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A ESTRUTURAÇÃO DO LIVRO

contido nos comentários e anotações, são utilizados diferentes formatos de textos, •” re-ferências sumulares, “ ” legislação, como no exemplo abaixo:-

• Súmula aplicável. • • • Precedentes: RMS 17999,

certame sem exposição de motivos, é ato administrativo inconstitucional, que atenta contra o princípio da inafastabilidade do conhecimento do Poder Judici-ário de lesão ou ameaça a direito. [...] O exame psicotécnico, especialmente quando possuir natureza eliminatória, deve

revestir-se de rigor científico, submetendo-se, em sua realização, à observância de cri-térios técnicos que propiciem base objetiva destinada a viabilizar o controle jurisdi-cional da legalidade, da correção e da razoabilidade dos parâmetros norteadores da formulação e das conclusões resultantes dos testes psicológicos, sob pena de frustrar--se, de modo ilegítimo, o exercício, pelo candidato, da garantia de acesso ao Poder Judiciário, na hipótese de lesão a direito. [...]. (STF. 2ª Turma. AI-AgR 539408/DF. Rel.: Min. Celso de Mello. DJ 7.4.2006)

CF. Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

• S• Súmumulala

ee sseSSúmúm

ss“•” Símbolo que antecede as informações sobre o status da súmula (aplicável, vinculante, superada, mitigada, revogada, cancelada) e sobre referências legislativas e precedentes judiciais que embasaram o enunciado.oOO exa

se decos

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[[[[..[..[.. ]]]].].].].]. O OO erevrevrevevrevrerr eeeesesestste ir-ir se tétérérérérrrt iosiosiosiosss téétt cnic cociocioonnananaalalnn dddadadd le

mulmulmululllaaçaçaçã

“ ” Símbolo que antecede os exemplos de jurisprudência que discorrem sobre as súmulas e sobre temas a elas correlatos.

AArt. a dir

CFCF.CF.F.F.CFCFCFCFCCC AAamamamamamameameeeeeaçaçaaa a

“ ” Símbolo indicador dos textos de legislação que normatizam o assunto a que a súmula se refere.

, superadas, canceladas, revogadas, mitigadas ou vinculantes, de acordo com o entendi-é dada pelo Superior Tribunal de Justiça no tocante às matérias infraconstitucionais,

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depois da edição da súmula – decisões também do STJ, aplicando os preceitos da Corte Suprema –, assim como as referências legislativas históricas que lhes servi-Nos tópicos em que são apresentadas, as súmulas estão dispostas em ordem de-crescente – das mais atuais para as mais antigas –, expondo, primeiramente, o pensa-mento e os temas de relevo atual, para depois adentrar na análise daquelas enuncia-das em contexto histórico mais distante.

o leitor com a aplicação dada aos enunciados sumulares pelas duas mais importantes colegiadas de magistrados.Um índice cronológico remissivo evidencia a página do livro em que se encontram os comentários de cada um dos enunciados do Tribunal, proporcionando uma rápida localização dos textos sumulares.

ÍNDICE CRONOLÓGICO REMISSIVO

001  É vedada a expulsão de estran-geiro casado com brasileira, ou

da economia paterna. » 233

002  Concede-se liberdade vigiada ao extraditando que estiver

preso por prazo superior a sessenta dias. » 236

003 A imunidade concedida a de-putados estaduais é restrita à

Justiça do Estado. » 155

004  Não perde a imunidade parla-mentar o congressista nomea-

do Ministro de Estado. » 154

Outro índice, alfabético remissivo, indica todas as súmulas do STF que tratam de determinados assuntos, separadas por palavras-chave.ÍNDICE ALFABETICO REMISSIVO

AAbono salarial. » Súms. 241, 230, 234, 235, 501, 552.Ação civil pública. » Súms. 643.Ação cominatória. » Súms. 500.Ação declaratória. » Súms. 258.Ação direta de inconstitucionalidade. » Súms. 360, 614, 642.Ação penal. » Súms. 388, 524, 554, 601, 607, 608, 609.Ação popular. » Súms. 365.Ação previdenciária. » Súms. 689.

status de geral, assim como propiciar leituras rápidas que estimulem a memorização textual e

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9. QUADRO SINÓPTICODIREITO ADMINISTRATIVO

1. ATOS ADMINISTRATIVOS Súmula nº 473 – A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalva- aplicávelA organização da obra é estruturada de forma utilitária para apresentar e discutir sobretudo, atual.

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CAPÍTULO I

DIREITO ADMINISTRATIVO

SUMÁRIO1. Atos administrativos2. Bens públicos3. Concurso público4. Desapropriação5. Poder de polícia6. Prescrição administrativa

7. Processo administrativo disciplinar8. Servidor público8.1. Demissão8.2. Disponibilidade8.3. Mandato eletivo8.4. Readaptação

8.5. Remuneração8.6. Tempo de serviço8.7. Vitaliciedade8.8. Legislação revogada8.9. Nomeação9. Quadro sinóptico1. ATOS ADMINISTRATIVOS

• Súmula aplicável. • ••

O princípio da autotutela estabelece que a Administração pode controlar seus -nientes ou inoportunos, independente de revisão pelo Poder Judiciário1. É princípio sedimentado na Súmula nº 346 e na Súmula nº 473 da Corte Suprema, que se com-plementam.Distinção entre revogação e anulação: aquela compete à própria autoridade ad-ministrativa; esta, à autoridade administrativa ou ao Poder Judiciário. A revogação se dá por motivos de conveniência ou oportunidade, não sendo possível sua ocorrência caberá quando o ato contiver vício que o torne ilegal (não será possível falar, então, de 21. MARINELA, Fernanda. Direito administrativo. Vol. I. 3. ed. ampl., rev. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2007, p. 32.2. STF. 1ª Turma. RE 27031/SP. Rel.: Min. Luiz Gallotti. DJ 4.8.1955.

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Súmula Vinculante 3. Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

[...] 1. Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo administrativo. 2. Ordem de revisão de contagem de tempo de serviço, de cancela-mento de quinquênios e de devolução de valores tidos por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de submetida a questão ao devido processo administra-tivo, em que se mostra de obrigatória observância o respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa. [...]. (STJ, RE 594296, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, repercussão geral – mérito, DJe 13.2.2012)

[...] A Min. Cármen Lúcia propôs a revisão da Súmula 473/STF, com eventual alteração do seu enunciado ou com a concessão de força vinculante, para que seja acrescentada a seguinte expressão “garantidos, em todos os casos, o devido processo legal administrativo e a apre-ciação judicial”. Advertiu que, assim, evitar-se-ia que essa súmula fosse invocada em decisões administrativas eivadas de vícios. (STJ, RE 594296, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, repercussão geral – mérito, DJe 13.2.2012, Informativo 641)

[...] 3. O instituto da cessão, regulamentado pelos arts. 64, 125 e 126 do DL 9.760/46, não constitui modalidade de alienação. Na cessão o Poder Público permanece com o domínio do bem cedido, podendo retomá-lo a qualquer momento ou recebê-lo ao término do prazo da cessão. 4. A existência de cláusula resolutiva especial no termo de cessão não afasta sua pre-cariedade, vez que subsiste a possibilidade de resolução do contrato em decorrência da cláu-sula resolutiva geral inerente a qualquer contrato administrativo. A prevalência dessa cláusula é afirmada no enunciado da Súmula 473/STF, na asserção de que a Administração pode revo-gar seus próprios atos por motivo de conveniência ou oportunidade. Não se dá, na hipótese, ofensa a ato jurídico perfeito ou a direito adquirido à posse do imóvel. [...]. (AR 1333, Rel. Min. Eros Grau, Pleno, DJe 25.6.2010)

[...] Não se revela constitucionalmente lícito, ao Legislativo, decretar a nulidade do proce-dimento administrativo do concurso público, sob pretexto de infringência, por órgãos do Poder Executivo, de prescrições legais. – A norma legal que invalida “todo concurso público em que ficar comprovada a transgressão desta Lei”, por qualificar-se como inadmissível sen-tença legislativa, ofende o postulado da separação de poderes. É que, em tal hipótese, dar--se-á indevida substituição, pelo Legislativo, do Poder Judiciário, a cujos órgãos se reservou, constitucionalmente, a função de dirimir conflitos de interesses, sem prejuízo, no entanto, do reconhecimento de que se inclui, na esfera de atribuições da Administração, o poder de “(...) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais (...)” (Súmula 473/STF), incumbindo, desse modo, o exercício de tal prerrogativa, ao órgão estatal competente que promove referidos certames seletivos. [...]. (STF. Pleno. ADI-MC 776/RS. Rel.: Min. Celso de Mello. DJ 15.12.2006)

[...] A Administração Pública pode anular seus próprios atos, quando inquinados de ilegalidade (Súmula 473); mas, se a atividade do agente público acarretou danos patrimoniais ou morais a outrem – salvo culpa exclusiva dele, eles deverão ser ressarcidos, de acordo com o disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal. (STF. 1ª Turma. RE 460881/MA. Rel.: Min. Sepúlveda Pertence. DJ 12.5.2006)

[...] 1. Esta Corte já afirmou ser inviável a tripla acumulação de cargos públicos. [...]. 2. Sob a égide da Constituição anterior, o Plenário desta Corte, ao julgar o RE 101126, assentou que “as fundações instituídas pelo Poder Público, que assumem a gestão de serviço estatal e se sub-

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metem a regime administrativo previsto, nos Estados-membros, por leis estaduais são funda-ções de direito público, e, portanto, pessoas jurídicas de direito público”. Por isso, aplica-se a elas a proibição de acumulação indevida de cargos. 3. Esta Corte rejeita a chamada “teoria do fato consumado”. [...] 4. Incidência da primeira parte da Súmula STF nº 473: “a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos”. 5. O direito adquirido e o decurso de longo tempo não podem ser opostos quanto se tratar de manifesta contrariedade à Constituição. [...]. (STF. 2ª Turma. RE 381204/RS. Rel.: Min. Ellen Gracie. DJ 11.11.2005)

[...] 1. Pode a Administração Pública, segundo o poder de autotutela a ela conferido, retificar ato eivado de vício que o torne ilegal, prescindindo, portanto, de instauração de processo administrativo (Súmula STF nº 473). [...]. (STF. 2ª Turma. RE-AgR 273665/RN. Rel.: Min. Ellen Gracie. DJ 5.8.2005)

[...] A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade (Súm. 473), não podendo ser invocado o princípio da isonomia com o pretexto de se obter benefício ilegalmente concedido a outros servidores. [...]. (STF. 1ª Turma. AI-AgR 442918/PB. Rel.: Min. Sepúlveda Pertence. DJ 4.6.2004)

Ato administrativo: erro de fato que redunda em vício de legalidade e autoriza a anulação (Súmula 473): retificação de enquadramento de servidora beneficiada por ascensão funcional, fundada em erro quanto a sua situação anterior: validade. 1. O poder de autotutela da admi-nistração autoriza a retificação do ato fundado em erro de fato, que, cuidando-se de ato vin-culado, redunda em vício de legalidade e, portanto, não gera direito adquirido. 2. Tratando-se de ato derivado de erro quanto à existência dos seus pressupostos, faz-se impertinente a invocação da tese da inadmissibilidade da anulação fundada em mudança superveniente da interpretação da norma ou da orientação administrativa, que pressupõe a identidade de situ-ação de fato em torno do qual variam os critérios de decisão. (STF. 1ª Turma. RMS 21259/DF. Rel.: Min. Sepúlveda Pertence. DJ 8.11.1991)

[...] Com efeito, segundo entendimento consolidado desta Corte Superior de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, consagrado nas súmulas 346 e 473 do Supremo Tribunal Fede-ral, pode a Administração, com base no seu poder de autotutela, anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais. Nos casos, contudo, em que a invalidação do ato administrativo repercuta no campo de interesses individuais de servidores, firmou-se tese neste Sodalício segundo a qual é necessária prévia instauração de processo administrativo que assegure o exercício da ampla defesa e do contraditório. Trata-se, portanto, de uma miti-

administrado, bem como resguardar direitos conquistados por este. [...]. (STJ, RMS 26261/AP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, voto, 6ª T., DJe 22.2.2012)

Lei 9.784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

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• Súmula aplicável. • • •

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O aspecto que se discute é quanto ao caráter vinculado ou discricionário da anu-lação. Indaga-se: diante de uma ilegalidade, a Administração está obrigada a anular o ato ou tem apenas a faculdade de fazê-lo? Há opiniões nos dois sentidos. Os que defendem o dever de anular apegam-se ao princípio da legalidade; os que defendem a faculdade de anular invocam o princípio da predominância do interesse público sobre o particular. Parte da doutrina entende que a Administração tem, em regra, o dever de anular os atos ilegais, sob pena de cair por terra o princípio da legalidade. No entanto, -tante da anulação puder ser maior do que o decorrente da manutenção do ato ilegal; nesse caso, é o interesse público que norteará a decisão.3 -ta a revogação dos atos administrativos desde que tal possibilidade não se estenda 4

Súmula Vinculante nº 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

Súmula STF nº 6: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou qual-quer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de aprovada por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.

[...] Administração Pública autorizada a anular seus próprios atos ao reconhecer a existência de ilegalidade. Súmulas 346 e 473/STF. [...]. (RMS 26119, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª T., DJe 10.5.2011)

[...] 1. A anistia política é ato vinculado. Comprovados os requisitos previstos na lei e no regula-mento, é dever da Administração declará-la. A ausência de qualquer desses requisitos impede o reconhecimento desse direito. 2. Decorre do poder de autotutela o dever das autoridades de revisar, de ofício, os atos administrativos irregulares que impliquem ônus ao Estado, como é o caso da declaração da condição de anistiado político (súmulas 346 e 473/STF]. [...]. 3. Não há violação do disposto no art. 2º, parágrafo único, XIII, da Lei n. 9.784/99 quando o ato de anulação for praticado com fundamento no poder de autotutela da Administração Pública. 4. O parecer da Comissão de Anistia consubstancia um dos requisitos da declaração de anistiado político, sendo necessário o enquadramento do requerente em uma das hipóteses do art. 2º da Lei n. 10.559/02. A Comissão tem função meramente consultiva. O Ministro da Justiça não está vinculado à manifestação do colegiado, nos termos do disposto nos arts. 10 e 12 da Lei n. 10.559/02. 5. A Portaria do Ministério da Aeronáutica n. 1.104/1964 não consubstancia ato de exceção em relação aos militares que não integravam os quadros das Forças Armadas à época em que foi editada. [...]. (RMS 25988, Rel. Min. Eros Grau, 2ª T., DJe 14.5.2010)

3. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 223.4. STF. Plenário. MS 24268/MG. Rel. p/ acórdão: Min. Gilmar Mendes. DJ 17.9.2004.

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[...] 1. Ato do Secretário de Saúde do Estado do Ceará que determinou o bloqueio dos ven-cimentos da recorrida, por entender que ela acumulava ilegalmente dois cargos públicos. 2. A jurisprudência desta Corte sempre reconheceu o poder da Administração rever seus atos para, observada alguma irregularidade, anulá-los (Súmulas STF nº 346 e 473). Essa capacidade, todavia, não pode ser exercida de forma arbitrária, devendo respeitar os ditames constitucio-nais e garantir aos atingidos a devida defesa. [...]. (STF. 2ª Turma. RE 292586/CE. Rel.: Min. Ellen Gracie. DJ 4.3.2005)

[...] 2. O ato municipal, retificando o ato de aposentação do impetrante, ora recorrente, redu-ziu seus proventos aos limites legais, cumprindo, assim, o princípio constitucional da legali-dade (art. 37, caput, da CF). 3. Mantendo-o, o acórdão recorrido não ofendeu os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, até porque tal retificação prescinde de procedimento administrativo (Súmulas 346 e 473, 1ª parte). 4. Nem afrontou o princípio da irredutibilidade de vencimentos e proventos, pois só seriam irredutí-veis os vencimentos e proventos constitucionais e legais. Não os ilegais. [...]. (STF. 1ª Turma. RE 185255/AL. Rel.: Min. Sydney Sanches. DJ 19.9.1997)

• Súmula superada. • • •

funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências) e, posteriormente, do Decreto-lei nº 464/1969 (que estabelece normas complementares à Lei nº 5.540), a presente súmula restou superada.2. BENS PÚBLICOS

• Súmula aplicável. • • •Dentre os bens da União listados no art. 20, incs. I e XI, da CF/1988, encontram-se os que atualmente lhe pertencem, os que lhe vierem a ser atribuídos, e as as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.alberga situações em que, em tempos memoráveis, as terras foram ocupadas por in-dígenas (conclusão diversa implicaria, por exemplo, asseverar que a totalidade do Rio de Janeiro consubstancia terras da União, o que seria um verdadeiro despropósito5). A disposição constitucional requer ocupação atual.5. STF. Plenário. RE 219983/SP. Rel.: Min. Marco Aurélio, voto. DJ 17.9.1999.

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Se recorrermos ao Alvará de 1º de abril de 1680, que reconhecia aos índios as ter-ras que ocupavam no sertão, veremos que a expressão “ocupadas tradicionalmente” circunstância temporal, mas ao modo tradicional de os índios ocuparem e utilizarem se relacionam com a terra.6 1. É pacífica a orientação desta Corte, consolidada por meio da Súmula STF nº 650, no sen-

tido de que os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras que foram ocupadas por indígenas no passado remoto, donde a ilegitimidade da União Federal para figurar como parte em ação de usucapião de imóvel compreendido no perímetro de antigo aldeamento indígena. [...]. (STF. 2ª Turma. AI-AgR 437294/SP. Rel.: Min. Ellen Gracie. DJ 24.3.2006)

Recurso. Extraordinário. Inadmissibilidade. Usucapião. Antigos aldeamentos indígenas. Falta de interesse da União. Incompetência da Justiça Federal. Agravo regimental não provido. Aplicação da Súmula 650. As regras definidoras de domínio da União, insertas no art. 20 da Constituição Federal de 1988, não abrangem as terras ocupadas, em passado remoto, por antigos aldeamentos indígenas. (STF. 1ª Turma. AI-AgR 307401/SP. Rel.: Min. Cezar Peluso. DJ 29.4.2005)

CF. Art. 231 São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, compe-tindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultu-ral, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, “ad referendum” do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após delibe-ração do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. § 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressal-vado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé. § 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.

6. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 30. ed. rev. e atual. São Paulo: Ma-lheiros, 2008, p. 857-858.

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• Súmula aplicável. • ••Desde o sistema constitucional de 1946, as terras ocupadas por silvícolas per-tencem ao domínio e à administração da União. Já o art. 216 da CF/1946 reconhecia as terras dos silvícolas como de domínio público, o que foi mantido na Carta de 1967 – que incluiu as terras ocupadas pelos silvícolas no rol dos bens da União (art. 4º, IV) e assegurou aos silvícolas a posse permanente das terras por eles habitadas, reconhe-cendo seu direito ao usufruto exclusivo dos recursos naturais e de todas as utilidades nelas existentes (art. 186).Nossa atual Carta Magna, além de manter tais direitos (art. 231 e §§), também atri-buiu, como bens da União, “as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios” (art. 20).Vide comentários à Súmula nº 650, retro.• Súmula aplicável. • ••A CF/88 inclui, dentre os bens da União, os terrenos de marinha e seus acrescidos (art. 20, VII).Por seu turno, o Código de Águas (Dec. 24.643/34) discrimina, dentre os bens públicos dominicais, os terrenos reservados nas margens das correntes públicas de uso comum, e o faz de modo amplo.Depreende-se, portanto, que os terrenos marginais, via de regra, presumem-se de particulares. Uma vez públicos, são inalienáveis e, por conta dessa natureza, não

[...] 1. Os terrenos reservados nas margens das correntes públicas, como o caso dos rios nave-gáveis, são, na forma do art. 11 do Código de Águas, bens públicos dominiais, salvo se por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular. 2. O título que legitima a pro-priedade particular deve provir do poder competente, no caso, o Poder Público, quando se tratar de bens públicos às margens dos rios navegáveis. Isto significa que os terrenos mar-ginais presumem-se de domínio público, podendo, excepcionalmente, integrar o domínio de particulares, desde que objeto de concessão legítima, expressamente emanada da autoridade competente. 3. In casu, concluiu a instância ordinária, com base em laudo de avaliação elabo-rado pelo perito judicial e em documento oriundo da Capitania dos Portos, que o Rio Cabuçu de Cima não constitui via navegável, e, portanto, as suas áreas marginais não configuram ter-renos reservados, na forma prevista pelos arts. 11 e 14 do Código de Águas, mercê da impos-sibilidade de sindicância da questão pelo óbice da Súmula nº 07/STJ, é devida a indenização aos expropriados. 4. Ainda que, ad argumentandum, fosse demonstrada a navegabilidade do Rio Cabuçu de Cima, a indenização das áreas marginais não poderia ser afastada, porquanto os expropriados comprovaram a titularidade do imóvel desapropriado, acarretando a ina-plicabilidade da Súmula 479/STF, [...]. (STJ. 1ª Turma. REsp 812153/SP. Rel.: Min. Luiz Fux. DJ 25.2.2008)

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[...] 1. Controvérsia que gravita em torno da indenizabilidade de terrenos reservados, qual seja, mata ciliar de preservação permanente, em sede de desapropriação. 2. Os terrenos reserva-dos nas margens das correntes públicas, como o caso dos rios navegáveis, são, na forma do art. 11 do Código de Águas, bens públicos dominiais, salvo se por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular. 3. Em se tratando de bens públicos às margens dos rios navegáveis, o título que legitima a propriedade particular deve provir do poder competente, no caso, o Poder Público. Isto significa que os terrenos marginais presumem-se de domínio público, podendo, excepcionalmente, integrar o domínio de particulares, desde que objeto de concessão legítima, expressamente emanada de autoridade competente. 4. “São de proprie-dade da União quando marginais de águas doces sitas em terras de domínio federal ou das que banhem mais de um Estado, sirvam de limite com outros países ou, ainda, se estendam a território estrangeiro ou dele provenham (art. 20, III, da Constituição). Por seguirem o des-tino dos rios, são de propriedade dos Estados quando não forem marginais de rios federais. Em tempos houve quem, erroneamente, sustentasse que sobre eles não havia propriedade pública, mas apensa servidão pública. Hoje a matéria é pacificada, havendo súmula do STF (nº 479) reconhecendo o caráter público de tais bens, ao confirmar acórdão do TJSP no qual a matéria fora exaustivamente aclarada pelo relator, Des. O. A. Bandeira de Mello, o qual, em trabalhos teóricos anteriores, já havia examinado ex professo o assunto. De resto, hoje, no art. 20, VII, da Constituição, a questão está expressamente resolvida. Os terrenos reservados são bens públicos dominicais (art. 11 do Código de Águas).” (Celso Antonio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 14ª edição, Malheiros, 2002, p. 778). 5. O Supremo Tribu-nal Federal, por intermédio da Súmula 479, consolidou o entendimento de que “as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização. [...]. (STJ. 1ª Turma. REsp 679076/MS. Rel.: Min. Luiz Fux. DJ 13.2.2006)

[...] 1. Segundo o art. 11 do Código de Águas (Decreto nº 24.643/34), os terrenos que mar-geiam os rios navegáveis são bens públicos dominicais, salvo se por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular. 2. Até prova em contrário, presume-se que os “terrenos reservados” pertencem ao domínio público, presunção que pode ser ilidida por documento idôneo, comprobatório da propriedade particular. 3. A questão relativa à indenizabilidade dos “terrenos reservados” passa pela definição do domínio. Se a titularidade é do Poder Público, estas áreas devem ser excluídas do valor da indenização, tal como preconizado na Súmula nº 479 da Suprema Corte, segundo a qual “as margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização”. 4. Se o particular comprova a concessão por título legítimo, nos termos do § 1º do art. 11 do Código de Águas, o valor dos terrenos reservados deve ser incluído na indenização, à semelhança do que ocorre com os terrenos de marinha. 5. Hipótese em que não há informação ou documento nos autos que afaste a presunção de que se trata de bens públicos dominicais. [...]. (STJ. 1ª Seção. EREsp 617822/SP. Rel.: Min. Castro Meira. DJ 21.11.2005)

Dec. 24.643/1934. Art. 11. São públicos dominicais, se não estiverem destinados ao uso comum, ou por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular: 1º os ter-renos de marinha; 2º os terrenos reservados nas margens das correntes públicas de uso comum, bem como dos canais, lagos e lagoas da mesma espécie. Salvo quanto às cor-rentes que, não sendo navegáveis nem flutuáveis, concorrem apenas para formar outras simplesmente flutuáveis, e não navegáveis.

• Súmula mitigada. • • -•

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Denomina-se faixa de fronteira a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres do território brasileiro. São tidas por fun-damentais à defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização devem ser re-guladas por lei7 (CF/88, art. 20, § 2º).As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, situadas nessa faixa, são consideradas bens da União (CF/88, art. 20, II) e é sobre elas que incide o postu-lado sumular em comento.Para conciliar a Súmula nº 477 com o vigente texto constitucional, deve-se inter-pretar que apenas as terras devolutas “indispensáveis à defesa das fronteiras” é que ser transferidas com observância das condições legais pertinentes.8 [...] Divergência do julgado hostilizado com precedentes versando a questão de venda a non

domino, tendo por objeto terras do patrimônio da União Federal (Súmula 477 – STF). [...]. (STJ. 1ª Turma. REsp 3069/PR. Rel.: Min. Milton Luiz Pereira. DJ 16.11.1992)

3. CONCURSO PÚBLICO-

No enunciado, a Corte torna vinculante o que antes dispunha no conteúdo da Sú-mula 686 (vide comentários a esse enunciado, adiante).-

7. As restrições e as condições de uso e de alienação de terras situadas nessas faixas são disciplinadas pela Lei nº 6.634/1979.8. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 16. ed. rev., atual., ampl. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 995.

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da mesma Resolução nº 07/2005, do CNJ e d) suspender, com eficácia ex tunc, os efeitos daquelas decisões que, já proferidas, determinaram o afastamento da sobredita aplicação. (STF. Plenário. ADC-MC 12/DF. Rel.: Min. Carlos Britto. DJ 1.9.2006)

CF. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...].

9. QUADRO SINÓPTICO

DIREITO ADMINISTRATIVO

1. ATOS ADMINISTRATIVOS Súmula nº 473 – A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos aplicávelSúmula nº 346 – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. aplicávelSúmula nº 58 – É válida a exigência de média superior a quatro para aprovação em estabe-lecimento de ensino superior, consoante o respectivo regimento. superada2. BENS PÚBLICOSSúmula nº 650 – Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto. aplicávelSúmula nº 480 – Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos artigos 4º, IV, e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas. aplicávelSúmula nº 479 – As margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de ex-propriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização. aplicávelSúmula nº 477 – As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pe-los Estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores. mitigada3. CONCURSO PÚBLICO

candidato a cargo público. vinculanteSúmula Vinculante nº 43 – É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provi-mento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. vinculantea cargo público. aplicávelSúmula nº 685 – É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servi-dor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. aplicável

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Súmula nº 684 – É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a con-curso público. aplicávelSúmula nº 683 – O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em -ções do cargo a ser preenchido. aplicávelSúmula nº 373 – Servidor nomeado após aprovação no curso de capacitação policial, institu-ído na polícia do Distrito Federal, em 1941, preenche o requisito da nomeação por concurso a que se referem as Leis 705, de 16.5.49, e 1.639, de 14.7.52. superadaSúmula nº 17 – A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse. aplicávelSúmula nº 16 – Funcionário nomeado por concurso tem direito a posse. aplicávelSúmula nº 15 – Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direi- aplicávelSúmula nº 14 – Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, ins-crição em concurso para cargo público. cancelada4. DESAPROPRIAÇÃOSúmula nº 652 – Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do DL. 3.365/41 (Lei da Desa-propriação por Utilidade Pública). aplicável

aplicávelSúmula nº 617 – A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação é a dife-rença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente. aplicávelSúmula nº 561 – Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização, devendo proceder-se à atualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez. aplicávelSúmula nº 476 – Desapropriadas as ações de uma sociedade, o poder desapropriante, imi-tido na posse, pode exercer, desde logo, todos os direitos inerentes aos respectivos títulos. aplicávelSúmula nº 475 – A Lei 4.686, de 21.06.1965, tem aplicação imediata aos processos em curso, inclusive em grau de recurso extraordinário. superadaSúmula nº 416 – Pela demora no pagamento do preço da desapropriação não cabe indeniza- aplicávelSúmula nº 378 – Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do advogado do expropriado. aplicávela partir da perícia, desde que tenha atribuído valor atual ao imóvel. superadasituação da coisa, para a desapropriação promovida por empresa de energia elétrica, se a União Federal intervém como assistente. superada

aplicável