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O Cerco de Mazago
O assdio a Mazago no se tratou de um episdio
perdido. Situa-se num contexto muito mais vasto que
importa conhecer. Desde 155 que a presen!a portuguesa
em Marrocos ou "er#eria$ como ento se dizia$ reduzira-se
a %&nger e 'euta$ no (orte$ e a Mazago )actua* +* ,adida
#em mais a su*. s outras pra!as tinham sido a#andonadas
no reinado de D.,oo /// )1501-5 por 2or!a da incapacidade
3nanceira da 'oroa em mant4-*as$ a par dos e*evadoscustos
humanos. Os reveses e recuos 6 tinham come!ado
com D.Manue*. op!o oanina por aque*as tr4s o#edeceu
a uma estratgia #em de*ineada7 'euta e %&nger
articu*avam-se com o *garve e serviam de vigia ao estreito
de 8i#ra*tar$ passagem o#rigatria de toda a navega!o
entre o Mediterr&neo e o t*&ntico. (a perspectiva da
corre*a!o com o interior do Magre#e$ estavam prximas da
cidade de 9ez$ que dava tam#m nome ao reino ondegovernavam
xari2es da dinastia Oat6cida com quem
:ortuga* mantinha um re*acionamento equi*i#rado e sem
con;itos.
esco*ha de Mazago$ iso*ada do apoio de outras
pra!as$ o#edecera a outro critrio7 servir de ponto de apoio
< navega!o portuguesa no t*&ntico. op!o 2oi coraosa
e constituiu um aut4ntico desa3o. 'om e2eito$
tota*mentede#ru!ada so#re o t*&ntico$ so2ria a presso dos
xari2es
S6didas$ mem#ros de nova dinastia que no Su* se 2oi
a3rmando a partir da cidade de Marraquexe. 'onsiderando-
se descendentes da 2am=*ia do :ro2eta Maom$ origens que
*he exa*tavam o 2ervor re*igioso e impu*sionava < guerra
santa )ihad$ tinham esco*hido como a*vo dessa mi*it&ncia
no s os portugueses$ como os Su*t>es Oat6cidas de 9ez
do (orte$ que aca#aram por su#meter em 155. (este anonascia o
reino de Marrocos.
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uni3ca!o conseguida signi3cava uma a*tera!o
consider6ve* no equi*=#rio geopo*=tico da 6rea
at*&ntico-
mediterr&nica. O Magre#e deixara de ser um conunto de
reinos ou entidades po*=ticas dispersas como 2ora no
passado$ o que tinha possi#i*itado a imp*anta!o de uma*inha de
pra!as portuguesas ao *ongo da costa at*&ntica$
mas um +stado uni3cado e 2orte. %ornara-se uma pot4ncia
mi*itarmente #em equipada$ dispondo do mais moderno
armamento que adquiria atravs do comrcio de
contra#ando com reinos europeus$ no o#stante a proi#i!o
dos so#eranos cristos e as interdi!>es da /grea em vender
armas aos in3is. :ara o seu maneo$ que exigia tcnicos
especia*izados$ os xari2es recrutavam anda*uzes$
caste*hanos$ portugueses$ genoveses$ a quem pagavam
generosamente. Sendo cristos na origem$ renegavam a
sua 2 e a#ra!avam o is*amismo.
