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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) Coordenação do Curso Técnico de Eletrotécnica e Automação Industrial Disciplina: Prática de Laboratório de Instalações Elétricas Prediais Prof. Colimar Marcos Vieira 2007 Instalações Elétricas Prediais Página 1

145056-Apostila Instalações Elétricas

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Prof. Colimar

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Minas Gerais(CEFET-MG)

Coordenao do Curso Tcnico de Eletrotcnicae Automao IndustrialDisciplina:

Prtica de Laboratrio de Instalaes EltricasPrediaisProf. Colimar Marcos Vieira2007NDICE 61 Aula prtica: Simbologia das Instalaes eltricas prediais

262 Aula prtica: Diagramas Multifilar

323 Aula prtica: Instalaes de interruptores paralelos

354 Aula prtica: Instalaes de lmpadas fluorescentes

385 Aula prtica: Diagramas Unifilares

516 Aula prtica: Tipos de Emendas, fios e cabos

527 Aula prtica: Instalao Embutida

548 Aula prtica: Instalao Embutida

569 Aula prtica: Instalao de Minuteria e Sensor de presena

5910 Aula prtica: Instalao de Rel de Impulso

6111 Aula prtica: Instalao de Rel Foto-eltrico

6912 Aula prtica: Instalao de Circuitos de Comunicao

7113 Aula prtica: Instalao de Circuito de Interfone

7314 Aula prtica: Instalao de Circuito Moto-Bomba

7615 Aula prtica: Elaborao de Projeto Eltrico

9916 Aula prtica: Motores de Induo

10417 Aula prtica: Placa de Identificao

12418 Aula prtica: Chaves Manuais

13019 Aula prtica: Causas dos defeitos nos motores

13120 Aula prtica: Manuteno dos Motores

137Bibliografia

OBJETIVOS GERAISAo final da disciplina o aluno ser capaz de:

Identificar materiais e ferramentas utilizados erm instalaes eltricas; Interpretar diagramas eltricos de instaes eltricas;

Elaborar diagramas eltricos de instalaes eltricas;

Interpretar planta baixa, escalas, traado e leitura;

Interpretar simbologia dos diagramas multifilar e unifilar;

Executar montagens em paineis e alvenarias;

Identificar e analisar falhas em instalaes eltricas; Elaborar projetos de instalaes prdiais de baixa tenses;

Executar projetos de instalaes prdiais de baixa tenses; Identificar partes constituintes dos motores eltricos;

Conhecer detalhes construtivos dos motores eltricos;

Identificar e analisar falhas em motores eltricos;

Executar conexes dos bobinados dos motores eltricos;

Interpretar dados de placa dos motores eltricos;

Realisar ensaios em motores eltricos;

Elaborar plano de manuteno para os motores eltricos

CONTEDO PROGRAMTICOUnidade 1 Instalaes Eltricas Prediais I Simbologia das instalaes eltricas prediais,sistemas de energia, materiais utilizados nas instalaes, proteo e segurana. Diagramas multifilar, instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptores: 1 seo, 2 sees, 3 sees. Instalao de tomadas de 2 e 3 polos. Instalao de pulsador e campainha.

Instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptores paralelo ( three way ). Instalao de interruptores intermedirios ( four-way). Instalao de lmpadas fluorescentes em paineis e em luminrias.

Diagramas Unifilares ( simbologia ), plantas baixa, escalas, noes de leitura e traado. Diviso de circuitos.Sondagem de eletrodutos. Manuseio e identificao de ferramentas, tipos emendas e derivaes em fios, cabos e conectores.

Instalao embutida de : lmpadas incandescentes, fluorescentes, interruptores de 1,2 e 3 sees, tomadas, pulsador e campainha. Instalao de lmpadas incandescentes, comandadas por interruptores paralelos e intermedirios.

Instalao de lmpadas comandadas por minuteria e sensor de presena.

Instalao de rel foto-eltrico, para controle de circuitos residenciais e industriais com lmpadas de descarga.

Instalao de circuitos de comunicao,chamadas e segurana.

Instalao de circuitos de interfone, porteiro eletrnico: prdial e residencial.

Instalao de circuitos de moto-bomba e chaves-bias.

Elaborao de um projeto especificando: nmero de lmpadas,nmero de tomadas TUGS,TUES, levantamento de carga, diviso de circuitos, fiao(bitola) dos condutores, quadro de carga, fornecimento de energia, proteo (disjuntores).Unidade 2 - Instalaes Prediais II Identificao das partes constituintes e caractersticas construtivas dos motores de induo(assncronos): monofsicos (1) e trifsicos (3), princpio de funcionamento. Placa de identificao, interpretao dos dados de placa dos motores: monofsicos e trifsicos. Testes para validao do bobinamento dos motores: continuidade,resistncia das bobinas,isolao,corrente, rotao

Conexes , ligaes , medio de corrente , tenso,rotao. Reverso dos motores monofsicos e trifsicos. Chaves Manuais

Estudo de causa dos defeitos nos motores.

Ensaios nos motores de 6 (seis) terminais, identificao dos terminais(mtodo do golpe indutivo) corrente contnua (cc).

Manuteno dos motores: preventiva e corretiva.

Organizao tcnica.1 Aula prtica: Simbologia das Instalaes eltricas prediaisAssunto: Simbologia das instalaes eltricas prediais,sistemas de energia, materiais utilizados nas instalaes, proteo e segurana.

Introduo sobre Eletricidade:

A importncia da eletricidade em nossas vidas inquestionvel. Ela ilumina nossos lares, movimenta nossos eletrodomsticos, permite o funcionamento dos aparelhos eletrnicos e aquece o nosso banho. Por outro lado a eletricidade traz consigo, quando mal empregada alguns perigos como os choques eltricos,s vezes fatais, e os curtos circuitos, causadores de tantos e tantos incndios.

A descarga eltrica no corpo humano, ou choque eltrico, a circulao da corrente eltrica atravs do corpo; dolorosa, desagradvel, indesejada e pode at ser fatal.

A melhor forma de convivermos em harmonia com a eletricidade conhec-la, tirando-lhe o maior proveito, desfrutando de todo o seu conforto com a mxima segurana.

Atente sempre para os seguintes aspectos

1 - Jamais trabalhe com a chave da bancada ligada (energizada).

2 - Jamais trabalhe com os fios ou cabos conectados aos bornes de alimentao mesmo com a chave desligada.

3 - Jamais ligue a chave que energiza a bancada ou o Box didtico sem a vistoria e a conseqente autorizao do professor.

4 - Mantenha sempre a bancada e seu local de trabalho organizado e limpo.

TIPO DE FORNECIMENTO E TENSONas reas de concesso da CEMIG, se a potncia ativa total for:

at 13000 W

fornecimento monofsico-feito a dois fios: uma Fase e um neutro tenso de l 27 Vacima de 13100 W at 20000 Wfornecimento bifsico- feito a trs fios:duas fases e um neutro -tenses de l 27 V e 220 Vacima de 20100 W at 75000 Wfornecimento trifsico- feito a quatro fios:trs fases e um neutro -tenses de l 27 V e 220 VIDENTIFICAO DOS MATERIAIS DAS INSTALAES

ELTRICAS

A - INTERRUPTORES

Interruptor simples ou de uma seo;

Comandar uma lmpada ou um conjunto de lmpadas ao mesmo tempo de um s ponto de comando.

Interruptor duplo ou de duas sees;

So dois interruptores simples em uma nica pea com comandos independentes de um s ponto.

Interruptor triplo ou de trs sees ;

So trs interruptores simples em uma nica pea com comandos independentes de um s ponto.

Interruptor paralelo ou three way;

Utilizado para comandar uma lmpada ou um conjunto de lmpadas de 2 (dois) locais diferentes.

Interruptor intermedirio ou four way;

Utilizado para comandar uma lmpada ou um conjunto de lmpadas de 3 (trs) ou mais locais diferentes, so sempre usados com os interruptores paralelos.

Interruptor de campainha ou boto pulsador ;

Comandar o circuito de sinalizao sonora.

Interruptor tipo dimmer ou variador de luminosidade;

Dispositivo eletrnico serve para regular o brilho (luminosidade ) da lmpada.

Interruptor de minuteria ;

Utilizado para controlar a iluminao de escadas e corredores de edifcios, desligando as lmpadas automaticamente aps determinado tempo em minutos, evitando desperdico de energia.

B LMPADAS

Incandescentes;

Lmpadas comuns, com bulbo arredondado transforma energia eltrica em energia luminosa possuem filamento(tugstnio).

Fluorescentes;

Produz luz atravs da ionizao de gases (argnio e gotculas de mercrio).

Fluorescente;

Acessrios Starter (partida), funciona como um interruptor automtico. Reator, serve para proporcionar as duas tenses necessrias ao funcionamento da lmpada e proteger a lmpada.

Vapor de mercrio;

Alto rendimento de luz e longa durao, necessita de reator como elemento auxiliar.

Mista ;

Filamento de tugstnio e vapor de mercrio, iluminao de grandes ambientes e de exteriores. Halognio (iodo);

Iluminao de campos esportivos, monumentos,praas e grandes reas.

Vapor de sdio ( baixa presso );

Mistura de gases inerte como o neon para o tubo de descarga usa-se um xido de alumnio, utilizada em locais sujeito a formao de nevoeiro,tneis etc.

Iodetos metlicos(sais de cido de halognio);

Metais sob a forma de iodetos como sdio,ndio ou tlio, utilizada em grandes reas.

C LUMINRIAS

Compem-se de difusor e/ou refletores de luz. Estes permitem um melhor aproveitamento da luz e evitam o ofuscamento que prejudicial viso. O tipo mais simples o plafonnier.

Plafonnier;

Aparelhos de iluminao, de fixao direta, na superfcie de montagem.Composto de globo de vidro ou cristal, fosco ou leitoso, em modelos simples ou fantasia e de base ou aro matlico, que serve para sustentar e fixar o globo.

Fluorescente;

um aparelho de iluminao composto de calha, difusor, starter, receptculo lmpada fluorescente,reator e acessrios de fixao.

D TOMADAS

Dispositivo de ligao temporria de aparelhos de consumo, rede de energia eltrica.As tomadas comuns so usadas nas redes de fase e neutro (dois pinos).Agora muito utilizadas as tomadas de (trs pinos) fase, neutro e terra (proteo), so especificadas para tenses de 127V e 220V e para correntes de 6A , 10 A e 15 A para uso residencial.Nas indstrias so usadas tomadas tripolares, para as redes trifsicas, 30 A 440V.E FIO E CABOS

Rgido;

Consta de un nico condutor, coberto com uma capa de material isolante, usado em instalaes internas que no estejam sujeitas movimentao.

Cabos ;

Formados por um grupamento de diversos fios, que mantem contato direto entre si no havendo isolamento para os mesmos; em torno deste agrupamento existe uma capa de material isolante. O que caracteriza os cabos a sua flexibilidade, usado nas aplicaes em que o movimento seja constante.

Cabos multipolares;

So formados por um agrupamento de cabos simples, porem isolados entre si. Existem cabos mltiplos constando de 2,3,4 cabos simples.

Fio paralelo (cabo paralelo);

o conjunto de dois cabos isolados de pequena seo,colocados paralelamente. (usado em eletrodomsticos).F CAIXAS

Retangulares;

So empregadas para colocao de interruptores e tomadas. So normalmente de 2x4 (polegadas) e de 4cm de profundidade.

Quadradas ;

So empregadas para derivaes ou passagem de condutores eltricos. So normalmente de 4x4 (polegadas) e de .

4 cm de profundidade.

Ortogonais ;

So utilizadas nos tetos e paredes para fixao de aparelhos de iluminao. So normamente de : 3 x 3 e 4 cm de profundidade e 4 x 4 e 5 ou 9 cm de profundidade.G QUADROS

Anunciador ;

Este aparelho permite determinar os locais de onde originaram as chamadas, podendo estas chamadas serem visuaissonoras ou visuais-silenciosas.Utilizados em hotis, penses, hospitais,etc. Tipos : Eletromecnico ou Eletrnico.

Distribuio (QDF),(QDL),(QDC) ;

um equipamento eltrico composto de caixa com painel metlico, aloja os disjuntores dos circuitos parciais e circuito geral. Pode ser exposto ou embutido.Reuni os dispositivos de proteo e manobra indispensveis segurana da instalao.

H DISJUNTOR

Termomagntico;

So dispositivos que oferecem proteo aos condutores(fios) dos circuitos contra sobrecarga ou curto circuito, podendo operar tambm como interruptor numa eventual manuteno.So caracterizadospela tenso e corrente que eles podem suportar: Tenses ( 120 V , 240 V e 380 V ) , Correntes ( 10, 15 , 20 , 25 , 30 , 35 , 40 ,45 , 50 , 60 ,70 , 90 , 100 , 125 , 150 , 175 , 200 , 225 , 250 , 275 , 300 , 320 , 350 , 400 A).

Diferencial Residual;

um dispositivo constituido de um disjuntor termomagntico acoplado a um outro dispositivo diferencial residual,que protege as pessoas contra choques eltricos provocados por contatos diretos e indiretos.So fabricados para correntes nominais de 40 63 e 125 A, correntes nominais de fuga de 30 mA e tenses de operao de 220 e 380 V.

Interruptor diferencial residual ;

um dispositivo composto de um interruptor acoplado a um outro dispositivo(diferencial residual), liga e desliga, manualmente o circuito e protege as pessoas contra choques eltricos provocados por contatos diretos e indiretos.

I APARELHOS DE SINALIZAO SONORA

Cigarra;

Aparelho que serve para produzir sinais sonoros de chamada. Utilizado em redes de 127 V ou 220 V em CA.

Campainha eltrica ;

Aparelho sonoro composto de timpano,martelo,eletroim, etc.Serve para produzir sinais sonoros de chamada.Utilizado em CA e CC. Campainha Dim-Dom ;

Aparelho sonoro de chamada. CA.

J ELETRODUTOS

Eletrodutos :So tubos de metal ou plstico PVC , rgidos ou flexveis.So utilizados com a finalidade de conter e proteger os condutores eltricos contra umidade, cidos,gases ou choques mecnicos. Conduletes:Pea empregada em redes de eletroduto exposta podendo ser simples,duplo,triplo ou quadruplo.Fabricado em liga de alumnio fundido de alta resistncia ou plstico com identificao da bitola do eletroduto.K RECEPTCULO PARA Lmpadas incandescente : Base de baquelite ou porcelana,com rosca metlica e bornes para ligao dos condutores. Os receptculos so utilizados para rosquear e fixar as lmpadas,ponto de conexo entre o condutor e as lmpadas. Lmpadas fluorescentes:Cada lmpada precisa de dois recepetculos, que contem contatos nos quais so introduzidos os pinos da lmpada e os bornes para fixao dos condutores.Um dos receptculos conjugado com um suporte prprio para receber o starter.L FITA

Tira de plstico com uma das faces adesivas.Utilizada para isolar as emendas dos condutores, no s para evitar choque e curto circuito, como tambm para evitar a oxidao dos condutores nas emendas.Flexvel, malevel, impermevel, dieltrica com ruptura acima de 600 V.M CONECTORES ELTRICOS

Usado para garantir o maxmo contato eltrico possvel nas conexes e emendas. Fabricados em peas de plstico ou cermica contendo dois ou mais terminais de lato com parafusos para fixar os condutores.N CHAVE BIA

As chaves de bia so interruptores que ligam e desligam automaticamente o circuito da eletrobomba. Elas so acionadas diretamente pelo nvel da gua, tanto na caixa superior como na caixa inferior.

Chave bia de contatos slidos ;

So construidas para 250 V e 6 A e funcionam por ao de uma bia e so ligadas em srie. Chave bia de contatos lquidos ( contatos de mercrio ); construida em material plstico reforado, contendo em seu interior uma ampola de vidro com mercrio e contatos e um contra-peso de ferro. Chave bia eletrnica ( detetor de nvel );

Eletrodos so colocados dentro da caixa dgua que detectam o nvel mnimo, quando a gua baixar deste nvel interrompe-se o circuito.

DEFINIES:

Aterramento: a ligao de um equipamento ou de um sistema terra, tem por finalidade proteger as pessoas que utilizam os equipamentos eltricos de choques.

Condutor de proteo ( terra ) (PE): Conduror que liga as massas e os elementos condutores estranhos instalao entre si e/ou a um terminal de aterramento principal.Quando o condutor tem funes combinadas de proteo e neutro designado por (PEN).

CORES DOS CONDUTORES

Segundo a NBR 5410:Condutores fase ( qualquer cor ), Condutor neutro ( azul-claro ) , Condutor terra ( verde ou verde - amarelo ), no aterramento: Condutor PE ( verde ou verde amarelo ), Condutor PEN ( azul-claro ).

o TerraDentro de todos os aparelhos eltricos existem eltrons que querem"fugir" do interior dos condutores. Como o corpo humano capazde conduzir eletricidade, se umapessoa encostar nesses equipamentos,ela estar sujeita a levar um choque,que nada mais do que a sensaodesagradvel provocada pela passagemdos eltrons pelo corpo. preciso lembrar que correnteseltricas de apenas 0,05 amper jpodem provocar graves danos aoorganismo! Sendo assirn, comopodemos fazer para evitar oschoques eltricos?

O conceito bsico da proteo contra choques o de que os eltrons devem ser "desviados" da pessoa. Sabendo-se que um fio de cobre um milho de vezes melhor condutor do que o corpo humano, fica evidente que, se oferecermos aos eltrons dois caminhos para eles circularem, sendo um o corpo e o outro um fio, a enorme maioria deles ir circular pelo ltimo, minimizando os efeitos do choque na pessoa. Esse fio pelo qual iro circular os eltrons que "escapam" dos aparelhos chamado de fio terra.

Como a funo do fio terra "recolher" eltrons "fugitivos", nada tendo a ver com o funcionamento propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoas esquecem de sua importncia para a segurana. como em um automvel: possvel faz-lo funcionar e nos transportar at o local desejado, sem o uso do cinto de segurana. No entanto, sabido que os riscos relativos segurana em caso de acidente aumentam em muito sem o seu uso.

Como instalar o Fio TerraA figura 1 indica a maneira mais simples e correta de instalar o fio terra ern uma residncia e a figura 2 em um edifcio. Observe que a bitola do fio terra deve ser a mesma que a do fio fase. Pode-se utilizar um nico fio terra por eletroduto, interligando vrios aparelhos e tornadas. Por norma, a cor do fio terra obrigatoriamente verde/amarela ou somente verde.Os aparelhos e as tomadasNem todos os aparelhos eltricos precisam de fio terra. Isso ocorre quando eles so construfdos de tal forma que a quantidade de eltrons "fugitivos" esteja dentro de limites aceitveis. Nesses casos, para a sua ligao, preciso apenas levar at eles dois fios (fase e neutro ou fase e fase), que so ligados dretarnente, atravs de conectores apropriados ou por meio de tomadas de dois poios (figura 3). Por outro lado, h vrios aparelhos que vrn com o fio terra incorporado, seja fazendo parte do cabo de ligao do aparelho, seja separado dele. Nessa situao, preciso utilizar uma tomada com trs polos (fase-neutro-terra ou fase-fase-terra) compatvel com o tipo de plugue do aparelho, conforme a figura 4 ou uma tomada com dois polos, ligando o fio terra do aparelho diretamente ao fio terra da instalao (figura 5).

Fg. 3Como uma instalao deve estar preparada para receber qualquer tipo de aparelho eltrico, conclui-se que, conforme prescreve a norma brasileira de instalaes eltricas (NB3), todos os circuitos de tomadas de uso geral e tambm os que servem a aparelhos especficos (como chuveiros, ar condicionados, microondas, lava roupas, etc) devem possuir o fio terra.O uso dos Dispositivos DR

Desde dezembro de 1997, obrigatrio no Brasil, em todas as instalaes eltricas, o uso do chamado dispositivo DR (diferencial residual! nos circuitos eltricos que atendam aos seguintes locais: banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, reas de servio e reas externas.O dispositivo DR um interruptor automtico que desliga correntes eltricas de pequena intensidade (da ordem de centsimos de ampr l, que um disjuntor cornum no consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo humano. Dessa forma, um completo sistema de aterramento, que proteja as pessoas de uma forma eficaz, deve conter, alm do fio terra, o dispositivo DR.

DimensionamentoAssim como o dimetro de um cano funo da quantidade de gua que passa em seu interior, a bitola de um condutor depende da quantidade de eltrons que por ele circula (corrente eltrica). Alm disso, toda vez que circula corrente, o condutor se aquece, devido ao "atrito" dos eltrons em seu interior. No entanto, h um limite mximo de aquecimento suportado pelo fio ou cabo, acima do qual ele comea a se deteriorar. Nessas condies, os materiais isolantes se derretem, expondo o condutor de cobre, podendo provocar choques e causar incndios. Para evitar que os condutores se aqueam acima do permitido, devem ser instalados disjuntores ou fusveis nos quadros de luz. Esses dispositivos funcionam como uma espcie de "guarda-costas" dos cabos, desligando automaticamente a instalao sempre que a temperatura nos condutores comear a atingir valores perigosos. Dessa forma, o valor do disjuntor ou fusvel (que expresso sempre em amperes (A) deve ser compatvel com a bitola do fio, sendo que ambos dependem da corrente eltrica que circula na instalao. Como a corrente o resultado da potncia dividida pela tenso, a tabela 2 Indica a bitola do condutor e o valor do disjuntor em funo desses parmetros.

Tipo de circuitoTenso(volts)Potncia mxima(W)Bitola do fio(mm')Disjuntormximo(A)

iluminao1101.5001,515

tomadas1102.0002,520

tomadas2204.0002,520

chuveiros e torneiras eltncas2206.000635

ar condicionado2203.600425

Dicas Nunca aumente o valor do disjuntor ou do fusvel sem trocar afiao. Conforme visto, deve haver uma correspondncia entre eles. A menor bitola permitida por norma para circuitos de lmpadas de 1 ,5mm2 e para tomadas de 2,5rnm1. Devem ser previstos circuitos separados para iluminao e tomadas.

Nunca inutilize o fio terra dos aparelhos. Ao contrrio, instale umbom sistema de aterramento na sua

residncia. Nunca utilize o fio neutro (cor azul)corno fio terra. Mantenha o quadro de luz semprelimpo, ventilado e desempedido,longe de botijes de gs.

Evite a utilizao dos chamados "benjamins" ou "Ts", pois o uso indevido dos mesmos pode causar sobrecargas nas instalaes. Para resolver o problema, instale mais tomadas, respeitando o limite dos fios.2 Aula prtica: Diagramas MultifilarAssunto: Diagramas multifilar, instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptores: 1 seo, 2 sees, 3 sees. Instalao de tomadas de 2 e 3 polos. Instalao de pulsador e campainha.

Introduo:O diagrama mutifilar mostra todos os condutores do circuito eltrico e onde so ligados: condutor Fase (F), condutor Neutro (N), condutor Retorno (R), condutor Terra(T).a) Instalao de uma lmpada incandescente comandada por um interruptor simples.

b) Instalao de duas lmpadas incandescente comandadas por um interruptor simples.

c) Instalao de trs lmpadas incandescentes comandadas por um interruptor simples.

d) Instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptor duplo.

e) Instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptor duplo.

f) Instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptor triplo.

g) Instalao de pulsador de campainha e campainha.

h) Instalao de tomadas de 2 plos e 3 plos. COMANDO DE LMPADAS COM SISTEMA FASE / FASECOMANDO DE LMPADA COM INTERRUPTOR BIPOLAR SIMPLES

220 V

COMANDO DE LMPADA COM INTERRUPTOR BIPOLAR PARALELO220 V

3 Aula prtica: Instalaes de interruptores paralelosAssunto: Instalao de lmpadas incandescentes comandadas por interruptores paralelo ( three way ) e interruptores intermedirios ( four-way).

Introduo:

Os interruptores paralelos, comercialmente conhecidos por three-way, so utilizados onde se deseja comandar uma lmpada ou um conjunto de lmpadas de 2 (dois) locais diferentes.

Quando desejarmos, aumentar os locais de comando para as lmpadas, por exemplo: 3(trs), 4(quatro) ou mais locais utilizaremos os interruptores intermedirios, comercialmente conhecidos por four-way.a)Instalao de lmpadas incandescente comandadas de dois locais distintos,utilizando interruptores paralelos ( three way).

b) Instalao de lmpadas incandescente comandadas de trs locais distintos,utilizando interruptores paralelos (three-way) e interruptores intermedirios ( four way).

Tarefa:

Desenhar o diagrama de ligao para comandar 4 lmpadas de 4(quatro) locais diferentes e fazer a tabela de posies de funcionamento.4 Aula prtica: Instalaes de lmpadas fluorescentesAssunto: Instalao de lmpadas fluorescentes em paineis e em luminrias.

Introduo :

A lmpada fluorescente, como fonte de maior eficincia na produo de luz, tem sido largamente aperfeioada, tendo sua aplicao se estendido a todos os setores da atividade humana.

Atualmente, as lmpadas fluorescentes tomaram seu lugar na iluminao moderna, onde sua forma e suas caractersticas de irradiao oferecem reais vantagens.

As lmpadas fluorescentes so robustas e fabricadas em medidas normailizadas, o que permite sua fcil substituio.

Lmpadas de diferentes cores so tambm fabricadas com os mesmos comprimentos, o que permite mudana de cores e versatilidade de sua aplicao.

Em virtude da alta eficincia luminosa, as lmpadas fluorescentes, tanto brancas como coloridas, so a soluo mais econmica em se tratando de iluminao.

Existem, disponiveis no mercado, diversos tipos de lmpadas fluorescentes,como por exemplo:

Luz do dia

Branca fria

Branco luminoso Alvorada

Branco, etc.

As principais caracteristicas de uma lmpada fluorescente, dentre outras,so :

Boa reproduo de cores

Bom nvel de iluminamento

Vida til elevada, - de 7500 a 12000 horas

Disponibilidade em vrias potnciais: 20,30,40,65,85 ou 110W.A iluminao fluorescente aplicvel maioria dos ambientes, como por exemplo: salas de espera, recepes, laboratrios,reas de produo de fbricas, indstrias qumicas, salas de desenho, sales de beleza, grficas, salas de aula, oficinas, supermercados, lojas de confeces e tecidos, aqurios, etc.

Como as lmpadas fluorescentes se baseiam na descarga eltrica atravs de gases para a produo de energia luminosa, sua instalao requer acessrios como o starter e os reatores.

Tipos de instalaes disponveis para lmpadas fluorescentes:

Partida convencional

Partida rpida simples

Partida rpida dupla1- Instalao de lmpadas fluorescentes com sistema de partida convencionalEste sistema utiliza um reator de partida convencional para produzir uma sobreteo e limitar a corrente no circuito. Estes reatores, de funcionamento silencioso, possuem proteo total: contra corroso e umidade, tima dissipao trmica, mnimo de perdas e levado poder dieltrico, alm de proporcionar vida mais longa e potncia correta s lmpadas.

Na partida convencional necessria tambm a utilizao do starter, como dispositivo de partida.

Diagramas de ligao

5 Aula prtica: Diagramas UnifilaresAssunto: Diagramas Unifilares ( simbologia ), plantas baixa, escalas, noes de leitura e traado. Diviso de circuitos.Sondagem de eletrodutos.

Introduo :

Antes de se construir uma casa, necedssrio que se trace em um papel adequado o desenho mostrando o formato da construo, o nmero de comodos desejados, onde ficaro as portas, as janelas, garagens, jardins, etc.

Esse desenho, planejado geralmente por engenheiros e arquitetos, chama-se PLANTA. Como no possvel e nem confortvel realizarmos as diferentes atividades em um nico cmodo, devemos por isso, dividir a rea destinada para a residncia em diversas outras reas de modo que cada uma delas tenha uma funo definida tais como:

rea ntima,

rea social,

rea de servio Escala o nmero que indica a relao existente entre o desenho e o objeto representado. A escala utilizada na Engenharia e Arquitertura a de reduo:1:50 , 1:100 , 1:200, 1:1000

Exemplo: Representar em escala uma grandeza de 20 m; nas seguintes redues:

1:5 , 1:10 , 1:25 , 1:50, 1:100

Diagrama unifilar mostra os circuitos eltricos de maneira simplificada, atravs de simbologia exclusiva. utilizado nas plantas dos projetos residenciais ou industriais de qualquer porte.

6 Aula prtica: Tipos de Emendas, fios e cabosAssunto: Manuseio e identificao de ferramentas, tipos emendas e derivaes em fios , cabos e conectores. Introduo :

Sempre , que se fizer necessrio podemos emendar fios ou cabos das instales eltricas, porm, as emendas devero ficar sempre nas caixas de passagem, nunca dentro da tubulao embutida nas paredes ou pisos.

Caractersticas de uma boa emenda: No volumosa;

Firme, sem folgas;

Bem isolada.Tipos de emendas: Rabo de rato ou unio de 2(dois), 3(trs) ou 4(quatro) fios

Derivao

ContinuidadeFerramentas: Alicate de corte diagonal ( cortar fios )

Alicate de bico redondo ( fazer olhal nas extremidade dos fios ou cabos )

Alicate bico chato (dobrar,desdobrar, fazer ngulos retos em fios)

Alicate universal ( puxar,fazer fora fsica )

Canivete ou faca ( desencapar fios )

Chave de fenda ( apertar e desapertar parafusos de fenda )7 Aula prtica: Instalao EmbutidaAssunto: Instalao embutida de : lmpadas incandescentes, fluorescentes, interruptores de 1,2 e 3 sees, tomadas, pulsador e campainha.

Introduo :

Os eletrodutos podem estar embutidos: no teto , na parede ou/e no piso; utilizaremos a sonda para acharmos as conexes dos eletrodutos com as caixas de passagens.

8 Aula prtica: Instalao EmbutidaAssunto: Instalao de lmpadas incandescentes, comandadas por interruptores paralelos e intermedirios.Introduo :

9 Aula prtica: Instalao de Minuteria e Sensor de presenaAssunto: Instalao de lmpadas comandadas por minuteria eletrnica e sensor de presena.

Introduo :Minuteria so dispositivos que controlam o desligamento de circuitos de iluminao aps um determinado intervalo de tempo.O nome minuteria provm do fato da regulagem do tempo em que a luz fica acesa ser feita em nmeros de minutos.

As minuterias so de amplo emprego em edifcios residenciais,principalmente aps as 22 horas, quando o movimento dos moradores do prdio decresce, no justifcando, assim ficarem toda a noite, muitas lmpadas acesas.O acendimento das lmpadas deve ser feito no momento em que chegue uma pessoa, apagando automaticamente minutos depois,proporcionando com isto, maior economia para o condomnio.

O acionamento da minuteria para acendimento das lmpadas feito atrves de botes pulsadores, que podem estar colcados no hall de entrada, escadas ou prximo s portas dos elevadores do prdio.

10 Aula prtica: Instalao de Rel de ImpulsoAssunto: Instalao de Rel de Impulso, para controle de circuitos residenciais e industriais de iluminao.

Introduo :O Ri um rel que muda de estado (fechado aberto; aberto fechado), aos ser aplicada tenso nos bornes da bobina.No necessrio nem conveniente que esta tenso seja aplicada de forma permanente, j que um sistema de reteno mecnica mantm o Ri em sua posio (ligado ou desligado),at que lhe seja aplicado um novo impulso de tenso.

Nas caixas da parede, onde antes se colocavam os interruptores paralelos e interruptores intermedirios, agora se instalam pulsadores (botes), podendo-se ter tantos pontos de comando quantos se queiram.

Funcionamento

Ao se acionar pela primeira vez qualquer um dos pulsadores, fecha-se o circuito (acendem-se as luzes) e ao se acionar novamente qualquer um dos pulsadores, ou o mesmo, abrese o circuito (apagam-se as luzes). Assim pode-se ligar e desligar uma lmpada ou motor eltrico desde 2,3 ou 100 lugares diferentes, com um notvel ganho na fiao eltrica.

Embora a bobina do Ri esteja ligada apenas por um curto espao de tempo tenso, ela est concebida de tal forma que no destruda, mesmo em caso de avaria.

1-Bobina

2-ncora

3-Controle do mecanismo de alavanca

4-Mecanismo de alavanca

5- Excntrico

6-Contato mvel

7-Mola de retorno

8-Contato fixo

Dados caractersticos de um rel de impulso da Siemens

Tenso Nominal: 110 e 220V ~

Corrente Nominal: 16 A

Frequncia Nominal: 60 Hz

Tenso de Comando: 110 e 220 V ~

Frequncia de Comando: 60 Hz

Vida Mdia: 75.000 manobras, no caso de lmpadas fluorescentes no compensadas.

40.000 manobras, no caso de lmpadas fluorescentes compensadas (mximo 250 F.)

30.000 manobras, no caso de lmpadas incandescentes.

Execuo: aberta (IP00)

Construo e caractersticas conforme Normas:VDES 0632/4.79

Bornes: os bornes de ligao da bobina admitem sees de fios de 05 mm at 1,5mm. Os bornes de ligao do interruptor comportam ligaes de 1,5mm at 2,5 mm

Fixao: pela base: modelo N: por trilho; modelo UP: por parafuso

11 Aula prtica: Instalao de Rel Foto-eltricoAssunto: Instalao de rel foto-eltrico, para controle de circuitos residenciais e industriais com lmpadas de descarga.

Introduo :Diagramas de ligao Rel Fotoeltrico

Rel de 220 V , carga 127 V , rede 220 V

Rel de 127 V e carga de 220 V

Rel de 220V, carga de 220 V, rede de 380/220 V

FONTES LUMINOSAS ELTRICAS

CLASSIFICAO E CARACTERSTICAS

Conceituao:Com o desenvolvimento de novas tecnologias chegou-se hoje a uma variedade notvel de lmpadas para as mais diferentes aplicaes. Entretanto, as fontes luminosas eltricas podem ser classificadas dentro de duas grandes categorias:

1. Irradiao por efeito trmico (lmpadas incandescentes)

2. Descarga em gases e vapores (lmpadas fluorescentes, vapor de mercrio, sdio, etc.).

Ao se projetar uma iluminao e na escolha da lmpada a ser utilizada, preciso levar em conta, dentre outras, as seguintes caractersticas:

Potncia nominal: condiciona o fluxo luminoso e o dimensionamento da instalao quanto proteo, condutores, etc.

Eficincia luminosa; decaimento do fluxo luminoso; vida til e custo da lmpada: destes fatores depende a economia da instalao.

Rendimento cromtico: condiciona maior ou menor reproduo das cores quando comparadas luz natural.

Temperatura de cor: medida em graus Kelvin (K), condiciona a tonalidade da luz. Uma lmpada proporciona uma luz quente ou fria, quando prevalecem radiaes de cor avermelhada ou azuladas, respectivamente.

Exemplos Relativos s Fontes Luminosas Naturais:

Lua......................................................................................................... 4100K

Sol ao meio dia ..................................................................................... 5300K a 5800K

Cu Claro, azul intenso .....................................................................10000K a 25000K LMPADAS INCANDESCENTES

constituda por um filamento de tungstnio, que levado incandescncia pela passagem de corrente eltrica. O filamento colocado no interior de uma ampola de vidro (bulbo). No interior do bulbo se produz o vcuo, ou ento se introduz um gs inerte (nitrognio, argnio, criptnio, etc.).

Em certos tipos de lmpadas incandescentes, alm dos gases, so introduzidas pequenas quantidades de um halognio (em geral o iodo). A presena do halognio provoca um processo que leva de volta ao filamento o tungstnio volatizado, impedindo que o bulbo enegrea durante a vida til da lmpada.

Emprego:

Iluminao geral e localizada de interiores. No caso de lmpadas normais de uso mais generalizado importante no superar 4 metros de altura para a instalao.

Vantagens:

Ligao instantnea sem necessidade de aparelhagem auxiliar, timo rendimento cromtico, fator de potncia unitrio, funcionamento em qualquer posio.

Desvantagens:

Baixo rendimento luminoso (mdia de 10 lumens/watt) e custos de funcionamento elevado, considervel produo de calor, relativo ofuscamento, durao mdia de 1000 horas.

LMPADAS A HALOGNIO (IODO)

Iluminao de campos esportivos, monumentos, praas e grandes reas.

Vantagens:

Comparadas com as lmpadas incandescentes normais, se caracterizam por um desgaste menor de sua luminosidade, maior eficincia luminosa (mdia de 22 lumens/watt), durao mdia de 2000 horas.

Desvantagens:

Bulbo de quartzo, elevada luminncia, perigo de desvitrificao do bulbo de quartzo quando tocado com as mos ou utenslios cidos ou gordurosos, posio de funcionamento limitada.

LMPADAS DE DESCARGA EM GASES

O grupo de fontes luminosas a descarga gasosa muito vasto. Inclui as lmpadas fluorescentes, as lmpadas a vapor de mercrio ou sdio, e os tubos usados nos anncios luminosos.

Os gases so normalmente isolantes, porm, transformam-se em condutores quando ionizado. A ionizao do gs obtida aplicando-se entre os terminais do tubo uma tenso superior a um valor crtico, chamada tenso de partida, que depende de natureza, temperatura e presso do gs, e ainda das dimenses do tubo de descarga.

As lmpadas de descarga em meios gasosos possuem resistncia interna negativa, significando que, contrariamente ao que acontece com os resistores convencionais, ao aumentar a corrente que atravessa a lmpada, menor o valor da tenso necessria para manter esta corrente. Por conseguinte, enquanto a tenso de alimentao se mantiver constante, a corrente tender a valores excessivos, de maneira a provocar um curto circuito interno. Da a necessidade de se adotar dispositivos especiais (alimentadores/reatores) para limitar a absoro de corrente, estabilizar a tenso necessria para um funcionamento normal e s vezes criar a sobre-tenso requerida na partida das lmpadas especiais.

LMPADAS FLUORESCENTES

Emprego:

Iluminao urbana e industrial em geral. Aconselha-se no adotar alturas de montagens superiores a 6 metros.

Vantagens:

Eficincia luminosa 4 a 6 vezes maior que as lmpadas incandescentes, custo de funcionamento econmico, economia de material com menos pontos de luz, baixo ofuscamento, timo rendimento cromtico, elevada vida til (mdia de 10000 horas), funcionamento em qualquer posio.

Desvantagens:

Emprego de reatores, grandes dimenses, maior custo de implantao.

LMPADAS A VAPOR DE MERCRIO

So formadas pro um pequeno tubo de quartzo que contm vapor de mercrio a alta presso e um gs inerte como o argnio, para facilitar a descarga.

O tubo de quartzo, tambm chamado tubo de descarga, fechado no interior de um bulbo de vidro para isol-lo do ambiente externo. O bulbo externo serve ainda para absorver as radiaes ultravioletas (prejudiciais para a vista) e tambm para melhorar a qualidade da luz emitida.

As lmpadas a vapor de mercrio podem ser de bulbo fluorescente, com refletor interno, luz mista e sais de acido halognio.

Emprego:

Iluminao de ruas, estradas, praas, jardins, monumentos, oficinas, etc. A altura de montagem aconselhada de 5 a 8 metros (at 250 W) e de 8 a 20 metros para potencias maiores.Vantagens:

Boa eficincia luminosa (mdia de 48 lumens/Watt), bom rendimento cromtico, baixo ofuscamento, dimenses pequenas, boa durao (mdia de 12000 horas), fluxo luminoso ao fim da vida til superior a 75%, nenhuma limitao para a posio de funcionamento, grande gama de potencias.

Desvantagens:

Necessria aparelhagem auxiliar para a partida, acendimento lento, 4 a 5 minutos para conseguir a emisso luminosa mxima, no caso de reacendimento, quando a lmpada ainda est quente, o tempo necessrio para o acendimento varia de 4 a 10 minutos, baixo fator de potncia.

LMPADAS DE LUZ MISTA

Proporciona uma luz mista, mercrio incandescente. Ao tubo de descarga normal acrescenta-se um filamento metlico, ligado em srie, que exerce a dupla funo de fornecer radiaes luminosas vermelhas (caracterstica das lmpadas incandescentes) e de servir como resistncia estabilizadora da corrente. Por este motivo no requer dispositivos auxiliares de partida.

Emprego:

Estradas rurais, fazendas, pequenos estacionamentos, quintais, oficinas, etc.

Vantagens:

No utilizam equipamento auxiliar, maior eficincia luminosa em relao s incandescentes (mdia de 22 lumens/Watt), podem utilizar as luminrias prprias para lmpadas incandescentes, substituio fcil das lmpadas incandescentes, longa vida til (mdia de 8000 horas), melhor reproduo de cor quando comparadas com as lmpadas a vapor de mercrio.

Desvantagens:

Posio de funcionamento varia com a potncia, tempo de acendimento e reacendimento lento (mdia de 5 minutos).

LMPADAS A IODETOS METLICOS SAIS DE CIDO DE HALOGNIO

Acrescentando-se ao mercrio alguns metais sob a forma de iodetos tais como o sdio, ndio ou tlio, pode-se obter uma lmpada de descarga com caractersticas fotomtricas melhores que as de vapor de mercrio.Emprego:

Iluminao geral de grandes galpes, usinas, etc.

Vantagens:

Elevado ndice de reproduo de cores, alta eficincia luminosa (mdia de 85 lumens/Watt), dimenses reduzidas.

Desvantagens:

Requerem aparelhagem especfica tais como o reator e ignitor, posio de funcionamento varia dependendo da forma de potencia da lmpada.

LMPADAS A VAPOR DE SDIO

A baixa pressoApresentam-se como um tubo cheio com uma mistura de gases inerte, como o neon, aos quais acrescentada certa quantidade de sdio. Por efeito da descarga o sdio se transforma em gs.

Para a construo do tubo de descarga, usa-se um xido de alumnio sintetizado que resiste a elevadas temperaturas e no afetado pelo sdio.

Emprego:

Locais sujeitos formao de nevoeiro, iluminao de desvios, curvas, cruzamentos de vias, galerias, tneis, passagens de nvel e em geral quando se quer sinalizar locais perigosos. So utilizadas tambm para iluminao de fundies e de aciaria, onde a percepo das formas mais importante do que as cores.

Altura de montagem de 8 a 15 metros.

Vantagens:

Elevadssima eficincia luminosa (mdia de 130 lumens/Watt), vida mdia de 7000 horas.

Desvantagens:

A luz emitida do tipo monocromtico (amarela) e as cores dos corpos iluminados resultam alteradas, reator especfico, 80% da emisso luminosa mxima so conseguidos apenas depois de 4 a 8 minutos aps o acendimento.

A alta pressoSo lmpadas nas quais a quantidade de sdio muito elevada. A luz emitida, chamada branco ouro ou luz dourada, permite razovel reproduo das cores.

Para a partida, recorre-se ao ignitor que, atravs de circuito eletrnico gera um pico de tenso da ordem de 3 KV e que aplicado aos eletrodos do tubo de descarga. Quando o acendimento do arco comea, o ignitor se desliga automaticamente.

Existem, porm, modernos tipos de lmpadas que no precisam do ignitor e que por isto podem ser alimentadas pelos mesmos reatores que so utilizados pelas lmpadas a vapor de mercrio. Assim possvel uma rpida substituio quando se pretende elevar o nvel da iluminao ou economizar energia.

Emprego:

Iluminao industrial, aeroportos, monumentos, estradas, avenidas, campos e quadras esportivas.

Para iluminao interna aconselham-se alturas de montagens de 6 a 10 metros para potencias at 215 WATTS e de 15 a 30 metros para potencias superiores.Vantagens:

Caractersticas fotomtricas melhores que as lmpadas a vapor de mercrio, quase o dobro de luz com 10% a menos de energia consumida quando comparadas s de vapor de mercrio, boa eficincia luminosa (mdia de 95 lumens/Watt), longa vida til (mdia de 12000 horas), boa reproduo de cores, funciona em qualquer posio.Desvantagens:

Custo mais elevado que o das lmpadas de vapor de mercrio de mesma potencia, alto grau de ofuscamento, tempo de acendimento e reacendimento mdio de 4 a 6 minutos.12 Aula prtica: Instalao de Circuitos de ComunicaoAssunto: Instalao de circuitos de comunicao,chamadas e segurana.

Introduo :

Em hospitais,escolas,grandes escritrios,fbricas,etc., usual oemprego de circuitos de sinalizao audiovisuais para receber e registrar as chamadas,comconsequente ganho de tempo e eficincia, caractersticas importantes nas situaes onde se requer, principalmente urgncia no atendimento.

Trataremos de dois sistemas de sinalizao:

a) Quadro anunciador eletromecnico

So dispositivos eletromecnicos, que permitem a localizao de onde foi feita a chamada, por meio de um visor numrico constitudo por uma chapa de ao com um nmero impresso. Cada um dos nmeros atraido por um eletroim que s fica energizado quando o boto que lhe corresponde for pressionado. Aps a abertura do circuito, o nmero permanece vista em virtude de seu prprio peso. A volta do nmero posio inicial, na qual no visvel, feita acionando-se uma alavanca ou puxando-se um cordo.

Neste quadro anunciador existe uma cigarra para chamar a ateno do observador, acionada somente no momento em que efetuada a chamada.

b) Quadro anunciador eletrnicoEste quadro um substituto eletrnico do anterior, contando tambm com alguns melhoramentos; O visor numrico composto por lmpadas numeradas, que se acendem correspondentemente a cada estao de chamada;

O sinal sonoro, obtido com um circuito eletrnico, permanece ligado at que o ltimo ponto de chamada seja atendido;

Todo o sistema funciona de modo a obrigar a enfermeira( caso de sua utilizao em um hospital ) a atender todos os chamados, visto que s da central da cabeceira do paciente possvel conceber a chamada;

O som intermitente que se ouve, para chamar a ateno, de tom agradvel e mais suave, ficando assim restrito sala de enfermagem uma vez que nos hospitais se recomenda silncio. 13 Aula prtica: Instalao de Circuito de InterfoneAssunto: Instalao de circuitos de interfone, porteiro eletrnico: prdial e residencial.

Introduo :

14 Aula prtica: Instalao de Circuito Moto-BombaAssunto: Instalao de circuitos de moto-bomba e chaves-bias. Introduo :As bombas hidrulicas quando instaladas em residncias ou em edifcios, tem por finalidade transferir a gua disponvel em uma cisterna ou reservatrio inferior para uma caixa dgua superior. Tendo em vista a comodidade, a economia e a proteo do motor eltrico, esta bomba hidrulica deve deixar de funcionar nas seguintes condies: Quando a caixa superior estiver cheia, ou Quando a caixa inferior estiver vazia.

Para que estas condies sejam atendidas automaticamente, faz-se necessrio, ento, o uso de dispositivos especiais capazes de acompanhar a variao do nvel de gua dos reservatrios inferior e superior. Estes dispositivos de controle, chamados CHAVE BIA INFERIOR e CHAVE BIA SUPERIOR respectivamente devem ser ligadas em srie de modo que o circuito eltrico de comando da bomba somente se complete quando o reservatrio superior estiver vazio e o inferior cheio.

CHAVE-BIA COM CONTATO METLICO SLIDOEste tipo de chave constitudo por uma haste a sobre a qual esto presos os limitadores de curso b.

A bia de plstico c quando pressionar o limitador inferior, empurra a haste para baixo e, quando pressionar o limitador superior, empurra a haste para cima.

Suponha-se que o nvel da gua desce at que a bia pressione o limitador inferior. A haste desloca-se para baixo e uma vez superado a ao de uma mola, os contatos eltricos d mudam de posio, permitindo assim ligar ou desligar o motor eltrico que aciona a bomba.

15 Aula prtica: Elaborao de Projeto EltricoAssunto: Elaborao de um projeto especificando: nmero de lmpadas,nmero de tomadas TUG,TUE,levantamento de carga, diviso de circuitos, fiao(bitola) dos condutores, quadro de carga, fornecimento de energia, proteo (disjuntores).

Introduo : Preencher o quadro de carga 1 e 2 do final da apostila

Tabela 4.5a Capacidades de conduo de corrente (NBR 5410:2004), em amperes, para os mtodos de referncia AI, A2, BI, B2, C e D.condutores isolados, cabos unipolares e multipolares cobre e alumnio,isolaode PVC;temperatura de 70 C no condutor;temperaturas 30 C (ambiente); 20 C (solo).

Aplicaes da Energia Eltrica. Instalaes para Iluminao e Aparelhos DomsticosA Tabela 3.3 indica potncias nominais de aparelhos eletrodomsticos e que se precisa conhecer para a elaborao da lista de carga. Tabela 3.3 Potncias nominais tpicas de aparelhos eletrodomsticos

Unidade 2 - Instalaes Prediais II16 Aula prtica: Motores de InduoAssunto: Identificao das partes constituintes e caractersticas construtivas dos motores de induo(assncronos),monofsicos (1) e trifsicos(3), princpio de funcionamento.

Introduo :Os motores de corrente alternada so de construo mais simples, dispensando em sua maioria coletor e escovas e, portanto, requerendo menor manuteno.

O motor monofsico de induo possui um nico enrolamento (bobinado) no estator, dividido em bobinas, que se distribuem por sua superfcie. Este bobinado gera um campo fixo, porm pulsativo, que tem o sentido do eixo dos campos.Estando o motor parado, a expanso e contrao do campo do estator induzem no rotor correntes que do origem a um campo oposto ao do estator, de modo que no produzido qualquer conjugado de partida; comportando-se como um simples transformador monofsico com o secundrio em curto circuito. Entretanto se for previsto um meio auxiliar, que possibilite a partida do motor, este continuar girando indefinidamente, enquanto houver corrente circulando pelo enrolamento do estator.Quando o rotor posto em movimento, alm da fem. nele induzida, haver uma fem. gerada em virtude de sua rotao no interior do campo estacionrio do estator. Esta segunda tenso produz ento correntes que do origem a um campo defasado em relao ao campo do estator, criando condies, para que sobre o rotor, atue um conjugado que o faz girar no sentido do impulso inicial.

O motor uma mquina, capaz de transformar diversos tipos de energia em energia mecnica, que fornecida sob a forma de rotao de um eixo.

Motor de combusto interna (motor dos veculos automotores); transforma a energia trmica em energia mecnica.

Motor hidrulico (rodas dgua e turbinas); transforma a energia hidrulica em energia mecnica.

Motor elico (cata ventos); transforma a energia elica ou energia do vento em energia mecnica.O motor eltrico transforma a energia eltrica em energia mecnica; funciona pela ao de um campo eletromagntico girante (pulsante).

A escolha de um determinado tipo de motor para acionamento de mquinas depende basicamente de alguns fatores: o tipo de energia disponvel, ou seja, o custo da energia utilizada; do rendimento do motor escolhido.Em se tratando de motor eltrico pode-se observar que o custo da energia eltrica no baixo, mas apresenta alto rendimento e, alm disso, propiciam maior conforto e segurana para o usurio. Por isso a grande quantidade de motores eltricos usados para acionamento de mquinas.Vantagens dos motores CA

Alto rendimento; Baixo custo (motor barato);

Robustez; Simplicidade de instalao;

Manuteno simples.

Desvantagens dos motores CA

Alto valor de corrente de partida, obrigando o uso de sistemas especiais;

Dificuldade para variaes de velocidade;

Velocidade mxima na freqncia usual = 3600 rpm;

Podem provocar queda do fator de potncia.O mais importante que estamos cercados por esses motores, principalmente na vida domstica. A bomba dgua do condomnio, o aspirador de p, o processador de alimentos, condicionador de ar, o ventilador, a geladeira, todos esses aparelhos/equipamentos podem ter ou tm como elemento o motor monofsico. Os motores monofsicos so encontrados geralmente com potncias menores que 10 CV.

PARTES CONSTITUINTES DO MOTOR ELTRICOCOMPONENTES DO ESTATOR E ROTOR

Carcaa: basicamente a pea mecnica de sustentao onde se encontra todo o conjunto do motor e, na maioria dos casos, nela que est base de fixao do motor na mquina que ir acionar. Tambm nela que se encaixam as tampas laterais onde se encontram os mancais. Normalmente, na carcaa que esto fixadas a caixa de ligao e placa de identificao do motor. Tampas laterais: Nestas peas, esto os mancais que sustentam o rotor, podem se: mancais de bronze, tambm chamados de buchas, ou rolamentos de esfera ou roletes. Os mancais tm como funo a sustentao do rotor; permitindo que ele gire livremente sem nenhum atrito com o estator e com o mnimo de atrito para o seu prprio movimento. As tampas laterais devem estar sempre muito bem encaixadas e presas na carcaa atravs de encaixes ou rebaixos com ajuste mecnico e fixadas atravs de parafusos. Ncleo eletromagntico: Est fixado na parte interna da carcaa. Possui aberturas onde so colocadas as bobinas que formam o enrolamento do motor. Como a maioria dos ncleos eletromagnticos de mquinas CA, ele laminado para diminuir as perdas por correntes de Foucault e por histerese. Caixa de ligao: Onde ficam os terminais de ligao do enrolamento com a rede de alimentao de energia eltrica. A caixa de ligao deve ficar sempre fechada (vedada) e os condutores devem estar embutidos em eletrodutos at na entrada da caixa, caso contrrio, haver penetrao de umidade ou corpos estranhos prejudiciais aos enrolamentos.COMPONENTES DO CONJUNTO ROTOR Ncleo eletromagntico:Composto por chapas de ao prensadas, formado um mao, possui aberturas internas onde esto colocadas barras de cobre ou de alumnio fundido que formam o enrolamento do rotor. Este ncleo que sofre a influncia do campo eletromagntico formado no estator e deve estar o mais prximo possvel dele. O espao compreendido entre estator e rotor recebe o nome de entreferro e qualquer alterao do dimetro do ncleo, seja proposital ou por defeito, trar influncias negativas no funcionamento, ficando o motor totalmente fora de suas caractersticas originais. tambm no ncleo que o fabricante faz o balanceamento do rotor. Qualquer pancada ou modificao de sua estrutura prejudicar este balanceamento e o rotor passar a vibrar prejudicando os mancais.Em alguns rotores de motores abertos, o prolongamento das barras serve como sistema de ventilao interna.

Alguns motores de induo tm o rotor bobinado (com enrolamento), neste caso as barras foram substitudas por bobinas que sero interligadas e seus terminais conectados a anis coletores fixados no eixo do motor. A finalidade principal deste enrolamento no rotor possibilitar a partida do motor com baixa corrente e alto conjugado atravs de um mtodo especial de partida.Obs: O rotor deve girar livremente dentro do estator, qualquer indcio de travamento pode significar atrito do ncleo do rotor com o estator, provocando aquecimento e at queima do motor. Eixo: Componente do rotor cuja finalidade transmitir a fora desenvolvida internamente sobre o ncleo para a parte externa. construdo de ao especial, resistente ao esforo de toro.Uma parte do eixo funciona os mancais em ambos os lados do ncleo que devem sustentar todo o conjunto do rotor griando livremente dentro do estator. Mancais: Fazem parte da construo mecnica do motor e tm como finalidade manter o rotor para que ele gire dentro do ncleo do estator sem nenhum atrito. Podem ser do tipo escorregamento ou rolamento.

Mancal de escorregamento ou bucha: um cilindro de bronze dentro do qual o eixo gira em atrito direto. Necessita de lubrificao constante devido grande possibilidade de desgaste. empregado em motores onde se deseja baixo nvel de rudo ou de grande superfcie de contato para sustentao do rotor. Rolamentos:Dos tipos de mancais empregados em motores eltricos, os rolamentos representam a grande maioria. Isso ocorre, por suas caractersticas construtivas que o tornam relativamente econmico.Geralmente so fixados dos dois lados do eixo atravs do seu anel interno (miolo) e encaixam nas tampas laterais pelo anel externo (capa). Necessitam no entanto de alguns cuidados, para que sua vida til no seja diminuda, tornando-os desta forma antieconmicos. Os rolamentos exigem tcnicas especiais de montagem e de manuteno, essa ltima, consistindo basicamente na relubrificao peridica. Tabelas e manuais de fabricantes, mostram os perodos de relubrificao, tipos e quantidades de graxa necessria para os rolamentos mais comuns.Obs.A relubrificao dos rolamentos deve ser feita em perodos determinados pelo nmero de horas trabalhadas. Usando graxa prpria e em quantidades adequadas, graxa em excesso, faz aquecer os mancais, tornando a graxa lquida, facilitando assim a penetrao para o interior do motor, impregnando as bobinas e at provocando a queima do motor.

17 Aula prtica: Placa de IdentificaoAssunto: Placa de identificao, interpretao dos dados de placa do motor monofsico e trifsico, conexes e ligaes.

Introduo:Nela esto escritos os dados de identificao e as caractersticas tcnicas de fabricao, que devem servir de orientao para o setor de produo e principalmente para a manuteno. So importantes para controle do funcionamento do motor. Obs.: A placa de identificao do motor deve estar sempre bem conservada e legvel para que as caractersticas do motor possam ser consultadas ou conferidas quando necessrio.

Marca ou fabricante: uma caracterstica importante tanto para o operador quando para a manuteno, principalmente quando se necessita fazer alguma observao relativa quele motor ou solicitar peas de reposio ou ainda fazer alguma outra comunicao referente ao motor.

Tipo de motor e nmero de fases: O tipo de motor deve ser informado claramente para que o mesmo seja utilizado adequadamente. Ex.: Motor de Induo. O nmero de fases se refere aos condutores ativos da rede de alimentao de energia eltrica qual o motor dever ser ligado. Pode ser informado com o numeral (Ex.: 1 fase ou 3 fases) ou ainda sob a forma exclusivamente literal (Ex.: monofsico ou trifsico). Modelo ou tipo: Registra as modificaes ou evolues tcnicas que ocorreram com motores da mesma marca, com caractersticas idnticas. Sempre que for preciso comunicar com fabricante ou assistentes tcnicos,deve se citar essa caracterstica. Nmero de srie:Este se refere principalmente a controle patrimonial e dever constar na ficha de mquina referente ao motor. Freqncia: uma caracterstica registrada na placa do motor somente com referncia rede de alimentao. Depende exclusivamente da concessionria que fornece a energia eltrica para o sistema. A admite uma variao de (+ ou -)10% sem que haja alteraes importantes no funcionamento do motor. CV(cavalo vapor) = Potncia nominal ou Potncia mecnica: o valor da capacidade que tem o motor para movimentar uma mquina, ou seja, a capacidade de realizar trabalho. Para ser transformada em potncia eltrica, usa-se a seguinte transformao: 1CV = 736 Watts ou 1HP = 746 Watts. Rotaes por minutos (rpm): Nmero de rotaes por minuto do eixo do motor. Nos motores de induo o rotor gira sempre com velocidade menor que o campo girante (estator). A diferena entre as duas rotaes representa o escorregamento (deslize), que uma caracterstica destes tipos de motores. A rotao do campo girante dada pela frmula:

onde : rpm = rotaes por minutos

120 = constante

rpm = 120.f / p

f = freqncia

p = nmero de plos

Como se pode notar, o n de rpm nos motores de induo variam diretamente com a frequncia e inversamente com o n de plos. A frequncia pode ser considerada fixa e o n de polos depende do n de bobinas que compem o enrolamento e sempre n par e inteiro. Por isso, costume afirmar que motores de induo, por si s, no permitem variao de velocidade e o n mximo de rpm desses motores ser de 3600 rpm, sem considerar o escorregamento. Tenso Nominal : So valores de tenso para as quais o motor est preparado para funcionar fornecendo a potncia nominal para cada tenso, as conexes externas devem ser convenientemente mudadas. Os valores usuais de tenso industrial dentro do limite chamado de baixa tenso so : 220,380 e 440 Volts. De acordo com as normas especficas as tenses de alimentao podem variar de (+ ou - ) 10% dos valores nominais sem que haja alteraes significativas nas caractersticas dos motores porm em se tratando de sistema trifsico, os valores de tenso nas trs fases devem ser iguais ( sistema equilibrado ). Corrente Nominal : So os valores de corrente registrados na placa do motor. Indicam a corrente mxima que o motor deve consumir quando estiver fornecendo o mximo de potncia. Para cada valor de tenso de funcionamento, existe um valor de corrente inversamente proporcional. Os valores devem ser iguais nas trs fases, caso contrrio indica um desiquilibrio no sistema que pode ser consequncia de desequilibrio de tenso ou no prprio enrolamento do motor.Motor monofsico:

In = 736 . P(CV) / V..cos ( A) , In = 746 . P (HP) / V..cos ( A)Motor trifsico:

In = 736 . P(CV) / 3 V..cos ( A) , In = 746 . P(HP) / 3 V..cos (A)

() Rendimento :

Indica a eficincia de transferncia de potncia. a relao entre a potncia de sada e a potncia de entrada.

= Ps / Pe , Pe = Ps + Pperdas F.S - Fator de Servio : a sobrecarga que o motor suporta durante tempo indeterminado e vem indicada na placa do motor sob a forma de porcentagem. ( Ex. FS = 1,1 10% , FS = 1,25 25% ). Essa sobrecarga deve ser controlada atravs da corrente consumida no momento, sempre tomando como referncia a corrente nominal do motor.

ISOL Classe de Isolamento : A classe de isolamento est relacionada com a temperatura mxima suportada pelos materiais isolantes empregados nos enrolamentos dos motores.Essa caracterstica est representada na placa do motor por letras, cada uma delas indica um limite mximo de temperatura. ( veja tabela ).Por se tratar de temperatura nos enrolamentos, torna-se extremamente difcil determinar estes valores na parte externa dos motores, mas preciso lembrar que toda vez que o material isolante se rompe ou deteriora em qualquer parte do enrolamento, haver a chamada queima do motor e a necessidade de substituio parcial ou total das bobinas.Por isso importante no s utilizar materiais isolantes com classes condizentes com a elevao de temperatura como tambm manter as condies normais de funcionamento no que diz respeito principalmente ventilao dos motores.CLASSES DE ISOLAO ( CONFORME NBR 7094 )

CLASSE DE ISOLAOTEMPERATURA MXIMA

A105C

E120C

B130C

F155C

H180C

Obs. O sistema de ventilao dos motores deve estar sempre desobstrudo para que o resfriamento da carcaa e consequentemente das bobinas seja mantido. A limpeza peridica da grade protetora do ventilador ajuda a manter normal a temperatura do motor. Ip/In ou Letra Cdigo : Essa caracterstica indica o quociente entre a corrente com rotor travado e a corrente nominal. Embora a situao de rotor travado nunca ocorre num motor em funcionamento normal, considera-se que, no instante da partida, ele estar nessa situao. Esse ndice, cujo valor est indicado na placa do motor, utilizado no dimensionamento dos conduntores e dos demais componentes da instalao e est ligado ao projeto da mquina. Isso significa que deve-se ter cuidado ao substituir um motor o que s pode ser feito por outro totalmente idntico para que no se altere a caracterstica de funcionamento. Em alguns tipos de motores, esse dado pode ser substitudo por uma letra (letra cdigo).LETRA CDIGO ( kVA/cv)

AO 3,14K8,00 8,99

B3,15 3,54L9,00 9,99

C3,55 3,99M10,0 11,1

D4,00 4,49N11,2 12,4

E4,50 4,99P12,5 13,9

F5,00 5,55R14,0 15,9

G5,60 6,29S16,0 17,9

H6,30 7,09T18,0 19,9

J7,10 7,99U20,0 22,4

REG. Regime de Trabalho: Indica o grau de regularidade do funcionamento do motor e a variao da carga qual est submetido. Existem dois regimes de trabalho:Regime contnuo (S1) Funcionamento com carga constante por longos espaos de tempo.

Regime de Tempo Limitado (S2 a S8) Funcionamento alternado (funciona por alguns instantes, depois para). CAT.Categoria:A categoria a relao, para um mesmo motor, entre o conjugado de partida, corrente de partida e escorregamento. Essa caracterstica est relacionada com o projeto do sistema pois para cada tipo de mquina deve ser um tipo de motor com uma categoria determinada que atenda as condies da mquina que ir acionar.A categoria est indicada por uma letra gravada na placa do motor. Para a manuteno, este dado indica que, no caso da substiuio de motores, deve ser feita por outro da mesma categoria. I.P. ndice de proteo ou grau de proteo: Os invlucros dos motores (carcaa e tampas laterais) so construdos de acordo com o tipo de utilizao a que se destinam de modo a atender especificaes de proteo contra a penetrao prejudicial de corpos slidos e lquidos. A norma brasileira NBR 6146 define os graus de proteo atravs das letras IP (ndice de proteo) seguidas de dois numerais caractersticos com os seguintes significados : primeiro numeral caracterstico - indica o grau de proteo contra contatos acidentais de pessoas e a penetrao prejudicial de corpos slidos no interior do motor: segundo numeral caracterstico indica o grau de proteo contra a penetrao prejudicial de gua no interior do motor. Conforme o grau de proteo, os motores so classificados em abertos e fechados.PRIMEIRO NUMERAL ( ALGARISMO )

NUMERALINDICAO

0No protegido

1Protegido contra a penetrao de objetos slidos maiores que 50 mm

2Protegido contra a penetrao de objetos slidos maiores que 12 mm

3Protegido contra a penetrao de objetos slidos maiores que 2,5 mm

4Protegido contra a penetrao de objetos slidos maiores que 1,0mm

5Protegido contra poeira prejudicial ao motor

6Totalmente protegido contra poeira

SEGUNDO NUMERAL ( ALGARISMO )

NUMERALINDICAO

0No protegido

1Protegido contra pingos na vertical

2Protegido contra gotas de gua at inclinao mxima de 15 C

3Protegido contra gotas de gua at inclinao mxima de 60 C

4Protegido contra respingos em todas direes

5Protegido contra jatos de gua em todas direes

6Protegido contra gua em ondas ou jatos potentes

7Protegido para imerso em gua sob condies de tempo e presso

8Protegido para imerso contnua em gua nas condies especificadas

Embora seja possvel combinar de diferentes maneiras os numerais anteriormente definidos, os graus de proteo geralmente aplicados na prtica para motores de fabricao em srie ( comercialmente ) so os mostrados abaixo e definem os tipos de motores abertos ou totalmente fechados.MOTORES DE INDUO USUALMENTE FABRICADOS

MOTORES ABERTOSMOTORES TOTALMENTE FECHADOS

IP 11IP 44

IP 12IP 54

IP 13IP 55

IP 21

IP 22

IP 23

MotorClasse de Proteo1 Algarismo2 Algarismo

Proteo contra contatoProteo contra corpos estranhosProteo contra gua

Motores AbertosIP00No temNo temNo tem

IP02No temNo temNo tem pingos de gua at uma inclinao de 15 com a vertical

IP11Toque acidental com a mocorpos estranhos slidos de dimenses acima de 50mmpingos de gua na vertical

IP12Toque acidental com a mocorpos estranhos slidos de dimenses acima de 50mmpingos de gua at uma inclinao de 15 com a vertical

IP13Toque acidental com a mocorpos estranhos slidos de dimenses acima de 50mmgua de chuva at uma inclinao de 60 com a vertical

IP21toque com os dedoscorpos estranhos slidos de dimenses acima de 12mmpingos de gua na vertical

IP22toque com os dedoscorpos estranhos slidos de dimenses acima de 12mmpingos de gua at uma inclinao de 15 com a vertical

IP23toque com os dedoscorpos estranhos slidos de dimenses acima de 12mmgua de chuva at uma inclinao de 60 com a vertical

Motores FechadosIP44toque com ferramentascorpos estranhos slidos acima de 1mmrespingos de todas as direes

IP54proteo completa contra toqueproteo contra acmulo de poeiras nocivasrespingos de todas as direes

IP55proteo completa contra toqueproteo contra acmulo de poeiras nocivasjatos de gua de todas as direes

Motores blindados com ou sem ventilao externa ( IP 44 at IP 66 ); tem grau de proteo muito maior. So mais caros e mais volumosos, sendo subdivididos em vrios graus de proteo e normalizados pela ABNT ( NBR 6146 ). Atualmente, esses so os mais comuns dentre os motores fabricados em srie.Motores prova de exploso ( IPEx55 ): Em certos ambientes, como refinarias, destilarias, postos de gasolina e minas de carvo, existem vapores, gases e at poeiras inflamveis. Estas substncias podem penetrar no motor por pequenas frestas ou folgas, como as que existem entre tampas dos mancais e eixos , e provocar uma exploso interna,devido a possveis centelhamentos de origem mecnica ou eltrica dentro do equipamento.Motores prova de intempries (IP-W55): A letra W colocada entre as letras IP e os algarismos indicativos do grau de proteo, indica que o motor protegido contra intempries (chuva, maresia, etc), tambm chamados de motores de uso naval.Ambientes agressivos exigem que os equipamentos que neles trabalham sejam perfeitamente adequados para suportar tais circunstncias com elevada confiabilidade, sem apresentar problemas de qualquer espcie. Algumas caractersticas especiais diferem os motores prova de intempries dos motores blindados comuns:

Placa de identificao de ao inoxidvel; Enrolamento duplamente impregnado;

Pintura anticorrosiva alqudica, interna e externa;

Elementos de montagem zincados;

Retentores de vedao entre o eixo e as tampas;

Juntas de borracha para vedar caixa de ligao;

Massa de calafetar na passagem dos cabos de ligao pela carcaa; Caixa de ligao de ferro fundido;

Ventilador de material no faiscante.

Exerccios de fixao:1) Calcular as correnetes nominais e de partida para os seguintes motores monofsicos ( 1 ).a) Motor monofsico 5 CV , 220V , FS = 1,0 , LC = N , cos = 0,85, = 0,85b) Motor monofsico 5 CV , 220 V , FS = 1,15 , LC = N , cos = 0,85 , =0,85.c) Motor monofsico 3 CV , 127 V , FS = 1,2 , LC = N ,cos = 0,9 , = 0,85.

d) Motor monofsico 2 CV, 127 V , FS = 1,0 , LC = B , cos= 90% , = 90%.2) Calcular as correntes no minais e de partida para os seguintes motores trifsicos ( 3 ).a) Motor trifsico, 20 CV, 220 V ,cos = 85%, = 90% , f= 60 Hz, FS = 1,0 LC = H.b) Motor trifsico,20 CV , 380 V , cos = 0,90 , = 0,92 , f = 60 Hz, FS = 1,20 LC = Nc) Motor trifsico, 15 HP, 440 V , cos = 0,92 , = 0,90 , f = 60 Hz , FS = 1,15 , LC = L

Motores Monofsicos Esquema de Ligaes

Conceituao:

O motor monofsico aquele que suporta no mximo, tenso monofsica de 127 V em cada um de seus enrolamentos.Possui 3 (trs) enrolamentos, bobinas ou ainda bobinados. Os enrolamentos dos motores so componentes eltricos, executados com fiao prpria chamados fios magnticos esmaltados onde ocorre a produo de campo magntico.Os dois primeiros enrolamentos do motor so chamados: enrolamentos principais ou de trabalho, so os responsveis pelo fornecimento de potncia e pelo funcionamento contnuo do motor. O terceiro enrolamento chamado: enrolamento auxiliar ou de partida, responsvel pelo arranque ou partida do motor, que por se s, no consegue vencer a inrcia em que se encontra. O enrolamento auxiliar possui uma bobina em srie com um capacitor e com um interruptor centrfugo, esse interruptor desconecta o enrolamento auxiliar quando a velocidade do motor esta prximo de alcanar sua velocidade nominal.1 ,2 e 5 so os terminais de incio de bobinas:

3 ,4 e 6 so os terminais de finais de bobinas.

Ligaes do motor monofsico em rede de 127 VEm fontes de 127 V, fase e neutro, devemos ligar os 3 (trs) enrolamentos do motor em paralelo, conforme diagrama de ligao abaixo.

Ligaes do motor monofsico em rede de 220 VEm fontes de 220 V, duas fases, tambm podemos ligar o motor monofsico, como ocorre aqui um aumento de tenso, a ligao dever ser alterada, sob o risco de queima dos enrolamentos. A nova ligao deve ser aquela que provoca quedas de tenso nos enrolamentos para que estes funcionem adequadamente, neste caso, vamos ligar os dois enrolamentos principais do motor em srie, e esta conexo, fonte de 220V.Cada um deles receber ento a metade, ou seja 110V. O enrolamento auxiliar, ligado em paralelo com qualquer um dos principais (nunca com ambos), que permanecer tambm com 110V. A esta ligao chamamos de circuito misto por apresentar conexes srie e paralela simultaneamente; conforme diagrama de ligao abaixo.

Reverso do sentido de rotao

Fazer a reverso do sentido de rotao de um motor eltrico qualquer obter a troca do deu sentido de giro. O sentido de giro dos motores identificado pelos termos horrio e anti-horrio. Nos motores monofsicos, a reverso obtida quando trocamos o sentido da corrente que circula no enrolamento auxiliar, isto, na prtica, significa trocar o terminal 5 pelo terminal 6.

Ligaes do motor eltrico trifsico de 6 terminais

Conceituao:

Os motores trifsicos so aqueles que recebem tenses trifsicas da rede de alimentao para seu perfeito funcionamento.Existem diversos tipos de motores trifsicos,sendo o de 6 pontas ou terminais o mais comum.

O motor de 6 pontas possui trs enrolamentos ou bobinas idnticas e dispensa enrolamentos especiais para partida, cada enrolamento possui dois terminais ou pontas, ou seja, um de incio e outro de final de bobina.Tambm normalizadas, as seis pontas deste motor so numeradas conforme se segue:1, 2 e 3 terminais de incio de bobina.

4, 5 e 6 terminais de final de bobina.

Nota importante:O mximo valor de tenso que cada bobina deste motor suporta 220V.

Ligaes

Em rede trifsica de 220V para este valor de tenso, devemos conectar o motor em tringulo ou delta. Esta ligao permite que todo o valor de tenso da fonte seja aplicada s bobinas do motor.

Esquema de ligao do motor trifsico de seis pontas em tringulo: rede 220 V.

Estes motores podem ser alimentados com 380V, desde que, somente 220V estejam diretamente sobre cada bobina. A tenso trifsica de 380V muito comum nas cidades das regies do norte, nordeste, centro-oeste Brasil e tambm em indstrias em todo o pas. Para ligarmos o motor de seis terminais em 380V, devemos alterar a ligao para outra conhecida como estrela ou Y. Na conexo estrela, o valor da tenso que alimenta cada bobina do motor reduzido em relao ao valor da tenso da fonte. A tenso nas bobinas 3 vezes menor que a da fonte. ( Vf = VL / 3)Nota importante:A conexo estrela tambm pode ser efetuada ao contrrio, ou seja, fecham-se em comum os terminais, 1,2 e 3 alimentam-se os terminais 4,5,e 6 com as 3 fases.

REVERSO DOS MOTORES ELTRICOS TRIFSICOS

Qualquer motor trifsico efetua a reverso de seu sentido de rotao quando alteramos a sequncia de fases a que est submetido. Isto se consegue quando simplesmente trocamos duas fases quaisquer na alimentao do motor. MOTORES TRIFSICOS DE 9 TERMINAIS

Conceituao:

Os motores eltricos trifsicos de 9 terminais so basicamente os motores de 12 pontas, onde os 3 ltimos terminais foram conectados internamente em estrela ou tringulo e omitidos da fiao externa do motor. Os motores de 9 terminais com conexo interna em estrela s aceitam conexes externas tambm em estrela. Nas conexes, para duas tenses, sempre uma o dobro da outra, so estrela paralelo e estrela srie.

Os motores de 9 terminais conectados internamente em tringulo, s aceitam conexes externas em tringulo, estas conexes so tringulo-paralelo e tringulo srie tambm utilizados para 2 tenses, sempre uma o dobro da outra, no caso destes motores, pode ocorrer variao segundo a posio da conexo tringulo interna, resultando em conexes externas tambm diferenciadas. O tringulo interno pode ser executado em um sentido denominado tringulonormal, ou noutro, denominado tringulo invertido.

MOTORES ELTRICOS TRIFSICOS DE 12 TERMINAIS

So motores que possuem 6 (seis) enrolamentos ou bobinas e portanto, doze pontas ou terminais,eles aceitam trabalhar com quatro valores de tenses diferentes, apesar disto, as conexes devem ser tais que, em cada bobina isoladamente, deve-se manter a tenso igual a 220 V. As tenses so 220V, 380V,440V e 760V e as ligaes so tringulo paraleo, estrela, tringulo srie e estrela srie respectivamente.

MOTORES ELTRICOS TRIFSICOS DE 2 (DUAS) VELOCIDADES18 Aula prtica: Chaves ManuaisAssunto: Partida e reverso de motores monofsicos e trifsicosIntroduo:

Chaves manuais so chaves utilizadas no contrtole e acionamento dos motores nas diversas situaes de comando.A saber:

Chave Faca So constitudas por lminas condutoras de lato ou cobre, e presas a uma base isolante ( baquelite, porcelana, marmore) e comandadas manualmente pela ao do operador, possibilitando fechar ou abrir circuitos sem carga ou com baixa corrente, possibilitando com isto ligar ou desligar motores ou outras cargas, bem como manobrar circuitos e atribuir funes de partida e inverso de rotaes nos motores eltricos. Pelo fato de no ofereceem segurana ao operador e ao equipamento, seu uso tornou-se restrito a pequenas aplicaes e de emprego limitado nas indstrias, cedendo lugar aos contatores de emprego generalizado. Chave Reversora Manual Permite a inverso do sentido de rotao de qualquer motor trifsico, independente de sua ligao e tenso de utilizao. So especificadas conforme a potncia e tenso nominal do motor. Seu princpio de funcionamento baseia-se na troca de 2 fases quaisquer. Chave Estrela / Tringulo Permite auxiliar o motor trifsico, durante o momento de partida, reduzindo sua corrente de partida, evitando assim sobrecarregar os sistemas de energia eltrica. Seu emprego principal est condicionado a motores trifsicos de 6 terminais de dupla tenso, onde a tenso da linha corresponde a conexo final em tringulo. Por exemplo : Motor trifsico de 6 terminais 220/380 V. Chave do Motor Trifsico de 2 velocidades Permite selecionar a velocidade 1 ou 2 que se deseja trabalhar, bastando para isto girar o seletor na posio indicada. Esta chave requer a utilizao do Motor Trifsico de 2 velocidades (Dahlander), onde por processo de comutao polar, variamos o nmero de polos no motor, e dai sua velocidade. Chave Bia Permite comandar um motor eltrico trifsico ou monofsico,e este por sua vez, acionar uma bomba dgua, a fim de bombear atravs de tubulao hidrulica, gua de uma caixa dgua ou reservatrio inferior para uma caixa dgua superior. A grande vantagem desta chave, reside no fato de que ela, automaticamente, mantm a caixa superior sempre cheia, sem aquela preocupao com a falta dgua na caixa, uma vez que toda gua gasta nos apartamentos reposta automaticamente, especialmente em prdios e edifcios.Pode ser empregada para retirar gua de uma cisterna e transfer-la para a caixa dgua, sempre que se fizer necessrio.

Chave Compensadora Permite auxiliar os motores trifsico de grande potncia, durante a partida, a fim de reduzir a corrente consumida por eles neste momento, composta por um autotransformador, um rel de sobrecarga e um rel de subtenso, a chave compensadora apresenta inmeras vantagens. Partida do Motor de Rotor Bobinado Permite que se d a partida em motores trifsicos em anel, que ao contrrio dos motores em gaiola (ou curto-circuito), possuem bobinas envolvendo o rotor e conectadas a trs anis, a estes por sua vez, ligados atravs de escovas a um conjunto trifsico de resistores, com cursor varivel e regulvel, permitindo que atravs dele possamos controlar a corrente de partida bem como a velocidade nominal do motor.

Chave Magntica conhecida por chave Guarda Motor, devido suas caractersticas construtivas, bem como, sua operao e proteo oferecidas. Constituda basicamente por uma bobina eletromagntica e um rel de sobrecarga, protege o motor e permite o comando local e a distncia, facilitando e agilizando comandos automticos, tal como a chave bia. Montada, geralmente, em caixa blindada possui externamente um boto desliga que atua diretamente no rel de sobrecarga, podendo ser regulada no disparo do rel, a fim de atender suas necessidades. a) Chave Faca Reversora manual Motor Monofsico 60Hz 110V

b) Chave Faca Reversora manual Motor Monofsico 60Hz 220V

c) Chave Faca Reversora manual Motor Trifsico 60Hz 220V, conexo tringulo

d) Chave Faca Reversora manual Motor Trifsico 60Hz 220V, conexo estrela

e)

19 Aula prtica: Causas dos defeitos nos motoresAssunto: Estudo de causa dos defeitos nos motores.

Introduo:

Defeitos mais frequntes, possveis causas e as primeiras providncias:Motor no entra em funcionamento ( no parte )

Causa Falta tenso , Providncia medir a tenso; Causa - Baixa tenso, Providncia medir a tenso.Aquecimento intenso na carcaa do motor

Causa Obstruo no sistema de ventilao; Causa Ventilador externo do motor danificado; Causa Sobre carga mecnica; Causa Tenso de alimentao desequilibrada; Causa Tenso incorreta.

Rudo Anormal ( Alto nvel de rudo ) Causa Eixo torto ( eixo empenado );

Causa Alinhamento incorreto.

Vibraes no acoplamento

Causa Amortecedores deo acoplamento quebrados ou desgastados; Causa - Desalinhamento.Aquecimento na Regio dos Mancais

Causa Graxa em excesso; Causa Rolamentos danificados; Causa Falta de graxa.

20 Aula prtica: Manuteno dos MotoresAssunto: Manuteno dos motores: preventiva e corretiva.

Organizao TcnicaConceitos de manuteno de mquinas:

Manuteno Preventiva

Baseada em mtodos estatsticos, informaes de durabilidade dos produtos e observaes locais de certos sintomas prprios das mquinas, ou seja: viso, audio, olfato e tato; a mais recomendada dentro de uma empresa. Este tipo de manuteno tem a sua atuao regida pelos seguintes elementos: Um planejamento global atendendo s condies de funcionamento da mquina,a revises recomendadas pelo fabricante e as condies de produo da empresa. Um bom programa de manuteno preventiva inclui todas as atividades de manuteno nos setores: eltrico, mecnico e civil. Deve incluir estudos visando inclusive substituio de mquinas que se tornaram antieconmica, quer seja pelos freqentes servios de manuteno, pela baixa rentabilidade ou como sugesto de melhoria e racionalizao; Estabelecimento de um plano de paralisao de comum acordo com o setor de produo;

Existncia de um sistema de controle e registro de todas as providncias tomadas incluindo fatos imprevistos e solues encontradas;

Estabelecimento de um fluxograma de informaes obtidas do sistema de registro e controle do item anterior bem como a divulgao dessas informaes para os diversos setores que possam fazer uso das mesmas para aperfeioar o sistema; Programao, baseada em informaes de diversos setores, da seqncia de procedimentos, colocando em prtica aps sua devida aprovao; Preparo de um manual de manuteno especfico da empresa baseado no histrico de manuteno, na experincia de profissionais e em informaes do arquivo geral e que ser elaborado ao longo do tempo; Treinamento e qualificao de pessoal envolvido nas diversas etapas da manuteno preventiva.

Manuteno Preventiva Sistemtica:Aplicada particularmente s mquinas de funo crtica dentro do processo de produo, efetuando a substituio de peas dentro de um tempo inferior durabilidade determinada pelo fabricante. a mais antieconmica das manutenes e por isso s deve ser aplicada s mquinas, instalaes ou equipamentos que no podem ser includos num programa de manuteno preventiva convencional. Exige um estoque relativamente grande de peas e materiais e curtos prazos de execuo. Manuteno Preventiva Condicional: aquela executada em funo das condies apresentadas pelas mquinas, equipamentos ou componentes atravs do acompanhamento destas condies durante o funcionamento. Exige controle rigoroso atravs de processos muitas vezes sofisticados e deve ser acompanhada por pessoal especializado. Manuteno Preventiva Preditiva:

Aplicada especificamente a mquinas girantes, e se baseia na medio sistemtica das vibraes. As vibraes existentes numa pea girante determinam as condies de funcionamento da mquina e conseqentemente a avaliao de sua vida til futura. So utilizados detectores de vibraes instalados em diversos pontos da mquina cujos nveis so fornecidos para um programa de computador que os analisar e fornecer como resultados, os dados necessrios para se aliar a necessidade ou no de manuteno imediata. Manuteno Corretiva: a manuteno realizada aps a quebra ou defeito, geralmente motivando a paralisao obrigatria da mquina. o sistema de deixar funcionar at quebrar no se preocupando em apurar as causas do defeito nem evit-lo no futuro e como tal a forma mais elementar de manuteno ocasionando a paralisao dos processos fora de qualquer previso tornando-se por isso mesmo bastante onerosa. Manuteno de Melhoria: a manuteno corretiva porm utilizando tcnicas com o intuito de evitar a repetio do defeito ou mesmo prolongar a vida til de uma determinada pea ou componente. Inclui procedimentos tais como: nudana nos tipos de materiais, fabricantes ou introduo de um outro componente visando corrigir alguma falha pr-existente. uma forma de melhorar a qualidade do material inicialmente fornecido pelo fabricante da mquina. Organizao Tcnica:A organizao tncica da manuteno, depende do tipo adotado, pois dela vai depender toda a sistemtica de pessoal e forma de controle que sero utilizadas. Esta escolha, certamente se refere ao tipo de manuteno preventiva e estrutura organizacional que ser adotada visto que a manuteno corretiva semprfe existir mesmo que seja em escala pequena. Entretanto, independentemente de qualquer escolha que se faa, existem alguns elementos bsicos que so comuns e que sero analisados a seguir: Documentos bsicos:

O arquivo para qualquer tipo de manutena~dever sempre ter, a sua forma mais atual e completa, um jogo de documentos que tenham os seguintes informes:

a) Disposio das mquinas no recinto ( Lay-aut ):

Planta baixa onde as mquinas esto instaladas e identificadas por letras e nmeros. Esta mesma planta dever informar a existncia de paredes, colunas e outros elementos que possam dificultar a livre trnsito ou o transporte da mquina.b) Esquemas eltricos de ligao;c) Planta geral de posicionamento do circuito eltrico externo ao setor de produo;

d) Catlogos de produtos e manuais de aplicao e funcionamento. Fichas e cartes:Pela anlise de manuteno o que exige programao detalhada o de manuteno preventiva por isso, a sistemtica de fichas e cartes se aplica sobretudo a esse tipo de manuteno.

a)Ficha da mquina (NI), nmero da mquina;

b)Ficha para anotao diria de comportamento da mquina.

QUADRO DE CARGA 1

QUADRO DE CARGA 2

Bibliografia

Niskier, Julio Manual de Instalaes Eltricas- Editora LTC Rio de Janeiro 2005

Elektro Eletricidade e Servios S.A. So Paulo Instalaes Eltricas Residenciais - 2005 Pirelli Cabos S.A. Santo Andr - So Paulo Instalaes Eltricas Residenciais - 2005 Netto,A.S.Instalaes Eltricas Prdiais grfica do CEFET-MG 1990 Nascimento Junior, Geraldo Carvalho Mquinas Eltricas : Teoria e ensaios Editora rica So Paulo 2006 Vieira,Clio Srgio Comandos Eltricos Indstriais Belo Horizonte, 1987 , Grfica do CEFET MG Vieira,Clio Srgio Comandos Eltricos Indstriais Belo Horizonte, 1987 , Grfica do CEFET MG Instalaes Eltricas PrediaisPgina 1