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UNIDADE I: A PSICOLOGIA SOCIAL
Introdução
A psicologia social surgiu no século XX por intermédio do norte –
americano de origem alemã Kurt Lewin (1890 – 1947), como uma área de
aplicação da psicologia para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as
ciências sociais. A sua formação acompanhou os movimentos ideológicos e
conflitos do século, a ascensão do nazi-fascismo, as grandes guerras, a luta do
capitalismo contra o socialismo, etc.
Mesmo antes de estabelecer-se como psicologia social as questões sobre o
que é inato e o que é adquirido no homem permeavam a Psicologia mais
especificamente como questões sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade,
(pré-científicas segundo alguns autores) avaliando como as disposições
psicológicas individuais produzem as instituições sociais ou como as condições
sociais influem no comportamento dos indivíduos.
Segundo Jean Piaget (1896 – 1980) é tarefa dessa disciplina conhecer o
património psicológico hereditário da espécie e investigar a natureza e extensão das
influências sociais.
Enquanto área de aplicação distingue-se por tomar como objectos as massas
ou multidões associada à prática jurídica de legislar sobre os processos
fenómenos colectivos como linchamento (executar ou enforcar), racismo, homofobia
(medo de homossexuais), fanatismo (dedicação excessiva), terrorismo ou utilização por
profissionais do marketing e propaganda (inclusive política) e associada aos
especialistas em dinâmica de grupo e instituições actuando nas empresas,
colectividades ou mesmo na clínica (terapia de grupos).
O que precisa ser esclarecido para entender a relação do “social” com a
psicologia, quer concebida como ciência da mente (psique) quer como ciência do
comportamento é como esse “social” pode ser pensado e compreendido desde o
carácter assistencialista ou gestão racional da indigência na idade média até
emergência das concepções democráticas, ciências humanas, no século XX
passando pela formulação das questões sociais em especial os ideais de
liberdade e igualdade no século das luzes (séc. XVIII) e os direitos humanos. 1
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1.1 - DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA SOCIAL
A Psicologia Social é a ciência que procura compreender os “comos” e os
“porquês” do comportamento social;
Ou então, é o estudo científico das reacções do indivíduo aos estímulos que
recebe na vida em sociedade;
Ou ainda, estuda todas as maneiras de agir relacionadas com a presença ou
influência de outros.
1.2 - Seu campo de Acção
O seu campo de Acção é o comportamento analisado em todos os contextos
do processo de influência social.
1.3 - OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL
O seu objecto de estudo é o comportamento dos indivíduos quando estão em
interacção. Segundo Aroldo Rodrigues, um dos primeiros psicólogos brasileiros
a escrever sobre o tema, a psicologia social é uma ciência básica que tem como
objecto o estudo das "manifestações comportamentais suscitadas pela interacção
de uma pessoa com outras pessoas, ou pela mera expectativa de tal interacção".
A influência dos factores situacionais no comportamento do indivíduo frente aos
estímulos sociais.
1.4 - O HOMEM COMO SER SOCIAL
O homem foi criado para viver em comunidade, isto é, agrupado em
sociedade. Viver em sociedade é uma vocação do homem, pois que, ele não foi
criado para viver sozinho, mas sim em comunidade e só pode realizar – se com a
mútua interacção com os outros com quem vive. Sendo assim, a sociedade tem
muita influência sobre o comportamento de um indivíduo, uma vez que é nela
que o indivíduo terá a noção de sociabilidade que é desenvolvida pelo processo
da socialização bem como a interacção social.
Assim, a Psicologia interessa – se pelo homem como indivíduo e pelo homem
como ser social. Segundo Aristóteles, “o homem é um ser social por natureza; o 2
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ser capaz de viver isoladamente, ou é um deus ou uma besta, mas não um ser
humano”.(séc. IV a.C.)
1.5 - A SOCIALIZAÇÃO
A socialização surge como um processo de integração que motiva o desenvolvimento do grupo, permitindo a sobrevivência do próprio grupo.
O processo de socialização inicia-se contudo, após o nascimento, e através,
primeiramente, da família ou outros agentes próximos, da escola, dos meios de
comunicação de massas e dos grupos de referência que são compostos pelas
nossas bandas favoritas, actores, atletas, super-heróis, etc.
SOCIALIZAÇÃO é o processo de integração do indivíduo numa sociedade,
apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças,
normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere.
Seja na escola, na empresa, na família, com os amigos, com os inimigos, nos
cultos religiosos, nos momentos de lazer, ao comprar algo, ao ler um livro, ao
imitar alguém, ao assistir TV, ao ir ao médico ou espectáculo cultural e até
quando estiver olhando para um quadro para descansar do “contacto” com as
pessoas, em qualquer destes momentos e em infinitos outros, estará
acontecendo a “socialização”.
1.5.1 - TIPOS DE SOCIALIZAÇÃO
A Socialização Primária: onde a criança aprende e interioriza a
linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos
comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um
valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua
vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
Durante a infância e a adolescência, por influência privilegiada da família e
da escola, decorre o processo de socialização primária, cujo objectivo é a
aquisição de um conjunto de hábitos necessários para uma adaptação a
situações diversas da vida quotidiana. Neles se incluem hábitos de higiene,
alimentação, cumprimento de instruções, uso da linguagem, cortesia e respeito.
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B Socialização Secundária: todo e qualquer processo subsequente que
introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da
sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas actividades dos
países que visitamos ou para onde emigramos, etc.), existindo uma
aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam em nós
relativamente ao nosso desempenho, assim como dos novos papéis que vamos
assumindo nos vários grupos a que vamos pertencendo e nas várias situações
em que somos colocados.
É o processo que, a partir da idade adulta, se prolonga pela vida fora sempre
que a pessoa tem de se adaptar a situações novas que impliquem alterações
significativas na sua condição social. Os exemplos de socialização secundária são
a mudança de estado civil, o nascimento de filhos, a entrada no mundo do
trabalho, pagamento de impostos, ser preso, ficar desempregado, passar à
reforma ou ser eleito deputado.
1.5.2 - AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
Todos os grupos a que pertencemos são agentes de socialização, já que
nos obrigam a interiorizar um determinado papel social. Os mais importantes
tendem a ser: a família, a escola, os meios de comunicação social, o trabalho, a
comunidade onde vivemos, etc.
1.5.2.1 - A FAMÍLIA
A Família: tem um papel determinante nos primeiros anos de vida. É aí que
as crianças adquirem a linguagem e os hábitos do seu grupo social. Estes
primeiros anos de formação são muito importantes na vida dos indivíduos.
Normalmente, são os pais a adaptar os filhos à sociedade. Mas na sociedade
actual é através dos filhos que os pais têm conhecimento de novos factores
culturais. No caso das famílias imigrantes, os jovens desempenham um papel
fundamental na socialização dos pais, pois são as crianças que facilitam a
integração dos seus pais.
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Uma Família é um grupo de pessoas unidas directamente por laços de
parentesco, no qual os adultos assumem a responsabilidade de cuidar das
crianças.
Os laços de Parentesco são relações entre indivíduos estabelecidas através
do casamento ou por meio de linhas de descendência que ligam familiares
consanguíneos (mães, pais, filhos e filhas, avós, etc.).
«A família já não é o agente central da socialização na nossa sociedade
como o foi noutros tempos e noutras sociedades. Com muito maior importância
surgiram, fora do âmbito da unidade doméstica, as instituições especializadas de
carácter educativo. Mesmo durante o período pré-escolar, a família foi afectada
por certos factores que lhe são exteriores.
As transformações do nosso século modificaram profundamente o tecido
social. (…) O emprego das mães, por exemplo, retira-lhes tempo para consagrar
à família. (…) Como corolário aparece o novo pai, mais à vontade nas tarefas
que, outrora, eram estritamente da alçada da mãe, como os cuidados prestados
ao bebé.»
1.5.2.2 - A ESCOLA
A Escola permite à criança entrar num meio social novo que vai ter sobre
ela uma influência fundamental. Tem várias funções – além de proporcionar à
criança instrumentos de trabalho, métodos de reflexão e conhecimentos que lhe
vão ser úteis durante toda a vida, impõe-lhe novas regras e uma disciplina que a
liberta parcialmente do meio e completa a sua formação, aprendendo a conhecer
os outros e o meio que a rodeia. A escola surge para crivar, aperfeiçoar e até
completar o comportamento do indivíduo pois que ela é mais exigente e tem
regras para todos, distinção.
A escola, enquanto agente de socialização, desempenha um papel de
grande relevo na formação individual dos alunos, assim como na sua preparação
para o futuro. Na verdade, é na escola que os jovens passam a maior parte do
seu tempo activo e, por conseguinte, a transmissão de valores e de componentes
educativas é uma constante. Neste sentido, a escola deve preparar os jovens
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para os desafios que futuramente lhes serão colocados, através de uma formação
especializada em domínios como o ambiente. A escola é um local em que não só
se aprendem "conteúdos escolares", mas também onde aprendemos a ter uma
melhor percepção do mundo que nos rodeia.
1.5.2.3 - OS MASS MÉDIA
Uma característica das sociedades modernas é o papel e a importância dos
chamados mass média na circulação rápida de informações e outros produtos
culturais, ideias, formas de estar na vida e valores morais que saturam os
quotidianos das populações das sociedades ocidentais.
Os mass média são, simultaneamente, componentes das realidades
modernas e (re)produtores desta(s) realidade(s). O seu impacto é imenso na
propagação das ondas de mudança social.
1.5.2.4 - A IGREJA
É um outro agente muito importante da socialização pois que o
indivíduo é influenciado por ela no campo da moral, principalmente nos seus
ensinamentos, por exemplo, em fazer o bem e evitar o mal.
Na verdade, igreja é uma instituição social, sendo um agente de
socialização, na medida em que espelha uma organização que transmite o
conteúdo da cultura de uma geração a outra, e tendo uma hierarquia de
funcionários sérios e bem constituídos.
Tem também um peso histórico e uma dimensão universal, não se limitando
a uma etnia ou a uma região. Por seu turno, a seita é um agrupamento de
pessoas que professam a mesma doutrina religiosa, e existe em todas as
religiões.
1.5.2.5 - O GRUPO DE AMIGOS
O homem sofre muitas modificações mediante o grupo a que pertence. A
influência do grupo sobre o indivíduo pode ser analisada a partir de várias
dimensões, de entre as quais temos a imitação. O sujeito imita os membros do
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grupo a que pertence, por uma aprendizagem reforçada, uma reacção idêntica.
Por exemplo: se o grupo for de gatunos, mesmo sem o consentimento do
indivíduo aqueles hábitos vão ficando gravados na mente.
1.6 - A RELATIVIDADE CULTURAL
Cultura é aquilo que o homem adquire ao longo do tempo, em contacto com
o meio social, e que transmite às gerações vindouras.
O conceito de relatividade cultural designa a existência de uma infinita
diversidade de regras, padrões, estereótipos, crenças, costumes e hábitos que,
sendo específicos de comunidade, condicionam os comportamentos das pessoas
dessa comunidade, diferenciando – as das restantes. O que é bem e o que é mal,
o aconselhável e o desaconselhável, o justo e o injusto, variam de uma sociedade
para outra. A conduta socialmente admissível rege – se pelo relativismo, não
havendo um conceito de “normalidade” universalmente aceite.
Será a espécie humana a única que vive em sociedade?
Evidentemente que não. Porém, enquanto o comportamento social dos
animais é de natureza instintiva e determinado geneticamente, o do dos seres
humanos é de natureza cultural e adquirido na sociedade em que se processa o
seu desenvolvimento.
1.7 - AS ATITUDES
Atitudes são o conjunto de reacções pessoais face a um acontecimento. As
atitudes não são directamente observáveis; inferem – se a partir de
comportamentos, ou seja, daquilo que o indivíduo faz e diz.
As atitudes de cada pessoa resultam da combinação de elementos afectivos
e de elementos intelectuais. Os elementos afectivos procedem duma certa
predisposição do indivíduo para reagir de certa maneira. Os elementos afectivos
ou valores são índices subjectivos que estabelecem relação afectiva de
aproximação entre nós e os objectos ou as pessoas.
1.7.1 - CRENÇAS OU ELEMENTOS INTELECTUAIS
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A crença ou convicção é um ato intelectual que nos leva a admitir algo como
verdadeiro e depois emitir juízos afirmativos ou negativos. Acreditamos quando
ao verificarmos que tal afirmação concorda com a nossa experiência ou com o
que consideramos verdadeiro.
Portanto, as atitudes são influenciadas pelos valores e devem ser justificadas
pelos elementos intelectuais, que são as crenças e os juízos.
1.7.2 - COMPONENTES DAS ATITUDES
Em qualquer atitude é possível distinguir três (3) componentes:
Intelectual: compreende o que sabemos ou acreditamos saber acerca
de algo. Se o homem dispusesse apenas de estruturas racionais, este elemento
bastaria para determinar as suas atitudes. Nesse caso, o comportamento humano
seria a expressão inequívoca e directa do seu modo de pensar;
Emocional: compreende o que sentimos relativamente aos objectos,
às pessoas, às situações e às ideias. Neste caso a tónica dominante já não é o
“eu penso, eu sei, eu julgo”, mas o “eu gosto, eu prefiro”.
Comportamental: compreende o que estamos dispostos a fazer ou
dizer em relação a algo, ou seja, da predisposição para reagir e actuar em face
das pessoas ou das mais diversas coisas do mundo.
1.7.3 - FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS ATITUDES
As atitudes são elementos essenciais das condutas das pessoas e a sua
origem é de nítida influência social. Ninguém nasce com atitudes pré –
estabelecidas. A definição do bom e do mau, do permitido e do proibido, do
atraente e repulsivo faz – se pelos processos de socialização, o mesmo é dizer, no
convívio com pessoas que integram o nosso universo social. A formação e
desenvolvimento das atitudes tem maior influência da família, da escola, dos
mass média e dos grupos de pares, ou seja, amigos de idade aproximada.
1.8 - ESTEREÓTIPOS (ESTIGMA)
Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou
situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de
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pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no
ocidente sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
Conceito infundado sobre um determinado grupo social, atribuindo a todos
os seres desse grupo uma característica, frequentemente depreciativa; modelo
irreflectido, imagem preconcebida e sem fundamento; (Wikidicionário)
O Estereótipo também é muito usado em Humorismo como manifestação de
racismo, homofobia, xenofobia, machismo e intolerância religiosa. É muito mais
aceito quando manifestado desta forma, possuindo salvo-conduto e presunção de
inocência para atingir seu objectivo.
1.9 - OS GRUPOS SOCIAIS
Podemos definir que grupo social é uma forma básica de associação humana
que se considera como um todo, com tradições morais e materiais.
Para que exista um grupo social é necessário que haja uma interação entre
seus participantes. Um grupo de pessoas que só apresenta uma diversidade
entre si, como em uma fila de cinema, por exemplo, não pode ser considerado
como grupo social, visto que estas pessoas não interagem entre si.
Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que
subjetiva. Outra característica é que estes grupos são superiores e exteriores ao
indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um grupo, provavelmente ele não irá
acabar. Os membros de um grupo também possuem uma consciência grupal
(“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objetivos em comum.
O grupo é, portanto, um conjunto humano estruturado, que não resulta
da simples adição de comportamentos individuais, mas de um dinamismo
global que vai determinando, influenciando e aferindo as condutas de
cada um. O que leva as pessoas a associarem – se é o facto de, isoladas, não
poderem satisfazer um grande número de necessidades. Os motivos para as
pessoas se unirem em grupos são:
1. Necessidade de segurança: estar protegido, eliminar a solidão,
diminuir a ansiedade, reduzir a incerteza;
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2. Necessidades económicas: bens materiais, acesso à informação;
3. Necessidade de adaptação: atracção pelo objectivo comum da
acção colectiva;
4. Necessidade de afeição: ser amado, ser recompensado, expressar
as emoções;
5. Necessidade de cooperação: trocar impressões, integração,
comunicação;
6. Necessidade de dependência: sentimentos de “nós”;
7. Necessidade de identidade: auto – imagem;
8. Necessidade de dominação: firmeza, sensação de poder,
tendências de poder;
9. Necessidade catártica: exibir – se, falar de si, expressar – se;
10. Necessidade de estima: ser apreciado, aceitação,
reconhecimento;
11. Necessidade de comparação social: distinção, prestígio.
Efetivamente, há no grupo um sistema coerente de papéis e de
estatutos, de modo que cada um saiba as tarefas a cumprir, os deveres a assumir
e os direitos que lhe assistem enquanto elemento pertencente ao grupo.
1.9.1 - FACTORES DE COESÃO GRUPAL
A coesão grupal é um fator essencial no sucesso das equipas de
futebol. Assim, a atração recíproca entre os elementos do grupo depende de
diversos fatores.
Os fatores de coesão grupal podem ser: favoráveis e desfavoráveis.
= FAVORÁVEIS = = DESFAVORÁVEIS =
Homogeneidade Heterogeneidade
Acordo quanto aos objetivos Desacordo quanto aos objetivos
Ameaça exterior Ausência de ameaça exterior
Competição intergrupos Competição intragrupo
Tamanho reduzido Tamanho alargado
Interações freqüentes Interações escassas
Boa comunicação Má comunicação
Sucesso, experiência agradável Insucesso, experiência desagradável
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1.9.2 - TIPOS DE GRUPO
Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contacto de seus
membros, assim:
Os grupos primários ou formais são aqueles em que os membros
possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família, grupos de amigos,
vizinhos, etc.
Os grupos secundários ou informais são aqueles em que os membros
não possuem tamanho grau de proximidade. Exemplos: as igrejas, os partidos
políticos, a empresa, o clube desportivo, o exército, etc.
Os grupos intermediários são os que apresentam as duas formas de
contacto: primário e secundário. Exemplo: a escola.
1.10 - LIDERANÇA
Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o
numa equipe que gera resultados.
Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário, liderança exige paciência,
disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ser vivo,
dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Liderar, de uma forma bem
clara , pode ser entendida como a gestão eficaz e eficiente das pessoas de uma
equipe , para que se atinja os objectivos propostos pela organização.
Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por
uma tarefa ou actividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo
de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência. Para os gestores
actuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente
as do líder.
1.10.1 - TIPOS DE LIDERANÇA
Liderança autocrática: Na Liderança autocrática o líder é focado apenas
nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou
directiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos
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liderados. O líder determina as providências e as técnicas para a execução das
tarefas, de modo imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve
executar, o líder determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O líder é
dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.
Liderança democrática: Chamada ainda de liderança participativa ou
consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos
liderados no processo decisório. Aqui as directrizes são debatidas e decididas
pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as
providências para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder
quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o
grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com o debate. A divisão
das tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os
seus próprios companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal
do grupo. Ele é objectivo e limita-se aos fatos nas suas críticas e elogios.
Liderança liberal ou permissiva ou ainda Laissez faire: Laissez - faire é a
contracção da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez
passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Neste
tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projectos,
indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita
de supervisão constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser
indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e
erros sem corrigi - los.
Liderança paternalista: O paternalismo é uma atrofia da Liderança,
onde o Líder e sua equipe tem relações interpessoais similares às de pai e filho. A
Liderança paternalista pode ser confortável para os liderados e evitar conflitos,
mas não é o modelo adequado num relacionamento profissional, pois numa
relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, incondicionalmente. Já
em uma relação profissional, o equilíbrio deve preponderar e os resultados a
serem alcançados pela equipe são mais importantes do que um indivíduo.
1.10.2 - Efeitos de cada estilo sobre o clima de trabalho
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Visionário: Canaliza as pessoas para visões e sonhos partilhados. Tem
um efeito muito positivo sobre o clima de trabalho. É apropriado para situações
onde ocorra mudanças que exigem uma nova visão.
Conselheiro: Relaciona os desejos das pessoas com os objectivos da
organização. Ajuda um empregado a ser mais eficiente, melhorando as suas
capacidades de longo prazo.
Relacional: Cria harmonia melhorando o relacionamento entre as
pessoas. Ideal para resolver e sarar conflitos num grupo; dar motivação em
períodos difíceis; melhorar o relacionamento entre as pessoas.
Pressionador: Atinge objectivos difíceis e estimulantes. Tem um efeito
por vezes negativo sobre o clima de trabalho pois é frequentemente mal
executado.
Dirigista: Acalma os receios dando instruções claras em situações de
emergência. É apropriado em situações de crise; para desencadear uma
reviravolta na situação; com subordinados difíceis.
Estilo de liderança, sempre foi complexo, por estar directamente
condicionado com as reacções do comportamento humano, mas é imprescindível
que seja situacional, flexível e adaptado para os resultados que se pretende. O
principal objectivo pretendido deve contar com as etapas do estilo autocrático,
democrático e liberal levando em conta o receptor com as acções de auto-estima
e afectividade (respeito ao liderar). O estilo deve ser situacional devido ao
aprimoramento contínuo de todo o ambiente de trabalho.
Outrossim, liderança é um tema importante para os gestores devido ao
papel fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da
organização.
De facto, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos
acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas decisões.
Apesar de a liderança ser importante para a gerência e estreitamente relacionada
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a ela, liderança e gerência não são os mesmo conceitos. Planejamento,
orçamento, controle, manutenção da ordem, desenvolvimento de estratégias e
outras actividades fazem parte do gerenciamento. Gerência é o que fazemos.
Liderança é quem somos.
N.B: Afinal, nascemos ou nos tornamos líderes?
1.11 - OS ESTATUTOS E OS PAPÉIS SOCIAIS
Em termos de Psicologia Social, queremos dizer que a cada estatuto corresponde um papel
social.
Factores como a idade e o sexo, a que poderemos acrescentar a profissão, o nível
económico, a educação, as habilitações académicas, a competência e o prestígio,
conferem aos seus detentores determinadas prerrogativas sempre em relação com o que se
denomina estatuto social.
Estatuto é o conjunto de comportamentos e atitudes que um indivíduo pode esperar por
parte dos outros. Ou então, é a posição que o indivíduo ocupa num grupo, conforme as várias
circunstâncias da sua vida (idade, sexo, posição social, etc).
Os estatutos podem ser atribuídos ou adquiridos.
Todos possuímos à nascença, e carregamo – los pela vida inteira,
estatutos que nos pertencermos ao género masculino ou feminino ou a
determinada etnia. Do mesmo modo, não podemos alterar a idade que
possuimos para termos direito ou outro estatuto. Assim, é diferente o estatuto do
homem e da mulher, da criança, do adolescente e do idoso. Trata – se de
estatutos prescritos ou impostos, na medida em que o indivíduo os possui
sem ter feito nada por isso.
Possuímos também outros estatutos que, em grande parte, irão depender
dos nossos esforços, da nossa iniciativa, da nossa vontade ou das nossas
capacidades. São estatutos adquiridos e que se relacionam com a profissão, o
nível de formação académica, a aquisição de bens e serviços e a conquista de
prestígio ou de poder. São os estatutos adquiridos que estão na base da
mobilidade social, porque todos os sujeitos têm, em princípio, igual oportunidade
de aceder a estatutos sociais superiores.
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Se cada um, enquanto participante na vida em grupo, tem um estatuto que
lhe confere direitos, tem também que retribuir algo à sociedade, assumindo
condutas que os outros esperam dele.
Se o professor possui um estatuto que define as condutas a esperar dos
alunos, também estes necessitam que sejam definidas as atitudes do professor
relativamente a eles. O pai detém um estatuto que lhe confere direito a ser
respeitado e obedecido pelos filhos, mas também tem a obrigação de os
sustentar, compreender e de lhes dar uma boa formação.
Papel social é o conjunto das atitudes e comportamentos que cada um
manifesta em relação à colectividade.
Fala – se papel social para referir o contributo que os indivíduos dão ao
meio social em que vivem, isto é, o conjunto de comportamentos e atitudes que
cada um manifesta enquanto membro de uma colectividade. O papel social
identifica – se, pois, com o conjunto das funções que o indivíduo
desempenha na vida social.
A sociedade define o que é a escola e o que é um professor. O papel do
professor define – se num contexto precioso: a situação do ensino.
O bom funcionamento do sistema social assenta na reciprocidade de
estatutos e papéis. Estes, embora diferentes, têm de ser compatíveis e
complementares. Quando o indivíduo se sente bem no papel que desempenha
e respeita o estatuto dos outros, está a contribuir para o equilíbrio social.
1.11.1 - OS CONFLITOS DE PAPÉIS
Cada indivíduo desempenha vários papéis. Selecciona diversos modos de
conduta, distingue – os, organiza – os e adopta – os com vista a objectivos
definidos, de acordo com a multiplicidade dos seus estatutos. As circunstâncias
várias do seu dia – a – dia exigem – lhe comportamentos adequados a situações
específicas.
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Porém, muitas vezes, a multiplicidade de papéis não se harmoniza, entrando
em conflito uns com os outros. Quando as pessoas tomam consciência da
incompatibilidade entre os diferentes papéis vivem situações conflituosas,
geradoras de tensão e ansiedade.
Exemplo: O caso típico da incompatibilidade de papéis é vivido pela mulher
que tem uma carreira profissional à sua frente e que, ao ser mãe, se apercebe da
dificuldade de continuar a desempenhar com eficiência as suas funções
profissionais por ter assumido outros papéis, como o de esposa, mãe e dona de
casa.
Um outro exemplo, é o de ser pai e tudo fazer para preservar a vida do
filho e, ao mesmo tempo, professar uma religião que proíbe que certos cuidados
médicos sejam prestados ao filho.
Noutros casos, a incompatibilidade manifesta – se entre a personalidade do
indivíduo e as funções que tem de desempenhar. Assim, há pessoas com
personalidade dominadora e que se sentem frustradas por terem que se limitar a
cumprir ordens, quando o seu desejo era o de ter um papel oposto.
1.11.2 - PAPEL SOCIAL E PERSONALIDADE
O que pode acontecer é que o indivíduo assuma vários papéis conforme os
vários papéis conforme os vários grupos a que pertence. Cada papel tem de ser
assumido com naturalidade e autenticidade. Quer dizer, de acordo com aquilo
que somos, não se deve pôr máscara.
Quem determina o papel, o indivíduo ou a sociedade?
Os papéis já estão organizados pela sociedade até certo ponto. O indivíduo
dentro deste esquema social chega a desempenhar o papel de maneira pessoal,
na medida em que ele próprio teve possibilidade de escolher o papel, na medida
em que o papel se harmoniza com a própria personalidade.
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Para um bom equilíbrio psicológico pessoal e uma boa integração no grupo,
cada um tem de procurar desempenhar o seu papel conforme ele é, no melhor
dele.
UNIDADE II: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Esta área de conhecimento da psicologia estuda o desenvolvimento do ser
humano em todos os seus aspectos: físico - motor, intelectual, afectivo -
emocional e social, desde o nascimento até a idade adulta.
·
2.1 - O DESENVOLVIMENTO HUMANO
O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao
crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua.
Estas são as formas de organização da actividade mental que vão-se
aperfeiçoando e se solidificando até o momento em que todas elas se
incrementam. Algumas dessas estruturas mentais permanecem ao longo de toda
a vida.
2.1.1 - A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Esse estudo é compreender a importância do estudo do desenvolvimento
humano. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características
comuns de uma faixa etária. Planejar o que e como ensinar implica saber quem é
o educando. Existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do
mundo, próprias de cada faixa etária.
2.1.2 - FACTORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Hereditariedade – a carga genética estabelece o potencial do
indivíduo, que pode ou não desenvolver-se.
Crescimento orgânico – refere-se ao aspecto físico.
Maturação neurofisiológica – é o que torna possível determinado padrão de
comportamento.
Meio – o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os
padrões de comportamento do indivíduo.
2.1.3 - OBJECTIVO DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
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A Psicologia do Desenvolvimento tem como objectivo a descrição e a
explicação de mudanças nos comportamentos e nos processos mentais, ao longo
do tempo e através dos ciclos vitais.
2.1.4 - Objecto de estudo da psicologia do desenvolvimento
A Psicologia do Desenvolvimento tem como objecto de estudo o ser humano
na sua permanente evolução. Para isso são abordadas nesta psicologia a infância,
adolescência, fase adulta e velhice nos seus processos biológicos, mas também
psicológicos.
2.2 - CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
2.2.1 – Sigmund Freud (1856 – 1939)
Freud, psicólogo austríaco de origem judáica, propõe, à data, um novo e
radical modelo da mente humana, que alterou a forma como pensamos sobre nós
próprios, a nossa linguagem e a nossa cultura. A sua descrição da mente enfatiza
o papel fundamental do inconsciente na psique humana e apresenta o
comportamento humano como resultado de um jogo e de uma interacção de
energias.
A sua teoria sobre o desenvolvimento da personalidade atribui uma nova
importância às necessidades da criança em diversas fases do desenvolvimento e
sobre as consequências da negligência dessas necessidades para a formação da
personalidade.
Muitos dos problemas psicopatológicos da idade adulta de que trata a
Psicanálise têm as suas raízes, as suas causas, nas primeiras fases ou estádios do
desenvolvimento. Na perspectiva freudiana, a “construção” do sujeito, da sua
personalidade, não se processa em termos objectivos (de conhecimento), mas
em termos objectais.
O objecto, em Freud, é um objecto libidinal, de prazer ou desprazer, “bom ou
mau”, gratificante ou não gratificante, positivo ou negativo. A formação dos
diferentes estádios é determinada, precisamente, por essa relação objectal.
(Estádios: Oral, Anal, Fálico, Latência, Genital).
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Estádio ou fase Oral: segundo Freud, prolonga – se pelos primeiros dois anos de
existência. A boca é a zona erógena, sendo a sucção o modo de obtenção do prazer;
Estádio ou fase Anal: situa – se entre os dois e os três anos de idade, sendo o
ânus a principal zona erógena;
Estádio ou fase Fálica: situa – se entre os 3 e os 5 anos de idade e
caracteriza – se pelo facto de a pulsão sexual dirigir – se directamente para os órgãos
sexuais. É nesta fase que se dá o aparecimento do complexo de Édipo nos rapazes e do
complexo de Electra nas raparigas;
Estádio ou fase da Latência: situa – se entre a fase fálica e a fase genital,
prolongando – se dos 6 anos até à puberdade. Nesta altura, começam a formar – se os
sentimentos morais;
Estádio ou fase Genital: dá – se a partir da puberdade, através de uma
orientação da libido (principio da vida – Eros – principio do prazer que está ligado à
actividade sexual) espera a consumação do acto sexual.
2.2.2 – Erik Homburger Erikson (1904 – 1994)
Psicanalista norte – americano de origem alemã, a teoria que desenvolveu
nos anos 50 partiu do aprofundamento da teoria psicossexual de Freud e
respectivos estádios, mas rejeita que se explique a personalidade apenas com
base na sexualidade. Acredita na importância da infância para o desenvolvimento
da personalidade mas, ao contrário de Freud, acredita que a personalidade se
continua a desenvolver para além dos 5 anos de idade.
No seu trabalho mais conhecido, Erikson propõe 8 estádios do
desenvolvimento psicossocial através dos quais um ser humano em
desenvolvimento saudável deveria passar da infância para a idade adulta.
2.2.2.1 - AS OITO IDADES DO CICLO DE VIDA DE ERIKSON
Primeira idade: Bebé (do nascimento aos 18 meses). Segunda idade: Criança em tenra idade (dos 18 meses, idade do berçário, aos 3 anos).
Terceira idade: Criança em idade pré – escolar (dos 3 anos aos 6 anos).
Quarta idade: Criança em idade escolar (dos 6 aos 12 anos de idade). Quinta idade: Adolescente (dos 12 aos 20 anos de idade). Sexta idade: Jovem adulto (dos 20 aos 35 anos de idade). Sétima idade: Adulto (dos 35 aos 65 anos de idade). Oitava idade: Idoso (dos 65 anos em diante).
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Em cada estádio cada sujeito confronta-se, e de preferência supera, novos
desafios ou conflitos. Cada estádio/ fase do desenvolvimento da criança é
importante e deve ser bem resolvida para que a próxima fase possa ser superada
sem problemas.
Tal como Piaget, concluiu que não se deve apressar o desenvolvimento das
crianças, que se deve dar o tempo necessário a cada fase de desenvolvimento,
pois cada uma delas é muito importante. Sublinhou que apressar o
desenvolvimento pode ter consequências emocionais e minar as competências
das crianças para a sua vida futura.
2.2.3 – Jean William Fritz Piaget (1896 – 1980)
Jean Piaget, zoólogo, psicólogo e epistemólogo suiço (fundador da psicologia
genética), foi um dos investigadores mais influentes do séc. 20 na área da
psicologia do desenvolvimento. Piaget acreditava que o que distingue o ser
humano dos outros animais é a sua capacidade de ter um pensamento simbólico
e abstracto. Piaget acreditava que a maturação biológica estabelece as pré-
condições para o desenvolvimento cognitivo. As mudanças mais significativas são
mudanças qualitativas (em género) e não qualitativas (em quantidade).
Piaget descreveu dois processos utilizados pelo sujeito na sua tentativa
de adaptação: assimilação e acomodação. Estes dois processos são utilizados
ao longo da vida à medida que a pessoa se vai progressivamente adaptando ao
ambiente de uma forma mais complexa: Capta as grandes tendências do
pensamento da criança; encara as crianças como sujeitos activos da sua
aprendizagem.
2.2.3.1- ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO JEAN PIAGET
Para Piaget, o desenvolvimento humano obedece certos estágios
hierárquicos, que decorrem do nascimento até se consolidarem por volta dos 16
anos. A ordem destes estágios seria invariável e inevitável a todos os indivíduos,
embora os intervalos de tempo de cada um deles não sejam fixos, podendo variar
em função do indivíduo, do ambiente e da cultura. São eles:
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Estágio sensório - motor (do nascimento aos dois anos) - a criança
desenvolve um conjunto de "esquemas de acção" sobre o objecto, que lhe
permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta etapa desenvolve
o conceito de permanência do objecto, constrói esquemas sensório - motores e é
capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais
complexas.
Estágio pré-operatório (dos dois aos seis anos) - a criança inicia a
construção da relação de causa e efeito, bem como das simbolizações. É a
chamada idade dos porquês e do faz-de-conta.
Estágio operatório - concreto (dos sete aos onze anos) - a criança
começa a construir conceitos através de estruturas lógicas, consolida a
observação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento,
apesar de lógico, ainda está centrado nos conceitos do mundo físico, onde
abstracções lógico - matemáticas são incipientes.
Estágio operatório - formal (dos onze aos dezasseis anos) - fase em que o
adolescente constrói o pensamento abstracto, conceitual, conseguindo ter em
conta as hipóteses possíveis, os diferentes pontos de vista, e sendo capaz de
pensar cientificamente.
2.2.4 – Lev Semenovitch Vygotsky (1896 – 1934)
Psicólogo russo, Lev Vygotsky desenvolveu a teoria sócio - cultural do
desenvolvimento cognitivo. A sua teoria tem raízes na teoria marxista do materialismo
dialéctico, ou seja, que as mudanças históricas na sociedade e a vida material produzem
mudanças na natureza humana.
Vygotsky abordou o desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação. Em
vez de olhar para o final do processo de desenvolvimento, ele debruçou-se sobre o
processo em si e analisou a participação do sujeito nas actividades sociais → Ele propôs
que o desenvolvimento não precede a socialização. Ao invés, as estruturas sociais e as
relações sociais levam ao desenvolvimento das funções mentais.
Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da
brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais
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experiente. O processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a ligação entre duas
estruturas, uma social e uma pessoalmente construída, através de instrumentos ou
sinais). Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito é quando os
humanos adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada.
Ao contrário da imagem de Piaget em que o indivíduo constrói a compreensão do
mundo, o conhecimento sozinho, Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como
dependendo mais das interacções com as pessoas e com os instrumentos do mundo da
criança. Esses instrumentos são reais: canetas, papel, computadores; ou símbolos:
linguagem, sistemas matemáticos, signos.
2.2.5 – Konrad Lorenz (1903 – 1989)
Zoólogo austríaco, ornitólogo e um dos fundadores da Etologia moderna
(estudo do comportamento animal). Desenvolveu a ideia de um mecanismo inato
que desencadeia os comportamentos instintivos (padrões de acção fixos) →
modelo para a motivação para o comportamento. Considera-se hoje que o
sistema nervoso e de controlo do comportamento envolvem transmissão de
informação e não transmissão de energias.
O trabalho de Lorenz forneceu uma evidência muito importante de que
existem períodos críticos na vida onde um determinado tipo definido de estímulo
é necessário para o desenvolvimento normal. Como O imprinting é um excelente
exemplo da interacção de factores genéticos e ambientais no comportamento – o
que é inato e específico na espécie e as propriedades específicas da
aprendizagem; é necessária a exposição repetitiva a um estímulo ambiental
(provocando uma associação com ele), podemos dizer que o imprinting é um tipo
de aprendizagem, ainda que contendo um elemento inato muito forte.
2.2.6 – Henri Wallon (1879 – 1962)
Psicólogo americano, Wallon procura explicar os fundamentos da psicologia
como ciência, os seus aspectos epistemológicos, objectivos e metodológicos.
Considera que o homem é determinado fisiológica e socialmente, sujeito às
disposições internas e às situações exteriores.
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Wallon propõe a psicogénese da pessoa completa (psicologia genética), ou seja, o
estudo integrado do desenvolvimento. Para ele o estudo do desenvolvimento humano deve
considerar o sujeito como “geneticamente social” e estudar a criança contextualizada, nas
relações com o meio. Wallon recorreu a outros campos de conhecimento para aprofundar a
explicação dos factores de desenvolvimento (neurologia, psicopatologia, antropologia, psicologia
animal).
Considera que não é possível seleccionar um único aspecto do ser humano e vê o
desenvolvimento nos vários campos funcionais nos quais se distribui a actividade infantil
(afectivo, motor e cognitivo). Vemos então que para ele não é possível dissociar o biológico do
social no homem. Esta é uma das características básicas da sua Teoria do Desenvolvimento.
2.2.7 – Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990)
Psicólogo Americano, conduziu trabalhos pioneiros em Psicologia
Experimental e defendia o comportamentalismo / behaviorismo (estudo do
comportamento observável). Tinha uma abordagem sistemática para
compreender o comportamento humano, uma abordagem de efeito considerável
nas crenças e práticas culturais correntes.
Fez investigação na área da modelação do comportamento pelo reforço
positivo ou negativo (condicionamento). O condicionamento operante explica
que um determinado comportamento tem uma maior probabilidade de se repetir
se a seguir à manifestação do comportamento se apresentar de um reforço
(agradável).
É uma forma de condicionamento onde o comportamento acabará por
ocorrer antes da resposta. A aprendizagem, pode definir-se como uma mudança
relativamente estável no potencial de comportamento, atribuível a uma
experiência - Importância dos estímulos ambientais na aprendizagem
2.2.8 – Albert Bandura (1925 – presente)
Psicólogo americano, é, tal como Skinner, da linha behaviorista da
Psicologia. No entanto enfatiza a modificação do comportamento do indivíduo
durante a sua interacção. Ao contrário da linha behaviorista radical de Skinner,
acredita que o ser humano é capaz de aprender comportamentos sem sofrer
qualquer tipo de reforço. Para ele, o indivíduo é capaz de aprender também
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através de reforço, ou seja, através da observação do comportamento dos
outros e de suas consequências, com contacto indirecto com o reforço. Entre o
estímulo e a resposta, há também o espaço cognitivo de cada indivíduo.
É um dos autores associado ao Cognitivismo-Social, uma teoria da
aprendizagem baseada na ideia de que as pessoas aprendem através da
observação dos outros e que os processos do pensamento humano são centrais
para se compreender a personalidade:
As pessoas aprendem pela observação dos outros; a aprendizagem é um
processo interno que pode ou não alterar o comportamento; as pessoas
comportam-se de determinadas maneiras para atingir os seus objectivos; o
comportamento é auto-dirigido (por oposição ou determinado pelo ambiente); o
reforço e a punição têm efeitos indirectos e impredizíveis tanto no
comportamento como na aprendizagem; os adultos (pais, educadores,
professores) têm um papel importante como modelos no processo de
aprendizagem da criança.
2.2.9 – Urie Bronfenbrenner (1917 – presente)
Psicólogo alemão, um dos grandes autores que desenvolveu a Abordagem
Ecológica do Desenvolvimento Humano: o sujeito desenvolve – se em
contexto, em 4 níveis dinâmicos – a pessoa, o processo, o contexto e o tempo.
A sua proposta difere da da Psicologia Científica até então: privilegia os
aspectos saudáveis do desenvolvimento, os estudos realizados em ambientes
naturais e a análise da participação da pessoa focalizada no maior número
possível de ambientes e em contacto com diferentes pessoas.
Bronfenbrenner explicita a necessidade dos pesquisadores estarem atentos
à diversidade que caracteriza o homem – os seus processos psicológicos, a sua
participação dinâmica nos ambientes, as suas características pessoais e a sua
construção histórico-sócio-cultural. Define o desenvolvimento humano como “o
conjunto de processos através dos quais as particularidades da pessoa e do
ambiente interagem para produzir constância e mudança nas características da
pessoa no curso de sua vida" (Bronfenbrenner, 1989).
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A Abordagem Ecológica do Desenvolvimento privilegia estudos longitudinais,
com destaque para instrumentos que viabilizem a descrição e compreensão dos
sistemas da maneira mais contextualizada possível.
* Bronfenbrenner - Abordagem Ecológica do Desenvolvimento
Humano: o sujeito desenvolve-se em contexto, em 4 níveis dinâmicos – a
pessoa, o processo, o contexto, o tempo.
2.2.10 – Arnold Gesell (1880 – 1961)
Psicólogo Americano que se especializou na área do desenvolvimento infantil. Os seus
primeiros trabalhos visaram o estudo do atraso mental nas crianças, mas cedo percebeu que é
necessária a compreensão do desenvolvimento normal para se compreender um
desenvolvimento anormal. Foi pioneiro na sua metodologia de observação e medição do
comportamento e, portanto, foi dos primeiros a implementar o estudo quantitativo do
desenvolvimento humano, do nascimento até à adolescência.
Realizou uma descrição detalhada e total do desenvolvimento da criança; realça,
com base em pesquisas rigorosas e sistemáticas, o papel do processo de maturação no
desenvolvimento. Gesell e colaboradores caracterizaram o desenvolvimento segundo quatro
dimensões da conduta: motora, verbal, adaptativa e social. Nesta perspectiva cabe um papel
decisivo às maturações nervosa, muscular e hormonal no processo de desenvolvimento.
Desenvolveu, a partir dos seus resultados, escalas para avaliação do desenvolvimento e
inteligência. Inaugurou o uso da fotografia e da observação através de espelhos de um só sentido
como ferramentas de investigação.
2.3 - RELAÇÃO MÃE - BEBÉ
O ser humano desde que nasce é determinantemente marcado pela sua
necessidade social. É nesta parte que se destaca tão fortemente a importância
que a mãe desempenha nos primeiros anos da vida do bebé. Os cuidados
maternais não se resumem ao mínimo indispensável a nível físico, mas todas as
atitudes maternais influenciam profundamente o desenvolvimento psicológico da
criança.
A relação mãe/bebé nos primeiros anos de vida exerce um papel directo
sobre a personalidade, auto-estima, confiança em si próprio, relacionamento
interpessoal e capacidade de adaptação a situações novas na criança. Uma
relação de afecto para com o embrião influencia a personalidade do futuro bebé.
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Mesmo antes de nascer o bebé tem uma grande relação de envolvimento com o
mundo que o rodeia.
Todo o conjunto de reacções da mãe distingue-se das restantes influências
que a criança recebe ao lidar com outras crianças. A firmeza dos gestos, o olhar,
o toque das mãos, o sorriso soam familiares à criança e transmitem-lhe a
sensação de segurança que ela necessita para poder partir à descoberta do
mundo e ter, ainda assim, o abrigo do aconchego materno no regresso.
Unidade - iii – A MOTIVAÇÃO
Motivação é o aspecto dinâmico do comportamento dirigido a um objectivo,
ou seja, um conjunto de forças que orientam o comportamento em direcção a um
objectivo.
3.1 - Ciclo ou processo Motivacional
O motivo é o estado do organismo que leva a energia corporal a ser
mobilizada e dirigida a determinados elementos do meio, ou seja, o motivo é a
razão que leva o organismo a agir.
De uma forma geral, os comportamentos motivados são um processo ou
sequência motivacional que se traduz num ciclo constituído por 5 (cinco)
momentos:
1. Necessidade: (motivo da acção). O ponto de partida do processo
motivacional é o surgimento de uma necessidade. Exemplo: “Estou com muita
sede!”
2. Impulso: a necessidade desperta um impulso ou pulsão que move o
indivíduo impelindo-o a agir. Exemplo: “Tenho mesmo que ir beber água se não
fico muito mal, sinto uma força interior que me obriga a agir.”
3. Acção ou resposta instrumental: actividade ou comportamento
orientado para um objectivo ou finalidade, isto é, acção desenvolvida ou
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motivada para satisfazer a necessidade. Exemplo: “Vou ao bar pedir que me
dêem um copo com água.”
4. Objectivo ou meta alcançada: apropriação do objecto que permite
satisfazer a necessidade. Exemplo: “Bebo um copo de água.”
5. Saciedade ou satisfação da necessidade: eliminação da pulsão.
Frequentemente o alívio da tensão provocada pela necessidade é temporário
(caso das necessidades fisiológicas), pelo que o ciclo pode começar de novo.
Exemplo: “Estou saciado, já não sinto sede.”
3.2 - Componentes da Motivação
Necessidade à estado de falta fisiológica ou psicológica.
Impulso à com origem na necessidade, este é o processo que leva a pessoa
à acção, ou seja, aos comportamentos que permitem atingir o objectivo. O impulso
acaba quando o objectivo é alcançado, ou seja, quando a necessidade é satisfeita, o
impulso é reduzido, embora passado algum tempo, o ciclo recomeça.
3.3 - Tipos de Motivação
O comportamento motivado encontra-se ligado ao funcionamento do sistema
endócrino e a diferentes estruturas do sistema nervoso.
Fisiológicas à as motivações fisiológicas são também designadas por
primárias, inatas, básicas ou biogénicas. Visam garantir o equilíbrio orgânico,
assegurando a sua sobrevivência. Walter Bradford Cannon (1871 – 1945),
fisiólogo norte - americano da década de 20 do século XX, desenvolveu o
conceito de homeostasia, ou seja, conjunto de mecanismos reguladores que
visam manter o estado de equilíbrio dos seres vivos. Este é um processo
dinâmico de auto-regulação que assegura a sobrevivência do organismo.
Podemos referir de entre os impulsos homeostáticos: a sede, o sono, a
respiração, a pressão do sangue, a fome, a temperatura do corpo.
Combinadas à este termo é geralmente usado para designar o tipo de
motivações determinadas pelo efeito combinado de mecanismos fisiológicos,
não aprendidos, e de características resultantes da aprendizagem. Ex.:
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comportamento sexual e o comportamento maternal, ou seja, a aprendizagem
marca decisivamente a sexualidade humana e o comportamento maternal, pois
estes encontram-se determinados pelos padrões sociais e culturais.
Sociais à Os comportamentos como conviver, competir, alcançar o poder, ter
sucesso, entre outros, são comummente designados por motivações sociais,
pois não têm na sua base necessidades fisiológicas, isto é, o termo motivações
sociais designa os motivos adquiridos no processo de socialização, pois
manifestam-se de formas diferentes de acordo com os contextos sociais e
culturais em que são aprendidos. Ex: afiliação à corresponde ao desejo de ser
aceite pelos outros e manifesta-se na necessidade de as pessoas procurarem
desenvolver actividades com os outros; realização/sucesso à a motivação de
realização deve-se ao desejo de se ser bem sucedido em diversas situações
desafiantes.
3.4 - FRUSTRAÇÃO E CONFLITOFrustração à define-se como sendo o sentimento produzido por uma
contrariedade. Assim sendo, as frustrações fazem parte da nossa vida quotidiana.
As motivações variam de indivíduo para indivíduo, logo não se pode generalizar
as situações que dão origem às frustrações. A tolerância à frustração depende de
vários factores: idade, nível de aprendizagem e se o indivíduo sofre ou não de
frustrações repetidas. As reacções à frustração podem ocorrer imediatamente
a seguir à frustração ou mais tarde. Os tipos de reacção divergem muito,
podendo ir da agressão (directa, isto é, quando o indivíduo agride a causa da
frustração, ou deslocada, quando o indivíduo desloca a agressão para elementos
não responsáveis pela frustração) à apatia.
Conflito à define-se conflito como sendo a oposição de forças com
intensidade semelhante. Assim, o conflito surge quando os motivos são
incompatíveis. Kurt Lewin diz que o comportamento do indivíduo resulta da
interacção entre o sujeito e o meio que proporciona os elementos para satisfazer
as suas necessidades e considera três formas básicas de conflito em que
estão presentes valências positivas e negativas.
3.4.1 - As formas básicas de conflito
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1. Conflito aproximação/aproximação à neste tipo de conflito, o
indivíduo depara-se com duas ou mais forças positivas, pois está entre dois
objectos ou actividades desejadas. O conflito surge porque só é possível escolher
uma única resposta. Assim, é frequente surgir angústia por não se ter escolhido a
hipótese afastada.
2. Conflito afastamento/afastamento à neste tipo de conflito, o
indivíduo depara-se com duas alternativas desagradáveis, logo hesita sobre que
valência negativa escolher e criará no indivíduo insatisfação, levando muitas
vezes a comportamentos de fuga.
3. Conflito aproximação/afastamento à neste conflito, o indivíduo
encontra-se numa situação positiva e negativa ao mesmo tempo. Os conflitos
têm uma origem consciente e inconsciente.
A explicação do comportamento motivado tem sido objecto de várias
interpretações ao longo do tempo. Os behavioristas, ao contrário dos que
defendem a teoria do instinto pelas teorias homeostáticas, procuram enquadrar a
motivação na fórmula E à R: o indivíduo reage aos estímulos com respostas.
3.5 - A TEORIA HUMANISTA DE MASLOW E A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES3.5.1 - A PIRÂMIDE MOTIVACIONAL
Segundo Abraham Harold Maslow, as necessidades humanas estariam
organizadas numa hierarquia, representadas numa pirâmide, em que na base
estariam as necessidades fisiológicas e, no cume, as necessidades mais
elevadas, como as de auto-realização. Após satisfeitas as necessidades básicas, o
indivíduo ascenderia a outras mais complexas e, se no decurso da sua existência
não houvesse obstáculos, progrediria até ao topo. Esta pirâmide ficaria designada
como “Pirâmide das Necessidades de Maslow”:
Necessidade de
auto – realização
Necessidade de estima
Necessidade de afecto e de pertença
Necessidade de segurança
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Necessidades fisiológicas
1 – Necessidades Fisiológicas:
São consideradas necessidades fisiológicas, a fome, sede, sono, evitamento
da dor, desejo sexual. É a satisfação destas necessidades que domina o
comportamento do ser humano. Assim, as necessidades de segurança só surgem
se estas estiverem satisfeitas.
2 – Necessidades de Segurança: Estas manifestam-se na procura de protecção em relação ao meio, assim como na busca de um ambiente estável e ordenado.
3 – Necessidades de Afecto e Pertença: São manifestadas através do
desejo de associação, participação e aceitação por parte dos outros. Nos grupos a
que pertence, o indivíduo procura o afecto e aprovação.
4 – Necessidades de Estima: Segundo Maslow, estas assumem duas
expressões: desejo de realização e competência e o estatuto e desejo de
reconhecimento, ou seja, as pessoas desejam ser competentes, desenvolver
actividades com sucesso e ser reconhecidas através do seu mérito pessoal A
satisfação da necessidade de estima, desenvolve no indivíduo sentimentos de
auto-confiança e a frustração gera sentimentos de inferioridade.
5 – Necessidades de Auto-Realização: Se no decorrer do percurso que vai
da base ao topo, todas as necessidades estiverem satisfeitas, a necessidade de
auto-satisfação manifestar-se-á, ou seja, a necessidade de realização do
potencial de cada um, a concretização das capacidades pessoais será
manifestada.
Essa realização varia de indivíduo para indivíduo. As pessoas que procuram a
auto-realização apresentam algumas características comuns de personalidade:
são independentes, criadoras, resistem ao conformismo, aceitam-se a si próprias
e aos outros.
Maslow considerava que vários indivíduos na nossa sociedade não
realizavam a sua necessidade de auto-realização, daí a apatia e alienação.
Quais são, então, as pessoas auto-realizadas?
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São pessoas que:
1 Atingiram um alto nível de desenvolvimento moral e que se preocupam mais
com o bem-estar das pessoas amigas e amadas, com a humanidade, relegando
para segundo plano a preocupação consigo próprias.
2 São criativas, espontâneas e não conformistas, valorizando a independência
e a privacidade, a amizade e a intimidade.
3 Empenham-se numa actividade mais pelo valor próprio que esta possui do
que pela perspectiva e expectativa de fama e dinheiro.
4 Vivem a vida de forma absorvente, intensa, sendo dotadas de um sentido de
unidade com a natureza. A este respeito Maslow fala intensificação de
experiências que podem conduzir a uma transcendência do eu, a um
envolvimento tão completo que a pessoa se esquece de si, dos seus interesses e
egoísmos, do que a afasta da unidade com o todo. Não sendo um exclusivo dos
auto-realizados estas experiências são mais comuns nestes últimos.
5 Têm uma visão realista mas positiva da vida como desafio constante que se
deve enfrentar.
6 Apreciam os valores democráticos mas não são convencionais, têm espírito
crítico.
O número de pessoas que, segundo Maslow, atinge a auto-realização é
muitíssimo reduzido. Largos milhões de pessoas estão a esse respeito limitadas
quer pelos padrões culturais do meio quer pela terrível luta pela sobrevivência.
3.6 - TEORIA PSICANALÍTICAO princípio básico da teoria psicanalítica da motivação é considerar que o
comportamento humano é fundamentalmente motivado por razões de carácter
inconsciente e orientado por pulsões.
Pulsão à impulso energético que encontra a sua origem numa tensão
orgânica. Esta orienta a pessoa para determinados afectos, mentalizações e
comportamentos.
Comportamento à é orientado pela tendência do organismo em reduzir a
tensão. O nosso aparelho psíquico tende a manter um nível de excitação baixo
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e constante: obtém-se prazer pela redução da excitação e desprazer pelo
aumento da excitação. Freud considera que as pulsões têm uma origem,
finalidade, uma força e um objecto tendente para o reequilíbrio homeostático.
Fonte de pulsão à a pulsão pode partir de várias zonas do corpo. É um
processo somático localizado num órgão ou numa parte do corpo cuja
excitação é representada pela pulsão.
Alvo da pulsão à o fim da pulsão é sempre a satisfação que é atingida com a
supressão ou redução do estado de excitação orgânica: a finalidade da pulsão
é a satisfação que põe fim à excitação.
Força da pulsão à a pulsão tem uma energia, um ímpeto. Podemos dizer que
a característica essencial da pulsão é o seu carácter dinâmico.
Objecto da pulsão à é o meio que permite a satisfação da pulsão. O objecto
da pulsão é muito variável: pode ser estranho ao organismo ou a uma parte do
próprio corpo.
3.7 - Teoria Cognitiva e Relacional de Nuttin
Nuttin apresenta uma teoria cognitiva e relacional. Segundo este autor, o
comportamento não nasce de uma carência ou desequilíbrio homeostático, mas de uma
“persistência” da tensão, de um “dinamismo temporal” que leva o indivíduo ao
desenvolvimento e ao progresso.
Integrando o passado de forma personalizada e intencional, o sujeito pensa o futuro
com aspirações, projectos, construindo planos de acção. Assim, a acção dirige-se a uma
categoria de objectos na qual o sujeito pode satisfazer as suas necessidades,
introduzindo assim a possibilidade de opção.
Em oposição com as visões instintivas e impessoais da motivação humana, Nuttin
apresenta as necessidades, os motivos e as finalidades da acção como personalizadas,
compreendidas em função da pessoa, das suas mentalizações e dos seus projectos de
vida.
UNIDADE IV = A APRENDIZAGEM
A aprendizagem é o modo como os seres adquirem novos conhecimentos,
desenvolvem competências e mudam o comportamento.
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Por um lado, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada
apenas através de recortes do todo.
Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e
saber.
4.1 - COMO A APRENDIZAGEM ACONTECE?
O aprender é um processo pessoal, que acontece dentro da cabeça de cada
indivíduo. Esse processo exige que o aprendiz pense por si próprio. Assim, para a
Psicologia Cognitiva, simplesmente receber informações de um professor não é
suficiente para que o aluno aprenda com compreensão, porque, nesse caso, a
criança fica passiva, não pensa com a própria cabeça.
A Psicologia estudou também quais objectos ou actividades ajudam na
aprendizagem. Ela tem mostrado que o pensamento e o aprendizado da criança
desenvolvem - se ligados à observação e investigação do mundo. Quanto mais a
criança explora as coisas do mundo, mais ela é capaz de relacionar factos e
ideias, tirar conclusões, ou seja, mais ela é capaz de pensar e compreender.
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de
estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há
aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar,
a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física,
psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e
temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por
esses factores, e por predisposições genéticas.
4.2 - PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Segundo os behavioristas a aprendizagem é uma aquisição de
comportamentos através de relações mais ou menos mecânicas entre um
Estímulo e uma Resposta (Estimulo → Resposta = Comportamento).
Numa abordagem cognitiva, considera-se que o homem não pode ser
considerado um ser passivo. Ele organiza suas experiências e procura lhes dar
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significado. Enfatiza a importância dos processos mentais do processo de
aprendizagem, na forma como se percepciona, selecciona, organiza e atribui
significados aos objectos e acontecimentos.
De uma perspectiva humanista existe uma valorização do potencial
humano assumindo-o como ponto de partida para a compreensão do processo de
aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu próprio destino,
possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é consequência da
escolha humana. Os princípios que regem tal abordagem são a auto-direcção e o
valor da experiência no processo de aprendizagem.
Preocuparam-se em tornar a aprendizagem significativa, valorizando a
compreensão em detrimento da memorização tendo em conta, as características
do sujeito, as suas experiências anteriores e as sua motivações:
O indivíduo é visto como responsável por decidir o que quer aprender;
A aprendizagem é vista como algo espontâneo.
Numa abordagem social, as pessoas aprendem observando outras pessoas
no interior do contexto social. Nessa abordagem a aprendizagem é em função da
interacção da pessoa, do ambiente e do comportamento.
4.3 - O PAPEL DA MEMÓRIA NA APRENDIZAGEM
Independente da escola de pensamento seguida, sabe-se que o indivíduo
desde o nascimento, utilizando seu campo perceptual, vai ampliando seu
repertório e construindo conceitos, em função do meio que o cerca.
Estes conceitos são regidos por mecanismos de memória onde as imagens
dos sentidos são fixadas e relembradas por associação a cada nova experiência.
Os efeitos da aprendizagem são retidos na memória, onde este processo é
reversível até um certo tempo, pois depende do estímulo ou necessidade de
fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança neural duradoura.
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4.3.1 - MEMÓRIA DE CURTO PRAZO
A memória de curto prazo é reversível e temporária, acredita-se que decorra
de um mecanismo fisiológico, por exemplo um impulso electroquímico gerando
um impulso da sinapse ou sináptico, que pode manter vivo um traço da memória
por um período de tempo limitado, isto é, depois de passado certo período,
acredita-se que esta informação desvanece - se. Logo a memória de curto prazo
pouco importa para a aprendizagem.
4.3.2 - MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
A memória permanente, ou memória de longo prazo, depende de
transformações na estrutura química ou física dos neurónios. Aparentemente as
mudanças sinápticas têm uma importância primordial nos estímulos que levam
aos mecanismos de lembranças como imagens, odores, som/sons, etc, que,
avulsos parecem ter uma localização definida, parecendo ser de certa forma
blocos desconexos, que ao serem activados montam a lembrança do evento que
é novamente sentida pelo indivíduo, como por exemplo, a lembrança da
confecção de um bolo pela avó pela associação da lembrança de um determinado
odor.
4.4 - TipOS DE APRENDIZAGEM
Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que
mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa
aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias entre os
estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de
aprendizagem:
Visual: aprendizagem centrada na visualização;
Auditiva: centrada na audição;
Leitura/escrita: aprendizagem através de textos;
Activa: aprendizagem através do fazer;
Olfativa : através do cheiro pode possibilitar conhecimento já
adquirido anteriormente, com o deitar de gazes são exemplo de uma
aprendizagem olfactiva.
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UNIDADE V: A INTELIGÊNCIA
"A inteligência é como um pára-quedas: só funciona se estiver aberta."
(Deway)
A inteligência é a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver
problemas, abstrair ideias, compreender ideias, linguagens e aprender. Embora
pessoas leigas geralmente percebam o conceito de inteligência sob um escopo
muito maior, na Psicologia, o estudo da inteligência geralmente entende que este
conceito não compreende a criatividade, o carácter ou a sabedoria. Conforme a
definição que se tome, pode ser considerado um dos aspectos da personalidade.
5.1 - INTELIGÊNCIA SOCIAL
O poder Inteligência Social é a capacidade da personagem lidar com outras
pessoas e compreender os sentimentos alheios, os relacionamentos sociais e as
convenções morais. Personagens com alta Inteligência Social são sensíveis, têm
tato, sabem ser atenciosos, calorosos e amigáveis. Gostam mais de elogiar do
que de criticar e sabem evitar conflitos e discussões. Dão grande atenção a
afetos e paixões e tendem a decidir com base em sentimentos. São bons em
fazer amigos, influenciar pessoas e transmitir sua disposição aos demais. Isso
não significa que sejam necessariamente pessoas éticas, justas ou bondosas:
podem ser simplesmente bons manipuladores das emoções alheias.
Dependem principalmente de Inteligência Social as habilidades que se
baseiam em relacionamento social e influência sobre os outros – como atuação,
lábia, eloqüência, sofisticação, persuasão, insinuação, humorismo, antropologia,
sociologia, etiqueta, hospitalidade, vendas, ensino, administração e sacerdócio.
5.2 – Tipos de INTELIGÊNCIA
Estabelecidos os critérios acima, foram identificadas as seguintes inteligências:
1 - Lógico-matemática - a capacidade de confrontar e avaliar objectos e
abstracções, discernindo as suas relações e princípios subjacentes. Possuem esta
característica os matemáticos, os cientistas e os filósofos como: Stanislaw
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Ulam, Alfred North Whitehead, Henri Poincaré, Albert Einstein, Marie
Curie, entre outros;
2 - Linguística - caracteriza-se por um domínio e gosto especial pelos idiomas e
pelas palavras e por um desejo em os explorar. É predominante em poetas,
escritores, e linguistas, como T. S. Eliot, Noam Chomsky, e W. H. Auden;
3 - Musical - identificável pela habilidade para compor e executar padrões
musicais, executando pedaços de ouvido, em termos de ritmo e timbre, mas
também escutando-os e discernindo-os. Pode estar associada a outras
inteligências, como a linguística, espacial ou corporal-cinestésica. É predominante
em compositores, maestros, músicos, críticos de música como por exemplo,
Ludwig van Beethoven, Leonard Bernstein, Midori, John Coltrane;
4 - Espacial - expressa-se pela capacidade de compreender o mundo visual com
precisão, permitindo transformar, modificar percepções e recriar experiências
visuais até mesmo sem estímulos físicos. É predominante em arquitectos,
artistas, escultores, cartógrafos, navegadores e jogadores de xadrez, como por
exemplo Miguel Ângelo, Frank Lloyd Wright, Garry Kasparov, Louise
Nevelson, Helen Frankenthaler;
5 - Corporal-cinestésica - traduz-se na maior capacidade de controlar e
orquestrar movimentos do corpo. É predominante entre actores e aqueles que
praticam a dança ou os desportos, como por exemplo Marcel Marceau, Martha
Graham, Michael Jordan, Pelé;
6 - Intrapessoal - expressa na capacidade de se conhecer, estando mais
desenvolvida em escritores, psicoterapeutas e conselheiros, como por exemplo,
Sigmund Freud;
7 - Interpessoal - expressa pela habilidade de entender as intenções,
motivações e desejos dos outros. Encontra-se mais desenvolvida em: políticos,
religiosos e professores, como por exemplo, Mahatma Gandhi;
8 - Naturalista - traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os
objectos, fenómenos e padrões da natureza, como reconhecer e classificar
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plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de
fauna, flora, meio ambiente e seus componentes. É característica de paisagistas,
arquitectos e mateiros. São exemplos deste tipo de inteligência: Charles
Darwin, Rachel Carson, John James Audubon;
9 - Existencial - investigada no terreno ainda do "possível", carece de maiores
evidências. Abrange a capacidade de reflectir e ponderar sobre questões
fundamentais da existência. Seria característica de líderes espirituais e de
pensadores filosóficos como por exemplo: Jean-Paul Sartre, Sorën
Kierkegaard, Maya Angelou, Paul Erdös, Frida Kahlo, Alvin Ailey,
Margaret Mead, o Dalai Lama, Charles Darwin ou Joni Mitchell.
5.3 - Quociente de inteligência
Quociente de inteligência (abreviado para QI, de uso geral) é uma medida obtida
por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades cognitivas (inteligência) de
um sujeito, em comparação ao seu grupo etário. A medida do QI é normalizada para que
o seu valor médio seja de 100 e que tenha um determinado desvio-padrão, como 15.
5.3.1 - História sobre o QI
Os testes de inteligência surgiram na China, no século V, e começaram a ser
usados cientificamente em França, no século XX. Em 1905, Alfred Binet e o seu colega
Theodore Simon criaram a Escala de Binet-Simon, usada para identificar estudantes
que pudessem precisar de ajuda extra na sua aprendizagem escolar. Os autores da
escala assumiram que os baixos resultados nos testes indicavam uma necessidade para
uma maior intervenção dos professores no ensino destes alunos e não necessariamente
que estes tivessem inabilidade de aprendizagem. Esta opinião ainda é defendida por
alguns autores modernos que não são da área psicométrica. No seu artigo New Methods
for the Diagnosis of the Intellectual Level of Subnormals Binet relata:
Em 1912, Wilhelm Stern propôs o termo “QI” (quociente de inteligência) para
representar o nível mental, e introduziu os termos "idade mental" e "idade cronológica".
Stern propôs que o QI fosse determinado pela divisão da idade mental pela idade
cronológica. Assim uma criança com idade cronológica de 10 anos e nível mental de 8
anos teria QI 0,8, porque 8 / 10 = 0,8.
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Em 1916, Lewis Madison Terman propôs multiplicar o QI por 100, a fim de
eliminar a parte decimal: QI = 100 x IM / IC, em que IM = idade mental e IC = idade
cronológica. Com esta fórmula, a criança do exemplo acima teria QI 80.
A classificação proposta por Lewis Terman era a seguinte:
QI acima de 140: Genialidade
121 - 140: Inteligência muito acima da média
110 - 120: Inteligência acima da média
90 - 109: Inteligência normal (ou média)
80 - 89: Embotamento
70 - 79: Limítrofe
50 - 69: Cretino
Sendo assim, a fórmula exacta do QI era:
A classificação, originalmente proposta por Davis Wechsler era a seguinte:
QI acima de 127: Superdotação
121 - 127: Inteligência superior
111 - 120: Inteligência acima da média
91 - 110: Inteligência média
81 - 90: Embotamento ligeiro
66 - 80: Limítrofe
51 - 65: Debilidade ligeira
36 - 50: Debilidade moderada
20 - 35: Debilidade severa
QI abaixo de 20: Debilidade profunda
5.3.2 - SAÚDE E Q.I.
Acredita-se que pessoas com um Q.I. elevado têm menores índices de morbilidade
e mortalidade, quando adultas. Também apresentam menos risco de sofrerem de
desordens relacionadas ao stress pós-traumático, depressão acentuada e esquizofrenia.
Por outro lado, aumenta o risco de padecimento de transtorno obsessivo - compulsivo.
Existe uma grande possibilidade dessa correlação existir pelo facto de que pessoas com
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um Q.I. mais alto têm em média indicadores socioeconómicos maiores, possibilitando um
acesso melhor à saúde e informação.
UNIDADE VI: A MEMÓRIA
O que nos faz lembrar de uma detalhada história ocorrida no passado? Como
deixamos fluir naturalmente as frases complicadas de longas canções? Por que
nunca nos esquecemos de como se dirige um automóvel?
Nestes exemplos, a memória surge como um processo de retenção de
informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando
as chamamos. É uma função cerebral superior relacionada ao processo de
retenção de informações obtidas em experiências vividas. O termo memória tem
sua origem etimológica no latim e significa a faculdade de reter e /ou readquirir
ideias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente
reportando-se às lembranças, reminiscências.
A memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela forma
a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de
representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da
experiência.
Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento,
habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no
presente e prevermos o futuro.
6.1 - TIPOS De MEMÓRIA
Pense na diferença entre memorizar a data de aniversário de alguns amigos
versus aprender a andar de bicicleta. As diversas coisas que aprendemos e
lembramos não são processadas sempre pelo mesmo mecanismo neural.
Existem diferentes categorias de memórias, entre elas estão:
A memória ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns
segundos.
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A memória de curto prazo (ou curta duração), que dura minutos ou
horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente
A memória de longo prazo (ou de longa duração), que estabelece
em gramas (ou traços duradouros (dura dias, semanas ou mesmo anos).
Quando você acaba de ouvir o número de telefone ditado por alguém, mas
em poucos segundos é incapaz de se lembrar de parte ou de todos aqueles
números. Por que?
Esta memória é temporária e limitada em sua capacidade, sendo
armazenada por um tempo muito curto no cérebro, da ordem de mil segundos a
poucos minutos. É a memória de curta duração. Para que ela se torne
permanente, ela requer atenção, repetições e ideias associativas. Mas, através
de um mecanismo ainda não conhecido, você pode se lembrar subitamente de
um facto esquecido, como aquele número de telefone que havia esquecido.
Neste caso, a informação foi armazenada na memória de longa duração que
é mais permanente e tem uma capacidade muito mais ampla. Para uma boa
explicação sobre como é formada a memória de longa duração, veja o artigo do
Professor Izquierdo Os Labirintos da Memória.
O processo de armazenar novas informações na memória de longa duração
é chamado de consolidação. A memória para datas (ou fatos históricos e outros
eventos) é mais fácil de se formar, mas ela é facilmente esquecida, enquanto que
a memória para aprendizagem de habilidades tende a requerer repetição e
prática.
Muitos especialistas consideram memória de curta duração e memória
operacional como a mesma coisa. Entretanto, uma característica chave que
distingue uma da outra é, não somente o seu aspecto operacional, como também
as múltiplas regiões no cérebro onde o armazenamento temporário ocorre.
Isto implica que nós podemos não ser conscientes de todas as informações
armazenadas ao mesmo tempo na memória operacional, nas diferentes partes do
cérebro. Tomemos o exemplo de dirigir um carro. Esta é uma tarefa complexa
que requer diversos tipos de informações processados simultaneamente, tais 41
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como a informação sensorial, cognitiva e motora. Parece improvável que estes
vários tipos de informação sejam armazenados em um único sistema de memória
de curta duração.
Nossa habilidade de lembrar eventos não se reflecte na operação de um
único sistema de memória, mas em uma combinação de no mínimo duas
estratégias usadas pelo cérebro para adquirir informação. Uma das estratégias é
denominada de memória explícita, ou memória declarativa, requerendo
participação consciente e envolvendo o hipocampo e o lobo temporal. a outra
estratégia é a memória implícita, a qual não requer participação consciente,
utilizando estruturas não corticais.
6.2 - CARACTERISTICAS DA MEMÓRIA
Memória operacional - é crucial tanto no momento da aquisição como
no momento da evocação de toda e qualquer memória, declarativa ou não.
Através dela armazenamos temporariamente informações que serão úteis apenas
para o raciocínio imediato e a resolução de problemas, ou para a elaboração de
comportamentos, podendo ser esquecidas logo a seguir.
Em outras palavras, ela mantém a informação viva durante poucos segundos
ou minutos, enquanto ela está sendo percebida ou processada. Armazenamos em
nossa memória operacional, por exemplo, o local onde estacionamos o
automóvel, uma informação que será necessária até o momento de chegarmos
até o carro. Esta forma de memória é sustentada pela actividade eléctrica de
neurónios do córtex pré-frontal (a área do lobo frontal anterior ao córtex motor).
Esses neurónios interagem com outros, através do córtex entorrinal, inclusive do
hipocampo, durante a percepção, aquisição ou evocação.
Memória declarativa - (ou explícita) é a memória para fatos e eventos,
por exemplo, lembrança de datas, fatos históricos, números de telefone, etc.
Reúne tudo o que podemos evocar por meio de palavras (daí o termo
declarativa). Subcaracterizada em:
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Episódica: quando envolve eventos datados, isto é, relacionados ao
tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando lembramos do
ataque terrorista em 11 de Setembro de 2001 nos EUA.
Semântica: Abrange a memória do significado das palavras (do latim
"significado"). É a co-participação partilhada do significado de uma palavra que
possibilita às pessoas manterem conversas com significado. A memória
semântica ocorre quando envolve conceitos atemporais. Usamos este tipo de
memória ao aprender que Einstein criou a teoria da relatividade, ou que a
capital da Itália é Roma.
Memória não - declarativa (ou implícita) - Se difere da explícita
(declarativa) porque não precisa ser verbalizada (declarada). É a memória para
procedimentos e habilidades, por exemplo, a habilidade para dirigir, jogar bola,
dar um nó no cordão do sapato e da gravata, etc. Pode ser de quatro (4)
subtipos:
Memória adquirida e evocada por meio de "dicas" (ou memória de
representação perceptual) - que corresponde à imagem de um evento, preliminar
à compreensão do que ele significa. Um objecto, por exemplo, pode ser retido
nesse tipo de memória implícita antes que saibamos o que é, para que serve, etc.
Considera-se que a memória pode ser evocada por meio de "dicas" (fragmentos
de uma imagem, a primeira palavra de uma poesia, certos gestos, odores ou
sons).
Memória de procedimentos - refere-se às habilidades e hábitos.
Conhecemos os movimentos necessários para dar um nó em uma gravata, nadar,
dirigir um carro, sem que seja preciso descrevê-lo verbalmente.
Memória não-associativa - Estas duas últimas estão estreitamente
relacionadas a algum tipo de resposta ou comportamento. Empregamos a
memória associativa, por exemplo, quando começamos a salivar pelo simples
fato de olhar para um alimento apetitoso, por termos, em algum momento de
nossa vida associado seu aspecto ou cheiro à alimentação. Por outro lado,
usamos a memória não associativa quando, sem nos darmos conta, aprendemos
que um estímulo repetitivo, por exemplo, o latido de um cãozinho, não traz
riscos, o que nos faz relaxar e ignorá-lo.
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6.3 - OS MECANISMOS CEREBRAIS DA MEMÓRIA
A memória não está localizada em uma estrutura isolada no cérebro; ela é
um fenómeno biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas
cerebrais que funcionam juntos.
O lobo temporal é uma região no cérebro que apresenta um significativo
envolvimento com a memória. Ele está localizado abaixo do osso temporal (acima
das orelhas), assim chamado porque os cabelos nesta região frequentemente são
os primeiros a ser tornarem brancos com o tempo. Existem consideráveis
evidências apontando esta região como sendo particularmente importante para
armazenar eventos passados. O lobo temporal contém o neocórtex temporal, que
pode ser a região potencialmente envolvida com a memória a longo prazo.
Nesta região também existe um grupo de estruturas interconectadas entre si
que parece exercer a função da memória para factos e eventos, entre elas está o
hipocampo, as estruturas corticais circundando-o e as vias que conectam estas
estruturas com outras partes do cérebro.
O hipocampo ajuda a seleccionar onde os aspectos importantes para fatos e
eventos serão armazenados e está envolvido também com o reconhecimento de
novidades e com as relações espaciais, tais como o reconhecimento de uma rota
rodoviária.
A amígdala, por sua vez, é uma espécie de "aeroporto" do cérebro. Ela se
comunica com o tálamo e com todos os sistemas sensoriais do córtex, através de
suas extensas conexões. Os estímulos sensoriais vindos do meio externo como
som, cheiro, sabor, visualização e sensação de objectos, são traduzidos em sinais
eléctricos, e activam um circuito na amígdala que está relacionado à memória, o
qual depende de conexões entre a amígdala e o tálamo.
Conexões entre amígdala e hipotálamo, onde as respostas emocionais
provavelmente se originam, permitem que as emoções influenciem a aprendizagem,
porque elas activam outras conexões da amígdala para as vias sensoriais, por exemplo,
o sistema visual. O Córtex pré-frontal exibe também um papel importante na resolução
de problemas e planejamento do comportamento. Uma razão para se acreditar que o
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córtex pré-frontal esteja envolvido com a memória, é que ele está interconectado com o
lobo temporal e o tálamo.
6.4 - PERDA DA MEMÓRIA
A perda de memória pode estar associada a determinadas doenças
neurológicas, a distúrbios psicológicos, a problemas metabólicos e também a
certas intoxicações. A forma mais frequente de perda de memória é conhecida
popularmente como "esclerose" ou demência. A demência mais comum é a
doença de Alzheimer que se caracteriza por acentuada perda de memória
acompanhada de graves manifestações psicológicas como por exemplo a
alienação. Estados psicológicos alterados como o stress, a ansiedade e a
depressão podem também alterar a memória.
A falta de vitamina B1 (tiamina) e o alcoolismo levam a perda da memória
para factos recentes e com frequência estão associados a problemas de marcha
e de confusão mental. Doenças da tiróide, como o hipotiroidismo, se
acompanham de comprometimento da memória.
O uso de medicação tranquilizante ("calmantes") por tempo prolongado
provoca a diminuição da memória e favorece também a depressão, o que leva a
uma situação que pode se confundir com a demência. A vida sedentária com
excesso de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente,
favorece a perda de memória. Contrariamente ao esquecimento comum ocorrido
normalmente no dia-a-dia de nossas vidas, existem algumas doenças e injúrias
no cérebro que causam séria perda de memória e também interferem com a
capacidade de aprender. A esta inabilidade dá-se o nome de Amnésia.
6.4.1 - FACTORES QUE PODEM CAUSAR PERDA TOTAL OU PARCIAL DA MEMÓRIA
Concussão
A Concussão ou traumatismo do cérebro pode causar perda da memória
manifestada de diferentes formas:
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Amnésia retrógrada: Os eventos ocorridos antes do trauma (no
momento ou meses e anos antes) não serão lembrados, mas a pessoa se lembra
de coisas após o trauma.
Amnésia anterógrada: Os eventos ocorridos após o trauma não serão
lembrados. Em casos mais severos, a pessoa pode ser incapaz de aprender
qualquer coisa nova, como é o caso de um paciente que todas as vezes que
encontrava o seu médico o cumprimentava como se fosse a primeira vez que o
visse.
Amnésia transitória global: É uma forma de amnésia que dura um
curto período de tempo e envolve a amnésia anterógrada acompanhada pela
retrógrada.
Este tipo de amnésia é causado por isquemia cerebral (redução temporária
do suprimento sanguíneo). De acordo com Bear e Cols, 1996 , embora raros,
existem registos deste tipo de amnésia causado por: Stress; Acidente de
carro; Jogo de futebol; Drogas; Banho frio; Sexo.
Alcoolismo crónico
Álcool: O alcoolismo é um dos mais sérios candidatos a afectar a
memória. O álcool afecta especialmente a memória a curta duração, o que
prejudica a habilidade de reter novas informações. Estudos mostraram que
mesmo a ingestão de baixas quantidades de bebida alcoólica durante toda a
semana interfere com a habilidade de lembrar.
Drogas e Medicamentos
Medicação: algumas drogas podem causar perda da memória:
tranquilizantes, relaxantes musculares, pílulas para dormir, e drogas anti-
ansiedade, particularmente os benzodiazepínicos que incluem o diazepam
(valium) e lorazepam. Algumas drogas cardíacas, tais como o propanolol, que é
usada para controlar a pressão alta (hipertensão) pode causar problemas de
memória e depressão.
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Fumo: Já é conhecido que o fumo quebra a quantidade de oxigénio que
chega ao cérebro e este fato muitas vezes afecta a memória. Estudos mostraram
que fumantes de um ou mais pacotes de cigarros por dia tiveram dificuldades em
lembrar de faces e nomes de pessoas em teste de memória visual e verbal,
quando comparados com indivíduos não fumantes (Turkington, 1996).
Cafeína: Café e chá têm um efeito muito positivo para manter a atenção e
acabar com o sono, mas a excitação provocada por estas bebidas pode interferir
com a função da memória.
Tumor cerebral: O Tumor cerebral pode evoluir com problemas de
memória além de outros sintomas próprios.
Encefalite: Nas encefalites, no acidente vascular cerebral também
podem ocorrer problemas em diversas fases da memória.
6.5 - COMO MELHORAR A MEMÓRIA
A contínua actividade intelectual como a leitura, exercícios de memória,
palavras cruzadas e jogo de xadrez auxiliam a manutenção da memória. O estilo
de vida activo com actividade física feita com regularidade e uma dieta saudável
são básicas para a manutenção da memória.
A diminuição da memória que ocorre na terceira Idade, na maioria das vezes
é absolutamente benigna, mas frequentemente, por falta de melhor informação,
angustia o idoso que tem dificuldade de aceitá-la como um facto normal.
Existem muitas coisas que você pode fazer para melhorar a sua memória,
entre as quais o uso de determinadas técnicas mentais, e os cuidados com a
nutrição e os medicamentos.
Estimular a memória: Utilize ao máximo a sua capacidade mental;
desafie o novo; aprenda novas habilidades, Se você trabalha em um escritório,
aprenda a dançar; Se for um dançarino; aprenda a lidar com computador; se
trabalhar com vendas; aprenda a jogar xadrez; se for um programador; aprenda a
pintar. Isto poderá estimular os circuitos neurais do seu cérebro a crescerem.
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Prestar atenção: Não tente guardar todos os fatos que acontecem, mas
focalize sua atenção e se concentre naquilo que você achar mais importante,
procurando afastar de si todos os demais pensamentos.
Exercício: pegue um objecto qualquer, por exemplo, uma caneta e se
concentre nela. Pense sobre suas diversas características: seu material, sua
função, sua cor, sua anatomia, etc. Não permita que nenhum outro pensamento
ocupe a sua mente enquanto você estiver concentrado na caneta.
Relaxar: É impossível prestar atenção se você estiver tenso ou nervoso.
Exercício: prenda a respiração por dez segundos e vá soltando-a lentamente.
Associar fatos a imagens: Aprenda técnicas mneumónicas. Elas são
uma forma muito eficiente de memorizar grande quantidade de informação.
Visualizar imagens: Veja as figuras com os "olhos da mente".
Alimentos: Algumas vitaminas são essenciais para o funcionamento
apropriado da memória: tiamina, ácido fólico e vitamina B12. São encontradas no
pão e cereais, vegetais e frutas. Alguns especialistas afirmam que vitaminas
sintetizadas melhoram a memória, mas outros duvidam dizendo que estudos não
comprovaram que estes nutrientes funcionam.
Água: água ajuda a manter bem funcionantes os sistemas da memória,
especialmente em pessoas mais velhas. De acordo com a Dra. Turkington, a falta
de água no corpo tem um efeito directo e profundo sobre a memória; a
desidratação pode levar a confusão e outros problemas do pensamento.
Sono: Afim de se conseguir uma boa memória, é fundamental que se
permita sono suficiente e descanso do cérebro. Durante o sono profundo, o
cérebro se desconecta dos sentidos e processa, revisa e armazena a memória. A
insónia leva a um estado de fadiga crónica e prejudica a habilidade de
concentrar-se e armazenar informações.
Dicas tais como: tomar notas, organizar-se, usar um diário, manter-se
em forma, check-up regular da saúde, etc
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Devemos identificar nossas diversas habilidades mentais e exercitá-las
sempre com regularidade. Devemos estimular nossas percepções, nossa
memória (recente e antiga), noções espaciais, habilidades lógicas e verbais, etc.
Os exercícios cerebrais nada mais são do que estímulos às funções cerebrais
que podem estar decadentes devido à idade e que já foram activas no passado. A
activação deve ser feita diariamente, durante as actividades normais, como o
caminhar, durante as refeições ou mesmo durante as compras.
Todo dia procure observar um objecto ou pessoa e desenhe suas principais
características. No fim-de-semana procure recordar as figuras. É um tipo de
exercício de memória. Procure identificar ingredientes dos alimentos pelo gosto e
pelo cheiro. Faça isto diariamente e depois procure recordar dos mesmos.
Memorize os preços das coisas sempre que possível e procure recordá-las
mais tarde. Procure identificar as pessoas pela voz ao usar o telefone, por
exemplo. Memorize números de telefones. Memorize no fim do dia as pessoas
com quem falou. Depois, procure lembrar-se do mesmo para toda semana. Utilize
sempre de anotações para consultas posteriores. Inúmeras outras situações
podem ser criadas a partir dessas.
6.6 - DICAS PARA estimular A MEMÓRIA
Para estimular a memória é preciso ter em conta os seguintes requisitos:
Actividade diária: Praticar jogos de xadrez, palavras cruzadas, exercícios
simples como recordar fatos do dia-a-dia (o que comeu no almoço, o que leu no
jornal do dia, o que ocorreu no último capítulo da novela, etc.)
Aprender novas habilidades: computador, pintura, música, etc.
Cultivar a atenção: Ater-se aos fatos mais importantes dos que
ocorreram durante o dia e procurar guardá - los; exercitar-se com objectos
simples mantendo a concentração. (Pegue um relógio, por exemplo, e procure
concentrar-se no mesmo, observando suas características, etc); exercitar-se com
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um texto e procurar reflectir somente sobre o mesmo (um poema, um salmo,
etc).
Exercícios mnemónicos: Associar factos a imagens e procurar guardá-
los na memória. Imaginar um alimento suculento e imaginar todas as suas
características a ponto de sentir prazer.
Alimentação: A boa alimentação é fundamental para a conservação da
memória. Deve-se evitar excessos. Deve-se entender que uma boa alimentação é
a bem balanceada entre proteínas, gorduras e açúcar, sendo rica em vitaminas. A
tiamina, o ácido fólico e a vitamina B12 são importantes para o metabolismo dos
neurotransmissores envolvidos no processo da memória, devendo ser utilizados
de preferência produtos naturais. A água é muito importante, devendo se ter
cuidado em manter-se a hidratação.
Psiquismo: Estar relaxado e emocionalmente bem, é fundamental para
manter uma boa atenção de conservar a memória. A tensão e a ansiedade
prejudicam a memória. A depressão dificulta muito o processo de memorização.
Actividade física: Os exercícios feitos regularmente trazem benefícios
importantes para o processo de memorização. Uma simples caminhada diária é o
suficiente.
Sono: O repouso cerebral é muito importante para se ter uma boa
memória. Quem sofre de insónia tem sua memória prejudicada.
*LEMBRE-SE: Não existem medicamentos específicos para o tratamento da
perda da memória. A Gingko Biloba é a droga hoje em dia mais utilizada numa
tentativa de diminuir a perda da memória ou mesmo regredir um quadro já
instalado. Ela é extraída de folhas de uma árvore muito comum na Europa e nos
Estados Unidos, sendo muito popular na Alemanha, onde tem seu uso aprovado
oficialmente.
É conhecida há centenas de anos, tendo ampla gama de efeitos, actuando
em problemas cardiovasculares, neurológicos e metabólicos. É uma substância
que actua na circulação cerebral, sendo muito utilizada na velhice, com a
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finalidade de melhorar problemas de memória, dificuldades de concentração e
confusão mental. Tem sido utilizada nas fases iniciais da Doença de Alzheimer, no
combate aos problemas cognitivos próprios da doença, melhorando o
comportamento. Infelizmente esses resultados são muito discutidos e
controversos. Não se sabe bem como age, mas parece activar a circulação
cerebral melhorando o aproveitamento do oxigénio pelas células nervosas.
Então, para conservar ou melhorar sua memória, a melhor maneira é EXERCITÁ
– LA!
UNIDADE VII: A PERSONALIDADE
Personalidade deriva do latim - persona - que significava máscara, ou seja
aquilo que queremos parecer aos outros. Na Psicologia a Personalidade é uma
organização dos vários sistemas físicos, fisiológicos, psíquicos e morais que se
interligam, determinando o modo como o indivíduo se ajusta ao ambiente em que
vive. Para o Espiritismo a personalidade está na Alma da pessoa.
A personalidade vai se fazendo ao longo do tempo, desde o nascimento até
a idade adulta, porém, devido à interacção com o meio em que vivemos e à
intenção inata de nos comportarmos como os outros desejariam que fôssemos,
esse desenvolvimento poderá não levar a pessoa à auto-realização, no sentido de
seu Eu real, mas em outras direcções menos saudáveis para o bem estar do
indivíduo, tais como: a do Eu - orgulhoso, a do Eu - coitadinho ou a do Eu -
fatalista.
Para uma criança se desenvolver normalmente ela tem que se sentir aceite
da forma que é. Ela pode ser corrigida e castigada se for preciso, mas deve se
sentir aceite apesar disso, de modo a não afectar o conceito que tem de si
mesma. A corrigenda e o castigo devem ser impessoais, sem ofensas à criança.
Use mais a palavra Eu do que a palavra Você. Diga "Eu não quero" mas nunca
"Você é um burro".
O importante não é se estamos aplicando o castigo justo mas a nossa
generosidade na sua aplicação. Caso contrário, se a criança se sentir rejeitada,
poderá construir, quando mais crescida, um novo conceito distorcido de si
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mesma, onde tenta criar uma falsa ideia de superioridade, entendendo por
exemplo que a agressividade passa a ser força, a indiferença passa a ser
sabedoria e onde a piedade é vista como algo inferior. O Eu - submisso se
transformaria falsamente, nestas circunstâncias, em perfeição cristã e santidade.
As aspirações normais nascem do desenvolvimento da auto-realização
harmoniosa e não da necessidade de realizar um Eu - idealizado. As atitudes
que a criança desenvolve no Lar tornam-se seus futuros comportamentos mais
tarde como adulto.
O traço de personalidade é uma característica constante do indivíduo em
situações variadas. Carl Jung propôs dois agrupamentos de traços que
compreendem em si todas as características pessoais, a Introversão e a
Extroversão. A extroversão consiste na tendência de focalizar o interesse no
mundo exterior, vivendo mais no presente, dando mais valor às pessoas e ao
êxito social, sendo mais práticas. A Introversão consiste em concentrar interesse
nos pensamentos e ideias próprias, visualizando mais o futuro, sendo mais
intuitiva.
Alguns conflitos neuróticos convertem grande parte da angústia em acção
física no corpo da pessoa. Dizemos que houve somatização e a tensão conflituosa
pode afectar várias partes do corpo. Se a região límbica for a atingida passarão a
ocorrer emoções de medo, de angústia e de depressão. Se atingir o hipotálamo e
hipófise surgirão distúrbios da tiróide alterando o desgaste celular, a pressão
arterial e a taxa de açúcar no sangue.
Se a pessoa se fixasse demais em suas deficiências, conflitos e frustrações
perderia sua auto-estima, desintegrando sua personalidade. É preciso se ajustar
através de mecanismos de defesa.
Os principais mecanismos de defesa são:
1. O de compensação (ao se achar inferior em um sector procura se
superar em outro);
2. De racionalização (explicações para os fracassos);
3. De projecção (atribuir a terceiros os sentimentos que são nossos);52
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4. De identificação (assumir mentalmente a identidade de uma
pessoa forte);
5. De regressão (comportamento de pessoas muito mais jovens);
6. De fixação (comportamentos estereotipados);
7. De idealização (criação de um mundo mais justo);
8. De repressão (reprimir a lembrança, afogando a memória);
9. De sublimação (actividades artísticas e religiosas);
10. De fantasia (viver em imaginação o que gostaríamos de
viver).
7.1 - OS FACTORES QUE INFLUEM NA FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA
PERSONALIDADE
Os factores que influem na formação e desenvolvimento da personalidade
são: a família, a escola, a sociedade em geral, a amizade, a solidão, etc.
Assim, o que mais tem impacto na personalidade das pessoas é o que elas
passam na infância... Geralmente traumas na infância fazem as pessoas se
tornarem assassinas, estupradoras, killer's ou até suicidas.
7.2 - TEORIAS SOBRE A PERSONALIDADE
Existem várias correntes teóricas que preconizam o que é a Personalidade e que genericamente são designadas de Teorias da Personalidade. Cada grande teórico isolou e esclareceu aspectos peculiares da natureza humana. De referir que:
Cada um está essencialmente correcto na área que examinou;
O erro só se dá quando afirma que a sua área é a melhor e a única resposta abrangente.
7.2.1 -O PARADIGMA PSICOSSEXUAL DE SIGMUND FREUD
As relações pais – filhos são determinantes na construção da personalidade.
Segundo Freud o desenvolvimento da personalidade faz-se por fases ou etapas:
Oral, Anal, Fálica, Latência, Genital. Portanto, ressalte – se que a realidade
psíquica pode não ser igual ao real.
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O inconsciente é uma parte da personalidade da qual a pessoa não está
consciente e que é um potencial determinante do seu comportamento:
As pessoas apenas têm consciência de uma pequena parte de sua vida
mental;
Alguns conteúdos ficam no Pré-consciente, podendo ser facilmente
recuperados.
O inconsciente contém: pulsões, pressões e forças para acção.
7.2.1.1 - ESTRUTURA DE PERSONALIDADE SEGUNDO FREUD
Id: instintos; opera de acordo com o princípio do prazer “quero o que
quero, quando quero.”
Ego: emerge nas crianças em desenvolvimento quando: identificam
necessidades e desejos próprios. O Ego evolui para lidar com o mundo – localiza
“objectos” para satisfazer o Id. É controlado e lógico. Actua como mediador
entre Id e Super-Ego.
Super-Ego: influencia o Ego para atender a objectivos morais e forçar o Id
a inibir “impulsos animais.”
Sonhos: são desejos do Id disfarçados.
7.2.2 - TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERIK ERIKSON
Erikson defende que existem 8 etapas de vida a que chama crises, as oito
idades do ciclo de vida:
Primeira idade: Bebé (do nascimento aos 18 meses).
Segunda idade: Criança em tenra idade (dos 18 meses, idade do berçário, aos 3 anos).
Terceira idade: Criança em idade pré – escolar (dos 3 anos aos 6 anos).
Quarta idade: Criança em idade escolar (dos 6 aos 12 anos de idade).
Quinta idade: Adolescente (dos 12 aos 20 anos de idade).
Sexta idade: Jovem adulto (dos 20 aos 35 anos de idade).
Sétima idade: Adulto (dos 35 aos 65 anos de idade).
Oitava idade: Idoso (dos 65 anos em diante).
Em cada etapa o sujeito confronta-se, e de preferência supera, novos
desafios ou conflitos. Cada etapa do desenvolvimento da criança é importante e
deve ser bem resolvida para que a próxima etapa possa ser superada sem
problemas.
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7.2.3 - TEORIA DE APRENDIZAGEM SOCIAL DE BANDURA
É um dos autores associado ao Cognitivismo-Social, uma teoria da
aprendizagem baseada na ideia de que as pessoas aprendem através da
observação dos outros e que os processos do pensamento humano são centrais
para se compreender a personalidade:
As pessoas aprendem pela observação dos outros; a aprendizagem é um
processo interno que pode ou não alterar o comportamento; as pessoas
comportam-se de determinadas maneiras para atingir os seus objectivos; o
comportamento é auto-dirigido (por oposição ou determinado pelo ambiente); o
reforço e a punição têm efeitos indirectos e impredizíveis tanto no
comportamento como na aprendizagem; os adultos (pais, educadores,
professores) têm um papel importante como modelos no processo de
aprendizagem da criança.
7.2.4 - TEORIA DA AUTO – REALIZAÇÃO DE ABRAHAM MASLOW
Psicólogo norte – americano, encara o desenvolvimento da Personalidade
baseado na motivação a qual pode ser hierarquizada:
Necessidades fisiológicas: a sede é uma necessidade mais forte que a
fome; mas menos do que respirar; já o sexo é a necessidade menos forte das
atrás referidas (ar, água, comida, sexo). O Oxigénio, água, proteínas, sal, açúcar,
cálcio e outros minerais e vitaminas. Também se inclui aqui a necessidade de
manter o equilíbrio do PH (demasiado ácido ou básico pode matar) e de
temperatura (mais ou menos, 36.7 ºC). Outras necessidades incluídas aqui são
as que se dirigem a manter-nos activos, a dormir, a descansar, a eliminar
desperdícios (CO2, suor, urina e fezes), a evitar a dor e a ter sexo.
Necessidades de segurança e tranquilização: quando as necessidades
fisiológicas se mantêm compensadas, entram em jogo estas necessidades.
Começamos a preocupar-nos com questões que providenciem segurança,
protecção e estabilidade. Pode-se mesmo desenvolver uma necessidade de
estrutura, de certos limites, de ordem. Vendo-o, pela negativa, poder-nos-íamos
começar a preocupar com necessidades como a fome e a sede, ou então como
os medos e ansiedades.
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No adulto médio, este grupo de necessidades remete para a urgência de ir
para casa, ou para um lugar seguro, estabilidade ao nível do trabalho, um bom
plano de férias, e um bom seguro de vida, entre outras.
Necessidades de amor e pertença: quando as outras necessidades
fisiológicas e de segurança e tranquilização, se completam, iniciam-se estas
necessidades que remetem para a necessidade de afecto (amizade, casal,
crianças e relações afectivas, em geral), incluindo a sensação geral de pertencer
a uma comunidade.
Pela negativa, tornamo-nos exageradamente susceptíveis à solidão e às
ansiedades sociais. Na nossa vida quotidiana exibimos estas necessidades
através do desejo de união (matrimónio), de ter uma família, de fazer-mos parte
da comunidade, ser membros de uma igreja, de uma irmandade, fazer parte de
um grupo ou clube social. É igualmente o que procuramos quando elegemos
uma carreira.
Necessidades de estima: Uma vez satisfeitas as necessidades anteriores,
começamos a preocupar-nos com algo relacionado com a auto-estima. Maslow
descreveu duas versões de necessidades de estima: uma elevada, outra baixa.
A baixa necessidade de estima é em relação aos outros, a necessidade de
estatuto, fama, glória, reconhecimento, atenção, reputação, apreciação,
dignidade e inclusive domínio. A alta necessidade de estima relaciona-se com a
necessidade de respeito por si mesmo, incluindo sentimentos tais como
confiança, competência, erros, mestria, independência e liberdade. Observe-se
que esta é uma forma “elevada” porque diferencia o respeito que temos para
com os outros do respeito que temos para connosco. E este é mais difícil de se
perder!
A versão negativa destas necessidades é uma baixa auto-estima, e
complexos de inferioridade. Maslow estava convicto que Adler tinha descoberto
algo importante quando propôs que esta estava na raiz de muitos dos nossos
problemas psicológicos.
Nos países modernos a maioria de nós tem o que necessita no que respeita
às necessidades fisiológicas e de segurança. Por sorte, quase sempre temos um
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pouco de amor e de pertença, no entanto, isso é, na realidade, extremamente
difícil de se alcançar.
Maslow chama a estes quatro níveis anteriores as necessidades de défice ou
Necessidades D. Se não temos algo em demasia (então temos um défice),
sentimos necessidade. No entanto, se alcançamos tudo o que necessitamos já
não sentimos nada! Isto é, deixam de ser motivantes. Como diz um velho ditado
latino: “Não sentes nada a menos que o percas”.
Este autor fala igualmente destes níveis, em termos de homeostasia, a
constitui o princípio através do qual o nosso termóstato funciona de forma
equilibrada: quando está muito frio, liga-se o aquecimento, quando está muito
calor, desliga-se o aquecimento. Da mesma forma, nosso corpo, quando falta
alguma substância desenvolve-se uma forte vontade da referida substância. O
que Maslow faz é apenas alargar o princípio de homeostasia às necessidades,
tais como a segurança, pertença e estima.
Maslow considera todas estas necessidades como essencialmente vitais.
Inclusive, o amor e a estima, são necessárias para a manutenção da saúde.
Afirma que todas estas necessidades estão construídas geneticamente em todos
nós, como os instintos. Assim, chama-lhes necessidades “instintivoídes” (quase
instintivas).
Em termos de desenvolvimento geral, movemo-nos através destes níveis
como se de estádios se tratasse. Quando recém-nascidos o nosso foco (ou o
nosso quase completo complexo de necessidades) situa-se ao nível fisiológico.
Imediatamente começamos a reconhecer que necessitamos sentir-nos seguros.
Pouco tempo depois, procuramos a atenção e o afecto. Um pouco mais tarde,
procuramos a auto-estima. E, imagine-se, isto ocorre logo nos primeiros anos de
vida!
Sob condições de stress ou quando a nossa sobrevivência se encontra
ameaçada, podemos “regressar” a um nível de necessidade menor. Quando o
nosso grande esforço falhou, pode-se procurar um pouco de atenção. Quando a
nossa família nos abandona, parece que a partir daí a única coisa de que
necessitamos é amor.
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Necessidades de auto-realização: De referir uma pequena variação na
Teoria de Maslow que talvez possa ajudar a perceber um pouco melhor o ser
humano. Se formos privados das nossas necessidades físicas básicas, se
estamos a viver abaixo das circunstâncias amenizantes, se estamos alheados
dos demais ou, se não temos confiança nas nossas capacidades, podemos
continuar a sobreviver, no entanto, não vivendo. Não estaremos a actualizar
completamente as nossas potencialidades e inclusive seremos muito bem
capazes de perceber que existem pessoas que se actualizam apesar da
privação.
Se considerarmos as necessidades de défice separadas das de actualização
e se falamos de uma auto-actualização completa em vez de auto-actualização
como uma categoria separada de necessidades, a teoria de Maslow entrelaça-se
com outras teorias e aquelas pessoas excepcionais que conseguem alcançar o
êxito no meio da adversidade podem então ser considerados como heróis em
vez de excepções ou raridades.
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=APÊNDICE=
TIPOS DE FOBIA
TIPO A:
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ABISSOFOBIA - medo de abismos, precipícios;
ABLEPSIFOBIA - medo de ficar cego;
ABLUTOFOBIA - medo de tomar banho;
ACAROFOBIA - medo de ter a pele infestada por pequenos organismos
(ácaros);
ACEROFOBIA - medo de produtos ácidos;
ACLUOFOBIA - medo ou horror exagerado à escuridão;
ACROFOBIA - medo de altura;
ACUSTICOFOBIA - medo relacionado aos ruídos de alta intensidade;
AEROACROFOBIA - medo de lugar aberto e alto;
AERODROMOFOBIA - medo de viagens aéreas;
AEROFOBIA - medo de ventos, engolir ar ou aspirar substâncias tóxicas;
AERONAUSIFOBIA - medo de vomitar (quando viaja de avião);
AFOBIA - medo de falta de fobias;
AGLIOFOBIA - medo de sentir dor;
AFEFOBIA - medo de ser tocado;
AGORAFOBIA - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares
públicos(mercado, supermercado, shopping)ou deixar lugar seguro;
AGRAFOBIA - medo de abuso sexual;
AGRIZOOFOBIA - medo de animais selvagens;
AGIROFOBIA - medo de ruas ou cruzamento de ruas;
AICMOFOBIA - medo de agulhas de injecção ou objectos pontudos;
AILUROFOBIA - medo de gatos;
ALGOFOBIA - medo de dor;
ALTOFOBIA - medo de alturas;
AMATOFOBIA - medo de poeiras;
AMAXOFOBIA - medo mórbido de se encontrar ou viajar dentro de qualquer
veículo de transporte;
AMBULOFOBIA - medo de andar;
AMNESIFOBIA - medo de perder a memória;
ANCRAOFOBIA OU ANEMOFOBIA - medo de correntes de ar;
ANDROFOBIA - medo de homens;
ANALOFOBIA - medo de buracos escuros;
ANEMOFOBIA - medo de ventos;
ANGINOFOBIA - medo de engasgar;
ANTROPOFOBIA - medo de pessoas ou da sociedade;
ANTLOFOBIA - medo de enchentes;
ANUPTAFOBIA - medo de ficar solteiro(a);
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APEIROFOBIA - medo de infinito;
APITOFOBIA - medo de abelhas;
ARACNEFOBIA - medo de aranhas;
ARITMOFOBIA - medo de números;
ASSIMETROFOBIA - medo de coisas assimétricas;
ASTENOFOBIA - medo de desmaiar ou ter fraqueza;
ASTRAFOBIA - medo de trovões ou relâmpagos;
ATAXOFOBIA - medo de desleixo;
ATAXIOFOBIA - medo de ataxia ( descoordenação muscular);
ATAZAGORAFOBIA - medo de ficar esquecido ou ignorado;
ATELOFOBIA - medo de ruínas;
ATOMOSOFOBIA - medo de explosões atómicas;
ATIQUIFOBIA - medo do fracasso;
AUROFOBIA - medo de ouro;
AUTOFOBIA - medo de ficar só ou sozinho;
AUTOMATONOFOBIA - medo de boneco do ventríloquo, criaturas
animatrónicas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente
um ser sensível);
AUTOMISOFOBIA - medo de ficar sujo;
AVIOFOBIA - medo de voar de avião;
AZINOFOBIA - medo de apanhar do pai.
TIPO B:
BACILOFOBIA: medo patológico de germes patogénicos.
BASIFOBIA: medo mórbido de circular, ao andar, basiofobia, basofobia.
BATMOFOBIA: medo patológico de escadas ou de cadeiras altas.
BATOFOBIA: 1- horror de lugares profundos ou como que profundos; 2- medo patológico de passar perto de, ou entre estruturas altas, como edifícios, montanhas , etc
BATROCOFOBIA: medo mórbido de batráquios.
BROMIDROSIFOBIA: medo patológico de odores corporais, com percepções ilusórias quanto a ele.
BRONTOFOBIA: medo mórbido de trovão.
TIPO C:
CARDIOPATOFOBIA: medo patológico de cardiopatia.
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CARTOPTROFOBIA: aversão patológica à espelhos.
CENOFOBIA: 1- medo patológico de grandes espaços abertos; 2- medo
patológico de coisas novas; cenotofobia e neofobia.
CINOFOBIA: medo mórbido de cães.
CIPRIDOFOBIA: 1- medo patológico de doença venéria; 2- medo patológico de
relação sexual.
CLAUTROFOBIA: estado psicopatológico caracterizado pelo medo estar ou
passar em lugares fechados ou tamanho reduzido.
CLEPTOFOBIA: medo mórbido de ser roubado, ou de cometer furto ou de
estar em débito.
CLIMACOFOBIA: medo patológico de escada ou de galgá-las.
COITOFOBIA: medo patológico do coito.
COPROFOBIA: repugnância patológica à defecação e às fezes.
COPROSTAZOFOBIA: medo patológico de sofrer de costipação.
CREMATOFOBIA: aversão patológica à dinheiro.
CREMNOFOBIA: medo patológico de princípios.
CROMATOFOBIA: medo patológico de cores.
CRONOFOBIA: medo patológico do tempo ou do envelhecimento.
TIPO D:
DEMOFOBIA: temor patológico à multidão.
DENDROFOBIA: horror as árvores.
DISMORFOBIA: medo patológico de deformidade corporal, presente ou futura.
DOMATOFOBIA: medo patológico de estar dentro de uma casa.
DORAFOBIA: medo patológico de pele ou pêlo de animais.
TIPOE:
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ENOMOFOBIA: De entom- + -fobia.] Medo patológico à insectos. EREMOFOBIA: [De eremo- + -fobia.] Medo patológico à solidão. EREUTOFOBIA: [De ereuto- + -fobia.] Medo de enrubescer na presença de
outrem. ERGASIOFOBIA: (gà). [De ergasio- + -fobia.] 1. Aversão patológica a trabalho;
2. Medo indevido de sofrer intervenção cirúrgica. ERITROFOBIA: [De eritr(o)- + -fobia.] Manifestação neurótica caracterizada por enrubescimento ao menor
estímulo; 2. Medo patológico de enrubescer; 3. Aversão patológica à cor vermelha.
EROTOFOBIA: [De erot(o)- + -fobia.] Horror ao ato sexual. ESCOPOFOBIA: [De escopo- + -fobia.] Receio mórbido de ser visto.
ESTASIOFOBIA: [De estasi(o)- + -fobia.] Medo mórbido de se pôr de pé.
ELUROFOBIA: [De elur(o)- + -fobia.] Medo patológico de gato.
EMETOFOBIA: (êm). [De emet(o)- + -fobia.] Horror ao vómito.
TIPO F:
FAGOFOBIA: medo patológico de alimentar-se.
FILOFOBIA: medo patológico de fazer amigos.
FOBOFOBIA: medo de seus próprios medos.
FTIRIOFOBIA: aversão patológica à piolhos.
TIPO G:
GAMOFOBIA: medo patológico de casamento.
GEFIROFOBIA: medo patológico de andar em ponte, margem de rio, ou outro
local perto de água.
GINECOFOBIA: aversão patológica a convívio com mulheres, ginafobia.
GRAFOFOBIA: medo patológico de escrever.
TIPO H:
HAFEFOBIA: [De haf(e)- + -fobia.] Receio patológico de tocar ou de ser
tocado.
HELIOFOBIA: (è). [De heli(o)- + -fobia.] Medo patológico da luz solar.
HELMINTOFOBIA: [De helmint(o)- + -fobia.] Medo patológico de ser infectado
por helminto, por verme.
HEMATOFOBIA: [De hemat(o)- + -fobia.] S. f. Psiq Horror ao sangue.
HERPETOFOBIA: [De herpet(o)-1 + -fobia.] Medo patológico de repteis.
HIALOFOBIA: [De hial(o)- + -fobia.] Medo patológico de vidro.
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HIDROFOBIA: [Do gr. hydrophobía, pelo b.-lat. hydrophobia.] Horror aos
líquidos.
HIDROFOBOFOBIA: [De hidrófobo + -fobia.] V. lissofobia.
HIGROFOBIA: [De higr(o)- + -fobia; lat. hygrophobia.] Horror à humidade, que
não se adapta a ela.
HIPNOFOBIA: [De hipn(o)- + -fobia.] 1 Medo de dormir.
Terror ou medo durante o sono.
HIPSOFOBIA: [De hips(o)- + -fobia.] Medo mórbido das alturas.
HODOFOBIA: [De hodo- + -fobia.] Aversão patológica a percorrer caminhos.
HOMOFOBIA: [De hom(o)- + -fobia.] Aversão a homossexuais ou ao
homossexualismo
TIPO I:
ICTIOFOBIA: (ìc). [De icti(o)- + -fobia.] Aversão patológica a peixes.
IDEOFOBIA: (ìd). [De ideo- + -fobia.] 1. Medo mórbido de perder a razão,
2.Medo ou desconfiança de idéia(s).
IOFOBIA: [De io- + -fobia.] Medo patológico de venenos
TIPO L:
LALOFOBIA: [De lal(o)- + -fobia.] Medo mórbido de falar, decorrente, por
vezes, de gagueira; logofobia.
LEMOFOBIA: [De lemo- + -fobia.] Horror à peste (1), ou a qualquer doença
altamente contagiosa.
LEVOFOBIA: [De lev(o)- + -fobia.] Medo mórbido de tudo que se situa do lado
esquerdo daquele que sofre de tal fobia.
LISSOFOBIA: [De liss(o)-2 + -fobia.] Medo mórbido de contrair raiva
1.hidrofobofobia.
LIVROFOBIA: [De livro + -fobia.] Horror aos livros.
LOGOFOBIA: [De log(o)- + -fobia.] Lalofobia (q. v.).
TIPO M:
MAIEUSOFOBIA: [De maieuso- + -fobia.] Medo mórbido do parto.
MELOFOBIA: [De mel(o)-1 + -fobia.] Musicofobia (q. v.).
MISOFOBIA: [De miso- + -fobia.] Temor doentio dos contactos, pelo receio de
infecção ou contaminação.
MONOFOBIA: [De mon(o)- + -fobia.] Horror mórbido à solidão.
MUSICOFOBIA: (mù). [De musico- + -fobia.] Aversão à música; melofobia.
TIPO N:
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NECROFOBIA: [De necr(o)- + -fobia.] Horror mórbido à morte.
NEOFOBIA: [De ne(o)- + -fobia.] V. cenofobia.
NICTOFOBIA: [De nict(o)- + -fobia.] Medo doentio da noite, da escuridão.
NOSOFOBIA: [De noso- + -fobia.] Medo de adoecer, que pode levar alguém a
tratar-se de doenças de que não sofre. [Sin. ger.: patofobia.]
NUDOFOBIA: [De nudo- + -fobia.] Aversão ou sensação mórbida que se
experimenta por ficar nu.
TIPO O:
OCLOFOBIA: [De oclo- + -fobia.] Horror ou aversão à plebe, à multidão.
ODINOFOBIA: [De odin(o)- + -fobia.] Medo patológico de dor.
OFIDIOFOBIA: (fì). [De ofídio2 + -fobia.] Medo mórbido de ofídios.
OMBROFOBIA: [De ombro- + -fobia.] Medo mórbido de chuvas, temporais e
tempestades.
OROFOBIA: [De or(o)- + -fobia.] Horror mórbido às montanhas.
TIPO P:
PACNOFOBIA: Medo patológico de neve; quionofobia.
PANFOBIA: [De pan- + -fobia.] V. pantofobia.
PANOFOBIA: [De pan- + -o- + -fobia.] V. pantofobia.
PANTOFOBIA: [De pant(o)- + -fobia.] Estado de ansiedade que induz o
indivíduo a ter medo de tudo; panfobia, panofobia.
PARASITOFOBIA: [De parasit(o)- + -fobia.] Medo patológico de parasito, ou de
contrair moléstias parasitárias.
PARTENOFOBIA: [De parteno- + -fobia.] Medo mórbido de mulher virgem.
PATOFOBIA: [De pato- + -fobia.] V. nosofobia.
PECATIFOBIA: [Do lat. peccatum, i, 'falta', 'pecado', + -fobia.] Medo
patológico de pecar; pecatofobia.
PECATOFOBIA: [Do lat. peccatum + -fobia.] V. pecatifobia.
PEDOFOBIA: [De ped(o)- + -fobia.] Aversão às crianças.
PIROFOBIA: [De piro- + -fobia.] Horror doentio ao fogo.
PNIGOFOBIA: [De pnigo- + -fobia.] Medo mórbido de morrer por asfixia.
POLIFOBIA: [De poli-1 + -fobia.] Medo patológico de múltiplas coisas.
PONOFOBIA: [De pono- + -fobia.] Medo patológico de trabalho; indolência (3)
mórbida.
POTAMOFOBIA: [De potam(o)- + -fobia.] Medo patológico de rio, de correntes
de água.
PROCTOFOBIA: [De proct(o)- + -fobia.] Estado de apreensão manifestado em
doente com doença anal e/ou retal.
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PSEUDOFOBIA: [De pseud(o)- + -fobia.] Medo mórbido de algo que não causa
dor nem molesta, mas apenas desgosta.
PSICROFOBIA: [De psicro- + -fobia.] Medo mórbido de frio.
TIPO Q
QUEROFOBIA: [De quero- + -fobia.] Desgosto ou medo patológico de
alegria, de jovialidade.
QUIONOFOBIA: [De quion(o)- + -fobia.] V. pacnofobia.
QUEIMAFOBIA OU QUEIMATOFOBIA - medo de frio
QUEMOFOBIA - medo de substâncias químicas ou de trabalhar com
elas
QUENOFOBIA - medo de espaços vazios
QUEROFOBIA - medo de alegria
QUIFOFOBIA - medo de parar
QUIMOFOBIA - medo de ondas
QUIONOFOBIA - medo de neve
QUINOFOBIA - medo de raiva (doença)
QUIRAPTOFOBIA - medo de ser tocada(o)
TIPO R:
RABDOFOBIA - medo de ser severamente punido
RADIOFOBIA - medo de radiação, raio-X
RANIDAFOBIA - medo de sapos
RECTOFOBIA - medo de recto (ânus) ou doenças rectais
RIPOFOBIA - medo de defecação
RITIFOBIA - medo de ficar enrugado
RUPOFOBIA - medo de sujeira
Tipo s:
SARMASSOFOBIA - medo de fazer amor (malaxofobia)
SATANOFOBIA - medo de Satã (demónio)
SELAFOBIA - medo de flashes (luzes)
SELENOFOBIA - medo da lua
SEPLOFOBIA - medo de material radioactivo
SESQUIPEDALOFOBIA - medo de palavras grandes
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SIFILOFOBIA: (sì). [De sifilo- + -fobia.] 1 Medo patológico de ter sífilis; 2.
Ilusão de estar com sífilis.
SITIOFOBIA: [De sitio- + -fobia.] Sitofobia (q. v.).
SITOFOBIA: [De sito- + -fobia.] Medo patológico de alimentar-se; sitiofobia.
SOCIOFOBIA: (sò). [De socio- + -fobia.] Aversão ao que seja relativo a social.
TIPO T:
TAFOFOBIA: [De tafo- + -fobia.] Medo doentio de ser sepultado vivo.
TALASSOFOBIA: [De talass(o)- + -fobia.] Medo patológico de mar.
TANATOFOBIA: [De tanato- + -fobia.] Medo injustificado de morte iminente;
Medo patológico da morte.
TASSOFOBIA: [Do rad. do v. gr. thássein, 'sentar-se', + -o- + -fobia.] Medo
patológico de estar sentado ociosamente.
TAUROFOBIA: [De tauro- + -fobia.] Medo patológico de touros.
TEOFOBIA: [De te(o)- + -fobia.] Temor patológico a Deus ou deuses.
TERATOFOBIA: [De terat(o)- + -fobia.] 1 Aversão patológica a monstro
2.Medo patológico de dar à luz um monstro (1).
TERMOFOBIA: [De term(o)- + -fobia.] Aversão patológica a temperatura
elevada.
TOCOFOBIA: [De toc(o)- + -fobia.] Medo patológico de parir.
TONITROFOBIA: (tô). [De tonitr(o)- + -fobia.] Medo patológico de trovão.
TOPOFOBIA: [De top(o)- + -fobia.]Medo mórbido de determinados lugares.
TOXICOFOBIA: (òcs). [De toxic(o)- + -fobia.] Medo patológico de veneno.
TIPO U:
UIOFOBIA: (ui-o). [De uio- + -fobia.] Mania que consiste na aversão aos
próprios filhos
URANOFOBIA - medo do céu
UROFOBIA - medo de urina ou do acto de urinar
TIPO V:
VENEREOFOBIA: (nè). [De venéreo + -fobia.] V. cipridofobia
VACINOFOBIA - medo de vacinação
VENUSTRAFOBIA - medo de mulher bonita
VERBOFOBIA - medo de palavras
VERMINOFOBIA - medo de vermes
VESTIFOBIA - medo de vestir
VIRGINITIFOBIA - medo de estupro
VITRICOFOBIA - medo do padrasto
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TIPO X:
XENOFOBIA: Aversão a pessoas e coisas estrangeiras; xenofobismo.
XEROFOBIA - medo de secura, aridez
XILOFOBIA - medo de objectos de madeira ou de floresta [De xen(o)- + -
fobia.]
TIPO Z:
ZOOFOBIA: (ô-o). [De zo(o)- + -fobia.] Medo mórbido a qualquer animal:
ZELOFOBIA - medo de ter ciúmes
ZEUSOFOBIA - medo de Deus ou deuses.
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