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EMPREGADo E EMPREGADoR

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CApítulO IIEMPREGADO E EMPREGADOR

SUMÁRIO • 1. Empregado: 1.1. Diretor eleito; 1.2. Bancário; 1.3. Empregado Rural: 1.3.1. Enquadramento como trabalhador rural; 1.3.2. Prescrição do trabalhador rural; 1.3.3. Intervalo intrajornada. Rurícola; 1.3.4. Salario-família rurícola; 1.4. Empregado Doméstico – 2. Empregador

1. EMPREGADO

1.1. Diretor eleito

Súmula nº 269 do TST

Diretor eleito. Cômputo do período como tem-po de serviçoo empregado eleito para ocupar cargo de di-retor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

~Q U E S T Õ E S

01. (ESAF – MTE – Auditor-Fiscal do Traba-lho/ 2010) Marque a opção correta.

A) Em face da cláusula constitucional da não--discriminação, a possibilidade de ajuste táci-to, consensual e não solene para a formação do contrato de emprego, e respectiva proje-ção dos seus efeitos, estende-se a todos os ofícios e profissões.

B) O contrato de trabalho tem natureza jurídica essencialmente privada, salvo quando o Es-tado é um dos sujeitos pactuantes, em face das prerrogativas processuais que lhe confe-re a legislação brasileira.

C) O menor de 18 anos, conforme previsto na Constituição, não pode, em razão da sua in-capacidade, prestar serviços, nem receber por eles, em período noturno ou em circuns-tâncias perigosas ou insalubres.

D) É possível reconhecer-se a condição de em-pregado, com cômputo do tempo de serviço,

ao eleito para ocupar cargo de diretor quan-do, a despeito da nova posição ocupada na estrutura hierárquica da empresa, ainda se fizerem presentes os traços característicos da subordinação jurídica.

E) Para a configuração do grupo econômico, ou do chamado “empregador único”, que atrai a hipótese de responsabilidade solidária pelos créditos trabalhistas, é necessária a prova do nexo relacional entre as empresas, nos formatos previstos pelo Direito Comercial e pelo Direito Empresarial, como no caso dos consórcios, holdings e pool de empresas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra D. Súmula nº 269 do TST.

02. (TRT 8 – Juiz do Trabalho Substituto 8ª região/ 2013) No que diz respeito à figura do empregado, é CORRETO afirmar que:

A) Dentre os pressupostos ínsitos ao conceito de empregado está a pessoalidade, através da qual se exige que o trabalhador execute suas atividades pessoalmente, mesmo nos contratos a domicílio, nos quais existindo o auxílio de familiares do empregado, desca-racteriza o vínculo empregatício.

B) O empregado que, de reconhecida capaci-dade e experiência, galga o posto de diretor de uma empresa, constituída sob a forma de sociedade anônima, cujo contrato de traba-lho precedeu à eleição para o exercício do cargo de diretoria, tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação e emprego.

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C) Os empregados que exercem cargos de con-fiança, revertendo-se ao cargo efetivo, per-derão a gratificação, cuja natureza é de um salário-condição, mesmo que a recebam por mais de 15 (quinze) anos.

D) A personalidade jurídica da sociedade não se confunde com a de seus sócios, sendo possí-vel a coexistência da condição de sócio com a de empregado, desde que a responsabili-dade daquele seja limitada, como ocorre nas sociedades por ações, mesmo que possua maioria das ações.

E) A duração do trabalho do aprendiz não ex-cederá de seis horas diárias, podendo haver a prorrogação e compensação de jornada, quando plenamente justificável.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra B. Súmula nº 269 do TST.

03. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 8ª região/ 2012) Assinale a alternativa CORRETA:

A) O empregado eleito para ocupar cargo de di-retor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

B) A jornada de trabalho do empregado bancá-rio, gerente geral de agência, é de oito ho ras, não lhe sendo aplicado o regramento do art. 62 da CLT, que trata dos empregados não su-jeitos a controle de jornada de trabalho.

C) A Lei n. 6.019/1974, que dispõe sobre o tra-balho temporário, permite cláusula de reser-va, qual seja, a que vede a contratação do tra-balhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

D) Não haverá discriminação entre trabalhado-res indígenas e os demais trabalhadores, apli-cando-se-lhes todos os direitos e garantias das leis trabalhistas e de previdência social e, diante disso, não é cabível a adaptação das condições de trabalho aos usos e aos costu-mes da comunidade a que pertencer o índio.

E) Assim como o estagiário, o aprendiz é regi-do por normas específicas na CLT, não se

enquadrando como empregado, devendo auferir formação técnico-profissional, minis-trada segundo as regras da legislação vigen-te, por meio de atividades teóricas e práticas metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra A. Súmula nº 269 do TST.

04. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 14ª região/ 2012) Analise as assertivas abaixo e após marque a única alternativa correta:

I) A definição jurídica de empregado não con-sidera o conteúdo da prestação realizada (obrigação de fazer), mas notadamente o seu modo de concretização.

II) Como o contrato de emprego pode ser tácito, a existência de prestação de serviços, mesmo sem qualquer formalização, pode autorizar a configuração de vínculo de emprego, desde que presentes os elementos fático-jurídicos previstos na CLT.

III) Nos termos da jurisprudência sumulada pelo Tribunal Superior do Trabalho, houve preva-lência da chamada corrente intervencionista, ao invés da negativista, isso porque no caso do empregado eleito para ocupar cargo de diretor, o respectivo contrato de trabalho fica suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

IV) Segundo a orientação da doutrina, os direto-res não-proprietários que integram a empre-sa em razão de recrutamento externo tam-bém ficam, durante o período que perdurar o mandato, com os contratos de emprego suspensos, não se computando o tempo de serviços desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica.

A) Apenas os itens I e II são verdadeiros.

B) Apenas os itens I, II e III são verdadeiros.

C) Apenas os II, III e IV são verdadeiros.

D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.

E) Todos os itens são verdadeiros.

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�R E S P O S TA

Alternativa Letra B. I – doutrina.

II – doutrina e artigos 3º e 442 CLT. III – Súmula nº 269 do TST.

05. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 2ª região/ 2011) No que diz respeito ao empre-gado eleito para o cargo de diretor de socie-dade anônima, conforme entendimento sumu-lado, assinale a alternativa correta:

A) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima tem o respec-tivo contrato de trabalho interrompido, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

B) O empregado eleito para ocupar cargo de di-retor de sociedade anônima tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se com-putando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

C) A eleição de empregado para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima implica a extinção do vínculo de emprego.

D) O empregado eleito para ocupar cargo de di-retor de sociedade anônima tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, computan-do-se todavia como tempo de serviço este período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego, caso em que o interstício como diretor não será computado como tempo de efetivo serviço.

E) Nenhuma das anteriores está correta.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra B. Súmula nº 269 do TST.

1.2. Bancário

Súmula nº 287 do TST

Jornada de trabalho. Gerente bancárioA jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da ClT. quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da ClT.

Súmula nº 102 do TST

Bancário. Cargo de confiançaI – A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da ClT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de em-bargos.II – o bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da ClT e recebe grati-ficação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordi-nárias excedentes de seis.III – Ao bancário exercente de cargo de con-fiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no perí-odo em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3.Iv – o bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da ClT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as traba-lhadas além da oitava.v – o advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, por-tanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da ClT.vI – o caixa bancário, ainda que caixa executi-vo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera ape-nas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta.vII – o bancário exercente de função de con-fiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva con-temple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de fun-ção, se postuladas.

Súmula nº 109 do TST

Gratificação de funçãoo bancário não enquadrado no § 2º do art. 224 da ClT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extra-ordinárias compensado com o valor daquela vantagem.

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Súmula nº 199 do TSTBancário. Pré-contratação de horas extrasI – A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. os valores assim ajustados apenas re-muneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não con-figuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário.II – Em se tratando de horas extras pré-con-tratadas, opera-se a prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a par-tir da data em que foram suprimidas.

Súmula nº 124 do TSTBancário. Salário-hora. DivisorI – o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se houver ajuste individu-al expresso ou coletivo no sentido de conside-rar o sábado como dia de descanso remune-rado, será:a) 150, para os empregados submetidos à jor-nada de seis horas, prevista no caput do art. 224 da ClT;b) 200, para os empregados submetidos à jor-nada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da ClT.II – Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor:a) 180, para os empregados submetidos à jor-nada de seis horas prevista no caput do art. 224 da ClT;b) 220, para os empregados submetidos à jor-nada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da ClT.

Súmula nº 113 do TSTBancário. Sábado. Dia útilo sábado do bancário é dia útil não trabalha-do, não dia de repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.

OJ nº 178 da SDI – I do TSTBancário. Intervalo de 15 minutos. Não com-putável na jornada de trabalhoNão se computa, na jornada do bancário sujei-to a seis horas diárias de trabalho, o intervalo de quinze minutos para lanche ou descanso.

Súmula nº 226 do TST

Bancário. Gratificação por tempo de serviço. Integração no cálculo das horas extrasA gratificação por tempo de serviço integra o cálculo das horas extras.

Súmula nº 240 do TST

Bancário. Gratificação de função e adicional por tempo de serviçoo adicional por tempo de serviço integra o cálculo da gratificação prevista no art. 224, § 2º, da ClT.

Súmula nº 247 do TST

quebra de caixa. Natureza jurídicaA parcela paga aos bancários sob a denomi-nação “quebra de caixa” possui natureza sa-larial, integrando o salário do prestador de serviços, para todos os efeitos legais.

Súmula nº 93 do TST

BancárioIntegra a remuneração do bancário a vanta-gem pecuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horá-rio e no local de trabalho e com o consentimen-to, tácito ou expresso, do banco empregador.

Súmula nº 239 do TST

Bancário. Empregado de empresa de proces-samento de dadosÉ bancário o empregado de empresa de pro-cessamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econô-mico, exceto quando a empresa de proces-samento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros.

OJ nº 123 da SDI – I do TST

Bancários. Ajuda alimentaçãoA ajuda alimentação prevista em norma co-letiva em decorrência de prestação de horas extras tem natureza indenizatória e, por isso, não integra o salário do empregado bancário.

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Súmula nº 55 do TST

Financeiras

As empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadas finan-ceiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da ClT.

Súmula nº 119 do TST

Jornada de trabalho

os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à jornada especial dos bancá-rios.

OJ nº 379 da SDI – I do TST

Empregado de cooperativa de crédito. Bancá-rio. Equiparação. Impossibilidade

os empregados de cooperativas de crédito não se equiparam a bancário, para efeito de aplicação do art. 224 da ClT, em razão da inexistência de expressa previsão legal, con-siderando, ainda, as diferenças estruturais e operacionais entre as instituições financei-ras e as cooperativas de crédito. Inteligência das leis nºs 4.594, de 29.12.1964, e 5.764, de 16.12.1971.

Súmula nº 257 do TST

vigilante

o vigilante, contratado diretamente por ban-co ou por intermédio de empresas especiali-zadas, não é bancário.

Súmula nº 117 do TST

Bancário. Categoria diferenciada

Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os empregados de estabeleci-mento de crédito pertencentes a categorias profissionais diferenciadas.

OJ nº 16 da SDI – I do TST

Banco do brasil. ACP. Adicional de caráter pessoal. Indevido

A isonomia de vencimentos entre servido-res do Banco Central do Brasil e do Banco do Brasil, decorrente de sentença normativa,

alcançou apenas os vencimentos e vantagens de caráter permanente. Dado o caráter per-sonalíssimo do Adicional de Caráter Pessoal – ACP e não integrando a remuneração dos funcionários do Banco do Brasil, não foi ele contemplado na decisão normativa para efei-tos de equiparação à tabela de vencimentos do Banco Central do Brasil.

OJ nº 17 da SDI – I do TST

Banco do Brasil. AP e ADI

os adicionais AP, ADI ou AFR, somados ou considerados isoladamente, sendo equivalen-tes a 1/3 do salário do cargo efetivo (art. 224, § 2º, da ClT), excluem o empregado ocupante de cargo de confiança do Banco do Brasil da jornada de 6 horas.

~Q U E S T Õ E S

01. (FCC – TRT 20 – Analista Judiciário/2011) Com relação a renúncia em matéria trabalhista, é correto afirmar:

A) A renúncia a direitos futuros é, em regra, inadmissível, sendo proibido pelo TST, inclu-sive, a pré – contratação de horas extras pe-los bancários quando da sua admissão.

B) Havendo a coexistência de dois regulamen-tos da empresa, a opção do empregado por um deles não tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

C) O direito ao aviso prévio é renunciável pelo empregado, sendo que o pedido de dispensa de cumprimento sempre exime o emprega-dor de pagar o respectivo valor.

D) Trata-se de uma relação jurídica em que as partes fazem concessões recíprocas, nascen-do daí o direito de ação.

E) No curso do contrato trabalhista a renúncia é inadmissível em qualquer hipótese, obe-decendo-se ao princípio da proteção, bem como a relação de hipossuficiência existente.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra A. Súmula nº 199 do TST e doutrina.

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02. (TRT 14 – Juiz do Trabalho Substituto 14ª região/ 2013) Sobre o labor do bancário, assi-nale a alternativa correta:

A) Segundo a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, não integra a remu neração do bancário a vantagem pe-cuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, ainda que exercida essa ativida-de no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou expresso, do ban-co empregador.

B) Segundo a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado empre gado de banco, pelo simples exercí-cio da advocacia, exerce cargo de confiança, enquadrando-se, portanto, na hipótese do § 2° do art. 224 da CLT.

C) Segundo a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, o divisor apli-cável para o cálculo das horas extras do ban-cário, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sá-bado como dia de descanso remunerado, será 180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista no “caput” do art. 224 da CLT.

D) Segundo a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, o divisor apli-cável para o cálculo das horas extras do ban-cário, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sá-bado como dia de descanso remunerado, será 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, prevista no “caput” do art. 224 da CLT.

E) Segundo a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, a gratificação por tempo de serviço integra o cálculo das horas extras do bancário.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra E. Súmula nº 226 do TST.

03. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 3ª região/ 2012) A respeito da duração do tra-balho, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta, de acordo com a

jurisprudência cristalizada do Tribunal Superior do Trabalho:

I) Em se tratando de horas extras pré-contrata-das de bancário, opera-se a prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em que foram suprimi-das.

II) A contratação do serviço suplementar, quan-do da admissão do trabalhador bancário, é nula, mas não é nula se pactuada após a ad-missão do empregado.

III) Para o cálculo do valor do salário-hora do bancário mensalista sujeito à jornada de 6 horas, o divisor a ser adotado é 180 (cento e oitenta).

IV) O bancário sujeito à jornada de 8 (oito) horas tem salário-hora calculado com base no divi-sor 220 (duzentos e vinte).

V) Não se computa, na jornada do bancário su-jeito a seis horas diárias de trabalho, o inter-valo de quinze minutos para lanche ou des-canso.

A) Somente as afirmativas I e III estão corretas.

B) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

C) Somente as afirmativas I, II, III e V estão corre-tas.

D) Somente as afirmativas I, III e IV estão corre-tas.

E) Todas as afirmativas estão corretas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra E. I – Súmula nº 199, II do TST. II – Súmula nº 199, I do TST.

III – Súmula nº 124, II, “a” do TST. IV – Súmula nº 124, II, “b” do TST.

V – OJ nº 178 da SDI-I.

04. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 3ª região/ 2012) A respeito do serviço bancário, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assi-nale a alternativa correta:

I) O regime especial de 6 (seis) horas de traba-lho também se aplica aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos e casas bancárias.

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II) Para os empregados em bancos e casas ban-cárias, será de seis horas por dia ou trinta e seis horas semanais a duração normal de tra-balho, excetuados os que exercerem as fun-ções de direção, gerência, fiscalização, chefes e equivalentes, ou desempenharem outros cargos de confiança.

III) Para a caracterização do cargo de confiança bancário, os poderes de mando não são tão extensos e acentuados quanto os menciona-dos pelo art. 62 da CLT.

IV) O bancário que exerce a função a que se re-fere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe grati-ficação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordi-nárias excedentes de seis. No entanto, o ban-cário não enquadrado no § 2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordi-nárias compensado com o valor daquela van-tagem.

V) Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT não são devidas as 7a e 8a horas, como extras, no pe-ríodo em que se verificar o pagamento a me-nor da gratificação de 1/3, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas.

A) Somente as afirmativas I e III estão corretas.

B) Somente as afirmativas III e V estão corretas.

C) Somente as afirmativas I, III e IV estão corre-tas.

D) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.

E) Somente as afirmativas I, III, IV e V estão cor-retas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra C. I – art. 226, caput CLT.

III – doutrina. IV – Súmula nº 102, II e VI do TST.

05. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 3ª região/ 2012) Sobre as situações que envol-vem o cargo de confiança bancário, leia as afir-mações abaixo e, em seguida, assinale a alter-nativa correta, segundo a jurisprudência do TST:

I) De acordo com a jurisprudência sumulada, o bancário no exercício da função de chefia,

subchefia, subgerência ou tesouraria, que re-cebe gratificação não inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo, está inserido na exceção do § 2º do art. 224 da CLT, não fazendo jus ao pagamento das sétima e oitava horas como extras.

II) O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava.

III) A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT, não havendo que se falar em pagamento da 7a e 8a horas como ex-traordinárias. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT, que o exclui das regras gerais relativas à jornada de trabalho, não lhe sendo devidas horas extras, ainda que posteriores à oitava diária.

IV) O bancário não enquadrado no § 2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de fun-ção, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias compensado com o valor da-quela vantagem.

V) O advogado empregado de banco, pelo sim-ples exercício da advocacia, exerce cargo de confiança, enquadrando-se, portanto, na hi-pótese do § 2º do art. 224 da CLT e fazendo jus a receber, como extras, as horas trabalha-das além da oitava diária.

A) Somente as afirmativas I e III estão incorretas

B) Somente as afirmativas III e V estão incorretas

C) Somente as afirmativas II e IV estão incorretas

D) Somente as afirmativas I e V estão incorretas

E) Somente a afirmativa V está incorreta.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra D. I – Súmula nº 102, II do TST e art. 224, §

2º CLT. V – Súmula nº 102, V do TST.

06. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 19ª região/ 2012) À luz do quanto cristalizado na jurisprudência do TST, assinale a alternativa incorreta:

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HENRIqUE CoRREIA

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A) A configuração, ou não, do exercício da fun-ção de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos.

B) O caixa bancário não exerce cargo de con-fiança, tirante a hipótese de caixa executivo. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta.

C) O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança. Logo, não se enquadra na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. Já o bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis.

D) Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devi-das as 7a e 8a horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. Já o bancário sujeito à re-gra do art. 224, § 2º, da CLT, cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraor-dinárias as trabalhadas além da oitava.

E) O bancário exercente de função de confian-ça, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva con-temple percentual superior, não tem direito

às sétima e oitava horas como extras, mas tão--somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra B. Súmula nº 102, VI do TST.

07. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto 20ª região/ 2012) Quanto ao intervalo para repouso ou alimentação, se gundo a jurispru-dência dominante do Tribunal Superior do Tra-balho,

A) em qualquer trabalho contínuo, cuja duração ultra passar 4 (quatro) horas e não exceder 6 (seis) ho ras, é obrigatória a concessão de um

intervalo de 15 (quinze) minutos, que será computado na dura ção do trabalho.

B) em qualquer trabalho contínuo, cuja duração ultra passar 4 (quatro) horas e não exceder 6 (seis) ho ras, é obrigatória a concessão de um intervalo de 30 (trinta) minutos, que não será computado na du ração do trabalho.

C) não se computa, na jornada do bancário sujeito a 6 (seis) horas diárias de trabalho, o intervalo de quinze minutos para lanche ou descanso.

D) a concessão parcial do período de descanso obriga rá o empregador a remunerar o perí-odo não conce dido com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

E) quando não concedido ou reduzido pelo emprega dor, o intervalo possui natureza in-denizatória, sem repercussão no cálculo de outras parcelas salariais.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra C. OJ nº 178 da SDI-I.

08. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 21ª região/ 2012) A modernização do sistema bancário tem provocado significativas alte-rações nas relações de trabalho, em especial face ao surgimento de novos tipos de ativida-des empresariais, tais como agentes bancários, correspondentes bancários e cooperativas de créditos. Assim sendo, em face da crescente ampliação das atividades e serviços ofertados pelas cooperativas de créditos, a jurisprudên-cia pacificada do Tribunal Superior do Trabalho definiu que:

A) apenas os empregados das cooperativas de crédito que operam os caixas são equipara-dos aos bancários, porém não têm direito à jornada de trabalho prevista no art. 224 da CLT;

B) Apenas os empregados das cooperativas, que exercem, exclusivamente, atividades tí-picas de bancário, têm direito à jornada diá-ria de 06 horas, nos termos do art. 224 da CLT;

C) os empregados das cooperativas de crédito, independentemente da atividade que exer-çam, são equiparados a bancários e têm di-

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reito à jornada de trabalho prevista no art. 224 da CLT;

D) para os empregados das cooperativas de cré-dito, o sábado é considerado como dia útil não trabalhado;

E) os empregados das cooperativas de crédito, independentemente da atividade que exer-çam, não são equiparados a bancários e não têm a jornada de trabalho prevista no art. 224 da CLT.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra E. OJ nº 379 da SDI-I.

09. (MPT – Procurador do Trabalho/2013) Leia e analise os itens abaixo:

I) Consoante jurisprudência uniformizada do TST a jornada de empregado de banco que exerce a função de gerente geral de agência é regida pelo art. 224, § 2° da CLT, tendo di-reito apenas às horas excedentes da oitava diária.

II) O atleta profissional do futebol a partir dos 16 anos de idade é considerado emprega-do da entidade desportiva que se utilizar de seus serviços, podendo firmar contrato de prazo determinado nunca inferior a três me-ses, nem superior a dois anos.

III) A jornada do aeronauta, computados os tempos de voo, de serviço em terra durante a viagem, de reserva e de l/3 (um terço) do sobreaviso, assim como o tempo de deslo-camento, como tripulante extra, para assu-mir voo ou retornar à base após o voo e os tempos de adestramento em simulador, não pode exceder a 60 horas semanais e 176 ho-ras mensais.

IV) Na jornada de trabalho do marítimo as horas extras são indivisíveis, computando-se a fra-ção de hora como hora inteira.

Marque a alternativa CORRETA:

A) apenas a assertiva III está correta;

B) apenas as assertivas II, III e IV estão corretas;

C) apenas as assertivas III e IV estão corretas;

D) todas as assertivas estão corretas;

E) não respondida.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra C. I – Súmula nº 287 do TST.

II. Art. 29, “caput” e § 4º, Lei nº 9.615/1998.

III – Art. 23, Lei nº 7.183/1984.

IV – Art. 250, parágrafo único, CLT.

1.3. Empregado Rural

1.3.1. Enquadramento como trabalhador rural

OJ nº 315 da SDI – I do TST

Motorista. Empresa. Atividade predominan-temente rural. Enquadramento como traba-lhador ruralÉ considerado trabalhador rural o motorista que trabalha no âmbito de empresa cuja ati-vidade é predominantemente rural, consi-derando que, em modo geral, não enfrenta o trânsito das estradas e cidades.

OJ nº 38 da SDI – I do TST

Empregado que exerce atividade rural. Em-presa de reflorestamento. Prescrição própria do rurícola. (lei nº 5.889/73, art. 10 e decreto nº 73.626/74, art. 2º, § 4º)o empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está direta-mente ligada ao manuseio da terra e de ma-téria-prima, é rurícola e não industriário, nos termos do Decreto nº 73.626, de 12.02.1974, art. 2º, § 4º, pouco importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à indústria. As-sim, aplica-se a prescrição própria dos ruríco-las aos direitos desses empregados.

OJ nº 419 da SDI – I do TST

Enquadramento. empregado que exerce ati-vidade em empresa agroindustrial. Definição pela atividade preponderante da empresa.Considera-se rurícola empregado que, a des-peito da atividade exercida, presta serviços a empregador agroindustrial (art. 3º, § 1º, da lei nº 5.889, de 08.06.1973), visto que, neste caso, é a atividade preponderante da empresa que determina o enquadramento.

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~Q U E S T Õ E S

01. (ESAF – MTE – Auditor-Fiscal do Traba-lho/ 2010) Marque a opção incorreta.

A) Havia exclusão dos trabalhadores rurais do tratamento geral da CLT, mas no sistema constitucional atual há plena paridade jurídi-ca entre os trabalhadores urbanos e os rurais, embora algumas especificidades ainda re-manesçam.

B) No caso dos trabalhadores rurais, é devido adicional noturno definido em 25%, nos ca-sos em que houver labor no horário compre-endido entre 21 h e 5h, na agricultura, e 20h e 4h, na pecuária.

C) Em se considerando as empresas de reflores-tamento, os trabalhadores serão considera-dos rurais, inclusive para eventual contagem diferenciada do prazo prescricional, quando se ativarem no campo, exercendo tarefas próprias aos rurícolas.

D) Também aos trabalhadores rurais é obrigató-ria a concessão de um intervalo mínimo de 1 (uma) hora para repouso e alimentação, em caso de trabalho contínuo de duração supe-rior a 6 (seis) horas, observados os usos e cos-tumes da região.

E) No caso dos trabalhadores domésticos, o FGTS e o seguro-desemprego estão previs-tos em norma de caráter dispositivo, motivo pelo qual dependem de ato voluntário do empregador.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra C. OJ nº 38 da SDI-I.

02. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 15ª região/ 2011) A respeito do trabalho rural, assi-nale a alternativa incorreta:

A) é considerado trabalhador urbano o motoris-ta que se ativa em empresa preponderante-mente rural, porque, embora não enfrente o trânsito das estradas e cidades, certo é que a Constituição Federal equiparou os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais;

B) considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações esta-cionais da atividade agrária;

C) na pecuária, considera-se noturno aquele executado entre as 20 (vinte) horas de um dia e as 4 (quatro) horas do dia subsequente;

D) na atualidade, o salário-família é devido aos trabalhadores rurais;

E) a não concessão total ou parcial do intervalo intrajornada ao trabalhador rural acarreta o pagamento do período total, acrescido do respectivo adicional.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra A. OJ nº 315 da SDI-I.

03. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 16ª região/ 2011) Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:

I) Os empregados em empresas de floresta-mento e reflorestamento são considerados rurais, embora tais empresas sejam enqua-dradas como empresas urbanas.

II) Não se configura irregular a reversão do em-pregado ocupante de cargo de confiança ao antigo posto ocupado, desde que seja pre-servada a sua estabilidade financeira.

III) Não é lícito ao empregador doméstico efe-tuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, exceto se o local de mo-radia for diverso da residência onde ocorra a prestação do serviço, desde que expressa-mente pactuado.

IV) São garantidos à mãe social os seguintes direitos: anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social; remuneração, em va-lor não inferior ao salário mínimo; repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas; jornada de trabalho de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e 08 (oito) horas diárias; apoio técnico, adminis-trativo e financeiro no desempenho de suas funções; 30 (trinta) dias de férias anuais re-muneradas; benefícios e serviços previdenci-ários, inclusive, em caso de acidente do tra-balho, na qualidade de segurada obrigatória; 13º salário e depósitos de Fundos de Garan-tia do Tempo de Serviço.

A) Estão corretas apenas as afirmativas I e III.

B) Estão corretas apenas as afirmativas I e II.

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C) Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV.

D) Estão corretas apenas as afirmativas III e IV.

E) Todas as afirmativas estão corretas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra A. I – OJ nº 38 da SDI-I.

III – artigo 2º-A, caput e § 1º da Lei nº 5.859/72.

04. (MPT – Procurador do Trabalho/2013) Em relação ao trabalho rural, é CORRETO afirmar que:

A) A jurisprudência dominante do TST conside-ra empregador rural aquele que realiza ex-ploração agroindustrial.

B) Consoante a jurisprudência dominante do TST o enquadramento do trabalhador como rurícola independe da atividade preponde-rante do empregador, pois decorre da natu-reza dos serviços prestados pelo empregado, os quais devem estar diretamente ligados à agricultura e à pecuária, afastando-se de ati-vidades de administração ou técnicas que se classifiquem como industriais ou comerciais.

C) Segundo a jurisprudência dominante no TST, ao trabalhador rural das lavouras de cana de açúcar que receba por produção é devido so-mente o adicional correspondente às horas extraordinárias.

D) O contrato de safra é modalidade de traba-lho eventual e tem sua duração condiciona-da pelas variações estacionais da atividade agrária.

E) Não respondida.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra A. OJ nº 419 da SDI-I.

1.3.2. Prescrição do trabalhador rural

OJ nº 271 da SDI – I do TST

Rurícola. Prescrição. Contrato de emprego extinto. Emenda constitucional nº 28/2000. Inaplicabilidadeo prazo prescricional da pretensão do ruríco-la, cujo contrato de emprego já se extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional nº 28,

de 26/05/2000, tenha sido ou não ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da extinção do contrato de emprego.

OJ nº 417 da SDI – I do TST

Prescrição. Trabalhador rural. Rurícola. Con-trato de trabalho em curso. Emenda const. 28/2000. CF/88, art. 7º, XXIX. ClT, art. 11.Não há prescrição total ou parcial da preten-são do trabalhador rural que reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encon-trava em curso à época da promulgação da Emenda Constitucional 28, de 26/05/2000, desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicação, observada a prescrição bienal.

1.3.4. Salario-família rurícola

Súmula nº 344 do TST

Salário-família. Trabalhador ruralo salário-família é devido aos trabalhado-res rurais somente após a vigência da lei nº 8.213, de 24.07.1991.

1.4. Empregado Doméstico

Súmula nº 377 do TST

Preposto. Exigência da condição de emprega-doExceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno em-presário, o preposto deve ser necessariamen-te empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da ClT e do art. 54 da lei Com-plementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

2. EMPREGADOR

Súmula nº 129 do TST

Contrato de trabalho. Grupo econômicoA prestação de serviços a mais de uma em-presa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de traba-lho, salvo ajuste em contrário.

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OJ nº 261 da SDI – I do TST

Bancos. Sucessão trabalhistaAs obrigações trabalhistas, inclusive as con-traídas à época em que os empregados tra-balhavam para o banco sucedido, são de res-ponsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizan-do típica sucessão trabalhista.

OJ nº 225 da SDI – I do TST

Contrato de concessão de serviço público. Responsabilidade trabalhistaCelebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa (primeira con-cessionária) outorga a outra (segunda conces-sionária), o todo ou em parte, mediante arren-damento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, bens de sua propriedade:I – em caso de rescisão do contrato de traba-lho após a entrada em vigor da concessão, a segunda concessionária, na condição de su-cessora, responde pelos direitos decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da res-ponsabilidade subsidiária da primeira con-cessionária pelos débitos trabalhistas contra-ídos até a concessão;II – no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigência da concessão, a responsabi-lidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora.

OJ nº 411 da SDI – I do TST

Sucessão trabalhista. Aquisição de empresa pertencente a grupo econômico. Responsa-bilidade solidária do sucessor por débitos trabalhistas de empresa não adquirida. Ine-xistência.o sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adqui-rida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a em-presa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.

OJ nº 92 da SDI – I do TST

Desmembramento de municípios. Responsa-bilidade trabalhista

Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas enti-dades responsabiliza-se pelos direitos traba-lhistas do empregado no período em que figu-rarem como real empregador.

Súmula nº 430 do TST

Administração pública indireta. Contratação. Ausência de concurso público. Nulidade. Ulte-rior privatização. Convalidação. Insubsistên-cia do vício.

Convalidam-se os efeitos do contrato de tra-balho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado original-mente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua priva-tização.

OJ nº 343 da SDI – I do TST

Penhora. Sucessão. Art. 100 da CF/1988. Exe-cução

É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente à sucessão pela União ou por Estado-membro, não podendo a execução prosseguir mediante precatório. A decisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/1988.

Súmula nº 51 do TST

Norma regulamentar. vantagens e opção pelo novo regulamento. Art. 468 da ClT

I – As cláusulas regulamentares, que revo-guem ou alterem vantagens deferidas an-teriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento.

II – Havendo a coexistência de dois regula-mentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

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Súmula nº 77 do TST

PuniçãoNula é a punição de empregado se não prece-dida de inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.

~Q U E S T Õ E S

01. (TRT 8 – Juiz do Trabalho Substituto 8ª região/ 2013) Quanto à figura do empregador, analise as proposições abaixo e assinale a alter-nativa INCORRETA:

A) À luz do Código Civil Brasileiro, considera-se empresário quem exerce profissionalmen-te atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de ser-viços, excluídos os exercentes de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da pro-fissão constituir elemento de empresa. Sobre esse tema, a CLT equipara o empregador aos profissionais liberais que admitirem trabalha-dores como empregados.

B) Os partidos políticos serão considerados em-pregadores por equiparação quando contra-tarem, assalariarem e dirigirem a prestação pessoal de serviços desenvolvidos de forma não eventual.

C) Os serviços notariais e de registro são exer-cidos em caráter privado, por delegação do Poder Público, sendo que o titular do cartório não oficializado que contrata, assalaria e diri-ge a prestação laboral dos auxiliares, equipa-ra-se ao empregador comum.

D) Considerando que o grupo econômico é em-pregador único, o empregado está vinculado ao conjunto de empresa; assim, o trabalho prestado a mais de uma delas, durante a mesma jornada, não gera duplo contrato, ressalvada disposição em contrário.

E) Segundo entendimento consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho, o sucessor responde solidariamente por débitos traba-lhistas de empresa não adquirida, pelo fato de integrar o mesmo grupo econômico da empresa sucedida, mesmo quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra E. Orientações Jurisprudenciais

nº 225 e 261 da SDI-I.

02. (FCC – Analista Judiciário – Judiciária – TRT 18/2013) Diana trabalhou por dois anos para a empresa Delta Administradora de Cré-ditos, controlada e administrada pelo Banco Delta, formando grupo econômico. Houve a dispensa sem justa causa e a empregada não recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, quanto à dívida trabalhista é correto afirmar que

A) a CLT não prevê nenhum tipo de responsabi-lidade de empresas que pertençam ao mes-mo grupo econômico por débitos trabalhis-tas, ficando a critério do juiz a aplicação de normas do direito comum.

B) a empresa Delta Administradora de Crédito será a única responsável pelo pagamento por ser a real empregadora de Diana.

C) o Banco Delta somente responderá pelo dé-bito de forma subsidiária, caso ocorra a fa-lência da empresa Delta Administradora de Créditos.

D) o Banco Delta responderá solidariamente em razão da formação do grupo econômico por expressa determinação da CLT.

E) a responsabilidade do Banco Delta será sub-sidiária por determinação prevista na CLT, após esgotado o patrimônio da empresa Del-ta Administradora de Créditos.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra D. Artigo 2º, § 2º CLT e Súmula nº 129 do TST

03. (FCC – TRT 24 – Analista Judiciário/2011) Considere as seguintes assertivas a respeito do Grupo Econômico:

I) O Grupo econômico, para fins trabalhistas, necessita de prova cabal de sua formal ins-titucionalização cartorial, tal como holdings, consórcios, pools etc.

II) As associações, entidades beneficentes e sin-dicatos podem ser considerados como gru-po de empresas, se presentes os requisitos legais.

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III) Cada empresa do grupo é autônoma em re-lação às demais, mas o empregador real é o próprio grupo.

IV) Nada impede que a admissão do empregado seja feita em nome de uma empresa do gru-po e a baixa em nome de outra.

Está correto o que consta APENAS em

A) I, III e IV.

B) I, II e III.

C) II, III e IV.

D) I e IV.

E) III e IV.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra E. III – artigo 2º, § 2º CLT, Súmula

nº 129 do TST e doutrina. IV – Súmula nº 129 TST e entendimentos

doutrinário e jurisprudencial.

04. (FCC – TRT 22 – Analista Judiciário/2010) Joana presta serviços na qualidade de empre-gada para mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho. Neste caso, salvo ajuste em contrário,

A) não está caracterizada a coexistência de mais de um contrato de trabalho.

B) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, limitado em três, tendo em vista que as empresas possuem persona-lidades jurídicas distintas.

C) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, limitado em dois, tendo em vista que as empresas possuem persona-lidades jurídicas distintas.

D) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, sem limitação, em razão da prestação de serviços acontecer du-rante a mesma jornada de trabalho.

E) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, sem limitação, tendo em vista que as empresas possuem persona-lidades jurídicas distintas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra A. Súmula nº 129 do TST.

05. (Cespe – Auditor-Fiscal do Trabalho – MTE/2013) Julgue o item abaixo, a respeito da prestação de serviços para grupos econômicos.

1) O labor prestado pelo empregado a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, na mesma jornada de trabalho, não caracte-riza a existência de mais de um vínculo con-tratual, salvo previsão em contrário, devida-mente ajustada.

�R E S P O S TA

Item certo. Súmula nº 129 do TST.

06. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 3ª região/ 2013) Sobre o direito do trabalho, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta, segundo a jurisprudência consolidada do TST:

I) A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.

II) Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas en-tidades responsabiliza-se pelos direitos tra-balhistas do empregado no período em que figuram como real empregador.

III) O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao re-pouso semanal.

IV) Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.

A) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

B) Somente as afirmativas I, II e IV estão corre-tas.

C) Somente as alternativas I, III e IV estão corre-tas.

D) Somente as alternativas II, III e IV estão corre-tas.

E) Todas as afirmativas estão corretas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra E. I – Súmula nº 376, I do TST.

II – OJ nº 92 da SDI-I.

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III – Súmula nº 146 do TST. IV – Súmula nº 159, I do TST.

07. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 8ª região/ 2012) A respeito da execução traba-lhista, marque a alternativa CORRETA:

A) Em sede de sucessão trabalhista, especifi-camente quanto à aquisição de empresa pertencente a grupo econômico, a empresa sucessora não responde solidariamente, em qualquer hipótese, por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa su-cedida, desde que, à época, a empresa de-vedora direta fosse solvente ou idônea eco-nomicamente, consoante entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consolidado em Orientação Jurisprudencial.

B) A respeito da responsabilidade trabalhista em caso de celebração de contrato de con-cessão de serviço público, o Tribunal Supe-rior do Trabalho, por meio de Orientação Jurisprudencial da SDI-I, consolidou enten-dimento de que, quando o contrato de tra-balho tiver sido extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora.

C) Nos termos do art. 876 da CLT, é possível a execução na Justiça do Trabalho de títulos executivos extrajudiciais, como o cheque que tenha sido utilizado como meio de pa-gamento de salários.

D) Embora a execução provisória possa ser feita da mesma forma que a execução definitiva, nos termos da legislação processual, o Tribu-nal Superior do Trabalho consolidou entendi-mento de que fere direito líquido e certo do executado, em qualquer caso, a determina-ção de penhora em dinheiro quando se tra-tar de execução provisória, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa.

E) Em se tratando de embargos à execução, nos termos da CLT, a matéria a ser deduzida deve-rá ser restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescri-ção da dívida, não sendo admissível dilação probatória.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra B. OJ nº 225, II da SDI-I.

08. (Juiz do Trabalho Substituto – TRT 8ª região/ 2011) Quanto à figura do empregador, analise as proposições abaixo e assinale a alter-nativa CORRETA:

I) A prestação de serviços a duas empresas integrantes do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, salvo ajuste em contrário, não configura a existên-cia de dois contratos de trabalho.

II) A empresa sucessora assume as obrigações trabalhistas da empresa sucedida e a sua po-sição em eventual processo judicial que esti-ver em curso, salvo disposição contratual em que seja atribuída ao sucedido a responsabi-lidade exclusiva pelo débito cobrado.

III) Do contexto da legislação trabalhista, pode--se inferir que não há uma qualidade especial exigida para que a pessoa física ou jurídica seja considerada empregadora. Basta que, de fato, utilize-se de força de trabalho contrata-da como empregada.

IV) Considerando-se que a sucessão trabalhista se configura como alteração contratual de origem unilateral (promovida pelo empre-gador), é pacificamente admissível a recusa do empregado que, por conseguinte, pode pleitear a rescisão indireta do contrato.

A) As alternativas I e IV estão corretas.

B) As alternativas II e IV estão corretas.

C) As alternativas I e III estão corretas.

D) As alternativas III e IV estão corretas.

E) As alternativas I e II estão corretas.

�R E S P O S TA

Alternativa Letra C. I – Súmula nº 129 do TST.

III – artigo 2º, § 1º CLT.