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GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO

Guia de leitura da Coleção

a mais apropriada para a preparação de concursos.

• DOUTRINA OTIMIZADA PARA CONCURSOS

Além de cada autor abordar, de maneira sistematizada, os assuntos triviais sobre cada matéria, são contemplados temas atuais, de suma importância para uma boa preparação para as provas.

• ENTENDIMENTOS DO STF E STJ SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS

• PALAVRAS-CHAVES EM OUTRA COR

As palavras mais importantes (palavras-chaves) são colocadas em

facilmente.

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JULIANO TAVEIRA BERNARDES • OLAVO AUGUSTO VIANNA ALVES FERREIRA

• QUADROS, TABELAS COMPARATIVAS, ESQUEMAS E DESENHOS

Com esta técnica, o leitor sintetiza e memoriza mais facilmente os principais assuntos tratados no livro.

Impostos(CF, art. 156)

Competência exclusiva ou privativa dos MUNICÍPIOS

e do DISTRITO FEDERAL Contribuição

para o custeio do serviço

de iluminação pública (COSIP

ou CIP) – art. 149-A.

a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) art. 156, I;

b) impostos sobre transmissão inter vi-vos, por ato oneroso, de bens imóveis

ceto os de garantia, bem como cessão

156, II; c)

natureza (ISS), não compreendidos no

art. 156, III;

• QUESTÕES DE CONCURSOS NO DECORRER DO TEXTO

Através da seção “Como esse assunto foi cobrado em concurso?” é apresentado ao leitor como as principais organizadoras de concurso do país cobram o assunto nas provas.

Como esse assunto foi cobrado em concurso?

A FCC no concurso para Procurador Estadual/São Paulo/2009 considerou in-correto: “Segundo o Supremo Tribunal Federal, é constitucional a lei estadu-

náuticas”.

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APRESENTAÇÃO

Apresentação

Constitucional da Coleção Sinopses para Concursos. Neste volume, reu-niram-se em 16 Capítulos, divididos em 3 Partes, os temas mais rele-vantes da teoria da constituição e do controle de constitucionalidade. A 3ª Parte e o 16º Capítulo, acrescentados a partir da segunda edição, tratam da teoria geral dos direitos fundamentais.

-

pelos melhores concursos públicos do país.

A obra visa, sobretudo, a facilitar a preparação de candidatos

-reiras jurídicas.

-recer: o direito constitucional ganha cada vez mais importância e dia a dia novos temas são incluídos nos manuais e cobrados por bancas

-

-rão em breve a ser cobrados nos melhores concursos, ou melhor seria incluí-los na obra?

Em benefício dos leitores, optamos por não sonegar tais assuntos, -

tar os leitores curiosos e ávidos por conhecer o direito constitucional -

-ver juntos um livro para concursos e, então, compartilhar com mais

do direito constitucional, seja na graduação e na pós, seja em prepara-tórios para concursos jurídicos.

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JULIANO TAVEIRA BERNARDES • OLAVO AUGUSTO VIANNA ALVES FERREIRA

Por isso, veio em boa hora, e muito nos honrou, o convite dos ami-

festejada coleção da JusPodivm. A eles, nossos sinceros agradecimentos.

pelas proveitosas discussões após as aulas, pelas boas ideias e até

e dedicação.

Todas as críticas e sugestões serão, sempre, bem-vindas pelos e--mails dos autores.

Muito sucesso a todos nos concursos e na vida pessoal!

JULIANO TAVEIRA BERNARDES

[email protected]/Juliano_Taveira

http://atualidadesdodireito.com.br/julianobernardes/

OLAVO AUGUSTO VIANNA ALVES [email protected]

blog: http://atualidadesdodireito.com.br/olavoaugustoferreira/

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LISTA DE ABREVIATURAS

P A R T E I

TEORIA DA CONSTITUIÇÃOCapítulo I Conceitos básicos de teoria geral do Estado

Capítulo II Constitucionalismo e direito constitucional

Capítulo III -tituições e evolução constitucional brasileira

Capítulo IV Poder constituinte e suas manifestações

Capítulo V Efeitos de nova constituição e de reformas constitucionais

Capítulo VI Sistemas normativos jurídicos e constituição

Capítulo VII

Capítulo VIII -cácia e efetividade das normas constitucionais

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CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA GERAL DO ESTADO

C a p í t u l o I

Conceitos básicos de teoria geral do Estado

Sumário • 1. Conceito de Estado – 2. Estado vs. Na-ção – 3. Elementos do Estado: 3.1. Território; 3.2. Povo; 3.3. Governo: 3.3.1. Soberania vs. autonomia – 4. Forma de Estado: 4.1. Plano do direito público internacional; 4.2. No plano do direito constitucio-nal – 5. Divisão de poderes – 6. Forma de governo:

políticos: 8.1. Regime político democrático.

1. CONCEITO DE ESTADO

Estado é a entidade político-social juridicamente organizada

Ma-quiavel, na obra “O Príncipe”.

2. ESTADO VS. NAÇÃO

de nação vínculos comuns entre os habitan-tes de determinado local. Embora possuam inegável sentido político, caracterizam-se tais vínculos, principalmente, por -

-

“sangue”, idioma, religião, cultura, ideias, objetivos. Nação é comuni-

Estado envolve, necessariamente, o aspecto de orga-nização jurídica desse conjunto de pessoas (sociedade).

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JULIANO TAVEIRA BERNARDES • OLAVO AUGUSTO VIANNA ALVES FERREIRA

várias nações estejam reunidas sob mesmo Estado (Estado “plurina-cional”), assim como o Reino Unido e como sucedia na antiga União Soviética. E há ainda nações divididas entre dois ou mais Estados, tais

Ocidental e Oriental; a nação coreana, ainda separada entre as Co-reias do Sul e a do Norte. É diretriz do direito internacional, porém, a

Diferença entre Estado e nação

NAÇÃO = COMUNIDADE ESTADO = SOCIEDADE

–por sentimentos comuns.

– há vínculos entre os habitantes -

rem das mais diferentes origens (étnicas, geográficas, religiosas, culturais).

si por vínculos de “sangue”, idio-ma, religião, cultura, ideias, obje-tivos.

– -pecto de organização jurídica de um conjunto de pessoas.

3. ELEMENTOS DO ESTADO

elementos básicos:

1) território: base física do Estado;

2) povo: associação humana;

3) governo: comando por parte de autoridade soberana.

ESTADO

Território + povo + GOVERNO

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CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA GERAL DO ESTADO

3.1. Território

É a base físicaestatal. Cuida-se da esfera territorial de validade da ordem jurídica nacional (KELSEN).

3.2. Povo

Conjunto das pessoas dotadas de capacidade jurídica para

Difere-se da população, cujo conceito envolve aspectos meramente

visitantes temporários.

Povo também não se confunde com “nação”. Embora o conceito de nação esteja ligado ao conceito de povo, contém um sentido po-lítico próprio: a nação mesmo.

O povo é o titular da soberania (art. 1º, parágrafo único, da CF/88).

cidadania

3.3. Governo

jurídica e da administração pública.

Deve ser soberano, ou seja, absoluto, indivisível e incontestá-vel no âmbito de validade do ordenamento jurídico estatal. Todavia,

isso não podem ser chamadas de Estado perfeito. Ou seja, a soberania

-citado em nome do povo.

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No plano interno, o poder soberano não encontra limites jurí-dicos -tringida por princípios de direito natural, além de limites ideológicos (crenças e valores nacionais) e limites estruturais da sociedade (siste-ma produtivo, classes sociais). Já no plano internacional, a soberania estatal encontra limites no -ranias estatais.

3.3.1. Soberania vs. autonomia1) A soberania representa um plus

2) Segundo MARCELLO CAETANO, a soberania é poder político supre-mointerna; e é poder político independente

-riamente aceitas.

3) Segundo correntes positivistas, a soberania é juridicamente ili-mitada no âmbito territorial do Estado; segundo correntes jusna-turalistas, a soberania encontra barreiras: a) no direito natural;

Estado. Já a autonomia observa limites mais severos: é limitada ainda pela capacidade de disposição de poder conferido pelo ente soberano.

4) representa a soberania.

5)

6) O poder soberano, como fonte originária da ordem normativa, estabelece e regula os termos do poder autônomo.

7) A soberania é nota caracterizadora do Estado na ordem interna-

Importante:O STF adota a respeito a corrente positivista, não reconhecendo limites

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CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA GERAL DO ESTADO

DIFERENÇA ENTRE AUTONOMIA E SOBERANIA

Soberania Autonomia

a) corrente positivista: soberania ILIMITADA (corrente positi-vista, adotada pelo STF);

b) corrente jusnaturalista: soberania LIMITADA pelo direito -

ções e pelas finalidades do Estado.

Limitada

Como esse assunto foi cobrado em concurso?

MPDFT (2005), foram consideradas incorretas as seguintes assertivas: “A

é característica própria do Estado Federativo, não estando presente em outras formas de Estado (unitário e confederado). c) O princípio de auto-determinação dos povos, previsto na Constituição Federal de 1988, não se

surgindo o direito comunitário, bem como com o MERCOSUL e outros blocos econômicos, o conceito de soberania desaparece. e) A Constituição brasi-leira não enfatiza a soberania como fundamento da República Federativa.”

considerada correta a seguinte assertiva: “Nenhum governo federal, nem os governos dos Estados, nem dos Municípios ou do Distrito Federal são

normas positivas da Constituição da República;”

4. FORMA DE ESTADO

4.1. Plano do direito público internacional

No plano do direito público internacional, os Estados são vistos ou como entidade unitária (Estado unitário) ou como uniões estatais (Estados compostos). Nesses termos, Estados unitários

e território tradicionais, com governo nacional único, não importan-

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JULIANO TAVEIRA BERNARDES • OLAVO AUGUSTO VIANNA ALVES FERREIRA

Já os Estados compostos são formados por dois ou mais Estados, com esferas distintas de poder governamental, conforme regime ju-rídico especial, cuja personalidade de direito público internacional é

trata-se de uma pluralidade de Estados, perante o direito interno, -

de. Podem assumir as seguintes modalidades:A) uniões pessoais -

tintos ocorre pela ascensão ao governo de um único monarca.

de Filipe II; B) uniões reais -

dos, conservando cada um a sua autonomia administrativa, a sua -

C) uniões incorporadas: união de dois ou mais Estados distintos -

D) confederações: ligas de Estados soberanos, baseadas em trata-

personalidade jurídica de direito público internacional nos as-suntos não alcançados pelo pacto confederativo. Trata-se tam-

4.2. No plano do direito constitucional

No plano do direito constitucional, a tipologia dos Estados varia conforme a organização interna disciplinada nas respectivas consti-

-cional, pois o Estado é visto “por dentro”, e não como simples proje-

-blico interno é o grau de centralização dos poderes estatais. Nesse sentido, considera-se centralizado um Estado se a prestação de ser-viços estatais ocorre de forma direta, sem deslocamento do centro

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CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA GERAL DO ESTADO

funções estatais para enti-

ente estatal, não havendo sobreposição de poderes nem delegação -

do é considerado descentralizado atividades estatais são distribuídas

direito interno.

Importante:A descentralização poderá ser:

(a) administrativa (b) legislativa -tratas) ou;

(c) política

Portanto, a depender do nível de centralização estatal, os Estados se dividem entre unitários e complexos. Nos Estados unitários, a des-centralização, quando existente, é incompleta. Está sujeita ao critério

-feriores, estas não possuem autonomia político-constitucional, pois

autarquias territoriais. Os centros par-

delegados ou atribuídosbrasileiro estruturado pela Constituição de 1824.

Nos Estados complexos, convivem entes estatais dotados de com-petências políticas -ples vontade de alguma entidade superior. A descentralização é com-pletade normas constitucionais ou de tratados internacionais. Numa base

-cial (Estados-membros). Daí se falar em .

Estado federal e Estado confederal.

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A) Estado federal: é constituído por entidades parciais – chamadas -

tina) ou Laenderautonomia e personalidade

jurídica de direito público interno. Todavia, a soberania estatal e a personalidade jurídica de direito internacional concentram-se num mesmo ente central (União).

São pressupostos de existência do Estado federal, segundo MI-CHEL TEMER:

I) descentralização política-

II) participação das ordens jurídicas parciais (Estados-mem-bros) na vontade criadora da ordem jurídica nacional, por meio de órgão representativo próprio (Senado);

III) auto-organização assegurada aos Estados-membros, me-diante constituições estaduais (poder constituinte decorren-te); e

IV) princípio da indissociabilidade (ou indissolubilidade) dos -

rem-se do ente federalizado.

Importante:Pela Constituição de 1988, a indissolubilidade da federação é considerada fundamento para intervenção federal (art. 34, I) e a forma federativa de Estado

Como esse assunto foi cobrado em concurso?-

guinte assertiva foi considerada como errada: “O Estado federal brasileiro – a República Federativa do Brasil – é pessoa jurídica de direito público internacional, e sua organização político-administrativa compreende a União, os estados e o Distrito Federal, mas não, os municípios, pois estes

-ministrativas dos estados.”

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CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA GERAL DO ESTADO

São pressupostos de manutenção do Estado federal:

I) a rigidez constitucional; e

II) órgão, criado pela constituição, para realizar o controle de constitucionalidade das leis e decidir de competências entre as entidades federativas.

ESTADO FEDERAL

Pressupostos de existência Pressupostos de manutenção

a) repartição constitucional de com-

b) participação das ordens jurídicas parciais (Estados-membros) na vontade criadora da ordem jurí-dica nacional;

c) auto-organização dos Estados--membros (poder constituinte decorrente); e

d) princípio da indissociabilidade.

a) rigidez constitucional; e

b)pelo controle de constitucionali-dade das leis e pela decisão dos

as entidades federativas.

Os Estados federalizados formam-se por agregação ou por segre-gação

-

descentralização de um Estado unitário em vários centros de compe-

B) Estado confederal: caracteriza-se pela reunião permanente de Estados independentes e soberanos -

tratado internacional, reservando-se a cada um dos Estados a prerrogativa de desligamento segundo a fórmula: os Estados não foram feitos para o acordo, mas o acordo para os Estados -cia antiga; a Alemanha e os Estados Unidos, em datas pretéritas; a Confederação Helvética (Suíça); Sérvia e Montenegro nos dias atuais.

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Principais distinções entre estado federal e estado confederal

Estado federal Estado confederal

fundamento jurídico: constituição; fundamento jurídico: tratado inter-nacional;

unidades parciais não possuem di-reito de secessão (princípio da indis-sociabilidade/indissolubilidade);

unidades parciais possuem direito de secessão;

Como esse assunto foi cobrado em questões dissertativas de concurso?O concurso para Defensor Público do Mato Grosso do Sul (2008/Vunesp)

numa República Federativa. Embora cada Federação tenha suas próprias

a presença de alguns traços comuns a todas as federações. Nesse diapa-

presentes na federação brasileira.”

5. DIVISÃO DE PODERES

A ideia da divisão de poderes é princípio geral de direito consti-tucional. Também chamada de sistema de freios e contrapesos (che-cks and balances system), a divisão tripartida de poderes foi sugerida

Poder Político é uno, indivisível e indelegável, não se poderia falar em “separação de po-deres”, mas em distinção de funções ou divisão funcional de poder.

Assim, surge a seguinte divisão:

1) Função legislativa: consiste, principalmente:

i) -dem jurídica: as leis em sentido material;

ii)