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17/07/2014
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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA - CIÊNCIA EM PAUTA / SECTI-AM
Capes selecionará projetos de desenvolvimento socioeconômico aliados a pesquisa científica e tecnológica
Estudantes do Acre podem interagir com a reunião da SBPC por meio de aplicativo
3º Fórum RNP recebe inscrições
Hipertensão pode proteger contra Alzheimer?
Manufatrons serão as estrelas das fábricas do futuro
Línguas indígenas amazônicas em destaque
Cientistas pedem prisão para colegas envolvidos com fraudes em pesquisas
Telescópios investigam relação entre ciclo do Sol e clima
Laboratório brasileiro vai exportar tecnologia
Fórum Nacional do CONFAP no Acre começa nesta segunda-feira
Povos pré-históricos conheciam as propriedades medicinais das plantas
Cientistas tentam desenvolver mais métodos para o implante de coração
Energia de Portugal oferece 20 mil Euros para a melhor Startup
Tecnologia social em debate
Pesquisa sobre mercúrio é incentivada pelo Amazonas
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Capes selecionará projetos de desenvolvimento socioeconômico aliados a pesquisa científica e tecnológica
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou chamada pública que seleciona
projetos para o Programa de Apoio à Pós-Graduação e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Desenvolvimento
Socioeconômico no Brasil (PGPSE). Os interessados devem se inscrever até o dia 17 de outubro.
O objetivo do edital é fomentar a cooperação entre instituições civis, para a implementação de projetos voltados
ao ensino, à pós-graduação e ao desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas, além da formação de recursos
humanos qualificados. Os aprovados terão seus itens financiados para missões de estudo, de pesquisa e docência.
Os projetos devem ser na área de Desenvolvimento Socioeconômico no Brasil, em um processo integral que
combine, simultaneamente, o crescimento sustentável e a transformação das bases técnicas do sistema produtivo com a
crescente redução das desigualdades sociais, aperfeiçoamento da democracia e a afirmação dos interesses estratégicos
nacionais e da soberania do Estado brasileiro em todas as suas dimensões, de acordo com o texto do edital.
O resultado final está previsto para ser divulgado em fevereiro de 2015 e a implementação dos auxílios a partir de
março do mesmo ano.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Gestão CT&I
EDITORIA: Notícias
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Estudantes do Acre podem interagir com a reunião da SBPC por meio de aplicativo
A 66ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) acontecerá em Rio Branco (AC), entre
os dias 22 e 27 de julho, e a cidade já começa a respirar os ares do evento científico. Na última semana foi lançado o
aplicativo gratuito “SBPC”, que permite a estudantes da região interagir com o encontro. São informações sobre a
reunião, a cidade e uma gincana virtual direcionado para alunos do Ensino Médio: o Tecnoacre. As inscrições para
participar do quiz vão até o dia 22 de julho.
“A intenção é aproximar o jovem da ciência e da tecnologia, com uma linguagem do seu cotidiano. Pode se
inscrever um grupo de até três alunos, que responderão perguntas e questões sobre Português, Biologia, Matemática e
outras”, explicou o secretário de Ciência e Tecnologia do Acre, Marcelo Minguele.
O aplicativo SBPC e a 1ª Gincana Virtual Tecnoacre são iniciativas da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sect)
com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac) e da Ufac. Tem como parceiro o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por meio do projeto "Economia Criativa Digital.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Gestão CT&I
EDITORIA: Notícias
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3º Fórum RNP recebe inscrições
A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) abriu as inscrições para a terceira edição do Fórum RNP, que
acontece de 2 a 4 de setembro, em Brasília. O evento deste ano terá como tema e-Saúde.
Voltado a profissionais e fornecedores de tecnologias da informação e da comunicação (TICs), pró-reitores e
diretores de universidades, coordenadores de projetos de pesquisa e gestores públicos, o fórum colocará em debate o
papel das TICs no que tange às necessidades, alternativas e desafios atuais colocados aos profissionais da área, no desenvolvimento da saúde, assim como na capacitação de recursos humanos.
Em seus três dias, o evento abordará de forma ampla assuntos como governança e liderança, cloud computing,
mobilidade, gestão de identidade, segurança e privacidade, legislação e regulamentação, telessaúde e telemedicina, e-Ciência, redes e novas tecnologias.
O 3º Fórum RNP também terá apresentações internacionais abordando ações e iniciativas desenvolvidas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Educause, associação norte-americana sem fins lucrativos cuja missão é
promover o ensino superior por meio do uso da tecnologia da informação, além de demonstrações sobre o uso aplicado
de TICs na área de saúde.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: MCTI
EDITORIA: Notícias
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Hipertensão pode proteger contra Alzheimer?
A Conferência da Associação Internacional de Alzheimer, que está sendo realizada em Copenhague (Dinamarca),
trouxe algumas novidades surpreendentes no estudo das demências em geral e do Alzheimer em particular.
No lado mais trivial, diversos estudos continuam confirmando que a prática de atividades mentais e físicas
moderadas na meia-idade estão associadas com um menor risco de desenvolver Alzheimer mais tarde.
Uma das novidades é que problemas de sono, especialmente quando combinados com transtorno de estresse pós-
traumático (TEPT), podem aumentar o risco de demência.
Mas a grande surpresa foi apresentada pela equipe da Dra. Maria Corrada, da Universidade da Califórnia em Irvine
(EUA), que estudou a relação entre a demência e a pressão arterial em 625 participantes, monitorados a cada seis meses
por até dez anos.
Quando começaram a ser monitorados, os participantes não tinham demência e tinham 93 anos em média - 69%
eram do sexo feminino.
Os pesquisadores descobriram que os participantes que desenvolveram a hipertensão entre os 80 e 89 anos
tinham um risco significativamente menor de desenvolver demência em comparação com os participantes sem histórico
de hipertensão. Os participantes nos quais a hipertensão surgiu por volta dos 90 anos ou mais de idade tinham um risco
de demência ainda menor.
Os pesquisadores também verificaram que, no geral, pessoas com níveis de pressão arterial que as colocam na
categoria de hipertensos - independentemente da idade em que o problema surgiu - tinham um risco significativamente
menor de desenvolver demência em comparação com as pessoas com pressão arterial na faixa normal ao longo de toda
a vida.
A associação se manteve independentemente de os participantes tomarem ou não medicamentos para a
hipertensão. "Em nosso estudo, a pressão arterial elevada não é um fator de risco para a demência em idosos longevos,
mas exatamente o oposto," resumiu Corrada. "O desenvolvimento da hipertensão em idades mais avançadas pode ser
benéfico para manter a cognição intacta através de mecanismos relacionados com a perfusão cerebral ou outras
patologias vasculares. É importante entender esses mecanismos, porque as recomendações para a pressão arterial
saudável em idosos longevos podem vir a diferir daquelas para pessoas mais jovens."
Especialistas de todo o mundo disseram-se surpreendidos que, nessa população de pessoas com mais de 80 anos
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Diário da Saúde
EDITORIA: Notícias
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de idade, uma pressão arterial elevada tenha ajudado a proteger contra o declínio cognitivo.
Afinal, isto vai de encontro a tudo o que se apregoa sobre fatores de risco, já que a saúde do coração, incluindo
a hipertensão, geralmente é considerada como fator de risco para a doença de Alzheimer e outras demências.
Segundo os médicos organizadores da conferência, estes resultados ressaltam o quão pouco se sabe sobre o Alzheimer e
outras demências, que exigirão acompanhamentos de longo prazo em populações diferentes antes que possamos
desenvolver "receitas" úteis para a mudança de estilo de vida.
Tem havido uma certa crise no meio científico e médico sobre o Alzheimer, uma vez que a teoria predominante
sobre a doença - as placas de beta-amiloide - não tem resultado em tratamentos eficazes. Na verdade hoje se suspeita
que as placas de beta-amiloides podem ser a defesa do cérebro, e não a causa da doença.
Mais recentemente, pesquisadores sugeriram que o Mal de Alzheimer pode ser o estágio final do diabetes tipo 2,
enquanto outros culpam o acúmulo de ferro ou cobre no cérebro.
Os cientistas reconhecem que mesmo os mecanismos por trás dos efeitos protetores contra a demência gerados
pelas atividades físicas e cognitivas ainda são desconhecidos.
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Manufatrons serão as estrelas das fábricas do futuro
Adaptar as linhas de montagem para fabricar produtos de diferentes tamanhos, formas e estilos custa tempo
e dinheiro.
Cada máquina em uma fábrica precisa ser programada com instruções específicas - uma espécie de receita
de cada produto - para ser capaz de realizar cada tarefa específica da maneira correta.
E o trabalho de toda a linha de produção precisa ser interrompido enquanto as máquinas são reconfiguradas
para mudar a forma como as matérias-primas são cortadas, onde os buracos são perfurados ou onde pregar os
rebites.
Mas esse jeitão secular de reconfigurar linhas de produção pode estar prestes a mudar. Um projeto
financiado pela União Europeia desenvolveu máquinas para uma linha de montagem capazes de, por assim dizer,
criar suas próprias receitas.
"Nosso objetivo é evitar essas receitas e, em seu lugar, colocar inteligência diretamente na própria
máquina," disse Michael Peschl, coordenador do projeto Xpress (Flexible Production Experts for Reconfigurable
Assembly Technology.
"Em vez de fornecer de fora a informação de configuração para a máquina - como fazer algo com tais e tais
configurações - podemos colocar a inteligência diretamente dentro da máquina," garante Peschl.
Poder-se-ia chamar isso de máquinas robotizadas, robôs industriais, ou mesmo de máquinas automatizadas.
Mas, para destacar a capacidade de decisão atribuída a cada equipamento, a equipe do Xpress decidiu batizar sua
máquinas inteligentes de manufatrons.
"Os manufatrons recebem informações para fazer um buraco e, com base nessas instruções, a própria
máquina decide que tipo de broca usar e a velocidade da broca. Nós descrevemos a tarefa para a máquina, mas é o
manufatron que faz tudo daí por diante - ele analisa as informações e escolhe as ferramentas e configurações
adequadas," explicou Peschl.
Os testes dos protótipos mostraram que o tempo para a configuração completa de uma linha de produção
pode ser reduzida em até 50%, enquanto uma reconfiguração pode ser reduzida em até 80%.
"Conseguimos, pela primeira vez, capacitar máquinas para funcionarem recebendo apenas informações sobre
a tarefa. Este é realmente um grande avanço," concluiu Peschl.
Segundo ele, o conceito foi avaliado durante o desenvolvimento pelos parceiros do projeto, o que incluiu
uma indústria aeroespacial, uma indústria eletroeletrônica e uma indústria automotiva.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Inovação Tecnológica
EDITORIA: Notícias
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Línguas indígenas amazônicas em destaque
Quais as línguas faladas no Brasil? Além do português, provavelmente sua primeira resposta, há mais de 150
línguas faladas por grupos indígenas. Mais de cem estão concentradas na região amazônica, onde pesquisadores
do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) atuam na documentação e compreensão dos sistemas linguísticos das
populações indígenas. Estes estudos são assunto da edição de número 69 do Destaque Amazônia.
O Destaque apresenta seis, das trinta e duas línguas, que são objeto de estudo de especialistas vinculados ao
Goeldi: Oro Win, Gavião, Suruí, Paresí, Arikapú e Djeoromitxí. Além disso, traz reportagens que explicam metodologias,
novas abordagens e descobertas recentes da área da Linguística, vinculada à Coordenação de Ciências Humanas
(CCH/MPEG).
Um resultado concreto desta parceria é o vasto acervo digital no Museu Goeldi, com cerca de 80 línguas
indígenas. Duas delas são o Oro Win e o Paresí que correm risco de extinção. O trabalho de documentação de ambas é
apresentado nesta edição do Destaque.
O Oro Win é uma língua que se distingue de outras da Amazônia, com palavras curtas e sons bastante diferentes.
Há apenas seis falantes na aldeia em Rondônia, todos acima dos 50 anos. Seu risco de extinção foi agravado ainda na
década de 1960 quando o idioma foi proibido de ser falado pelos indígenas que trabalhavam nos seringais. Se não
obedecessem, eram agredidos fisicamente.
Além da descrição e documentação, a pesquisa apoiou a tentativa de aprendizado da língua nas escolas, com a
elaboração de materiais didáticos junto ao professor local.
No caso dos Paresí, a iniciativa partiu da própria comunidade, preocupada com a perda da cultura tradicional. São
pouco menos de 2.000 indígenas desta etnia que vivem em 44 aldeias próximas ao município de Tangará da Serra (MT).
Apesar de 90% da população falar Paresí, algumas aldeias sofrem influências da sociedade moderna. O registro foi
iniciado em 2006 na aldeia de Formoso, uma das mais tradicionais, e a partir de 2011, os próprios indígenas deram
continuidade ao trabalho, após passarem por treinamentos para utilização de equipamentos e técnicas de filmagem.
Um dos fenômenos que instigam os linguistas na Amazônia é a concentração de grupos étnicos e línguas nas
fronteiras do bioma, área de maior interação entre eles. Um estudo recente levanta a hipótese de que essa seria uma
zona de convergência, onde se iniciou a ocupação na região.
O estado de Rondônia também é importante para entender as origens das línguas indígenas. Segundo os
especialistas, é provável que ali tenha se originado o Tupi, pois é onde se encontra a maior diversidade de línguas deste
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Fapeam
EDITORIA: Notícias
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tronco. Na fronteira com a Bolívia, no Vale do Guaporé, existe uma situação rara de grande diversidade linguística, com
aproximadamente 50 línguas diferentes pertencentes a sete troncos linguísticos. Há ainda a existência de dez línguas
isoladas, isto é, que não apresentam conexões entre nenhuma outra língua. Isso demonstra a presença de uma
ocupação tão antiga cujas origens são difíceis de serem percebidas.
A Linguística Histórica é o ramo que investiga essas origens. Foi a partir dela que pesquisadores do Goeldi
descobriram que as línguas Arikapú e Djeoromitxí pertencem ao tronco Macro-Jê. Antes, elas eram consideradas
pertencentes a uma pequena família isolada, o Jabutí.
O estudo reconstruiu palavras da língua ancestral comum, chamada de Proto-Jabutí, falada por volta de 2.000
anos atrás antes de ser dividida em duas. Essa pesquisa reuniu dados coletados por Emil-Heinrich Snethlage (1897-
1939) em Rondônia nos anos 1930 e confirmou uma antiga hipótese do etnólogo Curt Nimuendajú (1883-1945). Mais
detalhes do estudo são apresentados na exposição Diálogos: os Snethlage e as Ciências Humanas no Museu Goeldi, em
cartaz no Parque Zoobotânico.
Se hoje o português é a língua mais falada da região, no período colonial indígenas, portugueses, negros e
mestiços se comunicavam através da Língua Geral ou Nheengatu. Difundida pelos missionários, ela é de origem Tupi e
baseada na língua dos Tupinambá, o primeiro povo que teve contato com os colonizadores. A Língua Geral foi usada até
meados do século XIX, quando o português já era obrigatório.
Recentemente, foi encontrado um dicionário Língua Geral-Português/Português-Língua Geral de 1756, na
Alemanha, redigido por um missionário alemão ainda não identificado. O manuscrito até então inédito mostra a evolução
da aprendizagem na Língua Geral e foi transcrito pelo Museu Goeldi para estudos posteriores. O documento será lançado
pelo MPEG em formato digital no ano de 2015.
É uma publicação bimestral do Serviço de Comunicação do Museu Goeldi que apresenta as pesquisas realizadas
pela instituição. As edições em formato digital estão disponíveis para acesso e download no Portal do MPEG.
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Cientistas pedem prisão para colegas envolvidos com fraudes em pesquisas
A explosão no número de estudos que tiveram sua publicação removida dos anais da ciência faz crescer entre
pesquisadores um movimento por punições mais severas. Como O GLOBO mostrou ontem, a multiplicação por dez do
número de artigos que sofreram o chamado retract (espécie de "despublicação") em uma década supera muito o
crescimento total de pesquisas, de 44%. Representantes da academia pedem mudanças nos critérios de avaliação e
reforço nas análises de publicação, além da abertura de ações civis e criminais contra os fraudadores quando houver
ameaça à saúde pública. O debate foi tema de artigos publicados ontem no "British Medical Journal".
Levantamento realizado em 2012 com todos os 2.074 estudos em ciências biomédicas removidos na base de
dados PubMed mostrou que 67% foram foram "despublicados" por constatação de algum tipo de má conduta, incluindo
fraude. Por isso, Zulfiqar Bhutta, do Hospital de Crianças de Toronto, no Canadá, pede a prisão de fraudadores. Um dos
casos que ele cita é o do britânico Andrew Wakefield, que defendeu, sem amparo científico, uma associação entre a
vacina tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo) e o autismo.
Publicado em 1998 na "Lancet", o estudo de Wakefield serviu de base para o crescimento de movimentos
antivacina, que, desde então, foram responsáveis pelo aparecimento de surtos de doenças em países onde antes elas
estavam praticamente erradicadas, como o próprio Reino Unido. Investigações posteriores provaram que Wakefield tinha
sérios conflitos de interesse, tendo manipulado e falsificado dados. Ele teve sua licença do Conselho Médico Britânico
cassada em 2010.
"Os danos à cobertura global de vacinação causados pelo fraudulento e desacreditado estudo de Wakefield são
incalculáveis", comenta Bhutta. "Ainda assim, ele vive como um homem livre no Texas, levantando dinheiro de grupos de
apoio".
Embora admita que algumas vezes seja difícil distinguir a má-fé de erros e má interpretação, Bhutta argumenta
que o levantamento feito no PubMed demonstra que a fraude é prevalente e que, em casos comprovados, punições mais
duras são necessárias.
"Aceito que existam diferentes níveis de má conduta, mas em casos de fraude deliberada provada por meio de
uma investigação detalhada, freios adicionais através de medidas punitivas como processos criminais devem ser
acrescentados ao repertório disponível".
Também escrevendo no BMJ, mas contra a criminalização das fraudes científicas, Julian Crane, da Universidade de
Otago, na Nova Zelândia, acredita que esse tratamento pode trazer mais danos que benefícios para a ciência e a
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Jornal da Ciência
EDITORIA: Notícias
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confiança da sociedade nela. Segundo ele, o problema não é tão grande nem tão significativo, tanto que, dos mais de 25
milhões de artigos no PubMed, apenas 1.371 foram removidos por fraude ou suspeita de fraude.
"Num mundo onde banqueiros, jornalistas, políticos, parlamentares e agências de segurança têm que responder
por sua má conduta, a taxa entre os cientistas da saúde é pequena", avalia Crane. "Criminalizar a má conduta nas
pesquisas é uma triste, má e até louca ideia que só vai minar ainda mais a confiança, um componente essencial na
ciência".
Embora o tratamento penal das fraudes nas pesquisas ainda divida a comunidade científica, especialistas
defendem que elas devem ao menos doer mais no bolso dos maus cientistas. Entre as medidas para isso, estão
recuperação do dinheiro repassado para a realização dos estudos.
Se alguém quiser mesmo fraudar um estudo, é muito difícil detectar isso com o processo de revisão e análise
pelos pares - diz Adam Marcus, editor-executivo dos periódicos "Gastroenterology & Endoscopy News" e "Anesthesiology
News" e um dos criadores do blog "Retraction Watch", que acompanha esses casos. - Recuperar os prejuízos causados
deve ser uma prioridade das agências de fomento.
CNPQ NUNCA PEDIU DINHEIRO DE VOLTA
Paulo Beirão, diretor de Cooperação Institucional do CNPq, que até o ano passado chefiou a comissão de
integridade científica do órgão, afirma que, em casos de fraude a agência buscará ressarcimento, mas até agora nenhum
foi registrado no país.
Aconteceu de um projeto ser aprovado e o dinheiro empenhado, mas, antes que fosse repassado, descobrimos o
plágio, e os recursos foram cortados. Nunca tivemos que recuperar investimento - conta. - O CNPq não tem poder de
polícia, mas, dependendo da gravidade do caso, podemos informar à Polícia Federal.
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Telescópios investigam relação entre ciclo do Sol e clima
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal Fluminense (UFF)
construíram dois telescópios que vão funcionar de forma sincronizada na detecção contínua de partículas derivadas da
radiação do Sol para investigar possíveis relações entre os ciclos solares e as variações climáticas da Terra.
O trabalho é resultado da pesquisa “Detecção e estudo de eventos solares transientes e variação climática”,
realizada no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) que tem como objetivo apoiar projetos cooperativos e intercâmbio de
pesquisadores e estudantes em áreas ligadas às mudanças climáticas globais.
De acordo com o coordenador da pesquisa na Unicamp, Anderson Campos Fauth, professor associado do Instituto
de Física Gleb Wataghin, já se sabe que os ciclos solares e suas flutuações apresentam alguma relação com a intensidade
com que os raios cósmicos atingem a Terra, apesar de não serem considerados uma das principais causas das mudanças
climáticas globais.
“Não existe um consenso sobre o mecanismo que relaciona a atividade solar e as mudanças climáticas. Há uma
hipótese de que o aumento do fluxo de raios cósmicos pode estar associado ao surgimento de nuvens baixas, que
globalmente exercem um efeito de resfriamento e, nas regiões polares, onde a incidência da radiação solar é baixa, têm
impacto contrário, provocando aquecimento”, disse.
Fauth explica que cientistas têm observado que certos fenômenos climáticos – oceanos mais quentes, maior
quantidade de chuvas tropicais, menos nuvens subtropicais, circulação mais intensa de ventos – parecem estar em parte
associados ao ciclo de atividade solar, que dura em média 11 anos.
“Entretanto, esses estudos estão em fase inicial e é necessário fazer novas observações das radiações emitidas
pelo Sol, principalmente quando surgem atividades como as explosões solares, e monitorar suas variações sazonais”,
ponderou. Diante disso, o trabalho da Unicamp e da UFF com os telescópios foca em um dos sinais do ciclo solar: a
presença e o comportamento das partículas múons na atmosfera terrestre.
O múon é a mais abundante partícula com carga elétrica presente na superfície da Terra, representando cerca de
80% dos raios cósmicos com carga elétrica em altitudes próximas ao nível do mar. A cada segundo surgem,
aproximadamente, 140 múons por metro quadrado.
O fato de a partícula quase sempre possuir trajetória retilínea facilita sua detecção com um arranjo de poucos
detectores. “Essas partículas permitem estudar os eventos solares em uma região de energia que os satélites e os
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Fapesp
EDITORIA: Notícias
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monitores de nêutrons posicionados na superfície terrestre não observam”, explicou Fauth.
O ano de 2014 é propício à detecção de múons pelos telescópios da Unicamp e da UFF. Ao longo deste período, o
ciclo atual do Sol atinge sua máxima atividade: o número de manchas solares observadas aumenta consideravelmente e
os flares – explosões que ocorrem na superfície do Sol – irrompem com grande intensidade, libertando milhões de
toneladas de gás magnetizado.
Além disso, Campinas e Niterói, onde os telescópios estão instalados, têm localização privilegiada para a detecção
de partículas derivadas da radiação solar, pois estão próximas à região central da Anomalia Magnética do Atlântico Sul
(SAA, da sigla em inglês), onde a resistência magnética para entrada de partículas carregadas vindas do espaço é muito
baixa.
A maioria dos detectores de partículas solares energéticas está instalada próximo às regiões dos polos porque,
nas outras regiões, o campo magnético da Terra desvia as partículas carregadas. Mas na região da SAA há uma
intensidade magnética muito inferior, uma espécie de buraco na magnetosfera que se comporta como um funil.
O telescópio construído na Unicamp, que recebeu o nome Muonca, iniciou em abril a tomada de dados contínua,
utilizando quatro detectores de partículas. Os detectores da UFF entraram em funcionamento em junho, no modo
monitor – quando se realiza a contagem dos múons, sem determinar ainda sua direção de chegada.
O Muonca utiliza quatro detectores de partículas idênticos. A partícula múon, ao atravessar o cintilador do
detector, produz uma luz que permite o registro de sua passagem. Um computador é utilizado no sistema de aquisição
de dados, e as informações brutas são registradas em arquivos diários.
O telescópio da Unicamp foi construído em dois anos, incluindo o tempo para os processos de importação,
realização dos projetos, desenhos técnicos das peças, execução por técnicos da universidade e de empresas privadas,
montagem por membros do grupo de pesquisa, desenvolvimento do software de aquisição de dados e calibração dos
detectores, além da programação dos códigos de análise dos dados.
O experimento opera continuamente, 24 horas por dia, e os pesquisadores desenvolvem agora um sistema que
alerte por e-mail e SMS quando ocorrer algum problema ou possível evento solar na aquisição dos dados.
Recentemente, os detectores instalados em Campinas e Niterói registraram simultaneamente uma tempestade
geomagnética. De acordo com Fauth, os dados estão sendo avaliados para publicação e os primeiros resultados
conjuntos dos dois telescópios serão apresentados em setembro no 34º Encontro Nacional de Física de Partículas e
Campos, organizado pela Sociedade Brasileira de Física em Caxambu (MG).
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Laboratório brasileiro vai exportar tecnologia
A farmacêutica brasileira Cristália, que produz medicamentos e insumos (princípios ativos), vai começar a
exportar tecnologia, segundo Ogari Pacheco, presidente e fundador da empresa. A companhia está em negociação com
uma indústria mexicana de artigos médicos para transferir tecnologia na produção de medicamentos antirretrovirais, que
são usados no combate à Aids.
A empresa vai ajudar a mexicana a dar início à sua atuação no setor farmacêutico começando pela montagem da
fábrica. Aos poucos, vai levar a tecnologia de produção, primeiramente com a fabricação dos medicamentos, exportando
os insumos. Depois, vai transferir o conhecimento para a produção dos princípios ativos. “Nunca antes houve
transferência de tecnologia no setor do Brasil para o exterior”, afirma Pacheco.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Consecti
EDITORIA: Notícias
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Fórum Nacional do CONFAP no Acre começa nesta segunda-feira
Nos dias 21 e 22 de julho acontece o Fórum do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à
Pesquisa) em Rio Branco, no Acre. O evento será sediado no Hotel Holiday Inn Express Rio Branco, na Rua Rio Grande do
Sul, 332, Bairro Dom Giocondo. Este é o terceiro encontro nacional da entidade no ano.
Para o primeiro dia, estão previstos debates internos sobre o SICONV (Sistema de Convênio do governo federal),
as relações entre as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e a tramitação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e
Inovação no Congresso Nacional.
No segundo dia, devem acontecer apresentações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), além de palestras com
representantes de órgãos relacionados à pesquisa da França e Reino Unido, países com os quais foram assinados acordos
de cooperação internacional.
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, é esperado para participar do encerramento do
fórum do CONFAP. Após o evento, terá início a 66ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência), na Universidade Federal do Acre.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Confap
EDITORIA: Notícias
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Povos pré-históricos conheciam as propriedades medicinais das plantas
A imagem clássica que se tem dos ancestrais pré-históricos é a de mulheres e homens cabeludos, usando roupas
de pele e armados com um porrete na mão. Carnívoros, perseguiam suas presas em bando e, nos acampamentos
nômades, se banqueteavam com a caça. Então, um dia se tornaram agricultores, fixaram-se à terra e passaram a incluir
no cardápio plantas e cereais.
A história, porém, não foi bem assim. Apesar de fortes evidências de que as comunidades pré-agrícolas tinham
uma dieta essencialmente proteica, mesmo antes da revolução do campo, elas já tinham conhecimento das propriedades
nutricionais e até medicinais das plantas. É o que indica uma pesquisa liderada pela Universidade Autônoma de
Barcelona e pela Universidade de York, e publicada na revista Plos One.
Diferentemente do que acontece com ossos de animais, um material bastante farto nas escavações arqueológicas,
é raro encontrar evidências do consumo de plantas e ervas pré-históricas. Por isso, os pesquisadores usaram uma
abordagem diferente. Em vez de buscar restos de vegetais em fogueiras e potes cerâmicos, foram atrás dos indícios da
ingestão desses alimentos em placas depositadas nos dentes de indivíduos pré-históricos.
Sinônimo de uma parca higiene bucal, o cálculo dental é uma ferramenta de trabalho valorosa para paleontólogos.
Ele se forma quando a placa se acumula e mineraliza nos dentes. “Esse cálculo pode ser encontrado por toda a dentição
nas áreas supragengival e subgengival e está relacionado a altos níveis de consumo de carboidratos obtidos a partir de
açúcares, que, no fim, se converteram em glicose”, explica a arqueóloga Donatella Usai, do Instituto Italiano pela África
e o Oriente, que liderou as escavações realizadas no Sudão. “Por causa de sua localização dentro da boca, o cálculo
dental oferece uma ligação direta com o material que foi inalado ou ingerido, e seu valor como fonte de informação
biográfica é cada vez mais evidente”, afirma.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Correio Braziliense
EDITORIA: Ciência e Saúde
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Cientistas tentam desenvolver mais métodos para o implante de coração
A cada ano, 300 mil marca-passos são colocados no coração de pacientes em todo o mundo. Os custos globais
com o dispositivo que regula a frequência do órgão vital não custam menos que US$ 8 bilhões. Embora funcione bem, o
aparelho está longe de ser universal: nem sempre chega às populações de baixa renda e não pode ser usado em alguns
grupos de pacientes, como fetos com problemas cardíacos congênitos. Por isso, cientistas tentam desenvolver métodos
mais acessíveis e que dispensem as violentas intervenções cirúrgicas necessárias para o implante de um coração
eletrônico. Alguns buscam a solução do problema dentro do próprio corpo humano.
Nesse sentido, resultados da tentativa mais recente de inovar no tratamento de disritmias cardíacas foram
publicados na edição de hoje da revista Science Translational Medicine. Os pesquisadores do Instituto do Coração
Cedars-Sinai, em Los Angeles, nos Estados Unidos, descobriram um “marca-passo biológico” que, futuramente, poderá
funcionar como uma alternativa ao equipamento tradicional. A equipe liderada pelo taiwanês Yu-Feng Hu apostou no
gene TBX18 para reverter os defeitos da máquina humana.
O alvo dos cientistas era o bloqueio cardíaco completo, uma doença caracterizada pelo descompasso dos
batimentos do órgão vital. “Queríamos um modelo que fosse clinicamente realista, mas minimamente invasivo e que
pudesse servir como um projeto inicial que pavimentasse ensaios clínicos com pacientes”, conta Yu-Feng Hu. O principal
autor descreve, no estudo, que há uma pequena área do coração que é altamente especializada na tarefa de fazê-lo
bater: o nódulo sinoatrial.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Correio Braziliense
EDITORIA: Ciência e Saúde
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Energia de Portugal oferece 20 mil Euros para a melhor Startup
Tem uma ideia inovadora? Então você pode se inscrever na terceira edição do programa de
empreendedorismo Energia de Portugal 2014. A fase de inscrição ocorre no período de 28 de junho a 9 de setembro e
estão abertas para startups de Portugal, Brasil e China. A empresa que tiver o projeto mais inovador levará o prêmio no
valor de 20 mil euros.
O objetivo é encontrar projetos de tecnologia, cidades, produtividade, energia, mobilidade, inovação, ambiente,
comunidade e clean tech em São Paulo, Pequim e Lisboa com a pré-seleção dos projetos através de aceleradoras locais.
Os 15 vencedores dos desafios regionais serão convidados a participarem em Portugal de quatro bootcamps de
aceleração, pela Fábrica de Startups, que aplicará a reconhecida metodologia Fast Start, baseada no desenvolvimento,
teste e validação de modelos de negócio, de forma a garantir que a ideia de negócio chega ao mercado com as condições
necessárias para ter êxito. A fase seguinte será a presença no «Investment Pitch», que conta com a presença de
investidores, e que constitui a primeira final mundial do Energia de Portugal.
O regulamento pode, também, ser consultado. No Brasil, a seleção das equipes serão feitas entre 4 e 9 de agosto
e entre 11 e 16 do mesmo mês, na China. Em Portugal, as equipes são constituídas entre 18 e 23 de agosto. A 29 de
setembro decorre o primeiro bootcamp, a 6 de outubro o segundo, a 13 de outubro o terceiro e a 20 de outubro o quarto
e último. Entre finais de outubro e inícios de novembro irá decorrer o «investment pitch». A equipe vencedora deverá ser
conhecida em novembro e leva para casa um prêmio monetário no valor de 20 mil euros.
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Fucapi
EDITORIA: Notícias
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Tecnologia social em debate
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Jornal A Crítica
EDITORIA: Cidades
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DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Jornal A Crítica
EDITORIA: Cidades
CONTINUAÇÃO
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Pesquisa sobre mercúrio é incentivada pelo Amazonas
DATA: 17/07/2014
VEÍCULO: Jornal do Commércio
EDITORIA: Negócios