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2014
Para os concursos de Tcnico e Analista dos Tribunais e do MPU
INCLUI: Questes comentadas de concursos Edital esquematizado
Para os concursos de Tcnico e Analista dos Tribunais e do MPU
LEANDRO BORTOLETO Mestre e bacharel em direito pela Universidade Estadual Paulista UNESP.
Coordenador e professor no curso de especializao em Direito Pblico da Escola Superior de Direito ESD/Ribeiro Preto. Professor no curso de ps-graduao em Direito
da Fundao Armando lvares Penteado FAAP, campus Ribeiro Preto.Professor no curso de graduao em direito do Centro Universitrio UNISEB.
Professor no curso de especializao em licitaes e contratos administrativos do Centro Universitrio UNISEB Interativo. Professor no curso EuVouPassar.
Professor no curso Proordem. Analista Judicirio na Justia Federal. Ex-ofi cial de justia no TJ/SP.
Contato: www.leandrobortoleto.com.br Contato: www.leandrobortoleto.com.br Contato: www.leandrobortoleto.com.br
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Lei n 8.112/90: regime disciplinar
CAPTULO IIILei n 8.112/90:
regime disciplinar
Sumrio 1 Deveres e proibies: 1.1 Dos deveres; 1.2 Das proibies 2 Acumulao: 2.1 Disposies constitucionais: 2.1.1 Cargo, funo ou emprego pblico x Cargo, funo ou emprego pblico; 2.1.2 Cargo, funo ou emprego pblico x Mandato eletivo; 2.1.3 Proventos x Cargo, funo ou emprego pblico; 2.1.4 Proventos x Proventos; 2.2 Da acumulao na Lei n 8.112/90 3 Responsabilidades 4 Penalidades: 4.1 Advertncia; 4.2 Suspenso; 4.3 Demisso; 4.4 Cassao de aposentadoria e disponibilidade; 4.5 Destituio de cargo em comisso; 4.6 Efeitos acessrios da demisso e da destituio de cargo em comisso; 4.7 Autoridades competentes para aplicao das penalidades; 4.8 Penalidades 5 Questes: 5.1 Questes comentadas; 5.2 Questes de concursos.
O regime disciplinar engloba os deveres, as proibies, as acumulaes, as pe-nalidades e as responsabilidades atinentes aos servidores pblicos civis federais, e est disciplinado nos artigos 116 a 142 da Lei n 8.112/90.
1 DEVERES E PROIBIES
O estudo dos deveres e proibies relevante porque indispensvel conhec--los para se saber qual a penalidade a ser aplicada ao servidor infrator. Por isso, devem ser memorizados.
1.1 Dos deveres
Ttulo IV Do Regime Disciplinar
Captulo I Dos Deveres
Art. 116. So deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo;
II - ser leal s instituies a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as pro-tegidas por sigilo;
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b) expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal;
c) s requisies para a defesa da Fazenda Pblica.
VI - levar as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apurao;(Redao dada pela Lei n 12.527, de 2011)
VII - zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartio;
IX - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa;
X - ser assduo e pontual ao servio;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder.
Pargrafo nico. A representao de que trata o inciso XII ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
O art. 116 estabelece os deveres do servidor.
De forma geral, o servidor deve exercer todas as atribuies prprias do cargo que ocupa e deve faz-lo da forma a obter o melhor resultado possvel.
Deve ser assduo e pontual ao servio (inciso X) e deve exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo (inciso I). No basta que o servidor comparea ao seu local de trabalho todos os dias e nos horrios designados, pois sua atuao deve se dar em obedincia ao regime jurdico administrativo.
Desse modo, no deve se afastar do interesse pblico e, por exemplo, deve zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico (inciso VII) e ser leal s instituies a que servir (inciso II). No pode, a ttulo de ilustrao, ser descuidado e negligente com os equipamentos que usa ou, tambm, no pode querer desperdiar material, j que no seu.
Para que a atividade administrativa seja desempenhada de forma concatenada indispensvel a existncia de organizao interna, com o escalonamento das funes e rgos. Para tanto, necessria a existncia de atos normativos regulando a Ad-ministrao Pblica de forma especfica e, por consequncia, o servidor deve a elas obedecer. Assim, dever observar as normas legais e regulamentares (inciso III).
Em decorrncia da organizao mencionada, cria-se relao de subordinao entre os diversos rgos. a hierarquia. manifestao do poder hierrquico. Com isso, o superior hierrquico tem a prerrogativa de dar ordens, avocar, coordenar, corrigir, entre outras atividades e, por outro lado, o subordinado tem o dever de cumprir as determinaes que lhe so dadas. Nesse sentido, o art. 116, IV, estabelece
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que o servidor tem o dever de cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
A ressalva constante no final do inciso IV plenamente aceitvel, pois o servidor no pode compactuar com prticas ilegais, mesmo que tenham sido ordenadas pelo seu superior, hiptese em que poder recusar o seu cumprimento. Caso contrrio, inclusive, responder juntamente com o superior pelo ato praticado. Ao lado do dever de recusa prtica de ato ilegal, o servidor no pode permanecer calado quando tem cincia de alguma prtica ofensiva ao ordenamento jurdico. Por isso, deve levar as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo ao conheci-mento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apurao (inciso VI) e, tambm, representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder (inciso XII).
Servidor deve levar as irregularidades de que tiver cincia em razo
do cargo ao conhecimento
da autoridade superior, ou
de outra autoridade competente para apurao (no caso de suspeita de envolvimento do superior)
Ao mesmo tempo em que tem a obrigatoriedade de comunicar as irregularidades que tiver cincia em razo de seu cargo, no pode divulgar fatos relacionados com sua funo. Tem o dever de guardar sigilo sobre assunto da repartio (inciso VIII). Caso descumpra esse dever, alm de praticar infrao administrativa pode praticar o crime de violao de sigilo funcional, previsto no art. 325 do Cdigo Penal.
Normalmente, o servidor tem contato com o pblico no exerccio de sua ativida-de e nesse relacionamento deve agir com civilidade e educao. Obviamente, isso, tambm, se faz necessrio na interao com colegas de trabalho. Por isso, um de seus deveres, nos termos do inciso XI do art. 116, o de tratar com urbanidade as pessoas.
Alm da necessidade de ser polido no trato com as pessoas, sua atuao deve se dar com presteza, celeridade, bom rendimento, de forma a dar concretude ao princpio da eficincia e, nesse sentido, a Lei n 8.112/90, no art. 116, V, determina que dever do servidor atender com presteza ao pblico em geral (prestando as informaes requeridas, exceto as protegidas por sigilo), bem como expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal e, tambm, s requisies para a defesa da Fazenda Pblica.
Atender com presteza
ao pblico em geral (prestando as informaes requeridas, exceto as protegidas por sigilo)
expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal
s requisies para a defesa da Fazenda Pblica
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O bom exerccio da funo pblica pelo servidor exige dele, tambm, retido, probidade, honradez, honestidade e, assim, seu dever manter conduta compatvel com a moralidade administrativa (inciso IX).
Em regra, como se ver adiante, a pena aplicvel no caso de violao aos de-veres a advertncia, salvo no caso de reincidncia, quando caber suspenso.
1.2 Das proibies
Captulo II Das Proibies
Art. 117. Ao servidor proibido: (Vide Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato;
II - retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio;
III - recusar f a documentos pblicos;
IV - opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou exe-cuo de servio;
V - promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio;
VI - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associao profissional ou sindical, ou a partido poltico;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica;
X - participar de gerncia ou administrao de sociedade privada, personificada ou no personificada, exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio; (Redao dada pela Lei n 11.784, de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies;
XIII - aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios ou atividades particulares;
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XVII - cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)
Pargrafo nico. A vedao de que trata o inciso X do caput deste artigo no se aplica nos seguintes casos: (Includo pela Lei n 11.784, de 2008)
I - participao nos conselhos de administrao e fiscal de empresas ou entidades em que a Unio detenha, direta ou indiretamente, participao no capital social ou em sociedade cooperativa constituda para prestar servios a seus membros; e (Includo pela Lei n 11.784, de 2008
II - gozo de licena para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislao sobre conflito de interesses. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008).
As proibies impostas ao servidor pblico federal esto arroladas no art. 117 da Lei n 8.112/90.
Como dever do servidor ser assduo e pontual, no lhe permitido faltar ao trabalho, sem justificativa, e se ficar configurado o abandono de cargo ou a inassidui-dade habitual, a pena prevista a demisso e, mesmo que se o servidor comparea ao trabalho, deve cumprir toda a carga horria que lhe prpria e, assim, no pode se ausentar do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato (inciso I).
No basta, todavia, o servidor comparecer ao trabalho e cumprir a jornada de trabalho, pois tem que exercer todas as atribuies de seu cargo, estabelecidas nas regras de competncia. No permitido ao servidor renunciar sua competncia, ou mesmo transferir suas atribuies a outra pessoa, com exceo da delegao parcial, nos termos da lei. Nesse sentido, a Lei n 8.112/90, no art. 117, veda ao servidor cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o de-sempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado (inciso VI) e cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias (inciso XVII).
Servidor no pode cometer (atribuir)
a pessoa estranha repartioo desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado
a outro servidoratribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias
Exige-se comprometimento do servidor no exerccio de suas atribuies, sendo-lhe vedado, nos termos do inciso XV do art. 117, proceder de forma desidiosa.
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conforme MS 15.462/DF (14/03/2011), e nesse julgado so apontados diversos preceden-tes como, por exemplo, o MS 12.884/DF, o RMS 19.087/SP. Quer dizer, na posio do STJ, se o fato no estiver sendo apurado na esfera penal, mesmo que, em tese, configure crime, o prazo prescricional ser o previsto na Lei n 8.112/90. Assim, se for questo objetiva e no mencionar nada, deve ser seguido texto da lei (se for crime, prazo na lei penal) e somente assinalar a posio do STJ se a questo mencionar expressamente a jurisprudncia.
De acordo com o art. 142, o prazo de prescrio comea a correr a partir da data em que o fato se tornou conhecido e interrompido caso haja a abertura de sindicncia ou a instaurao de processo administrativo, assim permanecendo at a deciso final da autoridade competente. A partir do dia que cessar a interrupo, o prazo volta a correr na sua integralidade (zera e reinicia a contagem).
ATENO!
A posio adotada no Supremo Tribunal Federal (RMS 23.436/DF, MS 30.478/DF, entre outros) de que a interrupo cessa aps o decurso do prazo de 140 dias, isto , aps esse perodo o prazo prescricional retomado. Isso ocorre porque, tanto no STF quanto no STJ, o prazo previsto na lei para a concluso do processo administrativo de 60 dias, prorrogvel por igual perodo, no inclui o prazo para julgamento, que de 20 dias (60 + 60 + 20 = 140). Da mesma forma, deve ser seguido o texto da lei, exceto se a questo tiver como objeto a posio jurispru- dencial.
f AO DISCIPLINAR PRESCRIO
Infrao disciplinar
crime prazo previsto na lei penal
No crime
5 anos
demisso cassao de aposentadoria ou disponibilidade destituio de cargo em comisso
2 anos suspenso
180 dias advertncia
5 QUESTES
5.1 Questes comentadas
1. (Cespe Tcnico Administrao MPU/2013) Aplica-se a penalidade disciplinar de demisso a servidor pblico por abandono de cargo, caracterizado pela au-sncia intencional do servidor ao servio por mais de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias no consecutivos, em um perodo de um ano.
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COMENTRIO
Errado. A falta ao servio, sem causa justificada, por mais de sessenta dias, interpolada-mente, durante o perodo de doze meses, configura a chamada inassiduidade habitual (art. 139 da Lei n 8.112/90). Por outro lado, h o abandono de cargo, quando o servidor faltar intencionalmente ao servio por mais de trinta dias consecutivos, ou seja, ao menos trinta e um dias (art. 138).
02. (CESPE Analista Judicirio rea Judiciria - STF/2013) A responsabilidade do ser-vidor pblico pode se dar na esfera civil, penal e administrativa, sendo afastada esta ltima no caso de absolvio criminal que negue a existncia do fato ou de sua autoria.
COMENTRIO
Certo. A regra, de acordo com o art. 125, da Lei n 8.112/90, que as sanes penais, administrativas e civis podem cumular-se, pois so independentes entre si. No entanto, a exceo se d quando na esfera penal o servidor for absolvido em razo da inexis-tncia do fato ou da negativa de autoria (art. 126).
03. (Cespe - Analista Judicirio rea Judiciria TRE-MS/2013) Manoel, servidor p-blico estvel de uma fundao pblica, faltou ao servio por diversos dias sem qualquer justificativa, razo pela qual seu superior hierrquico determinou que o fato fosse apurado, com posterior aplicao da Lei n. 8.112/1990 no que se re-fere ao processo administrativo disciplinar. Uma comisso de sindicncia, aps regular processamento, ouvido o servidor, concluiu que as faltas de Manoel ao servio eram habituais e sem qualquer justificativa legal.
Com base nessa situao hipottica, assinale a opo correta.a) A materialidade da infrao de Manoel ficar caracterizada pela indicao dos
dias de falta ao servio sem justificativa, por perodo igual ou superior a sessen-ta dias intercalados, num de prazo de doze meses.
b) A inassiduidade habitual somente fica caracterizada se for comprovado que Manoel faltou ao servio de forma intencional por mais de trinta dias.
c) A penalidade aplicada para o caso de inassiduidade habitual a advertncia e desconto dos dias no trabalhados.
d) A abertura de sindicncia suspende o curso do prazo de prescrio at a deci-so final da autoridade competente.
e) A administrao tem o prazo mximo de dois anos, a contar do conhecimento do fato, para aplicar a penalidade a Manoel.
COMENTRIOAlternativa correta: letra a (responde a alternativa b). Nos termos do art. 139, da Lei, entende-se por inassiduidade habitual a falta ao servio, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o perodo de doze meses.Alternativa c. Na forma do art. 132, III, a penalidade aplicada para o caso de inassidui-dade habitual a demisso.
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Alternativa d. O art. 142, 3, preceitua que a abertura de sindicncia ou a instaura-o de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por autoridade competente.
Alternativa e. Por se tratar de conduta punida com demisso, nos termos do art. 142, I, a ao disciplinar prescreve em 5 anos, a contar da data em que o fato se tornou conhecido.
04. (FCC - Analista Judicirio rea Judiciria TRE-RO/2013) Antnio, servidor pblico federal, cometeu falta sujeita penalidade de advertncia. A Administrao pblica, mes mo ciente da falta cometida, nada fez, j tendo ultrapas sado o prazo de sete meses da data em que a Admi nistrao tomou conhecimento da infrao disciplinar prati cada por Antnio. Nos termos da Lei no 8.112/1990, even tual ao disciplinar
a) pode ser promovida, pois o prazo prescricional se quer comeou a correr.b) ainda no prescreveu, pois, na hiptese, o prazo prescricional de 2 anos.c) est prescrita.d) ainda no prescreveu, pois, na hiptese, o prazo prescricional de 1 ano.eE)
ainda no prescreveu, pois, na hiptese, o prazo prescricional de 5 anos.
COMENTRIO
Alternativa correta: letra c (responde as demais alternativas). Na forma do art. 142, III, a ao disciplinar prescrever em 180 dias, quanto pena de advertncia. Pelo 1 infere-se, ainda, que o prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou conhecido. Assim, portanto, no caso narrado na questo, eventual ao discipli-nar no pode ser instaurada, uma vez que se encontra prescrita.
05. (FCC Analista Judicirio Administrativa TRT 1/2013) Ana, servidora pblica ocupante de cargo efetivo e com funo comissionada de chefia em rgo da Adminis trao pblica federal recusou-se, injustificadamente, a atualizar seus dados cadastrais na forma regularmente solicitada pelo rgo de pessoal. Dian-te de tal conduta, sujeita-se penalidade disciplinar de
a) advertncia, aplicada por escrito.b) suspenso, com prazo mximo de 15 (quinze) dias.c) destituio da funo comissionada.d) suspenso da funo comissionada, pelo prazo mximo de 15 (quinze) dias.e) suspenso ou, no caso de reincidncia, demisso.
COMENTRIO
Alternativa correta: letra a (responde as demais alternativas). A pena de advertncia uma repreenso feita por escrito e anotada no pronturio do servidor. Tem cabimen-to, conforme o art. 129, quando se tratar de violao dos deveres funcionais constantes do art. 117, I a VIII e XIX, ou quando houver a inobservncia de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, e no haja justificativa para a aplicao de pena mais grave. A recusa do servidor em atualizar seus dados cadastrais, quando solicitado, conduta prevista no art. 117, XIX, punvel, portanto, com pena de advertncia.
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Lei n 8.112/90: regime disciplinar
12. (FCC Analista Judicirio / TRT 12 / 2010) De acordo com a Lei n 8.112/1990, dever do servidor pblico:
a) atender com presteza ao pblico em geral, prestando as informaes requeri-das, ressalvadas as protegidas por sigilo.
b) guardar sigilo sobre assunto da repartio de que teve cincia em razo do cargo, mesmo que referido assunto envolva irregularidades.
c) representar contra omisso, e tal representao ser apreciada pela autorida-de contra a qual formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
d) cumprir as ordens superiores, ainda que manifestamente ilegais.e) atender com presteza expedio de certides para o atendimento do interes-
se pblico, exceto para esclarecimento de situao de interesse pessoal.
COMENTRIO
Alternativa b. Errada. O servidor deve manter sigilo sobre os assuntos da repartio, nos termos do inciso VIII do art. 116 da Lei n 8.112/90. Contudo, se, em razo do cargo que ocupa, tiver cincia de irregularidades, elas devem ser levadas ao conhecimento da autoridade superior, como determina o inciso VI do mesmo dispositivo.
Alternativa c. Errada. Este dever est elencado no inciso XII do art. 116 da Lei n 8.112/90 e, de acordo com o pargrafo nico do mesmo dispositivo, a omisso dever ser enca-minhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ampla defesa ao representado.
Alternativa d. Errada. De acordo com o que dispe o art. 116, IV, da Lei n 8.112/90, as ordens manifestamente ilegais no devem ser cumpridas.
Alternativa e. Errada. O art. 116, V, b, da Lei n 8.112/90 prev o dever do servidor pblico de atender com presteza a expedio de certido requerida para a defesa de direito ou esclarecimento de situao de interesse pessoal.
5.2 Questes de concursos
01. (Cespe - Analista Judicirio rea Judiciria TRE-MS/2013) No que se refere s vedaes e penalidades previstas para o servidor pblico federal, assinale a opo correta.
a) O servidor pblico federal no pode manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil, sob pena de sofrer pena de advertncia.
b) O servidor penalizado com suspenso pode optar por converter a pena em mul-ta, na base de 50% do salrio por dia de vencimento ou remunerao e, assim, continuar trabalhando.
c) A pena mxima prevista para o servidor que proceder de forma desidiosa a suspenso por cento e vinte dias.
d) vedado ao servidor pblico federal exercer o comrcio, inclusive na qualidade de acionista ou cotista.
e) A pena disciplinar para a acumulao ilegal de cargos pblicos a de suspen-so.
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02. (FCC Tcnico Judicirio rea Administrativa - TRF 2/ 2012) Em decorrncia das responsabilidades do servidor pbli co, as sanes
a) civis, penais e administrativas podero cumular-se, sendo independentes entre si.
b) civis e administrativas, por serem independentes entre si, no podero cumu-lar-se.
c) administrativas e penais, por serem dependentes entre si, podero cumular-se em qualquer situao.
d) administrativas, civis e penais no podero cumular- se, eis que so dependen-tes.
e) de qualquer natureza, por serem dependentes umas das outras, e havendo identidade de provas, podem ser cumulativas.
03. (FCC Tcnico Judicirio rea Administrativa - TRF 2/ 2012) Joaquim, servidor pblico federal, injustificadamente recu sou-se a ser submetido inspeo m-dica determinada pela autoridade competente. Nesse caso, ser punido com
a) suspenso por prazo a ser fixado por seu superior mediato, desde que no seja superior a 45 (quarenta e cinco) dias, podendo ser substituda por multa.
b) censura, cessando os seus efeitos depois de rea lizada a referida inspeo.c) suspenso de at 30 (trinta) dias, devendo ser con vertida em multa correspon-
dente metade do prazo da penalidade.d) advertncia aplicada por seu superior imediato, de vendo ser anotada no pron-
turio do servidor.e) suspenso de 15 (quinze) dias, cessando os efeitos da penalidade uma vez cum-
prida a determinao.
04. (FCC - Tcnico Judicirio Administrativa TRT 11/2012) Manoel, servidor pblico federal, foi punido com a penali dade de suspenso por sessenta dias. Nos ter-mos da Lei no 8.112/1990, aps o decurso de determinado perodo de efetivo exerccio, Manoel ter a sano cancelada de seus registros, desde que, nesse perodo, no tenha praticado nova infrao disciplinar. O lapso temporal a que se refere o enunciado de
a) 2 anos.b) 4 anos.c) 3 anos.d) 5 anos.e) 1 ano.
05. (FCC - Analista Judicirio rea Administrativa - TRF 2/2012) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exerccio irregular de suas atribuies, sendo a res ponsabilidade
a) civil, penal e administrativa autnomas, e a absol vio em uma dessas reas no exclui a respon sabilidade em qualquer outra.
b) civil e administrativa afastadas, dependendo da am plitude da absolvio crimi-nal decorrente de insufi cincia de provas.