4
Semanário | Bento Gonçalves, sábado, 13 de setembro de 2014 Tiro de laço também é para mulher F ernanda Rodrigues Orso, 18 anos, recep- cionista de serviços da Florauto, nasceu e foi criada em uma família tradicionalista. Então, desde cedo ela gosta e se envolve com a cultura gaú- cha. “Desde pequena meu pai me ensinou a gostar da tradi- ção, eu já andava a cavalo ainda na barriga da minha mãe e logo que nasci, com uns três meses de vida já me levavam a cavalo. E assim fui crescendo, sempre no lombo do cavalo e com apenas 7 anos já comecei a la- çar sozinha. Claro que sempre com incentivo de meus pais e familiares”, relata Fernanda. Em uma modalidade tipi- camente masculina, há alguns anos são as mulheres que es- tão se destacando. Fernan- da participa de rodeio desde menina e para ela, essa vida é uma rotina. “Rodeio é uma paixão sem igual, assim que iniciar a temporada pretendo ir a todos”. Como sempre esteve envolvida nesse meio, Fernanda nunca teve proble- mas em participar das provas e nem sentiu preconceito. “Na minha visão os ho- mens no tradicionalismo é super normal, até porque o tradicionalismo veio dos ho- mens, a mulher em que foi uma surpresa no mundo dos rodeios, mas aos poucos foi crescendo e agora às mulhe- res estão dominando tudo”, afirma Fernanda. A prova de tiro de laço é uma das mais competidas nesse mundo tradicionalista, iniciou com os homens e aos poucos as mulheres começam a participar com frequência. “O tiro de laço pra mim não é só uma atividade, é um espor- te, é o laço comprido domi- nando o mundo, é uma paixão sem explicação, só quem parti- cipa sabe realmente do que eu estou falando, e quem provar nunca vai se arrepender, até porque não tem coisa melhor, é um momento relaxante e prazeroso”, ressalta a laçadora. O que é e como funciona o tiro de laço Tiro de laço é uma forma de competição a cavalo caracte- rística do Rio Grande do Sul. Nesta prova, o peão tem o es- paço de 100 metros para laçar um novilho que tenta fugir. Ela é considerada difícil, pois os ginetes têm que ter muita força, concentração e domínio na hora de laçar. O primeiro torneio de laço, em forma de competição e que deu origem aos atuais rodeios, foi na década de 1950, em Esmeralda. Com a saída dos agropecuaristas gaúchos para o restante do Brasil, o esporte foi disseminado e hoje é co- nhecido nacionalmente como Laço Comprido. CAMILA FOTOGRAFIA & PRISCILLA PATZLAFF

13/09/2014 - Caderno Semana Farroupilha - Edição 3.062

Embed Size (px)

DESCRIPTION

13/09/2014 - Caderno Semana Farroupilha - Edição 3.062 - Bento Gonçalves/RS

Citation preview

Page 1: 13/09/2014 - Caderno Semana Farroupilha - Edição 3.062

Semanário | Bento Gonçalves, sábado, 13 de setembro de 2014

Tiro de laço também é para mulher Fernanda Rodrigues

Orso, 18 anos, recep-cionista de serviços da

Florauto, nasceu e foi criada em uma família tradicionalista. Então, desde cedo ela gosta e se envolve com a cultura gaú-cha. “Desde pequena meu pai me ensinou a gostar da tradi-ção, eu já andava a cavalo ainda na barriga da minha mãe e logo que nasci, com uns três meses de vida já me levavam a cavalo. E assim fui crescendo, sempre no lombo do cavalo e com apenas 7 anos já comecei a la-çar sozinha. Claro que sempre com incentivo de meus pais e familiares”, relata Fernanda.

Em uma modalidade tipi-camente masculina, há alguns anos são as mulheres que es-tão se destacando. Fernan-da participa de rodeio desde menina e para ela, essa vida é uma rotina. “Rodeio é uma paixão sem igual, assim que iniciar a temporada pretendo ir a todos”. Como sempre esteve envolvida nesse meio, Fernanda nunca teve proble-mas em participar das provas e nem sentiu preconceito.

“Na minha visão os ho-mens no tradicionalismo é super normal, até porque o tradicionalismo veio dos ho-mens, a mulher em que foi uma surpresa no mundo dos rodeios, mas aos poucos foi crescendo e agora às mulhe-res estão dominando tudo”,

afirma Fernanda.A prova de tiro de laço é

uma das mais competidas nesse mundo tradicionalista, iniciou com os homens e aos poucos as mulheres começam a participar com frequência. “O tiro de laço pra mim não é só uma atividade, é um espor-te, é o laço comprido domi-nando o mundo, é uma paixão sem explicação, só quem parti-cipa sabe realmente do que eu estou falando, e quem provar nunca vai se arrepender, até porque não tem coisa melhor, é um momento relaxante e prazeroso”, ressalta a laçadora.

O que é e como funciona o tiro de laço

Tiro de laço é uma forma de competição a cavalo caracte-rística do Rio Grande do Sul. Nesta prova, o peão tem o es-paço de 100 metros para laçar um novilho que tenta fugir. Ela é considerada difícil, pois os ginetes têm que ter muita força, concentração e domínio na hora de laçar.

O primeiro torneio de laço, em forma de competição e que deu origem aos atuais rodeios, foi na década de 1950, em Esmeralda. Com a saída dos agropecuaristas gaúchos para o restante do Brasil, o esporte foi disseminado e hoje é co-nhecido nacionalmente como Laço Comprido.

CAMILA FOTOGRAFIA & PRISCILLA PATZLAFF

Page 2: 13/09/2014 - Caderno Semana Farroupilha - Edição 3.062

ARQUIVO PESSOAL

- Sábado, 13 de setembro de 20142

Patronagem do CTG Laço Velho 2013/2014

Rodrigo Bridi com seus amigos no acampamento farroupilha

CTG Laço velho cultuando a tradição

Uma Semana Farroupilha com atrações para toda a família

Cultivar a tradição gaúcha e os amigos

Para os gaúchos, não há mês mais importante no ano do que setembro. É

na comemoração da semana far-roupilha que as botas, bomba-chas, lenços, laços, entre outros, ficam em evidência. Nesse perí-odo, o amor pela tradição gaúcha aumenta e é mais demonstrado. Esse também é o momento que oportuniza a demonstração da-quilo que os gaúchos fazem e tem orgulho. Com esse objetivo, o tema da Semana Farroupilha 2014 é “Eu sou do sul”. Ele pro-põe que cada entidade, região ou município desenvolva e elabora um roteiro próprio.

Em Bento Gonçalves, a ABC-TG (Associação Bentogonçal-vense da Cultura Tradicionalis-ta gaúcha) em parceria com a Prefeitura Municipal montou no Parque de Rodeios e Gal-pão da Associação, um espaço organizado com uma estrutura toda preparada para receber os tradicionalistas, as famílias e as

pessoas que tem interesse em conhecer e conviver com a tra-dição gaúcha.

Neste ano, além da renovação do ambiente do acampamento, que agora terá um espaço para cada entidade juntar fundos para si próprios, a semana farroupi-lha conta com uma programa-ção imensa. De acordo com o Presidente da ABCTG, Clau-diomiro Laurindo Dias, esse é o momento de mostrar e valorizar os talentos locais. “Precisamos resgatar nossas raízes, valorizar essa cultura linda que herdamos e para ficar mais completo, as pessoas do município precisam ter espaço para mostrar seu ta-lento”, comenta Dias.

Sobre as mudanças no acam-pamento o presidente enfatiza. “Montamos um lugar acolhedor, familiar e todo reestruturado, no ambiente terá apresentações artísticas das invernadas locais, acervo da Biblioteca Pública Castro Alves, com livros sobre

a história da Revolução Farrou-pilha, rede elétrica, água, espaço específico para os animais, e a presença de lojas da área”.

Hoje, às 11h, chega à cidade a Chama Crioula, que vem da cida-de de Cruz Alta, conduzida pelo Piquete Imigrante Farrapos. Dias destaca ainda na programação o desfile temático tradicionalista, que ocorre na tarde de hoje, às 16h, na Via Del Vino, no qual desfilarão entidades tradicionalis-tas, militares e calavarianos.

Durante a programação acon-tece ainda o jantar em home-nagem as mulheres, dia 16, às 20h30, o baile da terceira idade, dia 18, às 14, com transporte gratuito e animação do grupo Cambicho. No dia 20, a cavalga-da Cristo Rei, às 9h. E durante todos os dias da semana farrou-pilha, a família Lagoense e Ci-riaquense estarão acampadas no Parque de Rodeios, juntamente com os CTG’s e outras entida-des tradicionalistas.

Para os amantes da tradição gaúcha, a semana farroupilha começa pelo menos 2 semanas antes. Os preparativos e a organi-zação são fundamentis. “A prepa-ração é grande, a escolha de um bom lugar para o acampamento garante satisfação durante os fes-tejos”, explica Rodrigo Bridi.

Além das comemorações, o acampamento garante o conví-vio com amigos. “São dias diver-tidos, de muita amizade, música e comida tradicional, como cos-telão, churrasco, carreteiro, vaca atolada. Além disso, é um mo-

Fundado em 29 de agosto de 1957, o CTG Laço Velho se preocupa em preservar a tradição gaúcha, mantendo para isso invernadas artísti-cas como dente-de-leite, pré--mirim, mirim, juvenil, adulta e veterana e ainda possui es-colinha de danças folclóricas, cursos de dança de salão, au-

las de gaita, violão, declamação e canto, além de contar com a Invernada Campeira, departa-mento Cultural e departamento de Esportes. A entidade man-tém uma invejável sede cam-pestre, localizada na Linha São Miguel, Distrito de São Pedro.

Recentemente a entidade foi classificada e premiada pela

pesquisa Marcas de Quem Decide 2014, do Jornal do Comércio, entre os cinco CTGs mais lembrados e pre-feridos do Rio Grande do Sul. Isso em um universo de mais de 1500 Centros de Tradi-ções Gaúchas espalhados por todo o estado. Mais informa-ções pelo fone 3452.3586.

mento para valorizar e preservar as tradições gaúchas, que não po-dem ser perdidas”, ressalta.

No acampamento farroupilha, além de seguir os costumes do povo antigo, também existem al-gumas regras. “A música só pode ser gaúcha e não pode o som alto e no máximo pode ser ouvido até às 23h, isso em respeito e todos e principalmente aos peões que irão laçar no dia seguinte. Para uma boa convivência e uma co-memoração digna é preciso obe-decer todas as regras da ABC-TG”, justifica Bridi.

PHO

TO A

RT F

OTO

GRA

FIA

S

Page 3: 13/09/2014 - Caderno Semana Farroupilha - Edição 3.062

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

3- Sábado, 13 de setembro de 2014

Os avós João Carlos e Sandra Lopes, com o neto João Pedro O amante do tradicionalismo, João Carlos do Prado Lopes

João Pedro de apenas 7 anos já demonstrando seu amor pela tradição

João Pedro com os pais, Gissele e Sidnei Balbinot

Amor pela tradição que passa de geração em geração“Mundo moderno perigo-

so e diferente, do tempo de antigamente em que

tudo era normal, e é por isso que eu vou te fazer um pedi-do, e se eu for atendido ficarei muito feliz. Não deixe nunca de amar a tua família, ame o rio, campo e a coxilha. Faça melhor do que eu fiz, ame o rio grande com a força do coração, não deixe que a evo-lução mude o teu comporta-mento, o modernismo já fez muitos infelizes, que trocaram suas raízes por coisas sem fun-damento”. A frase é do cantor e poeta Volmir Martins e fala sobre o amor do homem ao tradicionalismo e a vontade dele fazer com que as demais gerações sigam o mesmo ca-minho, para assim serem mais felizes, fortes e guerreiras.

E foi assim que João Car-los do Prado Lopes, 61 anos, aprendeu com seu avô, e forta-leceu com sua esposa, Sandra Foragato Lopes, a qual conhe-ceu dentro de um CTG. Mos-trando para sua filha, Gissele Lopes Balbinot, e o genro, Sid-nei Balbinot, e o neto, João Pe-dro Lopes Balbinot, que a tra-dição vai muito além de apenas ensiná-los a usar bota e bom-bacha, ou escolher o vestido de prenda, o casal ensinou que ser gaúcho é demonstrar amor ao Rio Grande, aos costumes e a lida do homem no campo.

Enfim, a família Prado Lo-pes é um verdadeiro exemplo de amor pelo tradicionalismo elencado de pai para filho. João Carlos participou por anos de CTG e atualmente, mes-mo não fazendo mais parte da patronagem, nunca deixou de frequentar a entidade e de ajudar no que fosse preciso, para passar o tradicionalismo às pessoas. Foi esta vontade de participar, e essa preocupação com o futuro das gerações que o fez manter vivas as causas tradicionalistas envolvendo a família toda.

Atualmente toda família mantém dentro e fora de casa as lições repassadas por João Carlos e Sandra. O maior or-gulho da família é o neto João Pedro, de 7 anos. “Ensino para ele a simplicidade da vida, uma

vida campeira, tranquila e o res-peito que se deve der com to-das as pessoas”, afirma o avô.

João Carlos, de forma emo-cionada afirma, “eu choro quando vejo coisas antigas, os costumes trazidos de berço, aquele tradicionalismo antigo”.

A família finaliza ressal-tando, “a cultura gaúcha é tudo, ela une a família, é uma tradição sadia, que além de ensinar o que herdamos dos nossos antepassados, ensina o respeito, a humildade e a boa educação”.

Page 4: 13/09/2014 - Caderno Semana Farroupilha - Edição 3.062

ARQUIVO PESSOAL

4 - Sábado, 13 de setembro de 2014

Iraci Dalla Valle

A diferença entre folclore, tradição e tradicionalismoNão é possível separar

o folclore da tradi-ção e do tradiciona-

lismo. O tradicionalismo lida com aspectos do folclore e da tradição e esse conjunto é denominado de cultura. Nes-se sentido Iraci Dalla Valle, formada em letras e direito, e participantes de atividades envolvendo a tradição gaúcha, justifica que o tradicionalismo gerencia a tradição e que tan-to o folclore como a tradição valoriza a cultura do grupo local, de uma comunidade. E ela ainda afirma, “a cultura é o objetivo comum para o qual todos convergem”.

O folclore deve ser enten-dido como o saber popular e, também, como o estudo des-se conhecimento regional, dos usos, costumes e tradições de um determinado povo.

De acordo com Iraci, folclo-re é o conjunto cultural de uma determinada comunidade, gru-po de indivíduos, pelas quais expressam sua identidade cul-tural e social, além dos costu-mes e dos valores retransmiti-dos oralmente, repassando-os de geração a geração. “Cada povo tem o seu respectivo fol-clore, a sua peculiar forma de manifestar suas crenças, seus usos e seus costumes regio-

nais”, salienta.Iraci destaca ainda que, “o

folclore encontra-se mani-festado na arte, no artesana-to, na literatura popular, nas danças regionais, no teatro, na poesia, na música, na co-mida, nas festas populares, nos brinquedos, nas brinca-deiras e nos jogos, nos pro-vérbios, na adivinhação, na medicina popular, nas cren-dices, nas superstições, nos mitos, nas lendas e em outras manifestações da cultura po-pular, transmitida basicamen-te de forma oral”.

Já a tradição significa os valores que os antepassados

deixaram. No processo de construção de identidades so-ciais, determinados elementos culturais são escolhidos para representar o grupo - aqueles que são percebidos como os mais ‘característicos’.

Iraci explica que, “a tradição é o acervo cultural e moral no campo literário, musical, das usanças, do adagiário, do arte-sanato, dos esportes e ativida-des rurais, e o ato de transmis-são desse patrimônio cultural antigo, de pais para filhos, por tradição, pelo tempo, de for-ma espontânea, preservada e contínua”. E ela complemen-ta, “os valores mais caracte-rísticos do Rio Grande do Sul são a coragem, a hospitalida-de, a honra, o respeito e o ca-valheirismo”.

E o tradicionalismo é um movimento cívico-cultural. É a tradição em marcha, resgatan-do valores que são válidos não por serem antigos, mas por se-rem eternos. Iraci explica que, “no Rio Grande do Sul, tra-dicionalismo é um movimen-to organizado em Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) ou associações semelhantes com outras denominações, congre-gadas em uma grande federa-ção, o Movimento Tradiciona-lista Gaúcho (MTG)”.

Dia 13 de Setembro | Sábado11:00h - Chegada da Chama Crioula na sede da ABCTG, vinda de Cruz Alta conduzida pelo Piquete Imigrante Farrapos 11:30h - Almoço Festivo dos Cavalarianos, nas ede da ABCTG16:00h - Chegada da Chama Crioula – Etapa 2, no Centro da Cidade e entrega da distinção aos Cavaleiros portadores da Chama Crioula16:00h - Desfile Comemorativo dos Festejos Farroupilhas 2014Desfilam: Entidades Tradicionalistas, militares e cavalarianosLocal: Via Del Vino22:30h – Show com Walter Morais e Baile com Grupo Criado em Galpão

Dia 14 de Setembro | Domingo08:00h - Chegada da Chama Crioula no Largo Prefeitura Municipal10:00h - Mateada das Prendas | Show Cultural5:00h - Prosa de Piá - Contações de Lendas GaúchasLocal: Biblioteca Temática Letras do Sul - Sede da ABCTG17:00h - Tertúlia Livre e Apresentações espontâneas18:00h - Translado da Chama Crioula do Largo da Prefeitura Municipal pelo CTG Gaudério Serrano até a sede do ABCTG19:00h - Apresentação de Causos Gaúchos, trovas e poesias.20:00h - Jantar de Confraternização21:00h - Show de Tatiéli Bueno e Baile com o Grupo Estirpe Campeira

Dia 15 de Setembro | Segunda-feira08:00h - Chegada da Chama Crioula no Largo da Prefeitura Municipal12:00h - Almoço de Confraternização dos CTGs14:15h - Lida do Chimarrão14:45h - Lida Artística15:15h - Intervalo15:30h - Charla de Galpão16:15h - Lida Campeira19:00h - Apresentação de Causos Gaúchos, trovas e poesias20:00h - Jantar de Confraternização20:30h - Apresentação das Invernadas dos CTGs de Bento Gonçalves21:00h - Show do Grupo Rastro do Vento

Dia 16 de Setembro | Terça-feira08:00h - Chegada da Chama Crioula no Largo da Prefeitura Municipal19:00h - Apresentação de Causos Gaúchos, trovas e poesias.20:00h - Jantar de Confraternização20:00h - II Encontro da Mulher TradicionalistaLocal: Sede da ABCTG20:30h - Apresentação das Invernadas dos CTGs de Bento Gonçalves20:30h - Jantar em Homenagem as Mulheres Tradicionalistas e Entrega das Distinções e Diplomas para as Mulheres Tradicionalistas indicadas pelos CTGs.21:30h - Show e Baile com o Grupo Madrugando

Programação