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17 de março 2015 - sbn.pt · 4 – Revista FEBASEFEBASE Revista17 de março 2015 Revista FEBASE –17 de março 2015 – 5 dossiê Portugal e a Europa l DOSSIÊ Ao contrário do

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l EDITORIAL

sum

ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSITeixeira Guimarães – SBNTomáz Braz – SISEP

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNJorge Cordeiro – SISEPPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 090/062Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 62.450 exemplares(sendo 5.450 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

Como todos nós sabemos - e sabemos, pelo menos, aolongo destes quase 41 anos de vivência democrática– existe uma filosofia que se centra numa premissa

base: "quanto pior, melhor".A partir desta ideia de que "para a frente é que é

caminho", o resto pouco importa. O que interessa é dizermal, muito mal, nunca admitir que o outro está certo,manipular dados ao belo prazer da concessão dogmáticade que os pequenos cérebros estão impregnados… Nadaimporta… Depois logo se vê… O importante é destacar,mesmo que o destaque seja bem passado.

E são esses pequenos cérebros tacanhos e ressequidosque se movimentam pelos feixes da maldade e da male-dicência e alimentam a não progressão dos povos, aidolatria da bandidagem e a continuação da ideia de queé mesmo necessário ir ao fundo para que, obviamente, apartir daí só se possa progredir.

E é essa gente que, com a maior desfaçatez, olha asnuvens e faz a comparação mais fácil: olhemos os paísesnórdicos e aprendamos com eles. O que importa é justi-ficar que é o outro que nos pode ensinar, para que

TEXTO: HORÁCIO OLIVEIRA

Não nos deixemos iludir pela maledicência

DOSSIÊ l Portugal e a EuropaDo lado negro da tabela 4Desemprego e baixos salários 6Salário mínimo: Portugal a meio da lista 7

CONTRATAÇÃO l BancaRevisão do ACT: Febase e IC acordam Segurança Social 8Sindicatos exigem ajustamento nas reformas do Santander 8

CONTRATAÇÃO l SegurosEm agenda para 2015: Negociar o CCT e a tabela salarial 9

QUESTÕES l JurídicasDespedimento coletivo e negociação individual 10

ATUALIDADE l SindicalNovamente exigidos aumentos salariais 12

LIVRO DO MOMENTO l O capital no séc. XXIAs desigualdades do capitalismo 13Disparidade em português 15

TEMPOS LIVRES l NacionalFotoFebase 2014: "Flores da Primavera" vence concurso 16Primeira Caminhada de 2015: Lisboa vista de braços abertos 19

Hoje somos melhores.Hoje prestamos mais e melhores

serviços. Ao longo destes mandatostivemos em mente os bancários

e as suas famílias

tenhamos desculpa para a nossa estupidez; o que impor-ta é não questionar as nossas próprias atitudes; o queimporta mesmo é afastarmo-nos dos espelhos que nosseguem.

Foi feliz Ortega Y Gasset no seu pensamento de quepouco se pode esperar de alguém que só se esforça quandotem a certeza de vir a ser recompensado.

Dois grandes sindicatos da FEBASE e da UGT (o SBSI e oSBC) vão convocar os seus sócios para as eleições dosCorpos Gerentes, que terão lugar no final de abril. Até láserão esgrimidos argumentos e utilizados os métodosmenos ortodoxos para impressionar os colegas bancários.

Não tenho dúvidas de que os bancários compreendem,perfeitamente, o pensamento de Gasset, tal como nãoduvido da facilidade que têm em ver a obra feita.

Hoje somos melhores. Hoje prestamos mais e melhoresserviços. Ao longo destes mandatos tivemos em mente osbancários e as suas famílias.

29l STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Centro20

l Bancários Sule Ilhas

25

l Bancários Norte22

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Portugal e a Europa l DOSSIÊdossiêAo contrário do que insinuacerta propaganda política,

não somos um País deengenheiros e doutores, bem

pelo contrário: apenas 40%dos portugueses têm o

ensino secundário, contra os75% da média da UE, e os

nossos jovens estão noslugares cimeiros no

abandono escolar. Mas nãosó. Comparativamente aos

restantes 27 Estados--membros, indicadoresrecentes revelam que

estamos do lado negativo daescala em desigualdade de

rendimento, risco depobreza, desemprego,

despesa com saúde e, claro,na dívida das

administrações públicas

TEXTO: ELSA ANDRADE

Desde a já longínqua adesão àentão CEE que os portuguesesambicionam alcançar os níveis

de bem-estar dos seus parceiros comu-nitários, um desejo que parece sempreinalcançável. Se o País não está no fimda tabela na maioria dos indicadoresmuito se deve ao alargamento da União,com a entrada de Estados-membroscom problemas ainda maiores.

Mesmo assim, e segundo os dadosmais recentes publicados pela Pordata,da Fundação Francisco Manuel dos San-tos, Portugal ocupa um lugar poucohonroso, quando comparado os restan-tes 27 países da União Europeia (UE),sobretudo em áreas basilares para avida da população, como a saúde, aeducação e o trabalho.

Os indicadores divulgados pela Por-data permitem traçar um retrato omais exato possível de Portugal e esta-belecer comparações sobre o nível dedesenvolvimento do País em váriasáreas face aos outros Estados-mem-bros.

As fragilidades ficam bem patentes,mas também é possível ver a evolução

registada ao longo do tempo (o períodotemporal é de 1995 a 2013) e o retro-cesso nos períodos de crise.

Um dos casos mais paradigmáticos éo da distribuição da desigualdade entreos 20% de portugueses com maioresrendimentos e os 20% que ocupam oextremo oposto da tabela. Em 1995este rácio era de 7,4, diminuindo atéaos primeiros anos do novo milénio, evoltando a atingir o mesmo valor em2003. Só em 2006 desce para o dígito

Indicadores Portugal UE28

População residente 2012 10.514.844 506.630.460

Densidade populacional 2013 113,7 112,8

Famílias (em milhares) 2013 4.005,2 213.839,2

Taxa de risco de pobreza (%)após transferências sociais 2013

18,7 16,7

Taxa de abandono escolar (%) 2013 19,2 11,9

Taxa de desemprego (%) 2013 16 11

Consumo privado em % do PIB 2013 64,6 58,3

Nós e os outros Fonte: Pordata

precedente (6,7), iniciando um percur-so descendente até o rácio ser de 5,6em 2010. No ano seguinte começa atrajetória inversa, até chegar a 6 em2013.

Educação frágil

Os dados permitem igualmente des-fazer certos mitos, como aquele que sevulgarizou nos anos mais recentes deque Portugal tem licenciados a mais. Os

indicadores sobre educação desmen-tem-no claramente: apesar da evolu-ção, o País continua na cauda da UErelativamente à qualificação.

O insucesso escolar tem vindo a dimi-nuir, mas a verdade é que em 2013 ataxa de abandono escolar foi de 19,2%,sete pontos percentuais acima da mé-dia da União.

Do mesmo modo, nesse ano apenas40% da população residente entre os 25anos e os 64 anos tinha o ensino secun-dário, uma percentagem muito abaixodos 75% da média europeia. Refira-seque a Lituânia registava 93%...

Pobreza e apoio social

Dramático é o nível de pobreza emPortugal, onde 18,7% da população seencontrava em risco de pobreza em2013, segundo a Pordata. Ou seja, eraesta a percentagem de pessoas cujorendimento está abaixo do limiar depobreza (60% da mediana do rendi-mento). A taxa média da UE era de16,7%. Enquanto em Portugal esta taxaaumentou relativamente ao ano tran-

sato (era de 17,9%), na União diminuiu(17%).

A Roménia registava, em 2013, ataxa mais elevada (22,4%), enquanto aRepública Checa detinha a menor(8,6%).

Mas segundo dados da CE citadospelo jornal "Expresso", os portuguesesem risco de exclusão social ultrapassa-ram os 27% – e aqui incluem-se nãoapenas os pobres, mas todos os que nãotêm condições para aquecer a casa,pagar a renda ou serviços básicos, co-mer carne ou peixe pelo menos de doisem dois dias, por exemplo.

Mais grave é que em simultâneo como agravamento do risco de pobrezaregistou-se uma subida da privaçãomaterial grave, ou seja, não só há maispobres como os pobres estão mais po-bres.

A intensidade da pobreza está agoranos 31,2%. O aumento de 7,6 pontospercentuais entre 2008 e 2014 foi osegundo maior da UE, depois da Grécia.

Por outro lado, 43,2% dos portugue-ses em 2013 não tinha capacidade pararesponder ao pagamento de despesas

Fonte: Pordata*Valor provisório; **Quebra de série

O rácio da desigualdade de rendimento entre os20% mais ricos e os 20% mais pobres (índice S80/S20) aumentou na maioria dos países da UE duranteos anos de crise. Em Portugal desceu ligeiramente.

Países 2008 2013 Tendência

UE27 5,0 5,0 =

Bulgária 6,5 6,6

Grécia 5,9 6,2 (2012)

Roménia 7,0 6,6

Espanha 5,7 6,3**

Letónia 7,3 6,3

Lituânia 5,9 6,1

Portugal 6,1 6,0

Itália 5,1 5,7

Estónia 5,0 5,5

Croácia 4,5 5,4 (2012)

Polónia 5,1 4,9

Chipre 4,3 4,9

Irlanda 4,4 4,7 (2012)

Alemanha 4,8 4,6

Reino Unido 5,6 4,6

França 4,4** 4,5

Dinamarca 3,6 4,3

Hungria 3,6 4,2

Áustria 3,7 4,1*

Luxemburgo 4,1 4,1 (2012) =

Malta 4,3 4,1

Bélgica 4,1 3,9 (2012)

Suécia 3,5 3,7

Holanda 4,0 3,6

Finlândia 3,8 3,6

Eslovénia 3,4 3,6

Eslováquia 3,4 3,6

República Checa 3,4 3,4 =

Do lado negro da tabela

Desigualdadede rendimento aumenta

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Portugal e a Europa l DOSSIÊdossiê

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Desemprego e baixos saláriosAs famílias portuguesas

sofrem condições laboraise de vida cada vez mais

difíceis. O retrocesso éevidente

O quotidiano dos trabalhadores estácada vez mais difícil, como sabemos próprios e as estatísticas confir-

mam. Desde logo devido ao flagelo dodesemprego, que embora recentemen-te tenha registado uma quebra, situan-do-se nos 13,3% em janeiro, no final de2013 era de 16%, deixando Portugalcom a quarta taxa mais elevada daUnião. A Grécia ocupava o topo da tabe-la, com 27% da população ativa semtrabalho (atualmente 25,8%), seguidapor Espanha com 24,4% (23,4% emjaneiro de 2015) e a Croácia, com 17,1%.

Áustria (4,9%), Alemanha (5,3%), Lu-xemburgo (5,8%) e Malta (6,5%) ti-nham as taxas de desemprego maisbaixas.

Dívida pública

inesperadas, um aumento de 7,3% re-lativamente ao ano anterior (35,9%).Mais uma vez, a média europeia dimi-nuiu, de 40,2% para 39,6%. No topodesta lista vergonhosa encontrava-se aHungria, com 72,4% da população inca-

paz de fazer face a despesas imprevis-tas, e, no extremo oposto, a Suécia, comuma taxa de 18,2%.

Esta situação nacional pode em parteencontrar explicação no corte de presta-ções sociais como o Rendimento Social de

Inserção (RSI) ou o Complemento Solidáriopara Idosos. A verdade é que a despesa dasprestações sociais em percentagem doPIB apresenta uma curva descente nosúltimos anos: se em 2011 foi de 26,5%, noano seguinte diminuiu para 26,2%. Umatendência seguida numa Europa cada vezmenos social, onde no mesmo períodotemporal a média sofreu uma redução de29% para 28,4%.

A Dinamarca registava a melhor taxa,com 33,8% de despesa em percenta-gem do PIB, e a Letónia a pior, com 14%.

Por fim, uma palavra para a saúde.Em 2012, Portugal liderava a tabela dospaíses onde as famílias tinham maioresdespesas com a saúde no total dos seusgastos, com uns desonrosos 5,5%. Ecomo se sabe que desde então os cortesnesta área têm sido sucessivos, a parcom o aumento das taxas moderado-ras, por exemplo, só se pode perspeti-var que a situação esteja ainda pior.

A média da UE era de 3,7% e oscidadãos mais apoiados eram os doReino Unido, onde a despesa das famí-lias em saúde relativamente ao totalera de apenas 1,6%.

As consequências da crise económicae social atingem também a esfera fami-liar, devido à falta de rendimento provo-cado por menos um salário. Mas, dramamaior são as vidas das famílias em queambos os membros do casal estão de-sempregados – e no final de 2014 esta-vam registados no Instituto de Empregoe Formação Profissional (IEFP) 11.969casais nessa situação.

O desemprego jovem atingia os 33,6%em janeiro deste ano, contribuindo for-temente para a emigração da geraçãomais qualificada do País, o que compro-mete o futuro coletivo. Mas, mais grave,as estimativas da OIT apontam para umdesemprego de 10,8% daqui a quatroanos, igualando os níveis registados em2010, quando os jovens sem trabalhoserão 23,6%.

Fonte: Pordata

Produtividade

totais em Portugal tiveram um au-mento de 0,2% e de 1% na contrataçãocoletiva, o que desagradou a Bruxelas,

Salário mínimo

Portugal a meio da listaEntre os 20 Estados-membros com salário médio definido, Portugal fica a meio da tabela, ou seja,

na 11.ª posição. Os valores encontrados não são os reais (o nacional é de 505€), mas em paridadede poder de compra padrão (PPS), moeda fictícia que serve para comparar os níveis de bem-estare de despesa entre países, anulando a diferença dos níveis de preços. O valor para 2015 é estimadoe obtido através da divisão do montante global anual pelo número de meses em que o salário mínimoé atribuído (mensalizado). Recorde-se que não há salário mínimo na Alemanha, Áustria, Chipre,Dinamarca, Finlândia, Itália e Suécia.

que insiste numa revisão da legislaçãolaboral de forma a fragmentar a nego-ciação coletiva setorial e travar astímidas melhorias das condições sala-riais e de trabalho.

Vencimento mensalizado

Quanto ao salário mínimo nacionalem valor médio mensalizado, em 2014Portugal ficou situado na 11.ª posiçãoda tabela, com 660 euros brutos numcálculo a 12 meses, a que se soma aparidade do poder de compra.

Os portugueses que auferiam entãoum salário mínimo de 485€ brutos men-sais, mais subsídio de férias e de Natal.Este valor aumentou em outubro para505€, e manter-se-á sem alteraçãoaté, pelo menos, dezembro deste ano.

No ano passado, o salário mínimoera de 1.576€ no Luxemburgo – o maiselevado entre os 28 Estados-membros– e de 345€ na Roménia, o mais baixoda UE.

Relativamente à taxa de atividadeem Portugal, em 2013 era de 60,2%, a10.ª da UE. A Holanda ocupava a pri-meira posição, com 65,2%, e em 28.ºsituava-se a Croácia, com 44%. A mé-dia da União era de 57,6%.

Ganhamos (muito) pouco

A bitola salarial nacional é, na suamaioria, bastante baixa, estando en-tre as piores da Europa.

Segundo um estudo da consultoraAdecco baseado em dados do Eurostat,em 2013 o salário médio líquido men-sal dos portugueses foi de 984€. Ouseja, praticamente metade da médiaeuropeia (1.972€) e um dos mais bai-xos de toda a UE. Significa isto que, emtermos absolutos, a diferença entre amédia europeia dos 28 Estados-mem-bros e os portugueses foi de 988€

mensais ou 11.856€ anuais.Portugal surgia então em 18.º lugar,

numa tabela liderada pela Dinamarca(3.739€). Seguiam-se, por ordem de-crescente, o Luxemburgo (3.009€), aFinlândia (2.622€), a Irlanda (2.621€)– também sujeita a um resgate exter-no – e a Alemanha (2.574€).

Mesmo países com problemas se-melhantes aos portugueses apresen-tavam salários médios superiores aoportuguês, como eram os casos daGrécia (1.028€) e de Espanha (1.634€).

Salários médios logo abaixo dos na-cionais verificavam-se na Croácia(848€) e na Polónia (693€). Os traba-lhadores com pior registo na UE eram,em 2013, os búlgaros, com um saláriomédio de 316 euros. Vale a pena sa-lientar que no ano passado os salários

O desemprego é um dos maiores problemas da UE

Fonte: Pordata

Fonte: Pordata

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Seguros l CONTRATAÇÃO

TEXTOS: JOSÉ LUÍS PAIS*

Em agenda para 2015

Negociar o CCT e a tabela salarialOs Sindicatos avançarãocom empenho e firmeza

para as negociações deste ano,de forma a que em 2016

os trabalhadores disponhamde uma convenção coletiva

ainda mais atualizada e moderna

Com o realismo adequado, fomoscapazes de negociar o CCT quehoje está em vigor na atividade

seguradora, tendo assim defendido osinteresses dos trabalhadores e dadoprovas de uma capacidade de realiza-ção que nos apraz registar.

Pretendeu-se com aquela atitude darum contributo válido para a moderniza-ção do setor, contribuindo também paraa sua flexibilização sem desregulamen-tação, e abrindo a todos novas perspeti-vas, para as quais se deu um passo firme.

A negociação do CCT exigiu, para po-der ter efeitos positivos, uma novamentalidade, quer à mesa das negocia-ções, quer nos locais de trabalho.

Sabe-se que o atual CCT representou umdesafio. Pela nossa parte aceitámo-lo.

Sem tibiezas, pode afirmar-se queele representa uma nova etapa na vidaprofissional dos trabalhadores da ativi-dade seguradora.

A compensação pecuniária extraordi-nária; o prémio de permanência; o planoindividual de reforma; a melhoria doscapitais do seguro de saúde, além deoutros aspetos, mereceram a nossa aten-ção e permitiram soluções que cremosadequadas à nova realidade vivida nasempresas, sem o que não seria possívelencarar o futuro com otimismo.

Aperfeiçoamento do contrato

Ao mesmo tempo, desbravaram-senovos caminhos, incluindo a possibili-dade do aperfeiçoamento do CCT, ser-vindo de orientação para um outro CCTque regulamente e incentive a constru-ção de um futuro ainda mais profícuo.

Esses caminhos terão de ser percorri-dos já este ano, mesmo com todas asinterrogações que tudo quanto é inova-dor sempre coloca e com todas as dúvi-

das que se levantam quando nos debru-çarmos e tivermos de decidir sobre asmatérias que se julgarem pertinentes.

Reconhece-se que não há soluções per-feitas e que será preciso ir, permanente-mente, atualizando e melhorando.

Foi com esse espírito que entretantose negociaram algumas cláusulas nofinal do ano transato (recorde-se que oCCT estava em vigor há dois anos):contribuição extraordinária para o pla-no individual de reforma-PIR, ainda em2014; atualização da percentagem decontribuição das empresas para o PIR apartir de 2015; aumento do subsídio de

almoço a partir de janeiro de 2015;apoio escolar com efeitos no próximoano letivo; melhorada a redação doprémio de permanência (permitidas 4faltas justificadas, em vez de 3 por ano)e consideradas como justificadas asfaltas que decorram de internamentohospitalar, incluindo o dia anterior e os30 dias subsequentes à alta hospitalar,bem como as devidas a acidente detrabalho ao serviço da empresa.

Não damos por esgotada a possibili-dade de irmos mais além. Continuare-mos apostados em negociar, concreta-mente já este ano, o CCT e a tabelasalarial. Queremos fazê-lo sem dema-gogia, defendendo as legítimas aspira-ções dos trabalhadores, tendo em vistaa problemática resultante das muta-ções reais havidas e que, necessaria-mente, vão processar-se a um ritmocada vez mais rápido.

Estamos preparados para o fazer esabemos não serem objetivos inalcan-çáveis.

Mas também sabemos que não é sematualização salarial que se atingirão osobjetivos pretendidos.

Será com empenho e firmeza, fontedecisiva, que avançaremos para asnegociações que se encontram agen-dadas para este ano, de forma que em2016 possamos ter um CCT ainda maisatualizado e moderno.

*Vice-Presidente do STAS

TEXTOS: INÊS F. NETO

Revisão global do ACT

Febase e IC acordamSegurança Social

Os grupos negociadores dos Sindicatos e da banca aprovaram o capítulode Benefícios Sociais da convenção coletiva, em que se inclui o regimede Segurança Social no setor bancário. No futuro Acordo manter-se-ão

todas as disposições do ACT em vigor sobre pensões de reforma

Oconjunto de cláusulas respeitantesàs pensões de reforma e sobrevivência esteve em debate na última

reunião de negociações de revisão globaldo ACT, que decorreu dia 24 de fevereiro.

Este clausulado está integrado no capí-tulo designado "Benefícios Sociais" e dizrespeito ao regime de Segurança Socialaplicável ao setor bancário. Além do de-bate da matéria em si, o que esteve emcausa nesta sessão foi essencialmente asua sistematização, tendo em vista umamais fácil perceção do seu conteúdo pelosdiferentes grupos a que se destina.

Recorde-se que por força da aprovaçãodos I e II Acordos Tripartidos sobre Segu-rança Social, existem atualmente na ban-ca dois regimes distintos de pensões dereforma e sobrevivência: o regime debenefício definido e o regime de contribui-ção definida. O primeiro abrange todos ostrabalhadores do setor admitidos antes de31 de dezembro de 2007; o segundo apli-ca-se aos bancários entrados no setor apartir de 1 de janeiro de 2008. Esta matériaestá já incluída no ACT em vigor, nomea-damente desde a sua última atualização,publicada no início de 2012.

Face ao entendimento entre as par-tes alcançado a 24 de fevereiro, noque respeita ao regime de benefíciodefinido mantêm-se todas as disposi-ções já atualmente aplicáveis aos tra-balhadores abrangidos: os comum-mente designados por ex-CAFEB e osbancários oriundos do Banco Totta,que sempre estiveram inscritos naSegurança Social.

Ou seja, a salvaguarda da atualiza-ção das pensões de reforma e sobrevi-vência em percentagem igual ao au-mento que for negociado para os tra-balhadores no ativo, bem como a ma-nutenção das regras sobre a aquisiçãodo direito à reforma, calculada emfunção dos anos de serviço (nomeada-mente o seu pagamento em 14 me-ses).

No caso dos bancários a quem seaplica o regime de contribuição defini-da, a futura convenção manterá a ga-rantia do direito a um plano comple-mentar de pensões, regime fixado emcontribuições de 1,5% a cargo dos ban-cos e 1,5% da responsabilidade dostrabalhadores. Tal como agora, a verbaserá creditada num fundo de pensões(ou fundos) indicado pelo trabalhador.

Recorde-se que a pensão destes tra-balhadores, totalmente integrados noregime geral da Segurança Social, estádependente das contribuições dos pró-prios e das entidades patronais para aSegurança Social.

Ainda por analisar pelas partes ficouo texto definitivo sobre a pensão dostrabalhadores que se reformem fora dosetor, por entretanto terem cessado ocontrato com a instituição.

Sindicatos exigem ajustamento nas reformas do Santander

A instituição liderada por AntónioVieira Monteiro fez um ajusta-mento salarial aos seus traba-

lhadores, mas não o aplicou nas pen-sões de reforma e sobrevivência, comoestá obrigado pelo ACT em vigor.

Face a esta violação das disposiçõescontratuais, os Sindicatos da Febaseescreveram uma carta ao presidentedo banco, criticando a discriminação ereclamando a reposição da legalidade– ou seja, o aumento das pensões emigual percentagem à dos salários.

Eis o teor da carta enviada:

"Exm.º Senhor,Como é do conhecimento de V. Ex.ª, o

ACT do Setor Bancário não é alteradodesde 2010, nomeadamente a tabelasalarial constante do Anexo II do refe-rido Acordo.

No entanto, e como é do conhecimen-to geral, durante este período V. Ex.ª

tem procedido a ajustamentos salariaisaos trabalhadores no ativo.

Decorre da cláusula 3.ª do ACT emvigor que as pensões de reforma sãoatualizadas nos mesmos termos databela dos ativos. Ora V. Ex.ª tem igno-rado esta disposição contratual, o queestá a desvirtuar o ACT, na letra e noespírito, ao discriminar os reformadosao abrigo da Segurança Social do ACTperante aos ativos, à revelia da con-venção coletiva, o que revela falta deequidade entre uns e outros.

Face ao exposto, vimos reclamar idên-tico tratamento para todos os trabalha-dores e reformados da Instituição a quepreside".

O Santander Tottafoi instado pela Febase

a cumprir o ACT, procedendoa um ajustamento nas

pensões idêntico ao aplicadoaos trabalhadores no ativo

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QUESTÕES l Jurídicas Questões l JURÍDICAS

Perante o enquadramento legal e a necessidadede ajustar o despedimento coletivo aos seuspressupostos, as entidades patronais financeirastêm optado por negociarem individualmentecom os trabalhadores

TEXTO: JOSÉ PEREIRA DA COSTA*

IO Direito do Trabalho assenta numa

premissa essencial que não pode seresquecida pelo mais incauto dos legis-ladores: a relação jurídica é desequili-brada, porque desequilibrada é a rela-ção económica entre patrão e trabalha-dor.

Este desequilíbrio atípico do Direitodo Trabalho, não acolhido nos princípiosprimários do Direito Civil (que assentana igualdade das partes), não só foisendo aceite pela sociedade, como foiacolhido como princípio constitucionaldo Estado de Direito Democrático econformador da moderna sociedadedemocrática.

Assim, no âmbito do Direito do Traba-lho, o trabalhador deve ser protegidopela Lei geral, evitando-se, assim, queo desequilíbrio económico se acentuena relação jus-laboral.

Deste modo, historicamente, subli-nhamos, a Legislação laboral dos mo-dernos estados democráticos foi con-cebida de forma a atenuar a desigual-dade entre iguais. Tanto assim foi que,no âmbito da construção europeia, seadmitiu que os países menos desenvol-vidos e com piores salários, por exem-plo, tivessem legislações laborais maisdesequilibradas, a favor do trabalha-dor. Ou seja, quanto mais desequili-brada for a relação económica em-

presarial, mais protegido deve ser otrabalhador pelo Direito. Esta é, aliás, amáxima em que assentou a construçãodo Direito do Trabalho na democraciaportuguesa.

Sucede, porém, que esta políticalegislativa a que se assistiu desde ofim da 2.ª Guerra Mundial e que nos(Europa) levaria ao chamado Estadode Bem-Estar social, sofreu nos últi-mos anos uma erupção vulcânica, as-sistindo-se, ao invés, à revogação ex-pressa dos direitos laborais que os tra-balhadores tinham conquistado ao lon-go de décadas.

IIÉ nesta problemática que se insere

um tema de debate que tem ocupado aprimazia nas discussões no setor queaqui nos traz: negociação individual oudespedimento coletivo?

Na verdade e face à crise financeiraque se abateu sobre a Europa no fim dapretérita década, quer os países quer asinstituições financeiras foram obriga-das a reestruturarem-se, assumindocompromissos com as entidades finan-ciadoras que se estenderam para alémdo pagamento tout court. Ou seja, ofinanciador não se limitou a exigir opagamento do crédito e os respetivos

juros: exigiu que o financiado se rees-truturasse nos termos que definiu. Exi-giu, para financiar, que os Estados e asentidades financeiras se submetessema um conjunto de regras impostas.

Entre outros aspetos das reestrutura-ções, a redução do número de trabalha-dores nas instituições financeiras foi,desde logo, imposta como condiçãoirrenunciável.

É, assim, esse o ponto de partida parao que aqui nos traz, esperando respon-der a muitas das dúvidas que os traba-lhadores nos têm colocado: por que éque as entidades patronais têm propos-to as negociações individuais de despe-dimento, invocando como alternativa odespedimento coletivo, qual espada deDâmocles do trabalhador?

Embora não ajuizemos intenções, aresposta está, certamente, na naturezajurídica do despedimento coletivo.

Se o despedimento individual é arutura da relação laboral entre a enti-dade patronal e o trabalhador, o despe-dimento coletivo, objetivo e global,pode ser considerado a bomba atómicadas relações laborais, na medida emque atinge, indiscriminadamente, umnúmero alargado de trabalhadores, in-vocando motivos objetivos e, por isso,causas externas aos trabalhadores afe-tados pelo despedimento.

No fundo, o fim de uma relação labo-ral com utilização desse expedientelegal não tem como causa uma situa-

ção individual, identificável e interna,mas sim uma causa objetiva, externae, muitas vezes, só identificável seanalisarmos o conjunto dos afetados eas suas posições jurídicas na empresa.

Esse despedimento, caracterizado noartigo 359.º do Código do Trabalho(considera-se despedimento coletivoa cessação de contratos de trabalhopromovida pelo empregador e opera-da simultânea ou sucessivamente noperíodo de três meses, abrangendo,pelo menos, dois ou cinco trabalhado-res, conforme se trate, respetivamen-te, de microempresa ou de pequenaempresa, por um lado, ou de média ougrande empresa, por outro, sempreque aquela ocorrência se fundamenteem encerramento de uma ou váriassecções ou estrutura equivalente ouredução do número de trabalhadoresdeterminada por motivos de mercado,estruturais ou tecnológicos), deve serfundamentado e deve respeitar os re-quisitos legais. São esses, salienta-mos, que são aferidos e é o seu cum-primento que é ajuizado – e não quais-quer outros requisitos ou imposiçõesexternas à Lei.

Ou seja, só se forem verificados osrequisitos legais pode o despedimentoser efetivado – ou melhor, pode o des-pedimento ser legal. A saber:a) Motivos de mercado – redução da

atividade da empresa provocadapela diminuição previsível da pro-

cura de bens ou serviços ou impos-sibilidade superveniente, prática oulegal, de colocar esses bens ou ser-viços no mercado;

b) Motivos estruturais – desequilíbrioeconómico-financeiro, mudança deatividade, reestruturação da orga-nização produtiva ou substituiçãode produtos dominantes;

c) Motivos tecnológicos – alteraçõesnas técnicas ou processos de fabrico,automatização de instrumentos deprodução, de controlo ou de movi-mentação de cargas, bem como in-formatização de serviços ou automa-tização de meios de comunicação.

Neste enquadramento legal, as en-tidades patronais que optem por redu-zir o número de trabalhadores utili-zando este expediente legal devemobservar, antes de tudo, estes pressu-postos legais.

Perante este enquadramento e pe-rante a necessidade de enquadrar odespedimento coletivo nos pressupos-tos, as entidades patronais financeirastêm optado por negociarem individual-mente com os trabalhadores, seja atra-vés de negociações individuais strictosensu, seja através de negociaçõescoletivas com acordos individuais, emvez de avançarem, desde logo, para odespedimento coletivo.

Para mais, através da negociaçãoindividual ou coletiva, os trabalhado-

res têm assegurado contraprestaçõesao despedimento mais favoráveis doque no caso da compensação por des-pedimento coletivo que, relembramos,tem sido reduzida, na tendência revo-gatória (e a nosso ver inconstitucio-nal) de direitos dos trabalhadores, anoapós ano.

IIIEvidentemente que este processo é

doloroso e o caminho percorrido não éisento de dificuldades: podemos assis-tir, e não falamos apenas no nossosetor mas no mundo do Direito doTrabalho, à ameaça de utilização dodespedimento coletivo como forma depressionar trabalhadores a negocia-rem o seu despedimento por mútuoacordo.

Perante, então, a chamada para ne-gociação, o trabalhador não pode hesi-tar e deve, desde o início, defender osseus direitos, compreendendo se a si-tuação da entidade patronal é suscetí-vel de ser objeto de tal despedimento.

No mundo do Direito trabalhamoscom dados legais e impressões juris-prudenciais. Se é verdade que nesteâmbito a malha legal e jurisprudencialtem alargado, permitindo-se, hoje,despedimentos coletivos que não se-riam permitidos há poucos anos, nãodeixa de ser inteiramente verdade queos requisitos e pressupostos legaisestão caracterizados e devem ser pre-enchidos para que o despedimentopossa operar.

Não é porque se invoca a suscetibi-lidade de despedir coletivamente quea lei o permite, nem é porque se assu-miu uma obrigação com terceiros, queos Tribunais o admitem. Este, que é,como dissemos, a bomba atómica dasrelações laborais, só poder ser utiliza-do nos termos da Lei e no respeitoescrupuloso da ética empresarial dosEstados de Direito Democráticos.

Se a empresa, enquanto estruturadinâmica, deve ser analisada, legal-mente, no desequilíbrio de posiçõesentre trabalhador e entidade patronal,não podemos abrir mão da aferiçãojurisprudencial para a caracterizaçãodo mais gravoso dos despedimentos: odespedimento coletivo é o último esca-pe para a sobrevivência empresarial,sim, mas nunca uma alternativa entreoutros meios.

*Advogado do SBSI

Despedimento coletivoe negociação individual

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O capital no séc. XXI l LIVRO DO MOMENTO

As desigualdades do capitalismoThomas Piketty escreveu um livro sobre o sistema de produção e

distribuição da riqueza no quadro do capitalismo que rapidamentese transformou num bestseller mundial. Elogiado e criticado em

doses (quase) iguais, a verdade é que ninguém ficou indiferente àobra de quase mil páginas. Numa análise que abrange três séculos

e mais de uma vintena de países, o economista francês e a suaequipa de investigadores demonstram que a repartição de riquezaé desigual e explicam os mecanismos que sustêm uma sociedade

de herdeiros concentrada nas mãos de muito poucos, pondo emcausa os fundamentos meritocráticos da democracia

TEXTO: ELSA ANDRADE

Não é habitual um livro sobre umtema à partida árido como aacumulação e distribuição de ri-

queza ter um enorme impacto social eentrar na lista dos mais vendidos. Masfoi o que aconteceu com O capital doséculo XXI, de Thomas Piketty, profes-sor nas francesas École des Hautes Étu-des en Sciences Sociales e Écoled'Économie de Paris.

A obra do economista francês, já edita-da em Portugal, tem dominado o debatee sido alvo de muitas críticas, a favor econtra o seu quadro teórico. Entre osdefensores, contam-se os prémios NobelPaul Krugman, Joseph E. Stiglitz e RobertMerton Solow, o especialista em desen-volvimento e desigualdade Branko Mila-

novic ou o antigo conselheiro de BarakObama Lawrence Summers.

Os detratores são sobretudo econo-mistas da corrente neoliberal, emboramuitos dos de pensamento mais à es-querda considerem o autor demasiadocomplacente com o capitalismo – poisdefende o modelo como fator de desen-volvimento e criação de riqueza e nãopropõe um sistema alternativo.

Críticas à parte, o livro tem captadoo interesse de um público heterogéneode não especialistas, o que eventual-mente explica o seu sucesso.

E esse foi o objetivo de Piketty, comoexplica na introdução: "A repartição dariqueza é uma questão demasiado impor-tante para ser deixada apenas a economis-

tas, sociólogos, historiadores e filósofos. Elainteressa a toda a gente, e ainda bem".

O livro é uma espécie de história eco-nómica em versão de quase romance,abrangendo três séculos e uma vintenade países desenvolvidos. Considerandonecessário "voltar a pôr a distribuição dariqueza no centro da análise", o autordefende que tal só é possível reunindo "omáximo de dados históricos que permi-tam a melhor compreensão das evolu-ções do passado e das tendências emcurso". É o que faz.

Portugal merece apenas uma brevereferência relativa à especulação sobreas taxas de juro, que afetou o País bemcomo a Grécia e a Irlanda. No entanto asua economia foi analisada e contou para

Autor: KurtVangheluwe

Os salários dos grandespatrões aumentam

Autor: Clou

Nos últimos anos os trabalhado-res do setor financeiro – banca eseguros – não têm visto os seus

vencimentos atualizados. O Secretaria-do da Febase, na sua última reunião,considerou que a situação não podecontinuar, pelo que decidiu, a exemplodo que tem sido feito, reclamar umaumento salarial para este ano.

A reivindicação não é nova e os Sindi-catos tomaram já como questão funda-mental conseguirem um ajustamentonos salários dos trabalhadores que re-presentam. Este assunto está na agendada Federação para as mesas negociaisdos setores bancário e dos seguros.

Na negociação do CCT da atividade se-guradora, que se iniciará este ano, a revi-são da tabela é uma das reivindicações aser apresentada pelo STAS e pelo SISEP,pois há cinco anos que não há atualização.

Também os Sindicatos dos Bancáriosvoltaram a formular a mesma exigên-cia, à semelhança do que têm vindo afazer desde 2011.

Recorde-se que em 2011 foi feita umaproposta de aumento salarial às institui-ções subscritoras do ACT, que responde-ram com uma rejeição, argumentandofalta de condições. Simultaneamente,denunciaram a convenção em vigor.

SINDICAL l Atualidade

Novamente exigidos aumentos salariaisO Secretariado da Febase

aprovou a reivindicação deuma atualização salarial

para 2015 nos setoresbancário e segurador

TEXTO: INÊS F. NETO

Desde então, e no decorrer das ne-gociações de revisão do acordo coleti-vo, os Sindicatos dos Bancários têmanualmente insistido na necessidadede se proceder a um ajustamento natabela – matéria nunca posta de ladopelas IC, para quem este assunto éindissociável do processo negocial emcurso.

Sinais positivos

Depois de quatro anos consecutivossem atualização salarial no setor bancá-rio – de 2011 a 2014 – e cinco no segura-dor, a Febase considera que este ano oajustamento tem de ser feito, tanto maisque a banca tem estado a recuperar e asperspetivas futuras são positivas, faceaos indicadores económicos do País.

A economia portuguesa começou arecuperar de uma das maiores reces-sões das últimas décadas, com o au-mento do PIB e a previsão de cresci-mento. De facto, os indicadores macro-económicos apontam para um aumen-to de 2% do PIB entre 2012 e 2016,sendo de 1,5% este ano.

Do mesmo modo, estima-se um cres-cimento de 4,9% da produtividade apa-rente do trabalho no período temporalde referência.

Pelo contrário, entre 2010 e 2104registou-se um aumento de 8,2% dospreços médios, o que significa que,embora a taxa de inflação seja agoranegativa, os trabalhadores têm vindo aperder poder de compra.

Banca em melhores condições

Além das previsões sobre a econo-mia nacional – que se refletirão, natu-

ralmente, no negócio bancário – tam-bém a banca apresenta já indicadorespositivos. Isso mesmo se conclui deuma análise realizada às contas dosbancos através da recente divulgaçãode resultados. E independentementedos números apresentados, todosanunciaram lucros já para este ano.

Ou seja, apesar de ainda se sentir oimpacto da crise financeira, o setorbancário já apresenta sinais de recupe-ração económica, tendo-se vindo averificar uma evolução positiva na ren-dibilidade do setor.

Entre os indicadores bancários po-sitivos, destaque-se a redução decustos operacionais desde 2010, con-seguida em grande parte à custa doemprego dos trabalhadores. De 2011a 2013, as instituições bancárias di-minuíram os seus recursos humanosem cerca de 6% e o seu número debalcões em quase 12% – prova inegá-vel de uma considerável redução anível de custos, o que permitiu ree-quilibrar os seus rácios de cost toincome.

Refira-se que só em 2014 o ráciocost to income sofreu uma redução de20,9% face ao período homólogo, oque indicia o aumento da rendibilida-de dos bancos nos próximos trimes-tres.

Por outro lado, a diminuição acentua-da do rácio de transformação (créditos--depósitos) em 83% desde 2011 de-monstra que o financiamento do créditovenha a ser feito quase totalmente atra-vés dos recursos captados.

Razões mais do que suficientes paraque as IC não rejeitem o ajustamentosalarial reivindicado pelos Sindicatosdos Bancários da Febase.

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crer". Na verdade, o capital parece quasetão indispensável no séc. XXI quanto era noséc. XVIII "e não podemos excluir que venhaa sê-lo ainda mais". Do mesmo modo, "hojecomo ontem as desigualdades patrimo-niais são sobretudo desigualdades no seiode cada grupo geracional".

Quanto aos mecanismos de divergên-cia, ou seja, de alargamento e amplifica-ção das desigualdades, o economistadestaca a ausência de adequado investi-mento na formação (contrariando a prin-cipal força de convergência), mas tam-

o cômputo europeu, sendo o estudo daautoria do investigador da equipa Facun-do Alvaredo, que escreveu um capítulosobre o tema num outro livro (Alvaredo,Facundo (2010). "Top Incomes and Ear-nings in Portugal 1936-2005"; in Atkin-son, A. B. and Piketty, T. (editors) TopIncomes: A Global Perspective, OxfordUniversity Press, 2010, chapter 11).

O capital no século XXI dá aos leito-res a possibilidade de acompanharema obra através de um anexo técnico nainternet, onde podem ser consultadosos dados nac iona i s (h t tp ://topincomes.parisschoolofeconomics.eu/#Country:Portugal).

Tudo (ou quase) é capital

O estudo histórico e comparativo deThomas Piketty sobre os países desen-volvidos – cujo período temporal vai de1870 a 2010 – veio perturbar o pensa-mento económico ao compilar, comparare analisar pela primeira vez uma série dedados sobre a desigualdade económicano modelo capitalista.

Para melhor compreender e estudar ocapitalismo, o economista francês grafao conceito de capital num sentido lato,significando património ou riqueza – ouseja, todo o "ativo" em que seja possívelinvestir e que proporciona um retorno,explícito ou implícito. Para alcançar me-lhor esta noção, refira-se que uma habi-tação própria proporciona um retornoimplícito, pois evita ao seu proprietárioter de pagar aluguer.

Piketty não se limita à habitual análiseda desigualdade apenas como um fenó-meno decorrente dos rendimentos dotrabalho, mas inclui as diferenças na di-visão da riqueza, considerando que só

deste modo é possível compreender osmecanismos que a explicam.

Com base nesse princípio e após oestudo efetuado, o autor demonstra aexistência de um padrão no sistema ca-pitalista que origina profundas desigual-dades na repartição da riqueza, pois as-senta numa base em que a taxa de ren-dimento do capital é, em média, superiorà taxa de crescimento da produção –independentemente da desigualdade ini-cial gera sempre acumulação e concen-tração de capital nas mãos de uma pe-queníssima percentagem de famílias.

Simplificando, significa que face a este"mecanismo de acumulação patrimonial",não só o rendimento sobre o capital tendea crescer percentualmente em relação àtotalidade do rendimento nacional (so-bretudo em períodos de crescimento fra-co), como as maiores fortunas do passa-do tendem a tornar-se ainda maiores nofuturo – "o passado tende a devorar ofuturo", como afirma Piketty.

Sempre foi assim (exceto em fases ex-cecionais como as duas guerras mundiaisou nos subsequentes 30 gloriosos anos dacriação de Estados sociais e de políticasfiscais mais redistributivas) e continua aser, denuncia o economista que, numaanálise prospetiva, admite que assim con-tinuará. Defende, em contrapartida, umaalteração profunda através de uma refor-ma do sistema fiscal e da introdução de umimposto progressivo sobre o capital, ca-minhos para a redução das iniquidades epara a renovação da democracia.

Sociedade de herdeiros

Para o autor, o capitalismo é uma"sociedade de herdeiros", caraterizada "aum tempo por uma fortíssima concentra-ção patrimonial e por uma grande pere-nidade no tempo e ao longo de geraçõesdesses patrimónios elevados".

Basta, assim, que "os herdeiros reali-zem uma limitada parte de poupança norendimento do seu capital para que estecresça mais depressa do que a economiano seu conjunto".

E, como empiricamente é demonstra-do, a taxa de rendimento do capital per-mitir níveis de poupança que o rendimen-to do trabalho não proporciona. "É quaseinevitável que os patrimónios herdadosdominem largamente sobre os patrimó-nios constituídos no decurso de uma vidade trabalho, e que a concentração docapital atinja níveis extremamente ele-vados e potencialmente incompatíveiscom os valores meritocráticos e com osprincípios de justiça social que são ofundamento das nossas sociedades de-mocráticas modernas".

A importância da política

Piketty retira várias conclusões da suainvestigação, a primeira das quais a ine-xistência de determinismo económico."A história da distribuição da riqueza ésempre uma história profundamentepolítica e não poderia ser reduzida amecanismos puramente económicos. Emparticular, a redução das desigualdadesobservada nos países desenvolvidos en-tre os anos 1900-1910 e os anos 1950--1960 é antes do mais o produto dasguerras e das políticas levadas a cabo nasequência desses embates".

Da mesma forma, explica o autor, "asubida das desigualdades desde os con-flitos dos anos 1970-1980 deve muito àsreviravoltas políticas ocorridas nas últi-mas décadas, nomeadamente em maté-ria fiscal e financeira.

Significa isto, diz o autor, que "a históriadas desigualdades depende das represen-tações dos atores económicos, políticos esociais sobre o que é justo e o que não o é,das relações de poder entre esses atores,e das escolhas coletivas que daí decorre-rem; essa história tem a forma que lhe dáo conjunto dos atores envolvidos".

Convergência ou divergência

Por outro lado – e essa é a tese central dolivro – "a dinâmica da distribuição da rique-za põe em jogo mecanismos poderososque, de forma alternada, puxam no sentidoda convergência e da divergência, e nãoexiste nenhum processo natural e espontâ-neo que permita evitar que as tendênciasdesestabilizadoras e geradoras de desi-gualdades prevaleçam no longo prazo".

Thomas Piketty identifica diversosmecanismos que impelem à convergên-cia e à divergência. Relativamente aosque vão no sentido da redução e com-pressão das desigualdades, refere emprimeiro lugar o processo de difusão doconhecimento e de investimento na qua-lificação e na formação, e ainda a lei daoferta e da procura e a mobilidade docapital do trabalho.

Do ponto de vista teórico salienta duas"crenças otimistas" das sociedades moder-nas: a racionalidade tecnicista que "condu-zira mecanicamente ao triunfo do capitalhumano sobre o capital financeiro e imobi-liário" e a substituição da "luta" de classes"pela "luta de gerações" devido ao prolonga-mento da longevidade. Mas infelizmente,diz, embora essas transformações sejamplausíveis de um ponto de vista estrita-mente teórico, "tiveram em parte lugar,porém em proporções muito menos signi-ficativas do que por vezes somos levados a

Aacumulação económica no topotem aumentado sobremaneiraem Portugal, segundo a inves-

tigação desenvolvida por Frederico Can-tante, do Observatório das Desigualdades.

A conclusão foi apresentada em mea-dos de janeiro no colóquio "Desigualda-des em Debate 2015", que decorreu noISCTE, em Lisboa, e na qual participaramdiversos sociólogos e economistas.

No painel intitulado "Agravamentodas desigualdades no século XXI: o 'de-bate Piketty', Frederico Cantante adian-tou que Portugal é um dos países maisdesiguais entre os Estados da UniãoEuropeia e da OCDE, com uma enormeacumulação no topo da escala salarial.

"Há uma disparidade muito elevadadestes trabalhadores do setor privadoem relação ao salário médio do País",sublinhou, acrescentando que "à medi-da que analisamos grupos mais restri-

LIVRO DO MOMENTO l O capital no séc. XXI O capital no séc. XXI l LIVRO DO MOMENTO

Disparidade em portuguêsO nível de concentração

do rendimento maisdo que triplicou

em Portugal nas últimastrês décadas

O investigador português Frederico Cantante iden-tificou diversos impactos negativos das desigualda-des, entre os quais:– Acumulação de desigualdades;– Obstáculo à mobilidade social;– Riscos para a democracia;– Instabilidade financeira;– Efeitos multidimensionais das desigualdades

económicas.

bém o processo de obtenção de remune-rações mais elevadas e, sobretudo, oprocesso de acumulação e concentraçãode património num período de fraco cres-cimento e elevada rentabilidade do capi-tal, como o que se vive atualmente. Esteúltimo mecanismo constitui "a principalameaça para a dinâmica da distribuiçãoda riqueza a mais longo prazo".

À espera do futuro

O futuro não tem obrigatoriamentede perpetuar a reprodução deste mode-lo de fortes desigualdades, defende oautor. Porque não existe determinismoeconómico e a distribuição da riqueza éfundamentalmente política.

Mas poderá acontecer, se não houvertransformações sérias nos próximosanos, pois o capitalismo só gera taxaselevadas de crescimento económicoem períodos de recuperação, cresci-mento populacional e de inovação tec-nológica – e esta não é a realidade.

Se se mantiver o modelo atual em quea taxa de rendimento do capital é superior

O capital no século XXIThomas PikettyTemas e Debates/Círculo de Leitores24,40€

tos (no topo), o nível salarial disparabrutalmente".

Segundo o investigador, entre 1985 e2012 registou-se, em Portugal, "um au-mento brutal do nível de concentração doganho salarial no grupo do topo. A concen-tração mais do que triplicou em 30 anos".

O aumento do desemprego

Referindo-se ao livro de Thomas Piketty,Frederico Cantante lembrou que se nosEstados Unidos o aumento da concentra-ção salarial se deve aos hipervalorizadosvencimentos aos quadros superiores dosetor financeiro e dos gestores de empre-sa, "em Portugal os diretores-gerais egestores têm também uma presençamuito representativa".

Por fim, aludindo à riqueza média dasfamílias portuguesas em 2010, o investi-gador revelou que a média e a medianados 10% mais ricos atingia, respetiva-mente, de 805 e 482, enquanto a dos 10%com rendimentos mais elevados era en-tão de 511 e 213.

Impactos negativos

Graças a esta tecnologia podemos suprimir até 3000postos de trabalho por dia à taxa de crescimento da produção, e

seguindo o padrão demonstrado por Tho-mas Piketty, os países desenvolvidos vol-tarão a ter níveis de desigualdades tãoinjustos e antidemocráticos como os da"Belle Époque": o valor dos patrimóniosprivados atingirá o correspondente a seis//sete anos de rendimento nacional.

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TEMPOS LIVRES l Nacional

FotoFebase 2014

"Flores da Primavera" vence concursoO número de participantes

tem aumentado de ano paraano, o que dificulta a tarefa

do júri dada a enormequalidade das fotografias

apresentadas. A organizaçãoquer ver a iniciativa crescer

ainda mais

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Aentrega de prémios do concursoFotoFebase decorreu no dia 24 defevereiro, no Museu do SBSI, em

Lisboa. Em grande destaque estiveramas fotografias vencedoras de prémios ede menções honrosas. As 120 finalistaspassaram igualmente num ecrã monta-do para o efeito.

Esta é uma iniciativa que tem crescidoa olhos vistos, tendo cada vez maisparticipantes que contribuem com foto-grafias de grande qualidade.

Imogen Cunningham foi uma fotógrafanorte-americana que se notabilizou pe-las fotografias de temas botânicos, de nuse de cenas urbanas. Certo dia pergunta-ram-lhe qual era a sua fotografia favorita.Cunningham foi perentória: "Aquela quevou tirar amanhã".

É esta busca pela perfeição do próximoretrato que motiva os fotógrafos, sejamprofissionais ou amadores. Os concorren-tes do FotoFebase não fogem à regra,usando a câmara para captar os momen-tos que os seus olhos viram em primeirolugar.

"Flores da Primavera", de ManuelaViola, foi considerada a melhor fotografiado concurso, tendo conquistado tambémo 1.º prémio na categoria "Livre". O 2.ºprémio coube a Luís Rego, com o retrato"Não Falem Com Estranhos".

Já na categoria "Coisas e Gentes daMinha Terra", a escolha recaiu em "Arco daRua Augusta, outro olhar", de Rui Gonçal-ves, ele que também venceu o 2.º prémiocom a fotografia "Portugalidades".

O júri decidiu ainda atribuir mençõeshonrosas a "Vícios", de Paulo Jorge, e"Janela do Tempo", de Francisco Oliveira,na categoria "Coisas e Gentes da MinhaTerra".

"Reflexos", de Jorge Araújo, e "Divisãode Águas", de José Canelas, também fo-ram contemplados no tema "Livre".

Projeto é para continuar

António Fonseca, da organização, foi oprimeiro a usar da palavra, referindo sersempre um prazer quando o resultadofinal do concurso salta à vista.

Este ano, cerca de uma centena desócios dos Sindicatos da Febase aceita-ram o repto, e ao longo de 10 mesesenviaram muitas e boas fotografias. Cou-be ao júri, composto por elementos liga-dos à fotografia e ao design, a difícil tarefade escolher as melhores.

António Fonseca fez ainda um apelo àparticipação dos sócios no concurso des-te ano, "porque queremos muitas foto-grafias para que possa haver diversida-de", concluiu.

Aníbal Ribeiro também marcou pre-sença na cerimónia. O secretário-geralda Febase fez questão de dizer que estaentrega de prémios é merecida para to-dos os participantes.

Afirmando-se satisfeito por a organiza-ção da iniciativa estar em boas mãos,Aníbal Ribeiro fez questão de dizer queeste projeto é para continuar e com cadavez mais participantes dos vários Sindica-tos, embora admita que os tempos que sevivem não sejam fáceis. "Estamos empe-nhados em que este concurso continue aser uma realidade".

Vencedora orgulhosa

O que move os participantes é, acimade tudo, o gosto pela fotografia, pelo quenão é de estranhar que os vencedorestenham mostrado surpresa quando sou-beram que tinham sido os premiados.

Manuela Viola é reformada do BES ededica-se à fotografia há vários anos. Ins-tada a contar a história por detrás de"Flores da Primavera", explica que "é deuma flor de umas árvores ao pé de minha

casa, que dão aquelas flores na Primavera.Um dia passei lá, peguei numa, levei paracasa e tirei uma série de fotografias".

No entanto, quando tirou a fotografiaestava longe de imaginar que receberiaum prémio pela mesma. "Vi o blogue,achei piada e comecei a mandar. Quandome telefonaram a dizer que tinha ganhoeu juro que nem sabia qual era o prémio.Nem queria acreditar", explicou ManuelaViola, cujo gosto na fotografia incide es-sencialmente no macro.

Lisboa retratada

Rui Gonçalves dominou o tema "Coisase Gentes da Minha Terra". O "Arco da RuaAugusta, outro olhar" valeu-lhe o primei-ro prémio. "Ia num passeio pela Baixa eeste é um monumento que estamos ha-bituados a ver numa outra perspetiva. Aopassar olhei para cima, não é habitual teresta perspetiva e chamou-me a atençãoporque estava uma luz interessante paraa fotografia. Olhei para cima e imaginei-aassim", explicou.

O bancário do Millennium bcp confessaa motivação de concorrer e admite queexiste sempre uma expectativa de rece-ber um prémio ou menção honrosa. "O

Os prémios atribuídos aos vencedores acabampor ajudar a fomentar o gosto pela fotografia eincitar os sócios dos Sindicatos da Febase a con-tinuarem a participar no concurso.

Assim, os vencedores de cada tema levarampara casa material digital/fotográfico no valor de500€, enquanto os segundos classificados rece-beram material no valor de 250€.

O prémio para a melhor fotografia a concurso foimaterial fotográfico/digital no valor de 150€. To-dos os concorrentes receberam um certificado departicipação.

facto de concorrer e ser um dos seleciona-dos é um motivo de satisfação pessoal".

O gosto pelos monumentos nacionaisestá também evidente em "Portugalida-des", onde a junção do Cristo-Rei, da Ponte25 de Abril e da Torre de Belém criou umafotografia única, tirada junto à FundaçãoChampalimaud, e que valeu o 2.º prémio."O próprio título indica isso, conseguirnuma única imagem captar a portugalida-de. São marcos da nossa História e comeste pano de fundo e esta parte lateral quisdistinguir o contemporâneo do mais anti-go", referiu.

Rui Gonçalves olha com orgulho para oseu trabalho, explicando ao pormenor asexigências de uma fotografia tirada denoite. "Teve de ser com tripé e tive de fazerum enquadramento devido ao cuidadoque a fotografia noturna carece. Tive defazer medições porque tem contrastesenormes, as partes laterais com mais luze a de fundo com menos", finalizou.

O concurso FotoFebase 2015 já arran-cou. Envie as suas fotografias [email protected] com o nome e ape-lido do participante, Sindicato ao qualpertence, n.º sócio, telefone de contacto,tema e título da fotografia e lugar e dataonde foi tirada.

Prémios fomentamcontinuidade

Manuela Viola juntoà foto vencedora

Rui Gonçalves foi distinguido com o 1.º e o 2.º prémios na categoria "Coisas eGentes da Minha Terra"

Luís Rego recebe o prémio por "Não Falem Com Estranhos"

A cerimónia decorreu no Museu do SBSI

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Um dia antes da primeira cami-nhada Febase de 2015, a capitalacordou com a ameaça de agua-

ceiros, o que faria prever uma estreiaabençoada para o dia seguinte.

No sábado, 21 de fevereiro, a chuvadesapareceu mas a bênção manteve-se,ou não fosse o ponto de encontro oCristo-Rei, em Almada.

Num dia soalheiro, porém com chuvae frio, cerca de meia centena de cami-nheiros concentrou-se a partir das 9h00no Santuário Nacional.

TEMPOS LIVRES l Nacional

Primeira Caminhada de 2015

Lisboa vista de braços abertos

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Foi a partir do icónicoCristo-Rei que se deu o

pontapé de saída para maisum ano de Caminhadas

Febase. Meia centena departicipantes disse presente

As primeiras "chapas" começaram aser tiradas, aproveitando a conjugaçãodo fator tempo com a magnífica vistasobre a cidade de Lisboa, de onde sal-tava à vista a ponte 25 de Abril, naquelamanhã ainda com pouco tráfego. Amenos habitual vista sobre este eloentre as duas margens acabou por sero primeiro motivo de satisfação paratodos os presentes.

Depois do habitual briefing, onde aorganização explicou a duração da ca-minhada e deu conta dos locais depassagem, os cinquenta bravos mete-ram pés ao caminho, percorrendo azona urbana desde Almada até Caci-lhas, seguindo pela parte ribeirinha atéchegarem novamente ao ponto de par-tida.

Muitos pontos de interesse

Nem só de passos largos se fez aprimeira caminhada do ano. Ao longodo percurso, os participantes passarampor vários pontos de interesse desde aFragata D. Fernando II e Glória, com oseu histórico de viagens e anos de ser-viço, ao famoso submarino Barracuda.

Durante um sábado muito bem pas-sado, os caminheiros visitaram ainda oFarol e o Chafariz de Cacilhas, as igrejasde Nossa Senhora do Bom Sucesso e doPragal, o Castelo de Almada, a IgrejaErmida do Mártir São Sebastião, a Fonteda Pipa, o Miradouro da Boca do Vento,a Casa da Cerca e o Seminário de S.Paulo.

Para tornar esta caminhada num su-cesso ainda maior, muito contribuiu aamabilidade da Câmara Municipal de

Consulte o calendário das caminhadas emhttp://febase-caminhadas.blogspot.pt/. A pró-xima é no dia 21 de março, em Olhos d'Água: Anascente do Alviela (Alcanena). Inscreva-se já!

Almada, que disponibilizou uma guiapara acompanhar todo o percurso. Mar-garida Maciel, do Posto de Turismo daCosta de Caparica, foi inexcedível naapresentação e explicação dos váriospontos históricos visitados, tendo enri-quecido a iniciativa com informaçõessempre pertinentes e dando a conheceraos participantes muitos pormenoresaté então desconhecidos pela maioria.

No final, o cansaço dos participantesestava encoberto pela satisfação decompletar a primeira caminhada doano e pelos conhecimentos adquiridosao longo da mesma.

Próximo percurso

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Notícias l Bancários Centro Notícias l Bancários CentroBa

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roBancários Centro

TEXTOS: SEQUEIRA MENDES

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Campanha de Sindicalização

Sindicato visita balcõesEstes contactos com

os trabalhadores visam,acima de tudo, reforçaros laços de fidelização

dos bancários ao seuSindicato, esclarecendo

dúvidas e prestandoinformação

Está já em fase de conclusão umavisita programada aos balcões doSBC, cobrindo toda a sua área geo-

gráfica. Esta ação visa, em primeiro lugar,o fortalecimento das relações de proximi-dade e de contacto pessoal com todos ostrabalhadores, ao mesmo tempo que seprocede à habitual distribuição dos tape-tes para o "rato" dos computadores.

Simultaneamente procede-se à atua-lização dos trabalhadores por balcão,

pois a grande mobilidade que se temvindo a verificar na banca, principal-mente nos bancos de maiores dimen-sões, leva a que esta atualização sefaça obrigatoriamente com alguma re-gularidade para que os cadernos este-jam atualizados. Os dirigentes sindi-

OSBC deu início à sua temporada desportiva com aprimeira de duas provas, que se realizou dia 21 defevereiro na Figueira da Foz. Como tem vindo a acon-

tecer nos últimos anos, esta prova realizou-se sob condiçõesatmosféricas nada boas para a prática desta modalidade. Comefeito, o mar apresentava uma ondulação muito forte, comondas superiores a três metros e com um vento de extremaintensidade, com rajadas superiores a 50 quilómetros.

Apesar do frio, do vento e da força do mar, os pescadores,esforçadamente e com grande espírito competitivo, lograrama obtenção de boas capturas, especialmente de robalos.

Efetuadas as pesagens, a balança ditou que António Olivei-ra, do Montepio Geral, se classificasse em primeiro lugar,tendo também capturado o maior exemplar, um robalo debom porte, seguindo-se Pedro Veiga, Rui Nunes, Vítor Malhei-ros, Davide Faria, António Gonçalves e Rui Prata.

A segunda e última prova disputou-se na deslumbrantebaía de São Martinho do Porto, a 14 de março, tendo ficadoconhecidos os representantes do Sindicato dos Bancários doCentro à final nacional, que se realizará em Espinho. Dosresultados dar-se-á conta em próximas edições.

Surfcasting

António Oliveiravence 1.ª prova

O associadodo Montepio Geraltambém capturouo maior exemplar

cais aproveitam ainda para recolher eatualizar as moradas eletrónicas emfalta, de forma a que a comunicaçãocom os associados se possa fazer utili-zando este meio mais rápido, eficaz ede custos bastante reduzidos.

Estes contactos com os trabalhado-res visam, acima de tudo, encontrar ereforçar os laços de fidelização dos tra-balhadores ao seu Sindicato, esclare-cendo dúvidas, fazendo o ponto dasituação relativamente às negociaçõesdo ACT, elencar e relevar todos os ser-viços que o SBC pode prestar aos seusassociados, elegendo delegados sindi-cais onde tal se justifique e reforçandoo papel do SAMS na vida dos trabalha-dores bancários.

Geralmente é na área do SAMS quesurgem as maiores dúvidas, pois comosistema de prestação integrada de cuida-dos de saúde, que abrange mais de umadezena de milhar de utentes, a sua orga-nização complexa gera por vezes dúvidasque compete desfazer e esclarecer.

SBC comemora 80 anossob o signo do sindicato único

Muitos associados,dirigentes e convidados

marcaram presençana sessão solene

de aniversário, dominadapelo tema na ordem

do dia dos bancários:o sindicato e o SAMS

únicos, de âmbitonacional

Com uma sessão solene à qual com-pareceram mais de duzentos as-sociados, grande número de anti-

gos dirigentes desta casa e muitos con-vidados, quer da área do sindicalismodemocrático quer da sociedade civil, oSindicato dos Bancários do Centro come-morou a provecta idade de 80 anos, numambiente de grande exaltação e confra-ternização, e que foi dominado por umtema que está na ordem do dia dosbancários em geral e dos seus dirigentesem particular: o tema do sindicato e doSAMS únicos, de âmbito nacional.

Com exceção do líder do SBN, todos osdirigentes da Febase presentes aborda-ram este tema e, em uníssono, afirmaramque é um passo em frente que o setorfinanceiro da banca e dos seguros tem quedar, face à debilidade atual dos sindicatos,confrontados, por um lado, com a diminui-ção de trabalhadores e, por outro, com asfusões a tornarem os bancos cada vezmaiores e a exercerem a ditadura do di-nheiro e da economia sem rosto, subme-tendo a política aos seus ditames.

Marcaram presença Manuel Macha-do, presidente da Câmara de Coimbrae da Associação Nacional de Municípios,Jorge Mesquita, representante do Ce-fosap, e Manuel da Silva, da EscolaAgostinho Roseta, bem como todos osSindicatos da Febase na pessoa dosseus presidentes e uma forte delega-ção da UGT, com Lucinda Dâmaso eCarlos Silva à cabeça.

De assinalar igualmente a presençade antigos dirigentes desta casa, nome-adamente Francisco Osório Gomes, Joa-quim Correia Moniz, Teles Grilo e Mário

Figueira, que emprestaram grande dig-nidade a esta comemoração, significan-do, também, que antigas divergênciasse encontram debeladas e que a unidadeé hoje em dia uma realidade.

Unidade sindical

Os presidentes da Mesa, do SBC e daFebase, respetivamente Freitas Si-mões, Carlos Silva e Aníbal Ribeiro,

tudo gente da casa, assinalaram comgrande veemência nas suas interven-ções a necessidade imperiosa da cons-tituição de um SAMS e de um Sindicatode âmbito nacional, para o qual aduzi-ram diversos argumentos, como opoder negocial de 65 mil trabalhado-res em confronto com a unidade dosbancos e as fusões no setor que têmprovocado uma sangria muito difícilde estancar, as mais-valias adminis-trativas e a unificação nacional doSAMS.

Outra ideia-força que surgiu neste en-contro, defendida por diversos atores sin-dicais presentes, foi a possibilidade deenfrentar a APB, com mais veemência ecom recurso às últimas armas que ostrabalhadores têm em seu poder se a issoforem obrigados, devido à falta de enten-dimento e à ausência de boa-fé negocialdo ACT, com as negociações a arrasta-rem-se há mais de dois anos e semresultados à vista.

Atualização salarial

Houve ainda da parte dos mesmosatores sindicais uma chamada de aten-ção para o facto de há quase cinco anosos bancários verem os seus rendimen-tos delapidados pela não atualizaçãodos seus salários.

A festa iria terminar com os presen-tes a entoarem os parabéns pelos 80anos celebrados, festa que serviu tam-bém para, através das diversas inter-venções, se fazer uma grande "via-gem" ao momento sindical que atra-vessamos.

Os dirigentes dos Sindicatos da Febase juntaram-se aos do SBC na comemoração

Carlos Silva durante a sua intervenção

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Notícias l Bancários Norte Notícias l Bancários NorteBancários N

orteTEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

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A indefinição que se viveno Banif está a causar um

clima de tensão, medo,angústia e de insegurança

permanente entre ostrabalhadores. A Comissão

Sindical acompanhaa situação com muita

atenção, monitorizandoe aconselhando os bancários

da instituição

Correia da Silva (coordenador), Cor-reia Lopes e Ivone Campos são osmembros da Comissão Sindical de

Empresa (norte) do Banif. Em entrevis-ta à Revista Febase deram conta dasprincipais preocupações que afetam ostrabalhadores, no quotidiano que sevive naquele banco.

R – Pois, talvez agora, com a even-tual constituição de uma nova admi-nistração, o panorama possa benefi-ciar de alguma modificação. É que obanco será obrigado a um aumento decapital – porque até já tinha sido obriga-do a fazê-lo e acabou por não o concre-tizar. O problema é que o documento daDGComp prevê que o Banif seja redu-zido a um banco regional para a Madei-ra e os Açores, não deixando clara nemtransparente a situação que sobrarápara o continente.

Encerramento de balcões

P – E então é aí que reside o cerne dasvossas principais preocupações…

R – Digamos que a nossa grande pre-ocupação é o contínuo encerramentode balcões, que não sabemos onde pa-rará, situação relativamente à qual nãotemos obtido resposta por parte daFebase que, neste campo como nosoutros, nos tem ignorado. Ou seja, estasituação faz-nos lembrar o nome dofilme "Quo vadis?". Nem nós nem os

R – Vivem num clima de tensão, demedo, de angústia e de insegurançapermanente. Estão sempre à espera queo telefone toque para serem confronta-dos com qualquer problema que lhes váafetar radicalmente a sua vida pessoal.É uma pressão verdadeiramente indes-critível, ainda que haja uma ótima rela-ção com a Direção dos Recursos Huma-nos, que é de salientar e de louvar. Aliás,temos tido reuniões com o respetivoresponsável máximo, Dr. Sérgio Guima-rães Baptista, que nos tem transmitido,de forma transparente e verdadeira, estasituação, e a quem nós, por nossa vez,também temos colocado frontalmente

R – Quer aos mais diversos problemasresultantes da situação que acabámosde descrever, quer à desmontagem damultiplicidade de boatos que no nossobanco são uma constante diária, preci-samente devido à referida imprevisibi-lidade dos acontecimentos que se têmvindo a registar, com maior incidênciadesde 2012, altura em que foram encer-rados nove balcões no norte; depois,em 2013, foram mais 13; e no anopassado outros 27. Ou seja, entre 2010e 2014 já foram fechados no norte 56balcões, num universo de 165.

P – Com despedimentos?R – Não há despedimentos no Banif.

O que tem havido é rescisões por mútuoacordo e, quando uma agência é encer-rada, os colegas são transferidos paraoutra, mas com a indicação de seremsupranumerários…

Supranumerários

P – No vosso entendimento "supranume-rário" é uma coisa boa ou uma coisa má?

R – Por um lado é positivo, porquegarante a empregabilidade a quem

restantes trabalhadores do Banif sabe-mos onde é que isto irá parar.

P – Querem com isso dizer que sãomais obrigados a fazer do vosso traba-lho uma "navegação à vista" do queplanificar uma estratégia?

R – Claro! Repare que o plano de reestru-turação final ainda não foi aprovado pelaDGComp e teme-se que a política contem-plada no plano de reestruturação inicial –previsto para 2013/2017 –, ou seja, a divi-são em retalho para a Madeira e para osAçores e em private e em affluent para ocontinente, não garanta a viabilidade dobanco no continente. Esta é a grande preo-cupação dos colegas, que continuam apensar quando é que chega a sua vez de teruma má notícia. É que isto chega ao cúmulode já estarem a encerrar agências perfeita-mente rentáveis. Inclusive já existe umdistrito na área geográfica do SBN ondedesapareceram todos os balcões do Banif.

P – Em consequência dessa situa-ção, qual é o sentimento que reco-lhem dos trabalhadores do banco?

Comissão Sindical de Empresa (norte) do Banif

Muitas preocupações para muitas com plicaçõesP – Os três trabalham em conjunto, ou

têm pelouros definidos atribuídos àação específica de cada um?

R – Trabalhamos em grupo. É certoque existe um regulamento internoque especifica os pelouros correspon-dentes a cada um, mas todas as deci-sões são colegiais. E é gratificantepodermos dizer que todas as decisõestêm sido tomadas por unanimidade.

P – Se vos fosse pedido para defini-rem em duas palavras qual a atualsituação no banco, quais as que utiliza-riam?

R – Extremamente complicada. Veja-mos: o banco está sob a "proteção"(escreva lá isto entre aspas) da DG-Comp, que o mesmo é dizer, da troika.Há um acordo que tem vindo a sofrerconsecutivas modificações e que nestaaltura já vai na sétima versão. E não sedivisa, a breve trecho, uma decisãofinal.

P – Mas vai haver uma assembleiageral neste mês de março…

Da direita para a esquerda: IvoneCampos, Correia Lopes e Correiada Silva (coordenador) da CSEdo Banif e José António Gonçalves(coordenador) e João Silva,do pelouro da Dinamização Sindicale Sindicalização do SBN

os anseios, as preocupações e as inquie-tações dos nossos colegas.

P – Qual é, neste caso, a forma prefe-rencial de interação com esses mes-mos colegas?

R – Dada a total imprevisibilidade dasdecisões da administração no que tocaao encerramento de agências, fomosobrigados, contra a nossa vontade, asuspender temporariamente as visitasas balcões, como era nosso hábito enossa obrigação, porque chegámos a ira agências transmitir uma mensagemde esperança e alguns dias depois viruma ordem da administração para en-cerrar o balcão que tínhamos visitadoanteriormente. Assim não! Não quere-mos fazer parte do problema, mas simda solução. No entanto, todos os cole-gas estão a ser por nós monitorizadose aconselhados.

Imprevisibilidade

P – A que situações concretas é que sereferem?

aceita essa figura. Mas por outro énegativo, porque se trata de uma figurade estilo que faz com que um trabalha-dor nunca saiba como lidar com isso. Ouseja: pertence aos quadros, mas podeser vítima de uma mobilidade que ofaça de bola de pingue-pongue de bal-cão para balcão, destruindo completa-mente a sua vida familiar. Muito apropósito, apelamos aqui para que aFebase definitivamente esclareça ostrabalhadores o que significa hoje nabanca ser supranumerário, uma vezque todos os dias somos confrontadoscom essa pergunta por parte de varia-díssimos colegas, que são permanen-temente confrontados com tal proble-ma, aliás transversal a todo o setor.

P – Podemos concluir a entrevista,com a noção de que ficam plasmadas asprincipais preocupações dos trabalha-dores do Banif…

R – Só mais uma: torna-se extrema-mente importante que se ultime a ne-gociação do acordo coletivo de traba-lho do setor bancário…

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Notícias l Bancários Norte

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

TEXTO: PEDRO GABRIEL

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O cariz de luta do Diado Trabalhador será

marcado pelasintervenções de natureza

político-sindical

OSindicato dos Bancários do Nor-te apela a uma mobilização ma-ciça de todos os associados nas

comemorações do 1.º de maio promo-vidas pela UGT, que este ano vão reali-zar-se a nível nacional no Porto.

Com efeito, trata-se de um momentohistórico para a vida do movimentosindical português, uma vez que nuncaa cidade do Porto tinha sido escolhidapara acolher as celebrações organiza-das pela UGT para assinalar a efeméri-de de maior relevância para os traba-lhadores de todo o mundo.

Os jardins do Palácio de Cristal –espaço, aliás, com largas tradições – foio local escolhido para receber os mani-festantes, que o SBN espera que sefaçam representar num número quetraduza de forma inequivocamente sig-nificativa a luta de todos os trabalhado-res (designadamente do setor bancá-rio) pela defesa dos seus direitos, quese encontram seriamente ameaçadospelas contingências bem conhecidas,bem como pela garantia dos seus pos-tos de trabalho.

Jornada de festa e luta

De resto, estas preocupações, se bemque particularmente pertinentes no queao nosso País diz respeito, acabam porser extensivas a toda a Europa, pelo queas manifestações do 1.º de maio noconjunto do espaço da União vão fazerrepercutir as mesmas problemáticas,pelo que também nesta circunstânciaos trabalhadores bancários da UE seencontrarão a falar em uníssono.

O SBN sublinha que o 1.º de maio daUGT de 2015 no Porto será uma jornadade festa, de luta, mas que encerrarátambém uma relevante componentecívica e cultural.

O cariz de luta ficará marcado pelasintervenções de natureza político-sin-dical, às 15h30. A festa será animada,

das 13h00 às 15h00, pelas atuações daBanda Filarmónica do Crato, de umrancho filarmónico da região do Porto epor animação de rua com bombos como Grupo de Caretos de Bragança e comalunos da Escola Profissional AgostinhoRoseta. Às 17h00, depois das interven-ções político-sindicais, voltará a festa,animada por um conhecido artista.

Para a história ficam muitas come-morações locais do 1.º de maio da UGTno Porto, para além das cerimónias quese realizavam em Lisboa, com o objeti-vo de conseguirem conglomerar os tra-balhadores e respetivos agregados fa-miliares num ambiente que tambémera de festa e de luta e que, no quetocava à animação, tiveram semprecomo cabeça de cartaz conhecidos no-mes da vida artística nacional.

SBN apela a grande mobilizaçãopara o 1.º de maio da UGT no Porto

Os jardins do Palácio deCristal são o local eleito para

as comemorações de 2015SAMS

Surto de gripefez aumentarprocura

O recente surto de gripe fezaumentar a procura por assistênciano SAMS. Os serviços responderamadequadamente e conseguirammanter o tempo de espera numnível baixo. O pico da doença foi jáultrapassado, mas ainda assim énecessário estar atento

Omais recente surto de gripe queassolou o País atacou em força,tendo-se registado um ligeiro

aumento face ao habitual, pois houveuma incidência de casos com umaestirpe viral em mutação que resul-taram em casos sintomáticos.

Este aumento fez disparar a procurados serviços do SAMS, quer a nível doAtendimento Permanente, quer a nívelde consultas motivadas por infeçõesvirais, nomeadamente de síndromesgripais.

Segundo o Diretor Clínico, FaustinoFerreira, o surto gripal encontra-se jána sua fase final, ainda que não seja dedescartar o aparecimento de casosesporádicos.

É possível fazer um balanço positivoda resposta dada pelos serviços. "Nestaaltura do ano reforçamos sempre asequipas. Sendo nossa preocupaçãocorresponder com elevados níveis àprocura dos nossos beneficiários e uten-tes, nalguns dias chegámos a duplicar onúmero de médicos de serviço nos Aten-dimentos Permanentes, quer do CentroClínico quer do Hospital", explicou Faus-tino Ferreira, referindo ainda que foipossível manter o tempo de espera numnível baixo.

Vacina é a melhor prevenção

Os principais grupos de risco que sedirigiram ao SAMS continuaram a seros idosos e as crianças. Os doentescom patologias prévias, como diabe-tes, doenças pulmonares crónicas obs-trutivas ou com imunodeficiências fa-zem igualmente parte do grupo derisco, uma vez que são particularmen-te predispostos a alojarem o vírus,bem como a sofrerem complicaçõesderivadas dessa infeção.

Faustino Ferreira não tem dúvidas deque o primeiro passo para a prevençãodo surto da gripe deve ser dado com arespetiva vacinação. "É fundamentalpara minimizar o risco de complica-ções. O SAMS disponibiliza, através deum protocolo com a Direcção Geral deSaúde e em articulação com a Adminis-tração Regional de Saúde de Lisboa eVale do Tejo, vacinação gratuita aosseus beneficiários considerados de ris-co, sendo que todas as pessoas acimados 65 anos estão nesse grupo".

Mas estarão as vacinas de hoje pre-paradas para contrariar um surto cadavez mais perigoso e ameaçador? "Avacina da gripe é adaptada anualmen-te para as estirpes que se preveem

poderem estar mais ativas em cadaano, seguindo as orientações da Orga-nização Mundial de Saúde. Habitual-mente são vacinas que protegem paratrês estirpes, mas já se prevê quevenham a ser disponibilizadas nos pró-ximos anos vacinas com quatro estir-pes, como forma de garantir uma maiorcobertura. A vacinação aumenta sem-pre a proteção e continua a ser a prin-cipal arma das populações contra agripe", explicou Faustino Ferreira.

Como em anos anteriores, espera-se uma grande adesão de trabalhadores

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Sul e

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Notícias l Bancários Sul e IlhasTEXTO: PEDRO GABRIELTEXTO: PEDRO GABRIEL

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Futsal

Jogo frenético deixa tudo igual na frenteSantander Totta e Banco BPI

protagonizaram umaexcelente partida

e continuam a repartira liderança da classificação

A3.ª ronda do 39.º Torneio Inter-bancário de Futsal teve lugar nodia 20 de fevereiro, como habitual-

mente no pavilhão da CGD, em Lisboa.A expectativa para o jogo entre GD

Santander Totta e Banco BPI era eleva-da, uma vez que ambas se encontravamem igualdade pontual. Quem vencessepassaria a liderar de forma isolada.

E quem apostou as fichas neste jogonão saiu defraudado. Na 1.ª parte, oBanco BPI entrou mais forte, chegandoa uma vantagem de dois golos, aponta-dos por Mário Lourenço e Luís Pratas,aos 7' e 9', respetivamente. A estavantagem respondeu o Santander Tot-ta, igualando a contenda por Luís Xavier,aos 16', e Pedro Palha, um minuto de-pois. Ao intervalo, o empate persistiano marcador.

Ao contrário da 1.ª parte, o SantanderTotta entrou melhor na etapa comple-

mentar, com o golo de Ricardo Xavier,logo aos 3'. Deu a volta o Banco BPI, comLuís Pratas a bisar aos 8' e Nélson Secoa fazer o gosto ao pé, aos 14'. Corria ominuto 17' quando Ivo Lima fixou oresultado final em 4-4.

Na tabela classificativa, as duas equi-pas seguem com 8 pontos, tendo o San-tander vantagem nos golos marcados.

Team Foot Activobank no encalço

Quem beneficiou do empate dos líde-res foi a Team Foot Activobank (Millen-nium bcp), que venceu a Fapoc (Millen-

nium bcp), por 3-2. A Team Foot chegoua estar a vencer por 3-0 mas permitiuque a Fapoc ainda assustasse, com doisgolos nos minutos finais da partida,insuficientes no entanto para empatar.

No último jogo desta jornada, os SSMontepio Geral venceram a CM BCPFoot a Mill (Millennium bcp), por 2-0,com um bis de David Lopes.

A Team Foot Activobank continua naperseguição aos líderes, contabilizando7 pontos, enquanto os SS Montepio Ge-ral seguem em quarto, com 6. Fapoc eFoot a Mill ocupam as últimas posições,com 4 e 3 pontos, respetivamente.

King

Pinto Pedrolidera geralA vitória na 4.ª jornada

pertenceu a António Moço masna classificação geral

é o concorrente da CGDquem comanda

Nova ronda do 9.º Campeonato In-terbancário de King realizou-se nodia 14 de fevereiro, desta feita

com a participação de 19 jogadores. Estenúmero obrigou a que ficassem isentos

três jogadores em cada jogo, tendo osmesmos recebido 3.5 pontos.

António Moço (Banco BPI) foi o vence-dor, com 19.5 pontos, seguido de CarlosRodrigues (Millennium bcp), com 18.5.Na terceira posição ficaram Pinto Pedro(CGD) e António Marques (Millenniumbcp), ambos com 18 pontos.

Esta prestação de Pinto Pedro fez comque saltasse para a liderança da classifica-ção geral, com 70 pontos. Seguem-se trêsconcorrentes em igualdade pontual. São

eles Caetano Moço (Unicre), Américo Pe-reira (Millennium bcp) e António Moço.Ambos contabilizam 68.5 pontos. AntónioRafael (Santander Totta) é quinto, com 65.

Apuramento regionalcom novas regras

Nesta jornada foi dado a conhecer anova metodologia de apuramento para afinal regional.

Nos apuramentos em Lisboa e delega-ções do Continente, o 1.º classificado ficaautomaticamente apurado para a finalregional.

Para apuramento dos restantes foramcriados dois grupos:

Castelo Branco e Portalegre, com apresença de oito jogadores, sendo quatroos apurados; Lisboa e Setúbal, com apresença de 12 jogadores, sendo seis osapurados.

A final regional contará com um totalde 16 jogadores.

O confronto entre Santander e BPI foi renhido

Convívio com Arte

A história por detrás do centro das decisõesOs sócios do SBSI foram

conhecer a históriae o espólio do Palácio

de São Bento, onde a salado Parlamento motivou

um interesse especial

Acuriosidade de conhecer o Palá-cio de São Bento levou 30 parti-cipantes a marcarem presença

em mais uma iniciativa "Convívio comArte", na tarde do dia 28 de fevereiro.Dadas as regras da própria visita, foramdivididos em dois grupos de 15 pessoas.

Acompanhados pela guia Carla Mou-rão, que procurou sempre explicar to-dos os pormenores e responder às dú-vidas colocadas, os participantes co-meçaram a visita pelo claustro, ficandoa conhecer as origens do Palácio, cujaprimeira pedra foi lançada no ano de1595 e que se pretendia ser o maiormonumento religioso da Península Ibé-rica, com o objetivo de albergar umacomunidade religiosa em crescimento.

Com a Revolução Liberal de 1820 e aextinção das ordens religiosas em 1834,a vida conventual que até então era alipraticada sofreu uma grande derroca-da, passando o edifício a ser afeto àinstalação do Palácio das Cortes. O es-paço religioso dava lugar ao político,com a instalação de duas câmaras: ados Pares e a dos Deputados.

Satisfação era o sentimento mais comumno final da visita, com os participantes amostrarem-se surpreendidos com o vastoespólio do Palácio e contentes por terem tidoa oportunidade de conhecer a sua origem.

Lurdes Duarte é bancária há 35 anos e nãoimaginava que houvesse tanta história pordetrás de um espaço que sempre se habituoua ver. "A minha mãe chamava-lhe 'as Cortes'e eu pensava que era apenas uma sala ondese reuniam os deputados. Nunca pensei quetivesse esta riqueza. Quando entrei vi logoque tinha aspeto de ter sido um convento",explicou, apelando a que as iniciativas do"Convívio com Arte" continuem.

Com ela trouxe uma amiga, Sara Ferreira,que entrou no Parlamento pela primeira vez.A experiência não podia ter corrido melhor."Achei muito interessante esta visita. Comosou muito ligada à parte histórica gosteimuito. Não estava à espera de encontrar esteespólio e desconhecia a história do edifício.Quero voltar para ver com mais tempo".

Interior rico

Feita a explicação sobre a origem doPalácio, foi altura de passar para o seuinterior, onde o átrio é dos poucos espa-ços que guardam memórias do antigoConvento de São Bento. Uma imponenteestátua de D. Carlos I pode ser vistajuntamente com um sino pertencente àtorre da igreja do Convento. O pavimentooriginal, de mármore rosa e branco, foiuma constante ao longo do percurso.

Depois de subirem a escadaria nobre,os participantes tiveram oportunidadede apreciar e conhecer a história daspinturas murais que se encontram agru-padas em dois trípticos.

A riqueza do espólio do Palácio con-tinuou a ser visto ao longo da visita,desde os tronos antigos da altura da

realeza e do clero passando pelas pin-turas presentes no Salão Nobre, queexaltam os feitos dos Descobrimentos.

As cadeiras do poder

O Palácio de São Bento alberga aAssembleia da República, pelo que asala dos Passos Perdidos e o Hemicicloforam dos pontos de maior interesse.Os participantes sentaram-se nas ca-deiras dos deputados e tiraram foto-grafias enquanto assistiam à explica-ção sobre os pormenores da sala, deonde se destacam as figuras de gessoque personificam a Constituição, a Di-plomacia, a Lei, a Jurisprudência, a Jus-tiça e a Eloquência.

A visita, que durou duas horas, termi-nou na biblioteca do Parlamento e naloja, onde alguns participantes adquiri-ram lembranças desta visita.

O sucesso das iniciativas "Convíviocom Arte" tem cativado cada vez maissócios. A próxima realiza-se no Museuda Marinha, em Belém, no dia 28 demarço. Inscreva-se já!

Os participantes sentaram-se nas cadeiras dos deputados

Participantes satisfeitos

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STAS faz visitas a seguradorasO contacto direto com

os associados tem sido muitopositivo e vai continuar.A iniciativa visa prestarinformação e esclarecer

dúvidas

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

Fruto das recentes alterações contra-tuais para a atividade seguradora,em que o Sindicato agiu com uma

responsável lucidez e competência, con-tribuindo para o encontro de melhoressoluções para o CCT do setor, entende-mos não nos limitarmos à informação àdistância. Em boa hora enveredámos poruma fórmula de estreitamento das rela-ções com os trabalhadores, traduzidadesde já com algumas deslocações aseguradoras, duas vezes por semana,aproveitando o momento da sua entradanas empresas no período da manhã.

Visamos o esclarecimento dos aspetosmais importantes das cláusulas aponta-das nos documentos elaborados para oefeito e distribuídos naquela ocasião,com dados exemplificativos, tais como:Plano Individual de Reforma (o que é?quem o financia? quando o receberá? e secessar o vínculo contratual? quando seinicia a contribuição do empregador?percentagens e valores da contribuição);Apoio Escolar (condições para a compar-ticipação); Prémio de Permanência (otrabalhador terá direito quando e como?).

Balanço positivo

Nas seguradoras já visitadas – Liberty,Açoreana (dois edifícios), Cosec, Tranqui-lidade, Fidelidade (três edifícios) e Zurich– podemos desde já aferir o agradávelacolhimento a esta nossa ação, propi-ciando também a oportunidade para oscolegas nos abordarem com algumasquestões e dúvidas que prontamente fo-ram esclarecidas.

O balanço é francamente positivo no quese reverte esta iniciativa e que se iráprolongar, naturalmente, por mais algumtempo, junto das restantes empresas, con-tribuindo sobremaneira para cimentar asvantagens desta ação que em bom tempofoi empreendida.

Esta iniciativa, além do mais, tem ad-jacente uma outra intenção: somentebem informados os trabalhadores pode-rão conhecer convenientemente os seusdireitos.

*Vice-Presidente do STAS

A Zurich é uma das empresas já visitadas

Em assembleia

Delegados sindicais debatem alterações ao CCTO contrato coletivo dominoua reunião, lembrando-se que

este ano começam novasnegociações

Uma Assembleia de delegados sin-dicais realizou-se no dia 29 de ja-neiro, ao abrigo do art.º 22.º, alí-

nea a) dos Estatutos.Nesta assembleia focaram-se temas

decorrentes das últimas alterações doCCT, comparando-se com as dificuldadesverificadas no contexto de negociação deoutros setores, nomeadamente na banca.Também se informou que ainda este anocomeçarão novas negociações visando aanálise do atual CCT, cujas alterações se-rão para vigorar no ano seguinte.

Por sua vez, a Direção referiu a impor-tância de que os delegados sindicais, nasrespetivas empresas, contrariem a opi-nião dos colegas não sindicalizados, por-que pelo facto de beneficiarem do estipu-lado no CCT, poderão ter dissabores emtermos judiciais, se algum caso laboralfor levado à barra dos tribunais.

A Assembleia foi também esclarecidaquanto a duas cláusulas do CCT: o PlanoIndividual de Reforma e o Prémio dePermanência, o que aliás viria a poten-ciar um animado debate.

Seguidamente abordaram-se algumasquestões laborais que se verificam nodia-a-dia e ao mesmo tempo o facto dealguns trabalhadores não sindicalizadosque, ao serem contemplados com aque-las situações, de imediato contactam oSindicato, através dos serviços jurídicospara obterem o respetivo apoio.

Novo modelo de informação

Chegou então a vez de se apresentar onovo modelo de informação aos associa-

dos e a forma dos futuros contactos,tendo-se ainda sensibilizado os presen-tes para os cursos de formação que estãoprevistos para este ano.

Seguiram-se outras informações, no-meadamente referentes ao decreto-leique desbloqueia parcialmente o acessoàs reformas antecipadas, tendo sido dis-tribuído um parecer dos serviços jurídi-cos para servir de apoio aos esclareci-mentos solicitados aos delegados sindi-cais por colegas que eventualmente es-tejam interessados naquela situação.

Foi apresentada a intenção da Direção,entretanto iniciada, de deslocação àsseguradoras para distribuição de infor-mação quanto às alterações recentes doCCT. Para o efeito foi também pedida acolaboração dos delegados sindicais.

A finalizar, o presidente da Mesa, por-que recentemente rescindiu o seu con-trato de trabalho com a sua empresa enão podendo, por isso mesmo, continuara exercer as funções, apresentou as suasdespedidas. A Direção endereçou-lhe osagradecimentos pela colaboração presta-da ao longo do seu mandato e desejou-lhefelicidades para a sua nova vida.

As reuniões com delegados sindicaissão frequentes

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TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

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Clube CHAPAS sonha com museu

Febase – O que é o Clube CHAPAS?Vítor Alegria – O Clube História e Acervo

Português da Atividade Seguradora, abre-viadamente designado por Clube CHA-PAS, é uma associação sem fins lucrati-vos fundada por duas mãos cheias deprofissionais de seguros, em 3 de marçode 2011, e cuja missão é receber, cuidare divulgar a memória material e imate-rial da indústria seguradora.

P – Como surge a ideia do Clube?R – Em 2009 foi publicado o livro "CHA-

PAS – Heráldica das Seguradoras" cujoprotótipo inicial visava, unicamente, darvisibilidade à coleção das chapas de se-guro de incêndio (e de automóvel) detidapelo STAS – Sindicato dos Trabalhadoresda Atividade Seguradora. Entretanto, osautores e fotógrafo desta publicação,todos eles profissionais de seguros, co-nhecendo a existência de outras coleçõesde particulares nacionais repensaram omodelo inicial e ampliaram o número depáginas e complementaram com refe-rências históricas das entidades segura-doras.

Com um espólio variadode mais de três mil peças,o Clube História e Acervo

Português da AtividadeSeguradora é o fiel

depositário da memóriade trabalhadores

e empresas do setor. VítorAlegria, da direção, recorda

como nasceu a associaçãoe revela projetos futuros

Mas durante o processo de pesquisa eplanificação do livro foram realizadoscontactos com profissionais de segurosno ativo e outros mais seniores, os quaisprestaram informações inestimáveis,mas também lembraram a necessidadede materializar a ideia antiga: um Museuda atividade seguradora.

Foram muitos os Colegas que, conscien-tes do desinteresse por parte dos seusfamiliares diretos em guardar "aquelaapólice" da sua seguradora, a fotografia,a tarifa com que simulou tantos prémios,o alfinete de lapela dos 25 anos ou amedalha com o símbolo da sua segurado-ra, entre muitos outros géneros… pedi-ram a criação de associação sem finslucrativos que de forma condigna e dura-doura tratem deste tipo de acervo.

Bastou juntar dez Colegas com gostopela sua profissão, convicta paixão pelotema, afirmativo espírito dinâmico e foipossível concretizar a aspiração de mi-lhares de profissionais de várias gera-ções: constituir a associação sem finslucrativos – Clube História e Acervo Por-tuguês da Actividade Seguradora.

Apoio de todos

P – Que recetividade tem encontradopor parte das entidades ligadas à indús-tria seguradora e por parte dos trabalha-dores de seguros?

R – Desde a realização do primeiroevento que, além do inequívoco e inesti-mável apoio dos profissionais de segu-ros, houve uma acreditação do projetojunto das várias entidades da indústriaseguradora, e não só.

O Instituto de Seguros de Portugal (ISP),atualmente Autoridade de Supervisão deSeguros e Fundos de Pensões (ASF), fez-serepresentar na maioria dos eventos rea-lizados em Lisboa pelo seu presidente, oProf. Dr. José Almaça, confirmando aimportância do papel do Clube CHAPAS nocontexto do mercado segurador.

A Associação Portuguesa de Segurado-res (APS) foi anfitriã, no seu auditório, nascomemorações do primeiro aniversáriodo Clube CHAPAS, consagrando o apoio doDr. Pedro Seixas Vale. Durante o mês desetembro do ano passado a APS e aCompanhia de Seguros Tranquilidadeapoiaram a exposição "Hoje seriam 80anos – Grémio dos Seguradores", realiza-do Espaço Arte Tranquilidade.

Os seguradores Fidelidade, Groupamae Lusitania foram entidades que acolhe-ram exposições temáticas nas suas se-des. Outra das iniciativas tem sido aparticipação do Clube CHAPAS em even-tos realizados pelos Grupos desportivose culturais das Seguradoras, nomeada-mente do GDC da Fidelidade e do CCD daTranquilidade.

O Clube CHAPAS realizou, ainda, umaexposição no edifício sede da Caixa Cen-tral de Crédito Agrícola Mútuo, onde crioua ponte entre os "seguros e a banca".

Pelo tradicional uso, entre os anos 20e 60 do século passado, das chapas deseguro automóvel fixadas ao para-cho-ques ou à grelha do radiador das viaturas,tal facto foi mote para uma exposiçãoconjunta do Clube CHAPAS com a Santo-gal Automóveis SA.

Para maior notoriedade e conhecimentode outras experiências, nestes poucos anosde existência a direção do Clube tem vindoa estabelecer contactos com entidadeshomólogas estrangeiras, nomeadamentena Alemanha, EUA, Inglaterra e Itália.

Vários têm sidos os colegas, com for-mação em História e em outras áreas doconhecimento, que têm ajudado na cata-logação do acervo e se disponibilizampara colaborarem na organização doMuseu da Atividade Seguradora by ClubeCHAPAS, que queremos alcançar.

Acervo importante

P – Qual a dimensão e importância doacervo que o Clube CHAPAS possui nestemomento?

R – O acervo ultrapassa já as 3000unidades, entre documentos em papel

antigo, fotografia, livros, material pu-blicitário (desde o reclamo luminosoexterior até à simples esferográfica),carimbos, selos branco e de lacre, cha-pas de seguros de incêndio e de auto-móvel, medalhas, troféus, alfinetes delapela, tarifas, manuais de formação etantos outros. Quanto à importância doacervo temos de referir que estamosem presença de um potencial de infor-mação e estudo para várias áreas egerações. Por último, sublinho que todoo património foi ofertado por profissio-nais de seguros e pelos familiares da-queles que já não estão entre nós.

P – Quais as principais dificuldadescom que o Clube CHAPAS se tem depa-rado?

R – A direção do Clube CHAPAS estáconsciente que a associação sem finslucrativos "nasceu" numa época econó-mica e financeiramente menos favorá-vel. Os programas de financiamento deprojetos a concurso e os de responsabi-lidade social dos Seguradores foramredefinidos, alguns suspensos, o queacarretou menor acessibilidade a meiosfinanceiros e não financeiros para levarpor diante os objetivos do Clube, preju-dicando a cooperação mais célere con-nosco.

Espaço ambicionado

P – Projetos ou objetivos futuros doClube CHAPAS?

R – Conforme já deixei perceber, oobjetivo primeiro do Clube CHAPAS écontinuar a recolher documentos e ob-jetos que ilustram a história dos segu-ros, cuidar e dá-lo a conhecer. Contudo,noutro objetivo é ambicionada a obten-ção de um espaço para o Museu, deforma desonerada, condigna e dura-doura. Este espaço museológico deverá

Até à concretização do espaço físicodo Museu da Atividade Seguradora byClube CHAPAS, têm sido realizadas ex-posições temáticas e comemorativas.

Ao nível do espaço virtual, o Clubeestá no facebook com a página "chapasclube chapas", onde diariamente sãocolocadas fotos do espólio. O sitewww.clubechapas.pt é outro meio deinformação.

E na sede do STAS estão expostasalgumas das peças do acervo.

ter capacidade para três áreas: a mu-seológica, a bibliotecária e um auditó-rio para atrair um público-alvo, a partirdos seis anos (escolas ou acompanha-das por pais), estudantes (nacionais eestrangeiros) em trabalhos de investi-gação, colegas e seus familiares, bemcomo colecionistas e todo o restantepúblico que se consiga alcançar.

Outro dos objetivos estratégicos é aaquisição de um programa Software dotipo: "Sistema Integrado de Gestão deAcervo do museu e biblioteca" que per-mita a sua catalogação, parametriza-ção e consulta virtual sobre todo oacervo doado ao Clube CHAPAS.

É na dinamização do espaço do Museuque estão sediados os projetos. E temosmuitas ideias, desde ações para estí-mulo de competências para crianças deensino especial, descobrir peças noMuseu (sem limite de idade), criaçãode histórias de banda desenhada, re-pórter por um dia, promover conferên-cias e workshops temáticos, incentivartrabalhos de pesquisa de seguros (ebanca), assim como o lançamento depublicações no seu espaço multiusos.

E muitas outras ideias colhidas pelaexperiência, memória e imaginação,que inovem e dinamizem o Museu.

P – Que papel pode ter a Febasenesses projetos ou objetivos futuros?

R – A Febase pode trazer mais-valiasao Clube CHAPAS, desde logo na suadivulgação junto dos profissionais deseguros, mas também dos bancários.

Nas últimas décadas, banca e segu-ros têm partilhado sinergias, logo terãomemórias partilhadas e, quem sabe,inspirar a criação de um Museu da Ati-vidade Bancária.

A Febase e o Clube CHAPAS poderãonum futuro próximo desenvolver em par-ceria atividades de âmbito cultural.

Vítor Alegria, grande impulsionadordo Clube

Seguradora EuropeaChapas de seguros automóvel Título de 5 ações de 1858 Bilhete de elétrico com publicidadede A Mundial

Reclamo da seguradora Confiançaem vidro pintado

Onde ver o espólio

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