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testeDilogo Brasil Unio EuropeiaEconomia Digital, Cloud Computing, Privacidade e Proteo de Dados
12 de maro de 2013Braslia DF
A Brasscom, em parceria com o Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao(MCTI) e a Unio Europeia, realizou o workshop Economia Digital, CloudComputing, Privacidade e Proteo de Dados no dia 12 de maro em Braslia.Reunimos representantes dos Poderes Legislativo e Executivo do Brasil emembros da Unio Europeia, para discutir a importncia e criao de um marcoregulatrio sobre proteo de dados no Brasil.
Com a evoluo das tendncias tecnolgicas na sociedade da informao, o
Ministrio da Justia desenvolveu um anteprojeto de lei de Proteo de Dados,que est em apreciao na Casa Civil e ser enviado ao Congresso. A Brasscomacredita na importncia do debate com outros atores da sociedade devido aopotencial econmico da nova economia digital para o crescimento e odesenvolvimento do Pas.
O objetivo disseminar as vises dos diversos atores envolvidos no projeto,compartilhar as experincias da Europa e ouvir a opinio das empresas sobre aimportncia de termos um marco regulatrio que seja de acordo com padresinternacionais, para garantir segurana jurdica, ambiente de negcios atrativopara as empresas e proteo para o consumidor.
Patrocinadores
Apoio
Realizao Coorganizao
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Brasscom Associao Brasileira das Empresas de Tecnologia da
Informao e Comunicao
A Brasscom foi criada em 2004 e rene algumas das empresas mais relevantes einfluentes da indstria brasileira de Tecnologia da Informao (TIC). A entidadeexerce papel de articulao entre os setores pblico e privado nas esferas federal,estadual e municipal e lidera a discusso de temas estratgicos, como adesonerao da folha de pagamentos, a promoo internacional do setor de TI eo aumento de suas exportaes, a expanso da banda larga em escala nacional,a gerao de empregos, a incluso social e a convergncia digital.
Os objetivos da Brasscom so:1) Promover e apoiar o uso de TIC como o motor de crescimento, inovao ecompetitividade do Brasil;
2) Representar e desenvolver o setor de TIC no Brasil, atuando como interlocutorjunto a governos, ONGs e demais representantes da sociedade civil;
3) Participar ativamente do processo de insero do Brasil no mercado global deTI, facilitando as relaes comerciais, promovendo o setor para atrair novosinvestimentos e apoiando as negociaes internacionais do governo brasileiro.
O Brasil possui um setor de Tecnologia da Informao (TI) sofisticado e inovador,com faturamento de US$ 112 bilhes em 2012. O mercado brasileiro de TI ostimo maior do mundo e referncia em diversos segmentos, como serviosfinanceiros, governo eletrnico, agricultura e petrleo e gs, contribuindo com odesenvolvimento da indstria brasileira e a competitividade do Pas.
A janela de oportunidades est aberta para o Brasil durante esta dcada,caracterizada por novas tendncias tecnolgicas, crescimento econmico e pelobnus demogrfico nos pases emergentes. As polticas governamentais esetoriais, unidas excelncia da TI brasileira estimula a expanso do mercado,que poder dobrar seu faturamento e se tornar um dos cinco principais do mundoem 2022.
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Sumrio
Agenda
Empresas, Instituies e rgos Presentes
O Evento
Proteo De Dados - A Abordagem Da Unio Europeia
Apresentaes
Brasscom Nelson Wortsman
IDC Anderson Figueiredo
Frost & Sullivan Cristiano Zaroni
Delegao da Unio Europeia no Brasil Augusto de Albuquerque
Carta de Privacidade para o Ministrio da Justia do Brasil e para a Casa Civil
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Agenda
Abertura- Virglio Almeida Secretrio de Poltica de Informtica, MCTI- Ana Paula Zacarias Embaixadora da Unio Europeia no Brasil
- Emb. Benedicto Filho Diretor do Departamento de Temas Cientficos eTecnolgicos, Min. de Relaes Exteriores
- Nelson Wortsman diretor da BrasscomA Terceira Plataforma de TI
- Anderson Baldin Figueiredo - Gerente de Pesquisa & Consultoria da IDC Brasil"O Brasil nas Nuvens: Oportunidades e Desafios"
- Cristiano Zaroni Diretor para Operaes na Amrica Latina, Frost & SullivanA Estratgia Europeia para o Desenvolvimento da Economia Digital
- Augusto de Albuquerque Conselheiro, Delegao da Unio Europeia no Brasil1 Painel Economia Digital e Competitividade Nacional
- Augusto de Albuquerque Conselheiro, Delegao da Unio Europeia no Brasil- Artur Coimbra Diretor do Departamento de Banda Larga- Marcos Vincius De Souza Diretor do Departamento de Fomento Inovao,
MDIC
- Luciana Guilherme Secretria Economia Criativa- Ricardo Castanheira Diretor de Assuntos Corporativos, Microsoft Brasil
- Moderadora: Cristina de Luca - Editor-at-large do Grupo Now!Digital
2 Painel Cloud Computing Novo Paradigma- Paulo Lopes - Consultor da Brasscom para temas europeus- Virglio Almeida Secretrio de Poltica de Informtica, MCTI- Jacob Batista de Castro Jnior Diretor de Servios de Rede, Secretaria de
Logstica e Tecnologia, Min. Planejamento
- Augusto Gadelha Diretor do DATASUS, Min. Sade- Jos Gomes Jr Superintendente do Serpro- Rodrigo Santos Diretor da Capgemini- Karin Breitman Professora Assistente, PUC-Rio- Moderadora: Ana Paula Lobo Diretora Editorial do Convergncia Digital
A importncia estratgica de uma lei geral sobre Proteo deDados
- Danilo Doneda Coordenador-Geral de Estudos e Monitoramento de Mercado,Min. Justia
3 Painel Os Desafios da Proteo de Dados e da Privacidade naEconomia Digital
- Bruno Magrani Fundao Getlio Vargas Bruno Magrani Professor, FundaoGetlio Vargas
- Christoph Luykx Diretor de Polticas Pblicas para a UE pela Intel Corp- Marcel Leonardi Diretor de Polticas Pblicas, Google Brasil- Fernanda Fauze Carlos Gerente Jurdico, IBM
- Mauro Falsetti Membro do conselho Fiscal da ABDTIC
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Empresas, Instituies e rgos Presentes
ABDI
Algar
Bialer e Falsetti
Advogados
BlackBerry
CADE
Caixa
Capgemini
Cesnik, Quintino e
Salinas Advogados
Contax
Convergncia Digital
Correio Braziliense
Datasus
EBC
Embaixada da
Alemanha
Embaixada da
Repblica Eslovaca
Embaixada da Sucia
Embaixada do Reino
dos Pases Baixos
Embratel
Ericsson
FGV
Frost & Sullivan
Google Brasil
Grupo Now!Digital
IBM
IDC
Intel
Lopes e Fonseca
Consultoria
Microsoft
Ministrio da Cincia,
Tecnologia e Inovao
Ministrio das
Comunicaes
Ministrio da Cultura
Ministrio do
Desenvolvimento,
Indstria e Comrcio
Ministrio da Justia
Ministrio das
Relaes Exteriores
National Laboratory for
Scientific Computing -LNCC
Pinho & Koiffman
Procuradoria Geral do
DF
PUC-Rio
Relaes
Governamentais
RNP
RSA
SAP
SINDITELEBRASIL
SLTI
Softex
TechPolis
TelComp
TOTVS
TSSG/Waterford
Institute of Technology
UFRGS
UnB
Unio Europeia
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O Evento
Observao: o contedo abaixo foi captado por microfones durante todo o evento. Devido a
falhas de captura, alguns trechos no foram gravados ou ficaram ininteligveis e, portanto,
removidos. Correes foram feitas buscando melhor entendimento e preservao do contedo
original, falado e apresentado pelos participantes. A Brasscom no se responsabiliza pelas
opinies de seus autores.
Nelson Wortsman, Diretor da Brasscom: Gostaramos de agradecer o apoio
do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao, na pessoa do Secretrio
Virglio Almeida que sempre tem nos apoiado bastante nas atividades que a
BRASSCOM procura desenvolver. Eu convidaria nossa mesa os membros
para a abertura do evento com o Secretrio Virglio Almeida, Secretrio de
Poltica de Informtica do MCTI; a Senhora Ana Paula Zacarias, Embaixadora
da Unio Europeia no Brasil e o Embaixador Benedito Filho, Diretor de
Departamento de Temas Cientficos e Tecnolgicos do Ministrio das Relaes
Exteriores.
Secretrio Virglio Almeida, Secretrio de Poltica de Informtica do MCTI:
Bem-vindos a esta reunio organizada pela BRASSCOM sobre economia
digital, dentro do contexto dos dilogos entre a Unio Europeia e o Brasil. Em
nome do Ministro Raupp, eu gostaria de agradecer a todos a presena aqui, a
participao na discusso desse tema importante. Gostaria inicialmente de
saudar a Embaixadora Ana Paula Zacarias, da Unio Europeia, o EmbaixadorBenedito Filho, Diretor do Departamento de Cincia e Tecnologia do Ministrio
das Relaes Exteriores, e o Senhor Nelson Wortsman, representando o
Presidente da BRASSCOM, Antonio Gil. Eu, nessas palavras iniciais, gostaria
de ressaltar a oportunidade desse encontro no contexto da colaborao do
Brasil e da Unio Europeia. Desde os anos 90, ns temos observado
globalmente uma vigorosa ascenso da economia digital e o Brasil, pelo seu
lado, vem se preparando adequadamente para um posicionamento global,competitivo e moderno onde as vrias unidades do governo, os vrios
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Ministrios do Governo da Presidente Dilma, se posicionam para o futuro
digital. O Ministrio das Comunicaes com o Plano Nacional de Banda Larga,
Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio com o Plano Brasil Maior,
Ministrio do Planejamento Oramento e Gesto, com as iniciativas no contexto
do Governo Digital, o Itamaraty com o tratamento das Relaes Internacionais
oriundas do mundo digital, o Ministrio da Defesa com o aspecto da segurana
ciberntica e com o Ministrio da Cincia e Tecnologia e Inovao com a viso
estratgica que tarde vou apresentar em detalhes. Essa emergncia da
economia digital, cuja marca tem sido a expanso da internet desde os anos 90
nos trouxe a esse ponto no sculo XXI, a qual poderamos caracterizar
estrategicamente a economia digital atravs de trs aspectos. Estamos falando
de um mundo hiperconectado, inclusivo e cada vez mais inteligente no sentido
de uso das informaes adequadamente, embora essas trs propriedades da
hiperconexo, da incluso e do uso da tecnologia digital inteligente, no se
distribui igualmente por todas as regies do mundo e tambm no se distribui
igualmente por todas as regies do Brasil. um desafio do Governo ampliar
esses aspectos positivos para todas as reas do territrio brasileiro.
Certamente, junto com a Unio Europeia, estabeleceremos acordos e projetos
de cooperao. Essa economia digital que estamos falando aqui hoje tem
alguns aspectos extremamente positivos, mas tambm desafios que tm que
ser tratados dentro dos projetos de governos e desses projetos de colaborao.
As tecnologias da Informao e Comunicao apresentam um grande potencial
de inovao. Um potencial de inovao que traz benefcios, ns vamos ver ao
longo das discusses, mas tambm tem uma caracterstica discutida de gerar
novos negcios, tambm de gerar questes desafiadoras, como por exemplo,
as questes relativas qualificao de recursos humanos, e ao emprego. Astecnologias da informao, se no tratadas adequadamente, podem no gerar
o nmero de empregos que os pases necessitam. Outro aspecto chave dessa
economia digital e que o governo brasileiro tem dado bastante ateno a
necessidade para criar os mecanismos para facilitar o esprito empreendedor
da sociedade nesse contexto. A possibilidade de gerar novos negcios, gerar
novos tipos de emprego e gerar riquezas, dentro do contexto da economia
digital e na sua expanso para a chamada economia tradicional so imensasoportunidades. At hoje a internet iria ser despactuada muito no contexto das
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comunicaes, no contexto das interaes, mas j se v uma grande ligao
disso ao mundo industrial tradicional com a conexo dos equipamentos, dos
dispositivos fsicos, tudo isso em busca de ingredientes mais eficientes e mais
modernos. Dentro desse contexto da economia digital, o desafio criarmos
plataformas adequadas. Plataformas que estimulem o empreendedorismo,
plataformas que estimulem gerao de novos empregos, gerao de riqueza e
uma distribuio disso mais abrangente do territrio brasileiro. Dentro dessas
plataformas, duas me chamam a ateno: A Acips e os ambientes de
computao em nuvem, cloud computing. So elementos chaves para constituir
esse ambiente da economia digital. O foco deste encontro aqui entre Brasil e
Unio Europeia especialmente de maior interesse ao aspecto de computao
em nuvens e certamente trar questes de interesse mtuo e que a
colaborao dessas duas regies do Atlntico certamente trar muitos
benefcios. Creio que sero discusses produtivas em temas relevantes, atuais
e de uma importncia estratgica em um dia de discusses que sero muito
importantes para traarmos esse futuro digital das importantes regies.
Obrigado.
Senhora Ana Paula Zacarias, Embaixadora da Unio Europeia no Brasil:
Muito bom dia Sr. Secretrio Virglio de Almeida, Sr. Presidente da
BRASSCOM, Sr. Embaixador Benedito, representantes das diferentes
instituies brasileiras pblicas e privadas que aqui esto. Eu gostaria de
agradecer, sobretudo o convite que foi dirigido para estar aqui para falar hoje
de temas, como dizia o Secretrio Virglio Almeida, que tm um impacto
estratgico fundamental no mundo contemporneo, economia digital,computao em nuvem digital, a questo tambm da privacidade e da proteo
dos dados so temas fundamentais para o desenvolvimento em nvel nacional,
mas tambm desenvolvimento regional. A economia digital tambm um
elemento fundamental para ns desenvolvermos na Europa para conseguirmos
encontrar sada para crise mundial. A economia digital cresce cerca de 7%
mais rapidamente que a economia comum e certamente ela poder trazer e
gerar uma grande quantidade de novos empregos, novas pesquisas cientficase tecnolgicas, poder gerar transformao tambm na rea da indstria
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eletrnica, gerar novos servios de parte dessas novas tecnologias tanto da
computao em nuvem como da banda larga. Temos tambm, como foi dito
pelo Secretrio Virglio Almeida, novos desafios em termos da segurana,
direito futuro, direitos do cidado da sua prpria privacidade, questes que tm
a ver com o que a nossa democracia possui em nveis, portanto, econmica,
poltica e social. De tal maneira que os nossos lderes europeus pensam que o
prximo Conselho Europeu de outubro os 27 chefes de Estado e governo da
Unio Europeia podero sentar-se mesa e discutir essa questo da economia
digital. esta a compreenso que a Unio Europeia e o Brasil tm sobre esta
matria. Temos tido inquritos polticos e de abordagens da populao no
nosso dilogo anual sobre as informaes. A Unio Europeia e o Brasil tm
hoje 30 dilogos ativos nas mais diversas reas: mercado financeiro, direitos
humanos, cincia e tecnologia, cultura, educao, questes agrcolas... e um
desses dilogos, sobre a sociedade da informao, foi em novembro de 2012 e
o prximo ser aqui no Brasil mais ou menos na mesma data. A Unio
Europeia vai tentar fazer o seu caminho nesta rea da sociedade da
informao e temos acompanhado a evoluo no Brasil em termos de poltica.
Pensamos que com a troca de experincia consequentemente h aproximao
e nos temas polticos e regulatrios na rea das telecomunicaes e das
tecnologias no Brasil e Unio Europeia ser certamente em prol do benefcio
mtuo. Fizemos uma reflexo similar de um lado e do outro do Atlntico e essa
reflexo vai tambm fazer um acrscimo da capacidade de trabalho na rea de
pesquisa e de investigao. Nesta matria temos lanado edital conjunto e o
primeiro edital conjunto para pesquisa na rea de cincia e tecnologia aplicada
com financiamento de cinco milhes de euros de cada lado. Este edital
cobriria quatro reas prioritrias identificadas pelos dois lados: computao emnuvem para a cincia, tecnologias sustentveis para uma sociedade mais
inteligente, servios e aplicaes inteligentes para a sociedade, aplicaes e
servios hbridos de radiodifuso e banda larga por TV. A avaliao das
propostas de projetos formulados j esto sendo realizados aqui em Braslia e
os projetos sero iniciados at o final deste ano. O anterior edital j est com
os projetos em curso com um montante em investimento financeiro similar e
com cinco projetos: microeletrnica e microssistemas; o futuro da internet; ofuturo da internet em termos de segurana; sistema de monitoramento e
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controle em rede; e infraestrutura eletrnica. E como dizia realmente de
interesse mtuo, com o fato de que este aspecto da competitividade no setor
de TIC e a contribuio para a economia digital hoje um dos temas que
vamos ter. A Comisso Europeia apresentou no final do ano passado uma
estratgia para o desenvolvimento do setor enquanto instrumento de
produtividade, da criao de emprego, do crescimento para as pequenas e
mdias empresas. Finalmente dizer que ser tratado aqui, durante este
seminrio, proteo de dados e privacidade, que tambm uma rea de
extrema importncia para a Unio Europeia. A comisso europeia props em
janeiro de 2012 uma reforma das regras vigentes de proteo de dados e
privacidade e esperamos que essa reforma esteja aprovada at o final do ano.
Sabemos tambm que aqui no Brasil se est discutindo um anteprojeto de lei
sobre a proteo de dados e a privacidade que est no Ministrio da Justia e,
portanto, achamos muito oportuno este impacto nesta matria. Resta agradecer
mais uma vez o convite e desejar a todos um excelente trabalho e estou certa
que ser um trabalho bom para a promoo das relaes entre o Brasil e a
Unio Europeia e para encontrar respostas aos desafios globais e este
seminrio faz parte de procurarmos coisas melhor em conjunto. Muito obrigada.
Embaixador Benedicto Filho, Diretor de Departamento de Temas
Cientficos e Tecnolgicos do Ministrio das Relaes Exteriores: Bom dia
a todos, Secretrio Virgilio Almeida, Secretrio de Poltica de Informtica do
Ministrio da Cincia e Tecnologia, Embaixadora Ana Paula Zacarias,
Embaixadora da Unio Europeia no Brasil, Sr. Nelson, representante do
Presidente da BRASSCOM, Senhoras e Senhores. Eu tambm gostaria desaudar a realizao deste Dilogo Brasil - Unio Europeia sobre economia
digital, computao em nuvem, privacidade e proteo de dados, enfatizando
que cada um desses temas, em si, j traduz uma discusso muito relevante,
muito atual nos dias de hoje, que, tanto no Brasil, quanto internacionalmente,
acontece de uma maneira crescente. H duas semanas, participei de uma
reunio da UNESCO que foi a primeira reunio de um longo processo de
reviso de dez anos dos resultados da Cpula Mundial de Sociedade daInformao. Como os senhores sabem, a Cpula teve duas fases e adotou um
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conjunto de documentos que procura refletir o consenso da comunidade
internacional sobre como lidar com essas novas tecnologias revolucionrias, as
TICs, com nfase especial no papel da Internet. At 2015, esse processo de
reviso ir se desenvolver, buscando ajustar, atualizar os termos daquele
entendimento que se firmou em 2005. Nesse contexto, h uma discusso da
maior importncia sobre a importncia da cooperao internacional. Como foi
destacado pelo Professor Virglio, h desafios e oportunidades enormes, um
potencial tremendo associados s novas tecnologias digitais. Mas um fato que
tem sido enfatizado nessas discusses internacionais que, ao passo em que
1/3 da populao mundial j foi alcanado, tem um nvel de desenvolvimento
muito importante e se beneficia muito dessas tecnologias, 2/3 ainda esto de
fora. Ento, quando se contextualiza no mbito maior, se v a extenso do
desafio em nvel global. H um reconhecimento pleno do papel que essas
novas tecnologias podem desempenhar para o desenvolvimento econmico
social e a transformao produtiva. A incorporao dessas tecnologias no
processo produtivo um desafio principalmente em pequenas e mdias
empresas para que sejam mais eficientes com ferramentas eletrnicas.
Tambm devem favorecer maior participao da sociedade, transparncia,
rapidez e maior eficincia na prestao de servios de educao, sade, etc..
Ou seja, as novas tecnologias digitais impactam todas as reas do
relacionamento humano e podem ser uma fora motriz para mudanas
estruturais profundas rumo a novos patamares de desenvolvimento. Esse o
foco com o qual se trabalha esse tema. Ns queremos tambm enfatizar o
papel da cooperao com a Unio Europia - a cooperao bilateral e
tambm a cooperao no mbito da regio, em parceria com os demais pases,
para promover o desenvolvimento da sociedade da informao na nossaregio. Outro aspecto que eu gostaria de enfatizar a necessidade de atuar em
parceria com os vrios setores. Os desafios que esto associados sociedade
de informao demandam ao do governo e tambm do setor privado, o
envolvimento da sociedade e da academia - que um grande ator para
organizar os esforos de conduzir a um objetivo comum. Isso est muito claro,
no caso da governana da internet no Brasil, atravs do Comit Gestor da
Internet que coordenado pelo professor Virgilio Almeida, e onde o governoest em minoria. Isso reflete o convencimento do governo de que os assuntos
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ligados internet no so exclusivamente de governo, que atua com todos os
demais setores buscando caminhos para que o uso da internet no Brasil reflita
e esteja em compasso com os interesses desses setores. E a, me refiro a um
tema que vai ser focado aqui, que a privacidade. A liberdade de expresso e
a prevalncia dos direitos humanos o primeiro dos princpios que foi
desenvolvido no mbito do Comit Gestor da Internet os quais orientam a ao
do Brasil em matria de uso e governana da Internet. A nossa posio
pautada por esses princpios, sendo o primeiro deles, repito, a liberdade de
expresso, a privacidade e a prevalncia dos direitos humanos. Isso mostra a
impossibilidade de trabalhar fora de contexto em que todos os setores estejam
participando e trazendo seu aporte para a mesa. Os demais temas que sero
aqui tratados tambm so temas da atualidade: computao em nuvem,
proteo de dados - que dialoga com o tema de privacidade -, e segurana,
outra dimenso da sociedade de informao que extremamente importante.
Ento, temos muita satisfao em participar deste encontro e temos grande
interesse em acompanhar os seus resultados. Tenho certeza que as
discusses aqui traro contribuies importantes para o debate sobre esses
temas. Obrigado.
Nelson Wortsman: Eu tenho uma pequena apresentao, na verdade, eu
gostaria de dividir com vocs o nosso pensamento. Ns temos j nos
movimentado alguns anos em tudo que diz respeito, eu pessoalmente na rea
proposta, vendo que o mundo se transformou, normalmente, e que o Brasil no
poderia ser diferente no sentido principalmente tecnolgico de banda larga, de
internet e assim por diante. A gente sabe que temos alguns segmentos daindstria, atividade econmica do pas que sobrevive custa de proteo. E a
gente sente que com o passar do tempo essa proteo se torna cada vez mais
frgil e dentro desse conceito o nosso grande objetivo seria fazer com que o
Brasil na rea de internet fosse um global player competitivo e que se tornasse
na Amrica Latina o grande hub para atender todo o continente. Dentro desses
conceitos ns temos vrios caminhos que tem sido desenvolvidos. Comeou
com a banda larga, os comentrios, os estudos que ns fizemos, entregamosao governo. Hoje estamos desenvolvendo junto com o Ministrio da Cincia e
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Tecnologia tambm, um levantamento de custos de data centers, que
queremos fazer parte da nuvem e no apenas usar a nuvem de outros pases;
que os marcos regulatrios brasileiros sejam compatveis com os europeus e
com os americanos, para que de fato, a gente possa ser global. Isso faz parte
de um grande guarda-chuva que ns temos chamado de TIC 2022: um estudo
que ainda est em andamento que se encaixa no Brasil Maior e no TI Maior e
que tem como grande objetivo fazer, s um parntese, uma experincia que eu
tive agora, ns trabalhamos tambm com a oportunidade de TI na Copa,
fizemos inclusive aqui nesse auditrio um evento h uns dois anos atrs onde
preparamos dados, todas essas oportunidades de TI, seja na sade, na
segurana, na educao, em todos os itens e ns descobrimos que TI no fazia
parte da agenda de nenhum Estado no sentido de desenvolver um programa
para que isso trouxesse ganho, competitividade, melhores servios e assim por
diante. Isso foi um embrio que tambm nos ajudou a comear sentir que ns
precisvamos no pensar tanto na indstria de TI em si, mas mudarmos e
invertermos o sentido da indstria de TI em si e sendo uso da indstria de TI
em toda a sociedade alavancando o Brasil em todos os setores e tornando-o
socialmente mais justo, servindo melhor populao e indstria; como foi
mencionado pela Embaixadora, as pequenas e mdias empresas no Brasil em
termos de TI so um terror e tudo isso que ns estamos falando
competitividade que tanto se fala e que muitas vezes no se insere o conceito
de TI dentro desse contexto. Ento, esse projeto TIC 2022, primeiro ns temos
que nos posicionar. Ns estamos sonhando? No! Ns no estamos sonhando,
ns estamos falando do stimo maior pas em TI do mundo e o quarto maior
em TIC do mundo. Ns estamos falando em centenas de bilhes
transformando TIC no quarto maior possuidor do mundo. Ns estamos falando,de fato, de uma posio muito importante e precisa ser lapidada para que atinja
a totalidade dos objetivos que poderiam ser alcanados. Depois ns
identificamos que para cada setor que a gente est falando, uma hora
educao, outra hora pequena e mdia indstria e assim por diante, fazendo
levantamentos a gente verifica que no mundo todo tem essas bandeirinhas a e
no estamos falando de grandes potncias econmicas, ns estamos falando
muitas vezes de Jordnia, pases desse porte que tem feito trabalhos emalgumas verticais muito interessantes, como de fato, no Brasil existem alguns
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programas desse tipo. Mas hora de se fazer um grande projeto de pas, de
dez anos, uma coisa que para ns, normalmente um pouco difcil. A nossa
tendncia muitas vezes, ser mais um pouco curto prazistas, fazer um
programa de pas mesmo, no um programa de um partido no Governo. E com
isso, a gente tem um grande programa que chegando ao seu fim ns tenhamos
essas competitividades. Em todos esses locais ns identificamos alguns fatores
de sucesso. Nada a muita novidade, na realidade ns precisamos empacotar
tudo isso como um grande projeto do Brasil no uso de TI, quer seja do capital
humano, na infraestrutura, conectividade, ambiente de negcio,
empreendedorismo, financiamento, que muito importante, promoo,
educao digital. E o capital humano, que tem se debatido tanto, com alguns
programas que o prprio Governo j comeou a implementar. O que ns
precisamos na realidade amarrar tudo isso num nico grande programa, um
nico grande objetivo, porque muitas dessas medidas j tm sido tomadas, se
bem que, uma num ministrio, outra num outro, no fazendo parte de um
grande corpo, de um grande projeto de nao. E no fundo isso tudo, para ns,
a viso disso tudo tornar o Brasil numa referncia global levando o pas para
um nvel superior de desenvolvimento econmico, social e da gesto pblica,
contribuindo para aliviar os problemas estruturais do pas, apurado como uma
indstria de TIC altamente competitiva e o lder em inovao em setores
estratgicos. E isso um trabalho que ns estamos desenvolvendo h vrios
meses, eu j diria h quase um ano, e que est num momento j de
germinao por que um trabalho na verdade que no vamos fazer sozinhos,
ns vamos ter que desenvolver os planos de ao, oferecer o conhecimento
internacional de algumas conexes que ns temos para trabalhar juntos a
quatro mos com o Governo, e isso no um programa que se faz dentro deuma sala fechada. isso, uma mensagem para que os senhores entendam um
pouco mais inclusive de quem a BRASSCOM. Eu estou desempenhando dois
papeis. Eu agradeceria aos membros da mesa pela abertura que ns fizemos,
e o nosso intuito foi agora fazermos duas apresentaes, porque como ns
temos, na verdade eu acho muito importante para ns. Eu agradeo a presena
de vocs, a primeira vez que a gente faz um evento em que no focado na
indstria somente, estamos assim, a indstria de TI permeando todos osministrios, eu acho que ns nunca chegamos num evento com representantes
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de tantos ministrios juntos, no vou citar por que eu posso esquecer alguns e
depois eu no quero ficar melindrado, mas ns temos quase uma totalidade
dos ministrios, a primeira vez que estamos sentando juntos, inclusive, com
embaixadores, ou seja, um entendimento de que TI hoje uma ferramenta de
todos e no mais a indstria de TI como na dcada de 70 ou de 80 como a
gente v aqui, o Brasil s iria pra frente com uma reserva de mercado, e TI era
TI, no era o uso do TI. Senhores, obrigado, eu vou dar continuidade com uma
apresentao do IDC, em seguida com uma apresentao da Frost, onde os
senhores tero uma viso internacional. A prxima apresentao a Terceira
Plataforma de TI, Anderson Baldin Figueiredo, gerente de pesquisa e
consultoria do IDC Brasil.
Sr. Anderson Baldin Figueiredo, gerente de pesquisa e consultoria da IPC
Brasil: Bom dia a todos, em nome da IDC e em meu prprio nome queria
agradecer BRASSCOM, Unio Europeia pela oportunidade de estar aqui.
Como o Nelson falou, eu vou falar e em seguida o Cristiano vai falar da
'FROST', tm dados do mercado, eles acabaram de fazer uma pesquisa, ento
eu vou mais falar do conceitual para que depois o Cristiano possa fazer a
apresentao dos nmeros do estudo mais recente deles. Um slide rpido do
IDC s para pr na pgina. A IDC uma empresa norte-americana, tem quase
50 anos de vida e est presente no Brasil h 23 anos. O que a gente faz?
Somos especialistas em inteligncia de mercado, nos mercados de TI e
Telecom. a que trabalhamos, fazemos pesquisas, consultorias, estudos,
junto com as naes sobre muita coisa de TI e Telecom; ns no falamos de
nenhum outro mercado, eu no sei o mercado de geladeira, de automvel... onosso marco de especializao isso, ns estamos no Brasil com quase 70
pessoas, um mercado que a gente est h 23 anos. Feita a propaganda,
vamos aos nmeros. Tomei um susto quando o Nelson comeou a mostrar a
pequena apresentao dele porque ele pegou a minha, o meu primeiro slide
era mostrar os nmeros do Brasil, era mostrar a grande novidade, o Brasil
fechou o ano de 2012 como 4 pas no mundo em gastos; de TI e Telecom, a
gente est atrs dos Estados Unidos, da China, e tambm, agora no fim de2012, ultrapassou o Japo, e o terceiro lugar o Japo, quando eu somo TI e
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Telecom; Nelson falou, a gente o 4 pas em gastos de Telecom no mundo,
o 7 pas em gastos de TI no mundo. Alguns dados aqui interessantes,
representamos 51% da Amrica Latina, somos mais da metade da Amrica
Latina em gastos de TI e Telecom; se englobar o resto da Amrica Latina
menos que o Brasil; somos 5% do nmero mundial, praticamente 5%. E a
gente pe aqui em alguns pases, num comparativo, se voc pegar os pases
do BRIC, falam que o Brasil mais do que duas vezes a Rssia, mais do que
duas vezes a ndia. A comisso da China um pouco desigual, a quantidade
de chineses, a no d pra competir um pouco mais difcil, mas a gente
cresce muito, cresce mais do que a mdia, se comparar a um outro pas, o
Mxico, somos trs vezes o Mxico, ou seja, muito interessante. E
comparando os pases da Amrica Latina, os pases que tm a ver com a
gente, vou trazer s uma boa notcia: a gente fechou 2012. Quando eu olho
essa histria por que muito mais interessante, quando eu olho aqui o Brasil,
mas em 4 lugar do mundo, eu acabei de passar o Reino Unido, que vale 161
bilhes de dlares e a gente j vale 169 bi, eu passei a Alemanha h pouco
tempo, e aqui a prxima a Frana. Se eu olhar aqui na apresentao, 2011, o
Brasil o verdinho, comeo de 2011 a gente era o 7 pas do mundo em TI e
Telecom, no comeo de 2011; em dois anos a gente pulou do 7 lugar para o 4
lugar, e no s por causa de Telecom, Telecom teve uma importncia muito
grande nisso e TI teve uma importncia muito grande nisso, so saltos
significativos. A gente est crescendo muito, mas em menos de 24 meses
passamos do 7 para o 4 lugar do mundo, o 4 lugar, depois dos Estados
Unidos, da China e do Japo, somos o primeiro, porque os outros trs esto
num patamar absolutamente grande. E quando eu olho o crescimento mdio, a
gente olha para os mercados desenvolvidos; quando eu olho para os mercadosdesenvolvidos, a gente falando daquele crescimento de TIC, a gente v ainda
sofrimento: os mercados dos Estados Unidos sofrem muito, e os mercados
emergentes crescem bastante. Ns estamos crescendo num ndice muito
grande, estamos crescendo muito perto da China; a ndia cresce um pouco
mais porque a ndia tambm tem uma base menor, por isso olhando a Europa,
a ndia menos da metade do Brasil; ento um crescimento em base menor
parece sempre um nmero maior, a gente vem crescendo muito, crescendo adois dgitos em TI, vem crescendo h quase 8% em Telecom no Brasil
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anualmente. Fechamos o ano de TI com um pouco mais de 10%, a nossa
previso que v acontecer isso, a gente pensar num PIB de 1%, a distncia
absurda. Essa a parte que mais interessa: no mundo considera que um pas
mais maduro em TI quanto menor for essa barra, um pas que gasta menos
dinheiro com hardware, o pas quanto mais desenvolvido mais gasta dinheiro
com servios. Ns no estamos num nvel de alguns pases desenvolvidos,
mas ns somos de longe o pas que tem a menor barra de hardware, estamos
gastando mais, est tendo mais consumo de TI e Telecom, a gente est
gastando com mais qualidade, essa a notcia boa, quer dizer, eu creso, mas
estou crescendo gastando em servios, estou crescendo a rea de servios,
ainda sofrendo, vendendo servio para fora; e o mercado interno s vezes o
culpado disso, a gente tem um mercado interno muito grande nisso, e tambm
inibe um pouco, j que eu tenho um mercado interno que vai demorar um
pouco mais para ir para fora, o oposto da ndia que agora comea a nascer o
mercado interno da ndia, ento eles botam muito dinheiro para fora, mas a
gente tem um mercado maduro, quer dizer, estamos crescendo bem e estamos
crescendo de forma mais qualificada, a cada ano essa barrinha de servios
cresce; se eu tivesse feito dois, trs anos aqui no meu desenho vocs iriam ver
que essa barra de servios cada vez cresce mais, muito interessante, um
pas que consome servios um pas mais maduro. Se olharmos para as
empresas, vemos que as empresas que mais compram TI hoje em dia e que
mais crescem em compra de TI no Brasil tambm esto atrs de servios;
Nelson falou, pequena e mdia empresa no Brasil ainda esto muito longe de
TI, mas quem est comeando a pr dinheiro em TI tambm, ento muita
gente de servio est pondo dinheiro ali. Ento esses so os nmeros do
Brasil, nmeros que a gente est mostrando, no s de TI: aqui vende TI, masatrs tem Telecom, falei que a gente est num bom momento, o bom momento
no acabou; ns tivemos o ltimo trimestre do ano passado um pouco menos,
um crescimento menor, no com decrescimento, mas mesmo assim fechamos
o ano nessa situao extremamente favorvel. Os indcios para esse ano, que
a gente est comeando a fazer os levantamentos de 2013, apontam para
alvos muito parecidos, muito, muito parecidos mesmo, a gente deve crescer
dois dgitos baixo, 10, 10.11 e 10.2, ainda no tem nenhum nmero, mas agente est vendo mais ou menos nesse sentido. Hoje o tema que eu vou falar
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bem um tema de tudo o que se falou um pouco, a embaixadora falou, o
secretrio falou, o embaixador falou, que essa coisa disso que a gente vive
hoje. Vamos voltar um pouquinho no tempo: para alguns de ns momento de
saudade, alguns de ns estavam aqui j, eu estava aqui tambm, eu sempre
digo que sou mais velho que o Mainframe; quando eu comecei a trabalhar no
existia a palavra Mainframe, s existia computador: a gente no tinha
conhecido essa palavra ainda; a gente lembra da primeira gerao, a primeira
plataforma que o IDC chama de TI a plataforma dos Mainframes, a
plataforma que tinha um computador central, alguns terminais, algumas
aplicaes, pouca gente utilizando, essa era a grande TI que tinha no mundo.
Mais ou menos em 85, 86 apareceram os nossos amigos Personal Computer
do ponto de vista da empresa, o Personal Computer para empresas, os PCs
so mais antigos que 86, mas de verdade para a empresa eles comeam a
aparecer em 85, 86, e era uma revoluo, quem estava vivo nessa poca na
rea de TI, quando apareceram as redes, os primeiros servidores, a gente viu
aquela coisa de andar com duas verses... Eu hoje estou com Mainframe numa
verso para plataforma baixa; uma revoluo: eu sa de poucos terminais, de
milhares de terminais para milhes de terminais, eu sa para terminar um
trabalho para a gente comear a trabalhar de forma diferente. Com a mudana
que a gente est vendo, a vai ser de trs anos pra c, no estou falando num
novo nome que a terceira plataforma de TI, que inexorvel. Eu vou mostrar
os quatro pilares que a gente chama da plataforma: todos ns estamos vivendo
do lado deles, querendo ou no querendo, uma histria do PC h 25 anos
atrs. J vi sete anos atrs, querendo ou no, ns vamos sendo abordados por
esses pilares todos os dias, na vida da gente, na vida dos filhos da gente, na
vida das pessoas, dentro do avio, fora do avio, em qualquer lugar; o que soesses quatro pilares? O primeiro nuvem, um assunto que a gente ouve todo
dia, toda hora, todo instante; o segundo Big Deal, que agora to rpida que
quando eu fazia essa apresentao em janeiro do ano passado eu falava Big
Data, no , eu j ouvi falar Big Data, barra analtica, no s mais uma
exploso de dados, mas como tratar essa exploso de dados. Coisa to
rpida que o nome das coisas, o conceito das coisas est mudando numa
velocidade, eu nem fiz direito. O conceito de Big Deal a gente tinha que botarum aposto no servio de Big Deal para ele dar um pouco mais esclarecedor. O
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terceiro, mobilidade, que permeia a vida de todos ns, a gente querendo ou
no, somos mveis. E em ltimo, que so as redes sociais. Na realidade a
gente est dizendo o seguinte, aquilo que o PC foi, a rede, os PCs, a rede
depois a internet, comeava a assim, em 85, 86, estamos vendo acontecer de
dois, trs anos para c. Esse mundo, que antes que a informao, e que se
gera informao numa velocidade e numa quantidade absolutamente
expressiva, onde eu estiver, a qualquer hora, que informao eu tiver. Se eu
transformar isso em palavras a gente entende o seguinte: Ns temos milhes
de novos aplicativos, foi um dado assim bem interessante. Durante vinte e
cinco anos foram desenvolvidos 70 mil aplicativos para PC, aplicativos, no
estou dizendo aplicao, no estou dizendo nenhum programa da minha
empresa; aplicativos, os editores de texto, os joguinhos, em 25 anos; Nos
primeiros cinco anos dos Smartphones, ns fizemos um milho e meio de
aplicativos, ou seja, em cinco vezes menos de tempo eu tive vinte vezes mais,
disso que a gente est falando, dessa loucura que a gente est falando, a
todo instante num volume absurdamente grande. Se olhar para o desenhinho
eu tenho quatro foras de transformao. Eu quero ter informao a qualquer
momento, qualquer informao a qualquer momento, com qualquer dispositivo,
e onde eu estiver, n-time, n-device, n-web. expresso, mantra que a gente
ouve em alguns pases de lngua inglesa, mas isso uma verdade absoluta. As
pessoas querem ter informao o tempo inteiro, pior, elas querem enfiar
informao numa rede o tempo inteiro. Todo mundo coloca informao no
Facebook o tempo inteiro, todo mundo est colocando nas redes sociais, no
Linkedin, e tira foto, e tira mais foto e coloca, essa coisa toda; para onde vai
isso, que impacto isso tem? Eu vou falar s mais um conceito e a gente vai ver
depois. uma era que a gente faz assim, tudo big, tudo, tudo que a genteest falando, mobilidade, redes sociais, 'Big Deal', nuvem, no tem nada
pequeno, tudo muito rpido e tudo muito grande; vamos falar de cada uma
dessas coisas muito rapidamente. 'Big Deal' quando comeou a gente tinha
aquela discusso assim: muito dado, milhes de dados, sei l, a coisa que
menos importa nessa brincadeira armazenar; armazenar a coisa mais fcil
e mais barata nessa brincadeira toda, armazenar fcil, armazenar barato,
agora est cada dia mais barato, muito mais fcil de fazer. Deixa eu pegar osnmeros para vocs, olha que interessante, em 2011 ns temos 1.8 Zetabytes;
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os Zetabytes eles usam assim: so vinte e trs zeros depois do um; um
nmero desse tamanho, mas quarenta mil vezes o que o celular havia
produzido at cinco anos antes. O problema que isso cresce 50% todo ano;
ns vamos chegar a daqui a dois, trs anos a oito vezes, quer dizer, esse
nmero, que um nmero impensvel, imensurvel, a gente no sabe
entender a dimenso desse nmero, significa multiplicar por quatro, cinco em
dois trs anos; como a gente programa ele? Porque que a gente colocou uma
barra analtica nessa brincadeira daqui pra frente, eu tenho que peneirar isso,
eu tenho que saber peneirar isso para trazer para dentro do meu mundo
relacional, ao meu mundo estruturado; esses dados, alm de serem enormes,
eles nascem completamente desestruturados. Outro dia aprendi uma palavra
bem legal, so semi-estruturados: vi num grande fornecedor brasileiro, todo
dado tem uma estrutura, todo conjunto de dados tm uma estrutura. Quando eu
vejo a minha filha de 22 anos, escreve assim: pq, vc, naquelas mensagens que
a gente no entende, todas as mensagens das amigas dela tm aquele 'vc',
que voc e um 'pq', porque; ento uma estrutura, se eu quiser saber
alguma coisa, a sites de internet sempre tem alguma coisa que eu consiga
estruturar, mas eu no consigo trabalhar com isso, porque o comando de Big
Deal como trabalhar com isso, como tratar esse dado de forma que eu
consuma dentro das minhas condies. O que a gente pensa que vai acontecer
em curto prazo com o Big Deal analticos. Em 2013 os fornecedores vo
ampliar, no s o desenvolvimento em tecnologia, mas tambm tem servios
de anlise que acabei de falar. Sem anlise esses bilhes de dados no
servem para nada. Big Deal no mercado at 2016 algo em torno de 16
bilhes de dlares. Onde est esse dinheiro nesse momento? Ningum sabe.
Nesse momento, um dinheiro que existe no sei onde. A medida que a gentepassa a reconhecer que tem banco de dados e que nesse dado pode ter uma
informao importante, todo dado pode ter uma informao importante para
algum. Cinco pessoas vo a um restaurante e tiram fotos do restaurante e
mandam fotos para os amigos. Cinco pessoas mandarem isso do mesmo
restaurante e a pessoa do restaurante conseguir obter essa informao, pode
virar um marketing pra ela. Cada informao dessa pode virar uma ferramenta
de negcio para o dono do restaurante. Ento, a informao tem uma utilidade.Como peneirar, como tratar, vai ser o grande segredo. Prximo Big, Big
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Social. Todos ns estamos vendo. No tem nada mais difcil hoje em dia do
que fazer uma apresentao e olhar pra mesa e ver um monte de gente usando
celular. impressionante! Por mais que voc fale as pessoas no conseguem
sobreviver 10 minutos sem, e as empresas aqui no Brasil no aprenderam
ainda a usar. A gente sabe que no aprenderam a usar, a gente tem que
aprender a usar o Big Social. Ele faz parte do negcio. Ainda, essa a
informao que mais interessa, olha que dado assustador. E-mail socializao;
Por causa das redes sociais vai diminuir o crescimento dos e-mails. Na
comunicao formal das empresas vai virar informal pelas pessoas das
empresas. A minha filha, por exemplo, usa o celular o tempo inteiro, usa e-mail
de vez em quando porque ela usa a rede social o tempo inteiro. Ela comeou a
trabalhar agora e ela usa muito mais a rede social do que e-mail. Temos que
tomar cuidado com isso. Outro assunto o Big Mobility. No precisa falar nada!
Todos ns temos aqui no mnimo um celular de e-mail. Essa a mdia aqui no
Brasil, 1,8 celular. S que, o que interessa que cada vez mais ns temos o
smartphone ocupando um crescimento absurdo. Featurephone, um termo
diferente, um celular que telefona, o sonho de consumo, ele faz ligaes
telefnicas. Hoje a coisa que eles no fazem ligao telefnica, mas assim, o
featurephone tem um espao que vai perdendo para o smartphone em todo
mundo. A nova plataforma de TI, at tem que fugir disso tambm, todo mundo
tem e-mail, celular, usando com mquina de TI, no nem como dispositivo de
TI, de Telecom. E ento, cresce cada vez mais, supera qualquer coisa que a
gente est pensando. Esse nmero to grande no contexto de TI Telecom,
que quando eu vejo, a gente considera smartphone como TI nas nossas contas
de DC, o smartphone virou TI porque ele uma plataforma de TI hoje em dia.
Se eu fizer as contas de quanto cresce o mercado de TI considerando osmartphone quase 6% que eu acrescentei no mundo no prximo ano. Se eu
tiro mobilephone e tablets, cresce 4%. Olha o tamanho disso. O crescimento
de 40 ou 50% a mais, disso que ns estamos falando. As empresas tem que
se preocupar com isso, tem que saber usar isso. Os pases vo ter cada vez
mais, rede de comunicao, cada vez mais infraestrutura porque essa a
realidade. A IDC antes de mandar esses dados pra muita gente, inclusive para
a BRASSCOM, organizou o crescimento da TI no Brasil, no mundo, com mobilee o crescimento sem mobile. O Brasil pensou assim: se for mobile 18% o
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crescimento, sem mobile foi 12. assim, 12 para 18. E quais os marcos a curto
prazo? A gente imagina que cada vez mais vai ter pagamento como se fosse
carto, no Brasil isso foi uma discusso: culturalmente ns temos muito
problema com isso, a gente est apanhando um pouco de tempo pra esse
negcio. Da mesma forma como apanhamos, quando lanaram o dbito
automtico... a gente levou um tempo pra entrar em dbito automtico
uma questo cultural. A outra coisa que eu tenho que se eu quiser o cliente,
se eu fizer aplicativo, mas se eu no sei uma coisa que o cliente topa, no vai
adiantar. Eu tenho que fazer uma coisa que o cliente goste que o cliente possa
fazer. Olha que dado interessante: mobilidade ser responsvel por aumentar o
crescimento mdio de receitas com nuvem em 50%. Por ltimo, vou falar de big
Cloud que um dos motes de hoje, vamos falar de marco a curto prazo e
depois a longo prazo. A curto prazo, a gente imagina que em 2012 teve 40
bilhes de dinheiro no mundo sobre Cloud e 2016 estamos falando de 100
bilhes. Estamos falando de 40 para 100 bilhes em 4 anos. Mas 100 bilhes
mais do que uma ndia, mais do que uma Rssia seria o 8 no mundo. Se eu
falar de TI o 3 no mundo. O que a gente percebe que as pessoas
entenderam que Cloud no tem nada a ver com tecnologia, cloud no um
novo modelo tecnolgico. Cloud um novo jeito de negcio. De juntar vrias
ofertas e comprar pelo que eu uso, pelo tanto que eu uso. No tem nuvem
hbrido, a gente aboliu do mercado, eu tenho Cloud pblica, nuvem privada,
tenho solues hbridas que combinam nuvem pblica com nuvem privada,
com instalao ligada na minha casa, qualquer combinao dessas trs
variveis. Tenho uma soluo hbrida e no uma nuvem hbrida. A gente j
tem uma informao de que 75% dos bancos j tem uma infraestrutura meio
pronta para ir pra cloud. Os bancos j esto se preparando porque no temjeito. Se eu pensar a longo prazo, at 2016 mais de 50% das empresas
americanas vo ter os seus ativos em TI dentro de data centers externos
basicamente em nuvem. Uma boa parte disso provedor de Data Center do
concorrente. Esse o prximo passo. No vai ter jeito, no vou ficar gastando
o tempo inteiro desenvolvendo as minhas aplicaes, minhas infraestruturas.
Eu vou ter um monte de dado guardado em nuvem, o que eu tenho hoje.
Quando eu falo em rede social, isso j uma verdade. O big deal o cara quevai me levar pra nuvem. Algum que me d acesso rapidamente. Uma coisa
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que atrapalha essa coisa dos dados locais regionais, cada pas de um jeito.
Mas isso vai ser uma coisa que vai consolidar os provedores. No se contrata
data Center muito longe. Por ltimo, o IDC tem um logotipo que assim:
Analize the future. A gente era melhor nisso, a gente conseguia analisar futuros
longos. Quatro casos: Um em cada um dos pilares, de coisas que a gente no
ano passado em maro previu na costa leste americana, a gente falou que ia
acontecer at 2020. O cara disse pra mim que errou porque 2020 vai ser hoje,
n? Quando ele falou que era para 2020 e que ns vimos acontecer em 2012.
A gente fala assim: surgiro novos modelos de comercializao de mobilidade
onde no vai ser operadora que vai dar telefone pra gente, essa a previso.
Coisas que a gente imaginou que ia acontecer l na frente, j esto
acontecendo agora. Novas profisses j esto surgindo. Por ltimo, nuvem,
mais de 500 de servios ou de produtos possibilitaro aos clientes o
acompanhamento do estado desses produtos no servio de Twitter. O provedor
de nuvem um provedor em geral muito tradicional, o cara do Data Center.
Mais pra frente vai ter que disponibilizar isso no Twitter. So necessidades.
Obrigado.
Cristiano Zaroni (devido a problemas no udio, parte da apresentao foi
perdida): Por fim, vamos falar um pouquinho de Mxico, com algumas
iniciativas tambm anlogas; ento a primeira delas o Prosoft, o foco principal
na rea de financiamento, e a olhando realmente tem um fator de
competitividade; um programa interessante que a gente identificou tambm
chamado Mixed Funds, ele um programa municipal, estadual e federal, ou
seja, os trs nveis de governo se alinharam para promover principalmente P&D
local, e com isso propriamente voc crescer na cadeia de valor de TI; a rea de
infraestrutura tambm foi um alvo endereado nesse programa, ento o
governo mexicano traou como meta dos prximos cinco anos gastar 25
bilhes de dlares na melhoria dos servios de Telecom; outra iniciativa
tambm focada no setor de exportao, que promovida por uma cmara
mexicana, que tem como foco realmente promover exportao de servios de
TI com empresas com base no Mxico. Ento os mexicanos do ponto de vista
de formao de mo de obra, o principal programa chamado Mexico First, ele
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ataca um problema, um problema que aqui no Brasil a gente tambm v
como muito grave, que a qualidade em volume de mo de obra de TI, hoje a
gente enfrenta uma questo de custo da prpria indstria de TI, por carncia de
mo de obra, isso independente se voc est no norte do pas ou em centros
como So Paulo, h uma carncia enorme e o custo de mo de obra um
custo j muito representativo. Ento no caso do Mxico foi montado esse
programa especfico a para enderear a participao de mo de obra, e de
forma anloga ao caso colombiano, tambm foi criado uma organizao
chamada 'AMIT', que tem como objetivo a enderear o quadro regulamentar.
Aqui no Brasil a gente teve, principalmente no ano passado, um processo que
ainda corre em marco regulatrio, um marco civil na internet, a gente tem tido
a tambm discusses com a prpria BRASSCOM no sentido de fazer um
esforo numa anlise global em quais so os marcos regulatrios que existem
no mundo. A gente v casos interessantes na Europa, casos tambm na
Austrlia, e tentar adaptar isso para a realidade brasileira, ento oferecer
alguns inputsnesse sentido. Eu queria trazer trs breves concluses; ento a
gente v a participao do Governo vital para a promoo de servios em
nuvem, temos acompanhado muito de perto todo o trabalho que est sendo
feito pelo MCTI em conjunto com a BRASSCOM, nesse sentido, eu sinto que a
gente est somente no comeo desse trabalho, mas que estamos firmando
bases bastante importantes, e a citando trs pontos, conectividade,
regulamentao e padronizao, esses trs pontos aqui sem um esforo
grande do Governo a gente no anda, ento realmente muito importante a
participao. Outro highlight que j temos uma quantidade de pases bastante
significativos que j se estruturaram e que j esto em fase de execuo nos
seus planos de longo prazo para TI, ento para ns um recado em termos daurgncia desse tema. E por fim, abordando um pouquinho da cloud
governamental, eu citei, dei um overview a bem rpido sobre um programa da
Austrlia, mas acho que um programa interessante no sentido de centralizar
essa demanda e voc criar critrios uniformes no tratamento da cloud
governamental. E a como principal ponto centralizao e gesto da
infraestrutura; um outro ponto importante em infraestrutura, eu falei muito de
conectividade aqui, mas tambm a gente identificou, do prprio ponto de vistade fornecimento de energia. Hoje a gente ainda tm muito Data Center que tm
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que ter a sua redundncia enquanto gerador, pelo prprio modelo regulatrio
do setor de energia voc no pode ter duas concessionrias ofertando energia
dentro de uma mesma regio, e muitas vezes a qualidade do fornecimento de
energia no compatvel com a necessidade do Data Center. Ento quando a
gente olha aqui a infraestrutura a gente tem que olhar tambm o segmento de
energia. Muito obrigado.
Nelson Wortsman: Obrigado Cristiano. Ns vamos dar continuidade agora,
ouvir um pouco a Europa, "A Estratgia Europeia para o Desenvolvimento da
Economia", nosso palestrante ser o senhor Augusto de Albuquerque,
conselheiro da Delegao da Unio Europeia.
Sr. Augusto de Albuquerque, Delegao da Unio Europeia:Muito bom dia,
Senhoras e Senhores, um prazer estar aqui, e agradeo imenso
BRASSCOM por ter dado a oportunidade Unio Europeia de dar um
contributo sobre o modelo europeu para desenvolvimento da economia digital.
Efetivamente para ns economia digital est por trs de toda estratgia que ns
temos na Unio Europeia, relativamente ao ressurgir da atividade econmica
na Unio Europeia; o que ns pretendemos criar um modelo na Unio
Europeia e ajudar os cidados e empresas a obter o mximo de benefcio desta
economia digital. Isto porque a economia digital est crescendo a uma taxa
sete vezes superior ao resto da economia. Portanto, tomando isto em conta
montamos uma estratgia para a economia digital. Essa estratgia foi aprovada
em dezembro do ano passado e tem muita semelhana com aquilo que se
passa a aqui no Brasil: o Plano Nacional de Banda Larga. Temos um tpico
que fundamental para a economia digital e que avanar com um programapara qualificaes de emprego na economia digital. Ns no conseguimos
fazer crescer qualquer economia sem que criemos um pessoal que seja capaz
de utilizar a economia digital. Os elementos fundamentais desta estratgia so:
propor uma estratgia interativa de segurana, atualizar o quadro de mo de
obra e explorar a computao em nuvem atravs de compra do setor pblico e
lanar uma nova estratgia industrial eletrnica. Sobre economia digital, se ela
est crescendo melhor que o resto da economia ns temos que tomar medidase desta maneira podermos aproveitar esse potencial. Uma previso que o
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crescimento mdio de despesa de 4% para TI. As despesas em TI em nvel
mundial foram US$3,7 trilhes em 2013 incluindo na parte hardware US$666
bilhes, centro de dados, US$147 bilhes, software das empresas US$296
bilhes, servios de tecnologia da informao US$927 bilhes e servios de
telecomunicaes US$1,7 trilhes.
Em andamento ns temos:
1- abertura de acesso aos contedos em linha. O modelo de distribuio de
contedos melhoraria o acesso e utilizao de todos os tipos de contedos,
msica, vdeos e livros, em diferentes dispositivos e em diferentes territrios e,
portanto, direitos do autor em termos da Unio Europeia seria benfico porque
atualmente cada pas define a sua poltica de direitos do autor. A Comisso
est estudando novas aes para facilitao e licenciamento de obras udio
visuais para distribuio em linha. O consumidor ao utilizar uma nuvem como
um cacifo digital para contedos que processa a partir de diferentes
dispositivos, levanta questes sobre a eventual cobrana de taxas sobre a
cpia de contedo privados com origem ou destino na nuvem.
2- Simplificao das transaes em linha e transfronteiras
Reconhecimento de que em termos de uma economia digital o comrcio
eletrnico um alicerce essencial no crescimento de servios digitais na
Europa.
Exonerao da responsabilidade do fornecedor dos servios da sociedade de
informao quando alojam ou transmitem informaes ilegais fornecidas por
terceiros, isto estava a se tornar um quebra cabeas em termo de Unio
Europeia, porque as questes da origem e responsabilidade so diferentes.
Adoo de normas comuns que possibilitem uma utilizao segura de servios,
que exigem processo da autenticao e autorizao fiveis e a Comisso vai
se debruar nos prximos meses sobre os problemas de segurana.
3- Criao de confiana nas tecnologias digitais
Vai se discutir neste workshop esses problemas da proteo de dados e daprivacidade de dados. Na Unio Europeia a privacidade de dados discutida
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com uma filha da proteo de dados, de forma geral sobre proteo de dados e
como consequncia dessa legislao privacidade digital, que vem com um
produto dessa legislao. Como que ns vamos tentar solucionar isso?
atravs da criao de um quadro legislativo que v englobar tudo isso. E como
ns vamos fazer?
Ns temos duas maneiras de atuar, em termos de Unio Europeia. A diretiva
exige, a transcrio dessa legislao para a legislao desse Estado membro
que tem que fazer a sua legislao prpria para implementar essas diretivas.
Em termos de Unio Europeia ns agora estamos a atuar mais com a
autorizao do regulamento; o regulamento precisa de consulta do Parlamento
Europeu e do Conselho, mas de aplicao imediata. Portanto, ns vamosfazer um regulamento relativo a proteo de dados.
Coligao para empregos digitais
Agora ns fizemos uma reviso de toda nossa estratgia e ns tivemos a
concluso que vamos ter uma necessidade nos prximos dois anos de
qualificar sob o ponto de vista digital um milho de pessoas em toda Europa.
Portanto, decidimos criar uma coligao para empregos digitais envolvendo asempresas, os centros de ensino e essa coligao tem como mandato
estabelecer nos prximos dois anos essa ao at 2015. Essa coligao foi
anunciada no dia 04 de maro de 2013.
Outro dos grandes passos das nossas tarefas :
Estratgia de computao em nuvem: foi uma deciso da Comisso de 27
de setembro de 2012 que contempla trs aes especificas:
Pr fim ao emaranhado de normas;
Estabelecer condies contratuais seguras e justas;
Criar uma parceria europeia destinada a impulsionar o crescimento com base
no poder de compra do setor pblico.
Como pr esta estratgia em ao e compor essas trs aes em programa de
ao?
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Ao 1 - Pr fim a selva das normas
O que ns fizemos foi pr todas as entidades pblicas a desempenhar o seu
papel que a criao de um ambiente de confiana para nuvem na Europa;
(peso dos contratos pblicos): uma cadeia de medidas destinadas a criarconfiana no servio em nuvem, identificao de um conjunto de normas que
possam ser certificadas e confiana aos clientes pblicos e privados que
cumprem suas obrigaes devidamente. A Comisso Europeia encarregou o
ETSI (Instituto Europeu de Normas de Telecomunicaes) de coordenar, com
as partes interessadas, de forma transparente e aberta, o estabelecimento at
o fim de 2013 de normas necessria sobre segurana, interoperabilidade
reversibilidade dos dados e portabilidade dos dados. O que fazemos mais?
Ao 2 - Estabelecer condies contratuais seguras e justas
Ns temos de definir com os interessados, na Unio Europia, condies tipo
para acordos sobre o nvel dos servios (SLA) de computao em nuvem a
incluir nos contratos entre fornecedores de servios e utilizadores profissionais
de servios. O mecanismo proposto est numa comunicao de 25 de outubro
de 2012 e entrou em vigor em janeiro deste ano. Acordar at 2014 mtodosharmonizados de medio de consumo de energia, consumo da gua e das
emisses de carbono dos servios em nuvem. Tambm encarregamos um
grupo de peritos e representantes do setor para identificar at ao final de 2013
condies contratuais seguras e justas, para os consumidores e pequenas
empresas.
Temos tambm de velar pela legalidade da transferncia de dados pessoais
para pases terceiros e pela aplicao uniforme das regras de proteo dedados.
Ao 3 - Promover a liderana do setor pblico atravs de uma parceria
europeia
Para esta terceira ao precisamos identificar os requisitos do setor pblico no
domnio dos servios em nuvem, avanar para a aquisio de forma conjunta
de servios de computao em nuvem por organismos pblicos com base nos
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novos requisitos comuns de utilizador e executar outras aes que exijam
coordenao com as partes interessadas.
A parceria pblica privada inclui diferentes empresas. O grupo presidido pelo
presidente da Estnia. Tem grupos diferentes em operao: grupo industrialseleto e grupo de peritos em computao e Steering Board que reportam a
Vice Presidente N. Kroes.
Que dados justificam uma ao especfica em computao em nuvem?
Agora temos um certo nmero de dados sobre uso do servio de computao
em nuvem: a maior adoo por ordem decrescente em email, segurana,
back-office, base de dados, etc. So considerados como principais obstculoscontra a adoo destes servios os seguintes fatores (por ordem decrescente):
jurisdio legal, segurana e proteo de dados, confiana, acesso e
portabilidade de dados, etc. Isto justificou parte das aes da Comisso.
O mercado mundial da computao em nuvem est a crescer muito
rapidamente. A previso para Amazon Web Services de um crescimento
estimado de receitas de 90% entre 2012 e 2013, depois para 2014 63% e para
2015 42%, atingindo uma receita cumulativa de $63 bilhes at 2020 (supondo
crescimento zero depois de 2015).
Quo Vadis UE Brasil?
Agora o que se passa entre a Unio Europeia e o Brasil? O Brasil esto e a
Unio Europeia esto trabalhando numa parceria estratgica que foi lanada
em 2007. O secretrio brasileiro de polticas de informao teve uma viso
muito grande ao lanar um programa sobre Sociedade de Informao com aUnio Europeia. O que ns temos? O que acontece? Troca de experincias na
rea de telecomunicaes, til para os dois lados; muitas das vezes problemas
que so da Unio Europeia tambm so problemas no Brasil, e muitas das
vezes chegamos a acordo com as mesmas funes e aprendemos uns com os
outros; esse dilogo tem sido extremamente benfico. O processo que estamos
realizando atualmente em pesquisa e desenvolvimento atravs de um segundo
edital, que a Unio Europeia lanou juntamente com o Brasil atravs doMinistrio da Cincia e Tecnologia, com o Secretrio aqui presente, e penso
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que estar muito satisfeito com o resultado. A Unio Europeia a nica
entidade em nvel mundial que permite projetos de pesquisa conjuntos com
organizaes de outros pases a participar dos seus programas. A troca de
comunicao a tendncia clara, tecnologias de informao e comunicao
so mundiais, portanto s temos a beneficiar no s ns, a Europa, como todos
os outros que cooperarem conosco em criar servios com maior performance e
contribuir para o crescimento da Europa com seus parceiros. Tambm se
traduz em crescimento, neste caso concreto, para o Brasil e a viso do
Secretrio das Polticas de Informticas extremamente apoiada por todos os
pesquisadores brasileiros e que encontram aqui uma maior oportunidade de
desenvolver grande parcerias estratgicas do ponto de vista tecnolgico. A
maior parte das informaes que aqui venho transmitir esto nesses trs sites
da internet indicados neste slide para trocarmos informao. A participao
nestas parcerias tem sido maravilhosa em termos de resultados . Isso tem sido
muito especial por uma razo: o primeiro projeto brasileiro em tecnologias de
informao em cooperao com a Europa foi lanado h mais de 10 anos e a
partir da essa cooperao tecnolgica conjunta s tem feito resultados
positivos nessa cooperao. , por isso, de saudar o envolvimento da
BRASSCOM em assuntos europeus e de ter convidado a Unio Europeia.
Nelson Wortsman:Muito obrigado pela sua apresentao. E agora entramos
na fase dos painis, e vamos compor o primeiro painel que "A Economia
Digital em Competitividade Nacional"; eu convidaria para sentar-se no palco os
seguintes membros: Augusto de Albuquerque, novamente, conselheiro da
Delegao da Unidade Europeia no Brasil; Arthur Coimbra, diretor de
Departamento de Banda Larga do Ministrio das Comunicaes; Marcos
Vincius de Sousa, diretor de Departamento de Fomento e Inovao do MDIC;
Luciana Guilherme, da Secretaria de Economia Criativa; Ricardo Castanheira,
diretor de Assuntos Corporativos da Microsoft; e a nossa moderadora, a
jornalista Cristina de Luca, editora et large do Grupo Now Digital.
Sra. Cristina de Luca: Obrigada. Bom dia. Gostaria de agradecer a
BRASSCOM por ter me chamado para mediar esse painel. Eu estou
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entendendo que essa parte inicial a gente est dando um overview em tudo
que est sendo feito aqui e l fora para que a gente possa fomentar as
discusses posteriormente. Ento eu vou dar sequncia a esse trabalho, na
verdade provocando um pouquinho cada um de vocs sobre o que cada um
dos ministrios aqui presentes esto fazendo no sentido da gente de fato
cumprir esses grandes desafios de ter o nosso mercado de tecnologia da
informao e das comunicaes, realmente dando uma virada para a economia
digital do mundo, que j est estabelecido a. Ento, vou partir do princpio do
seguinte, como ns falamos mais cedo, a tecnologia da informao do Brasil
ocupa hoje ocupa a 7 posio em termos de faturamento no mundo, e gostaria
de pular para a 5 posio dentro dos espaos de tempo que a gente j colocou
a no programa 2022. O que a gente precisa fazer daqui pra frente para chegar
nesses nmeros, tanto de faturamento quanto de participao desse setor no
PIB brasileiro. Eu vou comear pelo Arthur, nada disso existiria se a gente no
tivesse a infraestrutura, e hoje a infraestrutura para ns ainda um grande
gargalo. Ento Plano Nacional de Banda Larga e a recente desonerao fiscal
para poder incentivar a construo de redes, de Data Center, de tudo que
forma isso, esse ecossistema, e que chegou atrasado, chegou com dois anos
de atraso, so coisas que a gente precisa desenvolver rapidamente daqui pra
frente. Ento, a minha pergunta para voc : qual o status hoje de todas
essas iniciativas do ministrio, o que podemos esperar num curto prazo, estou
falando 2013 que a gente j tem srios desafios pela frente para a incluso do
Brasil nesse mercado da economia digital, e depois me referindo no caso, o
que voc pode falar para a gente at 2016.
Arthur Coimbra, Ministrio das Comunicaes: Obrigado. Agradeo oconvite, peo desculpas em nome do secretrio por no poder estar presente,
de toda forma vou tentar represent-lo aqui da melhor maneira possvel. Quero
dizer inicialmente que em relao computao em nuvem, incentivo a Data
Center no pas, a gente tem olhado com muita ateno e procurado incentivar
esse segmento da rea de TI da melhor maneira possvel. No s porque,
como j foi dito aqui, a banda larga um elemento fundamental para o
desenvolvimento de Data Centers, mas tambm por que os Data Centers e acomputao em nuvem so elementos fundamentais para o desenvolvimento
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da banda larga, e nesse sentido, a gente pode destacar que quanto mais Data
Centers a gente tiver no pas melhor vai ser a qualidade da nossa flexo
porque o contedo vai atender sempre, vai estar mais perto do usurio e vai ser
sempre uma qualidade de experincia cada vez melhor no acesso desse
contedo; alm disso, agregando o contedo do Brasil, agregando Data Center
no pas, a gente sempre vai ter um aumento relativo da importncia do trfego
brasileiro no mundo, e com isso a gente sempre obtm melhores custos,
especialmente na conexo internacional, no trfego internacional, que para a
internet fundamental. E tambm destaco a importncia dos Data Centers pela
melhoria de posicionamento relativo do pas, da posio estratgica em relao
proteo dos dados dos cidados brasileiros, claro que ns sempre
queremos fazer isso pelo caminho do incentivo, e no pelo caminho do
comando e controle. Muitos pases tm adotado o caminho comando e controle
para proteger os dados dos cidados do pas, ns queremos, o Ministrio das
Comunicaes est olhando mais para o caminho dos incentivos. Em relao
ao quadro atual do Brasil, eu acredito que essas terminaes foram feitas, j
foram bastante interessantes, em especial a da Frost, que fez um estudo
bastante extenso em parceria com o Ministrio da Cincia e Tecnologia, mas
eu quero destacar que dos elementos fundamentais para ns termos Data
Centers, incentivarmos esse mercado da computao em nuvem no Brasil;
alguns ns temos, mas outros ns temos que melhorar; e j tentando
responder a sua pergunta do que a gente pode esperar num curto prazo, num
mdio e longo prazo, eu posso dizer que o Brasil tem aumentado cada vez
mais a relevncia do seu trfego. A primeira coisa que voc precisa para
incentivar o mercado de computao de nuvem a demanda. Em 2010 o Brasil
respondia por 35% do trfego IP da Amrica Latina; em 2011 j subiu para 42%de todo o trfego IP da Amrica Latina, esse salto ocorreu em um ano, mas
ainda no temos as informaes relativas ao ano de 2012, mas espero que
esse crescimento latino tenha crescido, tenha aumentado. Outro elemento,
alm da demanda, a gente precisa a energia. Foi muito falado aqui sobre
infraestrutura, infraestrutura no s banda larga, no s obra civil, no s
hardware, energia; e sobre a energia a gente tem no Brasil, felizmente, uma
matriz limpa de energia, e isso tem pesado cada vez mais nos projetos de DataCenters, e temos algumas regies no Brasil, embora ainda se pense que a
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qualidade de energia no Brasil no boa, na verdade ns temos regies no
pas com muita abundncia de energia, e mais importante, com diferentes
matrizes de energia, o que essencial para o funcionamento da computao
em nuvem; ento voc tem reas com matriz elica, matriz de hidroeltrica,
matriz trmica, termoeltrica, e como no tem mais fonte de energia alternativa
no mesmo local. Ento esses locais tm essa vocao energtica, podem
receber com mais facilidade, com mais proteo esses investimentos.
Sra. Cristina de Luca: Deixa eu interromper um pouco. O senhor est dizendo
o seguinte: Hoje a maior parte dos Data Centers no Brasil esto na regio
Sudeste, a eu estou fazendo uma, e a elica est na regio Nordeste, significa
que a gente vai fomentar para as agncias da regio Nordeste, isso?
Arthur Coimbra, Ministrio das Comunicaes: uma possibilidade que a
gente est pesando, vou aprofundar esse assunto, inclusive. A importncia da
banda larga a gente pode dizer que o Brasil, a maior concentrao de cabos
submarinos da Amrica Latina est no Brasil, Fortaleza, especificamente, que
por coincidncia est no Nordeste, e por coincidncia tem uma matriz elica
forte. E a que comea entrar, mas acho que a gente precisa melhorar um
pouco mais. Foi dito aqui em relao importncia do trabalho qualificado, de
mais mo de obra em TI; eu posso mencionar o Pronatec, que uma iniciativa
do Governo Federal de qualificao tcnica, que tem bolsas para cursos na
rea de TI, pretende qualificar dois milhes e trezentas mil pessoas nesse ano
de 2013. E a os dois pontos mais importantes que eu acho que a gente precisa
avanar, o primeiro deles em relao a ns termos um quadro institucional
atraente para esse tipo de iniciativa, para Data Centers e computao emnuvem e em relao a esse aspecto estamos fazendo o nosso dever de casa,
que , j existe em tramitao um projeto de lei de marco civil, e j existe em
concepo um projeto de lei de dados pessoais, de proteo de dados
pessoais, ento importante que marco civil avance, e a gente confia no
Congresso Nacional para isso porque ele vai permitir e vai dar segurana no
investimento; e h iniciativa no prprio negcio, por exemplo, garantindo a
inimputabilidade da rede, o que sempre falam, que se voc recebe uma cartabomba na sua casa no adianta punir o carteiro, tem que punir quem enviou a
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carta. Ento, por isso um princpio importante a inimputabilidade da rede. A
lei de proteo de dados pessoais tambm, como mencionei, a gente precisa
estabilizar as expectativas em relao aos projetos de lei. A terminando j a
minha interveno, o ltimo elemento que eu acho tambm importante e a
gente precisa visar em termos de reduo de custos, e eu comeo dizendo o
que todo mundo j deve saber, que apresenta e a gente comeou usufruir isso
este ms, conseguiu a negociar uma reduo de preo recorde da energia
eltrica no pas, e a energia eltrica que fundamental para um projeto dessa
natureza, e eu quero aproveitar e fazer anncio de primeira mo aqui, nesse
momento o Ministro est l no ministrio e assinou a portaria do regime
especial do PNBL; o que isso significa? O regime especial do PNBL foi criado
no ano passado por meio de lei, e hoje est sendo assinado o ltimo ato que
finalmente vai permitir as indstrias usufrurem desses benefcios, ou seja, a
partir de amanh j estaremos aceitando projetos dentro do regime de
tributao especial. Isso quer dizer o qu? Isso quer dizer que esses projetos
vo ter uma reduo de custos de 10 a 15% em razo da iseno de encargos
tributrios PIS/Cofins e IPI, a implantao de redes de telecomunicaes, e
dentro desses projetos, e a o que a gente pode esperar num curto prazo. A
gente tambm est perdendo Data Centers. Os projetos de Data Centers na
medida em que se posicionem como elementos de rede de telecomunicaes,
que o caso da maior parte dos Data Centers, eles vo poder ser beneficiados
com esse regime, e isso significa uma reduo de custo de 10 a 15% s em
sendo aprovado por esse regime.
Sra. Cristina de Luca:Isso foi um projeto que tinha sido colocado agora ou j
vai para o projeto que estava em anlise?
Arthur Coimbra, Ministrio das Comunicaes: No; os projetos vo ser
apresentados, a partir de agora que est se abrindo esse regime os projetos
vo ser apresentados pelos interessados, e a sendo aprovados tem esse
benefcio. Isso por curto prazo, uma reduo de 10 a 15% dos custos de
implantao desses Data Centers no pas. Pelo mdio e longo prazo, aquilo
que voc j mencionou, a gente tem pensado ainda em sentidos maisaprofundados para levar essas iniciativas para a regio Nordeste; tem coisas
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que tm que ser melhoradas ainda, por exemplo, de energia, digo qualidade de
energia, e o custo relativo que isso representa para o projeto, porque voc tem
pases como Finlndia e Islndia que, obviamente, pela temperatura mdia tm
custos muito menores e esto despontando como centros, polos de Data
Centers, porque voc no precisa de energia para refrigerar os seus
equipamentos, e aqui no Brasil ns somos um pas tropical, temos que lidar
com essa realidade. Ento a ideia criar uma zona de benefcios fiscais no
Nordeste brasileiro por conta da proximidade de cabos submarinos e tambm
por conta do dever que ns temos de incentivar o movimento regional que hoje
ainda muito desigual no Brasil.
Sra. Cristina de Luca: Em termos de Telecom a gente imagina que tendo
esses Data Centers ltraria benefcios para as regies Norte e Nordeste.
Arthur Coimbra, Ministrio das Comunicaes: Isso; no s a Telebrs
como todas as empresas privadas e a possibilidade do Brasil despontar tendo
um papel de relevncia no mundo no fornecimento internacional de
computao em nuvem tambm nessa rea que ele vai estar prximo, nessa
rea dos cabos submarinos.
Sra. Cristina de Luca:Perfeito. Bom; depois eu vou fazer uma nova rodada,
acho que na primeira explanao funcionou, eu vou passar agora para o
Ministrio da Cultura e propositalmente deixar o MDIC para depois. Para o
Ministrio da Cultura, na verdade, eu queria entender um pouco, porque at
onde a gente conhece, de tudo o que o Ministrio da Cultura vem fazendo no
mbito de aes para fomento da nova economia digital, a gente sempre seesbarrou muito na questo dos games, basicamente uma secretaria do
Ministrio da Cultura, mas a gente j sabe que o Ministrio da Cultura vem
fazendo outras coisas muito interessantes no sentido do que a comunidade j
descobriu, que a economia digital passa por vrios segmentos de produo de
contedo e de distribuio desse contedo; ento assim, tem muita coisa que a
gente pode fazer de fomento para a produo no contedo que vai estar nestes
Data Centers e que vai estar de alguma forma fomentando e como se trataesse negcio de publicidade que a gente est vendo que so cones a da
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nuvem no mundo, msica, filme, tudo isso que a gente consome mas tambm
na parte de distribuio esbarra no s regulamentao, mas tambm nas
regulamentaes que dizem respeito propriedade intelectual, e at em
tributao de equipamentos. Ento, eu queria que voc falasse um pouquinho
sobre como que o Ministrio da Cultura est agindo nesse segmento da
cultura digital.
Sra. Luciana Guilherme, Secretaria da Economia Criativa: Primeiro gostaria
de agradecer o convite, sou da Secretaria da Economia Criativa do Ministrio
da Cultura, e uma secretaria que por natureza transversal. Estar numa
mesa com outros ministrios para a gente importante porque desde 2011 a
gente vem construindo pautas com os ministrios, na verdade j conversamos
com vinte ministrios da Esplanada, porque essa Economia Criativa no uma
temtica to especfica do Ministrio da Cultura, muito mais ampla. Trata de
economia digital tambm, pelo aspecto de como as tecnologias digitais na
verdade impactaram desde uma cultura digital, que o que a gente discute no
ministrio, no s na Secretaria da Economia Criativa, mas na Secretaria de
Polticas Culturais, digital e impacta na forma como as pessoas se relacionam,
socialmente e como se relacionam comercialmente tambm, economicamente,
eu estava ouvindo as falas anteriores e se falou muito da questo da segurana
da informao e da confiabilidade; a confiabilidade tem um elemento
tecnolgico, mas tem um elemento cultural, de aprendizado dessas
tecnologias; e isso impacta nas relaes e na produo de novos contedos. O
nosso foco do contedo de natureza simblica, que tem uma relao com a
cultura, nem tudo da Economia Digital tratado pelo Ministrio da Cultura, mas
principalmente a Economia Digital que se relaciona aos setores que a gentedenomina setores criativos, e dentro desses setores o game, a rea de games
um deles, um deles que , digamos, em termos digitais, o digital est desde
a sua produo at a sua comercializao. Outros setores, o digital se
relaciona principalmente no mbito da comercializao. A gente tem uma
discusso no ministrio de pensar como que a gente pode pensar o
artesanato na economia digital? O artesanato no um produto de no
contedo digital, mas de um contedo cultural que se concretiza num bemtangvel. Como que essa economia digital potencializa a possibilidade de
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ampliao de mercado, de incluso produtiva, de gerao de emprego e renda
para as pessoas? A partir do momento que o Brasil arteso de norte a sul, a
partir do momento que os games, e recentemente o primeiro game brasileiro foi
aprovado na rea de incentivo cultura, uma boa notcia que a gente tem, o
Toren; e o Toren um game que trabalha com contedos ligados a nossas
identidades culturais. Acho que o contedo tem muito a gerar competitividade,
o Ministrio das Comunicaes deve fundamentar a infraestrutura, sem
infraestrutura a gente no vai para lugar nenhum, mas s com infraestrutura
sem pensar nos contedos, que podem gerar diferenciais competitivos, e o
Brasil com sua grande diversidade cultural e com a sua grande riqueza de
talentos precisa investir nesses talentos, para que essa riqueza cultural
tambm se transforma em riqueza econmica, e a a gente est sempre, o
digital hoje um elemento fundamental. Ento eu acho que o primeiro desafio
a integrao de polticas, porque nem s o ministrio com as suas polticas vai
dar conta de todas essas demandas, nessa economia criativa digital, que o
nosso recorte, que trata dos setores que trabalham com contedos
essencialmente culturais, e isso envolve desde a rea de patrimnio natural e
cultural, que posso citar o artesanato, a gastronomia, os stios histricos, isso
envolve as artes de espetculo, todo o crescimento que a gente tem de uma
economia do espetculo e que se relaciona com o digital tambm. A gente
pode citar as artes visuais, digamos das atividades mais tradicionais das artes
visuais que vo da pintura e da escultura, e hoje a gente j fala da arte digital,
da arte visual trabalhada no digital. A gente fala tambm das indstrias
culturais, e da esto mais estruturadas, mas sistematizadas, o audiovisual,
digamos, nesse sentido o que est mais avanado. O ministrio inclusive,
tem uma agncia de cinema, um cine que a gente diz que o nome est atultrapassado no sentido que no s cinema, audiovisual, hoje a perspectiva
do audiovisual, muito mais amplo, no s o cinema, mas as
possibilidades do audiovisual, e o game um produto do audiovisual, a gente
entra na msica com toda essa mudana, quer dizer, a Economia Digital e as
tecnologias digitais esto gerando novos modelos de negcio; isso uma
discusso importante, porque a tecnologia suporte para a criao, suporte
para difuso, suporte para a comercializao, mas ao mesmo tempo essaeconomia se constri a partir de uma demanda por contedos, ela se faz a
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partir dessa construo que na verdade a gente no consegue prever onde a
gente vai chegar. Pensar a infraestrutura, pensar numa ao poltica que
envolva fomento, formao, marcos legais; o Ministro conselheiro Augusto
falando da importncia das questes legais e infra legais, a gente discute muito