades.” – Motta.
Finalmente:
“Ele deve avançar para o mais distante
Abismo e lá falar com aquele posto acima do
quádruplo terror, o Príncipe do mal,
Choronzon, o poderoso demônio que habita o
mais distante abismo. E ninguém pode falar
com ele ou compreende-lo, porém os servos da
Babilônia compreendem e aqueles que não o
conseguem servem-no.
Observai! Ele não penetrou no coração nem na
mente do homem para conceber esta questão;
pois a doença do corpo é morte e a doença do
coração é desespero e a doença da mente é
loucura. Porém, no mais distante abismo, está a
doença da aspiração e a doença da vontade e a
doença da essência do todo e não existe
palavra nem pensamento onde a imagem desta
imagem é refletida.
E aquele que adentrar o mais distante Abismo,
exceto o capaz de compreender, deve estender
suas mãos e inclinar sua cabeça em direção as
correntes de Choronzon. E como um demônio
ele caminhou sobre a terra aparentemente
imortal e amaldiçoou as flores e corrompeu o
ar puro e pôs venenos na água e no fogo que é
o amigo do homem e a promessa de sua
aspiração e vendo que isso os erguia como
grandes pirâmides e vendo que eles roubaram
d o s céus, mesmo esse fogo transformou em
ruina e em locura em febre e destruição. E tu
que és um monte de areia seca na cidade das
pirâmides deves compreender essas cousas.
Acautela-te, então, Ó tu que apontas para a
compreensão o segredo do mais distante
Abismo, pois em cada Abismo tu deves
assumir a máscara e a forma do Anjo local.
Tens um nome e tu definitivamente o perdeste.
Procura então, se ainda existir, uma gota de
sangue que não fora colhido pela taça da
Babilônia a Bela, pois nesse pequeno monte de
pó, se lá estiver uma gota de sangue, devera
sê-la totalmente corrupta; brotando escorpiões
e víboras e a saliva do gato.
E eu digo ao Anjo: Não existe ninguém
vigiando?
E ele responde:
Eloi, Eloi, lama sabacthani.
Tal como um êxtase de angústia responde-me
que eu não posso dar-lhe a voz, ainda eu
sabendo que se encontra igual a angústia do
Getsâme.”
(Idem, 11°Aethyr)
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G. Os trechos extraídos de Liber
418 são da tradução de Frater Keron-E.
Carta 13: O Sistema da O.T.O.Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você informa-me que um Inquiridor Sério do seu âmbito
esteve te pedindo para explicar a diferença entre a A�A�
e a O.T.O.; e que embora a sua própria mente seja
perfeitamente clara sobre isso, você acha impossível
induzir uma lucidez semelhante na sua...
Tive alguns desses eu mesmo. – Motta.
...você adiciona que ele não é (como poderiamos supor de
primeira) um imbecil. E deseja que eu faça o que puder
sobre ele?
Bem, aqui está a diferença essencial “ab ovo usque mala”;
a A�A� concerne ao indivíduo, seu desenvolvimento, sua
iniciação, sua passagem de “Estudante” a “Ipsissimus”; ele
não tem nenhum contato de qualquer espécie com qualquer
pessoa, exceto o Neófito que o introduz, e qualquer
Estudante ou Estudantes a quem possa, depois de se tornar
uma Neófito, introduzir.
Os detalhes deste “Progresso Peregrino” são muito
plenamente estabelecidos em “Uma Estrela à Vista”; e eu
deveria ser realmente estúpido e presunçoso por tentar
fazer melhor que isso. Mas é verdade que em relação a
O.T.O. não existe um manual de instrução semelhante. No
Manifesto, e em outros Pronunciamentos Oficiais, existem,
é verdade, o que deveria ser informacao adequada; mas
compreendo perfeitamente que elas não são ordenadas e
classificadas como seria desejável; há certamente espaço
para uma simples e elementar consideração das origens da
Ordem, de seus princípios, dos seus métodos, da sua
concepção, da Virtude de seus sucessivos Graus. Isso eu
agora vou tentar suprir, pelo menos em um breve resumo.
Vamos começar pelo inicio. O que é um Ritual Dramático?
É uma celebração das Aventuras do Deus a que se intenta
invocar. (As Bacantes de Eurípides é um exemplo perfeito
disso.) Agora, na O.T.O., o objeto das cerimônias sendo a
Inciacao do Candidato, é aquele cujo Caminho na
Eternidade é exibido de forma dramática.
Qual o Caminho?
1. O Ego é atraído para o Sistema Solar.
2. A Crioanca experimenta o Nascer.
3. O Homem experimenta a Vida.
4. Ele experimenta a Morte.
5. Ele experimenta o Mundo além da Morte.
6. Este ciclo inteiro de Ponto-de-Eventos é retirado para a
Aniquilação.
No O.T.O. essas sucessivas fases são representadas como
segue: -
1. 0° (Minerval)
2. I° (Iniciação)
3. II° (Consagração)
4. III° (Devoção)
5. IV° (Perfeição, ou exaltação)
6. P.I. (Perfeito Iniciado)
Destas Estacoes de Eventos no Caminho todos exceto o
3°(II°) são experiencias críticas unica. Nós, entretanto,
estamos preocupados principalmente com a diversidade de
experiências de Vida.
Todos os Graus subseqüentes da O.T.O. são portanto
elaborações do II°, uma vez em uma única cerimônia,
dificilmente será possível esboçar, mesmo em um breve
resumo, o Ensino de Iniciados no que diz respeito à Vida.
Os Rituais V° - IX° são, então, instruções para os
candidatos como ele deve se conduzir, e que conferem a
ele, aos poucos, os segredos mágicos que fazem dele
mestre da Vida.
Sr. Israel Regardie, em sua “edição”, cortou os últimos
três parágrafos, obviamente, porque eles deixam bem
claro que Crowley nunca teria perdoado a publicação dos
Rituais da O.T.O. realizada pelos ladrões com quem o Sr.
Regardie sempre estava em contato e a quem o Sr.
Regardie tem incentivado, instigado, e – como podemos
ver claramente – imitado. Além disso, alguns dos
comentários de Crowley nos parágrafos devem ter
atingido o Sr. Regardie muito perto da carne para ele se
sentir confortável. Os Rituais do O.T.O. tem sido
alterado, é claro, e nunca mais tornaram a serem
publicados por ladrões. É interessante notar que, em sua
pirataria Francis “king” não inclui os Rituais acima do
VIº, afirmando que “não há rituais para esses Graus”.
Claro que existem; eles simplesmente não caíram nas
mãos de ladrões porque aqueles que entregaram os
rituais para esta carnificina nunca os possuíram, não
tinham direito a esses Graus. Desde que estes são apenas
os Rituais da O.T.O. que não foram expostos, eles foram
mantidos, por decisão do O.H.O. Os rituais pirateados
estão sendo usados, como foi planejado pelos ladrões que
o s publicou, por pessoas totalmente indignas em vários
países. Esses rituais não são mais válidos, e pessoas
submetidas a ‘iniciação’ sob eles são convidadas a
escrever-nos imediatamente, informando-nos dessa
violação dos direitos e nome da O.T.O. Pessoas
autorizadas a representar a O.T.O. sempre seram capazes
de exibir patentes. Mas uma vez que muitos foram
expulsos por desonestidade ou negligência, é possível que
a s patentes que estão sendo expostas não sejam mais
válidas. Por exemplo, um membro que não pagou as taxas
por mais de três meses está automaticamente fora da
Ordem. Pessoas interessadas em contatar a legitima
O.T.O. são aconselhadas a verificar sempre conosco as
reivindicações de todos os indivíduos antes de confiar sua
bolsa e mente a eles. Em países civilizados, se necessário
a atenção da polícia será exercida sobre os falsos
pretendentes. – Motta.
Seria impróprio divulgar a natureza destas cerimônias;
primeiro, porque os seus Iniciados estão vinculados por
estritos votos não fazê-lo; segundo, porque a surpresa é um
elemento da sua eficácia; terceiro, porque as Fórmulas
Mágicas explícita ou implicitamente contidas sao, do ponto
de vista prático, poderosas e perigosas. Salvaguardas
automáticas existem, é verdade, mas um Magista Negro
com habilidades de primeira classe encontraria um meio de
superar esses obstáculos, e faça grande dano aos outros
antes do recuo inevitável de sua artilharia destruir a ele
mesmo.
Tenho sabido de tais casos. Deixe-me recontar brevemente
um bastante conspicuo desastre. O jovem era um gênio – e
isto foi a sua desgraça. Ele pegou um talismã de enorme
poder que era exatamente o que ele queria para realizar os
maiores desejos de seu coração. Ele sabia também a
maneira correta de fazê-lo funcionar, mas esta maneira lhe
parecia muito longa e difícil. Portanto ele procurou uma
forma de abreviar isso. Ao usar de verdadeira violência
com o talismã, ele viu como poderia forçá-lo a realizar seu
projeto; ele usou uma fórmula totalmente estranha ao
espírito de toda a operação; isto foi um pouco como extrair
informações de um prisioneiro sob tortura, enquanto a
paciente cortesia teria sido o método mais proprio. Então,
ele bateu a porta e conseguiu o que queria. Mas o néctar
virou veneno, ainda enquanto ele drenava o copo, e sua
angústia anterior desenvolveu-se em absoluto desespero.
Entao veio o retorno da corrente, e trouxeram-no “um
alienado mental”. Para ser mais preciso no diagnóstico!
Eu imploro para que lembre bem, querida irmã, que uma
verdadeira Operação Mágica nunca é “contra a Natureza”.
É preciso ir suave e serenamente de acordo com as Suas
leis [As Leis da Natureza, claro!]. Podemos trazer energias
estranhas e compelir uma reação endotérmica; porém – “A
Ponta do Pique ou Busto?” A resposta será sempre
BUSTO!
Para retornar por um momento para essa questão do
Segredo: não há nenhuma regra que a proiba de citar contra
mim as minhas observações mais brilhantes como
“Mistério é o inimigo da Verdade”, mas, uma coisa, eu sou,
e sempre fui, O líder da Extrema Esquerda na Câmara de
Conselho da Cidade das Pirâmides, de modo que eu
concordasse com tudo no sistema da O.T.O. enquanto o
“segredo dos segredos” do IX° trata-se realmente de um
ponto de honra pessoal. Minha promessa foi dada ao
falecido Frater Superior e O.H.O., Dr. Theodor Reuss. Por
tudo isso, neste caso particular, ele é sem duvida um ponto
da prudência comum, ambos porque o abuso do Segredo é,
pelo menos superfícialmente, tão fácil e tão tentador, e
porque, se ele se tornar um assunto de conhecimento geral a
Ordem em si pode estar em perigo de calúnia e
perseguição; já que o segredo é ainda mais fácil de se
interpretar erroneamente do que de profanar.
Lege! Judica! Tace!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Deve-se observar aqui que o segredo ao qual ele se refere
não é o menos fácil de profanar, embora possa ser mal
interpretado, e muitas vezes é, mesmo por aqueles que
têm acesso a ele por meios legais, mas não estão
preparados para agüentar o peso das responsabilidades
que ele traz para a vida do Iniciado. Mesmo quando
foram publicados abertamente, era extremamente difícil
para um profano usá-lo, assim como para aqueles que,
como Regardie, Grant, Yorke, McMurtry, renegavam seus
Juramentos e Obrigações, e aqueles que roubaram o que
eles não tinham direito, Eles têm, invariavelmente,
descoberto que não podem aproveitar-se dele
totalmmente. Na verdade, eu tenho de vez em quando
transmitido as pessoas que não tinham o direito real dele,
por compaixão equivocada ou um erro de julgamento; eu
sempre notei que dentro de meses, às vezes poucos dias,
eles tinham esquecido completamente, ou foram
totalmente incapaz de entender o que estava acontecendo,
não importa quantas muitas repetidas e pacientes
explicações, e até demonstrações, possa ser tentada em
seu favor. Há um leão no caminho. – Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 14: RuídoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você me pergunta qual é, na realidade, o maior obstáculo
ao progresso humano.
Eu respondo com uma palavra: RUÍDO.
Você se lembra que na Yoga o compêndio conciso de
Instruções do Iniciado é:
Fique sentado
Pare o pensamento
Cale a boca, e
Saia.
Então, novamente, o quarto poder da Esfinge é silêncio;
sobre este assunto, devo encaminhá-lo para Pequenos
Ensaios em direção à Verdade N º 14 p. 75).
O segundo destes postula o terceiro; já que cada não se
pode nem pensar em parar o pensamento com tudo isso em
marcha.
Então novamente, o Quarto Poder da Esfinge é o Silêncio;
neste assunto devo enviá-la aos “Pequenos Ensaios em
Direção à Verdade”, Nº14 p.75).
As referências são da edição original. Este livro
extremamente importante em breve será relançado pela
O.T.O. – Motta.
Estamos realmente tentando discutir algo totalmente
diferente, algo prático na vida diária. Muito bem, então,
você notará que Goetia significa realmente “uivando”, que
nos usamos oficialmente o Sino, Tantã, as Encantações, os
Mantras e assim por diante. Tudo inteiramente verdadeiro
sobre Magick; mas nada disso se aplica a Yoga, pois
mesmo com o Mantra a prática é para ir mais rápida e
silenciosamente enquanto se prossegue, até que se torne um
“Murmúrio Mental”. M é a letra que é pronunciada com os
lábios firmemente fechados; e o Silêncio é o significado da
raiz MU do Mistério.
[Murmúrio Mental = Mental Muttering = Daí a referencia à
M e MU]
Entretanto, nos devemos admitir o valor do som rítmico e
unidirecional; que é muito diferente de Ruído. O Frances
Antigo ruído, nariz, querela, ruído; o Provençal noisa,
nausa, nueiza – e por Vida Jingo, eu considero Diez afirma
que a derivação de náuseas e pela Vida Jingo, considero
Diez cem por cento homem branco!
Ele está facetiosamente imitando a linguagem chamada
Jingoismo, cunhada para descrever os temas patrióticos e
imperialistas dos poemas de Rudyard Kipling, que era
detestado pela esquerda Britânica, erradamente
chamados de “liberais”. – Motta.
Agora, mais modernamente falando é um pouco melhor do
que uma série de grunhidos convencionais; a maioria das
pessoas parecem deliberadamente terem por finalidade
dizer nada com sentido, pelo menos em uma conversa
normal. (James Branch Cabell é extremamente engraçado
em suas exibições deste hábito intolerável.)
Em seu livro – Motta.
[Isso é quase obrigatório hoje – Sic. Quanto menos sentido
e senso, tanto melhor – e maior o seu sucesso!]
Certa vez tive uma muito saudável lição: como é difuso e
portanto consequentemente desnecessário, muito do mesmo
discurso será comprimido.
Eu havia sido cobrado pelo meu Superior pela reconstrução
de um certo ritual. Isso foi em 1912 e.v.; o ritmo do mundo
ja tinha acelerado impiedosamente; não seria nenhum
trabalho fácil para as pessoas aprenderem de cor mesmo
curtas passagens. Assim, advertido pela prolixa, piosa,
pedante, desenxabida e banal Maçonaria (especialmente os
graus avançados dos Ritos Escocês e Egípcios), eu resolvi
cortar o cacarejar e chegar à osses da maneira mais
drástica que eu era capaz.
Foi um grande sucesso.
Mas depois tivemos um candidato que era surdo. (Não “um
pouco difícil de ouvir”; seu tímpanos foram estourados.)
Obviamente, alguém pode mostrar-lhe os pedaços de papel,
como fazem para falar com ele. Mas há grande parte da
cerimônia em que o candidato deve ser enganado!
Nada a fazer senão comunicar pelo alfabeto de surdo e
mudo com seus dedos. Isso eu fiz – e descobri que podia
cortar no calor do momento pelo menos quarenta por cento
do “mínimo irredutível” sem fazer qualquer dano ao efeito
do ritual. "Aquilo me Ensinou!”
Claro, não existe tal coisa como a Arte da Conversação; eu
tenho tido a sorte de conhecer três, talvez quatro, dos
melhores conversadores do mundo; mas isto não é o ponto.
Como também objeto empastamento porque desperdiça
tinta.
Este parágrafo foi cortado na pirataria do Sr. Regardie,
Crowley não foi apenas um afortunado de ter conhecido
três, talvez quatro, dos melhores conversadores do
mundo, ele era um deles. O que ele quer dizer com a Arte
da Conversar pode ser vagamente capturado no diálogo
de algumas das comédias de Oscar Wilde de boas
maneiras, “A Importância de Ser Sincero”, por exemplo.
A revista Punch publicou, há alguns anos atrás, um artigo
muito interessante de um escritor que tinha conhecido
Crowley pessoalmente durante os dias de sua “fama”, e
que uma vez almoçou com ele e Louis Wilkinson e passou
duas horas ouvindo fascinado e inesquecível a réplica. –
Motta.
O que eu estou me queixando a sério é o que eu acredito ser
uma conspiração organizada das Lojas Negras para impedir
as pessoas de pensar.
Nus e desavergonhados! Em alguns países já houve escuta
obrigatória, nos programas do Governo; e quem sabe
quanto tempo será antes que todos nós estejamos sujeitos
por lei aos balidos, berros, arrotos e disparates chatos da
B.B.C.?
Os dois parágrafos seguintes foram retirados pelo Sr.
Regardie em sua “versão” do presente livro,
considerando o tipo de pessoa que deve despertar sua
simpatia, a omissão é compreensível, se não for
admissível. – Motta.
Eles possuem a liberdade de pensamento religioso; mas
somente a minoria propagandista sectária é permitida se
aproximar do microfone. Estou perfeitamente esperando a
censura dos livros – as dos jornais, entretanto
veementemente negada, é realmente eficaz – e até mesmo
das cartas privadas. Isso vai significar um enorme aumento
de funcionários parasitas que podem ser confiáveis a votar
nos canalhas que inventaram suas sinecuras. Isso foi, de
fato, a hera venenosa, que estrangulou o álamo Francês!
Mas esses canalhas de alma-sufocada conhecem bem o seu
perigo. Há ainda algumas pessoas com quem tenho
aprendido a pensar; e eles estão paralisados de terror para
que, como pode acontecer a qualquer momento, essas
pessoas percebam o perigo, organizado, e façam uma
limpeza na ninhada inteira de escólex!
É o ponto de lembrar ao leitor que há dois anos houve nos
Estados Unidos um programa de televisão que levou ao ar
semanalmente problemas sociais e pediu ao público para
comentar; os comentários foram contados, e um quadro
estatístico deles mostrado no início do próximo programa
na semana seguinte. Isto começou a deixar claro que a
esmagadora maioria do público era muito liberal e em
favor das coisas que o Estabelecimento teme: a liberdade
sexual, a legalização do uso de droga (embora não do
abuso de drogas – mas como você pode saber a diferença
quando o uso é subterrâneo?), o aborto, a eutanásia
voluntária, responsabilidade governamental, policial
honesto, burocratas eficientes... O programa foi tirado do
ar sob a desculpa de que não se saiu bem nas avaliações.
Tinha sete milhões de telespectadores na época. – Motta.
Assim ninguém deverá ser permitido pensar em tudo.
Abaixo com as escolas públicas!...
Na Inglaterra, a expressão “escolas públicas” é
enganosa: essas são escolas privadas para que somente
os filhos das classes mais altas sejam enviados, como o
famoso Eton. – Motta.
...As crianças devem ser perfuradas mentalmente pelos
pastores no trimestre escolar, cujos salários iriam parar no
primeiro sinal de discordância com os patrões. Quanto ao
resto, ensurdecer o mundo inteiro com clamor sem sentido.
Mecanizar tudo! Dê uma chance para ninguém pensar.
Padronizar “diversão”. O mais alto e mais cacofônico, o
melhor! Breves intervalos entre uma algazarra e os
próximos podem ser preenchidos com apelos, repetidos até
que o poder hipnótico dê-lhes ordens à força, para comprar
este ou aquele produto dos “homens de negócios”, que são
o verdadeiro poder no Estado. Os homens que traem o seu
país como rotina óbvia.
Pode não ser do conhecimento geral que o verdadeiro
motivo por que os Estados Unidos entrou na guerra do
Vietnã foi o de que certos cartéis de negócios
internacionais estavam interessados na riqueza mineral
do país. – Motta.
[O que dizer da Monsanto ao produzir um eficientíssimo
pesticida que “por acidente” foi usado na guerra, ops,
aceita uma laranja??? Não acredita? Leia só esse
pedacinho:
“Temos grande respeito pelos soldados enviados para a
guerra e por todos que foram afetados pelo conflito no
Vietnã. Todos compartilham a dor deste momento difícil da
história. Um dos legados daquela guerra é o Agente
Laranja, para o qual as perguntas permanecem quase 40
anos depois. As forças armadas dos EUA utilizaram o
Agente Laranja de 1961 até 1971 para salvar as vidas dos
soldados americanos e aliados desfolhando a densa
vegetação das selvas vietnamitas e, portanto, reduzindo as
possibilidades de uma emboscada”
Deu pra perceber que eles inocentam o governo corrupto
que encheu eles de dinheiro? Não, isso não é invenção,
esse descaradíssimo pode ser lido no site deles mesmo, se
você tiver estomago! É desse tipo de merda que Crowley e
Motta estão falando! Segue o link institucional (????):
http://www.monsanto.com.br/institucional/para_sua_informacao/agente-
laranja.asp]
A história dos últimos 30 anos é eloquente o bastante,
poder-se-ia pensar. O que esses imbecis encharcados nunca
percebem é que um organismo vivo deve adaptar-se
inteligentemente ao seu ambiente, ou ir abaixo na primeira
mudança séria de circunstâncias.
Onde estaria a Inglaterra hoje se não houvesse tido um
homem, deliberadamente mantido “no deserto” por décadas
como “doente”, “excêntrico”, “perigoso”, “impossível de
se confiar”, “impossível de se trabalhar”, para assumir o
país dos desnorteados homens “seguros”?
Este homem era Winston Churchill – Motta.
E o que ele poderia ter feito senão o que o povo tinha
respondido? Nada. Então ainda há um resquício cuja
independência, senso de realidade, e humanidade que
começará a contar quando o querido, e bom, bando lanoso
dispersar de terror no primeiro uivo dos lobos.
Sim, eles estão lá, e eles podem nos levar de volta a nossa
liberdade – somente se nós pudermos fazê-los ver que o
inimigo no Whitehall é mais insidiosamente fatal do que o
adversário na Casa Brownshirt.
Os Nazistas. O país estava em guerra, lembre-se. – Motta.
Nesta nota de esperança retorno ao meu silêncio.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
A “esperança” foi de curta duração; após a guerra, os
Socialistas assumiram, como previsto por Crowley, e
reduziram a Inglaterra à balbúrdia que agora é. – Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 15: Moralidade do Sexo(Inclui Artêmis Iota)
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Obrigado! Vou cobrir toda a questão do sexo em poucas e
bem escolhidas palavras? Devo supor que você quer pedir
dinheiro? Tais bajulações servis sugerem uma abordagem
indireta.
Por uma questão de fato, sua proposta não é tão ultrajante
quanto parece soar primeiramente; na medida em que a
língua inglesa vai, não há realmente quase nada que vale a
pena ser lido. 98,138% é o que o francês Ridley Ravergal
costumava chamar de “besteira, blá-blá-blá, bobagem,
merda e disparate”.
No entanto, recentemente, lancei uma Encíclica aos fiéis
com o atraente título de Artêmis Iota, e proponho que nós
leiamos isso no registro, para evitar problemas, e porque
ela dá uma lista de praticamente todos os clássicos que
você deveria ler . Além disso, ela condensa informações e
conselhos aos “iniciantes”, fazendo referência às injunções
positivas dadas no Livro da Lei.
Ainda assim, para efeitos destas cartas, eu gostaria de
colocar todo o assunto em poucas palavras. A Árvore da
Vida, como de costume, oferece um meio prático de
classificação.
1 – Para o lado físico do que aplicar as leis psicológicas.
“Não é um macaco com serra!” como John Wesley poderia
ter colocado isso, embora eu duvido que ele o fez.
2 – O lado “moral”. No caso da tensão de um cissoide, não
é um deles. Cuide da sua vida! é a única regra suficiente.
Para dragar social, econômica e religiosamente tais
aspectos são irrelevantes e impuros.
Tal como acontece com todos os pioneiros, Crowley foi
um pouco confuso sobre seus objetivos. Quando ele disse
“aspectos morais”, ele estava pensando em termos de
moralidade abstrata baseada em códigos religiosos
obsoletos. Mas esta carta inteira e Ártemis Iota em si, são
um sermão sobre a moralidade. A Moralidade Thelêmica.
A moralidade que é prática e real, baseia-se em dados
científicos. – Motta.
3 – O lado Mágico. O sexo é, direta ou indiretamente, a
mais poderosa arma do arsenal do Magista; e precisamente
porque não existe um guia moral, é indescritivelmente
perigoso. Eu tenho dado um grande número de pistas,
especialmente em Magick, e em “O Livro de Thoth” –
algumas destas cartas estão quase que descaradamente
revelando; portanto eu tenho apanhado com tanta força nos
dedos, por ter dado fosforo para as crianças brincarem. E a
minha desculpa consistiu em que eles já tinham esses
brinquedos, e minhas explicações têm sido direcionadas
para adicionar precauções consciente às proteções
automáticas já existentes.
As observações acima referem-se principalmente à técnica
do negócio; e ela está indo muito longe no caminho para lhe
dizer que você deveria ser capaz de trabalhar os seus
princípios a partir de seu conhecimento geral de Magick,
mas especialmente a Fórmula de Tetragrammaton,
declarada e explicada claramente em Magick, Cap. III.
Combine isso com o coração do Cap. XII e você conseguiu!
[Magick aqui é o livro “Magick na Teoria e na Pratica”]
Entretanto este não é o único ponto em questão. Este
incidentalmente, é aí onde entra as “salvaguardas
automáticas”... “tu não tens direito senão fazer a tua
vontade”. (AL I, 42) que significa “vá prostituindo-se com
estranhos” propósitos e os efeitos só podem ser
desastrosos. Isto é possível, em química, para provocar
uma reação endotérmica; mas isso é apenas solicitar
problemas. O produto traz em seu próprio coração a
semente da dissolução. Assim, a mais importante
preliminar à qualquer operação Mágica é certificar-se de
que o seu objetivo não é somente harmonioso com, mas
necessário para, a sua Grande Obra.
[Esse ponto é crucial para que você tenha um referencial
para sua moralidade pessoal! Claro, se você é, no mínimo,
harmônico com a Lei de Thelema!]
Note também que a utilização deste método supremo
envolve a manipulação de energias inefavelmente secretas
e mais ainda delicadamente sensíveis; isto comparado com
as operações ordinárias de Magick em última palavra seria
como comparar uma artilharia pesada com um bacamarte!
Este parágrafo foi retirado na pirataria Sr. Regardie, e
sua ausência, juntamente com a ausência de outros dois
parágrafos adiantes, faz com que o pensamento de
Crowley na presente carta seja totalmente
incompreensíveis para o leitor. – Motta.
[Uma pausa é necessária aqui....
É de certa forma comum que faça-se podas nas partes
ininteligíveis de textos, quer por instinto, arrogância ou
presunção, na melhor e mais positiva das hipóteses...
A humildade necessária para se perceber as verdade de
imensa profundidade nas palavras de um homem ou mulher
melhor que nos mesmos é uma qualidade ainda em
desenvolvimento.
Mesmo alguns dos temas mais simples que povoam as
ultimas esferas, como Malkuth, etc., são difíceis de serem
passados racionalmente, por este motivo por vezes temos a
impressão de que Crowley da muitas voltas, ele realmente
se preocupa com que você consiga compreende-lo.
Tomemos em exemplo os Livros Santos escritos em Classe
A, tais como Liber AL, que são recebidos “diretamente” do
Plano Atzilútico por intermédio de uma Inteligência/Ser
Briatica. Estamos falando de um plano, o Atzilutico, onde
em acordo com alguns escritos, os conceitos não tem efeito,
pode-se analogicamente falar em som com cor, cor com
som, um local onde tudo se distingue mesmo não tendo
forma (eu não falo de ter uma forma indefinida, eu me refiro
a amórfico mesmo), e ainda assim esses seres
interpenetram-se uns com os outros, algo como o azul
combinando-se com amarelo, mas sem se confundirem.
Ausência de forma é em certo senso, ausência de LIMITES.
A forma é uma barreira, algo delimita e define um ser em
termos de Existir e Estar.
Mas agora, imaginem por um momento: como trazer uma
mensagem de um nível desses para algo tão simples como o
Mundo de Assiah?
Evidente que muito do dito será ininteligível, pois só a
experiência e vivência consegue transportar as mensagens
em uma linguagem eficiente e concisa do que foi registrado!
Entretanto, mesmo assim é quase impossível passar tal
informação se o magista em questão não for uma ferramenta
adequada ou adequável; seria como querer fazer pipocas
dentro de um televisor, ou mais ainda, um duble de filmes
de ação querendo que um carro de cambalhotas sem que
haja uma rampa, pneus adequados, suspensão preparada
para esse esforço, etc. A única coisa que o nosso piloto vai
conseguir é inutilizar o veiculo e quebrar-se todo. O piloto
– Estrela – sabe disso e procura te adequar, induzindo sua
evolução ate que você esteja apto, se você assim quiser.
Esse é o motivo de ser necessário seguir a injunção dada de
forma bem direta em AL I, 36.]
Eu deveria ter mencionado o instinto ou impulso sexual em
s i mesmo, desprovido de magia ou de quaisquer outras
considerações, sejam quais forem: a coisa que te pega pelo
colarinho, corta seus pulsos com um sabre, e joga o que
restar sobre o precipício mais próximo.
O que é essa coisa maldita, afinal?
Este é justamente o problema; pois é a primeira das
máscaras sobre a face da Verdadeira Vontade; e aquela
máscara é Cara-do-Pôquer!
Como toda verdadeira arte é espontânea, é genial, é
totalmente além de qualquer conhecimento consciente ou
controlador,...
Você pode e deve, no entanto, conseguir o controle
consciente da técnica de execução, e é isso que ele está
falando. – Motta.
...assim também é o sexo. De fato, pode-se classificá-lo
como mais ainda do que a Arte; pois a Arte faz, pelo menos
tenta, encontrar um meio de expressão inteligível. Isso é
muito mais próximo à sanidade do que a cobiça cega do
impulso sexual. O mais louco gênio olha de Chokmah não
só de Binah, mas o fruto dessa união em Da’ath é o Ruach;
o impulso sexual não tem utilidade para Binah
compreender, interpretar e transmitir. Isso não quer mais do
que um instrumento que o destruirá.
Os dois parágrafos seguintes também foram extirpados
pelo Sr. Regardie. – Motta.
“Aqui, eu digo, Mestre, tenha um coração!”
Bobagem! (Eu Continuo) O que eu digo é simples fato, e
você sabe bem disso! Mais, sendo condenado, cercado,
torcido e torturado como tem sido pela religião e moral e
todo o resto, ele aprendeu a disfarçar-se, para aparecer em
uma miríade de formas como psicose, neurose, a loucura
real dos mais perigosos tipos. Você não tem que olhar além
de Hitler! Seu poder e seu perigo decorre diretamente do
fato fatal que em si mesmo é a Verdadeira Vontade, na sua
forma mais pura.
Como o leitor vai perceber, a ausência desses parágrafos
torna sem sentido a carta inteira. O problema do Sr.
Regardie era que, como a maioria das prostitutas que se
dizem analistas, ele não está no negócio de ajudar as
pessoas a encontrarem sua Verdadeira Vontade, mas sim
no ramo de ajustar pinos redondos em buracos
quadrados, não importando o custo para que se ajustem.
O seu objetivo era fazer funcionar suavemente uma
sociedade concebida apenas para colocar dinheiro nos
bolsos de pessoas que já tinham muito dinheiro para
começar. Por favor note que isto não foi concebido como
uma crítica ao capitalismo como um sistema. O mundo
comunista é tão cheio de Regardies como os Estados
Unidos da América, ocupada na montagem de pinos em
orifícios quadrados para manter a hierarquia do partido
“segura”. Sua covardia moral, por si só é desprezível o
suficiente, mas a covardia moral combinada com a
desonestidade pessoal e pública é realmente para além de
comentar o assunto. Não encontramos palavras para
descrever a falha de caráter do Sr. Regardie. Talvez essa
façanha de sua parte, e dos outros que vieram antes e
seguiram isso, descreva-lo melhor do que poderíamos.
Sempre fingindo querer “ajudar Crowley”, o Sr. Regardie
fez o seu melhor – o que significa seu pior – para castrar
o pensamento do homem e estar entre ele e o leitor, como
um espantalho do Antigo Testamento, envolto nos trapos
do dogma Moisaico, preso no campo da mente humana. –
Motta.
Qual é então a solução mágica? Óbvia o suficiente para o
Cabalista. “Amor é a lei, amor sob vontade”. Isto deve ser
ajustado na primeira manifestação com a própria Binah, de
modo a fluir livremente ao longo do Caminho de Daleth e
restaurar o equilíbrio perdido. As tentativas de suprimir
isto são fatais, ao sublime elas são falsas e fúteis. Mas
guiado sabiamente desde o início, com o tempo se torna
mais forte ao que aprendeu a usar suas virtudes para o
melhor proveito.
E o que do instinto paralelo em uma mulher? Salvo nos
(raros) casos de doença ou deformidade congênita, o
problema nunca é tão agudo.
Para Binah, mesmo quando ela da uma piscadela a
Chokmah, mantem o outro olho bem aberto, girando em
Tiphareth. Sua Verdadeira Vontade está assim dividida por
Natureza desde o início,...
Ele se refere a mulher, não a Binah, no que segue. Deve
ser ponderado, entretanto, que no que concerne ao
treinamento místico ou mágico esse problema pode afetar
ambos os sexos. – Motta.
...e é sua tragédia se ela não conseguir unir esses dois
objetos. Oh, meu Deus, sim, eu sei tudo sobre “spretæ
formae injuria” e “Furens possit femina quid”, mas isso só
porque quando ela erra sua mordida se sente duplamente
frustrada, roubada não só do extático Presente, mas do
glamoroso Futuro. Se ela comer independentemente do
Fruto da Árvore da Vida, quando ainda verde, ela não só
terá um gosto ruim na boca, mas indigestão a seguir. Então,
vivendo como ela faz no mundo da imaginação, vivendo
constantemente a sombra de seu Desejo, ela não é tão
susceptível a violenta insanidade de pura e cega luxúria,
como o masculino. A diferença essencial é indicada por um
daqueles de seus respectivos orgasmos, a fêmea
ondulatória, o macho catastrófico.
Este parágrafo também foi extirpado, talvez porque o Sr.
Regardie pensasse que poderia parecer um insulto para
os leitores do sexo feminino, talvez porque lhe lembrasse
do famoso episódio do Bezerro de Ouro. Se o primeiro foi
o motivo do Sr. Regardie, é interessante que ele deva
mostrar essa preocupação ao não ofender as mulheres,
quando que por sua censura prévia desta Carta ele já
privou – e aos homens também! – a partir do
conhecimento profundo de seus impulsos sexuais que
Crowley estava tentando transmitir. Mas o principal
problema do Sr. Regardie na vida sempre foi o tipo de
superficialidade do pensamento e da ação que brota do
medo de enfrentar as limitações do próprio eu. – Motta.
O quadro acima, tirado do todo, não pode ser totalmente
abrangente, nem totalmente satisfatória para a alma, mas
uma ideia com outra, é o suficiente para uma vaca ruminar a
respeito.
Boa noite!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
ARTÊMIS IOTA
vel
De coitu
Scholla Triviae
“Dianæ sumus in fide Puellas et pueri integri Dianam pueri
integri Puellæque canamus.”
Catullus.
Os versos citados podem ser traduzidos em português desta
maneira: “Nós, os meninos e meninas castas estamos sob os
cuidados de Diana, nós meninos e meninas castos juntos
louvamos Diana”.
Note-se que a ênfase é de Crowley, e isto pretende ser
significativo ao leitor. Ele considerou este tratado sobre
moral sexual extremamente importante para as mulheres;
ainda muito dependentes de boa conduta pelos homens.
Diana é a forma romana da Deusa Ártemis, a deusa da
castidade. O trato, portanto, trata da castidade iniciática,
que não tem absolutamente nada a ver com o Cristista,
Judeu, Brâmane, Muçulmano, Buddhista ou até mesmo
conceitos Marxistas. Observe a diferença entre a palavra
“castidade” no Latim Clássico, a raiz do que é inteiro –
com o seu sentido de conjunto, de salubridade – e a palavra
“castidade” do Latim Cristista (que tem sido o padrão
imposto pela tortura e genocídio de 1500 anos), derivada
de “castus”, que significa murado, fechado, restrito.
“Integri” significava integral, completa, com nenhuma parte,
função ou membro faltando por natureza: o trabalho
harmonioso como um todo. Um psicossoma integrado pode
ser uma tradução muito precisa, no jargão psicanalítico
moderno.
Artêmis Iota é leitura obrigatória para Eremitas de Θελημα
de ambos os sexos; para Iniciados dos Círculos Internos e
Secretos da O.T.O., por Aspirantes a A�A�, e para
qualquer ser humano interessado em viver uma existência
sadia e civilizada. Talvez algum dia seja leitura obrigatória
nos currículos escolares, neste mundo; caso nunca seja, este
mundo estará muito mais próximo do “Paraíso” do que esta
agora.
Tente compreender que não é apenas suposto que você vai
l e r e estudar isso, supõe-se que você ira praticar isso.
Coragem moral, integridade pessoal e – acredite ou não –
rigorosa abnegação são condições sine qua non para a sua
prática. Você vai descobrir que os princípios expressos
aqui são essenciais para a saúde física e emocional, para
não falar da saúde moral, e você encontrará também que
estes princípios são selvagemente odiados e combatidos em
todos os códigos do Aeon passado. As leis do país onde
você vive leitor – e seu país pode estar em qualquer lugar
deste mundo, e seguindo qualquer estatuto político – foram
feitas para cercear as atividades que aqui você encontra
indicadas por ser não só um direito mas um dever de todos
os seres vivos, humanos inclísives. Os estatutos são mortais
a alma humana: ele deve ser combatido e alterado a
qualquer custo caso nossa espécie seja para progredir
girando na hélice evolutiva. E já que muito do que você
deve fazer será doloroso ao ego, os estatutos vão tirar
proveito de seus travamentos egóicos ao tentar colocá-lo
do lado deles. Você deve estar sempre vigilante para não
ca i r nessa armadilha. O Sr. Regardie caiu, desgraçado
infeliz!
Leia! Pense! Seja bravo! E aja! Intenções que não são
seladas por feitos são inúteis. É prejudicial para você e a
espécie. – Motta.
“A palavra de Pecado é Restrição. Ó homem!
não recuses tua esposa, se ela quer! Ó amante,
se tu queres, parte! Não existe laço que possa
unir os divididos a não ser o amor: tudo mais é
maldição. Maldito! Maldito seja para os eons!
Inferno.” (AL, I: 41)
As referências, salvo indicação em contrário, são à Liber
AL vel Legis, a Tábua dos Mandamentos deste Aeon. –
Motta.
[Infeliz comparação!]
Consentimento ou recusa devem ser determinados pelo
impulso em si, sem referência para quaisquer outros
motivos que muito comumente influenciam a ação.
Isto significa simplesmente o que ele diz. Se você é
casado, você não deve estar a cama da sua esposa ou
marido, a menos que lhe apeteça. Se você é casado, e quer
ir para a cama de um homem ou uma mulher que não seja
seu cônjuge, você o está fazendo sem deixar que o fato de
que você é casado entre no assunto. Não há nenhuma
razão sensata do porque deva. O casamento é um contrato
social, não um conjunto de correntes. Cintos de castidade
estão fora. Naturalmente, isso vai parecer muito
agradável para você quando você é o único que está
“cedendo à sua natureza básica”, mas quando é sua
esposa, ou marido, ou amigo pessoal, provavelmente você
vai ser tentado a estressar-se. Não faça isso. E se você
ficar emburrado, tente não fazê-lo na presença da outra
pessoa (ou pessoas). Este é um ato humano muito difícil
no início, mas eventualmente você será capaz de subir
acima do nível dos quadrúpedes Crististas. E você vai
sentir a diferença no final. Se você sobreviver. – Motta.
“Assim com teu tudo: tu não tens direito a não
ser fazer a tua vontade.”(AL, I: 42)
Cada pensamento, palavra ou ato, sem exceção, estão
sujeitas a esta lei. “Faze o que tu queres” não dá licença
para fazer qualquer outra coisa; para evitar que isto não
possa ser entendido, a doutrina aqui é explícita: “tu não
tens direito a não ser fazer a tua vontade”.
Gritos ciumentos não manifestam a sua vontade: em vez
disso, a falta dela. Soluços de ciúmes não são melhores.
Cresçam! – Motta.
Toda partícula de energia deve ser para construir esta
máquina da vontade; direta ou indiretamente, ela deve
servir ao propósito único. Um pequenino buraco no casco
pode afundar um enorme navio.
Todo ato, portanto, com os pensamentos e palavras que
determinam sua execução, é um sacramento.
Um sacramento é algo que marca você, e você cria.
Então, se você é um Regardie cuidadosamente censurando
Crowley, isso cria você. Se você brinca de mártir ou
tirano para restringir anseio sexual do seu companheiro
por alguém, isso cria você. Você mesmo se cria
diariamente por seus atos. Tente criar-se um ser humano,
ao invés de um troglodita! E cuidado, pois um ser humano
que nega tanto a própria alma como a sua, ou restringe a
alma dos outros, torna-se algo menor e mais perigoso do
que as bestas. – Motta.
Agora, de todos os atos o mais importante intrinsecamente é
o ato de amor. Primeiro, porque o êxtase que acompanha o
seu desempenho é uma imagem física, ou indício, do estado
de Samadhi, já que a consciência do Ego está
temporariamente suspensa; segundo, porque o seu efeito
normal no plano material é, ou pode ser , incalculavelmente
vasto. (A ênfase sobre a devida palavra é absoluta.)
Precisamente porque é uma arma tão poderosa, sua
utilização é coberta com múltiplas precauções, e seu abuso
é depreciado com injunções pesadamente carregadas de
ameaças:
“Também, tomai vossa fartura e vontade de
amor como quiserdes, quando, onde e com
quem quiserdes! Mas sempre para me.” (AL,
I: 51)
Como um escorpião, o ferrão é na cauda: “Mas sempre
para mim”, sem restringir a vontade de ninguém, de
nenhum ser vivo, no todo. Se, ou caso, você decida foder
um cachorro – um cão de verdade, você sabe, de quatro
patas, não um político ou um líder da Maioria Moral de
uma TV “evangelista” – é melhor você fazer uma
maldição se o animal tem reações negativas para a
ocasião. (Se você adora cães, você será capaz de perceber
se ele quer foder você, ou ser fodido por você, ou não; e
se você não ama os cães, o que está fazendo fodendo um?
Tente se lembrar que violar um animal é ainda pior do
que estuprar um ser humano. O humano pode reagir, pode
até matar você; o animal é indefeso nas mãos de uma
forma mais inteligente, supostamente um ser mais
evoluído.) – Motta.
“Se isto não for correto; se confundis as
marcas do espaço, dizendo: Elas são uma; ou
dizendo, Elas são muitas; se o ritual não for
sempre para me: então esperai os terríveis
julgamentos de Ra Hoor Khuit!”(AL, I: 52).
“Isto regenerará o mundo, o mundozinho minha
irmã, meu coração & minha língua, a quem Eu
mando este beijo. Também, ó escriba e
profeta, se bem que tu és dos príncipes, isto
não te redimirá nem te absolverá...
O “mundozinho minha irmã” é o Planeta Terra – nosso
planeta, no caso de você não haver notado; e se você
praticar Artêmis Iota ao pé da letra, você contribuirá
para a regeneração da Mãe Terra, a Mãe de todos nós
que vivemos sobre ela, mas apenas uma “pequena irmã”
para o Ser que estava falando. – Motta.
“...Mas êxtase seja teu e alegria da terra:
sempre A me! A me!” (AL, I: 53).
Por favor note cuidadosamente a justaposição dos versos
citados. Voltaremos a isso depois de citá-los como eles
foram colocados por Crowley, e na ordem em que foram
colocados por Crowley. – Motta.
“...Vós ajuntareis mercadorias e quantidades
de mulheres e espécias; vós usareis ricas joias;
vós excedereis as nações da terra em
esplendor & orgulho; mas sempre no amor de
me, e assim vireis à minha alegria...” (AL, I:
62).
“Existe um véu; aquele véu é negro. É o véu da
mulher modesta: é o véu de sofrimento, & o
manto de morte: isto nenhum é de me. Rasgai
abaixo aquele mentiroso espectro dos séculos:
não veleis vossos vícios em palavras
virtuosas: estes vícios são meu serviço; vós
fazeis bem, & Eu vos recompensarei aqui e no
além.” (AL, II: 52).
Este parágrafo é dirigido aos homens heterossexuais e às
mulheres homossexuais com um pendor para o “papel
ativo”; o parágrafo acima desta nota é direcionado para
mulheres de todas as tendências sexuais que sejam. –
Motta.
“Existe auxílio & esperança em outros
encantamentos. Sabedoria diz: sê forte! Então
tu podes suportar mais alegria. Não sejas
animal: refina teu êxtase! Se tu bebes, bebe
pelas oito e noventa regras da arte: se tu amas,
excede em delicadeza; e se tu fazes o que quer
que seja de alegre, que haja sutileza ali
contida!” (AL, II: 70).
“Mas excede! excede!” (AL, II: 71).
“Esforça-te sempre por mais! e se tu és
verdadeiramente meu – e não o duvides, e se tu
és sempre alegre! – a morte é a coroa de tudo.”
(AL, II: 72).
Aqui é a confirmação em detalhe de AL, I: 41. Este ato é
um definido fenômeno elétrico ou magnético. Não ha outra
consideração a se aplicar. (Isto portanto ocasionalmente
parece, para quem esta de fora, despropositado)...
Lembre-se que o forasteiro pode ser você! Controle do
ego é fundamental; também, controle da dor de ver o
objeto de amor encontrar alegria no abraço de algum
outro ser, porque temos sido ensinados por gerações que
a “infidelidade” de nossa amante é “pecado” e, o que é
pior , diminui a nossa auto-importância. Quem segue os
preceitos de Artêmis Iota está nadando contra a corrente
de centenas de milhares de anos de condicionamento, pois
aqueles “códigos morais” não são realmente morais em
tudo: são expressões sociais de instintos animais fingindo
serem humanos sob o pretexto de “autoridade divina”.
“Não cobiçarás a mulher do teu próximo”, por exemplo,
soa muito bem, mas será que alguém pergunta a opinião
da esposa? Eles apedrejaram as “adúlteras” até a morte,
você pode recordar. Toda esta hipocrisia e duplo padrão
tem que ir embora. Você deve fazer um esforço consciente
para destruí-la, não importa o quão doloroso pode ser
para você. Ou para os outros! – Motta.
[Isto não quer dizer que se uma mulher ou um homem não
quer transar com você, gostosão, que eles são castrados,
pois nem todos se interessam por todos...]
A única exceção – isto é apenas aparente – é quando a
satisfação do impulso iria manifestamente contrariar a
Verdadeira Vontade mais do que ajudar a cumpri-la;
qualquer caso deve ser julgado pelos seus méritos.
[Foi como disse acima, gostosão!]
“Mas sempre para me”. A palavra sempre não admite
exceção, “para me” pode ser parafraseado como “o
cumprimento de uma possibilidade necessária para a
realização da Grande Obra”...
Esta é uma interpretação especializada, para aqueles que
estão passando por treinamento em uma Ordem
Iniciática. Uma paráfrase útil para o ser humano médio
pode ser “mas sempre de acordo com a vontade de todas
as partes envolvidas no ato”, ou “mas sem danos ao
sistema ecológico.” – Motta.
Todo ato é um sacramento, mas esta eminentemente assim.
O texto continua com uma clara ameaça: “se o ritual não for
sempre para me: então esperai os terríveis julgamentos de
Ra Hoor Khuit!” Profanar o sacramento dos sacramentos é
o mais fatal dos erros e crimes, pois é alta traição à própria
Grande Obra.
O próximo verso repete: “se o ritual não for sempre para
me” , e é enfatizado e fortalecido com uma ameaça. O
ofensor já não goza mais das livres carícias da Deusa do
Amor; ele é lançado fora para o constrangimento penal do
impiedoso e terrível Deus do Capítulo III.
Ele quer dizer o Capitulo III do Livro da Lei. – Motta.
“Sede graciosos portanto; vesti-vos todos em
fino trajes; comei comidas ricas e bebei vinhos
doces e vinhos que espumejam! Também,
tomai vossa fartura e vontade de amor como
quiserdes, quando, onde e com quem...”
Isto se refere a técnica da arte; logo será melhor explicado
neste ensaio.
“...e com quem quiserdes.”(AL I: 51).
Isso repete o que já foi dito acima, na nota à AL I: 41.
O verso 53 afirma a importância deste dogma. A
negligência dessas prescrições foram responsáveis por
interminável e insuportável agonia, horríveis e imitigáveis
desastres do passado.
O cabalista pode notar que o “Para me!” no final deste
verso não apenas repete a exclamação, mas é um Selo
Mágico definido sobre o dogma. (O verso 54 é uma dica
para procurar o segredo.)
Em letras Gregas, TO MH soma 418, e é idêntico ao
Abrahadabra, a cifra da Grande Obra. A meditação deve
levar o aluno a considerações ainda mais profundas e
frutíferas.
“Invocai-me sob minhas estrelas! Amor é a lei,
amor sob vontade. Nem confundam os tolos o
amor; pois existem amor e amor. Existe o
pombo, e existe a serpente. Escolhei bem! Ele,
meu profeta, escolheu, conhecendo a lei da
fortaleza, e o grande mistério da Casa de
Deus.”(AL I: 57).
“Beleza e força, riso pulante e langor
delicioso, energia e fogo, são de nós.”(AL II:
20).
“Eu sou a Cobra que dá Conhecimento &
Deleite e brilhante glória, e movo os corações
dos homens com embriaguez. Para adorar-me
tomai vinho e estranhas drogas das quais Eu
direi ao meu profeta, & embriagai-vos deles!
Eles não vos farão mal de forma alguma. É
uma mentira, esta tolice contra si mesmo. A
exposição da inocência é uma mentira. Sê
forte, ó homem! Arde, usufrui todas as coisas
de senso e êxtase: não temas que qualquer
Deus te negará por isto.”(AL II: 22).
Direto ao ponto. Este verso é citado novamente em parte
por aviso, em parte como admoestação, e deve ser ampla
a explicação do porquê desse trato ser leitura obrigatória
para Eremitas de Θελημα. – Motta.
“Vede! estes são graves mistérios; pois há
também de meus amigos que são eremitas.
Agora não penseis encontrá-los na floresta ou
n a montanha: mas em camas de púrpura,
acariciados por magníficas bestas de mulheres
com largos membros, e fogo e luz em seus
olhos, e massas de cabelo flamejante em volta
delas; lá vós os encontrareis.”(AL II: 24)
“Mas vós, ó meu povo, levantai-vos &
acordai!
Que os rituais sejam retamente executados com
alegria & beleza!
Há rituais dos elementos e festas das estações.
Uma festa para a primeira noite do Profeta e
sua Noiva!
Uma festa para os três dias da escritura do
Livro da Lei.
Uma festa para Tahuti e a criança do Profeta –
secreta, Ó Profeta!
Uma festa para o Supremo Ritual, e uma festa
para o Equinócio dos Deuses.
Uma festa para o fogo e uma festa para a água;
uma festa para a vida e uma festa maior para a
morte!
Uma festa diária em vossos corações na
alegria de meu êxtase!
Uma festa toda noite para Nu, e o prazer do
mais transcendente deleite!
Sim! festejai! regozijai-vos! não existe pavor
no além. Existe a dissolução, e eterno êxtase
nos beijos de Nu.” (AL II: 34-44).
Estes versos referem-se mais uma vez para os
concomitantes do ato; pois eles indicam os adjuvantes para
a técnica, e eles indicam o mesmo espírito com que devem
ser abordados. A atitude individual científica de pesquisa e
preparação preliminar; o objetivo é prever os obstáculos,
para facilitar e direcionar a corrente; mas o impulso em si é
o entusiasmo.
Os próximos versos citados são reunidos especialmente
para a leitora. Um deles já foi citado, mas ele repete, por
causa de sua importância. – Motta.
“Existe um véu; aquele véu é negro. É o véu da
mulher modesta: é o véu de sofrimento, & o
manto de morte: isto nenhum é de me. Rasgai
abaixo aquele mentiroso espectro dos séculos:
não veleis vossos vícios em palavras
virtuosas: estes vícios são meu serviço; vós
fazeis bem, & Eu vos recompensarei aqui e no
além.”(AL II: 52).
“Tu obterás a ordem & valor do Alfabeto
Inglês: tu acharás novos símbolos aos quais
atribuí-las.
Ide! vós escarnecedores; apesar de que rides
em minha honra vós não rireis longamente:
então quando estiverdes tristes sabei que Eu
vos abandonei.”(AL II: 55-56).
O estudante deve assimilar a doutrina dos “Irmãos
Negros”...
O Sr. Germer adicionou a seguinte nota na edição
original: “Veja a Carta 22 deste livro” – Motta.
...pois recusar-se em cumprir qualquer uma das
possibilidades é a negação direta da Grande Obra.
Deve notar-se na passagem, para o benefício da leitora
média, que o movimento feminista está sob o constante e
insidioso ataque da síndrome de “Maria”. Encontramos
g r u p o s supostamente feministas tentando banir a
pornografia e até mesmo fotos de mocinhas em revistas,
sem se dar ao trabalho de descobrir se as mulheres que
participam desses negócios apreciam e desejam
participar neles, ou são obrigadas pela força a fazê-lo, o
que parece improvável. Até antes da Primeira Guerra
Mundial, as mulheres que trabalhavam em qualquer outra
ocupação diferente de dona de casa eram olhadas com
suspeita de serem “imorais”, “fáceis” ou “soltas”. Pela
definição dos cultos dos deuses-de-Escravos, é claro que
eles eram. A liberdade sexual não é apenas um direito de
qualquer mulher, é também um prazer. O feminismo não é
o ódio aos homens; um infeliz subproduto do mesmo está
sendo usada para influenciar as feministas como um todo
para evitar o sexo masculino, ou atividade sexual com o
sexo masculino, exceto nos termos de que, se você olhar
cuidadosamente sobre elas, diferem das normas antigas
só por causa de uma inversão de papéis. Em suma, as
feministas são supostas de serem “castas”, e os homens
supostamente não querem uma mulher como “objeto
sexual”. Então, o que está errado em querer alguém como
um objeto sexual? Tenho sido muitas vezes encarado
como um objeto sexual, por vezes felizmente por mulheres
e eu apreciei o processo na cama bem o suficiente, sem
amarras. A ênfase não sendo consideradas como “objetos
sexuais” é apenas mais uma tentativa do inimigo para
levar as mulheres de volta à servidão. É muito natural
que uma mulher não deva querer ser considerada apenas
como um objeto sexual, mas se isso acontece com um
homem a quem você acha sexy o suficiente por uma noite,
mas não um homem que você gostaria de passar toda sua
existência com ele, e daí? Infelizmente, este tema é
complexo demais para entrar em pormenor aqui. As
feministas devem ficar atentas a qualquer tendência para
restringir a sua vida sexual fora do “respeito” para os
padrões artificiais de “dignidade”, ou conceitos
abstratos do que é ser feminista. Uma feminista
certamente quer fazer mais do que foder, mas a menos
que foder esteja incluído em seu programa, irmãs, e
fodendo com homens que eu tendo a desconfiar de seus
motivos. Crowley segue repetindo várias outras
passagens, desta vez para enfatizar a técnica sexual. –
Motta.
[Este é um dos melhores comentários de Motta que eu já li.
A cerca do assunto.]
“Existe auxílio & esperança em outros
encantamentos. Sabedoria diz: sê forte! Então
tu podes suportar mais alegria. Não sejas
animal: refina teu êxtase! Se tu bebes, bebe
pelas oito e noventa regras da arte: se tu amas,
excede em delicadeza; e se tu fazes o que quer
que seja de alegre, que haja sutileza ali
contida!
Mas excede! excede!
Esforça-te sempre por mais! e se tu és
verdadeiramente meu – e não o duvides, e se tu
és sempre alegre! – a morte é a coroa de
tudo.”(AL II: 70-72)
Aqui, em poucas e simples frases, é um guia completo – no
esqueleto – a Arte do Amor.
Genius sem técnica é muito desajeitado e ininteligível; mas
técnica sem gênio é osso seco. Genius está lá, ou não há
nem engenho e nem trabalho, vão se estar ausentes. No
entanto, pode-se afirmar que ele está sempre lá, uma vez
que “Todo homem e toda mulher é uma estrela”. Em
qualquer caso, a técnica somente responde por estudo e
exercício; por isto foi escrito que “exige tanto estudo como
a teologia, e tanta prática como o bilhar”. Tudo o que
podemos fazer é
(a) desencadear,
(b) dirigir, o gênio latente. Nos países hostis à civilização,
(“horribilesque Brittanos ultimosque”), e suas colônias...
A frase em Latim aqui quer dizer: “Grã-Bretanha a mais
terrível de todas.” Mas, pelo que se lê, mesmo em sua
própria propaganda, parece que a Rússia Soviética e
China Vermelha não ficam muito atrás. – Motta.
...passado e presente,...
Isso começou no bom e velho EUA, meninos e meninas. E
Austrália. E Canadá. E Nova Zelândia. E Irlanda. E... –
Motta.
[Esta começando aqui, no Brasil “Democrata”!]
...a técnica é quase inexistente, os indivíduos que a
possuem, em qualquer grau de perfeição devem a sua
preeminência, em quase todos os casos, ao ensino e
formação no âmbito dos nativos das mais felizes e menos
barbáricas partes do mundo. Cada tipo de raça ou cultura
tem suas próprias virtudes especiais.
A. Estudo: O aluno deve estudar, ter em mente, e levar a
sério, clássicos como o Ananga-Ranga, o Bagh-i-Muattar
de Abdullah el Haji,...
Confira Equinócio V. 4, intitulado Sexo e Religião, para
isto. – Motta.
...o Kama Shastra, o Jardim Perfumado do Sheik Nefzawi, e
certos tratados científicos ou pseudocientíficos (em geral
sobre as deformidades da natureza, ou os abusos da
ignorância) por inúmeros autores, principalmente franceses,
alemães, austríacos e italianos. “Entusiasmo Energizado”,
EQ. I, 9, é a virtude palmar.
(Liber LXVI, Liber CCCLXX, Liber DCCCXXXI, Liber
CLXXV, Liber LCVI e outros, também em O Equinócio,
sao publicações oficiais da A�A�) Existem também
vários clássicos do assunto, úteis para assimilar a
atmosfera romântica e entusiasmante apropriada para a
prática da arte, um exemplo pode ser Catulo, Juvenal
(especialmente a sátira sexta), Marcial, Petronius Arbiter,
Apuleio, Bocaccio, Masucci, François Rabelais, de Balzac
(Contes Drolatiques), de Sade (Justine, Juliette, etc.),
André de Nerciat, Alfred de Musset e George Sand
(Gamiani; nuits d’OU Deux exces), Sacher Masoch (Venus
in Furs), no Inglês e Americano muito numerosos para
listar, mas especialmente os poetas em Ordens Sagradas :
Swift, Herrick, Sterne, Donne e Herbert.
Há também uma literatura completa de misticismo que se
aproxima ou implica neste assunto, mas este tipo de
trabalho é, para o jovem estudante, tão perigoso como é
superficialmente atraente. Ele estimula o sentimento de
culpa, ensina a arte venenosa de auto-justificação, e exalta
muita a hipocrisia que condena nomeadamente a Liberdade.
“Rasgai abaixo aquele mentiroso espectro dos
séculos: não veleis vossos vícios em palavras
virtuosas: estes vícios são meu serviço; vós
fazeis bem, & Eu vos recompensarei aqui e no
além.”(AL II: 52)
B. Prática: Não há um professor, talentoso, capaz de
abordar uma centésima parte do terreno da arte. A melhor
aula é de especialistas treinados e consagrados; em
seguida, de homens e mulheres de gênio natural.
C. Pesquisa Original: Esta deve ser baseada no mais amplo
conhecimento possível e, no mais profundo entendimento da
mesma, e sobre os resultados do alcance e da intensidade
de sua prática.
“Mas excede! excede!” (AL II: 71)
“Mas sempre para Me.” (AL I: 51)
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 16: Sobre ConcentraçãoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você sabiamente me pede uma carta especial sobre
Concentração; você nota que sugeriu-a constantemente, mas
nunca dei instruções simples.
Este parágrafo foi cortado pelo Sr. Regardie,
provavelmente como parte da campanha Sionista para
dar a impressão ao público de que Crowley admirava os
Nazistas, se não o “Profeta” Samuel. – Motta.
Espero não ter sido tão vago a ponto de permitir que você
suponha que os campos de concentração são provas de que
governos benevolentes e esclarecidos estão finalmente
interessando-se seriamente em educar o mundo na Yoga,
mas eu concordo que não pode fazer muito mal se eu tomar
uma dose do meu próprio remédio, e reunir em um feixe de
ouro todo o milho maduro da minha sabedoria sobre o
assunto.
Para a concentração realmente destrave todas as portas;
isto reside no coração de todos os treinos, pois é a essência
de toda a teoria, e quase todas as várias regras e
regulamentos visam assegurar o adepto nesta matéria. Todo
o trabalho subsidiário – conscientiza, em um só ponto, a
plenitude da mente o resto – destina-se a treiná-la para
isso.
Todos os cumprimentos, saudações, “Dizendo Vontade”,
adorações periódicas, mesmo dizendo Apo Pantos
Kakodaimonos com um movimento descendente e para fora
do braço, desviando os olhos, quando alguém vê uma
pessoa vestida com os hábitos (Cristista) religiosos: tudo
isto esta sob: “Não afague o gato do lado errado!” ou, na
gíria jornalística moderna pseudocientífico “agilizando a
vida.”
Novamente o próximo parágrafo foi cortado pelo Sr.
Regardie, talvez porque ele tenha pensado que Crowley
iria promover a si mesmo – o Sr. Regardie provavelmente
sente que detém o monopólio sobre isso. – Motta.
Vamos ver se Frater Perdurabo tem alguma coisa para o
ponto! Naturalmente, a Parte I do Livro 4 é dedicado a ele,
mas há muito, e não o suficiente para ser útil para nós
agora.
Talvez o paragrafo explique, para o benefício de pessoas
um pouco mais perspicazes do que o Sr. Regardie, que
Crowley em sua velhice sentiu-se tão alheio a “Frater
Perdurabo”, como se ele tivesse se sentindo como um
menino. Em sua velhice, Crowley foi um Mestre do
Templo E um Magus E um Ipsissimus: os subconjuntos de
seu Ser estavam distantes, frequentemente pitorescas
curiosidades para ele. Sr. Regardie nunca foi capaz de
perceber isso, porque o Sr. Regardie nunca foi capaz de
analisar suas partes constitutivas; ele não tinha
nenhuma. – Motta.
[houve um velhinho na cidade de Niterói, no Rio de
Janeiro, que nos anos 80/90 costumava dizer que era a
reencarnação de Crowley, e a esposa dele de alguma
mulher escarlate da vida... deve ter sido sua “parte
constitutiva” falando alto, alto demais... Porem seria feio eu
citar o nome de pessoas que já estão mortas e muito bem
sepultadas!]
O que é a sua real necessidade é a Instrução oficial em O
Equinócio, e a compreensão e entendimento muito mais
profundo e amplo de Oito Leituras de Yoga; mas essas
leituras são tão infernalmente interessantes que quando eu
procurar no livro por alguma citação ele me arrasta pra
longe com ele. Eu não posso colocá-lo abaixo, eu esqueço
tudo sobre esta carta. Ao contrário da propaganda indireta
para concentração!
O melhor jeito é o mais difícil; para esquecer tudo isso e
começar do zero como se nunca tivesse sido escrito
qualquer coisa sobre o assunto antes.
Devo manter sempre em mente que é assumido que você
não sabe de nada sobre Yoga e Magick, ou qualquer outra
coisa além do que pode ser considerado que foi ensinado a
uma pessoa média educada.
[Pena a maioria dos “Instrutores” não tomarem tal posição:
teriam alunos mais promissores: Iniciados mais bem
armados! Mas a grande parte prefere sentar sua santa bunda
no Monte Olimpo e arrotar banalidades, sempre amparados
por algum instrução obscura, é claro!]
Qual é o problema? Eles são dois.
β: Para treinar a mente para mover-se com o máximo de
energia e velocidade, com o maior rigor possível na
direção escolhida, e com o mínimo de perturbação ou de
fricção. Isto é Magick.
α: Para a mente parar completamente. Isso é Yoga.
As regras, bem estranhamente, são idênticas em ambos os
casos; pelo menos, até a sua “Magick” é perfeita; Yoga
meramente vai um passo adiante. Em Beta você reduziu
todos os movimentos de muitos para Um; em Alpha que
você reduz de Um para Zero.
Agora então, com um suspiro de alívio, você sabe que:
todos os incidentes possíveis no treinamento Beta é mutatis
mutandis, perfeitamente familiar para o engenheiro.
O material deve ser escolhido e preparado no tipo e na
maneira mais adequado para o projeto da máquina a que se
destina; as diversas partes devem ser colocadas juntas com
a maior precisão; todos os obstáculos para a função devem
ser removidos, e todas as fontes de erro eliminadas. Agora
anima-te, criança! No caso da máquina que ele tem
devisado e construído ele mesmo com todas as condições
em seu favor, ele acha que não está fazendo muito mal se
ele se cercar de quinze ou vinte por cento da eficiência
calculada fora do instrumento, e mesmo a natureza, com
milhões de anos para se adaptar e melhorar, muito
frequentemente, não se pode orgulhar de ter feito algo muito
melhor. Então você não tem razão para estar desanimada se
o sucesso não sorri a você na primeira semana ou mais de
sua Obra, começando como você faz com material que
cujas propriedades você é miseravelmente ignorante, com
meios lamentavelmente limitados, com as Leis da Natureza
que você não entende; de fato, com quase tudo contra você,
mas a indomável Vontade e a inconquistável coragem.
Este parágrafo, mais uma vez, foi cortado pelo Sr. Israel
Regardie, presumivelmente porque os poetas citados não
eram populares entre os intelectuais em seus dias; e o Sr.
Regardie marrom – cheirando a inteligência tanto quanto
ele podia. – Motta.
(Eu sei que sou um pobre e desprezivel Lowbrow, mas eu
me recuso a ter vergonha de encontrar o “Se” de Kipling e
Henley Não lembro – o título; não pode ser poesia;...
Esta foi a afirmação da intelectualidade Bloomsbury, a
maior parte pseudo-liberal e socialista. Eu nunca li
Henley, mas o “Se” de Kipling é poesia de um tipo que
seus críticos nunca poderiam ter alcançado. Aplicada a
própria vida de Crowley, isso mostra que ele era um
homem, enquanto o Sr. Regardie foi um pseudo-mago, um
pseudo psicanalista e agora também, como podemos ver,
um pseudo-Crowley. É de se admirar que ele tinha
ambições de se tornar um pseudo-Thelemita? – Motta.
...mas eles são a comida honesta e a maldita boa cerveja
para o viajante plebeu. Foi de uma tal masculinidade, e não
o esquerdista testudo e mariquinha do Bloomsbury, que
manteve Londres por meio de blitz. Orar perdoa a
digressão!)
Mas não é realmente uma digressão de tudo. O poema de
Kipling descreve exatamente o tipo de vicissitudes que
quem se ocupa com o autodesenvolvimento da
profundidade e alcance da Iniciação pode esperar na vida
das pessoas e seus companheiros, e suponho que Henley faz
algo semelhante. Aliás, durante a Segunda Guerra Mundial,
o “Se” de Kipling foi encontrado emoldurado no escritório
ou na casa da grande maioria dos trabalhadores Britânicos.
Isto, naturalmente, não inclui os intelectuais, que nunca
trabalharam em qualquer lugar, apenas pra brincar. O poeta
tinha sido desgraçado por muitos anos, e é interessante que
ele deveria ter ido à tona, neste único poema pelo menos,
apesar das altas queixas dos críticos, em um dos momentos
mais difíceis na história da Inglaterra. Após o conflito, a
intelectualidade novamente conseguiu bani-lo das mentes
dos seus compatriotas, com os belos resultados que são tão
evidentes na atualidade e que Crowley, aliás, tinha previsto
em seu poema profético, Carmen Sæculare, décadas antes:
A rameira que os homens chamaram grande
Babilônia,
Em vestes carmesim e fino traje,
A lepra escarlate que envergonha o sol,
A cabra dourada que pilha o mundo para
assoldar; –
Seus dias de riqueza e majestade irão acabar:
Homens pisoteiam-lhe pelo charco!
O templo de Deus é jogado abaixo;
Sim, o brilhar de Mammon é purificado! A
casa dela
Que amedronta o mundo com sua maligna
careta,
E dirigiu o Celta para exílio e desespero,
É espancado agora – o fogo de Deus destrói a
cidade;
Londres admite o ar de Deus.
Isto foi escrito 45 anos antes de Londres ser arrasada pelas
invasões Nazista. (Pode-se protestar que os Nazistas
dificilmente foram Deus – mas nem tudo é Deus, ou nada é)
Curiosamente, uma nota para este poema diz: “Crowley, um
Irlandês, era apaixonadamente ligado ao movimento
Céltico, e só o abandonou quando descobriu que era uma
simples máscara para os recursos hediondos do
Catolicismo Romano.”
O poema foi escrito em 1900 e.v., com a nota publicada
em 1905 e.v. Ele não se deixou enganar por muito tempo,
era ele? No entanto, muitos Irlandeses apoiam o I.R.A. até
h o j e , apesar de sua brutalidade e crueldade
caracteristicamente Católica Romana, apenas pode ser
comparada com a sede de sangue Sionista na Palestina.
Pode-se observar aqui que a maioria dos simpatizantes
do Nazismo e muitos do próprio partido eram Católicos
fervorosos, e que o Vaticano instigava o assassínio de
Judeus na Alemanha enquanto pode publicamente. O que
alguns clérigos Católicos Romanos relataram ter feito
para ajudar, eles fizeram por sua própria iniciativa, e
não sob ordens de Roma. – Motta.
Há apenas um método a adotar nestas circunstâncias como
uma Aspirante à Magick e Yoga: o método da Ciência.
Tentativa e erro. Você deve observar. Que implica,
primeiro de tudo, que você deve aprender a observar. E
você deve anotar suas observações. Nenhuma circunstância
da vida é, ou pode ser irrelevante. “Quem não está comigo
está contra mim”...
Esta citação direta dos “Evangelhos” mostra tanto a
atitude de um “Irmão Negro” ou de um político cruel, se
aplicado à sociedade dos humanos; mas aplicado à
sociedade dos componentes do Self, é a única forma para
alcançar a regra mais eficiente e, assim, tornar-se capaz
de fazer a Vontade una. – Motta.
...Em todas essas cartas você vai encontrar apenas duas
coisas: ou eu lhe digo o que é ruim para você, ou o que é
bom para você. Mas eu não sou você, eu não sei todos os
detalhes de sua vida, todos os truques do seu pensamento.
Você deve fazer noventa por cento do trabalho para si
mesma. Seja isto o amor, ou o seu passatempo diário, ou
sua dieta, ou seus amigos, ou suas diversões, ou qualquer
outra coisa, você deve descobrir o que ajuda a você na sua
Verdadeira Vontade e o que a atrapalha; acalentar a um e
evitar o outro.
Quero insistir fervorosamente que a concentração não é,
como quase todos nós pensamos, uma questão de fazer as
coisas corretamente na prática, você deve fazer de cada
respiração um atrativo subserviente para a Verdadeira
Vontade, para fertilizar o solo pras práticas. Quando você
se sentar em seu Asana para aquietar sua mente isto será
muito mais fácil para você se sua vida inteira tendeu à
quietude relativa; quando você bater com seu Bastão e
anunciar a abertura de uma Invocação, será melhor se o
proposito desta cerimônia tem sido latente no fundo do seu
pensamento desde a infância!
Mas vindo de seu psicossoma; não da instigação de Papai
ou Mamãe ou Titia ou qualquer outro pregador ou
“sacerdote”. As crianças nunca devem ser orientadas
pelos adultos para com qualquer forma particular de
ideologia ou credo. Sobre este assunto, cf. Liber Aleph,
Caps. 35-42. – Motta.
[Se te for difícil entender o porque, existiu um poeta
Semita, Gibran, que em seu belíssimo livro, O Profeta, da
uma Thelêmica luz sobre este tema, entre outros.]
Sim, de fato: fundo!
No fundo, à beira do subconsciente, estão todos aqueles
fatos que determinaram a escolha desta sua Grande Obra.
Então, a ambição, consciente, que organiza a ordem geral e
disposição de sua vida.
Por fim, as práticas em si. E a minha crença é que a imensa
maioria das falhas têm sua negligência em escovar a sua
broca e agradecer por isso.
E a grande maioria dos candidatos são falhos,
precisamente por causar isso. Consulte também o Dao De
Jing, Capítulo 63, e o Yi Jing, Hexagrama 9, e o
respectivo anexo. O parágrafo seguinte foi novamente
retirado pelo Sr. Regardie, obviamente porque anunciava
os livros de Crowley e não os seus. O fato de que os livros
de Crowley sempre foram incomparavelmente melhor do
que o seu em tudo, foi provavelmente um novo incentivo
para a sua censura. – Motta.
Para aconselhamento técnico sobre todos esses assuntos,
vou encaminhá-la para as obras oficiais mencionadas na
primeira parte desta carta; eu ficarei feliz se você levar a
sério o que eu estou agora empurrando tão violentamente
para você, esta Meia Obra de Concentração.
Crowley utiliza “Meia Obra” aqui tanto no sentido
Cabalístico do necessário para alcançar as experiências
do Caminho do Meio e no sentido Daoístico. O leitor
serio deve estudar particularmente o “Pequenos Ensaios
em Direção à Verdade”, “Yoga e Magick”, “Oito
Leituras de Yoga”, “Magick Thelêmica” e “O Equinox I,
4”. Uma prática que é difícil, mas a mais importante na
aquisição de Concentração é detalhada em Liber III, uma
das Instruções Oficiais da A �A �. – Motta.
[Liber III vel Jugorum é um “Santo Remédio” para as três
Grandes Insanidades da Alma humana: a insanidade na
Fala, a Insanidade na Ação, e a Insanidade no Pensamento.]
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 17: Jornada Astral:Exemplo, Como Fazê-la, Como
Verificar Sua ExperiênciaCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Não há melhor maneira de treinar a memória do que a
prática da Santa Cabala.
Partindo do princípio que se você repetir o suficiente, até
mesmo um papagaio pode aprender a falar. Ele trabalhou
com o Sr. Regardie. – Motta.
Todo o mecanismo de memória depende de juntar-se dados
independentes. Você deve ir adicionando um a um, pouco a
pouco, sempre juntando as impressões simples, remetendo-
os para as outras que são mais gerais; e assim
sucessivamente, até a totalidade do seu universo é
organizado como o cérebro e o sistema nervoso. Este
sistema, de fato, torna-se o Universo. Quando você tem
tudo corretamente correlacionado, a sua consciência central
compreende e controla todos os mínimos detalhes. Mas
você deve começar do início – você sai para uma
caminhada, e a primeira coisa que você vê é um carro, que
representa o Atu VII, a Carruagem, que se refere a Câncer.
Então você vem a uma peixaria, e percebe certos
crustáceos, muito mala chostomous. Isto vem sob o mesmo
signo de Câncer. A próxima coisa que você nota é um
vestido de cor de âmbar no Swan e Edgar;...
Uma loja de moda feminina muito popular, ate este
momento, em Londres. Escrever “mala costomous”, como
ele fez foi um erro de ortografia do secretário ou, mais
provavelmente, um trocadilho com “mal-acostumados”.
Mas, um caranguejo que sabe que está indo para a panela
tem todo o direito de ser ranzinza. – Motta.
...âmbar também é a cor de Câncer na Escala do Rei. Você
agora tem então um conjunto de três impressões que são
unidos pelo fato de que todos eles pertencem à classe de
Câncer; a experiência ensina que em breve você pode se
lembrar de todos os três muito mais clara e precisamente
do que você poderia de qualquer um dos três isoladamente.
[Infelizmente os sábios professores – refiro-me aos
professores e professoras da educação ordinária – ainda
não tiveram acesso a este método de ensino. Salvo alguns
treinadores de cursos rápidos de memorização. Mas valeria
a pena aplicar tal método ensinado, aqui, por Crowley,
pelos Metodologistas e Didáticos de merda que abundam
nossas instituições de ensino latrinais. Friedrich Nietzsche
também seria excelente pedida como profundo educador!]
Você não tem aumentado a carga de sua memória, mas
diminuindo-a.
O que você diz sobre tensão e ansiedade e pressa é muito
verdadeiro. Veja o Livro da Lei, Capítulo I, 44.
“Pois vontade pura, desembaraçada de proposito, livre da
ânsia de resultado, é toda via perfeita.”
[Isso me lembra dum ditado Nigeriano que diz: “O
caramujo não tem pés, o caramujo não tem mãos, mas
vagarosamente chega ao topo da palmeira”...]
Isso, do ponto de vista prático, é um dos versos mais
importantes do Livro.
A incomum palavra “desembaraçada” é muito interessante.
As pessoas geralmente supõem que a “vontade” é escrava
do propósito, que você não pode querer uma coisa
corretamente a menos que você esteja visando um objetivo
definido. Mas este não é o caso. Pensar no objetivo, na
verdade, serve apenas para distrair a mente. Nestas poucas
palavras está incluído todo o método sem a bombástica
piedade da doutrina servil do misticismo sobre a rendição
d a vontade. Nem é essa ideia de se render realmente
correta, a vontade deve ser identificada com a assim
chamada Vontade Divina. Um quer se tornar como um
poderoso rio que flui, que não esta conscientemente
visando o mar, e isto certamente não é ceder a qualquer
influência externa. É agir em conformidade com a lei da sua
própria natureza, com o Tao...
O Dao pode sempre ser definido como a Lei da Natureza
de Qualquer Coisa que seja. – Motta.
...pode-se descreve-lo, se necessário, como “amor
passivo”;...
Cf. Liber VII, V, 46 para este importante ponto. – Motta.
mas isto é amor (em efeito) elevado ao seu mais alto
potencial. Nós voltamos à mesma coisa: quando a paixão é
purgada de qualquer “ânsia de resultado” é irresistível,
tornou-se “Lei”. Eu nunca consigo entender porque é que os
místicos não veem que sua doutrina bajuladora de entrega
realmente insiste na dualidade que eles se propuseram a
abolir!
Este parágrafo, que é de vital importância para Aspirantes
à A� A� , foi expurgada pelo Sr. Regardie em sua
“edição”. – Motta.
Eu certamente não tenho nenhuma intenção de “puxar você
para baixo” para “um caminho estreito de trabalho” ou
qualquer outro caminho...
Essa referência deve ser explicada. Ela não o acusou de
puxá-la para baixo para um estreito caminho de trabalho,
ela pediu a ele para fazê-lo. Sua recusa é típica no Nosso
Método, e ele começou a explicar a Ela porquê Nos
trabalhamos assim.
[Ela queria que ele, Crowley, limitasse o campo de ação
dela, restringindo sua área de ação para focar-se em algo
mais estreito, e assim, menos passível de erros –
amadurecimento também vem com os erros – e, muito
provavelmente, excusando ela assim de qualquer
responsabilidade por seu próprio fracasso. Crowley
percebeu isso de inicio. Isso acontece mesmo que
inconscientemente, porque sempre queremos exigir
garantias de coisas que somente nosso esforço pode nos dar
resultados. Eu ja fui assim!]
...Tudo o que posso fazer é ajudá-la a entender claramente
as leis de sua própria natureza, de modo que você possa ir
em frente, sem influência externa. Isso não significa que um
plano em que eu encontrei o sucesso no meu caso vai ser de
alguma utilidade para você. Esse é outro erro capital da
maior parte dos professores. É preciso ser um Mestre do
Templo para aniquilar o ego. A maioria dos professores,
consciente ou inconscientemente, tenta levar os outros a
seguir seus passos. Eu poderia muito bem vestir você com a
minha roupa velha! (Nos passos do Mestre. Aos pés do
Mestre. Mordomo!)
As duas citações são títulos de folhetos Tolosofistas sob a
“orientação” de Besant e Leadbeater. É extremamente
informativo que Regardie deveria ter extirpado este
parágrafo. – Motta.
[Acho que o nome do lixo é “aos pés do mestre”. Leia
quem tiver vísceras Marciais!]
Favor observar que quanto mais você desencanar, quanto
maior seu potencial, maior é a tendência de fuga, ou mesmo
para quebrar o vaso contendo...
O caminho não se torna “mais fácil” conforme você
segue. Ele se torna mais duro, mais perigoso, e os perigos
mais sutis. Não há nenhum ponto em que você chega
aquela “perfeição”, que é o objetivo dos preguiçosos e
ignorantes, onde você é “incapaz de errar”. Até mesmo o
Mestre do Templo ou o Magus pode cometer erros. Se o
Ipsissimus é isento dessa fragilidade – o que não sabemos
– é porque o Ipsissimus não “age” como tal. Sempre que
a ação relativa é possível, o erro é possível. Nossa
responsabilidade é muito maior do que a sua, e nossa
carga todas as vezes refletem Nossa responsabilidade.
Quem inveja o verdadeiro Mestre quer trabalhar duro
que não gosta ou é dedicado a isso... – Motta.
...Eu posso te ajudar, avisando-o contra a criação de
obstáculos, reais ou imaginários, em seu próprio caminho;
que é o que a maioria das pessoas fazem. É quase ridículo
pensar que a Grande Obra consiste meramente em “deixa-la
rasgar”; mas o Karma com você de um lado do tobogã para
o outro, até que você venha direto. (Há um capítulo ou dois
no Livro das Mentiras sobre isso, mas eu não tenho uma
cópia. Eu preciso encontrar uma, e colocá-los aqui dentro
Sim: p. 22)
Isto se refere a edição original. – Motta.
“Oh, tu, que partes sobre O Caminho, falso é o
Fantasma que tu buscas.
Quando tu o tiveres, tu conhecerás toda a
amargura, teus dentes cravados na Maçã-
Sodoma.
Assim tu tens sido atraído ao longo d’O
Caminho, cujo terror, porém, compeliu-te
longe.
Oh tu, que progrides sobre o meio d’O
Caminho, nenhum fantasma zombará de ti. Pelo
amor ao progresso, tu progrides.
Assim tu és atraído ao longo d’O Caminho,
cuja fascinação, porém, compeliu-te longe.
Oh, tu, que corres rumo ao Fim do Caminho,
esforço não existe mais.
Mais e mais rápido, tu cais; tua fadiga é
transformada no Descanso Inefável.
Pois não há Tu sobre este Caminho: tu te
transformaste n’O Caminho.”
[O Livro das Mentiras, Cap. 13, Papo de Peregrino.
Tradução obtida do Site Hadnu.org]
Sim, mas isso faz parte da propaganda do Hierofante. O
“Caminho” é descrito no “The Wayfarer” de Crane...
Não é de admirar o sorriso do Hierofante ser tão
enigmático! – Motta.
Tal como no Yi King, o terceiro hexagrama afastou-se da
perfeição original, e isto leva todos os outros hexagramas a
acertar as coisas novamente.
O resultado, isto é verdade, é superior; a perfeição do
original foi ampliada e enriquecida pela sua experiência.
Claro, pode-se perguntar como a perfeição pode ser
melhorada. Mas esses pensamentos são Neschmanicos, e
contem suas próprias contradições. A maioria dos seres
humanos vale seu sal – leia Binah! – não suporto a
comodidade pessoal mais tempo do que a pessoa leva
para recuperar-se de vicissitudes passadas. Férias
prolongadas logo cansam; a aposentadoria em vida
soletra a morte, ou a deterioração das faculdades. Se
você não acredita em nós, visite a Flórida ou a Riviera! –
Motta.
Não há outra maneira de definir a Grande Obra. Isso
explica-nos todo o objeto da manifestação, partindo da
perfeição do “nada” em direção à perfeição do “tudo”, e
podemos considerar tal vantagem, que é quase impossível
de dar errada. Toda experiência, seja qual for sua natureza,
é apenas uma outra necessária colisão.
Naturalmente não se pode perceber isso até se tornar um
Mestre do Templo; consequentemente este é perpetuamente
mergulhado no sofrimento e desespero. Não existe, veja
você, um bom trato mais do que meramente aprender com
alguns erros nossos. Nunca se pode ter certeza do que é
certo e do que é errado, até que se aprecie que o “errado” é
igualmente “certo”. Agora, então, se livre da ideia de
“esforço” que está associado a “ânsia de resultado”. Tudo
o que se faz é para o agradável e saudável exercício das
energias.
Isto não ira considerar o “homem” como a “causa final” da
manifestação. Por favor, não me cite contra mim.
“O homem é tão infinitamente pequeno,
De todas as estrelas, determinado.
Criador e mestre de todas,
O homem é infinitamente grande.”
O aparelho humano é o melhor instrumento de que estamos,
neste momento, conscientes em nossa consciência normal;
mas quando você vai experimentar a Conversação com as
inteligências superiores, você vai entender como são
imperfeitos as suas faculdades. É verdade que você pode
projetar essas inteligências como partes de si mesma, ou
você pode supor que certos veículos humano podem ser
temporariamente utilizados por eles para diversos fins, mas
essas especulações tendem a ficar ociosas. O importante é
fazer contato com seres humanos, independentemente da sua
natureza, que são superiores a si mesma, não meramente em
grau, mas de qualquer tipo. Ou seja, não apenas diferentes
como um Great Dane difere de um Chihuahua, mas como um
búfalo difere de qualquer um.
Claro que você tem toda razão sobre os sentidos...
Esta é uma referencia direta para uma objeção nesta
carta. – Motta.
...Embora eu não concorde limitar o significado dos cinco
que são comuns à maioria das pessoas. Não devem, pode-
se suspeitar, serem formas de se apreender diretamente
fenômenos como o magnetismo, a resistência elétrica,
afinidade química e afins. Deixe-me dirigi-la mais uma vez
para o “Livro da Lei”, no Capítulo II, vs 70-72:
“Existe auxílio & esperança em outros encantamentos.
Sabedoria diz: sê forte! Então tu podes suportar mais
alegria. Não sejas animal: refina tua raptura! Se tu bebes,
bebe pelas oito e noventa regras da arte: se tu amas, excede
em delicadeza; e se tu fazes o que quer que seja de alegre,
que haja sutileza ali contida!
Mas excede! excede!
Esforça-te sempre por mais! e se tu és verdadeiramente
meu – e não o duvides, e se tu és sempre alegre! - a morte
é a coroa de tudo.”
A ideia mística deliberadamente soporífera e estultificante
de si mesmo como uma “abominação ao Senhor”. Isto, por
sinal, não entra em conflito com as regras da Yoga. Esse
tipo de repressão é comparável às restrições estabelecidas
no treinamento atlético, ou dieta na doença.
Agora vamos voltar para a Cabala – como fazer uso dela.
No trabalho Astral, ele quer dizer. – Motta.
Vamos supor que você veio fazer uma invocação, ou nos
deveríamos chamar isto de investigação, e suponho que
você quer interpretar uma passagem de Bach. Para o
desempenho esta é a principal arma de sua cerimônia. No
curso de sua operação, você assume o seu corpo astral e
ascende muito acima da atmosfera terrestre, enquanto a
música continua suavemente ao fundo. Você abre os olhos e
acha que é noite. Nuvens negras estão no horizonte; mas no
zênite ha uma coroa de constelações. Esta luz ajuda,
especialmente para que seus olhos se acostumem à
penumbra, para recolher [observar] ao seu redor. É uma
paisagem desolada e estéril. Montanhas terríveis na borda
do mundo. No meio surge um conjunto de rochedos negro-
azulado.
Agora aparece a partir de seus recessos um gigantesco ser.
Sua força, especialmente nas mãos e nos seus lombos, é
terrificante. Ele sugere uma combinação de leão, cabra da
montanha e serpente; e você salta imediatamente para a
ideia de que este é um dos raros seres que os Gregos
chamavam de Quimera. Tão formidável é a sua aparência
que você considera mais prudente assumir uma forma
apropriada de deus. Mas quem é esse deus apropriado?
Você talvez possa considerar isso melhor, tendo em vista a
sua completa ignorância a respeito de quem ele é e onde
está, assumir a forma do deus Harpócrates, como sendo
uma boa defesa em qualquer caso; mas é claro que isso não
vai te levar muito longe...
Porque é demasiado geral para o trabalho especializado,
e também porque, enquanto você assumir esta forma você
deve manter Silêncio, e portanto, não pode comungar com
a visão. A forma de Harpócrates é boa somente para a
defesa ou a retirada, a menos que você seja um iniciado
muito alto. – Motta.
...Se você for suficientemente curioso e corajoso, você irá
trazer a sua mente rapidamente sobre este ponto. Este é o
lugar onde a sua prática diária da Cabala virá a ser útil.
Você corre através de sua mente os sete planetas sagrados.
[Fica claro o porquê de se aprender ao menos as principais
Tabelas de “Liber 777”]
O primeiro deles parece muito consonante com o que você
tem visto até agora. Tudo serve muito bem para Saturno.
Para estar no lado seguro, você atravessa [avalia] os
outros, mas este é um caso muito óbvio – Saturno é o único
planeta que concorda com tudo. A única outra
possibilidade será a Lua; mas não há nenhum traço notável
de qualquer uma de suas características mais amáveis.
Você irá portanto compor na sua mente que é uma forma do
deus Saturno que você precisa. Afortunadamente de fato
por que você tem praticado diariamente a assunção de tais
formas!...
[Novamente, “Liber O” deixa claro que tais experimentos
exigem outros treinos prévios...]
Ele gosta de golpear baixo, não é mesmo...? – Motta.
Com muita firmeza, muito estavelmente, muito lentamente,
com muita calma, você transforma a sua aparência astral
normal na de Sebek. A Quimera reconhecendo a sua
autoridade divina, torna-se menos formidável e ameaçadora
na aparência. Ela pode, de alguma forma, indicar a sua
disponibilidade para atendê-la. Muito bom, até agora; mas
é claro que isto é o primeiro e essencial para se ter certeza
de sua integridade. Concordamos que você começa
perguntando seu nome. Isto é vital; porque se ela disser a
verdade, dá-lhe-ar poder sobre ela. Mas se, por outro lado,
ela lhe disser uma mentira, ela abandona-a para o bem e
toda a sua fortaleza. Ela se torna um pouco como um
submarino cuja base foi destruída. Ela pode fazer-lhe muito
mal, entretanto, é claro, assim que olhar para fora!
Isto, aliás, aplica-se aos assim chamados Probacionistas
que chegam até nós sob falsos pretextos e tentam mentir
no seu caminho na Ordem... – Motta.
Pois bem, ela diz que seu nome é Ottillia...
Que significa que “ele” é uma garota ou, possivelmente,
uma bicha. – Motta.
Vamos tentar soletrá-lo em Grego ou Hebraico. Ao som do
nome e, talvez em certa medida, pela sua aparência uma
pessoa gorda para a anterior; mas depois de tudo a Cabala
Grega é tão insatisfatória...
Ate o momento. Nos estamos trabalhando em um
Dicionário da Cabala Grega, tendo a obra de Crowley
como base dele. – Motta.
Damos a Hebraica a primeira oportunidade – nós
começamos com האיליטע . Vamos tentar estes caracteres
para um começo. Somam 135. Eu ouso dizer que você não
se lembra o que o Sepher Sephiroth fala sobre o número,
mas como a sorte vai ter consigo, não há necessidade de
averiguar, pois 135 = 3 x 45. Três é o número, é o primeiro
número de Saturno, e 45 último. (A soma dos números no
quadrado mágico de Saturno é 45.) Que corresponde
perfeitamente com tudo o que tenho até agora, mas então é
claro que você deva saber se ele é “um dos Jin em que eu
deva acreditar.”...
Uma referência à magia Árabe, e à “As Mil e Uma
Noites”. Um que “acredita no Jin” é aquele que aceita o
Islã, e será, em teoria, um ser mais simpático com um
palestino que o Sr. Menachem Begin. – Motta.
...Resumidamente, ele é um amigo ou um inimigo? Você em
conformidade diz para ele: “A palavra da Lei é Θελημα”.
Acontece que ele não entende Grego totalmente, então
certamente você estava certa ao escolher Hebraico...
Esta quimera, embora nascida na Grécia, obviamente,
foram submetidos ao bar mitzvah, coitada. Mas espere,
não é uma garota? Ó bem, não deviam ser muito exigentes
quanto a modelos de regras nestes dias. – Motta.
...Você coloca para ele, “Qual é a palavra da Lei?” e ele
responde sombriamente. “A palavra da Lei é Thora”. Isso
não significa nada para você, qualquer um pode saber tanto
como isso, Thora sendo a palavra comum para a Lei
sagrada de Israel, e em conformidade pedir-lhe para
soletrá-lo para ter certeza de ter ouvido bem, e ele lhe dá
as letras, talvez falando delas, talvez, mostrando-lhe: ערט .
Você pode adicionar estas e obtém 279. Este novamente é
divisível pelo Saturniano 3, e o resultado é 93, em outras
palavras, ele tem sido precisamente correto. No plano de
Saturno pode-se multiplicar por três e por isso deu-lhe a
palavra correta “Θελημα” em uma forma estranha para
você...
De sua forma leve, Crowley tem dado aqui dicas
importantes para os Cabalistas Judeus. Duvidamos que o
Sr. Regardie entendeu o recado, mas ate então, o Sr.
Regardie não era um Cabalista. – Motta.
...Homem agora você se considera satisfeito com a sua boa
fé, e pode prosseguir para inspeciona-lo mais de perto. As
estrelas acima de sua cabeça sugerem a influência de
Binah, cujo número também é três, enquanto a coisa mais
impressionante sobre ele é a essência do seu ser: a letra
Yod. (Não se conta terminação “AH”: sendo um sufixo
divino que representa a luz mais profunda e a luz externa)
Este Yod, essa centelha de brilho intenso, é de ouro
esverdeado que se vê (no mundo) na folha de ouro fino do
Tibete. Ela brilha com intensidade cada vez maior à
medida que você se concentra em observá-la, o que você
não podia fazer enquanto estava preocupada em investigar
as suas credenciais.
A confiança sendo assim estabelecida, você pergunta por
que ele apareceu para você neste momento e neste lugar, e a
resposta a esta pergunta é, evidentemente, sua ideia
original, isto é, ele está apresentando-se a você em outros
termos da “montanhosa Fuga”, que o invocou...
Ele quer dizer a obra de Bach que ela supostamente
iniciou com a invocação, ou investigação. – Motta.
...Você ouvi-lo com atenção, faz perguntas, como bem vos
parece, e registra o processo.
O exemplo acima é, obviamente, pura imaginação, e
representa um caso muito favorável. Você só é muito
suscetível, e isso não apenas no início, de encontrar a todos
os tipos de dificuldades e perigos.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 18: A Importância deNossas Saudações Convencionais,
etc.Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
De vez em quando eu tenho exortado você com minha
acostumada eloquência sem par para nunca negligenciar as
Saudações prescritas: mas eu penso que isto é justo para
coletar as várias considerações relacionadas com a sua
utilização – e em “Saudações” eu incluo “dizendo Vontade”
antes das refeições, as quatro adorações diárias do Sol
(Liber CC vel Resh) e uma saudação de Nossa Senhora a
Lua. Eu propus lidar com o objeto geral dos rituais
combinados, e não com as virtudes especiais de cada um
separadamente.
A prática de Liber III vel Jugorum é o complemento destes
costumes agrupados...
Este livro está dividido em três etapas. Na primeira, você
pare de dizer uma palavra que você não quer dizer; na
segunda de realizar um ato que você não quer executar;
na terceira de pensar um pensamento que você não quer
pensar. Como parte do treinamento, você se corta
drasticamente se você estiver falando, fazendo ou
pensando o que você tinha decidido não dizer, fazer ou
pensar. Esta prática é muito eficaz, bem como difícil. –
Motta.
Por auto-castigo físico acentuado quando você pensar,
dizer ou fizer seja o que for que você definiu evitar, você
define uma sentinela na porta de sua mente pronta para
desafiar tudo que aparecer, e assim você adquire o hábito
de ser alerta. Tenha isso em mente, e você não terá
nenhuma dificuldade em seguir o argumento desta carta.
Quando você esta praticando Dharana,...
Veja Livro Quatro comentado, Parte I, “Yoga e Magick”
– Motta.
Você se permite muitos minutos. É um esforço constante e
sustentado. A mente em constante luta para escapar do
controle. (Espero que você se lembre da sequência de
“quebras”. No caso de você não se lembrar, eu sumarizei
estes:
1. Interrupções físicas imediatas: Asana deve parar estas.
2. Coisas que estão “na sua mente”.
3. Devaneio, e “Será que não ajudaria se eu tivesse – ?”
4. Atmosféricas – por exemplo, vozes, aparentemente de
alguma fonte alienígena.
5. Aberrações do controle em si; e o próprio resultado.
(Lembre a prática de algumas escolas Hindus: “Não é
aquilo, nao é aquilo!” para qualquer que apresente-se
como Tat Sat – realidade, verdade).
[Talvez uma anedota pessoal ajudem os leitores a
entenderem a importância de se reconhecer as varias
mascaras usadas pelas diversas formas de quebras...
Ha muitos anos atrás estava executando Liber XXV, quando
n o ápice da invocação das Forças do Aeon, eu ouvi o
sussurrar de uma “voz misteriosa” em meu ouvido direito:
“O-U-A”. Bom, o que o idiota aqui fez ao invés de dar um
belo corte no braço, para trazer a mente de volta para o
chão firme? Passou semanas delirando que tinha tido
“progresso em Yoga – que era praticada apos Liber XXV –
e estava a ouvir a voz dos Sidhis!” Ou coisa pior!!! Passei
nesta insanidade por longo tempo sem auxilio nem ajuda
nenhuma além de minha própria cara quebrada na parede.
Minha tendência ao romantismo me evitou de progredir por
mais de uma década, ainda mais depois de ter
inconscientemente copiado o modus operandi de Crowley
em “João São João” ao invés de tentar ser eu mesmo! Nisso
entra o que Crowley disse de “não dar sua roupa velha pra
ninguém vestir”. Mas o motivo de contar esta “anedota” é
apenas ilustrar como essas quebras são ardilosas e sutis,
ainda mais quando não se tem os pés constantemente no
chão e não se toma coragem de adotar Liber III, ao menos
por algum tempo...]
...Eu preciso lembrar a você com urgência de que o desejo
d e escapar certamente vira, como fantásticos são
dispositivos da mente e excusas, atingindo muitas vezes a
deliberada revolta? Em Kandy...
Ceilão, onde passou a estudar Hatha Yoga sob Allan
Bennett, o então Bhikkhu Ananda Metteya. – Motta.
Eu rompi em fúria, e corri para baixo de Colombo com a
intenção de pintar o ar muito vermelho como um betél
salivando sobre as calçadas! Mas depois de três dias de
busca fútil por satisfação debochante eu voltei para os
meus cavalos, e, com certeza, era apenas que eu tinha ido
rançoso, o relaxamento acalmou e equilibrou-me, eu
retomei a disciplina com redobrada energia, e Dhyana
amanheceu antes que uma semana tivesse decorrido.
Digo isto porque é hábito normal da mente organizar estes
contra-ataques que fazem sua tarefa pouco fácil. O que você
precisa é de uma mente que vá ajudar, em vez de dificultar
sua Obra por esta função normal.
Este é o lugar onde as Saudações, Dizer Vontade e as
Adorações entram.
Isto não é uma prática de concentracao propria; eu não
tenho uma boa palavra para isso. “Concentração de fundo”
ou “concentração de longa distância” são desajeitadas e
não muito precisas. É realmente um pouco como uma
educação escolar pública. Não é constantemente “fazer a
melhor coisa que jamais se fez”, não se está caindo um olho
de vidro a cada dois minutos, ou sendo um homenzinho no
ato de escovar o cabelo de alguém. O ponto é que se treina
p a r a reagir adequadamente em qualquer momento da
surpresa. Deve-se tornar a “segunda natureza” para “Faze o
que tu queres há de ser tudo da Lei” saltar para o primeiro
plano da mente quando se é apresentado a um estranho, ou
descer para o café, ou ouvir a campainha do telefone, ou
observar a hora da Adoração, (estas devem ser as reações
superficiais, como que instintivamente quando uma senhora
entra no quarto), ou, no outro extremo, em momentos de
perigo imediato, ou de apreensão súbita, ou quando em uma
meditação, se aborda as camadas mais profundas.
[Isso tem que ser tornar instintivo. E com o tempo se torna!]
Não é necessário sermos dogmáticos sobre o uso dessas
palavras especiais. Pode-se escolher uma fórmula para
representar a própria Verdadeira Vontade particular. É um
pouco como Cato, (ou Cipião, não era?), que concluía
todos os discursos, seja sobre o Regulamento do Banho
Romano ou a proposta de recuperar um pântano de
Maremma, com as palavras: “E além disso, na minha
opinião , Cartago deve ser destruída”.
Então eles finalmente foram destruídos e, assim, talvez,
definiram o atraso da civilização em mil anos. – Motta.
Entendeu?
Você ensina a mente a puxar seu pensamento
automaticamente para a mesma coisa quando estava
tentando andar. “Sim, eu te pego Stephen!... Mas, Tio
Dudley, confesse tudo, você sempre faz tudo isso sozinho?”
Nao se sinta envergonhada as vezes, ou tenha medo de que
você possa destruir o efeito da sua carta, ou “criar uma
cena” na via pública, quando de repente parar e executar
essas palhaçadas incompreensível, ou simplesmente
“esquecer a coisa toda?”
Sim, eu sei.
As próximas nove linhas foram cortadas pelo Sr.
Regardie. – Motta.
Peccavi.
Mea culpa, mea maxima culpa.
Essas palavras latinas são tradicionalmente utilizadas na
confissão pela Igreja Católica Romana. Elas significam,
respectivamente, “eu pequei” e “Minha culpa, minha
máxima culpa”. No entanto, ninguém jamais ouviu um
“padre” Romano dizê-las enquanto um “herege” estava
sendo queimado vivo. – Motta.
Eu não sou seu velho e valoroso amigo, Adam Qadmon, o
Homem Perfeito.
Eu sou um modelo muito pobre.
Eu não sou nada para o cabo sobre Lung Peng Choung ou
Himi, ou Monsaivat.
Todos lugares lendários e santos – Motta.
Eu esqueço agora e novamente; eu estou contente de dizer,
não tão frequentemente como eu costumava fazer. (Como o
hábito é adquirido, ele tende a se fortalecer). Mas muitas
vezes eu deliberadamente deixei de cumprir o meu dever.
Eu temi isso. Eu ressenti isso. Eu sinto que isto é muito
incômodo.
Como eu disse acima, Adam Qadmon não é meu nome do
meio.
Bem, agora, não tenho qualquer sombra de desculpa? Sim,
eu tenho, de certa maneira; eu não acho boas maneiras isto
de forçar minhas idiossincrasias goela abaixo das pessoas,
e eu não quero parecer um excêntrico mais do que eu
preciso. Pode prejudicar a minha influência pessoal, e
assim realmente prejudicar o trabalho que eu estou tentando
executar...
Os três próximos parágrafos, novamente, também foram
cortados na “edição” do Sr. Regardie. – Motta.
“Sim, tudo isso esta muito bem, Alibi Ike; você sabe
extremamente bem como as Escrituras – citando Satanás
como um Antigo-Mestre na auto-justificação. Treinados
desde a infância pela Irmandade Plymouth, que por
casuísmo deixam os Jesuítas no posto”! “Sim, sim, mas - - -
.”
“Você não precisa, basta de mas, você bode velho! Não foi
l á uma vez por Jonas Hanway, o primeiro homem de
esporte e um guarda-chuva? Não seria sua prática ser
natural, e correto, e a nata da nata das boas maneiras, assim
como algumas centenas de pessoas de posição levaram a
fazê-lo? E não seria Thomas, Richard e Henry, três meses
mais tarde, a fazerem mesmo ponto que seus superiores?”
(Isso foi a Consciência falando).
Tudo bem, você venceu.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Um comentário puramente pessoal aqui. Eu normalmente
não digo “Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei”
quando eu me apresento a um estranho. No entanto, se eu
me sentar para comer ou beber com alguém, eu vou dizer
“Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei”. Eu só abro
e fecho minhas cartas com a Lei, quando a estou
dirigindo a Thelemitas ou candidatos para Θελημα, ou
quando quero enfatizar a meu correspondente que eu sou
uma daquelas pessoas terrivelmente más, um “seguidor
de Aleister Crowley”, e nas ruas ou em público eu
normalmente efetuo as adorações, interiormente, apenas
usando o sinal de silêncio discretamente. Eu usei, muitos
anos atrás, para abrir todas as minhas cartas a Lei, não
importando a quem eu me dirigia. Tudo que eu tive disso
foi a constante espionagem dos serviços de
“inteligência”, e o consequente boicote que esteve
sempre implícito. Eu não me arrependo de ter sido
entusiasta, mas hoje sinto que devemos viver e deixar
viver. Se eles querem ser escravos, é seu privilégio. Nem
posso imaginar com muito favor o dia em que todos vão
dizer coisas como “Faze o que tu queres há de ser tudo da
Lei” para todo mundo. Mais parece o tipo de dogmatismo
que “diferencia” os credos estabelecidos. Moderação, eu
acho, é mais impressionante do que voz alta da boca pra
fora. Algum dia, talvez, haverá uma propaganda de Jerry
Falwell (há sempre um Jerry Falwell) da Lei de Θελημα
na televisão. Naquele dia, Maat rapidamente ira mostrar-
se melhor – Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 19: O Ato da VerdadeCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Parece que quarta-feira passada eu até me esqueci de me
referir ao “Ato da Verdade” na conversa, e nunca menciono
quem ele é quando está em casa, ou por que alguém deve
fazer, ou o que acontecerá quando não cumpri-lo!
Tudo bem, eu vou resolver isso, felizmente, é uma questão
muito simples, muito importante, perfeitamente paradoxal e
devastadoramente eficaz.
Analisando, isto é para fazer a suposição de que algo que
parece muito errado está realmente certo, que um desejo
ansioso é um fato consumado. Uma ansiedade razoável,
inteiramente infundada – e para atuar em conformidade.
Por exemplo, eu estou em algum lugar deserto, dependendo
o meu suprimento de comida de um mensageiro semanal. Se
ele atrasa um dia, é estranho, se dois, significa sofrimento;
se três riscos graves. Um deles é naturalmente ansioso na
medida em que o dia se aproxima; talvez o tempo, ou algum
obstáculo similar, torne provável que ele vai se atrasar. Por
um motivo ou outro, eu tenho excedido bastante a minha
ração. Não há nada que eu possa fazer sobre isso,
materialmente.
O curso correto de ação é tirar de meus chifres, o mínimo
necessário para viver, que envolve reduzir o trabalho
diário a quase nada, e torcer pelo melhor, esperando o pior.
Mas há um modo Mágico de proceder. Você diz para si
mesmo: Eu estou aqui para fazer esse trabalho de acordo
com a minha verdadeira Vontade. Os Deuses tem que ver
que isso não é obstáculo para qualquer mensageiro
aparecer. (Mas tome cuidado Eles não ouvem você;. Eles
podem confundi-lo por Arrogante, ou presunção. Faca tudo
no Sinal de Silêncio, sob a égide de Harpócrates, o
“Senhor da Defesa e Proteção”, tome cuidado para assumir
sua Forma-Divina, como estando entre dois crocodilos.
Então você aumenta o seu consumo, e ao mesmo tempo,
coloca um monte de Trabalho extra. Se você executar esse
“Ato da Verdade” de forma adequada, com convicção
genuína de que nada pode dar errado, seu mensageiro vai
chegar um dia mais cedo, e trazer um suprimento extra
grande.
[Eu aprendi como fazer isso “passando na carne”. E
realmente, posso dizer e provar, que em todos os momentos
críticos de minha vida, não o de dificuldades, mas aqueles
em que “algo” tem que agir com você, sempre me enviaram
um “mensageiro”... Quando fui questionado como minha
vida progrediu tanto, o que eu fazia para ter alcançado
tamanho domínio no plano de Assiah, sendo eu de origem
pouco promissora, eu revelei o meu “segredo” no intuito de
dividi-lo e fui acusado de feitiçaria por “Thelemitas-
extremistas-fundamentalistas”: aprendi a quarta
propriedade da Esfinge! Mas ate então, a vida deste
“feiticeiro” é focada única e exclusivamente para a
propagação de Thelema e meu desenvolvimento na A�A�!
Então, foda-se, “Mestre”!]
Isso, deixe-me dizer de uma vez, é muito difícil,
especialmente no início, até que se ganhe a confiança na
eficácia da Fórmula; e isto é muito sordidamente fácil de se
“falsificar”. Percorrendo os movimentos (como dizem) é
mais fútil aqui do que na maioria dos casos, e os resultados
por estragar tudo são geralmente desastrosos.
Aqui, ele acrescentou a seguinte nota: “Não se deixe
enganar por qualquer aparente semelhança superficial
com a ‘Ciência Crista’ e ‘Coueismo’ e seus parentes
cacarejantes. Eles perderam qualquer característica
essencial com a fórmula”. – Motta.
[Interessante que meu ex-instrutor tivesse tido justamente
esta posição ao invés de avaliar o porquê de eu ter
conseguido fazer isso sem nunca ter tido tal instrução, ou
qualquer instrução que me levasse a essa ação....Digo de
passagem que escrevo estas notas na medida em que
traduzo este livro, com o qual estou tendo o primeiro
contato.]
Você deve inventar seu ato para se adequar ao seu caso, a
cada momento; suponho que você espera um telegrama na
semana próxima Sexta-feira, transferindo dinheiro para sua
conta. Você precisa de $500 para fazer esse importante
pagamento, e você não sabe eles vão enviar nem $200. O
que você vai fazer sobre isto? Poupar e guardar suas
despesas, e fazer-se miserável e incapaz de um pensamento
poderoso ou agir? Você pode ter sucesso guardando o
suficiente para balancear o seu negócio, mas você não vai
ganhar um centavo além do valor realmente necessário – e
olhar para o custo da grandeza moral!
Não, vá e espere você mesma um se um almoço com
champanhe, e passeie de Bond Street, com 8 ½” Hoyo de
Monterrey,...
Uma marca cara de charutos. – Motta.
...e desperdice $30 em alguns brinquedos totalmente
inúteis. Em seguida, os $500 chegarão a $1000, e chegam
dois dias antes para isso!
Ha um ou dois pontos a se considerar com muito cuidado
antes de começar: –
1- O Ato proposto deve ser absurdo; isto não vai fazer nada
se por algum feliz acaso, embora improvável, você possa
realizar seu objetivo. Por exemplo, não adianta apoiar um
forasteiro. Não deve haver qualquer nexo de causalidade.
2 - O Ato deve ser aquele que torna a situação
definitivamente pior. Exempli gratia: suponha que você está
contando com um vestido novo para fazer presença em uma
Recepção, e há dúvida sobre se ele é muito melhor do que
seu melhor presente, ou se ele será concluído a tempo.
Então, use aquele melhor presente para noite(molhada, é
claro), sabendo que você tem a certeza de manchá-lo.
3 - Obviamente, todas as condições usuais de uma
Operação Mágica aplicam-se neste como em todos os
casos; seu objetivo deve estar em conformidade com a sua
Verdadeira Vontade, e tudo isto; mas há um ponto curioso
sobre um Ato da Verdade: esta, que se deve recorrer
somente quando não houver outro método possível. No caso
do explorador, acima, isto não vai agir se ele tem algum
meio de apressar o mensageiro.
Parece-me que o breve esboço acima deve bastar a uma
estudante inteligente e criativo como você, mas se qualquer
ponto permanecer sombrio, deixe-me saber e eu vou
acompanha-la com um posfácio.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
P.S.: - Eu pensei que poderia ajudá-la se eu fosse fazer
algumas experiências. Eu tenho feito isso. Resultado: este é
muito mais difícil e delicado, um caso em que eu pensava
quando eu escrevi esta carta. Por exemplo, um único
pensamento de uma “segunda sequencia” – exempli gratia,
“se ele falhar, é melhor eu fazer isso e aquilo” – é
suficiente para matar toda a operação a pedrada. Claro, eu
estou totalmente fora de prática, mas, mesmo assim...
[Basicamente estas instruções lidam diretamente com um
dos poderes da Esfinge, em um determinado plano...]
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 20: Talismãs: o Lámen: oPantáculo
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Realmente você me conforta quando você volta daqueles
abstrusos e exaltados temas com os quais você
recentemente vem me aperreado tantas vezes com caros
afagos em pequenas questões como na nossa carta recebida
esta manhã: “Não, por favor, querido Mestre, me de
algumas dicas sobre como fazer Talismãs (que é o mesmo
que Telesmata, não é isto? Sim, 666) e o Pantáculo. As
instruções oficiais são bastante claras, é claro; mas de
alguma forma eu as achei um pouco assustadoras.”
Ah não. Quando eles todos eles vão humildes até você
como esta, não importa o sexo, é hora de tomar cuidado.
Eles querem que você faça o trabalho para eles. – Motta.
Bem, eu acho que sei muito bem o que quer dizer; por isso
vou tentar imitar o estilo da tia Tabitha em “The Flapper's
Fireside”.
Um dos ‘Caros Abades’ dos anos vinte. – Motta.
Para uma coisa, você esqueceu de mencionar o Lámen.
Agora, o que são essas coisas quando estão em casa? Isso é
fácil.
Mas apenas uma coisa, você esqueceu de mencionar o
Lámen. Agora, o que são essas coisas quando estão em
casa? Isso é fácil.
O Lámen é uma espécie de brasão. Ele expressa o caráter e
a competência do utente.
Um talismã é um armazém de algum tipo particular de
energia, do tipo que é necessária para realizar a tarefa para
a qual você o construiu.
O Pentáculo é muitas vezes confundido com as duas outras;
acuradamente, é um “Minutum Mundum”, “O Universo em
Miniatura”, é um mapa de tudo que existe, arranjado na
Ordem da Natureza. Existe um capítulo no Livro 4, Parte II,
devotado para isto (pp. 117-129)...
Veja Livro Quatro, Parte II Comentado, “Magick e
Misticismo”, pp. 93-106 – Motta.
Eu não posso fazer minha mente gostar disto. Na melhor das
hipóteses, é muito longe da instrução prática. (O capítulo
sobre o Lámen, pp 159-161, é ainda pior.)
Mesmo Livro, pp 121-122 – Motta.
[Livro Quatro, todos os quatros volumes, não são lá fáceis
de se entender e muito menos focados a leigos, ao contrario
do que Crowley pensou estar produzindo na época...
Mas tentem seguir o conselho do Sr. Motta, comprem
edições, ou obtenham, que não sejam podadas, como foi
feito, também, pelo Sr. Motta em Livro Quatro, Parte 1,
Introdução!]
Uma analogia, não muito boba, para estes três; o jogador de
Xadrez, as Aberturas, e o Jogo em si.
Mas – você vai se opor – porque ser tolo de tudo? Por que
não dizer simplesmente que o Lámen, indicando como faz o
Caráter e Poderes do seu utente, é um retrato dinâmico do
indivíduo, enquanto que o Pantáculo, seu Universo, é um
retrato estático dele? E isso, você prossegue lisonjeira, é
porque você preferiu chamar a Arma da Terra (no Tarô), de
Disco, enfatizando o seu movimento contínuo e girante ao
invés do Pentáculo da Moeda, como é mais usual. Mais
uma vez, excelente filho de nosso Pai o Arqueiro da Luz e
de Afrodite nascida no mar, sua conhecida perspicácia tem
“cortado as noventa e nove e um a mais” como Browning
diz que quando ele (ele também!) faz alusão ao Tarô.
Como você vai ter recolhido a partir do acima exposto, um
Talismã é uma ideia muito mais restrita, é apenas mais um
dos objetos em seu Pantáculo, uma das flechas na aljava de
sua Lámen. Como, então, seria de se esperar, é de muito
pouca dificuldade projeta-lo. Tudo o que você precisa é
“fazer considerações” sobre a sua operação proposta,
decidir qual planeta, signo do elemento ou sub-elemento ou
o que você não precisa para realizar o seu milagre.
Como você sabe, um grande número de desejáveis objetos
podem ser atingidos com o uso dos Talismãs da Grande e
Pequena Chave do Rei Salomão, também no Pietro di
Abano e o duvidoso Livro Quarto de Cornelius Agrippa.
Duvidosa porque possa ser que o autor de toda esta obra
não tenha sido o Agrippa. – Motta.
Você não deve em nenhuma tentativa por conta própria usar
o s quadrados constantes do “Livro da Magia Sagrada de
Abramelin o Mago” até que você tenha sucesso na
operação. Mais, a menos que seja para realizá-la, e esteja
preparada para ir a qualquer distancia para fazer isso, você
é uma idiota de ter o livro todo em sua posse. Esses
quadrados são susceptíveis de se soltar e fazerem coisas
por sua iniciativa própria, e você não vai gostar.
Este aviso foi feito muito seriamente, e deve ser levado
mais a serio ainda. É fácil enganar a si mesmo de que se
tornou um Adepto, e portanto pode usar esses quadrados.
Sabemos de vários casos, incluindo o do Sr. Regardie, em
que as pessoas envolvidas passaram serem mentirosas ou
ladras, ou pessoas do contra, ou simplesmente loucos ou
cometem suicídio. Alguns, no entanto, ficam muito ricos.
Mas ricos ao longo do estilo do Sr. L. Ron Hubbard, do
Sr. Anton LaVey, Sr. Jerry Falwell, Sra. Phyllis Schlafly,
Sr. Ronald Reagan, e todos os Papas de Roma. – Motta.
O falecido Philip Haseltine, um jovem compositor de
gênio, usou um desses quadrados para fazer a sua esposa
retornar para ele. Ele é gravado perfeitamente em seu
braço. Eu não sei como ele procedeu para definir o
trabalho, mas sua esposa voltou bem, e muito pouco tempo
depois ele se matou.
Quando não se matam, muitas vezes eles conspiram para
matar outras pessoas, ou de alguma outra maneira ir
sempre contra o sistema ecológico. Para controlar essas
forças – que são muito reais e muito graves – você deve
ter atingido Tiphareth de Tiphareth plenamente, e ser
totalmente obediente ao seu Anjo. – Motta.
Depois, há as Tabuas Elementais de Sir Edward Kelly e o
D r . John Dee. A partir dessas você pode extrair um
quadrado para realizar praticamente qualquer operação
imaginável, se você entender a virtude dos vários símbolos
em que eles se manifestam. Eles são realmente uma
expansão do Tarô. (Obviamente, o Tarô em si é como um
Pantáculo Universal – perdoe-me o pleonasmo! Cada carta,
isto é especialmente verdadeiro nos Trunfos, é um talismã;
e o conjunto todo também pode ser considerado como o
Lámen de Mercúrio. É evidentemente uma Ideia muito
grande para a mente humana compreender na sua
totalidade...
É incrível que ele vá dizer isto, ele que até então criou um
Código de Moralidade e um Sistema de Teurgia tão
complexo, tão longe de se alcançar, tão relativo (leia
relacionado), que irá revolucionar o pensamento
religioso e as estruturas políticas pelos próximos dois mil
anos, e irá certamente influenciar o fluxo do Aeon
seguinte, presidido ainda por uma Deusa, ao invés de um
Deus – e não ele. Ou Ele...! – Motta.
...Pois é “a sabedoria pela qual Ele criou os mundos.”)
A vantagem decisiva deste sistema não é a sua variedade
que faz com que seja tão adaptável às nossas necessidades,
mas sim que já possui as invocações necessárias para
trazer à tona as energias necessárias. O que talvez seja
ainda mais direto ao ponto, elas funcionam, sem colocar o
Magista em graves fadiga ou esforço que é necessário
quando ele tem de escrevê-los de seu próprio engenho.
Sim! Esta é a fraqueza da minha parte, e eu sou muito
impertinente por encorajar você a fugir do caminho mais
difícil.
Eu usei frequentemente para fazer o fundo dos meus
Talismãs de quatro círculos concêntricos, uma pintura, a
primeira (mais íntima) escala do Rei (ou Cavaleiro), a
segunda da Rainha, a terceira do Príncipe, e as regiões
ultraperiféricas na escala da Princesa, do Signo, Planeta ou
Elemento ao qual eu estava dedicando-o. Por isso,
preferencialmente nas cores “piscantes” [cintilantes], eu
pintaria os Nomes e Figuras apropriadas.
Por último, o Talismã pode ser cercado por uma banda
inscrita com o rogo capaz escolhido de algum “versículo”
do Livro Santo, ou inventado pelo Magista para atender o
caso.
No Museu Britânico (e suponho que em outro lugar) você
pode ver a medalha cunhada para comemorar a vitória
sobre a Armada...
A Armada Espanhola, que só não conseguiu conquistar a
Inglaterra, porque o astrólogo de Elizabeth, Dee e seu
vidente, Kelly, requisitaram um pedido seu invocando
Poderes Enoquianos contra eles. Ah, esse horríveis e
amaldiçoados satanistas! Eles foram provavelmente
responsáveis por mim e você, para não falar dos Estados
“Unidos” da América e pelo avanço da civilização nos
próximos mil anos. – Motta.
...Esta é uma reprodução, talvez modificada, do Talismã
usado por Dee para levantar a tempestade que dispersou a
frota inimiga.
A tradição conta que a própria rainha Elizabeth pediu ao
seu astrólogo e cartógrafo por esse portento. Seja em que
for, é bem documentado que Dee não só era intensamente
patriota, mas também dedicado ao seu soberano. É
discutível saber se Elizabeth era cética valorizando muito
a sua magia, mas ela, como todos os outros em seu
governo, deve ter avaliado a sua bolsa. Não seria exagero
dizer que, sem os esforços incansáveis de Dee a expansão
da Inglaterra de um reino insignificante e insular para o
mundo - não teria ocorrido a expansão. Ele forneceu a
maior parte dos gráficos que guiou os corsários de
Elizabeth através das rotas zelosamente guardadas ou
veemente cobiçada dos Espanhóis, o serviço de
inteligência da rainha esteve sempre a sua disposição
para esse fim. – Motta.
Você deve colocar mais perto de seu coração a teoria do
Elo Mágico (ver Magick pp. 107-122) e ver bem como ele
soa verdadeiro; pois sem isso o seu Talismã é pior do que
inútil. É perigoso, porque toda a energia é obrigada a
gastar-se de alguma forma; isto irá fazer as suas próprias
ligações com qualquer coisa acessivel que a sua fantasia
assuma; você pode entrar em qualquer sorte do tipo mais
grave de problema.
Ha uma grande quantidade de coisas uteis em Magick; pp.
92-100, e pp. 179 – 189...
Estamos trabalhando em uma edição anotada neste
momento. Ela será publicada sob o título de “Livro
Quatro Comentado Parte III”, com o subtítulo “Thelemic
Magick”. – Motta.
...Eu poderia ficar a noite toda sem fazer nada além de
indicar as fontes de informações.
Então vem a questão de como dar “carga” no Talismã, de
como evocar ou invocar os Seres concernentes, e de – oh!
de quanto que você precisa de uma vida apenas para
dominar a teoria.
Lembre-se, também, por favor, o que eu apontei em outro
lugar, que os maiores Mestres muitas vezes não têm sido
todos Magistas, tecnicamente; eles usaram equipamentos
como Sociedades Secretas, Slogans e Livros. Se você é tão
frívola a ponto de tentar excluir estes do nosso discurso, é
apenas prova de que você não entendeu uma única palavra
do que eu tenho tentado dizer-lhe nestas últimas centenas de
anos!
Posso fechar com um exemplo de rua ou algo? Equinox III 1
tem o Pantáculo do Neófito Frater O.I.V.V.I.O. O
Frontispício da edição (4 volumes) original de Magick, as
cores vilmente reproduzidas, é um Lámen de minha própria
Magick, ou um Pentáculo da Ciência, eu estou certo que eu
não tenho certeza de que!
Muito poucas cópias da edição original carregam este
Pantáculo, que é descrito no próprio texto. Ela será
reproduzida a cores em Magick Thelêmica – Motta.
A maioria dos meus Talismãs, como minhas Invocações,
foram poemas. Esta carta deve ser como a Ilíada, em pelo
menos um aspecto: ela não termina; ela para.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - My Theory ofAstrology>>
<<sem conteúdo - How to Learnthe Practice of Astrology>>
Carta 23: Improvisando umTemplo
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
(Esta carta foi provocada por pontos discutidos na sua
recente visita.)
Como algumas de suas práticas cotidianas são cerimoniais,
não deve ser impróprio te outorgar algumas dicas para o
serviço prático. Pois no ritual de Magick, isto será
obviamente o primeiro cuidado para se conseguir tudo
equilibrado e arrumado.
Se você se propõe a construir um templo regular, instruções
mais precisas em todos os detalhes são apresentadas no
Livro 4, Parte II. (Mas eu não tenho visto uma copia por
anos!)...
Claro que não, os Regardies do mundo se atiraram sobre
todas elas. O leitor é referido ao Livro Quatro
Comentado Parte II, subintitulado “Yoga e Magia”, para
uma nova edição desta obra. – Motta.
...Existe o bastante disperso no Parte III (Magick, que você
tem),...
Prestes a ser reeditado pelo O.T.O. sob o título de
“Magick Thelêmica”. – Motta.
...em especial sobre as quatro armas elementais.
Mas se as circunstâncias lhe negarem a você por este
momento os meios de realizar esta Ædificação como o
ideal que seria isto, você pode certamente fazer o seu
melhor para criar um bastante satisfatório – acima de tudo,
funcional – substituto.
O próximo parágrafo foi excisado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
(A propósito, observe o aspecto moral de uma casa, como
mostrado em nossa linguagem. “Edificação” – “casa de
decisão”: do Latim Aedes, “casa”, “Economia” – “casa
reinante”: do Grego “ΟΙΚΟΣ”, “House” e “ΝΟΜΟΣ”,
“lei”).
Eu era muitas vezes reduzido para tais expedientes quando
vagando em terras estranhas, acampando em geleiras, e
assim por diante. Eu corrigi isso trabalhando bem. No
México, D.F. por exemplo, eu levei o meu próprio quarto
para o Círculo, minha noite a mesa para o Altar, minha vela
para a Lâmpada; e eu fiz um compacto das Armas. Eu tinha
uma Baqueta de oito polegadas de comprimento, todas as
pedras preciosas e esmalte [um tipo de laca, não o de unhas
que se usa hoje em dia], para representar a Árvore da Vida;
no interior, um tubo de ferro contendo mercúrio – muito
correto e nobre. Qual um clube! Além disso, comprou, uma
Taça prateada; para o Ar e a Terra eu fiz um sachê de
pétalas de rosa em seda amarela, e outro de seda verde com
sal. No selva isto era fácil, agradável e mais eficaz para
fazer um Círculo e construir um Altar de pedras; a minha
Lanterna Alpina serviu admiravelmente para a Lâmpada.
Isto foi feito para o dobro do que era requerido: por
exemplo, na participação do Sacramento dos Quatro
Elementos, que serviu para o fogo. Mas as suas condições
não são tão restritas como estas.
Vamos considerar o que se pode fazer em uma casa comum,
tal como a que você está feliz em possuir.
Primeiro de tudo, é de imensa vantagem de ter uma sala
especialmente consagrada para a Obra, nunca usada para
qualquer outra finalidade, e que nunca entra qualquer outra
pessoa além de você mesma, salvo se outro Iniciado, quer
para uma inspeção ou no caso de vocês estarem
trabalhando juntos.
A aura se acumula com a regularidade e frequência de Uso.
O primeiro ponto é o Banimento: Tudo é para ser removido
da sala que não seja absolutamente necessário para a Obra.
Neste país, é preciso atender ao aquecimento. Um fogão
elétrico no Oriente ou no Sul, é o melhor: isto não deve
precisar de atenção. Usualmente pode-se comprar
excelentes fogões com simbolismo apropriado. (Da última
vez eu fiz isso – 1913 e.v. – Eu tenho um perfeito Ferranti
da Harrods...
Uma loja de departamentos de moda em Londres, ainda
existente. – Motta.
...A tigela circular de cobre, com o disco central como
fonte de calor, é insuperável) As paredes devem ser “auto-
coloridas”, uma tinta neutra – verde, cinza ou cinza-
azulado? – e inteiramente nuas, a menos que você coloque,
nos quadrantes adequados, uma concepção própria, como
as “Torres de Vigilia”, ver “O Equinócio” I, vii.
Lembre-se que o seu “Oriente” [O Leste Espiritual], seu
Kiblah é a Casa Boleskine, que é o mais próximo possível
do Norte partindo de Plymouth. Encontre o Norte pela
sombra de uma haste vertical ao meio-dia, ou pela Estrela
Polar. Trabalhe com o ângulo de costume.
A Estela da Revelação pode estar apenas no N. Faça da
parede o seu “Leste”.
Este é o Leste Espiritual, ou Oriente, correspondendo ao
Elemento do Espírito. Não confundir com o ponto cardeal
Leste, as atribuições destes permanecem as mesmas. –
Motta.
Em seguida, o Círculo. O piso deveria ser “Terra” verde;
mas branco vai servir, ou preto. (Um tapete Maçônico não é
de todo ruim.) O Círculo deve ser em si, como mostrado no
“Livro 4”, Parte II, mas como este volume esta
provavelmente indisponível, peça-me para lhe mostrar o
grande diagrama pintado em meu portfolio quando você
vier me visitar, e nós podemos arranjar para que isto seja
copiado.
Novamente, o leitor é remetido para a nova edição do
Livro Quatro Comentado Parte II, “Yoga e Magia”, onde há
o diagrama do Círculo que ele menciona. – Motta.
Este deverá ser pintado com as cores corretas no chão: o
Quadrado de Kether para o Norte, seu “Leste”.
O Altar deve ajustar exatamente no quadrado de Tiphareth;
isto é melhor feito de um armário; de carvalho ou acácia,
preferencialmente. Pode então ser usado para guardar
reservas de incensos e outros requisitos.
Note-se que a altura do Altar tem que se adequar a sua
conveniência. Isto é consequentemente uma relação direta
com a sua própria estatura; em proporção, é um cubo duplo.
Isto então determina o tamanho do seu Círculo; de fato o
aparato inteiro e as furnituras são uma função geométrica de
si mesma. Considere tudo isso como uma projeção de si
mesma em termos dessas formulae convencionais. (Uma
convenção significa realmente “aquilo que é conveniente”.
Abjeta como, então, para obedecer a uma convenção
autointitulada que na verdade é tão inconveniente quanto
possível!)
Em seguida, a Lâmpada. Isso pode ser de prata ou prateada,
(para representar o Caminho de ג) e deve ser pendurada no
teto exatamente acima do centro do Altar. Há uma
abundância de lâmpadas de igrejas antigas que servem
muito bem. A luz deve ser de um pavio em uma rolha
flutuando em um copo com azeite de oliva. (Espero que
você possa obter isto!) É realmente desejável fazer isto o
mais perto possível da “Lâmpada que sempre queima dos
Rosacrucianos”; mas não é um inconveniente que implique
frequente atenção.
Agora para as Armas!
A Baqueta. Que esta seja simples, reta e fina! Você já tem a
Amendoeira ou Aveleira de Bruxa em seu jardim – ou eu
devo chamar isto de parque?...
Uma brincadeira porque ela era uma membra da
aristocracia e vivia em uma mansão. – Motta.
Se for assim, corte (com a faca mágica – gostaria de te
emprestar a minha) um galho, o mais reto possível, com
cerca de dois pes de comprimento. Descasque isto,
esfregue isto constantemente com Óleo de Abramelin (este,
e seu incenso, da Wallis e Cia., 26 Nova Cavendish Street,
W.1)...
Este endereço está desatualizado. Você não consegue
obter Óleo de Abramelin verdadeiro mais em qualquer
lugar a menos que você mesmo fabrique ele, e para isso
você precisa de Óleo de Galanga que, desde que a China
ficou vermelha, tornou-se extremamente difícil de se
obter. A O.T.O. está tentando chegar a um acordo com
uma empresa da República da China para obter a raiz e
pressionar o óleo em outro lugar sob rigorosa supervisão.
As pessoas interessadas na obtenção do genuíno Óleo de
Galanga devem escrever-nos. Um inescrupuloso
charlatão chamado Herman Slater, que trabalham fora de
uma livraria decadente chamada de “Magickal Child”,
anunciou recentemente o ao publico o “Óleo de
Abramelin verdadeiro e abençoado pela O.T.O.”. Este
mesmo indivíduo tem sido conhecido por afirmar que
“membros da O.T.O. de Motta” participaram da
“bênção”. Slater é insano ou mentiroso, provavelmente
ambos. Nenhum membro da O.T.O. participaria de tal
esquema, pois os membros da O.TO. não são impostores
nem ladrões. Além disso, qualquer tentativa de
“abençoar” o Óleo de Abramelin para venda é uma
blasfêmia, e extremamente prejudicial magicamente,
tanto para o vendedor como para o comprador. Como este
é o Óleo utilizado na Invocação do Sagrado Anjo
Guardião, é de senso comum de que ninguém além de um
Adeptus Minor completo poderia abençoá-lo para os
outros; e um Adepto não faria uma coisa dessas, pois o
Óleo só pode ser genuinamente abençoado pela Aspiração
do próprio Candidato, que é o que desperta a resposta do
Anjo do Candidato. No número anterior a Auriflama
publicou um anúncio para os leitores, convidando-os a
comprar um litro de Galanga para si, ao preço de cem
dólares por litro. Precisamos de pelo menos cem
compradores para fechar o acordo, a empresa Chinesa,
naturalmente, se recusa a ter o trabalho de vender menos
do que várias toneladas da Raiz de Galanga para
qualquer um. Nós temos, até agora, apenas dez que
declararam a intenção de compra. Temos recebido cartas
pedindo para comprar apenas uma onça ou um pouco
mais. Os leitores devem entender que não somos uma
empresa comercial, nem estamos no negócio de venda de
óleo. Um litro de Galanga pode lhe custar cem dólares,
mas para um Magista praticante médio deve durar
literalmente por décadas. Se você calcular o preço a
pagar por alguns gramas do, digamos, falso óleo do Sr.
Slater (existem muitos outros coautores neste negócio), e
calcular o preço equivalente a um litro de Galanga
verdadeira, você vai perceber que você esta sendo
oferecido ao negócio de sua vida. Se você não tem
inteligência suficiente para fazer esse cálculo simples, ou
empatia suficiente para perceber as nossas dificuldades
em publicar apenas livros decentes da O.T.O. (muito mais
estão entrando no negócio de venda de petróleo), você
não deve tentar se tornar um Magista; tente se tornar um
presidente Americano ao invés disso. Se Reagan podia,
não há nenhuma razão porque você não poderia, como
burro e insensível que você é. O Óleo de Abramelin pode
facilmente ser composto por qualquer pessoa: os óleos de
Mirra, Canela e Oliva são muito menos dispendiosos e
mais facilmente captáveis do que o Óleo de Galanga.
Uma Loja O.T.O., é claro, precisa de uma quantidade
maior de Óleo de Abramelin do que um indivíduo, a fim de
realizar a Missa para os seus membros em uma base
regular. Os leitores devem ter todas essas questões em
consideração antes que pensem que estamos tentando
extrair mais dinheiro deles, ou que estamos em condições
de atender a pequenas encomendas de óleo para pessoas
preguiçosas, mesquinhas ou estúpidas. – Motta.
[Ainda hoje é difícil comprar, mesmo porque esta raiz se
ingerida em certa quantidade tem efeitos psicotrópicos
acentuados... Mas, em suma, a bendita China não vende
menos que 5 Toneladas!]
...e mantenha embrulhado em seda escarlate,
constantemente, eu escrevi, e significava isto; esfregue isto,
enquanto recita seu mantra, ao ritmo do mesmo.
(Relembre: “A ka dua” é o melhor; peça me para entoa-lo
quando você vier me visitar.)
A Taça. Há uma abundância de cálices para serem
comprados. Este devera ser de prata. Se ornamentado, a
melhor forma é aquela de uma maçã. Eu tenho visto copos
apropriados em muitas lojas.
A Espada. A forma ideal é mostrado no Ás de Espadas no
Tarô. Em todo o caso, deixe a lâmina ser reta, e o cabo uma
simples cruz. (A Espada Maçônica do 32º não é tão ruim;
Kenning ou Spencer na Great Queen Street, W.C.2 estocam
isto – ou costumavam fazer.)
Espadas maçônicas, no entanto, são normalmente feitas
de ferro muito pobres, nem mesmo são de aço. – Motta.
[Eu nunca vi nenhuma joia maçônica feita com esmero. São
rudes, toscas e de péssimo material! A única exceção são
alguns anéis toscos, que os joalheiros sem arte costumam
ao menos usar ouro e pedras preciosas. E só porque esta é
a única joia que o pavão pomposo pode exibir claramente
pelas ruas sem ser censurado pelo seu próprio código
caduco de segredinhos.]
O Disco. Esse deve ser de ouro puro, com o seu próprio
Pentáculo, projetado por você mesmas após prolongado
estudo, e então gravado. Enquanto se esta preparando este
qualquer círculo de ouro puro deve servir para sua vez.
Bastante plano, é claro. Se você quiser um bom e simples
desenho para este interim, tente o Rosa-Cruz ou o
Hexagrama Unicursal.
Bastante para as Armas! Agora, quanto aos seus apetrechos
pessoais, Robe, Lámen, Sandálias e afins, O Livro da Lei
possui a maioria simplificada do que importa para nós. “Eu
te urjo seriamente a que venhas diante de me em uma
vestimenta única, e coberto com um rico diadema.” (AL I,
61) O Manto pode muito bem ser na forma da Cruz Tau;
isto é, expandindo da axila até o tornozelo, e do ombro para
– independente do que você chama o lugar de onde suas
mãos saem. (A forma esta bem mostrada na ilustração em
Magick, faceando a página 382)...
Ele se refere à edição original. Muitos livros, no entanto,
pecam na falta desta ilustração. Ela será publicada na
nossa, é claro. – Motta.
...Está sendo uma Probacionista, liso e preto é o correto; e
o Hexagrama Unicursal pode ser bordado, ou “aplicado” (é
isto? Eu que quero dizer “Pregado”), sobre o peito. O
melhor diadema é o Nêmes: Eu não posso confiar em mim
para descrever como fazer um, mas existem vários modelos
n o Museu Britânico, em qualquer texto Hieroglífico
Ilustrado. A Esfinge usa uma e existe uma fotografia,
mostrando a forma e estrutura de forma muito clara, no
Equinócio I, 1, frontispício de suplemento. Você pode
facilmente fazer um você mesma, sem seda; as listras largas
preta e branca é um desenho agradável. Evite as
complexidades “artísticas”.
Bem, isso deve ser o suficiente para mantê-la longe dano
por algum tempo, mas sinto-me movido a acrescentar uma
linha de prudência e de encorajamento.
Ouça!
Preste atenção!
Achtung!
Khabardar karo!
Tão logo você comece a preparar seriamente um lugar para
o Trabalho mágico, o mundo fica mais torto do que já é.
Não se surpreenda se você achar que seis semanas de
intensa compras em toda a Londres não lhe proveu com
algum requisito simples que, normalmente, você poderia
comprar em dez minutos. Talvez seus fogos simplesmente
se recusem a queimar, mesmo quando liberalmente dosado
com gasolina e fósforo, com um punhado de Clorato de
Potássio jogado apenas mostram que não há sensação ruim!
Quando tiver quase decidido na sua mente que seria melhor
você qualquer coisa sem algo que pareça realmente muito
inalcançável – digamos, um diamante de sessenta quilates
que ficaria muito bom no Diadema – um perfeito estranho
vem e da um de presente a você. Ou, uma longa série de
obstáculos bastante razoáveis ou acidentes tolos interferem
com os seus planos: ou, a pior dificuldade em seu caminho
é incompreensivelmente removida por algumas
extraordinários “anomalias do acaso”. Ou...
Em uma palavra, você parece ter passeado num mundo
onde – bem, talvez esteja indo longe demais em dizer que a
Lei de Causa e Efeito é suspensa; mas pelo menos a Lei da
Probabilidade parece estar jogando chistes práticos sobre
você.
Isso significa que suas manobras de alguma forma atraíram
a atenção do Plano Astral: seus novos vizinhos (Posso
chamá-los?) estão tendo um interesse na última Recruta,
alguns para acolher, para fazer todo o possível para ajudá-
la a se estabelecer, outros indignados ou apreensivos com
esta perturbação na rotina. Isto é onde seus Banimentos e
Invocações vem para resgata-la. Claro, eu não estou
referindo-me aqui na abordagem dos Santuários que
necessariamente estão muito bem guardados, mas
meramente o reconhecimento de um recém-chegado a essa
parte do mundo em geral.
É claro que todos esses milagres são muito malcriados com
você, eles significam que o seu poder mágico tem alguns
pequenos vazamentos; pelo menos, a água está escorrendo
entre algumas tábuas não seladas Hermeticamente como
deveriam ser. Mas, oh, e este é mais vilão ainda – este é um
bendito, abençoado conforto que se acontecer, aquela
chance, coincidência e todo o resto simplesmente não
explicam tudo isso a fora, que sua nova visão da vida não é
um sonho, mas parte integrante da Experiência para todo o
sempre, uma verdade como qualquer outra manifestação da
Realidade através da sensação como é comum a todos os
homens.
E isso nos traz – isto tem sido um longo rodeio –da
sugestão de sua visita para a questão (até hoje sem
resposta) em sua carta.
Você levanta tão vasta e afiada questão quando você
escreve sobre a suposta antinomia da “alma” e “sentido”
que pareceu melhor reter o comentário até esta posterior
carta; foi necessária muito mais meditação para compactar
a resposta dentro de limites razoáveis; até mesmo para dar
forma a tudo isso não é tarefa fácil. Pois isso é
provavelmente o sintoma das primeiras agitações da mente
do homem das cavernas para a reflexão, para isso movido
por outros sintomas – aqueles depois de amanhecer apos a
noite anterior. Que é – nos já não tratamos desse assunto
depois do habito? – evidência da doença quando um órgão
se torna consciente de seus próprios modos de movimento.
Certamente, o simples fato de questionar a Vida dá
testemunho de uma interrupção de seu fluxo, como uma
onda ainda em fluxo fala sobre uma rocha submersa. O mais
feroz da torrente e maior obstáculo, é a maior perturbação
da superfície – eu não tenho visto isto no Bralduh a oito pés
de altura? Um povo letárgico com nenhum impulso
selvagem de Vontade pode passar a Vida na apatia bovina;
nos podemos notar bem que (em um sentido) a fúria da água
parece para a nossa imaginação perturbada realmente
aumentar e multiplicar as obstruções; existe um ponto
crítico para além do qual as ondas lutam umas contra as
outras!
Esta, uma descrição de como o psicossoma pode lidar com
conflitos parapsicológicos provocados pela formação
mística ou mágica (ou simplesmente com o que se pode
chamar, um pouco vago porem ao menos poeticamente – a
imprecisão é devida a nossa escassa pesquisa sistemática
nesta matéria – o “florescimento da alma”.), é uma das
passagens mais importantes deste Livro. – Motta.
Esse, em suma, é um retrato de você!
Você tem confundido o alvoroço passageiro sobre alguns
empecilhos reais com se fosse um obstáculo em si mesma!
Você coloca a culpa sobre você própria muito
racionalmente para superar as dificuldades. O segredo do
truque de atravessar as rochas é a elasticidade; no entanto é
com muita qualidade que você se exprobra!
Nós mesmos, no pior, chegamos ao estado em que o
Budismo no Oriente apresenta mais habilmente o caso:
como fez no Ocidente James Thomson (B.V.) em “A Cidade
da Noite Terrível”; nos chegamos a desejar – ou, mais
verdadeiramente, a pensar que nós desejamos pela
“abençoada Paz sem pecado do inoxidável Nirvana” (ou
algum disparate tal! – graças a Deus eu não consigo me
lembrar das frases piegas e pouco viril do Arnold!) e o
“Imemorial olvido e repouso divino” de B.V.
“B.V.” era o nome de escritor de James Thomson.
“Arnold” refere-se a Sir Edwin Arnold, autor de “A Luz
da Ásia”. – Motta.
Eu insisto no “acho que você deseja”, porque, se na
verdade Você realmente deseja o Aquele real, você nunca
poderia ter chegado a existir! (“Mas eu não existo” – “Eu
sei, vamos continuar!”)
Note, por favor, como sofismicamente inconvincentes são
a s teorias Budistas de como nós nunca começamos esta
bagunça. Primeira causa: Ignorância. Saída, então,
Conhecimento. OK, isso implica um conhecedor, uma coisa
conhecida – e assim a diante e assim por diante, o
pensamento de todos os Três Cestos Lixo Lei; analisados,
eles tornam-se um disparate todo arrumado para se olhar
como um pensamento. E não há explicação genuína da
origem da Vontade de ser.
Como é diferente, como é simples, como é auto-evidente, a
doutrina de O Livro da Lei!
Há um sem número de passagens tratando desta materia em
meus escritos: vamos esquecê-los, e manter o Texto!
Cap. I, v.26 “...meu êxtase, a consciência da continuidade
da existência, a onipresença do meu corpo.”
V. 30 “Esta é a criação do mundo, que a dor de divisão é
como nada, e a alegria da dissolução tudo.” (Há um
significado Cabalístico interior neste texto; “a dor”, por
exemplo, Ο ΑΛΓΟΣ, pode ser lido XVII x 22, “a expressão
do amor-Estrela”, e assim por diante: tudo muito
complicado para este tempo e lugar!)
O “XVII” acima é o numero do Atu XVII, “A Estrela”, no
Tarô de Crowley – Motta.
V.32 ”Então as alegrias do meu amor”(isto é, o
cumprimento de todas as experiências possíveis) vos
redimirão de toda dor.”
V.58 “Eu dou alegrias inimagináveis sobre a terra; certeza,
não fé, enquanto em vida, sobre a morte; paz indizível,
descanso, êxtase;...”
Aqui, ele acrescentou a seguinte nota: “Paz”: o brilho de
satisfação no sucesso. Não é “eterno”, ao contrário,
estimula o apetite para mais uma aventura. (Paz, Η
ΕΙΡΗΝΗ = 189 = 7 × 9 × 13, a mais Venusiana forma
Lunar da Unidade). – Motta.
Este calculo está errado, mas fica difícil de dizer se foi
erro de Crowley ou do copista. 189 é igual a 7x9x3, e nao
7x9x13, que é 819. – Motta.
Cap. II, v.9 “Lembrai-vos todos vós de que existência é
pura alegria; de que todos os sofrimentos são apenas
como sombras; eles passam & estão acabados; mas existe
aquilo que resta.”
(A continuação é divertida!...
Em retrospecto, se você ler seus Comentários de AL, você
vai ver que ele não estava divertindo-se na época. –
Motta.
...leia vv. 10 e 11:
“Ó profeta! tu tens má vontade de aprender esta escritura.
Eu te vejo odiar a mão & a pena; mas Eu sou mais forte.”
Naquela época eu era um Budista casca dura, e enviaram-
lhe um Cartão de Ano Novo “desejando-me um fim rápido
de existência!” E isso como um homem jovem, com o
mundo aos meus pés. Isto veio apenas para mostrar...)
vv. 19, 20. “Há um Deus de viver em um cão? Não! mas os
mais elevados são de nós… Beleza e força, riso pulante e
langor delicioso, força e fogo, são de nós.”
Este capítulo retorna outra e outra vez neste tema de uma
forma ou outra.
O que é realmente mais significativo é a oculta, a
inexpressável, alma do Livro; a maneira com que ele salta
como uma onda selvagem de rapsódia sobre qualquer
escusa ou desculpa.
Isto é certamente mais convincente do que algumas teses
sombrias arrastando-se obstinadamente como a “prova” (!)
de que “Deus é bom”, cada sentença rangendo com seu giz
e guinchando com as pontadas do dedo do seu pé!
Contudo justo porque eu proclamei uma doutrina de alegria
n a linguagem da alegria, pessoas – camelos maçantes –
dizem que eu não sou “sério”.
Ele foi inocente, não foi? Ele não percebeu que – as
pessoas – que disseram tais coisas estavam a bolso de
interesses Crististas, principalmente os Católicos
Romanos, com o único propósito de desacreditá-lo. No
Brasil, por exemplo, foi constantemente publicado em
revistas na minha juventude, nas curtas referências a
Crowley, que ele foi um desprezador de mulheres e
achava que elas deveriam ser todas escravas. – Motta.
[Infelizmente, as referências públicas a Crowley ainda não
mudaram!]
Contudo eu tenho encontrado prazer em aproveitar os
cavalos alados do Sol para o arado da Razão, mostrando a
validade desta doutrina em detalhe. Satisfaz o meu senso de
ritmo e de simetria explicar que cada experiência, não
importa qual, deva ser necessariamente um ganho de
grandeza, de aderência, de compreensão e apreciação
crescente como a complexidade e simplicidade que
sucedem na sublime sístole e diástole, na estrofe e
antístrofe duetando louvores para as estrelas da Noite e da
Manhã!
Claro que é fácil como uma torta bater tudo isso em
pedaços pela “lógica lunática”, dizendo: “Então a dor de
dente é realmente tão agradável quanto bolo de morango”;
Você fica aqui para a Oito Leituras de Yoga. Nenhum dos
termos que eu estou usando tem sido, ou pode ser definido.
Todas as minhas proposições não são superior a
tautologia:...
“Tautologia” é a mesma coisa que redundância:
repetição do mesmo significado em palavras diferentes,
como por exemplo, quando você diz: “Você está subindo
pra cima?” Coisa que, claro, as pessoas fazem o tempo
todo. Poucos, entretanto, dizem “Você esta descendo pra
baixo?” – Motta.
A é A. Você mesma pode até citar O Livro da Lei:
“Agora uma maldição sobre Porque e seus
parentes!...Bastante de Porque! Seja ele danado para um
cão”(AL II 28-33)
Essas coisas fedem a Ignoratio Elenchi, ou algo
dolorosamente como isso: como um tipo de deslizamento
da engrenagem, de “confundir os planos” da
propositadamente mal entendida essência de um argumento.
(Todos os magistas, a propósito, deveriam ser aterrados
solidamente na Lógica Formal.)
Lógica Simbólica seria provavelmente mais eficiente do
que Formal. Ignoratio Elenchi é uma das formas erradas
de raciocínio listadas na Lógica Formal, as palavras em
Latim significam, a grosso modo, desrespeito por toda a
cadeia de raciocínio para se concentrar em apenas um
ponto que não pode por si só representar a conclusão
fina; e através disto atacar a conclusão final. Como, por
exemplo, quando o advogado do Sr. Weiser tentou
insinuar, muito sutilmente, que Donald Weiser tinha o
direito legal de piratear-nos porque o Livro da Lei é
imoral. – Motta.
[Ou, de frente com a vitima, aponte para que ela olhe para
esquerda, enquanto o ataque vem para a direita. Mas o
curioso é que se você plagiasse uma revista pornográfica
de renome mundial esses mesmos tribunais-currais-de-
porcos jamais deixaram passar seu plagio, ainda que eles
considerem tais gêneros de revistas imorais ate os dias de
hoje...óbvio que a pedofilia e estupro cometido por padres
não entram em nenhum código penal: Santos Homens de
Deus Altíssimo!]
Nunca se esqueça de, pelo menos, como é simples fazer um
inferno maníaco – um caldo de qualquer proposição, porém
simples para o senso comum.
Todo o acima, agora: – Budismo refutado. No entanto isto é
uma possibilidade e a A�A�, portanto, uma faceta da
Verdade. “Repouso” é uma ideia: para a imobilidade é um
dos estados de movimento. Certo estado de espírito é
(quase por definição) “eterno”, ainda que mais seguramente
começa e termina.
E assim por diante para sempre – Eu temo que seria
nugatório, pleonástico (e oh! Severos outros adoráveis
longos adjetivos!)...
É. Você só as olha por cima em seu dicionário a partir de
agora. Doravante nós vamos elucidar apenas expressões
que não podem ser facilmente checadas. Você poderia
fazer também um pouco do trabalho na compreensão de
Crowley vós mesmos. Dãaaa...! – Motta.
... tentar proteger você dessa cabeça de hidra e pateta
armadilha proteica; você deve ataca-las você mesma
quando elas surgem, e lidar com elas da melhor maneira
possível: sempre lembrando que muitas vezes você não
pode dizer que é você que é o quebra-cabeça do macaco,
ou quem ganhou. (“Todo mundo ganhou; portanto todos
devem ter um prêmio” aplica-se belamente). E nada disso
tudo em uma fila de feijões verts sautés; ja que a conclusão
deve ser sempre Dúvida (ver que o bestial Livro das
Mentiras de novo – há um lindo capítulo sobre isso) e a
moral prática é a seguinte: essas contradições não ocorrem
(ou não importa) em Neschamah.
O próximo paragrafo foi cortado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
[um comentário importante sobre o paragrafo de Crowley
acima, que não foi, ou não houve interesse em ser
comentado, para dar vez a esta queixa repetitivamente
infantil. Se você tem passado por tais “contradições”
procure um medico, muito provavelmente você esta ficando
louco. NÃO misture os planos!]
Além disso, isto pode ajudá-la com uma grande porção
(por encorajá-la quando está deprimida, ou divertindo você
quando quer relaxar) lendo Sir Palamede o Sarraceno;
Suplemento no O Equinócio, vol. I 4...
Estamos planejando atualmente emitir uma seleção das
poesias de Crowley. Esta devera fazer parte desta. –
Motta.
[Ainda bem que não roubaram a cueca suja de Crowley,
Wowwww...!]
Espero que algumas dessas poucas tragicomédias
desventuradas já estarão familiarizadas com você em um
disfarce ou outro.
E se as observações acima devem incentivá-la a exclamar:
“Talvez um pouco de bebida não me faria nenhum grande
mal” eu vou sentir que fiz por bem para merecer o meu
país!
[Ou, cada um tem o país que merece! Esta é a mesma, caso
não se lembrem, “Dama da Aristocracia” que bebia a ponto
de ver “TIGRES ROSAS” na grande escadaria de sua
mansão, e achou que isso estava relacionado com o treino
que Crowley havia lhe destinado... Mas que ela beba!
Então alguém pode dizer: “...não veleis vossos vícios em
palavras virtuosas: estes vícios são meu serviço; vós fazeis
bem, & Eu vos recompensarei aqui e no além.” Pode ter
certeza que se confundirem o plano como a Dama desta
carta será no além mesmo, e muito em breve! Ps.: Antes que
me apedrejem, a citação é de AL II, 52]
Pois – ver Liber Aleph, depois de Rabelais – a Palavra do
Último Oráculo é TRINC.
Você pode perceber, se você for inteligente, sensível, e se
você gosta de história, como as Sociedades de
Temperança reagiram a isso. A “Lei Seca” nos Estados
Unidos, e as leis antidrogas em todos os países, foi
proferida depois que AL foi dada ao mundo, a pedido dos
defensores dos dogmas estabelecidos, que sabiam
perfeitamente que sua última trombeta tinha soado, e
queriam ficar vivos – isso se o que eles fazem pode ser
chamado de vida – contanto que pudessem. – Motta.
O planto com seus rabos de fora – e animam-se em faze-lo
assim – com a confissão de Ambição, e considerações
sobre o que você deve deixar até a sua próxima vida. Muito
bem! mas tudo está coberto pelo programa em geral. É
adequado assimilar essas ideias com a estrutura
fundamental da sua mente: “Talvez seja melhor deixar ‘A
Vida e a opinião de Combate para a Lei, a Ballarat Bruiser'
até, digamos, seis encarnações a frente” – Mas talvez você
já tenha adquirido isso.
E esta memória inconsciente é o que incita a sensação de
que você não precisa disso de uma vez. Talvez! – Motta.
Não, melhor ainda, se concentre na próxima etapa! Afinal,
ela é o único que pode tomar, não é! Sem ânsia de
resultado, por favor!
E eu deixarei alguma coisa para a próxima carta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
P.S.: “Próxima carta”, sim, estão batendo umas nas outras
mais do que deveriam, é melhor assim, pois a vida é assim.
E nos temos um editor ousado para separá-las.
Este foi, claro, o Sr. Karl Johannes Germer e não Israel
Regardie. Ao deixar este P.S. intocado no texto de sua
pirataria, o Sr. Regardie astutamente pensava em induzir
o leitor a acreditar que a referência era afetuosa para si
mesmo. Mais tarde, ele tentou o mesmo artifício, só que
assim, desfigurando as notas de rodapé da edição do Sr.
Germer de “A Visão e a Voz” – Motta.
[A inépcia do Sr. Regardie como secretario não tinha
fronteiras, talvez só sendo superada por outro! Mesmo o Sr.
Fernando Pessoa quando em relação comercial com a
Editora Mandrake (parceria comercial entre Germer e
Crowley) pasmava com os erros ortográficos, geográficos e
outros mais deste senhor].
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 24: Necromancia eEspiritismo
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Realmente, você me faz sentir vergonha de Você! Por
escrever para um ignorante como eu como um sábio a cerca
de necromancia, quando você tem sob seu cotovelo o
supremo clássico – Capitulo XIII do Dogme et Rituel de
Lévi!
Dogme et Rituel de la Haute Magie de Eliphas Levi,
erradamente traduzido por Arthur Edward Waite como
Magia Transcendental.
A tradução de Waite é tão ruim, distorce tanto o sentido
do original, que a O.T.O. está preparando uma nova
tradução, comentada por Marcelo Motta. Até então, os
estudantes sérios devem se esforçar para ler a obra de
Levi no original em Francês. As pessoas são engraçadas,
eu escrevi esse comentário em um número anterior de
Auriflama VI, e um jovem que persiste em chamar-se de
um dos meus alunos, sem fazer qualquer trabalho sério
para este fim reclamava que eu sou duro com os
Americanos que não sabem Francês. Esse jovem é filho de
um milionário, e passou sua juventude na Europa. Ele
tinha oportunidade de aprender não apenas Francês, mas
várias outras línguas estrangeiras; infelizmente, ele
estava interessado em nada no momento (como ele está
agora) senão a mais estúpida e grosseira
autoindulgência. Esse mesmo jovem deu teve todas as
oportunidades para ajudar a preparar os nossos livros,
definindo a tipografia do material original de Crowley,
reduzindo o meu trabalho, pelo menos, em sessenta por
cento, e assim dando-me tempo para trabalhar em coisas
tais como traduções de Levi, para não falar de muitos
materiais necessários de outros; mas, novamente, ele
preferiu entregar-se ao invés de servir-me, portanto, a
Ordem, ao seu país e outros países de língua Inglesa. Sua
queixa por ter de esperar por uma tradução de Levi,
incidentalmente, veio exatamente quando, contra todas as
admoestações possíveis e avisos, ele havia esbanjado cem
mil dólares do dinheiro de sua família em um ano, e no
processo tornou impossível para nós usarmos a máquina
tipográfica que ate então tínhamos empregado. As
deficiências técnicas e atrasos nas nossas publicações
podem ser atribuídas quase inteiramente ao seu deboche,
a presunção, a indisciplina, a estupidez egoísta. Deixando
de lado essas limitações que não são minha criação: se
você quer que eu sinta pena de um Americano que não
sabe Francês me ache um preto pobre vivendo no gueto
d e Chicago, ou um Hispano-Americano vivendo em
Dallas, Texas. Quem já disse que a vida é “justa”? Todo
o exemplo deste jovem tolo, que um dia vai herdar
milhões de dólares, fala por si. A vida é dura para os
pobres, os ignorantes e os fracos – e é por isso que
existem Iniciados. Nada merece mais desprezo do que
uma pessoa rica que torna os pobres ainda mais pobres,
ou uma pessoa inteligente que é preguiçosa demais para
aprender, exceto talvez uma pessoa fisicamente forte que
gosta de empurrar os fracos por aí. Na verdade o que
tudo isso acima significa é, se você não fala Francês e
não esta disposto a nos ajudar a trabalhar, se cale e
espere pacientemente por nossa edição; sede grato por
estarmos dispostos a assumir o problema; e nunca tente
imitar os herdeiros ricos e ociosos! – Motta.
[inteiramente certo, com dois únicos pontos de divergência,
pessoal minha, claro:
1 - Essa de “servir-me é servir à Ordem” é indigesto!
Motta e os de sua linhagem dificuldades com isso, até hoje.
2 – NINGUÉM é obrigado a fazer algo por achamos que
seria o correto, mesmo sendo seu instruído. Ele aceita se
quiser, faz o que quiser. A única coisa que se consegue
impondo uma opinião – sic! – ou ponto de vista é ser um
moralista autojustificando-se pelo Livro da Lei! Hipocrisia
moral, espiritual, e mágica! A Lei é clara quanto a isso.
Agora, não quer dizer que você tenha obrigações para quem
não se obriga com você. E sobre a culpa do “jovem tolo”,
que graça teria um mundo só de Adeptos Exemptus que
nunca erram, falham ou fazem merda? Esse não é um mundo
em que eu gostaria de existir!]
Que sublimidade da abordagem! O engenho das
“considerações!” Com que fatal certeza marcha os passos
de suas preparações! Com que soberba técnica ele realiza o
seu entusiasmo energizado! E, finalmente, com que exatidão
judicial ele soma os resultados de sua grande Evocação de
Apolônio de Tiana!
Contraste com esse elaborado cuidado, a retidão de cada
detalhe, seriedade e intento sobre o objetivo – contraste, eu
digo, o Espiritismo moderno na esqualidez suja de sua
sarjeta de bairro suburbano pobre, a sala mofada, cheiro de
comida podre, as hediondas estampas, a barata e raquítica
mobília, chamando qualquer um que seja requerido desde
Jesus Cristo à Rainha Vitória, tudo em uma batida do pé!
Naturalmente, os espíritas avidamente leem os livros de
Crowley – nós deveríamos saber, eles são alguns de
nossos clientes regulares. Essa descrição deve ter levado
eles a melhorarem sua atuação. Oh, eles ainda chamam
alguém necessário, mas fazê-lo em seu limpo (embora
convenientemente obscuro) ambiente, tendo confortáveis
salas de espera ou luxuosos “Campos”, e cobram taxas
muito mais elevadas! – Motta.
Argh! Voltemos ao ar puro, e analisemos o experimento de
Lévi; eu acredito que pela aplicação dos princípios
estabelecidos nas minhas outras cartas sobre Morte e
Reencarnação, será simples explicar seu parcial fracasso,
para evocar Apolônio. É melhor você lê-las mais uma vez,
para ter a matéria clara e fresca em sua mente.
Agora, deixe-me chamar sua atenção para o extremo
cuidado que teve Lévi para construir um elo magico
próprio entre ele e o Mestre Ancião. Ai de mim! Este foi
um tanto como o caso de uma construção com tijolos feitos
sem palha; ele não tinha sob seu comando um objeto fresco
e vital intimamente relacionado a Apolônio. A “relíquia”
teria sido extremamente útil, especialmente se ela tinha
sido consagrada e reconsagrada através dos séculos por
devota veneração. Esta é, aliás, a grande vantagem que se
pode obter invocando muitas aos Deuses; suas imagens,
constantemente reverenciadas, alimentadas pelo sacrifício
contínuo, servem como um receptáculo para o Prana
dirigido a eles por milhares ou milhões de fiéis. De fato, os
ídolos são frequentemente talismãs ja consagrados; e sua
posse e uso diário é pelo menos dois terços da batalha.
A especulação acima está incorreta, e Crowley esta
meramente indulgindo-se na exibição de alguns de seus
conhecimentos sobre o Elo Magico na adoração. Não há
absolutamente nenhuma garantia de que você vá fazer
contato com o Professor através de uma “relíquia” dele
ou dela, pelo contrário, o resultado mais provável é que
você va atrair qualquer cadáver astral, ou um elemental,
ou um demônio, mascarando-se como essa pessoa. O
cadáver pode muito bem ser que da pessoa cuja
“relíquia” você usa, mas não será a pessoa, apenas um
cadáver; e no caso de um verdadeiro iniciado, você não
vai ter mesmo, por razões que Crowley explicara no seu
paragrafo seguinte. O motivo por que o Sr. Karl Johannes
Germer enterrou as cinzas de Crowley debaixo de uma
árvore e não disse a ninguém onde (eu sei onde, e até
mesmo a árvore, mas eu não estou dizendo a qualquer)
era para evitar o caro desejo de Grady McMurtry e
outros vampiros em criar um “talismã” que só atrai as
forças malignas, e fazer “ o Demônio Crowley” uma
realidade. – Motta.
Apolônio foi de fato como sujeito refratário como Lévi
possivelmente tenha escolhido. Todos as cartões estavam
contra ele.
Por quê? Deixe-me lembrá-la da sublimidade desse gênio,
e a extensão de sua realização. Apolônio certamente deve
ter feito uma conexão mais estreita entre o seu Ruach e sua
Tríade Celestial, e esta teria que ir buscar uma nova
encarnação em outro lugar. Todo o Ruach que deixou
flutuando no Akasha deve ter sido com chances
comparativamente sem valor e acabado, verdadeira
Qliphoth ou “Conchas dos Mortos” – apenas aquelas partes
dele, em uma palavra, que Apolônio teria deliberadamente
descartado em sua morte.
Então, que uso elas teriam para Levi?...
Ou Grady McMurtry, para esse assunto. Esta é a
verdadeira objeção contra a adoração das ‘relíquias’ dos
‘santos’. Se forem verdadeiros santos, as relíquias se
tornariam o foco de forças insalubres; se forem falsos
santos, as conchas astrais viriam, e vampirizariam os
adoradores. – Motta.
[A palavra ‘Santo’ aqui empregada por Motta tem um
significado bem além da perversão religiosa que angaria
moedas aos bolsos dos Maharishis, Mestres
Ascencionados, Padres, Pais e Mães de Santo, e por aí em
diante...]
...Mesmo que houvesse entre elas alguns elementos, como
serviria aos seus propósitos, elas teriam sido
desvitalizadas e desagregadas no caminho pelo simples
decurso dos séculos, uma vez que tinham perdido a conexão
com a realidade do Sábio. Alternativamente, elas poderiam
ter sido presas e adotadas por alguma Entidade errante,
muito provavelmente algum demônio maligno.
Qliphoth – Conchas dos Mortos – Espíritos Obsessores!
A q ui estamos nós de volta nas pestilentas cercanias
Walham Green, e a atmosfera suja do “médium” imundo e a
esquálida sessão. “Olhe! mas não fale com eles!” como
Virgílio avisou a Dante.
E não responda se eles falarem com você. – Motta.
Então, vamos olhar.
Não! Vamos começar por felicitar-nos de que este tema da
Necromancia é tão admiravelmente documentado. Quanto a
arte Real, temos não só Eliphas Levi, mas um conto
sublimemente simples no Velho Testamento sobre a Bruxa
de Endor, ela conjurando a aparição de Samuel para o Rei
Saul. Um terceiro clássico que não deveria ser
negligenciado: Eu tenho ouvido ou lido a história em outro
lugar – no momento eu não posso colocar isso aqui. Mas é
tão brilhantemente contada no “Eu Escrevo como Agrado”,
de Walter Duranty que nada poderia ser mais feliz do que
citá-lo textualmente.
“Esta foi a história de um Bolchevista que conversava com
um cadáver. Ele disse para mim mesmo, e, sem dúvida, ele
acreditava, embora fosse um Bolchevique resistente médio
que naturalmente não acreditava em céu e inferno e uma
vida além-túmulo. Este homem estava fazendo um trabalho
‘clandestino’ revolucionário em São Petersburgo, quando a
guerra estourou, mas ele foi pego pela polícia e deportado
para o extremo norte da Sibéria. No segundo inverno da
guerra, ele escapou de sua prisão e chegou a uma aldeia
Esquimó onde lhe deram abrigo até a primavera. Eles
viviam, disse ele, em condições terríveis, e o único a quem
ele podia conversar era o Xamã, ou curandeiro, que sabia
um pouco de russo. O Xama disse certa vez que poderia
prever o futuro, o que o meu amigo Bolchevista
ridicularizava. No dia seguinte, o Xama o levou para uma
caverna na encosta de uma colina em que havia um grande
bloco de gelo transparente envolvendo o corpo nu de um
homem – homem branco, não um nativo – com
aparentemente cerca de trinta anos de idade, sem sinal de
ferida em qualquer lugar. A cabeça do homem, que estava
bem barbeada, estava fora do bloco de gelo, os olhos
estavam fechados e as características eram Europeias. O
Xamã, em seguida, acendeu uma fogueira e queimou
algumas folhas, jogou o pó delas murmurando
encantamentos, e havia uma densa fumaça aromática. Ele
disse em russo para o Bolchevista, “Pergunte o que você
quer saber.” O Bolchevista falou em Alemão, ele tinha
certeza de que o Xamã não sabia Alemão, porem ele estava
igualmente certo de que ele viu o movimento dos lábios e
ouviu resposta, claramente, em Alemão.
Ele perguntou o que aconteceria com a Rússia, e o que
aconteceria com ele. Dos lábios se movendo do cadáver
veio a resposta de que a Rússia seria derrotada na guerra e
que haveria uma revolução, o Tzar seria capturado por seus
inimigos e morto na véspera de resgate; ele, o Bolchevista,
que lutara na Revolução, mas nao sofrera nenhum mal; mais
tarde, ele seria ferido lutando contra um inimigo externo,
mas se recuperaria e viveria por muito tempo.
O Bolchevique não acreditava no que ele tinha visto,
embora ele tinha certeza de que tinha visto. Quero dizer que
ele explicou por hipnotismo ou autossugestão ou algo do
tipo, mas era verdade, disse ele, que ele passou incólume
pela Revolução e a Guerra Civil e foi ferido na Guerra
Polonesa quando o Exército Vermelho recuperou Kiev.”
Assim também nós somos mais felizes em possuir um conta
quase que para além do desejo do Coração do Espiritismo,
no “Sr. Sludge o Médium” de Robert Browning. Você vê
que eu escrevo “Espiritismo” e não “Espiritualismo”. Pois
usar a última palavra neste contexto é ignorância vulgar;
Esta [palavra, o Espiritualismo] denota um sistema de
filosofia que floresceu (mais ou menos) na Idade Média –
leia o seu Erdmann se você quiser os detalhes horríveis.
Mas por que deveria?
O modelo para o Sr. Sludge foi David Dunbar Home, que
e r a realmente uma pessoa distinta em seu caminho, e
conseguiu tirar alguns trechos extremamente instruídos e
sangue azul. Pessoalmente, eu acredito que ele tenha sido
genuíno, obtendo resultados reais através de pactos com
elementais, demônios ou o que mais; pois quando ele estava
em Paris, os arranjos foram feitos por ele para atender
Eliphas Levi; imediatamente “ele abandonou a competição
desigual, e fugiu no terror do local amaldiçoado.”
O que irritava Browning era que ele tinha acrescentado à
s u a coleção de “Fémures que tenho puxado”, aqueles
apêndices de Elizabeth Barrett; e onde a R.B. não tinha
espaço para mais ninguém, como no caso de Alá!
R.B. foi assim tão rancoroso como ele poderia ser, e o que
não foi pouco.
Não é justo pichar todos os médiuns com o pincel de
Sludge; há muitos que podem promover com bastante
sinceramente algumas das apologias de Sludge. Por que um
médium deveria ser imune a si mesmo — decepção
estimulada pelo Demônio do Desejo? Enquanto há gente
que passeando fora da casa do Inseto pode encontrar a Sr.
Simpson e os Generais de Gaulle, Franco, Allenby,
Montgomery e quem mais nas “Centúrias” de Nostradamus,
nós devemos ser estúpidos por destinar tudo à fraude
consciente.
O parágrafo seguinte foi retirado pelo Sr. Regardie de
sua “edição”, possivelmente porque nenhum dos nomes
dos ilustres psicanalistas mencionados é o seu. – Motta.
Nesse caso, o que dizer sobre o pobre Tiny Aleister
[Minúsculo Aleister, um trocadilho]? Por favor permita-me
as jovens Águias felizes do Velho Testamento; que profecia
clara dos psicanalistas, isto somente em Inglês por Freud,
Jung e Adler!
Todos os três eram Judeus. Este parágrafo foi retirado
pelo Sr. Regardie em sua “edição”, possivelmente porque
nenhum dos nomes dos ilustres psicanalistas mencionados
é o seu. Crowley fez uma brincadeira, claro, mas o Sr.
Regardie pode ter-se ressentido neste pedaço de
propaganda gratuita de um gênio e dois pupilos muito
acima de si mesmo em intelecto e caráter. – Motta.
Não, nem sempre uma fraude. No entanto, em qualquer
sessão os “investigadores” não tomam precauções mágicas,
seja quem for – contra, digo, a personificação de Iophiel
por Hismael, ou as Pombas de Vênus por Zareq A'arab.
Todos eles que tentam especialmente com “demonstrações”
e “materializações”, devem se guardar com grande
elaboração e (como regra) completa futilidade contra os
enganos do feiticeiro comum. Eles não estão esperando
alguma manifestação genuína do “Espírito do Mundo”; e
este fato deixa claro a sua verdadeira atitude subconsciente.
Quanto àqueles médiuns que possuem a habilidade mágica,
eles quase sempre vêm das classes mais ignorantes – os
Celtas são uma exceção a esta regra – e não tem qualquer
conhecimento da técnica do negócio. Pior, eles são
usualmente do tipo que se deliciam no segredo sujo das
afinidades, e tão natural e alegremente atraem as entidades
do mundo Qliphothico para seu círculo mágico. Assim
embusteiros, elementais de ordens inferiores, na melhor das
hipóteses, vem e vitalizam os possíveis e finalizados
Ruachs de pessoas recentemente mortas, e realizam
imitações surpreendentes. As conchas vazias brilhando com
o fogo infernal. Além disso, é claro, eles absorvem a
vitalidade dos assistentes, e do próprio médium.
Ao todo, uma performance das mais venenosas. E o que
eles ganham com isso? Mesmo quando os “espíritos” são
realmente espíritos, eles apenas enchem o participante com
um monte de mentiras sem valor.
Para este resumo, as leis da probabilidade insistem que
haverá exceções ocasionais.
Mas as exceções ocasionais não precisam ser
permanentes, na verdade, raramente o são. Um “médium”
pode receber uma comunicação genuína em certa
ocasião, pelo simples fato de uma entidade legítima
decidir que era a linha de menor resistência para se
comunicar com alguém naquele momento em particular –
e nunca mais em sua vida ter uma comunicação genuína
novamente. – Motta.
Amor é a leu, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 25: Fascinações,Invisibilidade, Levitação,
Transmutações, “Dobras noTempo”
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Minha Querida! Minha Cara! O mundo efetivamente tem
sido um tumulto–turvo se você me perguntar pelos segredos
da Fascinação! Totalmente Tohu wa-bohu no Lixo Temurah
raq!
Muito para uma exposição de Boas Maneiras do Velho
Mundo; realmente um desperdício, pois você poderia muito
bem ser fascinante, sem saber como você trabalhou o
truque. Na verdade, eu acho que é o caso de noventa e nove
vezes em cem. Além disso, eu li a sua descuidada carta; eu
olhei por cima no paragrafo em que você menciona que usa
a palavra como Lévi fez; id est para cobrir todo tipo de
“milagre” que dependem de distrair a atenção, ou senão
compondo o milagre – eu inventei uma palavra bastante
útil, não é?
Não do ponto de vista dos profissionais dos milagres. –
Motta.
Por isso, vamos ver que tipo de milagres são estes.
Para começar, eu duvido que nos consigamos. Muitos
desses fenômenos taumatúrgicos contem elementos de
ilusão em maior ou menor grau; se o milagre mental é 100%
responsável, eu acho que o negócio se torna um mero truque
de ilusionismo.
Meu dicionário define [tal] o verbo [assim]: “encantar,
p a r a encantar, atuar por alguma influência irresistível;
cativar; excitar e atrair irresistível ou poderosamente.”
Pelo substantivo fica ainda mais fundo na Magica técnica:
“o ato ou poder de fascinação ou lançar feitiço, muitos para
causar dano; uma misteriosa, irresistivel, influência
sedutora.” (Pessoalmente, eu tenho usado sempre, ou
ouvido, isto como muito menos a sério: um pouco mais que
“atraente”). Skeat, surpreendentemente, é quase mudo: p.
part. de “encantar” e “de L. fascinum, um feitiço.”
[Skeat lembra muito nosso bom e velho dicionário de
“guerra” Aurélio, que sempre achei péssimo! Prefiro e
aconselho o Houaiss...]
Sim, surpreendente; pois a palavra é um das muitas que
significa Phallus...
Não deve ter surpreendido ele; Skeat obviamente sabia,
mas se ele tivesse, na Inglaterra, da Rainha Victoria,
anunciado ao mundo que a palavra fascinação veio de
pênis (ou da vulva), ele nunca teria encontrado um
emprego em qualquer lugar. O puritanismo mesmo
horrível é evidente ainda hoje, que os supostamente
“sexólogos iluminados” como Masters e Johnson, não só
foram muito cuidadosos para evitar dar as estatísticas do
tamanho do pênis, ou a reação das mulheres ao tamanho
do pênis, em seus livros, mas foram tão longe ao afirmar
a mentira ultrajante que uma vez que um pênis cresce em
ereção, todos os homens são mais ou menos iguais!
Recentemente, em uma entrevista à revista Playboy,
admitiu que sua intenção era evitar a dor que causou, ou
complexos de inferioridade ou o que quer que seja – e não
com estas exatas palavras. Então você tem um par de
supostos “cientistas” que ocultam fatos do público, assim
como a CIA, a KGB, o Vaticano, Lysenko, e o político
médio. Pobre Skeat, pelo menos, estava tentando salvar
seu emprego, mas ninguém duvida de que Masters e
Johnson estavam em perigo de qualquer coisa, mas sim o
seu próprio paternalismo e maternalismo Judaico-cristã
hipócrita. Naturalmente, a Playboy aposta neste par;
quase invariavelmente, quando dá orientação sexual aos
leitores, eles citam Masters e Johnson. Isso, muitas vezes,
difunde informações erradas e até mesmo prejudiciais
para o público. Kinsey, pelo menos, pode ter sido à moda
antiga, mas foi objetivo. – Motta.
[Acho que Motta se irrita com esse assunto de pênis... Os
livros de M&J são excelentes. O Trabalho de Kinsey o
melhor que vi ate hoje. Tamanha não é documento. Saber
usar o que se tem é o que satisfaz uma mulher, a não ser que
você tenha atração por belos “caralhões” e fique irritado
em não ter um balançando entre suas pernas. Mas Motta,
muitos anos depois, superou isso e começou a indicar M&J
como leitura complementar a estudantes... Sem hipocrisia,
claro!]
...A implicação é que há algum elemento sexual na
qualidade excitante e sedutora, que o eleva completamente
acima do mero “agradar”.
Lembro-me de uma história que me foi dita uma vez pela
Sra. Germer, em Hampton, Nova Jersey, sobre um
Aspirante muito puritano que, em Paris, conheceu uma
mulher que ele achava extremamente espirituosa, e disse
isso a ela. A mulher se virou para ele ironicamente,
apontou em sua virilha e disse: “Ça, c’est seg esprit!”
(Este é o meu espirito!) O Aspirante imediatamente se
apaixonou por ela, e aprendeu que não sabia muito sobre
a vida do relacionamento. – Motta.
Ao meu ver, a implicação é que há alguma qualidade
inerente que é cognata com essa forca quase totalmente
irracional quase magnética que foi responsável não apenas
por inúmeras tragédias pessoais – e comédias – mas pela
queda de dinastias e até mesmo a destruição de Impérios.
“Cristo” é reportado como tendo dito: “Se eu for levantado
por sobre a terra, eu atrairei todos os homens sobre mim”.
Interpretar esta questão à luz da Cruz como um emblema
Fálico, e – como lúgubre raio!
Compare AL II 26.
“Eu sou a secreta Serpente enroscada a ponto de pular: em
minhas roscas há alegria. Se Eu levanto minha cabeça, Eu e
minha Nuit somos um. Se Eu abaixo minha cabeça, e
ejaculo veneno, então há raptura da terra, e Eu e a terra
somos um.”
Este verso é profundo, diabolicamente profundo; e isto é
repleto com os mistérios da Fascinação. Escave para isso,
querida irmã! Escave com sua espátula Cabalística; não me
culpe se você não conseguir uma Mandrágora com o
primeiro impulso!
Mas certamente não direi nada aqui. Sim, de fato, nada foi
ainda mais severamente proibido de tagarelar do que sobre
assuntos como este! Olhe! Ele vai direto:
“Existe grande perigo em me; pois quem não compreende
estas runas fará uma grande falha. Ele cairá dentro do
mundéu chamado Porque, e lá ele parecerá com os cães da
Razão.”
Há grande perigo em mim, pois quem não entende estas
runas cometerá um grande erro. Ele cairá no abismo
chamado Porque, e lá ele perecerá com os cães da Razão.
(v.27) A fosso é, naturalmente, o Abismo: veja “A Visão e
a Voz”, 10º Aethyr. Um muito pegajoso – ou melhor,
descolado! Finalizado; por isso Falcão de enfeite!
Para os negócios! Fascinação Não! Invisibilidade, que é
obviamente o tostão comum da S.A.
Este é um notavelmente um caso de subconsciente; que
muitas vezes os mestres mostram aberta antipatia e aversão;
isto nunca cede à razão. Isto destrói todo o senso dos
valores. Sua origem geralmente é obscura. A base menos
irracional disso é o sentido do olfato. Foi, se bem me
lembro, o conde de St. Germain, que aconselhou a Loise de
la Vallière para fixar seu lenço requintadamente bordados
de tal modo que o protegia do contato com sua sela, e,
depois de galopar muito por uma manhã, encontrar uma
desculpa de usá-la para limpar a testa suada do Rei. Levou
anos para se recuperar! A história é bem conhecida, e do
plano amplamente adotado com invariável e notável
sucesso. Mas cuidado para não exagerar, pois se a origem
do perfume é reconhecida a consciência toma conta, e o
resultado é a antipatia.
Esta reação negativa da mente consciente resulta de mil
anos de implacável condenação de todas as coisas
sexuais instigada pela insanidade de Cristista. – Motta.
Muitos anos atrás compus uma fragrância baseada em
princípios similares, que destinava-se ao mercado sob o
título “Pote de Sensualidade”. Nós tentamos isso com o
apoio de um certo nobre Marquês – com consequentes
desventuras – será que ele não rira quando ler isso!
Mas há outros sentidos: “L'Amour de l'oreille” pode se
referir não apenas a maneira das armadilhas de Otelo,
Desdêmona, mas as sutilezas no timbre da voz...
Sim, sim, você diz, impaciente, mas não há nenhum milagre
em tudo isso, no sentido comum da palavra.
É verdade, mas por que diabos você me quer, contanto que
você esteja recebendo o que você precisa? Apenas sendo
infantil, eu suponho! Não? Simplesmente você pode
explicar essas questões bem para si mesma. Tudo bem;
sobre o nº 2. Devemos olhar para a levitação de uma
mudança?
Este poder – se é um – é muito curioso. Ele conecta-se mais
diretamente com o magnetismo do que quase qualquer
outro. A primeira coisa que pensamos quando alguém diz
“ímã” é pegar limalha de ferro como uma criança.
Era antes da honestidade! Deixe o Pai Poulain S.J. falar
primeiro! Ele é obrigado a admitir o fenômeno, porque a
Igreja tem feito isso. Mas contos precisamente similares de
levitação entre pagãos e hereges devem ser de acordo com
ele, mentiras, ou obras do diabo. Quanto ao método, “Deus
emprega os anjos para elevar o santo, a fim de evitar a
necessidade de intervir por si mesmo”. Velho preguiçoso
paroquiano!
Agora uma ducha de bom senso. Hatha-Yoga é bastante
clara e simples, até mesmo lógica, sobre isto. O método é
simples Pranayama. Eu não disse a você outra vez dos
quatro estágios do Sucesso?
1. Transpiração – de um tipo muito especial...
É espesso e liso, quase da consistência do sêmen, algumas
vezes com o cheiro de sêmen, por vezes com um perfume
peculiar, que talvez seja o equivalente dos hormônios
femininos. Esfregue de volta na pele que revigora o
corpo. – Motta.
[O meu não era espesso, mas de certa forma oleoso. Acho
que isso varia de cada um... Só para ilustrar e ajudar aos
que estão iniciando no Pranayama, no meu caso primeiro
foi suor mesmo, depois acetulose pela queima de açúcar do
corpo, o ambiente fedia a Acetona e posteriormente isso
gera alguns aromas que lembram um tipo de floral, mas com
o tempo; depois muito cheiro mesmo de esperma, e algo
parecido com cebola...Sim, eu estava banhado! Depois um
suor que realmente se esfregado na pele causa uma
sensação diferente de frescor e você sente seus músculos
mais fortes. Talvez esteja carregado de adrenalina ou algo
do tipo. Sou engenheiro, não médico, então não posso
afirmar a composição disso. A sensação ao esfregar esse
suor é como se seus músculos tivessem chupado um Halls
EXTRA forte! É tosca a comparação, mas da pra dar uma
ideia. Ate mesmo o sangue nas veias ficam “hallsificados”.
Mesmo depois de um tempo sem fazer a pratica, esse cheiro
de cebola aparece, e some. Mas ninguém sente ele, só você.
Mas possa ser que com você seja diferente. E você
realmente tem uma perda considerável de liquido e massa:
talvez seja um caminho melhor do que dietas e remédios....]
2. Sukshma-Khumbakam: rigidez automática. Você
endurece como um cão em uma redoma quando você
bombardeia ele com Dióxido de Carbono (é isto?)
3. Bhuchari-Siddhi, “pulando como um sapo”. Um é flutuar,
sem que seu Asana seja perturbado, sobre o chão, assim
como fragmentos de papel, ou folhas secas, poderiam estar
em um pequeno rascunho debaixo da porta.
4. Se você for muito perfeitamente equilibrada, não poderá
ser movida para os lados; então você sobe. E aí está você!
Deve-se, talvez, fazer uma observação sobre Hatha Yoga.
O termo tem sido muitas vezes traduzido como União do
Sol e da Lua, e pode ser assim descrito, mas também tem
sido traduzida como União pela Coragem, e mais
definitivamente pode ser assim descrita. Para chegar a
essas fases que Crowley está descrevendo o Yogi tem de
suportar uma formidável dor corporal, estresse mental e
emocional, e muitas vezes a sensação de que alguém vai
morrer se nos prendermos à prática por mais um
momento. Isto não é imaginação ou exagero: tem que se
experimentar para acreditar nisto, mas é um fato. É
possível, de fato, embora este autor não pense assim, que
a experiência da levitação seja apenas uma ilusão
causada por um breve ataque de insanidade. Mas não
houve testemunha ocular – os relatos dessa experiência
d e muitas partes do mundo, sempre relacionadas com o
êxtase religioso, embora não de qualquer dogma em
particular – que pode ou não ser significativo. Em seu
livro, Flim Flam, que deve fazer parte da biblioteca de
qualquer estudante sério de ocultismo, o Sr. James Randi
manifesta a sua total descrença sobre levitação, e ele
destrói sobretudo as alegações de levitação dos
seguidores de um “Maharishi”, cujo nome eu nunca me
preocupei em aprender, mas que está direta ou
indiretamente ligado aos Tolosofistas, e que fundou a
chamada “meditação transcendental”. É difícil dizer se
os seguidores deste astuto milionário estão simplesmente
hipnotizados ou mentindo quando dizem quanto a ele
levitar. Pode até ser possível que alguns deles possam
levitar, brevemente, mas não a vontade. O fenômeno é
muito provavelmente não sujeito à volição, exceto em
altos Iniciados, que normalmente não têm tempo ou
energia para desenvolver isso a este ponto – nós temos
outras prioridades...
[Essa foi foda, Sr. Motta!]
...Obviamente, seria edificante o Sr. Randi ver o fenômeno
acontecer sob condições de laboratório, mas um dos
problemas é que o Yogui teria que ser extremamente
avançado em concentração, a fim de ser capaz de
alcançar o tipo de condição em que a levitação
consciente pudesse ocorrer na presença de testemunhas e
máquinas de gravação, e é improvável que qualquer
Yogui legítimo se daria ao trabalho de fazer isso.
Entretanto, cientistas poderiam tentar duplicar os
fenômenos da Yoga por si mesmos, e podem pensar em
lugares menos satisfatórios para a prática da Yoga que a
reclusão de seu próprio laboratório. Eu posso
testemunhar pessoalmente para o tipo especial de
transpiração e à rigidez automática, posto que eu
consegui esses mesmos...
[Esses comentários falam muito sobre uma fase tola e
amadora na pratica de Raja Yoga, como um adolescente
cabaço que acredita estar trepando com Afrodite só porque
beijou a boca podre de uma puta de gueto. Isso é nada! É
como dar-se por satisfeito com os arrepios de simplórias
caricias ao invés de prosseguir para o coito e extasiar-se
em múltiplos orgasmos].
...Mas quando os tremores do terceiro estagio começaram
a acontecer comigo, eu alcancei Dhyana, certas ideias e
abandonei Yoga completamente, considerando que eu
tinha conseguido o resultado que eu estava buscando...
[Agora é matemática! Quando isso foi escrito por ele?
Motta tinha problema de nervos, ele não conseguia dominar
Asana por esse motivo. Porem, o que é o pobre Dharana ou
o miserável Dhyana para lhe dar a mais leve certeza – ou
incerteza – sobre qualquer mínima coisa sobre a Terra se
nem mesmo Samadhi é o suficiente; quiçá UMA ou DUAS
únicas ocorrências de estágios “inferiores” a este!
Meu comentário é apenas um complemento ao que já esta
mais do que bem descrito em Livro Quatro Parte I, e la,
muito bem comentado por Motta. Apesar dele ter capado
uma boa parte da introdução do livro, sabe se lá o porque...
Voltando ao assunto, a coisa toda é exatamente como em
Livro Quatro, salvo suas variações. Mas em suma não
muda. Aqui em Magick With Tears os comentários de
Motta são um pouco inocentes e ate mesmo infantis; depois
que ele voltou para o Brasil ele cresceu e amadureceu a
força mesmo. É importante portanto, antes de tomar a ideia
de um autor como sendo sua definitiva linha de ação, saber
ONDE, QUANDO, COMO E PORQUE aquilo foi escrito.
Ele ainda estava em desenvolvimento, e uma coisa não se
pode negar, ele foi corajoso em entregar sua vida a Obra.
Por isso muito do ponto de vista dele aqui muda, se
comparado com seus trabalhos mais recentes. Eu mesmo
tenho Liber LXV comentado por ele em grande estima. Ele
fez um trabalho primal e único nesta edição do Equinócio,
no Brasil. Mas isto também não quer dizer que eu concorde
com os métodos com que ele conduzia as coisas, ou seus
supostos herdeiros...]
...Os cientistas poderiam ao menos tentarem verificar sua
veracidade antes de nega-las; afinal, não é este que é o
Método da Ciência? O Sr. Randi, por exemplo, poderia
tentar. Mas é preciso, como eu disse antes, ter a
necessária coragem para enfrentar as muito terríveis
sensações da aproximação da loucura e/ou morte
iminente. Verdadeiros Yoguis são provavelmente ainda
mais difíceis de se encontrar do que verdadeiros
patriotas, verdadeiros estadistas, verdadeiros Cristãos. –
Motta.
[Essa sensação de “aproximação da morte iminente” não
pode ser confundida com a aproximação de “outra coisa”.
Mas, como o objetivo não é a aproximação de coisa
alguma... Pentagrame qualquer “coisa” que você sinta se
aproximar ou Corte-se conforme Liber III, ou seja corajoso,
ou corajosa, e continue seu treino ignorando o que quer que
seja que ocorra, mesmo que seja sua morte mesmo! Mas em
geral isso são apenas artifícios da mente pra tirar você do
caminho. Nada além disso. Ignore a bastarda e continue. E
se não for, paciência, como em todo negocio serio, nao ha
garantias.]
Pessoalmente, eu alcancei Bhuchari-Siddhi um bom número
de vezes; mas nunca observei o N° 4. Em várias ocasiões,
outras pessoas já me viram levitando, embora nunca a uma
altura de mais de um pé mais ou menos. Aqui esta o melhor
relato de tal incidente, daqueles que tenho imediatamente à
minha disposição.
Em seguida ele relata uma citação de Virakam publicada
em Magick e Misticismo. – Motta.
“Quase meia-noite. Neste momento paramos o ditado, e
começamos a conversar. Então Fra. P. disse: “Ah, se eu só
conseguisse apenas ditar um livro como o Tao Te Ching!”...
Ele não ditou, mas escreveu, pelo menos um livro tão bom
quanto, O Livro das Mentiras Assim Falsamente
Chamado, que nós iremos reemitir comentado. – Motta.
“... Então ele fechou os olhos como se para meditar. Pouco
antes eu havia notado uma mudança em sua face, muito
extraordinária, como se ele já não fosse a mesma pessoa,
de fato, nos dez minutos que estávamos falando, ele parecia
ser qualquer número de pessoas diferentes. Eu
particularmente notei que as pupilas de seus olhos estavam
tão dilatadas que todo o olho parecia negro. (eu estremeço
e tenho um sentimento de tremor interno, simplesmente ao
pensar na noite passada, que eu não tenho palavras pra
descrever). Então, lentamente o quarto inteiro encheu-se de
uma luz amarela grossa (dourado profundo, mas não
brilhante. Eu não me refiro a deslumbrante, mas suave.)
Fra. P. Parecia uma pessoa que eu nunca tinha visto antes,
mas que eu parecia conhecer muito bem – a sua face,
roupas e tudo eram do mesmo amarelo. Eu estava tão
perturbada que olhei para o teto para ver o que causava
aquela luz mas só podia ver as velas. Então, a cadeira em
que ele estava sentado parecia erguer; era como um trono, e
este parecia subir; ele parecia estar dormindo ou morto,
mas este certamente já não era Fra. P. Isso me assustou, e
eu tentei entender olhando em volta da sala; quando olhei
para trás a cadeira estava levitando, e ele ainda estava da
mesma forma. Eu percebi que estava sozinha; e pensando
que ele estivesse morto ou desmaiado – ou alguma outra
coisa terrível – eu perdi a consciência.
(Esse discurso tem sido deixado assim inacabado: mas só é
necessário acrescentar que a capacidade de extrair o mel
espiritual, a partir destas flores promissoras é a marca de
um adepto que tem aperfeiçoado a sua Taça Magica. Este
método de exegese Cabalística é uma das melhores
maneiras de exaltar a razão para a consciência superior.
Evidentemente, isto foi iniciado por Fra. P., em um
momento em que ele ficou completamente concentrado e em
transe.)”
[Livro Quatro, Parte II, Nota de Virakam]
Note que isso não tem nada a ver com qualquer Pranayama.
Parece uma questão de concentração extática, que escolheu
este modo de expressão em vez de trazer-me em Samadhi,
embora isso também ocorreu em alguns dos casos.
Desse jeito que esta não é um relato totalmente completo do
negocio todo; mas eu justamente acabei de lembrar – está
na minha Autohagiografia.
Pranayama produz, primeiro, um tipo peculiar de
transpiração; segundo, uma rigidez automática dos
músculos; terceiro, um fenômeno muito curioso que leva o
organismo, embora ainda muito rígido, a dar pulinhos em
várias direções. Parece como se estivesse de alguma forma
levitando, possivelmente uma polegada do chão [+/-
2.5mm], e lançado gentilmente a uma curta distância.
Eu vi um caso muito marcante disto em Kandy. Quando
Allan estava meditando, era meu dever trazer a sua comida
calmamente (de tempo em tempo) na sala adjacente, quando
ele estava trabalhando. Um dia, ele perdeu duas refeições
sucessivas, e eu pensei que deveria olhar no seu quarto
para ver se estava tudo bem. Devo explicar que eu conheço
apenas duas mulheres europeias e três homens europeus que
poderiam sentar-se na atitude chamado Padmasana, que é
normalmente vista em imagens em que o Buda está sentado.
Destes homens, Allan foi um deles. Ele podia dar tao bem
um nó nas pernas que, colocando as mãos no chão, ele
podia balançar o corpo para frente e para trás no espaço
entre elas.
[Baddha Padmasana tambem é muito difícil...]
Quando olhei no seu quarto eu não encontrei ele sentado em
seu tapete de meditação, que estava no centro da sala, no
ponto mais distante da janela, mas em um canto distando
dez ou doze pés, ainda em sua posição de nó, repousando
nua cabeça e ombro direito, exatamente como uma imagem
de cabeça pra baixo. Eu coloquei ele da forma certa, e ele
saiu de seu transe. Ele estava completamente inconsciente
de que algo incomum tinha acontecido. Mas ele tinha
evidentemente sido jogado ali por forças misteriosas
geradas pelo Pranayama.
Não há qualquer dúvida sobre esse fenômeno, é bastante
comum. Mas os Yoguis afirmam que o movimento lateral é
devido à falta de equilíbrio, e que se estiver em um perfeito
equilíbrio espiritual subiria diretamente no ar. Eu nunca vi
nenhum caso de levitação, e hesito dizer que tem
acontecido comigo, eu penso que realmente fui visto por
outras pessoas, em várias ocasiões, aparentemente
suspenso no ar. Para os três primeiros fenômenos eu não
encontrei nenhuma dificuldade em devisar explicações
fisiológicas bem simples. Mas eu não pude formar uma
teoria de como tal prática pode contrariar a força da
gravidade, e eu estou dê regenerado demais para permitir
que isso me faca cético sobre a ocorrência da levitação.
Ainda assim, as estrelas estão suspensas no espaço. Não há
a priori motivos para que as forças que as impedem de
correrem juntas não devam entrar em operação no que diz
respeito a Terra e o corpo.
A parte de Allan disto é a melhor evidência na minha
disposição. Ele não poderia ter chegado onde ele chegou
pulando, e ele não poderia ter entrado naquela posição
intencionalmente; ele deve ter sido levitado, perdido o
equilíbrio, e deixado de pernas para o ar. Em todo o caso,
não há nenhum traço de fascinação sobre isto, como pode
ter havido na observação de Soror Virakam.
Sobre a invisibilidade, agora? Disso eu tenho tanta
experiência que o mero esboço poderia nos levar muito
além dos limites de uma carta. No México, DF, eu trabalhei
para adquirir o poder por meio de ritual. Eu trabalhei
desesperadamente duro. Eu cheguei ao ponto onde a minha
imagem inteira tremulava, um pouco como nos primeiros
filmes faziam muito. Possivelmente trabalhado mais, depois
que mais habilidade tinham chegado ate mim, eu poderia ter
feito o truque. Mas eu não persisti quando eu descobri
c o m o fazê-lo pela fascinação. (Aqui estamos nós,
finalmente!)
Grosseiramente, isto é como fazê-lo. Se alguém está
concentrado ao ponto que aquilo que você está pensando é
a única realidade do Universo, quando você perde toda a
consciência de quem e onde você está e o que você está
fazendo, parece como se essa inconsciência fosse de
alguma forma contagiosa. As pessoas ao seu redor apenas
não podem ver ninguém.
Houve um tempo, na Sicília, que isso acontecia quase todos
os dias. Nosso grupo, passeando pela nossa baía balnear –
a mais bela vista deste tipo que eu já vi – sobre uma colina,
onde não havia cobertura para um coelho, perderam me de
vista, olharam, e não me encontraram, embora eu estivesse
andando no meio deles. No inicio, espanto, confusão;
finalmente, tão normal como tinha que ser: “Ele ficou
invisível novamente”.
De fato eu me lembro muito vividamente de um incidente;
um velho amigo e eu estávamos sentados frente a frente nas
poltronas diante de uma grande fogueira, fumando nossos
cachimbos. De repente ele perdeu-me de vista, e realmente
gritou alarmado. Eu disse: “o que há errado?” isso quebrou
o feitiço; e lá estava eu, todo presente e correto.
Eu ouvi-a murmurar “Transmutações? Lobisomens?
Falcoes Dourados?” Bastante provável; é hora de tocarmos
nisto.
Certos tipos de animais aparentam, se a tradição tem algum
peso, terem uma curiosa qualidade que – simpatia? Eu
duvido que essa seja a palavra, mas eu não consigo pensar
em nada melhor – lhes permitem por vezes assumir a forma
humana. Nº1 – e os deais que também concorrem – é o selo.
H á todo um corpo de literatura sobre o assunto. Em
seguida, vêm os lobos, hienas, grandes cães do tipo de
caça; ocasionalmente leopardos. Contos de gatos e
serpentes são geralmente o contrário; isto é o humano
(quase sempre do sexo feminino) que assume essas formas
por feitiçaria. Mas o Egito antigo, literalmente, adorava
esse tipo de coisa. Os papiros são cheios de fórmulas para
operar tais transmutações. Mas eu acho que isso era na
maior parte permitir algum relaxamento para o espírito do
morto;...
Ou morta. As tumbas das mulheres igualmente continham
esses papiros. – Motta.
...ele beliscou fora de seu sarcófago, e pintou na cidade
com todas as cores do arco-íris a forma de um animal ou
outro.
A única experiência que eu tenho de qualquer coisa desse
tipo foi quando eu estava nas águas do Pacífico, na maior
parte em Honolulu ou Nippon. Eu praticava Projeção
Astral. Uma irmã da Ordem, que viveu em Hong Kong, me
ajudou...
Esta foi Elaine Simpson, querida “Fidelis”. Veja Equinox
V 4, com o subtítulo de “Sexo e Religião” para ela. –
Motta.
...Eu fui visitá-la, e o símbolo do perfeito sucesso seria que
eu deveria bater num vaso da cornija da lareira. Marcamos
determinados dias e horas – com alguma inaptidão, no meu
tempo – a distância dela foi crescendo constantemente para
eu pagar a minha visita. Nós tivemos alguns resultados
notáveis; nossos registros da entrevista utilizaram de uma
precisão surpreendente, mas o vaso permaneceu intacto!
Esta não é uma das minhas notórias digressões; e essa é a
forma como a transmutação vem. Primeiro tomei a forma de
um falcão dourado, e retomei a minha própria forma, após
pousar em seu “templo” – uma sala que eu tinha montado ad
hoc –a operação inteira tornou-se incomparavelmente mais
fácil. Não vou entrar em hipóteses do porquê isso deveria
ter sido assim.
Um pouco mais de quatro anos depois – entretanto,
tínhamo-nos encontrado e trabalhado em Magick juntos –
nós retomamos essas experiências em uma forma
ligeiramente diferente. O sucesso foi muito maior; mas
embora eu conseguisse move-la, e até mesmo os objetos
que ela estava tocando, eu não conseguia fazer nenhuma
impressão em objetos inanimados a uma distância dela. O
comportamento de seus cães, e de seu gato, era muito
curioso e interessante. O mais estranho de todos surgiu
como essas “dobras no Tempo” que a ciência profana está
apenas começando a discutir. Exemplo: em uma ocasião os
nossos registros de uma “entrevista” concordaram com
precisão extraordinária; mas, comparando as notas,
verificou-se que devido a algum erro de cálculo estúpido
meu, tudo acabou em Hong Kong algumas horas antes de eu
ter começado a partir de Honolulu! Novamente, não me
pergunte porquê, nem como, nem nada!
O parágrafo seguinte foi cortado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
Falando de Dobras no Tempo, eu agora vou manter a minha
já referida má notoriedade...
Significado, a sua suposta tendência para divagar. A
palavra “asynartete” que ele usa vem do grego e significa
“não conectado”. É de uso comum na poética para indicar
dois versos consecutivos que não têm o mesmo ritmo. –
Motta.
...– A história é totalmente asynartete de fascinações de
qualquer variedade – recontando o que é, de longe, o
conjunto de fatos mais inexplicáveis que já chegaram ao
meu caminho.
No verão de 1910 e.v. eu estava vivendo na Victoria Street
125, em um estúdio convertido em Templo por meio de um
Círculo, um Altar e o resto. A oeste do Altar tinha uma
grande lareira com uma guarda no canapé; a parede do leste
estava coberta com prateleiras. Inclua o falecido Theodor
Reuss, O.H.O. e Frater Superior da O.T.O.. Ele queria
juntar-me a esta Ordem. Eu recomendei-lhe repetir na
língua politer o Experimento Novocastrian. Destemido, ele
insistiu: “Mas você deve”.
(Agora nós vamos retroceder ou avançar, eu não sei qual,
para uma noite quando eu me encontrava preso em Londres,
eu pedi por hospitalidade a uma estranha; que foi
prontamente concedida. Algumas horas depois, minha
anfitriã adormeceu; Eu não conseguia fazê-lo; alguma coisa
estava me importunando. De repente eu peguei meu caderno
e escrevi certa passagem em um determinado livro, uma vez
publicado)...
“Você Deve!” Ele insistiu: “Você tem publicado o segredo
d o 9° degrau da OTO, e você deve tomar o juramento
correspondente.” “Eu não tenho feito nada do tipo. Eu não
sei o segredo. Eu não quero saber disto. Eu não...” Ele me
interrompeu; ele atravessou a sala; ele pegou um livro das
prateleiras; ele abriu isto; ele empurrou-o para debaixo do
meu nariz; ele apontou uma passagem com um índice
minatório. Eu comecei a gaguejar. “Sim, eu escrevi isto. Eu
não sei o que isso significa; Eu não gosto disso, eu só
coloquei isso porque foi escrito em circunstâncias bastante
curiosas, e eu era muito preguiçoso – ou talvez um pouco
medroso para rejeitá-lo e escrever o que eu queria”. Ele
prendeu-se em um ponto: “Você não sabe o que isso
significa?” Repeti que não, mesmo agora que ele tinha
reclamado que é importante. Ele explicou-me, como a uma
criança. Eu estava meramente surpreso; isto não soava
possível. (Irmã, tudo isso enquanto eu estava mentindo para
você como um Arcebispo; isto é conectado com
fascinações; de fato, isto tem muito pouco a ver com
qualquer outra coisa!)
Finalmente, ele me conquistou, eu desci para o seu G.H.Q.,
tomei os Juramentos, fui instalado no Trono do X° da
O.T.O. como Soberano Grão-Mestre Geral Nacional, e
começou a estabelecer a Ordem de acordo com o intuito.
Bem, você diz, isso é uma história muito simples, nada de
especialmente difícil de se acreditar nela.
É verdade, mas considere as datas.
Aquela cena na [Rua] Victoria Street, é tão clara e vívida
em minha mente, em cada detalhe, como se fosse ontem.
Esse segredo é publicado apenas nessa passagem do livro.
E – o livro não foi publicado até três anos depois, e de um
endereço que em 1910 e.v. Eu não tinha tanta coisa
pensada. A data da minha adesão a O.T.O. (que, por sinal,
tomba cada princípio e plano que eu ja tenha mantido
alguma vez) é igualmente certo em virtude de escritos
publicados posteriormente.
Agora vá e explique isto!
A explicação mais simples, claro, é que ele estava
enganado quanto à data. Isto, também, está relacionado
com fascinação. – Motta.
Bem, eu dei-lhe um relato justo de alguns dos principais
fascínios; quanto ao resto, encantamentos, feitiçarias,
inibições e todo esse lote, basta se eu disser que eles
seguem as regulares Leis de Magick; em alguns, o fascínio
apropriado desempenha um papel de destaque, em outros, é
pouco mais do que andar e dizer “Meu senhor, a carruagem
espera!” Mas – mesmo que possa ser feito bem ou mal, um
pequeno erro poderá funcionar como uma poderosa
travessura.
Isto certamente pode. Eu tenho visto isso sendo feito
pelos outros, e eu mesmo tenho feito-o sozinho. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 26: Processos Mentais –Somente Dois São Possíveis
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Ciência “oculta” é a mais difícil de todas essas. Por um
lado, o seu assunto inclui a totalidade da filosofia, da
ontologia e da metafísica até a história natural. Mais, o
muito rarefeito e recôndito dessas tem uma influência direta
sobre a condução da vida nestes detalhes mais materiais, e
o simplíssimo estudo de assuntos aparentemente terrenos
como botânica e mineralogia nos conduz aos mais abstrusos
cálculos do imponderável.
Com que armas, então, nós estamos para atacar tão
formidável fortaleza?
O mais importante é o pensamento claro.
Em uma carta anterior eu tenho lidado até certo ponto com
este assunto; mas isto é tão importante que você deve me
perdoar se eu retornar a este, em seu comprimento, desde o
início, e em detalhe.
Vamos começar mas tendo a nossa própria mente limpa de
todas as ambiguidades, ignorando para os propósitos deste
argumento todas as sutilezas metafísicas. Eu quero limitar-
me à perspectiva do “homem simples”.
O que nos fazemos quando nos “pensamos”?
Existem duas operações, e apenas duas, possíveis ao
pensamento. No entanto uma afirmação que possa parecer
complexa, pode sempre ser reduzida a uma série de um ou
outra destas....
[Destas duas únicas operações possíveis ao ato de pensar].
...Se não, é uma afirmação simulada; disparates disfarçados
de sentido no casaco da verborreia e da verbosidade.
Análise e Síntese; ou,
Subtração e Adição.
1. Você pode examinar A, e descobrir que ele é composto
por B e C. A = B + C.
2. Você pode descobrir o que acontece com B quando você
adiciona C a ele. B + C = A.
Como você pode observar, os dois são idênticos, apesar de
tudo; mas o processo é diferente.
Exemplo: Eleve o Óxido de Cobre a uma temperatura muito
alta; você vai obter cobre metálico e gás oxigênio. Cobre
quente em um fluxo de oxigênio; você obtém óxido de
cobre.
Você pode complicar tais experimentos indefinidamente,
como quando uma análise de alcatrão de hulha, ou sínteses
de produtos complexos como o quinino destes elementos;
mas sempre se pode descrever o que acontece como uma
série de operações simples, com qualquer um tipos
analíticos ou sintéticos tipos.
(Eu me pergunto se você se lembra de uma passagem
maravilhosa em Anatole France, onde ele interpreta uma
“exaltado” instrução mística, primeiro dando às palavras o
seu significado como imagens concretas, quando ele recebe
um hino magnífico, como uma passagem do Rig-Veda;
segundo, escavando até o significado original, com um
efeito cômico e ate um pouco irreverente. Eu temo não ter
ideia de onde encontrar isto; em uma das minhas “possíveis
e finais” compilações é mais provável Então, por favor,
procure alguém; você não terá perdido o seu tempo!)
Eu exprimo criticismo como “Definição é impossível”;
“ To d o s os argumentos são circulares”; “Todas as
proposições são tautológicas”. Estes são verdadeiros, mas
se é obrigado a ignorá-los em todos os debates práticos.
Isso tem sido colocado em um tipo de texto, porque a
primeira pedra de tropeço para estudo é a pessoa nunca ter
qualquer certeza quanto ao que o autor quer dizer, ou pensa
querer dizer, ou está tentando persuadir que ele quer dizer.
Tente algo simples: “A alma é parte de Deus.” Agora então,
quando ele escreve “alma” que ele quer dizer Atma, ou
Buddhi, ou Manas Superior, ou Purusha, ou Yechidah ou
Neschamah, ou Nepheshch ou Nous, ou Psique, ou Phrēn,
ou Ba, ou Khu, ou Ka, ou Animus, ou Anima, ou Seele, ou o
quê?
O próximo parágrafo foi retirado da “edição” do Sr.
Regardie, por razões que não devem ser óbvias para
ninguém além de um membro da “Maioria Moral”, em
que, sem dúvida, o Sr. Regardie deve ser incluído. –
Motta.
Como todo mundo, ele vai anular a si, criar “Deus” em sua
própria imagem; é perfeitamente inútil indagar o que quer
dizer com isso que pode acontecer.
Isso, claro, inclui tanto o lendário “Moises” e a Sra.
Gloria Steinem. – Motta.
Mas [Agora até] mesmo esta muito simples palavra “parte”.
Será que ele quer dar a entender uma afirmação
quantitativa, como quando se diz que seis pences é parte de
uma libra, ou de um fator indispensável, como quando
alguém diz “A roda é parte de um carro a motor"...
A frase seguinte também foi extirpada pelo Sr. Regardie
pela mesma razão ele extirpou o parágrafo revelado
acima. – Motta
...(“Parte” significa realmente “um quinhão, aquilo que é
provido”, acordando com Skeat; e eu estou mais próximo
do local onde Moisés esteve depois que o candeeiro passou
do que eu estava antes!)
Isto é, claro, no escuro. – Motta.
O fato é que muito poucos de nós sabemos o que as
palavras significam; menos ainda se dão ao trabalho de
perguntar. Nós calmamente, nós descuidadamente supomos
que nossas mentes são idênticas ao do escritor, pelo menos
nesse ponto; e então nós nos perguntamos se deverá haver
mal-entendidos!
O fato é (de novo!) que geralmente nós realmente não
queremos saber; é tão mais fácil ficar a deriva do rio do
discurso, “preguiçosamente, preguiçosamente,
sonolentamente, sonolentamente, no sol do meio-dia”.
Por que é tão satisfatório? Porque embora não possamos
saber o que uma palavra significa, a maioria das palavras
têm uma conotação agradável ou desagradável, cada uma
por si, quer por causa das ideias ou imagens, assim
geradas, de esperanças ou memorias que são despertas, ou
meramente o som da própria palavra . (Eu tenho saído em
um mês de jornada a minha maneira para visitar uma
cidade, só porque eu gostei do som do seu nome!).
Então há os dispositivos: estilo–ritmo, cadência, rima,
ornamentação de mil tipos. Acho que pode-se assumir que
o bom escritor faz uso de tal artifício para deixar claro o
sentido; o escritor ruim para obscurece-lo, ou para
esconder o fato de que ele não tem nenhum.
Sempre os inocentes. Ele esquece o escritor de estilo
excepcional que deliberadamente usa toda sua técnica
para fazer passar uma falsa ideia como se fosse verdade.
– Motta.
[Ele não esqueceu, ele o Fez, com Fernando Pessoa!]
Um dos melhores itens do sistema de educação na Abadia
em Cefalu foi o ensaio semanal. Todos, incluindo crianças
de cinco ou seis anos, tiveram que escrever sobre “O
Problema da Habitação”, “Por que Atenas Decaiu”, “O
Sistema do Casamento”, “Ética Budista” e similares; o
assunto não importa muito; o ponto foi que era preciso
descobrir, arranjar e condensar as ideias deles sobre isto, a
fim de apresentá-las em um determinado número de
palavras, 93 ou 156, ou 418 mas nem mais nem menos. Uma
excelente disciplina para qualquer escritor.
O Sr. Regardie, no entanto, preferiria provavelmente um
limite de 365 palavras e meia. Os dois últimos parágrafos
da carta recontam a historia dos candidatos surdos da
O.T.O. em uma carta anterior. Parece provável que esse
foi o incidente que deu a ideia para Crowley do Ensaio
semanal da Abadia. – Motta.
Eu tive uma maravilhosa lição para mim mesmo alguns
anos antes. Eu tinha cortado um certo ritual de iniciação
para algo que eu achava que eram os ossos muito mais
básicos, principalmente para tornar mais fácil de
memorizar. Então veio um candidato que era surdo – e não
apenas “um pouco difícil de ouvir”; seu tímpanos foram
rompidos – e a questão era Como?
Tudo certo para a maior parte disto; pode-se mostrar-lhe as
palavras datilografadas em folhas. Mas, durante parte da
cerimônia ele [teria que ser] era ludibriado; um [ritual] foi
reduzido para o alfabeto surdo-mudo concebido para essas
ocasiões. Eu sou tão desastrado e estúpido como sou na
maioria das coisas, e preguiçoso, infernalmente preguiçoso,
em cima do que...
Ah, com certeza. Ali estava ele, quase com setenta e dois
anos de idade, escrevendo longas cartas para imbecis. –
Motta.
...Bem, quando ele chegou num ponto, a comunicação com
a s palavras tornaram-se abominavelmente,
insuportavelmente entediante. E então! Então eu descobri
que cerca de dois terços do meu “absolutamente essencial”
do ritual não foi necessário em tudo!
Isso larned ‘im.
A expressão acima, que Crowley pareceu gostar, foi,
naturalmente, usada por Mark Twain em Huckleberry
Finn. – Motta.
[Livro que virei do avesso e não encontrei a citação no
original em Inglês. Fico aberto a sugestões.]
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 27: Estrutura da MenteBaseada Naquela do Corpo
(Haeckel e Bertrand Russell)Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Foi o súbito aguaceiro no final da minha última carta de
certa forma surpreendente, e mais ainda chocante? Anime-
se! O pior ainda está para vir.
A referência obviamente não é conectada com a carta
anterior neste livro; esta deve ter sido uma carta muito
pessoal para ser incluída, ou alguns parágrafos da
mesma sorte, ou uma carta incluída em outra parte da
série. O próximo parágrafo foi retirado na “edição” do
Sr. Regardie. – Motta.
Isto é onde o pensamento limpo – um assunto cuja margem
Eu me lembro de ter tocado – ganha a Medalha de Ouro da
Royal Human Society.
É certamente um sábio curso aceitar os fatos simples; ao
tentar explicá-los ou exclui-los, é certo envolver alguém em
um turbilhão de sofismas; e quando, apesar destes esforços
louváveis, os fatos saltarem para cima da terra e derem um
curto jab no ponto, é ainda pior do que antes.
Isso tem de ser dito, porque Sammasati é seguramente uma
das mais úteis, bem como um das mais confiáveis e mais
gerenciáveis, armas no arsenal do Aspirante.
Você parou-me, obviamente, com uma demanda por uma
explicação pessoal. “Como é”, você escreve, “que você
rejeita com tão imitigável escarnio os próprios alicerces do
Budismo, e contudo refere os discípulos entusiasticamente
para a técnica de algumas das sutilíssimas
superestruturas?”
O que a questão prova, é claro, é que a senhora não pode
erguer sua mente acima das cadeias do dogma mais do
que podem os Papas de Roma. Hitler pode ter sido um
vilão, Begin pode ser um vilão; contudo Hitler foi um
grande organizador e Begin é um político astuto. Tanto
quanto este escritor foi capaz de verificar, o único credo
da espécie humana (?) que não tem recursos gratificantes
de qualquer tipo é o Cristismo; isto porque, sendo uma
falsificação deliberada da verdade, é podre por dentro, e
a podridão permeia todas as suas facetas. À primeira
vista, pelo menos, as suas disciplinas emocionais parecem
merecerem atenção, mas elas estão contaminadas pelos
complexos de culpa e pecado. Liber 175 inclui e
ultrapassa Francisco de Assis, Francisco Xavier, Juan de
La Cruz e Inácio de Loyola em cada detalhe. Dos místicos
Crististas, apenas aqueles considerados pouco ortodoxos,
como Molinos e Kempis, são mesmo remotamente leituras
uteis para os Aspirantes. Os outros, naturalmente, fazem
interessante seu estudo para parapsicopatologistas. –
Motta.
[Molinos é excelente para quem consegue ler as
entrelinhas! Sobre tudo a quem estiver em real probação,
ou seja, as Ordálias da A�A�]
Eu dou risadas. [No original “I Laff!”]
É a velha história. Quando o Buda estava fazendo
experiências e registrava os resultados, ele estava em
terreno seguro: quando ele começou a teorizar, cometendo
(incidental) inumeráveis crimes lógicos no processo, ele
não foi melhor do que um adivinho da próxima porta do
Arahat, ou para esta matéria, o Arahat é a Lady Char.
Esta “Lady Char” não é uma membra da nobreza. A
expressão refere-se a Britânica “faxineira”, e pode ser
traduzida aproximadamente como “serva doméstica”. –
Motta.
[Vulgarmente chamadas de “Empregadas” aqui no Brasil.
Um termo sexista-preconceituoso e degradante para toda e
qualquer fêmea humana – mesmo a Exm. Presidenta da
Republica Federativa do Brasil Dilma, sic! – porque
empregada é toda mulher contratada em regime de CLT e
não apenas a que presta serviços domésticos! Aliais, a
prostituição mui certamente deveria ser assim também
enquadrada, não é mesmo?]
Então, se você não se importa, vamos olhar um pouco sobre
este assunto do Sammasati: o que é isto e quando está em
casa?
Pode ser não mais do que uma fantasia pessoal, mas acho
que a tradução de Allan Bennett do termo, “Recordação”, é
o mais próximo que alguém pode chegar em Inglês.
[Bom, vamos ver um interessante detalhe. A palavra
empregada no original em Inglês, por Crowley, foi
RECOLLECTION. Temos duas palavras formando o
conceito: Re e Collection. “Re” é o mesmo que novamente,
voltar, da o sentido de continuidade nos verbos. Já
“collection” é coleta, acervo. Re-Coletar não me parece tão
mal para um entendimento do que Crowley vai discernir em
breve...]
Um pode esticar um pouco o significado para incluir Re
Coleta, que implica em uma variação dos fatos e na
concepção deles em uma estrutura organizada. O termo
“sati” sugere uma identificação do Ser com o Conhecimento
– veja O Soldado e o Corcunda: ! e ? Equinox I, 1. A parte
em que se aplica a Memoria Magica, salienta em alguns
desses expedientes, muito como é explicado em Liber
Thisarb.
O parágrafo seguinte também foi extirpado na “edição”
do Sr. Regardie. – Motta.
[Se você esta entediado de ler o comentário de Motta
acima, imagine eu!]
Mas não é um pouco estranho que a “Abominação da
Desolação deva ser criada no Santo Lugar”, do jeito que é?
Por que toda a busca-bearted para a Verdade e Beleza
divulgar tal ódio e tais elementos hediondos como
elementos necessários da perfeição absoluta?
Por que deve suportar tudo na busca pela Verdade e Beleza
divulgando tal ódio e tais elementos hediondos como
componentes necessários da Perfeição Absoluta?
Não importa o porquê, por um momento, antes vamos ter
certeza de que é assim. Não temos nenhuma razão para
esperar que este seja o caso?
Nós certamente temos.
Este é um caso onde o “pensamento limpo” é absolutamente
mais útil. A verdade é de textura requintada; esses brasões
no escudete da Unidade da Natureza em tão delicadas e
contudo contundente cores que o Postulante pode muito bem
vir assim como que para a abertura do Trance de
Maravilha; ainda teorias religiosas e pessoas perniciosas
têm erguendo-se contra o impacto muito mais robusto de
seus ouriços do prejuízo [Pré Juízo: Pré Conceito].
Quem pode nos ajudar aqui? Não os sonoros Vedas, não os
Upanishad, não Apolônio, Plotino, Ruysbroeck, Molinos;
nenhum destes respingadores de campos à priori; não, um
mero devoto da história natural e biologia: Ernst Haeckel.
Enorme, elefantina, a pilha de sua obra é quase
inacreditável; para nós uma descoberta revolucionária é
pertinente a este assunto de Sammasati e as revelações da
própria sutil estrutura íntima.
Ele descobriu, e ele demonstrou, que a história de qualquer
animal ao longo de sua evolução se repete nos estágios do
indivíduo. Para colocar de maneira crua, o crescimento de
uma criança a partir do óvulo fecundado para um adulto
repete as aventuras de sua espécie.
Esta doutrina é extremamente importante, e eu sinto que eu
não sei como dar a ênfase que ele merece. Eu quero ser
excepcionalmente acurado; contudo o uso de seus
meticulosos termos científicos, com um arsenal de citações,
quase certamente resultará na sua falta, “incapaz de ver a
madeira pelas árvores”.
Deixe-me colocar que o corpo é formado por superposição
[sobreposições] de camadas, cada uma representando uma
fase da história da evolução das espécies. O feto apresenta
características essenciais do inseto, réptil, mamífero (ou o
que quer que seja) na ordem em que estas classes de
animais apareceram na história do mundo.
Agora eu quero apresentar uma tese – e tanto quanto eu sei
isto é pessoal para mim, com base em meu trabalho em
Cefalu – para o efeito de que a mente é construída
precisamente nas mesmas linhas.
Se, como insistem os materialistas, a mente é apenas uma
função do corpo, isto seria um corolário imediato para o
acima. – Motta.
Você vai se lembrar da minha nota no sobre “Quebras” na
meditação e como uma melhoria gradual da prática resulta
na barragem da saída de certas classes de ideias, pelas
classes. A pronta entrega, os recentes pensamentos
fugitivos vem primeiro e primeiro eles se vão. Depois os
acontecimentos do dia anterior ou mais, e as preocupações
da mente para aquele período. Em seguida, chega-se à
camada de devaneios e outras formas do fantasma-desejo;
então criptomnésia fica atarefada obtendo os incidentes da
infância e afins;...
Talvez o leitor esteja começando a entender de onde L. Ron
Hubbard teve as ideias para o seu Dianética e os contras da
Cientologia. – Motta.[De memorias plagiarias
inconscientes – Criptomnésia. Este paragrafo de Crowley é
extremamente importante, sobre tudo a quem esta a se
aventurar em Liber Tisharb!].
...ha intrusão de classe “atmosféricas”, onde não se pode
traçar a fonte da interrupção.
[Em uma carta anterior falei de como isso me ocorreu e de
como pode ser traiçoeira este tipo de “Quebra”]
Todas estas são matérias da mente consciente racional;...
As próximas sentenças, e os dois parágrafos seguintes,
incluindo o verso citado, foram retiradas pelo Sr.
Regardie. – Motta.
...e quando eu explorei e classifiquei esses fatos, nos
primeiros meses da minha prática seria de Yoga, eu não
tinha suspeita de que elas não eram mais do que a espuma
de uma taça de champanhe: ou melhor, em vez de
“O vinho negro em vasos de jade
Refrescado por todos esses meses na neve
acumulada,
Negro vinho com a purpura luz estelar em seio,
Oleosa e doce como a alma de uma donzela
marrom
Trazida do arquipélago das auroras,
Suas sobrancelhas saltam muito brilhantes
como um botão escarlate
Como o sangue dos assassinados que
floresceram livres
Quando nos reunimos os homens negros se
ajoelham”.
Quão apto estes versos são! Quão próximo são o vinho e a
neve para a luxuria e matança!
A proximidade pode não ser evidente para sua mente ou
para a minha, mas foi para a dele. – Motta.
[Depende de ate onde seu circulo expandiu. Eu vejo
claramente a proximidade e relação nos versos acima. Mas
não vejo claramente a afirmação do Sr. Motta de que
Fernando Pessoa foi um M�T� da A�A�, coisa que a
correspondência privada do período em que este esteve em
contato com Crowley não indica...]
Eu tenho sido digressivo, por tudo isso; voltemos a nossas
cabras!
[Crowley era um MAGUS, o que vocês esperavam? Que
ele tivesse facilidade em falar claramente para mentes
limitadas, inclusive culturalmente, como as nossas???
Experimentem ler Nietzsche...]
A estrutura da mente revela sua história tal como a estrutura
do corpo.
(Capitéis, por favor, ou bata em alguma coisa que tenha que
afundar)
Assim como seu corpo estava em um estagio, o corpo de
u m macaco, um peixe, um sapo (e todo o resto), fez o
mesmo que o animal neste estagio para possuir uma mente
correlativa.
Agora, então! No curso desse tipo de iniciação conferidos
pelo Sammasati, as camadas são arrancadas muito mais do
que acontece na meditação elementar (Dharana) para a
mente consciente.
(Há uma forma de adquirir uma grande quantidade de
conhecimentos estranhos e inesperados destas questões
através da utilização do Éter Sulfúrico, (C2H5)2O, de
acordo com uma técnica especial. Eu escrevi um artigo
sobre ele uma vez, 16 pp 4 {a }, e temendo que poderia ser
perdido muitas cópias foram feitas e distribuídas. Onde
esta isto? Eu devo te escrever uma carta um dia.
[Crowley não sofria de para ou hipominesia, antes que
falem isso!]
Em conformidade, encontra-se a si mesmo experimentando
o s pensamentos, os sentimentos, os desejos de um gorila,
um crocodilo, um rato, um peixe-diabo, ou o que você
tiver! Já não se é mais capaz de pensamentos humanos, no
sentido comum da palavra; esse seria totalmente
ininteligível.
Eu deixo o resto para sua imaginação; não soa um pouco
p a r a você como alguns contos de “O Habitante do
Umbral”?
Entretanto, isto não é a mesma coisa. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 28: Necessidade de Definir“Deus”, “Ego”, etc.
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Observação sem arte! Oh, você!
Uma nota do Sr. Germer afirma: “Refere-se a uma frase
piedosa no final de sua carta”. – Motta.
Bem, eu suponho que isto é um presente – agitar o
Inferno para mais este horror abissal com uma pequena
observação enfiada no final. Escorpião!
“Eu Superior” – “Nosso Deus interior”.
[No original seria “Higher self” — “God within us”; Eu
superior – Deus dentro de nos, mas aí não seriam as cinco
palavras. Mas ambas as frases referem-se a mesma
babaquice.]
Querida Senhora,
você nunca poderia ter escolhido cinco palavras do Iroquês,
ou Banti, ou Basuto, ou do Jargão de
Mestre François Villon, ou do Picto, que isoladamente e em
conjunto transmitem menos a minha mente.
Não, não, não Menos: Eu quero dizer Mais, muito
mais que isso
equivale a nada. Spencer Montmorency Bourbon Hohenstaufen
aristocrático, e até mesmo elegante ou Ritzy; mas
se você der esses nomes para cada criança do sexo
masculino, o efeito tende a diminuir...
Esta frase foi estirpada na pirataria do Sr. Regardie, e
não se pode realmente entender o porque. – Motta.
[Saco!]
...O “Cavalheiro
Sulista” Lee Davis recentemente enforcado por violação
e homicídio, não estava numa relação próxima quer da
Assembleia Geral ou do Presidente: ele era Negro.
Uma pergunta; que deseja Regardie por “proteger” a
reputação de Crowley contra a acusação preconceito de
cor? Ou ele só quer vender mais
cópias de sua pirataria para o povo negro? Qualquer um
de qualquer inteligência e seriedade
mental que conhecia o estado no Sul dos Estados
Unidos por volta de 1945 e.v. deve saber exatamente
o que ele quis dizer com o
exemplo. Possivelmente, a descendente
de Robert Lee e Jefferson Davis realmente foi estuprada
e assassinada; mais provável, ele apenas seduziu ou
foi seduzido, e então tentou se defender contra o
tipo de mente que pensa que uma mulher é propriedade, e
que uma mulher branca só
pode ser propriedade de escravos de pele branca. Não
se pode realmente acreditar que a reputação de
Crowley importava para Regardie; já temos visto como
ele massacrou o pensamento do Mestre meramente para
servir a si mesmo, e nos temos copiosas outras
demonstrações de sua desonestidade, tanto legal
como moral. A verdadeira atitude de
Crowley para o linchamento de negros no Sul dos Estados
Unidos, a propósito, é muito clara em um dos seu
contos “Simon Iff”. Ele desaprovava completamente; e
entretanto, conseguiu entender as motivações das pessoas
que cometeram essas atrocidades muito melhor do que
elas mesmas se entendiam. – Motta.
Me de a velha pá, eu tenho que ir cavar novamente.
1. Superior. Aqui caímos direto para os braços de
Freud. Por que “superior”? Porque num pedaço é mais
fácil para estrangulá-lo se você estiver no topo. Quando as
crianças muito jovens assistem seus pais em no ato
do coito, um fato extremamente comum em quase qualquer
lugar fora da Inglaterra, e mesmo aqui onde o quarto da
casa é restrito, a criança supõe que a sua mãe, de
quem ela depende inteiramente para
nutrição, está sendo atacada pelo intrusivo estranho a quem quer que
ela dirija-se como “papai”...
Não, se a inteligência da criança excede aquela
da média estúpida; um menino ou
menina atento vai perceber que o ato é violento, porem
não raivoso, e muitas vezes obtém a primeira
floração localizada do instinto sexual a partir de uma tal
visão. O conflito só vem em mentes menos inteligentes,
particularmente nas
sociedades condicionadas pela restrição sexual. Naturalmente, para o Judeu
comum, e para o próprio Freud, sua interpretação
era apta. Foi também apta
para os Crististas médios. Mas não teria sido apta
para os ilhéus do Mar do
Sul antes, que Mark Twain disse, dos missionários Crististas lhes
ensinarem o significado de inferno; e isto não foi apto
para reação deste escritor, que está detalhada em
nossa introdução ao
Bagh I Muattar em Equinox V 4. Análise de Wilhelm
Reich do instinto sexual em crianças é muito mais sábia
do que a de Freud; mas então, como nós apontamos
anteriormente, Freud, embora um gênio, trabalhava com
uma grande desvantagem, pobre
companheiro: ele nunca havia sido psicanalisado ou
submetido aos treinamentos Telemicos! – Motta.
[Freud foi um gênio do qual a maioria nem remotamente no
mais entorpecidos dos sonhos se aproximará! Muito do que
temos não existiria se não fossem pelos erros e acertos de
pioeneiros como Freud, Jung entre outros.]
...A partir desta semente brota uma “sob a força
do complexo”, dando origem mais tarde, em certos
casos, a legiões inteiras de neuroses.
O problema é, entretanto, um pouco mais amplo do
que isso. A maioria das sociedades pressupõem que o que
é “maior” é “melhor”. Isso não está
relacionado apenas a Freudiano-Judaico-
Cristista desligamento sexual; isto é
relacionado com o simples fato da força
bruta. Se isto for mais alto que você, normalmente isto
é maior que você, e se isto for maior do que você, isto
é maior do que pela simples razão de que isto pode bater
nos demais viventes de merda fora de você. Isso
vem do próprio lodo primitivo. Se as
mulheres fossem fisicamente maiores do que os
homens, é muito provável que o
homem estaria lutando para uma E.R.A. agora, ao
invés do contrário. A Sociobiologia merece um
estudo sério de estadistas e de juristas, mas
é improvável de obter isto ao longo da duracao da
prejudica Cristista na mente humana média. – Motta.
Entao agora farei isto um pouco mais claro, por
favor, apenas o que você quer dizer com “maior”.
Skeat parece ligá-lo com colinas, inchaço, bolhas, o seio
materno; é motivo o suficiente para nos conectarmos com
a idéia de vantagem, ou – “superioridade”
meramente traduzida do Latim! – vale a pena, ou – não,
isto é realmente muito difícil. Claro que, às vezes tem um
significado “mau”, como da temperatura na
febre; mas quase sempre implica uma condição preferível a
“baixa”.
Porque sim, é claro; do ponto de
vista do animal saudável, é melhor bater do
que apanhar! Então, o “superior” simplesmente significa
que, a menos que você seja o único que olha para baixo,
você está intimidado e derrotado e subserviente. Isso está
relacionado ao masoquismo e à
capacidade da mente humana para o autoengano, a
fim de preservar uma ilusão de autorrespeito. Ele
é maior do que eu, e pode me bater, por isso, deixe-
me tentar encontrar alguns argumentos pelos quais eu
posso me convencer que é correto e apropriado que
ele seja o governante,
e eu o governado. A invenção de armas foi um longo
caminho no sentido de mudar as probabilidades materiais
neste jogo, mas as chances morais não mudaram. Pode já
não ser o maior homem ou mulher quem governa, mas ele
ainda é o homem ou mulher com a arma sexual
mais eficiente. Se isto, aliás, pode ser aplicado para os
órgãos sexuais, é difícil dizer. A mística do tamanho
do membro masculino parece ser que, quanto
maior ele for, melhor; mas a
mística do macho sobre o órgão feminino parece ser mais
rigorosa que o é, pois quanto menor,
melhor. Como observamos antes, Masters
e Johnson fizeram o seu
melhor para confundir a competitividade sexual
com o seu tipo de investigação, quando foram acima de
tudo outros cientistas em uma outra posição que
as limparam para sempre. Dada a sua reticência, e
dada o
“igualitarismo” e tendências socialista da modernamente chamada mente “liberal”, é bem possível que a
mística do tamanho do pênis seja realmente baseada
em estatísticas, pelo menos até certo ponto. Futuros
cientistas, provavelmente,
terão de trabalhar sobre isso. Se você acha que não
é importante, você não entende muito bem como o que
está entre suas pernas influência o que está entre seus
ombros. O ponto desta nota, entretanto,
é simplesmente que o conceito
de “superior” não possui qualidades “edificantes” para isso
(eu realmente acho que é difícil resistir a um trocadilho.)
isto meramente indica o reconhecimento do
escravo de seu estado de subjugação para com seu ou
sua tirano [ou tirana]. – Motta.
[Eu penso que neste tema se tamanho de pau é ou não
importante em termos de prazeres sexuais, as únicas
pessoas qualificadas para dizerem são as que estão
recebendo. Se você tem “graciosos” 20cm e eu tenho
“desafortunados” 7cm, não faz diferença para mim e para
você. Nossos corpos tem, biologicamente, o mesmo prazer.
Pau maior não significa ter prazer biológico maior. Agora,
quanto ao prazer biológico e psicológico que você esta
dando, só quem esta recebendo pode dizer. Das mulheres
que conheci, metade diziam que sim, quanto maior mais
prazer, e outra exata metade que um pénis não muito grande
é o ideal. Mas nunca ouvi de uma mulher que um pénis
pequeno desse prazer. Conheci uma que confessou-me que
seu marido tinha uns 9cm, e que ela não tinha prazer vaginal
com ele, somente anal.
Já psicologicamente, para o homem pode fazer diferença,
como dito acima. Ou até mesmo para a mulher ou homem
que esta sendo “possuído”, se este tem predileção ou tara
pelos “Kid’s Bengalas”. Mas biologicamente eu penso que
não].
Aplicado ao “eu”, isto se torna uma espécie de nome
comercial, ninguém me diz se ele quer Khu, ou Ba,
ou Khabs, ou Ut dos Upanishad ou o Augoeides dos Neo-
Platonistas, ou Adonai de Bulwer-Lytton, ou - - aqui
estamos nós com todas essas triplamente amaldiçoadas
alternativas. Isto não é, não pode ser, qualquer significado
específico a menos que comece a soar como um bom
esqueleto da teoria ontogênica, uma bem mapeada
hierarquia do Cosmos, e defina o termo novamente.
Do ponto de vista dos espaço-viajantes, por exemplo, o
termo é totalmente relativo ou totalmente sem sentido. –
Motta.
Então, por que usá-lo? Fazer isso só pode causar confusão,
salvo se o contexto nos ajuda a esclarecer a imagem. E isso
é certamente mais uma atitude derrotista, não é?
Quando eu ajustei-me para colocar um nome para a minha
“missão” a contemplação levou-me a cruzar metade do
Sudoeste da China...
É interessante, e talvez significativo, que ele teria
concebido isso lá. – Motta.
...– Eu considerei essas alternativas. Eu pensei cortar o Nó
Górdio, e chamar isto pelo titulo de Abramelin “Sagrado
Anjo Guardião”, porque (Eu pensei) será tão inteligíveis
para os aldeos de Pu Peng como para os mais escolados
Peritos; aliais, a teoria implícita era tão crua que ninguém
precisa ficar vinculado a isto.
Mal sabia ele. O próximo parágrafo foi retirado pelo Sr.
Regardie. – Motta.
Tudo isso é besteira, como você vai ver quando chegar a
discussão sobre esse “si mesmo”: Para explanar agora
levaria a uma muito pesada digressão.
2. “Interior”. Se você não se importa, nós vamos resolver
isso agora, enquanto o “maior” é fresco em nossas mentes;
pois isto é também uma preposição. Primeiro você quer ir
para cima; depois então você quer ir pra dentro! Porquê?
Porque é “seguro”, claro. Isto está relacionado com o
troglodita, ou qualquer outro animal, refugiando-se em
sua toca. Então você vê que a combinação de
“superiores” e “interior” meramente sublinha duas das
mais antigas atitudes negativas dos seres humanos:
subserviência e retiro. – Motta.
Como “superior” deu a ideia de agressão, de conquista,
“interior” implica geralmente em segurança. Nos sempre
voltamos a essa fase da história quando a unidade social,
baseada na família, era um pouco inferior a 1º condição de
sobrevivência. A casa, o castelo, o acampamento
fortificado, o muro da cidade, a “gens”, o clã, a tribo, a
“pátria” significa estar fora de perigo de fome, frio e sede,
grupos de ataque, os ladrões da estrada, ursos, lobos e
tigres. Ir para fora era correr um risco; e, seu trabalho e
coragem sendo recursos para seus parentes, você também
seria um homem mau; na verdade, um “salafario” ou
“forasteiro”. “Debauch”é simplesmente “ir para fora das
portas!” São João diz: “Fora ficam os cães, os feiticeiros,
os devassos e adúlteros, os idólatras e...” – assim por
diante.
É claro, como tudo no “Novo Testamento”, “São João” é
puramente um pseudônimo para falsários inescrupulosos,
que tomaram tratados genuínos de místicos genuínos, nem
todos Essênios de qualquer forma, e modificaram-lo
intercalando por baixo com sectários contos interiores de
um pot-pourri de lendas de Cães Moribundos. Por uma
questão de fato, isso ocorre para anotador que ele
escreve que os forjadores dos “Evangelhos” tem uma
mente de muito mais calibre que o Sr. Regardie. É difícil
dizer o quanto este homem teria ido em sua manipulação
de textos de Crowley, se nos não tivéssemos aparecidos
em cena. – Motta.
Nós de Θελημα contestamos tudo isto rapidamente. “A
palavra do Pecado é Restrição.” (AL I, 41). Nossa fórmula,
rugosamente falando, é ir para fora e agarrar o que
queremos...
Por favor, tenha em mente que 'o que' não é 'quem', e que
a Lei é para todos. Claro, algumas pessoas não podem ser
definidas como “quem”, elas devem ser definidas como
“o que”. Mas acontece que os tiranos da humanidade,
para toda a aparente humanidade, ou mesmo super-
humanidade, são na verdade “o que” no âmago de seus
“eus”. Ele continuam a fazer isso muito claro. – Motta.
Nos fazemos isso tão completamente que nós crescemos
com isso, alargamos a nossa concepção do “eu” pela
inclusão de cada novo acréscimo em vez de permanecer no
estritamente delineado si mesmo, orgulhoso de possuir
outras coisas, como os Irmãos Negros.
Nos somos de todo o coração extrovertidos; a pena de
restringir a si mesmo é qualquer coisa da neurose descendo
direto para o lunatismo; em particular, melancolia.
Isso é correto, mesmo do
ponto de vista da psiquiatria ortodoxa, e explica o tom de
muitos tratados
místicos Crististas, especialmente aqueles dos
seus assim chamados “santos”. Tente entender, no
entanto, que este “extrovertidos” é muito mais
profundo do que simples traços
de personalidade externa. Você pode ser naturalmente uma
pessoa tímida, ou uma pessoa que se
retira; o importante é que você não deve nunca em
sua mente e alma negar a existência ou a importância de
outras coisas, especialmente aquelas
que você considera dolorosas
ou ruins. Estamos crescendo, unindo-nos por amor
sob vontade, com todas as coisas, uma de cada
vez. O leitor sério é referido para a carta com a Formula
do Aeon, 0 = 2. – Motta.
[Só não pensem que isso é fácil, de início...]
Você pergunta se estas observações não entram em conflito
com a minha repetida definição de Iniciação como No
Caminho. Não; o íntimo é idêntico com o Todo...
Se você se lembra que você deve incluir todas as
coisas, mesmo aquelas que você encontra dentro de si
mesmo e que você considera vergonhosa
ou “ruim”. Cf. LXV I 44-46 e muitas outras passagens dos
Livros Sagrados de Θελημα. – Motta.
[Segue a passagem de LXV:
44. Tu te esforças sempre; mesmo em te entregando tu teesforças por entregar-te – e vê! tu não te entregas.
45. Vai aos lugares mais externos e submete todas ascoisas.
46. Submete teu medo e teu desgosto. Então – entrega-
te].
...A medida que você viajar para dentro, você se
torna capaz
de perceber todas as camadas que envolvem o “Ser” vindo
do interior, ampliando assim o alcance de sua visão do
Universo. Isto é como o movimento de escaramuçamento da
patrulha do Quartel-General; e o motivo de fazer isto é,
obviamente, exercer o controle cada vez maior sobre todo o
Exército. Cada passo na classificação permite-lhe tanto a
ver mais quanto a fazer mais; mas a atenção é dirigida para
fora, inevitavelmente.
Quando todo o sistema do Universo é contérmino com a
sua compreensão, “para dentro” e “para fora” tornar-
se idênticos.
Isto, claro, não é “lógico” na primeira leitura. Mas o
paradoxo é o que tem sido encontrado na matemática
superior, e é solúvel em Lógica Simbólica. Ver
“Princípios da Matemática” de Bertrand Russell. –
Motta.
[Nao confundam com o livro de mesmo titulo que este
produziu com o grande matemático Alfred Whitehead, o“The Principia Mathematica”, que sao 3 enormesvolumes.]
Mas isso não vai faz de tudo para buscar alguma
coisa dentro, mas sim um ponto de vista, pela simples razão
de que não há mais nada lá!
Esta é a verdade que a “Irmandade Negra” teme acima
de tudo, e que a leva
a evitar cruzar o Abismo. Religiões dogmáticas que são obviamente baseadas em mecanismos de
defesa negativos, tais como Cristismo, são um dos
frutos da sua fuga da Realidade. – Motta.
Isto é justamente como todos os símbolos em “O
Livro de Thoth”; logo que você chega ao “fim” de qualquer
coisa, você subitamente descobrirá que é o “começo”.
Para formular a ideia do “ego” em
tudo, você deve colocar limitações; qualquer coisa que é
distinguível é uma seleção meramente
temporal (e arbitrárias) do finito do infinito; o que quer que
você escolheu pensar, isto muda, isto cresce, isto
desaparece.
Você tem que treinar sua mente a galopar através desta
avenida de
folhas do pensamento sobre a relva bem verde da indiferença; quando você poder fazê-
lo sem esforço consciente, de modo que acima-
abaixo, dentro-fora, longe-próximo, preto-branco (e assim
por diante para tudo) automaticamente assemelhem-
se bastante, você já estará tão perto de um Iniciado que não
fara mais questão.
[Não terá preferências...]
Se, no entanto, sobre este ponto você pensa, como o
Sr. Regardie, que aquele ‘seu-meu’ aplica-se a alguém
mais sobre direitos autorais, você
simplesmente desenvolveu um leve caso de autismo... –
Motta.
3. “Ego”. Para uma discussão completa disto
ver a Carta 42.
4. “Deus”. Isto é realmente demasiadamente mau de você!
De todas as palavras irremediavelmente mutiladas da
linguagem, você trepa com infalível Sadismo com
a mais brutalmente assassinada.
Crippen foi um amador.
Isto é, comparado a ela. O
Sr. Germer acrescentou a seguinte
nota: “Crippen era um envenenador Inglês famoso,
que foi capturado e enforcado”. Quando, oh, quando a
polícia vai pegar os “Papas” Romanistas...? – Motta.
Skeat dificilmente nos ajuda em tudo, exceto pelo aviso
de que “bom” não tem nada a ver com isso...
Significando que a semelhança de letras entre as
duas palavras é mera coincidência, como deve estar
claro a partir da diferença no som das vogais. Mas na
ortografia Inglesa, assim
como o “Deus” Cristista, tudo é possível, e por uma
razão muito simples. Quando Roma invadiu as
Ilhas Britânicas, pela segunda vez, muito
depois do grande César ter ido lá primeiro e admirado
os Druidas, Roma já estava nas garras dos Romanos-
Alexandrinos, e uma praga de missionários descendentes,
naturalmente, sobre as ilhas, da mesma forma que fez
mais tarde nos Mares do Sul para o desgosto de Mark
Twain (para não dizer do
nosso, ou dos nativos inteligentes da região.) Os
ilhéus tinham sua própria linguagem e seu próprio
alfabeto – o alfabeto Rúnico – e
os dois foram relacionados foneticamente, o
que significa que as palavras foram escritas da mesma
forma que elas são
pronunciadas. Mas o alfabeto Rúnico também estava
relacionado com a religião local, que era o
Druidismo; e isso eles jamais fariam. Assim, os
missionários declararam o alfabeto
Rúnico “mal” e “satânico”, queimando vivo os Druidas,
e enforcando ou torturando até a morte qualquer um que
fosse encontrado escrevendo em Runas. Desde então
foi impossível fazer com que toda a população falasse
latim, os missionários começaram a transliterar a
língua local para o “alfabeto sagrado”: significando
o alfabeto Latino, é claro. No entanto, talvez porque eles
estivessem muito ocupados em suas devoções,
como estuprar, torturar e matar, eles não fossem
muito sistemáticos sobre o assunto. E essa é a razão pela
qual, até hoje, o Inglês
é uma das línguas mais difíceis do mundo para
escrever. Sempre que um jovem “nativo”
Inglês recebe uma nota F na alta escola de Inglês, ele
ou ela deve se lembrar e agradecer à Igreja Romana por
isso, como tantas outras “vantagens” que eles trouxeram
para seu ou sua cultura, para não falar da
nossa espécie como um todo. – Motta.
[Pena que essa distribuição de “vantagens” não se limitou
apenas a Europa...A igreja foi um câncer que se espalhou e
apodreceu todo um corpo sadio...]
Dieu vem de Deus, com todas estas referências Sol-
Júpiterianas, e Deos, que pensava Platão significar um
corredor; daí, Sol, Lua, Planetas.
O melhor que eu posso fazer por você, Injun honesto! é a
palavra russa para deus 'Bog'; provavelmente ligada,
embora do Lituano, com o Bwq Galês, um fantasma ou
duende. “Bugge”, também. Não é muito inspirador, isto é,
substituir o Velho Centésimo por “Silêncio! Silêncio!
Silêncio! aqui vem o Bicho Papão.” É Isto?
Mas, embora ele talvez não estivesse conscientemente
tentando fazer de ponto de discussao de que é exatamente
isso que o “Deus” Cristista é, uma versão complexa do
“bicho papão”, vestido com os trapos do Dogma para
disfarçar o medo covarde e servilista de seus adoradores.
O Sr. “Jeová” é exatamente o mesmo tipo de Figura
Paterna ameaçadora. Pai Provisório, como nos contos de
fadas, talvez...? – Motta.
Bastante desta tolice! Fora, florete fiel, e albergue o
coração de pedra da mulher audaciosa que escreveu “Deus
dentro de nós.”
Eu sei que você pensou saber mais ou menos o que você
quis dizer quando escreveu isso; mas certamente que foi um
mero deslize. Por um instante pensei teria avisado a você
que a palavra não suportaria até mesmo a análise mais
superficial. Você quis dizer “algo que me parece ser o
símbolo mais perfeito de todos que eu amo, adoro, admiro”
– e toda classe do verbo.
[“God Within Us” tanto pode ser “Deus Interior”, como
“Deus Dentro de Nos”. Eu usei a primeira opcao no inicio
do documento para deixar clara a diferença com que
Crowley esta tratando a frase. Foi a melhor maneira de
acompanhar os geniais jogos de palavras que Crowley
comumente faz. Ele acima da novo sentido e entendimento a
mesmíssima frase, mas com outra conotação...Coisas de
Crowley.]
Mas ninguém terá o mesmo conjunto de qualidades no seu
museu privado; você tem, pois cada um sempre faz, feito
outro Deus em sua própria imagem.
Em seguida os Vedantistas definiram Deus como “não tendo
nem qualidade nem quantidade”; e alguns Yogis tem uma
prática de criação de imagens para em seguida derrubá-las
ao mesmo tempo com “Não é isso! Não é isso!”
Que é de fato onde ele adquiriu seu Moto de Adeptus
Isentus, de qualquer maneira. – Motta.
E os Budistas não vão admitir qualquer Deus em tudo e em
qualquer coisa como no sentido em que você usa a palavra.
(Uma das passagens mais divertidas da ironia pode ser
encontrado em “As Perguntas do Rei Milinda” onde
o Arahat Nagasena demole Maha Brahma).
Isto não foi divertido para do Brâmanes. Mas suponho
que nós não divertimos muito os Crististas também. Nós
divertimos todos Budistas...? – Motta.
O que é pior, aquilo o que você pode significar por “Deus”
transmite nenhuma ideia para mim: Só posso adivinhar pela
luz do meu muito pequeno conhecimento de você e seus
hábitos gerais de pensamento e ação. Então que sentido tem
em jogar isto em minha cabeça? Metade de um tijolo teria
servido melhor.
Você acha que pode me explicar em viva voz,
talvez? Não se atreva a tentar! O que quer
que você diga, eu deverei provar ser um
absurdo, filosoficamente e em uma dúzia de outras
maneiras. E a Ambulância do Conselho Municipal teria que
joga-la fora em sua trouxa maltratada e desorientada de
restos para a casa de insetos [“Bughouse”, gíria inglesa
para hospício] como é tão etimologicamente indicado.
Veja isto simplesmente; a palavra deve, em qualquer
caso, conotar ideias de Neschamah, não de Ruach.
“Mas você usa a palavra o tempo
todo”. Sim, eu faço, e depende do
contexto para cristalizar a mais líquida – ou gasosa – das
expressões.
[Crowley disse tudo, e muito clara e diretamente. Os
papagaios deveriam se cuidar com o que falam por aí...]
5. “Nós”. Por que “Nós”?
Será esta uma referência para o laço da Velha Escola, ou
aquela Escola de Acabamento em Bruxelas, e o bilhete para
o gabinete Real e Plastão? Eu não suponho por um momento
sequer que você queria dizer isso: mas isto está lá. E assim
– Anedota de Lao-Tze:
“O Velho foi cercado, como decostume por uma galáxia de discípulos, adoradores, e elesestavam tentando levá-lo para mostrar-lhes onde o Tao poderia ser encontrado.
Esteve no Sol e na Lua, ele admitiu; esteve no Filho doCéu e no Homem Superior. (Não George Nathaniel Curzon, contudo).Esteve nas Floradas Primaveris, e nosventos resfriadores que varreram toda Sibéria, e nosGansos Selvagens que se deram ao Sulquando seu instinto lhes ordenaram. Emsuma, o catálogo começou a olhar se ele estava por se
estender indefinidamente;...”
Como assim deve ser. – Motta.
“... e um discípulo impaciente, apontando para certostraços deixados por uma mula em sua recentepassagem, perguntou: “E é o Tao igualmente naquilo?”
O Mestre acenou, e ecoou: ‘Também naquilo’ ”.
Então o que acontece deste privilegiado “nós”? Nós somos
obrigados a estendê-lo para incluir tudo. Então, como já
vimos, “Deus” igualmente é desagrilhoado de definições.
Resultado: “Deus em nós” significa precisamente nada em
tudo.
E portanto assim ele fez, por Bradman!
“Nada amarreis! Que não haja nenhuma diferença feitaentre vós entre qualquer uma coisa & qualquer outracoisa; pois daí vem dor. Mas quem quer que valha nisto,
seja ele o chefe de tudo!” (AL I, 22-23)
[Na maioria das vezes eu opto pela tradução de Marcelo
Ramos Motta de O Livro da Lei , pois em meu entendimento
é a melhor que eu já vi, para mim, mesmo ele tendo usado
de algumas liberdades poéticas. O que não quer dizer que
SEJA a melhor que possa existir.]
Eu lhe imploro a você para apontar que não assinalar que,
este sendo o caso, palavras como “dor” e “chefe” não
podem dizer nada. O fato
é que se quisermos chegar pacificamente no Clube,
temos de saber quando tomar qualquer expressão dada em
um sentido Pickwick.
[É importante prestar atenção, muita, nestas passagens. Elas
serao de valia quando sua mente e corpo começarem a
induzi-lo a misturar os planos. Lembram-se do que foi dito
em carta anterior sobre a estrutura da mente ser como as
camadas de desenvolvimento biológico? O treino da A.:A.:
força o organismo à evolução, a próxima evolução: a
Consecução; e essas “coisas” remexem muito
profundamente em você como um todo, reorganizando-o e
reestruturando-o por completo e para sempre... Seria
interessante que se também lerem nossa tradução, ou o
original em língua Inglesa se preferirem, do livro THE
MYSTICAL & MAGICAL SYSTEM OF THE A:.A:. , de
James Alsheman]
N o Ruach todas as leis da lógica se aplicam:
eles não fazem parte de Neschamah.
O verdadeiro significado da passagem é bastante
simples, se você entender que isso se refere a um
resultado específico da Iniciação. Você tem que ser
capaz de considerar o Universo, como um todo e
em parte; e se livrar de todas as suas realidades, falsas ou
parciais, descartando tudo exceto a Única Realidade
que é a solitária verdade interna, e da Ilusão.
Há um conjunto de equações que expressam
a relação do Percebedor e o Percebido, ajustada de
acordo com as limitações especiais em ambos os
lados; outro cancela todos os termos finitos, e nos deixa
com um final x=0=0º.
Vê?
Eu sei que sou um tipo desanimador de sujeito, e isto
parece tão hostil por saltar da garganta de
um companheiro a cada minuto ou mais quando
ela tenta colocar isso sempre tão bem, e é tão fácil – não
é? – jogar o jogo da Santimonia Grandiloquência,...
Desde que a senhora em questão era, obviamente, a
Senhora Frieda Harris, alguém que tenha algumas
ideias de seu temperamento quente pode visualizar quão
raivosa ela ficou ao ler tudo isso! Não acho que
ela aprendeu com ele, pelo menos, não o suficiente, ou ela
teria deixado suas pinturas para a O.T.O., e
não ao que santimonio e grandiloquente, Gerald Yorke. –
Motta.
[Mas deixaram o Manuscrito original, e este esta na sala de
jantar de mais um santimonio e grandiloquente. Motta esta
puxando a sardinha pra sua frigideira. Envolver-se com a
O.T.O. foi no meu ponto de vista pessoal o grande ERRO
de Crowley! E se dependesse de Frater SATVRNVS a
O.T.O. terminava ali mesmo. A A.:A.: nao precisa, nunca
precisou e nunca precisara de nenhuma OTO ou coisa do
género.]
...e certamente o que
foi dito era perfeitamente inofensivo, e...
Não, N.Ã.O., não: não é inofensivo de todo. Meu
objetivo geral é treinar você a silenciar qualquer
tipo de especulação hipotética, e formular tanto ressonante
quanto satisfatório. Eu quero que você –
deteste eles
abomine eles
despreze eles
deteste eles
abstenha-se deles
odeie eles
repugne eles
e cape eles.
Para começar com sua pratica.
Então, quando você obter os resultados, você
pode tentar, embora inutilmente, para ajustar às
suas próprias palavras os fatos, se você deseja se
comunicar, por qualquer razão que seja, as suas
experiências à outras pessoas.
Então, desesperada por sua impotência, como você será
feliz por ter sido treinada para não deixar ninguém mais
engana-la com palavras.
Você deve se lembrar que
ela era uma pupila, uma Aspirante; assim, pelo
menos teoricamente, um ser
humano que aspira a honestidade. Ele não estava falando
com um político médio ou eclesiástico de
qualquer parte, ou de qualquer “igreja”, sobre a terra
ou em qualquer outro lugar. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 29: O Que é Certeza?Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
As seis primeiras linhas desta carta foram extirpados pelo
Sr. Regardie. – Motta.
Bem, suponho que eu deveria ter esperado que você
franzisse aquela sábia sobrancelha esquerda para mim!
Você está certa de querer saber exatamente o que eu quero
dizer com “certeza”, em função de:
“Na cortina d`Alma
Está escrita a única certeza, que nada é
certeza.”
Então há um capítulo em O Livro das Mentiras
(novamente!)
“Os chineses não conseguem deixar de pensar
que a oitava tem cinco notas.
O mais necessária uma coisa parece para
minha mente, o mais certo é que somente
afirme ser uma limitação.
Eu dormi com a Fé, e encontrei um cadáver em meus braços
ao despertar; eu bebia e dançava a noite toda com a
Dúvida, e encontrei-a uma virgem de manhã.”
[Os versos acima podem ser encontrados na integra, e
completos, no Capitulo 45, Música Chinesa, em Liber 333,
O Livro das Mentiras.]
De novo, aquele outro “Hino à São Tomás”,...
Ele quer dizer Tomás de Aquino , o hipócrita especioso
que declarou “Credo quia absurdum”, e assim tornou
possível para a Igreja Romana queimar pessoas vivas
durante séculos com base na falsa lógica. Aquino,
sozinho, atrasou o progresso científico em um milhão de
anos. Não admira que os Papas Romanos fizessem dele
um “santo”! (“Credo quia absurdum” em latim significa
“eu acredito porque é absurdo”. Aquino argumentou que
se não fosse absurdo, não seria necessário acreditar,
para ninguém saber. “Fé” foi, portanto, a qualidade da
vinculação para as coisas manifestamente absurdas e
irreais, e isso era uma virtude Cristista. Isto pode parecer
à primeira vista a mesma doutrina que a das Supremas,
mas não é. A experiência das Supremas é intraduzível em
termos de razão normal, mas é a experiência entretanto, e
pode ser expressa nos termos da matemática superior;
enquanto que o “absurdo” de Aquino se referia apenas ao
dogma Romano, e, especificamente, ao Credo de Niceia.
O leitor sério é lembrado de nossa observações e das de
Crowley sobre Atanásio no Livro Quatro Comentado
Parte I, “Yoga e Magick”. – Motta.
... como talvez devesse tê-lo chamado:
“Duvida.
Duvida de Ti.
Duvida mesmo se duvidas de ti próprio.
Duvida de tudo
Duvida mesmo se duvidares de tudo.
Parece às vezes como se debaixo de toda
dúvida consciente repousasse alguma profunda
certeza. Ó, mate-a! mate a cobra!
O chifre do Bode-Dúvida sê exaltado!
Mergulha profundamente, sempre
profundamente, no Abismo da Mente, até que
descubra aquela raposa
AQUILO. Aos perdigueiros! Yoicks! Tally-ho!
Tragam AQUILO para a baía!
Então, sopro Mort!”
“Soprar Mort” – tocar a trombeta chamada “Mort”,
francês para “Morte”. Caça à raposa, incidentalmente,
nem sempre foi como é hoje, uma ocupação ridícula.
Estes animais costumavam ser tão numerosos quanto os
lobos, e atormentavam os galinheiros do campesinato.
Nos velhos tempos as galinhas corriam soltas, em vez de
estarem penando em câmaras de tortura como agora. A
caça, por isso, efetivamente mantinha baixa a população
de raposas, divertindo assim a nobreza e ajudando os
camponeses ao mesmo tempo. Pessoas que não têm
conhecimento da história podem ser totalmente densas
mesmo quando são cientistas. Quando você ler livros
sobre lobos nos dias atuais, por exemplo, você é levado a
crença de que estes nobres animais nunca comeram um
ser humano em mil anos. O fato é simplesmente que os
lobos agressivos para os seres humanos têm sido
persistentemente mortos durante um longo período de
séculos, deixando somente vivos os animais que eram
inteligentes o suficiente para evitarem atacar o ser
humano. O lobo da Idade Média teria alegremente
jantado um camponês idoso ou uma criança pequena, se
tivessem uma oportunidade, como é claro a partir dos
registros. – Motta.
Uma vez mais – o que é que aquele livro é: Eu nunca pensei
nisto até agora!...
Ele está se referindo ao Livro das Mentiras. O leitor deve
tentar não pensar que Crowley está aqui, no sentido
vulgar, batendo seu tambor, ou tentando fazer
propaganda de suas trabalhos, embora fosse ele
perfeitamente capaz de fazer ambos, quem não é? Por
favor, visualize este homem de setenta anos olhando para
trás, todo a obra que tinha sido escrita por um Crowley
muito mais jovem, de um nível totalmente diferente de
experiência. Como qualquer outro ser vivo, embora talvez
em uma escala mais ampla, um Iniciado é um conjunto de
planos de atuação, e algumas vezes nos encontramos
dificuldade nós mesmos reconhecermos algumas, de nosso
passado e até mesmo do presente, máscaras. Como seria
com qualquer outro ser humano tentando a autoanálise. O
Livro das Mentiras é uma das obras-primas da
humanidade, mas podem passar séculos antes que o
mundo em geral perceba isso. Crowley em sua velhice era
genuinamente surpreendido com o nível de percepção que
ele tinha sido capaz de colocar em algumas poucas
palavras em um livro tão curto – menos de cem de
páginas, sem os comentários e notas, lembre-se. Quando
um iniciado esta fora de um Trance, ou fresco de um
retiro Mágicko, ele ou ela pode produzir um trabalho que,
mais tarde, relendo-o, vai surpreendê-lo. O Ser Interior é
o mesmo, mas a personalidade está funcionando em uma
taxa muito menor de vibração e pode até exclamar para si
próprio com surpresa: “Eu escrevi isto?!” Crowley, na
tentativa de explicar as coisas na correspondência, quem
quer que ele ou ela estivesse nesta carta particular ou
qualquer uma das outras, era constantemente
surpreendido ao ser lembrado de quão convincentemente
ele tinha colocado as explicações necessárias há tantos
anos atrás, embriagado com o êxtase. Vamos considerar a
mim mesmo, sem dúvida um caso muito mais modesto.
Quando eu cheguei a minha segunda iniciação eu pedi ao
Anjo para tirar todas as “recompensas” – que significa
os “siddha”, etc. – do meu grau, exceto os absolutamente
necessários para servir àqueles sob meus cuidados na
Ordem. O propósito deste pedido foi para tornar possível
que, ao ir mais despido de tudo através de meu ser, eu
iria garantir que a minha próxima reunião com o Anjo
seria muito mais intensa em todas as direções do que
seria se eu me permitisse desfrutar do conforto dos
“poderes”. O pedido foi concedido, e como resultado,
muitas vezes eu me encontro lendo minhas cartas aos
pupilos, ou as anotações que eu escrevo para os livros de
Crowley, a fim de selecionar algumas introspeções para
mim mesmo. O “Escriba” pode literalmente ser um
escriba. – Motta.
[Bom....isso vai muito de cada um, e pelo menos dessa vez,
Motta sequer está insinuando que VOCÊ deva agir como
ele. Mas em todo caso, TEORICAMENTE, ele antecipa a
Travessia do Abismo, já se despindo em tão pouco tempo
dos seus “prêmios”, teoricamente. Entretanto vale
relembrar que alguns Graus da A�A� EXIGEM o uso e
domínio destes “brindes”. Em todo caso, não há lei além de
Faze o que tu queres. Ninguém tem direito de criticar por
aquele que optou, teoricamente, em despir sua alma de
tudo, tão antecipadamente...
Com relação a esses “insights” eles são bem comuns e
acontecem porque você ainda não tem capacidade de
“operar livre e matreiramente” em níveis diferentes dos
mais densos. Com tempo e esforço isso se estabiliza. Isso
também é iniciação. Mas é bem diferente de ficar
“emulando” um Adepto, como muito vejo as pessoas
fazerem... Mais uma vez o buscador sincero é incitado a ler
nossa tradução do livro “The Mystical and Magical
System of A�A�”, magistralmente escrito por J.A.E.]
...ele diz – veja a página dupla no início, com “?” e a outra
com “!”. Só em cima do branco. Além disso, você deve ler
o longo ensaio O Soldado e o Corcunda: ! e? no primeiro
volume e número de O Equinócio.
O Sr. Regardie extirpada a referência à O Equinócio,
provavelmente para evitar a concorrência com a coisa
verdadeira, pois ele tinha acabado de publicar o seu
assim chamado “Gemas do Equinócio” para encher seus
próprios bolsos com o produto dos pensamentos de
Mestre. Enquanto isso, a Sra. Germer estava lentamente
morrendo de fome a poucas centenas de milhas de
distância dele, na Califórnia. – Motta.
[O que fizeram com a viúva do Sr. Germer é indizível. E
não foi invenção de Motta, nem delírio da Sra. Germer.
LITERALMENTE deixaram-na morrer de fome roubando
dela os direitos sobre as vendas de vários dos livros
Thelêmicos. E nesta lista não faltam nomes. Procurem que
vocês encontrarão as OUTRAS cartas escritas pela Sra.
Germer e entenderão do que falo. Mas dificilmente você
conseguiria seguir da forma tradicional da A�A� sem
tomar seu juramento com alguma dessas “ninhadas”. No
entanto, se for este o caso, entenda que a nobreza de sua
família começa com você! Ou então siga de forma sincera,
autêntica e autônoma. Novamente indico para isso o livro
de J.A.E. Sim, Motta tinha ideias que o faziam insuportável,
e os da sua linhagem também; mas Ele nunca foi um
canalha, como outros mais. No Primeiro Colégio da
A�A� – a nova G�D�, o Colégio Externo – em alguns
aspectos temos que ser Maçônicos; mas nem mesmo o pior
dos Maçons abandonaria a viúva de um Ir� do R�E�A�,
ou qualquer outro, a morrer de inanição! Muito menos
invadiriam a casa de uma mulher para saquear, ou qualquer
outra coisa. É vergonhoso que depois da morte de Germer
muitos tem posado de Adeptos e Adeptas, dividindo e
distribuindo os Sagrados Graus da Santa Ordem como se
fossem comendas à canalhice humana: se dizem Cavaleiros
de Thelema mas são Piratas da Roma Cristista!
Infelizmente esse tipo de gente nunca bateu a minha porta;
ao contrário da imagem que muitos vendem lucrativamente
nós não temos que ser como aqueles emasculados de vozes
frouxas e semblantes passionais com suas sobrancelhas
arreadas choramingando compaixão aos Senhores do Æon.
Eu sou um animal em corpo humano, um glutão, comedor,
bebedor, copulador; falo muito e gargalho mais ainda! Tudo
aquilo que causa repúdio e nojo aos Tolosofistas, aos
Adeptos Ascencionados, aos Mestres Secretos da Yoga,
aos Cavaleiros e Damas de fino trato: eu sou um
Brutamontes Glutão, Lascivo e Adúltero: um Pantagruel!
Então, se um dia alguém sob falso pretexto evocar Thelema
para tentar algo contra você, não pense duas vezes,
literalmente mate o bastardo, ou bastarda, sem exitar ou
pestanejar! Uma serpente avisa de sua peçonha? Se o que
você procura é algum dos “mestres” que descrevi acima,
não perca seu tempo com a A�A�, esses patifes estão em
algum templo sagrado do himalaia, Tibete, ou qualquer
outra acrópole. Nós bebemos à Noite, cantamos à Lua,
copulamos à Sombra de Árvores Seculares, gargalhando
em nossa Embriaguez e Gritando palavras de Obscenidades
indizíveis aos “delicados e de boa moral”! “Faze o que tu
queres” – e entenda como quiserdes, também!]
Mas cada um desses – bastante significativo, nich wahr? –
slides em uma rapsódia de exaltação, um ditirambo, um
Pean...
[Nich wahr? significa, em Alemão, “Não é verdade?”]
Nesse ponto, ele introduziu uma longa nota de rodapé,
incluindo uma citação de Browning. A coisa toda foi
cortada pelo Sr. Regardie. Aqui está: – Motta.
Parece-me natural – apodítico de certa maneira – tratar a
Duvida como positiva, até mesmo agressiva. Não há
nenhum dos vacilante, cambaleante, desanimado lamentos
do cansado e confuso escravo do salario; é um desafio
triunfante, a discordância de sua própria causa. Irlandês!
Browning pintou um perfeito quadro de minha Duvida.
“Até saltou Tokay na nossa mesa,
Como um guarda de castelo pigmeu,
Anão para ver, mas forte e capaz,
Armas e equipamentos tudo em ordem;
E feroz ele olhava o Norte, em seguida o Sul
Levou com sua corneta um desafio para
Drouth,
Inclinando seu chapéu com e pena Tosspot,
Torceu seu dedo no bigode vermelho,
Tilintando junto com suas enormes esporas,
Apertada a cintura com sua Buda Sash,
Então, com a impudência que nada poderia
atrapalhar
Encolheu seu ombro corcunda, para dizer ao
observador,
Para vinte tais valetes ele deveria rir mas
ousadamente;
E assim, com seu punho da espada
galantemente saliente,
E a mão destra tocando sua cintura,
Foi o pequeno homem, Sir Ausbruch,
pavoneando!”
Não é nem um pouco parecido com o Tokay, sim o Bull’s
Blood seu vizinho, ou qualquer vinho forte bruto vermelho
como o Rioja. Curioso, no entanto, fazer dele um anão
corcunda, deve haver algo mais nesse fundo. Eu me
pergunto o que! (Pergunte a Jung!).
Talvez tenha sido a referência a Jung que irritou o Sr.
Regardie. “Bull’s Blood” é um tipo de vinho tinto, que
supostamente tem um pouco de sangue de boi de verdade
misturado nele. – Motta.
[Jung foi um copista barato.]
...Nada de bom aqui. Por que o que você quer é um simples
centavo do pedeste no pedágio da Probabilidade-
Percentual. Você quer saber quais são as chances quando
eu digo “certo”.
Um exemplo de casuísmo? Pelo menos, para a
classificação. Isso depende muito d o tom de voz? Sim, é
claro, e quanto à classificação, partimos correndo para o
Divino Pimandro, que viu, e declarou, a qüididade da nossa
consulta com sua lucidez habitual. Ele discerne três graus
da Verdade; e ele distingue em conformidade: –
1. Verdade.
2. Certeza sem erro.
3. De toda verdade.
Suficientemente clara, a diferença entre 1 e 2: me pergunte
a hora, eu digo que duas e meia; e isso é verdade. Mas o
Astrônomo Real não está de nenhuma maneira satisfeito
com qualquer aproximação desse tipo. Ele quer sua
acuracidade. Ele deve saber a longitude de um segundo; ele
deve ter que decidir qual método de medição do tempo é
para ser usado; ele deve fazer correções para isto e para
aquilo; e ele deve ter anexada uma (arbitraria)
interpretação para o sistema; toda a questão da
Relatividade aparece. E, mesmo assim, ele vai entrar com
uma ressalva sobre cada único gânglio no gossamer de seus
cálculos.
Bem então, toda esta intrigada diferenciação e integração e
verificação e o Senhor sabe lá mais quais ligações levam
finalmente a uma declaração que possa ser chamada de
“Certeza sem Erro”.
É interessante ver um homem que tanto fez para
emancipar a mente humana deste regalo, que na verdade
esta neste muito exato momento do trabalho, usando
expressões como “Deus sabe” e “Deus” isto e “Deus”
aquilo. Será que ele quer dizer o Senhor do Æon? Mas o
Senhor do Æon não sabe tudo, Ele só conhece um pouco
mais do que nós, e um pouco mais à frente. Tais
expressões, mesmo quando elas são meramente retóricas,
devem ser vigorosamente evitadas pelos Thelemitas. Os
dois parágrafos seguintes foram excisados na “edição”
do Sr. Regardie. Possivelmente ele pensou que se tratasse
de uma digressão, mas elas são, obviamente, um exemplo
ilustrativo real da relatividade de todas as medidas: –
Motta.
Com licença apenas por um momento! Quando eu estava
hospedado no Consulado da Tengyueh, dentro da fronteira
Sudoeste da China, nossa única ligação com a Inglaterra,
Lar, e a Beleza foi o serviço de telégrafo de Pekin. Durante
uma ele ficou em silêncio, e nós estávamos ansiosos por
notícias, nosso último bocado da informação teria sido a de
que houve tumultos em Xangai, dezessete policiais Sikh
foram mortos...
E deveriam ser. O que os policiais Sikh estavam fazendo
na China, afinal? – Motta.
...De tudo nós sabíamos que todo o país poderia subir em
massa a qualquer momento para expulsar os “Demônios
estrangeiros”...
Mas caíram nas patas gananciosas de Chiang Kai Chek! –
Motta.
...Por fim o mensageiro trotou com boas-vindas em frente à
cidade no crepúsculo, com um maço inteiro de telegramas.
Infelizmente, para salvar a data de expedição, o teor de
cada um era idêntico: cada um disse-nos que era meio-dia
em Pekin!
Eles tiveram que ser retransmitida à Yung Chang [Uma
Cidade da China], e ambos os operadores ficaram dez dias
fora para fumar ópio, companheiros sensatos!
Mas Hermes Trimegisto não se contenta com qualquer fuga
como o Astrônomo, entretanto astuto e colossal é seu
Órgão; seu Terceiro Grau exige muito mais do que isso. A
estimativa do Astrônomo bateu cada ínfima rachadura, ele
admite, mas depois que estas ondas se foram bruscamente:
a porta esta permanentemente aberta a todo momento!
A primorosamente adaptada figura do Astrônomo está em
envergonhado isolamento, como um jovem homem
desajeitado em seu primeiro Baile; ele sente que ele não faz
parte. Para este D.S.T. [Daylight Saving Time, Horário de
Verão], ou Greenwich, ou o que for, entretanto exatidão em
si é tão somente em referência a um outro conjunto de
medidas que acabam elas próprias sendo arbitrárias; isto
não é de qualquer importância definitiva; ninguém pode
contestá-la, mas ela simplesmente não importa a ninguém, à
exceção deste caso em particular. Isto não é “De todo
Verdade”.
O que Hermes quer dizer com isso seria algo bom de se
enquerir.
Podemos chamar-lhe de “uma verdade da Religião”? (Não
fique chocada! A palavra original implica unidos-juntos-
novamente, como em um “Corpo da Doutrina”: compare a
palavra “Ligadura”...
Religião vem do latim “re-ligare”, significando “ligar
novamente”. – Motta.
...Foi somente mais tarde por corrupção, que a palavra veio
a implicar em “piedade”; re-ligens, atencioso (para os
deuses) em oposição a neg-ligens, negligente).
Acho que Hermes estava contemplando um Ruach
intimamente entrelaçado e ancorado por incessante
Aspiração para a Tríade Superna; justo como um; em suma,
como aparece nos comentários sobre a Memória Magica,
um Deus-homem pronto para descartar o seu desgastado
Instrumento por um novo, comprado com as ultimas
melhorias atualizadas (o movimento do Zeitgeist durante
sua ultima encarnação, em particular), assim feita e pronta
para seu uso.
Sendo assim, uma verdade que é “de todo Verdadeira”
deve significar qualquer proposição que constitui uma parte
essencial deste Khu – esta “Identidade Magica” do homem.
O próximo paragrafo foi excisado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
Quão curioso como isto deve aparentar a primeira vista,
note que as verdades desta ordem devem provar ser o que
chamamos de Axiomas – ou até Platitudes –
...Que barulho é esse?
...Eu acho que ouvi Sir Ausbruch!
Significando Dúvida, claro que em seu sentido saudável
do ceticismo cientifico. – Motta.
E em plena erupção também! E ele não tem o direito? Por
todo esse tempo nós temos blefado despreocupadamente da
nossa maneira sobre os mares espumantes, esquecidos de
que muitos quebra-cabeças Chineses começam com o
paradoxo (é isto?) da Gama Chinesa.
(Nós não devemos entrar em depressão; sempre há um
caminho para sair de “?” para “!” como com todo problema
intelectual que seja: este é o único caminho. De outra
forma, é claro, nós chegaremos a A é A, A é não-A, não-A
é não-A, não-A é A, como é inevitável).
“O quanto mais certo estou de uma coisa, é mais certo de
que eu esteja apenas afirmando uma limitação de minha
própria mente”.
Muito bom, mas o que eu devo fazer com isso? Pelo menos
algumas de tais certezas seguramente devem ser “de todo
Verdadeira”. O teste de admissão a esta classe [de idéias]
deve ser de que se, [ao menos] alguém aceitasse o
contraditório da proposição, toda a estrutura da Mente seria
abatido em pedaços, como não é no caso da determinação
do Astrônomo, que pode se transformar se errada para uma
dúzia de razões diferentes, sem que ninguém fique
gravemente ferido em seus sentimentos mais ternos.
O Estadista sabe instintivamente, ou na pior das hipóteses,
por sua formação e experiência, que o tipo de asserção,
bastante inofensiva na superfície, pode ser o “pensamento
perigoso”, um golpe mortal para sua própria ideia do que é
“de toda Verdadeiro”, e a atinge selvagemente de fora em
um pânico inteiramente justificável pelo seu próprio ponto
de vista...
Esta espécie de “estadista”, entretanto, deve desaparecer
do governo se a humanidade estiver progredindo nos
próximos mil anos. Verdade cientifica, porem em relação
a si mesma, deve ser o critério de toda politica. Se isto
necessitar de mudança, tanto melhor. – Motta.
...Exposição Nº1: Galileo e esse lote. O que poder ser
possível matéria para a história do Evangelho de que as
pessoas deveriam pensar que a Terra se move em torno do
Sol? (Riemann, e oh! como um monte de coisas, tem
mostrado que não e não! Este tipo de “Verdade” é apenas
um conjunto de convenções.)
Riemann é o matemático alemão que inventou a geometria
elíptica e pode ter revolucionado conceitos da alta
matemática. – Motta.
“Oh, não tagarele tanto assim! Eu quero saber o que fazer
sobre isso. Eu estou aceitando este Gamut miando, e
ampliando minha Mente, e chama a isto de Iniciação? Ou eu
estou pregando a minha própria Tonica de-Todo-Verdade
se um vai para o Mastro, e desce para dentro do
Redemoinho da Insanidade com cores flutuantes? Você
realmente precisa de Bandas Reunidas para acalmar o Bebê
para dormir?
O Mestre do Templo trata de forma muito simples e
eficiente com problemas deste tipo. “A Mente” (diz ele)
desta Parte [Porção] da Primeira Parte, a seguir designada
por Frater N (ou qualquer que seu moto 8°=3▫ possa ser), é
construída de tal forma que o intervalo de C para C é muito
harmoniosamente dividido em n notas; que do Partido da
segunda parte a seguir designada não um Herege, um
Ateísta, um Bolchevique, anunciado Teimoso, um
Cismático, um Anarquista, um Magista Negro, um Amigo de
Aleister Crowley, ou seja qual for o termo atual do abuso –
Mr. A, Senhor B, o Duque de C, a Sra. X, ou qualquer que
seja a chance dele ou dela ser chamado – dentre os cinco.
A estrutura chamada de todo-Verdade em nenhum de nós é
menos afetada, no mínimo, mais do que a leitura de um
termômetro com Fahrenheit de um lado e Centigrados do
outro.
Você naturalmente objetará que esta resposta é um pouco
melhor do que uma evasão, que isto automaticamente
empurra a Gama da questão para fora do Encantado Círculo
do de-toda-Verdade.
Não, isso não e verdade; pois se você fosse capaz de fazer
uma Projeção dessas duas mentes, não haveria, em primeiro
lugar, algum tipo de compensação em outra parte do que na
seção musical, e em segundo lugar, alguma verdade de uma
ordem ainda mais elevada que é comum a ambos.
Não sou eu quem desconhece que estas concepções são de
primeira extremamente difíceis formular claramente. Eu não
iria tão longe quando falar que teria que se ser um Mestre
do Templo para compreendê-las; mas é realmente muito
necessário ter se agarrado firmemente à doutrina de que
“uma coisa só é verdadeira na medida em que contém sua
contradição em si mesma.” (Uma boa maneira de realizar
isto é mantendo-se a alegre dança de paradoxos, tal como
infestam a Lógica e a Matemática. Batendo repetidamente a
cabeça contra uma parede de tijolos a sujeitará à longo
prazo sacudir as células cinzentas (como Poirot diria)...
Poirot é, naturalmente, “Hercule Poirot”, o detetive
ficcional favorito da ultima romancista popular
Britânica, Agatha Christie. – Motta.
...ensinando-a a desconfiar de qualquer comboio de
argumentos, no entanto de aparentemente impecável
silogismos, e a buscar cada vez mais avidamente a
madrugada dessa consciência Neschamica onde todas estas
coisas são claramente entendidas, embora impossíveis de
se expressar em linguagem racional.)
A função primordial do intelecto é a diferenciação; este
lida com as marcas, com os limites, com as relações do que
não é idêntico; em Neschamah todo este trabalho foi
realizado tão perfeitamente que o “trabalho sujo” já passou
limpo fora da mente; só assim você dirá “Eu” como se
fosse uma unidade indivisível, inconsciente da
inconcebivelmente intricada maquinaria da anatômica,
fisiológica, psicológica construção que emite nesta ideia do
“Eu”.
Podemos, então, com alguma confiança reafirmar que
nossas certezas fazem valer as nossas limitações, mas esse
tipo de limitação não é necessariamente prejudicial, desde
que nós vejamos a situação em sua perspectiva correta, que
nós entendamos que a participação da classe de-todo-
Verdade não (como se está apto a pensar, à primeira vista)
aprofundam os golfos que separam a mente da mente, mas,
pelo contrário, coloca-nos em posição de ignorá-las.
Nossos atos de “amor sob vontade”, que expressam a nossa
devoção a Nuit, que multiplicam as realizações de nossas
possibilidades, tornam-se continuamente mais eficazes, e
mais intimamente ligados com a nossa Fórmula de
Iniciação, e nós progressivamente tornamo-nos consciente
das imagens mais profundas e mais vastas da categoria de-
todo-Verdade, que conciliam, incluindo dentro de si, todas
as antinomias aparentes.
É certo e sem erro que eu deveria ir para a cama.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 30: Você Acredita emDeus?
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Voce esta totalmente certa, como é usual. Verdade, nós
fomos sobre uma grande quantidade de terras sob várias
disquisicoes aprendendo dos Deuses, Anjos, Elfos, et hoc
genus omne.
Mas Deus com um “D” maiusculo e no singular, é um par
totalmente diferente de botinas – nicht wahr?
Deixe-me voltar apenas por um momento para o significado
de “crença”. Nós acordamos que a palavra era sem sentido,
exceto quando esta implica uma opinião, instinto,
convicção – o que você quiser! – tão firmemente enraizada
em nossa natureza que agimos automaticamente como se
fosse “verdade’ e “certamente sem erro”, talvez até mesmo
“a essência da verdade”“. (Browning discute isso em Mr.
Sludge. the Medium) Bom: o campo está claro para um
inquérito sobre esta palavra Deus.
[Sludge tambem siginifica Lodo]
Nós nos encontramos em apuros desde o início.
Devemos definir, mas definir é limitar, e limitar é reduzir
“Deus” a “um Deus” ou, na melhor das hipóteses, ao “o
Deus”.
Ele deve ser onisciente (Mercurio), onipotente (Enxofre)
[Enxofre é o componente básico para a composicao do
acido sulfurico] e onipresente (Sal); (nota: estes símbolos
ainda precisam ser inseridos.); ainda que para tal um Ser
sem proposito fosse possivel, de modo que todas as
desculpas para a existência do “mal” caissem. Se houver
opostos de qualquer espécie, não pode haver consistência.
Ele não pode ser Dois; Ele deve ser Um, ainda que, como é
óbvio, ele não seja.
Como os filósofos Hindus tentam sair deste charco? O
“Mal” é “ilusao”; não tem existência “real”. Então qual é o
sentido disso?
Eles dizem “Não é isso, nao é isso!” negando-lhe todos os
atributos, Ele é “o que é sem quantidade ou qualidade”.
Eles se contradizem a cada passo; procurando remover o
limite, eles removem a definição. Seu único refúgio é na
“superconsciência”. Esplêndido! Mas agora a “crença”
tem desaparecido por completo, pois a palavra não tem
sentido se não estiver sujeita às leis do pensamento
normal... Tut! Você deve sentir sentir isso por voce mesma,
quanto mais se avanca, mais escuro é o caminho. Tudo o
que eu tenho escrito é de certa forma confuso e obscuro,
nao obstante meu frenetico esforço pela lucidez,
simplicidade...
[TUT é FAÇA, em Alemao]
É este o erro da minha própria sofisticação? Eu me
pergunto. O que dizer a voce? Que eu vou trotando de volta
para a minha massagista, e coloco isso em cima dela? Ela é
uma alma simples do campo, de modo algum muito
educada, mas inteligente; capaz de um firme compreensao
dos princípios de seu trabalho; uma paroquiana assidua nas
ocasioes que ela considera valerem a pena; desgosta do
reitor, mas agrada-se de sua política de manter seu discurso
dentro dos limites. Ela tem feito muito em pensar por si
mesma; desconfia e despreza a Imprensa e o Rádio, não tem
nenhum uso de opinioes pré-fabricadas. Ela compartilha
com o rebanho seus preconceitos e fobias normais, mas não
é intolerante com eles, e segue facilmente uma linha de
criticismo destrutivo simplesmente expremida quando algo
é colocado contra ela. Isto é, contudo, apenas uma reação
temporária; um dia mais tarde ela iria repetir as inanidades
previas como se elas nunca tivessem sido demolidas...
Nisso reside o poder do dogma estabelecido. Quando uma
pessoa tem sido inconscientemente condicionada desde o
nascimento pelo ambiente, pais, professores e as relações
pessoais para um conjunto de códigos de moral ou de um
padrão de comportamento, essa pessoa encontrará
extrema dificuldade em livrar a si mesma daqueles
padrões de comportamento adquiridos. A Consciêntizacao
da sua falsidade ou relatividade ou mesmo de sua
nocividade ou hostilidade para si mesmo não irá lhe
livrar deles. Um novo conjunto de padrões de
comportamento deve ser definido e conscientemente
colocados em ação, persistentemente, muitas vezes por
um período de muitos anos, antes que uma mudança real
na personalidade seja alcançada. Tal mudança é sempre
psicossomática. Uma das razões pelas quais muitos
aspirantes à Sabedoria Secreta falham em alcançar a
Iniciacao é a sua negligência deste fato importante, ou
incapacidade de agir sobre ele. Cf. LXV V 52-56. – Motta.
[Motta esta irrevogavelmente correto, ou assim eu penso.
Mas tambem há os rejeitados pela incapacidade de alguns
instrutores em “não seguirem ideias pré-fabricadas”, sejam
elas corretas ou não...
Iniciacao é VIDA. Logo, esta intimamente atrelada a SUA
vida. Mas não se deveria cobrar certas coisas aos
iniciantes, é perda de tempo, e muitas vezes uma magnifica
Estrela acaba sendo excluida pela excessiva e doentia
resistencia criada no momento e situacao inadequado... que
os instrutores pensem sobre isso e revejam a si mesmos...O
Sistema é auto-exclusivo. [Aconselho aos serios lerem
Liber LXV, Cap. I, vs. 11 e especialmente Liber AL, II -
58]
...Até o final dos anos 50, é um palpite. Saltei a sua
pergunta sobre o seu azul do nada, à la “doodle-bug”,
premissando meramente que eu tinha sido questionado e
estivesse confuso quanto a como respondê-la. A sua
resposta foi curiosa e surpreendente: sem nenhum momento
de hesitação e com grande entusiasmo, “Rapidamente,
sim”! A reserva espontânea bateu-me como sendo
extremamente interessante...
[Doodle-bug, carinhoso apelido dado aos V-1,
locomotivas!]
... Ele quis dizer da reserva implícita no uso do advérbio
“rapidamente”, que significa simplesmente “sem ter
tempo para pensar sobre isso”, neste contexto. É bem
possível que sem a influência da aura de Crowley ela não
teria tido conhecimento da sua reserva em tudo. – Motta
... Eu disse: claro, mas vamos supor que você pensou sobre
isso – e por fora – um pouco, o que devo entender? Ela
começou loucazmente “Ele é o grandissimo” – e
interrompeu-se, parecendo tola. Então, embora onipotente,
Ele precisava da nossa ajuda – nós eramos todos
justamente tao poderosos quanto Ele, pois éramos pequenos
pedaços de si – mas exatamente como, ou para que fim, ela
não deixou claro. Uma exclamação: “Então há o Diabo”!
Ela seguiu sem uma palavra de mim durante um longo
tempo, amarrando-se em cada novo nó em todas as fases.
Ela ficou irreverente, então francamente blasfêmia; parou e
comecou a rir de si mesma. E assim por diante — mas, o
que me pareceu como sendo curioso e significativo, foi que
na maior parte o seu argumento seguiu bem de perto as
linhas que me vieram naturalmente, no início desta carta!
Por favor, note que tudo isso foi provavelmente uma
influência da Liberdade conferida pela ressonância da
Aurea do Iniciado. Sua resposta à mesma questão
colocada pelo, digamos, seu pastor, poderia ter sido
totalmente mecânica, superficial, cega e auto-satisfeita. –
Motta
[Isso não é balela. Ja tive eu mesmo uma experiencia
similar, e o contato com Iniciados a partir de certos Graus
causa um tipo de “over-charged”. Mas é algo expontaneo e
natural. Ainda mesmo porque, um Iniciado experiente tem
como premissa aprender a disfarcar isso e minimizar o
impacto deste contato. No Adeptado isso é dificilimo
conter, no nivel de Crowley, realmente impossivel.]
No final, “curioso e curiosidade”, ela chegou a uma
conclusão praticamente idêntica: ela acreditava, mas em
que ela acreditava era Nada!
Quanto ao nosso velho critério do que contemos na pratica
quando dizemos que acreditamos, ela começou dizendo que
se “ajudarmos” a Deus em Seu plano misterioso, Ele de
alguma forma ou outra olharia depois para nós. Mas sobre
isso, ela foi ainda mais vaga do que na questão da
convicção intelectual; “ajudar a Deus” significava se
comportar decentemente de acordo com suas próprias
idéias instintivas do que “decentemente” significa.
Só que, como observamos antes, “idéias instintivas”
geralmente não são baseadas no verdadeiro instinto, mas
em padrões de comportamento adquirido, devido ao
condicionamento de algum dogma. – Motta.
[Esse tipo de “rompimento” nao é algo que um iniciante
esteja apto a conseguir. As piores barreiras nao sao as do
condicionamento social, mas sim as das tendencias inatas
que herdamos em nossos DNA, as chamadas fenotipos.
Apesar de que muitos discordem, observa-se em caes,
como os pit-bulls, que podemos isolar certas
caracteristicas e assim agilizarmos a evolucao de dado
genero de animal, neste caso um cao. Por exemplo, Pit-
Bulls com forte “bit” – mordida, produzem filhotes com
essas caracteristicas. Depois cruza-se com outro especime
com grande nivel de stamina – folego. E assim por diante.
Essas caracteristicas sao hereditarias e podem ser um
grande impecilho na sua evolucao pessoal, porque o corpo
tambem condiciona a mente... Por isso que a pior barreira a
se vencer é a do corpo. Nao, inteligencia nao é fenotipo! E
nem toda caracteristica desejavel o é. Nao, nao se
preocupe, ser filho de uma prostituta nao o tornara um
politico tambem.]
É muito encorajador que ela deve ter visto, sem qualquer
incitamento da minha parte, a que confusão uma pergunta
necessariamente conduziu; e muito legal para mim, porque
isso me deixou de fora, cara soror!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666
P.S. Eu pensei que um bom plano para colocar a minha
posição fundamental por si só em um pós-escrito, para
moldá-la. Minha observação do Universo me convence de
que há seres de inteligência e poder de uma qualidade
muito maior do que qualquer coisa que possamos conceber
como humana; que eles nao sao baseados na estrutura
cerebral e nervosa que conhecemos, e que a primeira e a
única chance da humanidade avancar como um todo é para
os indivíduos fazerem contato com tais Seres.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta XXXI:Religion–Is Thelema a "NewReligion"?>>
Carta 32: Como Pode um YogiSempre Estar Preocupado?
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Essa questão eu tenho esperado por muito tempo! E o que
você espera é ver o meu meio toco quebrar o nariz do
wicket-keeper, com as bolas espertamente lançada em
campo pelo Third Man e Short Leg!
São todas referências ao jogo de Cricket. – Motta.
Admito que isto pareça um caso forte. Aqui (você coloca
em sua mais elegante prosa) nós temos um Yogi, mais
ainda, um Paramahamsa, um Bodhisattva dos melhores:
sim, ainda mais, nós temos um Mestre do Templo – e não é
seu Motto “Vi veri vniversom vivus vici ”? , e ainda assim
vamos encontrá-lo em agitação como uma galinha velha
sobre o mais trivial dos problemas; nós vamos encontrá-lo
envolvido nos vapores lacustres do Avernus, preocupando-
se com febre sobre desgraças imaginárias das quais
nenhuma pessoa normal faria mais do que lançar um olhar
de desprezo, e continuar com o trabalho.
Sim, mas você mal pode evadir a acusação empregando
desnecessariamente a linguagem da hipérbole, eu vejo o
que você quer dizer. No entanto, a resposta é adequada; os
próprios termos de sua Barganha com o Destino não só
permite, mas implica, alguma reação como parte do Mestre
para os Golpes do Destino. (W. E. Henley)
Aqui o Sr. Germer acrescentou a seguinte nota: “Um
poeta Inglês”. – Motta.
Há duas maneiras de olhar para o problema. Uma deles é o
que eu posso chamar de matemática. Se eu tiver dez pences
e seis centavos no mundo e mais um charuto de meio
guinéu, eu não tenho dinheiro sobrando para comprar uma
caixa de fósforos. Para “sair dessa” e recuperar a minha
serenidade normal requer somente o esforço de um minuto,
e toda a minha energia mágica é reservada para a Grande
Obra. Não tenho mais nada a fazer com esse esforço. Claro,
se a preocupação é o suficiente para interferir com o
trabalho, devo detalhar um arquivo corporal para diminuir
o incômodo.
A outra forma pode ser chamada de aspecto Taoísta. Antes,
porém, deixe-me explicar o ponto de vista do Mestre do
Templo, como é tão similar. Você deve se lembrar de sua
leitura o que acontece neste Grau. O novo Mestre é
“expulso” para dentro da esfera apropriada à natureza de
seu próprio trabalho em sua particular Grande Obra. E é
bom que ele aga na verdadeira conformidade da natureza
do homem que ele era quando passou por essa Esfera (ou
Grau) em sua jornada para cima. Assim, se ele for expulso
em 3°=8▫, não é parte de seu trabalho visar as virtudes de
um 4°=7▫; tudo o que tem sido feito bem antes...
Em teoria, pelo menos. Na prática, é possível obter
insights de um Grau antes de atingir o conhecimento
técnico a partir de outro grau “inferior”. O assunto é
muito difícil e muito amplo, além de ser muito
confidencial, para um breve discurso. – Motta.
Não é seu negócio ficar incomodando sua cabeça sobre
qualquer coisa sobre o seu trabalho, por isso ele deve
reagir a eventos como eles ocorrem de forma natural para
ele, sem tentar “melhorar a si mesmo”. (Isso, é claro, se
aplica não apenas em se preocupar, mas a todos os seus
caminhos pouco engraçados.)
A posição Taoísta não difere muito, mas é independente de
todas as considerações de realização do homem; é uma
regra universal baseada em uma teoria particular das coisas
em geral. Assim, “benevolência e justiça” não são
“virtudes” e elas são apenas sintomas da doença no mundo,
na medida em que deve ser necessária. O mesmo se aplica
a todas as condições, e para todos os modos de busca para
modificá-las. Existe apenas uma reação adequada para o
evento, isto é, para ajustar-se com perfeita elasticidade em
tudo o que acontece.
Esse tigre cruzando o arrozal parece ter fome. Existem
várias maneiras de lidar com a situação. Pode-se fugir, ou
subir em uma árvore, ou matá-lo, ou (no seu caso) intimide
ele pelo poder do olho humano, mas o caminho do Tao é
tomar nenhum aviso em particular. (Isso, incidentalmente,
não é uma Magia tao ruim; o desvio de sua atenção pode
muito bem resultar em tornar-se invisível, como já
expliquei em uma carta anterior). A teoria aprente ser que,
apesar de seu esforço para salvar a si mesmo ser bem
sucedido, este é obrigado a criar um distúrbio no equilíbrio
da população, com resultados igualmente desastrosos.
Ainda mais, pode ser que ser comido por um tigre é apenas
o que você precisava em sua carreira através das
encarnações; naquele momento pode muito bem haver uma
vaga em algum lugar exatamente onde ele vai fazer muito
bem a sua Grande Obra...
Por “vaga”, neste sentido, ele quer dizer uma
oportunidade para a incorporação, geralmente em um
feto. Foi alegado que, em alguns casos, pode ser a
verdadeira vontade de um ser humano convidar o Mago
para habitar o seu instrumento de carne. Nós opinamos
que, a partir da perspectiva de uma Sephiroth Inferior,
este seria um acontecimento extremamente raro se o
acordo fosse durar mais que um momento no tempo. O
escritor Britânico de suspense Edgar Wallace escreveu
um romance interessante sobre este tema. – Motta.
...Quando você pressiona um ponto, você faz uma saliência
correspondente no outro, como vemos muitas vezes uma
bela senhora, inconformada com a linha da cintura, adotar
medidas drásticas, e se transformar em um simulacro de
uma Pouter Puffin!
Em teoria, estou particularmente satisfeito com esse
Método, porque ele serve para todos, não requer nenhum
conhecimento, nenhuma formação técnica, “no nuffin”.
Mesmo assim, não vai agir por mim, exceto em uma forma
muito modificada, e em casos muito especiais; porque
nenhum curso de ação (ou inação) é concebível que faria
grande violência à minha natureza.
Então deixe que eu me incomode ao longo, por favor, com
um acento no “longo”; vou sorrir e aguentar, ou, se ficar tão
ruim que eu não possa fazer minha Obra, vou fazer o
esforço necessário para diminuir o incômodo, no entanto
sempre cuidadoso de causar o menor dano possível a
corrente principal da minha Energia total.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternlamente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta XXXIII:The Golden Mean>>
<<sem conteúdo - Carta XXXIV:The Tao I>>
<<sem conteúdo - Carta XXXV:The Tao II>>
Carta 36: Quo Stet Olympus:Onde os Deuses, Anjos, etc.
VivemCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Nós já estabelecemos o que eram Deuses, Anjos,
Demonios, Elementais há pouco tempo atrás; nos também
escrevemos de como eles vivem, então agora, Buscadora
insasiavel, você me pergunta aonde.
Mas certamente com um canto infantil – não que você não
cante um imemorial na planice Gregoriana.
“Há um amigo para as criancinhas
Acima do brilhante ceu azul”.
Bastante simples. Uma bonita terra chata: sol, lua, estrelas,
planetas, satélites pendurados para secar, com meteoritos
ocasionais e cometas vagando em cima para variar a
monotonia; antes de mais nada, este andar azul brilhante
basea-se em Reckitts e anúncios para a Riviera.
Apenas como isto. E acima disto novamente, o sonho de
haxixe do Joalheiro Judeu sobre o céu: ver o Apocálipse.
Uma vulgarização do Baudelarismo, brilhante, ainda reflete
o mundo!
A referência é para a descrição da “Jerusalém celeste”
como uma cidade de jóias. Baudelaire, claro, usou a
mesma imagem sob a influência do haxixe. – Motta.
Tao certo como Roma foi quando ela colocou o seu pé no
grande Galileo e a sua espécie de pessoa arrogante! Mas
ela não fez o trabalho corretamente. Ela deveria ter
fabricado um espectro falso – um conto para assustar as
pessoas para fora da astronomia para sempre. Mas
possivelmente já era demasiado tarde! O mal tinha criado
raízes profunda demais para ela.
Considerando a evidente imbecilidade de alguns dos
nossos correspondentes, talvez seja sábio destacar que o
parágrafo acima é pura ironia. Já era tarde demais para
colocar as pessoas fora de Crowley também. – Motta.
[Felizmente nao tao para mante-las sadiamente longe de
Motta.]
O que havia operada estes magos?
As adoraveis Cartas Celestes medievais que ainda nos
encantam pela beleza e sublimidade...
Elas nunca me encantaram. Por trás das cores brilhantes
eu podia sempre perceber a sede de sangue e ódio insano
da realidade que são o fato real por trás teoria hipocrita
do Vaticano. O que é belo não é necessariamente verdade,
mas a verdade é sempre bela. Pelo menos para os
corajosos. – Motta.
[Acho que alguem nao percebeu que Crowley estava sendo
ironico desde o inicio...]
... tinham sido escarnecida por aqueles adeptos da feitiçaria
sinistra!
Nada mais de terra plana apoiada em quatro pilares –
sobre?
Na Índia, a terra era suportada por um elefante que estava
sobre uma tartaruga – o que...? Sem andar de cima, Nada
alem do espaço vazio com as galáxias pululando; sem um
comodo para o “céu”. Simples chamar de Olimpio ou Meru
o lar dos Deuses – acredite ou não, não faça perguntas!
Contudo, o tempo todo, a dificuldade é por nós mesmos
frabricarmos bobagens. A mais elementar consideração da
natureza dos Deuses, anjos, demônios, e o resto, como
mostrado por suas faculdades peculiares, estampa-lhes
instantaneamente como seres pertencentes a mais de três
dimensões! Tal como nenhum número de linhas é bastante
para produzir o menor plano, como um cubo é capaz de
conter um número infinito de quadrados, assim, longe não
haver espaço para o céu, não há absolutamente nada além
sala!
Ainda naturalmente a natureza daquele espaço é
incompreensível para sempre, não incomcebivel, por
qualquer ser da menor dimensão. Só quando tivermos
sucesso na união do nosso Consciente (tridimensional) com
o nosso Inconsciente (quadridimensional) que poderemos
esperar por um conceito simbólico de como as coisas
acontecem nessas “partes cobertas”.
A expressão “tridimensional” e “ quadridimensional”
devem ser tomadas como uma imagem literária, não como
uma equação proposta geométricamente entre o
consciente e o inconsciente. A experiência Mística e
Magicka levam à conclusão de que o Tempo (a quarta
dimensão da física atual) é uma função, e não uma
constante, em muitos planos de consciência. Cf.
Referência de Crowley para as “Dobras” no tempo, por
exemplo, na Carta 25. – Motta
Especulação sobre tal ponto é imperdoavelmente inútil, eu
tenho dedicado apenas esses poucos parágrafos ao assunto
porque é útil para rebater um pouco o tipo critico de
caixote que pensa reunir a tese inteira do “Sunt Daemones”
pela consulta do “Quo Stet Olympus”.
[O paragrafo acima foi editado para ter o sentido muito
bem explicado por Motta logo abaixo]
O datilógrafo da edição original deste livro esqueceu o
segundo “t” de “rebutt” e assim fez um disparate total
com o trocadilho de Crowley. O parágrafo é
reconhecidamente difícil para o leitor médio – uma
definição que inclui a esmagadora maioria dos
americanos Ph.Ds. uma vez que a “educação
progressiva” assumiu. Ele quer dizer para refutar
(rebater) os críticos que tentam se juntar (rebutt) à
afirmação "Eles são demônios" – explicação favorita do
Cristista para qualquer coisa que transcenda a sua
capacidade intelectual rudimentar – “Onde está o
Olimpo” para o argumento? – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 37: Morte – Medo –“Memória Mágica”
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você me pergunta, muito naturalmente, para obter detalhes
sobre a promessa de Nuit (AL I, 58):
“ ... certeza, não fé , enquanto em vida, sobre a morte;”...
Em primeiro lugar, eu acho que isso significa o que diz.
Pode haver, é provavel, algum significado Cabalístico
interior: Esses quatro substantivos olhados mais
seguramente é como se houvesse, mas não me sinto de todo
certo de quais palavras no Grego (ou Hebraico, ou Árabe)
seriam; em qualquer caso, eu ainda não fiz qualquer
tentativa nesse sentido.
[Evidentemente ele esta se referindo aos quatro
substantivos abstratos do ditame de Nossa Senhora Nuit:
Certeza, Fé, Vida e Morte. Estas quatro simples palavras
também mantem relação intima com a Esfinge... Veja-se
Levi e também observe as incricoes no Quadrante de seu
Juramento Magico].
Para uma promessa franca, então! Certamente nenhuma
palavra mais reconfortante poderia ser dada. Mas evite a
ansiedade, é claro, lembre-se “sem ânsia de resultado”, e
AL III, 16: “Não penseis demasiado avidamente em
apossar-vos das promessas;”... Agora, a todo vapor!
Como a maioria das promessas deste tipo, esta é, deve-se
supor, condicional.
Tal poder é claramente do Siddhi; e meu instinto me diz que
é um resultado da devoção a Nossa Senhora das Estrelas.
De alguma forma eu não posso pensar nele como uma
espécie de presente de aniversário para um sobrinho
favorito. “Por que não?” Você está certa, como de costume:
qualquer coisa pode ser um “Deleite de Nuit”. Ainda assim,
sinto que este seria um caso raro.
[Veja AL II, 22]
“Mas nao tem que acontecer assim com todo mundo?” Sim,
eu concordo, em um senso; mas nao continue me
interrompendo! Eu estava chegando a algo interesante.
Eu insisto em colocar imediatamente adiante um ponto de
vista útil: “devoção a Nuit” deve significar a busca ansiosa
do cumprimento de todas as possibilidades, mesmo as mais
desagradáveis.
Bom: veja agora como isso é logico. De que outra maneira
poderia-se ter uma “certeza” razoavel, como sendo
contraria a “fé” (= conviccao interior)...
Por favor, note que ele define “ fé” de uma maneira
totalmente diferente dos Crististas , especialmente as
definicioes de Aquino. – Motta
...De outra forma que nao pela a aquisição da “Memória
Mágica” – a memória de vidas anteriores. E isso deve,
evidentemente, incluir a de mortes anteriores. Na verdade
“esquecimento Freudiano” é muito pertinaz sobre tais
temas; o choque da morte faz isto materia de mostrar a mais
formidavel coragem para alguem ultrapassar na mente os
incidentes das mortes anteriores. Você se lembra das “Dez
Impurezas” Buddhistas; – O Cadaver de um Afogado, o
Cadaver roido por bestas selvagens, e todo o resto.
Uma forma muito melhor desta prática Buddhista é a
dada em Liber HHH , uma das instruções da A � A � . –
Motta
Magick (embora eu nao afirme como se deve)...
Ele quer dizer o Livro Quatro Parte III Comentado , com
o subtítulo de “Magick Thelêmica” , que é suposto que
seguira este livro na série VI de o Oriflamme . – Motta.
...dá uma descrição muito completa e elaborada desta
Memória, e Liber CMXIII (Thisarb) uma Instrução em som
Oficial sobre os dois métodos principais de adquirir esta
faculdade. (Nenhum dos meus escritos, em todo caso, lida
com o primeiro método; isto é porque eu nunca poderia
fazer progresso algum com ele. Ninguem em absoluto.
Frater Iehi Aour, por outro lado, era um feiticeiro nisso;
ele pensou que algumas pessoas poderiam usar esse
caminho, e outros nao: nascido assim...
Frater Iehi Aour é o proprio Allan Bennett, que foi o
primeiro instrutor de Crowley em Magick, e depois se
tornou seu segundo instrutor de Yoga no Ceilão.
Infelizmente, a recusa de Bennett a aceitar o Livro da Lei
ocasionou uma deterioração rápida dos seus veículos mais
sutis na última parte de sua vida, precisamente como
aconteceu com Grudjieff e tem acontecido com muitos
outros desde então. – Motta.
[Duvido que ele tenha se tornado um Irmao Negro por isso.
AL I, 50 cai bem neste sentido tambem.]
...Se acontecer de que voce tenha essa faculdade, e nenhum
dom para todas as outras, isto é simplesmente muito ruim; é
melhor voce cair fora e seguir outro Santo Guru menos
perneta.
Tem, no entanto, como eu encontrar uma revisao sobre o
que tenho escrito em outros lugares, com bem poucas
lacunas na exposição; e eu posso também agora fazer o meu
melhor para parar com uma ou duas lacunas óbvias.
O período da minha vida que foi o clímax do meu trabalho
sobre este assunto foram aquelas semanas de Taumaturgia
no Rio Hudson – Eu temo que o Diário Mágico O Eremita
da Ilha de Esopo esteja irremediavelmente perdido –
quando me foi mostrado o Codex do Tao Teh King a partir
do qual a minha tradução (ainda não publicada) é tirada, e
quando o véu não era mais do que uma tremulação
luminosa, faiscantes fios de teia, translúcidos à honra
inefável que incandesce atrás dele. Por essas semanas eu
fui capaz de lembrar-me e registrar um número realmente
considerável de vidas passadas. (Eu meio que acredito, e
tenho esperança, que as passagens relevantes foram
copiadas em um dos meus diários de Cefalu; mas quem se
importará pelos outros diarios possivelmente ainda
existentes?)
“Mas o que sobre nos intervalos?” você me pergunta,
Shabash! Rem acu tetigisti.
isto me bate com o poder imenso e pungente como astuto
gancho de direito – o que do outro lado? Qual dos
períodos entre as sucessivas encarnações?
Vamos relembrar por um momento Pequenos Ensaios em
Direção à Verdade e ver o que ele diz sobre a constituicao
de um homem. (Não, eu não estou evitando a sua pergunta:
Eu vou chegar lá no meu próprio tempo. Deixe um
companheiro respirar!) Nada para o nosso propósito, como
a sua mexida sorridente de cabeça aconselha-me. E ainda –
a teoria é que a Tríade Supernal constitui (ou melhor, é uma
imagem de) a Essência “eterna” de um homem, ou seja, é a
expressão positiva daquele ultimo “Ponto de Vista” que é e
não é Completamente indestrutível.
Agora, quando um homem passa sua vida
(a) construindo e desenvolvendo os seis Sephiroth do
Ruach para que eles sejam coerentes em estreito equilíbrio
e relação,
(b) na forja, desenvolvimento e manutenção de um vínculo
de aço entre este Ruach sólido e a Tríade, a Morte significa
apenas cair fora de Nephesch (Malkuth), de modo que o
homem assuma o seu instrumento da Mente (Ruach) com
ele no seu próximo veiculo convenientemente escolhido. A
tendência do Ruach é, naturalmente, desintegrar-se mais ou
menos rapidamente sob o impacto de suas novas
experiências nas condicoes de pós-morte.
O paragrafo seguinte foi por razoes muito obvias
excluido na edicao do Sr. Regardie. – Motta.
(Daí as supostas Mensagens dos Poderosos Mortos,
usualmente fantasmas dos Desejos ou surtos de – em vida –
um Subconsciente reprimido, serem muitas vezes muito
desagradável. O “Medium” entra em comunicação com a
Casca do Morto – Qabalah chama –los de Qliphoth. Em um
mês ou menos, talvez um ano ou mais nos casos de mentes
muito solidamente construídas ou muito apaixonadamente
presas, e as “Mensagens” das Cascas começam a ser cada
vez menos e menos coerente, mais e mais fragmentária,
mortalmente modificada pelas experiências que isso tem
reunido em nas suas andanças sem rumo. Em breve ele sera
totalmente quebrado e nunca mais se ouvira nada dele).
Portanto, é por isto que é importantissimo treinar a mente
de todas as maneiras possiveis, e vinculá-la aos Principios
Superiores pela firme, constante e flamejante aspiracao,
fortificada pela severa disciplina e pelos Juramentos
continuamente reformulados.
A menos, é claro , que o “ Medium” seja um charlatão ,
caso que com o passar do tempo ouve-se mais e mais –
mas dificilmente do mesmo nível intelectual ou moral da
pessoa morta ! Você obtem Victor Hugo escrevendo prosa
ruim, ou Bertrand Russell jorrando matemática errada ,
ou “ Jesus Cristo” afirmando a santidade do Vaticano, e
Et Cetera ., Et cetera. , Et cetera – Motta.
Tal homem estará totalmente ocupado após a sua morte com
a incessante busca por seu novo instrumento, ele vai deixar
de lado – como ele tem o hábito de fazer durante a vida –
as atracoes das inumeraveis “Recompensas” e coisas do
gênero. (Eu não vou lhe pedir para perder tempo com os
fantatiscos contos de fadas de Devachan, Kama Loka e o
resto; isto deve acontecer se você quiser saber sobre
Paccheka – Buddhas, Skooshoks, o Brahma – lokas e todo
o resto – mas não agora, por favor!).
Existe um Juramento mais importante do que todo o resto
deles juntos, do ponto de vista da A � A �. Você jura
recusar todas as “recompensas”, para adquirir seu veículo
novo sem um unico momento de atraso, para que você
possa continuar o seu trabalho de ajudar a humanidade com
o mínimo de interrupção. Como todos os verdadeiros
Juramentos Magicos, este é certo de sucesso.
Um Juramento Mágico é “verdadeiro” quando se
expressa a V erdadeira Vontade do indivíduo ao
pronunciá-lo . – Motta.
Então temos um homem não só muito bem preparado para
reencarnar uma vez – isso significa cerca de seis meses
após sua morte, para o seu veículo que será um feto de
cerca de três meses de idade, para extirpar mais
deliberadamente todas as impressões que podem assaltar a
sua integridade.
Alternativamente pode haver algo na natureza de tais
impressões que sejam improprias para carregar para a
mente consciente do novo homem. Ou pode haver uma regra
- exempli gratia o desenho das águas do Rio Lete – de que
poderia ser possível para alguns Adeptos (cuja iniciação é
de um grau mais elevado que, ou de um tipo diferente, o
meu) fazerem o seu caminho através daquela particular
barreira.
Basta de pode, poderia, talvez, e todas as crias da harpia!
O fato é que eu nao me lembro de nada de qualquer
experiência Post Mortem, e eu nunca conheci ninguém que
se lembre.
Há uma exceção. Eu me lembro da primeira, quase
momentânea reação. Eu estou na minha forma astral, no meu
melhor Domingo – indo para uma reunião com os
Paramentos Cerimoniais com o meu Bastao que parece que
eu mantinha levantado e atribuia grande importância ao ato
– olhando para baixo sobre o corpo, exatamente como se
faz no incio de uma “Viagem Astral” quando comecamos a
estudar como se faz isto.
Eu nao me lembro de todas as impressoes feitas por esta
visão; nem pesar, nem alívio ou nem mesmo surpresa.
Mas há uma reação fortíssima – Imagino que eu já me referi
a que seja – quando da primeira lembranca de uma de suas
mortes: “Por Jupter, foi por um triz!”.
O que era temido? Eu nao tenho a minima ideia.
O quer era temida é a ruptura entre o eu encarnado e a
Triade Superior. – Motta.
E é isso que eu tinha para lhe dizer sobre a Memória
Mágica. Não: apenas um ponto para ir dormir: suponhamos
que duas ou mais pessoas afirmam terem sido,
simultaneamente, Júlio César, ou Shakespeare, ou – oh!
Sempre uma arma muito grande! Bem, cinqüenta ou
sessenta anos atras, ou mais, houve uma voga regular para
esse tipo de coisa, especialmente entre as mulheres. Era
usualmente Cleópatra ou a Rainha Mary da Escocia ou
Maria Antonieta: alguma coisa real e trágica era preferida,
mas de insuperavel beleza como essencia primal como
seria de se esperar.
So que algumas dessas mulheres nao eram de todo belas
no sentido convencional da palavra. – Motta.
Da Rainha Mary da Escocia a persuasão foi da velha Lady
Caithness, que parece, aliás, ter tido um senso de humor na
barganha, pois ela deu um jantar – parte em Paris para doze
outras senhoras, cada uma das quais também tinham sido
uma vítima infeliz da falha de Henry VIII de produzir dos
seus proprios lombos uma sucessão masculina durável.
(Seus casamentos foram muitos esforços desesperados para
salvar a Inglaterra do segundo turno de devastação da
Guerra das Rosas, a partir do qual seu pai, que não era um
miseravel, mas um sonoro financiador e economista, tinha
resgatado o país. Você deve entender isso se História
Inglesa for algo inteligível para você. A tragédia começou
com a morte prematura do Príncipe Negro; o segundo
golpe, o de Henry V em conjunto com a futilidade de seu
filho e o assassinato do príncipe Edward em Tewkesbury).
Bem, isso foi uma grande piada, é claro; isto tudo tende a
desacreditar toda a teoria da Reencarnação.
Bastante desnecessario, se olharmos um pouco mais a
fundo.
O que eu quero dizer quando digo que acho que fui Eliphas
Levi? Não mais do que eu possuo algumas de suas
características mais essenciais, e que alguns dos incidentes
em sua vida são lembrados por mim como sendo meus. Não
vejo como sendo passivel de qualquer impossibilidade
estes feixes de Sankhara serem compartilhados por duas ou
mais pessoas. Nós certamente não sabemos o suficiente
sobre o que realmente acontece para falar positivamente
sobre qualquer ponto desse assunto. Não perca o seu sono
por isso.
Eu não tenho , e talvez ela não tenha , mas Oskar Schlag
pode ter se lancado sobre a cama por algum tempo.
Quando ele veio a mim no Brasil para me espionar para a
CIA , ou Beth Shin , ou Vaticano, ou todos os três de uma
só vez , e eu lhe disse que eu era a reencarnação do
Conde de Saint Germain, ele ficou muito zangado e
martelou que ele tinha certeza de ele é quem era. Eu disse
a ele : “Mas é bem possível que ambos sejamos ” – o que
só fez ele de tudo mais louco . E daí? Se ele se sente mais
feliz pensando que “Saint Germain” renasceria para ser
um traidor da verdadeira ciência oculta, um espião
vendido de repugnantes cartéis internacionais , um peão
do Vaticano e de torturadores e assasinos “I sraelenses”,
deixe-o. Cada um com seu cada um. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - CartaXXXVIII: Woman—Her MagicalFormula>>
<<sem conteúdo - Carta XXXIX:Prophecy>>
<<sem conteúdo - Carta XL:Coincidence>>
Carta 41: “Somos Nós AReencarnação Dos Antigos
Egípcios?”Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Aquela minha consciência amaldiçoada esteve picando-me
depois que escrevi isto bastante às pressas curta e
repentinamente no cartão em resposta a sua 18° carta. Eu
tinha pretendido em verdade deixá-la ter a presente
coruscação tao breve quanto eu podesse adquirir um
secretário num futuro próximo, mas eu pensei que partiria a
sua cabeça a força por sua pergunta como castigo salutar.
O parágrafo acima, o primeiro desta carta, foi cortado de
sua “edição” pelo Sr. Regardie. Um deles é quase tentado
a investigar os processos de pensamento que o levaram a
esta espécie de “edição”, mas... “Quem pode limpar a
água lamacenta?” – Motta.
Eu realmente desejo que você entendesse que todas essas
especulações não são só ociosas e sem sentido, porque
você não pode possivelmente verificar a sua acuracidade,
mas mortal. Você pergunta se nós, significando, eu suponho,
os Ingleses...
A farpa muito pontuda. Naquela ocasião, os Inglêses
ainda tinham delírios de grandeza baseados no passado.
– Motta.
...estamos reencarnando dos Egípcios. Quando eu era
menino era dos Romanos, enquanto o Francês assumiu o
mesmo cargo ingrato para os Gregos. Eu digo “veneno
mortal”; porque quando você analisar você verá que este é
um dispositivo para se gabar. Você tem grande reverência
para o povo que produziu Luxor e as Pirâmides; e isto faz
você se sentir agradável e confortável por dentro você
achar que estava correndo por aí naqueles dias como
Ramsés II ou um sumo sacerdote em Tebas ou algo
igualmente agradável.
Você pode dizer que eu sou o chefe dos pecadores a este
respeito por causa de Ankh-f-n-Khonsu, mas isso não foi
obra minha. Foi imposta a mim pelo “O Livro da Lei”, e eu
não me sinto particularmente lisonjeado ou confortado por
esta identificação. O único interesse que para mim é a
notável forma na qual isto é entrelaçado com a existência
do “Trabalho do Cairo”.
Suas segunda e terceira perguntas são ainda piores. Eu
devo envergonhar-me de mim mesmo se eu fosse fazer tanto
para referir-me a estas.
Isso deve servir para aquilo. Mas a sua quarta pergunta eu
realmente respondi de uma certa forma. Isto no entanto me
arrebatou para a ideia de que eu poderia ter lhe dado uma
instrução mais detalhada como vantagem.
Quando eu era o Mindoun Chong na Birmânia, eu comecei
uma investigação dos meus sonhos; e a única forma de
capturá-los era escrevendo tanto quanto eu podesse lembrar
ao acordar, imediatamente. O resultado de fazê-lo é
bastante surpreendente. Para começar, eu descobri,
especialmente assim como a prática progredia, que eu
estava tendo muito mais sonhos do que eu supunha
anteriormente. Isso pode ter acontecido em qualquer dos
dois modos.
(1) A prática pode na verdade ter incrementado a minha
tendência para sonhar, e
(2) o hábito da observação pode ter trazido sonhos para a
superfície que de outra forma teriam ido
despercebidamente. Em ambos os casos os valores eram
bem definidos.
Eu achei quase de uma por todas, ou seja, após cerca de um
mês, que praticamente qualquer sonho que eu podesse
lembrar, poderia ser claramente atribuído a uma das duas
causas:
(a) os eventos do dia anterior ou dias, ou os assuntos que
tinham interessado ou me excitado durante aquele período,
e
(b) as condições físicas do momento. Por exemplo, uma
boa parte do tempo do experimento eu estava dormindo no
que poderia ter sido eufemisticamente chamado de casa
flutuante. Que era suscetível de vazar; e em tais ocasiões eu
acordei para encontrar a água gotejando meu nariz, eu
descobri que o sonho do qual eu tinha acordado era uma
aventura de algum tipo de conexão com a água. (É bastante
notório, eu acredito, que muitos indivíduos asmáticos são
incomodados por sonhos de serem guilhotinados em uma
encarnação anterior. Alan Bennett, posso mencionar, era um
deles.)
Como o produto da prática, você deve encontrar não apenas
que seus sonhos aumentam no número por noite, mas
também tornarão-se muito mais completos, mais claros e
coerentes. Eu assumo que a razão é que o fato de estar
prestando atenção neles os tráz à superfície.
Eu não estou bem certo se esta é uma resposta completa e
adequada à sua pergunta 4, “Como eu posso trazer melhor
para a minha vigília as memorias das horas do sono”?
Eu estudei, e o meu secretário tem estudado, que não
podemos fazer nenhuma cabeça ou cauda da sua observação
sobre exercícios cerebrais com esboço.
Bem, eu devo esperar o melhor e deixá-lo com a minha
bênção.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta XLII:This "Self" Introversion>>
Carta 43: O Sagrado AnjoGuardião não é o “Eu Superior”mas sim um Indivíduo Objetivo
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
[Não é muito educado, mas gostaria de chamar a atenção
dos leitores para um detalhe, logo de inicio.
Note bem o titulo... O que se ve? Um artigo indefinido: UM.
Um como artigo, é indefinido, o que quer dizer que é usado
para se fazer referencia ao SUJEITO da oração, é de uma
forma, vaga, imprecisa, global.
Em trocados: QUALQUER Individuo Objetivo.
Independente de sua real natureza, ainda assim é um
individuo QUALQUER...
Objetivo aqui não esta enfocado com Objeto – aquilo que
os sentidos normais facilmente observam, ele esta focado
no sentido de Subjetividade e Objetividade...
Atenção redobrada na leitura dessa relativamente extensa
carta conduz o estudante a uma planice fora de toda essa
verborreia que se le por ae...]
Muito do primeiro paragrafo desta carta foi omitido pelo
Sr. Regardie. – Motta.
No decorrer de muitas das recentes cartas eu vejo que você
pergunta sobre William Gillette e se os Anjos eram de fato
“um vermelho – par quente – de pinos que você fura a
sibilar eu o soft de" mim. ...
Ele quer dizer d a pergunta respondida na Carta 58,
intitulada “ Será que os anjos nunca se cortam ao se
barbear? " – Motta.
...Você quis dizer para não só investigar a forma de ser a
que pertencem os anjos, mas se eles são tambem passíveis
de infortúnio, acidente, e similares.
A resposta é que isto depende do Anjo – para os propositos
desta carta eu proponho usar a palavra “anjo” para incluir
toda a sorte de seres sem corpo, de demônios a deuses – em
todos os casos, eles são objetivos; um anjo “subjetivo”
difere de um sonho somente na sua nao-essencialidade.
Agora, alguns anjos são realmente emanações dos
elementos, planetas, ou signos aos quais são atribuídos.
Eles são seres parciais em muitos aspectos, da mesma
forma que sao animais. Eles não são microcosmos como
são os homens e as mulheres. Eles são quase inteiramente
compostos do planeta (ou o que quer que seja) ao qual são
atribuídos. Os outros componentes de seu ser eu considero
como sendo quase acidental. Por exemplo, o Arcanjo
Ratziel é senhor de uma empresa de anjos chamados
Auphanim; e é preciso não se imaginar que todos esses
anjos são idênticos entre si, ou não parecer ter muito
sentido nisso. Eles têm algum tipo de composição, algum
tipo de individualidade; e o caráter e a aparência do Anjo
podem ser determinados pelos seus nomes.
Eu não acho que eu tenha mencionado em qualquer lugar
como isto é feito. Para dar um exemplo, vamos ter Qedemel
– as letras Hebraicas sao Q.D.M.A.L., e a numeração é
175, que é a soma dos primeiros 49 números, como é
próprio de ♀.
No âmbito de uma e m Sephirah particular, qualquer
número pode apresentar-se sob o disfarce de um múltiplo
do número principal que representa a Sephirah , ou assim
dizem os C abalistas . Na edição original deste livro ,
tanto o secretário quanto copista omitiram as palavras
‘dividido por 7’, que estão implícitas, ‘como é próprio
♀’. É assim que se pode dizer que no Plano do
Entendimento (ou o plano do “ Diabo” !) A Lei de Israel é
idêntica à Lei de Θελημα , quer os J udeus ortodoxos
(leia-se “os israelenses”) gostem ou não . – Motta
Podemos então esperar que a cabeça ou toucado do espírito
esteja de alguma forma com a caracteristica do signo de �.
A forma geral do corpo será indicado por ד, a letra de ♀, e
a parte inferior (ou talvez a qualidade) será determinada
pela aquosa Mem – O terminacao לא é geralmente tomada
para indicar símbolos apropriados. Por exemplo, o א pode
mostrar uma aura dourada, e o ל uma balança.
Outra interpretação possível, que ele menciona em outros
lugares, é que tais “ anjos” , como têm a terminação AL
em seus “ nomes” carregam a Espada (A) e a Escala (L).
O leitor deve perceber que tudo isso é apenas um código
de comunicação , neste caso, com base na tradição H
ebraica. Um estudo científico de tais entidades pode ser
conduzido em linhas totalmente diferentes , de acordo
c o m os preceitos ou simbolismo de outra tradição
cultural. Este assunto todo foi coberto por Crowley em
Liber 777, que esta sendo expandindo para incluir o
maior número de sistemas possíveis. Mas a nossa escolha
será sempre , em alguma medida, limitada pelo fato de
que usamos a chamada Cabala Hebraica , na verdade, a
Cabala M edieval dos Alquimistas , “Rosacruzes” e M
açons como uma pedra de Roseta. Crowley a escolheu
porque ele a considerou como sendo o sistema mais
prático e eficiente, e nós concordamos . Mas os
pesquisadores do futuro devem ter em mente que sempre
que voce estrutura o conhecimento você estara sendo
limitado pela própria estrutura que você está usando .
Nossos sucessores podem encontrar uma pedra mais
eficiente que a R osetta d a Cabala Magicka . Mas se
assim for , eles ainda vão ter evoluído de um sistema mais
eficiente do que o de Maimônides , “Christian
Rosenkreutz” , e Aleister Crowley. – Motta
Alguns detalhes podem ser indicados se tomarmos as letras
juntas, Dam é a palavra Hebraica para sangue. De tais מ e ד
considerações pode-se construir uma representação
pictórica na mente que pode servir como um padrão para a
qual qualquer aparência dele deva mais ou menos se
conformar. A questão então toma a forma de um inquérito
sobre o quanto tais seres são imortais ou eternos.
No caso acima, evidentemente, sua existência depende do
planeta que ♀, e pode-se supor que, se esse planeta fosse
retirado do sistema solar, não haveria mais Qedemel. Mas
isto é muito para se julgar precipitadamente, pois ♀ por si
só é uma emanação do número 7, e, portanto, indestrutível.
{Nota manuscrita: Porque ela, ele vem de... que é � + □, 3
+ 4}
Tal qual � “em si mesmo” é igualmente indestrutível,
sendo uma emanação do número 4. O leitor deve tentar
manter em mente que não se está falando de coisas
materiais aqui. � ou ♀, os planetas, podem obviamente
serem destruídos – por exemplo, se o Sol se tornar uma
Super-Nova. Mas os conceitos matemáticos são
indestrutíveis, pelo menos enquanto existir uma mente
que usa o número como um meio de mentação. E, mesmo
que este tipo de mente deixa-se de existir no assim
chamado universo material, ela ainda pode existir sobre
os outros planos de que Crowley está falando. Realmente,
seria tão bom se os cientistas fizessem um estudo sério
sobre Magick e Misticismo! Precisamos de intelectos
rigorosamente treinados com o brilhantismo de um
Bertrand Russell, ou com a riqueza intuitiva de um
Einstein, se quisermos avançar no caminho apontado pelo
gênio de Aleister Crowley. Pode talvez ser tão importante,
ou até mais importante para a nossa espécie, do que a
exploração do assim chamado espaco “material” –
Motta.
É uma idéia como a acima, que é a parte de trás da idéia
convencional de que elementais são imortais, que incorrem
em mortalidade quando a sua ambição e devocao faz com
que eles encarnarnem como seres humanos. (É iste
alcançado por algum tipo de casamento com um Ego
reencarnante? Como é tudo isso? É muito obscuro? Nós
precisamos de mais evidencias.)
[Crowley indica um livro, que realmente todos deveriam
ler. Em portugues ele saiu pela Ed. Landy em 2006. O titulo
é Ondina, o autor Friedrich Motte-Fouqué. É muito
instrutivo para quem realmente esta buscando entender o
assunto]
As setencas entre parênteses, e o proximo parágrafo,
foram excisadas pelo Sr. Regardie . – Motta
Você deve indubitavelmente ter lido em muitas histórias do
Leste sobre a destruição das dríades ou Nats...
Um é Grego , o outro, um nome H indu para o que ,
obviamente, Crowley achava que era o mesmo tipo
(espécie ?) de criatura elemental. – Motta.
... pela derrubada da árvore em que eles fizeram a sua
habitação. Uma ninfa, similarmente, seria destruída se a sua
fonte fosse seca.
Já que o Sr. Regardie publicou sua pirataria deste livro
há alguns anos, nos perguntamos se por ele ter sangue
Judeu deu-lhe poderes proféticos suficientes para , pelo
menos, previnir James Watt, e para tentar ajuda-lo no seu
trabalho contra os poluentes Americanos ainda mais do
que f o i poluida pela eleição de Ronald Reagan para a
presidência !
Dríades , Nats , ninfas, etc, pode ser simplesmente um
código de comunicação entre as almas dos seres humanos
e as almas das coisas naturais. Uma vez eu perguntei ao
meu mestre muito sábio e muito paciente , o Sr. Karl
Johannes Germer , se ele achava que alguém ao invocar
os Aethyrs iria receber as mesmas visões que Crowley
recebeu . Ele costumava pensar longa e profundamente
antes de responder a uma pergunta, mas desta vez ele não
hesitou. “ Não”, ele disse, “ Eu acho que a pessoa obteria
o tipo de símbolos que seria inteligível para a sua
formação cultural, mas a mensagem seria a mesma , pelo
menos até o final do presente Aeon”. Esta é ,
naturalmente, outra razão pela qual estamos tentando
incluir o maior número de novos sistemas que nos for
possivel em Liber 777 Revisado 2 . Nós às vezes somos
questionados por leitores impacientes sobre este assunto.
Eles devem ter em mente que este é um trabalho de
décadas – até mesmo de séculos. Novas edições podem ser
feitas após a morte deste editor e anotador para incluir
sistemas , tanto quanto de Sirius – implorando seu perdão
, queridos “Rosacruzes” – ou o mais próximo dos
cetáceos . Seja qual for que nós chegarmos primeiro.
Seria , evidentemente, mais fácil de chegar primeiro aos
cetáceos, mas para isso é necessário parar de matá-los e
tentar entender que a tradição das “ sirenes” e “tritões”,
por exemplo, pode ser nada além de uma projeção da
insistente mensagem de amor e simpatia transmitida a nós
pelas baleias e golfinhos que nós continuamos
assassinando e matando . Não é interessante especular se
a assim chamda etica “crista” de “dar a outra face” não
f o i realmente transmitida a Jonas , o profeta H ebreu,
dentro de uma baleia ...? (O leitor inteligente vai – espero
– entender que estamos apenas indicando u m ensaio
magistral de George Orwell com o mesmo título como
uma dica .) Pois se alguma vez um ser inteligente virou a
outra face para outro ser inteligente, os cetáceos têm
feito isso para nós. Como prova a história , nunca temos
feito o mesmo uns aos outros. Isto nao é uma
característica humana; m a s pode muito bem ser uma
característica dos cetáceos, pelo menos para nós, se
assim for, deveríamos contar nossas bênçãos . Qualquer
outra espécie deve ser respeitada se quisermos preservar
e melhorar a nossa propria espécie. É hora de aceitar a
ecologia ! – Motta.
Agora, pode um anjo desse tipo nunca ter errado, pelo o
que quero dizer dele nunca ter sido infiel a sua natureza?
Por favor, note a definição de “ errado”. O Aspirante
deve cuidadosamente distinguir entre fracasso pessoal e
fracasso impesso al. Fracasso pessoal consiste em ser
infiel à sua própria natureza ; os únicos seres muito
complexos n a estrutura psicossomática , tais como os
seres humanos, geralmente são os unicos capazes deste
tipo de erro. Erros impessoais seram mais prováveis de
ocorrer no longo decorrer de perseverar em qualquer tipo
de esforço , já que é uma expressão material da lei de
estatística – ou, se preferir, da lei de Chance. A única
falha que é grave o suficiente do ponto de vista iniciático
é a incapacidade de se ser verdadeiro com a sua própria
natureza . Em um ser humano , isto significa desgarrado
de sua própria Verdadeira Vontade . Todos os outros
tipos de erros , vindo do ambiente e nao do Ser , podem
ser lamentaveis, mas tem que serem aceitos e
compensados, uma vez que são sempre possíveis, e
freqüentemente imprevisíveis , mesmo para os seres mais
evoluídos (o que o homo sapiens geralmente não é. ) “ Há
um fator infinito e desconhecido”. Tenho conhecido
discípulos que expressam surpresa quando lhes digo que (
eles pensam) os tenho tolerado mesmo quando têm sido
mais obnoxio e contrário . Mas meus instrutores e meus
mestres toleravam-me, e ainda o fazem. O único pecado
imperdoável é a desobediência deliberada e consciente de
sua Verdadeira Vontade em circunstâncias onde a
pressão ambiental não é suficiente para dar por conta
própria a incapacidade de ouvir a “Voz do Silêncio”
(como poderia dizer Blavatsky ). Este é o “ pecado contra
o Espírito Santo”, e se é muitas vezes repetido ( a
freqüência perigosa varia de acordo com o psicossoma e
com o nó de tempo-espaço, onde um de Ponto de vista
está se movendo, então não há nenhuma regra de
seguranca rápida para ser prescrita !) produz um “Irmão
Negro” . – Motta.
Eu não vejo como se pode imaginar que isso aconteça,
porque são criaturas tão completamente feita dos elementos
de que são compostas que devem ser consideradas como
completamente desprovidas de vontade, em qualquer
sentido da palavra inteligível. Suas ações, na verdade são
apenas reações.
Eles são, naturalmente, inteiramente desprovidos da Tríade
Celestial. Assim, não há nenhuma questão neles que
persistiria através das mudancas.
Outro ponto importante . Mudança ambiental só pode
afectar intrinsecamente um Ser Microcósmico , não um
ser que é em si uma parte das forças da natureza ao invés
de um ser que aspira a tornar-se o conjunto dessas forças
, o que quer dizer , o Todo. – Motta.
Talvez fosse melhor dizer que mudanca nao ira realmente
afetá-los. Outra maneira de colocá-los seria que eles são
adjetivos, não substantivos. Eles são apenas manifestações
sensíveis dos elementos a que são atribuídos e às letras do
seu nome.
Agora, por outro lado, há um tipo totalmente diferente de
anjo, e aqui devemos ter um cuidado especial para nos
lembrar-mos de que incluem deuses e demônios, pois
existem tais seres que não são de modo algum dependente
de um elemento em particular para a sua existência. Eles
são microcosmos exatamente no mesmo sentido que os
homens e as mulheres são. Eles são indivíduos que tem
pego os elementos de sua composição como dita a
possibilidade e conveniência, exatamente como fazemos
nós mesmos. Eu quero que você entenda que uma deusa
como Astarte, Astaroth, Cotytto, Afrodite, Hathoor, Vênus,
não são apenas aspectos do planeta...
Aqui , ele acrescentou a seguinte nota : “’ Venus' é, claro,
uma “coisa-em-si-mesma”; ‘o planeta é apenas um caso
da idéia’”. – Motta.
Toda essa estrutura de raciocínio é puramente
matemática , e o leitor sério vai encontrá-la em Russell e
Whitehead n o Principia Mathematica e na própria obra
pessoal de Russell, os Princípios da Matemática , que é
ligeiramente mais fácil de absorver para o leitor médio
que o primeiro. – Motta.
...Pois eles são indivíduos separados que foram
identificados uns com os outros, e atribuídos a ♀
simplesmente porque a característica saliente em seu
caráter se aproxima deste ideal.
Agora, então, é simples de responder à pergunta por voce
desenvolvida, seu envelhecimento e morte; pois, sendo da
mesma ordem de Natureza que nós mesmos somos, quase
tudo que é verdadeiro para nós também é verdadeiro para
eles.
Eu tenho tentado bastante antes de elaborar este tema,
devido à uma pergunta pessoalmente importante que surge
em cartes mais recente, porque eu acredito que o Sagrado
Anjo Guardiao é um ser dessa ordem. Ele é algo mais do
que um homem, possivelmente um ser que já passou pelo
estágio de humanidade...
Não necessariamente em um corpo humano, ou
pertencentes à espécie humana , mas certamente capaz de
incluir em sua experiência os limites da experiência
humana, de outra forma a comunicação nunca poderia ser
tão íntima e imediata como qualquer Adepto Menor pode
testemunhar que é. – Motta.
... E sua relação peculiarmente íntima com o seu cliente é o
da amizade, da comunidade...
Comunidade de interesses , propósitos e objetivos. Isto é
crucial, se me permite o trocadilho , e aqui é outra razão
para os cientistas explorarem a experiência mística ,
apenas para nos assegurar d e que o contato que os
Adeptos fazem é aquele que vai realmente beneficiar a
nossa espécie . É tudo , na essência , uma questão de juízo
de valores , tais como: Quem provou “ a si mesmo” mais
valioso para a espécie humana (para não falar de “ seu”
próprio país) , Phyllis Schlafly ou Betty Friedan ?
Elizabeth I ou Elizabeth II? Ou que se mostrou “a si-
mesmo” mais valioso para a espécie humana , Bertrand
Russell ou o presente Romano “ Papista”? Baruch
Spinoza, ou Tomás de Aquino ? Escolhe -vos bem... ! –
Motta.
...De fraternidade, ou paternidade. Ele não é, deixe-me
dizer com ênfase, uma mera abstração de si mesmo, e é por
isso que tenho insistido antes fortemente que o termo “Eu
Superior” implica “uma heresia condenável e uma ilusão
perigosa”.
E se assim não fosse, não haveria nenhum ponto em A
Magia Sagrada de Abra-melin, o Mago.
Á parte de qualquer especulação teórica, meu Sammasiti e
trabalho analítico nunca tem me levado a tanto como uma
dica da existência do Anjo Guardiao.
Ele quer dizer, claro, como uma parte de si mesmo. –
Motta.
Ele não pode ser encontrado por toda a exploração de si
mesmo. É verdade que o processo de análise leva,
finalmente, para a realização de si mesmo como nada mais
que um ponto de vista indistinguível em si mesmo de
qualquer outro ponto de vista, mas o Sagrado Anjo
Guardiao esta precisamente na mesma posição. No entanto
pode ser a próxima identidade em milhões de formas, sem
identificação completa e sempre alcançável.
Mas lembre-se disso, acima de tudo, eles são objetivos,
não subjetivos, ou eu não deveria desperdircar a boa
Magick com eles.
Nisso eu concordo com maior ênfase a partir de minhas
próprias experiências. De fato, p o r ser um ex -
masturbador, eu deveria saber a diferença entre mim
mesmo e o outro ! ( Masturbações são prometidas de não
tomar isso como uma defesa do seu “ hábito
indefensável” , que é apenas uma forma distorcida de
expressão sexual estimulada pelos “ Irmãos Negros”, que
temem acima de tudo, qualquer contato com qualquer
outro autônomo a lém de seus egos. Magick Thelêmica é
baseada em 2 = 0 , e não em “eu sou eu” . Certamente, “
eu sou eu” ; mas e daí? Esta é uma definição de limitação
pessoal, a menos que seja uma declaração rigorosamente
limitada no espaço e no tempo? deve-se esperar que tanto
o Sr. Jack Vance e o Sr. Robert Heinlein, cujos talentos e
inteligências que se admiram, vao ter este ponto de vista
antes de morrer...! Para não falar do Sr. Oskar Schlag .
Mas Hope é um verme . – Motta.
Deixe-me falar em particular no que diz respeito aos
Deuses, que o deus Jupiter a quem você invoca não é
necessariamente aquele mesmo a quem eu invoco. É claro,
em qualquer caso que a revelação de si mesmo para você é
modificado em muitos aspectos, por sua própria
sensibilidade particular; assim como na vida comum, a sua
idéia de um amigo pode ser muito diferente da minha
própria concepção do mesmo indivíduo. Suponha, por
exemplo, que ele resulta ser músico, haverá um lado inteiro
do seu caráter ao qual sou praticamente insensível. Você
pode falar com ele durante horas, e eu entenderia pouco ou
nada do que foi dito.
Esta carta pode ter sido escrita para Sascha Germer , ao
invés de qualquer outra mulher , desde que a Sra. Germer
era uma excelente pianista , professora e música. –
Motta.
Da mesma forma, se ele fosse um alpinista, seria a sua vez
de ser uma estranha no ninho.
Você enviou uma chamada para os Aethyrs; Quem responde
depende de varios fatores.
“É uma mentira, esta tolice contra si mesmo” se aplica
ao “Anjo” – ou seja, o SAG – Tanto quanto se aplica a si
mesma. O Ser que atender a sua chamada tem a intenção
de tirar algo da troca , assim como você faz. Lembre-se ,
é 2 = 0 , e não “ Eu igual a eu”! – Motta.
No meu caso, cheguei a 666, o Mago do Aeon,
possivelmente porque na minha adolescência eu jurei a mim
mesmo ajudar a humanidade. Não é apenas que Ele-Ela-Isto
encontrou “dignidade” em minha aspiracao – é
simplesmente que minha aspiração ressoou em Seu-Sua-
Esse como sendo seu proprio propósito.
A relação entre o “ Anjo” e seu cliente é sempre a de uma
conveniência mútua, não de um “auto-sacrifício”. Todo o
conceito de “auto-sacrifício” é uma mentira inventada
pelos “ Irmãos Negros” (uma mentira involuntária ,
embora eles não estejam conscientes deste fato crucial, e
que negaria-la acaloradamente se fosse mencionada a um
deles – eles não têm a Verdadeira Vontade , sendo os
escravos-dos-deuses , assim como os deuses dos escravos
) , inventada para esconder sua covardia, e, assim, para
manter a humanidade escravizada aos seus Eus restritos
(os Eus dos “ Irmãos Negros” , não os Eus da
humanidade .) , deve-se advertir o leitor sério contra a
idéia que os Tolosofistas e falsos Iniciados tem
constantemente tentado fomentar que o SAG nada mais é
que uma projecao da mente do Aspirante . Negação desta
ilusão masturbatória é precisamente o ponto desta carta
inteira . Uma certa Alexandra David- Neil, entre outros,
tem procurado fomentar essa mentira insidiosa . É
interessante que Alice Bailey, embora, obviamente, outro
charlatão em muitos sentidos, e “ Dion Fortune”, que
passou toda a sua vida maliciosamente roubando as
idéias de Crowley enquanto esfaqueáva-lo pelas costas,
não fizeram isso. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta XLIV:"Serious" Style of A.C., or theApparent Frivolity of Some of myRemarks>>
Capítulo XLV:A Conduta “Frívola” de um
PupiloCara Soror,
Faze o que tu queres deverá ser o todo da Lei.
Aqui aparece-nos Zola novamente, desta vez ele diz
J’Accuse! O meu Hexagrama de hoje é o Nº X. Lî, o Tigre:
e o Duque de Chau comenta sobre a última linha da seguinte
forma: “A sexta linha, não dividida, nos diz para olhar para
todo o curso que foi trilhado, e examinar o presságio que
ele dá. Se for completo e sem falhas, haverá grande boa
fortuna”. O.K.; Vamos lá!
Agora já faz mais de um ano desde que você veio até mim
gemendo como uma alma condenada em tormento — e
assim você deveria estar! — e me convenceu a tomá-la
como minha pupila. O que você fez com esse ano?
. . . . . . . .
Primeiro, suponha que observemos o que você concordou
em fazer: As preliminares essenciais do trabalho da
A�A� — você será parabenizada de coração pela sua
rápida percepção de que os princípios desse corpo augusto
eram absolutos[1].
1. Preparar e apresentar o seu Registro Mágico. (Sem isso
você está na posição de um navegador sem mapa e nem
diário de bordo.) Teria sido muito fácil prepará-lo em uma
semana. Você o fez em um ano? Não.
2. Aprender a construir e aperfeiçoar o Corpo de Luz. Isso
poderia ter demandado até uma dúzia de lições
particulares. Você foi encorajada a reclamar por
prioridade sobre o meu tempo. O que você fez?
Você fez um experimento comigo bastante satisfatório, e
obteve instruções completas para a prática e experimento
em casa.
Você fez um experimento, ignorando cada uma das
recomendações feitas a você.
Você continuou a marcar encontros para uma segunda lição
pessoal; e cada um deles você faltou.
3. Começar práticas de Yoga simples.
Isto, naturalmente, não pode ser verificado de modo algum
na ausência de um registro cuidadoso e de uma análise
crítica orientada. Você não faz um, e é incapaz de outro.
Então suponho que você está muito satisfeita consigo
mesma!
4. Seu trabalho da O.T.O.
Você foi suprida com cópias desses rituais os quais você
tinha direito.
Você deveria fazer cópias destes.
Seu deveria passar por eles comigo, de modo a assimilar
seus Simbolismo e ensinamento.
Você fez alguma coisa disso? Não.
5. Você deveria me escrever uma carta de perguntas a cada
quinze dias.
Você fez isso? Não.
. . . . . . . .
Em treze meses você fez tanto trabalho honesto quanto faria
em uma semana? Não.
. . . . . . . .
Que desculpas você delonga, quando taxada com esses
delitos?
Você está ansiosa para marcar encontros para ser recebida
em audiência; então você falta sem aviso, explicação,
desculpa ou arrependimento.
Você sempre está para ter tempo suficiente para se dedicar
à Grande Obra, mas esse tempo sempre é em algum lugar
depois da metade da semana que vem.
Se você colocar metade do entusiasmo que as senhoras de
idade colocam no jogo de Bridge de Culbertson naquilo
que você clama ser o fator mais importante na vida, você
pode chegar a algum lugar.
O que você precisa, no sentido de um Guru, é de um Swami
gordo e banhento, que não permitiria que você entrasse ou
saísse de sua presença sem permissão, ou se dirigir a ele
sem ter sido formalmente convidada a fazê-lo. Depois de
sete anos de criadagem servil, você com sorte poderia ser
autorizada a ouvir alguns de seus discursos
aprimorantes[2].
Trapaça pretensiosa é o único apelo ao qual se pode
confiar que você responda. Praxiteles repeliria você, a
menos que você cobrisse o mármore completamente com
bugigangas brilhantes, roupas espalhafatosas, bijuterias da
bandeja de Autolycus! No entanto, foi precisamente porque
estava farta de tudo isso que você veio até mim, afinal[3].
Como se pode tomá-la como uma estudante séria? Só
porque você tem momentos em que as escamas caem de
seus olhos, e sua necessidade profunda destrói as
falsificações fiasquentas que escondem o santuário onde
Isis está desvelada, mas ah! longe demais. Você precisa
avançar.
Avançar — isso significa Trabalho. Trabalho paciente,
cansativo, sem compensação, muitas vezes atordoante.
Querida irmã, se você apenas Trabalhasse! Trabalhe
cegamente, estupidamente, equivocadamente, no final não
importa: o Trabalho em si tem virtude absoluta.
Mas para você, tendo chegado tão longe nesta encarnação,
deve haver uma revolução. Você não deve continuar a
hesitar, não deve mais planejar; você deve saltar no escuro,
e pular de uma vez.
“A Voz de minha Alma Superior disse-me: Deixe-me entrar
no Caminho das Trevas; porventura assim eu possa
alcançar a Luz”[4].
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
P.S. Deixe-me apresentar um exemplo da maneira pela qual
o Aspirante sério se põe a remar. Isso não é ostentação,
como se os fatos denotassem excelência suprema; eles
expõe. O único comentário é que se tal conduta não é
normal e universal, ela deveria ser. Ainda que não! Eu
acrescentaria o seguinte: que eu ainda não ouvi falar de
alguém que tenha atingido quaisquer resultados importantes
que não atribui seu sucesso à dedicação de uma qualidade
bastante parecida.
Aqui estão eles[5]:
1. A Nuvem Sobre o Santuário. Ao ler este livro, o Sr. X.,
que estava desesperado com a convicção de que nenhum
sucesso na vida valia um tostão, decidiu: “Esta é a resposta
para o meu problema; os membros da Fraternidade Secreta
que este livro descreve resolveram o enigma da vida.
Devo descobri-los e procurar ser recebido entre eles”.
2. X., ouvindo uma conversa em um café que o fez pensar
que a pessoa que falava[6] poderia ser alguém que ele
buscava, perseguiu ele — tinha ido em suas viagens — e o
alcançou, e o fez prometer um encontro na data mais breve
possível.
3. Este encontro levando a uma introdução à Fraternidade,
ele se afiliou, jurando lealdade. Mas ele se chocou
gravemente, e quase desistiu, quando assegurado que: “Não
há nada neste Juramento que possa entrar em conflito de
alguma forma com as suas obrigações civis, morais ou
religiosas”. Se não valia a pena se tornar um assassino, um
traidor, e uma alma eternamente condenada, por que se
preocupar com isso? era a sua atitude.
O Chefe da Fraternidade estando ameaçado de revolta, X.
foi até ele, em circunstâncias que comprometiam seu
próprio progresso, e ofereceu seu apoio “até a última gota
do meu sangue, e o último centavo de meu bolso”.
Decidindo realizar uma Operação Mágica crítica[7] e
estando avisado de que séria oposição poderia vir de seus
próprios amigos, familiares, etc., abandonou sua carreira,
mudou seu nome, desligou-se completamente do passado, e
não permitiu que nenhum interesse alheio de qualquer tipo
interferisse com a sua absorção no Trabalho. Sua viagem
para ver o Chefe naquele momento parecia ser uma
interrupção fatal; ela envolvia o desperdício de pelo menos
um ano inteiro. Ele estava errado; o seu gesto de pôr os
interesses da Ordem antes de seu avanço pessoal lhe foi
imputado por justiça[8].
. . . . . . . .
Não haveria necessidade de ampliar esta lista; que poderia
ser continuada indefinidamente[9]. X. tinha uma regra de
vida, e somente uma; fazer qualquer coisa que viesse por
primeiro na lista de tarefas, e nunca estimar os custos.
Porque esta linha de conduta era tão rigidamente racional,
ela parecia para os outros irracional e incalculável; porque
era tão serenamente simples, parecia um mistério insolúvel
de uma complexidade absolutamente incompreensível!
Mas — temo que você é bem capaz de perguntar — este
sistema não é (a) absurdo, (b) errado, certamente no longo
prazo de derrotar seu próprio objetivo.
Bem, quanto ao (a), tudo é absurdo. O Universo não é
construído para satisfazer a mania de “planejadores
sociais” e sua espécie entediante. Quanto ao (b), aí você
disse alguma coisa; a refutação nos levará a abrir um novo
capítulo. X. não deveria ter estabelecido um esquema
abrangente, e trabalhado os detalhes, para que ele não
cessasse no meio do caminho por falta de previsão e
provisão para emergências?
Um exemplo. Suponha que o próximo passo em sua Obra
envolvesse o sacrifício de um camelo em uma casa em
Tooting Bec, decorada de acordo com o que o Grimório
estabelecesse, e que a compra da casa o deixasse sem
recursos para comprar o mobiliário, sem contar com o
camelo. Que tolo!
Não, isso não é necessariamente certo. Se os Deuses
querem o Fim, Eles também querem os meios. Farei tudo o
que é possível para a compra da casa: deixarei que Eles
façam a Sua parte quando chegar a hora[10].
Este “Ato de Verdade” já é uma fórmula mágica de
potência infalível; o homem que é capaz de pensar e agir
assim tem muitos mais chance de conseguir o que queria do
Sacrifício — quando finalmente o Camelo aparece no local
— do que aquele que, tendo amplos meios para realizar
toda a Operação sem risco de fracasso, passa pela
cerimônia sem nunca ter experimentado um momento de
ansiedade sobre sua capacidade de trazê-la a uma
conclusão bem sucedida.
Particularmente acho que o erro está no estimar. A
injunção é “comprar o ovo de uma galinha perfeitamente
preta sem regatear”. Você não tem meios de julgar o que
está escrito no livro Deles; assim “...a razão é uma mentira;
... & todas as suas palavras são meandros....” AL II, 32.
Deixe-me acrescentar algo que é um fato bem-atestado da
experiência mágica — começando com Tarquin e os livros
Sibilinos! — bem como um fato da psicologia profana, que
se você teme um obstáculo, é mais difícil na próxima vez.
Se o menino cai do cavalo, faça-o montar novamente de
uma vez: se o jovem piloto cai, faça-o voar novamente sem
atrasar um minuto sequer. Se você não fizer isso, a
coragem está suscetível a quebrar para tudo e para sempre.
Não estou dizendo que essa política é invariavelmente bem
sucedida; seu julgamento pode ter te enganado quanto à
necessidade da Operação que agigantava-se tão grande no
momento. E assim por diante; muito espaço para erros!
Mas é mil vezes melhor fazer todo tipo de erro do que
deslizar no hábito da hesitação, da incerteza, da indecisão.
Por um lado, você também adquire o hábito do fracasso
desonroso; e muito em breve você se convence de que “a
coisa toda é um absurdo”. A confiança vem do exercício,
de assumir riscos, de reerguer-se depois de um tombo de
cabeça; descobrindo que as apostas mais loucas se afastam
de vir, você começa a suspeitar que não há mais do que
Sorte nisto; você observa atentamente este processo, e ali
se forma , vagamente no crepúsculo, uma Forma; muito em
breve você verá uma Mão, e de seus movimentos você
adivinha um cérebro por trás do artifício todo.
“Bom!” você diz em voz baixa, com um aceno determinado;
“Sou observada, sou ajudada: farei a minha parte; o resto
acontecerá sem a minha preocupação ou intromissão”.
E assim é.
Boa noite.
666
[1] Isso é uma ironia: Ela percebeu e afirmou que as Regras
da A�A� deveriam ser seguidas minunciosamente, e então
pôs-se a fazer exatamente o oposto — como de costume...!
– Marcelo Motta.
[2] Isso não é uma ironia; isso é uma prática quase que
padrão na Índia até hoje em dia, que explica porque os
“maharishis” se tornam milionários tão facilmente quando
vêm ao Ocidente; seus “pupilos” são cuidadosamente
domados – e assaltados – e sua reputação de santidade
inefável os precede. – Marcelo Motta.
[3] Ou assim falou. – Marcelo Motta.
[4] A citação é do ritual do Neófito da Golden Dawn – T.S.
[5] O “Sr. X.” Mencionado nos parágrafos seguintes é o
próprio Crowley. Ele realmente não estava se
vangloriando: ele conheceu outros tão dedicados, tão
comprometidos, quanto ele mesmo. – Marcelo Motta.
[6] Julian Baker, um membro da Golden Dawn – T.S.
[7] A referência é à operação de Abramelin– T.S.
[8] Esta “Ordem” não é a O.T.O., mas a antiga “Golden
Dawn”, agora reformulada como a Ordem Externa da
A�A�, e o “Chefe” mencionado não é o Chefe Externo da
O.T.O., mas sim “McGregor” Mathers. Consulte Liber LXI,
“A Lição de História”. – Marcelo Motta.
[9] Quase tendo setenta e dois anos de idade, vivendo da
caridade de Karl Johannes Germer e alguns outros pupilos
dedicados — Mr. Grady McMurtry estando excluso no que
diz respeito a dedicação ou generosidade, conforme pode
ser demonstrado por seus “comprovantes de taxas” —
estando doente, entediado até as profundezas de sua alma,
dependendo da heroína para manter sua sanidade no mundo
cinzento pós-guerra na Britânia “socialista”, morando em
um pobre quartinho em uma pensão barata, caluniado,
difamado por todo o mundo, assassineamente odiado pelos
charlatães e fanáticos, bisbilhotado por contínuas “missas
por sua alma” e outros rituais mágicos hostis (Eric Frank
Russel, um escritor de ficção científica agora falecido, uma
vez afirmou na mídia que todas as noites, enquanto Crowley
estava vivo, orava pela morte de Crowley. Mr. Russell era
um irlandês católico romano), e ainda assim escrevendo
cartas de instrução e exortação para pupilos preguiçosos. –
Marcelo Motta.
[10] Isso não significa um “conselho sábio”. Isso
meramente representa o modo de Crowley ver e fazer as
coisas. Oscar Eckenstein, por exemplo, tinha uma
aproximação com a vida de uma forma totalmente diferente.
A própria atitude a-sorte-vai-feliz de Crowley, de fato,
frequentemente trouxe prejuízo ao seu próprio Trabalho;
mas isso não era devido à desatenção dos “Deuses” (ou
Chefes Secretos); na verdade, era devido à ocasional
rebeldia e desobediência de Crowley especialmente em
assuntos do Terceiro Capítulo de Liber AL. O leitor será
bem advertido de não tentar o método de Crowley por
vaidade ou ostentação; se não for do seu caminho, não vai
funcionar de modo algum. Melhor ser um burro paciente
mastigando seus cardos do que um burro na pele de um
leão...! – Marcelo Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater S.R.
Carta 46: EgoísmoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Egoísmo? Eu estou feliz em ve-la preocupada com esse
osso pois tem muita carne sobre ele; carne bem suculenta,
não o seu Cordeiro Argentino congelado de Prateleira. É
uma pélvis, além disso; de uma forma toda a estrutura da
ética de Thelema é fundada sobre isso. Há algum perigo
aqui, porque essa questão é uma armadilha para o nobre, o
generoso, o magnânimo.
“Altruísmo”, a grande característica do Mestre do Templo,
a própria quintessência de sua realização, não é o seu
contraditório, ou mesmo o seu contrário; é perfeitamente
compatível (ou melhor, digamos, amigável?) com isso.
O Livro da Lei tem muito a dizer sobre este assunto, e não
mede suas palavras.
O próximo paragrafo foi amputado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
“Texto, primeiro; sermão, depois”, como diz o poeta.
AL II, 18, 19, 20, 21:
18. Estes são mortos, esta gente; eles não sentem. Nósnão somos para os pobres e tristes: os senhores da terrasão nossos parentes.
19. Há um Deus de viver em um cão? Não! mas os maiselevados são de nós. Eles se regozijarão, nossosescolhidos: quem se amargura não é de nós.
20. Beleza e força, riso pulante e langor delicioso,energia e fogo, são de nós.
21. Nós nada temos com o incapaz e o expulso: deixai-osmorrer em sua miséria. Pois eles não sentem. Compaixãoé o vício dos reis: calcai aos pés os desgraçados & osfracos: está é a lei do forte: está é nossa lei e a alegria
do mundo. Não penses, ó rei, naquela mentira: Que TuDeves Morrer: em verdade, tu não morrerás, masviverás. Agora seja isto compreendido. Se o corpo doRei se dissolve, ele permanecerá em puro êxtase parasempre. Nuit! Hadit! Ra-Hoor-Khuit! O Sol, Força &Visão, Luz; estes são para os servidores da Estrela & daCobra.
Aquilo estabelece um padrão, com uma vingança!
(Nota: “eles não sentem”, repetido duas vezes. Não deve
ser algo importante para a tese aqui escondida.)
A passagem se torna exaltada, mas um verso posterior
resume o tema, estabelecendo a base filosófica dessas
observações aparentemente violenta e arrogante.
“...é uma mentira, essa tolice contra si mesmo...” (AL II,
22)
Esta é a doutrina central de Θελημα nesta matéria. O que
devemos entender por isso? Que esse imbecil e nauseante
culto da fraqueza – alguns chamam isso de democracia – é
totalmente falso e vil.
Vamos analisar o assunto. (Primeiro consulte AL II, 24, 25,
48, 49, 58, 59 e III, 18, 58, 59. Pode ser confuso citar esses
textos na íntegra;... Mas eles jogam muito mais luz sobre o
assunto) A palavra “compaixão” no seu sentido corrente –
com sua péssima etimologia – implica que você é um bom
sujeito, e tantas outras sujeiras; isto é, você o insulta por
pena de seus infortúnios. Mas “Todo homem e toda mulher
é uma estrela”; então não faça isso! Você deve tratar todos
como um Rei da mesma ordem que você mesma. Claro,
nove pessoas a cada dez não a apoiaram, nem por um
minuto; o mero fato de você tratá-los decentemente os
assusta; seu sentimento de inferioridade é exarcebado e
intensificado; eles insistem em rastejar. Imponha isso. Eles
forçaram você a tratá-los como os canalhas sem raça
definida que são; e assim todo mundo ficará feliz!
O Livro da Lei foi esforçado em indicar a atitude correta
de um “Rei” para com outro. Quando você lutar com ele,
“Lutai como irmãos!”. Aqui temos o antigo cavalheirismo
típico da guerra, que a introdução da razão no negócio fez
impossível no momento. Razão e Emoção; que são os dois
grandes inimigos da Ética de Θελημα. Eles são os
tradicionais obstáculos para o sucesso em Yoga assim
como em Magick.
O leitor deve tentar entender o sentido em que a palavra
“razão” é usada aqui. O estudante sério é referido a
nossa nota ao texto de Crowley nas páginas 42-43 de
Magick e Misticismo. – Motta.
Agora, na prática, na vida cotidiana, este altruísmo está
sempre surgindo. Não só você insultando seu irmão Rei por
seu “nobre sacrifício”, mas você está quase obrigado a
interferir com a sua Verdadeira Vontade. “Caridade”
sempre significa que a alma nobre que dá esta na realidade,
no fundo, tentando escravizar o destinatário de sua bestial
generosidade!
Na prática – eu começo nomvaente –é quase inteiramente
uma questão de ponto de vista. Parece quem uma refeição
completa não machucaria aqule pobre sujeito, e você deita-
lhe uma meia-coroa. Você ofende o seu orgulho, você
pauperiza-o, você faz uma perfeita incandescência de si
mesma, e você vai com um brilho de ter feito sua boa ação
do dia. Está tudo errado. Nesse caso, você deve fazer disso
um pedido de favor. Você deve dizer que está “morrendo
por alguém para conversar, e se ele gostaria de se juntar a
você em um almoço” no Ritz, ou onde quer que você sinta
que será mais feliz.
Quando você poder faça esse tipo de coisa como deve ser
feito, sem embaraço, falsa vergonha, com todo o seu
coração nas suas palavras – faça-o simples, para resumir –
você irá encontrar-se no caminho da estrada para aquela
república real que é o ideal da sociedade humana.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
P.S. Permitam-me insistir que “pena” é quase sempre um
impostor. Ela é o consolo psíquico para o medo, o “homem
lamentável” realmente é um homem triste! Já que a sua é tão
covarde que não ousa enfrentar o seu medo, mesmo na
imaginação!
[A definição de Aristoteles para piedade é: “Temos
piedade dos males os quais tememos padecer”! isso para
não dizer que você JÁ deveria ter estudado os escritos de
Aristoteles, entre outros. – P.G.]
P.P.S. O dia após eu ter escrito o posfácio acima me
deparei com uma cópia de “O Ministério do Medo”, de de
Graham Greene – após uma longa pesquisa. Ele ressalta
que a piedade é uma emoção madura, os adolescentes não
sentem isso. Exatamente; um passo adiante, e ele teria
chegado a minha posição como definida acima. Isso é o
irmão gêmeo da “responsabilidade moral”, do sentimento
de culpa ou pecado. A fábula Hebraica do Éden e da
“queda” é claramente construída. Mas lembre-se que a
serpente שחנ é equivalente a Messiach, חישמ , o Messias. O
é o “Enforcado”, o pecador; e é redimido pela inserção מ
do Fálico י.
Há uma interpretação muito mais elevada do
“Enforcado”, é claro, que ele dá em O Livro de Thoth.
Observação de Graham Greene, aliás, é o tipo de visão
superficial que se pode sempre esperar de um escritor
Católico Romano. Adolescentes são impiedosos porque se
sentem imortais, eles não se identificam com a velhice ou
morte. Assim, a “pena” da “pessoa madura” é, como
Crowley indicou sem rodeios, realmente autopiedade.
Pode ser útil observar que certos tipos de serviços de
“inteligência” empregam adolescentes como assassinos,
e consideram que este tipo de agente geralmente perde
sua utilidade quando tem mais de trinta anos de idade.
Aqueles que não são clinicamente casos mentais; mas
estes são úteis, estes são úteis. Não foi Henry Kissinger
que disse que não há afrodisíaco como a energia...?
Pode-se lembrar do herói Robert Heinlein, que descreveu
seu sentimento de “brilho quente” ou qualquer outro
como o tipo de sentimento que ele tinha quando ele
acabou de matar um homem ou “tinha uma mulher”.
Ficção imita a vida. – Motta.
P.P.P.S. Uma coincidência engraçada. Assim como eu
estava polindo esta carta, a senhora que eu tinha apenas
contratado para me ajudar com alguns dos meus trabalhos
me irritou ao ponto que meus gritos tornaram-se tão
dilacerantes que a vila nunca mais vai dormir tão bem
como o seu costume. Eles dividiram o firmamento em
vários lugares; e embora invisíveis remendos sejam
imediatamente colocados é a opinião geral de que ele nunca
mais terá a sua integridade original.
E por quê? Só por causa de sua ansiedade para agradar!
Ela me perguntou se ela poderia fazer alguma coisa, eu
disse: “Sim”, ela então passou a pedir o meu
consentimento, explicando por que ela tinha feito o pedido,
desculpando-se por sua existência!
Ela não conseguia entender que tudo o que tinha que fazer
era tentar agradar a si mesma – a maior parte de si mesma –
para ter certeza da minha plena satisfação.
P.P.P.P.S. “Mas o juramento da A�A�; Não são você –
nós – tudo para melhorar a raça, sem contar o custo para
nós mesmos!”
Puro egoísmo, criança, com previsão! Eu quero um lugar
decente para viver na próxima vez que eu voltar. E uma
longa fila de veículos de primeiríssima eu escolher pro meu
Trabalho.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 47: ReencarnaçãoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Eu não acho que eu deveria escrever um livro sobre as
Quatro Últimas Coisas, ou Summat? Eu não faço. Além do
mais, eu vou ver voce no porto mais importante de
Yorkshire primeiro.
Mas mesmo assim você esta dentro de seus direitos quando
insiste em saber se eu acredito em Reencarnação; e, se sim,
por que; e como eu me sinto sobre isso. Em outras cartas,
há um monte de detalhes sobre a constituição do Homem, e
também em meu Ensaio n º 1, em Pequenos Ensaios em
Direção à Verdade; é melhor que você tenha estes bem
fixados em sua mente, no caso de que um pouco do que
agora se segue se prove obscuro. Eu não posso ser
incomodado para definir todos os termos técnicos mais uma
vez.
Eu acredito nisso?
Sim.
Por quê?
(1) Porque eu lembro de uma dúzia ou mais de minhas
vidas anteriores na Terra. (Veja Magick, capítulo VII).
(2) Porque nenhuma outra teoria satisfaz a minha sensação
de "justesse", para o equilíbrio, para a Terceira Lei do
Movimento de Newton.
(3) Porque cada religião afirma, ou pelo menos implica isto
em certo sentido ou outro.
Nenhum desses motivos é a evidência científica da prova.
O leitor deve, portanto, fazer sua própria pesquisa, e
alcançar suas próprias conclusões sobre o assunto. –
Motta.
Mesmo a linha Judaíca-Cristã-Islâmica do pensamento
contém algo de tal elemento. Os judeus estavam sempre
esperando Elias voltar; os discípulos de Cristo
constantemente perguntavam envolvendo isso; e eu sinto
que a doutrina Muçulmana de Anticristo e do Juízo, pelo
menos, brinca com a idéia. Não fosse eu tão ignorante, eu
poderia desenterrar todos os tipos de apoio a esta tese. Mas
isso não importa muito, em qualquer caso; não nos
pertubamos para encontrar a “autoridade”; colocamos
nossas camisas na Experiência.
A experiencia dele, leitor; não a sua ou a minha. – Motta.
Agora, quanto à (1) o que é evidência para mim é boato
para você; por isso esqueça! Mas há um método claro de
obter essa lembrança para si mesma. Veja Liber Thisharb
(Magick, pp 415-422); e vá para isto!
Quanto a (2) parece-me bastante óbvio. A doutrina do
Karma é senso comum, e apesar de um conjunto de causas
terrestre pode plausivamente ter seus efeitos em outras
esferas de ação, como é óbvio que eles fazem, parece
menos problemático para eles permaneçer em seu âmbito
original. Como indiquei há muito tempo, a Lei do Karma é
a Lei da Inércia.
Nem é necessário afirmar que eles sempre trabalham desta
forma; “às vezes” é bom o suficiente. Além disso, dizer “às
vezes”, explica (ou melhor, evita) a maioria das evidentes
objeções com a teoria. Eu concedo-lhe alegremente que a
Reencarnação é uma ocorrência relativamente rara; e isto
lança sobre o objetor o ônus da prova de uma proposição
em A ou em E.
O que é isso que reencarna? Nós tivemos isso antes, em
outro contexto; é a Tríade Celestial Jechidah, Chiah e
Neschamah que veste o Hadit original ou Ponto de Vista,
com todo o Ruach como a Consciência Humana, Tiphareth,
foi capaz durante uma dada vida anexar a si mesmo por
força de persistente Aspiração. Se não existir suficiente
Ruach para garantir uma quota adequada de Memórias,
nunca poderia tornar-se consciente da continuidade entre
uma vida e a próxima.
Resumidamente, a teoria ortodoxa que propõe Helena
Petrovna Blavatsky é que se trabalhe fora do Karma após a
morte em Devachan, ou Loka Kama, ou algum lugar assim;
quando o saldo está esgotado, pode-se voltar para a terra,
ou de alguma outra maneira realizar a Grande Obra. Uma
teoria – ver Opus Lutetianum, o Trabalho em Paris...
Publicado como parte de Equinocio V 4 subtitulado “Sexo
e Religião” – Motta.
..alega que quando alguém esta completamente quite na
Terra é promovido a ♀, onde “corpos” são líquidos, e daí
para �, onde eles são gasosos, finalmente, para o �, onde
eles são compostos de puro Fogo. Eliphas Levi diz: “No
Sol nós lembramos; nos planetas nos esquecemos”.
O leitor vai perceber que tudo isso nada mais é que
especulação a menos que corroborada por sua
experiência. Esta experiência pode ser puramente
subjectiva, caso em que somente é possivel um teste
pragmático. Você está mais feliz acreditando nisso? Você
se sente mais integrado? Mais “bem-sucedido”? ...etc,
etc. Pouco satisfatório, a menos que a experiência de
muitos pesquisadores independentes concorde com a sua
própria. Outra razão – do nosso ponto de vista, é claro –
por que os cientistas deveriam estudar Religião
cientificamente! – Motta.
A maioria disto é mera especulação, inútil e possivelmente
prejudicial; mas eu não me importo em relaxar
ocasionalmente nesse ponto.
Mas nós, que não somos como ele era, sob o pesado fardo
de ter Israel Regardie e Grady McMurtry como alunos
(entre outras coisas) não devemos relaxar muito. – Motta.
O que é importante é o Juramento.
Aquele que se comprometeu na Missão de Θελημα para a
Humanidade, que toma a morte com seriredade, e que não
esteja com medo e nem entediado de seu majestoso
proposito, pode a qualquer momento ligar-se por um
Juramento para rejeitar as recompensas de Devachan, e
reencarnar imediatamente de novo, e de novo. Por
“imediatamente” se designa cerca de 6 meses antes do
nascimento do novo Adepto, cerca de 3 meses depois de
sua última morte. Isso depende, em certa medida, sem
dúvida, sobre se ele pôde encontrar um veículo adequado.
Presumivelmente, ele vai fazer algum tipo de preparo
enquanto ainda está vivo. Parece que eu, pessoalmente,
devo ter tomado o Juramento um bom tempo atrás; pelas
Encarnações que eu realmente lembro deixam muito poucas
lacunas a serem preenchidas nos últimos doze séculos ou
algo assim.
No entanto, depois de alcançar Ipsissimus, como ele o fez,
a situação é outra, e as regras são de sua própria escolha
– que forma tola para colocar isso, mas é preciso colocar
de alguma forma. Estou escrevendo isto apenas porque
acho que é muito cansativo ser cercado por supostas
“reencarnações” de meu S.A.G que presuçosamente falam
comigo como se fossem 666, quando eles são nada além
cães, macacos e vermes. Mas não o verme do Inferno,
infelizmente! Por favor, tente se lembrar que se você fosse
Ele-Ela-Isto, eu não precisaria de você para me dizer
isso. Embora eu realmente saiba que você é muito pouco
desenvolvido para entender uma coisa simples como isso.
– Motta.
Agora, querida irmã, eu não gosto totalmente dessa carta, e
eu lamento que tenha que escrevê-la. Pois a maioria dessas
declarações é insuscetível de prova.
A menos que corroborada pela pesquisa de numerosas
pessoas treinadas e objetivas. – Motta.
E ainda sinto a sua verdade muito mais forte do que eu
tenho me aventurado expressar. Quantas vezes eu te avisei
“contra os sentimentos”?
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
[No livro Marcelo Motta anexa uma Seção de Liber
Tsharb, o que não faço aqui por que você pode pegar no
hadnu.org o Liber completo e por que na carta de Crowley
o mesmo não foi anexado. Porem Motta fez isso para
benificio dos leitores e leitoras. – P.G.]
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta XLVIII:Morals of AL—Hard to Accept,and Why nevertheless we MustConcur>>
<<sem conteúdo - Carta XLIX:Thelemic Morality>>
Carta 50: A.C. e os “Mestres”;Por Que Eles o Escolheram, etc.
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
“Detalhes sobre o Livro 4”? Esta questão carece de
precisão. Devo puxar o gatilho em uma aventura.
A ideia do 4 foi devida a minha observação de São Pedro
em Roma; isto é construído com um olhar inabalável a
partir do número, como você verá na próxima vez você for
lá, ciente do fato. Além disso, 4 significa, no plano
político, poder temporal. (A arquiteto cabalístico de São
Pedro sabia disso, e projetou seu talismã ad hoc). Este
livro foi, então, de acordo com Ab-ul-Diz...
Aqui o Sr. Germer acrescentou a seguinte nota: “O
Mestre (ou Inteligência), que dirigiu a escrita deste livro,
ver Cartas 9 e 51”. – Motta.
...para alcançar o sucesso mundano. É minha culpa se ele
não o fez; ainda, estes são os primeiros dias para julgar
isso.
Considerando o número de edições piratas que foram
publicados desde a sua morte, deve-se dizer que realizada
como previsto. – Motta.
Soror Virakam insistiu que eu deveria escrever isso em
uma linguagem de tal forma que a faxineira e o limpador de
chaminé podem sem entendê-la facilmente. Ela me alertou
ao primeiro sinal de obscuridade.
Isto foi bem o suficiente para Parte I: Yoga.
Reeditado pela O.T.O., sob o nome de “Yoga e Magick” –
Motta.
(E, de fato, essa parte vendeu muito bem.) Mas quando eu
tinha acabado Parte II, descobri que não só foi o livro um
excepcionalmente recôndito tratado de obscuras questões
técnicas, mas que também não era ainda uma exposição da
como um todo! Magick Sem Lagrimas, de fato!
Este livro também foi reemitido por nós, anotado, sob o
título “Magia e Misticismo”.
Essa foi a minha enlouquecida humildade; Sinceramente,
pensei que todo mundo sabia tudo sobre Magick, a forma
como era feita, o porquê, e assim por diante. Havia pouco a
fazer além de erguer uma superestrutura de simbolismo.
Isto, aliás, dificultou-me toda a minha vida, em todos os
sentidos; Eu sou tão consciente da minha própria e
vergonhosa ignorância sobre qualquer assunto - não há erro
sobre isso! – que eu não consigo conceber qualquer ser
humano que seja realmente mais ignorante do que eu. Como
poderia alguém suportar viver assim, com a consciência de
sua infâmia roendo seu fígado?
Muito fácil, aparentemente, se você considerar como a
superpopulação do mundo é atualmente de bípedes
absolutamente inúteis. Claro, a definição de Crowley de
um ser humano não referia-se à média. Para um membro
do partido Russo, como o Sr. Ronald Reagan, qualquer
eleitor que o apoie é humano. Nenhum ser humano
verdadeiro apoiaria qualquer um deles, mas isso é outra
história. – Motta.
Sei que isto soa loucura, mas é verdade. Bem, então,
ajustei-me para reparar a omissão com o Parte III, o que
deveria ser um tratado muito completo sobre a Arte e a
Ciência da Magick, e deve ser trabalhado desde o início,
em uma sequência lógica, como em Euclides. Assim,
Axioma, Postulado e Teorema. Eu deveria mesmo assim
poder cobrir o campo com outro volume em tamanho
comparável com os dois anteriores.
Na verdade, a Parte III, a ser reeditado por nós como
Magick Thelêmica é três vezes maior que a Parte II, e
necessita de uma Anotação cuidadosa, o que é a razão
pela qual se decidiu relançar este livro antes de terminar
aquele. Pode demorar mais seis meses a um ano antes
Magick Thelêmica va para a impressão. – Motta.
Eu, de fato, “terminei” isso, cheguei a anunciar a
publicação; ele estava indo para a imprensa quando a
Segunda Guerra (também anunciada cinco anos antes por
Bartzabel, o Espírito de Marte) veio em 1914. Eu
carregava o cajado ao redor do mundo comigo (desculpe-
me meu americano!) e em uma fatal hora de fraqueza e
autodesconfiança, tomei-a mostrando-a para alguns dos
meus alunos. Claro que – eu deveria ter sabido – todos
começaram juntos: “Ah, mas você não disse nada sobre
isso” – todos os sujeitos no mundo. Então eu comecei a
preencher as lacunas. Como eu fiz isso, eu encontrei
qualquer importância a mais para fazer do meu jeito. Foi
assim por 14 anos! Desde que saiu as vozes da detração
tem sido muda. Eu realmente acreditei que cobria o chão no
passado. Claro, o tempo mostrou que a Parte I, apesar de
realmente dar os fundamentos da Yoga na linguagem mais
simples possível, era pouco mais do que um esboço. Mais,
não se correlacionou com a filosofia da Yoga em geral.
Oito Leituras tem, creio eu, remediado isso.
Quanto à Parte IV, a seção de O Livro da Lei , a ideia era
que o volume deve cumprir as instruções dadas em AL III,
39: “Tudo isto e um livro para dizer como tu chegasteaqui e uma reprodução desta tinta e papel para sempre –pois nisto está a palavra secreta & não apenas no Inglês– e teu comento sobre este Livro da Lei será impressobelamente em tinta vermelha e negra sobre belo papelfeito à mão; e a cada homem e mulher que tu encontras,fosse apenas para jantar ou beber a eles, esta é a Lei adar. Então talvez eles decidam permanecer nestafelicidade ou não; não tem importância. Faze isto
rápido!” Eu confundi “Comento” com “Comentário” – uma
exposição palavra por palavra de cada verso (e muito do
que eu odiava com todo meu coração!), Incluindo a
interpretação cabalística, obviamente, uma tarefa sem fim.
Livro Quatro Parte IV, com o subtítulo “A Lei”, foi
publicado como O Equinócio dos Deuses, e será reemitido
anotado por nós. A única edição feita (até agora), de
acordo com as especificações de Aiwass foi pelo Sr. Karl
Johannes Germer. Crowley foi extremamente feliz com
isso. A maior parte foi vendida através de Samuel Weiser,
inc., E a maioria foi comprada por Judeus, a maioria dos
quais, mesmo quando eles são desonestos, sabe se uma
coisa boa quando a veem. – Motta.
O que então sobre AL III, 40? (Ver anexo também) Isso
somente se cumpriu com a realização da tarefa. Em Paris...
Aqui o Sr. Germer acrescentou a seguinte nota: “Errado:
Na verdade, foi em Túnis, Novembro 1925 e.v.” A nota
“ver anexo também” era para isso também. – Motta.
...num clima de vazio desespero sobre tudo isso...
Ele tinha acabado de ser expulso da Sicília por
Mussolini, a pedido do Vaticano, e por um momento,
parecia que nenhum país no mundo, especialmente a
Inglaterra, poderia aceitá-lo como um residente
permanente. – Motta.
..., saiu o Comento. Fácil, sim; Inspirada, sim; este é, tal
como o impresso, o texto exato necessário.
Este é o comentário em Classe A., sempre impresso com o
Livro em si, e assinado “O Sacerdote dos príncipes, Ankh-
f-n-Khonsu”. – Motta.
...sem cavilação e subterfúgios, e controvérsia e casuísmo.
Todos os heresiarcas são cheirados com antecedência
pelos ratos que são; eles são vistos fermentando (sua muito
vil cervejinha) no ar (o reino do Intelecto - Espadas) e eles
são, portanto, cortados pelas raízes. Todas as exigências
Parlamentares assim cumpridas segundo a famosa fórmula
do M.P. Irlandês, podemos lidar com outras perguntas suas
não sendo incomodados pela dúvida.
A “famosa fórmula do M.P. Irlandês” é claro, ter alguém
que discorde dele expulso do Parlamento ou, nos dias
atuais, feito em pedaços com uma bomba I.R.A. a ironia
de Crowley é muitas vezes sutil demais para a faxineira
média, varredora de chaminé, ou ser “humano”. – Motta.
U m Textus Receptus , fotograficamente garantido. Um
Tribunal Superior da Interpretação, cada um por si só. Sem
logomarcas patrísticas! Sem leituras disputadas! Sem
guerras civis e perseguições. Quem quiser dizer alguma
coisa, corte a cabeca dele, e ligue com a dança, deixe a
alegria ser irrestrita, Você na proa e Therion no leme! Lá
vamos nós.
“Os Mestres contatam você”. Você pode por acaso dizer o
significado de “Os Mestres contatam você”? Assumindo
que seja isto deplorável, como é o caso, nós podemos
prosseguir.
Crowley, juntamente com a maioria dos falantes de Inglês
e educados com os melhores filólogos, desagradou-se
veementemente com o uso de “contato” como um verbo.
Em nossas anotações sobre o seu trabalho sempre
procuramos respeitar a sua posição sobre o assunto; o
que é muito pouco a fazer por um homem cujas posições
foram todas ridicularizadas e desrespeitadas enquanto
ele estava vivo. – Motta.
Primeiramente, o esforço de minha parte foi precisamente
nulo, eu ressentia Sua interferência com amargo orgulho e
raivosa descrença. O Equinócio dos Deuses descreve isso
em detalhes.
Mas é claro que Sua vítima não teve uma boa chance pra
escapar. Afinal, eles tinham 2.000 anos para aperfeiçoar
Seus planos. Quanto a mim, eu tive um traidor no coração
da cidadela; meu Karma, sabe Deus para quantas
encarnações mais. (A aquisição da Memória Mágica, por
fragmentária que seja, tinha jogado uma grande quantidade
de luz sobre esse assunto. Sua carta faz supor de fato que
isso seja assim).
Você deve entender que a chegada de um Novo Aeon
derruba todas as regras pros lados. Imagino que até mesmo
um muito estrito Código Mágico de Ética seja visto como
um chapéu armado antes Deles fazerem!
Minha teoria é que Eles me escolheram pela:
a. minha habilidade literária, conhecimento e julgamento;
b. a minha formação científica;
c. minha familiaridade com formas orientais, hábitos de
pensamento, e predisposição simpática;
d. a minha austera adesão à Verdade;
e. minha coragem moral;
f. minha firme persistência e
g. meu Karma conforme antes indicado.
Eles me prepararam por meio de:
a. me empurrando rapidamente para frente, tanto em
Magick quanto em Yoga;
b. fatigando-me em ambos e fazendo-me desesperado de
ambos, como uma solução para o problema da vida, e
c. fixando em mim tanto o pessimismo Budista quanto o
racionalismo Científico, de modo que sua vitória em
cima de mim pode ser tão difícil e sólida quanto
possível a consecução. (Eu não sou modo algum
orgulhoso de mim mesmo. Tampouco lutei ou falhei com
eles, a cada momento). O Capítulo V de O Equinócio
dos Deuses poderia ter sido escrito com mais ênfase;
mas há passagens em outros lugares naquele volume que
dá grande estresse nesse ponto.
Mas, no fim de tudo, AL II, 10-11 deveria ser o suficiente.
“Ó profeta! tu tens má vontade de aprender
esta escritura.
Eu te vejo odiar a mão & a pena; mas Eu sou
mais forte.”
Para interromper o ditame de um documento supremamente
importante, meramente para zombar do impotente
ressentimento do infeliz escriba! Isto me pareceu
francamente pouco generoso, o espírito triunfante do
valentão de colegial!
Na verdade, a holografia é ainda mais enfática: parece
que se lê: “mas eu sou mais forte”. Nós preferimos opinar
que Aiwass estava tentando levantar uma questão; o
espírito valentão do colegial é muito mais prevalente nas
“escrituras sagradas” dos Judeus e dos Crististas, onde a
“famosa fórmula do MP” Irlandês é sangrenta –
perdoem-me o trocadilho Britânico – óbvio. – Motta.
Mas os Seus caminhos não são como os nossos caminhos...
O restante deste parágrafo foi novamente cortado pelo Sr.
Israel Regardie, por razões óbvias. – Motta.
...esta pergunta nos conduz naturalmente para o próximo
ponto, e a resolução de que se sabe que vai desvendar
aquela criticisma querela. Assim como o Divino escolado
pode rir sobre uma historia na sala de fumantes, ou um
coração transbordando com o mel da bondade humana
deseja ter uma “matança de sete anos” de domesticas –
assim pode o maior dos Mestres – mesmo desencarnado! –
ter um pervertido senso de humor, ou um grosseiro mau
gosto, (ver AL I, 51) “... vinhos doces e vinhos que
espumam...!” – Dos vinhos, bar Chateau Yquem é de um
porte muito encorpado, que eu não gosto e desprezo – ou
qualquer outra excentricidade. Olhe para Helena Petrovna
Blavatsky – coisa quente, se você gosta!
A despeito das Besanticas, Leadbeaterianas, Tolosoficas e
frenéticas tentativas de encobrir os fatos, Helena eram
uma beberrona, fumante compulsiva (ela gostava
especialmente de cigarros), e uma puta entusiasta que
tomava mulheres ou homens como sua fantasia mandasse,
sempre que possível. Ela foi mais homem e mulher em um
só cabelo de sua virilha do que Besant, Leadbeater e
Krishnamurti em seus corpos inteiros. Ela também
espraguejava como um marinheiro.
Ainda nessa questão, há uma abundância de evidências
psicanalíticas nas “escrituras” Hebraicas de que Moisés
era uma bichona enrustida. E S/M também. – Motta.
É muito necessário que você deva entender o que acontece
quando se vai de Adeptus Exemptus 7°=4▫ para Magister
Templi 8°=3▫ Como você vê a partir de um relance sobre a
Árvore da Vida, este avanço implica a Travessia do
Abismo; e não há Caminho. Isso significa que se deve
pular. Você deve se livrar de "tudo o que você tem, e tudo
o que você é" - que é uma maneira de colocar isto.
A Visão e a Voz, no final do Aethyr XVI, dá uma
quantidade imensa de detalhes, que devem ser estudados
intensamente, com cuidado, com Vontade, e com
imaginação. Não somente a consecução do grau, mas os
eventos que vão com, ou vem após, isto; todos estes são
descritos como uma Experiência real. Mesmo assim, isto é
tudo extraordinariamente difícil até que você tenha passado
por isto você mesma.
Mas a parte que responde a sua pergunta não é realmente
muito difícil de entender, é de fato mais óbvia. Pergunte-se:
o que então acontece com ele por ter descartado os
elementos de um Adepto? Eles não podem ser deixados
como estão, para se desintegrar, ou tornarem-se veículos
para a obsessão.
Isso se fizer parte da Verdadeira Vontade do Mestre
permanecer encarnado após sua consecução, é claro. –
Motta.
Esta entidade, que foi o Adepto Isento foi construída com
anos de labuta incessante, como uma digna Oficina na qual
a Grande Obra deve ser realizada. Além disso, tem sido
santificado e glorificado pelo Conhecimento e Conversação
do Sagrado Anjo Guardião.
Assim como cada Mestre tem sua própria Obra apontada
para atuar no mundo, ele é lançado para dentro da Sephirah,
adequando-se para esse trabalho. Se sua função é a de ser
um guerreiro, ele iria encontrar a si mesmo em Geburah; se
um grande poeta ou compositor, em Tiphareth; e assim por
diante. Ele, o Mestre, reside nesta habitação; mas, já tendo
se livrado disto, ele é capaz de permitir que isto continue
de acordo com a sua natureza sem interferência do falso
Ego (a sua cabeça em Daäth), que até então tinha impedido
ele. (“Se eu fosse um cão, eu deveria latir, se eu fosse uma
coruja, eu deveria chirriar”, diz Basil King Lamus em O
Diário de um Drogado). Ele é totalmente indiferente para o
evento; então ele age e reage com elasticidade perfeita.
Este é o Caminho do Tao; e é por isso que você não pode
apreender a própria ideia do Caminho – muito menos segui-
lo! – A menos que você seja uma Mestra do Templo.
Lembre-se em qualquer caso, que não só o Adepto, mas que
qualquer um com a menor capacidade para o Adeptado, é
fundamentalmente um Artista; ele certamente não possui
nenhuma dessas “virtudes” burguesas que são justamente
muitas das reações do Tremor Azul.
O próximo paragrafo foi novamente e por razões óbvias,
cortado pelo Sr. Regardie. – Motta.
Claro, praticamente todos nós no Ocidente obtemos o nosso
conhecimento a partir do primeiro disparate piedoso e
pretensioso da maioria dos escritores em circulação geral.
Então, vamos começar com o preconceito.
Além disso, o ascetismo é bom quando é um meio
adequado para atingir algum fim especial. É quando se
produz eructações de orgulho espiritual, e satisfação
vaidosa, que é venenoso. A palavra Grega significa um
atleta, e a formação de um atleta não é a mortificação do
corpo. Nem há qualquer regra que abranja todas as
circunstâncias. Quando os homens ficam “obsoletos” alguns
dias antes da corrida, eles são “retirados do treinamento”, e
alimentados com champanhe.
Isto é, como uma questão de fato, tradicional nas equipes
de remo das grandes universidades Inglesas, que possuem
corridas de barco a cada ano entre si. – Motta.
Mas isso é parte do treinamento. Observe, também, que
todos os homens vão “envelhecer” mais cedo ou mais tarde;
treinamento é anormal, e deve ser interrompido assim que
seu objetivo é atingido. Mesmo assim, muitas vezes há
tensões em órgãos vitais, especialmente o coração e os
pulmões, de modo que poucos remos “Azuis” vivem até os
50. Mas o pior de tudo é o efeito sobre o temperamento!
Quando se é permanente, e confundido com uma
“Virtude”,...
Ele quer dizer ascetismo. – Motta.
...envenena muito o solo da alma. As mais vis ervas
daninhas brotam; crueldade, estreiteza mental, arrogância -
tudo o mais a que se destina e horríveis flores naqueles que
“Mortificam a carne”. Aliás, essas ideias geram o “Irmão
Negro”. A completa falta de humor, o conceito egocêntrico,
a autossatisfação, a ausência de toda simpatia para com os
outros, o desejo de passar as suas misérias para as pessoas
mais sensíveis perseguindo-as: essas características são
sintomáticas.
[Além das perigosas características de Geburah... – P.G.]
O parágrafo e a nota de post-scriptum abaixo foram
cortadas pelo Sr. Regardie. – Motta.
Bem, este é um resumo muito breve, mas espero que ele ira
responder a sua pergunta, pelo menos, tão longe para que
você possa entender mais facilmente os relatos dessas
questões dadas em A Visão e a Voz.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666.
P.S.: Ao ler sobre isso, me surpreendeu que você pode ter
significado levantar uma questão totalmente diferente do
que a “moralidade abstrata”. Pelo contrário, um extenso
campo de batalha; Eu desejo dispor de minhas forças em
fileira na minha próxima carta “moralidade, o elo
celestial”.
Esta, dividida em duas partes, está mais adiante neste
Livro como sendo as Cartas 70 e 71. O livro não foi
organizado na sequência em que as cartas foram escritas,
mas na sequência em que Crowley e o Sr. Germer
pensaram que daria uma visão integrada para o aluno. –
Motta.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 51: Como ReconhecerMestres, Anjos, etc., e Como Eles
Trabalham.Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Eu estive pensando sobre o que escrevi na minha última
carta que diz respeito à verificação das aparências no
Plano Astral.
Eu não mencionei uma questão paralela ainda de maior
importância prática e imediata: a de nossas relações com as
Inteligências Astrais ou desencarnadas ou com Aqueles a
quem nós chamamos de “Os Mestres” ou “Os Deuses”: as
mensagens dos gestos que nos chegam através dos canais da
física normal. O importante é que eles efetivamente
determinam a linha de conduta em situações críticas.
Pareceu, portanto, uma boa ideia dar-lhe três exemplos de
O Espírito da Solitude: e aqui estão eles!
O primeiro extrato refere-se à “miraculosa” descoberta do
manuscrito de Liber AL alguns anos depois que eu tinha
deliberadamente “perdido” isto.
O segundo, a descoberta de uma casa adequada para a
Obra.
O terceiro ao meu resgate de um estado de desespero.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Para a continuação desta carta, uma espécie de posfácio
estendido, o Sr. Germer anexou uma nota de rodapé: “O
seguinte é do Vol 4 de ‘As Confissões’ – ainda não
publicado”. Regardie alterou isso para se referir à
pirataria imperfeita posta para fora por Symonds e
Grant; como nós temos mencionado antes, os ladrões
andam juntos. – Motta.
Fazia parte do meu plano para o Equinócio preparar uma
edição final do trabalho do Dr. Dee e Sir Edward Kelly. Eu
tinha uma boa parte dos dados e prometi a mim mesmo
completar isso estudando os manuscritos da Biblioteca
Bodleian, em Oxford – o que, incidentalmente, eu fiz no
Outono; mas me deu um estalo de que isto seria útil para
obter os painéis das quatro Torres Elementais de Vigília
que eu havia feito no México. Eu pensei que estas seriam
provavelmente em Boleskine. Decidi ir até lá por quinze
dias ou mais. Aliás, eu tinha as conveniências para conferir
a Neuberg o grau de Neófito, pois ele tem passado
brilhantemente ao longo do ano como um Probacionista.
Eu consequentemente perguntei-lhe e Emmanuel chamou
Kenneth Ward para vir e ficar comigo. Eu tinha encontrado
Ward na Wastdale Head pouco antes, tendo ido até lá para
renovar meus antigos amores com os credos dos guiles.
Aconteceu que Ward estava muito interessado em esqui. Eu
tinha vários pares e ofereci-me para dar-lhe algum. Esta
circunstância casual provou ser uma parte essencial da
cadeia pela qual eu estava em última instância sendo
dragado pela carruagem dos Chefes Secretos. Ao menos eu
achava que era uma cadeia. Eu não percebi que o aço de tal
temperamento requintado poderia ser batido em uma espada
própria para a mão de um homem livre.
Para meu aborrecimento, eu não conseguia encontrar as
Torres de Vigília Elemental em qualquer lugar da casa. Eu
ouso dizer que eu desisti de procurar com bastante
facilidade. Eu tinha entrado em um estado de desgostosa
indiferença sobre essas coisas. Rose poderia ter destruído-
los em um de seus ataques de bêbada, assim como ela
poderia ter penhorado-los se tivessem qualquer valor
comercial. Encolhi os ombros em conformidade, e desisti
da busca. Os esquis que eu tinha prometido a Ward não
poderão ser encontrados mais do que qualquer uma das
Torres de Vigília. Após apresentar Neuburg por meio de
sua iniciação, (A preparação para essa foi de alguma forma
um treino para o candidato. Por exemplo, ele teve que
dormir nu por sete noites em uma liteira de tojo).
Deve ser entendido claramente que isto não é uma regra;
Crowley adotou esse método para a ocasião. Em nossa
opinião, essas breves ordálias físicas não provam nada.
As ordálias reais são interiores e profundas. Mais tarde
na vida Crowley adotou um método muito diferente e
muito mais difícil de testar os pupilos, que é o que nós
seguimos hoje. – Motta.
...preparamo-nos para irmos à Londres. Eu tinha deixado a
casa, e meu inquilino estava chegando em primeiro de
Julho. Nós tínhamos quatro dias com que nos divertir; e nos
deixamos levar completamente por um bom tempo. Assim
como um raio veio o incidente de 28 de Junho, assim
descrito em meu diário:
“Glória seja a Nuit, Hadit, Ra-Hoor-Khuit no Altíssimo!Um pouco antes do meio-dia fui impelidomisteriosamente (apesar de exausto por jogar Fives,
bilhar, etc. até quase seis da manhã) a fazer uma buscafinal pelas Tábuas Elementais. E eis! quando eu tinhafinalmente abandonado à busca, eu lanço os olhos sobreum buraco no sótão onde estavam o esqui, etc., e lá, óSanto, Santo, Santo! não estavam apenas tudo o que euprocurava, mas também o manuscrito de Liber Legis”.
O chão estava totalmente cortado por debaixo dos meus
pés. Eu permaneci por dois dias meditando sobre toda a
situação – o que fiz, na verdade, foi uma espécie de
Sammasati complementar ao de 1905 e.v.. Tendo a manha
com isso, cheguei a uma conclusão muito clara, sem muita
dificuldade. A essência da situação foi que significava que
os Chefes Secretos mantiveram-me em minha obrigação. Eu
entendi que o desastre e a miséria dos últimos três anos
foram devidos a minha tentativa de evadir do meu dever.
Eu me rendi incondicionalmente, como aparece a partir da
entrada de 01 de Julho:
“Eu mais uma vez solenemente renunciei a tudo o que eu
tenho ou sou. Na partida (à meia-noite a partir do pontomais alto da colina que coroa minha propriedade)instantaneamente brilhou a lua, dois dias antes de suaplenitude, sobre as colinas em meio às nuvens”.
Este registro está redigido em termos muito gerais, mas foi
destinado a cobrir o ponto prático de minha retomada da
missão definida sobre mim no Cairo exatamente como eu
poderia ser dirigido a fazer pelos meus superiores:
Instantaneamente meu fardo caiu sobre minhas costas.A longa crucificação da vida doméstica chegou a umacrise, imediatamente no meu retorno a Londres. Aomesmo tempo qualquer outra inibição foi removidaautomaticamente. Pela primeira vez desde a Primaverade 1904 e.v. eu me senti livre para fazer a minhaVontade. Isso, é claro, era porque eu tinha finalmenteentendido o que a minha vontade era. Minha aspiraçãode ser o meio de emancipação da humanidade foiperfeitamente cumprida. Eu tinha meramente que
estabelecer no mundo a Lei que tinha sido me dada paraproclamar: “... tu não tens direito senão fazer a tuavontade”. Se eu tivesse dobrado as minhas energias apartir da primeira proclamação da Lei de Θελημα euindubitavelmente não teria encontrado nenhumobstáculo no meu caminho. Aqueles que surgemnaturalmente no decurso de qualquer trabalho que sejateriam sido discretamente removida pelos ChefesSecretos. Mas eu havia escolhido lutar contra mimmesmo por cinco anos, e “Se Satanás está divididocontra Satanás, como será seu reino”? Quanto mais meesforçava, mais eu encorajava um conflito interno, eestultificava a mim mesmo. Eu fui permitido completar aminha iniciação, pela razão de que ao fazê-lo eu estavainserindo-me na luta; porém todos os meus outrosesforços reuniram-me com um desastre ridículo. Mais,tudo não se acabou com um brilho de loucura por umúnico momento de sanidade. Estou sofrendo até hoje dosefeitos de ter perdido alguns dos melhores anos de
minha vida na estúpida e obstinada luta de configurarminha consciência contra seu silente soberano, minhaverdadeira Alma. ‘Teve Zimri paz por que matou seumestre’?
Claro que Zimri teve; quem quer que Zinri seja. Qualquer
escravo ou escrava que mata seu mestre ou sua mestra é
um de nós. Os Mestres de Θελημα não têm escravos;
apenas servos, e estes dispostos. Senão, eles não seriam
mestres, mas “Irmãos Negros”.
Ao início do relato seguinte, o Sr. Germer acrescentou
esta nota: ‘De Vol. 4 de “Confissões” (ainda não
publicado)’. Novamente, esta nota foi cortada na
pirataria de Regardie para favorecer seus colegas
ladrões. – Motta.
Uma festa tumultuosa estava em progresso. Uma amiga ao
longo da vida da bailarina...
A dançarina foi Isadora Duncan. A “amiga”, Soror
Virakam, foi Mary d'Este, mãe do Diretor de filme
Americano Preston Sturges. – Motta.
...a quem vou chamar pelo nome que ela adotouposteriormente, Soror Virakam, estava comemorandoseu aniversário. Esta senhora, um magnífico espécime desangue irlandês e italiano misturado, possuía a maispoderosa personalidade e um terrível magnetismo queinstantaneamente atraiu a mim mesmo. Eu me esquecide tudo. Eu sentei no chão como um Deus Chinês,trocando energia com ela.
Após algumas semanas de escaramuças preliminares,nos juntamos à batalha ao longo de todo o fronte, isto é,eu cruzei Paris, onde ela tinha um apartamento, e a leveià Suíça para passar o inverno patinando. Chegando aInterlaken, descobrimos que Murren não estava aberto,então fomos para St. Moritz, quebrando a viagem emZurique. Esta cidade é tão horrível e deprimente que nóssentimos que nossa única chance de viver durante a
noite era conseguindo ficar soberbamente bêbado, o quefizemos...
Aqui Crowley acrescentou o seguinte parêntese: Deixe-me
enfatizar que esta aventura selvagem não tinha a mais
remota conexão com Magick. Virakam era totalmente
ignorante do assunto. Ela tinha quando muito um
punhado de Ciência Cristã. Ela nunca tinha assistido
sequer a uma sessão espírita ou jogado Planchette. –
Motta.
Lassati sed non Satiati pela meia-noite, eu esperava
dormir; mas fui despertado por Virakam sendoaparentemente tomada por um violento ataque dehisteria, em que ela derramou uma torrente frenética dealucinações sem sentido. Eu estava irritado e tentandoacalmá-la. Mas ela insistiu em que sua experiência erareal, que ela trazia uma mensagem importante para mimde algum indivíduo invisível. Tal absurdo aumentouminha irritação. Mas - depois de cerca de uma hora disto
- o meu queixo caiu de espanto. Tornei-me subitamenteconsciente de uma coerência em seus delírios, e, ainda,que foram formulados em minha própria linguagem desímbolos. Minha atenção estava sendo assim despertada,eu escutei o que ela estava dizendo. Em poucos minutosme convenceu de que ela estava realmente emcomunicação com alguma Inteligência que tinha umamensagem para mim.
Deixe-me explicar brevemente os motivos para essacrença. Eu já havia estabelecido, em conexão com aoperação do Cairo, algumas salvaguardas que euhabitualmente emprego. A visão Virakam continhaelementos perfeitamente familiares a mim. Esta era umaprova clara de que o homem em sua visão, a quem elachamou de Ab-ul-Diz, estava familiarizado com o meusistema de hieróglifos, letras e números, e também comalguns incidentes em minha carreira mágica. A própriaVirakam certamente não sabia nada de qualquer umdestes. Ab-ul-Diz nos disse para chamá-lo uma semana
depois, quando ele iria dar mais informações. Chegamosa St Moritz e alugamos uma suíte no Palace Hotel.
Minha primeira surpresa foi descobrir que eu tinhatrazido comigo exatamente aqueles Armas Mágicas queeram adequadas para o trabalho proposto e nenhumaoutra. Mas uma circunstância ainda mais surpreendenteestava por acontecer. Para os propósitos da operação doCairo, Ouarda e eu trouxemos dois abbai; um escarlatepara mim; um azul para ela. Eu tinha trazido o meu paraSt Moritz; o outro estava, naturalmente, em posse deOuarda. Imagine o meu espanto quando Virakam tiroude seu baú um abbai azul tão parecido com o de Ouardaque as únicas diferenças eram detalhes mínimos dosbordados dourados! A sugestão foi que os ChefesSecretos, tendo escolhido Ouarda como sua mensageira,não poderiam usar qualquer outra pessoa até que elativesse se tornado irrevogavelmente desclassificada porinsanidade.
Talvez fosse mais apropriado dizer que Eles não
escolheram nenhuma outra até que ela renunciou a sua
posição, optando por ficar louca ao invés de continuar
como Mulher Escarlate. Cf. AL, III-43. – Motta.
Que até agora o seu lugar não poderia ser tomado poroutra; e que Virakam possuiria uma cópia de seu RobeMágico; parecia um forte argumento de que ela haviasido consagrada por eles para tomar o lugar de suainfeliz antecessora.
Ela era muito insatisfatória como uma clarividente, elaressentiu estas precauções. Era uma mulher irascível eimpulsiva; sempre ansioso para agir com entusiasmoimprudente. Meu ceticismo frio, sem dúvida, a impediade fazer o seu melhor. O próprio Ab-ul-Diz-seconstantemente exigia que eu devesse mostrar “fé” eme alertava que eu estava destruindo as minhas chancespor causa de minha atitude. Consegui convencê-lo, noentanto, de dar uma prova adequada de sua existência e
de sua pretensão de falar com autoridade. A principalintenção de sua mensagem era instruir-me a escreverum livro sobre o meu sistema de misticismo e Magia, aser chamado de Livro Quatro, e me disse que por meiodeste livro, eu deveria prevalecer contra o descasopúblico. Não via objeção a escrever um livro assim; porrazões bastante racionais, era um curso de açãoadequado, portanto, eu concordei em fazer isso. MasAb-ul-Diz estava determinado a ditar as condições emque o livro deveria ser escrito; e esta era uma questãodifícil. Ele queria que viajássemos para um localapropriado. Sobre este ponto eu não estava totalmentesatisfeito com o resultado do meu interrogatório. Seiagora que eu estava culpando muito o tempo todo. Eunão fui honesto nem com ele, comigo ou Virakam. Eupermiti que considerações materiais me influenciassem,e eu me agarrei – ó triplo tolo! – às minhas obrigaçõessentimentais com Laylah
Triplo tolo porque Laylah não apresentava esses
escrúpulos quando com o tempo veio a seguir suas
próprias inclinações às suas custas. Como é geralmente o
caso. – Motta.
Finalmente decidi fazer o que ele pediu, embora parteda minha objeção estava baseada em sua recusa a dar-nos instruções absolutamente definitivas. No entanto,nós cruzamos os caminhos em um trenó para Chiavenna,de onde pegamos o trem para Milão. Nesta cidadetivemos uma conversa final com Ab-ul-Diz. Eu haviaesgotado a sua paciência, assim como ele a minha, e elenos disse que não iria mais nos visitar. Ele nos deu suasinstruções finais. Deveríamos ir a Roma e além deRoma, embora ele se recusasse a dar o nome do localexato. Deveríamos obter uma vila e ali escrever o LivroQuatro. Perguntei-lhe como poderíamos reconhecer avila correta. Eu esqueci qual resposta ele deu atravésdela, mas pela primeira vez ele mostrou uma mensagemdiretamente em minha própria consciência. “Você areconhecerá além da possibilidade de dúvida ou erro”,
ele me disse. Com isso, uma imagem veio à minha mentede uma encosta sobre a qual havia uma casa e jardimmarcados por duas nogueiras altas.
No dia seguinte fomos para Roma. Devido à minhaprópria tentativa como a de Ananias de “esconder partedo dinheiro”, minhas relações com Virakam havia setornado tensa. Chegamos a Nápoles após dois ou trêsdias de briga em Roma, e começamos a procurar oimóvel. Imaginei que encontraríamos dezenas de locaisadequados para escolher, mas nós gastamos dias apósdia vasculhando a cidade e subúrbios em um automóvel,sem encontrar um único local para alugar quecorrespondesse no menor grau com as nossas ideias.
O fedelho de Virakam – um desengonçado abandonadopor deus – estava para se juntar a nós para os feriadosdo Natal, e no dia em que estava para chegar, antes deencontrá-lo, nós dirigimos para Posillipo como uma vãesperança, por volta das quatro. Mas na noite anterior
Virakam teve um sonho no qual viu com clareza absolutaa vila desejada. (Eu fui cuidadoso de não dizer nada aela sobre as nogueiras, de modo a ter uma arma contraela caso ela insistisse que tal e tal lugar era opretendido).
Após uma busca infrutífera voltamos nosso automóvelpara Nápoles, ao longo da parte alta de Posilippo. Emum ponto há uma pequena viela lateral dificilmentetransitável por motor, e de fato quase imperceptível, jáque partia da estrada principal de modo a formar um“Y” de ângulo agudo virado para Nápoles. Mas Virakamsaltou animadamente e disse ao motorista para dirigirpor ela. Fiquei espantado, estando ela histericamenteansiosa para encontrar o trem, e nosso tempo já estavaquase curto demais. Mas ela jurou apaixonadamente quea vila estava naquela viela. A estrada tornou-seconstantemente mais bruta e estreita.
Depois de algum tempo, ela saiu na ladeira aberta; um
parapeito baixo de pedra à esquerda a protegendo.Novamente ela deu um pulo. “Lá”, ela gritou, apontandocom o dedo, “é a vila que eu vi em meu sonho”! Eu olhei.Nenhuma vila estava visível. E assim eu disse. Ela tevede concordar; ainda preso a sua ideia de que ela viu. Euposteriormente retornei ao local e descobri que umapequena parte da parede, talvez 15 pés da bordaestreita de alvenaria, só é perceptível através de umaabertura na vegetação. Seguimos em frente; chegamos auma pequena praça, ao lado da qual havia uma igreja.“Essa é a praça e a igreja”, ela exclamou: “que eu vi emmeu sonho”!
Seguimos em frente. A pista ficou mais estreita, maisdifícil e íngreme. Pouco mais de uma centena de jardas àfrente, ela “terminava” completamente, bloqueada commontes de pedra quebrada. O motorista reclamou queele não seria capaz nem de virar o carro, nem deretornar à praça. Virakam, em uma fúria violenta,insistiu em continuar. Encolhi os ombros. Eu tinha me
acostumado a estes tufões.
Seguimos em frente algumas jardas. Então o motoristase revoltou e parou o carro. À esquerda havia uma portaaberta através da qual se podia ver um grupo deoperários engajados em fingir concertar uma vila emruínas. Virakam chamou o capataz e perguntou emitaliano ruim se o lugar estava para alugar. Ele disse quenão; que estava sob reparos. Com confiança louca ela oarrastou para dentro e o forçou a mostrar-lhe a casa.Sentei-me em desgosto, sem me dignar a seguir. Então,de repente meus olhos encararam o jardim, duas árvorespróximas entre si. Abaixei-me. Suas copas apareceram.Eram nogueiras! A coincidência estúpida me irritou, emesmo assim algum instinto irresistível me obrigou atirar meu caderno e lápis e anotar o nome escrito sobreo portão – Villa Caldarazzo. À toa, eu somei as letras 6+ 10 + 30 + 30 + 1 e 20 + 1 + 30 + 4 + 1 + 200 + 1 + 7 + 7+ 70. Sua soma me atingiu como uma bala no meucérebro. Era 418, o número da Fórmula Mágica do Æon,
um hieróglifo numérico da Grande Obra! Ab-ul-Diz nãohavia cometido erro algum. Meu reconhecimento dolugar certo não dependia de uma mera questão deárvores, que podem ser encontradas em quase qualquerlugar. Reconhecimento além de qualquer possibilidadede dúvida foi o que ele prometeu. Ele foi tão bom quantosua palavra.
Eu estava completamente estupefato. Eu pulei para forado carro e corri até a casa. Encontrei Virakam na salaprincipal. No instante em que entrei percebi que eratotalmente adequada para um Templo. As paredes eramdecoradas com afrescos brutos que de alguma formasugeriam a atmosfera exata adequada para o trabalho.A própria forma da sala parecia de alguma formasignificativa. Além disso, parecia como se estivessepreenchida com uma emanação peculiar. Esta impressãonão deve ser descartada como fantasia pura. Apenaspoucos homens são suficientemente sensíveis paradistinguir a aura espiritual de certas construções.
Embora, naturalmente, a própria interpretação do que é
uma aura “boa” variará de acordo com suas inclinações
espirituais ou desenvolvimento. – Motta.
É impossível não sentir reverência em certas catedrais etemplos.
Devemos sempre fazer o gesto de Banimento e pronunciar
as palavras de Banimento ao entrar em tais lugares, no
entanto. Curiosamente a maioria das "igrejas" Crististas
tem uma atmosfera totalmente miasmica; mas o
banimento revela imediatamente aqueles que -
estatisticamente exceções - parecem ter sido acusados de
verdadeira veneração. A entrada de um Iniciado em
quaisquer dessas igrejas e templos, é claro, os purifica.
Que é motivação adicionada para evitar a entrada neles.
– Motta.
As casas mais comuns muitas vezes possuem umaatmosfera própria; algumas deprimem, algumas animam,algumas enojam, outras gelam o coração.
Virakam naturalmente estava inteiramente certa de queesta era a vila para nós. Contra isso havia a declaraçãopositiva das pessoas no comando de que não era para seralugada. Nós nos recusamos a aceitar esta afirmação.Pegamos o nome e endereço do proprietário,procuramos por ele, e achamo-lo disposto a nos darposse imediata com um pequeno aluguel. Mudamos-nosno dia seguinte e nos estabelecemos quase queimediatamente para consagrar o Templo e começar olivro.
O início do relato seguinte leva, na edição original, outra
nota do Sr. Germer, que foi modificada por Israel
Regardie em sua pirataria para fazer propaganda de
outra pirataria – a de Symonds e Grant. A nota original
se lê “O seguinte é de ‘As Confissões’, vol. 4, ainda não
publicado”. – Motta.
Eu sabia em mim mesmo desde o início que a revelaçãono Cairo era uma coisa real. Eu tenho provado com
dores infinitas que este era o caso; também a prova nãotem fortalecido a minha fé, e refutar não faria nada parame livrar dela. Eu sabia em mim mesmo que os ChefesSecretos tinham arranjado para que o manuscrito de OLivro da Lei estivesse escondido sob as Torres deVigília e as Torres de Vigília sob o esqui; que elestinham me guiado para fazer solucionar a ausência domanuscrito; que eles tinham direcionado as ações deKenneth Ward por anos de forma que ele pudesse ser omeio da descoberta, e organizado todos os detalhes doincidente, de tal forma que eu deveria entender istocomo foi feito.
[Efeito similar ao que se tem quando pela primeira vez
obtemos plena e total consciência de tudo que já se passou
na vida e de como cada ação o conduziu a sua posição
atual. É essa a primeira vez em que se compreende o
delicioso jogo de Babalon... – P.G.].
Sim; isso envolve uma teoria dos poderes dos Chefes
Secretos tão romântica e irracional, que parece nãovaler um sorriso de desprezo. Quando isso acontece, umfenómeno quase paralelo chegou há passar dez anosdepois. Proponho-me citá-lo aqui para mostrar que osmais ordinários eventos, aparentemente desconectados,são na verdade apenas inteligíveis pela postulação dealgumas pessoas, tais como os Chefes Secretos da A �A � em possessão de alguma previsão e poder como euatribuí a eles. Quando eu retornei para a Inglaterra noNatal de 1919 e.v., todos os meus planos tinham sidodespedaçados devido à desonestidade e traição de umagangue que foi assediada pela insanidade de meu editorem Detroit. Eu estava prometido por honra a cuidar deuma determinada pessoa, mas eu estava praticamentesem um tostão. Eu não conseguia ver qualquer maneirapossível de carregar em meu trabalho. (Estarárelacionado na ocasião oportuna como esta condição decoisas sucedeu, e por que foi necessário eu sofrê-la.).
Eu encontrei-me em Morêt, na orla da Floresta de
Fontainebleau, sem nada para fazer senão esperar. Eunão joguei a toalha em desespero passional como eutinha feito uma vez anterior para minha vergonha - eutinha sido espancado com força nos dedos para me curardisso - mas eu disse para os Deuses: “Observe, eu fizdas tripas, e aqui estou em um ponto morto. Eu nãoestou conseguindo me virar: Eu exijo um sinal definitivode que eu ainda sou o seu profeta escolhido”. Eu,portanto, anotei em meu diário, em 12 de Janeiro de1920 e.v., como segue:
Estou inclinado a fazer meu Silêncio incluir todas asformas de trabalho pessoal, e isso é muito difícil deabrir mão, mesmo porque eu ainda estou com medo do‘fracasso’, o que é um absurdo. Eu deveria,evidentemente, não anexar, para evitar a Atendente-Aflição-Após-Recusar-A-Maldição-do-Meu-Grau, seposso ser perdoado pela expressão.
E por que eu deveria deixar minha eficaz Tartaruga e
olhar para as pessoas até o meu queixo ficarpendurado? Devo ver o que o Yi diz? Pergunta: Devoabandonar todo trabalho mágico seja este qual for até oaparecimento de um sinal manifesto?
Resposta:
Nenhum símbolo poderia ser mais claro ou ambíguo.
Tenho chamado Aiwass para manipular as Varetas; e,querendo perguntar “Qual será o Sinal”? Obtiveinstantaneamente a referência em CCXX de NossaSenhora BABALON: “a onipresença do meu corpo”.Mas isso não é muito claro; eu isto mentalmente comose referindo à chegada prevista de Nossa Senhora, masisso pode significar um transe, ou quase nada. Então euperguntarei a Yi, como meu último ato mágico para omomento.
Eu acho que isto significa a chegada de Nossa Senhora.Eu tenho sérias dúvidas se o hexagrama não deveria ter
sido:
[Este, assim como nos três parágrafos acima, e nos
próximos que façam referencia a consulta, não estavam com
os símbolos inclusos, e, portanto não me foi possível
reproduzi-los aqui – P.G.].
O que certamente teria que significar isso. Que eudevera duvidar de qualquer coisa é absurdo: pelo o queeu conheço, o sinal é sem falhas. E com isto eu fecho oregistro, e espero pelo Sinal.
A próxima entrada é datada de Domingo, 1 de Fevereiro:
Amavelmente leia sobre a entrada de 12 de janeiro comexcessivo cuidado. Agora então: Na sexta-feira, 30 deJaneiro, eu fui para Paris, para comprar lápis,Mandarim, uma paleta, Brandy Napoleon, telas e outrospertences do sombrio comércio artístico. Aproveitei aoportunidade para recorrer a uma antiga amante minha,
Jane Chéron, concernente a quem ver Equinox Vol. I 6“Três Poemas”. Ela nunca teve o menor interesse emassuntos ocultos, e ela nunca fez qualquer trabalho emsua vida, mesmo da ordem de bordados. Eu a tinha vistouma vez antes, desde a minha fuga da América, e eladisse que tinha algo para me mostrar, mas eu não deiatenção e ela não insistiu. Meu objetivo ao chama-lanesta segunda ocasião foi múltiplo: Eu queria ver ohomem com quem ela estava vivendo, que ainda nãoretornara da Rússia, fazer amor com ela, e fumar algunspoucos tubos de ópio, sendo ela uma devota daquelegrande e terrível Deus.
Considere agora: a Obra pela qual eu sou um Maguscomeçou no Cairo (1904 e.v.), com a descoberta daStælæ de Ankh-fn-Khonsu, na qual o objeto principal éo Corpo de Nossa Senhora Nuit. Esta é reproduzida emcores no Equinox I 7. Jane Chéron tem uma cópia destelivro. Na tarde de sexta-feira, então, eu estava em seuapartamento. Eu atingira nenhum dos meus objetivos ao
chamar por ela, e estava prestes a partir. Ela deteve-mepara me mostrar este “algo”. Ela foi e tomou um panodobrado de dentro de uma gaveta. “Feche os olhos”,disse ela.
Quando os abri eles viram um pano quatro metros oumais de comprimento, em que estava uma magníficacópia, na maior parte em aplicação de seda, da Estela.Ela então me disse que em fevereiro de 1917, ela e seujovem homem tinham ido para o Sul da França para securar do vício do ópio. Nesses casos, a insônia éfrequente. Uma noite, porém, ele tinha ido dormir e aoacordar pela manhã ela descobriu que, de vigília, haviadesenhado uma cópia da Estela em uma grande folha depapel.
É muito marcante que uma folha de papel tão grandedeve ter sido feita a mão; também que eles deveriam terlevado aquele livro especial sobre a tal viagem; masainda mais marcante ela ter escolhido aquele quadro,
mais ainda, que ela, que nunca tinha feito qualquercoisa desse tipo antes, deve ter feito tudo isso. Maisainda, que ela deve ter gasto três meses para fazer umacoisa permanente assim. Acima de tudo, que ela deveriater mostrado isso para mim no momento em que euestava esperando um sinal “inconfundível”.
Para observar, o quanto as palavras em meu registro de12 de Janeiro descrevem o sinal, “a onipresença do meucorpo”. E lá estava ela – no último lugar do mundo ondea teria procurado.
Observe, também, a precisão do símbolo do Yi King[símbolo faltando nesta edição]
Pois � � é, naturalmente, o símbolo de Nossa Senhora,
e o Deus abaixo dela na Stælæ é � do Sol.
Tudo isso é prova clara do indizível poder e sabedoriaDaquele que me enviou a proclamar a Lei.
Eu observei depois de uma conversa com M. Jules
Courtier ontem, que toda a sua Obra S.P.R. é somente aprova de Forças extra-humanas. Nós sabíamos Deles otempo todo; o universo está cheio de sutil e obscuramanifestação de energia; nós estamos constantementeavançando em nosso conhecimento e controle deles.Telecinesia é da mesma ordem de Natureza que os RaiosHertz ou das emanações de Rádio.
[M. Jules Courtier foi um pesquisador e cientista do
espiritismo e dos ditos “poderes extrassensoriais”. Em todo
caso este assunto todo deve ser levado com cuidado, por
dois motivos: Ciência e Extra Natureza. Seria interessante
que o leitor, ou leitora, procurasse o livro de Lyall Watson:
“Supernatureza”. Courtier é o tal pesquisador ligado a
fenômenos para-psíquicos que Crowley manifestou seu
respeito e reconhecimento em outra carta, e não o imbecil
do Kardec como muitos induzem que se pense; Crowley
tinha verdadeiro asco para esses assuntos de incorporação
espiritista, porque a simples ideia de algo “tomar” seu
corpo, e não dar o seu próprio, é ódio, e não amor, posto
que tudo devesse ser “para me”. Qualquer “ser” que queira
União com você, tem que se dar a você tanto quanto você
deverá se dar a ele. – P.G.].
Mas o que ninguém antes de mim tem feito é provar aexistência de Inteligência extra-humana, e meu Registromágico faz isso. Eu erro na interpretação, é claro; mas éimpossível duvidar de que há um Alguém lá, um Alguémcapaz de combinar eventos como um Napoleão formaseu plano de campanha, e possuir poderesinimaginavelmente vastos.
Se estes eventos eram realmente o resultado do cálculo econtrole por parte dos Chefes Secretos, parece àprimeira vista como se as pessoas envolvidas tinham sidopreparadas para desempenhar as suas partes desde oinício.
[É preciso reafirmar, o que já foi dito muitas vezes antes,
em nenhum momento os Chefes Secretos manipulam as
circunstancias de forma que você seja uma marionete; Os
“Reis” e “Rainhas” são livres, os escravos serviram, e
estes sim, são REALMENTE manipulados por eles para
que seja possível alcançar os objetivos. Na carta anterior
A.C. deixou claro o ponto de vistas Deles. E Liber AL
também. Mas é melhor ser o lacaio de um Chefe Secreto
auxiliando a humanidade, e consequentemente a si mesmo,
do que um escravo alforriado da Igreja e outras tolices
retrógradas mais. Oh! Por favor, não chore, a maioria nem
percebe que esta “sendo” conduzida ao invés de se
conduzir; mas quando você percebe as cordinhas em você,
“Neo”, então é porque você tomou a “pílula vermelha”... -
P.G.].
Nosso relacionamento anterior, com a garota do ópio,minha amizade com o seu amante, e seu interesse nomeu trabalho; omita qualquer item e o plano inteirofalha. Mas esta suposição é desnecessária. A preparaçãoem si não precisa voltar mais do que três anos, quando aStælæ foi bordada. Nós podemos permitir que os ChefesSecretos considerassem suas opções, assim como um
jogador de xadrez não é confinado só a uma combinaçãoespecial para o seu ataque. Nós podemos supor que seessas pessoas não estivessem disponíveis, o sinal que euexigi poderia me ter sido dado de alguma outra maneiraigualmente impressionante. Nós não somos obrigados afazer suposições extravagantes a fim de manter que aevidência de propósito é irresistivelmente forte...
Descartar essa intrincada concatenação decircunstâncias, culminando como eles fazem a exibiçãoadiante do sinal exato que eu havia exigido, ésimplesmente forçar a teoria das probabilidades paraalém do ponto de ruptura. Aqui então estão doiscomplicados episódios que eles fazem para provar queeu estou caminhando, não pela fé pelo que vemos, nasminhas relações com os Chefes Secretos; e estes sãoapenas dois elos de uma cadeia muito longa. Este relatoda minha carreira irá descrever muitos outrosigualmente impressionantes. Eu poderia, talvez, negarao meu mais intimo instinto o direito de testemunhar
qualquer caso deste tipo em questão; mas quando, anoapós ano, o mesmo tipo de coisa continua acontecendo, equando, além disso, vejo-me capaz de prever, como aexperiência me ensinou a fazer nos últimos três anos, oque vai acontecer, e até mesmo como as peças vão seencaixar no quebra-cabeça, eu sou justificado aoassumir uma conexão causal.
Uma última ressalva é necessária. Relacionamento com
os Chefes Secretos, ou os Deuses, ou os Mestres Secretos,
ou a Grande Fraternidade, ou qualquer outra coisa pela
qual você pode querer chamá-los, É possível, como atesta
Crowley; mas de nossa parte isso acontece apenas nos
raros casos em que a intensa veneração, dedicação,
respeito e amor para com a humanidade, para não falar
de outras coisas vivas, e a Vontade de resguardar e
estimá-los, é uma pura e vivida flama na alma dos
aspirantes. Aqueles que sem essa singularidade de
propósito fantasiam estarem em contato com os Mestres
arruínam seu progresso espiritual, às vezes por várias
encarnações consecutivas; e neste processo muitas vezes
causam um grande dano aos outros. De Sua parte, isso
pode acontecer com qualquer um, como vemos a partir
desses relatos. – Motta.
[Seria interessante também salientar a importância em
distinguir uma mera coincidência de um evento realmente
programado por Ele, sejam quem forem... – P.G.].
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 52: Família: InimigoPúblico N°1
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Em sua última carta você menciona “pressão familiar”.
Palavra horrível, família! Sua etimologia a acusa muito de
servilismo e estagnação.
Latin, famulus, um servo; Osco, Faamat, ele habita.
O próximo paragrafo foi amputado por Regardie. –
Motta.
Isto quase merece o tratamento que ele recebe naquele
desacreditado quase-Limerick:
Terceira era a jovem chamada Emily
Que não era entendida por sua femily,
Ela agiu de modo rummily,
O chefe da fummily,
Tinha combinado com um galgo de Wem-b-Iley.
Eles temiam que ela iria produzir um fac-símile -
Trazer desgraça total sobre a fimilly,
Assim, o chefe da fommily,
Leu sua homilia -
E o diabo voou para fora de Chim-b-illy!
[Alguns pontos:
1 – Não aprecio poesia.
2 – Este Limerick (estilo de poema) é repleta de
trocadilhos intraduzíveis.
3 – Isso é o máximo que eu pude e/ou me interessei em
fazer, pelo ponto n° 1.
4 – Abaixo disponho o orginal para quem se interessar. –
P.G.].
Three was a young lady named Emily
Who was not understood by her femily,
She acted so rummily,
The head of the fummily, Had her matched with a greyhound from Wem-b-iley.
They feared she would breed a facsimile—
Bring utter disgrace on the fimilly,
So the head of the fommily,
Read her a homily— And the devil flew out of the Chim-b-illy!
A palavra deve ter mais respeito por si mesma!
Então, penso que isto evoque horríveis imagens a partir da
mente. Não só Vitoriana; onde a família tem sido forte, ela
sempre tem sido o motor da tirania. Membros fracos ou
moradores fracos: é o espirito da turba esmagando o gênio,
ou oprimindo a oposição pela aritmética bruta. Claro, há de
ser uma boa família para que se faça qualquer coisa que
vala muito a pena fazer; mas o que cada um deve dizer
quando a questão da Grande Obra é posta?
Por “boa família” ele quis dizer, é claro, endinheirada ou
bem relacionada. É ainda um fato da vida na sociedade
moderna, mesmo em países comunistas, que as ligações
familiares são a chave normal para o sucesso mundano.
Este é apenas outro argumento para acabar com o
sistema familiar totalmente. Ele regula a originalidade
em si mesma e em outras famílias quando possível, é anti-
evolutivo e seu eco-sistema é o de parasitas, uma vez que
gira apenas em torno de si. No presente momento os
partidos políticos, religiões e nações são nada mais do
que extrapolações do sistema familiar. – Motta.
[Porque não vemos, então, o que diz Crowley, em 1928?!
Segue abaixo:
“Quando, em 14 de dezembro de 1928 – quase um ano
depois que ele conheceu Crowley – Yorke tornou-se
administrador do fundo criado para Lola Zaza, ele
escreveu à filha mais velha A.C. e sugeriu que ela, agora
uma mulher de 22 fazendo 17 shillings por semana como
assistente de showroom para uma alfaiataria na West
End, conhecer seu pai. Ela respondeu:
Eu escrevi ao meu tio, e ele disse que eu sou velha o
suficiente para escolher por mim mesma. Vou dar-lhe
alguns livros para ler, ele disse, e eles vão ajudá-la a
pensar. Então eu li partes deles. Afinal, um trabalho do
autor é uma parte de si mesmo. Então, eu o tenho julgado
por suas próprias obras e o que poderia ser mais justo?
Mas a resposta é não. Eu realmente não tenho tempo para
gastar com um homem tão rude ou arrogante. Suas obras
fazem parte dele e eu estou muito triste por outra parte. O
que um hash que ele fez isso” (Lola Zaza Crowley à
Gerald Yorke, Yorke Collection).
Sua recusa educada deve ter sido uma decepção para
Crowley, que desesperadamente queria uma família”.
Richard Kaczynski's, Livro “Perdurabo”.
Então, leitor e leitora, fica fácil identificar que no final dos
anos 40 essa carta em MWT era mais o lamento de um
homem privado de convívio com seus filhos do que uma
orientação a ser seguida ao pé da letra, culminando em
atitudes covardes, tais como, um certo alguém ao abandonar
os filhos nos EUA usando a Grande Obra como desculpa! –
P.G.].
Deus te abençoe, toda a força da família é baseada no fato
de que ela cuida apenas da família: por isso a sua fórmula
mágica assim concentrada é inevitavelmente hostil a um
objetivo exclusivamente individual como o da Iniciação.
Estes sentimentos são recíprocos.
[Não as famílias atuais... Mas ate então, a maioria que se
correspondiam com Crowley ainda estavam presas aos
laços Vitorianos...
Para ser sincero, só existem duas coisas que Crowley
escreveu que eu não concordo como sendo uma verdade
expansivelmente passível de ser universal: Essa carta
horrorosa e “Carta a um Casamento”, pelo motivo de
generalizarem um conceito através de uma única e
simplória dúzia de experiências subjetivas, logo, pessoais.
Há, não fale isso, Germer não parava solteiro também! –
P.G.]
Em todo sistema mágico, ou similar, é invariavelmente a
primeira condição que o Aspirante deve cumprir: ele tem
de uma vez por todas e para sempre colocar a família fora
de seu círculo mágico.
Mesmo os Evangelhos insistem claramente e pesadamente
sobre este assunto.
[Isso é a amargura causada pelas intrigas que afastaram
A.C. de seus filhos. Essas eram de tal tamanho que ele até
apelou para esse monte de esterco de Chorozon! Mas
estamos falando de um HOMEM que viu TODOS os seus
filhos morrerem sem poder agir, e os que sobreviveram lhe
ignorando! - P.G.]
O próprio Cristo (isto é, aquele que se entende por este
nome nesta passagem) renega insensivelmente sua mãe e
seus irmãos (Lucas VIII 19). E ele faz repetido e
contingente ao discipulado na renúncia total de todos os
laços familiares. Ele nem mesmo permite que um homem
assista ao funeral de seu pai!
Daí a máxima bem conhecida, “Deixa que os mortos
enterrem seus mortos” - Motta.
[Outro que esta apelando pra esse livro fétido e promíscuo
chamado de bíblia! - P.G.]
É a tradição mágica menos rígida?
Não em sua vida!
Um sério grimório da Idade Média é o Livro da Magia
Sagrada de Abramelin o Mago.
Uma nova edição deste livro, recolhida a partir de varios
MSS está sendo preparado pela O.T.O. - Motta.
Ele não faz nenhuma volta sobre isso. Ele ainda
condescende em apontar a família como o mais sério de
todos os obstáculos para o desempenho da operação, e ele
dá as razões psicológicas corretas por que isso deveria ser
assim. Você mesma disse! “Pressão familiar” foi sua
pungente e pertinente expressão. Apenas isso.
Eu acho que “família” deve incluir qualquer grupo de
pessoas com interesses comuns que esperam ou desejam
que você compartilhe. Um da antiga escola ou
universidade, o regimento, o clube de golfe, o negócio, o
partido, o país: qualquer um destes pode não gostar muito
de sua absorção em assuntos alheios à voce própria. Mas a
família é o tipo clássico, porque sua força é tão potente e
persistente. Tudo começou quando você deu o seu primeiro
berro; sua personalidade é deliberadamente arrancada e
distorcida pelo código da família; e sua zoologia é tão
inadequada que eles sempre têm a certeza de que o seu
Patinho Feio é uma Ovelha Negra. Até mesmo para esse
Tolo eles encontram um uso: ele pode ser inestimável para
o Exercito da Igreja, onde a incompetência dócil é a chave
certa do avanço.
Maldição a eles! Estão sempre no caminho.
[Liber Aleph dá melhores conselhos sobre tudo isso. E o
próprio bom senso também! Dê a seus filhos e filhas e
Esposo e Esposa o mesmo que quer que eles te deem.
Respeito, porque ninguém é criança para sempre. E Zelo,
sempre seja zeloso e não punitivo e etc. É possível
“Thelemizar” um convívio familiar. Afinal, se uma dada
‘Ordem’ Cristista-Maçônica o foi, não é mesmo? Mas até
então, eu vim de uma família sem problemáticas, e
felizmente com um pai ateu! – P.G.].
Os próximos três parágrafos foram cortados pelo Sr.
Regardie. Naturalmente eles são os mais importantes
desta carta. – Motta.
[O mais importante nesta carta é saber um pouco mais do
HOMEM por de tras das palavras; o quanto este mesmo
homem estava amargurado em solidão e desespero.
À bem dos demais gostaria de esclarecer que é importante
o desapego no sentido de que tudo passa, tudo nasce, tudo
morre, sem excessoes, mas, amar, sobre tudo o que se
QUER amar, é o fundamental.
Se em seu íntimo, você cre que é um pato em meio a gansos
na sua família, mude-se! É mais pratico, fácil e menos
desgastante para os que se sentem bem no convívio dela.
Devemos sempre buscar aquilo que nos faz bem; o maior
problema de uma família não é na maioria das vezes as
suas falhas, que se você for um Iniciado tem a obrigação de
compreender suas limitações, mas sim os elementos
“parazitários” que preferem ficar reclamando e denegrindo
ao invez de “sambar fora”! Portanto, se você tem esse
‘problema’ familiar, seja adulto, e caia na vida! Mas por
favor, não abandone seus filhos, eles não tem culpa de sua
covardia moral! – P.G.].
Mesmo séculos depois que um deles está morto, ele exerce
seu ofício abominável, e você é apenas o menos capaz de
afastar as tapas da Mão Morta, porque (afinal de contas!),
Há um lote inteiro dele em você. Ele aparece às vezes
como uma espécie de consciência alienígena; e, endividado
como você pode estar com ele para a sua constituição física
- Eu lhe dou crédito por não ter selado voce com gota,
reumatismo, tuberculose, peste e outras pragas – e muitos
de suas virtudes mais úteis, voce pretende lidar com seus
bens voce mesma, sem uma corrente subterrânea de crítica,
ou mesmo interferência ativa através de outras pessoas na
sua única preocupação na Grande Obra.
Eu realmente não tenho detectado qualquer ancestral meu
roubando o meu whisky, como o anúncio adverte-nos poder
acontecer; mas - oh! No entanto, você gosta de olhar para
isto, ele é sempre uma influência sobre vós; e que, bem ou
mau, muito justamente se ressentem. O nascituro, também!
Tudo isso está relacionado ao fato de que nós carregamos
todo o património genético da nossa espécie em nossas
gônadas – talvez até mesmo em cada célula de nossos
corpos. A percepção da interferência de “ancestrais” e
“sucessores” vem com a prática. Não é que se quer
evocá-los, muito pelo contrário. A única explicação
possível para o Sr. Regardie cortar este pedaço de
informação importante é que ele era incapaz de entender
seu valor. Não havia nada nele que possa ofender os
ladrões e charlatões que ele estava em outro lugar
tentando proteger quando ele cortou texto de Crowley. –
Motta.
[Isso sim eu concordo. Estamos falando de Genotipos e
Fenotipos. E, sim, voce DEVERÁ ultrapassar essa barreira,
a hereditariedade, para descobrir sua Verdadeira Vontade,
e nao a dos outros, sejam eles seus ancestrais, seu
apresentador de tv, ou o padre que te beliscava na escola
dominical. Mas o motivo para isso é tirar os véus que
encobrem seu verdadeiro Ser a parte de toda essa lama
condicionante da educacao, religiao, etc. e NAO porque
voce deve odiar seu pai ou mae, ou irmã, ou filho. Aliais,
amá-los conscientemente é o primeiro passo para ver o que
e como eles realmente sao e indentificar esses traços em
você mesmo, para em seguida dissolver os que nao sao
uteis e manter, sob Vontade, os que julga serem uteis para
realizar a SUA Grande Obra.
Agora, compreender algo externo a ponto de identifica-lo
dentro de si mesmo e obter controle sobre esse algo,
também, É EVOCAR sim!
Senão, vejamos o que nos diz o Hon.: Frater A. (James A.
Elshman) no documento “Notas Práticas na Evocação”:
“Literalmente, é uma ‘chamada externa’, em contrastecom a invocação, que é uma ‘chamada interna’. Comouma questão de convenção, a invocação é o nome datécnica utilizada para o estabelecimento de harmonia ecomunicação com ‘entidades’ (por falta de uma palavramelhor) de um plano superior àquele em que o magoestá funcionando, e evocação é o nome da técnicaaplicada para o estabelecimento de harmonia e
comunicação com ‘entidades’ de um plano inferior
àquela em que o mágico está operando.”
Inferior aqui, entenda-se, no contexto que estou
apresentando, subconsciente, fora de sua percepção normal.
Como a maioria das tendências o são, na maior parte dos
casos. O documento pode ser acessado no site hadnuit.org
pelo link http://hadnuit.com.br/notas-praticas-na-evocacao
P.S.: Aos sabichões/chonas, devo acrescentar que quando
me refiro a Genotipo e Fenotipo, eu estou seguindo a Linha
de ensinamentos de Ernst Haeckel – P.G.].
Na casta Brâmane, o aspirante a Yoga faz com que seja uma
regra cumprir seus deveres para com a família e o Estado;
uma vez os trabalhos estejam definitivamente feitos, eles
cortam o pintor, e se tornam Sannyasi.
Embora não seja geralmente conhecido, as mulheres
podem e, por vezes fazem o mesmo, tornando-se Yoginis.
Isto é mais comum entre as seitas Tântricas do que entre
os Hindus ortodoxos, no entanto. Guru Vivekananda,
Ramakrishna, tiveram uma Yogini como seu Mestre
Espiritual. – Motta.
Muitos Maharajah, muitos Wazir, para não dizer nada de
pessoas menos responsáveis, planejam as suas vidas
desde os primeiros dias de para o uso do Cabo sagrado
como Brahmacharyi, com estas ambições cuidadosamente
traçadas; e quando chega o momento certo ele desaparece
na selva – e o resto é Silêncio.
Um esquema sólido: isto é, desde que a pessoa tem plena
confiança na Teoria Geral. Mas acontece que nós
caucasianos não acreditamos nos Vedas, pelo menos não no
sentido tingido-em-lã, que é algo natural para o Brâmane
prometedor; quanto a “nosso própria” – por que a nossa? –
Escritura, nenhuma pessoa inteligente leva-las a sério.
Algumas pessoas alegremente reduzem-na, e forma um
Salvador em suas próprias imagens, outros esticam o texto
e inventam uma interpretação simbólica que é mais ou
menos satisfatória – como pode ser feito com qualquer
grupo de lendas. Mas tais dispositivos nos deixam sem
Autoridade Aceita, e sem que ninguém vá jogar fora sua
vida. Assim, o Caminho para os homens de integridade
espiritual começa com o ceticismo absoluto. Nossos
métodos devem ser exclusivamente indutivos.
“Jogue fora a sua vida”, eu disse? Na verdade eu fiz. Se há
alguma verdade absoluta em qualquer coisa, ou mesmo
qualquer significado na vida, na própria Natureza; então
não é uma coisa, apenas uma coisa fundamental: descobrir
quem cada um é, qual é o Caminho necessário de cada um.
A alternativa para a Grande Obra é a confusão da
dispersão, da fatuidade, ou absurdo desconectado.
[A “escritura” citada pela Soror acima, e retrucada por
Crowley, pelo menos não é a MINHA e nem a de nenhum
Irmão ou Irmã da A.:A.: – P.G.].
Para a realização desta Obra o obstáculo mais próximo e o
mais óbvio é a Família. Sua presunção é manifesta, na
medida em que todo mundo espera render-lhe prioridade
em primeiro lugar.
Nos problemas da Rússia após a Revolução de Outubro,
General Denikin, que estava tentando colocar Humpty-
Dumpty de volta na parede, capturou os pais idosos de
Leon Trotsky, no comando do inimigo, e
cavalheirescamente telegrafou-lo para retirar suas tropas
para as posições certas, caso contrário os idosos seriam
fuzilados. Trotsky respondeu: “Atire!”.
[Deve ter sido orgasmico! Patriotismo CEGO e Pais
fuzilados! Hoje entendo porque poetas bossais e covardes
como Fernando Pessoa e Olavo Bilac eram referencias de
Motta... – P.G.]
O ponto desta história é que eu espero que ele vá responder
a sua seguinte pergunta: Você está tão claro e firme sobre a
família; então por que você não insiste com todos os seus
alunos para que iniciem com um holocausto doméstico?
Por quê? Porque a maior parte de minha escalada inicial foi
feita em Beachy Head. Pergunte-me alog mais duramente!
Olhe você agora, o giz tem todos os elementos possíveis de
perigo do ponto de vista do montanhista. Tanto mais honra
a ele que pode dominá-lo!
[Na escalada usa-se pó de giz nas maos e tambem para
marcar informacoes nas rochas do percurso. - P.G.].
É uma parte essencial do sistema Rosacruz que o Adepto
deva “vestir o traje do país em que ele está viajando”. Eu
tomo isso no mais amplo senso. Pela palavra “país” eu
entendo esse planeta e seu status social “a que aprouve
Deus me chamar”. Os Irmãos da Rosa Cruz depreciam a
vida monástica ou vida eremita: talvez eles pensassem em
tais expedientes como covardes, ou pelo menos como uma
confissão de fraqueza.
Concordo. Deve-se ser capaz de viver uma vida normal
como um membro da classe, com todas as aparencias
externas; pelo menos de modo suficiente para não parecer
indevidamente excêntrico.
Infelizmente, eu não pude seguir este conselho, porque eu
não aguentei a vida com os membros da minha “classe”.
Previlegiados mentirosos, trapaceiros, e até mesmo
traidores, que se importavam em nada com as classes
menos privilegiadas e agora estão lentamente levando o
meu país, Brasil, à ruína, com a hábil ajuda dos agentes
da CIA que, em vez de trabalharem para o povo
Americano, ou até mesmo para o governo Americano, são
subornados pelos cartéis internacionais para lhes
favorecerem à custa da nação, qualquer um que eles
estejam explorando ou sua própria nação, cujo os
melhores intereses eles estão traindo. O cidadão médio
Americano não entende por que os cidadãos Americanos
são tão detestados no Terceiro Mundo, ele ou ela deve
pedir aos grandes conglomerados internacionais e aos
agentes locais da CIA a resposta, mas eu duvido que vai
ser dada. Crowley não era mais capaz de viver a vida de
sua própria classe do que eu. É interessante que ele
estava tão cego para as suas próprias motivações ou ao
seu eu pessoal, em oposição à sua Auto Iniciação. O
fenomeno, no entanto, não é incomum. Eu mesmo não
sabia o quanto a minha “classe” disgostava de mim, e
quão profundamente eu desprezava-os, por um quarto de
século. Muito da idéia dessa estupidez e ganância me
enche de repulsa e ódio agora. – Motta.
[E isso acontece mesmo! Com o tempo o convívio entre os
seus “diferentes semelhantes” se torna insuportável. Mas
você invariavelmente terá que adquirir controle sobre isso.
No fundo isso não passa de orgulho e arrogância fazendo
você acreditar que é melhor do que qualquer pária sobre a
face desse planeta gosmento. Eu, você, ou quem quer que
seja não somos melhor do que o mais desprezível
socialmente. Nós temos sim é que buscar nos superar a
cada momento, e parar de fazer comparação com terceiros.
Lembre-se, a Caridade conduz ao Zelo. Não, não é sentir ou
ter “pena dos outros”, é ‘Caritas’ a todo ser vivo... – P.G.].
Talvez “Que meus servidores sejam poucos & secretos:
...” tenha alguma implicação com tal.
Mas a condição de permitir tal frouxidão aparente é esta:
Que se deve ser tão rápida e sucinta, como Trotsky, em
qualquer situação similar.
Se algum familiar era um razoável ser-humano, (mas eles
nunca são, ela suspirou) talvez se pudesse fazer
sabidíssimo explicando a situação. “Este meu trabalho –
você não entende isso, não há necessidade de que você
deva – é a única parte importante da minha vida. Eu quero
ser escrupulosamente cuidadoso de seus sentimentos, e não
vejo nenhuma razão para que a minha carreira escolhida
deva prejudicar a nossa relação. Há apenas uma coisa a
lembrar: SE eu começar a ter a menor suspeita de que você
se opõe a mim, ou condena os meus planos, ou interfere de
qualquer forma, mesmo com as melhores intenções,
ENTÃO – com um único golpe eu cortarei nossas relações,
e para sempre”. Bem, isso é realmente muito agradável da
sua parte, Santo”, você pode dizer: “mas você não é o
único a ser considerado, o que dizer dos Mestres? Não nos
arream? A Tradição não diz isso?”.
Isso depende inteiramente de você. Se você é uma
Aspirante bastante comum, e em algumas dezenas de
encarnações de uma maneira ou outra não fez tanta
diferença, então Eles presumivelmente não vão se
preocupar com você sobre tudo. No curso dos séculos o
Karma vai esticar os vincos.
Mas – suponha que você é uma daquelas especialmente
escolhidas para executar alguma operação necessária no
curso de Seus planos? Um Muito par de botas bem diferente
vai trilhar esse caminho. Não imagine que você não é parte
disso ainda, ou, só porque acontece de você estar em um
estado de humildade de espírito. Um peão pode ser mais
poderoso do que uma Torre, em algumas posições.
Os próximos cinco parágrafos, por motivos óbvios, foram
cortados na pirataria do Sr. Regardie. – Motta.
No entanto, mesmo se você não estiver nisso, você pode
começar hoje. Esse é um dos assuntos que depende
exclusivamente de você.
Se você já tomou o apropriado e adequado Juramento,
muito bem; se não, tomá-lo agora!
Que Juramento?
Para cruzar o Abismo, você tem que desistir de “tudo o que
você tem e tudo que você é”. Este Juramento é
incondicional: veja “A Visão e a Voz” para mais detalhes.
Mas para o presente não é tão desejável nem possível: na
verdade, você não pode perceber genuinamente o que isso
significa.
Assim você pode se contentar com um Juramento simples,
razoável e inteligível no presente: dedicar “tudo o que você
tem e tudo o que você é” ao serviço da Ordem.
[ISSO é a grande jogada! – P.G.]
A vantagem de fazê-lo é que o Grande Auditor da Cidade
das Pirâmides toma conhecimento imediato. Ele traz sua
conta (Karma) até a presente data, e você começa com um
“Ledger Cash”. Isto é, ele manda seus erros serem pagos
no local, ao contrário do costumeiro sistema de crédito que
se ocorre durante séculos. A vantagem disto é que você
sabe pelo o que você está sendo punido, e aprende a sua
lição de uma vez.
[Ledger Cash é o mesmo que Livro Razão – P.G.]
Este processo é, naturalmente, às vezes muito doloroso; por
uma única coisa, você não pode dopar-se com ilusões
sobre o seu ser uma grande alma, de grande coração, uma
santa incompreendida, uma mártir e heroína.
E – isso eu lhe digo pela mais amarga experiência – a
agonia às vezes é total, porem suportável. Os Mestres (ou
os Senhores do Karma, ou o que quiser: eu tenho que
colocar tudo isso em uma tola linguagem romântica, se eu
quiser obter o significado através de tudo) veem a posição
com absoluta acuracidade; Eles sabem de uma só vez como
assim e tal, que você fez antes um ponto de oferta, é
realmente o que você acha que pode suportar render.
Acredite em mim, é uma joeira muito completa, “com a
qual ele deverá limpar seu chão”, quando Vannus Iacchi
lamentou no moinho.
O próximo paragrafo novamente cortado por Regardie. –
Motta.
Minha atitude pessoal para tudo isso é, isto talvez seja,
indevidamente positiva. Eu posso ser um pouco mais que
um fanático. Mas estou inclinado a pensar que você vai
sentir o mesmo, por causa de seu ódio pelo “evasivo”.
Tendo decidido jogar, não há sentido em se atrapalhar com
os dados. Tudo o que fazir o contato mais próximo, a ação
prompta, a visão clara, é para ser bem-vindo.
A deliberada posse de tais Juramentos, e a adesão
apaixonada a eles, é o mais seguro método de abordagem
para os Mestres. Você força a porta de Seu templo; se não
for realmente um Deles, você está pelo menos na Sua
classe.
Apenas um lembrete: é pior do que inútil tomar esses
Juramentos com qualquer tal ambição. Um dos privilégios
mais preciosos assim ganho é a limpeza geral que é feita de
toda a pretensão.
[“...pois vontade pura, desembaraçada de propósito, livre
da ânsia de resultado, é todavia perfeita.” – Liber AL –
P.G.]
Isso também é doloroso para além das palavras em
primeiro lugar. Até que o processo começe, você não tem a
menor idéia de como você se envolveu em camadas de
mentiras.
Os dois parágrafos seguintes foram novamente cortados
pelo Sr. Regardie. – Motta.
(Os Baltis são assim, você sabe; eles envolvem o bebê
quando nasce, e adicionam pano sobre pano, nunca
removendo qualquer um, até que um próspero cidadão aos
40 é mais como um fardo de tecidos do que um ser
humano!). Posso acrescentar que você vai ficar chocada?
Idéias da maldade mais atroz e abominável, coisas
literalmente impensáveis pelo seu aparelho normal de
consciência, são descobertos como a mola mestra de seu
personagem!
Eu posso acrescentar que você vai ficar chocada? Idéias da
mais atroz e abominável maldade, coisas literalmente
impensáveis pelo seu aparelho normal de consciência, são
descobertas como a mola mestra de seu caráter!
Aqueles que estavam presentes em confinamentos estvam
sempre sendo os primeiros a se espantar e horrorizar com
os comentários das mais refinadas e virtuosas senhoras;
mas aquilo é o mero afrouxamento de algumas camadas
superficiais, como essas são acessíveis aos anestésicos.
Estas revelações não são nem um montande de 1/10 de 1%
dos horrores terríveis que são reveladas por Sammasati.
Agora vá em frente!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta LIII:"Mother-Love">>
<<sem conteúdo - Carta LIV:"On Meanness">>
Carta 55: DinheiroCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você me pergunta da visão de um inciado sobre o poder do
dinheiro. Como o poeta diz: “O.k. oke; sou seu cara”. F.
Marion Crawford, um romancista vitoriano, agora (Eu acho
que merecidamente) obsoleto, pensei ter visto um de seus
livros na semana passada nas prateleiras de uma biblioteca
safada de duas moedas,...
Aqui o próprio Crowley acrescentou a seguinte nota:
“Nenhum agiota na embriaguez da culpa mais o delírio
de cocaína fortificado por baldes de haxixe ousaria
sonhar em conseguir tais juros sobre seu capital como
esses vampiros”. Ele tivera alguns. Na verdade, esta é
uma excelente descrição de como Samuel Weiser, Inc. e
Llewellyn, entre outros, cresceram por pensar em si
mesmos como “editores”. – Motta.
...Sr. Isaacs escreveu um conto baseado na vida do Sr.
Jacobs, o Rothschild Indiano de duas gerações atrás,
financiando príncipes, pequenas guerras – tudo. Uma noite
em Bombaim o fardo da sua riqueza quebrou seus nervos,
ele estava na janela de seu hotel, e jogou massos de
dinheiro para a plebe. Logo depois veio um estranho, e
disse-lhe: “Você insultou o quarto dos grandes poderes que
regem este mundo; isto deve ser tirado de você”. E assim
foi; ele perdeu tudo. No final, ele se tornou, de certa forma,
Sannyasi, e morreu (eu suponho) no odor usual.
Eu pensava neste incidente em Paris nos anos vinte, quando
eu vi turistas americanos cobrirem as capotas de seus
carros com notas de 1000 ₣, ou rasgá-las e espalha-las nos
pisos dos bancos. Sombriamente eu prognostiquei Vinte e
Nove. E assim foi.
“Bom trabalho!”, você encantadoramente observa; “mas
dificilmente é o que eu buscava saber”. Paciência, criança!
Dinheiro é o quarto grande poder, “quais são os outros
três?” Vamos, vamos, você certamente pode fazer isso com
sua cabeça. Tetragrammaton é quatro, não é?
Muito bem, então! O Primeiro Grande Poder é י, o Pai.
Fogo, o Bastão, a Flama do Gênio Criativo. O segundo é ה,
a Mãe, Água, a Taça, o mar para o qual todas as coisas
tendem, é o dom de agradar, de absorver, de desenhar todas
as coisas para si mesmo.
O terceiro é ו, o Filho, a Espada, o movimento, o elemento
penetrante, duplo na natureza. Pois isto é intelecto, mas
também o resultado do Genius absorvido, interpretado,
aplicado e transmutado através da virtude da Taça para
expandir, para explicar, para trazer à existência consciente.
E o quarto é o ה final, a Filha, a Terra, o Disco, Pantáculo,
ou Moeda – Moeda sobre a qual está estampada a efígie da
Palavra que a gerou com a ajuda das outras formas de
energia. É a princesa do Tarot de quem isto é escrito:
“Grande é realmente seu poder quando assim firmemente
estabelecida”.
É um clichê, e não é bem verdade, dizendo que o dinheiro
não pode comprar nada que vale a pena ter. Mas ele pode
comandar o serviço, a medida real do poder, e de lazer;
sem estas duas vantagens o mais brilhante gênio está
praticamente paralisado. Ele pode fazer muito para
assegurar a saúde, ou para restaurá-la. A verdade é que o
dinheiro só é problemático quando alguém começa a contar
o dinheiro.
O paragrafo seguinte foi golpeado fora pelo Sr. Regardie,
possivelmente porque ele era sensível as referencias a
direitos autorais, especialmente de Crowley. – Motta.
(Este epigrama é registrada em Basutoland, nos Estados
Unidos da América, na República de San Marino, em
Sanjak de Novibazar, Arábia Petraea, e nos países
escandinavos).
Então existem viagens, por que eu não quero dizer
itinerante; e a privacidade, menos atingível a cada ano com
os intrometidos Matties invadindo todos os cantos da vida.
Mas este é o caminho; o texto, tenor e tese do discurso
iluminado e iluminador do Epigrama acima, que não é
apenas um dos absurdos extravagantes para o qual eu sou
justamente infame. É a Pérola de Grande Valor. Observe
que, formalmente, é uma generalização do princípio da
velha liminar para “comprar o ovo de uma galinha
perfeitamente preta sem regatear”. Eu quero que você
perceba a suprema importância disto. Por um lado, ele
caminha lado a lado com toda a doutrina da assim chamada
renúncia, que não é nada de tal sorte. Você não “renuncia”
cinco xelins se você pagar por uma casa de campo com
3000 hectares de tiro, e o melhor salmão de pesca em
Deeside, não é? Esta é a Grande Interpretação da Injunção,
sem a qual nenhuma equação é possível: o Poder Mágico é
imensuravelmente mais valioso do que qualquer quantia de
dinheiro. Mas o Epigrama é severamente prático. Pode soar
um pouco romântico, mas, aqui vai! Uma comunidade que
pensa em termos de riqueza é rica, em termos de dinheiro,
pobre. Como assim? Porque o primeiro inclui os
imponderáveis .
Um par de lutadores Japoneses podem valer mais do que
Fídias, Robert Browning, Ticiano e Mozart em termos de
carne de açougue. Nós podemos alterar esse incorreto
truísmo “dinheiro não pode dar qualquer coisa que vale a
pena ter” para “as coisas que vale a pena ter não podem ser
estimadas em termos de dinheiro”. Você vê, não há
contagem. A operação para salvar a vida do seu filho: você
se importa se o cirurgião quer cinco quilos ou cinquenta?
Claro, você pode não ter 50, ou ser obrigada a recuar em
outras formas de obtê-lo, mas isso não faz diferença quanto
ao que você sente sobre ele. Qual é o valor de uma
Educação Universitária? A resposta é que isso é um puro
jogo. O aluno pode usar suas vantagens para fazer um rico
casamento, para atrair a esposa de um milionário, para
ganhar um juizado ou um posto no gabinete, para ganhar
£500 por ano como um médico, £150 como um professor
–...
Essas rendas, é claro, já estavam desatualizadas, mesmo
na época em que as estava escrevendo. Mas é interessante
notar como mestres são sempre mal pagos em relação a
outras ocupações. – Motta.
... Ou ele pode morrer no processo. Assim, com todos os
valores espirituais, que são, no sentido mais literal,
inestimáveis. Então – não começe a contar!
O mais óbvio de tudo, quando se trata de A Grande Obra, o
dinheiro não conta nada. Eu não escrevo de qualquer
trabalho Mágico, no sentido restrito da frase. Shaw disse:
“Admirals sempre quer mais navios de guerra” e J.F.C.
Fuller: “Se um advogado, mais miseráveis para
pendurar”. Isto se aplica a qualquer um cujo coração está
no seu trabalho. (Claro que, neste caso, o dinheiro é como
todas as outras coisas de valor; não conta nada, mas o
trabalho.) Esta é, também, a doutrina Mágica do som.
Falta de dinheiro é outra matéria, entretanto. Não é hora de
você me enviar um cheque?
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Como uma revisão sobre o assunto do dinheiro, esta carta
está longe de ser exaustiva. Crowley teve uma idéia
esplêndida de princípios gerais monetários, e o
aconselhamento financeiro, que ele deu aos seus alunos,
bem como conhecidos casuais e completos estranhos,
sempre foi penetrante e perspicaz. Mas em termos de
centavos imediatos – ou controle de centavos – ele era,
como ele mesmo admite, bastante ineficiente. O epigrama
sobre a contagem de dinheiro tem dois aspectos: um, se
um milionário começa a atribuir importância ao dinheiro
em si, ao invés do que o dinheiro pode fazer, é um
milionário em apuros; dois, se você tem que contar o seu
dinheiro antes de fazer algo, você esta em apuros. Isso
tudo é bem verdade, mas dificilmente lhe diz como chegar
a mais dinheiro – ou mesmo a nenhum dinheiro no todo.
Ele vai voltar ao assunto em outras cartas. – Motta.
[No entanto, não é de todo impossível ou extremamente
difícil a uma pessoa traçar rituais para esse propósito com
as dicas dadas no Epigrama e em toda carta... – P.G.]
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta LVI:Marriage—Property—WarPolitics>>
Carta 57: Seres Que Eu Vi ComMeus Olhos Físicos
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Pois bem, Você sabe da minha regra ao longo da vida de
nunca fazer qualquer asserção que não possa ser verificada,
ou pelo menos apoiada por evidência comprobatória, em
qualquer assunto referente à Magick.
Quando, portanto, você expressa curiosidade a respeito de
quanto do mundo normalmente suprassensível foi revelado
aos meus sentidos, e especialmente o da visão, você deve
levar em conta minhas respostas tais como “sem prejuízo”,
“e. e o.e.”, “sob a rosa”, e “no sentido Pickwickiano”. Se
você optar por me chamar de louco e/ou mentiroso, vou
aceitar o veredito com a minha acostumada
imperturbabilidade. Se o que eu estou prestes a dizer é
“verdadeiro” ou não, não importa, como em qualquer caso,
não prova nada em particular. O que realmente importa é
que nao se deve aceitar o que quer que seja do “Plano
Astral” sem a mais conclusiva e irrefutável evidência
interna.
Isto é o suficiente para essa ressalva; agora vou imergir
diretamente no autobiográfico.
Começo com a minha infância. Há um incidente, de pouca
importância neste local, mas contudo de suprema
significância de tal forma que não me atrevo a omiti-lo. Eu
devia ter uns 6 anos de idade. Eu estava saltando em volta
do meu pai durante um passeio pelos prados. Ele apontou
para um monte de urtigas no canto do campo, perto do
portão (Eu posso ver isso muito claramente hoje!) e me
contou que se eu tocasse-lhes seria espetado. Alguma
palavra, gesto, ou expressão minha levou a acrescentar:
Você prefere ouvir ou aprender com a experiência? Eu
repliquei, instantaneamente: Eu prefiro aprender com a
experiência. Vestindo a palavra de ações, eu corri para
frente, mergulhando na moita, e aprendi.
Talvez isto não seja completamente sem sentido no
contexto de que a flor da urtiga é a Flor Sagrada da
A.:A.: - Motta.
Este incidente é a chave para o enigma do meu caráter.
Mas, como uma criança, o que eu vi? Eu não consigo
pensar em qualquer pessoa que posteriormente dedicou a
sua vida à Magick que não tenha tido pelo menos uma
experiência precoce de visualização de anjos, ou fadas ou
algo do tipo. Mas A.C.? Jamais algum. Eu fui criado sobre
a Bíblia, um literalista, fundamentalista – tudo o que um
Irmão Plymouth poderia desejar. Nunca me ocorreu duvidar
de uma palavra do que me disseram. Talvez a Cauda de
Lobo de um ceticismo saudável brilhasse palidamente aos
10 anos, quando eu perguntei ao meu mestre de que forma
que Cristo conseguiu ficar morto por três dias e três noites
entre sexta à noite e domingo de manhã. Ele disse que não
sabia, e (para outra questão) que ninguém jamais explicou.
Isso meramente encheu-me da ambição de ser o grande
exegeta que tinha explicado isto. Eu nunca pensei em
duvidar da história.
Ele eventualmente explicou isto, ainda que talvez não seja
o primeiro a fazê-lo. O “Cristo” dos “evangelhos” sendo
uma síntese de vários símbolos, este incidente em
particular simplesmente indica o fato de que Mercúrio, o
Mensageiro do Pai, é ocultado três dias do Sol. – Motta.
Bem, todo esse tempo, e depois através da puberdade,
apesar de minha inclinação romântica, minha absorção no
Gramarye de Sir Walter Scott, a minha vida imaginativa
como um de seus heróis, e o resto. Eu nunca tinha sequer a
ilusão de um momento que qualquer coisa desse tipo nunca
tinha acontecido comigo. Eu passei por todos os
movimentos; eu frequentei todos os lugares onde essas
coisas são reputadas de provavelmente acontecer, mas nada
aconteceu.
Há uma exceção, somente uma.
Foi em 1896 e.v., em Arolla nos Alpes Pennine. Eu levei
meu primo, Gregor Grant, um fino alpinista, mas com pouca
experiência além de passeios, e em pobres condições
físicas, para a segunda (primeira sem guia) do cume N.N.E.
do Mont Collon, uma subida longa e exata demais para uma
dificuldade média. Tive que ajudá-lo com a corda na
maioria da escalada. Isso nos fez tardar. Corri para descer
pelo caminho mais rápido, uma curta porem muito íngreme
crista com um trecho decididamente ruim, pelas grandes
cabeceiras de neve do vale. No fundo do último passo uma
encosta espalhada por seixos, fácil de ir, conduziu-nos às
neves. Tiramos a corda, e me sentei para enrolá-la e
acender um cachimbo, enquanto ele passeava abaixo. Por
esta altura eu estava tão cansado como 14 cães, cada um
mais cansado do que todo o resto junto; o que eu chamo de
“bobo cansado”. Eu aproveitei a chance (pela proximidade
do anoitecer) de repousar 5 ou 10 minutos. Restaurado, eu
saltei sobre meus pés, joguei a corda enrolada por cima do
ombro, e começei a descer. Mas eu estava muito cansado
para correr, eu afroxei.
Então, para minha surpresa, eu vi das encostas abaixo de
mim, dois homenzinhos pulando alegremente sobre o
cascalho. (Um momento enquanto eu lembro você que todo
meu romance foi Celtico; Eu nunca tinha lido mitos
Teutônicos e fábulas) Mas esses homenzinhos eram
exatamente o tradicional gnomo dos contos Alemães; o
Heinzelmänner que se vê às vezes naquelas canecas
Alemãs de cerveja (eu nunca tinha bebido cerveja na minha
vida) e nos frisos das paredes de uma Conditorei.
Chamei-os alegremente - no começo eu pensei que eles
eram alguo da nobreza local e de um tipo que eu ainda não
tinha encontrado; mas eles não tomaram conhecimento,
simplesmente continuaram brincando. Eles ainda estavam lá
quando cheguei com meu primo, abrigando-me atrás de
algumas pedras no pé do talude, não vi mais eles.
Eu os vi tão claramente como eu nunca vi nada antes; eles
nao tinham nada de fantasmagórico ou semitransparente.
Um ponto curioso é que eu não dava importância para isso.
Perguntei ao meu primo se ele os tinha visto; ele disse que
não.
Minha mente aceitou o incidente simplesmente como se eu
tivesse visto Chamois. No entanto, mesmo hoje quando eu
tenho visto muitas e muitas coisas das mais maravilhosas,
este incidente se destaca como a mais simples e mais clara
de todas as minhas experiências. Eu me dou nota máxima!
“Por que”? Isso não é óbvio? Isto significa que eu não sou
do tipo semi-histérico que toma os fantasmas-do-desejo por
fatos. Quando comecei a estudar e praticar seriamente
Magick no Outono de 1898 e.v., eu queria e desejava com
todas as minhas forças; mas eu nunca tive nada disso. Com
a exceção acima registrada, as minhas primeiras
experiências foram o resultado direto do esforço mágico
intenso nas linhas tradicionais; não havia nenhum acidente
sobre isto; quando eu evoquei N para uma aparição visível,
eu tive N e mais ninguém. Mas mesmo assim, não havia
muito para espirrar!
A primeira visão definitivamente física deveu-se à
“evocação para aparecimento visível” do demônio Buer do
Goetia por mim e pelo Frater V.H. “Volo Noscere”. (Nosso
objetivo era prolongar a vida, em iminente perigo, do V.H.
Frater Iehi Aour - Allan Bennett - Bhikkhu Ananda Metteya
- e foi bem sucedido, ele viveu outros 20 anos. E ímpares
eles foram!)
Eu estava bem acordado, tenso, agudamente observante
daquele momento.
O templo era de aproximadamente 16 por 8 pés, e 12 de
altura. Um pequeno “cubo-duplo” de acácia como altar
estava no centro de um círculo; de fora tinha um triângulo
no qual foi proposto obter o aparecimento do demônio. A
sala estava espessa com a fumaça do incenso, algo daquele
de Abramelin, mas principalmente, em um incensário
especial no triângulo, Díctamo de Creta (decidimos usar
isso, como Helena Petrovna Blavatsky disse uma vez que a
sua virtude mágica foi maior do que de qualquer outra
erva).
[Díctamo de Creta (Oreganum dictamnus L.) – P.G.]
Mas nisto, como em tudo, a comida de uma mulher pode
ser veneno para outro homem. Díctamo - de Creta, ainda!
- Pode ter um apelo especial para o psicossoma de
Blavatsky. Muitas tribos Indígenas Americanas juram
pela sálvia. Cada cultura tem suas próprias tradições
nesta matéria; somente extensa pesquisa por um grande
número de experimentadores serão de ajuda estatística
real. Dada a falta de treinamento científico da maioria
dos ocultistas, nós teremos que esperar cem anos antes
que as pessoas treinadas ao longo das linhas a A �A �
produzam pesquisas válidas e resultados válidos. –
Motta.
[A maioria é preguiçosa mesmo! Todos querem aprender
sobre os Quadrados Mágicos, mas tente ensinar a teoria das
Matrizes para o infeliz e logo você vera o “Mestre do
Templo” pedindo pra sair! – P.G.].
Quando a cerimônia procedeu, sabíamos que a fumaça não
estava uniforme em espessura ao longo da sala, mas tendia
a ser quase densamente opaca em algumas partes, e
totalmente clara em outras. Este efeito foi muito mais
definido do que poderia ser explicado por correntes de ar,
ocasionada por nossos próprios movimentos. Logo isso se
reuniu em um conjunto ainda mais completo, até que fosse
rudemente como se uma coluna de fumaça subisse a partir
do triângulo, deixando o resto da sala praticamente límpida.
Finalmente, no clímax do ritual - nós tínhamos ido tão longe
com a “conjuração mais forte e mais potente” – ambos
vimos, suficientemente vago, mas ainda acima de qualquer
dúvida, partes de uma figura bem definida. Em particular,
houve um capacete sugerindo Atenas (ou horror! Brittania!),
Parte de uma túnica ou clâmide, e calçados muito sólidos.
(Eu pensei “Que ótimo – grevas Gregas também!”). Agora,
isso estava muito longe de ser satisfatório; isto de modo
algum correspondeu com o aparecimento de Buer que o
Goetia levou-nos a esperar. Pior, isso foi o mais longe que
fomos; sem dúvida, visto que tudo isso tinha perturbado a
nossa concentração. (Este é o lugar onde a formação em
Yoga teria ajudado a nossa Magick). A partir daí foi tudo
uma lavagem – para fora. Nós não poderíamos receber de
volta o entusiasmo necessário para persistir. Nós
chamamos-lhe um dia, fizemos os banimentos, fechamos o
templo e fomos para a cama com nossos rabos entre as
pernas.
(E ainda assim, no entanto, a partir de um ponto de vista
sadio, a Operação tinha sido um brilhante sucesso. Coisas
“milagrosas” começaram a acontecer; De uma maneira ou
outra os portões foram abertos para Allan migrar para um
clima menos asmático; e o objeto do nosso trabalho foi
amplamente atingido).
[Evidente que todas essas figuras tolas dos desenhos
medievais de forma alguma correspondem à forma tomada
por demônios e/ou anjos, e etc. Salvo raras excessões, a
maioria apenas exterioriza imagens aterradoras a fim de
afastar os covardes, os românticos e impor medo aos
fanáticos e Crististas. A essa época A.C. ainda era imaturo,
e acreditou inicialmente ter fracassado na sua Operação
pelo fato de ter dado mais crédito a gravuras medievais do
que a si mesmo. Mas esse é um pequeno erro de uma
Grande Estrela! Sucesso é sua única prova: e eles tiveram
– P.G.].
Eu dei destaque a esse fenômeno porque o que vimos
pequeno e insatisfatório como era, apareceu à nossa visão
física normal. Soube mais tarde que há uma espécie de
meia visão – um caminho entre isso e o astral. Em uma
visão astral “regular” vê-se melhor quando os olhos estão
fechados; com este instrumento intermediário, fechá-los
seria como aniquilar completamente a visão como se fosse
um objeto ordinário da visão.
Parece, também, como se eu tivesse pegado algo tipo um
efeito colateral da Evocação de Buer – um demônio
Mercurial; fenômenos de um tipo ou de outro eram um
simples banho para mim a partir deste momento, pari passu
com o meu constante aperfeiçoamento da técnica em
“visões astrais” regulares. Às vezes eu estava muito cego,
em comparação com Frater V.N.; pois quando os círculos
foram quebrados um nightùsee da história toda na minha
Autohagiography – ele viu e identificou dezenas e dezenas
de demônios de Abramelin enquanto marchavam ao
contrário em torno de minha biblioteca, quando tudo o que
vi de eles era uma procissão de “rostos semi-formados”
movendo-se sombriamente através da sala mal iluminada.
Quando era uma questão do sentido do tato, isso era bem
diferente; eu tenho isso bom e saudável - mas isso não é o
tema desta carta. Acho tudo isto excessivamente tedioso; Eu
me ressinto ter que escrever sobre isso em tudo; eu me
pergunto se estou quebrando alguma lei - bestial; na
verdade, eu lhe peço que se contente com Buer assim
quanto com os detalhes que vão; eu nunca vi nada de
importante com a visão puramente física como e com a
clareza da minha aventura no Mont Collon.
Sim, como reflito sobre isso, que por lei devo agradecer.
Nesta Primavera vi muito claramente, em quatro ocasiões
separadas, vários seres de outra ordem do que a nossa. Fui
asno o bastante para dizer a um ou dois alunos sobre isso...
E eu nunca mais fui capaz de ver mais nada. No entanto é
um dever positivo dizer isso para você. Pode-se adquirir o
poder de ver, com este tipo de visão que não é nem
totalmente normal, nem de todo astral, todos os habitantes
naturais dos vários lugares em que se chega com nossas
viagens, sendo possível fazer contato íntimo com cada um
dos “elementais”, tanto quanto se pode com seres humanos
ou animais, embora a relação raramente é contínua ou
permanente.
As condições de tais relações são complexas:
(a) é preciso ter o grau necessário de iniciação, eficiência
mágica, e a habilidade natural;
(b) deve-se estar no momento num estado mágico
apropriado, ou de humor;
(c) ambas as partes devem desejar fazer o contato, ou então
é preciso ser legitimamente o superior, uma relação de
mestre e escravo,
(d) as condições mágicas do momento devem ser
adequadas e propícias; exempli gratia, não poderia fazer
amor com uma salamandra durante uma tempestade de
areia. Claro que, como todas as operações, tais esforços
devem ser justificados por sua consonancia com a própria
Verdadeira Vontade.
Nesta nota finalizo esta carta abortiva.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 58: Anjos Nunca se Cortamao se Barbear?
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Uma maneira muito inteligente de colocar isto! “Será que
os anjos nunca se cortam ao se barbear”? Rem acu tetigisti,
novamente. (Inglês: Você grande caçuadora?).
Qual sorte de existência, que tipo ou grau de realidade, nós
atribuímos a eles? (Por anjo, é claro, você quer dizer
qualquer ser celestial – ou infernal – como os que estão
listados na Hierarquia, de Metatron e Ratziel à Lilith e
Nahema). Nós lemos sobre eles, em sua maior parte, como
se fossem pessoas – embora de outra ordem de ser; como
indivíduos, quase que como a nós mesmos. A principal
diferença é que eles não são como nós somos microcósmos.
Os Anjos de � contém tudo o que � é, dentro desses
limites, que sua posição não é tão elevada como a de seu
Arcanjo, nem tão baixa quanto a de sua Inteligência ou seu
Espírito. Mas seu � é puro �; nenhum outro planeta entra
em sua composição.
Nós vemos e ouvimo-los normalmente (em minha própria
experiência) como resultado da invocação específica.
Menos freqüentemente nós os conhecemos através do
sentido do tato, bem como, às vezes, sua presença está
associada com um perfume particular. (Este, por sinal, é
muito marcante, uma vez que tem que superar o do incenso).
eu devo insistir muito fortemente, neste ponto, na diferença
entre “deuses” e “anjos”. Deuses são macrocósmicos,
assim como nós somos microcósmicos: um Deus encarnado
(materializada) é tanto uma pessoa, um animal individual
assim como nós somos; e como tal ele apela para todos os
nossos sentidos exatamente como se ele fosse “material”.
Mas tudo é matéria sensível em algum estado ou outro;
como então devemos considerar um anjo, completo com
robe, armas e outros apetrechos? (Eu nunca conheci um
deus assim impedido, quando ele foi “materializado” de
tudo. Claro, a mera aparição de um Deus está sujeita às leis
similares que regem as visões dos anjos.)
Por outro lado, todas as leis que encontramos operando em
várias partes do “Plano Astral” são válidas. Duas coisas
podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Eles são
“rápidos sem pés e voam sem asas”. Eles mudam de
tamanho, forma, aparência, pertences de todos os tipos, à
vontade. Tudo o que é necessário para o propósito da visão
está ali à vontade. Eles trazem sua própria experiência com
eles. Eles são capazes de transferir uma parte de sua
energia para o vidente por ação espontânea sem meios
apreciáveis.
Mas aqui é onde sua pergunta surge - o que é esse tipo de
“vida”? Nas visões, eles nunca fazem nada além de “ir com
a maré” adequada à sua natureza e ao caráter da visão.
Nós devemos concluir que todo o conjunto de impressões
não é mais do que simbólico? É tudo uma parte de si
mesmo, como um devaneio, mas um devaneio intensificado
e tornado “real” porque os seus incidentes cruciais vem a
ser verdade, como deve sempre ocorrer durante o teste da
genuina visão?
Os dois próximos parágrafos foram cortados pelo Sr.
Israel Regardie em sua pirataria. – Motta.
Nós vamos infringir a Lei da Parcimônia de Sir William
Hamilton se estender-mos a nossa concepção de nossos
próprios poderes, e concluir que a visão é apenas uma
manifestação de nosso inconsciente, apresentado em uma
forma simbólicamente conveniente para o nosso
entendimento?
Eu lamento, mas não posso deixá-la ir por esse caminho!
Algumas das minhas próprias experiências têm sido tão
confundidas com o objetivo que isto simplesmente não vai
funcionar. Então lá estamos nós de volta à sua questão
original sobre barbear e eu temo extremamente que a
“navalha de Occam” não nos ajudará nem um pouco.
Parece-me muito mais simples de dizer que esses anjos são
individuos “reais”, mesmo vivendo em um mundo cujas leis
não temos nenhuma concepção e que, para se comunicar
conosco, eles fazem uso das formas simbólicas
apropriadas; empregam, em suma, a linguagem do Plano
Astral.
Afinal de tudo, é apenas justo; já que isto é precisamente o
que lhes fazemos quando os invocamos.
Ha! Ha! Ha! Eu suponho que você pensou ter me pego em
uma evasiva lá! Não é assim, querida criança, não é assim:
esse estado de coisas não é nada estranho.
Pergunte a si mesma: “O que eu sei do modo de vida de
Therion”? Sempre que eu o vejo, ele está sempre com seus
melhores modos. “Eu quase nunca o vi comer; Talvez ele
faça isso só quando eu estou lá, de modo a não me
embaraçar por uma exibição de sua santidade...
Rindo de si mesmo: a verdade é que raramente comia
porque ele raramente tinha o que comer. O Sr. Germer,
sabendo quão pobre ele estava, e quão apaixonado ele
tinha sido toda a sua vida por boa comida, boa bebida e
bom tabaco, enviou-lhe petiscos da América sempre que
podia, o que não foi muitas vezes; passando o chapéu em
torno de todos – talvez até mesmo por Grady McMurtry –
por dinheiro ou pequenos presentes para a Besta. Suas
cartas de agradecimento para essas coisas, especialmente
ao Sr. Germer e Sascha Germer, que fizeram o que podia
e até mais do que eles poderiam ajudar, são tocadas
profundamente em sua gratidão e ternura. – Motta.
[E é de PÚBLICO conhecimento as atitudes de 99% de
TODOS os que choravam à porta de Therion buscando
iniciação. De minha parte REPUDIO a TODOS. Nisso
Motta teve indiscutível valor: Esteve ao lado de GERMER
até o fim da vida deste, e foi, infelizmente, impedido de
ajudar a Sra. Sascha pelas intrigas dos mesmo cães
malditos e sua ninhada pérfida de pupilos de merda! Como
dito antes, NÃO sou vinculado a Motta, e nem o admiro,
mas com certeza, teve seu valor, já os outros, estavam
muito ocupados montando suas “escolinhas” pra arrumar
dinheiro com Thelema e a A.:A.: e/ou comprando carro
importado, enquanto A.C. e Sascha morreram de fome! Mas
como disse Levi, “partem em dez pedaços, o pedaço depão de que parece ter necessidade, para que estanda dez
vezes as mãos...” – P.G.].
“...Seu universo toca o meu apenas em alguns poucos
pontos”. O mero fato de ele ser um homem, e eu uma
mulher, faz com que uma simpática compreensão sobre uma
vasta gama de experiência quase impossível, certamente
imperfeita. “Então toda a sua literatura e todas as suas
viagens tocam-me em muitos poucos pontos”. “E a sua
ignorância da música faz com que seja uma extensão quase
caricata da magnanimidade para mim admitir a sua
alegação de pertencer à espécie humana... U.S.W.”.
Depois: “Como é que nós conseguimos nos comunicar a
todos? Não é obrigatorio haver um abismo intransponível
entre nós, no melhor, quando se considera que a sua
conotação das palavras mais comuns, como ‘montanha’,
‘menina’, ‘escola’, ‘Hindu’, ‘oásis’, é assim muito
diferente da minha. Mas para fazê-lo no todo! O que nós
realmente fizemos”?
Descubra-o!
Nós temos feito um conjunto de esquizitices – marcas
moldadas em uma folha de papel, damo-lhes nomes,
ligando um som em particular para cada uma, composta por
(Deus sabe como e porquê!) combinações destas, dando
nomes e sons para elas também, e anexando um significado
– quase nunca o mesmo para você e para mim – nelas,
fazendo também combinações destas com um conjunto de
regras bastante arbitrárias, concordando – na medida em
que um acordo é possível ou mesmo concebível – em
rotular um pensamento com alguma tal disposição: e lá
estamos nós! Você, desta forma fantásticamente artificial
conseguiu transmitir o seu pensamento para minha mente.
Agora, volte para Magick; leia lá como trabalhar para
estabelecer um intercurso inteligível entre nós e os “anjos”.
Se você puder encontrar qualquer diferença entre o método
e isto, é mais do que eu.
Finalmente, por favor, lembre-se como uma regra geral que
toda experiência mágica é perfeitamente paralela com os
mais simples e comuns fenômenos de nossa vida diária!
As pessoas que lhe dizem que é “tudo muito diferente além
do Véu” ou outras firulas são espumantes incompetentes
totalmente ignorantes da natureza das coisas.
Novamente o paragrafo segunte foi castrado pelo Sr.
Regardie. – Motta.
Incidentalmente, Bertrand Russell nos deu uma exelente
prova matemática deste teorema; mas eu não a afligirei com
ele neste momento questões.
[RUSSELL é parada obrigatória a quem quer compreender
alguma coisa na vida. Nietzsche também. – P.G.]
Em “Os Princípios da Matemática”, um livro que todo
aspirante Thelêmico deve ler e estudar. – Motta.
[TODOS os livros do Veneravel Russell e de Nietzsche
DEVEM ser estudados, para não falar dos clássicos – P.G.]
Pelo contrário, eu vou lhe dizer mais sobre “comunicação”.
Há um método de utilização do Óxido Etílico que permite
uma
(a) analise dos pensamentos de alguém com mais
requintada sutileza e precisão,
(b) descobrir – como na frase Francesa – “o que está no
fundo da garrafa”. Por isto quero dizer o resultado final de
qualquer projeto ou investigação; e isso,
surpreendentemente, muitas vezes, não é nada do que é
possível descobrir por qualquer dos meios ordinários.
Assim, alguém poderia perguntar-se “Eu acredito em
Deus?” e, após um vasto número de respostas afirmativas
de constante profundidade e sutileza, descobrir com um
choque que “no fundo da garrafa” não acreditava em nada
do tipo! Ou vice versa.
Em certa ocasião o seguinte experimento foi realizado.
Certo Adepto iria fazer uso do Vapor Sagrado, e quando o
tempo pareceu maduro, respondeu a perguntas tais como
devem ser colocadas a ele por seu Escribra. Logo após
cerca de uma hora de silêncio, o Escriba perguntou: “É
possível a comunicação”?
Mas com isso ele meramente quis dizer ao enquerido se ele
estaria agora em ordem para que ele começasse a fazer sua
lista preparada de perguntas.
Mas o Adepto pensou que esta era a Questão N° 1:
significando “Existe algum meio válido de fazer contato
entre duas mentes”?
Ele permaneceu intensamente em silêncio – intensamente,
em oposição à sua abstenção anterior bastante irriquieta de
falar – por um tempo muito longo, e depois partiu
lentamente em uma ondulação muito sedutora de riso
abafado, sugestivo de posse de algum segredo
deliciosamente inefável, de uma folia ao luar de Pan com o
seu séquito de Sátiros, ninfas e faunos.
Eu não vou dizer mais nada, salvo para expressar a
esperança de que você entendeu essa história, e a Verdade
e a Beleza desta resposta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta LIX:Geomancy>>
Carta 60: HabilidadeCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Estou muito contente de que isto não foi necessário em toda
essa longa correspondência com você, discutir a questão da
Habilidade. Você parece ser especialmente dotada; você
foi capaz de obter os resultados seguindo diretamente as
instruções, e eu estou feliz de que isto foi por seu
intermédio e por conta de outras pessoas, a quem
comuniquei essas instruções, que esta carta se tornou
necessária.
Quando Otto Morningstar estava tentando (com indiferente
sucesso) me ensinar a jogar Bilhar Frances na Cidade do
México, encontrei uma dificuldade particular, que era como
jogar o tiro massé. Ele continuou explicando e explicando e
demonstrando e demonstrando, e nenhum deles parecia
bom. Entendi intelectualmente, muito bem, mas de alguma
forma ou outra nunca saiu. Recentemente ele disse que
achava que sabia qual era o problema. Embora eu tivesse
perfeitamente a coisa toda em minha mente, eu não tinha
feito uma ligação entre a minha mente, meu olho e minha
mão, e o que eu devia fazer não era ir com ele para a aula,
da qual eu já tinha tido o suficiente e mais do que o
suficiente. Ele me disse que se eu fosse tentando isso iria
acontecer de repente e inesperadamente no dia que eu
descobrir que poderia fazê-lo. Isto foi particularmente
digno dele porque estava em contradição direta com o seu
interesse financeiro.
Uma vez que ele estava sendo pago pelas aulas. – Motta.
Mas ele era um bom e versátil homem.
Além disso, um Judeu. – Motta.
Então, eu cortei para tão longe como concernente no tiro
massé e redobrei a minha prática do mesmo. O que ele
disse deu certo, um dia eu descobri que eu tinha adquirido a
habilidade para isto.
Agora, com estes semi-alunos a mesma coisa
provavelmente se aplica.
O ponto que você enfatiza em particular como
desconcertante nelas é a obtenção do plano astral. Não é
muito bem explicado por que a falha ocorre, ou em que
ponto isso ocorre; a única coisa que é de qualquer uso para
o aluno é continuar e continuar eternamente. Ele deve
descobrir por si mesmo, onde é o problema, e ele deve
continuar seu experimento até que ele adquira a habilidade.
Tudo isso deve ser perfeitamente óbvio; o mesmo tipo de
coisa se aplica a todo tipo de jogo que você conheça.
Existe uma aptidão especial, por exemplo, na colocação.
Não é que seus cálculos estão errados, não é que sua
postura está errada, não é que sua aderência é errada, é que
por alguma razão ou outra você deixa de coordenar todos
esses vários fatores no problema; e mais cedo ou tarde
chegará o momento que lhe parecerá muito natural ter
sucesso em sair do corpo, ou em abrir os olhos no plano
astral, ou na obtenção e retenção de uma particular forma
de energia elemental que até aquele momento lhe escapou.
O próximo paragrafo foi cortado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
Mencionei a questão das viagens astrais, porque é aquela
que em sua experiência, como aliás tem sido na minha, é a
que ocorre mais freqüentemente.
Eu não sei por que é que as pessoas deveriam ficar tão
facilmente desencorajadas como elas fazem. Eu posso
apenas sugerir que é porque elas estão tocando tão
sensívelmente um ponto em sua organização espiritual e
mágica que isso as perturba; pois elas sentem como se
estivessem completamente desesperadas de uma forma
muito mais grave do que se fosse uma questão de aprender
algum truque em alguns jogos, como xadrez ou bilhar.
Claro, o pior de tudo é que o fracasso nesses estágios
iniciais é susceptível de destruir a sua confiança no
professor, e eu acho que seria um plano muito sábio de sua
parte avisá-los sobre isso.
Eu devia, aliás, mencionar que esta súbita iluminação – que
não é bem a palavra certa, mas eu não consigo pensar em
um melhor – é bem diferente da confiança súbita que se
apodera em uma das práticas de Yoga, quanto mais eu
penso nisso mais eu sinto que a questão da sensibilidade é
da maior importância.
Nas práticas de Yoga, pelo menos até onde vai minha
experiência, a pessoa não vai contra a delicadeza que se faz
em todas as práticas mágicas e astrais. A razão para o que,
penso eu, é óbvia. Todas as práticas de Yoga são em última
análise do tipo protetiva, enquanto que as práticas mágicas
e astrais são expositivas ao contato exterior (ou
aparentemente exterior) das forças. Em nenhum dos casos,
porém, isto é qualquer tipo de razão para o desânimo, e
como eu disse acima, a cura em todos os casos é
aparentemente a mesma.
De uma forma ou de outra, o véu foi rasgado, o aluno se
torna o mestre, e a razão para isso é realmente um pouco
além da minha análise feita no momento. Eu não sei se é
algum tipo de despertar de alguma faculdade auto-mágica,
apesar de que me parece ser a explicação mais simples e
mais provável, mas em qualquer caso, não há dúvida sobre
a natureza da experiência, e não pode haver nenhuma
dificuldade sobre o reconhecimento de quando ela ocorre.
O próximo paragrafo foi cortado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
Agora, querida irmã, eu espero que esta carta possa ser de
uso real para você lidar com os difíceis semi-pupilos. Em
particular eu espero que você vá insistir no ponto em como
incentivar esta doutrina. Seus alunos não devem calcular;
que na verdade nesse ponto o registro mágico é mais um
estorvo do que o contrário.
Isso me lembra da história do Psicologista que queria
julgar a diferença de temperamento entre um Inglês, um
Escocês e um Irlandês, em perceber a quantidade de
Whisky em uma garrafa na sala ao lado. Eles tiveram que
ir, reportar, e voltar, e dizer-lhe o que pensava sobre isso.
Ele encheu-a em 50% com grande precisão.
O Irlandês voltou bastante alegre, ele esfregou as mãos:
“Bem, há metade de um frasco para menos, a sua vez”.
Quando o Escocês voltou seu rosto estava cheio de
melancolia: “Eu tenho medo”, diz ele, “que mais da metade
de uma garrafa já passou”.
Em seguida, o Inglês teve a sua vez. Ele veio a todo
sorriso, esfregando as mãos, e disse: “Não deixaram uma
gota, é o que houve”.
Moral – Seja Inglês.
A história varia de acordo com a estirpe Britânica que se
está falando, é claro. Aliás, esta carta sobre Habilidade,
embora uma das mais curtas, é uma das mais
praticamente úteis em Magick Without Tears. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 61: Poder e AutoridadeCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Muito obrigado por sua última carta. Eu não esperava
menos. Assim que alguém entra em uma posição de
autoridade, mesmo em uma escala muito pequena, os
problemas começam em larga escala.
Na maior parte desta carta ele será referindo-se
especificamente aos problemas da O.T.O. e da Santa
Igreja Gnóstica Católica. – Motta.
Imagine se puder o que já passei no último quarto de século
ou mais. Meus subordinados estão sempre me perguntando
por avanço na Ordem; eles pensam que se apenas eles
fossem os membros do 266° grau o jardim seria lindo. Eles
pensam que só se eles possuírem os segredos do 148° grau
que seriam capazes de realizarem todos os milagres que
atualmente escapam-los.
Estes pobres peixes! Eles não entendem a diferença entre
Poder e Autoridade. Eles não entendem que existem dois
tipos de graus, completamente diferentes.
Por exemplo, na teoria da Igreja de Roma um bispo é uma
pessoa em quem tem sido conferido o poder mágico de
ordenar sacerdotes. Ele pode escolher uma pessoa
totalmente indigna para a tal ordenação, não faz diferença, e
o sacerdote, no entanto por indigno que seja, tem apenas
que passar pelas fórmulas corretas, o que faz o milagre da
Missa, para que o milagre seja realizado. Isto porque na
Igreja estamos lidando com um religioso em oposição a
qualificação mágica ou científica. Se a Royal Society elege
um sapateiro, o que eles podem, isso não iria capacitar o
novo companheiro para realizar uma determinação do ponto
de ebulição, ou ler um Vernier.
Em nosso próprio caso, apesar de Nossa autoridade ser
pelo menos tão absoluta como a do Papa e da Igreja de
Roma...
Ele estava sendo tanto polido quanto discreto. A Igreja de
Roma nunca teve qualquer autoridade, como a sua
história de crimes e absurdos prova amplamente. Mas
mesmo se tivesse autoridade, essa autoridade teria sido
retirada com a chegada do Novo Aeon. – Motta.
...isto não confere sobre mim transferíveis para outras
pessoas por qualquer ato de Nossa vontate.
Isso não é inteiramente correto, dentro dos limites, o
Iniciado pode inspirar os alunos, ou mesmo
desconhecidos, para agirem além de suas capacidades
normais. Testemunhe a poesia de Neuburg ou a prosa do
Fuller enquanto estavam sob a influência de Crowley. Os
limites envolvidos têm a ver com a verdadeira vontade de
todos os envolvidos. O “Irmão Negro” vai abusar de seus
peões sem remorso. Compare o destino de Krishnamurti
nas mãos de Leadbeater e Besant com o destino de Israel
Regardie nas mãos de Crowley. Regardie sobreviveu para
provar a si mesmo como um mentiroso e ladrão;
Krishnamurti sobreviveu para ser uma pessoa mais digna
que seus falsos mestres. Crowley nunca abusou da
Verdadeira Vontade de Regardie, mas Regardie
constantemente abusava da Vontade de Crowley – se me
permite o trocadilho. – Motta.
Nossa própria autoridade veio a nós porque foi
conquistada, e quando Nós conferimos graus sobre outras
pessoas Nosso presente é inteiramente inútil a menos que o
beneficiário conquiste suas esporas.
Testemunhe, por exemplo, os efeitos de sua atribuição,
por bondade equivocada, do IX° O.T.O. para um
indivíduo totalmente despreparado, Grady McMurtry, e
compare a história de McMurtry desde aquela época com
a história, por exemplo, de Karl Germer. – Motta.
Para colocar em uma forma ligeiramente diferente de
palavras: Qualquer grau dado é, por assim dizer, um selo
sobre uma precisa consecução; e embora possa agradar-nos
explicar o segredo ou segredos de qualquer grau ou graus
para qualquer pessoa em particular ou pessoas, isto não
traz o menor efeito a menos que ele prove em sua própria
pessoa a capacidade de exercer as funções das quais tudo o
que Nós fizemos é dar-lhe o direito de executar e o
Conhecimento como executar.
Quanto mais você avança na Ordem mais você vai
encontrar-se incomodado com pessoas que simplesmente
não conseguiram entender este ponto da teoria Mágica.
Outra coisa é que o negócio de ensinar é muito complicado;
até mesmo assuntos tão simples como viajar no plano astral
não podem ser alcançadas por qualquer quantidade de
ensinamento a menos que o aluno tenha tanto a capacidade
como a energia, bem como o teórico e capacidade
intelectual, para realizar com sucesso as práticas. (Eu já
disse muita coisa sobre isso na minha carta sobre
Habilidade).
Esta ultima frase foi adulterada pelo Regardie. – Motta.
Eu tenho pensado que isto é tao importante que você deve
se impressionar sobre todos estes pontos. É absolutamente
lamentável assistir a vã luta dos incompetentes, eles são tão
sinceros, tão honestos, tão dignos de todas as formas de
cada recompensa possível e ainda assim eles parecem
incapazes de avançar um único passo.
Há outro lado desta questão que é realmente uma
aproximação criminal. Há um sem número de professores e
mestres e bispos e só Deus sabe o que mais correndo em
volta fazendo o que é pouco melhor do que vender séries e
graus e segredos. Tais práticas são, naturalmente, nada
melhor que uma fraude comum.
Por favor, fixe isto firmemente em sua mente que Conosco
qualquer grau, qualquer posição de autoridade, qualquer
tipo de classificação, é totalmente sem valor, exceto
quando isto é apenas um selo sobre a realização real ou
consecução.
O próximo paragrafo foi novamente modificado por
Regardie. – Motta.
Deve parecer-lhe que eu estou batendo em um cachorro
morto, que isto é um pouco melhor do que o desperdício de
tempo de me manter insistindo, como estou fazendo agora,
sobre o que qualquer pessoa normal pensaria ser patente
para de pior inteligência, mas como uma questão de fato
claro quanto mais você avançar na Ordem, e quanto mais
pessoas você conhecer, mais você encontrara esta atitude,
por vezes, absurda e às vezes abominável, levantando-se e
chutando na cara.
Esta é uma das razões pelas quais quanto mais envelheco e
cresço na experiência que tenho da natureza humana, mais
estou convencido da sabedoria dos Chefes da A�A�, onde
a associação com qualquer outra pessoa, exceto o seu
superior imediato ou aquele de quem você mesmo é
responsável é desencorajada em todas as formas possíveis.
Essas são as exceções do curso. Isto é necessário, porém
lamentavelmente assim, para a instrução pessoal nas
práticas a serem dadas ou recebidas. Por tudo isso, eu
gostaria de poder mostrar-lhe 200 ou 300 cartas que tenho
recebido nos últimos vinte anos ou mais: dizem-me, sem
sombra de dúvida, que qualquer coisa como
confraternização só leva para o mal. Quando você quiser
instruções do seu superior, devem ser para pontos definidos
e nada mais. Qualquer violação desta Convenção é quase
certa que levará a um tipo de problema ou outro. Pode de
fato ser considerado como um defeito da concentração se a
comunicação entre quaisquer dois membros da Ordem deve
ocorrer, exceto em casos de necessidade.
Eu sei que deve ser difícil para os irmãos mais fracos da
Ordem que devamos fazer tao pouca demostracao de
sucesso no Grande Obra a que estamos todos prometidos. É
tão universal uma convenção que o sucesso deve ser
medido por seus membros. As pessoas gostam de sentir que
têm centenas de Lojas das quais eles podem obter
assistência em momentos de desânimo.
Mas uma satisfação muito mais verdadeira e profunda é
encontrada quando o aluno tem ido contente com todo o seu
trabalho por seus próprios esforços. Certamente você já
teve exemplo suficiente nestas cartas, onde, em momentos
de desespero a pessoa de repente desperta para o fato de
que a despeito de todas as aparências foi vigiado e
guardado de um plano superior. Eu poderia dizer, de fato,
que tal experiência de tutela secreta de Estado-Maior da
Ordem vale por mil testemunhas aparentemente suficientes
para os fatos.
Eu tenho que colocar isto perto do seu coração, querida
irmã, e além disso sempre tenha em mente o que tenho
escrito nesta carta para que você possa ser capaz de
reconhecer quando a ocasião surge como muito melhor
evidência do poder e da inteligência da Ordem isso que
está sendo constantemente aplaudido ao longo do difícil
caminho por incidentes, como é possível explicar por que
pode ser considerado circunstâncias normais.
Finalmente, permitam-me insistir que é um sintoma definido
de doentes da suade Mágica, quando o desejo de
manifestação daquele poder e inteligência ficar entre o
trabalhador e seu trabalho.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 62: A Mente ElásticaCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você me pergunta o que eu quero dizer com “mente
elástica” – a partir de nossa conversa telefônica na Sexta-
feira. Isto é difícil definir; mas deixe-me dar a você um
exemplo do tipo ruim: um antigo enigma. “Porque é como
uma história de fantasma?” Porque
“A história é um conto
um rabo é uma escova
uma escova é uma vassoura
uma carruagem é um carro
um carro é um show
um show é uma armadilha
uma armadilha é um laço
um laço é um gin
Gin é um espírito
e um espírito é um fantasma.”
"A story's a tale
a tail's a brush
a brush is a broom
a brougham is is a carriage
a carriage is a gig
a gig's a trap
a trap is a snare
a snare's a gin
gin is a spirit
and a spirit's a ghost."
Você deve ter notado um erro lógico – geralmente não a
repartição do Medi ou Hobson Jobson – a cada passo nas
sorites. Isso é sua instintiva, ou instruída, objeção para
cometer nestes que impede sua mente de realmente se
mover nessas linhas.
Mas essas “correspondências”, tal como são, devem
apresentar-se, serem julgadas como falsas ou verdadeiras,
e rejeitadas ou aceitas em conformidade.
A mente inelástica, por outro lado, é ligada por treinamento
em uma seqüência rígida, de modo que nunca tem a chance
de pensar por si mesma.
Para desenvolver uma mente adequadamente é necessário
(a) “Lehrjahre” (a primeira classe de escola publica e
educação universitária, ou o equivalente), quando se
aprende todos os lados de uma questão, e fica livre para
julgar por si mesma e (b) “Wanderjahre”, quando se vê o
mundo por si, não por qualquer curso pré-estabelecido
(Cooks ', Lunns', Extensão Universitária, Baedeker), mas
construída sobre os resultados da Lehrjhre, a pé ou a
cavalo, e evitar as trilhas batidas.
É a liminar Rosacruz “vestir o traje do país em que você
estiver viajando”, esta é apenas outra maneira de dizer
“Quando em Roma, faça como os Romanos fazem”.
Você pode, no entanto, não gostar daqueles Romanos, e,
portanto, não têm nenhum desejo de imitá-los. Há apenas
duas alternativas então: sair de Roma ou mudar os
Romanos. A segunda alternativa geralmente traz frutos
somente depois de você ter sido morte alguns séculos. –
Motta.
O objetivo disto não é apenas evitar a interferência ou
aborrecimento, mas para ensinar a mente a pensar sob as
raízes dos costumes locais. Você aprende também a grande
lição de Thelema, que nada é certo ou errado em si mesmo:
como dizemos as “Circunstâncias alteram os casos”.
Alguém treina a si mesmo para adaptar a vida aos fatos que
incidem: “cortar um casaco de acordo com o tecido”. Isto
leva ao entendimento daquele grande Princípio do
Compromisso que manteve a Inglaterra com a cabeça fora d
´água através das tempestades de um milhar.
Em vez disso, tem degradado-a como uma puta barata.
Em Magick, não há compromisso! Muitas vezes você
precisa Espreitas – mas isso é meramente a verdadeira
Elasticidade, como as palavras seguintes deixam claro. –
Motta.
Mas sempre atrás de tudo isso deve ser a Vontade, o
restricinamento e o controle do desproposito que previne
alguém de ficar flácido, assim como uma borracha
desgastada. (É por isso que ninguém fica surpreso ao ouvir
um ministro ultra-Socialista fazer um discurso que poderia
ter vindo de Pitt.)
O Poço de Porque, isto é, como a história da Inglaterra
desde que os Socialistas assumiram tem amplamente
provado. – Motta.
Deve haver uma perfeita disponibilidade da mente para
considerar todas as possíveis reações a qualquer situação,
a julgar exatamente o quanto se deve ceder, e em que
direção, e agir em conformidade; mas sempre em pronta
guarda contra o risco de rotura.
Lembre-se que o menor sinal de inelasticidade significa
que a borracha já “pereceu”, e que o teste de perfeição é
que se pode “Pular de volta” ao estado original, sem
nenhum traço de estresse ao que foi submetido.
Os próximos dois parágrafos foram cortadas pelo Sr.
Regardie, talvez ele fosse sensível a eles. – Motta.
Além de tudo, esteja armada contra o tipo “doutrinário” de
mente, em si mesma ou em outro. Alguém logo cai no hábito
de repetir as ideias do animal de estimação, como dizem os
Franceses. “C'est une enfoncer porte ouverte”; e,
provavelmente antes que você perceba isso sozinha, você
se torna aquele mais obsceno, abominável e incurável dos
monstros humanos, um TÉDIO.
Eu percebi um leve perigo deste tipo na carta: moral,
CALA ESSA BOCA!
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 63: Medo, Uma VisãoAstral Ruim
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Sua carta de ontem: tão feliz que minha última foi útil: mas
a visão! Eu devo ter falhado ao fazer-me claro. Vamos
chegar a esse ponto mais adiante nesta carta.
É reconfortante saber que você é dois terços humana! A
ganância, raiva e indolência são as três maldades do leito
de pedra budista; e você certamente cometeu um ultimo erro
mestre. Este é o meu mais mortal e obscuro inimigo, e oh
quão poderoso! Comigo ele nunca relaxa. Soa um
paradoxo! mas é assim.
Agora, quanto ao medo. Na cerimônia de Neófito do G � D
�...
Não a nova Golden Dawn, a Ordem Externa da A � A � ,
mas antiga Golden Dawn de McGregor Mathers, et alii,
da qual o Sr. Regardie gosta tanto. A nova cerimônia de
Neófito é secreta. – Motta.
[Como se na própria A.A. não houvesse pessoas tão filhas
da puta como Regardie e sua laia. Na A.:A.: é muito claro o
que gera a expulsão de qualquer membro, portanto, ela tem
bem definido o que se entenderia por inadimissivel. Logo
assim, deveria ser claro que MORALIDADE não caminha
de mãos dadas com a Iniciação de ninguém. Imagine o
maior crocodilo da face da terra que uma buceta podesse
parir: Ele também pode ser um Adepto! O Caminho é
individual, o progresso é Pessoal e o Trabalho é Solitário.
Não faz a menor diferença se seu vizinho é um M.T. ou um
Magus, se ele não tem nada a te oferecer, se não existe a
mínima possibilidade de uma “sadia troca” entre você e tal
pessoa, ele então que se foda! – P.G.].
...quando a banadagem é primeiramente removida dos olhos
do Aspirante, Horus, que esteve naquele Aeon como “o
Senhor no Ocidente”, diz a ele: “O medo é o fracasso, e o
precursor do fracasso: se tu, portanto, sem medo, pois no
coração do covarde a virtude não permanece”.
Ouça, minha criança! Eu, mesmo eu, moi qui vous parle,
não necessitei de informações sobre o medo. Quando eu
tinha doze anos, foi descoberto que eu tinha rins
defeituosos; a opinião, nomine contradicente, do Médico
Profissional era que eu não poderia viver nunca até os 21.
(Algumas pessoas pensam que eles tinham razão!) Mas
depois de alguns anos com tutores partes selvagens do país,
eu me encontrava bem o suficiente para ir para uma Escola
Pública. Eles logo descobriram! Esta fraqueza dos rins
provoca depressão e covardia física, e os outros meninos
não eram simpáticos sobre rins, considerando-os como as
partes mais satisfatórias do corpo para socar.
Imagine minha miséria! A mais poderosa de todas as
minhas paixões - bar slothùis Pride; e lá estava eu, o objeto
do universal desdém. Então, quando eu era capaz de
determinar o meu próprio modo de vida, ligeiramente
observei "Picos de Pikes ou busto!" e escolhi os dois para
meu desporto, alpinismo e o grande jogo de tiro, reputado
como o mais perigoso. Foi um remédio desesperado, mas
funcionou. Sem meias medidas, qualquer! Eu costumava
andar na selva sozinho, olhando para os tigres, e confiando
no meu senso de direção para me levar de volta ao
acampamento. Todo o meu alpinismo era desgovernado, e o
grande negócio deste solitário.
Bem, este não é um exemplo para você copiar, não é? Mas
dá uma idéia do princípio “Pegue o touro pelos chifres”.
Uma prática mais fácil de imitar é a que se segue. Na
maioria das grandes cidades, sempre em cidades do
Oriente, estão as favelas negras. Aqui se podem encontrar
becos sem saída, portas escuras abrindo as casas sem luz.
Alguem pode explorar tais lugares, em busca de aventura –
o que será um ponto de honra aceitar o desafio,
independentemente da forma que tomar. Novamente, pode-
se caminhar com negligência deliberada no trânsito; esta
prática não prejudica pela minha considerável experiência,
conduz para uma popularidade pessoal. Outra idéia seria
apressar a cólera – a cidades atingidas, nos lugares onde
Febre Amarela, peste, febre tifóide e tifo, disenteria (et
hæc turba malorum) eram endêmicas; e (é claro) grande
jogos de caça levam-la certamente para febre da malária,
sem médicos (ou pior, os médicos de Bengali!) dentro
pouco menos de uma légua.
[Imagino a cara dela enquanto lia isso. – sic! – P.G.].
O princípio geral parece ser: “Este barco carrega César e
sua Fortuna!” e sem dúvida Orgulho em seu mais Satânico
grau é o maior bem que temos. Mas a essência da prática,
como uma prática, é procurar e encarar o que se teme. Não
se esqueça de que coragem implica medo – de outro modo
temer seria útil para que?
Claro, os medos se diferem grandemente tanto em
qualidade quanto em grau; e é preciso distinguir entre o
medo racional, a ignorância da qual implica estupidez,
brutalidade, imbecilidade, ou o que você tiver, do medo
patológico que brota do transtorno mental ou moral. Há, de
fato, muitos tipos de medos que podem ser extirpados por
alguma forma de psico-análise. Falando genéricamente,
cabe a você inventar uma prática para satisfazer cada caso
específico.
Um pouco, entretanto, sobre o medo da morte. A cura
radical é a conquista da memória mágica. (Veja também AL
I, 58)...
Isto pode se referir a muitos inteiramente diferentes -
pelo menos em aparência - tipos de experiências, e não
terem necessariamente nada a ver com a memória pessoal
de “encarnações passadas”. O assunto é muito sagrado, e
muito facilmente profanado, para se entrar nele aqui. Cf.
Liber NV. – Motta.
As encarnações mais antigas podem ser lembradas, o
menos importante aparece no momento em que a curva da
vida mergulha abaixo do horizonte. (Um ponto muito
curioso: quando alguém olha para trás no momento de uma
de suas mortes, exclama: “Por Júpter! Escapei por um triz,
e sem errar!” Escapou do que? Nao me fizeram entender;
mas tal é o fato).
Ele já mencionou isso em uma carta anterior. A fuga é
contra o perigo - sempre presente em qualquer
encarnação – de se ter o Ruach separado, pela atração
das impressões grosseiras, de sua ligação com a
Consciência Divina, ou as Supernas. O indivíduo, assim
separado torna-se moralmente insano, embora para um
psiquiatra profano, por exemplo, ele ou ela possa
aparecer completamente “normal”. Isto é em parte o que
se entende por aquele velho aforismo iniciático dos
Essênios, “Que proveito tem ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder sua alma eterna”? Uma vez separados,
você pode vagar na ilusão pelo resto de sua vida, ou de
várias vidas pelo o que sei, desintegrando lentamente sob
o impulso de forças externas, ou cristalizando-se em um
feixe de comportamento automático. Há muitas pessoas
neste mundo que estão mortas, porém são cegas demais
para perceberem isso. Aliás, por favor, não confunda o
acima com o conceito Cristista de “danação”. A Estrela
não é afetada por todos esses incidentes; apenas o
instrumento. E não é uma questão de “castigo divino”,
mas sim de efeito seguindo a causa. A pessoa que fica
separada da Tríade Superna pode ser universalmente
considerada “virtuosa”. Muitos papas Romanos - como a
maioria dos clérigos da maioria das convicções
religiosas – eram estas pessoas mortas. E nenhuma
“misericórdia” vai valer estes mortos. “Há um Deus de
viver em um cão?” – Motta.
Como adquirir essa Memória? O desenvolvimento do
Registro Mágico é de longe a mais importante destas armas.
Não é fácil explicar como usar o Registro; mas há um tipo
de destreza que chega derepente. E há certos tipos de
Samadhi, durante o exercício dos quais, essas lembranças
surgem espontaneamente, sem aviso de qualquer tipo.
Há conforto na idéia de que a prática persistente de se
buscar os medos, analisando eles e suas causas, então
deliberadamente evocando-os a “sair, idiota, e lutar!”
(W.S. Gilbert), atualmente configura um hábito da mente
que é uma poderosa fortaleza contra todos os modos de
assalto do medo; cada um salta automaticamente à ação
quando uma patrulha esgueira-se dentro do alcance das
armas.
Particularmente útil contra o medo da morte é prática
pontual e vigoroso de Liber Resh. Meditar sobre o Sol em
cada estação: sua continuidade e ainda: o interminável
círculo.
Aquela fórmula no Livro Tarot é muito valiosa.Uma
excelente prática, a ideia geral de que pode facilmente ser
adaptada a uma série de casos particulares, é o uso da
imaginação.
[Liber Resh, essa prática causa um enorme impacto
emocional, mental, espiritual e físico. Sobre tudo por
começar a destroçar a nefasta e hiponitizante rotina do
homem comum... – P.G.].
Deixe-me dizer-lhe como ele trabalhou naqueles primeiros
ataques aéreos em Londres. Primeiro, eu olhei para a
questão de forma sensata, tendo em conta que os abrigos e
máscaras de gás foram um xarope de calmante com um
elemento de armadilhado – apanhe-lo com uma armadilha.
Regardie castrou o presente paragrafo, presumivelmente
porque ele resente o fato de Haldane, um brilhante
cientista e cético, foi im dos amigos de Crowley e pupilo,
e um homem muito melhor do que Regardie em todos os
sentidos. Além disso, Haldane era Marxista. Horrores! –
Motta.
[Quem quiser saber mais deste “Grande Homem” - SIC! -
chamado Regardie, compre o livro de Cartas entre Crowley
e Fernando Pessoa – P.G.].
(J.B.S. Haldane na Espanha, correndo para escapar de uma
bomba, viu-se correndo para o local exato onde caiu).
Deixe-me contar uma fábula do Oriente. É uma daquelas
flores incomparavelmente sublimes do Espírito do Islã,
infinita profundidade de sabedoria adornada com a mais
requintada sagacidade e delicadesa.
O próximo paragrafo novamente amputado pelo Sr.
Regardie. – Motta.
Contraste isto com o pobre e magro material propagandista
que é passado pelas parábolas nos Evangelhos! Não há
praticamente uma encontrada que vale a pena lembrar.
Isaak ben Hiddekel era um Judeu de Bagdá. Apesar de não
estar em sua primeira ou segunda juventude, ele estava com
aquela saúde, gostava daquela prosperidade, e comandado
por tal respeito e devocao universal que cada momento da
sua vida lhe era muito querido. Entre seus prazeres um dos
principais foi a amizade do velho Mohammed ibn Mahmed
de Bassorah, um reputado sábio de estatura incomum, pois
(dizia-se) seu estado piedoso tinha sido recompensado
com presentes tais como o poder de se comunicar com os
Arcanjos, Anjos, os Gênios, e mesmo com o próprio
Gabriel.
Isto é, a entidade que usando este nome supõe-se que
tenha visitado e ensinado Maomé. – Motta.
No quanto que isso possa ter sido, ele considerava Issak
com grande apreço e estima.
Observe que este apólogo reflete uma relação normal
entre Judeus e Muçulmanos antes dos Sionistas
começarem a matar Árabes à direita e à esquerda para
recuperar a “Terra Prometida”. Por vários séculos os
Judeus ricos e cultos encontraram no Islã seu único
refúgio da selvageria Cristista. Os Sionistas, entretanto,
são aliados dos Crististas; o que deve significar algo
para qualquer Judeu com um senso de história e das
consequências de tal compromisso desonroso. – Motta.
Foi logo depois de deixar a casa de seu amigo após uma
breve visita a Bagdá que ele conheceu a Morte. “Bom dia”,
disse o santo. “Eu espero que você não esteja indo até
Isaak, ele é um amigo muito querido por mim”. “Não!”,
disse a Morte, “não agora; mas já que você mencionou, eu
estarei com ele no nascer da lua sobre o próximo décimo
terceiro mês. Desculpe, ele é seu amigo; mas ninguém sabe
melhor do que você que quanto a estas coisas não se pode
ajudar”.
Mohammed partiu tristemente para Bassorah. De fato, com
o passar dos dias, o incidente predado em sua mente, até
que finalmente ele resolveu arriscar a quebra de confiança
profissional e avisar seu amigo. Ele enviou, portanto, uma
carta de condolências e de despedida.
Mas Isaak era um homem de ação. Pronta e furtivamente, no
dia designado ele selou seu melhor cavalo e assim passava
pelas ruas silenciosas da cidade em busca de um refúgio.
Naquela noite, Mohammed estava voltando em oração
“Nowit Asali Fardh salat al maghrab Allahu akbar” lenta
e tristemente, quando apenas a meio caminho da mesquita à
sua casa ele encontra a Morte!
“A paz esteja contigo!” diz que a morte. “E a paz contigo”,
respondeu o sábio. “Mas eu não esperava ver-te aqui esta
noite; eu pensei que você fosse atender o meu amigo Isaak,
e ele está em Bagdá”. “Ele quer uma hora de tempo”, diz a
Morte rapidamente, “e está galopando para cá o mais
rápido que pode”.
O ponto da história é, claro, que não adianta temer o
mais inevitável de todos os fatos da vida. Como
Shakespeare colocou na boca de César, o covarde morre
mil mortes em sua vida; mas o bravo morre apenas uma
vez. – Motta.
Pelo menos nao deixe que os Deuses gargalhem de voce!
Olá! Aqui está O Livro das Mentiras novamente!
Israel Regardie amputou a seguinte referência ao número
de telefone de um dos inimigos amigáveis Crowley. –
Motta.
Que divertido. Agora eu disco POL 5410 e peço
emprestado o livro e obtenho o capítulo que nós
precisamos copiar e – oh! Com sorte vamos conseguir
preencher este espaço em um mês ou dois!
O ponto é que ele estava tão pobre, tão destituído, que
não podia nem mesmo possuir uma cópia de um de seus
próprios livros. Enquanto isso, o Sr. Israel Regardie
estava vivendo muito bem, obrigado, e publicando livros
onde a única substância era o que tinha aprendido com
Crowley, preenchido com ego e pedantismo digno de um
Edward Arthur Waite. – Motta.
[e VOCE ainda corre o risco de ser questionado por um
ACEFALO sobre o motivo de se ter ASCO e
REPUGNANCIA por Regardie, e toda essa CORJA de
BOSTA!
Incrível, fico pasmo de que precisaria ainda de outros
motivos – SIC! – P.G.]
O CÃO FUMANTE
Cada ato do homem é a artimanha de uma
lebre.
Amor e Morte são os galgos que o
amaldiçoam.
Deus criou os cães de caça e divertiu-se no
esporte.
Esta é a Comédia de Pan: o homem pensa que
ele está caçando, enquanto aqueles cães o
caçam.
Esta é a Tragédia do Homem: quando, ao
encarar o Amor e a Morte, ele se vê cercado.
Ele não é mais lebre, mas javali.
Não há outras comédias ou tragédias.
Deixa, então, de ser o ridículo de Deus; em
selvageria de amor e morte, vive tu e morre!
Assim Sua risada vibrará com Êxtase.
Muito bom! Agora, onde nós estávamos? na “blitz?” Oh,
sim! Não há sentido em briga ou furtividade ou
ocultamento; assim alguém decide não tomar conhecimento
tanto quanto a ação prática está embaraçada.
Entao, o ruído tornando o trabalho muito difícil, alguem se
deita no Shavasana (a “Posição do Cadaver” - costas
esticadas, braços pros lados, tudo relaxado) ou a posicao
dos Templários (Sono de Siloam), o que é aquele Homem
Dependurado no Tarô.
Mas com seu corpo na horizontal, é claro. – Motta.
Alguem entao imagina uma bomba caindo em um primeiro
local, depois em outro; imagine os danos, e que alguem tem
que fazer para neutralizar os novos perigos – talvez uma
parede de sua casa tenha ido; e você deve manter-se claro
antes do teto cair dentro. E assim por diante – fechar a
prática com uma marreta batendo com precisão na ponta do
nariz. Isso deve ser feito de forma realista o suficiente para
deixa-la realmente com medo. Mas atualmente o medo
desaparece, e você se interessará por suas várias aventuras
depois de cada explosão: ambulância levando-a ao
hospital, recebendo ferramentas e desenterrando outras
pessoas e assim tanto quanto sua imaginação a levar.
Depois disso vem mais um estágio; seu declinio de
interesses; você encontrara-se indiferente a todo o
processo. Depois de algumas noites você não pode
distinguir entre a realidade e a sua própria, particular e
peculiar Beneficiente Marreta. O medo vai ter
desaparecido; familiaridade gera desprezo. Finalmente, já
não é nem mesmo ciente de que os meninos estão de novo
fazendo algazarra lá fora.
Aliás, pode-se traçar um paralelo muito próximo entre estes
quatro estágios e o Samadhi acompanhante (provavelmente
listados no livro da Sra. Rhys David, Psicologia Budista,
ou no farelo do Warren - uma Banheira com traduções do
Tripitaka, ou Três cestos do Dhamma. Eu não tenho visto
um ou outro desses livros por quarenta anos ou mais...
O que provavelmente significa que eles são muito bons.
Eu nem estava ciente de que Rhys David - uma grande
erudita Oriental, e provavelmente uma Judia – foi mulher.
Ela certamente foi uma pioneira em mais de um caminho.
– Motta.
...Não me lembro os títulos exatos; estudiosos nos
ajudariam a desenterrá-los, mas não vale a pena. Lembro-
me da quintessência com precisão suficiente.
Estágio 1 é Ananda, usualmente traduzido como
“Felicidade”. Esta é uma intensidade de prazer totalmente
indescritível. Isto é devido à destruição temporária do
Ahamkara, ou Ego – criação da faculdade.
Estágio 2. Ananda expande-se para fora o suficiente para
permitir observar o estado em si: intenso interesse
(objetivo) de um tipo que sugere a abordagem do Trance de
Maravilha. (Veja Pequenos Ensaios em direção a
Verdade, pp 24-28).
Este livro também será relançado por nós como parte do
Breviário da Santa Igreja Gnóstica Católica. Talvez uma
observação seja útil para o leitor não muito mediano
neste ponto: Quando você experimenta Ananda pela
primeira vez, é muito difícil passar desse estágio para o
segundo: isso também se entende na injuncao em AL:
“Sabedoria diz: sê forte Então tu podes suportar mais
alegria”. Apenas um tipo altamente desenvolvido de
Aspirante é capaz de fazê-lo com relativa facilidade, a
felicidade é tão profunda – aparentemente – tão extensa,
tão incomum, que os inexperientes em Samadhi podem
tornar-se envolvidos por ela. Isso também está
relacionado com o Canto das Sereias na Odisséia de
Homero, e o remédio ali proposto é eficaz se você pode
aproveitar-se dela. No conjunto, o estudante sério deve
profundamente, muito profundamente ponderar sobre o
capítulo 55 de O Livro das Mentiras e nos comentarios de
Crowley a ele – o que achamos que recomendamos uma
vez ou duas anteriormente ao leitor. – Motta.
Estágio 3. Esgotamento de Interesse, alguém apenas não se
importa mais. (mais uma vez “Indiferença” Opus citada, pp.
39-44 Simples como, sereno como, inocente como o prazer
de escrever. Opus citada! Isto fará com que se sinta bem!)
Este adorável parêntese merece uma explicação para a
maioria das vítimas da educação "progressista"
Americana - para não falar da educação “socialista” em
outro lugar. “Op. Cit.” é a abreviatura da expressão
latina Opere citato, que significa “obra citada”. Neste
caso, é claro, refere-se ao capítulo “Indiferença” em
“Pequenos Ensaios em Direção à Verdade”. Eu também
sinto uma modesta sensação de realização quando, em vez
de ficar me repetindo, ou recitando Crowley, para os
idiotas de ambos os sexos, que constantemente me
escrevem – e não enviam nenhum selo, nem cupons de
correios internacionais, e nem S.A.S.E.s, pois idiotas de
ambos os sexo nunca pensam em outras pessoas, apenas
em si mesmos – quando eu sou capaz de encaminhá-los
para uma das Obras Thelêmicas que nós, contra os
esforços do Vaticano, da CIA, do Beth Shin, e do assim
chamado Serviço de Inteligência Brasileira – assim
chamado – Militar e – às vezes – a K.G.B., temos sido
capazes de imprimir e vender no Brasil, Inglaterra,
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, França, Espanha,
Portugal, Dinamarca, Suécia, México, América
Espanhola e no assim chamado Estados Unidos. – Motta.
Estágio 4. “Nem indiferença, nem não-indiferença”.
Ninguém sabe o que fazer com essa tradução do termo
técnico Budista:
Na verdade, é tão boa tradução quanto possível em uma
total falta de experiência referencial das mentes
ocidentais depois do que mil e quinhentos anos de
limpeza étcnica Cristista pode produzir para a média do
“homem baixo” - ou melhor, perdoe-me, queridas
feministas, - “pessoa baixa”. – Motta.
...provavelmente nenhum significado é realmente
iluminador para alguém que não tenha experimentado esse
estado de espírito. Para mim, parece uma espécie de não-
consciência que é um pouco diferente da mera ignorância.
Poderíamos chamar isto de desapego. Esta é uma atitude
bastante avançada: Você deve ter passado por “Ananda”
várias vezes a fim de alcançar este tipo de perspectiva
psíquica. O “papa” que declarou que ele não acreditava
em milagres, porque ele tinha visto muitos não pode ser
incluído – ele simplesmente quis dizer que ele sabia que
os “milagres” eram do tipo que revela o Sr. James Randi
– para a sua e minha felicidade – na exposição. O
“desapego” aqui significa o resultado da repetida
experiência nos Transes Místicos e/ou Samadhis. – Motta.
Em vez de como um sentimento sobre as funções
automáticas da fisiologia, talvez: e aceitação tão completa
que, embora a mente contenha a idéia, isto não a agita
dentro consciência. Essas especulações são, talvez,
ociosas, e assim distração, para você no seu presente
caminho. Se valeu a pena enquanto faço essa analogia? Eu
acho que sim, vaga e inecientífico como deve ter parecido a
você, relembrando assim voce da maneira como as idéias
contrárias adquirem estreito parentesco com o avanço no
caminho.
O próximo parágrafo foi amputado pelo Sr. Regardie –
Motta.
[Esto convencido de que o Sr. Regardie era CIRUGIÃO –
ou melhor, AÇOUGUEIRO – antes de ir fazer MERDA na
Mandrak Press! Veja as cartas AMPUTADAS que este
enviou a Fernando Pessoa, e pelo mesmo foi repreendido!
Uma pena este “Grande Adepto” e “Mestre” não ter editado
a Biblia, imaginem se aquele calhamaço CRISTISTA
INÚTIL fosse reduzido a, digamos, meras 10 páginas? Que
alívio para quem esta se dedicando no seu Currículo de
Estudante! – P.G.]
Chega de tudo isso! eu não suportaria ouvir você
exclamando:
“Di magni! Salaputtium disertum!” como Cátulo
certamente teria feito, tivesse EU infligido-lhe com toda
essa árida poeira, como um dromedário caindo em cima
dele!
Possivelmente a razão pela qual o Sr. Regardie ser tão
ressentido com a auto-crítica de Crowley é que o Sr.
Regardie sempre foi incapaz de criticar a si mesmo. –
Motta.
[Como a maioria dos egoístas medianos o são! Criticar a si
mesmo, de forma madura, além de exigir MATURIDADE,
CORAGEM MORAL e FIRMEZA EMOCIONAL, é
encontrar suas falhas, e buscar melhorar nestes pontos.
Claro, supondo-se que você não esta fazendo uso da “velha
técnica” de se vitmar para obter favores de pessoas mais
imbecis do que você, caso elas se comovam com sua triste
historinha de vida! – P.G.].
Vamos começar com suas fúrias brancas!
Bem, eu sei delas, embora eu as chamaria de negra – não,
eu não quero querelar sobre cores.
Nenhum significado místico esta incrustado neste
comentário. – Motta.
Para mim eles vêm quase todos os dias. Quando vejo a
empregada tirando o pó de minha lareira – o que eu paguei
para ela fazer – eu não quero meramente matar ela no
extremo do tormento; eu quero abolir ela, aniquilar ela – e
também a lareira e tudo mais sobre isto! Eu mal posso
deixar de rugir para ela para ela sair e nunca mais
escurecer minha porta novamente. Isto não é porque ela está
fazendo aquilo mal; fazê-lo no todo é um símbolo de
inexprimível horror da existência. O sentimento real é que
ela é um pouco perturbadora para minha aura, tanto que eu
fiquei tão agradável e claro e tranqüilo após o incômodo
“levantar-se”. Eu me sinto como se eu estivesse sendo
empurrado sobre uma multidão de enxame de cidadões-
insetos.
Na verdade, Iniciados do Grau de Crowley devem ser
servidos apenas por Iniciados pelo menos do nível de um
Zelator, caso contrário deixados estritamente sozinhos,
assim como um computador caro é colocado sob um ar-
condicionado, em uma sala isolada de poeira, e não
adulterado sob quaisquer condições desfavoráveis de
trabalho. Foi assim no antigo Egito, e o próprio Crowley
tentou estabelecer uma atmosfera favorável para o
segundo marido de Helen Parsons Smith, Wilfred Smith,
para alcançar seu pleno potencial - e não conseguiu,
graças principalmente as egóicas manias da ex-loja
Ágape e a inveja obsessiva de Grady McMurtry, que
esquematizando, caluniando, traçando e intrigando para
tentar ser como o homem melhor do que ele mesmo - eu
sabia que ambos - falharam em um trabalho que ele,
McMurtry, era incapaz. A empregada, aliás, odiava
amargamente Crowley: ela era capaz de sentir sua
aversão à sua presença, mas não a causa dela, e
interpretou a sua reação como a desaprovação de si
mesma como uma pessoa. Na verdade, ele apenas, por
esse tempo, desaprovava profanos em geral, mas neste
tempo e idade, foi cercado por eles até o dia de sua
morte. As poucas pessoas cuja aura teria sido útil para
ele – o Sr. e a Sra. Germer, por exemplo - estavam a
milhares de quilômetros de distância. – Motta.
[Será isso mesmo? Veja-se AL II, 24]
Então há muito também de um outro tipo, que é claramente a
frustração de alguns simples centavos. Algo que se queria,
talvez uma bagatela, e não pode. Então olhamos para o
obstáculo, e portanto novamente o inimigo por trás; talvez
se meta numa dessas “escada de meditações” (conforme
descrito em Liber Aleph, citado em O Livro de Thoth, ao
discutir “Tolice” e haxixe, apenas o caminho errado para
cima) que terminam pela concepção do próprio Universo
sendo o clímax, assíntota, quintessência da frustração – o
símbolo perfeito de toda a inutilidade. Este é,
evidentemente, o contraditório absoluto de Θελημα; mas é
o sorites em que tanto as conclusões Hindus e Budistas se
baseiam.
Este tipo de raiva é, acordadamente, mais nociva; este é um
ataque direto partindo de dentro, sobre a cidadela virgem
do Si. É alta traição à existência. Seus resultados são
imediatamente nocivos; esta gera depressão, melancolia,
desespero. Na verdade, alguem o faz com sabedoria
levando o urso pelo anel em seu focinho; aceito suas
conclusões, concordo que tudo é abjeto e fútil e tolo – e
vire a mangueira do Trance do Riso sobre isso até que isto
dançe para o seu prazer.
O Trance de Riso é brilhantemente descrito em
“Pequenos Ensaios em Direção a Verdade”. – Motta.
Mas – é essa qualquer resposta para seu problema?
Incomoda-me um pouco que você deva tentar impingir
“Paz” nas minhas sentinelas como uma senha. Muitas vezes
a paz é apenas o resultado do cansaço da guerra, e a
própria negação da vitória. Ela é (ou pode ser) a fórmula
da preguiça e o portal da estagnação.
A vida é para ser uma vibração contínua de êxtase; e assim
isso é para o Adepto, sempre que seu trabalho permite-lhe
tempo para considerar a questão, conscientemente; e mesmo
quando o seu trabalho antecipa a sua atenção, é uma eterna
fonte de pura alegria jorrando, uma cristalina fragrância da
reverberação da luz das cavernas mais íntimas do Coração.
Ele secretamente informa o pensamento mais monotono com
vinho espumante, radiante no Aethyr – veja bem! o menor
pretexto, uma vez que ele está sempre lá, e repensa um
pouco, para ligar a triste carroça no orgulhoso Pegasus
mesmo!
É aqui que eu quero ter você, conosco que viemos até aqui,
em um estado completamente destacado do Ego, assim que
você aparecer na planície Jane Wolfe “fazendo o seu dever
nesse estado de vida a que agradou a Deus chamá-la” e,
conseqüentemente, despercebida – como uma Rosacruz,
“vestindo o hábito do país no qual você está viajando” –
mas tremula de iluminação interior, para que o primeiro
relaxamento da constante e consciente carga de Jane Wolfe,
Soror Estai seja automaticamente liberada em um pilar de
luz Criativa.
“Eu sou Tu, e o Pilar está estabilizado no Vazio”.
(Liber LXV, como você sabe, é cheio dessas explosões)
[Eu vi isso como um discreto puxão de orelhas... Liber
LXV, V – 23- P.G.]
Não: eu não estou de todo certo que tudo isto é a resposta
que você precisa sobre fúrias branca. No entanto, estão
certamente contidas aqui, ou, pelo menos, implícitas.
(Claro, está tudo aqui, meu amor, e que Deus te abençoe,
onde quer que você esteja).
Tente outro aspecto.
Nós rastreamos a causa: era frustração. Bom: então temos
de enfrentá-la. Como? Só (no último evento), obtendo uma
mente firmemente fixada na filosofia completa de Θελημα.
Não haverá tal coisa como a frustração. Cada passo é um
passo no Caminho. Isto não é simplesmente verdade de que
você estava sendo impedida. A altura de sua irritação é
uma medida direta da intensidade da sua Energia.
Novamente, você em breve virá a rir de si mesma por sua
impaciência. Provavelmente (você supõe) o seu problema é
exatamente isso: você está sendo demasiada dura. Sua
mente corre de volta para AL I, 44; você percebe (de
novo!) que qualquer resultado realmente estraga a verdade
e a beleza do Ato da Vontade; isto é quase um fardo; até
mesmo um insulto. Assim como se eu arriscasse a minha
vida para salvar a sua, e você me jogasse uma meia-coroa!
Aqui esta o “Livro das Mentiras” pulando para fora desta
careta feia novamente: “Tu tornou-se o Caminho”. É por
isso que o Ankh ou “Chave da Vida” é uma amarra de
sandália, suportada na mão de cada Deus como uma marca
de sua Divindade: um Deus é aquele que vai. (Se bem me
lembro, Platão deriva de “Θεως” a partir de um verbo que
significa “correr”, e é vivamente abusado pelos estudiosos
para fazê-lo. Mas talvez o triste velho sofista não estivesse
tão errado, dessa vez).
O que é, naturalmente, a razão pela qual repreendo-la nisto
e como o seu sofisma em praticamente todo o resto - como
fazem com Aquino, ou Fuller Buckminster.
O que você precisa fazer, então, é tricotar todas essas
idéias em um padrão muito próximo; para fazer delas um
Talismã consagrado. Então, quando a raiva atacar você,
poderá ser lançada sobre o fogo para sufoca-la: jogar-se
contra o Demônio, desintegrar-lhe. O grande ponto é ter
essa arma muito firmemente construída, muito
completamente. Sua raiva vai passar com uma dessas duas
maneiras, que são uma: Ruptura e Riso.
O próximo parágrafo foi cortado pelo Sr. Regardie. –
Motta.
Eu quero que você vá longe neste aparato com muito
cuidado; para analisar o argumento, para se certificar de
que não há pontas soltas, para mantê-lo afiado e polido e
bem lubrificado, sempre pronto para uso imediato: não só
contra a raiva, mas contra qualquer dificuldade ou linha de
pensamento depressivo.
Bem, vamos esperar que eu tenha tudo isso abaixo
relativamente bem dessa vez, e que você deseja encontrar
esse trabalho. Pois eu confesso a um toque de meu
complexo de Mariana-no-fosso-da-Granja: Eu tenho estado
muitas horas nesta carta, e eu devo ter matado um
Cakkravarti-Rajah, ou ferido o corpo de um Buda, na
minha última encarnação, ou Tahuti (suspenta isso tudo! Eu
fui mais dedicado a ele toda a minha vida) teria me deixado
ter um secretário.
Mas nesta época, claro, o Sr. Regardie já havia
abandonado seu Mestre, tendo aprendido o suficiente
para se passar por sábio, e, assim, ganhar dinheiro.
Aparentemente não dinheiro suficiente, já que ele
finalmente desceu o nível para piratear diretamente o
Mestre. – Motta.
Bem, o que que é isso: então agora transforma a Artilharia
em seu assim chamado “Vôo Astral”. Que giro da Cauda!
(Aqui eu jogo o meu turbante pro chão! Aqui eu entrego
você para Eblis, e reservo um camarote para você no
Jehannum! Aqui eu me derreto em lágrimas salgadas, e acho
que em todos os outros Gurus que tiveram de suportar isto.)
[Já não tem como ter dúvidas do puxão de orelhas... –
P.G.].
Vôo Astral!!!
Desculpe-me se eu mensiono isto, mas - sem dúvida a culpa
é minha - você parece ter falhado em notar qualquer uma de
todas as minhas sinceras injunções, seja na carta ou em sua
visita.
Talvez você pensasse que eu deveria ter tomado círculos,
pentagramas e etc, para permitir;...
Significando que ela não faz, em sua carta, menção de ter
tomado essas precauções básicas. – Motta.
[Erro vergonhoso do qual eu já partilhei, para minha
vergonha! – P.G.]
Mas você não da pista do objeto de sua jornada. (Não, não
cite AL I, 44 para mim: isto não quer dizer de que. Eu não
espero que você responda à recepcionista do escritório de
reservas “Onde, minha senhora?” Com um “Eu não me
importo nem um pouco”. Porém, mesmo nesse caso é
magicamente verdade, ou deveria ser. Como no caso da
jovem que foi levada para Crewe. A aventura não
planejada talvez tenha se provado muito mais divertida).
Quão devo dizer se você visse corretamente? Suponha que
seu Hexagrama escolhido tenha sido VI Sung “Contenção”
ou XXIX Î “Nutritivo”? Onde seria a “visão”? Você está a
se preparar para explorar um país desconhecido por você:
Como posso ter certeza de que você realmente esteve lá?
Como você mesma pode ter certeza? Você não pode. Você
pode, se você for para um lugar que você nunca ouviu falar,
e depois descobrir mais tarde, que ele realmente existe.
Você tem que mostrar a congruência de sua visão com o
relato do país dado no texto. Se você tomar Khien I, que é
todos os Lingans e Dragões, e descrevê-lo como uma
paisagem na Broads, só posso concluir que você não
chegou perto dele.
Então você produziu um monge, e nunca teve o seu nome ou
escritório. Finalmente, depois de você retornar, você
recebe este Caballero aparecendo sem convite.
Ai de mim! Receio-me de que isso nao tenha sido nada de
viagem Astral; isto soa como uma fraca imaginação tingida
pelo desejo. Tudo que você tinha interesse era a resposta à
sua pergunta: e que você deveria ter agarrado, fazendo-me
mais preciso, analisado, interpretado. Meu Deus, não!
Tiro final: meu instinto é totalmente contra “deitado na
cama”. Estas visões são intensamente ativas: o mais difícil
tipo de trabalho. Leia Liber CDXVIII, 2º Aethyr (e outros)
para entender a terrível tensão física, quando você atinge os
remotos, bem guardados e exaltados confins do Universo.
Em todos os sentidos da expressão – Sente Em Cima!
Eu estou “sentado em cima” de mim mesmo para finalizar
esta carta...
Era tarde, ele velho, desnutrido, sob constante ataque
telepático, e sem secretário – Motta.
(Aqui vamos para uma ultima volta!)
Música. Justificável? Por que não? Uma ajuda para a sua
grande Obra, um aspecto de sua Vontade, nicht wahr? Vá
fundo!
Apolo é o Deus da música, pré-eminentemente;...
Somente da bem-ordenada música. Dionísio é o Deus da
música selvagem, principalmente com metais e percussão,
e Pan o Deus da música exóticamente distante,
especialmente tocada em flauta. – Motta?
[Uma meia verdade! E quando a música em questão funde
metal, percusão, flautas e é MUITO bem ordenada com
elementos clássicos, como no caso do Progressivo de
Yngwie Malmsteen ou Joe Satriani? – P.G.].
...mas Ele é também todo-abrangente, todo-permeante,
muito para uso em um Talismã, exceto como um pano de
fundo geral. Mas existem as Musas: Polymina (ou
Polímnia) parece ser o que você quer: ela inspira o hino
sublime. Como invocá-la é matéria para prolongada
consideração. Dificilmente vemos como lidar com todos os
problemas, salvo se cavar um Anjo de uma das Tabelas
Enoquianas. (Veja Equinox I, 7 e 8). Talvez haja um
quadrado governado por Sol (ou Vênus), Ar, Fogo e Água
na Tabela de um desses, com um Caracter apropriado no
cume da Pirâmide. Se assim for, tudo estaria de vento em
popa.
Claro, existem outros Deuses, notavelmente Pan. (Devo
pedir-lhe para definir o meu “Hino à Pã” como música).
Isto já foi feito por Marcelo Motta. Pode não ser a
definição definitiva, mas é um começo.
[Sinceramente, não sei se a nota acima foi do Motta falando
em segunda pessoa ou do Pupilo dele.– P.G.]
Mas eu duvido que qualquer um destes sejam o que você
quer. Provavelmente o plano mais prático seria fazer uma
conjuração musical do Sol: use isso como sua invocação
quando você vai ao Plano Astral: lá encontre um guia
adequado com a devida autoridade – e assim por diante!
E de tal modo, querida irmã, para esta noite será exata e
precisamente isso!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 64: Poder MágicoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Corretamente você observa que a maioria destas cartas tem
lidado com o auto-desenvolvimento, de uma forma ou de
outra; agora, o que dizer da “Causa finalis”, o “ângulo
prático”, alguns chamariam disso?
Israel Regardie costou uma considerável parte deste
parágrafo, possivelmente pensando que se referia a
alguns de seus amigos. – Motta.
São os ultrajantes anúncios charlatanescos dos vigaristas
com seu “Grande Livro Livre” e assim por diante, tudo sem
base? Minha querida criança, entao voltamos a essas cartas
que lhe deram uma visão da História de Magick, e aqueles
em que eu te disse alguma coisa sobre as maneiras em que
os Mestres operam. Oh, eu vejo! O que você quer agora é
aprender como aplicar o conhecimento e o poder que você
tem ganhado para a execução de sua Verdadeira Vontade, a
realização da Grande Obra.
Obviamente, muito deve ser deixado para o seu próprio
senso comum; o ponto técnico em que eu insisto sobre todos
os outros é o Elo Mágico.
Você deve colocar no coração Magick Capítulo XIV (pp.
106-122) e nunca se esqueça de um unico detalhe. Mais
fracasso vem da negligência disto do que de todas as outras
causas juntas. A maioria das qualidades que você precisa é
inata; todo o material esta a sua mão; e desenvolvê-las é um
processo natural, como o seu direito de primogenitura. Mas
a formação do Elo é uma intelectual, mecânica mesma,
tarefa; o sucesso depende de considerações puramente
objetivas.
Isto concedido há talvez umas poucas dicas. Primeiramente,
enquanto, claro, a Teoria Mágica supõe um tipo de
onipotência, por favor, lembre que Magick é Ciência, que
as Leis da Natureza permanecem as mesmas, entretanto
pode ser sutil o material com o qual se está trabalhando.
Isto é, colocando brutalmente, um milagre maior para
destruir uma fortaleza do que uma poltrona.
[Mas isso não é óbvio para algumas mentes... – P.G.]
Você sabe disso muito bem; mas o corolário é que é quase
sempre um erro tentar fazer coisas completamente fora de
seu próprio bastão. É muito mais simples procurar por uma
força existente, em bom estado de funcionamento, que está
fazendo o tipo de coisa que você precisa e tirar disto, ou
controlar isto, só um pouco para que aconteça o que você
requer.
Você pode, teoricamente, andar de Cadiz a Vladivostock;
mas a menos que haja algum motivo especial, irá poupar
tempo e desperdício de energia por fazer uso de uma fração
da máquina-poder que por acaso estas se movendo naquela
direção.
Isto é particularmente verdade no caso de reforma moral e
política. Hitler teria conseguido exatamente nada se ele
tivesse se contentado em anunciar o seu evangelho; ele se
tornou mestre da Alemanha, e, por um tempo, de quase toda
a Europa, jogando sobre os instrumentos existentes da
paixão humana; a vingança luxuriosa da Europa Central, o
pânico dos Dirigíveis e Junkers, o descontentamento das
classes sem propriedades, o orgulho e a ambição da facção
militar Prussiana, e assim por diante. Após ele ter utilizado
ao máximo, ele insensivelmente atirou-os para os lobos.
Mas não se enganem! O Poder Mágico por trás de todas as
suas ações estava em si mesmo. Ele tinha conseguido
tornar-se um profeta, como Maomé; até mesmo um símbolo,
como a Cruz da Sua técnica mágica era indescritivelmente
admirável; ele adotou a Suástica, o Martelo de Thor, a
roupa distintiva, o eslogan, os gestos, a saudação, ele
mesmo impôs um Livro Sagrado sobre o povo.
Ele quer dizer o Mein Kampf – Motta.
Se esse livro tivesse sido apenas mais místico e
incompreensível, ao invés de razoável, difuso, maçante e
intoleravelmente monotono, ele poderia ter feito melhor.
Assim como foi, ele veio dentro de um ás da captura da
Inglaterra, antes mesmo que ele chegasse ao poder na
Alemanha; e foi dinheiro Americano que salvou o partido
Nazista no momento mais crítico.
[Pois é, e ainda tem gente que acha que “Serviços
Inteligentes” é fruto da loucua de Motta... – P.G.].
Americano e em grande parte Judeu, como é comum nas
grandes manipulações internacionais de capital dos
Estados Unidos. Mas esta parte da história você não
normalmente não ouve contar. – Motta.
[Pior do que um Sionista, só mesmo um Sionista
Americanizado! – Como a maioria o é! – P.G.].
O mais inteligente movimento de todos, ele deu ao mundo
alguma coisa para odiar; o Comunista e o Judeu.
Seu único problema era que ele não podia contar com seus
dedos!
Hitler era muito emocional, se ele tivesse seguido os
conselhos dos seus generais sangue-frio e competentes,
ele poderia ter vencido a guerra. (Outro anúnicio gratuito
de Os Princíos da Matemática, de Bertland Russell ou o
Principia Mathematica de Russell e Whitehead) – Motta.
Eu percebo que estou ficando como o falecido Samuel
Smiles; tendo dado um exemplo para imitar – mas não
esqueça sua aritmética – deixe-me iniciá-la em um de dois
outros segredos do poder!
Eu me entusiasmei agora? Tavez você nao tenha crescido o
suficiente. Eu suspeito que a sua pergunta não contemplou
tanto Poder como poderes: coisas como curar um doente,
tornar-se invisível, acender uma chama sem combustível,...
Este último, aliás, era um poder que Crowley nunca
afirmou publicamente, mas que várias pessoas não
proximas dele juraram que ele possuía. O colunista da
Punch que relatou seu deleite nas conversas sobre poder
de Crowley e Wilkinson afirmou que uma senhora de
confiança disse-lhe que uma vez, em uma reunião social
na casa dela, Crowley tinha acendido a lareira por
magia, e ela tinha medo dele desde então. – Motta.
...enfeitiçar as vacas dos vizinhos, estragar a lua de mel do
seu amigo, fascínios de todos os tipos, levitação,
licantropia, necromancia, todo o material regular das
lendas e das fábulas.
A maioria dessas questões é discutida em Magick, então
tudo que eu preciso dizer a você é a atitude geral correta
para todas essas taumaturgias.
A melhor desculpa para tentar adquiri-los é que se aprende
tanta coisa no processo. Caso contrário –
Aqui é outra daquelas histórias Orientais para você! Certo
Yogi pensou que seria um feito admirável atravessar o
Ganges. Depois de quarenta anos, ele conseguiu, e foi ao
seu Guru para demonstrar o seu poder, e receber o devido
louvor. Acontece que este Guru foi um pouco parecido
comigo, pelo menos no que tange ao seu temperamento
desagradável, e quando o discípulo veio alegremente
caminhando de volta através da Corrente Sagrada,
esperando elogios, ele foi recebido com um: “Bem, eu acho
que você foi um perfeito tolo todos esses anos, seus
vizinhos foram para lá e para cá em uma balsa para um par
de moedas”!
A moral, querida criança, é que esses poderes não devem
ser considerados como o objetivo principal; deveria de fato
ser óbvio desde o início que a Verdadeira Vontade de
qualquer um deve ser mais profunda e mais abrangente do
que qualquer conquista meramente técnica. Eu vou mais
longe e digo que qualquer empreendimento deste tipo deve
ser um erro mágico, como apreciar uma arma ou um relógio
ou uma vara de pescar para seu próprio benefício, e não
para o uso que se pode fazer com isso. De fato, essa
observação vai à raiz da questão; pois todos esses poderes,
se entendê-los adequadamente, são subprodutos naturais da
verdadeira Grande Obra. Minha própria experiência foi
muito convincente quanto a este ponto; pois um poder foi
aparecendo após o outro quando isto era menos desejado,e
eu via imediatamente que eles representavam muitos
vazamentos em meu barco. Eles alegam um isolamento
imperfeito.
E realmente eles são um pouco de incômodo. Sua posse é
tão lisonjeira, e sua sedução tão sutil. Compreende-se
imediatamente porque todos os Professores da primeira
classe insistem tão severamente que o Siddhi (ou Iddhi)
deve ser rejeitado com firmeza pelo Aspirante, se não ele
será desviado e acabará perdido.
No entanto, “mesmo os germes maus da Matéria podem
igualmente tornarem-se úteis e bons”, como nos lembra de
Zoroastro. Por um lado, sua posse é indubitavelmente uma
âncora de salvação, à mercê do furacão da Dúvida - dúvida
se todo o negócio não é Alavanca da podridão!
Tais momentos são freqüentes, mesmo quando se avançou
para uma fase em que a Dúvida parece impossível; até você
chegar lá, você nao pode ter idéia de como isto é ruim!
Então, novamente, quando estes poderes surgirem
naturalmente e espontaneamente a partir do exercício de
suas faculdades apropriadas na Grande Obra, eles deveram
ser um pouco mais do que vazamentos. Você deveria ser
capaz de organizar e controlá-los de tal maneira que eles
sejam de ajuda real para você para dar o próximo passo.
Afinal, que diferença moral ou mágica existe entre o poder
de digerir um alimento, e aquele de transformar-se em um
falcão?
Sendo esse o caso, deixe-me trasformar-me em uma
borboleta, e voar para outras madressilvas!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 65: HomemCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Nas cartas anteriores eu espero ter sido capaz de lhe dar
uma idéia da concepção iniciatica do Macrocosmo, e
também ter deixado claro para você por que todos nós
devemos utilizar uma linguagem simbólica, e a necessidade
de construir um alfabeto especial, como a base de nossas
conversas sobre Magick.
Eu também tenho mobilado você com os gráficos deste
alfabeto. Teria, claro, sido muito desajeitado e pesado
colocar todos os diferentes sistemas de símbolos na Árvore
da Vida. Essa árvore é de fato a base de toda a nossa
classificação, e eu espero que agora você tenha se
familiarizado bastante com o processo de colar tudo o que
aparece no seu galho correto na Árvore.
Em sua última carta que você me agradece por ter feito
claro para você o ensino iniciatico com relação ao
Universo; e agora muita certamente pergunta “sendo assim,
onde é que nós entramos”? Você levanta para mim um dos
mais antigos axiomas da Cabala. “O que está cima é como
o que está abaixo”, e você me pede por mais detalhes. O
que, você pergunta, é a constituição do Homem? Com que
partes do Grande Sistema o Pequeno Sistema coincide?
Talvez eu não possa fazer melhor do que chamar sua
atenção para a descrição dada em meu ensaio sobre o
Homem em meu livro “Pequenos Ensaios em Direção à
Verdade”.
Em alguns aspectos na verdade essa descrição não é tão
clara como eu poderia ter desejado. O fato é que este
Ensaio foi escrito principalmente para o benefício dessas
pessoas que já estavam mais ou menos familiarizadas com
a Árvore da Vida e suas correspondências. Mas eu não sei
até hoje, vinte anos depois, escrevendo assim como eu
estou para você, que admitidamente eu não tinha
conhecimento prévio de qualquer um desses assuntos, para
estabelecer os fatos em termos mais elementares. Eu avisei
no início que havia uma dificuldade essencial nestes
estudos que não era para ser contornado ou evitado de
qualquer forma que fosse.
O que significa que mastigar papinha é para crianças
muito pequenas, e quem quer aprender Magick ou
Misticismo deve ralar a sua bunda nisso durante anos e
anos. – Motta.
Mas, depois de tudo, é a mesma dificuldade que cada
criança encontra quando começa qualquer estudo de
qualquer tipo. No Latin, por exemplo, ela é informada de
que mensa significa um quadro, que pertence à primeira
declinação e é feminino. Não há razão sobre nada disso;
nenhuma explicação é possível; a criança tem que pegar os
elementos da linguagem, um por um, tomando aquilo que
lhe é ensinado na confiança. E é só depois de acumular uma
vasta coleção de detalhes incompreensíveis que as peças se
encaixam, e ele se vê capaz de interpretar os textos
clássicos.
Você deve ser paciente; você deve passar por cima de novo
e de novo contra tudo o que lhe é apresentado, e sendo
obediente você não só vai chegar a uma compreensão clara
do assunto, mas encontrará-se automaticamente a pensar na
linguagem em que você tem sentido dores para adquirir.
Eu sinto então que eu devo deixá-la com essas descrições e
essas cartas neste doloroso início, mas no final com intenso
orgulho e satisfação, você encontrará-se espontaneamente
agarrarando as combinações mais complexas dessas letras
e palavras que são a anatomia do corpo de nosso
Aprendizado.
[E isso É assim com quaisquer ciências, Magicas, Misticas,
ou não! – P.G.]
E não se esqueça do velho e gasto pelo uso: “Beba
profundamente, ou não prove da Primavera Piério – Pouco
aprendizado é uma coisa perigosa”.
Esta citação é de Alexander Pope, e não é levada a sério
pelos fornecedores da “socialistica” e “progressista”
educação na América, Europa e suas colônias – as assim
chamadas democracias do “Terceiro Mundo”. Muito
interessante que, nos países Comunistas, especialmente
na Rússia, isto é levado muito a sério, tanto quanto estão
preocupados com as ciências, mas ainda menos sério na
área humanas e das artes. Isso, no entanto, é deliberada
lavagem cerebral, não é estúpido da parte deles. Eles
pervertem as mentes da sua população, mas pelo menos
eles sabem que estão fazendo isso. O miasma das boas
intenções dos “educadores liberais” nos países de língua
Inglêss, por exemplo, é totalmente repugnante. Foi, na
verdade, um longo caminho para arruinar completamente
a economia desses países, que só conseguiu uma espécie
de falsa sobrevivência até agora por vampirizar suas
colônias econômicas no “Terceiro Mundo”. – Motta.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 66: VampirosCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Então é para eu dizer-lhe tudo sobre vampiros? Vampirise-
se você mesma!
Eu lhe pergunto, como é que isto vem no âmbito das suas
perguntas? Esta informação é essencial para a sua
Realização da Grande Obra? Como diria o Governo “É a
sua viagem realmente necessária?”.
Ele se refere ao governo britânico. Ainda em tempos de
guerra, o combustível utilizado no transporte era
precioso para a defesa, de modo que as viagens dos
cidadãos, mesmo dentro do país foram reduzidas e
rigorosamente desanimadas. Os Russos fazem o mesmo na
Rússia, mesmo em tempos de paz, por razões óbvias. –
Motta.
Então refletindo, chamo sua atencao para mais detalhes.
Vampiros, você diz, pode ser uma tentação para você
mesma, ou eles podem sugar sua energia. Muito bem. Vou
dizer-lhe o pouco que sei.
Ouça a Eliphas Lévi! Ele nos adverte contra um tipo de
pessoa, sem medo e sangue-frio, que parece ter o poder de
lançar um frio repentino, simplesmente por entrar no quarto,
sobre a festa mais alegre jamais reunida.
Tête-à-tête, eles se sacodem com uma unica resolução,
matar o entusiasmo, desvitalizar a fé e a coragem.
Mas Levi tinha apenas descrito um determinado tipo de
temperamento científico que pode ser encontrado em
indivíduos ecologicamente perfeitamentos e de mente
brilhante e forte. Se os vampiros eram assim tão fáceis de
identificar ninguém seria vampirizado , e o mago F
rancês parece ter tido exatamente o mesmo efeito que ele
descreve em Douglas Home, o “ médium”. A maioria dos
vampiros ou aspirantes a vampiros que conheci pareciam
macios, muito emocionais , desamparados, muito
atraentes para os humores e paixões. O único teste
verdadeiro de saber se alguém é um vampiro ou não é se ,
ainda que se sinta fortemente atraído para a pessoa pelas
suas emoções, paixões, apetites, ou tendências, que ainda
são capazes de sentir que a pessoa não só é indiferente à
sua verdadeira vontade, mas realmente hostil a ela.
Tenha em mente que , durante pelo menos uma etapa do
discipulado você pode sentir-se precisamente desta forma
em direção ao seu Guru...! No caso de uma mulher , o
vampiro é geralmente um homem, e vice-versa , mas isso é
apenas uma regra. No caso de relações homossexuais ,
por exemplo, o vampiro é geralmente de pessoas do
mesmo sexo . Isto não deve ser confundido com a fase da
adolescência , quando muitas vezes é normal se fixar em
alguém do mesmo sexo , que se torna uma espécie de
modelo. Isso não é necessariamente o vampirismo
propriamente dito . Todo o assunto é complexo para uma
breve nota , e mesmo assim é inútil escrever longamente
sobre isso. O único teste necessário é “ Como é que este
relacionamento afeta o desempenho da minha Verdadeira
Vontade ? ” Se a resposta a esta pergunta tem mais
elementos negativos do que positivos , é melhor tomar
cuidado . – Motta.
Sim, todos nós sabemos dessas pessoas. �, por sinal, é o
planeta responsável. Eu examinei um número considerável
de natividades, tanto de assassinos e de pessoas
assassinadas, em ambos os casos, não eram uns
“maléficos” que faziam o trabalho sujo, mas pequenos
pobres e inocentes brilhos prateados de �!
As próximas três linhas foram assassinadas pelo Sr.
Regardie. – Motta.
“Vergonha sobre si, você, plante impertinente!
Você é o corrupto que começou isso!”
Isto nao é o que John Henry Newman cantou de Lucifer? Eu
duvido.
Isso é uma piada que tanto ou estava além da sagacidade
reconhecidamente limitada do Sr. Regardie , ou d e sua
inclinacao a simpatia com o Catolicismo Romano taxada
por ele. O verso é uma paródia do Cardeal Newman :
originalmente teólogo A nglicano , este “ cavalheiro” se
tornou convertido ao Catolicismo Romano e,
naturalmente , foi elevado a Cardeal pelo Vaticano em
sua campanha para trazer de volta a Inglaterra para o
curral de ovelhas. A ironia maliciosa está relacionada ao
fato de que toda a estrutura da teologia Romana não
depende da influência do “ Cristo” , mas sim da fingida
influência de seu pretenso “Diabo”, como acredito que eu
já mencionei em outro lugar, mais de uma vez , nas
minhas anotações sobre os trabalhos de Crowley .
Crowley sabia muito bem que não era o decadente
Newman que cantou para Lúcifer , mas Milton. E ele
também está dando uma dica de Mercúrio como Lúcifer, o
Portador da Luz , o Mensageiro dos Deuses, o
“Primogênito” do Sol. Mas, na verdade , os “P
rimogênitos” do nosso Sol são, obviamente, os Planetas
mais afastados dele. Este assunto inteiro também não é só
muito longo para uma nota , mas em grande parte, além
do grau de qualquer leitor deste livro. – Motta.
[Isso foi preconceito puro, mas realmente esse assunto nao
cabe em uma nota. Uma pena que nao sejamos de tao grande
Grau para nao precisar ler este livro...].
Você, no entanto, esta pensando mais no vampiro de
romance. Drácula de Bram Stoker e seus parentes. Este é
um esplendidamente bem documentado livro, a proposito;
ele adquiriu seus “fatos” e o seu meio legal mágico, de
maneira perfeitamente correta.
Os “fatos” , no entanto, foram os das lendas,
especialmente da Europa Oriental, e não d os fatos reais
sobre vampirismo , é claro. Drácula foi a M agnum O pus
d e Stoker , parvum como ela é. Ele nunca produziu
qualquer outra coisa como este livro e e l e ocupa seu
próprio lugar no seu género de literatura , e está
rapidamente se tornando um clássico , como
Frankenstein, de Mary Wollstonecraft Shelly . – Motta.
É muito fácil rir dos vampiros se você vive em Upper
Tooting, ou Surbiton, ou qualquer um daqueles lugares
onde nenhum Vampiro que se preze gostaria de ser visto.
Como Palm Springs ou Fort Lauderdale ou a Grande
Nashville Op ry. – Motta.
[Ou as ruas do Rio de Janeiro, ops, desculpa Coelhinho....]
Mas numa aldeia em uma solitaria montanha na Bulgária
você poderia sentir algo diferente sobre tudo isso! Você
deve se lembrar, incidentalmente, que a evidência para os
vampiros é tão forte tanto quanto bem para qualquer outra
coisa no mundo. Há inumeros registros sobreviventes de um
processo judicial onde os mais sóbrios, responsáveis,
dignos e bem respeitados cidadões...
Mas estes são geralmente os mais reacionários dos
arruaceiros auto- satisfeitos e moralmente corruptos em
países Crististas . Eles declarariam Galileo como sendo
um vampiro. Na verdade, eles fizeram. Deve-se ler todos
os registros desse tipo com um olho na história,
especialmente a história do Cristismo . Olhe para o
julgamento de Gilles de Retz , por exemplo! – Motta.
...incluindo advogados e juízes,...
Eu nunca vi nada tão cínico quanto o olhar nos olhos dos
juízes que eu tenho visto; e como para os advogados, a
similaridade no som entre ‘ advogado’ e « mentiroso»
não é, em minha opinião, apenas mera coincidência. As
únicas vezes na história do Direito americano, por
exemplo, que a “justiça” foi concedida a um partido de
direita , era porque não havia maior “ lucro”
politicamente pessoal ou economico , para os juízes e
advogados fazerem o contrário. – Motta.
[Lawyer e Liar, no Ingles. Seria algo como nosso vIado e
vEado]
...Caso após caso investigado com a maior minúcia
possível, com os cirurgiões e anatomistas mais distintos
para jurarem os detalhes clínicos.
Interminavel é a lista de bem atestados casos de corpos
desenterrados depois de meses de enterro que foram
encontrados não apenas florescendo com todas as linhas da
vida, mas empanturrados com sangue fresco.
No entanto , o que mais se pode esperar quando você
fecha hermeticamente um cadáver em um caixão e tenta
preservá-lo contra a corrupção que , de outra forma,
naturalmente, dissolveria os veículos inferiores ? Em uma
pessoa ligada à matéria, os veículos vão tentar preservar
sua “ existência” – o único tipo de que tem conhecimento
– a qualquer custo. Se o astral inferior é bem
desenvolvido , pode muito bem vampirizar . Mas isso não
deve ser posto na conta do falecido , mas sim na da
Qliphoth e n a da estupidez humana . Os veículos
superiores do falecido podem de fato estar em outro lugar
a este tempo, e até mesmo re encarnado. Cadáveres ou
devem ser cremados, ou usados em re processamento,
q u e é o mais inteligente de qualquer maneira.
Transplantes, proteínas e fertilizantes são apenas
algumas das possibilidades . Vivemos em uma nave
espacial fechada, o planeta Terra; e em vez de re
ciclarmos suas energias de forma contínua, nos
tamponamos os seus processos naturais. Mesmo de um
ponto de vista burguês , não seria muito melhor, muito
mais elevado, muito mais poético e muito mais belo e
comovente enterrar os cadáveres de nossos entes
queridos em seu jardim , por exemplo, para dar sustento
às árvores nobres e flores delicadas ? A vida é uma
vibração contínua; pará-la é estagnar , e estagnar é a
apodrecer. Existem pessoas o suficiente neste mundo que
ja estao mortas ha anos, mas são demasiadas estúpidas
para notarem isso , e continuarem atravessando os
movimentos da vida. Estou certo que o Sr. Regardie ,
d a d o a chance , iria tentar piratear mais livros de
Crowley, e o Sr. James Wasserman e o Sr. Donald Weiser
ficariam felizes em ajudar. – Motta.
Não posso deixar de sentir que todas as explicações de
pessoas superiores – que explicam nada – sobre a histeria
coletiva e superstição e realização do desejo e do resto do
jargão paspalhão atual, são quase tão difíceis de acreditar
quanto a reta original da história.
Este paragrafo foi novamente cortado pelo Sr. Regardie,
provavelmente por causa da referencia aos “sabichoes da
Wimpole Street” – Motta.
[Wimpole Street é como que um Centro empresarial dos
charalatoes doutorados, ops, medicos, da Englaterra.
Crowley nao esta desmerecendo a medicina ou a pratica da
mesma, mas a ciencia nao explica tudo, pois nem tudo tem
explicacao. Desse ansejo compulsivo de querer determinar
as linhas que delemitam os fatos é que muitas vezes caimos
de cabeca nesse mundinho de porque, o mundinho da razao.
É disso e outros tipos de charlatanisse que Crowley se
diverte no paragrafo acima].
O homem que balançou a cabeça ao ser-lhe mostrada uma
girafa e disse: “Eu não acredito nisso”, é muito pareado
esses sabichões pontificiais da Wimpole Street.
É a vaidade egomaníaca que solicita a descrença em
fenômenos simplesmente porque estão fora do
infinitesimalmente pilule minuto de sua própria experiência
pessoal.
Quando cruzei a fronteira da Birmânia-China, pela primeira
vez, eu deveria conhecer o nosso Cônsul em Tengyueh, o
admiravel Litton, que havia por puro cérebro e
personalidade transformado toda a província de Yunnan em
sua propria vice-realeza?
É claro, só é possível fazer tais proezas quando os
poderosos apreciam cérebro e caráter , o que é a razão
pela qual apenas os homens desonestos sao colocados em
posições de comando nos Estados Unidos da América ,
para não falar da Inglaterra. – Motta.
[E no resto do mundo tambem, com excessao da citada
fronteira – sic.]
Almoçamos juntos na grama, e apressei-me a escavar a
mina de ouro de seu conhecimento do país. Sobre um
terceiro ou quarto assunto ele me disse: “Lembre-se! Tudo
o que alguém lhe fala sobre a China é verdade!”. Não há
palavras que já tenham me impressionado mais
profundamente; afundaram-se direitamente em mim e foram
iluminadas pela experiência diária até que tivessem se
justificado mil vezes.
Os próximos dois parágrafos novamente foram amputados
pelo Regardie. – Motta.
Isso serve para os Vampiros!
Oh sim! (você vulgarmente interpola) e como ele vai fazer
com o discurso de sabio Mestre insondavelmente em
Duvida.
Irmã, você é uma tonta! Irmã, se é que posso dúvidar de
toda gente que foi para a África ou ao Jardim Zoológico e
viu que uma girafa, por que eu devo me agarrar com a
simples confiança infantil as pessoas que dizem terem elas
ido ao Inferno e a todas as partes do Kansas, e nunca eu
tendo visto tais coisas não podem ser possiveis? Das duas
afirmações dogmáticas, eu deveria, sem dúvida, prefirar a
declaração positiva que a negativa.
Em 1916, eu era o primeiro observador cientificamente
treinado para registrar a aparência daquilo que comumente
é chamado de “fogo de Sao Elmo”, indiscretamente
revelando esse fato em uma carta ao New York Times . Eu
fui importunado durante os proximos seis meses ou mais
por professores de física (e o resto) de todo os EUA. A
existência do fenômeno tinha sido duvidada até então por
causa de certas dificuldades teóricas. Isso, irmã, é o ponto.
Se uma afirmação for difícil de conciliar com o corpo
inteiro de evidências sobre as leis do assunto, é justamente
recebida com desconfiança.
Um momento com o grande Huxley...
Novamente, este é Henry Thomas Huxley, nao seu neto
Aldous, e nem seu neto Julian. – Motta.
...E sua ilustração do centauro em Piccadilly, reportada a
ele (ele humoristicamente hipotetisou) pelo professor
Owen. O que ocasiona as duvidas de Huxley, e inspira as
perguntas por meio da qual ele busca confirmar ou
desacreditá-la? Justamente isto, nao mais: aqui esta a
cabeça e o torso de um homem ajustado aos ombros de um
cavalo; como são os ajustes mecânicos efetuados?
Na mesma estirpe, ele apontou que para um anjo ter asas
praticaveis como nas pinturas Medievais, o osso do externo
teria que se destacar cerca de um metro e meio a frente do
corpo. (O pobre colega, é claro, era densamente ignorante
da mecânica do Plano Astral. Eu sou, dessa vez, “do lado
dos anjos”.)
Aqui , ele acrescentou a seguinte nota de rodapé :
“ Por tudo isso, eles se movem sem batê-las . Como
Swinburne diz: ‘...Rapido sem pés , sem asas a voar’.
É muito provável que quando as pessoas percebem os
seres no “ plano astral”, e vê-los voar, imediatamente
pensem que eles devem ter asas; e asas tornaram-se parte
do conjunto de símbolos através dos quais esses seres se
comunicavam com a inteligência da humanidade. Somente
os o lhos livres de preconceitos podem ver sem prejuízo
os planos mais sutis da matéria; que é outra a razão de
cultivar um a postura científica quando pesquisando o
tema do folclore ou perseguindo o objetivo da religião. –
Motta
Estou digressando novamente? Nao, realmente nao; eu estou
apenas apresentando um caso para manter a mente aberta
sobre esse assunto de Vampiros, ate mesmo do Clã
Dracula.
Mas certamente há pouca ou nenhuma evidência da
existência dessa espécie na Inglaterra.
Este parágrafo foi novamente retirado pelo Sr. Regardie ,
provavelmente porque sua amiga íntima Violet M. Firth,
“Dion Fortune”, tinha falado de alguns encontros
altamente imaginativos dela com “ vampiros” em sua
escandalosamente sensacionalista , crassamente
Cristista, altamente plagiaristica , muitas vezes caluniosa
, e principalmente ficticia, Auto-Defesa Psiquica . –
Motta.
[E ja diz o ditado, ladrão que rouba ladra..!]
Como então é o assunto de alguma forma importante para
você? Portanto, há realmente pessoas correndo por todo
lugar, que realmente possuem, e exercem faculdades
semelhantes às mencionados por Lévi, mas em uma
intensidade muito maior, até mesmo de um tipo muito mais
formidável, e dirigido por uma vontade maligna.
Há um volume poderoso de teoria e prática sobre este e
assuntos cognatos que seram abertos para você quando – e
se – você atingir o VIII° da O.T.O. e se tornar Pontífice dos
Illuminati. Mais ainda, quando você entrar no Santuário da
Gnosis – Oh, Garoto! Ou, mais acuradamente, oh menina!
O próximo paragrafo novamente foi amputado por
Regardie. – Motta.
Não que a O.T.O. seja um Seminario de Instrucoes de
Vampirismo para Mocas e Cavalheiros, com Cadeira
(pouco adequadas) para Lobisomens e Cama da Justiça – o
que soa mais aptos – para íncubos e súcubos...
O termo “C ama da Justiça”, deixem-nos refrescar a
memória do leitor, foi o eufemismo usado pelo clero
Cristista para uma [ferramenta de] tortura. Mas Crowley
e s t a meramente fazendo um jogo de palavras; o Sr.
Regardie retirou o parágrafo porque ele defende a O.T.O.
contra a s imputações que o Sr. Regardie e seus
companheiros gostariam de ver se espalhar. – Motta.
[Procustes. Segundo a lenda ele tinha uma cama de ferro do
tamanho exacto de cada convidado. Depois de atrair os
viajantes, ele os deitava na cama e esticava até que
coubessem.
Em resumo, uma base, como uma cama, dois rolos de ferro
com correntes presas a estes e aos pulsos e tornozelos da
vitima. Voce rola o rolo, ou roda, e avitma estica ate ter
todos os musculos destendidos, ligamentos rompidos, ossos
partidos, em suma, em nome de cristo e da santa igreja, uma
dor dos infernos!
[A cadeira citada tambem é a do tipo usada em tortura
cristista na idade media].
...longe disso! Mas as forças da Natureza empregadas
nestas práticas abomináveis são presumivelmente
semelhantes ou idênticas.
A doutrina da “Força Vital” foi tão longa e tão
completamente explodida que quase nem preciso lhe dizer
que de alguma forma ainda encoberta (ou melhor, não
publicada) e imessurada isto é certamente um fato. Já não te
disse uma vez de como nós quase moerremos de fome em
Iztaccihuatl com dezenas de alimentos enlatados em torno
de nós, sendo eles antigos; e de como se pode embebedar-
se com meia dúzia de ostras; de como a melhor carne que
eu já comi foi a de uma meia-prima das ovelhas no
Himalaia, cortadas e jogadas sobre as cinzas brilhantes
antes que o rigor mortis tivesse se estabelecido? Esta é a
diferença entre um ser vivo e um protoplasma morto, quer o
químico e seus companheiros de crepúsculo admitam isso
ou não. Eu não culpo a ignorância destes desajeitados com
os dedos mordidos pela geada; mas eles fazem-se
visivelmente assininos quando eles ostentam aquela
ignorância como sendo a Quintessência do Conhecimento;
bombastico Beóciano!
Beócia foi um Estado Grego o qual os Gregos usavam
para fazer piadas muito semelhante a piadas Americanas
sobre o s Polacos . As próximos quinze linhas foram
novamente retiradas pelo Sr. Regardie . – Motta.
[Ou nós Brasileiros com as ridiculas piadas sobre os
Portugueses. E vice-versa.]
Existem formas de enegia, sendo de uma Ordem sutil
demais para terem sido adequadamente medidas até agora,
que sao a base e, dentro de certos limites, podem dirigir
diretamente mudancas quimicas e fisicas no corpo bruto.
Negar isto é ser atirado de cabeça para os braços do
Automatismo Animal. Os argumentos de Huxley para esta
teoria parecem-se exatamente com aqueles do Bispo
Berkeley: sem resposta, mas nao convence. Esta carta não
é, a cada vírgula, a inelutável, apodítica, reação automática
ao estímulo da sua pergunta, e ninguém pode persuadir-me
de que é. É claro que impersuadivel é igualmente um fator
na equação; é completamente inútil tentar “retrucar”. So
isso, apenas é idiotice!
(E, nesse interim, os físicos matemáticos estão batendo fora
do fundo limpo de seu navio por mostrarem que a
causalidade em si é pouco mais do que o delirio de um
maníaco!)
Assim então, nós podemos – pelo menos! –nos mantermos
ocupados. É suficientemente facil enfastiar o proximo –
olhe como eu te esgoto! Mas isso é normalmente um
negócio não intencional. É possível intensificar o processo
de desvitalização, de modo a enfraquecer a vítima
fisicamente, talvez até quase ao ponto da morte? Sim.
Como? O método tradicional é o de obter posse sobre
algum objeto ou substância intimamente ligado com a
vítima. Nisto você trabalha mágicamente de modo a
absorver sua virtude. E o melhor é se fosse tão recente
possivel como parte do seu tecido vivo, por exemplo; uma
apara de unha, um fio de cabelo arrancado de sua cabeça.
Algo que faz parte e ainda está vivo ou quase isso, e ainda
uma parte do complexo de energias que ele incluiu na sua
concepção do seu corpo.
O melhor de tudo são os fluidos e secreções, especialmente
sangue e outro de suprema importância para a continuidade
da vida. Quando você puder obter este ainda vivo para a
sua função, é o melhor de todos. É por isso que não é tão
recomendado arrancar e devorar o coração e o fígado do
seu vizinho de porta; você teria ido muito longe para
destruir apenas o que é da maior importância para que você
mantenha-se viva.
O apólogo da galinha dos ovos de ouro tem a ver com
isso. Muitos p residentes Ameriacanos e demais
milionários e “diretores” da CIA parecem nunca ter lido
este apólogo . – Motta.
Sem dúvida você vai responder com alguma aparente
justiça, de fato é mais plausivel tal raciocínio, que,
tomando de seu próprio corpo, e conservando assim a vida
de seu coracao e figado, toda a sua “energia vital” vai
abandonar o navio que se afunda no tecido físico, e corre
para o barco salva-vidas fornecido pelo vampiro. Nunca se
esqueça de que você confere um benefício inestimável
sobre a vítima, absorvendo o seu ponto mais baixo de
energia em seu mais elevado. Leia o seu Magick, capítulo
XII!
[Livro 4, Parte III]
Você diz isso com firmeza, minha cara Irmã no Senhor; sua
tese é impecavelmente declarada, seus argumentos são
convincentes, plangente, e nao se repetem. Mas – faço-lhe o
mais solene bico – que evidência experimental você aduz?
Quantos corações, quantos fígados, tem sido o seu alimento
espiritual? Você já excluiu cada fonte de erro? Você tem –
aqui, você sabe a rotina; escreva tudo e envie logo para ser
investigado!
Seja como for, uma vez eu conheci uma senhora de uns
setenta verões. Ela veio de uma nobre família Polonesa; ela
foi baixa, resistente, bastante rechonchuda, mas
singularmente ágil; boa aparência em uma espécie de forma
brutal. Mas – seus olhos! Por 50 anos ela viveu durante
quase todo o ano ao redor de seu castelo em Touraine. Ela
tinha muito dinheiro, e estava sempre cercada por uma
dúzia ou mais de meninos ou homens jovens. (Por jovens
quero dizer até quarenta). Ela não só aparentava 25, mas
ela vivia esses 25. Foram verdadeiros, naturais e
espontaneos vinte e cinco anos e nao um esforço galante.
Ela dançava atraves da noite e fazia uma longa caminhada
ao amanhecer. Você pode solicitar a ela por detalhes do
tratamento; eu ouso dizer que ainda no que diz respeito, que
eu ouvi dizer que ela se mudou para a América do Sul
quando viu 1914 chegar. Em qualquer caso, você teve
algumas dicas bastante simples para que eu possa dizer
com toda a simplicidade: “Vai tu e faz o mesmo!”
Se esta for a tua Verdadeira Vontade, e, obviamente, esta
nao era a dele. – Motta.
Acho que meu velho amigo Claude Farrère...
Uma popular romancista Frances da primeira metade
deste século , que escreveu ficção científica antes que os
americanos fizessem isso. É verdade , Poe lançou a ficção
científica nos Estados Unidos , mas Rabelais e Cyrano de
Bergerac provavelmente foram seus pioneiros em
qualquer lugar na história conhecida. Excluindo-se as
“sagradas escrituras” dos Judeus e Crististas , que são
ficção de fantasia . – Motta.
...teve mais do que uma vaga ideia sobre esses assuntos;...
Naturalmente. Adivinhe de quem ele tirou isso. Mas
Crowley teve boas amizades no ramo Francês do O.T.O.
— Doutor Gerard Encausse, Frater Papus X°, que foi o
Rei ate então — até que eles caíssem sob a influência de
um imperfeito Adeptus Menor que foi obcecado com a
idéia que ele era a reencarnação “de Jesus” (oh não,
novamente nao! Infelizmente, sim). De fato, Papus foi
nomeado o filho depois deste personagem. Uma espécie
de Phyllis McMurtry, exceto que de um Grau superior.
Este seguidor tentou a sua melhor magia — ou a pior —
para manter os Romanovs, com os maravilhosos
resultados que podem ser vistos agora tanto na França
como na Rússia. O leitor sério é referido (oh não, outra
vez não! Você pode apostar a sua bunda e outras coisas
sim) ao Livro de Mentiras, Capítulos 58 e 54. Ou vice—
versa. – Motta.
...a idéia de usar tecido celular jovem para fortalecer o
velho está claramente afirmada em La maison des hommes
vivants, mas quanto ao método de transmissão desta água
foi formalmente elaborado por Wells.
Um trocadilho , por Jupter! Ele quer dizer H. G. Wells , é
claro. – Motta.
Depois disso, você vai concordar que eu escrevi o
suficiente.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta LXVII:Faith>>
<<sem conteúdo - Carta LXVIII:The God-Letters>>
<<sem conteúdo - Carta LXIX:Original Sin>>
<<sem conteúdo - Carta LXX:Morality (1)>>
<<sem conteúdo - Carta LXXI:Morality (2)>>
<<sem conteúdo - Carta LXXII:Education>>
<<sem conteúdo - Carta LXXIII:"Monsters", Niggers, Jews, etc.>>
Carta 74: Obstáculos no CaminhoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Peccavi! E como! Mas minha desculpa é boa, e eu vou
tentar fazer as pazes.
Primeiro, um pequeno contra-ataque - a sua carta é tão
desconexa e difusa que a princípio eu não poderia elaborar
no que você estava chegando, e finalmente decidi que é
demasiado aleatório para reproduzir, ou mesmo de lidar em
detalhes. Vou simplesmente formular o caso para o
Ministério Público, confessar-me culpado, e pedir de
clemência.
A gratuidade é que o Caminho do Sábio é alegrado com
flores, com quiosques dourados, e cercado de armadilhas;
de que cada passo é a Morada do Terror e Êxtase – e tudo
o mais! Mas eu habitualmente escrevo na maneira de um
pedagogo bêbado! Você “se abriu para Ésquilo, e tem
Theognis”.
“Tentei-a, tal como ‘o Matrimônio Quimico de Christian
Rosencreutz’, seu incomparável mistério e glamour, sua
beleza fugaz, seu inefável romance, cavalheirismo e
aventura, vislumbres transparentes da luz solar embaixo
do mar, vastas asas meditativas do horror que obscurece
o firmamento, ainda com a forte luz das Estrelas em
ascenção. E logo abaixei-a!”
Você realmente esperou pelo menos algo da atmosfera das
Noites Arábicas; se não tão alto, de Apuleius e Petronius
Arbiter; de Rabelais, Meinhold, de la Motte Fouqué; e a
Morte d'Arthur em tempos posteriores, de Balzac, Dumas,
Lytton, Huysmans, Mabel Collins e Arthur Machen.
Para não falar de um pouco de “Dion Fortune”, Corellli
Marie, Rohmer Sax, ou até mesmo Dennis Wheatley, para
ir direto para o joio. E por que não Peter Straub e David
Seltzer? E... mas uma lista de toda a mediocridade iria
crescer por muito tempo. – Motta.
[Sem contar seu “sub-instruído” ‘Paulete’ Coelho! – P.G.].
Você olha para mim com estranhos olhos tristes: “Mas você
também, Mestre, você também não levou uma vida tão
estranha, tão glamourosa, tão esquisita quanto romântica,
como o melhor deles? Então, por que esse desprendimento
frio daquele ambiente?” Bem, se você coloca isso assim, só
posso dizer que me sinto, ao mesmo tempo mais culpado e
inteiramente inocente!
[Eu mesmo, em minha infância e adolescência, acreditava
que encontraria o real caminho da Magia em algo muito
parecido com o que li em “As Brumas de Avalon” –
imbecil, mil vezes imbecil! Mas até então eu tinha só 16
anos e as péssimas instruções que consegui passando por
todo tipo de caminho errado... – P.G.]
Agora me deixe animá-la, brava irmã! Todos os velhos
contos são verdadeiros! Você pode ter muitos dragões,
princesas, vampiros, cavaleiros errantes, glendowers,
macacos encantados, Djim, feiticeiros e incubus como você
gosta de imaginar, e — Uau Emma! Eu te disse sobre o
Cardeal Newman? Bem, o farei.
Uma passagem na sua Apologia choramingueira que me
impressionou foi um conto da sua infância — antes do
verdadeiro poeta, o amante e o místico ter sido enterrado
embaixo do monte de esterco da Teologia. Ele diz-nos que
leu as Noites Arábicas — em uma edição pesadamente
Expurgada, apostaria um tosser!...
[As Mil Noites e Uma Noite. Também conhecido como As
Mil e Uma Noites. Eu tenho uma edição de 1945 e, apesar
dos meus esforços, não consegui a edição “sem cortes”, que
segundo se sabe, ja foi castrada em sua Primeira edição em
Francês, de onde saiu a maioria das edições conhecidas.
Caso alguem possua a versao integral, me avise! - P.G.]
Vários Israels Ragardies trabalharam sobre isso. As duas
únicas edições valiosas para o estudante sério são as
traduções de Paine e de Burton, quando, também, não são
expurgadas. As notas de Burton são, além disso, de valor
inestimável como uma introdução ao pensamento Árabe e
da vida, e dos costumes sexuais Árabes. Mas se intacto,
sua tradução é dezesseis volumes; Paine também é
enorme. Devem, no entanto, serem encontradas por pouco
dinheiro em algum lugar nestes dias, quando "best-
sellers" são lixo pré-fabricados. – Motta.
[Como disse antes, quem achar me venda! – P.G.].
... – E ficou encantado, como o resto de nós, de modo que
ele suspirou “Eu gostaria que esses contos fossem
verdadeiros!” A mesma coisa aconteceu comigo; mas eu
ajustei meus dentes, e murmurei: “Eu vou fazer estes contos
verdadeiros!”.
Bem, eu tenho, não tenho? Você mesma disse!
Os dois próximos parágrafos foram amputados na
pirataria do Sr. Regardie. – Motta.
Deixe-me ser muito franco sobre um ponto. isto sempre me
intrigou completamente por que alguem é proibido de
relacionar certas aventuras. Você se lembra, talvez, em uma
dessas cartas que comecei alegremente para lhe dizer
algumas coisas muito simples – eu não podia, e não posso,
ver bem que mal poderia vir disso – e eu agudamente
puxado para cima – sim, e realmente punido, como em
aluno! Eu havia feito muitas vezes coisas muito mais
imprudentes, e ninguém parecia dar à mínima. Oh alguém
me diga o porquê!
A única sugestão que me ocorre é que eu poderia de alguma
forma ter “dado ocasião para o inimigo blasfemar”. Deixá-
lo ir!
“Por causa de Por que! Seja ele danado para
um cão!”
Sim criança, minha mais profunda atitude pode ser
encontrada na minha vida. Eu fui para a maioria dos lugares
santos inacessíveis, e conversei com os homens mais santos
inacessíveis; ousei todas as mais perigosas aventuras, tanto
da carne quanto do espírito; e eu desafio a literatura do
mundo a combinar a sublimidade e o terror das
experiências como as da segunda metade de A Visão e a
Voz.
Você entende, é claro, que eu digo tudo isso meramente em
indicação; ou melhor, como eu disse antes, como um apelo
por clemência.
Pelo contrário (você vai retrucar) você é um gato malvado
(Felis Leo, por favor!) por não deixar todos nós no piso
térreo de uma Catedral tão imponente!
O próximo parágrafo novamente cortado pelo Sr.
Regardie. – Motta.
Para expiar? Não um catálogo, o que seria interminável;
não uma classificação, que seria impossível, salvo nos
mais rugosos termos; nada além de algumas curtas notas,
possivelmente uma anedota ou algo assim. Apenas cócegas
ou um trago de aguardente, para animar o processo-ordália-
tentação - essa sorte de coisas. Um geral Khabardar karo !
Agora e depois com um mal humorado Achtung!
Oh, maldita mente minha! Eu simplesmente não posso
ajudar correndo para me esconder debaixo das amplas
saias da Cabala! É Disco, Espada, Taça e Bastão de novo!
Desculpe, mas c'est trop fort pour moi.
Discos. Para dominar a Terra, lembre-se que o Disco é
sempre giratório; fixe esta idéia, livre-se desta solidez.
Comumente, os primeiros testes de jovens Aspirantes
referem-se ao dinheiro – “estes são os sólidos sois dos
Deuses neste mundo”. A atitude mágica correta é muito
difícil de descrever. (Não estou falando do ovo daquela
galinha mais; que é simples) Muito triste ter que dizer isso,
mas não é diferente daquilo do perdulário. O dinheiro deve
circular, ou ele perde o seu verdadeiro valor. Um
banqueiro em Nova York me disse uma vez que o dólar
circula nove vezes mais rápido do que o equivalente Inglês,
para que as pessoas vejam-se nove vezes mais ricas. (Eu te
disse sobre a nota de £100 em uma carta especial sobre
Dinheiro). Mas aqui estou eu, enfatizando o efeito
espiritual; o que acontece é que a ansiedade desvanece; um
sentir que como ele sai assim ele chega. Esta visão não é
incompatível com parcimônia e prudência, e todos aqueles
muitos lotes de virtudes, longe disso, ele aconchega-se com
tudo isso facilmente. Você deve praticar isto; ter talento
com isto. Sucesso nisto conduz a um resultado muito
curioso; não só a recusa de contar (Fourpen'north ou Yoga
por favor senhorita, e mamãe diz que eu posso ganhar um
centavo se eu trouxer de volta a garrafa), sobre a
desnecessidade da contagem, mas também se adquire o
poder de comando!
Um século atrás, aproximadamente, viveu em Bristol um
“Open Brother” aqui denominao de Muller, que era um
bruxo nisto; Graça antes do café da manhã, o palavrório
habitual sobre o Senhor e Suas bênçãos e Sua recompensa
et cetera, capo; para concluir “e, Bendito Senhor, nós
humildemente venturamos a lembrar-Te que esta manhã Tu
és £3 4s 6 1/2d menor nas contas; confiando que Tu queres
dar a este pequeno problema Tua atenção imediata, pela
causa de Cristo Jesus, Amém”. Bastante seguro, quando ele
ia abrir o seu correio, haveria apenas o suficiente, às vezes
exatamente o suficiente, para cobrir esse montante.
Esta história me foi contada por um inimigo, que pensou
muito seriamente que iria para o Inferno por ser “Open”.
(Os Irmãos “Open” foram laxistas sobre a Ceia do Senhor,
deixando pessoas que nao concordavam com a Questao do
Ramsgate participar; E outras atrocidades Teológicos!)
Isso significa que os fatos eram tão inegáveis que a
“propaganda de resposta à oração” superou o “milagre de
um herético”.
Eu conheci uma poetisa de grande distinção que costumava
se divertir em romper uma conversação dizendo, “Dê-me
um franco” (ou um xelim, ou qualquer pequena quantia) e
depois seguia com seus comentários anteriores. Ela me
disse que de mais de uma centena de pessoas eu era o
segundo que deu a moeda para ela, sem observação de
qualquer tipo.
Esta foi Gertrude Stein. De acordo com Ernest
Hemmingway, ela ainda estava nisso anos mais tarde,
quando ele foi, talvez, a terceira pessoa a passar no teste.
– Motta.
Esta história – que você acha? – não é nem aqui nem lá.
Não, meus comentários raramente são asyntartete. Os
Mestres, em um estágio ou outro de iniciação – é proibido
indicar as condições – providenciam algum teste de atitude
do Aspirante em algum assunto, não necessariamente
envolvendo dinheiro. Se ele falhar, boa noite!
A própria pessoa pode pensar que ele ou ela quer
persistir no Caminho, mas gravita lentamente para longe
dele, e geralmente se esquece – literalmente – que aquela
Aspiração foi sempre uma parte de sua vida. – Motta.
[ISSO não quer dizer que você vai ser tornar Adepto por
fazer caridade. Mas a CARIDADE também faz parte do
Adeptado; isso se o que você faz for de iniciativa pessoal,
logo, um reflexo de sua Verdadeira Vontade, e não um
fantasma do condicionamento sócio-cultural em que foi
criado. Lembre-se, “bezouro”, O dinheiro é Discos, e deve
sempre GIRAR! Aproveitando, aconselho que solicitem ao
hadnu.org alguns rituais que traduzi e que existem para esta
finalidade TAMBEM importante: Dinheiro. – P.G.].
Espadas agora. As dificuldades relacionadas com este tipo
de teste são provavelmente as mais detestáveis. Mal-
entendidos, confusões, erros lógicos (e, pior, lógica
precisão do tipo que caracteriza muitos lunáticos),
dispersão, indecisão, falta de estimar os valores
corretamente – oh! – Não se vislumbra o fim da lista. Tanto
assim, com efeito, que não existe nenhum teste crítico
específico, tudo isso faz parte da rotina, e continua
incessantemente.
[Que magnifica dica a quem esta tentando entende sua
natureza individual, os quatro elementos e sua relação com
tudo isso, e principalmente as ditas “Ordálias Cegas”! –
Que de ‘Cega’ não tem nada...- P.G.]
Bem, há apenas um. Sem aviso uma decisão de importância
crítica tem de ser feita pelo candidato, e a ele é dado tantos
minutos para dizer Sim ou Não. Ele não recebe uma
segunda chance.
Mas devo avisá-la de uma desgraça particular. Você sabe
que as pessoas de baixa mentalidade assombram fortuna –
escrutinadores de igual calibre, mas com a mais baixa
astúcia. Eles realmente não querem saber o futuro, ou obter
aconselhamento; seu objeto real é persuadir algumas
supostas “autoridades” para lisonjear-los e confirmá-los
em sua loucura e estupidez.
É a mesma coisa com uma porcentagem assustadora das
pessoas que vêm para "ensinar" e "iniciar". No momento
em que eles aprendem qualquer coisa que não sabiam antes,
eles arvoram fora num temperamento! Tão logo se torne
evidente que o Mestre não é um pedante da classe média
estúpida e hipócrita - outra edição de si próprios, em suma
- eles ficam assustados, eles ficam horrorizados, eles fogem
para longe com seus dois pés, como o homem na Bíblia! Eu
tenho visto as pessoas voltarem para a barriga do peixe
com a face pálida, e chegarem perto do desmaio imediato,
quando amanheceu sobre elas de repente que magick é uma
coisa real!
É tudo além de mim!
Às vezes é meramente o choque de ser subitamente
confrontado, na prática, com um conjunto de
circunstâncias que anteriormente tinha-mos admitido
apenas como uma hipótese de trabalho. Muitas pessoas
sonham com dragões constantemente, mas imagine que a
Sra. Anne McCaffrey, por exemplo, poderia desmaiar se,
indo para um passeio, ela encontra um dragão
bronzeando-se em seu caminho. Depois do primeiro
choque, um ajuste – ou foge de Magick para sempre. Nem
todo mundo tem a coragem indomável de Crowley. –
Motta.
[A referida dama foi escritora de Ficção Cientifica
‘fascinada’ por dragões... - P.G.]
Taças: nós estamos muito mais definidos novamente. O
grande teste é tão bem conhecido, e os contos já
publicados, que isto pode ser indicado claramente aqui. No
início de sua carreira, o Aspirante está exposto às seduções
de um Vampiro, e alertado da devida forma e na época
devida.
“Durma com A, B, C, D, E e F, meu rapaz, e os nossos
sinceros votos! Mas não com G, em qualquer caso, um
perigo para o seu trabalho!”
Então ele sai com G, sem um segundo de hesitação. Este
teste pode ser prolongado; a letalidade e a sutileza do
perigo têm sido reconhecidas, e ele pode ter meia dúzia de
alertas, quer seja direta ou brotando de suas relações com
ela. E a pena não é tão drasticamente final; frequentemente
ele sai com um termo de servidão penal.
Erroneamente chamado de “Casamento” e/ou
“Paternidade”. – Motta.
[Se fosse algo tão “nefasto”, Crowley não teria insistido
tanto nisso, não é mesmo? Além do que, para concluir,
qualquer coisa que desfoque sua lente da Grande Obra
pode ser tal Ordália. Exemplo: um amigo que lhe leva para
“relaxar” e curtir a noite, após um longo e duro dia de
Asana muito mal feito; Mas isso já são Ordálias da mais
astuta sutileza! – P.G.].
Por outro lado, o Aspirante pode detectar a primeira dica
porque os Mestres acham que a mulher em particular é um
perigo, e age pronta e decisivamente como ele deveria, é
secretamente marcada como uma espada de têmpera muito
fina mesmo!
Tais, claro, não são os agraciados com cognomens como
‘Hymeneus Alpha’. - Motta.
O resto das Ordeals de Taças consiste na maior parte das
estimativas progressivas da qualidade de devoção do
Postulante para com o seu trabalho; não há, como regra
geral, qualquer coisa particularmente espetacular ou
dramática nas mesmas. Se você mantiver as seus Saudações
e Adorações e todos esses mnemônicos, não é provavel que
vá muito longe ao erro.
Bastões: é obviamente uma pura questão da Vontade. Você
vai descobrir como prosseguir por sobre obstáculos de
diferentes graus de dificuldade confrontando você, e o
caminho do qual você lida com eles é a mais cuidadosa
vigilancia. O melhor conselho que posso dar é lembrar que
há pouca necessidade do método do Touro-em-uma-Porta,
embora deva sempre estar pronto na reserva; não, a melhor
analogia é o jogo de floretes. Força elástica. A guerra nos
mostra.
Isso parece cobrir a sua pergunta mais ou menos; porem
não esqueça que isso depende de si mesmo quanto das
qualidades dramaticas colorem o seu Caminho. Suponho
que eu tive a sorte de ter feito uso de todas as tradicionais
armadilhas; mas é sempre possível fazer um “casaco de
muitas cores” fora de um montão de trapos.
Dependendo, normalmente, da qualidade do tecido. Mas
nisto como em tudo “há um fator inifinito e
desconhecido” – Motta.
Para mostrar que você teve Chaucer e John Bunyan – sim, e
Laurence Sterne: exibindo o trazeiro, James Thomson (BV)
não disse nada de Conrad e Hardy. Nem me deixa esquecer
“A Nata do Gracejo” e “O Rebite no Pescoço do Avô” do
meu amigo, James Branch Cabell.
Então, agora, justa damozel, cavalgue teu palafrém, e fuja
para as Montanhas de Magick!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
P.S.: Um perigo que eu tinha propositadamente passado,
pois não é provável que venha no seu caminho. Mas, uma
vez que outros podem ler essas cartas –
Alguns, e esses os homens de maior promessa, muitas vezes
de grandes conquistas, são tentados pela traição. Ao
adiquirirem um “complexo de Judas”, pensa em como seria
esplendido se viessem destruir a Ordem – ou, pelo menos,
derrubar o Mestre da sela.
Esta é, obviamente, um absurdo em si mesmo, porque se
eles houvessem cruzado o abismo, eles iriam entender por
que isso é impossível. Seria como a “destruição da
electricidade”, ou “desmascarar” a Vênus de Milo. O
máximo de sucesso possível em tal operação seria se tornar
um "Irmão Negro", mas o que acontece na prática, até onde
vai minha experiência, é a dispersão completa das
faculdades mentais totalizando em suicídio; eu poderia citar
não menos do que quatro casos em que o real
autoassassinato físico foi o resultado direto.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta LXXV:The A.'.A.'. and the Planet>>
Carta 76: Os Deuses: Como ePorque Eles Sobrepõem
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Sua ultima carta.
Estou feliz: isto mostra que você tem colocado algo de
genuíno no trabalho original. Resultado! Você faz uma
observação muito perspicaz, você tem notado a forma
curiosa em que os Deuses parecem sobrepor-se. Não é o
mesmo (você aponta) com os Anjos. Em nenhum outro
sistema nós vamos encontrar um paralelo...
Isso não é correto; mas desde que nós temos sido
pirateados o suficiente, não irá mais para ele neste
momento. – Motta.
...para as Criaturas Viventes, Moventes, Aladas, Serpentes
Ardentes, com essas quase humanas coortes como Beni
Elohim que gerou filhos sobre as mulheres, a quem a
Cabala nos introduziu. O Beni Elohim é realmente uma
exceção, há o Incubus e alguns do Povo das Fadas, bem
como certos Deuses e semi-Deuses, que agem assim,
paternalmente. Mas você tem razão no essencial. Os
Árabes, por exemplo, tem “sete céus” e sete ordens de
Anjos, e também Jins; mas as classes não são de forma
idêntica. Isto, apesar de certos Arcanjos, notavelmente
Gabriel, aparecem em ambos os sistemas. Mas, em seguida,
Gabriel é um individuo definido, uma pessoa – e este fato é
a chave para o seu quebra-cabeça.
Ele quer dizer que o Gabriel de Mohammed é uma pessoa,
não que Gabriel , o Anjo ou Arcanjo da Cabala é,
necessariamente, o Gabriel de Maomé. “Um Rei pode
escolher sua vestimenta como ele quiser, não há teste
certo”. – Motta.
Pois, como já expliquei em uma carta prévia, Deuses são
pessoas: macrocosmos, e não meras colocações dos
elementos, planetas e signos como a maioria dos anjos,
inteligências e espíritos. É interessante notar que Gabriel
em particular parece ser mais do que um destes; ele goza do
privilégio divino de ser ele mesmo. Entre você e eu e o
pilar, eu suspeito que Gabriel, o que deu o Q'uran a
Mohammed, foi na realidade um “Mestre” ou mensageiro
de alguma dessas pessoas, mais ou menos como Aiwass
descreve a si mesmo como “... o ministro de Hoor-paar-
kraat”. AL I, 7) Seu nome implica algo como uma função;
pois G.B.R. é Mercúrio entre as duas Grandes Luzes, Sol e
Luna. Isto parece significar que ele é algo mais do que um
arcanjo lunar ou terrestre; como ele parece ser em 777.
(Existe agora! Esse era o meu espirito maligno particular, o
Demônio da Digressão. De volta aos nossos Deuses!) O
777 si, para não falar do “The Golden Bough”, e o Bom
Deus sabe quantos outros monumentos semelhantes de
lexicografia (pois esses realmente são poucos) são o nosso
livro-texto. Nós somos fadados a notar uma vez que os
Deuses simpatizam, correm um para o outro, coalescem
muito mais perto do que quaisquer outras Ordens de Seres.
Não há realmente muita coisa em comum entre um chacal e
um besouro, ou entre um lobo e uma coruja, apesar de
serem agrupadas respectivamente sob Peixes ou Áries. Mas
Adonis, Attis, Osiris, Melcarth, Mithra, Mársias – toda uma
série deles vem tropeçando para fora da língua. Todos eles
têm histórias; seu nascimento, sua vida, sua morte, sua
subsequente carreira; tudo vai naturalmente com eles
exatamente como se eles fossem (digamos) um conjunto de
guerreiros, pintores, nada soberbamente humano. Nós
sentimos instintivamente que nós os conhecemos, ou pelo
menos sabemos algo sobre eles no mesmo sentido em que
sabemos sobre nossos cocidadãos, homens e mulheres; e
que é uma sensação que nunca ocorre tanto quando
discutimos sobre Arcanjos. A grande exceção é o Sagrado
Anjo Guardião; e isso como eu tenho mostrado em outra
carta é exatamente pela mesma razão; Ele é uma Pessoa, um
indivíduo macrocósmico. (Não sabemos sobre o seu
nascimento e assim por diante, mas isso é porque ele é, por
assim dizer, um Deus privado; ele só aparece para o mundo
através de alguma referência a ele pelo seu cliente; por
exemplo, o gênio ou Augoeides de Sócrates).
Vamos ver como isso funciona na prática. Considere Zeus,
Júpiter, Amon-Ra, Indra, etc, nós podemos pensar neles
como pessoas indenticas como conhecidas e descritas pelos
Gregos, Romanos, Egípcios e Hindus; eles diferem assim
como o Mont Cervin difere do Monte Silvio e do
Matterhorn.
(Eles são obrigados a parecer diferente, porque a montanha
não parece a mesma de Zermatt como é a partir de
Domodossola, ou mesmo como é vista por um Franco-
Suíço e um Alemão-Suíço). Da mesma forma, ler a vida de
Napoleão escrita por um de seus marechais, por Michelet
(um Republicano fanático), por Lord Rosebery, por um
Russo patriótico, e por um poeta e filósofo Alemão:
dificilmente alguém acreditará que o assunto de qualquer
dessas biografias é sobre o mesmo homem.
Mas sobre certos pontos a identidade é obrigada a
transpirar; mesmo quando lemos da sua clássica derrota e
esmagamento em Waterloo pelos Belgas, o homem é
detectado. Transferindo a analogia para os Deuses, é então
aberto para nós a supor que Tahuti, Thoth, Hermes,
Mercúrio, Loki, Hanuman e todo resto são idênticos, e que
a diversidade do nome e séries de façanhas são devida
apenas aos acidentes de tempo e espaço. Mas é pelo menos
igualmente plausível sugerir que esses Deuses são
diferentes indivíduos, embora de uma idêntica Ordem de
Seres, características e funções. Muito como se alguém
tomasse Drake, Frobisher, Raleigh, Hood, Blake, e Rodney
Nelson, como podem ser vistos através das névoas da
história, tradição, lenda e simples mitopéia. Adicione
alguns nomes não Inglêses, e nossa posição é extreitamente
emparelhada. Pessoalmente, eu inclino-me para a segunda
hipótese; mas seria difícil dizer o porquê, a não ser que
seja porque eu sinta que identificá-los completamente seria
reduzir sua estatura a de personificações de várias energias
cósmicas.
A História confere seu peso para minha opinião. Quando as
escolas filosóficas, incapazes de refutar a acusação de
absurdo dirigida a devotos ortodoxos, que acreditavam que
Marte realmente gerou a Rômulo e Remo em uma Virgem
Vestal, explicou que Marte não era mais do que o instinto
marcial, e a Virgem um tipo de Pureza, sua fé declinou, e
com isso a Virtude Romana.
Nosso colega Martin P. Starr, que foi um dos membros da
O.T.O. que generosamente concordou em revisar este
livro, nos enviou uma nota no sentido de que a mãe
adotiva dos gêmeos, uma loba, entretanto também pode
significar uma prostituta, uma vez que “Lupa” carrega
esse duplo significado. Mas isso meramente enfatiza a
arquetípica e espiritual identidade da Virgem Celestial e
da Prostituta Celestial. BABALON é a mãe de todos os
heróis. – Motta.
“Eduque” os filhos do Coronel Blimp e teremos a
“intelligentsia” de Bloomsbury. Lamento muito sobre tudo
isso; mas a vida deve sempre ser brutal e estúpida tão
longa isso dependa de animais e vegetais para alimentação.
Como restaurar a fé nos Deuses? Há apenas um caminho;
nós temos de conhecê-los pessoalmente. E isso, claro, é
uma das principais tarefas do Magista.
O leitor sério é referido para “O Trabalho Parisiense”,
“Noivos Celestiais”, “O Desperta Mundo”, “A Teoria de
Campos do Sexo” e “O Bagh-i-Muattar” em Equinox V 4
subintitulado Sexo e Religião. – Motta.
Outra observação. Sugeri que todos estes Deuses
“idênticos” são na realidade pessoas distintas, mas que
pertencem as mesmas famílias. Podemos seguir esta linha
de pensamento? Sim, mas eu vou adiá-la para uma carta
subseqüente.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 77: Vale a Pena Trabalhar:Por Quê?
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Suas observações sobre a minha carta do 0=2 são muito
aptas e animadoras – o que é se eu tiver entendido
corretamente o que você quis dizer. (Realmente, você sabe,
elas são um pouco confusas – ou eu sou!) Permite-me
enquadrar a sua pergunta, se isso for uma pergunta, nos
meus próprios termos? Sim? Certo...
O Sr. Regardie omitiu as duas últimas frases do
parágrafo acima. Possivelmente, ele as considerava
supérfluas; mas possivelmente o escritor, que poderia
escrever círculos e pensar espirais em torno do Sr.
Regardie em qualquer dia da semana, incluindo os
Sábados, significava-las como sendo parte de seu estilo;
em qualquer caso, não sentimos que o Sr. Regardie teve o
correto treinamento, nos últimos cinqüenta anos de sua
vida, para editar Moisés; THERION muito menos. –
Motta.
Você disse que eu avancei na invulnerável teoria do
Universo em linguagem filosófica e matemática, e você
supõe (sublinhado três vezes, com dois pontos de
interrogação) que se podesse, com um grande esforço,
deduzir daí razões perfeitamente boas para uma inabalável
contemplação de seu umbigo, ou o desempenho de danças
estranhas e a vibração de nomes misteriosos. Mas o que
você irá dizer (você pergunta) para o Zé-Niguem-sobre-a-
Boulevard, para o homem do mundo que vem adquirido um
conhecimento perspicaz da Natureza, mas não encontra
nenhum guia racional para conduzir a vida. Ele observa
muitos elementos insatisfatórios na forma como as coisas
acontecem, e para seu próprio beneficio gostaria de
“remodelá-las em conformidade com o desejo de seu
coração”, para renovar o clichê de Fitzgerald sobre “este
triste esquema das coisas”. Ele não está minimamente
interessado na exposição aprendida de 0=2. Mas ele está
ciente de que a A�A� professa uma boa solução do
problema de conduta e gostaria de saber se esse programa
pode ser justificado em termos de Senso Comum.
Como ele teria sorte, apenas há algumas semanas atrás eu
fui convidado a discursar para um grupo de somente tais
pessoas – e eles me deram três quartos de uma hora de
aviso. Foi realmente mais como dez minutos, como o resto
do tempo foi por encomenda de carta escrita e postagem,
que poderia de modo algum ser adiada.
Então eu tive que inventar uma jogada adequada, uma que
fosse impiedosamente excluída de qualquer toque de
sutileza, ou qualquer suposição de conhecimento prévio do
assunto por parte do público.
Eles se soltaram. Pela primeira vez na história, os leigos
eliciaram perguntas inteligentes e relevantes. Havia apenas
três tolos no escore cinco pessoas ou mais presentes, e
estas (naturalmente!) eram apenas aquelas pessoas que
afirmaram ter estudado o assunto.
O que segue é um esboço do meu argumento.
Eu comecei por apontar que a Natureza exerce várias
formas de Energias, que não são diretamente observáveis
pelos sentidos. De fato, a História da Ciência nos últimos
cento e cinqüenta anos ou mais têm consistido
principalmente na descoberta de tais tipos, com suas
analises, mensuramentos, e manipulações. Há toda razão
para supor que muitas dessas ainda seram descobertas.
[Atualmente a febre é a tal Particula de Higgs, na época em
de Crowley era o Ether, que seria onde os universos, já
previstos como “finitas bolhas” de absurdas proporções,
estariam “flutuando”. Mas veja-se a “Visao de Pisca-
Piscas” de Crowley...... – P.G.]
Mas o que em nenhum caso foi observado é qualquer traço
de vontade ou de inteligência, exceto por meio de algum
aparato envolvendo um sistema nervoso e cerebral.
Neste ponto eu quero principalmente chamar atenção para
certas espécies de animais (abelhas e cupins são casos
óbvios), onde uma consciência coletiva parece existir,
desde que a comunidade funciona como um todo de forma
evidentemente intencional, mas as unidades de que a
comunidade é composta nem mesmo completam a si
mesmas. (Não existe lá série alguma de vermes, cada sub-
tipo só capaz apenas de subsistir com o excremento de seu
preservador.)
[Emile Durkheim, o Sociologo, tem um livro que foca bem
isso, “Da Divisao do Trabalho Social”. – P.G.]
Depois, há os fenômenos da psicologia das massas, onde
uma multidão alegremente combinada realizam atos que
poderiam horrorizar qualquer indivíduo. E não é a
psicologia superior à estranha e interessante “partouse” –
esta é um pouco mais, em meu julgamento, que uma
“spinthria”.
Em todos esses casos a consciência operativa não reside
em uma única pessoa, como poderia se arguir quando um
orador “leva embora” seu público. Mas estas observações
têm desviado um tanto da linha principal de argumento.
Meu ponto mais importante é insistir que mesmo com as
formas mais familiares de energia, o homem quase sempre
não tem feito nenhum trabalho criativo. Ele descobriu,
examinou, mediu (um tanto desajeitadamente) e usou, mas
em nenhum caso ele entendeu, e muito menos explicou, as
causas dos fenômenos. Às vezes, ele nem sequer pode
conciliar diferentes “leis da Natureza”. Assim, encontramos
J.W.N. Sullivan exclamando: “A aventura científica ainda
pode ter que ser abandonada”, e para mim, pessoalmente,
ele confessou que “Pode ainda acontecer que a abordagem
matemática à realidade poderá ter de ser suplantada pela
Mágica”.
Mas a abordagem tem sido sempre Mágica; Matemática
tem sido usada para traduzir os resultados em uma
percepção intelectual, nada mais. É apenas nos últimos
cem anos que suficiente avanço tem sido feito na
matemática para que possa ser usada como uma
ferramenta de pesquisa primária; mesmo assim, as suas
conclusões devem ser verificadas por experiência em
cada passo, e o impulso, ou sugestão, ou suspeita, ou
tendência que leva a mente matemática de trabalhar
sempre vêm de um nível totalmente diferente de
consciência: aquela da qual os místicos, mágicos e
Teurgistas falavam tão confusamente antes de Aleister
Crowley vir e praticamente inventar uma linguagem que
possa comunicar as percepções da experiência espiritual
para a mente do cientista puro. – Motta.
Agora ao Natural isto pula naquela Vontade e Inteligência
que estão por detrás dos fenômenos. Meu velho amigo e
colega Professor Buckmaster, que escreveu um livro sobre
“Sangue” o qual, ele admitiu, não poderia ser
compreendido por mais de seis pessoas, me disse que a
engenhosidade da estrutura do rim humano “quase
amedontrou” ele.
Contudo, desde que o atrito natural de uma forma de vida
contra a outra – a “maldição” dos Aethyrs – tem sido
capaz de experimentar e adaptar-se por mais de um
bilhão de anos, por que deveria ser surpreendente que o
resultado se pareça com uma grande ingenuidade? Seria
muito mais surpreendente se isso não acontecesse.
Considerando que a espécie humana tem, tanto quanto
sabemos, pelo menos, um milhão de anos, e considerando
o quão estúpido o ser humano médio é, deve-se pensar
que qualquer que seja a Intelligencia “Criadora de
forma” deve estar continuamente voltando para o
laboratório tentando melhorar o produto, a menos que
queira dobrar-se diante a competição de seus rivais mais
empreendedores... Mas talvez, no último momento, possa
apelar para o Governo, como a Chrysler. Ou pelo menos,
assim como a esperança do Crististas – não se pode dizer
que eles pensam. – Motta.
No entanto, em toda a Natureza não há qualquer vestígio de
qualquer propósito tal como a mentalidade humana possa
compreender. Novamente, o propósito aparente muitas
vezes parece estar confuso. Darei um exemplo. A evolução,
que trabalha por milhares de anos para estabelecer o mais
sutil esquema de fertilização cruzada, encontrava, assim
como era perfeita, condições tão alteradas que foi
completamente inútil
Como o Continental Lincoln, alguém supõe. Oh bem. Só
que eu sinto que o dinheiro público aplicado no resgate
dos dinossauros de Chrysler teria sido melhor aplicado
dando ajuda militar aos rebeldes Salvadorenhos, por
exemplo; ou para os cidadãos Americanos em si. Chrysler
estava morrendo por sua própria estupidez, e muito
provavelmente ainda vai seguir o caminho de todas as
bestas irracionais. Especialmente se Reagan não for
reeleito. – Motta.
A “lei de causa e efeito” em si tomou um golpe mortal
quando Hesinger mostrou que a velha fórmula “Se A então
B” era inválida, e deve ser alterada para “Se A, então B ou
C ou D ou E ou...”
Mas pelo menos sabemos que bastantes fenômenos fazem
certo de que Vontade e Inteligência não existem de forma
alguma além de qualquer sistema nervoso e cerebral do
qual somos conscientes, e que estes devem ser de um tipo
que transcende a nossa consciência humana como faz
aquela de uma lapa ou um líquen.
Este ponto é passível de debate, mas apenas por alguém
que tenha alguma experiência sobre a matéria. Esta
observação é colocada aqui para o benefício de
observadores científicos. – Motta.
Conclui-se que de alguma forma, em algum lugar, deve
haver “deuses” ou “Mestres” – o nome que você quiser. E,
eu suponho, é o que você pode chamar de a premissa maior
do meu silogismo.
A menor, confesso, não é tão “apodeictic”. Ninguém, eu
suponho, esta indo apontar orgulhosamente para o presente
estado das coisas humanas, como prova de que estamos
todos ficando mais sábios e mais nobres a cada minuto,
como as pessoas faziam setenta anos atrás. (Eu fui criado
na fé que a rainha Victoria nunca morreria, e que Consols
nunca iriam abaixo da paridade).
O Sr. Regardie cortou a ultima setença do paragrafo
acima. – Motta.
De cara, cada um pode suspeitar que a maioria dos homens
bem instruídos não esperam nada além de que a História se
repita, e nossa civilização siga o caminho de todas as
outras cujas ruínas nós cavamos em todos os quadrantes da
terra.
O Sr. Regardie amputou o próximo paragrafo. – Motta.
(Nossa própria destruição pode ser mais completa do que a
deles, pois a maioria dos monumentos à nossa inteligência,
sobriedade e indústria são feitas de aço, e desapareceria
em poucos anos após a quebra.)
Bem, se temos que esperar pela calamidade, e pela a
evolução para começar tudo de novo em um número de
séculos – com sorte! – uma coisa pelo menos é bastante
certa: não podemos fazer nada sobre isso. Qualquer forma
de atividade deve ser tão fútil e tão tola quanto qualquer
outra; e a única filosofia sensata deve ser “Vamos comer e
beber porque amanhã morreremos”.
Existe uma alternativa concebível?
Bem, considere a causa do iminente colapso. É muito
simples: o Conhecimento é livre, sem o controle da
Vontade e da Inteligência. (Como claramente a Cabala
afirma e demonstra essa doutrina! Mas eu não devo ser
impertinente; deixe-me apoiar o Bom Comum!)
O Sr. Regardie considerou necessário fazer uma excisão
na ultima frase no paragrafo acima! – Motta.
Agora, essas qualidades em nós tendo falhado para medir
até a situação do mundo, uma esperança permanece; entrar
em comunicação estes “deuses” ou “mestres”, cuja
existência foi demonstrada em minha Premissa Maior e
aprender com Eles.
Mas isso é possível?
Tradição e experiência se unem para afirmar que é assim;
além disso, várias formas de técnicas para realizar isso
estão à nossa disposição. Isto é o que é chamado de A
Grande Obra; e é abundamente claro que não vale a pena
buscar qualquer outro objetivo.
Muito para argumentar; sera aceito prontamente que para
po-la em prática irá precisar de um Alfabeto, uma
Gramática e um Dicionário. Siga os Axiomas, os
Postulados, os Teoremas; finalmente, os Experimentos.
E é isso que todas essas cartas são.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666.
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - CartaLXXVIII: Sore Spots>>
Carta 79: ProgressoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Você certamente tem que ter uma medalha de borracha
indiana para sua persistência: esta é a enésima vez que
você tentou me pegar me contradizendo.
Uma medalha de “borracha da índia” porque, se ela
tivesse algum senso, usaria sua persistência para algo
mais útil, como melhorar a si mesma. Cf. O Livro das
Mentiras, cap. 40. – Motta.
Bem, então eu faço, e devo, cada vez que eu fizer qualquer
declaração que seja, como fôra mostrado várias vezes nesta
pequena permuta tagarela de opiniões. Mas não é isso o que
você pensa.
Você diz – permita-me condensar a seu mais do que um
tanto tautológica, pleonástica, prolixo, difusa e incoerente
elocubração! – que a idéia inteira da Grande Ordem é
baseada na fé no Progresso. A doutrina de sucessivas aeons
não é nada além disso. O sistema do treinamento não é nada
além disso. Nada, de fato, é algo além disso. Maugr, isto e
despeito disso (você continua, com um vislumbre enganoso
no seu olhar) eu estou lançando eternamente para abaixo o
jarro inteiro – um castelo construído pelas minhas reflexões
cínicas. (Alguém – a Anthony Hope em um momento lúcido,
penso – disse que o cinismo é sempre uma confissão do
fracasso – ‘uvas azedas’.)
Os dois parênteses acima foram omitido por Regardie. –
Motta.
Talvez, por algum tempo. Mas a explicação é muito
simples, e você deveria ter sido capaz de pensar por si
mesma. É uma questão do “Universo de Discurso”, da
Perspectiva. Um engenheiro pode jurar ser um ultra-
fuzileiro com um mapa cheio de erros de percalços
acontecendo diarimanete debaixo do seu nariz, mas no
jantar contar a seus amigos complacentemente que as coisas
saíram melhor do que ele jamais esperou.
Assim sendo, minhas zombarias são direcionadas a
incidentes; mas meu coração verdadeiramente está fixado
na grande espiral.
Ao mesmo tempo, estou feliz por você dizer; este é um texto
para um pequeno sermão que eu tinha em mente há um longo
tempo sobre as condições do progresso.
O número Um é obviamente Irregularidade, Excentricidade,
Desordem, o Espírito Revolucionário, Experimento.
Não tenho qualquer paciência com traficantes de Utopia. A
biologia simplesmente grita para nós que uma feliz e
satisfeita comunidade, em que há cada um com o seu
próprio trabalho (muitas vezes altamente especializado),
onde ninguém tem necessidade, ninguém está em perigo, é
necessariamente estagnada. Cupins e outras formigas,
abelhas, castores; estes e muitos outros têm produzido
sistemas perfeitos. Qual é a primeira característica?
Estupidez. “Onde não há visão, o povo perecerá”.[Uma
ligeira alteração de Proverbios, Cap. 29, V. 18, daquele
livro imundo, claro! – P.G.] O que é que o Cupim Lutador
vai fazer depois que ele for bloqueado fora de sua casa?
Nenhuma dessas comunidades possuem qualquer recurso
contra qualquer alteração imprevisível e desfavorável das
circunstâncias. (Nós parecemos um pouco com isso, só
que agora no final de 1944 e.v.). Nem qualquer um deles
mostram qualquer conquista; tendo levado até o fim as suas
forças biológicas, estes ficam de fora, sem um objetivo,
uma idéia, um esforço. A sanguessuga, uma praga
insuportável em seu tapete – ela matou o tigre, o
rinoceronte, qualquer coisa com uma narina! – é a maldição
de nossa estação militar em Lebong – ou foi quando eu
estava lá. Em Darjeeling, a poucas centenas de metros mais
acima, é um diabo! Elas não têm ninguém para pensar:
agora como podemos florescer mais acima? Aquela velha
esperença abandona a Senhorita – Rapazes – e quão grande
são as suas narinas! Então – como?
[Eu particularmente abomino os Beatles. “Imagine” para
mim é uma bad-trip com opio de péssima qualidade! Mas
esperar o que de um grupo de “Beatles”? Essa canção,
entre outras, tornaram-se o Hino dos covardes, imutáveis e
imbeceis conformistas. Eu não quero uma sociedade
imaginaria onde todos são Thelemitas, adeptos ou o cacete
a quatro. Eu quero é essa divergência maldita,
desiquilíbrio, instabilidade! Só em um campo assim que se
consegue evoluir, mas fazer o que se nem todos os que
anseiam o Adeptado na A.:A.: se importam em
compreender uma das mais importantes ciências de fora do
Templo, a Biologia. Já citei a importância desta em seu
mais profundo expositor em outras cartas.
É neste campo de diversidade, conflito, martírio, covardia,
assassinatos, genocídios, derrotas e toda sorte de praga que
você se conhece, e se fortalece! Então, para de chorar seu
bundao... – P.G.]
Considere por um momento o nosso próprio Império. Como
foi que se espalhou por todo o planeta? Isto foi a lógica
imaginativa, a audácia, a hábil adaptabilidade do
Aventureiro que criticou a estrada.
O ensolarado Socialista sorri seu sorriso superior e
condescende em nos instruir. Esse foi um infeliz, embora
talvez às vezes necessário, estágio na perfeição da
Sociedade.
Alguma coisa naquilo. Mas há outros tipos de Aventura.
Minha imaginação não pode definir limite algum para as
possibilidades da Ciência, ou da Arte: a nossa própria
Grande Obra é evidência disso.
No domingo passado examinei uma entrevista com o menor
desses cérebros ruminantes – pobre velho, querido senhor
G. para o gagá Bernard Shaw.
O artista, disse ele, era um caso especial. Ele deve ter um
bom e fácil trabalho, três ou quatro horas por dia, e ser
livre o resto do dia para devotar-se à sua Arte. Admiro-me
quanto do seu próprio trabalho teria visto a luz do dia se
ele tivesse sido atado como algum robô bobo, sua alma –
assassinada, os nervos – esmagados, sua mente –
enfurecida pela rotina do emprego até mesmo por meia hora
de expediente! Quando estou em uma parte do trabalho, eu
invejo o horário do almoço; que quando é feito, eu preciso
do relaxamento absoluto da ociosa luxúria.
Mas, naqueles dias de escrita destas cartas, raramente
conseguiu. – Motta.
[Claro, a maioria de seus “pupilos e pupilas” aguardavam,
ansiosamente, por sua morte para se
AUTOPROCLAMAREM herdeiros da O.T.O., soberanos
da A.:A.:, etc, etc e etc! – P.G.]
Então, qual é a Obra em si? Se a idéia for realmente ser
novo e importante, Deus o ajude com isto! Uma classe
inteira de homens afetados saltaria sobre ele como um
acorde, se por acaso eles podessem esmagá-lo como um
germe. Leia um pouco da História da Medicina! Qualquer
homem que mostra um sinal de pensamento independente é
vigiado, frustrado. Ele persiste e é ameaçado e intimidado.
Ele persiste; o motor inteiro da opressão é posto em
movimento contra ele. Então alguma coisa estala; quer eles
consigam matar ele (Ross, que derrotou a malária, quase
morrera de fome) ou fazem dele um baronete, ou um par, ou
fazem sua morte um Dia de Luto Nacional, e enterram-no no
Panteon – “auc grands hommes la patrie reconnaissante”
– como Pasteur, após uma das campanhas mais infames de
perseguição da história.
[Ou como nos dias de hoje, convertem você em terrorista,
pedofilo, homossexual, ou o que for, e tornam isso a
principal manchete de jornais e programas
sensacionalistas... – P.G.]
Ele tinha percebido esta verdade fundamental e a ironia
mortal disto no início de seu trabalho, como é claro a
partir do conto “A Ordália de Ida Pendragon”. Assim,
ninguém pode acusá-lo de falsas esperanças de seus
compatriotas, ou da querida e velha Inglaterra. – Motta.
Então, é claro, o entretenimento deve ser padronizado. Isto
custa dinheiro para produzir; e quem vai produzir algo que
só pode ser apelo para muito poucos – para ninguém, em
breve, se esses suínos conseguirem o que querem. Então, se
isto é novo, é original e merece alguém de valor, ele deve
ser ignorado.
Além disso, sendo novo e incompreensível para a maioria
de Nós, ele pode ser perigoso, e deverá ser suprimido.
Em toda a literatura eu não conheço páginas tão
aterrorizantes quanto ás do Sr. Amberthwaite, no Louis
Marlow, que descrevem seu sonho. Eu gostaria de poder
citá-lo, com o Sinai como orquestra; nunca importa, lê-lo
novamente. E nós estamos no caminho – longe no caminho –
para isso!
Agora, obviamente, a educação robótica, livros robótico
recheado por professores robotizados, teram feito
maravilhas com a ajuda do Bovino bem-estar para produzir
uma raça de meninos robôs.
[Isso é uma profecia que se cumpriu. Veja-se a qualidade
de ensino, que já não era das melhores nos anos 30, mesmo
na Inglaterra, com as atuais e inúteis reformas pseudo-
educacionais, que somente produzem bípedes cada vez
mais anacéfilos. No passado você poderia ser um pessoa
de péssima formação por ter tido um ambiente repleto de
péssimos livros, ou o que quase pior, nenhum. Hoje os
gurus são virtuais. Bem vindo a Matrix! O valor humano na
busca, na entrega, na descoberta se perdeu. Constantemente
temos as pessoas sendo massacradas com informações as
quais não param sequer para avaliar, dissecar, e julgar sua
utilidade ou não. O mesmo se refere ao caminho iniciatico.
Eu lembro de meses de procura por um livro, Zanoni, que
so me serviria em suas primeiras edicioes, pela qualidade
da tradição. Então lia-se, e relia-se, e memorizava-se, e
acima, buscava-se uma dica, uma pista dessa escola dos
Misterios Sagrados, essa Suprema Ordem do Maximo
Caminho. ISSO era A Busca. Hoje, toda essa “magia” –
mesmo que romântica – se perdeu, quase que por completo.
É difícil hoje manter as coisas a moda antiga, mas também,
é difícil hoje se forjar um Neofito a moda antiga – sic! –
P.G.]
Toda independência, toda imaginação, todo o espírito de
Aventura, terá sido triturada e suavemente vomitada chão a
fora por este motor medonho. Mas –
A natureza não é tão facilmente batida; alguns meninos e
meninas, de alguma forma escapam, e quer por instinto ou
por observação, tem a sensatez de manter segredo. Agora
qualquer que seja o seu próprio gênio peculiar que eles
podem selecionar como sua linha de ação, eles vão
perceber que nada ainda de qualquer forma é possível
enquanto o sistema estiver amaldiçoado. Seu primeiro
dever é a Revolta. E logo alguém virá junto com o juízo e a
vontade e a arma, e levará a bolsa inteira de truques
condenáveis até os céus.
Tivéssemos nós mesmos nos ocupado disso enquanto ainda
é possível voltar a liberdade sem o derramamento universal
de sangue.
“Tudo bem, Mestre, você venceu! Agora nos dê a sua
própria idéia de Utopia.”
Uma Utopia para acabar com as Utopias? Muito bem, então
lá vou eu. Educação, para começar; bem, você teve tudo
isso em outra carta. A principal coisa para lembrar é que eu
quero que cada indivíduo ensinado como tal, de acordo
com as suas próprias qualidades especiais. Então, ensinar-
lhes ambos os lados de cada questão: a história, por
exemplo, como um jogo de forças econômicas, assim como
é a intervenção da Divina Providência, ou do “Desporto”
dos gênios: e assim para todo o resto. Treiná-los para
duvidar – e ousar!
[Por Zeus, podesse eu recitar Nietzsche aqui! Costumo falar
entre os “mais seletos” que Aleister Crowley foi a “A
Besta 666” e Friedrich Nietzsche o “Falso Profeta” que
professou sua vinda...e de fato! – P.G.]
Então, de alguma forma, um largo número dos mais
promissores rebeldes deve ser selecionado para levarem
uma vida de luxo e de lazer. Que cada país, por força de
honrar suas antigas tradições, sejam o mais diferente
possível de todos os outros. Restaure a “Grand Tour”, ou
melhor, o Inglês errante do Século Dezenove. Confia-lher
com os segredos da disciplina, da autoridade, ou poder.
Miseria e perigo na medida certa: e responsabilidade.
Uma grande parte desse material vai ser tão repugnante
desperdiçado como o foi no passado; e haverá muito abuso
de privilégio. Mas isso deve ser permitido e permitirá;
nenhum dano muito grande resultará, assim como a erva
daninha, a fraca vontade e viciosa vontade os eliminará.
Por favor note que o significado de “fraco” aqui é
simplesmente “aqueles que não são fortes o suficiente
para não abusarem dos seus privilégios”. – Motta.
O ouro puro nos retribuirá 10 mil vezes. Você pede
exemplos? Com nós, os períodos Elisabetano e Vitorianos
se destacam. O que mais se queria era oportunidade e
recompensa. Sob Victoria havia alguma – prova o falecido
Samuel Smiles Esquire, D.D. (não era isso?) – mas não o
suficiente, e o Industrialismo, a mãe e enfermeira do
Socialismo, estavam destruindo a alma do povo.
Agora, por favor note que isto não era devido às
inovações tecnológicas em si, mas à aplicação dos
costumes e preconceitos do velho Aeon, juntamente com a
estupidez e a ganância egoísta das classes dominantes, as
condições totalmente novas na história da humanidade. –
Motta.
[Uma pena os comentários do Motta não serem sempre
nesse nível sublime... – P.G.]
Em minhas observações não muito maternais sobre o amor
de Mãe, foi incluída a substância de um sábio ditado do
meu louco animal de estimação Americano “Você não
consegue superar sua biologia”. Isso é tão verdadeiro e tão
desanimador, que me desperta para o combate. Nós
devemos para sempre estarmos ligados ao inconveniente
hábito das marrãs e repolhos? Eu pego a luva.
[Marrã é uma porca, nova, recém-desmamada. A luva que
ele cita é a de “Boxe”. Como vocês sabem, Crowley foi
pugilista amador,e dos bons! – P.G.]
Não é Aldous Huxley que diz que em algum lugar algumas
espécies ou outras nunca podem desenvolverem poderes
superiores porque seu cérebro está encerrado por sua
carapaça? Eu pensei isso também, há muito tempo, e fui
para intermináveis conferencias com meu velho amigo, o
Professor Buckmaster; eu queria estender o cérebro
cirurgicamente para produzir os fenômenos da Yoga. Além
disso, eu quis saber o que aconteceria se nós cunhacemos
as secções do crânio no, ou logo após, o nascimento, de
modo a impedi-los de fechar dando ao cérebro uma chance
de crescer.
Uma idéia interessante, mas biológicamente difícil;
também, considerando o fato de que, atualmente a
maioria dos homo sapiens utiliza apenas um quinto da
capacidade total do seu cérebro, um possível desperdício
de tempo e energia. Talvez algum dia isso seja tentado em
um laboratório, especialmente com o maior conhecimento
sobre os hormônios do crescimento, e do próprio cérebro.
A análise computadorizada pode ajudar. No entanto,
neste ponto da história, experiências com crianças recém-
nascidas seria uma invasão intolerável de sua
privacidade. – Motta.
[Tava demorando pra começar com esses comentários
ridículos! Crowley esta sendo irônico apenas. Já é sabido
desde a época em que Motta escreveu isso que inteligência,
ou qualquer habilidade que seja sediada no cérebro, não
tem nada em haver com o seu volume, mas sim com a
“densidade demográfica” dos neurônios e hormônios. Fico
imaginando que quem tenha sindrome de apert seja um
gênio. Eu infelizmente so conheci “cabeçudos” burros,
maldosos, e sexualmente anômalos! Além do que, se
somente se usa 1/5 da capacidade, pra que aumentar essa
porra? Pra usar 2/10? – P.G.]
Suspeito, aliás, que algo do tipo é feito na China e na
Birmânia, mas o objeto é apenas para produzir idiotas
megalocephalos como uma valiosa adição aos recursos
financeiros da família.
Através da mendicância, é claro. – Motta.
[Ou para figurar como uma atração dos famosos “Circo dos
Horrores” tão comum no fim do século 19, tal como o
famoso “Ringling Bros and Barnum & Bailey Circus”. Mas
a questão é, perceberam que desde o inicio Crowley estava
apenas sendo irônico?... – P.G.]
Eu achava que a fisiologia moderna, com seus recentes
grandes avanços no conhecimento das funções específicas
do cérebro, poderia possivelmente ter sucesso na produção
de um gênio.
Você não me surpreenderia se me disser que algo do tipo
está sendo tentado na Rússia, com esse Comunismo
modelado tão parecidamente com o de Ivan, o Terrível no
momento atual, de guerra ou não guerra!
Qui vivra Verra.
Se isto foi tentado, obviamente até agora tem sido tentado
com indiferente sucesso, para dizer o mínimo. – Motta.
De qualquer forma, tudo o que eu realmente quero que você
tenha dentro da sua cabeça “banhando o com sol ao longo
dos pequenos cachos” é que o progresso exige Anarquia
temperada pelo Bom Senso, e que o mais formidável
obstáculo é essa tal Biologia.
A experiência do Magista e do Yogi sugere que há espaço
no cérebro humano em sua composição atual para uma
expansão quase ilimitada. Pelo menos o nosso sistema de
treinamento é mais prontamente prático do que cavar a
nossa Corpora Quadragenina e plantá-la na medula de um
macaco só para ver o que virá dela. Assim sendo, coloque
para baixo essa faca de pão!
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 80: Viver é um JogoCara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Em uma ou duas – não, acho que mais, em três ou quatro –
cartas de suas mãos pelo último par de meses, você
apresentou várias desculpas para negligência, as
necessidades de sua situação económica. Você diz que
você deve ter um “trabalho regular” e uma “renda fixa” e
todo esse tipo de coisa. Minha inocente filha, aquelas
espécies de Magick são muito simples. Pegue os chifres de
uma lebre... Isso é o suficiente para o presente: eu vou te
dizer o que fazer com eles quando você os tiver.
Um astuto escárnio: como de costume entre os pupilos,
suas desculpas tinham como finalidade obter sua ajuda
Magicka para ganhar dinheiro sem trabalhar. Tem-se
esse tipo de coisa o tempo todo. – Motta.
Nós lemos em Macbeth –
“...Segurança é o principal inimigo dos
mortais”.
Mas isso é outro tipo de segurança; ela é a arrogância que
“tenta a Providência”, a insolência de pensar que nada
pode dar errado.
De qualquer maneira, não há tal coisa de segurança. A vida
é um jogo. Desde o momento da encarnação um milhão de
acidentes são possíveis. Aborto espontâneo, natirmorte; ao
longo da vida, até que seu coração bata pela última vez,
“você nunca pode dizer” ---- e então você começa tudo de
novo com a sua próxima encarnação!
(Eu gostaria de ter uma cópia de um conto meu, chamado
“Toda Precaução”. O galante jovem Uplift Expert, com
seus cem por cento de sangue vermelho, de vida limpa,
herdeiro da Eternidade, leva sua jovem noiva e contraparte
feminina para a “Velha Casa Absinto” em Nova Orleans
para mostrar-lhe os terríveis resultados da Má Conduta.
Eles estão indo para evitar tudo isso, seu filho vai ser a
Quintessência do Americanismo.
Casaram-se e tomaram uma casa de campo aos redores do
Lago Pasquaney. Atualmente, ele estando (assim disse ela)
distante numa viagem de negócios, os comerciantes
reclamaram que ela parecia precisar de muito pouco
pábulo. De alguma forma, as pessoas ficaram desconfiadas,
e com certeza; quando eles forçaram a entrada, eles
descobriram que ela o tinha em conserva como picles! Esta
história é baseada em fatos; maldito seja, por que o MS
teve que se perder?)
O MS teve que se perder, meu amigo, porque você era
perseguido pelas forças de “deus” e da “justiça”, nos
últimos vinte anos de sua vida você dificilmente tinha um
lugar para descansar a cabeça, e muito menos um lugar
para chamar de seu. Os bandidos não acabaram com o
seu trabalho na época, mas os ladrões estão acabando
com o seu trabalho agora. Testemunhe seu ex-secretário e
“aluno”, Francis “Israel” Regardie.
‘Pare o aviso’ impresso, confirmando a nota acima: O Sr.
Martin P. Starr nos informa: “Este ‘MS perdido’ foi
misteriosamente encontrado em seu caminho para a
coleção de Gerald Yorke, naturalmente”. Sem comentário
ainda. – Motta.
[Recentemente o mesmo aconteceu com um MS de Liber
AL, ele hoje deve estar sendo exibido como troféu e enfeite
de sala de algum idiota. Ops, idiota quem o presenteou,
claro! Mas acho que um exame seria interessante para
confirmar sua autenticidade, afinal, a nova “Igreja
Thelêmica” também pode fabricar seus “milagres”!
De minha parte espero pacientemente algum membro das
ORDAS, perdão, ORDOS, ou qualquer uma dessas facções
de merdas correlatas, bradar ser a RE-encarnação de
Crowley! Oh, Deus! Isso já não aconteceu na F.R.A.?!
Em matéria de imbecilidade, há cliente para tudo... – P.G.].
Mesmo o suicida não é um “pássaro morto”. Eu soube de
uma criatura que certa vez – observadores descuidados
muitas vezes confundiram-lo com um homem – tentou três
vezes, pistola, corda e veneno. Algo sempre saia errado.
(Como o assassino Babbacombe, que foi para a forca três
vezes, e viveu até ficar verde de velho!) Finalmente, ele
envenenou a si mesmo, por acidente, quando ele não tinha
intenção alguma de fazer qualquer coisa do tipo.
Sr. W.R. Barden, que trabalha para a polícia Australiana
em seu tempo livre, nos enviou o seguinte biograma sobre
o assassino Babbacombe: “John ‘Babbacombe’ Lee,
incapacitado para a Marinha Real em 1885 e.v.,
trabalhava como cavalariço para o Srta. Emma Keyes, fez
soar o alarme ao “encontrar” seu cadáver, foi condenado
à forca por seu brutal assassinato em Exeter Assizes. Seu
julgamento foi uma farsa: seu advogado não apareceu, e
Lee só foi autorizado a falar algumas palavras em sua
própria defesa. Ele foi pendurado sem sucesso três vezes
(Funcionários públicos Britânicos – mesmo os carrascos
– são notoriamente incompetentes), morreu na cadeia
mais de vinte anos depois, ainda proclamando sua
inocência. Sua “história” foi cantada por uma banda de
folk (Fairport Convention) para provar que sua “fé” e
apelo a ‘Jesus’ fez a Justiça Divina intervir. Sua
recompensa foi o Exeter Gaol para a vida.” Como é usal
quando “Deus” intervém de novo ou para qualquer
pessoa, um ser humano está envolvido. Neste caso,
supomos que o assassino era um membro da própria
classe da Srta. Keyes; que ele teve, excepcionalmente
para essa classe, rudimentos de uma consciência, e
subornou o carrasco para falhar três vezes. Talvez ele
mesmo esperasse que Lee fosse perdoado (como ele
deveria ter sido se os juízes realmente acreditassem em
“Deus”) ou deportado para a Austrália ou algum lugar
menos sofisticado; mas não ousar intervir mais
abertamente. De qualquer forma, as classes mais altas em
todos os lugares - eu incluo os ricos da América – sempre
acham mais fácil culpar um membro das classes mais
baixas pela sua própria estupidez para tirar o peso deles.
O caso clássico na tradição capitalista é ‘Jesus’, que se
supos ter sido um carpinteiro de profissão. Você não
consegue menos do que isso. – Motta.
Cadê o Livro das Mentiras? Ah, aqui estamos nós. “É Pura
Chance que rege o Universo; por isso, e só por isso, a vida
é boa”.
Então, não é mera tolice e loucura fazer planos? Não era o
Atu IX, o Eremita, também em um momento chamado de
“Prudência”? Claro. Filosofia abstrata raramente coincide
com o senso-comum. Nós devemos planejar
cuidadosamente como nós podemos; mas devemos sempre
deixar uma margem para cada acidente concebível.
[O capitulo é o 22, o livro, Liber 333 – P.G.].
Também não devemos nós fiarmo-nos à sorte, como a
Inglaterra, quando ela vai para a guerra. Bret Harte tem uma
história admirável, “‘Os Escruídos de Poker Flat’ em que o
“homem mau”, um jogador desonesto, dá sua vida pela
segurança do resto de seu partido, e acaba tudo com uma
observação: “A vida não está em ter a sorte das cartas, mas
em jogar uma mão fraca bem”.
Sim, eu ousaria dizer, tudo muito bem; mas o que você
queria era saber sobre a propriedade de assumir riscos em
Magick.
Assim, lá vamos nós.
Riscos, nós temos concordado, são sempre inevitáveis;
mas podemos calculá-los. O melhor e mais sábio homem
que eu já conheci, o saudoso Oscar Eckenstein, foi uma vez
proposto à um trabalho que lhe daria a chance de cinquenta
por cento de sobrevivência. Ele sentou calmamente,
trabalhou a sua “expectativa de vida”, sua “expectativa de
renda”, e só o Senhor sabe que outros fatores. Ele saiu fora
porque o salário oferecido era de mil libras ou menos do
que ele poderia esperar normalmente, por isso ele recusou
a oferta. Mas nenhum traço de qualquer tipo de sentimento!
Esta é a marca de um Adeptus Exemptus de certo
temperamento; não necessariamente de um Adeptus
Exemptus que é Judeu por nascimento humano. Crowley,
para comparação, certamente sabia de antemão que,
considerando o atual nível evolutivo da espécie humana,
as chances eram de que ele incorreria em miséria e
perseguição pelo resto de sua vida se ele assumisse o
Fardo de Magus do Aeon. Você não pode ser muito mais
mal pago do que isso. – Motta.
Agora vamos considerar um “caso A.B.”. John Jeremiah
Jenkins vê um atalho para a realização da sua Grande obra.
Para aproveitar esta oportunidade, ele deve desistir de um
emprego estável com boas perspectivas e o mais próximo
possível da segurança como é a natureza das coisas, para
uma pequena chance de uma carreira na mais insegura de
todas as profissões.
Ele pode fazer isso; aquilo está à mercê de sua Vontade;
mas ele corre o risco de algo muito perto do total naufrágio
e ruína de seu futuro. Somente um milagre o fará voltar
completamente. Apenas isso! Mas ele não está
negligenciando um fator em seu problema? Quem colocou
esta oportunidade romanticamente insana em seu caminho?
Os Deuses: deve ser, já que ele está realizando a Grande
Obra. Muito bem então! Cabe a Eles observarem: “ele dará
incumbencia a seus anjos sobre ti para te guardem em todos
os teus caminhos: em suas mãos eles te sustentarão para que
o teu pé na bata em uma pedra”.
Mas é melhor lembrar que Tua definição de ‘pedras’ e de
‘manter as pessoas em seus caminhos’ duramente é a
mesma que a de seu Ego. Salestalk, salestalk... – Motta.
Além disso, ele deve deixar por isso mesmo; ele não deve
insultá-Los constantemente olhando fora por salvaguardas
adicionais, ou “cobertura”. (Você lembra de Major em O
Club Suicida quando o príncipe Florizel estava catando
segundos para um duelo? “Em toda minha vida eu nunca
estive tanto envolto com uma aposta”). Você deve dar-Lhes
plena oportunidade para mostrar Tua aprovação dirigindo-
lhe miraculosamente por uma crise após a outra.
Vigie a Insolência, no entanto. E não vão saltar em
precipícios só para forçá-Los a salvar voce: Sua energia,
também, embora muito maior do que a sua, é limitada
pelas necessidades da Obra, e não deve ser desperdiçada
em ninharias. Eles podem decidir que é mais barato
deixar você esparramar por todo o fundo, e prover
fertilizante para a próxima onda da vida; especialmente
desde que você está apenas sendo genioso. – Motta.
Este curso de conduta pode parecer-lhe um pouco como o
“Ato da Verdade”, mas este é apenas superficialmente o
caso. Este último é geralmente uma medida de emergência,
e não particularmente serio ou tão serio como tudo pode
ser. Mas o que eu tenho dito adundante acima realmente e
uma regra de vida regular.
Eu não necessito acrescentar que o requisito primordial e
essencial em toda essa Obra é que você se devote, e se
identifique com os Deuses, e que nunca haja qualquer
dúvida em sua mente sobre o que Eles pretendem fazer?
Amor é a lei, amo sob vontade.
Fraternalmente seu
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
Carta 81: O Método deTreinamento
Cara Soror,
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Em sua surrada cópia de Bagh-i-muattar você não tem
dúvida do grande verso triplamente sublinhado:
“Quem tem o Como é descuidado do Por Que”,
O que mostra como espertamente eu estava induzindo você
a colocar todas as questões de “por que” primeiro.
Mas agora vamos começar com orichalc taques, como um
camponês Normando poderia dizer.
Os parágrafos introdutórios acima desta carta foram
cortados na pirataria de Regardie. “Orichalc Taques”,
são, claro, “tachinhas de bronze”. – Motta.
A primeira tarefa e absolutamente essencial para o
Aspirante é escrever seu Relatório Mágico.
Você conhece alguma das Mecânicas elementares – o
Triângulo de Forças, e tudo isso. Bem, se temos um corpo
atuado por duas forças iguais, uma puxando para o Leste, a
outra para o sul, ele tenderá a se mover para a direção
Sudeste. Mas se a força do “sul” é (digamos) duas vezes
mais forte, ele vai se mover para o sul do Sudeste.
Agora você, sentada em seu estudo lendo esta carta, chegou
lá e foi obrigada a fazer isso, como resultado do impacto
em cima de você por quintilhões de inúmeras forças de
todos os tipos. Eu não espero que você descubra tudo isso e
calcule e reporte, mas eu quero que você determine todas
as principais correntes. Para isso você deve ser capaz de
obter algum tipo de resposta para a pergunta ‘Para onde
vamos a partir daqui, rapazes’?
Eu não sou um adivinho; e eu não posso julgá-la, ou
aconselhá-la, ou ajudá-la, a menos que, e até que, eu saiba
dos fatos tanto quanto você é capaz de me permitir saber.
A construção deste Registro é, incidentalmente, o primeiro
passo para a prática chamada Sammasati, e leva à
aquisição da Memória Mágica – a memória de suas
encarnações anteriores. Portanto, há outra razão,
terrivelmente convincente, para escrever este Registo
Mágico tão claro e tão completamente quanto possível.
Esta é a melhor explicação de como definir a tarefa que é
dada em Liber Thisharb.
Algo disso soa bastante avançado e técnico; mas deveria
dar-lhe a idéia geral. Você deve começar com os seus pais
e as tradições familiares; as circunstâncias de seu
nascimento e educação; sua posição social; sua situação
financeira; seu físico, saúde, doenças, sua vita sexual, seus
passatempos e divertimentos, no que você é bom, no que
não é; como você chegou a estar interessado na Grande
Obra, o que (se passou por trilhas falsas, Tolosofistas e
Antroposofilistas, falsos Rosacruzes, etc) tem sido “a sua
condição prévia de servidão”; como você me encontrou, e
decidiu se alistar ao meu auxílio.
Isso, por si só, ajuda a você compreender a si mesmo, e a
mim a entender você.
A partir desse ponto, a manutenção do Registro é muito
fácil. Tudo o que você precisa fazer é colocar embaixo
quais as práticas que pretende começar, como voce lidará
elas no dia a dia, e (com intervalos) com o que eu tenho a
dizer sobre o seu progresso.
Lembre-se sempre que nós não temos uso para a piedade,
para debates vagos, para conjecturas; nós somos
estritamente científicos como os biólogos ou químicos.
Nós banimos a emoção desde o início; nós exigimos
percepção; e (como você verá mais adiante) mesmo a
percepção não é aceitável até que tenhamos a certeza de
suas bases por um estudo do que chamamos de
“tendências”.
Isso é tudo sobre o Registro Mágico; o caminho agora está
claro para declarar o nosso Método. Este é duplo.
(1) Yoga, introversão;
(2) Magick extroversão. (Estas são asperas porém úteis
conotações). Os dois parecem, à primeira vista, serem
opostos, mas, quando você tem avançado um pouco em
ambos, você achará que o aprendido em concentração na
Yoga é de imensamente útil na consecução dos poderes
mentais necessários em magick; por outro lado, a disciplina
de Magick é de grande serviço para a Yoga.
Deixe-me observar, a propósito, que para minha mente uma
das grandes belezas e confirmações mais encorajadoras da
validade do nosso sistema, é a harmonia incomparável de
seus elementos. Sempre, quando buscamos qualquer
caminho para este fim, descobrimos que ele se tornou uno
com algum outro caminho que no início parecia totalmente
irreconciliável com ele.
(“Anote que o dilaceramento é o esmagamento que juntos”
vem de uma experiência real. Veja Liber 418, A Visão e a
Voz, que está repleto de passagens semelhantes, e é em si
um excelente exemplo da unidade dos métodos da Yoga e
de Magick).
Para estudar Yoga, você tem meu Livro 4, Parte I e o meu
Oito Leituras sobre Yoga . Depois, há o Raja Yoga de
Vivekananda e vários escritores Hindus pouco conhecidos;
estes últimos são muito práticos e técnicos, mas realmente
precisa ser um Hindu para fazer muito uso deles. O
primeiro é muito bom mesmo, se voce se lembrar de
desligar quando ele desliza para o desleixo, o que por sorte
nao é frequente.
Para estudar Magick, Livro 4, Partes II, III (Magick em
Teoria e Prática ) e IV (O Equinócio dos Deuses).
Adicione O Livro de Thoth e você estará: -
“Sendo equipado com armadura completa e
armado, ele é semelhante à deusa”.
De outros escritores, você tem “O Livro da Magia Sagrada
de Abramelin o Mago”, e qualquer das obras de Eliphas
Levi. Mas isso é tudo.
Mas - eu suponho que você sabia de tudo isso há muito
tempo. Pode ajudar se eu tentar expor a essência destes
dois Métodos em uma muito simples linguagem e muito
diferente linguagem. Por contraste e comparação, você
deve ser capaz, mesmo sem ler todos aqueles livros, de ter
uma idéia perfeitamente clara na perspectiva de “o que está
vindo para você”!
O processo de análise, desenvolvimento e controle da
mente é a essência de todas as práticas de Yoga.
Magick explora e aprende a controlar as regiões da
Natureza que estão além dos objetos dos sentidos. Alcançar
as partes mais altas destas regiões, as chamadas divinas,
um processo pela exaltação (? = Intoxicação? Sim, é uma
espécie sublime) da consciência para se identificar com os
Seres “celestiais”.
Na Yoga, várias práticas impedem que o corpo e suas
funções interrompão o processo mental. Então, um inibe o
processo em si: o silenciar dos “pensamentos” permite
tomar consciência das funções mentais além da intelectual;
essas funções têm as suas próprias propriedades peculiares
e poderes. Cada camada, a medida que se vai mais fundo, é
descartada como “irreal”; finalmente um apreende que nada
é a única forma verdadeira e real de existência. (Mas então
ele não existe: nessas regiões de pensamento as palavras
sempre se tornam pesadelos de autocontradição. Isto é
como deveria ser).
Em Magick, pelo contrário, passa-se através do véu do
mundo exterior (que, como no Yoga, mas em outro sentido,
torna-se “irreal”, por comparação quando se passa para
além) criando um corpo sutil (instrumento é um termo
melhor) chamado de corpo de Luz; este é desenvolvido e
controlado; este ganha novos poderes no progresso,
usualmente por meio do que é chamado de “iniciação”:
finalmente, carrega-se por quase toda a vida este corpo de
Luz, e atinge de sua própria maneira a maestria do
Universo.
[Quase toda a vida, porque ele tambem deve verter na Taça
d´Ela... Está, até meu presente momento de leitura, foi a
carta MAIS importante de todas a quem esta iniciando no
Caminho – P.G.]
O primeiro passo na Yoga é “Fique quieto”.
O primeiro passo em Magick é “Viage além do mundo dos
sentidos”.
Lá, que está todo o negócio em poucas palavras, e expresso
de forma que qualquer pessoa, por mais ignorante no
assunto, possa compreender os fundamentos (Eu espero).
Amor é a lei, amor sob vontade.
Fraternalmente seu,
666
Origem da tradução
Traduzido por Frater P.G.
<<sem conteúdo - Carta LXXXII:Epistola Penultima: The TwoWays to Reality>>
<<sem conteúdo - CartaLXXXIII: Epistola Ultima>>