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CAPÍTULO 2

TEMPO DE SERVIÇO

2.1. DISPOSIÇÕES GERAIS – ARTIGOS 67 A 72 DO

REGULAMENTO

Todas as informações sobre o exercício do servidor do Estado devem ser registradas no seu assentamento individual, que correspon-de a um cadastro com dados funcionais junto aos órgãos de pessoal. Tanto o início quanto alguma interrupção e, também, o reinício do exercício devem ser registrados, conforme o artigo 67 do Regulamen-to. O assentamento individual será aberto quando o funcionário, ao entrar em exercício, apresentar os elementos necessários à sua abertu-ra aos órgãos competentes.

A atualização do assentamento individual pelo servidor é algo tão relevante para o serviço público que existe até mesmo um dever ligado a ele, previsto no artigo 39, XI do Estatuto, idem no artigo 285, XI do Regulamento. Esses artigos preveem que é dever do servidor “providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua declaração de família”.

Assim, cabe ao servidor apresentar os dados para abrir o assen-tamento individual e, depois, passa a ter o dever de fornecer as atu-alizações referentes aos seus familiares: casamento, nascimento de um filho etc. Mas quanto ao exercício do servidor e suas alterações, incumbe ao titular da unidade administrativa, em que este estiver ser-vindo, comunicar aos órgãos de pessoal.

Já foi visto que o exercício marca a investidura do funcionário nos cargos efetivos (item 1.4). Após a publicação do ato de provimen-to, seja ele de nomeação, reintegração, aproveitamento ou até mesmo designação para exercer função gratificada, o servidor tem prazo de 30 (trinta) dias para entrar em exercício (Regulamento, artigo 68). Caso haja motivo relevante, o prazo para a investidura – no caso, o exercício – poderá ser prorrogado ou revalidado, a requerimento do interessado, em 60 (sessenta dias), contados do término do prazo ini-cial de 30 (trinta) dias, a critério da Administração (Regulamento, art.

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14, §1º). Portanto, o prazo total pode ser estendido até a 90 (noventa) dias, contados da publicação do ato de provimento.

Se a investidura não se der nos prazos acima citados, o ato de provimento será tornado sem efeito (Regulamento, art. 14,§2º).

O servidor terá exercício na unidade administrativa para a qual for designado. Segundo o Regulamento, haverá lotação única de fun-cionários em cada Secretaria de Estado ou órgão diretamente subor-dinado ao chefe do Poder Executivo.

Em seguida, o Regulamento (art. 72, §1º) define lotação como sendo:

(...) o número de funcionários de cada série de classes ou de classes singulares, inclusive de ocupantes de funções de confiança, que, segundo as necessidades, devam ter exercício em cada órgão de Governo referido neste artigo.

Logo, lotação é o número total de servidores, inclusive ocupantes de funções, que exerçam suas atividades em um dito órgão.

O servidor nomeado vai integrar lotação na qual houver claro, valendo o mesmo critério para as demais formas de provimento. O vocábulo claro não tem o mesmo sentido de cargo vago. Haver um claro significa que a lotação naquele setor não está completa. Para saber mais sobre cargo vago, vide item 1.5.

2.2. AFASTAMENTOS DO FUNCIONÁRIO – ARTIGOS 73

A 79 DO REGULAMENTO

O Regulamento, entre os artigos 73 e 79, ocupa-se em abordar as diversas hipóteses de afastamento do funcionário do exercício do seu cargo. A primeira disposição diz respeito ao servidor que vá exercer função de confiança em outro órgão estadual. Nesse caso, o ônus de arcar com os seus vencimentos fica por conta do órgão requisitante, ou seja, aquele no qual o funcionário exercerá a função de confiança.

Os artigos 74 e 75 enumeram as diversas situações em que o

funcionário deve ser afastado de seu cargo. Nos incisos do primeiro artigo, são relacionadas situações que dizem respeito a desempenho

de mandato eletivo e o período de campanha eleitoral:

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Tempo de serviço

O servidor ficará afastado do exercício do seu cargo (art. 74):

I – enquanto durar o mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

II – enquanto durar o mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito; III – enquanto durar o mandato de Vereador, se não existir compatibilidade

de horário entre o seu exercício e o da função pública; IV – durante o lapso de tempo que mediar entre o registro da candidatura

eleitoral e o dia seguinte ao da eleição.

Já o artigo 75 determina o afastamento do servidor quando réu

em processo criminal, até decisão transitada em julgado, nos seguin-tes casos:

– Enquanto preso preventivamente;– Se pronunciado;63

– Se denunciado por crime funcional (ligado ao exercício do cargo);– Quando condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja

pronúncia;– Condenado por sentença definitiva à pena que não determine demissão;64

– Se suspenso disciplinar65 ou preventivamente66, ou preso administrativamente.

63646566A prisão administrativa não é mais aceita pelo ordenamento jurídico brasileiro, por conta do artigo 5º, LXI da CF/88, o qual afir-ma que:

Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.

63 A sentença de pronúncia, no rito do tribunal do júri, é uma decisão que não põe fim ao processo. Ela apenas decide que existem indícios suficientes de um crime doloso contra a vida e que o acusado pode ser culpado. Por se tratar de um crime doloso contra a vida, o processo será julgado pelo tribunal do júri e não por um juiz singular.

64 Nem toda condenação – mesmo definitiva – implica perda do cargo por demissão. Tanto é assim que o Regulamento prevê no artigo 145 (vide item 3.4) como fica a remuneração do servidor preso preventivamente e, também, após condenação definitiva. Acerca das penas cuja condenação acarreta perda do cargo, função pública ou mandato eletivo, veja artigo 92 do Código Penal Brasileiro.

65 Acerca da suspensão disciplinar (após condenação em processo disciplinar), vide item 7.5.3.

66 Sobre suspensão preventiva (medida acautelatória), vide item 8.1.

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É inadmissível hoje que uma autoridade administrativa decrete a prisão de um servidor civil, como ainda resta previsto no artigo 307 do Regulamento. O entendimento predominante é que a prisão ad-ministrativa não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988 (vide item 2.4 – Jurisprudência).

2.2.1. Afastamentos considerados como efetivo exercício – Arti-

go 11 do Estatuto e artigo 79 do Regulamento

São bastante cobrados em provas de concursos públicos estadu-ais os casos de afastamento do servidor que contam como se estivesse em efetivo exercício. Nessas hipóteses, o servidor não tem prejuízo com relação à contagem de tempo e, em geral, não sofre perda de re-muneração. Há situações em que ele será remunerado pela atividade que desempenhar durante o afastamento: exercício de outro cargo ou função e mandato eletivo.

A disposição sobre o tema encontra-se no artigo 11 do Estatuto e no artigo 79 do Regulamento. Comparando-se os dois artigos, nota--se de imediato que o Estatuto relaciona 14 (quatorze) incisos, en-quanto o Regulamento enumera 23 (vinte e três). Ora, qual listagem deve ser levada em consideração? O entendimento é que o artigo 79 do Regulamento, que tem incisos mais detalhados, deve ser observado nesse caso.67

79 – Será considerado como de efetivo exercício o afastamento por motivo de: I – férias; II – casamento e luto até 8 (oito) dias; 67

III – exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de provi-mento em comissão ou em substituição no serviço público do Estado do Rio de Janeiro, inclusive respectivas autarquias, empresas públicas e sociedades econômicas mista, ou serviço prestado à Presidência da República em virtude de requisição oficial; IV – exercício de outro cargo ou função de governo ou direção, de provimento em comissão ou em substituição, no serviço público da União, de outros Es-tados e dos Municípios, inclusive respectivas autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista, quando o afastamento houver sido autorizado pelo Governador, sem prejuízo do vencimento, do funcionário;

67 São modalidades de concessão e não de licença, vide Capítulo 6.

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Tempo de serviço

V – estágio experimental;68

VI – licença-prêmio; VII – licença para repouso à gestante; VIII – licença para tratamento de saúde; IX – licença por motivo de doença em pessoa da família, desde que não exceda o prazo de 12 (doze) meses;69

X – acidente em serviço ou doença profissional; XI – doença de notificação compulsória; XII – missão oficial;XIII – estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, desde que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses;XIV – prestação de prova ou de exame em concurso público70; (NR Decreto nº 39.593, de 24/07/2006)XV – recolhimento à prisão, se absolvido afinal; XVI – suspensão preventiva, se inocentado afinal; XVII – convocação para serviço militar ou encargo da segurança nacional, júri e outros serviços obrigatórios por lei; XVIII – trânsito para ter exercício em nova sede;71

XIX – as faltas do servidor por motivo de doença, inclusive em pessoa da fa-mília, até o máximo de 3 (três) dias durante o mês, serão abonadas72 mediante a apresentação de atestado ou laudo médico expedido pelo órgão médico ofi-cial competente do Estado ou por outros aos quais ele transferir ou delegar atribuições, admitindo-se, na hipótese de inexistência de órgão médico oficial do Estado na localidade, ou delegar atribuições, admitindo-se, na hipótese de inexistência de órgão médico oficial do Estado na localidade, atestado expedi-do por órgão médico de outra entidade pública, dentre estes os Hospitais do lASERJ, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. (NR Decreto nº 39.593, de 24/07/2006)XX – candidatura a cargo eletivo, conforme o disposto nos incisos IV e V, do artigo 74; XXI – mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

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68 Sobre o estágio experimental, vide o item 1.2.1.

69 O prazo máximo dessa modalidade de licença é de 24 meses. No entanto, após 12 meses, o servidor deixa de estar em efetivo exercício e sofre redução em sua remuneração, passando a receber 2/3 dos vencimentos (Regulamento, art. 119).

70 Vide item 2.4 – Jurisprudência.

71 Caso de remoção. Prazo de cinco dias (Regulamento, art. 70), prorrogável por igual período a pedido do servidor, vide item 1.7.

72 Sobre falta abonada, vide item 2.3.1.

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XXII – mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito; XXIII – mandato de Vereador, nos termos do disposto no inciso III, do artigo 74. Parágrafo único – O afastamento para o exterior, exceto em gozo de férias ou licenças, dependerá de prévia autorização do Governador.73

73Há ainda um tipo de afastamento não incluído na lista acima, que é contado como efetivo exercício. Trata-se do período em que o

servidor deixou de comparecer ao serviço enquanto aguardava ho-

mologação de laudo para obter licença-médica (Regulamento, art. 99, §4º), quando o atestado ou laudo não for homologado. Essa hipótese é mais detalhada no item 3.3.1, que aborda as disposições gerais so-bre licenças.

2.3. FREQUÊNCIA E HORÁRIO – ARTIGOS 83 A 86 DO

REGULAMENTO

A frequência do servidor é apurada por meio do ponto, que é o registro pelo qual se verificam as entradas e saídas do funcionário, diariamente. O tempo de serviço é contado em dias, não considerado o exercício de função gratuita. A cada 365 (trezentos e sessenta e cin-co) dias, computa-se um ano.

O Governador do Estado pode dispensar de registro de ponto funcionários que participarem de congressos, seminários ou quais-quer formas de reunião de profissionais, técnicos, especialistas, reli-giosos e desportistas. Também cabe ao Governador, quando não dis-criminado em lei, o número de horas diárias de trabalho dos órgãos e unidades administrativas do Estado.

O Regulamento também prevê que é competência do Governa-dor decretar o “ponto facultativo” nos dias úteis, situação em que poderão deixar de funcionar os serviços públicos ou ser suspensos os seus trabalhos, no todo ou em parte.

Os dias de efetivo exercício são computados por meio de docu-

mentação que comprove a frequência, admitindo-se, conforme incisos do artigo 78 do Regulamento.

73 Idêntica redação do artigo 12 do Estatuto.

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Tempo de serviço

Comprovam a frequência

I – certidão de tempo de serviço, extraída de fo-lha de pagamento;

II – certidão de frequência, extraída de cartão de ponto;

III – justificação judicial

Os documentos acima citados são exigidos na ordem direta de sua enumeração, somente sendo admitido o posterior mediante a apresentação de certidão negativa referente ao documento anterior.

2.3.1. Abono e justificação de faltas

O Regulamento (artigo 84) veda que se dispense o servidor do re-gistro de ponto, bem como se abonem suas faltas, salvo nos casos ex-pressamente previstos em lei ou regulamento. A dispensa do registro

de ponto (vide item 2.3) cabe apenas ao Governador do Estado. Já o abono e a justificação de faltas são da competência do chefe imediato

do servidor (Regulamento, artigo 84, §3º).

Porém, o chefe imediato deve se ater à lei ao abonar ou justificar as faltas de seus subordinados. No artigo 79, XIX do Regulamento (item 2.2.1), há a previsão de que podem ser abonados até 3 (três) dias por mês, por motivo de doença do servidor ou pessoa de sua família, mediante a apresentação atestado ou laudo médico.

Cabe frisar que existe uma diferença importante entre falta abo-nada e falta justificada. A primeira (abonada) é considerada para todos os efeitos como presença ao serviço, enquanto que a última (justificada) ocorre excepcionalmente e com o intuito apenas de evitar

efeitos disciplinares. Então, a falta justificada tem efeitos funcionais desagradáveis para o servidor, pois este deixa de receber o vencimen-to e vantagens do dia (Regulamento, artigo 145, III) e não gozará a licença-prêmio referente ao quinquênio em que ocorra a falta (Regu-lamento, art. 129, §1º, “2”).

Pior ainda é a falta que não seja abonada nem justificada, cha-mada de falta injustificada. Esta gera desconto nos vencimentos do servidor, impede o gozo da licença-prêmio e, também, gera processo

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administrativo disciplinar, por ser violação a uma das proibições74,além de ser descumprimento do dever75 de assiduidade.

FALTAS – ART. 84 REG.

ModalidadeÉ efetivo exercício?

Gera PAD?Tem

desconto $?Prejudica

licença-prêmio?

Abonada sim não não não

Justificada não não sim sim

Injustificada não sim sim sim

2.4. JURISPRUDÊNCIA

Inadmissibilidade da prisão administrativa

Súmula 280 do STJ.

Falência. Prisão civil. Prisão administrativa do art. 35 do Dec.-lei 7.661/45. Revogação. CF/88, art. 5º, LXI e LXVII.

“O art. 35 do Dec.-lei 7.661, de 1945, que estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos LXI e LXVII do art. 5° da CF/88.”

Efetivo exercício – Afastamento para prestar prova ou exame de concurso

público

Agravo regimental em face da decisão concessiva de liminar que autorizou o afastamento da impetrante do exercício dos cargos de inspetor de segurança e administração penitenciária e agente de segurança penitenciária, sem pre-juízo de suas remunerações mensais, durante a participação dos mesmos no curso de formação do concurso público para provimento de cargos de ins-petor de polícia civil. Certame da policia civil composto por 02 (duas) fases distintas de caráter eliminatório e classificatório, sendo a segunda fase cor-respondente ao curso de formação profissional, com apuração de frequência, aproveitamento e conceito. Referido curso de formação possui, em tese, a

mesma natureza de qualquer outra prova ou exame de concurso público, o

que desafia a aplicação da regra do artigo 11, inciso X, do Decreto-Lei nº

220/75, que estabelece como efetivo exercício o afastamento do serviço por

74 Vide item 7.2 sobre as proibições.

75 Vide item 7.3 acerca dos deveres.

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Tempo de serviço

motivo de prestação de prova ou exame em concurso público. Ausência de dupla remuneração, pois durante o curso de formação profissional o candi-dato perceberá bolsa-auxílio em valor correspondente a 80% (oitenta por cento) do valor do vencimento da classe inicial do cargo, sem incidência de descontos previdenciários e, não configura relação empregatícia ou vín-culo estatutário, conforme se depreende do edital. A aludida bolsa sequer tem natureza de remuneração. O referido afastamento deve ser remunerado, uma vez que o estatuto dos servidores civis do estado do rio de janeiro elen-ca, de forma taxativa, as hipóteses em que o servidor deixará de perceber, ainda que parcialmente, sua remuneração, como dispõe os artigos 20 e 21 do Decreto 220/75, dentre as quais não se enquadra a hipótese em análise. Recurso de agravo regimental desprovido. (TJRJ – processo nº 0011670-45.2014.8.19.0000 – MANDADO DE SEGURANÇA – 1ª Ementa – DES. GUARACI DE CAMPOS VIANNA – JULGAMENTO: 24/06/2014 – DÉCI-MA NONA CÂMARA CÍVEL)

2.5. SÍNTESE DO CAPÍTULO

Todas as ocorrências funcionais: início, interrupção, reinício, são registradas no assentamento individual do servidor, que é um cadastro no qual são arquiva-das todas as informações relativas tanto ao exercício quanto aos familiares do servidor.

As informações iniciais serão fornecidas pelo próprio servidor, ao qual cabe também manter o assentamento sempre ordem com relação à declaração de família.

Já os dados sobre o início e alterações no exercício serão fornecidos pelo titular da unidade ao órgão de pessoal.

Há casos em que a lei prevê que o servidor deve se afastar do seu exercício.

O art. 74 do Regulamento trata dos afastamentos decorrentes de exercício de mandado eletivo ou no período da candidatura:

Art. 74 – O funcionário será afastado do exercício de seu cargo:

▶ enquanto durar o mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

▶ enquanto durar o mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito;

▶ enquanto durar o mandato de Vereador, se não existir compatibilidade de horário entre o seu exercício e o da função pública;

▶ durante o lapso de tempo que mediar entre o registro da candidatura eleitoral e o dia seguinte ao da eleição.

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O artigo seguinte do Regulamento (art. 75) enumera os casos de afastamen-

to do servidor quando este for réu em processo criminal, até o trânsito em julgado da decisão:

▶ Enquanto preso preventivamente;

▶ Se pronunciado;

▶ Se denunciado por crime funcional (ligado ao exercício do cargo);

▶ Quando condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia;

▶ Condenado por sentença definitiva à pena que não determine demissão;

▶ Se suspenso disciplinar ou preventivamente, ou preso administrativa -mente; T

Tema recorrente em concursos estaduais é o dos afastamentos do servidor que são considerados como efetivo exercício. As hipóteses estão enumeradas no art. 79 do Regulamento:

▶ I – férias;

▶ II – casamento e luto até 8 (oito) dias;

▶ III – exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de provimento em comissão ou em substituição no serviço público do Es-tado do Rio de Janeiro, inclusive respectivas autarquias, empresas pú-blicas e sociedades econômicas mista, ou serviço prestado à Presidência da República em virtude de requisição oficial;

▶ IV – exercício de outro cargo ou função de governo ou direção, de pro-vimento em comissão ou em substituição, no serviço público da União, de outros Estados e dos Municípios, inclusive respectivas autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista, quando o afastamen-to houver sido autorizado pelo Governador, sem prejuízo do vencimen-to, do funcionário;

▶ V – estágio experimental;

▶ VI – licença-prêmio;

▶ VII – licença para repouso à gestante;

▶ VIII – licença para tratamento de saúde;

▶ IX – licença por motivo de doença em pessoa da família, desde que não exceda o prazo de 12 (doze) meses;

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▶ X – acidente em serviço ou doença profissional;

▶ XI – doença de notificação compulsória;

▶ XII – missão oficial;

▶ XIII – estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, desde que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses;

▶ XIV – prestação de prova ou de exame em concurso público; (NR De-creto nº 39.593, de 24/07/2006)

▶ XV – recolhimento à prisão, se absolvido afinal;

▶ XVI – suspensão preventiva, se inocentado afinal;

▶ XVII – convocação para serviço militar ou encargo da segurança nacio-nal, júri e outros serviços obrigatórios por lei;

▶ XVIII – trânsito para ter exercício em nova sede;

▶ XIX – as faltas do servidor por motivo de doença, inclusive em pessoa da família, até o máximo de 3 (três) dias durante o mês, serão abo-nadas mediante a apresentação de atestado ou laudo médico expedi-do pelo órgão médico oficial competente do Estado ou por outros aos quais ele transferir ou delegar atribuições, admitindo-se, na hipótese de inexistência de órgão médico oficial do Estado na localidade, ou delegar atribuições, admitindo-se, na hipótese de inexistência de órgão médico oficial do Estado na localidade, atestado expedido por órgão médico de outra entidade pública, dentre estes os Hospitais do lASERJ, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. (NR Decreto nº 39.593, de 24/07/2006)

▶ XX – candidatura a cargo eletivo, conforme o disposto nos incisos IV e V, do artigo 74;

▶ XXI – mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

▶ XXII – mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito;

▶ XXIII – mandato de Vereador, nos termos do disposto no inciso III, do artigo 74.

A frequência do servidor será apurada por meio do ponto, que é o registro pelo qual se verificarão as entradas e as saídas do servidor. O Regulamento veda a dispensa da assinatura do livro-ponto, bem como o abono de faltas fora dos casos previstos em lei ou regulamento.

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Quanto às faltas, elas podem ser:

▶ Abonadas: consideradas para todos os efeitos como efetivo exercício;

▶ Justificadas: a justificação serve apenas para afastar efeitos disciplinares. O servidor sofrerá perda do vencimento e vantagens do dia em que fal-tou, além de impossibilitar o gozo de licença-prêmio relativa ao período.

▶ Injustificadas: geram ao servidor a perda do vencimento e vantagens do dia faltado, além de gerar abertura de processo disciplinar para apu-rar sua responsabilidade. Ainda causarão a impossibilidade de gozo de licença-prêmio no quinquênio correspondente.

2.6. QUESTÕES COMENTADAS

1. (NCE-UFRJ – Técnico Judiciário Juramentado – TJRJ/2001) Na apuração do

tempo de serviço, algumas causas de afastamento são computadas como efetivo

exercício. A causa de afastamento a seguir que NÃO é computada como tempo

de serviço é:

a) férias;

b) faltas por motivo de doença em pessoa da família, até o máximo de três durante o mês, e outros casos de força maior;

c) estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, no interesse da Administração, desde que não ultrapasse 24 meses;

d) licença por motivo de doença em pessoa da família, desde que não exceda o prazo de 12 meses;

e) exercício de mandato de vice-prefeito.

COMENTÁRIOS:

Nota do autor: Questão que trata dos casos de afastamento do servidor que são considerados como efetivo exercício. Observe-se que o enunciado pede a alter-nativa incorreta.

Resposta da questão: letra “c”. O estudo no exterior ou em qualquer parte do país, no interesse da Administração, é considerado como efetivo exercício somente até o limite de 12 meses (Regulamento, art. 79, XIII). Todas as demais formas são afastamentos computados como efetivo exercício, estando previstos no Regulamento em seu art. 79, respectivamente nos incisos: I, XIX, IX e XXII. Dispensa comentários às demais alternativas.

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Tempo de serviço

2. (FCC – Analista Judiciário – TJ-RJ/2012) Considere:

I. Afastamento por dez dias em razão de luto.

II. Estudo no exterior em qualquer parte do território nacional desde que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 meses.

III. Prestação de prova ou exame em concurso público.

IV. Recolhimento à prisão, se absolvido afinal.

De acordo com o Decreto-Lei no 220/75, considerar-se-á em efetivo exercício o

funcionário afastado pelos motivos indicados APENAS em

a) I, III e IV.

b) III e IV.

c) II, III e IV.

d) I e II.

e) II e IV.

COMENTÁRIOS:

Nota do autor: A questão menciona expressamente o Estatuto. Todavia, as situações de afastamento contadas como efetivo exercício estão previstas nos incisos do artigo 11 do Estatuto, bem como nos incisos do artigo 79 do Regulamento (este é mais completo).

Alternativa correta: letra “c”. Corretas as assertivas II, III e IV, conforme co-mentário a seguir.

Item “I”: Errado. O afastamento por luto considerado como efetivo exercício é limitado a até oito dias, conforme artigo 11, II do Estatuto.

Item “II”: Certo. Hipótese prevista no inciso IX do artigo 11 do Estatuto.

Item “III”: Certo. O afastamento para prestar prova ou exame em concurso público é considerado efetivo exercício (Estatuto, art. 11, X). Nessa assertiva estava a ‘armadilha’ preparada pela banca, pois o referido inciso do artigo 11 teve sua re-dação mudada pela Lei Complementar Estadual RJ nº 110/2005. Caso o candidato estivesse estudando com material desatualizado, certamente teria considerado incor-reta a presente proposição.

Item “IV”: Certo. O período em que o servidor ficou recolhido à prisão, se absolvido afinal, é considerado como efetivo exercício (Estatuto, art. 11, XI).

3. Marque a opção que não contenha um tipo de afastamento contado como

efetivo exercício:

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a) para cumprir mandato eletivo

b) licença para tratamento de saúde

c) licença para acompanhar pessoa doente na família, por prazo não excedente a 24 meses

d) casamento e luto até 8 dias

e) missão oficial

COMENTÁRIO:

Nota do autor: Do mesmo estilo da questão anterior, a presente também pede ao candidato que assinale a alternativa que não contenha forma de afastamento computada como efetivo exercício.

Resposta da questão: letra “c”. A licença para acompanhar pessoa doente na família só é computada como efetivo exercício até o limite de 12 meses, de acordo com o Regulamento, art. 79, IX. Sem previsão no Estatuto.

Alternativa “a”: É efetivo exercício: art. 79, XXI e XXII do Regulamento.

Alternativa “b”: É efetivo exercício: art. 79, VIII do Regulamento.

Alternativa “d”: É efetivo exercício: art. 79, II do Regulamento.

Alternativa “e”: É efetivo exercício: art. 79, XII do Regulamento.

4. Será afastado obrigatoriamente do exercício do cargo o funcionário, exceto:

a) preso preventivamente

b) suspenso preventivamente

c) denunciado por crime funcional

d) enquanto durar o mandato de vereador

e) enquanto durar o mandato de prefeito ou vice-prefeito

COMENTÁRIO:

Nota do autor: O enunciado pede que o candidato assinale qual das alternati-vas não contenha uma hipótese que obrigue o servidor a se afastar do cargo.

Resposta da questão: letra “d”. No curso do mandato de vereador, o servidor não ficará obrigatoriamente afastado, já que – havendo compatibilidade de horários – ele poderá acumular a atividade de vereador com o exercício do cargo efetivo que ocupe (Regulamento, art. 74, III).

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Tempo de serviço

Alternativa “a”: Deve ficar afastado do exercício, por força do art. 75, caputdo Regulamento.

Alternativa “b”: Deve permanecer afastado do cargo, de acordo com o art. 75, §2º do Regulamento.

Alternativa “c”: Deve ficar afastado, com base no art. 75, caput do Regulamento.

Alternativa “e”: Deve ficar afastado, por força do art. 74, II do Regulamento.

5. Sobre faltas e registro de ponto, conforme o Decreto 2479, assinale a alterna-

tiva incorreta:

a) Abono e justificação de faltas são da competência do chefe imediato do funcionário.

b) Falta justificada é considerada, para todos os efeitos, presença ao serviço.

c) O Decreto 2479 prevê que somente o Governador pode dispensar funcionários do registro de ponto.

d) O funcionário pode ter, no máximo, 3 dias de falta abonada durante o mês.

e) O funcionário que faltar ao trabalho terá descontados vencimento e vantagens do dia, além de impedir o gozo da licença-prêmio relativa ao período.

COMENTÁRIO:

Nota do autor: O tema é o registro do ponto e as faltas, conforme a legislação estadual. O enunciado pede que seja assinalada a alternativa incorreta.

Resposta da questão: letra “b”. A falta abonada é considerada como efetivo exercício, não a justificada, que apenas afasta os efeitos disciplinares da ausência (Regulamento, art. 84, §1º).

Alternativa “a”: Regulamento, art. 84, §3º. Cabe ao chefe imediato abonar ou justificar as faltas de seus subordinados.

Alternativa “c”: Regulamento, artigos 85 e 86 preveem a competência do Governador.

Alternativa “d”: Regulamento, art. 79, XIX estabelece limite de 3 faltas abo-nadas por mês.

Alternativa “e”: Regulamento, artigos 145, III (desconto do vencimento); e 129,§1º, “2” (não concessão da licença-prêmio).

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6. (CEPERJ – Assistente Previdenciário – Rioprevidência/2014) Adilson, servi-

dor público, requer abono para suas faltas ocorridas para acompanhamento de

pessoa da família no mês C. Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos do

Estado do Rio de Janeiro, o abono nesse caso poderá ocorrer, durante o mês em

questão, até o máximo de:

a) dois dias

b) três dias

c) quatro dias

d) cinco dias

e) seis dias

COMENTÁRIO:

Nota do autor: Questão de baixo nível de dificuldade, tratando do limite men-sal de faltas a serem abonadas pelo chefe imediato.

Alternativa correta: letra “b”. Conforme artigo 79, XIX do Regulamento, o limite para abono de faltas é de três dias. Responde às demais alternativas.

7. (CEPERJ – Analista Executivo – SEPLAG-RJ – 2013) Caio, servidor efetivo, é

autorizado a realizar curso no exterior pelo período de doze meses. Nos termos

do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do

Rio de Janeiro, esse período é considerado como:

a) suspensão do cargo ocupado

b) exoneração provisória

c) tratamento para interesse particular

d) vacância temporária

e) efetivo serviço

COMENTÁRIO:

Nota do autor:

Alternativa correta: letra “e”: A previsão legal está no art. 79, XIII do Regula-mento: o afastamento para realização de curso no exterior (ou no território nacio-nal), desde que no interesse da Administração, por prazo não superior a 12 meses, é considerado efetivo exercício. Responde às demais alternativas.

8. (Cespe – Técnico Judiciário – TJ-RJ/2008) Com relação às disposições do Es-

tatuto dos Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro, assinale a opção correta.

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Tempo de serviço

a) A avaliação psicológica é etapa obrigatória de todo concurso público para provimento de cargo público.

b) Cargo comissionado só poderá ser provido por servidor ocupante de cargo efetivo.

c) Considera-se em efetivo exercício o servidor afastado por motivo de recolhimento à prisão, se for absolvido ao final do processo.

d) Somente o governador poderá autorizar licença de servidor para a realização de curso no exterior.

e) A quitação das obrigações militares não é condição necessária para a inscrição em concurso público, mas é para o exercício do cargo.

COMENTÁRIO:

Nota do autor: Questão de maior nível de dificuldade, por abordar temas variados.

Alternativa correta: letra “c”. O tempo de recolhimento à prisão, se o servidor for absolvido ao final, é considerado como de efetivo exercício (Estatuto, art. 11, XI e Regulamento, art. 79, XV).

Alternativa “a”: Errada. As etapas do concurso público no âmbito do Estado do Rio de Janeiro estão previstas no artigo 2º, §1º do Estatuto. A avaliação psicoló-gica não está incluída entre elas.

Alternativa “b”: Errada. O Estatuto prevê a possibilidade de que pessoas “es-tranhas ao serviço público” ocupem cargos comissionados (Estatuto, art. 10, §3º). Da mesma forma, a Constituição Federal, no artigo 37, V (segunda parte) dispõe que os cargos em comissão podem ser ocupados por pessoas que não sejam servidores efetivos.

Alternativa “d”: Errada, pois não há previsão legal de licença para que o servi-dor realize curso no exterior.

Alternativa “e”: Errada. As condições exigíveis para inscrição em concurso público no Estado do Rio de Janeiro estão elencadas no artigo 2º, §10, itens 1 a 3, sendo que o item 3 é a previsão de quitação das obrigações militares. Logo, estar quite com as obrigações militares é sim condição para inscrição em concurso público.

2.7. LEGISLAÇÃO PERTINENTE

Estatuto – Decreto-Lei nº 220/1975

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Art. 11 – Considerar-se-á em efetivo exercício76 o funcionário afastado por motivo de:

I – férias; II – casamento e luto, até 8 (oito) dias; III – desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública

federal, estadual ou municipal; IV – o estágio experimental; V – licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença

profissional;VI – licença para tratamento de saúde; VII – doença de notificação compulsória; VIII – missão oficial; IX – estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que

de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses; X – prestação de prova ou exame em concurso público; (LC 110/2005) XI – recolhimento à prisão, se absolvido afinal; XII – suspensão preventiva, se inocentado afinal; XIII – convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por

lei; e XIV – trânsito para ter exercício em nova sede. § 1º – As faltas do servidor por motivo de doença, inclusive em pessoa da

família, até o máximo de 03 (três) dias durante o mês, serão abonadas mediante a apresentação de atestado ou laudo médico expedido pelo órgão médico oficial competente do Estado ou por outros aos quais ele transferir ou delegar atribuições. (LC 110/2005)

§ 2º – Admitir-se-á, na hipótese de inexistência de órgão médico oficial do Estado na localidade, atestado expedido por órgão médico de outra entidade pública, dentre estes os Hospitais do IASERJ, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. (LC 110/2005)

Art. 12 – O afastamento para o exterior, exceto em gozo de férias ou licença,

dependerá, salvo delegação de competência, de prévia autorização do Governa-

dor do Estado.

Art. 13 – O afastamento do funcionário de sua unidade administrativa dar-se-á somente para desempenho de cargo ou função de confiança e com ônus para a unidade requisitante.

Art. 14 – O cargo ou função de confiança poderá ser exercido, eventualmente, em substituição, hipótese em que a investidura independerá da posse.

§ 1º – Ressalvada a hipótese prevista em regulamento, a substituição será gratuita, salvo quando o afastamento exceder de 30 (trinta) dias.

§ 2º – A substituição não poderá recair em possa estranha ao serviço público.

76 Vale a listagem do artigo 79 do Regulamento.

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Tempo de serviço

Art. 15 – Dar-se-á a vacância do cargo ou função na data do fato ou da pu-blicação do ato que implique desinvestidura.

Parágrafo único – Na vacância do cargo ou função, e até o seu provimento, poderá ser designado, pela autoridade imediatamente superior, responsável pelo expediente, aplicando-se à hipótese o disposto no Art. 14.

Art. 16 – A exoneração ou dispensa, ocorrerá: I – a pedido; e II – ex-officio. Parágrafo único – Aplicar-se-á a exoneração ou dispensa ex-officio: 1) no caso de exercício de cargo ou função de confiança; 2) no caso de abandono de cargo, quando extinta a punibilidade por prescri-

ção e o funcionário não houver requerido a exoneração; e 3) na hipótese prevista no Art. 5º, § 4º. Art. 17 – Declarar-se-á a perda do cargo: I – nas hipóteses previstas na legislação penal; e II – nos demais casos especificados em lei.

Regulamento – Decreto nº 2479/1979

TÍTULO IV – DO TEMPO DE SERVIÇOCapítulo I – Disposições GeraisArt. 67 – O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no

assentamento individual do funcionário. § 1º – Ao entrar em exercício o funcionário apresentará ao órgão competente

os elementos necessários à abertura de seu assentamento individual. § 2º – O início do exercício e as alterações que nele ocorrerem serão comuni-

cados ao órgão setorial de pessoal, pelo titular da unidade administrativa em que estiver servindo o funcionário.

Art. 68 – O funcionário entrará em exercício no prazo de 30 (trinta) dias contados da data:

I – da publicação do ato de nomeação em cargo efetivo; II – da publicação do ato de reintegração, de transferência ou de

aproveitamento;III – da publicação do ato de provimento em função gratificada. Art. 69 – A transferência, a promoção e a readaptação por motivo de saúde

não interrompem o exercício, que é contado na nova classe a partir da validade do ato.

Art. 70 – O funcionário removido para outra unidade administrativa terá

prazo de 5 (cinco) dias, contados da data da publicação do respectivo ato, para

reiniciar suas atividades.

§ 1º – Quando em férias, licenciado ou afastado legalmente de seu cargo, esse prazo será contado a partir do término do impedimento.

§ 2º – O prazo a que se refere este artigo será considerado como período de trânsito, computável como de efetivo exercício para todos os efeitos.

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§ 3º – O prazo referido no caput deste artigo poderá ser prorrogado, no máximo por igual período, por solicitação do interessado a juízo da autoridade competente para dar-lhe exercício.

Art. 71 – O funcionário terá exercício na unidade administrativa para a qual for designado.

Art. 72 – Haverá lotação única de funcionários em cada Secretaria de Estado ou órgão diretamente subordinado ao chefe do Pode Executivo.

§ 1º – Entende-se por lotação o número de funcionários de cada série de classes ou de classes singulares, inclusive de ocupantes de funções de confiança, que, segundo as necessidades, devam ter exercício em cada órgão de Governo referido neste artigo.

§ 2º – O funcionário nomeado integrará lotação na qual houver claro, observando-se igual critério quanto às demais formas de provimento.

Art. 73 – O afastamento do funcionário de sua unidade de administrativa, quando para o desempenho de função de confiança no Estado, dar-se-á somente com ônus para a unidade requisitante.

Art. 74 – O funcionário será afastado do exercício de seu cargo:

I – enquanto durar o mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

II – enquanto durar o mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito;

III – enquanto durar o mandato de Vereador, se não existir compatibilidade

de horário entre o seu exercício e o da função pública;

IV – durante o lapso de tempo que mediar entre o registro da candidatura

eleitoral e o dia seguinte ao da eleição.

Art. 75 – Preso preventivamente, pronunciado, denunciado por crime funcio-

nal ou condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronún-

cia, o funcionário será afastado do exercício do cargo, até decisão transitada em

julgado.

§ 1º – Será, ainda, afastado o funcionário condenado por sentença definitiva à pena que não determine demissão.

§ 2º – O funcionário suspenso disciplinar ou preventivamente, ou preso administrativamente, será afastado do exercício do cargo.

Capitulo II – Da ApuraçãoArt. 76 – A apuração do tempo de serviço será feita em dias, não considerado,

para qualquer efeito, o exercício de função gratuita. § 1º – O número de dias será convertido em anos, considerado o ano como de

365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. § 2º – Feita a conversão, os dias restantes até 182 (cento e oitenta e dois) não

serão computados, arredondando-se para um ano quando exceder esse número, nos casos, de cálculo para aposentadoria.

Art. 77 – Os dias de efetivo exercício serão computados à vista de documen-tação própria que comprove a frequência.

Art. 78 – Admitir-se-á como documentação própria comprobatória do tempo de serviço público:

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Tempo de serviço

I – certidão de tempo de serviço, extraída de folha de pagamento; II – certidão de frequência, extraída de cartão de ponto; III – justificação judicial. § 1º – Os elementos probantes indicados nos incisos acima exigíveis na

ordem direta de sua enumeração, somente sendo admitido o posterior quando acompanhado de certidão negativa, fornecida pelo órgão competente para a expedição do elemento a que se refere o anterior.

§ 2º – Sobre tempo de serviço comprovado mediante justificação judicial, será prévia e obrigatoriamente ouvida a Procuradoria Geral do Estado.

§ 3º – Quando se tratar de tempo de serviço prestado ao Estado, as certidões a que se referem os I e II do caput deste artigo serão fornecidas ex-ofício pelo próprio órgão competente para processar a aposentadoria, quando não forem apresentadas pelo requerente. (acrescido Dec. 5.350/1982).

Art. 79 – Será considerado como de efetivo exercício o afastamento por mo-

tivo de:

I – férias;

II – casamento e luto até 8 (oito) dias;

III – exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de pro-vimento em comissão ou em substituição no serviço público do Estado do Rio de Janeiro, inclusive respectivas autarquias, empresas públicas e sociedades eco-nômicas mista, ou serviço prestado à Presidência da República em virtude de requisição oficial;

IV – exercício de outro cargo ou função de governo ou direção, de provi-mento em comissão ou em substituição, no serviço público da União, de outros Estados e dos Municípios, inclusive respectivas autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista, quando o afastamento houver sido autorizado pelo Governador, sem prejuízo do vencimento, do funcionário;

V – estágio experimental 77;VI – licença-prêmio; VII – licença para repouso à gestante; VIII – licença para tratamento de saúde; IX – licença por motivo de doença em pessoa da família, desde que não exce-

da o prazo de 12 (doze) meses;

X – acidente em serviço ou doença profissional;

XI – doença de notificação compulsória;

XII – missão oficial;

XIII – estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional, desde

que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze)

meses;

77 Instituto revogado. Ver item 1.2.1.

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XIV – prestação de prova ou de exame em curso regular ou em concurso

público78;

XV – recolhimento à prisão, se absolvido afinal;

XVI – suspensão preventiva, se inocentado afinal;

XVII – convocação para serviço militar ou encargo da segurança nacional,

júri e outros serviços obrigatórios por lei;

XVIII – trânsito para ter exercício em nova sede;

XIX – as faltas do servidor por motivo de doença, inclusive em pessoa da

família, até o máximo de 3 (três) dias durante o mês, serão abonadas mediante

a apresentação de atestado ou laudo médico expedido pelo órgão médico oficial

competente do Estado ou por outros aos quais ele transferir ou delegar atribui-

ções, admitindo-se, na hipótese de inexistência de órgão médico oficial do Estado

na localidade, ou delegar atribuições, admitindo-se, na hipótese de inexistência

de órgão médico oficial do Estado na localidade, atestado expedido por órgão

médico de outra entidade pública, dentre estes os Hospitais do lASERJ, da Polícia

Militar e do Corpo de Bombeiros.79

XX – candidatura a cargo eletivo, conforme o disposto nos incisos IV e V, do

artigo 74;

XXI – mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

XXII – mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito;

XXIII – mandato de Vereador, nos termos do disposto no inciso III, do artigo

74.

Parágrafo único – O afastamento para o exterior, exceto em gozo de férias ou

licenças, dependerá de prévia autorização do Governador.

(...)Capítulo III – Da Frequência e do HorárioArt. 83 – A frequência será apurada por meio de ponto. § 1º – Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, as entradas e

saídas do funcionário. § 2º – Nos registros do ponto deverão ser lançados todos os elementos

necessários à apuração da frequência. Art. 84 – É vedado dispensar o funcionário do registro do ponto bem como

abonar faltas ao serviço, salvo nos casos expressamente previstos em lei ou

regulamento.

§ 1º – A falta abonada é considerada, para todos os efeitos presença ao serviço. § 2º – Excepcionalmente e apenas para elidir efeitos disciplinares, poderá ser

justificada falta ao serviço. § 3º – O abono e a justificação de faltas ao serviço serão da competência do

chefe imediato do funcionário.

78 Nova redação da pelo Decreto nº 39.593, de 24/07/2006, harmonizando com o disposto no art. 11, X do Estatuto.

79 Nova redação dada pelo Decreto nº 39.593, de 24/07/2006.

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Tempo de serviço

Art. 85 – O Governador, mediante expediente submetido à sua apreciação pelo Secretário de Estado de Administração, e quando assim considerar de in-teresse público, poderá dispensar do registro de ponto funcionários que, com-provadamente, participarem de Congressos, Seminários, Jornadas ou quaisquer outras formas de reunião de profissionais, técnicos, especialistas, religiosos ou desportistas.

Art. 86 – O Governador determinará, quando não discriminado em lei ou regulamento, o número de horas diárias de trabalho dos órgãos e unidades admi-nistrativas do Estado e das várias categorias profissionais.

§ 1º – O funcionário deverá permanecer em serviço durante as horas de trabalho ordinário e as do extraordinário, quando convocado.

§ 2º – Nos dias úteis, somente por determinação do governador, poderão deixar de funcionar os serviços públicos ou ser suspensos os seus trabalhos, no todo ou em parte.

2.8. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO TEXTO LEGAL

1. Art. 79 (Regulamento) – Será considerado como de efetivo exercício o afas-tamento por motivo de: (enumere cinco itens)

I – ;II – ;

III – ;IV – ;V – .

2. Art. 68 (Regulamento) – O funcionário entrará em exercício no prazo de contados da data:

I – da em cargo efetivo; II – da publicação do ato de ;III – da publicação do ato de .3. Art. 84, caput (Regulamento) – É vedado dispensar o funcionário do regis-

tro do bem como ao serviço, salvo nos casos expres-samente previstos em lei ou regulamento.

4. Art. 84, § 1º (Regulamento) – A é considerada, para todos os efeitos presença ao serviço.

5. Art. 84, § 2º (Regulamento) – Excepcionalmente e apenas para elidir efeitos disciplinares, poderá ser ao serviço.

6. Art. 84, § 3º (Regulamento) – O abono e a justificação de faltas ao serviço serão da competência do do funcionário.

Respostas:

1. I – férias;

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II – casamento e luto até 8 (oito) dias;III – licença-prêmio; IV – licença para repouso à gestante; V – licença para tratamento de saúde;2. trinta (30) dias; I – publicação do ato de nomeação; II – reintegração, de transferência ou de aproveitamento; III – provimento em função gratificada;3. ponto; abonar faltas4. falta abonada; 5. justificada falta;6. chefe imediato

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