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20154ª edição

LEANDRO BORTOLETOMestre e bacharel em direito pela Universidade Estadual Paulista – UNESP.Coordenador e professor no curso de especialização em Direito Público

da Escola Superior de Direito – ESD, em Ribeirão Preto.Professor no curso de pós-graduação em direito

da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, campus Ribeirão Preto.Professor no curso de graduação em direito do Centro Universitário UNISEB.

Professor no curso de especialização em licitações e contratos administrativos do Centro Universitário UNISEB Interativo.

Professor no curso EuVouPassar- Professor no curso Proordem.Analista Judiciário na Justiça Federal. Ex-ofi cial de justiça no TJ SP.

Contato: [email protected]: [email protected]: [email protected]

www.leandrobortoleto.com.br • Facebook: Leandro Bortoleto • @profbortoleto

Para os concursos de Analista dos TribunaisDE ACORDO COM:• EC 80/14,• Leis 13.097/15, 12.980/14, 12.990/14, 12.998/14, 13.019/14, • Lei Complementar 147/14 e • Medidas Provisórias 658/14 e 664/14

INCLUI: • Questões de concursos comentadas• Análise da Lei nº 11.416/06.• Principais artigos separados por assunto no fi m de cada capítulo• Edital esquematizado

Para os concursos de Analista dos Tribunais

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Edital Sistematizado

O edital sistematizado foi elaborado tendo como referência os editais dos concursos mais recentes para Analista Judiciário – Área Judiciária (inclusive, Oficial de Justiça Avaliador Federal) e Analista Judiciário – Área Administrativa dos TRTs, TREs, TRFs e Tribunais Superiores.

ITENS DO EDITAL TÓPICO DO LIVRO PÁGINAS

1. Estado, governo e administração pública: concei-tos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios.

Cap. I,Itens 1.1, 1.2 e 1.3

27-33

2. Direito administrativo: conceito, fontes e princípios Cap. I, Item 1.4 33-36

3. Administração pública: princípios básicos. Cap. I, Item 2. 37-53

4. Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. Deveres dos administradores públicos

Cap. VI. 331-346

5. Serviços Públicos: conceito e princípios; delegação: concessão, permissão e autorização. Classificação e competência: federais, estaduais, distritais e municipais.

Cap. XI. 589-609

6. Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; classificação, atos administrativos em espécie; anu-lação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação.

Cap. VII,Itens 1, 2, 4 a 8.

363-375, 376-390

7. Organização administrativa: administração direta e indireta; centralizada e descentralizada; autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de eco-nomia mista e consórcios públicos. 8. Órgãos públicos: conceito, natureza e classificação.

Cap. II, Item 1 67-98

9. Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. Atenção: Esse item também é cobrado da seguin-te forma (aglutinando este e o item seguinte): Agentes administrativos. Investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos. Processo administrativo: conceito, princípios, fases e modalidades. Lei nº 8.112/1990 e suas alterações.

Cap. IIIItens 1.3, 1.4 e 2.1.

136-141

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Leandro Bortoleto

ITENS DO EDITAL TÓPICO DO LIVRO PÁGINAS

10. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União)Atenção: esse item, em alguns concursos, é cobrado dentro do item Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.

Cap. IV. 201-260

11. Lei nº 11.416/2006 (Carreiras do Poder Judiciário da União).

Cap. V 313-320

12. Processo administrativo (Lei nº 9.784/99)Atenção: esse item, em alguns concursos, é cobrado dentro do item Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.

Cap. VIII 409-423

13. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado.

Cap. XIV e XV. 667-710

14. Lei nº 8.429, de 2/6/92 (Lei de Improbidade administrativa)Atenção: esse item, em alguns concursos, é cobrado dentro do item Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.

Cap. XVI.Item 2

731-745

15. Licitações e Contratos administrativos. 15.1 Lei nº 8.666/93: Conceito, finalidade, princípios, objeto, obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e ve-dações, modalidades, procedimentos, anulação e revogação, sanções, pregão presencial e eletrônico, sistema de registro de preços. 15.2 Lei nº 10.520/2002. Características do contrato administrativo. Formaliza-ção e fiscalização do contrato. Aspectos orçamentá-rios e financeiros da execução do contrato. Sanção administrativa. Equilíbrio econômico-financeiro. Garantia contratual. Alteração do objeto. Prorroga-ção do prazo de vigência e de execução. Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013

Cap. IXItens 1 a 6.6, 7 e 8.

Cap. XItens 1 a 8

445-501,543-565

16. Intervenção do Estado na propriedade: moda- lidades.

Cap. XIII, Item 3. 645-658

17. Bens públicos: regime jurídico. Cap. XII, Item 3 627-630

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Nota à 4ª edição

Mais uma edição esgotou-se!!

A felicidade é enorme ao ver a receptividade que continuou a ser dada a esta obra em sua 3ª edição, exigindo o seu aperfeiçoamento e sua ampliação para a 4ª edição.

Nesta edição, houve o acréscimo de novas questões e foram incorporadas as atualizações do período, podendo-se dizer que foram várias inovações legislativas em relação à edição anterior.

Destacam-se a) a Emenda Constitucional nº 80/14, que posicionou a Defensoria Pública como órgão autônomo e independente na estrutura da Administração Pública; b) a Lei nº 13.097/15, que converteu a Medida Provisória nº 656/14, e, dentre outras disposições, alterou a Lei nº 8.987/95 para alterar o tratamento dado à transferência do controle societário da concessionária e incluir a figura da administração temporária da concessionária; c) a Lei nº 12.980/14, que acrescentou hipótese autorizativa de uso do Regime Diferenciado de Contratação, o RDC; d) a Lei nº 12.990/14, que instituiu a reserva de vagas para negros nos concursos da Administração Pública federal; e) a Lei nº 12.998/14, que converteu a Medida Provisória nº 632/14, e, dentre outras disposições, alterou a Lei nº 8.112/90; f) a Lei nº 13.019/14, que estabeleceu o marco regulatório do Terceiro Setor e, também, promoveu alterações na Lei nº 8.429/92 e na Lei nº 9.790/99; g) a Lei Complementar nº 147/14, que alterou a Lei Complementar nº 123/06, quanto aos benefícios destinados às microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações, alterando, também, a Lei nº 8.666/93; h) a Medida Provisória nº 658/14, que alterou o início da vigência da Lei nº 13.019/14; i) a Medida Provisória nº 664/14, que a alterou a Lei nº 8.112/90, quanto à pensão por morte.

Também, foram acrescentados alguns novos temas como, por exemplo, o princípio da proteção à confiança no capítulo I e o princípio da licitação sustentável no capítulo IX, no qual, ainda, houve a atribuição de item específico para o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), aprimorando, assim, a abordagem doutrinária.

É isso! Esta é a 4ª edição!

Com ela, renovo meus agradecimentos aos meus queridos leitores pela acolhida dada à obra e pelas inúmeras mensagens que me foram enviadas, o que é a força necessária para seguir com o projeto e tentar, sempre, aprimorá-lo. Por isso, todas as sugestões continuam sendo muito bem vindas.

Forte abraço,

Leandro Bortoletowww.leandrobortoleto.com.br Facebook: Leandro Bortoleto

E-mail: [email protected] @profbortoleto

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CAPÍTULO II

Administração Pública e Terceiro Setor

Sumário • 1. Administração Pública: 1.1 Noções gerais; 1.2 Concentração e desconcentração. Centralização e descentralização; 1.3 Administração Direta: 1.3.1 Órgãos públicos: 1.3.1.1 Classificação dos órgãos públicos; 1.3.1.2 Características dos órgãos públicos; 1.4 Administração Indireta: 1.4.1 Autarquia; 1.4.2 Fundação Pública; 1.4.3 Agência Executiva; 1.4.4 Empresa pública e sociedade de economia mista; 1.4.5 Consórcio Público – 2 Terceiro setor: entidades paraestatais ou entes de cooperação: 2.1 Serviço Social Autônomo; 2.2 Orga-nização Social (OS); 2.3 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip); 2.4 Entidade de Apoio – 3. Legislação relacionada ao capítulo – 4. Questões: 4.1. Questões comentadas; 4.2. Questões de concursos.

1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.1. Noções gerais

De acordo com o art. 18 da Constituição Federal, a organização político‑admi‑nistrativa da República Federativa do Brasil abrange a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sendo todos autônomos.

O Estado brasileiro é um Estado federado e, assim, não há, apenas, um centro político. Os entes integrantes da federação brasileira não são, apenas, uma divisão, uma descentralização administrativa. Não são subordinados à União. Ao contrário, a forma de organização política e administrativa adotada no texto constitucional vigente foi atribuir autonomia política e administrativa aos entes da federação. Frise--se bem, autonomia e não soberania, já que esta é restrita ao Estado brasileiro.

Nesse sentido, cada um desses entes – União, Estados, Distrito Federal e Muni-cípios – são pessoas jurídicas autônomas, não subordinadas uns aos outros, já que são autônomos. Dessa maneira, se autogovernam, se auto‑organizam, exercem a função administrativa e, ainda, elaboram suas leis e demais atos legislativos. Essa última característica é bastante importante, pois, em razão dela, somente esses entes podem ser chamados de pessoas jurídicas políticas. Apenas eles possuem capacidade política no Estado brasileiro.

Como salientado no capítulo anterior, as principais funções estatais são: admi-nistrativa, legislativa e jurisdicional. O Estado brasileiro é um só. Entretanto, a opção política constante da Constituição Federal é a divisão dessas tarefas entre os entes da federação.

Assim, a União, por meio da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, produz leis federais; os Estados, valendo-se das assembleias legislativas, elaboram

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leis estaduais; o Distrito Federal produz, por meio da Câmara Legislativa, leis distri-tais; e nos Municípios há as Câmaras Municipais, surgindo as leis municipais. No mesmo sentido, a função jurisdicional é desempenhada pela União, por intermédio dos órgãos integrantes do Poder Judiciário da União (STF, STJ, TST, TSE, STM, TRTs, TRFs, TREs, etc.); como também é realizada nos Estados, por seus Tribunais de Justiça1.

Da mesma forma, existe divisão no exercício da função administrativa, sendo esta, principalmente, desempenhada pelo Poder Executivo, chefiado pelo Presi-dente da República, na União, pelos Governadores, nos Estados e no Distrito Federal, e pelos Prefeitos, nos Municípios. É realizada, em regra, de forma típica, pelo Poder Executivo, mas, de maneira atípica, também é desempenhada pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário.

Não pode restar dúvida, pelo exposto, de que a República Federativa do Brasil é composta pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, os quais são pessoas jurídicas políticas, dividindo-se, entre eles, as funções legisla‑tiva, jurisdicional e administrativa.

Só existe uma pessoa política em cada ente. Assim, na esfera federal, somente a União é pessoa política. Na esfera estadual, em cada Estado, há, apenas, uma pessoa política (Estado de São Paulo, Estado de Minas Gerais, Estado de Pernam-buco, etc.). No âmbito municipal, no mesmo sentido, só existe uma pessoa política em cada Município (Município de Porto Alegre, Município de Manaus, etc.).

Cumpre lembrar que a Constituição Federal assegura que o legislativo, o judici-ário e o executivo são poderes harmônicos e independentes entre si. Isso implica que essas funções devem ser atribuídas a órgãos independentes, repartidos, pois, em três grandes grupos: os órgãos do Poder Executivo, os órgãos do Poder Legis‑lativo e os órgãos do Poder Judiciário.

De toda forma, independentemente da divisão das funções entre esses órgãos, todos estão dentro de uma pessoa jurídica política só. Assim, na pessoa jurídica União estão os órgãos do Poder Executivo (Presidência da República, Ministérios, etc.), os órgãos do Poder Legislativo (Senado Federal, Câmara dos Deputados) e os órgãos do Poder Judiciário (STF, STJ, TRFs, TRTs, etc.). São autônomos, indepen-dentes, mas, formalmente, a pessoa jurídica – e, portanto, quem tem capacidade de adquirir direitos e obrigações – é uma só: a União. Isso se repete nos Estados e nos Municípios (exceto, nestes, o Poder Judiciário).

A pessoa política é a pessoa “mãe”, matriz, originária, primária; aquela cujas competências decorrem diretamente do texto constitucional. Cabe a ela – e somente a ela – o desempenho das funções legislativa e jurisdicional. Por outro

1. Os Municípios não possuem Poder Judiciário. Em relação ao Distrito Federal, cabe à União manter o Poder Judiciário, pelo que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal é, na verdade, órgão integrante do Poder Judiciário da União.

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Administração Pública e Terceiro Setor

lado, a função administrativa pode ser desempenhada de maneiras variadas e, inclusive, pode ser atribuída a outras pessoas jurídicas, que podem fazer parte da Administração Pública (pessoas jurídicas administrativas) como, por exemplo, uma autarquia ou uma fundação pública, bem como podem ser do setor privado, como é o caso das concessionárias de serviço público.

1.2. Concentração e desconcentração. Centralização e descentralização

Essa possibilidade de a atuação administrativa ser realizada de diferentes maneiras está relacionada com a centralização, a descentralização, a concentração e a desconcentração.

Pela concentração, a pessoa política desempenha a função administrativa por meio de um só órgão, sem divisão, isto é, realiza a atividade administrativa de forma concentrada.

Ao revés, a desconcentração representa o exercício da função administrativa de maneira desconcentrada, quer dizer, não há a concentração em um só órgão, mas, sim, a pessoa jurídica política se divide em vários órgãos. Ocorre a distri‑buição interna de competência. Dá--se a distinção entre os níveis de direção e de execução no interior da pessoa jurídica. A desconcentração pode ocorrer2:

a) em razão da matéria: Ministério da Saúde, Ministério da Educação, por exemplo;

b) em razão do grau de hierarquia: por exemplo, Presidência da República, Ministérios, Secretarias;

c) em razão do território: Superintendência da Receita Federal no Estado da Bahia, Superintendência da Receita Federal no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo.

Assim, para se verificar se a atividade administrativa está sendo realizada de forma concentrada ou desconcentrada, é só analisar se em determinada pessoa estatal existe um órgão só ou se há vários. No primeiro caso, há concentração e, no segundo, existe desconcentração.

Na centralização, a pessoa política desempenha a atividade administrativa por seus próprios órgãos. Não transfere para outra pessoa jurídica. Já, na descen‑tralização, a pessoa política se utiliza de outras pessoas jurídicas para realizar a função administrativa. Na centralização, há uma pessoa jurídica só: a política. Na descentralização há a pessoa jurídica política e a pessoa jurídica que recebeu a atribuição para o desempenho de atividade administrativa. Assim, para se saber se a função administrativa é feita de maneira centralizada ou descentralizada, é só verificar se a pessoa política – União, Estados, Distrito Federal, Municípios

2. MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 150.

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– realiza a atividade por meio de seus próprios órgãos ou se transferiu para outra pessoa jurídica fazê--lo. Na primeira hipótese, há centralização e, na segunda, existe descentralização.

Para visualizar, imagine que no Município “X” exista apenas uma pessoa jurí-dica – a política – que está dividida em diversos órgãos e, entre eles, exista o “Departamento de Água e Esgoto”. Como se trata de órgão, esse departamento está integrado na estrutura da pessoa política. Nesse caso, optou-se pela centrali-zação. Por outro lado, se, por lei, é criada a autarquia “Serviço Autônomo de Água e Esgoto” e, para ela, é transferida a atividade que antes competia ao departa-mento, ocorre a descentralização.

A semelhança entre a desconcentração e a descentralização é que ambas promovem a distribuição de competências. Entretanto, a diferença entre elas é que na descentralização a distribuição é externa, de uma pessoa jurídica para outra e, por sua vez, na desconcentração a distribuição é interna, dentro da mesma pessoa jurídica.

Nesse sentido, com a criação de um Ministério ocorre a desconcentração, pois houve a distribuição interna de competência para um novo órgão. De outra forma, com a criação de uma autarquia se verifica a descentralização, já que a competência foi distribuída externamente, da pessoa política para a pessoa administrativa.

Portanto, o órgão público é resultado da desconcentração, e a autarquia, a fundação pública, a empresa pública, a sociedade de economia mista e os consór‑cios públicos decorrem da descentralização. Ainda, como a desconcentração se dá no interior da mesma pessoa, existe hierarquia e, ao contrário, como a descentra-lização é de uma pessoa jurídica para outra, há vinculação. Ademais, é necessário salientar que o meio próprio para se promover a desconcentração e a descentrali-zação é a lei, quer dizer, só por lei é possível a criação de um órgão público (descon-centração; art. 48, XI, CF) ou a criação de uma pessoa administrativa (descentrali-zação; autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista, empresa pública e consórcio público; CF, art. 37, XIX).

FORMAS DE DESEMPENHO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

Concentrada (concentração)

• atividade é realizada por um único órgão• pessoa jurídica sem divisão interna

Desconcentrada (desconcentração)

• atividade é realizada por vários órgãos• pessoa jurídica com divisão interna• distribuição interna de competência

Centralizada (centralização)

• atividade é realizada diretamente pela pessoa política, por meio de seus órgãos

Descentralizada (descentralização)

• atividade é realizada por outra pessoa jurídica• distribuição externa de competência

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Administração Pública e Terceiro Setor

No que tange à descentralização, não há unanimidade na classificação das suas espécies, mas a mais usual é a descrita por Maria Sylvia Zanella Di Pietro3:

a) descentralização política: realizada diretamente pela Constituição Federal e cada ente federado possui capacidade política, com fonte direta no texto constitucional. Também é chamada de descentralização vertical.

b) descentralização administrativa: as atribuições da pessoa jurídica não surgem diretamente da Constituição, mas são distribuídas pelo ente federado, quer dizer, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-cípios, com base na competência política que receberam, distribuem competências para outras pessoas jurídicas. A descentralização adminis-trativa pode ser subdividida em:

• territorial ou geográfica: é criada uma pessoa jurídica de direito público, com área geográfica delimitada e com capacidade administrativa gené‑rica; são exemplos, no Brasil, os territórios federais4;

• por serviços, funcional ou técnica: a pessoa política cria outra pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, para exercer deter‑minada atividade. São exemplos as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os consórcios públicos. É essa descentralização que dá origem à administração indi‑reta;

• por colaboração: a pessoa política transfere a execução de um serviço público para uma empresa do setor privado como é o caso das conces-sionárias de serviço público e das permissionárias de serviço público. Elas não passam a integrar a Administração Pública e continuam perten-cendo à iniciativa privada, mas, em razão da descentralização realizada, podem desempenhar um serviço público.

DESCENTRALIZAÇÃO• Política • territorial

• por colaboração • por serviço ou funcional

• Administrativa

3. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 56.4. Atualmente, não há territórios federais no país, mas podem ser criados, conforme o art. 18 da

Constituição Federal. No passado, eram territórios: Fernando de Noronha, Amapá, Rondônia e Roraima.

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1.3. Administração Direta

A Administração Direta é o conjunto dos órgãos públicos que integram as pessoas jurídicas políticas.

Aqui, verifica-se a centralização, pois a atividade administrativa é exercida pelos diversos órgãos da pessoa estatal, de forma centralizada. Por isso, também é conhecida como Administração Centralizada.

De acordo com o art. 4º, I, do Decreto-Lei 200/67, a Administração Direta “se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios”. Esse é o modelo que, também, deve ser seguido nas esferas estadual e municipal.

Uma advertência deve ser feita. Apesar de, no dispositivo legal mencionado, ter sido considerada, apenas, a estrutura do Poder Executivo, numa acepção restrita de administração direta, a função administrativa não é privativa dos órgãos desse poder e, ao contrário, também é desempenhada pelos órgãos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, só que de forma atípica.

ATENÇÃO! Em diversas provas, há a afirmação de que a administração direta federal se constitui dos serviços integrados à Presidência da República e dos Minis-térios, sem mencionar os órgãos do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário, e tal assertiva é considerada correta pelas bancas. Isso ocorre porque, na verdade, na maioria das vezes, a cobrança é feita com base no texto literal do mencionado decreto, que considera a administração direta em sentido estrito. Entretanto, isso não significa que os órgãos dos demais poderes não façam parte da administração direta, considerada em sentido amplo, englobando o executivo (na função típica) e os demais (na função atípica).

Nesse sentido, a administração direta federal refere-se a uma pessoa jurídica só: a União. E, no interior desta, existem os órgãos do Poder Executivo (Presi-dência, Ministérios, etc.), do Poder Legislativo (Câmara dos Deputados, Senado Federal) e os do Poder Judiciário (STF, STJ, TSE, TST, TRFs, TRTs, etc.). Não podem ser esquecidos, também, os Tribunais de Contas – auxiliam o Poder Legislativo na função de fiscalização, mas não são subordinados às casas legislativas –, o Minis‑tério Público e a Defensoria Pública5.

5. Por força das Emendas Constitucionais 45/04, 74/13 e 80/14, a Defensoria Pública ocupa, na estrutura organizacional, posição semelhante a do Ministério Público e, assim, é órgão integrante da administração direta, mas não tem mais relação de subordinação com qualquer outro órgão. É uma “instituição permanente”, nos termos do art. 134, caput, do texto constitucional.

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Administração Pública e Terceiro Setor

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (SENTIDO AMPLO)

PODER EXECUTIVO

Presidência da República

ÓRGÃOS ESSENCIAIS• Gabinete Pessoal da Presidenta

da República• Casa Civil (é ministério)• Secretaria-Geral (é ministério)• Secretaria de Relações Institucio-

nais (é ministério)• Secretaria de Comunicação Social

(é ministério)• Gabinete de Segurança Institucio-

nal (é ministério)• Secretaria de Assuntos Estratégi-

cos (é ministério)• Secretaria de Políticas para as

Mulheres (é ministério)• Secretaria de Direitos Humanos

(é ministério)• Secretaria de Políticas de Pro-

moção da Igualdade Racial (é ministério)

• Secretaria de Portos (é ministério)• Secretaria de Aviação Civil (é

ministério)

ÓRGÃOS DE CONSULTA• Conselho da República• Conselho de Defesa Nacional

ÓRGÃO VINCULADO• Comissão de Ética Pública

ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO IMEDIATO• Advocacia-Geral da União (é mi-

nistério)• Assessoria Especial da Presidenta

da República

CONSELHOS• Conselho de Governo• Conselho de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (CDES)• Conselho de Segurança Alimentar

e Nutricional (CONSEA)• Conselho Nacional de Política Ener-

gética• Conselho Nacional de Integração

de Políticas de Transportes (CONIT)

OUTROS ÓRGÃOS INTEGRANTES• Controladoria Geral da União (é

ministério)

MINISTÉRIOS• Advocacia Geral da União• Casa Civil da Presidência da Re-

pública• Controladoria Geral da União• Gabinete de Segurança Institucional

da Presidência da República• Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento• Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação• Ministério da Cultura• Ministério da Defesa• Ministério da Educação• Ministério da Fazenda• Ministério da Integração Nacional• Ministério da Justiça• Ministério da Pesca e Aquicultura• Ministério da Previdência Social• Ministério da Saúde• Ministério das Cidades

• Ministério das Comunicações• Ministério das Relações Exteriores• Ministério de Minas e Energia• Ministério do Desenvolvimento

Agrário• Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome • Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior• Ministério do Esporte• Ministério do Meio Ambiente• Ministério do Planejamento, Orça-

mento e Gestão• Ministério do Trabalho e Emprego• Ministério do Turismo• Ministério dos Transportes• Secretaria de Assuntos Estratégicos

da Presidência da República• Secretaria de Aviação Civil da Pre-

sidência da República• Secretaria de Comunicação So-

cial da Presidência da República• Secretaria de Direitos Humanos

da Presidência da República• Secretaria de Políticas de Pro-

moção da Igualdade Racial da Presidência da República

• Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da Re-pública

• Secretaria de Portos da Presidên-cia da República

• Secretaria de Relações Institucio-nais da Presidência da República

• Secretaria-Geral da Presidência da República

PODER LEGISLATIVO

• Senado Federal • Câmara dos Deputados

PODER JUDICIÁRIO

• Supremo Tribunal Federal (STF)• Conselho Nacional de Justiça (CNJ)• Superior Tribunal de Justiça (STJ)• Tribunal Superior do Trabalho (TST)

• Superior Tribunal Militar (STM)• Tribunal Superior Eleitoral (TSE)• Tribunais Regionais Federais

(TRFs)

• Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs)

• Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)• Tribunal de Justiça do Distrito

Federal e Territórios (TJDFT)

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Leandro Bortoleto

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (SENTIDO AMPLO)

MINISTÉRIO PÚBLICO

Ministério Público da União Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

• Ministério Público Federal (MPF)• Ministério Público do Trabalho (MPT)• Ministério Público Militar (MPM)• Ministério Público do Distrito• Federal e Territórios (MPDFT)

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

De maneira simétrica, a administração direta estadual é uma pessoa jurídica só: o Estado (de São Paulo, de Minas Gerais, etc.). Nela, incluem-se a Governadoria (em alguns Estados, recebe o nome de Gabinete do Governador) e as secretarias, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública. E, na mesma esteira, a administração direta municipal engloba a Prefeitura (em alguns Municípios, chama-se Gabinete do Prefeito) e suas secretarias, a Câmara Municipal e, nos Municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Tribunal de Contas.

O que se verifica em todas as esferas é que em cada ente estatal só existe uma pessoa política e, dentro desta, estão os órgãos públicos apontados. Assim, se um servidor da Câmara Municipal, no exercício da sua função, causar um prejuízo a um administrado, a obrigação de indenizar caberá ao Município, pois este é a pessoa jurídica, e não ao órgão. Da mesma forma, se o servidor for de um Tribunal Regional Federal, a responsabilidade será da União.

1.3.1. Órgãos públicos

Ficou demonstrado, pois, que a administração direta é o conjunto de órgãos públicos que fazem parte das pessoas jurídicas políticas. Mas, o que é um órgão público?

São “centros de competência instituídos para o desempenho de funções esta‑tais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”6.

O órgão público é um centro de competência e sua atuação é imputada à pessoa jurídica. Ou seja, no órgão há cargos, funções e agentes públicos. Em cada órgão, existe um núcleo de atribuições a serem desenvolvidas e isso é materializado

6. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 68.

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Administração Pública e Terceiro Setor

3. LEGISLAÇÃO RELACIONADA AO CAPÍTULO

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA » Constituição Federal

Art. 37 [...]

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei comple-mentar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será per-mitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídi-co da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - sua função social e formas de fiscaliza-ção pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, traba-lhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - licitação e contratação de obras, ser-viços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

V - os mandatos, a avaliação de desem-penho e a responsabilidade dos administra-dores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º - As empresas públicas e as socieda-des de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

§ 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

[...]

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da con-cessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço ade- quado.

» Decreto‑Lei 200/67Art. 4º A Administração Federal com-

preende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura admi-nistrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

II - A Administração Indireta, que compre-ende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Emprêsas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista.

d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

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Parágrafo único. As entidades compreen-didas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987)

§ 3º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987)

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requei-ram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

III - Sociedade de Economia Mista - a en-tidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a explora-ção de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de au-torização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por re-cursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

[...]

» Decreto‑Lei 900/69Art . 5º Desde que a maioria do capital vo-

tante permaneça de propriedade da União,

será admitida, no capital da Emprêsa Pública (artigo 5º inciso II, do Decreto-lei número 200, de 25 de fevereiro de 1967), a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno bem como de entidades da Adminis-tração Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

[...]

» Lei 11.107/05Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais

para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.

§ 1º O consórcio público constituirá asso-ciação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

§ 2º A União somente participará de con-sórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.

§ 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.

Art. 2º Os objetivos dos consórcios pú-blicos serão determinados pelos entes da Federação que se consorciarem, observados os limites constitucionais.

§ 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:

I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contri-buições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;

II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou inte-resse social, realizada pelo Poder Público; e

III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.

§ 2º Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e

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Administração Pública e Terceiro Setor

outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado.

§ 3º Os consórcios públicos poderão ou-torgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consór-cio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.

Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.

[...]

Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.

§ 1º O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.

§ 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos demais entes subs-critores, implicará consorciamento parcial ou condicional.

§ 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição do protocolo de intenções dependerá de homologação da assembléia geral do consórcio público.

§ 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o protocolo de in-tenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.

Art. 6º O consórcio público adquirirá per-sonalidade jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o aten-dimento dos requisitos da legislação civil.

§ 1º O consórcio público com personali-dade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.

§ 2º No caso de se revestir de personali-dade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de direito públi-co no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

TERCEIRO SETOR » Lei nº 9.637/98

Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tec-nológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização social:

I - comprovar o registro de seu ato cons-titutivo, dispondo sobre:

a) natureza social de seus objetivos rela-tivos à respectiva área de atuação;

b) finalidade não-lucrativa, com a obri-gatoriedade de investimento de seus exce-dentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;

c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;

d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de repre-sentantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade pro-fissional e idoneidade moral;

e) composição e atribuições da diretoria;

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f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão;

g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;

h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamen-to, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade;

i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de extinção ou desqua-lificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada no âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes alocados;

II - haver aprovação, quanto à conveniên-cia e oportunidade de sua qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto so-cial e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.

» Lei nº 9.790/99Art. 1º Podem qualificar-se como Organiza-

ções da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos ob-jetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.

Art. 1º Podem qualificar-se como Organiza-ções da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas esta-tutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei (nova redação dada pela Lei nº 13.019/14, publicada em 01/08/14, com entra-da em vigor em 360 dias após a publicação, por força da MP 658/14);

§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera--se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, di-retores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos me-diante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social.

§ 2º A outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos por esta Lei.

Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:

I - as sociedades comerciais;

II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;

III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, prá-ticas e visões devocionais e confessionais;

IV - as organizações partidárias e asseme-lhadas, inclusive suas fundações;

V - as entidades de benefício mútuo des-tinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;

VI - as entidades e empresas que comer-cializam planos de saúde e assemelhados;

VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;

VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mante- nedoras;

IX - as organizações sociais;

X - as cooperativas;

XI - as fundações públicas;

XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas;

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XIII - as organizações creditícias que te-nham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.

Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos serviços, no respec-tivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:

I - promoção da assistência social;

II - promoção da cultura, defesa e con-servação do patrimônio histórico e artístico;

III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;

IV - promoção gratuita da saúde, obser-vando-se a forma complementar de partici-pação das organizações de que trata esta Lei;

V - promoção da segurança alimentar e nutricional;

VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvi-mento sustentável;

VII - promoção do voluntariado;

VIII - promoção do desenvolvimento eco-nômico e social e combate à pobreza;

IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sis-temas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;

X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;

XI - promoção da ética, da paz, da cida-dania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;

XII - estudos e pesquisas, desenvolvimen-to de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, a dedicação às atividades nele previstas configura-se mediante a execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio da doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que atuem em áreas afins.

Art. 4º Atendido o disposto no art. 3º, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessa-das sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:

I - a observância dos princípios da legali-dade, impessoalidade, moralidade, publici-dade, economicidade e da eficiência;

II - a adoção de práticas de gestão admi-nistrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório;

III - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desem-penho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;

IV - a previsão de que, em caso de disso-lução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social da extinta;

V - a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica perder a qualificação institu-ída por esta Lei, o respectivo acervo patri-monial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social;

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VI - a possibilidade de se instituir remu-neração para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na re-gião correspondente a sua área de atuação;

VII - as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que deter-minarão, no mínimo:

a) a observância dos princípios funda-mentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;

b) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fis-cal, ao relatório de atividades e das demons-trações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao

INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;

c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme pre-visto em regulamento;

d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebi-dos pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal.

Parágrafo único. É permitida a participa-ção de servidores públicos na composição de conselho de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, vedada a percepção de remuneração ou subsídio, a qualquer título. (Incluído pela Lei nº 10.539, de 2002)

4. QUESTÕES

4.1. Questões comentadas

01. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária ‑ TRT 16/2014) Facundo, Auditor Fiscal da Receita Federal, pretende mul tar a Fundação "Vida e Paz", fundação instituída e mantida pelo Poder Público, haja vista que a mesma jamais pagou imposto sobre seu patrimônio, renda e ser-viços. Nesse caso,

a) Facundo apenas pode cobrar tributo pelos serviços exercidos pela fundação, mas não sobre a renda e o patrimônio, os quais detém imunidade tributária.

b) correta a postura de Facundo, vez que a citada fun dação não detém imunidade tributária.c) correta a postura de Facundo, pois apenas as autar quias possuem imunidade tributária.d) incorreta a postura de Facundo, vez que a fundação possui imunidade tributária rela-

tiva aos impostos sobre seu patrimônio, renda e serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes.

e) Facundo apenas pode cobrar tributo sobre a renda da fundação, mas não sobre seus serviços e patri mônio, os quais detém imunidade tributária.

► ComentárioNota do Autor: As fundações públicas são as pessoas jurídicas de direito público ou

de direito privado, com autonomia administrativa e que têm como substrato o patrimônio – próprio –, que são criadas por lei específica ou cuja autorização é por ela autorizada, com área de atuação de interesse público, não exclusiva da Administração Pública, definida em lei complementar.

Alternativa correta: letra “d” (responde as demais alternativas). No que se refere às fundações públicas é preciso lembrar que elas podem ter personalidade de direito público ou de direito privado. Entretanto, ambas as espécies possuem imunidade tributária quanto aos impostos relativos ao patrimônio, à renda, e aos serviços vinculados às suas finalidades

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essenciais ou às delas decorrentes, já que o art. 150, § 2º, do texto constitucional não faz diferença entre os dois tipos de fundação pública.

02. (Cespe ‑ Analista do MPU/2013) A empresa pública federal caracteriza-se, entre outros aspec-tos, pelo fato de ser constituída de capital exclusivo da União, não se admitindo, portanto, a participação de outras pessoas jurídicas na constituição de seu capital.

► COMENTÁRIO

Errado. O capital da empresa pública é totalmente público, conforme estabelece o art. 5º, II, do Decreto-Lei nº 200/67. Entretanto, o art. 5º, do Decreto-Lei nº 900/69, autoriza a participação, no capital de empresa pública federal, de outras pessoas de direito público ou, inclusive, de pessoas administrativas de qualquer esfera. Dessa forma, uma empresa pública federal pode ter seu capi-tal composto de capital da União – a maioria – e capital de um Município, de um Estado, de outra empresa pública e até de uma sociedade de economia mista.

03. (Fundação Carlos Chagas – Analista Judiciário – Judiciária – Oficial de Justiça Avaliador / TRT da 18ª Região/2013) Com relação à composição do capital das empresas esta tais, que integram a administração indireta, considere:

I. A sociedade de economia mista é composta por ca pital público, enquanto a empresa pública admite capital privado, desde que não implique controle acionário.

II. A sociedade de economia mista é composta por ca pital público e privado, devendo o poder público participar da gestão da mesma, observando-se a condição de acionista majoritário.

III. Na empresa pública o capital votante é público, admitindo-se no capital a participação de outras pessoas de direito público interno.

Está correto o que se afirma ema) I e III, apenas.b) I e II, apenas.c) II e III, apenas.d) I, II e III.e) II, apenas.

► COMENTÁRIO

Alternativa correta: letra “c”. Estão corretos os itens II e III.Item I. Errado. A empresa pública possui capital integralmente público, enquanto a socie‑

dade de economia mista - como o próprio nome sugere – tem capital misto: público e privado.Item II. Certo. Para ser sociedade de economia mista, a maioria do capital – inclusive com

direito a voto – deve pertencer ao poder público e, nesse caso, não precisa ser oriundo, necessa-riamente, da pessoa política, pois a parte pública do capital pode pertencer a pessoa da admi-nistração indireta, por exemplo.

Item III. Certo. Em relação ao capital da empresa pública, um ponto merece destaque. Deve ser totalmente público, não se admitindo a participação de empresa da iniciativa privada. Toda-via, da leitura do art. 5º, II, do Decreto-Lei nº 900/69 verifica-se a possibilidade de participação, no capital de empresa pública federal, de outras pessoas de direito público ou, inclusive, de pessoas administrativas de qualquer esfera. Desse modo, o item deve ser visto com restrição, pois todo o capital deve ser público.

04. (Fundação Carlos Chagas – Analista Judiciário / TRT da 11ª Região / 2012) Existem vários crité-rios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de "esfera de ação", "posição

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Oscip continua integrando o setor privado e, de forma alguma, passa a integrar a administração indireta.

21. (Fundação Carlos Chagas – Analista Administrativo / TRT da 7ª Região / 2009) Sobre as entida-des do Terceiro Setor é correto afirmar:

a) para que entidades privadas se habilitem como Organização Social têm que ter previsão no seu ato constitutivo, dentre outros requisitos, de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral.

b) as organizações sociais são definidas como pessoa jurídica de direito público.c) as organizações da sociedade civil de interesse público só podem distribuir dividendos

após cinco anos da sua criação.d) as entidades qualificadas como organizações sociais não estão obrigadas a realizar lici-

tação para obras, compras, serviços e alienações, relativamente aos recursos por ela administrados, oriundos de repasses da União.

e) classificam-se como terceiro setor, dentre outras, as autarquias, as organizações sociais e as empresas públicas.

► COMENTÁRIOAlternativa correta: a. É requisito obrigatório que, no ato constitutivo da entidade privada,

conste a previsão de participação no órgão de deliberação superior de “representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral”, conforme o art. 2º, I, “d”, da Lei nº 9.637/98.

Alternativa b: errada. As organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, não integrantes da administração indireta.

Alternativa c: errada. De acordo com o art. 1º, § 1º, da Lei nº 9.790/99 para ser considerada pessoa sem fins lucrativos, a entidade não pode distribuir dividendos.

Alternativa d: errada. De acordo, com art. 1º, § 5º, do Decreto nº 5.504/05, as obras, compras, serviços e alienações realizadas pelas organizações sociais e pelas organizações da sociedade civil de interesse público, com recursos oriundos de repasse da União, em razão do contrato de gestão, devem ser precedidas de licitação e, caso seja para a aquisição de bens e serviços comuns, deve ser usada a modalidade pregão, preferencialmente o pregão eletrônico (art. 1º, § 1º).

Alternativa e: errada. Das entidades mencionadas na alternativa, apenas a organização social é integrante do terceiro setor, já que a autarquia e a empresa pública são entidades da administração indireta.

4.2. Questões de concursos

01. ( ) (Cespe – Analista Judiciário – Exec. Mandados / TRT da 10ª Região/2013) O fato de uma autarquia federal criar, em alguns estados da Federação, representações regionais para aproximar o poder público do cidadão caracteriza o fenômeno da descentralização adminis-trativa.

02. (Fundação Carlos Chagas – Analista Judiciário – Judiciária – TRT da 18ª Região/2013) As autar-quias integram a Administração indireta. São pes soas

a) políticas, com personalidade jurídica própria e têm poder de criar suas próprias normas.b) jurídicas de direito público, cuja criação e indicação dos fins e atividades é autorizada por

lei, autônomas e não sujeitas à tutela da Administração direta.