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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ GUSTAVO MEURER SOFTWARE PARA AUXILIAR A GERAÇÃO DE ORÇAMENTO JORNALÍSTICO RIO DO SUL 2009

163 2009 gustavo_meurer

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO

ITAJAÍ

GUSTAVO MEURER

SOFTWARE PARA AUXILIAR A GERAÇÃO DE

ORÇAMENTO JORNALÍSTICO

RIO DO SUL

2009

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO

ITAJAÍ

GUSTAVO MEURER

SOFTWARE PARA AUXILIAR A GERAÇÃO DE

ORÇAMENTO JORNALÍSTICO

Trabalho de conclusão de curso a ser

Apresentado ao Curso de Bacharel em

Sistemas de Informação da Área das

Ciências Naturais da Computação e das

Engenharias, do Centro Universitário para

o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí,

como requisito parcial para a Obtenção de

grau de Bacharel em Sistemas de

Informação.

Prof. Orientador: Marciel de Liz Santos

RIO DO SUL

2009

Page 3: 163 2009 gustavo_meurer

CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO

ITAJAÍ

GUSTAVO MEURER

SOFTWARE PARA AUXILIAR A GERAÇÃO DE

ORÇAMENTO JORNALÍSTICO

Trabalho de conclusão de curso de Bacharel

em Sistemas de Informação da Área das

Ciências Naturais, da Computação e das

Engenharias, do Centro Universitário para o

Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, a ser

apreciado pela banca Examinadora, formada

por:

____________________________________________

Professor Orientador: Marciel de Liz Santos

Banca examinadora:

____________________________________________

Prof.: Franciano Samagaia

____________________________________________

Prof.: Paulo José Fiamincini

RIO DO SUL

2009

Page 4: 163 2009 gustavo_meurer

A minha mãe, que por inúmeras vezes me

incentivou e apoiou, assim como criticou

construtivamente.

A meus irmãos por confiarem e acreditarem.

Page 5: 163 2009 gustavo_meurer

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pela grande graça de viver, pelas lições

e caminhos estendidos, pelo ontem, pelo hoje e pelo amanha.

Minha família pela força e carinho em todos os momentos de minha vida,

em especial minha mãe Lenita, meus irmãos Evandro e Daiana que por inúmeras

vezes me incentivaram

As amizades que se construíram nestes quatro anos de luta – André

Diogo Ludvig, Ederson Jasper, Marcionei Horst e Roberta Bilk – que por incansáveis

momentos estiveram presentes nesta caminhada que se finda.

Ao professores que assim como os demais, estiveram presentes,

transmitindo seus conhecimentos.

A Delsoft Sistemas, em específico os Senhores Odair Haskel e Miguel

Delonei Berres, que possibilitaram o desenvolvimento deste, enfim, a todos aqueles

que diretamente ou indiretamente possibilitaram que eu pudesse estar onde estou

meu muito obrigado.

Page 6: 163 2009 gustavo_meurer

RESUMO O objetivo do software de geração de Orçamento Editorial utilizado na empresa

Jornalística Folha de Londrina é primeiramente para o auxilio a orçamentistas uma

vez que atualmente não utiliza-se nenhuma tipo de controle na qual seja possível

emitir relatórios analíticos de vendas, controle de material. Suas principais

funcionalidades seriam a realização de cálculos através da parametrização do

sistema, assim como a geração de relatórios com estatísticas e dados dinâmicos

para auxilio e acompanhamento de vendas, geração de contrato, geração de pedido

de vendas, ordem de fabricação. As ferramentas utilizadas para este

desenvolvimento o GeneXus (Ferramenta de desenvolvimento acelerado (RAD)

multiplataforma) gerando códigos Visual Basic, armazenando em base SQL.

Atualmente em uso, o módulo de orçamentação editorial é integrado em um ERP

disponibilizado pela empresa Delsoft Sistemas, que disponibiliza aos usuários um

melhor controle de vendas, consumo de materiais diferentemente do sistema Excel

anterior utilizado.

Palavras-Chave: Orçamento, Controle, Delsoft, Genexus

Page 7: 163 2009 gustavo_meurer

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ciclo desenho-Protótipo e Desenho-Produção .......................................... 21 Figura 2: Exemplo de uma Transação ...................................................................... 22 Figura 3: Exemplo de estrutura de uma transação .................................................... 23 Figura 4: Exemplo de Workpanel .............................................................................. 24 Figura 5: Exemplo de Relatório ................................................................................. 25 Figura 6: Exemplo de Procedure ............................................................................... 26 Figura 7: Logomarca Informática Delonei ................................................................. 28 Figura 8: Logomarca Delsoft Sistemas ..................................................................... 29 Figura 9: Abrangência da Organização. .................................................................... 30 Figura 10: Logomarca Folha de Londrina ................................................................. 31 Figura 11: Diagrama de Casos de Uso ..................................................................... 36 Figura 12: Diagrama de Atividades ........................................................................... 38 Figura 13: Modelo de Entidade-Relacionamento (Módulo de Orçamento Editorial) .. 39 Figura 15: Login do Delsoft-ERP ............................................................................... 41 Figura 16: Tela de Configuração do Orçamento Editorial ......................................... 42 Figura 17: Tela de Configuração de Permissões para Usuários ............................... 43 Figura 18: Tela de Configuração dos Tipos de Produto X Tipos de Papeis (Insumos) .................................................................................................................................. 44 Figura 19: Tela de Configuração dos Tipos de Produto X Tipos de Papeis (Índices) 44 Figura 20: Configuração do Jornal ............................................................................ 45 Figura 21: Atividades da Expedição .......................................................................... 46 Figura 22: Tela de Manutenção de Orçamentos ....................................................... 47 Figura 23: Tela de Inclusão de Orçamento Editorial ................................................. 48 Figura 24: Tela de Inclusão de Orçamento Editorial (Produtos) ................................ 49 Figura 25: Calculo do Orçamento .............................................................................. 50 Figura 26: Continuação do Calculo do Orçamento .................................................... 51 Figura 27: Tela de Workflow do Orçamento Editorial ................................................ 52 Figura 28: Tela do Relatório de Consumo de Materiais ............................................ 53 Figura 29: Relatório de Consumo de Materiais ......................................................... 53 Figura 30: Tela do Relatório de Orçamentos Realizados .......................................... 54 Figura 31: Relatório de Orçamentos Realizados ....................................................... 54

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ERP Enterprise Resource Planning ANSI American National Standard Institute BD Banco de Dados SQL Structured Query Language DDL Data Definition Language DCL Data Control Language DML Data Manipulation Language GPK GrenzPlankostenrechnung VB Visual Basic SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados RAD Rapid Application Development CAD Computer Ainded Design CASE Computer Aidedd Software Engineering UML Unified Modeling Language OMG Object Management Group

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11

1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 12

1.2 Objetivos ...................................................................................................... 13

1.2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 13

1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 13

2 FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA ................................................................... 14

2.1 Orçamento ................................................................................................... 14

2.1.1 Orçamento de Vendas ............................................................................... 14

2.1.2 Orçamento Flexível .................................................................................... 15

2.1.3 Centro de Custos ....................................................................................... 16

2.1.4 Matéria Prima ............................................................................................. 16

2.1.5 Custo Unitário de Matéria Prima ............................................................... 17

2.1.6 Mão de Obra Direta .................................................................................... 17

2.1.7 Custos Indiretos de Produção .................................................................. 18

2.2 Engenharia de Software .............................................................................. 18

2.2.1 UML ............................................................................................................. 19

2.3 Ferramenta de Desenvolvimento GeneXus ................................................. 20

2.3.1 Transação ................................................................................................... 22

2.3.2 Workpanel ................................................................................................... 23

2.3.3 Relatórios ................................................................................................... 24

2.3.4 Procedure (Procedimento) ........................................................................ 25

2.4 Banco de Dados .......................................................................................... 26

2.5 SQL .............................................................................................................. 27

2.6 Documentação do Software ......................................................................... 27

2.7 Delsoft Sistemas .......................................................................................... 28

3 ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO ....................................................................... 30

3.1 Empresa Jornalística Folha de Londrina ...................................................... 30

3.2 Funcionamento ............................................................................................ 31

4 ANÁLISE ..................................................................................................... 33

4.1 Levantamento de Requisitos ........................................................................ 33

4.1.1 Visão Geral ................................................................................................. 33

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10

4.1.2 Requisitos ................................................................................................... 33

4.2 Diagramas.................................................................................................... 35

4.2.1 Diagramas de Casos de Uso ..................................................................... 35

4.2.2 Diagrama de Atividades ............................................................................ 37

4.2.3 Modelo de Entidade-Relacionamento ...................................................... 39

5 IMPLEMENTAÇÃO ..................................................................................... 40

5.1 Sistema ........................................................................................................ 40

5.2 Opções Gerais ............................................................................................. 40

5.3 Cadastros..................................................................................................... 41

5.3.1 Parametrização do Sistema ...................................................................... 41

5.3.2 Configuração da Espécie do Produto ...................................................... 43

5.3.3 Cadastro de Tipos de Produtos X Tipos de Papeis ................................ 43

5.3.4 Configurações do Jornal ........................................................................... 45

5.3.5 Cadastro de Atividades da Expedição ..................................................... 45

5.3.6 Valorização do Centro de Produção ........................................................ 46

5.4 Movimentação .............................................................................................. 46

5.4.1 Manutenção de Orçamentos ..................................................................... 46

5.5 Consulta ....................................................................................................... 52

5.5.1 Workflow ..................................................................................................... 52

5.6 Relatórios ..................................................................................................... 52

5.6.1 Consumo de Materiais ............................................................................... 52

5.6.2 Orçamentos Realizados ............................................................................ 54

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 55

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................... 56

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11

1 INTRODUÇÃO

No mundo em que vivemos, com as constantes mudanças, evoluções e

descobertas, principalmente nas áreas tecnológicas, onde a busca por uma melhor

qualidade de vida, a facilitação e precisão da forma de trabalho se tornam

indispensáveis para a agilidade dos processos e melhoria da qualidade.

Desde os anos 90 acontece um constante crescimento dos sistemas ERP

(enterprise resource planning, ou planejamento de recursos empresariais) o

mercado, o principal motivo para tal fenômeno tem sido a busca por soluções que

visem competitividade, estas soluções objetivam-se na diminuição dos tempos de

processos, aproveitando assim de uma melhor forma os recursos disponíveis na

organização.

A busca por softwares que sanem por completo as necessidades de uma

organização pode se tornar uma tarefa árdua, se a mesma tenha como base o chão

de fábrica nem sempre eles estarão preparados para atender as atividades

específicas, levando assim a busca por soluções desenvolvidas especialmente para

este segmento, citam-se aqui indústrias gráficas e empresas de impressão editorial,

onde o software de orçamentação possuirá diferentes metodologias e regras.

Estas regras muitas vezes podem ser modificadas de acordo com o

segmento e necessidade da organização. Uma empresa do segmento gráfico

editorial, como é o caso da Empresa Jornalística Folha de Londrina (PR), possui as

regras de negocio semelhante a outros segmentos, porém diferencia-se nas

variáveis de formação do cálculo.

Enfatizam-se neste trabalho de conclusão de curso os centros de

produções adotados para elaboração dos cálculos de formação dos preços de

venda, onde a maneira que é tratada para a simplificação dos cálculos tem sido a

melhor dentre alternativas.

Para o embasamento metodológico deste trabalho de conclusão de curso,

utilizaram-se monografias, livros citados como base nas matérias lecionadas, sites

oficiais dentre outras fontes informais nas quais foram fundamentais para

conceitualização dos métodos.

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12

1.1 JUSTIFICATIVA

Nas grandes indústrias de qualquer segmento a elaboração de um projeto

e formulação do preço de venda do mesmo tem sido uma ferramenta de trabalho

crucial. O preço de venda jamais deverá ser uma ferramenta de venda, mas a

maneira que é composta, porém que métodos estariam sendo utilizados para

realização do mesmo? De que forma estariam sendo armazenados e possivelmente

demonstrados?

Com o constante crescimento dos softwares a utilização dos mesmos se

faz necessário a utilização em uma organização que almeja o sucesso, contudo o

sucesso não virá apenas de sua utilização, e sim de uma análise e levantamento de

requisito, verificação das necessidades requisitadas.

Em uma indústria jornalística, por exemplo, existe a necessidade de

facilitar a formulação do preço de venda de um orçamento, para tanto o orçamento é

complexa e exige uma análise minuciosa devido à enorme quantidade de variáveis

envolvidas, porem no mercado existem apenas softwares que adaptam-se a

empresas de pequeno porte como gráficas não abrangendo indústrias jornalísticas.

O constante contato com uma organização do ramo jornalístico projetou-

se a abrangência desta necessidade, onde facilitaríamos de um modo geral o

trabalho desempenhado pelos orçamentistas, revisando por completo o processo

atualmente em uso, reaproveitando melhor os recursos da instituição, evitando o

desperdício de tempo na realização, análise e envio de proposta e

conseqüentemente resposta ao cliente.

A organização relatada é a Empresa Jornalística Folha de Londrina, jornal

tem uma tiragem média mensal de 40 mil exemplares, predominante nas classes A e

B assim como a maioria dos jornais existentes, segundo a própria empresa sua

circulação é predominante nos centros urbanos com 53% da tiragem, restando

assim 47% de abrangência rural. Sedia-se na cidade de Londrina (PR) com um dos

melhores parques gráficos do Brasil, possuindo cerca de 60 anos de historia, a

mesma decidiu inovar e melhorar seu principal mecanismo, o comercial.

A metodologia utilizada para realização e emissão das propostas não era

nada convencional, tornava o processo de realização lento assim como complicado

e sem segurança nenhuma, o processo realizado anteriormente com o editor Excel

(Microsoft Corporation), o que conseqüentemente ocasionava a concentração de

Page 13: 163 2009 gustavo_meurer

13

conhecimento na mão de poucas pessoas, como um grande conglomerado de

informações onde fica evidentemente a insegurança das informações, demora na

apresentação de resultados, inviabilidade da apresentação de relatórios comerciais

e comparativos de vendas.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um aplicativo com função comercial visando à melhoria do

processo de orçamentação da Empresa Jornalística Folha de Londrina (PR),

aplicativo este vinculado as demais áreas da empresa visando alem de tudo

melhorar o processo atualmente em uso facilitando assim a apresentação e a

extração de possíveis relatórios gerenciais que possam facilitar as estratégias de

venda da organização.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Identificar as tecnologias a serem adotadas no desenvolvimento e

implantação.

• Coletar informações a respeito de todo o processo, acordos e padrões

gráficos, regras de negócio, itens necessários e indispensáveis para sua

realização.

• Analisar a organização como um todo, recursos, necessidades e

padrões de processos exigidos, para assim poder desenvolver o software

com maior eficiência.

• Demonstrar a importância de sistematização de todo o processo de

orçamentação do jornal, seus benefícios, recursos disponíveis em outras

tecnologias.

• Especificar e detalhas as etapas do processo para fins de

acompanhamento.

• Avaliar o sistema desenvolvido, verificando a aderência do projeto e a

abrangência das necessidades.

Page 14: 163 2009 gustavo_meurer

14

2 FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

2.1 ORÇAMENTO

O processo de orçamentação é uma ferramenta muito importante para

uma organização, onde através dela poderá se determinar o sucesso da mesma.

Muito utilizada nas indústrias como meio de avaliar os custos de forma completa e

versátil, onde o mesmo é capaz de analisar os objetivos do projeto, limitações da

organização e possíveis falhas em diversos setores.

A busca pela alocação de recursos de forma eficiente é uma constante

dentro da organização, pois é através da utilização consciente dos mesmos que é

possível obter uma satisfação maior.

Tavares (2000, pg. 359) assevera que, combinados os momentos

anteriores ao planejamento estratégico, passa-se à elaboração dos planos de ação.

Cada área reflete sobre seu papel no futuro da empresa, materializando-o em

objetivos e ações que pretende desenvolver no sentido de alcançá-los. O

componente final do plano se ação é o orçamento.

Conforme Tavares (2000, pg. 375), o orçamento abrange funções e

operações que envolvem todas as áreas da empresa com a necessidade de

alocação de algum tipo de recurso financeiro.

2.1.1 Orçamento de Vendas

A orçamentação de venda é a atividade desenvolvida juntamente com

todas as áreas de uma empresa, estas são geralmente fornecedoras de produtos

configuráveis (próprios), possibilitando assim ser feita de no mínimo 3 métodos

segundo MARQUES(2004, pg. 209):

a) Método estatístico – neste caso utiliza-se modelos estatísticos de correlação e

analise setorial, via recursos computacionais, ou mesmo métodos estatísticos

direto de analises tendência. Isso será possível quando o passado permite

imaginar um comportamento futuro das vendas. É um método muito utilizado

quando tem-se muita dificuldade de se saber o que vai vender;

b) Coleta de dados das fontes de origem das vendas – neste caso o orçamento

de vendas terá como base as informações vindas diretamente dos centros

Page 15: 163 2009 gustavo_meurer

15

vendedores, e serão compiladas nos setores de coordenação de orçamentos

formando então o orçamento de vendas. É um método aparentemente

interessante, porem a diversidade das fontes de origem, bem como as

possibilidades de inadequação de entendimento dos conceitos orçamentários

poderão conduzir a resultados finais inconsistentes e até frágeis;

c) Uso final do produto – esse método será utilizado quando, através do

conhecimento do uso final do produto do cliente, a empresa pode orçar suas

próprias vendas. Sabendo o que seu cliente vai vender, através do

conhecimento dos programas de produção desses clientes, será um meio de

orçar as vendas da empresa, como fornecedora certa para esses clientes.

O orçamento de venda pode ser relativamente alterado, podendo ser

atribuído valor apenas quando sabe-se a quantidade a ser produzida, podendo ter

incidência de valores opcionais como por exemplo: impostos, margem de lucro, frete

e comissões.

2.1.2 Orçamento Flexível

As variações dos orçamentos executados em sua maioria não possuem

uma regularidade, o que dificulta e muito sua avaliação de eficácia e eficiência. Isso

se torna possível apenas com uma maior comunicação das áreas envolvidas.

Embora muitas empresas possuam o processo de orçamentação

padronizado, tornando o processo de certa forma engessado demais,

impossibilitando realizarem-se inovações.

Para Mott (1996, pg. 59) a orçamentação flexível, as bases e métodos

foram lançados em 1970 na Alemanha Kingler e Plaut, conhecidas como

GrenzPlankostenrechnung ou GPK, onde incorporavam-se dois princípios básicos:

• Centros de responsabilidades com o controle

• Calculo de custos por produtos e a nítida separação dos custos fixos e

variáveis por centros.

O orçamento não deve ser definido como uma base que se aplica a todas

as situações possíveis. Onde apenas com o aumento do nível de informação é

possível implementar um orçamento flexível.

Page 16: 163 2009 gustavo_meurer

16

A elaboração do orçamento flexível esta baseado no adequado

conhecimento e analise dos custos nas categorias variáveis e fixas para prever as

despesas nos diferentes níveis de atividades. (Mott, 1996, pg. 60)

2.1.3 Centro de Custos

Para formulação e informação dos valores aos clientes, optou-se por

realizar os mesmos baseados em centro de custo.

Os centros de custos são classificados em três grandes categorias

conforme cita-se abaixo:

1. Matéria Prima;

2. Mão de obra Direta;

3. Custos Indiretos de Produção;

Os dois primeiros elementos do custo, matéria prima e Mão de Obra

direta, são os custos considerados diretos. A Matéria Prima consiste em qualquer

matéria que seja fisicamente agregado o produto, assim passando a fazer parte do

mesmo. Nos custos de Mão de Obra direta são classificados os gastos de qualquer

trabalho executado sobre o produto que indique mudança de sua forma ou de sua

natureza. Os demais itens ou produtos que venham a ser utilizados em sua

fabricação ou beneficiamento de um produto integram os custos indiretos de

produção.

2.1.4 Matéria Prima

Realizar o cálculo da matéria prima exige o cumprimento de algumas

fases, como por exemplo, a determinação das quantidades de matérias primas

exigida para o atendimento da produção.

Esta determinação baseia-se no orçamento de produção e em dados

históricos da composição de matérias primas de cada produto.

Além dos padrões técnicos de consumo, devemos considerar as perdas

normais com refugos e com problemas advindos de tamanhos padrões, (tamanho

maior do que a necessidade) causando assim um desperdício de matéria prima

podendo ser consideradas como perda ou refugo de produção, quando estas não

são reaproveitadas servindo de matéria prima para a produção de outros produtos.

Page 17: 163 2009 gustavo_meurer

17

Segundo Sanvicente (1995, pg. 78), o orçamento de produção, bem como

a quantidade por tipo de produtos a ser fabricada e as informações técnicas ou

estatísticas sobre o consumo passado constituem as informações básicas para a

determinação das quantidades de matéria prima necessária a produção.

Em muitas situações não industriais não é absolutamente indispensável

determinar taxas padrões de consumo de matéria prima utilizada em cada

departamento e por unidade de produto final. (WELSCH, 1983, pg. 150)

2.1.5 Custo Unitário de Matéria Prima

A estimativa dos custos unitários de matérias primas assume grande

importância, normalmente para empresas em que a meteria prima representam

parcelas significativas nos custos da produção.

De acordo com Sanvicente (1995, pg. 91), os componentes dos custos

das matérias primas devem ser estabelecidos em consonância com os critérios

adotados pelo sistema de custos da empresa.

Alem destes aspectos, a valorização do consumo de matéria prima

envolve o problema da adoção de preços durante um determinado período. Com a

utilização de preços diferentes tornam-se necessários o processamento de todas as

entradas e o calculo de novo preço médio para a determinação das saídas, o que

evidentemente complica o processo orçamentário.

2.1.6 Mão de Obra Direta

Os custos da mão-de-obra tem grande influencia na maioria das

empresas, pois absorve uma parcela substancial dos custos totais da empresa.

Orçar a mão de obra direta para Sanvicente significa: estimar a

quantidade de mão-de-obra direta a ser utilizada, projetar taxa honorária a ser

utilizada e calcular os custos totais da mão-de-obra.

Este orçamento juntamente com os orçamentos de matéria prima e de

custos indiretos permitirá a apuração do custo total da produção. (Sanvicente, 1995,

pg. 90).

Page 18: 163 2009 gustavo_meurer

18

2.1.7 Custos Indiretos de Produção

Neste segmento podem ser incluídos todos os custos fabris que não

podem ser classificados como mão-de-obra direta ou matéria-prima.

Consiste na projeção dessas despesas por período de tempo e

agrupados por responsabilidade.

Os setores de gestão orçamentária e engenharia industrial auxiliam os

diversos responsáveis na elaboração do orçamento de custos indiretos. O primeiro

fornece informações históricas das despesas e o último fornece os níveis ideais de

gastos. (Sanvicente, 1995, pg. 94).

2.2 ENGENHARIA DE SOFTWARE

A engenharia de software procura englobar vertentes tecnológicas e

gerenciais, visando abordar de forma sistemática os processos de construção,

caracterizado pelo desenvolvimento de software prático, ordenado e medido para

produzir sistemas satisfatórios aos usuários e que sejam seguidos prazos e metas

pré delimitadas.

Conceituado por Rezende (2005), A engenharia de software é a

metodologia de desenvolvimento e manutenção de sistemas modulares, com as

seguintes características; processo (roteiro) dinâmico, integrado e inteligente de

soluções tecnológicas; adequação aos requisitos funcionais do negócio do cliente e

seus respectivos procedimentos pertinentes; efetivação de padrões de qualidade,

produtividade e efetividade em suas atividades e produtos; fundamentação na

tecnologia da gestão de atividades, recursos, custos e datas.

Ainda nesta linha de raciocínio, Rezende afirma que a Engenharia de

Software abrange um conjunto de 3 elementos fundamentais que possibilitam ao

gerente o controle do processo de desenvolvimento do software e oferece ao

profissional uma base para a construção de software de alta qualidade:

a. Métodos

Proporcionam os detalhes de “como fazer” para construir o software.

Envolvem um amplo conjunto de tarefas que incluem: planejamento e estimativa de

projeto, analise de requisitos de software e de sistemas, projeto da estrutura de

dados, arquitetura de programa e algoritmo de processamento, codificação, teste e

manutenção.

Page 19: 163 2009 gustavo_meurer

19

b. Ferramentas

Proporcionam o apoio automatizando ou semi-automatizando aos

métodos. Existem diversas técnicas para sustentar os métodos, por exemplo, CASE,

CAD, Analise Estruturada, Orientação a Objeto, e respectivas ferramentas, tais

como, Banco de dados, linguagens de programação etc.

São os instrumentos que proporcionam os detalhes de “como fazer” para

construir o software.

c. Procedimentos

Constituem o elo de ligação de ambos e possibilitam o desenvolvimento

racional e oportuno de software. Definam a sequência em que os métodos serão

aplicados, os produtos para serem disponibilizados, controles de qualidade e

avaliação. São os procedimentos que antecedem e sucedem o software.

De forma geral a Engenharia de Software, é uma metodologia que

procura de forma racional obter um melhor custo-benefício em um tempo

relativamente previsto, possibilitando o desenvolvimento de software mais

detalhado, documentado e seguro, evitando assim a incidência de retrabalhos.

2.2.1 UML

Segundo Furtado (Pg. 53), a UML é uma linguagem para especificar,

visualizar, documentar e construir um sistema e pode ser utilizada em todas as

etapas de desenvolvimento, promovida pelo OMG (Object Management Group), com

contribuição e direitos de autoria das seguintes empresas: Hewlett-Packard, IBM,

ICON Computing, i-Logix, IntelliCorp, Electronic Data Services, Microsoft,

ObjecTime, Oracle, Platinum, Ptech, Rational, Reich, Softeam, Sterling, Taskon A/S

e Unisys.

A ênfase da UML é na definição de uma linguagem de modelagem padrão

(standard) e, por conseguinte independente de linguagens de programação, de

ferramentas CASE, bem como dos processos de desenvolvimento. O objetivo da

UML é, dependendo do tipo de projeto, da ferramenta de suporte ou da organização

envolvida poder adotar diferentes processos/metodologias, mantendo-se, contudo, a

utilização de uma única linguagem de modelagem.(RAMOS, pg. 8)

Definido por Furtado (pag. 53) como a metodologia que busca padronizar

diagramas anteriormente propostos por diferentes autores em outras metodologias

Page 20: 163 2009 gustavo_meurer

20

em um único quadro. A intenção é de se obter uma linguagem única. Não

proprietária e aberta a todos. Ela recebeu influência das técnicas de modelagem de

dados (diagramas de entidade e relacionamento), modelagem de negócios,

modelagem de objetos e modelagem funcional.

A UML ale de facilitar a visualização como um todo de um projeto, facilita

a coleta de informações e requisitos, facilitando assim a comunicação através do

maior detalhamento gráfico da complexidade, evitando o desenvolvimento confuso e

errôneo do sistema a ser desenvolvido.

2.3 FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO GENEXUS

Segundo Artech (2004), GeneXus é uma ferramenta inteligente de

desenvolvimento de aplicações, que permite construir sistemas que evoluem

tecnologicamente no tempo, para empresas de médio e grande porte, que

necessitam desenvolver sistemas de missão crítica. Existem outras ferramentas de

desenvolvimento que também geram parte dos programas, mas o GeneXus gera

100% do código da aplicação e mantêm automaticamente a base de dados e os

programas automaticamente.

Utilizando a ferramenta CASE GeneXus Corporate, a tarefa básica do

analista é a descrição da realidade. Somente o analista poderia desenvolver esta

tarefa, já que somente ele pode entender o problema do usuário.

Agora o analista trabalha em alto nível, discutindo problemas com o

usuário e testando com ele as especificações em nível de protótipo, em vez de

desenvolver sua atividade e através de tarefas de baixo nível como estas: desenhar

arquivos, normalizar, desenhar programas, programar, buscar e eliminar os erros

dos programas.

A partir da base de conhecimento, o Genexus gera automaticamente

tanto os programas de criação quanto reorganização da base de dados como os da

aplicação.

O trabalho realizado através da ferramenta CASE GeneXus consiste no

ciclo de protot ipação, ou seja, o analista recorrerá a dupla desenho-protótipo

durante a fase de desenho, construindo e testando sucessivos protótipos do modelo.

No ciclo de Produção, pelo contrário, passará menos freqüentemente a

dupla de desenho - produção, já que a geração do sistema se realiza somente

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21

quando o protótipo já tiver sido totalmente testado ou logo após haver instrumentado

e testado alguma alteração.

A construção automática do suporte computacional nos dará a grande

possibilidade de criar protótipos. Verdadeiros protótipos, já que estes terão um

funcionamento equivalente ao do sistema em produção real, permitindo que se

realizem baterias de testes consistentes, até mesmo com a mesma base de dados.

O protótipo é quando queremos ver o executável. Geramos o arquivo e

um executável, através do protótipo layout de telas, relatórios, ou qualquer alteração

que não envolva mudança da base de dados, também pode ser efetuada.

A produção é a distribuição do sistema, o produto final desenvolvido, após

a prototipação com os devidos testes e homologações, os programas são

compilados e gerados no ambiente de produção. É neste ciclo que o sistema é

entregue na mão do cliente.

Figura 1: Ciclo desenho-Protótipo e Desenho-Produção Fonte: Artech (2004)

A tarefa de desenho consiste, fundamentalmente, em identificar e

descrever estes objetos. A partir destas descrições, e automaticamente, GeneXus

sistematiza o conhecimento capturado e vai construindo, de forma incremental, a

Base de Conhecimento.

Esta Base de Conhecimento é um depósito único de toda informação do

desenho, a partir da qual GeneXus cria o modelo de dados físico (tabelas, atributos,

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22

índices, redundâncias, regras de integridade referencial, etc.) e os programas de

aplicação.

Assim, a tarefa fundamental na análise e desenho da aplicação encontra-

se na descrição dos objetos GeneXus.

Vejamos detalhadamente os tipos de objetos GeneXus mais importantes:

2.3.1 Transação

Uma transação é um processo interativo que permite aos usuários criar,

modificar ou eliminar informação da base de dados. Artech (2004).

Uma tela permite ao usuário fazer várias ações como inserir, atualizar,

eliminar, imprimir sem ter que voltar ao menu. Segue abaixo exemplo de Transação

e estrutura.

Figura 2: Exemplo do layout de uma Transação Fonte: Acervo do autor.

Abaixo segue a demonstração de uma estrutura de transação, onde os

campos são dispostos um abaixo do outro podendo ter diversos níveis na estrutura.

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23

Figura 3: Exemplo de estrutura de uma transação Fonte: Acervo do autor.

2.3.2 Workpanel

Um Work Panel é uma tela que permite ao usuário realizar consultas

interativas à base de dados. Artech (2004).

Os works panels podem ser utilizados para consultas ou listagem de

registros. Segue abaixo exemplo de Workpanel onde é demonstrado o valor

calculado, os possíveis acréscimos e descontos existentes para o orçamento em

questão.

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24

Figura 4: Exemplo de Workpanel Fonte: Acervo do autor.

2.3.3 Relatórios

Um relatório é um processo que permite visualizar os dados da base de

dados. Artech (2004).

Possuem dois modos de visualização, enviando-o para a tela será

possível apenas visualizar os dados ou mandando podendo enviar para a

impressora configurada.

Um relatório, porém, não pode atualizar a base de dados. Conforme

exemplo abaixo demonstrando o layout de uma autorização de produção, podendo

listar informações de diversas tabelas da base de dados, cálculos assim como

formulas.

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25

Figura 5: Exemplo de Relatório Fonte: Acervo do autor

2.3.4 Procedure (Procedimento)

Segundo a Artech (2004), este objeto possui todas as características dos

relatórios, permitindo, além disso, atualizar a base de dados. Os Procedimentos são

muito usados para realizar sub-rotinas, atualização de dados, busca de informações,

o mesmo por conter características semelhantes ao Report pode ser utilizado como

relatório emitindo assim informações na tela ou diretamente para a impressora.

Abaixo seque exemplo de um código contido no procedimento de calculo

do orçamento, buscando assim informações da tabela de insumos e assim

realizando os cálculos nas sub-rotinas seguintes.

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26

Figura 6: Exemplo de Procedure Fonte: Acervo do autor.

2.4 BANCO DE DADOS

Conforme definição de OLIVEIRA (1999), bancos de dados, são arquivos

ou sistemas com uma estrutura regular que organizam as informações de forma que

as mesmas estejam estruturas, podem ter a forma de uma tabela onde cada tabela é

composta por linhas e colunas.

As várias tabelas e informações utilizadas para um mesmo fim são

agrupadas em uma base de dados.

Segundo DATE (2003), em essência, um sistema de banco de dados é

apenas um sistema computadorizado de armazenamento de registros. O banco de

dados pode, ele próprio, ser visto como o equivalente eletrônico de um armário de

arquivamento. Em outras palavras, é um repositório ou recipiente para uma coleção

de arquivos de dados computadorizados.

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27

Ainda segundo DATE (2003), banco de dados é basicamente um sistema

computadorizado de armazenamento de registros; isto é, um sistema

computadorizado cujo propósito geral é armazenar informações e permitir ao usuário

buscar e atualizar essas informações quando solicitado. As informações em questão

podem ser qualquer coisa que tenha significado para o indivíduo ou a organização a

que o sistema deve servir.

2.5 SQL

Segundo RAMALHO (1999), o banco de dados SQL foi criado para

definir, modificar e consultar dados contidos em um banco de dados relacional.

Ainda segundo RAMALHO (1999), a simplicidade fez com que ela se

tornasse um padrão para acesso a banco de dados

OLIVEIRA (1999) afirma que quando os bancos de dados relacionais

estavam sendo desenvolvidos, foram criadas linguagens destinadas à sua

manipulação. O departamento de pesquisas da IBM desenvolveu a SQL como forma

de interface para o sistema de BD relacional denominado SYSTEM R, no início dos

anos 70.

[...] Como toda linguagem, ela sofreu diversas atualizações ao longo do tempo, incorporando novos recursos que surgiram com a evolução do banco de dados. Inevitavelmente, os fabricantes de bancos de dados criaram extensões próprias para a linguagem que exploraram recursos únicos de seus produtos. Transact/SQL, da Sybase e Microsoft, PL/SQL da Oracle, DB2 da IBM, são algumas das mais conhecidas variações da linguagem. (RAMALHO, 1999, p. 21).

Já em 1986, conforme cita OLIVEIRA (1999) o American National

Standard Institute (ANSI) publicou um padrão SQL. A SQL estabeleceu-se como

linguagem padrão de Banco de Dados Relacional.

2.6 DOCUMENTAÇÃO DO SOFTWARE

Levando em consideração a dificuldade que se tem para os responsáveis

pelo desenvolvimento de softwares estarem descrevendo processos, a

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28

documentação ainda é uma forte necessidade e precariedade dentre as fábricas de

softwares.

Pelo fato de quem tem conhecimento da regra de negócio e de

desenvolvimento não possuir habilidades tão aguçadas para uma dissertação, tem-

se o risco dessa documentação que venha a ser gerada não atenda as expectativas

esperadas.

Segundo Rezende (2006), esses manuais são elaborados desde a

concepção do sistema e finalizados antes de sua implantação, juntamente com o

treinamento de todos os envolvidos no software. Fundamentalmente são

desenvolvidos dois manuais, os quais fazem parte da Metodologia de

Desenvolvimento de Sistemas ou Softwares: Manual de Sistemas ou Softwares; e

manual do usuário. Este último manual em algumas organizações, principalmente as

que possuem computadores de grande porte pode ser complementado por um

terceiro manual, chamado de manual de operação ou de digitação.

2.7 DELSOFT SISTEMAS

A INFORMÁTICA DELONEI (como inicialmente era denominada) deu

inicio em suas atividades na cidade de Rio do Sul – SC, através de seu fundador

Miguel Delonei Berres, com desenvolvimento de softwares específicos para

administração industrial.

A diversidade de ramos de negócios atendidos e o comprometimento com

o cronograma dos projetos permitiram que a então denominada INFORMÁTICA

DELONEI obtivesse reconhecimento de seus clientes e parceiros.

Figura 7: Logomarca Informática Delonei Fonte: Delsoft Sistemas, Outubro/2009.

No ano de 2005 consolidou sua posição com a fusão da E2CON

CONSULTORIA e INFORMÁTICA DELONEI, proporcionando a DELSOFT novos

mercados brasileiros e abertura das vendas através de canais de distribuição.

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29

A atuação e tradição regional da DELONEI e a experiência nacional em

consultoria de sistemas da E2CON, permitiram que a DELSOFT pudesse

disponibilizar para o mercado produtos capazes de agilizar as informações com

maior qualidade dentro das empresas.

A DELSOFT SISTEMAS surgiu com o objetivo de propiciar facilidades a

todas as áreas de uma empresa e em qualquer segmento de mercado, tendo em

vista que a tecnologia que é desenvolvida de forma configurável para os diversos

ambientes de trabalho.

Com a fusão da E2CON CONSULTORIA e a INFORMÁTICA DELONEI,

novos horizontes foram traçados. Dentre vários objetivos, um dos mais importantes

era o desenvolvimento de um produto padrão: o DELSOFT–ERP. Com essa direção,

os aplicativos foram sendo atualizados e repensados na sua forma de

funcionalidade.

Atualmente o DELSOFT-ERP é um produto robusto, com as mais

diversas funcionalidades, por exemplo: completa gestão administrativa, comercial,

financeira, de suprimentos, de manufatura, de manutenção e gestão da qualidade.

Figura 8: Logomarca Delsoft Sistemas

Fonte: Delsoft Sistemas, Outubro/2009.

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30

3 ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO

3.1 EMPRESA JORNALÍSTICA FOLHA DE LONDRINA

Situada na cidade de Londrina no Paraná, a Empresa Jornalística Folha

de Londrina, é uma empresa sólida, voltada a industrialização de jornais, indo às

ruas pela primeira vez no dia 13 de novembro de 1948, atualmente possui uma

gama de leitores bastante diferenciada, sendo o meio preferido dos formadores de

opinião em todos os níveis e classes sociais.

A empresa é considerada uma referencia dentre outras da mesma

categoria, possuindo cerca de 60 anos de credibilidade, abrangendo cerca de 120

mil leitores diários, possui uma tiragem média de 40 mil exemplares diários e uma

abrangência de 76% das 399 cidades paranaenses, alem de Mato Grosso e sul de

São Paulo, segundo a própria empresa nos últimos dois anos cresce numa

constante de 7,4% (FOLHA DE LONDRINA, 2008), contribuindo assim de forma

relevante para a cultura e o desenvolvimento regional.

Figura 9: Abrangência da Organização. Fonte: Ímpar1, Inteligência de Marketing º ago/set 2008

1 ÍMPAR – Inteligência de Marketing, agregar valor competitivo aos processos organizacionais por meio do fornecimento de soluções integradas de informação, conhecimento e estratégia.

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31

Figura 10: Logomarca Folha de Londrina Fonte: Folha de Londrina, Outubro/2009

Tanto empenho e sucesso tornaram a “Folha” digna de homenagem do

excelentíssimo senador Osmar Dias publicado no site Oficial do Senado Federal:

A história da Folha se confunde, em muitos momentos, com a própria história de Londrina. A "Folha" - que para os londrinenses não precisa de sobrenome - construiu seu caminho junto com a cidade: caminho de pioneirismo, desbravamento, superação de dificuldades. Folha sempre esteve ao lado de Londrina e sempre lhe foi referência. O que mais me impressiona é a capacidade da Folha de manter, ao longo do tanto tempo, um desempenho de alto nível jornalístico, mas também cultural. Quem não se lembra do Caderno 2 que, em certos momentos, contou com o trabalho de uma equipe de jornalistas de impressionante nível: poesia, teatro, literatura, cinema, quadrinhos, religião, música, tudo era discutido, analisado, criticado numa profundidade que chamava a atenção para a cidade.[...] Osmar Dias (Senador)

Excelentíssimo Senador ainda conclui,

[...] Hoje, modernizada, informatizada, tornou-se Folha do Paraná. Os prêmios que recebeu fazem dela um dos melhores jornais nacionais. Cresceu e chegou à maturidade. Mas certamente o seu bem mais precioso, o núcleo de sua identidade está na sua origem de pioneirismo, trabalho e persistência, como Londrina. Enquanto preservar este núcleo, continuará certamente crescendo e chegará - como todos esperamos - à comemoração do seu centenário.

3.2 FUNCIONAMENTO

A constante utilização da orçamentação na organização citada tem

tornado o processo moroso e cansativo, além de inseguro e com grande margem de

erro, portanto a busca por soluções capazes de melhorar este aspecto tem se

tornado uma constante para a organização.

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32

Atualmente, o método de orçamentação citado anteriormente abrange a

orçamentação dos tempos de máquinas, atividades desenvolvidas, custo da matéria-

prima, valores de contratação, impostos, acréscimos e descontos de negociação

implementados em uma planilha Excel, todas armazenadas em um determinado

servidor.

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33

4 ANÁLISE

4.1 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS

4.1.1 Visão Geral

Propõem-se neste trabalho de conclusão de curso, um software que

auxilie a geração de orçamentos editoriais, como forma de facilitar a emissão de

informações que atualmente encontram-se de maneira muito insegura e confusa

para desinformados.

Criando diversas hipóteses para geração facilita-se a geração de

orçamentos, iniciando com a configuração dos parâmetros do orçamento que são de

crucial importância, estas por sua vez definirão valores como percentual de

comissão, margem de lucro, etc., inclusão e configuração de produtos dentro do

Delsoft-ERP, sendo através destes a formulação dos valores iniciais, informando

custos de intercalação e desintercalação, tarefas e atividades da expedição, centros

de produção, formando assim os valores e custos internos de produção do serviço.

Com funções e configurações genéricas pode-se facilitar a geração de

valores finais, configurações dos índices de consumos servem para realização do

calculo do tempo de máquina e do consumo de materiais para determinado tempo,

assim como as configurações do jornal também determinam valores básicos que

agregam consideravelmente no valor final do produto, podendo ser considerados

tempos de ajustes que são utilizados em atividades de pré-impressão, quantidade

de perda tipo de papel e formato de papel.

4.1.2 Requisitos

Em conversa com os envolvidos no projeto de desenvolvimento do

Orçamento Editorial pode-se levantar os requisitos básicos para o sucesso do

desenvolvimento, alguns destes encontram-se listados abaixo:

1. O software deve ser flexível de fácil usabilidade;

2. O sistema deve permitir o acesso do usuário apenas as telas que lhe

for delegado;

3. Manter um controle de usuários com as permissões básicas do sistema

dentro das telas permitidas (inclusão, alteração e eliminação);

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34

4. Permitir o bloqueio de orçamentos realizados;

5. Permitir a inclusão de orçamentos sem cliente para fins de simulação

de valores.

6. Controlar os orçamentos através de situações (Implantado, calculado,

aprovado, reprovado, etc.);

7. Ao realizar a inclusão, alteração, recalculo ou negociação deve ser

apresentado um relatório recalculado com as ultimas alterações

realizadas;

8. Ao emitir o relatório para acompanhamento do calculo, emitir uma

simulação dos valores aplicando comissões de 15% e 25% ou

removendo-as;

9. Permitir a aprovação ou reprovação do orçamento uma vez que o

acerto do valor final depende de negociação com o cliente;

10. O software deve permitir a emissão do contrato e ordem de impressão

automaticamente, listando valores oficiais obtidos através do software

(em 3 vias);

11. O software deve contemplar a necessidade de se manter um histórico

do orçamento, com registros das etapas percorridas pelo mesmo até

seu efetivo faturamento;

12. O software deve contemplar a emissão de relatórios para

acompanhamento de produção assim como estoque e venda;

13. Devido ao grande número de fatores possíveis e somatórios no valor

total de um orçamento, manter o detalhamento das atividades da

expedição (mão de obra própria);

14. O software deve contemplar as possíveis atividades de terceiros (mão

de obra terceirizada);

15. O software de contemplar perdas de produção, uma vez que trata-se

de uma atividade em chão de fábrica;

16. Disponibilizar uma consulta que possibilite visualizar os orçamentos

de uma forma geral, mas que primeiramente visualize por situação.

17. Desenvolver um programa para que seja permitido relacionar a um

tipo de produto a configuração de páginas, determinando a

quantidade de paginas P&B e Coloridas, identificando as possíveis

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35

posições das paginas coloridas, bem como o numero de chapas que

será utilizado e a quantidade de rodagens para a configuração;

18. Disponibilizar um ambiente onde seja possível manter uma

negociação com o cliente, onde seja possível dar descontos ou

acréscimos;

19. Desenvolver o modulo de orçamentação na ferramenta GeneXus,

testando na própria base do cliente (backup restaurado localmente);

20. O software deve contemplar funcionalidades existentes no Delsoft-

ERP como Cadastro de Cliente/Fornecedores, Representantes,

Atividades, Produtos, Matriz e Filial;

21. O modulo a ser desenvolvido deve manter os padrões atualmente

adotados no Delsoft-ERP;

22. Disponibilizar consultas através de botão ao lado do campo ou então

através da tecla F2 do teclado;

23. Permitir realizar cópia de um orçamento, assim originando um novo

com as mesmas informações modificando apenas seu número;

24. Disponibilizar na inclusão ou alteração de um orçamento a informação

do valor do frete, este será setado como default pelo sistema de

acordo com a taxa configurada nos parâmetros e a quilometragem

informada no cadastro de cidades, porém este valor pode ser

alterado;

25. Disponibilizar na manutenção de cadernos de um orçamento um

botão que realize a cópia de cadernos, facilitando a inclusão;

4.2 DIAGRAMAS

4.2.1 Diagramas de Casos de Uso

No diagrama a seguir estão dispostos as figuras referentes aos agentes e

as funcionalidades disponíveis no sistema levando em consideração permissões e

sequência.

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Figura 11: Diagrama de Casos de Uso Fonte: Acervo do Autor.

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Este diagrama procura representar as diversas funcionalidades assim

como quem pode acessá-las, de maneira fácil demonstra a ligação de cada agente

com o sistema.

Observando a figura, nota-se que o Administrador (Acesso privilegiado)

tem permissões para acessar os diversos recursos disponíveis no sistema,

diferentemente do Usuário (Acesso restrito), possuindo acesso apenas para

manutenção do orçamento, emissão de relatório, efetuar consultas, inclusão,

alteração e eliminação de dados dos cadastros pertencentes ao orçamento,

negociação com o cliente, dentre outras atividades.

4.2.2 Diagrama de Atividades

Neste diagrama tem-se uma noção mais aprofundada da função e

permissão de cada usuário no sistema de Orçamentação Editorial, qual a sequência

dos processos a serem realizados.

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Figura 12: Diagrama de Atividades Fonte: Acervo do Autor.

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39

4.2.3 Modelo de Entidade-Relacionamento

Figura 13: Modelo de Entidade-Relacionamento (Módulo de Orçamento Editorial) Fonte: Acervo do Autor.

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40

5 IMPLEMENTAÇÃO

5.1 SISTEMA

Como já mencionado anteriormente neste trabalho de conclusão de

curso, a ferramenta utilizada para desenvolvimento do software foi o GeneXus, uma

ferramenta RAD cujo característica principal é a agilidade em montar aplicações com

apenas regras de negocio gerando em código VB (Visual Basic), permitindo gerar

tabelas, campos, índices de maneira automatizada.

Para o armazenamento das informações utilizou-se o banco de dados

SQL Server com o SGBD Microsoft SQL Server 2005 tornando o armazenamento

mais seguro assim como disponibiliza para o software um melhor desempenho com

relação a tempo e resposta a requisições.

5.2 OPÇÕES GERAIS

Por se tratar de um modulo a parte do sistema Delsoft-ERP, o modulo de

orçamento editorial agrega algumas funcionalidades como, por exemplo, cadastro de

clientes e fornecedores, cadastro de usuários, cadastro de matriz e filiais, cadastro

de produtos e seus respectivos atributos (grupo e subgrupo de produtos), assim

como a tela de login (Figura 13).

O modulo desenvolvido faz parte do Delsoft-ERP, assim, sendo um

aplicativo desktop pode-se instalar o mesmo na maquina do usuário acessando uma

base local como também externa, assim como acessando remotamente a aplicação

e a base de dados no servidor.

Abaixo segue o menu do módulo de Orçamentação Editorial sendo

dividido em sub-menus: cadastros, movimentação, consultas e relatórios, dentro de

cada um sub-menu as suas funcionalidades.

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Figura 14: Login do Delsoft-ERP Fonte: Acervo do Autor.

Para dar segmento na explanação do sistema podemos dividi-lo em

algumas etapas que são transcursadas abaixo.

5.3 CADASTROS

5.3.1 Parametrização do Sistema

Nesta etapa inicial deve-se cadastrar os parâmetros que serão utilizados

como padrão para cada empresa, estes por sua vez definirão alguns valores como,

por exemplo, o custo do frete, lucro sobre o serviço, taxa de juros a ser aplicada,

impostos, estes são aplicados ao valor final do orçamento, além dos valores a serem

definidos pode-se definir textos padrões para emissão de contrato conforme segue

figura 14.

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Figura 15: Tela de Configuração do Orçamento Editorial Fonte: Acervo do Autor

Para manter seguro as informações dos orçamentos, define-se as

permissões dentro da tela de configuração de acordo com cada usuário (figura 15),

podendo restringi-lo de inserir, alterar, eliminar, aprovar ou bloquear orçamentos,

mantendo assim as informações apenas com usuários definidos pelo Administrador

do sistema.

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Figura 16: Tela de Configuração de Permissões para Usuários Fonte: Acervo do Autor

5.3.2 Configuração da Espécie do Produto

Com os produtos devidamente cadastrados basta informar a espécie do

produto.

Divididos em quatro diferentes tipos: Papel, Formato, Chapa e Tinta, esta

classificação deve ser feita manualmente de acordo com o produto.

5.3.3 Cadastro de Tipos de Produtos X Tipos de Papeis

Nesta fase define-se as diversas formas e hipóteses de se emitir um

orçamento, informando o formato do papel juntamente com o tipo de papel a ser

utilizado e definindo os insumos e suas quantidades a serem utilizados em cada

serviço, assim como possíveis índices de tinta utilizados no calculo do orçamento

editorial.

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Figura 17: Tela de Configuração dos Tipos de Produto X Tipos de Papeis (Insumos) Fonte: Acervo do Autor.

Figura 18: Tela de Configuração dos Tipos de Produto X Tipos de Papeis (Índices) Fonte: Acervo do Autor

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5.3.4 Configurações do Jornal

Fase de crucial importância para a simulação de valores, nesta define-se

quaisquer tempos de ajustes utilizados nas maquinas para impressão ou pré-

impressão, quantidade de exemplares destinados as perdas ou material sem

aproveitamento na fabricação, aqui também é possível definir a quantidade de

produtos extras a serem fabricados como margem de segurança.

Figura 19: Configuração do Jornal Fonte: Acervo do Autor

5.3.5 Cadastro de Atividades da Expedição

Conforme já mencionado na definição de orçamento, na confecção de um

serviço existe a mão de obra de terceiros como também a mão de obra direta, nesta

tela informa-se os tempos da mão de obra referente a cada formato de papel e

quantidade de páginas, que por sua vez podem ser opcionais para cada serviço.

Os tempos informados são obtidos através de estimativas aproximadas

podendo ser variáveis uma vez que dependem de fatores externos como condições

do tempo, umidade do ar, ambos influenciando na umidade do papel e

consequentemente na impressão do mesmo.

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Figura 20: Atividades da Expedição Fonte: Acervo do Autor.

5.3.6 Valorização do Centro de Produção

Informa-se os valores referentes a cada atividade efetuada dentro da

instituição, iniciando na pré-impressão de chapa, impressão de chapa, impressão de

jornal e expedição, cada atividade possui suas subdivisões que diferenciam-se nos

valores de acordo com a precisão e níveis de aperfeiçoamento ou especialização.

5.4 MOVIMENTAÇÃO

5.4.1 Manutenção de Orçamentos

As configurações definidas nas etapas anteriores são utilizadas na

manutenção dos orçamentos, pois é onde é possível realizar inclusão, alteração,

eliminação, aprovar ou reprovar, bloqueio de orçamentos, simulações de valores,

negociações com o cliente, calculo e recalculo, emissão de contrato e ordens de

impressão.

Utilizando-se dos filtros disponíveis na área superior da tela para efetuar a

listagem dos orçamentos até então realizados (em destaque na figura 20).

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Figura 21: Tela de Manutenção de Orçamentos Fonte: Acervo do Autor

Na inclusão ou alteração de orçamentos existem algumas informações

indispensáveis.

O campo de cliente a ser informado na inclusão do orçamento possui uma

peculiaridade, ele pode ser informado caso o orçamento não seja de previsão, este

por sua vez apenas são realizados em caso de simulações de valores, quando

informar o cliente para tal orçamento considera-se como orçamento vendido

restando apenas fechar os valores finais.

Informa-se a quantidade de tiragens para acompanhamento do chão de

fábrica, assim como se existe ou não intercalação, desintercalação e frete.

O percentual de lucro o sistema traz como sugestão o atualmente

cadastrado nos parâmetros do orçamento, fez-se desta forma, pois trata-se de um

contato direto como cliente tendo assim uma maior flexibilidade nos valores a serem

aplicados.

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Figura 22: Tela de Inclusão de Orçamento Editorial Fonte: Acervo do Autor

Na inclusão de itens para o orçamento, utiliza-se as configurações de

jornais anteriormente cadastradas na tela TORJ008 (Figura 18).

Informando o título do caderno a ser impresso, juntamente com o Formato

de Papel, Tipo de Papel, Quantidade de Páginas P&B e Coloridas (figura 22) é

possível buscar as configurações, índices, insumos, tempos e valores desejados

para tal impressão.

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Figura 23: Tela de Inclusão de Orçamento Editorial (Produtos) Fonte: Acervo do Autor

Ao findar o processo de inclusão realiza-se o calculo do orçamento,

através deste calculo o usuário pode acompanhar todos os valores que consistem o

valor final do orçamento.

Atividades realizadas sobre tal orçamento encontram-se detalhadamente

expostas com seus respectivos tempos, valores e quantidades. Os insumos

utilizados na produção listam-se da mesma forma logo abaixo.

Conforme segue figura 23 referente ao calculo do orçamento, a margem

de segurança e os impostos informados nos parâmetros é aplicada sobre todos os

orçamentos da empresa, já o percentual de lucro é aplicado sobre cada orçamento

diferentemente conforme já mencionado.

Os percentuais de comissão e os representantes ou agências aos quais

são aplicados são informados na aba Comissão da tela de inclusão ou alteração do

orçamento, pode-se listar inúmeros comissionados.

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Figura 24: Calculo do Orçamento Fonte: Acervo do Autor

Quando demonstrado os valores finais de cada orçamento, emite-se uma

folha extra, esta traz algumas simulações ou sugestões, por exemplo, a prazo ou a

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vista com ou sem comissão informada, com comissão de 15% ou 25% a vista ou a

prazo.

Figura 25: Continuação do Calculo do Orçamento Fonte: Acervo do Autor

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5.5 CONSULTA

5.5.1 Workflow

Com o intuito de manter um maior controle sobre os usuários e tempos

utilizados desenvolveu-se o workflow, controle que permite saber os tempos

utilizados em cada fase do orçamento, permite também saber sua origem, seus

cálculos e recálculos, data e usuário de cada registro gerado.

Os registros do workflow são originados a partir de cada entrada de

processos e finalizados quando a tela ou processo são encerrados.

Não permite alteração por parte dos usuários, apenas está disponível

para consulta e acompanhamento.

Figura 26: Tela de Workflow do Orçamento Editorial Fonte: Acervo do Autor

5.6 RELATÓRIOS

5.6.1 Consumo de Materiais

Relatório desenvolvido com o intuito de controlar o estoque de materiais,

listando assim papel, chapa e tintas gastar para desenvolver tais serviços.

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Neste relatório assim como a maioria possui diversas opções de listagens:

analítica ou sintética, por usuário de inclusão, pelas datas de inclusão e/ou edição,

formato do papel, título do caderno, empresa, cliente, número do orçamento ou

situação do mesmo.

Figura 27: Tela do Relatório de Consumo de Materiais Fonte: Acervo do Autor

Figura 28: Relatório de Consumo de Materiais Fonte: Acervo do Autor

Este relatório lista separadamente os cadernos pertencentes ao

orçamento, de forma que seja mais fácil acompanhar os gastos de cada impressão.

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5.6.2 Orçamentos Realizados

Da mesma forma que o relatório anterior, com relação aos filtros se difere

pouco, porém sua listagem é ordenada por empresa, situação atual, data de

implantação.

Figura 29: Tela do Relatório de Orçamentos Realizados Fonte: Acervo do Autor

Figura 30: Relatório de Orçamentos Realizados Fonte: Acervo do Autor

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com as constantes atualizações tecnológicas, o aumento da dependência

tecnológica nada mais natural do que tornar os processos de uma empresa mais

automatizados, dinâmicos e eficientes.

A tomada de decisões sofreu grandes transformações assim como

exigências na medida dos anos, tornando as mesmas mais instantâneas na busca

por resultados mais expressivos.

O processo de orçamentação existente nas editoras e jornais é um

processo especifico que exige regras à parte dos demais orçamentos, portanto a

tomada de decisão, apresentação de resultado em forma de valores em um curto

espaço de tempo é uma ferramenta crucial na negociação com o cliente, as vendas

e consequentemente o faturamento dependes da negociação e fechamento com o

cliente, buscando assim satisfazer cada vez mais os clientes.

Para realizar este projeto foi necessário um contato direto com o cliente,

inicialmente para realizar o levantamento de requisitos, regras de negócios

específicas do cliente e consequentemente para implantação, teste e homologação.

A empresa Jornalística Folha de Londrina tornou-se uma empresa

pioneira neste processo com a aquisição do modulo de Orçamento Editorial, apesar

das dificuldades encontradas neste desenvolvimento, os objetivos e a satisfação do

cliente foram alcançados, podendo assim considerar este um projeto de sucesso

despertando o interesse de diversas outras empresas do ramo jornalístico.

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