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13 fevereiro 2020 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCII – N.º 4504 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ 07 e 08 de fevereiro VISITA PASTORAL A PEDRÓGÃO DO ALENTEJO Página 8 No passado fim de semana (08 e 09/Fev.) o senhor D. João Marcos, Bispo de Beja, fez a Visita Pastoral à Paróquia de São Pedro de Pedrógão, entregue ao cuidado pastoral do Padre Manuel Reis. A população ronda os 700 habi- tantes. Pedrógão, como todas as povoações do interior, sofre da sangria de população. No Censo de 1930 eram 2573h. A população é, numa percentagem signifi- cativa, feita de idosos mas, tam- bém a estes a Igreja tem o dever de levar a Boa Nova da Salvação. A Visita Pastoral é um ponto alto na vida de cada comu- nidade cristã. Mais que uma visita do Bispo, é o próprio Senhor Jesus Cristo, o Bom Pastor, que vos visita cheio de amor”, diz o senhor Bispo na Mensagem dirigida a todas as paróquias do Arciprestado de Cuba, onde neste ano pastoral estão a decorrer as Visitas Pas- torais. Por isso mesmo, também, em Pedrógão. Nos desdobráveis com a função de informar e catequizar e que foram sendo distribuídos nas semanas que antecederam a vin- da do senhor Bispo, diz o pároco: - “O senhor Bispo vem estar connosco para nos confirmar na fé, para nos impulsionar no testemunho do Evangelho, no seio das nossas famílias e nos ambientes onde vivemos; este- jamos onde estivermos. Vem para nos dizer de como é importante viver a caridade e a partilha e o dever que temos em nos empe- nharmos no serviço dos outros”. Dia Mundial do Doente O Dia Mundial do Doente, celebra-se anualmente a 11 de fevereiro. Esta efeméride foi instituída a 11 de fevereiro de 1992 pelo Papa João Paulo II. Embora tenha surgido no seio da igreja Católica, pela sua importância, depressa foi acolhida pelas instituições e organizações que cuidam da vida humana, nomeadamente as que atuam no campo da saúde, (particularmente os grupos organizados de voluntariado nos hospitais) em Portugal e em todo o mundo. Desde o primeiro ano, o Dia Mundial do Doente, pretende oferecer momentos fortes de meditação sobre o valor da vida humana, da partilha e do sofrimento, reconhecendo-se em quem sofre, que também por aí pode passar o caminho que leva ao bem-estar e à felicidade das pessoas. O Papa Francisco, na sua mensagem para este dia, recorda «tantos irmãos e irmãs de todo o mundo sem possibilidades de acesso aos cuidados médicos, porque vivem na pobreza”. Por isso, pediu às instituições sanitárias e aos governos de todos os países do mundo que não sobreponham o aspeto económico ao da justiça social, conciliando os princípios de solidariedade e subsidiariedade”, se coopere para que todos tenham acesso a cuidados médicos adequados para salvaguardar e restabelecer a saúde. Hospital de Beja D. João Marcos, Bispo de Beja, nesta terça-feira, Dia Mundial do Doente, pelas 11.30h., presidiu à celebração da Eucaristia na Capela do Hospital, acompanhado pelo Capelão Hospitalar, Pe. José Maria Coelho e o Diácono José Costa. Da parte da tarde, a partir das 15.00 horas, houve a atuação de um pequeno grupo coral de amigos de Lisboa nos 6.º, 3.º e 2.º pisos, no Hall de entrada, Consultas Externas e Fisioterapia. Saudação e desafio Distraídos que andássemos, seria, apesar de tudo, impossível não poisar o olhar sobre a próxima celebração do Dia de S. Valentim /Dia dos Namorados. Muitas são, de facto, as chamadas de atenção para a data: cores e slogans; promoções e ofertas; e até frases oferecidas e ilustradas, para que o amor se diga com palavras alheias, mas literárias e românticas. É importante celebrar o amor. Acompanhamos, por isso, quem o faz com alegria e vontade de percorrer e consolidar caminhos; saudamos as iniciativas que a Pastoral Familiar de diversas dioceses promove em torno do namoro e da educação para os afetos; e assumimos como “júbilo da Igreja a alegria do amor que se vive nas famílias” (Amoris Laetitia,1). O namoro, que o Dia de S. Valentim exalta, é uma etapa fundamental para chegar ao compromisso: tempo de conhecimento mútuo, de consolidação da amizade e de diálogo franco sobre o futuro e os valores que o devem enformar. Realmente, o amor não é uma técnica nem um desejo instintivo ou narcisista. Importa reafirmá-lo perante uma sociedade atraída por sentimentos descartáveis. Oiçamos o Papa Francisco, num encontro com namorados: «Mas o que entendemos por “amor”? Só um sentimento, um estado psicossomático? Se é isto, não se pode construir sobre alguma coisa de sólido. Mas se em vez disso o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e podemos também dizer, como exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa constrói-se em conjunto, não sozinhos. Construir, aqui, significa favorecer e ajudar a crescer. (…)». «Fase única», chamou, por seu turno, ao namoro o Papa Bento XVI. Uma fase única que “abre para a maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer um ao outro: tu és importante para mim”. Aos jovens namorados e aos casais que não deixam de namorar manifestamos a nossa proximidade. E exortamos as famílias e as comunidades eclesiais a serem companhia e apoio, de modo que os jovens possam descobrir o valor e riqueza do matrimónio. Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família para o Dia dos Namorados

13 fevereiro 2020 - Diocese de Beja · no dia 14 de fevereiro, agora para muitos, “Dia dos Namo-rados”. Entre a lenda e a ver-dade, não temos dúvidas de que, por vezes, é preciso

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Page 1: 13 fevereiro 2020 - Diocese de Beja · no dia 14 de fevereiro, agora para muitos, “Dia dos Namo-rados”. Entre a lenda e a ver-dade, não temos dúvidas de que, por vezes, é preciso

13 de fevereiro de 2020

13fevereiro

2020

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCII – N.º 4504

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

07 e 08 de fevereiro

VISITA PASTORAL APEDRÓGÃO DO ALENTEJO

Página 8

No passado fim de semana (08 e09/Fev.) o senhor D. João Marcos,Bispo de Beja, fez a Visita Pastoralà Paróquia de São Pedro dePedrógão, entregue ao cuidadopastoral do Padre Manuel Reis.A população ronda os 700 habi-tantes. Pedrógão, como todas aspovoações do interior, sofre dasangria de população. No Censode 1930 eram 2573h. A populaçãoé, numa percentagem signifi-cativa, feita de idosos mas, tam-bém a estes a Igreja tem o deverde levar a Boa Nova da Salvação.

“A Visita Pastoral é um pontoalto na vida de cada comu-nidade cristã. Mais que umavisita do Bispo, é o próprioSenhor Jesus Cristo, o BomPastor, que vos visita cheio deamor”, diz o senhor Bispo naMensagem dirigida a todas asparóquias do Arciprestado deCuba, onde neste ano pastoralestão a decorrer as Visitas Pas-torais. Por isso mesmo, também,em Pedrógão.Nos desdobráveis com a funçãode informar e catequizar e que

foram sendo distribuídos nassemanas que antecederam a vin-da do senhor Bispo, diz o pároco:- “O senhor Bispo vem estarconnosco para nos confirmar nafé, para nos impulsionar notestemunho do Evangelho, noseio das nossas famílias e nosambientes onde vivemos; este-jamos onde estivermos. Vem paranos dizer de como é importanteviver a caridade e a partilha e odever que temos em nos empe-nharmos no serviço dos outros”.

Dia Mundialdo Doente

O Dia Mundial do Doente, celebra-se anualmente a 11 de fevereiro.Esta efeméride foi instituída a 11 de fevereiro de 1992 pelo Papa JoãoPaulo II. Embora tenha surgido no seio da igreja Católica, pela suaimportância, depressa foi acolhida pelas instituições e organizaçõesque cuidam da vida humana, nomeadamente as que atuam no campoda saúde, (particularmente os grupos organizados de voluntariadonos hospitais) em Portugal e em todo o mundo.Desde o primeiro ano, o Dia Mundial do Doente, pretende oferecermomentos fortes de meditação sobre o valor da vida humana, da partilhae do sofrimento, reconhecendo-se em quem sofre, que também por aípode passar o caminho que leva ao bem-estar e à felicidade das pessoas.O Papa Francisco, na sua mensagem para este dia, recorda «tantosirmãos e irmãs de todo o mundo sem possibilidades de acesso aoscuidados médicos, porque vivem na pobreza”. Por isso, pediu àsinstituições sanitárias e aos governos de todos os países do mundoque não sobreponham o aspeto económico ao da justiça social,“conciliando os princípios de solidariedade e subsidiariedade”, secoopere para que todos tenham acesso a cuidados médicos adequadospara salvaguardar e restabelecer a saúde.

Hospital de BejaD. João Marcos, Bispo de Beja, nesta terça-feira, Dia Mundial doDoente, pelas 11.30h., presidiu à celebração da Eucaristia na Capela doHospital, acompanhado pelo Capelão Hospitalar, Pe. José Maria Coelhoe o Diácono José Costa.Da parte da tarde, a partir das 15.00 horas, houve a atuação de umpequeno grupo coral de amigos de Lisboa nos 6.º, 3.º e 2.º pisos, noHall de entrada, Consultas Externas e Fisioterapia.

Saudação e desafioDistraídos que andássemos, seria, apesar de tudo, impossível não poisar o olhar sobre a próxima celebração do Diade S. Valentim /Dia dos Namorados.Muitas são, de facto, as chamadas de atenção para a data: cores e slogans; promoções e ofertas; e até frases oferecidase ilustradas, para que o amor se diga com palavras alheias, mas literárias e românticas.É importante celebrar o amor.Acompanhamos, por isso, quem o faz com alegria e vontade de percorrer e consolidar caminhos; saudamos asiniciativas que a Pastoral Familiar de diversas dioceses promove em torno do namoro e da educação para os afetos;e assumimos como “júbilo da Igreja a alegria do amor que se vive nas famílias” (Amoris Laetitia,1).O namoro, que o Dia de S. Valentim exalta, é uma etapa fundamental para chegar ao compromisso: tempo deconhecimento mútuo, de consolidação da amizade e de diálogo franco sobre o futuro e os valores que o devemenformar. Realmente, o amor não é uma técnica nem um desejo instintivo ou narcisista. Importa reafirmá-lo peranteuma sociedade atraída por sentimentos descartáveis.Oiçamos o Papa Francisco, num encontro com namorados: «Mas o que entendemos por “amor”? Só um sentimento,um estado psicossomático? Se é isto, não se pode construir sobre alguma coisa de sólido. Mas se em vez disso o amoré uma relação, então é uma realidade que cresce, e podemos também dizer, como exemplo, que se constrói como umacasa. E a casa constrói-se em conjunto, não sozinhos. Construir, aqui, significa favorecer e ajudar a crescer. (…)».«Fase única», chamou, por seu turno, ao namoro o Papa Bento XVI. Uma fase única que “abre para a maravilha doencontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer um ao outro: tu ésimportante para mim”.Aos jovens namorados e aos casais que não deixam de namorar manifestamos a nossa proximidade. E exortamos asfamílias e as comunidades eclesiais a serem companhia e apoio, de modo que os jovens possam descobrir o valor eriqueza do matrimónio.

Mensagem da Comissão Episcopal do Laicadoe Família para o Dia dos Namorados

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13 de fevereiro de 2020SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

Diados Namorados

A história do Dia de São Valentimou Dia dos Namorados remontaao século III, tempos do Im-perador romano Cláudio II que,segundo a lenda, terá proibidoos casamentos para, destemodo, obter mais soldados paraas suas tropas.Um sacerdote, chamado Valen-tim, ter-se-á enchido de coragempara desrespeitar esta ordem oudecreto imperial, realizandocasamentos. De acordo com ohabitual, também este segredofoi descoberto e, em conse-quência, Valentim foi preso,torturado e condenado à morte,no dia 14 de fevereiro, agorapara muitos, “Dia dos Namo-rados”. Entre a lenda e a ver-dade, não temos dúvidas deque, por vezes, é preciso ter anobre coragem para não cum-prir, mesmo a ordem de umimperador, quando estão emcausa valores maiores e nosquais acreditamos.À medida que se aproxima estedia, é de supor que muitos sejaminvadidos por um turbilhão deideias ou possibilidades parasurpreenderem a “outra carametade”. De qualquer forma,sempre será aconselhável deixa-rem-se contagiar pelo humorromântico que alimenta a pa-ciência, fortalece o ânimo e avontade de vencer na conquista

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

do “amor”.Pessoalmente, considero quesó um santo tem a coragem e aforça para, num só dia, apa-drinhar os jantares de todos osromânticos e dar o seu con-tributo para que a paixão fruti-fique em amor duradoiro eeterno.Num mundo de tantas crises,às quais nem o amor escapa, éverdadeiramente lindo e en-cantador poder testemunhar omultiplicar dos afetos, mesmoquando, nas suas raízes pos-sam existir histórias e lendasedificantes.O dia dos namorados serásempre um dia especial paratodos os apaixonados, incan-sáveis na conquista do cora-ção que os seduziu. O amortem a força para mudar com-pletamente a vida e alterar osnossos próprios sonhos,mesmo à custa dos maioressacrifícios.Quando o namoro é valorizadocomo indispensável para adescoberta mútua do outro,tendo em vista uma escolhadefinitiva, é possível que adelicadeza das afeições eafetos, próprios da relaçãoamorosa, conduza à desco-berta da dimensão transcen-dente da experiência humanaque integra a experiência doamor cuja fonte está no próprioDeus.Para todos os apaixonados,aqui deixo um sonho de amor:«Vou levantar-me e dar voltaspela cidade: pelas ruas e pelaspraças procurarei aquele queo meu coração ama. Procurei-o e não o encontrei. Encon-traram-me os guardas quefazem ronda pela cidade:“Vistes aquele que o meucoração ama?” Mal me apar-tei deles, logo encontrei aque-le que o meu coração ama.Abracei-o e não o largarei…»(Cânt.3, 2-4).

Todos, todas as dimensões humanasAs pessoas doentes, muitodoentes e incuráveis deixam deser pessoas? O Dia Mundial doDoente é para todas as pessoasdoentes e cuidadores. Algumasdas pessoas doentes recebem edão satisfação e felicidade aoscompetentes profissionais desaúde por serem curadas poreles. E as incuráveis que recebeme que dão?As tentações de reduzir as di-mensões da pessoa humanaespreitam em todos os períodosda história e tentam os doentes eos curadores. E as vogas da plurie multiculturalidade não garantema abordagem de todas as di-mensões de cada pessoa. Asculturalidades, por vezes, não sãomais que camadas superficiais dapessoa a que falta o caroçoessencial da dignidade semaceção de pessoas. Um modelode relações e ações de reci-procidade teria de responder atodas as pessoas e a todas assuas dimensões.Haverá um critério aceitável deavaliação e validação para ummodelo destes nas políticas,religiões, ciências humanas, boaspráticas de todas as profissões?Teria de ser simétrico no es-sencial: cada pessoa é igual,recebe e dá, é ajudada e ajuda;cada pessoa vale essencialmenteo mesmo que outra; e assimétrico,no não essencial, nas compe-tências operacionais de cui-dador-cuidado. As relações pro-gridem, reciprocamente, semordem fixa, das suas dimensõessuperficiais para as dimensões doessencial que pode ser alcançadonuma e noutra pessoa quando sesuperam desejos sucessivos atéao que realiza cada uma delas noessencial. As pessoas que aju-dam e são ajudadas nunca expli-citam de imediato os seus desejos

mais profundos do essencial. Ocaminho de reciprocidade, àsapalpadelas, leva de um desejopara outro, de uma aspiração esatisfação para outra de modoinfindo.O Dia Mundial dos Doentesdesafia a procurar o essencial doser pessoa e a não se contentarcom as camadas exteriores. Acultura das aparências podemanipular muitos a ficar-se pelasaparências do momento sem ir aoessencial. A condição: “paratodos” não se compadece comabundâncias sem conta paraalguns e carências sem contapara outros.A pesquisa da plena dimen-sionalidade da pessoa podeajudar a construir um modelo depensar, ação e boas práticas derelações humanas, ajuda, cui-dados; uma proposta para asfamílias, organizações e insti-tuições. Um modelo que aposteem todas a dimensões de cadapessoa, doente ou não, e de todasas pessoas, seria aplicado nasreligiões, governos, organizaçõese parcerias internacionais eglobais. Teria, porém, de sesujeitar a uma auditoria de crité-rios de qualidade “em todas asdimensões a todas as pessoas”;de dignidade e direitos prio-ritários para todos. Sem esperarque venham calamidades avisarque não se pode confiar emmodelos de aceção de pessoas,de tudo para uns, nada paraoutros.O papa Francisco afirma na suamensagem deste dia (11.02.2020,nº1) que Jesus Cristo «oferece-Se a Si mesmo” e dá alívio»,«porque (os seus olhos) pene-tram em profundidade»; «aco-lhem o homem todo e todo ohomem segundo a respetivacondição de saúde, sem descartar

ninguém, convidando cada um afazer experiência de ternuraentrando na vida d’Ele». Pessoascom “doenças incuráveis e cróni-cas, patologias psíquicas”, em“reabilitação ou cuidados palia-tivos” com deficiências e navelhice, etc., anseiam todas,implicitamente, por “uma curahumana integral”, nas “váriasdimensões da sua vida rela-cional, intelectiva, afetiva, espi-ritual; e por isso, além das tera-pias, a (pessoa) espera (doscuradores) amparo, solicitude,atenção, em suma, amor” (nº 2).E as dimensões essenciais doscuradores-curados permitem queos doentes na “estalagem” “en-contrem pessoas (…) curadaspela misericórdia de Deus na suafragilidade, (…) fazendo, daspróprias feridas, frestas atravésdas quais divisar o horizontepara além da doença e receber luze ar para a vossa vida”. Perante“os limites e possível fracasso daprópria ciência médica” (…), dizo papa, os curadores são cha-mados a abrir-se à dimensãotranscendente, que pode ofe-recer o sentido pleno da profissãoe lembrar que a vida é sacra epertence a Deus, é inviolável eindisponível (cf. Instr. Donumvitae, 5; Enc. Evangelium vitae,29-53)”. Por todos será “acol-hida, tutelada, respeitada e ser-vida desde o seu início até àmorte”, como exigem a razão e afé em Deus seu autor. O modelode todos e todas as dimensõeslevará, como nenhum outro, àreciprocidade de ser e fazer maisfeliz, quando aproximar o outro ese aproximar mais do essencial deser pessoa, entrando na vidad’Ele (Cristo) aceitando o seuconvite: “vinde a Mim, todos…”e ser uma vida a três dimensõesessenciais.

Aires Gameiro

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13 de fevereiro de 2020 RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

VI Domingodo Tempo Comum

O nosso Domingo

Ano A16 de fevereiro de 2020

Leitura do Livro de Ben-SiráSe quiseres, guardarás os mandamentos: ser fiel depende da tua vontade.Deus pôs diante de ti o fogo e a água: estenderás a mão para o que desejares.Diante do homem estão a vida e a morte: o que ele escolher, isso lhe serádado. Porque é grande a sabedoria do Senhor, Ele é forte e poderoso e vêtodas as coisas. Seus olhos estão sobre aqueles que O temem, Ele conhecetodas as coisas do homem. Não mandou a ninguém fazer o mal, nem deulicença a ninguém de cometer o pecado.

I Leitura

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis quevim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar.Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passaráda Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudose cumpra.Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, pormais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menorno reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grandeno reino dos Céus.Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos escribas efariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aosantigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’.Eu, porém, digo-vos:Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido ajulgamento.Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, equem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto,se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teuirmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar,vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentara tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais comele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda,e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá,enquanto não pagares o último centavo. Ouvistes que foi dito: ‘Nãocometerás adultério’.Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher commaus desejos já cometeu adultério com ela no seu coração.

Nós e a Lei de DeusD. João Marcos, Bispo de Beja

«Não mandou a ninguém fazer o mal»

Sir 15, 16-21 (15-20)

Evangelho

Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.

cf. Mt 11, 25

Mt 5, 17-37«Vós sois a luz do mundo»

Aleluia

1 – Querer é poder! Esta ex-pressão, tantas vezes repetidapelos que triunfam na vida, é, narealidade, desmentida pela gran-de maioria das pessoas que najuventude sonharam transformaro mundo, mas que, chegando aosquarenta anos, se veem inte-gradas nesta sociedade, assimcomo é, e acabam por justificar oque antes criticavam. Querer époder? Na carta aos Romanos(7,18) podemos ler esta afirmaçãode S. Paulo: querer o bem, estáao meu alcance, mas praticá-lo,não. É importante querer fazer obem, é necessário querer praticaros mandamentos da Lei, mas issonão basta, pois, só por nós, comoS. Paulo afirma, não temos capa-cidade para os praticar.Reparemos agora nestas pala-vras do livro de Ben-Sirá queescutaremos na Eucaristia dopróximo domingo: Se quiseres,podes guardar os mandamentos(Eclo. 15,16). Se as interpretamosao pé da letra, sem mais, con-trastam com o que diz S. Paulo ecom a nossa experiência con-creta. Afinal, posso ou nãopraticar o bem, posso ou nãoguardar os mandamentos?2 - Isso depende, basicamente,da maneira como ouvimos aPalavra de Deus. Se a recebesnum coração apertado como algoque te é imposto, como um pesoque não desejas suportar masque aceitas obrigado pela neces-sidade ou pelo medo, compre-ende-se que a abandones, logoque te seja possível. De facto,cumprir a Lei resume-se a amar, eamar é dar a vida, é morrer paraque o outro viva. E morrer paramim mesmo, digamo-lo sem ro-deios, assusta-nos, mete-nosmedo.Nós cristãos, vemos a Lei comoBoa Notícia, como Evangelho,como estrada aberta no meio daselva que, limitando-nos embora,nos leva ao nosso destino. Se arecebes como promessa e comodom do Senhor e expressão do

Seu amor por ti, certamentecorrerás pelo caminho dos Seusmandamentos, porque Ele deulargas ao teu coração (cf. Sl 119,32). Mas se entendes a vida cristãcomo um perfecionismo e nãocomo caminho de conversão, ese as repetidas quedas no pecadote convencem de que não podes,pelas tuas forças, cumprir ple-namente a Lei de Deus, esseconvencimento poderá levar-te àindiferença, à hipocrisia e aodesespero ou, então, a acreditarseriamente em Jesus Cristo. A fén’Ele mergulha-te, batiza-te naSua Morte e Ressurreição parate dar o Seu Espírito Santo e fazerassim que as Suas obras acon-teçam na tua vida, tal como Elenos prometeu: em verdade, emverdade vos digo, quem crê emMim fará também as obras queEu faço, e fará obras aindamaiores do que estas, porque Euvou para o Pai (Jo 14, 12).3 - Que vos parece, irmãos?Poderá alguém colher maçãs deuma macieira pequenina recémplantada? É preciso tempo. Dei-xai-a crescer! Poderá uma criançade doze anos descarregar umacamioneta carregada com sacosde cimento? Contando apenascom as suas forças, é claro quenão. Mas se essa criança dispõede um monta-cargas e sabe lidarcom ele, certamente poderá des-carregar a camioneta. Com a forçado Espírito Santo, podemoscumprir os Mandamentos da Leide Deus, mas quem vive fechadoem si mesmo, sem o EspíritoSanto, não pode cumprir a Lei.Quem poderá, de facto, amar aDeus com todo o seu coração,com toda a sua alma e com todasas suas forças? Um único, o Filhode Deus feito Homem, JesusCristo, amou assim o Pai. Fa-zendo-nos participantes da Suamesma Vida de Filho Único, JesusCristo oferece-nos a graça departiciparmos da Sua vitóriasobre a morte e assim, unidos aEle, podemos amar a Deus e aopróximo, como Ele nos mandou.Esta Sabedoria divina, des-

«Antes dos séculos Deus predestinou a sabedoria para a nossa glória»

Leitura da primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos CoríntiosIrmãos: Nós falamos de sabedoria entre os perfeitos, mas de uma sabedoriaque não é deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que vão serdestruídos. Falamos da sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que já antesdos séculos Deus tinha destinado para a nossa glória. Nenhum dos príncipesdeste mundo a conheceu; porque, se a tivessem conhecido, não teriamcrucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito, «nem os olhosviram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento dohomem o que Deus preparou para aqueles que O amam». Mas a nós, Deuso revelou por meio do Espírito Santo, porque o Espírito Santo penetratodas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus.

1 Cor 2, 6-10II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 118 (119)

Ditoso o que anda na lei do Senhor.

ENTRADASede a rocha do meu refúgio – M. Simões, CNL,903Cantarei, cantarei a bondade do Senhor F. Santos,CNL, 283

SALMO RESPONSORIALDitoso o que anda na lei do Senhor - M. Luis, SR,116

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOSe cumprirdes os meus mandamentos - C. Silva,CNL 899

conhecida pelos grandes domundo, é clara para nós cristãos,e não por sermos ou nos julgar-mos mais inteligentes que osoutros, mas por nos ter sidomisericordiosamente reveladapelo Senhor, como S. Paulo nosdiz na 2ª. leitura da Missa dopróximo domingo.4 – Não penseis que vim revogara Lei ou os Profetas, diz-nos oSenhor no Evangelho; não vimrevogar, mas completar (Mt 5, 17-37). Várias vezes acusado de nãocumprir a Lei, Jesus, de facto, deu-lhe pleno cumprimento morrendona Cruz em obediência amorosaao Pai e por amor de nós. NoSermão da Montanha, Cristoapresenta-Se como autor e Se-nhor da Lei, e dá-nos algunsexemplos de como Ele a inter-preta, exemplos enquadrados pelaexpressão: Ouvistes que foi ditoaos antigos… Eu, porém, digo-vos… Em relação ao quinto man-damento, não matarás, Jesusacrescenta: Todo aquele que seirar contra seu irmão será sub-metido a julgamento. Em relaçãoao sexto, não cometerás adul-tério, Jesus afirma que todoaquele que olhar para umamulher com maus desejos jácometeu adultério com ela no seucoração. Em relação ao oitavomandamento, não faltarás ao quetiveres jurado, o Senhor mandaque não juremos em caso algum.Como vemos, Jesus leva-nos aver e a reconhecer o pecado nãoapenas pelos seus frutos, maspelas suas raízes que estão emnós, já antes de fisicamente opraticarmos.Perante estas palavras do Senhor,quem não se reconhecerá comoassassino, adúltero e mentiroso?O humilde reconhecimento dasdoenças profundas da nossa almadeve levar-nos a confiar em Cristo,o único Salvador. Acreditar n’Elelava-nos do pecado e concede-nosa Sua graça. Ele é o único que,verdadeiramente, ilumina os nos-sos corações, nos liberta do peca-do e nos conduz, na comunhão daIgreja, à Vida Eterna.

Continua na Pág. 7Siglas - CNL: Cantoral Nacional para a Liturgia; SR– Salmos Responsoriais

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13 de fevereiro de 2020IGREJA4 – Notícias de Beja

UM DOMINGOPARA O SENHOR

O meu último domingo teve cinco estações. O cortejo daprimeira, a missa em Figueira de Cavaleiros às 10.30, teve apassar de 30 quilómetros, começando em Beja. Como tinhaouvido de manhã que o governo da Holanda, desejava alargara eutanásia, além das doenças terminais, aos cansados da vida,o meu cântico de percurso, durante a viagem, foram os mistériosgloriosos, que são o sal e a luz dum mundo novo nascido daPáscoa. Jesus da morte tira a vida, os homens abreviam a vidapor amor à morte. Jesus sobe ao Céu como nossa última meta,os homens querem construir na terra um céu sem Deus e contraDeus. O Espírito Santo é enviado e oferecido, mas os humanospreferem outros espíritos e interesses. Nossa Senhora é elevadaao Céu em corpo e alma, como profecia de bem viver, os homenspreferem outros modelos que os levam a tudo comprar e vender,até a própria honra e dignidade. No quinto mistério, NossaSenhora é coroada Rainha, porque servir a Deus é reinar, oshomens preferem dominar, esmagar, explorar, excluir. A Igrejade Figueira estava cheia, devido a cinco intenções pedidas.Foi Ceia festiva e convidativa. Que missa tão bonita, dizia nofinal a Irmã Olinda. Claro. O sal é do saleiro de Deus e a luz dacentral do Céu. Uma vida saborosa, torna-nos gratos ereconhecidos. A homilia mostrou vidas com sabor. O exemploda Hortênsia que ontem morreu em Elvas, esposa do Miguel,catequistas a tempo pleno do Caminho Neocatecumenal há 40anos, pais de 12 filhos. A uma das filhas, que em casal está acatequizar na China, que lhe manifestava o pesar por não poderestar em Portugal para a ver viva neste mundo, disse: «quemama o pai e a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim,ver-nos-emos no Céu». Um meu amigo que sofre duma atrofiamuscular inquinal de 3º grau, resume assim a grande reviravoltada sua vida. Foi levado por uns amigos a uma missa do CUPAV(Centro Universitário Padre António Vieira). Una espanto! Elese elas, com violas, cantando cheios de alegria, com inteiraliberdade e a plenos pulmões e ele triste, desiludido, revoltado.Que se passa? Eles não estão no Cais de Sodré ou num clubenoturno a beber cerveja! Que segredo, que mistério se passaaqui? Aprendeu a passar do porquê a mim, para o para quê amim? Descobriu Jesus vivo, ressuscitado, como sal e luz quedá sabor à sua vida e o faz feliz. Feliz com tais limitações edependências? Não precisa de saúde para ser feliz. Estaexperiência é, assim, cantada por Santa Teresa de Jesus: «Nadate perturbe, nada te espante. Quem a Deus tem nada lhe falta.Nada te perturbe, nada te espante. Só Deus basta». Nada,ninguém, nenhum processo de ordem psíquica ou de outraordem, podiam produzir um tal efeito. Só Jesus! Só Jesus! SóJesus! A segunda estação, foi a missa do meio- dia em Ferreira.Ali, com outros casos, lembrei a missão de ser cidade no cimodo monte e luz no candelabro, para a glória e manifestação deDeus. Ninguém se pode esconder, não aos cristãos anónimos,consumistas e cumpridores. Vidas com sentido, fermento queleveda, fé que salva. A terceira estação teve um cortejo de 40quilómetros, até Selmes, ao sabor dos mistérios da alegria e daLuz, através de campos lindos, cheios de promessa e futuro,de olivais meninos, adolescentes e adultos, de amendoeirasesqueléticas, que começam a sorrir com as primeiras flores.Um olhar de bênção, ao passar por Peroguarda, Faro e Cuba.Naquela missa das 15, sublinhei que a felicidade oferecida porJesus com sal a luz da eternidade, não tem ses, nem talvez, nemadiamentos, nem atrasos ou esperas, é hoje, aqui e agora, paramim, para ti, com os limites que temos. Se os podermos remover,força, vamos a isso. Se não podem ser removidos, temos deser felizes assim, olhando a vida como dom para louvar, bendizere agradecer. A quarta estação foi o estudo da 4ª catequeseproposta pela diocese, para celebrar este ano jubilar. Éramosapenas sete. Esperava muitíssimo mais. A última estação foino Lar de Selmes, como o canto solene dos mistérios gloriosos.Estávamos 15. Uns em cadeiras de rodas ou canadianas, outrosencurvados e queixosos. Começamos com uma legendas desal e luz: «Com minha Mãe estarei, / Na santa glória um dia, /Junto á Virgem Maria, / No Céu triunfarei. / No Céu, no Céu,com minha Mãe estarei. / No Céu, no Céu, com minha mãeestarei.

António Aparício

Eutanásia: Conferência EpiscopalPortuguesa manifesta apoioà realização de referendo,

para travar despenalização

A Conferência Episcopal Portu-guesa (CEP) manifestou, no dia 11,o seu apoio à realização de um refe-rendo contra a despenalização daeutanásia em Portugal, propondouma aposta nos “cuidados pa-liativos”, como alternativa.“A opção mais digna contra aeutanásia está nos cuidadospaliativos como compromisso deproximidade, respeito e cuidadoda vida humana até ao seu fimnatural. Nestas circunstâncias, aConferência Episcopal acompa-nha e apoia as iniciativas emcurso contra a despenalização daeutanásia, nomeadamente arealização de um referendo”,refere um comunicado dos bis-pos católicos, divulgado após areunião mensal do ConselhoPermanente que decorreu emFátima.O documento foi apresentadoaos jornalistas pelo secretário daCEP, padre Manuel Barbosa.Os bispos aludem à “hipótese dadespenalização da eutanásia naAssembleia da República”, recor-dando as posições tomadas pelaIgreja Católica em 2016, emparticular a Nota Pastoral «Euta-násia: o que está em causa? Paraum diálogo sereno e humaniza-dor», na qual se afirma que“nunca é absolutamente seguroque se respeita a vontade autên-tica de uma pessoa que pede aeutanásia”.“A sociedade tem de ser consul-

tada – e o referendo é uma forma -, tem de ser ouvida sobre ques-tões que são essenciais da própriavida. A legitimidade [do Parla-mento] é, naturalmente, paraservir o bem comum do povo,neste caso o povo português”,indicou o padre Manuel Barbosa.O porta-voz da CEP considerouque, nesta situação, o referendoé uma forma “útil”, neste mo-mento, “para defender a vida noseu todo, desde o princípio atéao seu fim natural”.O responsável assinalou que aIgreja Católica se une a iniciativasda Ordem dos Médicos e deoutras religiões, “contra a des-penalização da eutanásia”.A Assembleia da República agen-dou para 20 de fevereiro o debatee votação de quatro projetos delei com vista à legalização daeutanásia, apresentados pelo PS,Bloco de Esquerda, PAN e OsVerdes.O padre Manuel Barbosa “tem dese ouvir o que é que a sociedadeno seu todo tem a dizer” sobreesta matéria, incluindo a IgrejaCatólica.Para o secretário da CEP, aspropostas de despenalização nãoforam suficientemente debatidasna campanha eleitoral para asLegislativas de 2019.“Achamos que o debate devecontinuar e a sociedade deve serouvida, numa questão essencialda vida, que nunca é referendável.

Mas é uma forma de ouvir asociedade, o que tem a dizer numamatéria tão importante da vida eda dignidade humana”, sustentou.Um movimento de cidadãos lan-çou na sexta-feira uma recolha deassinaturas que tem como objeti-vo propor à Assembleia da Repú-blica a realização de um referendonacional sobre “a (des)pena-lização da morte a pedido”.O movimento “#simavida” querapresentar ao Parlamento umaIniciativa Popular de Referendoconsiderando que “uma decisãotão grave e fraturante como a dedespenalizar e legalizar certoscasos de morte a pedido nãodeve ser tomada no interior dospartidos e nos corredores de SãoBento.Na sua mensagem para Dia Mun-dial do Doente 2020 (11 de feve-reiro), o Papa reforça a suaoposição a projetos de legali-zação da eutanásia.Dirigindo-se aos profissionais desaúde, Francisco pede que a suaação vise “constantemente adignidade e a vida da pessoa,sem qualquer cedência a atos denatureza eutanásica, de suicídioassistido ou supressão da vida,nem sequer se for irreversível oestado da doença”.O texto refere que, em certoscasos, a objeção de consciênciapode ser uma “opção necessária”para os católicos que trabalhamneste campo.

Fonte: Ecclesia

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13 de fevereiro de 2020 Notícias de Beja – 5IGREJA

Património e Arte Sacra22.02.2020 | 9.30-12.30h

BejaIgreja de Nossa Senhora de ao Pé da Cruz

PROGRAMA

Formação

Dra. Deolinda Tavares (DRCA) e Dr. Artur Goulart (Arte Sacra Arquidiocese de Évora)

Visita à Igreja

Atelier Arterestauro

A Comissão Diocesana de ArteSacra da Diocese da Beja está apromover a realização de umaFormação sobre Património e ArteSacra, no dia 22 de Fevereiropróximo como forma de cola-boração nas iniciativas previstaspara a celebração dos 250 anosda Restauração da nossa Dio-cese. Terá lugar na Igreja deNossa Senhora de ao Pé da Cruz,em Beja.Esta ação destina-se priorita-

riamente ao Clero, às Comis-sões Fabriqueiras, e a todosaqueles que colaboram nosnúcleos museológicos exis-tentes, mas poderá ser tambémaproveitada por todos quantosgostam do Património e da ArteSacra e pretendem aprofundaros seus conhecimentos.Para uma melhor organização eacolhimento, solicita-se a co-municação da intenção de parti-cipar até ao dia 18 de fevereiro,

quarta-feira.A área do Património tem vindo aassumir uma importância cres-cente no nosso País e na nossaDiocese, como no-lo prova onúmero crescente de visitantes,naturais e estrangeiros, quevisitam as nossas Igrejas e nú-cleos museológicos.A presença entre nós do Dr. ArturGoulart, um dos responsáveispelo inventário do Património naArquidiocese de Évora, da Dr.ª

Deolinda Tavares, Técnica daDireção Regional de Cultura doAlentejo, com responsabilidadesparticulares na nossa Diocese, edo Atelier Arterestauro, um dosmais antigos no nosso País e commuito trabalho desenvolvido nosnossos monumentos, são umagarantia de qualidade e exce-lência, que devemos aproveitar.

CDAS

Em cumprimento da lei daimprensa, publica-se o Es-tatuto Editorial do “No-tícias de Beja”, que, no dia18 de Janeiro, assinalou 92anos de existência.

EstatutoEditorial

1. “Notícias de Beja” éum semanário regiona-lista de inspiração cristã,propriedade da Diocesede Beja.

2. Independente do podereconómico e político,rege-se pela Verdade,que tem no Evangelho asua norma suprema, pro-curando iluminar as rea-lidades terrenas com asluzes da fé, segundo osensinamentos da IgrejaCatólica.

3. Órgão de comunicaçãosocial ao serviço do povoalentejano, “Notícias deBeja” dá particular realceàs notícias desta provín-cia e faz-se eco dos pro-blemas e das aspiraçõesdas suas gentes.

4. Tem igualmente a preo-cupação de levar aos seusleitores uma síntese dosacontecimentos mais im-portantes do País e doEstrangeiro, fazendo delesuma correta leitura, se-gundo os princípios docristianismo.

5. “Notícias de Beja”assume o compromissode respeitar os princí-pios deontológicos daimprensa e a ética pro-fissional, de modo a nãopoder prosseguir apenasfins comerciais, nem abu-sar da boa fé dos leitores,encobrindo ou deturpan-

do a informação.

Lisboa: Instituto da Formação Cristã promovecurso para catequistas

O Instituto Diocesano da Formação Cristã(IDFC), do Patriarcado de Lisboa, vai promoverum curso para Catequistas, ‘Catequética: AAlegria de Evangelizar’, em regime b-Learning– aprendizagem online e presencial, e asinscrições terminam a 17 de fevereiro.Numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA,o IDFC informa que o curso tem como base o“novo Plano de Formação de Catequistas”, queassenta em “quatro grandes blocos divididosem dez unidades” e a última dedicaram“especialmente à figura do catequista”.A data limite de inscrições é a próxima segunda-feira, dia 17 de fevereiro, e o curso ‘Catequética:A Alegria de Evangelizar’ vai decorrer, emregime b-Learning, a aprendizagem é online epresencial, entre 3 de março e 27 de junho de2020.O Instituto Diocesano da Formação Cristãinforma que os alunos têm três encontropresenciais, e têm de assistir “obrigatoriamentea um”, que se realizam ao sábado – 14 de março;9 de maio e 27 de junho -, das 10h00 às 12h00,nas suas instalações em Lisboa, e “todos osencontros são transmitidos em direto online”.O curso de Catequética para catequistas vaiser promovido pelo Centro de Formação aDistância do IDFC, em parceria com o Sector daCatequese do Patriarcado de Lisboa.

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13 de fevereiro de 2020OPINIÃO6 – Notícias de Beja

A Necrópole da Basílica Romano Cristã do Monte da Cegonha (X)

«O corpo da basílica e o espaçoimediato a Leste e Oeste, foramocupados por uma necrópole deinumação, que começou a serdetectada nas áreas exteriores. As29 sepulturas escavadas até aomomento, à excepção do sarcófagoem mármore branco encontrado nanave Sul, são todos constituídospor uma caixa construída commateriais reutilizados pedra, tijolo,tégulas.[…] Todas as sepulturasforam reutilizadas várias vezes,conforme se prova pelos ossáriosacumulados, em regra, aos pés decada uma. Em conclusão, estamosem presença de uma necrópole quepoderá situar-se entre o séc. III eos inícios do séc. VIII d. C., pelatipologia das peças mais impor-tantes, pela datação radiométricasefectuadas verifica-se o seuprolongamento até à segundametade do séc. seguinte, nãosendo possível demonstrar atra-vés dos objectos recolhidos de-vido, certamente, à ausênciadestes para lá do séc. VIII d. C.»[…]1.«Como já ficou suficien-temente expresso, a basílica en-contra-se num ambiente rural, não

muito longe de Pax Júlia nem deoutro sítios com a comprovadaocupação contemporânea emépoca visigótica e hipotetica-mente anterior como Vera Cruz deMarmelar, Marmelar e Beja. Nestecontexto poderá testemunhar umadifusão relativamente antiga docristianismo nesta região, (admi-tindo que ele poderá ter sidointroduzido em momento anteriore que estas são manifestações deum fenómeno já suficientementeafirmado para ser capaz de taisrealizações), ficamos sem saber aque correspondem exactamenteestes sítios tão conhecidos, mastão pouco estudados. Tratar-se-áde basílicas enquadradas em Villaeromanas com sobrevivência tardiaou, pelo contrário, são fundaçõesnovas, de época visigótica comoterá acontecido, por exemplo, nosMosteiros. Será que essas insta-lações sobre ocupações ante-riores, ou novas fundações, nãopoderão ter pertencido a algummosteiro, como Cabrallero Zoredae Ulbert admitem para as cons-truções anexas da Casa Herrera?Questões como estas também senos colocaram ao termos queavaliar as evidências do Monte da

Cegonha».«E é considerando a história dolocal que nos permitimos pensare que, neste caso, estamos peran-te uma das chamadas igrejas ruraise, ainda assim, tendo em conta asreduzidas dimensões do monu-mento, tratar-se-ia de facto de umaeclesia parochiale ou diocesana,ou muito simplesmente, de umaigreja própria de fundação privada.A existência de um batistériosugere uma função paroquial,como veremos mais adiante. Obatistério que conhecemos deveter sido instalado apenas numasdas últimas remodelações queaqui se efectuaram. Assim, parece-nos que a basílica esteve, desdeo início nos planos do proprietárioda Villa, que em algum momentodo séc. IV resolveu proceder à totalrenovação do seu edifício. Estesurgimento tão antigo de umfenómeno urbano em meio pa-gano, não nos deve causar sur-presa se admitirmos, como énormalmente admitido e arquio-logicamente comprovado, que porfinais do séc. III, inícios do séc.IV, os ricos proprietários fun-diários que viviam nas cidades, secomeçaram a retirar para os cam-

pos, fugindo da onerosa obri-gação da ocupação de cargospúblicos; terão procedido a gran-des remodelações das suas “ca-sas de campo”para aí se instalaremcom carácter mais ou menos per-manente. Além de que o concíliode Toledo em 380 menciona asigrejas”…In castello, aut vico autVilla…”»2Os autores que vimoscitando afirmam que o monumentomanteve a sua estrutura básicadesde a sua construção no séc.IV, com as três naves e a cabeceirarecta tripartida, assentes em fortesalicerces de alvenaria de pedra.Mas ao longo de quatro séculosde utilização como edifício de cultoforam várias as modificações eadaptações porque passou numadinâmica que pode ser auferidaatravés da observação e análiseda evidência arqueológica. Estasobras foram ditadas por neces-sidade de conservação do edifícioe devido aos imperativos do culto,como uma realidade em movi-mento. Falámos, acima, na I e IIfase.Na fase III, no último quartel doséc. VI, o edifício perdeu a suaserventia funerária, colocou umnovo pavimento, um novo altar, um

António Aparício batistério, um relicário e refor-mulou-se o interior. Na 4ª e últimafase, por fins do séc. VII, ou já noséc. VIII, introduziram-se altera-ções na planta interior, de forma aconseguir um local mais de acordocom as novas normas de construiros espaços sagrados. A invasãomuçulmana não determinou oabandono do sítio nem lhe impôsalterações significativas a nívelformal e nada do que respeita àplanta se modificou no decursodesse período. A cronologia queatribuímos à construção da basí-lica coloca-nos perante um dosprimeiros templos cristãos daPenínsula Ibérica3. Pensamos queo facto da instituição não tersobrevivido ao processo da Re-conquista cristã, no séc. XII, sedeve, provavelmente, ao radica-lismo da hierarquia da Galiza eNorte, não tolerando nem acei-tando os cristãos moçárabes. Porexemplo, o clero da Galiza ficouindisposto com D. Afonso Henri-ques, por ter negociado a pas-sagem das relíquias de S. Vicente,rumo a Lisboa, com os moçárabesdo Algarve.

Sílvio Couto

Imensas coisas estão a acontecerque planam numa espécie de‘queda livre’…Desiluda-se quem ousasse pen-sar que estava a referir-me a umatal formação partidária autoa-pelidada de ‘livre’, pois, pelo quelá se vê e ouve, o adjetivo nãocondiz, quanto seria desejável,com o substantivo…Diz o povoe com razão; quanto mais alto sesobe (ou quer subir), maior é otrambolhão ou a queda.

* Reparemos nos casos de jus-tiça – denúncias, insinuações,acusações, tentativas de jul-gamento, condenações – e dacomunicação social, nalgumassituações arvorada em detive,

que quem há de ser digno desuplantar tantas das conjeturase conjunturas da legislação e daocasião. Não deixa de quase sersintomático da desconformidadetotal que fautores do serviço àvida, como médicos e enfer-meiros, entram na propagaçãodeste clima anti-vida, reinante einconsequente.* Espaços onde se exercia omínimo de fé religiosa vãoficando vazios e menos agra-dáveis do que em ocasiões deantanho. A queda vertiginosacom que declinaram os prati-cantes faz (ou deve fazer) ques-tionar os responsáveis, tanto daorganização, como da difusão. Onúmero de ateístas cresce a olhosvistos, senão na teoria ao menosna prática: só no nosso país serãojá vinte por cento da população…com uma larga maioria a dizer queteve raízes cristãs.* Um outro campo em progres-siva degenerescência de quedalivre é o das (ditas) artes – teatro,cinema, televisão, ‘stand upcomedy’ em particular, rábulas ecançonetismo – pois o fácilrecurso à ofensa – em especialcom o recurso ao léxico religioso/

cristão – denota encolhimentoda imaginação, senão mesmopelo estafado recurso a clichésnem sempre dignos e tão poucorespeitadores da prática reli-giosa/cristã alheia… O humorexige inteligência e capacidade deinovação, mas nos tempos quecorrem ela passou pelos autores/atores em maré de tempestade…improvisada!* O modo como se enfrentamtemas tão essenciais como adoença, a perda ou a morte, vai-se percebendo que a forma deestar, sobretudo nesses mo-mentos, nem sempre questiona ocomo se vive, ficando numa certaapatia quase negacionista oumesmo destruída pelo sem-nexo.Mais depressa do que seriadesejável – digo desde umapostura de crente cristão – en-tramos em círculos vivenciaisnem sempre articulados com umacultura ou ética judeo-cristã. Dáa impressão que passamos, rapi-damente, de um quase fideísmoacrítico para uma outra visãoagnóstica pela indiferença…pessoal e social.

= Como poderemos suster e até

sob a alçada duma pretensainvestigação. Com que facilidadese promove um delinquentecibernético/hacker em quaseherói…só porque trouxe ilegal-mente à luz do dia assuntos ecoisas que interessavam a unstantos ditos quase-impolutos/as… * Por breves momentos olhemospara os tentáculos do fenómenodesportivo, com o futebol emparticular, por entre tantas nego-ciatas quem terá ainda capa-cidade para ser dizer incorrupto…dependendo do preço.* Campos como a saúde – e nemserá preciso deixar-se tomar pelopânico do coronavírus – ou aeducação caem de uma forma tãoabrupta que o lamaçal das intri-gas será o palco mais do queprevisível…à mistura com laivosde resolução adiada, por parte dequem tutela as áreas em apreço.* Questões como a vida – nãonascida, ainda não morta e a quepretende sobreviver – perdemimportância no quadro dos valo-res – éticos/morais, sociais ouculturais – fazendo com quepareça mais fácil decidir quemmorre (agora ou no futuro) do

inverter esta catadupa de quedasem campos, espaços e situaçõesonde já algo houve de bom e atéde muito bom? Por onde se podee deve começar a investir paraque esta queda vertiginosa dequalidade dos intervenientespossa ser revertida? Ainda ire-mos a tempo de não cairmos nafossa total e mortífera?Desde logo é preciso investir nadescoberta e preparação delideranças, pois sem pessoascapazes de porem os seus donsao serviço dos outros andaremosa rastejar pela mediocridade.Urge elevar a qualidade daquiloque é feito e apresentado, nãobastando entreter, mas ques-tionar, educar, gerar (e não sógerir) cultura, onde os valores,princípios e virtudes sejam tidosem conta e não nos deixarmosexplorar pela mera brejeirice e amalcriadez reinante. Temos deultrapassar, urgentemente, essanota medíocre do tanto vale oque tem interesse como aquiloque não presta, expurgando estesem medo nem receio. Temos desaber escolher entre a qualidadeeducada e a vulgaridade bara-ta… até no preço.

Em queda… livre

Memória da Primeira Evangelização na celebração dos 250 anos da Restauração da Diocese de Beja

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13 de fevereiro de 2020

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

13fevereiro

2020

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Beja,para além da sua atividade diária,levou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 3 a 9 de fevereiro, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fis-calização rodoviária, entre ou-tras, registando-se os seguintesdados operacionais:- Detenções: Quatro detidos emflagrante delito: Dois por con-dução sob o efeito do álcool eum por tráfico de estupefacientes.- Apreensões: 103 doses decocaína; 84 doses de MDMA;uma réplica de arma de fogo; umaarma branca; cinco telemóveis;um veículo e 240 euros emnumerário.3. Trânsito:Fiscalização: 224 infrações dete-tadas, destacando-se: 23 porexcesso de velocidade; 27 porinfrações relacionadas com tacó-grafos; oito por falta de inspeçãoperiódica; sete por falta de segurode responsabilidade civil obri-gatório; quatro por condução comtaxa de álcool no sangue superiorao permitido por lei; dois por faltaou incorreta utilização do cinto desegurança e/ou sistema de re-tenção para crianças; dois por usoindevido do telemóvel no exercício

da condução.Sinistralidade: 34 acidentes regis-tados, resultando: Um feridograve e onze feridos leves.4. Ações de sensibilização:- Duas ações no âmbito escolar,tendo sido sensibilizados 148alunos e uma ação sobre a te-mática “Idosos em segurança”,tendo sido sensibilizados seteidosos.

OPERAÇÃO“SMARTPHONE,SMARTDRIVE”

A Guarda Nacional Republicana(GNR), entre os dias 11 a 17 defevereiro, intensifica a fiscalizaçãodo uso do telemóvel durante acondução, com o objetivo deprevenir a sinistralidade rodo-viária e aumentar o sentimento desegurança dos utentes da via.A condução distraída é um fatorde risco que tem sido objeto deuma atenção crescente nas polí-ticas de segurança rodoviária, detal modo que a Comissão Euro-peia, no Plano de Ação para estadécada (2020-2030), destacou acondução distraída como um dosprincipais comportamentos derisco para a segurança rodoviária,sendo que no ano de 2019 foram

autuados 22 mil condutores porfazerem uso indevido do tele-móvel durante a condução.As ações de fiscalização serãodirecionadas para as vias onde oíndice de sinistralidade é maiselevado, estando empenhadosmilitares dos comandos territo-riais e da Unidade Nacional deTrânsito.Esta operação decorre parale-lamente com a campanha daAutoridade Nacional de Se-gurança Rodoviária “A conduzir,não uses o telemóvel”, integradano Plano Nacional de Fisca-lização, que tem como objetivoalertar os condutores para o riscode utilizarem o telemóvel en-quanto circulam, nomeadamentea distração que o seu manu-seamento provoca.A GNR relembra o impacto nega-tivo do manuseamento do tele-móvel durante a condução, no-meadamente: Aumento do tempode reação; má avaliação dasvelocidades; não manutenção dasdistâncias de segurança; mauposicionamento do veículo na via;dificuldade na interpretação dasinalização, podendo até serignorada; desrespeito das regrasde cedência de passagem, desi-gnadamente em relação aos peões.

Beja – Ações de sensibilização “Floresta Segura 2020”A obrigatoriedade de manutençãodas faixas de gestão de combustíveisconstitui uma das medidas pre-ventivas previstas no Decreto Lei n.º124/2006, de 28 de junho com redaçãoatual, com o objetivo de reduzir onúmero de incêndios rurais.A prática mais comum da gestão decombustíveis consiste na limpeza dosterrenos, através do corte e remoçãoda biomassa vegetal neles existentes.Uma correta e oportuna gestão decombustíveis, de forma atempada eadequada, constitui um elementoessencial para a minimização do riscode incêndio.A Guarda Nacional Republicana(GNR) tem vindo a exercer um enormeesforço na realização de ações desensibilização junto da população,com o intuito de promover e fomentarboas práticas agrícolas e acima detudo transmitir uma mensagem dedever cívico na prevenção gene-ralizada aos incêndios rurais, partindoda premissa que a floresta é de todose que a todos cabe preservar eproteger.Na sequência das ações realizadaspela GNR, constatou-se que muitosterrenos continuam a carecer delimpeza, para que se salvaguarde amanutenção das faixas de gestão decombustíveis e assim contribuir paraa redução do elevado número deincêndios rurais.A falta de manutenção das faixas de

gestão de combustíveis (limpeza dosterrenos) constitui infração do forocontraordenacional e os seus res-ponsáveis incorrem em coimas de280 • a 10.000•, no caso de pessoasingular, e de 1.600 • a 120.000•, parapessoas coletivas.O Comando Territorial da GNR deBeja está a realizar ações desensibilização:Dia 9 de fevereiro: no concelho deOdemira – freguesia de Boavista dosPinheiros;Dia 10 de fevereiro: no concelho deVidigueira – freguesia de Vidi-gueira; no concelho de Aljustrel – freguesia de São João de Negrilhos,área da freguesia; no concelho deMértola – união de freguesias deSão Miguel do Pinheiro, São Pedrode Solis e São Sebastião dos Carro;no concelho de Almodôvar – fre-guesia do Rosário; no concelho deAlvito – freguesia de Vila Nova daBaronia – Vila Nova da Baronia e RioSêco do Xerepe; no concelho deSerpa – freguesia de Vila Nova deSão Bento.Dia 12 de fevereiro: Pelas 7:00 horas,no concelho de Ourique – freguesiade Santana da Serra – mercadomensal de Santana da Serra – Açãode rua e, pelas 13:00 horas, noconcelho de Ferreira do Alentejo – união de freguesias de Alfundão ePeroguarda – área da freguesia –Ação porta a porta.

Dia 13 de fevereiro: Pelas 8:00 horas,no concelho de Almodôvar – freguesia de Santa Cruz – área dafreguesia – Ação de rua e, pelas 17:00horas, no concelho de Mértola –freguesia de Corte do Pinto – área dafreguesia – Ação porta a porta.Dia 14 de fevereiro: Pelas 14:00horas, no concelho de Almodôvar – freguesia de Aldeia dos Fernandes– área de freguesia – Ação porta aporta.Dia 15 de fevereiro: Pelas 8:00 horas,no concelho de Almodôvar – fre-guesia do Rosário – área da freguesia– Ação de rua; pelas 10:00 horas, noconcelho de Odemira – freguesia deSanta Clara a Velha – mercadomensal de Santa Clara a Velha –Ação de rua; pelas 14:00 horas, noconcelho de Beja – freguesia deBaleizão – Herdade da Rabado eHerdade da Quinta de São Pedro –Ação de rua; pelas 15:00 horas, noconcelho de Barrancos – freguesiade Barrancos – área da freguesia –Ação porta a porta; pelas 18:00 horas,no concelho de Mértola – freguesiade Santana de Cambas – CentroRecreativo e Cultural de Picoitos –Ação de sala.Dia 16 de fevereiro: Pelas 10:00horas, no concelho de Odemira –freguesia de São Luís – feira develharias de São Luís – Ação de rua

VI Domingodo Tempo Comum

Ano A16 de fevereiro de 2020

Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o elança-o para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teusolhos do que todo o corpo ser lançado na geena. E se a tua mãodireita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longede ti, porque é melhor que se perca um só dos teus membros, doque todo o corpo ser lançado na geena.Também foi dito: ‘Quemrepudiar sua mulher dê-lhe certidão de repúdio’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em caso deunião ilegítima, expõe-na ao adultério.E quem se casar com umarepudiada comete adultério.Ouvistes ainda que foi dito aos antigos: ‘Não faltarás ao quetiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste’.Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum: nem peloCéu, que é o trono de Deus; nem pela terra, que é o escabelo dosseus pés; nem por Jerusalém, que é a cidade do grande Rei.Também não jures pela tua cabeça, porque não podes fazer brancoou preto um só cabelo.A vossa linguagem deve ser: ‘Sim, sim; não, não’. O que passadisto vem do Maligno».

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13 de fevereiro de 2020ÚLTIMA PÁGINA

1º DiaNo sábado, dia 08/Fev., pelas15h, começou a Vista Pastoral. Osenhor Bispo foi recebido à portada Igreja Paroquial pelo párocoe respectiva Comissão Fabri-queira. Após um breve momentode oração realizou-se a reuniãoentre o senhor Bispo e a referidaComissão. O pároco apresentoua situação da Paróquia afirmandoque a vida da comunidade cristãresulta da vivência do TríduoPascal, que desde 1982 tem vindoa ser celebrado com a dignidadeque lhe é devida. A paróquia estáservida de todos os livros ealfaias que permitem celebrartoda a liturgia com dignidade nasimplicidade.As crianças, na Escola local do1.º ciclo, são, apenas, 24. Destasestão 12 na catequese paroquial.Do envelhecimento da popu-lação, mas não só, resulta que opedido dos sacramentos sejaquase nulo. No período dosúltimos dez anos houve 10 bap-tismos; 4 casamentos; mas osfunerais foram 174…Financeiramente a Paróquia vaicaminhando. Somos pobres masnão pelintras, como costumadizer o pároco. Tudo se deve àgenerosidade da comunidade.Após a reunião na Paróquia osenhor Bispo, acompanhado pelaComissão dirigiu-se à sede daJunta de Freguesia para apre-sentar cumprimentos. Estavapresente todo o Executivo. Asenhora Presidente da Juntaapresentou ao senhor Bispoaquilo que foram as realizaçõesda Junta, e aquelas que são assuas aspirações. Visitaram-se asinstalações e foi dado conhe-cimento das actividades que aíse realizam. Ao terminar da visita

07 e 08 de fevereiro

VISITA PASTORAL A PEDRÓGÃO DO ALENTEJO

a senhora Presidente fez aosenhor D. João a oferta de algu-mas lembranças referentes à áreada Freguesia.Não foi preciso caminhar muitopara chegarmos às instalações daAssociação de Beneficêncialocal. Fica tudo na mesma Praça -a Igreja Paroquial, a Junta deFreguesia e a Associação deBeneficência.Aguardavam-nos os membros daDirecção, a Directora Técnica eoutras colaboradoras.O senhor Presidente conduziu osenhor Bispo na visita às insta-lações e demorou-se um poucona sala de convívio, onde seencontravam os utentes doCentro de Dia. O senhor D. JoãoMarcos cumprimentou a todos edemorou-se, um pouco, a con-versar com eles. Na sala dereuniões, o senhor Presidenteapresentou a actividade que aAssociação desenvolve na áreada terceira idade com as respostassociais de Apoio Domiciliário eCentro de Dia. Até ao passadomês de Janeiro manteve, também,a resposta social de Lar com,apenas, 5 utentes. Tiveram deencerrar por força dos elevadoscustos. Esperaram o aumento dacapacidade, mas essa demorou enão apareceu. O problema finan-ceiro põe-se, também, a outrasinstituições e com o cenário quese está a montar vão aparecermais… Estas foram as preocupa-ções que pela palavra do senhorPresidente a Associação quismanifestar ao senhor Bispo.Pelas 17h, com um grupo signi-ficativo da comunidade cele-brante, cantou-se e recitou-se aHora Canónica de Vésperas - asI do Domingo.A Comissão preparou um chá

quente para reconfortar a viagemdo senhor D. João Marcos, até àCasa Episcopal e a do prior até àsua aldeia.

2º Dia09/Fev. - Domingo, é o Dia doSenhor; o dia em que celebramosa Páscoa semanal.A comunidade fora convidada aencontrar-se na capela de SantaLuzia. Esta Capela está implan-tada sobre a rocha rija do granitode Pedrógão. Na fundante con-fissão de Cesareia, disse o Se-nhor a Simão: - “Tu és Pedro esobre esta pedra edificarei aminha Igreja…” (Mt. 16,18). - AOnomástica predominante emPedrógão há-de ter alguma coisaa ver com isto - Romão, Romana,Petronila… foi aqui nas “rochas”de Santa Luzia que nos reunimospara o cortejo litúrgico presididopelo nosso Bispo. Dirigimo-nospara a Igreja paroquial de São

Pedro onde celebrámos a Euca-ristia. A igreja encheu-se, era diade Festa. Uma celebração sim-ples, mas com muita dignidade -a dignidade está nas “coisas”simples.Os cânticos estiveram a cargo dacomunidade; sempre cantamoscom a vós que Deus nos deu.Na homilia o senhor D. Joãocomentou para nós os textos dasleituras próprias deste DomingoV do Tempo Comum. “Vós sois osal da terra (…) vós sois a luz domundo…” (Mt. 5,13) que rela-cionou com “Reparte o teu pãocom o faminto, dá pousada aopobres sem abrigo, leva roupaaos que não têm que vestir e nãovoltes as costas ao teu seme-lhante” (Is. 58,7). Tudo isto só épossível se em nós não houverresistência à acção do EspíritoSanto.Ao ofertório foi trazida, emcortejo, ao altar a matéria para osacrifício e as crianças da cate-quese trouxeram lembranças dacomunidade para o senhor Bispo.Como não podia deixar de serterminámos a celebração can-tando a Nossa Senhoras dasCandeias, a nossa Padroeira.Terminada a celebração, pontoalto da Visita Pastoral, os pre-sentes foram convidados a par-ticipar no almoço que a Paróquiae a Junta de Freguesia promo-veram em honra do senhor Bispo.O salão estava bonito, a senhoraPresidente da Junta tomou a seucargo a preparação do espaço.As sobremesas eram abundan-tes, foram os convivas que astrouxeram; por resto foi com aParóquia e a Junta de Freguesia.Participaram mais de 110 pessoas

na alegria do convívio entretodos.Estiveram presentes em todos osactos do Domingo os senhoresPresidente e Vice-Presidente daCâmara Municipal de Vidigueira.O Diácono Manuel França, natu-ral da freguesia, que por obri-gações pastorais não pôde estarpresente na celebração, masmarcou presença no almoço.As crianças da catequese can-taram alguns cânticos dos quecostumam cantar nas sessões deCatequese.Antes de terminar o convívio osenhor Bispo dirigiu, mais umavez, a palavra a todos, partindodo episódio do jovem rico (Mt.19,16…) para nos dizer que oimportante é o que nasce docoração. Como pintor que é, osenhor D. João Marcos chamou-nos a atenção para o facto dossantos na arte serem quasesempre representados com os pésbem firmes no chão, o céu azul eo olhar fixo no horizonte. Esta há-de ser a atitude dum cristão.O senhor D. João Marcos disseque algumas pessoas ter-lhe-ãodito para vir mais vezes a Pedró-gão e ele ter-lhes-á respondido: -“convidem” - mas o senhor Bisponão precisa de ser convidado. Éo senhor da casa. Tem a chave.Venha quando quiser. Abra aporta e os que cá estamos recebê-lo-emos com muito gosto. Comodesta vez.

O pároco agradece toda a cola-boração dada pela Junta de Fre-guesia, principalmente a senhoraPresidente e, também, a colabo-ração da Comissão Fabriqueira.

O Pároco