112
Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 45 São populações tradicionais que residem nas proximidades dos rios e têm a pesca artesanal como principal atividade de subsistência e cultivam pequenos roçados para consumo próprio. Podem praticar também atividades extrativistas. As famílias de pescadores artesanais são aquelas cujo sustento depende total ou parcialmente da pesca artesanal. Essa forma de produzir vai além de um simples esquema de produção pesqueira: ela caracteriza um estilo de vida que organiza as famílias em torno dos saberes tradicionais que conduzem ao uso sustentável dos recursos pesqueiros, sejam eles animais ou vegetais. O Defeso é um seguro desemprego para o pescador artesanal, instituído pelo governo federal, que concede renda mínima ao pescador durante o período de proibição da pesca, ou seja, o período da piracema. Em Mato Grosso do Sul estão cadastrados para receber o defeso aproximadamente 3.450 pescadores no período de dezembro /14 a março/15. 1.5.3 Ribeirinhos Mato Grosso do Sul possui limites internacionais com o Paraguai e Bolívia, sendo que dos 79 municípios 44 compõem a Faixa de Fronteira Internacional: 32 faixa de fronteira, 7 linha de fronteira e 5 cidade-gêmea, perfazendo uma extensão total de aproximadamente 1.520,5 Km². Desses, fazem Fronteira Simples os municípios de Antônio 1.5.4 Fronteiriços

1.5.3 Ribeirinhos - sad.ms.gov.br · Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas, e, ainda, o município de Corumbá como ... familiar, mais do que um

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 45

São populações tradicionais que residem nas proximidades dos rios e têm a pesca artesanal como principal atividade de subsistência e cultivam pequenos roçados para consumo próprio. Podem praticar também atividades extrativistas.

As famílias de pescadores artesanais são aquelas cujo sustento depende total ou parcialmente da pesca artesanal. Essa forma de produzir vai além de um simples esquema de produção pesqueira: ela caracteriza um estilo de vida que organiza as famílias em torno dos saberes tradicionais que conduzem ao uso sustentável dos recursos pesqueiros, sejam eles animais ou vegetais.

O Defeso é um seguro desemprego para o pescador artesanal, instituído pelo governo federal, que concede renda mínima ao pescador durante o período de proibição da pesca, ou seja, o período da piracema. Em Mato Grosso do Sul estão cadastrados para receber o defeso aproximadamente 3.450 pescadores no período de dezembro /14 a março/15.

1.5.3 Ribeirinhos

Mato Grosso do Sul possui limites internacionais com o Paraguai e Bolívia, sendo que dos 79 municípios 44 compõem a Faixa de Fronteira Internacional: 32 faixa de fronteira, 7 linha de fronteira e 5 cidade-gêmea, perfazendo uma extensão total de aproximadamente 1.520,5 Km². Desses, fazem Fronteira Simples os municípios de Antônio

1.5.4 Fronteiriços

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46 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas, e, ainda, o município de Corumbá como município bifronteiriço6.

6 Faixa de Fronteira: é a faixa oficial de fronteira delimitada pela Constituição brasileira, de 150 Km a partir do limite internacional. Todos os municípios interceptados pela linha de 150km fazem parte da faixa.Linha de Fronteira: é o limite demarcatório que separa a faixa de dois estados fronteiriços comum a ambos.Cidade-gêmea: há diferentes formas empregadas quando se abordam cidades com essas características, isto é, elas são divididas, ou melhor, unidas, ora por uma rua, ora por uma ponte. Em MS, é comum não haver nenhum posto de alfândega nessa localidade.

Figura 7Mapa da Zona de Fronteira com destaque para MS

A ti Q í

Paso de Los Libres / UruguaianaAlvear / Itaqui

Santo Tomé / São Borja

San Javier / Porto Xavier

Cuidad del Este/Puerto IguazuFoz do Iguaçu

Ype-Jhú / Paranhos

Puerto P. Chica /Porto Murtinho

Puerto Suarez /Corumbá

San Matias /Cáceres

Bernardo Irygoyen / Barracão / Dionísio Cerqueira

Salto del Guayra/ Guaíra / Mundo Novo

Capitan Bado / Cel. Sapucaia

P.J Caballero / Ponta Porã

Bella Vista / Bela Vista

MATO GROSSO DO SUL

BOLIVIA

PARAGUAI

Rio Paranaiba

Bella Union /

Tipo de Articulação

terrestre

Cidades Gêmeas

Faixa de Fronteira

Principais Rios

Limites Internacionais

Org./ GIS: Grupo Retis/UFRJ, 2011.Fontes: IBGE, ESRI Grupo Retis.

ZONA DE FRONTEIRA:TIPOS DE ARTICULAÇÃOENTRE CIDADES GÊMEAS

0 150 300 600Km

Organização e GIS: Leticia Ribeiro e Rebeca Steiman - Grupo Retis/UFRJ. Fonte: Base especial: IBGE. ESRI. DOW

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 47

Apesar de ser estratégica para a integração da América do Sul, a região ainda apresenta-se como pouco desenvolvida economicamente, marcada pela dificuldade de acesso aos bens e serviços públicos e pela falta de coesão social, por problemas de segurança pública e pelas precárias condições de cidadania.

Os agricultores familiares são grupos que possuem em comum a relação com o campo, por meio da atividade agrícola, onde utilizam os recursos naturais da propriedade e a força de trabalho da família. Dessa forma, a agricultura familiar, mais do que um segmento econômico, é um modo de vida ligado à realidade do local onde as propriedades se encontram.

Segundo as informações da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER/2011), o número de pequenos agricultores em Mato Grosso do Sul passou de 38.000 famílias, em 1990, para 70.000 em 2010 (Censo IBGE, 2010), com a seguinte composição: 20.060 famílias de produtores rurais tradicionais; 35.580 famílias de assentados; 12.305 famílias de indígenas; 2.112 de pescadores profissionais artesanais e 592 famílias de quilombolas.

1.5.5 AgricultoresFamiliares

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48 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

São consideradas famílias acampadas aquelas que se encontram organizadas em movimentos sociais e que pleiteiam acesso à terra e à moradia, tanto na cidade quanto no campo. O acampamento é, por excelência, o lugar de organização e aglutinação de um grupo sem terra ou sem teto; assim, são espaços de transição na luta pela terra e pela moradia. Essas famílias podem permanecer acampadas durante longo período de tempo, até que tenham sua situação regularizada.

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de MS (INCRA), realizado em 4 de maio de 2012, Mato Grosso do Sul possui 144 acampamentos em 48 municípios, assim distribuídos:

1.5.6 Acampados

Buritizal

Ipiranga (CUT)

Emerson Rodrigues

Esperança

Três Barras

Barreiros

13 de Outubro

Indaiá

Toca da Onça (FETAGRI)

Estrela do Sul

Primeiro de Maio

31

109

11

134

15

22

94

6

46

227

186

151

171

146

186

227

Nome Acampamento

Anastácio

Municípios de MS Nº Acampados

Total Acampados

por Município

Anaurilândia

Angélica

Aquidauana

Bataguassu

Tabela 16 - ContinuaçãoQuantidade de Acampados em Mato Grosso do Sul

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 49

Caracol

Santa Marina

Santa Marina 2

Santa Marina Caieras

Ave Maria

8 de Outubro

Mutum

Vinte de Julho

São Pedro

1º de Agosto

Morro Bonito

Santa Inês

Matinha

Luana

Anhaqui

Imbirussú

Varjão

Alto da Serra

Guavira

19 de Março

Esperança

Vinte e Dois de Abril

4

71

1

2

34

239

252

25

42

3

86

20

25

34

27

133

41

41

53

31

484

15

112

516

45

31

484

15

Brasilândia

Bonito

Bodoquena

Bela Vista

Camapuã

Caarapó

Campo Grande

Oziel

Carlos Mariguella

Pé de Boi

Cadastrados do Incra

142

210

405

367

1.584

Fazendinha

Grito Pela Terra

Da Fronteira

Taquara

Olga Benário

228

68

52

71

11

228

68

11

123

Chapadão do Sul

Coronel

Sapucaia

Corumbá

Coxim

São Ramão 57 57Deodápolis

Tabela 16 - ContinuaçãoQuantidade de Acampados em Mato Grosso do Sul

Nome AcampamentoMunicípios de MS Nº Acampados

Total Acampados

por Município

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50 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

Tabuinha

Aimoré

97

1

97

1

Fátima do Sul

Glória de Dourados

8 De Março

Fazenda Pandui

Cachoeira Bonita

Primeiro de Abril

Bonita II

4

230

41

133

4

412

412

Iguatemi

Santa Adelaide

São Rafael

Cimasa do Pirajui

Santa Adelaide 2

Joaquim das Neves Norte

Valdecir Padilha

Antonio Irmão

81

56

36

39

9

81

20

Itaquiraí

Laguna Peru

27 de Janeiro

Antonio Tavares

31

315

15

361Eldorado

Douradense

Novo Brasil

386

21407Dourados

Paraíso

Francisco Rosa

Carajás

5

2

14

21Dois Irmãos do Buriti

União dos Palmares

Unidos Pela Terra

Nova Esperança

78

9

3

Furna do Imbirussu

Gleba da Paz

Furna do Imbirussu II

Paz no Campo

Brejão

19

11

12

151

170

363Jaraguari

Córrego Azul

Prometida

26

99125Ivinhema

Tabela 16 - ContinuaçãoQuantidade de Acampados em Mato Grosso do Sul

Nome AcampamentoMunicípios de MS Nº Acampados

Total Acampados

por Município

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 51

Santa Ana

Marina

Grupo União

Formosa

29

34

27

95

185Maracaju

Pantaneiro

Raio de Luz

507

117624Miranda

Dorcelina Folador Vive 32 32Mundo Novo

20 de Março

Nossa Senhora Aparecida

Araguaia

Brauna

Maringá

127

126

60

13

6

332Naviraí

Fazenda do Boi 13 13Juti

Paraíso Figueira

Nossa Senhora de Fátima

Santana

Jamaica

Renascer

Apolônio de Carvalho

Nossa Senhora de Aparecida

Morro Azul

97

157

21

41

88

208

1

66

679Jardim

Diamentino

Formiga

Areias

43

38

4

85Nioaque

Nova Alvorada do Sul

Nova Conquista

Bebedouro 1

Unidos Pela Vitória

Austrália

Antonio Costa Dias

93

81

37

25

18

14

268Nova Alvorada Do Sul

Tabela 16 - ContinuaçãoQuantidade de Acampados em Mato Grosso do Sul

Nome AcampamentoMunicípios de MS Nº Acampados

Total Acampados

por Município

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52 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

Tabela 16 - ContinuaçãoQuantidade de Acampados em Mato Grosso do Sul

Feijim

17 de Abril

Santa Olga

194

10

15

219Nova Andradina

13 de Março - Estrela da

Liberdade

Roque Vieira

68

56 124Novo Horizonte Do Sul

Rio Brilhante

Cabeceira de Alegrete

Ranildo da Silva

Esperança / Santa

Edwirges

66

34

81

2

183Rio Brilhante

Itamarati 3

Itamarati 2

Dom Aquino

São Jorge

Conquista

1º de Maio

Renovação

Itamarati III

88

82

78

24

158

94

24

169

717Ponta Porã

Esperança 250 250Pedro Gomes

Persistente 1 92 92Rochedo

Esperança 268 268Paranhos

Produtivo Serra Brava 30 30Rio Negro

Cisalpina

Canoas - Fetagri

83

52135Selvíria

Sete Quedas

Carimbo

88

266354Sete Quedas

Paz no Campo 122 122São Gabriel do Oeste

Nome AcampamentoMunicípios de MS Nº Acampados

Total Acampados

por Município

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 53

Tabela 16 - ContinuaçãoQuantidade de Acampados em Mato Grosso do Sul

Eldorado

Acamp. dos Agreg. do Proj de

Assent.

Aleluia

João Batista

Terra Solidária

São Benedito Da Memória

Barra Nova

Padre Josimo

44

9

167

182

3

32

36

27

500Sidrolândia

12.758 12.758Total

Portal do Pantanal

Santa Dorotéia

323

12335Terenos

Terra a Vista

Redenção

Cachoeira

410

7

440

857Tacuru

Fonte: INCRA/MS/04.05.2012

Nome AcampamentoMunicípios de MS Nº Acampados

Total Acampados

por Município

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54 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

Figura 8Distribuição de Acampamentos em Mato Grosso do Sul

Distribuição de Acampamentos em Mato Grosso do Sul

Corumbá

Ladário

Sonora

PedroGomes

Coxim

Alcinópolis

erde deMato Grosso

Costa Rica

Chapadãodo Sul

Camapuã

São Gabrieldo Oeste

ParanaíbaInocência

Aparecidado Taboado

Água Clara Selvíria

Três Lagoas

Aquidauana

RioNegro

Corguinho Bandeirantes

Rochedo

Jaraguari

Ribas doRio Pardo

CampoGrande

BrasilândiaSanta Ritado Pardo

Miranda

Bodoquena

Bonito

PortoMurtinho

Nioaque

Anastácio

Dois Irmãosdo Buriti

Terenos

Sidrolândia

Maracaju

Guia Lopesda Laguna

Jardim

Caracol Bela Vista

Porã

Nova Alvoradado Sul

Itaporã

DouradosFátima do Sul

LagunaCarapã

Amambaí

CoronelSapucaia

Tacuru

Pa

Figueirão

Bataguassu

Anaurilândia

Rio Brilhante

NovaAndradina

Batayporã

Douradina

Angélica

Deodápolis

Vicentina

IvinhemaGlória deDourados

Novo Horizontedo Sul

Jateí Taquarussu

Caarapó

Juti

Naviraí

Iguatemi

Paraísodas

Águas

ranhos

Antônio João

Ponta

Aral Moreira

Sete Quedas Mundo Novo

Japorã

Eldorado

Itaquiraí

Cassilândia

Rio V

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 55

As famílias assentadas da Reforma Agrária são aquelas reconhecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) após terem sido selecionadas e homologadas, conforme processo seletivo para participar do Programa de Reforma Agrária e constantes da Relação de Beneficiários (RB), com direitos e deveres expressos em contrato de concessão de uso da terra.

Na tabela 16, observamos ao número de famílias assentadas por municípios e por tipo de comunidade.

1.5.7 Assentados

Tabela 17Estimativa de famílias por município e comunidade

Município Tipo de Comunidade

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Projeto de Assentamento INCRA

Agricultura Familiar

Indígena

Banco da Terra

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Alcinópolis

Angélica

Bataguassu

Bodoquena

Caarapó

Anastácio

Aquidauana

30

120

274

141

41

600

479

130

297

1.200

200

Amambai

Anaurilândia

Antonio João

Bandeirantes

Bela Vista

Bonito

150

72

198

60

263

183

Nº de Famílias

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56 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

Agricultura Familiar

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Agricultura Familiar

Indígena

Agricultura Familiar

Agricultura Familiar

Remanescente de Quilombo

Projeto de Assentamento INCRA

Assentamento Estadual

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Remanescente de Quilombo

Escola Família Agrícola

Outros

Caracol

Coxim

Chapadão do Sul

Coronel Sapucaia

120

170

59

80

445

Cassilândia

Corguinho

Corumbá

Dois Irmãos

Campo Grande

70

45

121

913

61

1.022

190

61

129

354

Indígena

Remanescente de Quilombo

Remanescente de Quilombo

Projeto de Assentamento INCRA

Escola Família Agrícola

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Projeto de Assentamento do INCRA

Agricultura Familiar

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Agricultura Familiar

Dourados

Figueirão

Guia Lopes da

Laguna

Itaquiraí

87

109

23

214

Eldorado

Glória de

Dourados

Iguatemi

Ivinhema

700

185

50

250

107

450

124

1.478

Projeto de Assentamento INCRA

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Japorã

Jardim500

108

262

Tabela 17 - ContinuaçãoEstimativa de famílias por município e comunidade

Município Tipo de ComunidadeNº de Famílias

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 57

Remanescente de Quilombo

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Remanescente de Quilombo

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Projeto de Assentamento INCRA

Maracaju

Mundo Novo

Nova

Andradina

Nioaque

Juti

Ladário

Naviraí

Nova Alvorada do Sul

Novo Horizonte do Sul

Miranda

86

114

175

669

350

84

23

83

684

756

79

40

76

157

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Agricultura Familiar

Projeto de Assentamento INCRA

Escola Família Agrícola

Remanescente de Quilombo

Indígena

Remanescente de Quilombo

Projeto de Assentamento INCRA

Projeto de Assentamento INCRA

Agricultura Familiar

Paranhos

Ponta Porã

Rio Brilhante

Rio Verde de

Mato Grosso

São Gabriel do

Oeste

Sidrolândia

74

2.212

653

30

131

80

2.625

80

Pedro Gomes

Porto Murtinho

Rio Negro

Santa Rita do

Pardo

Sete Quedas

10

334

20

743

40

100

Tabela 17 - ContinuaçãoEstimativa de famílias por município e comunidade

Município Tipo de ComunidadeNº de Famílias

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58 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

Fonte: http://comunidades.mda.gov.br

Total 25.305

Colônia de Pescadores

Projeto de Assentamento INCRA

Indígena

Remanescente de Quilombo

Projeto de Assentamento INCRA

Remanescente de Quilombo

Três Lagoas

Tacuru

600

35

485

Sonora

Terenos

50

679

23

Tabela 17 - ContinuaçãoEstimativa de famílias por município e comunidade

Figura 9Distribuição de Acampamentos em Mato Grosso do Sul

Município Tipo de ComunidadeNº de Famílias

Distribuição de Acampamentos em Mato Grosso do Sul

Corumbá

Ladário

Sonora

PedroGomes

Coxim

Alcinópolis

erde deMato Grosso

Costa Rica

Chapadãodo Sul

Camapuã

São Gabrieldo Oeste

ParanaíbaInocência

Aparecidado Taboado

Água Clara Selvíria

Três Lagoas

Aquidauana

RioNegro

Corguinho Bandeirantes

Rochedo

Jaraguari

Ribas doRio Pardo

CampoGrande

BrasilândiaSanta Ritado Pardo

Miranda

Bodoquena

Bonito

PortoMurtinho

Nioaque

Anastácio

Dois Irmãosdo Buriti

Terenos

Sidrolândia

Maracaju

Guia Lopesda Laguna

Jardim

Caracol Bela Vista

Porã

Nova Alvoradado Sul

Itaporã

DouradosFátima do Sul

LagunaCarapã

Amambaí

CoronelSapucaia

Tacuru

Pa

Figueirão

Bataguassu

Anaurilândia

Rio Brilhante

NovaAndradina

Batayporã

Douradina

Angélica

Deodápolis

Vicentina

IvinhemaGlória deDourados

Novo Horizontedo Sul

Jateí Taquarussu

Caarapó

Juti

Naviraí

Iguatemi

Paraísodas

Águas

ranhos

Antônio João

Ponta

Aral Moreira

Sete Quedas Mundo Novo

Japorã

Eldorado

Itaquiraí

Cassilândia

Rio V

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 59

Os Projetos de Assentamentos criados e/ou reconhecidos pelo INCRA em Mato Grosso do Sul tiveram início em 1984. De acordo com os dados, da Divisão de Obtenção de Terras/SIPRA/INCRA, atualizados em 11/11/10, os Projetos de Assentamento e Reassentamento encontram-se organizados conforme tabela abaixo:

Tabela 18Projetos de Assentamento/Reassentamento em MS

Fonte: INCRA

Criados pelo INCRA 178 29.891 671.860,9074

Criados pelo Estado de MS 08 694 14.400,8050

Total Geral 186 30.585 686.261,7124

Projetos de Assentamento/Reassentamento Quant. Nº Famílias Área (m²)

As famílias de catadores de material reciclável são aquelas cuja renda principal provém da coleta, triagem e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis, ou seja, da separação, dentre os componentes do lixo, de materiais passíveis de retorno à cadeia de produção e transformados em matéria prima, reduzindo o custo do produto final e o impacto ambiental. Além disso, há catadores que trabalham com matéria orgânica que é recolhida e enviada para usinas de compostagem.

As estatísticas referentes a catadores ainda são imprecisas no Brasil pois as estimativas variam muito.

1.5.8 Catadores deMaterial Reciclável

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De acordo com Freitas e Fonseca (2011)7

Destaca-se na tabela abaixo o número de catadores na área urbana, no Brasil, Região Centro-Oeste e Estado de Mato Grosso do Sul.

A inclusão social dos catadores vem sendo objeto de

uma série de medidas indutoras na forma de leis, de-

cretos e instruções normativas de fomento à atividade

de catação.

7 Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos: diagnóstico dos resíduos urbanos agrossilvapastoris e a questão dos catadores, 2012.

Tabela 19Número de Catadores na Área Urbana

Fonte: Adaptação de IBGE (2010)

Brasil 70.449 5.636 8% 64.813 92%

Região Centro-Oeste 7.490 381 1% 7.109 10%

Mato Grosso do Sul 1.993 126 0% 1.867 3%

TotalCom até

14 anos de idade

% do Total

Com mais de 14 anos de idade

% do Total

São pessoas que trabalham em condição análoga à de escravos e foram privadas ilegalmente do direito de se locomoverem no território nacional, submentidas a

1.5.9 Condição Análoga à de Escravos

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Ser cigano é viver em comunidade e participar de sua cultura. Uma das principais características dos povos ciganos é a sua condição dada pela hereditariedade, ou seja, há vínculo de parentesco entre os membros do grupo e eles se organizam, na maior parte das vezes, em torno da família

condições de trabalho forçado, com jornada exaustiva, realizando, muitas vezes, trabalhos degradantes e fora do amparo da legislação trabalhista.

Submeter um trabalhador a essa situação caracteriza crime definido pelo artigo 149 do Código Penal, Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.

Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT), desde 1986, e os registros de trabalhadores libertados pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho, a partir de 1995, o trabalho escravo no Brasil ocorre, sobretudo, nas seguintes atividades econômicas: companhias siderúrgicas, carvoarias, mineradoras, madeireiras, usinas de álcool e açúcar, destilarias, empresas de colonização, garimpos, fazendas, empresas de reflorestamento/ celulose, agropecuárias, empresas relacionadas à produção de estanho, empresas de citros, olarias, cultura de café, produtoras de sementes de capim e seringais.

Em Mato Grosso do Sul, a problemática ocorre principalmente nas carvoarias, que já foi destaque no cenário nacional nos anos 90, sendo identificado grande número de trabalhadores em condições precárias, inclusive crianças. Por ser, na maioria das vezes atividade ilegal, o trabalho em carvoarias facilita às condições de aliciamento de trabalhadores escravizados.

1.5.10 Ciganos

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e da comunidade. Em maior ou menor grau, quase todos os povos ciganos compartilham o sentimento de não pertencer a um único lugar e dão valor à liberdade de deslocamento.

Não há registro formal do número de ciganos habitando em Mato Grosso do Sul. Em 2009, foi identificado que em Campo Grande existem três clãs: os Kalderash, acampados no Bairro Coophavila II; os Kalom, no Bairro Itamaracá; e os Lovarias, acampados no Bairro Coophasul (Unidade Estadual de Prevenção e Combate à Discriminação Ético Social/Ata, jul.2009).

Os aglomerados constituem áreas como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros assentamentos irregulares. São constituídos em áreas menos propícias à urbanização, geralmente oriundas de invasões ou áreas não legalizadas.

Conforme definição do IBGE, aglomerados subnormais atendem aos seguintes critérios:

a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou em período

1.6 Aglomerados Subnormais

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Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar entre os estados brasileiros com menor proporção de aglomerados subnormais, que são moradias irregulares conhecidas como favelas, invasões e assentamentos irregulares.

Do total de 763.696 (Censo IBGE, 2010) domicílios particulares ocupados em MS, há 1.879 em aglomerados subnormais. Sendo assim, a proporção de moradias irregulares no Estado, em relação às ocupadas regularmente é de 0,25%, a segunda menor porcentagem do Brasil.

Observa-se que o maior volume de habitantes sul-mato-grossenses que vivem nas moradias precárias localiza-se em Corumbá, com 5.767 habitantes em 1.416 domicílios, divididos nas seguintes comunidades: Havaí, Jatobá, Loteamento Pantanal, Tiradentes e Vulcano.

Na Capital do Estado, Campo Grande, vivem 469 habitantes, em 129 domicílios irregulares, distribuídos nas comunidades: Alta Tensão, Dom Antônio e Vila Nossa Senhora Aparecida.

A renda média dos moradores de MS é de R$ 676,00. Já a dos moradores nos domicílios subnormais é de R$ 231,00, considerada a 9ª maior do país.

O número de mulheres e homens que vivem irregularmente em MS é praticamente o mesmo, são 3.696 e 3.553 respectivamente. Pelo menos 75,2% são ‘pardos’ (4.835

recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos ou menos);

b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços públicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica).

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habitantes) e 8.6% são ‘pretos’ (621). Os brancos somam 23,6% (1.712) dos moradores, 0,6% são amarelos (42) e 0,5% indígenas (39).

Domicílios particulares

Tabela 20Aglomerados subnormais em MS

Número de aglomerados subnormais

Média de moradores em domicílios particularesocupados em aglomerados subnormais

População residente em domicílios particularesocupados em aglomerados subnormais – Total

População residente em domicílios particularesocupados em aglomerados subnormais – Homens

População residente em domicílios particularesocupados em aglomerados subnormais – Mulheres

Domicílios particulares ocupados emaglomerados subnormais

Unidades

Pessoas

Pessoas

Pessoas

Pessoas

Unidades

8

3,86

7.249

3.696

3.553

1.879

Fonte: Estado Sat Censo IBGE 2010.

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Política de AssistênciaSocial em Mato Grosso do Sul

2

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Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul

Respeitando os princípios determinados pela Constituição Federal de 1988, em seus artigos 203 e 204, promulgado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), a Política Nacional de Assistência Social vem reafirmar os princípios e objetivos que ressaltam a dignidade do cidadão, a inclusão social das populações urbanas e rurais sem distinção, garantindo o acesso aos bens e serviços sociais básicos com qualidade na perspectiva da redução das desigualdades sociais.

Como política social pública, a assistência social se estabelece então como direito do cidadão e dever do Estado, responsável em prover os mínimos sociais, com ações governamentais e da sociedade civil, garantindo a universalização dos acessos e a responsabilidade estatal.

A LOAS é responsável por organizar os princípios e objetivos da Política de Assistência Social, de propor formas para organização da gestão, do controle social e do financiamento, estabelecendo as diretrizes do comando único, da descentralização, da participação e implementação do Sistema Único da Assistência Social.

O estado de Mato Grosso do Sul tem acompanhado o processo de mudanças e construção da Política de

2

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 69

Assistência Social e buscado por meio de suas ações, de forma coordenada e planejada, desenvolver uma política própria, considerando suas características regionais e, ao mesmo tempo, contemplando o processo de construção nacional dessa Política Pública.

Após sua organização como Estado, Mato Grosso do Sul passou a contar com instituições sociais públicas como a Legião Brasileira de Assistência (LBA), Secretaria de Desenvolvimento Social e o Fundo de Assistência Social de Mato Grosso do Sul (FASUL), criado pela Lei nº 37, de 12 de dezembro de 1979, presidido pelas esposas dos governadores.

Assim, o Estado, acompanhando o processo de democratização, incluiu uma Seção à Assistência Social na Constituição Estadual, em 1989, da qual se destaca o artigo 186:

No ano de 1991, foi criada a Fundação de Promoção Social de Mato Grosso do Sul (PROMOSUL), por meio da Lei nº 1136, de 16 de abril de 1991, tendo por competência estabelecer e coordenar a Política Estadual de Promoção e Assistência Social; definir diretrizes; estabelecer, coordenar e executar Políticas Estaduais para crianças, adolescentes, adultos, pessoas com deficiência e idosos. Porém, a tradição de se manter a esposa do governador como presidenta foi mantida.

Em 1995, por meio da Lei nº 1.633/95, é criado o Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS), e em março do ano de

As ações estaduais na área da assistência social serão

implementadas com recursos do orçamento do Estado e

de outras fontes, observado o seguinte: a descentralização

administrativa, segundo a política de regionalização com

a participação de entidades beneficentes e de assistência

social; II a participação da população, por meio de

organizações representativas, na formulação das políticas

e no controle das ações em todos os níveis. (Constituição

Estadual de 1989, Título VI, Capítulo ll, Seção lll, Art. 186).

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2000, publicada a primeira Política Estadual de Assistência Social, pactuada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB/MS) e aprovada pelo Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS), com respaldo nas Constituições Federal e Estadual e na LOAS (Lei nº 8.742/93).

A partir de 1999/2000, promoveu-se uma significativa mudança na área, a implantação do Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social, institucionalizando a Assistência Social como política pública, criando diretrizes no atendimento e profissionalização das ações, antes pautadas por um processo histórico de assistencialismo complementar e emergencial, e rompendo a tradição do primeiro damismo, quando assumiu como presidente uma técnica da área de serviço social.

A elaboração da Política Estadual de Assistência Social (PEAS/MS/2000) trouxe em seus princípios a supremacia do atendimento das necessidades sociais, a universalidade e equidade, o respeito à dignidade e autonomia do cidadão, a democratização da gestão e participação popular e a integração social.

Em 2000, a PROMOSUL foi extinta, por meio da Lei nº 2152, de 26 de outubro de 2000, para ser criada a primeira Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho (SASCT), órgão responsável pela gestão da Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul. No ano de 2003, o Órgão Gestor Estadual da Assistência Social passou por uma reestruturação, sendo extinta a SASCT e criada a Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária (SETASS).

Em 2002, foi realizado o primeiro concurso público para criação do quadro efetivo do Órgão Gestor Estadual, que atualmente conta com 1.099 funcionários efetivos, sendo 491 de nível fundamental, 445 de nível médio e 163 de nível superior. Conta, ainda, com 184 cargos comissionados.

Pela Lei nº 3.547, de 21 de julho de 2008, o Órgão Gestor Estadual passou por uma nova reestruturação e recebeu

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 71

a denominação de Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS). Sua estrutura básica apresenta seis superintendências: Superintendência da Política de Assistência Social; Superintendência de Programas de Inclusão Social; Superintendência das Políticas de Defesa da Cidadania; Superintendência de Projetos Especiais; Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor; e Superintendência de Administração e Finanças.

Portanto, trata-se de uma Secretaria de grande porte e que se ocupa de cinco políticas públicas distintas: Trabalho, Assistência Social, Antidrogas, Direitos Humanos e Defesa dos Direitos do Consumidor, sem falar nas políticas públicas voltadas para segmentos específicos, como a de crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, LGBT.

Em 2008, o Decreto nº 12.514/08 regulamenta a estrutura da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, atual Gestora Estadual da Política de Assistência Social.

O Decreto nº 12.514/08 regulamentou a estrutura da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social. Em 20014, por meio do Decreto nº 13.964/14, a estrutura da Secretaria foi reorganizada e o seu regimento interno aprovado na Resolução Conjunta SETAS/SAD nº1/2014.

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I Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;

II Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

III Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;

IV Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas, rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados;

V Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como, dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão;

Os princípios democráticos que regem a Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul estão em consonância com o disposto na Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Lei Orgânica da Assistência Social, em seu capítulo II, seção I, artigo 4º, sendo eles:

2.1 Princípios

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I Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera estadual e a coordenação e execução dos respectivos programas à esfera municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais;

II Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;

III Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo;

IV Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos;

V Garantia para que a gestão do trabalho no Sistema Único de Assistência Social se estabeleça a partir de quadro de pessoal contratado por meio de concurso público, por profissões regulamentadas por Lei, bem como, capacitação permanente dos trabalhadores.

A organização da Assistência Social do Estado de Mato Grosso do Sul tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição Federal de 1988 e na LOAS:

2.2 Diretrizes

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A Política Estadual de Assistência Social determina a estrutura para o desenvolvimento das ações do Sistema Único de Assistência Social de forma integrada às políticas setoriais, voltada à diminuição das desigualdades e à garantia dos mínimos sociais, visando à universalização dos direitos. Assim, tem como objetivos:

Redimensionar a Política Estadual de Assistência Social no Estado de Mato Grosso do Sul, com vistas à sua normatização e regulamentação em consonância com o sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único da Assistência Social (SUAS).

2.3.1

2.3.2

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

• instituir legalmente as ações da Lei nº 8742/93, alterada pela Lei nº 12.435/11, de forma a prover os serviços, programas e projetos de proteção básica e especial para famílias, indivíduos e grupos que dela necessitarem;

2.3 Objetivos

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• desenvolver a área de gestão do trabalho, a fim de aperfeiçoar e expandir os serviços, programas e projetos, qualificando os atendimentos nas políticas públicas sociais;

• cofinanciar as ações no âmbito da assistência social que tenham centralidade na família, que garantam a convivência familiar e comunitária em conjunto com os 79 municípios do Estado, utilizando critérios de partilha;

• implantar e implementar os sistemas de informação, monitoramento e avaliação da política de assistência social no Estado.

Constitui o público usuário da Política de Assistência Social cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados, famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou

2.4 Usuários

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A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE). A primeira compõe um conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios que visa prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Sendo que a segunda, destina-se a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados.

Os CRAS e CREAS são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do SUAS, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam

não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social.

2.5 Assistência Social em Mato Grosso do Sul e as Proteções Afiançadas

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os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. As instalações dos CRAS e dos CREAS devem ser compatíveis com os serviços neles ofertados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento reservado das famílias e indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas e com deficiência.

A Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, normatizou a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, especificando os serviços da assistência social organizados por níveis de complexidade do SUAS: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.

A rede socioassistencial oferta as proteções sociais básica e especial de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, devendo ser referenciadas pelo CRAS ou CREAS, respeitadas as especificidades de cada ação.

A oferta de serviços deve orientar-se pela garantia das seguranças socioassistenciais, conforme previsto na PNAS: segurança de acolhida, segurança de convívio ou convivência familiar, segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia.

De acordo com a Política Nacional de Assistencia Social (PNAS), a proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população

2.5.1 Proteção Social Básica

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que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, entre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, entre outras).

Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as pessoas com deficiência e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações ofertadas. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a proteção social básica, dada a natureza de sua realização.

Os programas e projetos são executados pelas três instâncias de governo e devem ser articulados dentro do Sistema Único da Assistência Social (SUAS).

Os serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica deverão se articular com as demais políticas públicas locais, de forma a garantir a sustentabilidade das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, com vistas à superaração das condições de vulnerabilidade e à prevenção das situações que indicam risco potencial. Deverão, ainda, se articular aos serviços de proteção especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos necessários.

Os serviços de proteção social básica serão executados de forma direta nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e em outras unidades básicas e públicas de assistência social, bem como, de forma indireta nas entidades e organizações de assistência social da área de abrangência dos CRAS.

Em Mato Grosso do Sul existe um total de 128 CRAS em 79 municípios, distribuídos em nove regiões, conforme mapa abaixo:

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A proteção social básica consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada nos CRAS, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária, tendo como diretriz:

Figura 10Quantidade de unidades CRAS por município

Corumbá

Ladário

Sonora

PedroGomes

Coxim

Alcinópolis

erde deMato Grosso

Costa Rica

Chapadãodo Sul

Camapuã

São Gabrieldo Oeste

ParanaíbaInocência

Aparecidado Taboado

Água Clara Selvíria

Três Lagoas

Aquidauana

RioNegro

Corguinho Bandeirantes

Rochedo

Jaraguari

Ribas doRio Pardo

CampoGrande

BrasilândiaSanta Ritado Pardo

Miranda

Bodoquena

Bonito

PortoMurtinho

Nioaque

Anastácio

Dois Irmãosdo Buriti

Terenos

Sidrolândia

Maracaju

Guia Lopesda Laguna

Jardim

Caracol Bela Vista

Porã

Nova Alvoradado Sul

Itaporã

DouradosFátima do Sul

LagunaCarapã

Amambaí

CoronelSapucaia

Tacuru

Pa

Figueirão

Bataguassu

Anaurilândia

Rio Brilhante

NovaAndradina

Batayporã

Douradina

Angélica

Deodápolis

Vicentina

IvinhemaGlória deDourados

Novo Horizontedo Sul

Jateí Taquarussu

Caarapó

Juti

Naviraí

Iguatemi

Paraísodas

Águas

ranhos

Antônio João

Ponta

Aral Moreira

Sete Quedas Mundo Novo

Japorã

Eldorado

Itaquiraí

Cassilândia

Rio V

Fonte: MDS, OUTUBRO, 2012

Qtd_CRAS_

cadSUAS_29_06

Nenhum

1

2

3

4 ou mais

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• Fortalecimento da proteção social básica, com ampla discussão sobre a especificidade das ações e atividades desenvolvidas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS);

• Fomentação à análise dos indicadores de qualidade dessas ações e do impacto desses na vida das famílias atendidas;

• Investimento na melhoria da infraestrutura dos CRAS na zona urbana e na zona rural, bem como, na construção e implementação de CRAS para as populações tradicionais do Estado;

• Desenvolver integração com outras políticas voltadas para as populações tradicionais, a fim de promover a inclusão;

• Implementação dos serviços, programas e projetos do governo federal nos municípios do Estado;

• Promoção e fomentação da igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência, por meio da promoção da acessibilidade física e comunicacional.

Em decorrência do Plano Brasil sem Miséria, em 2012, os serviços de proteção social básica em territórios de CRAS com espalhamento populacional, com presença de comunidades isoladas e com concentração de população extremamente pobre na área rural deverão ser ofertados a essas famílias, por equipes volantes, conforme pactuação na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e deliberação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por meio de Resolução nº 26, de 16 de setembro de 2011.

Em CRAS com territórios de grande extensão territorial, dificil acesso e ou presença de população rural, os serviços de Proteção Social Básica e ações podem ser executados

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por equipe volante. Esta é uma equipe adicional, que integra um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em funcionamento, e tem como objetivo prestar serviços de proteção social básica no território de abrangência do CRAS, para atendimento às famílias que vivem em locais de difícil acesso e/ou estão dispersas no território, mas já são referenciadas no CRAS.

A Equipe Volante possui atribuições similares àquelas da equipe de referência do CRAS: a) oferta do PAIF (acolhida, ações particularizadas); b) encaminhamentos e acompanhamento familiar particularizado ou em grupo; c) oferta de outros serviços de Proteção Social Básica, como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e, conforme especificidades do território, o Serviço de PSB no domicílio para pessoas com deficiência e idosas; d) ações como apoiar a inclusão das famílias no Cadastro Único; e e) busca ativa das famílias que se encontrem em situação de vulnerabilidade social.

Mato Grosso do Sul possui 35 equipes volantes distribuídas nas nove Regiões do Estado, conforme mapa demonstrativo a seguir.

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Figura 11Equipes Volantes por Região de MS

Corumbá

Ladário

Sonora

PedroGomes

Coxim

Alcinópolis

erde deMato Grosso

Costa Rica

Chapadãodo Sul

Camapuã

São Gabrieldo Oeste

ParanaíbaInocência

Aparecidado Taboado

Água Clara Selvíria

Três Lagoas

Aquidauana

RioNegro

Corguinho Bandeirantes

Rochedo

Jaraguari

Ribas doRio Pardo

CampoGrande

BrasilândiaSanta Ritado Pardo

Miranda

Bodoquena

Bonito

PortoMurtinho

Nioaque

Anastácio

Dois Irmãosdo Buriti

Terenos

Sidrolândia

Maracaju

Guia Lopesda Laguna

Jardim

Caracol Bela Vista

Porã

Nova Alvoradado Sul

Itaporã

DouradosFátima do Sul

LagunaCarapã

Amambaí

CoronelSapucaia

Tacuru

Pa

Figueirão

Bataguassu

Anaurilândia

Rio Brilhante

NovaAndradina

Batayporã

Douradina

Angélica

Deodápolis

Vicentina

IvinhemaGlória deDourados

Novo Horizontedo Sul

Jateí Taquarussu

Caarapó

Juti

Naviraí

Iguatemi

Paraísodas

Águas

ranhos

Antônio João

Ponta

Aral Moreira

Sete Quedas Mundo Novo

Japorã

Eldorado

Itaquiraí

Cassilândia

Rio V

BOLÍVIA

MATO GROSSO

GOÍAS

SÃOPAULO

PARAGUAI

PARANÁ

Fonte: SETAS/2012

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Figura 12Equipes Volantes dos Municípios de MS

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)

Com a instituição da PNAS, em 2004, que prevê dois eixos estruturantes do SUAS - a matricialidade sociofamiliar e a territorialização, o PAIF passou a ser organizado de forma a responder à garantia de fortalecimento da convivência familiar e comunitária, na proteção básica do SUAS. Ao abordar a família como um todo em suas necessidades, disponibilizar sua oferta em locais próximos da moradia dos usuários e prever a

Fonte: SETAS, 2012

Corumbá

Ladário

Sonora

PedroGomes

Coxim

Alcinópolis

erde deMato Grosso

Costa Rica

Chapadãodo Sul

Camapuã

São Gabrieldo Oeste

ParanaíbaInocência

Aparecidado Taboado

Água Clara Selvíria

Três Lagoas

Aquidauana

RioNegro

Corguinho Bandeirantes

Rochedo

Jaraguari

Ribas doRio Pardo

CampoGrande

BrasilândiaSanta Ritado Pardo

Miranda

Bodoquena

Bonito

PortoMurtinho

Nioaque

Anastácio

Dois Irmãosdo Buriti

Terenos

Sidrolândia

Maracaju

Guia Lopesda Laguna

Jardim

Caracol Bela Vista

Porã

Nova Alvoradado Sul

Itaporã

DouradosFátima do Sul

LagunaCarapã

Amambaí

CoronelSapucaia

Tacuru

Pa

Figueirão

Bataguassu

Anaurilândia

Rio Brilhante

NovaAndradina

Batayporã

Douradina

Angélica

Deodápolis

Vicentina

IvinhemaGlória deDourados

Novo Horizontedo Sul

Jateí Taquarussu

Caarapó

Juti

Naviraí

Iguatemi

Paraísodas

Águas

ranhos

Antônio João

Ponta

Aral Moreira

Sete Quedas Mundo Novo

Japorã

Eldorado

Itaquiraí

Cassilândia

Rio V

BOLÍVIA

MATO GROSSO

SÃOPAULO

PARAGUAI

PARANÁ

1

2

6

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busca ativa, pelos profissionais, das famílias que vivenciam situações de maior vulnerabilidade social, esse serviço tem o desafio de romper com a lógica da fragmentação.

A denominação PAIF foi reafirmada no art. 24 – A, da Lei nº 12.435, que altera a Lei nº 8.742, a qual também institui a obrigatoriedade da oferta desse serviço no CRAS, unidade pública de base territorial, localizada em áreas de maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias (Lei nº 12.435, art. 6º - C, §1º).

O PAIF deve ser ofertado, obrigatória e exclusivamente, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS); entretanto, a PSB não se esgota na oferta do PAIF.

Sendo assim, o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos é essencial para a proteção das pessoas mais vulnerabilizadas. Esse serviço poderá ser ofertado no CRAS ou em outras unidades públicas ou privadas de assistência social.

Essas últimas, sempre que ofertem serviços públicos, deverão integrar a rede local, cuja coordenação é responsabilidade do coordenador do CRAS (sob orientação do Órgão Gestor Municipal de Assistência Social). Integrar essa rede significa participar de reuniões sistemáticas no CRAS para definir responsabilidades, discutir fluxos e padrões de encaminhamento das entidades para o CRAS, do CRAS para as entidades, das entidades entre si e entre CRAS e CREAS. No caso das unidades privadas, é obrigatória a inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS).

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b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos São Serviços realizados em grupos, organizados a

partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território.

Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social.

Deve prever o desenvolvimento de ações intergeracionais e a heterogeneidade na composição dos grupos por sexo, presença de pessoas com deficiência, etnia, raça entre outros.

Possui articulação com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), de modo a promover o atendimento das famílias dos usuários destes serviços, garantindo a matricialidade sociofamiliar da política de assistência social.

• Serviçoparacriançasaté6anosTem por foco o desenvolvimento de atividades com crianças, familiares e comunidade, para fortalecer vínculos e prevenir ocorrência de situações de exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho

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infantil, sendo um serviço complementar e diretamente articulado ao PAIF.Pauta-se no reconhecimento da condição peculiar de dependência, de desenvolvimento desse ciclo de vida e pelo cumprimento dos direitos das crianças, numa concepção que faz do brincar, da experiência lúdica e da vivência artística uma forma privilegiada de expressão, interação e proteção social. Desenvolve atividades com crianças, inclusive com crianças com deficiência, seus grupos familiares, gestantes e nutrizes. Com as famílias, o serviço busca estabelecer discussões reflexivas, atividades direcionadas ao fortalecimento de vínculos e orientação sobre o cuidado com a criança pequena. Com famílias de crianças com deficiência inclui ações que envolvem grupos e organizações comunitárias para troca de informações acerca de direitos da pessoa com deficiência, potenciais das crianças, importância e possibilidades de ações inclusivas.Deve possibilitar meios para que as famílias expressem dificuldades, soluções encontradas e demandas, de modo a construir conjuntamente soluções e alternativas para as necessidades e os problemas enfrentados.

• Serviço para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos

Tem por foco a constituição de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária.As intervenções devem ser pautadas em

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experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Inclui crianças e adolescentes com deficiência, retirados do trabalho infantil ou submetidos a outras violações, cujas atividades contribuem para resignificar vivências de isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de situações de risco social.

• Serviço para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos

Tem por foco o fortalecimento da convivência familiar e comunitária e contribui para o retorno ou permanência dos adolescentes e jovens na escola, por meio do desenvolvimento de atividades que estimulem a convivência social, a participação cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho. As atividades devem abordar as questões relevantes sobre a juventude, contribuindo para a construção de novos conhecimentos e formação de atitudes e valores que reflitam no desenvolvimento integral do jovem. As atividades também devem desenvolver habilidades gerais, tais como a capacidade comunicativa e a inclusão digital de modo a orientar o jovem para a escolha profissional, bem como realizar ações com foco na convivência social por meio da arte-cultura e esporte-lazer. As intervenções devem valorizar a pluralidade e a singularidade da condição juvenil e suas formas particulares de sociabilidade; sensibilizar para os desafios da realidade social, cultural, ambiental e política de seu

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meio social; criar oportunidades de acesso a direitos; estimular práticas associativas e as diferentes formas de expressão dos interesses, posicionamentos e visões de mundo de jovens no espaço público.

• Serviçoparaidosos(as)Tem por foco o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social. A intervenção social deve estar pautada nas características, interesses e demandas dessa faixa etária e considerar que a vivência em grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social. Devem incluir vivências que valorizam suas experiências e que estimulem e potencialize a condição de escolher e decidir.

c) ServiçodeProteçãoSocialBásicanoDomicílioparaPessoas com Deficiência e Idosas

O serviço tem por finalidade a prevenção de agravos que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa à garantia de direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a inclusão social, à equiparação de oportunidades e à participação e o desenvolvimento da autonomia das pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades individuais e sociais, prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento.

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O serviço deve contribuir para a promoção do acesso das pessoas com deficiência e das pessoas idosas aos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e a toda a rede socioassistencial, aos serviços de outras políticas públicas, entre elas educação, trabalho, saúde, transporte especial e programas de desenvolvimento de acessibilidade, serviços setoriais e de defesa de direitos e programas especializados de habilitação e reabilitação.

Desenvolve ações extensivas aos familiares, que podem ser de apoio , informação, orientação e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, exercício da cidadania e inclusão na vida social, sempre ressaltando o caráter preventivo do serviço.

O planejamento das ações deverá ser realizado pelos municípios, de acordo com a territorialização e a identificação da demanda pelo serviço. Sendo que este serviço deverá ser referenciado pelo CRAS.

O trabalho realizado será sistematizado e planejado por meio da elaboração de um Plano de Desenvolvimento do Usuário (PDU): instrumento de observação, planejamento e acompanhamento das ações realizadas. No PDU serão identificados os objetivos a serem alcançados, as vulnerabilidades e as potencialidades do usuário.

A tabela abaixo demonstra os serviços ofertados pela Proteção Social Básica em Mato Grosso do Sul de acordo com o Censo SUAS 2011:

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Tabela 21Serviços Ofertados pela Proteção Social Básica em MS

01

04

01

02

78

30

42

39

41

26

52

45

10

32

06

13

09

06

08

09

78

72

77

51

65

39

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)

Serviço de Convivência e Fortaleci-mento de Vínculos para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos

Serviço para Idosos

Serviço de Convivência e Fortaleci-mento de Vínculos para Crianças de 0 a 6

Serviço de Convivência e Fortaleci-mento de Vínculos para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos

Serviço de PSB no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas

6

1

27

13

39

Na própria sede do órgão Gestor

Em outra unidade pública

Municípios que realiza No CRAS

Em entidade conveniada

Municípios que não realiza

Fonte: Censo SUAS, 2012

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Os serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica, ofertados pela rede de atendimento socioassistencial existente em Mato Grosso do Sul, em sua maioria (76%), são realizados em unidades públicas, ou seja, governamentais, conforme demonstrado no gráfico a seguir:

GráficopizzaServiços de Proteção Social Básica Ofertados em MS

d)Programas,ProjetoseBenefícios

• ProgramaBPCnaEscolaO programa BPC na Escola, criado pela Portaria Normativa Interministerial nº 18, de 24 de abril de 2007, tem como objetivo desenvolver ações intersetoriais, visando garantir o acompanhamento e monitoramento ao acesso e à permanência na escola de crianças e adolescentes com deficiência, de 0 a 18 anos. Tem como principal diretriz a identificação das barreiras que impedem ou dificultam o acesso e a permanência de crianças e adolescentes com deficiência na escola e o desenvolvimento

2%

8%

27%

47%

16%

Sede Órgão Gestor

Não Realiza

Unidade Privada

Unidade Pública

CRAS

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de ações intersetoriais, envolvendo as políticas de educação, de assistência social, de saúde e de direitos humanos, com vistas à superação dessas barreiras.O BPC na Escola tem quatro eixos principais:1) identificar, entre os beneficiários do BPC até

18 anos, aqueles que estão na escola e aqueles que estão fora da escola;

2) identificar as principais barreiras para o acesso e a permanência na escola das pessoas com deficiência beneficiárias do BPC;

3) desenvolver estudos e estratégias conjuntas para superação dessas barreiras;

4) manter acompanhamento sistemático das ações e programas dos entes federados que aderirem ao programa.

• ProgramaBPCnoTrabalhoO Programa de Promoção do Acesso das Pessoas com Deficiência Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social à Qualificação Profissional e ao Mundo do Trabalho – Programa BPC no Trabalho, foi instituído pela Portaria Interministerial MDS/MEC/MTE/SDH-PR nº 2, de 2 de agosto de 2012.Tem como objetivo articular ações intersetoriais para promover o protagonismo e a participação social dos beneficiários com deficiência do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC, com idade prioritariamente entre 16 a 45 anos, por meio da superação de barreiras, fortalecimento da autonomia, acesso à qualificação profissional e ao mundo do trabalho. O Programa BPC no Trabalho é executado pela União, por meio dos Ministérios do

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Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS, Ministério da Educação (MEC), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), envolvendo compromissos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

• ProgramaNacionaldePromoçãodoAcessoaoMundodoTrabalho–ACESSUAS/TRABALHODe acordo com a Resolução CNAS nº 33/2011, este Programa possui o objetivo de promover a integração dos usuários da assistência social ao mundo do trabalho por meio de ações articuladas e de mobilização social. A integração ao mundo do trabalho dar-se-á por meio da integração de ações das diversas políticas públicas, cabendo à Assistência Social viabilizar a promoção do protagonismo, a participação cidadã e a mediação do acesso ao mundo do trabalho. Suas ações poderão ser executadas de forma direta pelo município ou DF ou em parceria com entidades e organizações de assistência social.Cabe ao Órgão Gestor Estadual da Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul o apoio técnico aos municípios, principalmente em relação à articulação com diversos setores e políticas.

• ProgramaBolsaFamíliaO Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda para famílias pobres e extremamente pobres, criado por meio da Lei nº 10.836/2004. O Programa possui três eixos principais focados na transferência de renda, condicionalidades e ações, e programas complementares.

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As condicionalidades devem ser entendidas como um contrato entre as famílias e o poder público. O objetivo dessas condicionalidades é contribuir para facilitar e ampliar o acesso das famílias aos serviços de saúde e de educação.As condicionalidades se tornam o principal instrumento para fortalecer o acesso das famílias em situação de vulnerabilidade social a esses direitos.Programas complementares são aqueles que, articulados juntamente com outras políticas, e mesmo com entidades da sociedade, buscam o desenvolvimento de capacidades das famílias, como meio para que essas saiam do patamar de pobreza em que se encontram atingindo emancipação financeira e maior acesso aos serviços.

• ProgramadeErradicaçãodoTrabalhoInfantilO Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) compõe o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e tem três eixos: transferência direta de renda às famílias com crianças ou adolescentes em situação de trabalho, serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças/adolescentes até 16 anos e acompanhamento familiar por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O PETI articula um conjunto de ações visando à retirada dessas crianças e adolescentes de até 16 anos das práticas de trabalho infantil, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos. Com isso, o PETI oportuniza o acesso à escola formal, saúde, alimentação, esporte, cultura, lazer e profissionalização, bem como,

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a convivência familiar e comunitária.Cabe às famílias incluídas no PETI o comprometimento da retirada das crianças e adolescentes de até 16 anos das atividades de trabalho e exploração, a retirada das crianças/adolescentes até 18 anos das atividades previstas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, bem como, o cumprimento das condicionalidades atribuídas pelo Governo Federal, nas áreas da educação, saúde e assistência social. Ao ingressar no PETI, a família tem acesso à transferência de renda do Bolsa Família, quando atender aos critérios de elegibilidade, devido ao processo de integração dos programas.

• ProgramaValeRendaO Vale Renda, instituído pela Lei nº 3.782, de 14 de novembro de 2009, é um programa de transferência de renda estadual, que tem o objetivo de desenvolver ações voltadas para as famílias sul-mato-grossenses em situação de vulnerabilidade socioeconômica, auxiliando-as no trajeto para a independência e melhores condições de vida em um futuro mais digno.Em todos os municípios do Estado, há equipes que visitam, cadastram e fazem acompanhamento das famílias, verificando se atendem aos critérios pré-estabelecidos e, em caso positivo, orientando-as para o posterior cumprimento das condicionalidades do Programa Vale Renda.As famílias devem ter renda per capita inferior ou igual a meio salário mínimo; residir no Estado há pelo menos dois anos; e não ser beneficiária de outro programa social do governo federal, estadual ou municipal, exceto

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quando o valor total dos benefícios recebidos seja inferior ou igual a meio salário mínimo per capita ou haja a integração de programas sociais entre as esferas governamentais. A inserção no Programa Vale Renda também representa para as famílias ganhos de participação cidadã como: curso de alfabetização de jovens e adultos em caso de membro analfabeto ou semianalfabeto e participação em cursos profissionalizantes, de qualificação profissional ou de geração de emprego e renda.

• BenefíciosEventuaisOs Benefícios Eventuais, tratados no artigo 22 da LOAS, são definidos como provisões gratuitas implementadas em espécie ou pecúnia, que visam cobrir necessidades temporárias em razão de contingências relativas a situações de vulnerabilidades momentânea, em geral relacionadas ao ciclo de vida, a situações de desvantagem pessoal ou a ocorrências de incertezas que representam perdas e danos. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por meio da Resolução nº 212, de 19 de outubro de 2006, e a União, por intermédio do Decreto nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007, estabeleceram critérios orientadores para a regulamentação e provisão de benefícios eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. O CNAS, em 2010, após criação de Grupo de Trabalho específico, aprovou a Resolução nº 39, de 9 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o processo de reordenamento dos Benefícios Eventuais no

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âmbito da Política de Assistência Social em relação à Política de Saúde.No âmbito do Estado Mato Grosso do Sul, os Benefícios Eventuais foram regulamentados em 2008, por meio da Deliberação CIB n° 151, de 1º de dezembro de 2008, aprimorados em 2011 pela Deliberação CIB nº 218, de 10 de setembro de 2011, e aprovados pelo CEAS em 2011, com a Deliberação CEAS n° 101, de 2 de dezembro de 2011.Hoje, os Benefícios Eventuais em MS são ofertados em todos os municípios, custeados com recursos próprios e da esfera estadual, sendo que todos estão regulamentados de acordo com o Decreto nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007.

• BenefíciodePrestaçãoContinuada(BPC)O Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi instituído pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), e pelo Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007, e Decreto nº 6.554, de 12 de setembro de 2008.O BPC é financiado com recursos provenientes do orçamento da Seguridade Social e é repassado ao INSS pelo Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS), por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).O BPC garante um salário mínino à pessoa com deficiência, incapacitada para a vida independente e para o trabalho, e ao idoso, com 65 anos ou mais, que comprovem não possuir meios para prover a própria subsistência ou de tê-la provida por sua família.

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A Lei nº 12.435, de 6/7/2011, em seu artigo 20 e parágrafos 1º, 3º, 4º e 5º, reforça que a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.O Benefício não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da Seguridade Social (como, por exemplo, aposentadoria), exceto assistência à saúde e pensão especial de natureza indenizatória (por exemplo, pensão para pessoas atingidas pela hanseníase), sendo que, nesse caso, o valor dessa pensão passa a contar como renda familiar. A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou pessoa com deficiência ao BPC.De acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741/2003, o BPC de uma pessoa idosa não entra no cálculo da renda mensal familiar para concessão do benefício a outro idoso da mesma família.Para requerer o BPC não é necessário nenhum intermediário e não é preciso pagar por isso. O requerimento deve ser feito em um dos CRAS implantados nos 78 municípios de Mato Grosso do Sul.A cada dois anos deve ser verificado se o beneficiário continua atendendo aos critérios

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de elegibilidade do BPC, conforme determina o artigo 21 da LOAS.

• PasseLivreIntermunicipalO Passe Livre Intermunicipal assegura o direito de pessoas com deficiência e idosos, acima de 60 anos, que tenham renda familiar de até dois salários mínimos, viajarem entre as cidades do Estado de Mato Grosso do Sul, em transporte convencional, sem o pagamento de passagem. O benefício está assegurado na Lei nº 4.086, de 20 de setembro de 2011.

A proteção social especial (PSE) é a modalidade de atendimento destinada às famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Atua com natureza protetiva, com ações que requerem o acompanhamento familiar e individual e maior flexibilidade nas soluções. Comporta encaminhamentos efetivos e monitorados, apoio e processos que assegurem qualidade na atenção.

Promove, por meio de programas, projetos e serviços especializados de caráter continuado, a potencialização de recursos para a superação e prevenção do agravamento de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, tais como: violência física, psicológica, negligência, abandono, violência sexual (abuso e exploração), situação de rua, trabalho infantil, práticas de ato infracional, fragilização ou rompimento de vínculos, afastamento do convívio familiar, entre outras.

2.5.2 Proteção Social Especial

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Assim, as ações da PSE devem ter centralidade na família e como pressuposto o fortalecimento e o resgate de vínculos familiares e comunitários, ou a construção de novas referências, quando for o caso. As linhas de atuação com as famílias em situação de risco devem abranger desde o provimento de seu acesso a serviços de apoio e sobrevivência, até sua inclusão em redes sociais de atendimento.

Os serviços de proteção social especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direito exigindo, muitas vezes, uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo, no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social.

A PSE está hierarquizada em proteção social especial de média complexidade e proteção social especial de alta complexidade, e embora conservem algumas especificidades nos dois níveis de complexidade, a oferta dos serviços especializados na PSE tem caráter continuado, devendo ser organizada em consonância com a realidade dos territórios, por meio de um desenho homogêneo que assegure uma padronização nacional no âmbito do SUAS, com flexibilidade para as necessárias adaptações locais, tendo em vista maior qualificação em sua oferta.

São considerados serviços de média complexidade aqueles que oferecem atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares e comunitários

2.5.2.1 ProteçãoEspecial de Média Complexidade

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não foram rompidos, embora possam estar fragilizados ou ameaçados. Requerem maior estruturação técnico-operacional e atenção especializada e mais individualizada, e, ou, acompanhamento sistemático e monitorado.

No âmbito da atuação da proteção social especial de média complexidade, constituem unidades de referência para a oferta de serviços o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que obrigatoriamente oferta o serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), e o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), que oferta obrigatoriamente o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

O CREAS é a unidade pública de abrangência e gestão municipal ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial.

O papel do CREAS no SUAS, portanto, define suas competências que, de modo geral, compreendem:

• Ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuado para famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos, conforme dispõe a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais;

• A gestão dos processos de trabalho na Unidade, incluindo a coordenação técnica e administrativa da equipe, o planejamento, monitoramento e avaliação das ações, a organização e execução direta do trabalho social no âmbito dos serviços ofertados, o relacionamento cotidiano com a rede e o registro de informações, sem prejuízo das competências do órgão gestor de assistência social em relação à Unidade.

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A rede socioassistencial do Estado conta com 62 CREAS implantados, em 60 municípios, ofertando prioritariamente o serviço de PAEFI, e em 47 municípios os CREAS recebem cofinanciamento para realização de Medidas Socioeducativas.

É no CREAS que também são atendidas as famílias de crianças e adolescentes que estão em situação de risco pessoal e social devido ao trabalho infantil que serão incluídas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).

Figura 13Quantidade de unidades CRAS por município

Corumbá

Ladário

Sonora

PedroGomes

Coxim

Alcinópolis

erde deMato Grosso

Costa Rica

Chapadãodo Sul

Camapuã

São Gabrieldo Oeste

ParanaíbaInocência

Aparecidado Taboado

Água Clara Selvíria

Três Lagoas

Aquidauana

RioNegro

Corguinho Bandeirantes

Rochedo

Jaraguari

Ribas doRio Pardo

CampoGrande

BrasilândiaSanta Ritado Pardo

Miranda

Bodoquena

Bonito

PortoMurtinho

Nioaque

Anastácio

Dois Irmãosdo Buriti

Terenos

Sidrolândia

Maracaju

Guia Lopesda Laguna

Jardim

Caracol Bela Vista

Porã

Nova Alvoradado Sul

Itaporã

DouradosFátima do Sul

LagunaCarapã

Amambaí

CoronelSapucaia

Tacuru

Pa

Figueirão

Bataguassu

Anaurilândia

Rio Brilhante

NovaAndradina

Batayporã

Douradina

Angélica

Deodápolis

Vicentina

IvinhemaGlória deDourados

Novo Horizontedo Sul

Jateí Taquarussu

Caarapó

Juti

Naviraí

Iguatemi

Paraísodas

Águas

ranhos

Antônio João

Ponta

Aral Moreira

Sete Quedas Mundo Novo

Japorã

Eldorado

Itaquiraí

Cassilândia

Rio V

Fonte: MDS, outubro 2012

Qtd_CREAS_

cadSUAS_29_06

1

2

3

4 ou mais

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A capital do Estado, Campo Grande, conta também com uma unidade de Centro POP.

De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, a proteção social de média complexidade oferta os seguintes serviços, que são realizados no CREAS e/ou unidade específica a ele referenciada e no Centro de Referência Especializado em Situação de Rua:

a) ServiçodeProteçãoeAtendimentoEspecializadoaFamílias e Indivíduos (PAEFI)

O serviço deve prover apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos por ocorrência das diversas formas de violência, abandono, negligências, vivência do trabalho infantil e outras formas de violação de direito. Compreende atenções e orientações que contribuem para o fortalecimento das famílias diante das situações que as vulnerabilizam. Articula-se com as atividades e atenções prestadas às famílias nos demais serviços socioassistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.

b) ServiçoEspecializadoemAbordagemSocial É um serviço ofertado de forma continuada e

programada, com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique nos territórios a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, entre outras. Nessa direção, o serviço oferta atendimento a crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência.

Os espaços de desenvolvimento dessas ações são as praças, entroncamento de estradas, fronteiras,

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espaços públicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulação de pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus, trens e outros.

O serviço deve buscar a resolução de necessidades imediatas e promover o acesso do indivíduo ou família à rede de serviços socioassistenciais e às demais políticas públicas, na perspectiva da garantia dos direitos.

c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas deLiberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade

As medidas socioeducativas, cujas disposições gerais encontram-se previstas nos artigos 112 a 130 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei nº 8.069/90), são aplicáveis aos adolescentes que incidirem na prática de atos infracionais.

A medida socioeducativa é a manifestação do Estado em resposta ao ato infracional praticado por adolescentes menores de 18 anos, cuja aplicação objetiva inibir a reincidência, desenvolvida com a finalidade pedagógico-educativa. A Aplicação da Medida Socioeducativa deve respeitar a capacidade do adolescente em cumpri-las, as circunstâncias em que o ato infracional foi praticado e a gravidade da infração, pois cada adolescente traz consigo sua história e trajetória.

Este serviço tem a finalidade de prover a atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, determinadas judicialmente.

Ofertado obrigatoriamente no CREAS, este serviço atende adolescentes de 12 a 18 anos incompletos, ou jovens de 18 a 21 anos, em cumprimento de Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida (LA)

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 105

e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), aplicadas pelo Juiz da Infância e da Juventude.

Essas medidas devem contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens. É importante ressaltar que os direitos e obrigações desse público devem ser assegurados de acordo com as legislações específicas para o cumprimento da medida.

Em face da doutrina da proteção integral, preconizada pelo Estatuto da Criança do Adolescente, em seu artigo 1º, temos que as medidas aplicáveis possuem como desiderato principal demonstrar o desvalor da conduta do adolescente e afastá-lo da sociedade num primeiro momento, como medida profilática e retributiva, possibilitando-lhe reavaliação da conduta e recuperação, preparando-lhe para a vida livre, a fim de que, num segundo momento, seja reinserido na sociedade. Não se trata de pena, embora presente o caráter retributivo, pois o objetivo e natureza da medida socioeducativa não é punir, mas primordialmente ressocializar.

• LiberdadeAssistidaConforme estabelece o ECA em seu artigo 118, a liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar como a mais adequada para o acompanhamento, auxílio e orientação do adolescente. O adolescente deverá ser atendido por uma equipe multidisciplinar (psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, educador social), a qual elaborará, em conjunto com o adolescente e a família, o Plano Individual de Acompanhamento (PIA), que será desenvolvido por meio de orientações, inserção em programas sociais, garantia de direito e acompanhamento do desenvolvimento global do adolescente.

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O envolvimento da família e da comunidade é ponto central para a eficácia da aplicação de uma medida socioeducativa em meio aberto. O objetivo não é apenas o retorno, mas a permanência do adolescente em sua comunidade.

• PrestaçãodeServiçoàComunidade(PSC)A medida de prestação de serviços à comunidade deverá se configurar em tarefas gratuitas e de interesse geral e social, com jornada de oito horas semanais, sem prejuízo da escola ou trabalho. O serviço deverá identificar no município os locais para a prestação de serviços, como por exemplo: entidades sociais, programas comunitários, hospitais, escolas.É o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) que propõe diretrizes para uma política pública voltada para a implementação das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Estabelece um conjunto de regras e critérios de caráter jurídico político, pedagógico, financeiro e administrativo que devem ser seguidos durante o processo de apuração de ato infracional cometido por adolescentes até a execução de medida socioeducativa.Os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto e suas famílias (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade) são acolhidos nos CREAS, encaminhados e acompanhados no cumprimento das medidas. No CREAS, o atendimento deverá priorizar três eixos:

- Atendimento e apoio aos adolescentes.

- Promoção social às famílias.

- Participação comunitária

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 107

d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoascom Deficiência, Idosas e suas Famílias

O serviço deve promover o atendimento especializado a famílias com pessoas com deficiência e idosos com algum grau de dependência que tiveram suas limitações agravadas por violação de direitos, tais como: exploração da imagem, isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da família, falta de cuidados adequados por parte do cuidador entre outras. Também é possível realizar o atendimento no domicílio do usuário.

As ações devem possibilitar ainda a ampliação das redes sociais de apoio e o acesso a benefícios, programas de transferência de renda, serviços socioassistenciais, políticas públicas setoriais e órgãos de defesa de direitos, quando for o caso.

O serviço tem ainda a finalidade de potencializar a autonomia, a independência e a inclusão social da pessoa com deficiência e pessoa idosa, com vistas à melhoria de sua qualidade de vida. A ação deverá estar pautada no reconhecimento do potencial da família e do cuidador, apoiando-os no exercício da função.

e) ServiçoEspecializadoparaPessoasemsituaçãodeRua Este serviço é ofertado no Centro de Referência

Especializado para População em Situação de Rua – Centro POP, para pessoas jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam as ruas como espaço de moradia.

Tem como finalidade assegurar atendimento e atividades voltadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida.

Deve ofertar, ainda, atendimento voltado à análise das fragilidades dos usuários, acompanhamento individual

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e grupal e encaminhamentos à rede socioassistencial e às demais políticas públicas, tendo em vista a inclusão em uma rede de proteção social, visando contribuir para ações de reinserção familiar ou comunitária e construção de novos projetos de vida de pessoas em situação de rua, pautada na postura de respeito às escolhas individuais de cada sujeito.

A tabela abaixo demonstra os serviços ofertados pela Proteção Social Especial de Média Complexidade em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Censo SUAS 2011.

Tabela 22Serviços Ofertados pela Proteção Social Especial de Média Complexidade em MS

-

05

04

09

60

48

47

58

-

05

03

03

-

23

08

01

60

65

56

69

PAEFI

Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias

Serviço Especializado para Pessoas em situação de Rua

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumpri-mento de Medidas Socioedu-cativa de LA e de PSC

18

13

22

09

Na própria sede do órgão Gestor

Em outra unidade pública

Municípios que realiza No CRAS

Em entidade conveniada

Municípios que não realiza

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 109

Os serviços socioassistenciais de Proteção Social Especial de Média Complexidade, ofertados pela rede de atendimento socioassistencial existente em Mato Grosso do Sul, semelhante à Proteção Social Básica, representados em sua maioria por 72%, são realizados em unidades governamentais, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Tabela 22 - ContinuaçãoServiços Ofertados pela Proteção Social Especial de Média Complexidade em MS

05 48 03 01 55

Serviço Especiali-zado em Abordagem Social

23

Fonte: Censo SUAS, 2012

Na própria sede do órgão Gestor

Em outra unidade pública

Municípios que realiza No CRAS

Em entidade conveniada

Municípios que não realiza

6%

3%

Sede Órgão Gestor

Não Realiza

Unidade Privada

Unidade Pública

CRAS

20%

63%

8%

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Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são aqueles que oferecem atendimento às famílias e indivíduos que se encontram em situação de abandono, ameaça ou violação de direitos, necessitando de acolhimento provisório, fora de seu núcleo familiar de origem.

Esses serviços devem garantir proteção integral aos indivíduos ou famílias em situação de risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados, por meio de serviços que garantam o acolhimento em ambiente com estrutura física adequada, oferecendo condições de moradia, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade. Os serviços também devem assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares e/ou comunitários e o desenvolvimento da autonomia dos usuários.

É importante destacar que os princípios do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) devem trabalhar e funcionar de forma integrada e articulada com outros Sistemas. Ressaltamos aqui o Sistema de Garantia de Direitos, que se constitui na articulação e integração das instâncias públicas governamentais e da sociedade civil, na aplicação de instrumentos normativos e no funcionamento dos mecanismos de promoção, defesa e controle para a efetivação dos direitos da criança e do adolescente.

Todos os serviços que compõem a PSE de Alta Complexidade devem estar de acordo com a Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, que dispõe sobre a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.

2.5.2.2 Proteção Especial de Alta Complexidade

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 111

a) Serviço de Acolhimento Institucional Este serviço é responsável por ofertar acolhimento

em diferentes tipos de equipamentos, ou seja, Abrigo Institucional, Casa Lar, Casa de Passagem, Residência Inclusiva, destinados a famílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteção integral.

A organização do serviço deverá garantir privacidade e respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual.

O atendimento prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário. Os equipamentos devem funcionar em unidades inseridas na comunidade com características residenciais, ambiente acolhedor e estrutura física adequada, oferecendo condições de habitabilidade, higienização, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade.

O serviço deve ser adequado às especificidades do público atendido – crianças e adolescentes, adultos e famílias, jovens e adultos com deficiência, idosos, mulheres em situação de violência –, respeitando os princípios, diretrizes e orientações do ECA, dos Estatutos do Idoso e da Pessoa com Deficiência e demais legislações em vigor.

Para o acolhimento de adultos e/ou famílias, o Estado conta com dezessete Unidades que executam o atendimento dessa demanda específica.

O serviço de acolhimento para mulheres em risco de morte, acompanhadas ou não de seus filhos, é executado em duas Unidades no Estado, uma em Campo Grande e outra em Dourados.

O acolhimento para jovens e adultos com deficiência é realizado em sete Unidades no Estado e 51 ofertam serviços para idosos em Instituições de Longa

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112 | Governo de Mato Grosso do Sul | Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

Permanência para Pessoa Idosa (ILPIS) em 47 municípios.

b) Serviço de Acolhimento em Repúblicas O serviço oferece proteção, apoio e moradia

subsidiada a grupos de jovens entre dezoito e 21 anos em estado de abandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados; ou, ainda, àqueles em processo de desligamento de instituições de acolhimento, que não tenham possibilidade de retorno à família de origem ou de colocação em família substituta e que não possuam meios para autossustentação.

No Estado, não foi identificado nenhum serviço institucional para jovens acima de dezoito anos na modalidade de República; porém, sabe-se que existe grande demanda de jovens que se encontram em processo de desligamento de instituições de acolhimento, que não têm possibilidade de retorno à família de origem ou de colocação em família substituta e que não possuem meio de autossustentação.

c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora É o serviço de acolhimento provisório para crianças

e adolescentes afastados do convívio familiar por meio de medidas protetivas (ECA, art. 101), em função de abandono ou cujas famílias encontrem-se temporariamente impossibilitadas de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na impossibilidade, encaminhamento para a adoção.

O serviço é o responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras. O acompanhamento da equipe deve abranger a criança

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 113

e/ou adolescente acolhido e também sua família de origem, com vistas à reintegração familiar.

Segundo o Censo SUAS 2011, em Mato Grosso do Sul, quinze municípios possui Programa/Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora para Criança e Adolescente: Alcinópolis, Bela Vista, Bodoquena, Camapuã, Figueirão, Laguna Carapã, Mundo Novo, Paranhos, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Sete Quedas, Selvíria, Sidrolândia e Tacuru.

d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergência Acolhimento para Adultos e Famíliasa

Este serviço é responsável por promover apoio e proteção à população atingida por situações de emergência e calamidade pública, com a oferta de alojamen¬tos provisórios, atenções e provisões materiais, conforme as necessidades detectadas.

Deve assegurar a articulação e a participação de todos os setores da sociedade para a minimização dos danos ocasionados e o provimento das necessidades verificadas.

Mato Grosso do Sul dispõe dos seguintes atendimentos na rede socioassistencial da Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

A tabela abaixo demonstra, os serviços ofertados pela Proteção Social Especial de Média Complexidade em Mato Grosso do Sul de acordo com o Censo SUAS 2011.

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No Censo SUAS 2012, foi apontado um total de 177 unidades prestadoras de serviços de alta complexidade, entre as quais 55% são da rede privada de atendimento socioassistencial (não governamental), ao contrário das demais proteções sociais. Ainda, quanto aos Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, nove municípios informaram no Censo SUAS 2012 que executam o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora.

• RegionalizaçãodosServiçosdeAlta Complexidade

A regionalização é de fundamental importância para as gestões estadual e municipal no atendimento dos serviços socioassistenciais à população, constituindo a consolidação do SUAS, que tem como fundamento a territorialização das ações do governo, o qual prioriza a matricialidade sociofamiliar e a intersetorialidade das políticas públicas no

Tabela 23Serviços de Proteção Social Especial Alta Complexidade Ofertados pelos Municípios de MS

- para crianças e adolescentes 58 20 45 38

- para idosos 46 32 18 37

- para pessoa em situação de rua 15 63 5 10

- para pessoa com deficiência 14 64 6 13

- para mulheres vítimas de violência 4 74 4 0

Unidade de Acolhimento em República

- para jovens (maiores de 18 anos) 0 78 0 0

- para adultos em processo de saída das ruas 0 78 0 0

- para idosos 1 77 1 0

Unidade de Acolhimento

Institucional (Abrigos)

Fonte: Censo SUAS, 2012

Sim NãoUnidades

Públicas

Unidades

Privadas

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 115

sistema de serviços, benefícios e ações da assistência social, de caráter permanente ou eventual. Tais referências de regionalização estão presentes nas diretrizes da NOB/SUAS.

A implantação do Serviço Regional com gestão compartilhada dos serviços segundo NOB/SUAS deve ser:

No Estado de Mato Grosso do Sul, instrumentos de pesquisa, aplicados nos municípios, apontam demanda reprimida que necessita de serviços especializados.A consolidação da política pública é direito de todos e passa por inúmeros desafios; portanto, é necessário buscar incorporar as demandas presentes na sociedade, unindo esforços nas três esferas de governo, na implantação ou implementação dos serviços socioassistenciais, assegurando, dessa forma, os direitos constitucionais, com padrões de qualidade nos serviços.

Algumas ações e serviços da Assistência Social

não podem ser estruturados apenas na escala

dos municípios, ou porque não possuem em seu

território condições de oferecer serviços de alta e

média complexidade, ou porque existem municípios

que apresentam serviços de referência como pólos

regionais que garantem o atendimento da sua

população e de seus municípios. (NOB/SUAS. 2012)

Nos casos em que a demanda do município não

justificar a disponibilização, no seu âmbito, de

serviços continuados no nível de proteção social

especial de média complexidade, ou, nos casos em

que o município, devido ao seu porte ou nível de

gestão, não tenha condições de gestão individual

de um serviço em seu território. (NOB/SUAS, 2012)

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A regionalização deverá ser realizada com os municípios que apresentarem maior estrutura para os atendimentos e com localização geográfica próxima dos municípios que não dispõem de recursos para desenvolver os serviços os que necessitam de intervenções específicas e emergenciais em situação de violação de direitos, de forma a viabilizar o acesso dos usuários aos atendimentos ou da equipe técnica aos municípios vinculados.A implantação do Serviço Regional deverá ocorrer por iniciativa do Estado ou de grupos de municípios que, por não possuirem estruturas operacionais tais como: equipamentos, estrutura física, e outras, buscarão, com a regionalização do serviço, otimizar recursos humanos e financeiros, com o objetivo de atender à demanda reprimida de sua cidade. A regionalização deve ser elaborada sobre a base territorial com o maior nível de especificação possível, de forma a reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.O Estado tem o compromisso na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, devendo assegurar a igualdade na distribuição de bens e serviços, ofertar ações permanentes, no sentido de garantir a proteção social àqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade. Deve assumir a responsabilidade de regular, cofinanciar, coordenar e supervisionar o funcionamento dos serviços de âmbito regional, desde sua implantação até a execução, com a participação dos municípios envolvidos.

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3

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Gestão da Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul na Perspectiva do Sistema Único de Assistência Social – SUAS

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A Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul tem por funções a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos, e organiza-se pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que é um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, tendo por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social.

Sua base legal fundamenta-se nos compromissos da PNAS/2004, da Norma Operacional Básica e respeito à diversidade das regiões, decorrente de características culturais, socioeconômicas e políticas em cada esfera de gestão, da realidade das cidades e da sua população urbana e rural, reconhecendo as diferenças e desigualdades regionais e municipais, que condicionam os padrões de cobertura do sistema e os seus diferentes níveis de gestão, devendo ser consideradas no planejamento e execução das ações.

3 Gestão da Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul na Perspectiva do Sistema Único de Assistência Social – SUAS

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Os eixos estruturantes do SUAS de Mato Grosso do Sul estão definidos a partir da Política Nacional de Assistência Social:

A PNAS 2004 estabelece que os serviços socioassistenciais no SUAS sejam organizados segundo as seguintes referências: vigilância social, proteção social e defesa social e institucional.

• Matricialidade sociofamiliar.

• Descentralização político-administrativa e territorialização.

• Novas bases para a relação entre Estado e sociedade civil.

• Financiamento.

• Controle social.

• O desafio da participação popular/cidadão usuário.

• A Política de Recursos Humanos.

• A informação, o monitoramento e a avaliação.

• Vigilância Social: refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre famílias/pessoas (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, pessoas com deficiência); vigilância sobre os padrões de serviços de assistência social, em especial aqueles que operam na forma de albergues, abrigos, residências, semirresidências, moradias provisórias para os diversos segmentos etários

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- Direito ao atendimento digno, atencioso e respeitoso,ausente de procedimentos vexatórios e coercitivos.- Direito ao tempo, de modo a acessar a rede de serviço com reduzida espera e de acordo com a necessidade.- Direito à informação, como direito primário do cidadão, sobretudo àqueles com vivência de barreiras culturais, de leitura, de limitações físicas.- Direito do usuário ao protagonismo e manifestação de seus interesses.- Direito do usuário à oferta qualificada de serviço.- Direito de convivência familiar e comunitária.

Com a Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011, que alterou a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, regulamenta o SUAS e em seu artigo 6º estabelece seus objetivos:

I consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento

e a cooperação técnica entre os entes federativos

que, de modo articulado, operam a proteção social

não contributiva;

• Proteção Social:- segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia; - segurança de convívio ou vivência familiar; - segurança de acolhida.

• Defesa Social e Institucional: a proteção básica e a especial devem ser organizadas de forma a garantir aos seus usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa. São direitos socioassistenciais a serem assegurados na operação do SUAS a seus usuários:

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- Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social.

- Descentralização político-administrativa e comando único das ações em cada esfera de governo.

- Financiamento partilhado entre os entes federativos.

- Matricialidade sociofamiliar.

- Territorialização.

- Fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil;

- Controle social e participação popular.

As diretrizes e princípios que organizam o SUAS em Mato Grosso do Sul são fundamentais para garantir maior unidade no processo de implementação da política pública de Assistência Social, sem, contudo, desconsiderar as diversidades regionais que caracterizam o Estado.

São diretrizes estruturantes da gestão do SUAS:

II integrar a rede pública e privada de serviços,

programas, projetos e benefícios de assistência social,

na forma do art. 6o-C;

III estabelecer as responsabilidades dos entes federativos

na organização, regulação, manutenção e expansão

das ações de assistência social;

IV definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades

regionais e municipais;

V implementar a gestão do trabalho e a educação

permanente na assistência social;

VI estabelecer a gestão integrada de serviços e

benefícios; e

VII afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia

de direitos.

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O Pacto de Aprimoramento de Gestão do SUAS é o instrumento pelo qual se concretizam as metas e as prioridades do Estado no âmbito do SUAS, e se constitui em mecanismo de indução do aprimoramento da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

Outro instrumento importante para a gestão é o Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de Assistência Social (IGDSUAS)8, responsável pela aferição da qualidade da gestão descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, bem como, da articulação

- Universalidade: todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela necessitar, com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem discriminação de qualquer espécie ou comprovação vexatória da sua condição.

- Gratuidade: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou contrapartida, observado o que dispõe o artigo 35, da Lei n.º 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso.

- Integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

- Intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas e órgãos setoriais.

- Equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco.

São princípios organizativos do SUAS:

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intersetorial, no âmbito dos municípios e Estado.A gestão da Política de Assistência Social no Estado de

Mato Grosso do Sul obteve muitos avanços nos últimos anos. A padronização das nomenclaturas e serviços se dá principalmente pela efetividade da política de monitoramento executada pelo Estado.

A efetivação da Política Estadual de Assistência Social pode ser mensurada pela existência formal nos municípios dos Planos de Assistência Social, Conselhos de Assistência Social e Fundos de Assistência Social, conforme estabelecido no artigo 30 da LOAS. Em Mato Grosso do Sul, 100% dos municípios estão com os Conselhos de Assistência Social (CAS) em funcionamento, com os Fundos de Assistência Social (FAS) constituídos, com CNPJ próprio, como também com os Planos de Assistência Social em vigência e aprovados.

O Plano de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da Política de Assistência Social na perspectiva do SUAS. A elaboração do Plano Estadual de Assistência Social é de responsabilidade do órgão gestor estadual da política, que o submete à pactuação da Comissão Intergestores Bipartite e à aprovação do Conselho Estadual de Assistência Social.

Atento à necessidade de consolidar a política de assistência social, o Estado tem atuado no sentido de editar leis que complementam a regulação dessa política no âmbito estadual, e de promover o debate sobre questões fundamentais para a área social.

A Política Nacional de Assistência Social e a Lei nº 12.435/2012 trazem as bases da criação e implantação do Sistema Único de Assistência Social, que vem resignificar o Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social,

8 Trata-se de um índice que varia de 0 (zero) a 1 (um) e mostra a qualidade da gestão do SUAS. Quanto mais próximo de 1 estiver o índice, maior é o valor do apoio financeiro repassado aos entes como forma de incentivo ao aprimoramento da gestão, considerando o teto orçamentário e financeiro. Com base nos resultados apurados, os entes que apresentarem bom desempenho, considerando os critérios das normativas do SUAS, receberão os recursos para investir em atividades voltadas ao aprimoramento da gestão do SUAS.

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Em 2000, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a PUC-SP, desenvolveu um sistema informacional de gestão social denominado Sistema de Informação em Gestão Social (SIGS), com o objetivo de cadastrar e acompanhar as famílias beneficiadas com o programa de transferência de renda estadual.

O SIGS é um sistema de gestão cuja apresentação baseia-se em um conjunto de ferramentas Web, inicialmente orientado à gestão de programas sociais estaduais de

determinar e disciplinar a gestão da Política de Assistência Social no Estado, reafirmando os direitos socioassistenciais do cidadão e o dever do Estado previstos em Lei.

Portanto, para a solidificação da gestão do SUAS, se faz necessária a implementação de ferramentas de informação, responsáveis por promover e fortalecer a padronização e mensuração dos dados disponibilizados e o monitoramento e a avaliação dos serviços ofertados.

3.1 Sistema de Informação em Gestão Social (SIGS)

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complementação de renda, que vem sendo adequado à gestão de outros programas sociais estaduais, tais como: Programa Vale Universidade (PVU), Programa Vale Universidade Indígena (PVUI) e Unidades Socioeducativas.

A SETAS, em parceria com a Superintendência de Gestão da Informação (SGI), implementou o SIGS, disponibilizando, em 2008, o Sistema Rede SUAS MS, que tem o objetivo de gerenciar e controlar a gestão da Política de Assistência Social no Estado, na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social, com base no Sistema de Informação Nacional.

O SIGS - Rede SUAS MS é um sistema de informação alimentado via Internet, capaz de auxiliar o monitoramento e a avaliação da gestão da Política de Assistência Social em Mato Grosso do Sul.

Atualmente, estão disponíveis no Rede SUAS MS os seguintes módulos gerenciais: Prefeitura Municipal, Órgão Gestor Municipal de Assistência Social, Recursos Humanos, Unidades Executoras, Fundos, Plano de Ação, Demonstrativo Sintético Físico Financeiro, Censo - Relatório de Gestão e Conselho Municipal de Assistência Social. Cabendo destacar que o Sistema está em processo de desenvolvimento constante, atendendo às demandas do SUAS.

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A vigilância socioassistencial instituída pela PNAS está ancorada em um conjunto integrado de conceitos e categorias que buscam estabelecer uma abordagem específica para a produção de conhecimentos aplicados ao planejamento e desenvolvimento da política de assistência social.

Essa abordagem evoca a apropriação e utilização de três conceitos chave: risco, vulnerabilidade, território, que inter-relacionados propiciam um modelo para análise das relações entre as necessidades e demandas de proteção social no âmbito da assistência social.

É uma área vinculada à Gestão do SUAS que possui estreita relação com as áreas de Proteção Social Básica e de Proteção Social Especial, responsáveis diretas pela oferta dos serviços socioassistenciais à população.

Tem como objeto central a realização da análise para adequação entre as necessidades da população e a oferta de serviços, com vistas à perspectiva do território. Esta visão de totalidade permite traçar melhores ações e estratégias para prevenção e redução de agravos, contribuindo para o planejamento, gestão e execução da política e dos serviços.

É importante garantir que a efetiva materialização da vigilância socioassistencial, conforme estabelece a PNAS, ocorre quando a gestão, o planejamento e execução dos serviços estão orientados para a produção e utilização de informações objetivas sobre a realidade social.

Com base nas referências da PNAS e da NOB SUAS, para alcançar seus objetivos, a Vigilância socioassistencial deve se organizar a partir de dois eixos:

3.2 Vigilância Socioassistencial

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A partir das informações obtidas nos CRAS e nos CREAS sobre recursos humanos, serviços oferecidos e infraestrutura existente, é possível definir os índices de desenvolvimento e quais as necessidades básicas de cada uma das unidades públicas da Assistência Social.

As atividades relacionadas à informação, monitoramento e avaliação no âmbito do SUAS estão incluídas na área de Vigilância Socioassistencial, sendo que o desenvolvimento de tais atividades possuem características próprias, como especificadas abaixo.

• Vigilância de Riscos e Vulnerabilidades : A vigilância de riscos e vulnerabilidades é responsável por realizar a identificação de situações de vulnerabilidade e risco dos indivíduos e famílias, permitindo que o SUAS desenvolva políticas de prevenção, monitoramento e adequação de serviços socioassistenciais.

• Vigilância sobre os Padrões dos Serviços: A vigilância de padrões de serviços busca sistematizar informações para contribuir com a melhoria da oferta de serviços socioassistenciais e utiliza como base de dados o Censo SUAS para a coleta de informações sobre os serviços da assistência social.

A informação é um instrumento imprescindível para consolidação do SUAS, aprimoramento de sua gestão e fortalecimento do Controle Social, visto que a produção de informações estruturadas, confiáveis e com regularidade é

3.2.1 Informação

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O monitoramento do SUAS deve ser realizado de forma articulada ao trabalho de avaliação, subsidiando-o em processos cujos indicadores sinalizem a necessidade de análises mais aprofundadas.

Constitui função inerente à gestão e ao controle social, que consiste no acompanhamento contínuo e sistemático, provendo informações que permitam a adoção de medidas corretivas para melhorar a qualidade, eficiência, eficácia no desenvolvimento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais em relação ao cumprimento de seus objetivos e metas.

É importante que o monitoramento executado pelo Estado se realize por meio da produção regular de indicadores e captura de informações. Dessa forma, os avanços de gestão tendem à qualificação permanente dos processos com avaliação de processo e resultados esperados.

3.2.2 Monitoramento

uma condição indispensável para a busca de qualidade e transparência na formulação e implementação da política de assistência social.

A partir da identificação do público que é destinatário e prioritário da Política de Assistência Social, definem-se sua trajetória, suas conquistas e se estabelece níveis de atendimento para que toda a Rede de Proteção Social contribua para o seu desenvolvimento e emancipação.

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A avaliação deve ser realizada por estudos específicos que analisam aspectos como relevância, eficiência, efetividade, resultados, impactos ou a sustentabilidade dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

O órgão gestor estadual tem a responsabilidade de reunir e processar dados e estatísticas por meio das ferramentas informacionais, e, depois, acompanhar o desenvolvimento das iniciativas com o monitoramento.

É responsável, também, por estabelecer parcerias com órgãos e instituições de pesquisa visando à produção de conhecimentos sobre a política e o sistema de Assistência Social em âmbito estadual.

3.2.3 Avaliação

3.3 Gestão do Trabalho

A Gestão do Trabalho no SUAS compreende o planejamento, a organização e a execução das ações relativas à valorização do trabalhador e estruturação do processo de trabalho institucional, envolvendo os desenhos organizacionais, educação permanente, desprecarização do trabalho, avaliação de desempenho, adequação dos perfis profissionais às necessidades do SUAS, processos de negociação do trabalho, sistemas de informação e planos de

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cargos, carreira e salários, entre outros aspectos.Em termos de atribuições para a implantação das ações

de Gestão do Trabalho no Estado, devem ser observados os eixos que compõem essa área conforme estabelecido na Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS) e demais legislações vindouras.

Assim, a NOB-RH/SUAS estabelece e consolida os principais eixos para a gestão do trabalho e educação permanente no âmbito do SUAS:

• princípios éticos para os trabalhadores;

• princípios e diretrizes nacionais para a gestão do trabalho no âmbito do SUAS;

• equipes de referência;

• diretrizes para a política nacional de capacitação;

• diretrizes nacionais para planos de carreira, cargos e salários;

• diretrizes para entidades e organizações de assistência social;

• diretrizes para o cofinanciamento da gestão do trabalho;

• responsabilidades e atribuições do gestor federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;

• diretrizes nacionais para instituição de mesas de negociação;

• organização do CadSuas;

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• controle social da gestão do trabalho.

O planejamento da gestão do trabalho e educação permanente deve ser expresso no financiamento/orçamento, cabendo aos entes federados assegurar recursos financeiros específicos no cumprimento das responsabilidades compartilhadas.

Cabe ao Estado instituir e/ou designar, em sua estrutura administrativa, setor ou equipe responsável pela gestão do trabalho no âmbito do SUAS. A estruturação da gestão do trabalho deve contemplar essencialmente a garantia de condições adequadas de trabalho, da completude das equipes técnicas, da desprecarização dos vínculos, construção e revisão regular do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), e, também, do plano de capacitação voltado para os gestores, técnicos, conselheiros, dirigentes e trabalhadores de entidades de assistência social, entre outros atores relevantes no processo de consolidação do SUAS.

É de responsabilidade e atribuição do Órgão Gestor prestar apoio técnico e assessoramento aos municípios, no âmbito da Política de Assistência Social, fortalecendo-a em seus atores e fazer cumprir a determinação constitucional de realização de con¬curso público para ingresso no serviço público, a fim de supe¬rar a fragilidade e precariedade dos vínculos e das relações de trabalho na área da assistência social, em observância à Resolução nº 17, de 20 de junho de 2011, que traz a definição de quais categorias profissionais devem compor as equipes de referências de cada serviço no SUAS.

Dessa forma, no âmbito do exercício do trabalho e da capacitação continuada e permanente, o investimento nas ações e estratégias de aprendizagem possibilitarão o aprimoramento de competências, proporcionando aos servidores públicos e demais trabalhadores da assistência social condições necessárias ao cumprimento de seu papel como profissional com os requisitos necessários ao

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desenvolvimento na carreira. Buscando atender a padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho e pela missão institucional de cada órgão.

O controle social é um instrumento de efetivação da participação popular no processo de gestão político-administrativa-financeira e técnico-operativa, com caráter democrático e descentralizado.

É a participação da sociedade civil na proposição, no acompanhamento das ações e na avaliação dos objetivos, processos e resultados da gestão da política de Assistência Social.

De acordo com o artigo 16 da LOAS, as instâncias de deliberação do SUAS são: Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS), Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) e Conferências de Assistência Social; e as instâncias de participação do SUAS são: as Comissões de Participação dos Usuários, os Fóruns e União de Conselhos, os Fóruns de Trabalhadores, entre outras instâncias de articulação e participação aberta da sociedade civil.

As Conferências de Assistência Social9 são importantes para a avaliação do cumprimento dos Planos de Assistência Social e das revisões necessárias das responsabilidades

3.4 Controle Social

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assumidas pelos Gestores, tornando a sua avaliação também mais democrática e participativa. Devem ser convocadas pelo Conselho Estadual de Assistência Social, com periodicidade de 4 anos, de acordo com o estabelecido pela LOAS.

O CEAS10 é instituído pelo Estado, mediante lei específica, integra o Poder Executivo, estando vinculado à estrutura do Órgão Gestor da Política de Assistência Social.

Nos termos da PNAS, o CEAS tem como principais atribuições a deliberação e normatização da política e do seu financiamento, a aprovação do Plano Estadual de Assistência Social, a apreciação e aprovação da proposta orçamentária para a área e do plano de aplicação do fundo.

É responsável ainda por normatizar, disciplinar, acompanhar, avaliar e fiscalizar os programas, projetos, serviços e benefícios socioassistencial do Estado, definindo os padrões de qualidade de atendimento, e estabelecendo os critérios para o repasse dos recursos financeiros.

O Órgão Gestor Estadual da Política de Assistência Social de Mato Grosso do Sul (SETAS) é responsável pela garantia de recursos do orçamento estadual para o CEAS, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições.

O CEAS deve colaborar com os Conselhos Municipais de Assistência Social, no sentido do assessoramento na aplicação de normas e resoluções fixadas pelo mesmo, pelo CNAS e Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite.

As instâncias de negociação e pactuação do SUAS constituem espaços em que são construídos os consensos

9 São instâncias deliberativas que têm como atribuições a avaliação da Política de Assistência Social e definição de diretrizes para o aprimoramento do SUAS.

10 Tem caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, e visam garantir a participação popular e o controle da gestão e execução da Política de Assistência Social.

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entre os gestores municipais, estaduais e federal, na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), e entre os gestores municipais e estaduais, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

A CIT é integrada pelos seguintes entes federativos: a União, representada pelo Órgão Gestor Federal da Política de Assistência Social; os Estados e Distrito Federal, representados no Fórum Nacional de Secretários(as) de Estado de Assistência Social11 (FONSEAS); e os Municípios, representados pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social12 (CONGEMAS), com 15 membros.

Em âmbito estadual, a CIB é integrada pelos seguintes entes federativos: Estado, representado pelo Órgão Gestor Estadual da Política de Assistência Social; e Municípios, representados pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social13 (COEGEMAS), com 12 membros.

Um dos requisitos para constituição da CIB/MS é levar em conta o porte dos municípios e sua distribuição regional, sendo que sua composição poderá ser alterada de acordo com as especificidades estaduais.

11 FONSEAS: são reconhecidos como entidades sem fins lucrativos que representam os secretários estaduais de assistência social, responsáveis pela indicação dos seus representantes na CIT.

12 CONGEMAS: são reconhecidos como as entidades sem fins lucrativos que representam os secretários municipais de assistência social no âmbito do Estado, responsáveis pela indicação das suas representações nas CIT.

13 COEGEMAS: são reconhecidos como as entidades sem fins lucrativos que representam os secretários municipais de assistência social no âmbito do Estado, responsáveis pela indicação das suas representações nas CIB.

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O financiamento da política de assistência social neste Estado também vem ganhando um novo contorno na perspectiva do SUAS, de modo que se encontra em processo de discussões, proposições e sistematização acerca do cofinanciamento das ações e serviços socioassistenciais junto aos 79 municípios, envolvendo desde os mecanismos de transferência entre os Fundos de Assistência Socia14 FAS) até os estabelecimentos de critérios de partilha claros, pautados na definição de pisos de financiamento das proteções sociais.

É no § 3º do artigo 28, da Lei nº 12.435, que encontramos respaldo para o cofinanciamento da política de assistência social:

Mato Grosso do Sul se tornou pioneiro com as alterações do repasse de recurso aos municípios, efetivando desde o ano de 2009 o repasse do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS) aos Fundos Municipais de Assistência Social (FMAS).

A CIB/MS pactua e o CEAS/MS delibera sobre o Critério de Partilha dos recursos do Fundo Estadual de Assistência

O financiamento da assistência social no SUAS deve ser

efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (três) entes

federados, devendo os recursos alocados nos fundos

de assistência social ser voltados à operacionalização,

prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços,

programas, projetos e benefícios desta política. (LOAS)

14 Os Fundos de Assistência Social são constituídos como unidades orçamentárias, com CNPJ específico, geridos pelos órgãos responsáveis pela assistência social de cada esfera de governo, sob orientação e fiscalização dos respectivos Conselhos de Assistência Social.

3.5 Financiamento

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Social (FEAS) para os Fundos Municipais de Assistência Social (FMAS), destinado às ações socioassistenciais, considerando os seguintes princípios:

- Repasse de recursos fundo a fundo.

- Que não haja redução no repasse de recursos do FEAS para os municípios, tendo como referência o cofinanciamento de 2008 e o Piso Linear de 2009 a 2011.

- Cumprimento das metas estabelecidas no Pacto de Aprimoramento da Gestão de MS.

- Correção das distorções existentes.

- Regras claras e transparentes.

- Respeitar a autonomia dos municípios e a participação dos Conselhos Municipais de Assistência Social na partilha dos recursos.

- Fundamentação legal e científica.

O desafio é efetivar o repasse regular e automático fundo a fundo, ou seja, sem interrupção no final do exercício e, ainda, que os recursos destinados sejam repassados como despesas a classificar, a exemplo do IGD-SUAS.

Busca-se a efetivação do cofinanciamento por meio de reserva de um percentual do orçamento para a assistência social, na Lei Orçamentária Anual, fazendo cumprir o cofinanciamento por parte dos três níveis de governo.

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4Considerações Finais

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4 Considerações Finais

A aprovação desta Política pelo Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS) necessita da adoção de um conjunto de medidas mediante planejamento estratégico do processo de implementação da mesma. Portanto, faz-se necessário uma agenda de prioridades entre o Órgão Gestor Estadual e o CEAS, contemplando medidas de ordem regulatória, bem como medidas de ordem operacional, as quais deverão ser articuladas e objetivadas em um conjunto de iniciativas, sendo:

• Planejamento de transição da implementação do SUAS, como estratégias que respeitam as diferenças regionais e as particularidades da realidade do Estado de Mato Grosso do Sul.

• Elaboração, apresentação e aprovação do Plano Estadual de Assistência Social na perspectiva do SUAS.

• Elaboração e apresentação ao CEAS de uma Política Estadual de Recursos Humanos da Assistência Social.

• Elaboração de uma metodologia para a implantação da vigilância socioassistencial, construindo índices territorializados de vulnerabilidade ou exclusão/inclusão social de todos os municípios, que comporá o Sistema de Gestão da Informação (SIGS).

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Tendo em vista que a Política de Assistência Social sempre foi espaço privilegiado para operar benefícios, serviços, programas e projetos de enfrentamento à pobreza, considera-se a erradicação da fome componente fundamental nesse propósito. A experiência acumulada da área mostra que é preciso articular distribuição de renda com trabalho social.

É nessa perspectiva que se efetiva a interface entre o SUAS, modelo de gestão da política de assistência social, com a política de segurança alimentar e a política de transferência de renda, constituindo-se, então, uma Política de Proteção Social no Estado de Mato Grosso do Sul de forma integrada a partir do território, garantindo sustentabilidade e compromisso com um novo pacto de democracia e civilidade.

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Referências Bibliográficas

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5 Referências Bibliográficas

Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina. Conceito de Assentamento. 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: 1988 – texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de n. 1, de 1992, a 32, de 2001, e pelas Emendas Constitucionais de Revisão de n. 1 a 6, de 1994, - 17. Ed. - Brasília: 405 p. - (Série textos básicos; n. 25).

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BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990.

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BRASIL, Política Nacional do Idoso, Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994.

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BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 10.803, de 11 de dezembro de 2003. Altera o art. 149 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para estabelecer penas ao crime nele tipificado e indicar as hipóteses em que se configura condição análoga à de escravo. Diário Oficial da União. Brasília, 2003.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília, 2005

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. SUAS Sistema Único de Assistência Social: implicações do SUAS e da gestão descentralizada na atuação dos Conselhos de Assistência Social. Brasília, 2006. v.2.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos de Assistência Social – NOB-RH/SUAS. Resolução nº 269, de 13 de dezembro de 2006.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. SUAS: Sistema Único de Assistência Social. Configurando os eixos da mudança. Brasil: Secretaria Nacional de Assistência Social, 2007. Caderno 2.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. SUAS Sistema Único de Assistência Social: orientação acerca dos conselhos e do controle social da política pública de assistência social. Brasília, DF: MDS; SNAS, 2007. v. 1. 60 p.

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BRASIL. Congresso Nacional. Lei 12.435 de 06 de julho de 2011, Altera a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social. Diário Oficial da União. Brasília, 2011.

CARNEIRO, Luciane. Desigualdade no Brasil é a menor desde anos 60. O Globo, 08/03/2012.

CARVALHO, Maria Celina Pereira de, SCHMITT, Alessandra, TURATTI, Maria Cecília Manzoli. Comunicação De ResultadosDePesquisa/ResearchResults -AAtualizaçãoDo Conceito De Quilombo: Identidade E Território Nas Definições Teóricas. Ambiente & Sociedade, Ano V, Nº 10, 1º Semestre de 2002.

Constituição Estadual de Mato Grosso do Sul, outubro de 1989 e atualizado até a Emenda Constitucional nº 51, de 8 de novembro de 2011.

IPEA. Dimensão,evoluçãoeprojeçãodapobrezaporregiãoepor Estado no Brasil. Comunicado do Ipea nº 58, Julho de 2010.

IPEA. Plano Nacional de Resíduos Sólidos: diagnóstico dos resíduos urbanos, agrosilvopastoris e a questão dos catadores, Comunicado do Ipea nº 145, abril de 2012.

LIMA, Débora. Populações tradicionais, índios e quilombolas: fundamentos classificatórios e categorias de mobilização social. NuQ,FAFICH –UFMG (2009).

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Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul | 149

Mato Grosso do Sul. Estudo da Dimensão Territorial do Estado de Mato Grosso do Sul: Regiões de Planejamento, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, 2011.

Mato Grosso do Sul. Diagnóstico Socioeconômico. Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia. 2011.

Mato Grosso do Sul. Dados Estatísticos de Mato Grosso do Sul. Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, 2011.

Orientações Técnicas: CentrodeReferênciaEspecializadode Assistência, Secretaria Nacional de Assistência social, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília, 2011.

Orientações Técnicas: CentrodeReferênciaEspecializadoparaPopulaçãodeRua,ServiçoEspecializadoparaPessoasem Situação de Rua. SUAS e População de Rua, Volume III, Secretaria Nacional de Assistência Social, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília, 2011.

PEREIRA, Jacira Helena do Valle. Professora do Departamento de Educação/CCHS e do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGEUD/UFMS. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Migração – GEPEM e pesquisadora do Centro de Análise e Difusão do Espaço Fronteiriço – CADEF/UFMS. InterMeio: revista nº 29, junho, 2009.

STEIMAN, R.; MACHADO, L. O. Limites e Fronteiras Internacionais: uma discussão histórico-geográfica. Atlas da Fronteira Continental do Brasil, 2002.

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www.cecad.gov.br

www.funasa.gov.br

www.ibge.gov.br

www.incra.ms.gov.br

www.ipea.gov.br

www.mda.gov.br

www.mds.gov.br

www.mds.gov.br/cnas

www.ministeriodascidades.gov.br

www.planalto.gov.br

www.pnud.org.br

www.portaldatransparencia.gov.br

www.sagi.mds.gov.br

www.setas.ms.gov.br

www.sigs.ms.gov.br

www.silvaporto.com.br/admin/downloads/ipea_2012

www.wikipedia.org.br

Sítios Oficiais

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Deliberação da CIB nº 258, de 10 de dezembro de 2012;

Deliberação do CEAS nº 128, de 11 de dezembro de 2012.

Anexos

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DELIBERAÇÃO Nº 258, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2012.

APROVAÇÃO DA POLÍTICA ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MATO GROSSO DO SUL

A Comissão Intergestores Bipartite – CIB/MS, no uso das atribuições que lhe conferem a Norma Operacional Básica da Assistência Social – NOB/SUAS e a Portaria/Promosul Nº 051,de31demaiode1999,emreuniãoordináriarealizadadia10dedezembrode2012,

Considerando a Lei Orgânica da Assistência Social de Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, alterada pela Lei Nº 12.435, de 6 de julho de 2011, as quais dispõem sobre a organização da Assistência Social;

Considerando a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 145, de 15 de outubro de 2004, a qual institui o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, e constitui-se na regulação e organização em todo o território nacional das ações socioassistenciais;

Considerando a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS), aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 130, de 15 de julho de 2005, a qual disciplina a operacionalização da gestão da Política de Assistência Social;

Considerando a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social (NOB-RH/SUAS), aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 269, de 13 de dezembro de 2006;

Considerando a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 109,

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de 11 de novembro de 2009.D E L I B E R A: Art. 1º Pactuar o redimensionamento da Política

Estadual de Assistência Social no Estado de Mato Grosso do Sul, com vistas à sua normatização e regulamentação em consonância com o sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único da Assistência Social (SUAS);

Art. 2º Esta Deliberação entra em vigor na data de sua aprovação, revogadas as disposições em contrário.

CAMPO GRANDE-MS, 10 DE DEZEMBRO DE 2012.

MARIA APARECIDA MELO DA SILVACoordenadora CIB/MS

CONCEIÇÃO ISABEL AIVI DE FIGUEIREDOCOEGEMAS/MS

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DELIBERAÇÃO CEAS/MS nº. 128 DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012.

Dispõe sobre a aprovação da Política Estadual de Assistência Estadual do Estado de Mato Grosso do Sul.

O Plenário do CONSELHO ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MATO GROSSO DO SUL - CEAS/MS reunido em Assembléia Ordinária realizada na sala 25 da Casa da Assistência Social e Cidadania – CASC, no dia 11 de dezembro de 2012, e no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº. 1.633, de 20 de dezembro de 1995 e pelo Regimento Interno do CEAS/MS,

Considerando a Lei Orgânica da Assistência Social de Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, alterada pela Lei Nº 12.435, de 6 de julho de 2011, as quais dispõem sobre a organização da Assistência Social;

Considerando a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 145, de 15 de outubro de 2004, a qual institui o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, e constitui-se na regulação e organização em todo o território nacional das ações socioassistenciais;

Considerando a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS), aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 130, de 15 de julho de 2005, a qual disciplina a operacionalização da gestão da Política de Assistência Social;

Considerando a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social (NOB-RH/SUAS), aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 269, de 13 de dezembro de 2006;

Considerando a Tipificação Nacional de Serviços

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Socioassistenciais, aprovada por meio da Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de Nº 109, de 11 de novembro de 2009.

Considerando a Deliberação CIB/MS nº 258 de 10 de dezembro de 2012 que dispõe sobre a aprovação da Política Estadual de Assistência Social de Mato Grosso do Sul.

D E L I B E R A: Art. 1º. Aprovar a Política Estadual de Assistência Social

de Mato Grosso do Sul, com vistas à sua normatização e regulamentação em consonância com o sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único da Assistência Social (SUAS);

Art. 2º. Esta Deliberação entra em vigor na data de sua aprovação, revogadas as disposições em contrário.

Campo Grande-MS, 11 de dezembro de 2012

Naelson da Silva FerreiraPresidente do Conselho Estadual de Assistência Social

de Mato Grosso do Sul - CEAS/MS

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e Assistência Social