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  • 1RAIO-X DA OAB 2 FASE

    CONSTITUCIONAL

    1.1. BREVE INTRODUO

    No intuito de ofertar ao leitor um amplo e slido conhecimento do perfil da Fundao Getulio Vargas enquanto organizadora do Exame da OAB, elaboramos este didtico Raio-X do certame, no qual uma anlise criteriosa e cuidadosa das ltimas dezesseis provas realizada.

    Apresentaremos nos itens seguintes, por meio de tabelas, grficos e textos conclusivos, os temas j cobrados e identificaremos aqueles de maior incidncia nos exames pretritos.

    De posse desta til ferramenta para seus estudos, o leitor garantir uma pre-parao mais focada e realizar treinos direcionados e certeiros que permitiro sua aprovao no Exame de Ordem.

    1.2. PEAS PRTICAS

    Nos dezesseis Exames unificados realizados pela FGV (2010.2 ao XVII), foram cobrados nove diferentes tipos de peas, sendo que em trs ocasies (Exames V, IX e XVII) a banca examinadora aceitou como gabarito do caso prtico-profissional duas peas distintas em razo de problemas redacionais e estruturais do caso narrado, que impediram que uma nica pea profissional solucionasse a questo.

    O quadro posto a seguir permitir uma visualizao precisa acerca das peas j cobradas e a incidncia de cada uma:

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  • 16 %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    "P%JSFUB EF *ODPOTUJUVDJPOBMJEBEF 4

    "P0SEJOSJB

    "P 1PQVMBS 1

    )BCFBT%BUB 1

    .BOEBEP EF 4FHVSBOB 4

    1BSFDFS 1

    3FDVSTP EF "QFMBP 1

    3FDVSTP &YUSBPSEJOSJP 3

    3FDVSTP0SEJOSJP $POTUJUVDJPOBM

    O grfico abaixo ilustra com exatido a proporo da distribuio de peas j cobradas pela FGV nos exames anteriores:

    3FDVSTPEF"QFMBP1

    1BSFDFS1

    Habeas Data 1

    "P1PQVMBS1

    "P0SEJOSJB

    Mandado de 4FHVSBOB

    4

    "P%JSFUBEF*ODPOTUJUVDJPOBMJEBEF

    4

    3FDVSTP0SEJOSJP$POTUJUVDJPOBM

    3FDVSTP&YUSBPSEJOSJP

    3

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  • 2PETIO INICIAL1

    2.1. BREVE INTRODUO

    O processo civil inicia-se pela vontade do autor (art. 262, CPC), que se vale da petio inicial para levar ao Judicirio a sua pretenso consubstanciada em um pedido em detrimento do ru.

    A petio inicial aqui estudada refere-se ao procedimento comum, de rito ordinrio ou sumrio. Advirta-se, desde logo, que no se deve haver exacerbada preocupao com o nome que ser atribudo pea (se ao de cobrana, inde-nizatria, declaratria etc.). O nome que se d petio inicial no a caracteriza2, sendo tecnicamente correto nome-la como ao pelo procedimento, seguida da especificao do rito utilizado.

    O primeiro passo saber qual o rito adequado ao. A parte deve primeiro atentar-se ao rol previsto no art. 275 do CPC e, no encontrando nele a hiptese de ajuizamento da sua demanda, concluir pelo cabimento no rito ordinrio.

    Considerem-se, portanto, as hipteses de observncia do rito sumrio:

    Cdigo de Processo CivilArt. 275. Observar-se- o procedimento sumrio: I nas causas cujo valor no exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salrio mnimo;

    1 $PNPTFTBCFDPTUVNBTFVUJMJ[BSBFYQSFTTPQFUJPJOJDJBMQBSBDMBTTJGJDBSUPEBFRVBMRVFSBPEFOBUVSF[BDWFMPVNFTNPDPOTUJUVDJPOBMJOBVHVSBEPSBEFVNOPWPQSPDFTTPBVUOPNP1BSBNFMIPSDPNQSFFOTPEFTUFDBQUVMPBMFSUBNPTRVFBFYQSFTTPQFUJPJOJDJBMGPJVUJMJ[BEBFNTFVTFOUJEPFTUSJUPJTUPQBSBEFTJHOBSBBPQFMPQSPDFEJNFOUPDPNVNEFSJUPPSEJOSJPPVTVNSJP

    "-7*."SSVEBManual de direito processual civilFESFWBUVBMFBNQM4P1BVMP35Q

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  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    II nas causas, qualquer que seja o valor:a) de arrendamento rural e de parceria agrcola; b) de cobrana ao condmino de quaisquer quantias devidas ao con-domnio; c) de ressarcimento por danos em prdio urbano ou rstico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veculo de via terrestre; e) de cobrana de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veculo, ressalvados os casos de processo de execuo; f) de cobrana de honorrios dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislao especial; g) que versem sobre revogao de doao;h) nos demais casos previstos em lei.

    Consequncia prtica

    /PUFTF RVF BT IJQUFTFT WFSTBEBT OBT BMOFBT iBw B iIw DPOGJHVSBNPCTFSWODJBEPSJUPTVNSJPJOEFQFOEFOUFNFOUFEPWBMPSEBDBVTB0TSFRVJTJUPTOPTPDVNVMBUJWPT"TTJNTFBQBSUFQSFUFOEFSSFTTBSDJSTFEF EBOPT RVF TPGSFV FN BDJEFOUF EF USOTJUP FTUJNBEPT FN NJMSFBJT QPS FYFNQMP EFWFS PCTFSWBS P SJUP TVNSJP

    Por excluso, ou seja, sempre que a situao ensejadora da ao judicial no estiver retratada nas hipteses acima descritas, observar-se- o rito ordinrio.

    2.2. REQUISITOS DA PETIO INICIAL

    A petio inicial , pois, pea escrita que deve observar requisitos formais e substanciais (art. 282, CPC), e a ao nela consubstanciada tem por objetivo al-canar a prestao jurisdicional efetivada pela sentena (declaratria, constitutiva, condenatria ou mandamental). Em alguns casos, admite-se sua propositura na forma oral.

    Convm alertar para o fato de que o Cdigo de Processo Civil admite, ex-cepcionalmente, que o leigo postule em causa prpria quando no houver advo-gados na comarca ou, havendo, estes negarem patrocnio causa por recusa ou impedimento (art. 36, CPC).

    Qualquer que seja o caso, se oral ou escrita, se eletrnica ou fsica, se subscrita ou no por advogado, a petio inicial dever preencher certos requisitos, os quais sero listados e comentados a seguir.

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  • Cap. 2t1&5*0*/*$*"-

    a) Juiz ou Tribunal a quem dirigida;

    A parte deve observar, segundo as regras gerais e especiais de competncia, qual juzo processar e julgar seu pedido. Tendo em vista a complexa estrutura de competncias definida na Constituio Federal, no Cdigo de Processo Civil, nas leis extravagantes e de organizao judiciria e nos regimentos internos dos Tribunais, recomenda-se a adoo dos seguintes passos3:

    Verificar se a justia brasileira competente para julgar a causa (arts. 88 e 89, CPC);

    Se for, verificar se competncia originria de Tribunal (arts. 102, 105, 108, CF/1988);

    No sendo, verificar se o assunto pertence Justia Especial (eleitoral, militar e trabalhista) ou Justia Comum (federal, estadual);

    Sendo competncia da Justia Comum, verificar se da Justia Federal. Se no o for, ser residualmente da Justia Estadual;

    Sendo da Justia Estadual, devem-se observar as regras do CPC sobre competncia absoluta e relativa, tais como material, valor da causa, ter-ritorial etc.

    Consequncia prtica

    %FWFTFUPNBSFTQFDJBMBUFOPDPNPFOEFSFBNFOUPEBQFB2VBOEPTF USBUBS EF 5SJCVOBM P FOEFSFBNFOUP TFS GFJUP BP TFV 1SFTJEFOUFPV 7JDF1SFTJEFOUF B EFQFOEFS EF DBEB SFHJNFOUP JOUFSOP )BWFOEPEWJEBT BDPOTFMIBTF FOEFSFBS BP 1SFTJEFOUF

    Quando o endereamento se fizer ao juzo monocrtico, o advogado deve primeiro atentar-se justia competente. Se se tratar da Justia Comum Federal, o endereamento feito ao Juiz Federal vinculado determinada Seo ou Subseo Judiciria; se Justia Estadual, o endereamento feito ao Juiz de Direito atuante na Comarca.

    b) os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do autor e do ru;

    Exige-se, aqui, a completa qualificao das partes, visando identific-las para o correto cumprimento do mandado de citao. Alm desta finalidade, algumas

    3 %FTCPSEBEPTPCKFUJWPTEFTUBPCSBFTNJVBSPUFNBDPNQFUODJBSB[PQFMBRVBMGPSBNBQSFTFOUBEBTBMHVNBTJOGPSNBFTUFJTFOFDFTTSJBTQBSBBJOUSPEVPEPMFJUPSOPBTTVOUPTFNOFOIVNBQSFUFOTPEFSFTVNJSBDPNQMFYJEBEFEBNBUSJBPVUFDFSDPNFOUSJPTDPODMVTJWPTTPCSFPUFNB

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  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    aes indicam a necessidade de litisconsrcio necessrio entre pessoas casadas, por exemplo, e a qualificao exposta na petio inicial pode dar indcios ao ma-gistrado sobre a necessidade de regularizao. Interessante hiptese tambm reside na exigncia de cauo para os autores estrangeiros ou nacionais no residentes no pas que, se no forem proprietrios de bens imveis no Brasil, devem oferecer garantia para as custas e honorrios advocatcios da parte contrria (art. 835, CPC).

    Por fim, vale mencionar que o desconhecimento dessas informaes no pode inviabilizar o acesso justia, devendo o autor noticiar tal fato na petio inicial, justific-lo e, sempre que possvel, fornecer indcios para identificao do ru. Em aes possessrias, por exemplo, comum atribuir-se ao oficial de justia a incumbncia de, no ato de citao, colher a identificao dos demandados.

    Consequncia prtica

    2VBOEP TF USBUBS EF QFTTPB KVSEJDB JOEJTQFOTWFM RVF B QFUJPJOJDJBM TFKB JOTUSVEB DPN DQJB EPT BUPT DPOTUJUVUJWPT FTUBUVUP PVDPOUSBUP TPDJBM F EB EPDVNFOUBP RVF DPNQSPWF B SFHVMBSJEBEF EFSFQSFTFOUBP BUB EF FMFJPEBEJSFUPSJB FUD

    QBSB KVTUBNFOUF BGFSJSTF RVFN PVUPSHPVNBOEBUP BP BEWPHBEP UJOIB QPEFSFT QBSB UBOUP

    c) o fato e os fundamentos jurdicos do pedido;

    Os fatos e os fundamentos jurdicos do pedido formam a causa de pedir. Os fatos jurdicos so aqueles que geram consequncias jurdicas (contrapem-se aos fatos simples). So aqueles em virtude dos quais o autor justifica seu ingresso em juzo para pleitear uma providncia prevista pelo ordenamento, a que decorre dos efeitos jurdicos daqueles fatos4.

    Consequncia prtica

    /P NBJT OP TF EFWF DPOGVOEJS GVOEBNFOUP KVSEJDP RVF RVBMJGJDBP KVSEJDB FORVBESBNFOUP KVSEJDP DPN GVOEBNFOUBP MFHBMRVF TPPT EJTQPTJUJWPT MFHBJT JOWPDBEPTQFMPEFNBOEBOUF F RVFOPWJODVMBN P KVJ[

    A jurisprudncia no considera inepta a inicial que no menciona os funda-mentos legais do pedido5.

    d) o pedido com as suas especificaes;O pedido o que se pretende com a propositura da demanda. Toda pe-

    tio inicial deve conter expressamente ao menos um pedido. No h, pois,

    4 "-7*."SSVEBManual de direito processual civilFESFWBUVBMFBNQM4P1BVMP35Q

    5 45+&%DMOP"H3HOP3&TQ%'5KSFM.JO'SBODJVMMJ/FUUPDJQ

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  • Cap. 2t1&5*0*/*$*"-

    petio sem pedido, pois o contrrio implicaria a extino do processo por inpcia da inicial.

    O pedido vincula a atividade jurisdicional, de modo que esta no poder ser extra, ultra ou citra petita (arts. 128 e 460 do CPC). O pedido identifica a demanda e critrio para aferio do valor da causa (art. 259, CPC). O pedido deve ser certo e determinado6, ou seja, ser expresso e inteligvel, conclusivo e coerente.

    e) o valor da causa;

    Os critrios para atribuio de valor causa esto fixados no art. 259 do CPC. Quando no se verificar nenhuma daquelas hipteses, deve-se atribuir um valor para fins fiscais, j que o art. 258 do CPC dispe que a toda causa dever ser atribudo um valor certo, ainda que ela no possua contedo econmico imediato.

    Consequncia prtica

    &TTF WBMPS QPEF TFS WBSJWFM &TTB EFGJOJP TF BQMJDB T BFT EFOBUVSF[B DPOTUJUVDJPOBM F DWFM JODMVTJWF BT SFHVMBEBT QPS MFJ FTQFDJBMDPNBQMJDBPTVCTJEJSJBEP$1$/PBMDBOBQPSFYFNQMPPIBCFBTDPSQVT SFHVMBEP QFMP $11

    O ru pode impugnar o valor da causa, devendo faz-lo por pea autnoma (art. 261, CPC), que no suspende o processo. importante destacar que, no pro-cedimento ordinrio, a jurisprudncia majoritria no conhece da impugnao se formulada como preliminar de contestao, diferente do rito sumrio, onde a impugnao pode ser arguida na defesa e decidida na prpria audincia, conforme o art. 277 do CPC.

    f) as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

    Esse dispositivo tem pouca fora prtica, pelo menos no rito ordinrio. No rito sumrio a parte deve apresentar o rol de testemunhas com a inicial e, nesta oportunidade j requerer percia e apresentar quesitos (art. 276, CPC). No rito ordinrio, h uma fase especfica, aps o saneamento do processo, onde as partes so intimadas para indicar os meios de prova.

    De qualquer modo, a boa prtica recomenda a clareza e preciso na indicao das provas pretendidas, desde a inicial. Deve-se, ento, privilegiar a especificidade na indicao da prova e no o simples protesto genrico to comum na prtica

    6 0BSUEP$1$DPOUNHSBWFGBMIBBPFTUBCFMFDFSBEJTKVOPiPVwRVBOEPEFWFSJBFTUBCFMFDFSiDFSUPFEFUFSNJOBEPw

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 29 04/11/2015 09:41:43

  • 30 %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    forense pela produo de todas as provas admitidas em direito. Entretanto, em uma eventual prova, o mero protesto genrico suficiente para fins de pontuao.

    No se pode esquecer que o juiz pode determinar de ofcio a produo das provas que entender necessrias (art. 130, CPC).

    g) requerimento para a citao do ru;

    O autor pode escolher a forma de citao, se pelo correio (regra), se por ofi-cial de justia ou edital. O autor pode ser responsabilizado se agir dolosamente ao requerer uma ou outra forma de citao (citao por edital, por exemplo, quando sabe o paradeiro do ru).

    A citao por edital, em regra, somente deferida quando esgotados os meios ordinrios de localizao do ru. Assim, ainda que o autor possua um nico endereo do ru e descubra, logo na primeira tentativa de citao, que este se mudou, dever requerer a expedio de ofcios na tentativa de localizar o atual paradeiro do ru.

    Ademais, a petio inicial deve ser instruda com os documentos indispen-sveis sua propositura, devendo o autor providenciar a juntada dos documentos pr-constitudos que estiver em seu poder ou alcance7, permitindo-se a juntada de novos documentos em situaes especficas, como, por exemplo, nas hipteses do art. 397 do CPC8.

    2.3. EMENDA DA PETIO INICIAL

    O juiz tem o dever de viabilizar a correo de vcio sanvel na petio inicial. Para tanto, deve intimar o autor para que emende a inicial no prazo de dez dias. O STJ j afirmou que esse prazo pode ser prorrogado a critrio do juiz (REsp 102.398-PR), desde que a situao seja peculiar de modo que justifique a prolongao do prazo. Em geral, a emenda tem que ser feita no prazo de dez dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 295, VI, CPC).

    Consequncia prtica

    4F FOUSFUBOUP P BVUPS BUFOEFVPSEFNEFFNFOEBFNFTNPBTTJNOP TVQSJV DPN FGJDJODJB F EFGJOJUJWJEBEF P WDJP BQPOUBEP QFMPKVJ[ EFWFS FTUF QSPDFEFS BOMJTF EP DBTP DPODSFUP F QSJNBS QFMBDPOUJOVJEBEF EP QSPDFTTPNFEJBOUF B DPODFTTP EF OPWP QSB[P QBSBSFHVMBSJ[BP TFNQSF RVF QPTTWFM 3&TQ #"

    7 "SU$PNQFUFQBSUFJOTUSVJSBQFUJPJOJDJBMBSU

    PVBSFTQPTUBBSU

    DPNPTEPDVNFOUPTEFTUJOBEPTBQSPWBSMIFBTBMFHBFT

    8 "SU MDJUPTQBSUFTFNRVBMRVFS UFNQP KVOUBSBPTBVUPTEPDVNFOUPTOPWPTRVBOEPEFTUJOBEPTBGB[FSQSPWBEFGBUPTPDPSSJEPTEFQPJTEPTBSUJDVMBEPTPVQBSBDPOUSBQMPTBPTRVFGPSBNQSPEV[JEPTOPTBVUPT

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  • Cap. 2t1&5*0*/*$*"- 31

    2.4. INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL

    Se o juiz receber a inicial, mandar citar o ru para apresentar defesa no prazo de quinze dias, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos alegados pelo autor. Se, no entanto, tratar-se de rito sumrio, citar o ru com a antecedncia mnima de dez dias para comparecer audincia de conciliao, munido de defesa instruda com rol de testemunhas e pedido de percia e quesitos para ser apresen-tada caso reste infrutfera a tentativa de conciliao.

    Se ocorrer uma das hipteses do art. 295 do CPC, isto , faltar petio ini-cial algum requisito essencial, estar o juiz diante de um caso de indeferimento. O indeferimento da petio inicial leva extino do processo sem resoluo de mrito, com fundamento no inciso I do art. 267 do CPC (com exceo dos arts. 285-A e 295, VI, do CPC, quando h resoluo de mrito).

    Consequncia prtica

    " QFUJP T EFWF TFS JOEFGFSJEB RVBOEP IPVWFS iTJEP DPOGFSJEB BPQPSUVOJEBEF QBSB RVF P BVUPS B FNFOEF F FTUF OP UFOIB BUFOEJEPTBUJTGBUPSJBNFOUF EFUFSNJOBPw

    Cumpre-nos advertir que o indeferimento da petio inicial s pode ser exe-cutado antes da citao do ru, pois, ao passo que se formou a relao triangular do processo, o magistrado ter de voltar-se anlise dos requisitos e extinguir o processo por outro motivo, isto , quando se verificar a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento vlido e regular do processo (art. 267, IV, CPC).

    2.5. CARACTERSTICAS DO RITO SUMRIO

    No rito sumrio, o autor deve apresentar em sua inicial o rol de testemunhas, bem como requerer percia e, desde logo, formular quesitos, podendo indicar assistente tcnico. Pede-se a citao do ru para comparecer audincia de con-ciliao a ser realizada em trinta dias, devendo este ser citado com a antecedncia mnima de dez.

    Se o ru deixar de comparecer audincia injustificadamente, incidiro sobre ele os efeitos da revelia. As partes devem comparecer pessoalmente audincia, mas podem fazer-se representar por prepostos que tenham poderes para transigir.

    O juiz deve decidir, na prpria audincia, a impugnao ao valor da causa, determinando, se for o caso, a converso do procedimento sumrio em ordinrio. A converso tambm ocorrer quando houver necessidade de prova tcnica de maior complexidade, ou quando o juiz assim o entender conveniente e desde que no haja prejuzo s partes.

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 31 04/11/2015 09:41:43

  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    No obtida a conciliao, oferecer o ru, na prpria audincia, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas, devendo tambm requerer percia nesta oportunidade, sob pena de precluso. O Cdigo de Processo Civil admite que o ru formule pedido contraposto na prpria contestao (no h reconveno no rito sumrio).

    No procedimento sumrio no so admissveis a ao declaratria incidental e a interveno de terceiros salvo a assistncia , o recurso de terceiro prejudicado e a interveno fundada em contrato de seguro.

    2.6. CONFECCIONANDO A PETIO INICIAL

    PETIO INICIAL

    COMPETNCIA "SUT B $1$ +VTUJB $PNVN 'FEFSBM PV &TUBEVBM

    ENDEREAMENTO

    o &YDFMFOUTTJNP 4FOIPS %PVUPS +VJ[ EF %JSFJUP EB 7BSB $WFMEB $PNBSDB&TUBEPo &YDFMFOUTTJNP 4FOIPS %PVUPS +VJ[ EF %JSFJUP EB 7BSB EF'B[FOEB 1CMJDB EB $PNBSDB&TUBEPo &YDFMFOUTTJNP 4FOIPS %PVUPS +VJ[ 'FEFSBM EB 7BSB 'FEFSBMEB 4FP +VEJDJSJB EF

    LEGITIMIDADE ATIVA 2VBMRVFSJOUFSFTTBEP1PUFODJBMDSFEPSEBPCSJHBPMFWBEBBKV[P

    LEGITIMIDADE PASSIVA

    1PUFODJBM EFWFEPS EB PCSJHBP MFWBEB B KV[P

    FUNDAMENTOS LEGAIS

    "SU F TFHVJOUFTEP$1$ 4F SJUP TVNSJPPCTFSWBS BSU F TFHVJOUFT

    REQUERIMENTOS/ PEDIDOS

    o$JUBPEPSVQPSPGJDJBMEFKVTUJBQBSBRVFSFOEPBQSFTFOUBSEFGFTBOPQSB[PEFRVJO[FEJBTTPCQFOBEFTFSFNDPOTJEFSBEPTWFSEBEFJSPTPT GBUPT BMFHBEPTOBQFUJP JOJDJBM BSU $1$oBQSPDFEODJBEPQFEJEPQBSBDPOEFOBSPSVBPQBHBNFOUPEF JOEFOJ[BP QPS EBOPNPSBMo B DPOEFOBPEP SV OBT EFTQFTBT QSPDFTTVBJT F IPOPSSJPTBEWPDBUDJPT OPT UFSNPT EP BSU EP $1$o QSPWBS P BMFHBEP QPS UPEPT PT NFJPT EF QSPWB FN EJSFJUPBENJUJEPTo P BEWPHBEP EP BVUPS SFDFCFS BT DPNVOJDBFT QSPDFTTVBJTFN TFV FTDSJUSJP TJUP OB BSU * $1$

    PARTICULARIDADES o/PSJUPTVNSJPP SVDJUBEPDPNBOUFDFEODJBNOJNBEFEF[ EJBT QBSB DPNQBSFDFS BVEJODJB

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 32 04/11/2015 09:41:44

  • Cap. 2t1&5*0*/*$*"- 33

    2.7. CASO PRTICO DE PETIO INICIAL

    Com muito sacrifcio, Pedro e sua esposa Ruth adquiriram uma unidade residencial no Condomnio Bom-Viver, situado na Rua das rvores, n 1.987. O local, cercado por extensa rea verde, famoso por conferir tranquilidade a seus moradores. Em cada um dos 22 andares, h dois apartamentos.

    Recentemente, o apartamento vizinho ao de Pedro e Ruth foi vendido a Talles, um jovem solteiro, de aproximados 24 anos, torcedor fantico do Pernas de Pau F.C..

    Dia desses, aps assistir ao jogo em que seu time perdera de goleada, Talles avistou Ruth na varanda, vestida com a camiseta do time rival. Irritado, Talles espalhou aos demais moradores do condomnio a histria de que Ruth frequen-temente traa seu marido. No bastasse isso, Talles passou a proferir, da varanda de seu apartamento, palavras de baixo calo, todas direcionadas contra Pedro e Ruth, que se sentiram humilhados e profundamente ofendidos.

    Como advogado do casal, que pretende ser indenizado em 10 mil reais pelas constantes agresses verbais, adote a medida judicial mais adequada, aduzindo os fundamentos constitucionais e infraconstitucionais no caso concreto.

    2.8. RESOLUO DE CASO PRTICO

    &9$&-&/544*.04&/)03%06503+6*;%&%*3&*50%"7"3"$7&-%"$0."3$"%& %0&45"%0

    1&%30OBDJPOBMJEBEFDBTBEPQSPGJTTPDEVMBEFJEFOUJEBEFOJOTDSJUPOP$1'TPCPOF365)OBDJPOBMJEBEFFTUBEPDJWJMQSPGJTTPDEVMBEF JEFOUJEBEFOJOTDSJUBOP$1'TPCPOBNCPTSFTJEFOUFTFEPNJDJMJBEPTOB3VBEBTSWPSFTOFOEFSFPDPNQMFUP

    QPSTFVBEWPHBEPJOTUSVNFOUPEFNBOEBUPBOFYP

    DPNFTDSJUSJPQSPGJTTJPOBMOBFOEFSFPDPNQMFUP

    MPDBMJOEJDBEPQBSBSFDFCFSJOUJNBFT BSU * $1$

    WFNQSFTFOBEF7PTTB&YDFMODJB DPN GVOEBNFOUPOPBSU 9 EB$POTUJUVJP 'FEFSBM F BSUT F EP$EJHP$JWJM CFN DPNPOPBSUFTFHVJOUFTEP$EJHPEF1SPDFTTP$JWJMQSPQPS"01&-0130$&%*.&/50$0.6. OP 3*50 46.3*0 FN GBDF EF5"--&4 OBDJPOBMJEBEF TPMUFJSP QSPGJTTPDEVMB EF JEFOUJEBEF O JOTDSJUP OP $1' TPC P O SFTJEFOUF F EPNJDJMJBEP OB3VBEBTSWPSFT O QFMPTNPUJWPTEF GBUP FEFEJSFJUP B TFHVJS FYQPTUPT

    I DOS FATOS

    $PN NVJUP TBDSJGDJP PT BVUPSFT BERVJSJSBN VNB VOJEBEF SFTJEFODJBM OP$POEPNOJPi#PN7JWFSwTJUVBEPOB3VBEBTSWPSFTO0MPDBMDFSDBEPQPS

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 33 04/11/2015 09:41:44

  • 34 %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    FYUFOTB SFB WFSEF GBNPTP QPS DPOGFSJS USBORVJMJEBEF B TFVTNPSBEPSFT 3FDFOUFNFOUF P BQBSUBNFOUP WJ[JOIP GPSB WFOEJEP B5BMMFT PSB SV VN KPWFN TPMUFJSPEF BQSPYJNBEPT BOPT UPSDFEPS GBOUJDPEPi1FSOBTEF1BV '$w

    %JBEFTTFTBQTBTTJTUJSBP KPHPFNRVFTFVUJNFQFSEFSBEFHPMFBEB5BMMFTBWJTUPV 3VUI OB WBSBOEB WFTUJEB DPN B DBNJTFUB EP UJNF SJWBM *SSJUBEP FTQBMIPVBPT EFNBJT NPSBEPSFT EP DPOEPNOJP B IJTUSJB EF RVF 3VUI GSFRVFOUFNFOUFUSBB TFV NBSJEP /P CBTUBTTF JTTP 5BMMFT QBTTPV B QSPGFSJS EB WBSBOEB EF TFVBQBSUBNFOUPQBMBWSBTEFCBJYP DBMP UPEBTEJSFDJPOBEBT DPOUSB1FESPF3VUIPTRVBJT TF TFOUJSBNIVNJMIBEPT FQSPGVOEBNFOUFPGFOEJEPT

    II DO DIREITO

    "$POTUJUVJP'FEFSBMBTTFHVSBFNTFV5UVMPi%PT%JSFJUPTF(BSBOUJBT'VOEBNFOUBJTw B JOWJPMBCJMJEBEF EB WJEB QSJWBEB IPOSB F JNBHFN EBT QFTTPBT BTTFHVSBOEPB JOEFOJ[BPQFMPEBOPNBUFSJBMFPVNPSBMEFDPSSFOUFEF TVBWJPMBP

    Constituio Federal

    Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer nature-za, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:(...)X TP JOWJPMWFJT B JOUJNJEBEF B WJEB QSJWBEB B IPOSB F B JNBHFNEBT QFTTPBT BTTFHVSBEP P EJSFJUP B JOEFOJ[BP QFMP EBOP NBUFSJBMPVNPSBM EFDPSSFOUFEF TVB WJPMBP

    /P DBTP QSFTFOUF PT BUPT EFTSFTQFJUPT EP SV UN BUFOUBEP DPOUSB B WJEBQSJWBEBEPTBVUPSFTGFSJOEPMIFTBJNBHFNFUJSBOEPMIFTPTPTTFHPRVFTFOEPVNEFTEPCSBNFOUPEBJOUJNJEBEFUBNCNSFDFCFVUSBUBNFOUPFQSPUFPDPOTUJUVDJPOBM

    "MN EJTTP SFGPSBOEP B EJTQPTJP DPOTUJUVDJPOBM EFTUBDBNTF EJTQPTJUJWPTEP$EJHP$JWJM TPCSF BNBUSJB

    Cdigo CivilArt. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.(...)Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (BSUT F ), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

    /PUBTFRVFPMFHJTMBEPSSFGPSPVBQPTTJCJMJEBEFEFJOEFOJ[BPFYDMVTJWBNFOUFQPS EBOPT NPSBJT NFEJEB RVF UFN QPS GJOBMJEBEF DPOGPSUBS BRVFMF RVF TPGSFV PEBOP F UBNCN EFTFTUJNVMBS P BVUPS EP BUP JMDJUP B QSBUJDBS OPWBNFOUF P BUPEFTVNBOPEFTSFTQFJUPTPF JODPODJMJWFM DPNPT WBMPSFTEFVNB TPDJFEBEFRVF TFQSFUFOEB GSBUFSOB

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 34 04/11/2015 09:41:44

  • Cap. 2t1&5*0*/*$*"- 35

    III DO PEDIDO%JBOUFEPFYQPTUP SFRVFSTFBBDJUBPEPSVQPSPGJDJBMEFKVTUJBFDPNBOUFDFEODJBNOJNBEFEF[EJBT

    QBSB DPNQBSFDFS BVEJODJBEF DPODJMJBPQSFWJTUBOP BSU EP$1$ EFWFOEPOFTTFBUPWJSBDPNQBOIBEPEFBEWPHBEPFEFGFTBTPCQFOBEFTFSFNDPOTJEFSBEPTWFSEBEFJSPTPT GBUPT BMFHBEPTOBQFUJP JOJDJBM BSU $1$

    CBQSPDFEODJBEPQFEJEPQBSBDPOEFOBSPSVBPQBHBNFOUPEFJOEFOJ[BPQPSEBOPNPSBM OP WBMPSEF3 EF[NJM SFBJT

    D B DPOEFOBP EP SV OBT EFTQFTBT QSPDFTTVBJT F IPOPSSJPT BEWPDBUDJPTOPT UFSNPTEP BSU EP$1$

    1SPWBS P BMFHBEP QPS UPEPT PT NFJPT EF QSPWB BENJUJEPT FN EJSFJUP FNFTQFDJBMQPSQSPWB UFTUFNVOIBMBEJBOUBOEPTFEFTEF MPHPQPS GPSBEBFYJHODJBMFHBM FYJTUFOUFQBSBP SJUP TVNSJP B SFTQFDUJWB UFTUFNVOIB

    5FTUFNVOIBFRVBMJGJDBP%TF DBVTBPWBMPSEF3 EF[NJM SFBJT

    OPT UFSNPTEPBSU

    EP$1$

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    -PDBM FEBUB"%70("%0

    0"#

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 35 04/11/2015 09:41:44

  • 23EXERCCIOS COMPLEMENTARES

    23.1. BREVE INTRODUO

    No Exame de Ordem, um erro fatal e impeditivo da aprovao a confec-o de uma pea inadequada ao caso prtico proposto. Resolver variados casos e treinar a escolha da soluo jurdica a ser ofertada a cada um deles, dar ao leitor o traquejo necessrio para sempre optar pela pea jurdica correta.

    o intuito deste captulo: por meio de exerccios adicionais, oportunizar novo e intenso treinamento, em que o leitor ter que optar, dentre todas as peas ensinadas, por uma nica que responder com exatido o caso prtico-profissional proposto.

    Acertando ou errando, ao resolver os casos postos abaixo, estar o leitor sedimentando seu aprendizado e adquirindo confiana, experincia e segurana, caractersticas que conduzem aprovao.

    23.2. EXERCCIOS

    EXERCCIO 1

    Tcio, brasileiro, casado, engenheiro, foi aprovado em 12 lugar no con-curso pblico realizado pela Prefeitura do Municpio X. No Edital do concurso constava a existncia de 15 vagas e sua validade era de 2 anos. Foram chamados para posse os dez primeiros colocados. Dois meses antes do fim da vigncia do concurso, o Prefeito publicou novo Edital para realizao de concurso pblico para preenchimento de 5 novas vagas para o mesmo cargo. Inconformado, Tcio requereu ao Prefeito sua nomeao, o que foi negado em ofcio datado h cinco dias, sob a alegao da discricionariedade para chamamento de aprovados em concurso e que a mera aprovao no gera direito nomeao para o cargo.

    Na qualidade de advogado contratado por Tcio, redija a pea cabvel ao tema, observando: a) competncia do Juzo; b) legitimidade ativa e passiva; c)

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 245 04/11/2015 09:41:56

  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    fundamentos de mrito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da pea inaugural; e) necessidade de tutela de urgncia.

    EXERCCIO 2

    Ana Amado, mais conhecida como DonAninha, sacerdote de religio afro-brasileira. Seu terreiro de candombl se localiza no municpio de Capites da Areia, no interior do estado de Tieta. Com a notcia de violao a vrios ter-reiros com violncia e escrnio, DonAninha comeou a se preocupar e conversar sobre isso com seus amigos e pessoas prximas. Um filho de santo e estudante de Direito comentou com DonAninha que havia um direito na Constituio que previa certa proteo aos terreiros, mas que no havia regulamentao. Indignada, DonAninha o procura buscando alguma medida judicial para suprir essa lacuna e poder usufruir do direito de proteo especial, no mbito do Direito Civil e do Direito Penal.

    EXERCCIO 3

    Jos M. Filho, soldado do Exrcito Brasileiro, pretendendo ascender profissionalmente na carreira militar como Oficial se candidatou ao concurso pblico para a Academia Militar das Agulhas Negras, sendo aprovado nas diversas fases (escrita, mdica, fsica etc.), porm, acabou sendo reprovado na fase de investigao social.

    A justificativa do Presidente da Comisso de Concurso dada a Jos foi de que constavam em seus assentamentos individuais informaes que o in-compatibilizavam para o cargo de Oficial, sendo que tais informaes eram provenientes da Organizao Militar que Jos M. Filho servia.

    Indignado com sua excluso do certame, protocolou um pedido adminis-trativo, perante a Administrao Pblica da Unidade que servia em Braslia, a fim de tomar conhecimento das informaes registradas em seus assentamentos individuais. Formulou recursos administrativos e, em ltima instncia teve seu pedido indeferido, documentalmente, pelo Comandante do Exrcito Brasileiro, que alegou serem as informaes sigilosas.

    Diante da situao hipottica apresentada, na condio de advogado de Jos M. Filho, adote a medida judicial cabvel ao caso, a ser apresentada ao rgo competente, com os argumentos que reputar pertinentes, atentando-se para: a) competncia do Juzo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mrito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da pea inaugural.

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 246 04/11/2015 09:41:56

  • Cap. 23t&9&3$$*04$0.1-&.&/5"3&4

    EXERCCIO 32

    Associao em Defesa do Meio Ambiente, entidade sem fins lucrativos, constituda desde 1989, com sede no Estado Y, tem por finalidade a defesa do meio ambiente e do patrimnio pblico no mbito daquele Estado, promovendo a identificao de quem infringe esses valores para enquadr-los judicialmente, obrigando-os a reparar o dano e, quando o caso, tambm indenizar a sociedade.

    A associao descobriu que o Prefeito do Municpio X, pertencente ao Estado Y, contratou sem licitao a empresa Mevius Corporation S.A. para derrubada de rvores em rea de preservao permanente, de propriedade do municpio, mediante a contraprestao mensal de um milho de reais. O contrato tem durao de 12 meses. No foi feito qualquer estudo ambiental e h indcios de que a obra est sendo superfaturada.

    Na qualidade de advogado contratado pela Associao, redija a pea cabvel ao tema, observando: a) competncia do Juzo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mrito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da pea inaugural.

    23.3. GABARITOS DOS EXERCCIOS

    GABARITO DO EXERCCIO 1

    Medida judicial cabvel: Mandado de Segurana Individual (art. 5., LXIX, CF/88 c/c art. 1., Lei 12.016/09).

    Endereamento: Excelentssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara da Fazenda Pblica do Municpio X.

    Legitimidade ativa: TcioLegitimidade passiva: a autoridade coatora o Prefeito (art. 6., 3., Lei

    12.016/09). A pessoa jurdica interessada o Municpio X (art. 6., Lei 12.016/09). Fundamentos jurdicos: violao ao art. 37, caput e I, da CF/88. Direito

    lquido e certo nomeao. Ofensa aos princpios da legalidade, moralidade e eficincia.

    Requerimentos/Pedido:a) a concesso da medida liminar para que o Estado nomeie o impetrante

    ao cargo para o qual foi aprovado em concurso pblico (art. 7., III, Lei 12.016/09);

    b) notificao da autoridade coatora para prestar informaes no prazo de dez dias (art. 7., I, Lei 12.016/09);

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 263 04/11/2015 09:41:57

  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    c) cincia ao rgo de representao judicial da pessoa jurdica a que se vincula a autoridade (art. 7., II, Lei 12.016/09);

    d) intimao do Ministrio Pblico para oferecer parecer no prazo de dez dias (art. 12, Lei 12.016/09);

    e) a concesso da segurana para condenar o Estado a obrigao de fazer, isto , nomear o impetrante ao cargo para o qual foi aprovado em concurso pblico (art. 269, I, CPC);

    f) valor da causa: R$ 1.000,00 (um mil reais), para fins fiscais (art. 258, CPC).

    Cuidado: no requerer a condenao em honorrios advocatcios, em razo do disposto no art. 25 da Lei 12.016/09. Criar tpico especfico para o pedido liminar, demonstrando os requisitos periculum in mora (perigo de dano irreparvel ou de difcil reparao) e fumus boni iuris (verossimilhana das alegaes).

    GABARITO DO EXERCCIO 2

    Medida judicial cabvel: Mandado de Injuno Individual (art. 5, LXXI, CF/88; Lei 8.038/90, art. 24, pargrafo nico; Lei 12.016/09).

    Endereamento: Excelentssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, q, CF/88).

    Legitimidade ativa: Ana AmadoLegitimidade passiva: Congresso Nacional, pois ele possui competncia para

    editar a norma regulamentadora.Fundamentos jurdicos: ausncia de regulamentao do direito proteo

    aos locais de culto e a suas liturgias, nos termos do inciso VI do Art. 5 da CF. Aplicabilidade imediata dos direitos e garantias fundamentais, nos termos do 1 do art. 5 da CF.

    Requerimentos/Pedido:a) notificao da autoridade omissa para prestar informaes no prazo legal

    de dez dias (art. 7, I, da Lei 12.016/09);b) intimao do Procurador-Geral da Repblica para oferecer parecer no

    prazo de dez dias (art. 12 da Lei 12.016/09 c/c art. 103, 1 da CF/88);c) procedncia do pedido, a fim de determinar, de forma mandamental, o

    direito da impetrante proteo especial ao seu local de culto;d) valor da causa: R$ 1.000,00 (mil reais), para fins fiscais (art. 258 do CPC).

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 264 04/11/2015 09:41:57

  • 24PEAS E QUESTES COBRADAS

    NOS EXAMES ANTERIORES

    24.1. BREVE INTRODUO

    neste captulo que o leitor ter a oportunidade de confirmar os dados apresentados no Raio-X do Exame arquitetado no captulo 1.

    Sero apresentadas, de forma organizada e sistematizada por assunto, todas as peas e questes discursivas com seus respectivos gabaritos e espelhos de distribuio de pontos j cobradas pela FGV no Exame de Ordem.

    Conhea o estilo da prova, sua formatao usual, os temas mais recorrentes e as feies narrativas do examinador. Em suma, torne-se especialista no Exame e domine-o rumo aprovao!

    24.2. PEAS COBRADAS NOS EXAMES ANTERIORES

    Peas abordadas pela FGV: Exames Unificados II a XVII

    TEMA 1: AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (4 peas)

    1. (VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 08/07/2012)0&TUBEP,8:FEJUPVOPSNBEF-UFSNJOBOEPBHSBUVJEBEFEPTFTUBDJPOBNFOUPTQSJWBEPTWJODVMBEPTBFTUBCFMFDJNFO-UPTDPNFSDJBJTDPNPTVQFSNFSDBEPTIJQFSNFSDBEPTTIPQQJOHDFOUFSTEFUFSNJOBO-EPNVMUBTQFMPEFTDVNQSJNFOUPFTUBCFMFDFOEPHSBEBPOBTQVOJFTBENJOJTUSB-UJWBTFEFMFHBOEPBP130$0/MPDBMBSFTQPOTBCJMJEBEFQFMBGJTDBMJ[BPEPTFTUBCFMF-DJNFOUPTSFMBDJPOBEPTOPJOTUSVNFOUPOPSNBUJWP5DJPDPOUSBUBEPDPNPBEWPHBEP+VOJPSEB$POGFEFSBP/BDJPOBMEP$PNSDJPDPOTVMUBEPTPCSFBQPTTJCJMJEBEFEFBKVJ[BNFOUPEFNFEJEBKVEJDJBMBQSFTFOUBOEPTFVQBSFDFSQPTJUJWPRVBOUPNBUSJB

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 289 04/11/2015 09:41:58

  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    QPJTBSFGFSJEBMFJBGSPOUBSJBB$3'#&NTFHVJEBEJBOUFEFTTFQSPOVODJBNFOUPB%JSFUPSJBBVUPSJ[BBQSPQPTJUVSBEBBPKVEJDJBMDPOTUBOUFEPQBSFDFS

    /BRVBMJEBEFEFBEWPHBEPFMBCPSFBQFBDBCWFMPCTFSWBOEPB DPNQFUODJBEP+V[PC MFHJUJNJEBEFBUJWBFQBTTJWBD GVOEBNFOUPTEFNSJUPDPOTUJUVDJPOBJTFMFHBJTWJODVMBEPTE SFRVJTJUPTGPSNBJTEBQFBF UVUFMBEFVSHODJB(valor: 5,00)

    ` Gabarito comentado A ao referida no parecer, consoante jurisprudncia assente, a Ao Direta

    de Inconstitucionalidade.O autor ser a Confederao Nacional do Comrcio, legitimada pela norma

    do art. 103, IX, da CRFB, que deve comprovar a pertinncia temtica que est caracterizada nesse caso.

    Sero interessados o Governador do Estado e a Assembleia Legislativa es-tadual.

    A competncia ser do Supremo Tribunal Federal.O fundamento constitucional assente nesse caso a violao da competncia

    legislativa para o Direito Civil privativa da Unio Federal, pelo Congresso Nacional (CRFB, art. 22, I), pois ocorre violao ao direito de propriedade (CRFB, art. 5, XXII).

    H necessidade de medida liminar vez que esto preenchidos os pressupostos legais.

    Os requisitos formais da pea so os previstos no art. 282, do CPC, ressal-tando o requerimento de interveno do Ministrio Pblico e da Advocacia Geral da Unio.

    O fundamento legal para a cautela o art. 10 da Lei n. 9868/99.

    ESPELHO DE CORREO

    ITEM PONTUAO

    oDBCFBMIPDPNQFUODJB 0,00 / 1,00

    oMFHJUJNJEBEFBUJWB 0,00 / 0,50

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 290 04/11/2015 09:41:58

  • Cap. 24t1&"4&26&45&4$0#3"%"4/04&9".&4"/5&3*03&4

    ESPELHO DE CORREO

    ITEM PONTUAO

    %PDBCJNFOUPEB.FEJEB$BVUFMBSo0FYBNJOBOEPEFWFSEFNPOTUSBSRVFBUVUFMBKVSJTEJDJPOBMDBVUFMBSTFGB[OFDFTTSJBQPJTFTUPTVDJFOUFNFOUFEFNPOTUSBEPTPTSFRVJTJUPTEPGVNVTCPOJJVSJTQFMBDMBSF[BEPTWDJPTEFJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFBQPOUBEPT

    FEPQFSJDVMVNJONPSBJTTPFNSB[PEPDPOTUSBOHJNFOUPBPFYFSDDJPEFBUJWJEBEFMDJUBFDPOTUJUVDJPOBMQFMPTQBSUJEPTQPMUJDPT

    $PODMVTPoJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFEB-FJ&TUBEVBMi:wFQPTTJCJMJEBEFEPBKVJ[BNFOUPEB"%*QFSBOUFP45'JODMVTJWFDPNNFEJBDBVUFMBS

    %BUBBTTJOBUVSBF0"#o 0,00 / 0,10

    24.3. QUESTES DISCURSIVAS COBRADAS NOS EXAMES ANTERIORES

    Questes abordadas pela FGV: Exames Unificados II a XVII

    TEMA 1: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (40 questes)

    1.1. Deciso definitiva (5 questes)

    1. (OAB EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2010.2 14/11/2010)6NBMFJFTUBEVBMGPJPCKFUPEF"P%JSFUBEF*ODPOTUJUVDJPOBMJEBEF"%*BKVJ[BEBKVOUPBP45'4VQPOEPRVFP5SJCVOBMUFOIBTFQSPOVODJBEPOFTUFDBTPQFMBJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFQBSDJBMTFNSFEVPEFUFYUPFYQMJRVFPDPODFJUPBDJNBBQPOUBOEPRVBJTPTFGFJUPTEBEFDMBSBPEFJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFOFTUFDBTP

    ` Gabarito comentado A inconstitucionalidade parcial sem reduo de texto uma modalidade de

    declarao de inconstitucionalidade prevista na lei 9868/99 que tem como conse-quncia a declarao de inconstitucionalidade de uma determinada interpretao, sem afetar o texto da norma. dizer, o texto da norma permanece inalterado, mas determinada interpretao que a princpio poderia ser feita da norma considera-da inconstitucional. Esta modalidade de declarao de inconstitucionalidade tem importantes consequncias nos processos de fiscalizao abstrata, como o caso da ADI (citada na questo), pois a declarao de inconstitucionalidade no do texto da norma, mas de sua interpretao, ter eficcia erga omnes (contra todos) e efeito vinculante, conforme dispe o pargrafo nico do art. 28 da lei 9868: A

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 329 04/11/2015 09:42:01

  • 330 %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    declarao de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a inter-pretao conforme a Constituio e a declarao parcial de inconstitucionalidade sem reduo de texto, tm eficcia contra todos e efeito vinculante em relao aos rgos do Poder Judicirio e Administrao Pblica federal, estadual e municipal.

    ESPELHO DE CORREO

    ITEM PONTUAO

    0DPODFJUPEFJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFQBSDJBMTFNSFEVPEFUFYUP 0 / 0,5

    &GFJUPToFDDJBDPOUSBUPEPTFFGFJUPWJODVMBOUF 0 / 0,5

    2. (OAB EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2010.2 14/11/2010) O Conselho Federal da 0"#BKVJ[PVKVOUPBP45'"P%JSFUBEF*ODPOTUJUVDJPOBMJEBEF"%*

    UFOEPQPSPCKFUPVNBSUJHPEFVNBMFJGFEFSBMFNWJHPSEFTEFTFOEPNBOJGFTUBBQFSUJOODJBUFNUJDBEPEJTQPTJUJWPJNQVHOBEPDPNPFYFSDDJPEBBEWPDBDJB

    045'FOUFOEFRVFPSFGFSJEPEJTQPTJUJWPMFHBMJODPOTUJUVDJPOBMNBTQPSGVOEBNFOUPEJTUJOUPEPRVFGPSBBQSFTFOUBEPQFMP$POTFMIP'FEFSBMEB0"#OB"%*UFOEPP45'JODMVTJWFEFDMBSBEPBJODPOTUJUVDJPOBMJEBEFEFTTFNFTNPEJTQPTJUJWPOPKVMHBNFOUPEFVNDBTPDPODSFUPFN3FDVSTP&YUSBPSEJOSJP3&$PNCBTFOBTJOGPSNBFTBDJNBresponda:

    *045'QPEF KVMHBSB"%*QSPDFEFOUFBQBSUJSEF GVOEBNFOUPEJWFSTPEPRVF GPSBBQSFTFOUBEPQFMP$POTFMIP'FEFSBMEB0"# +VTUJmRVF

    **P45'QPEFKVMHBSB"%*QSPDFEFOUFFNSFMBPUBNCNBPVUSPEJTQPTJUJWPEBNFTNBMFJNFTNPOPUFOEPFTUFEJTQPTJUJWPTJEPPCKFUPEB"%* +VTUJmRVF

    ` Gabarito comentadoSegundo a jurisprudncia do STF, o Tribunal, ao julgar ao direta de in-

    constitucionalidade, est limitado em relao ao pedido, mas no causa de pedir, que aberta. dizer, o STF pode considerar a lei impugnada inconstitucional por motivos diversos daqueles apresentados pelo proponente da ADI. Entendimento diverso implicaria reconhecer que uma ADI mal formulada, com argumentos frgeis ou equivocados pela inconstitucionalidade da lei, levando improcedncia da ao e consequente declarao de constitucionalidade da lei.

    Em relao ao pedido, este, a princpio, limitado ao que foi questionado pelo proponente da ao. O STF, no entanto, admite em carter excepcional que dispositivos legais no impugnados na ao sejam declarados inconstitucionais, mas somente se forem dependentes dos dispositivos impugnados. dizer, nos casos em que a inconstitucionalidade de um dispositivo impugnado implica necessaria-mente a inconstitucionalidade de outro no impugnado. A este fenmeno d-se o nome de inconstitucionalidade por arrastamento ou atrao ou consequente.

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 330 04/11/2015 09:42:01

  • 25SIMULADOS

    25.1. BREVE INTRODUO

    Este o ltimo captulo desta obra e, como no podia deixar de ser, ele lhe oferece a derradeira oportunidade de incrementar sua preparao. Temos aqui cinco simulados, formatados no padro utilizado pela FGV quando da confeco do Exame Unificado de Ordem: uma pea prtico-profissional e quatro questes discursivas.

    A sugesto que voc, caro leitor, realize essa atividade como se estivesse efetivamente no domingo do Exame! Praticando voc se tornar capaz de admi-nistrar corretamente o tempo de prova e treinar a escrita legvel, fundamental para o examinador compreender seu raciocnio sem esforo.

    Por isso, selecione na sua agenda de estudos uma data em que o perodo de 5 horas possa ser destacado (sem prejuzo das aulas e leituras) para a feitura dessa prova-simulada. Se organize separando alguns alimentos que podem ser consumidos rapidamente durante a prova, fornecendo energia extra para construir suas respostas. No se esquea da garrafa de gua! Quanto aos materiais, somente podem ser consultados aqueles que so permitidos pelo edital.

    Tudo organizado? O relgio j comeou a marcar... Chegou a hora de con-quistar sua aprovao! Boa prova!

    25.2. SIMULADOS 1

    SIMULADO 1

    Caso prtico profissional

    Jorge requereu vista de processo administrativo relativo a um contrato de aquisio de materiais de escritrio por uma autarquia federal, a fim de obter in-

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 411 04/11/2015 09:42:07

  • %*3&*50$0/45*56$*0/"-'BTF0"# t Nathalia Masson

    formaes e documentos para instruir representao perante os rgos de controle externo. O presidente da entidade, no entanto, recusou ontem o pedido de vista, ao argumento de que as condies contratuais no podem ser divulgadas a terceiros, razo pela qual tinha a incumbncia de guardar confidencialidade.

    Jorge resolve contrat-lo para propor a medida judicial cabvel.

    Na qualidade de advogado contratado por ele, aponte a pea cabvel ao tema, observando: a) competncia do Juzo; b) legitimidade ativa e passiva; c) funda-mentos de mrito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da pea inaugural.

    Questo 1

    Sob o fundamento de ofensa repartio constitucional de competncias entre os entes da Federao, o Procurador-Geral da Repblica prope ao direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, tendo por objeto lei estadual editada em 2010 que complementa a disciplina de determinada matria de direito urbanstico constante de lei federal editada em 2008. Conforme se depreende de elementos extrados do processo, a lei estadual tem por finalidade atender as peculiaridades do Estado-membro, sem contrariar as normas gerais contidas na lei federal preexistente, a qual, contudo, no contm norma de autorizao para que os Estados-membros legislem sobre a matria.

    Nessa hiptese, e nos termos da Constituio da Repblica, responda:A) A quem pertence a competncia para legislar sobre o tema? Poderia o

    Estado ter editado referida lei? (Valor: 0,45)B) O STF deve conhecer a ADI? Avalie a partir dos critrios referentes

    legitimidade para a propositura e objeto da ao. E quanto ao mrito da ao, como deve se pronunciar o STF? (Valor: 0,50)

    C) AGU e PGR sero acionados a se manifestar nesta ao direta? Com qual finalidade? (Valor: 0,30)

    Questo 2

    Renan militar (integra as Foras Armadas desde 2009) e possui 27 anos. Nas eleies de 2016 pretende se candidatar ao cargo de Prefeito do Municpio de Juiz de Fora, em MG. Sua irm gmea, Renata, j vereadora em referido Municpio desde 2012 e, em 2016, pretende se candidatar a reeleio. Sobre o caso narrado, responda justificadamente:

    A) A candidatura de Renan em 2016 constitucionalmente possvel? (Valor: 0,40)

    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 412 04/11/2015 09:42:07

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    B) Nascido em Londres, mas residente no Brasil h vinte anos ininterruptos e sem ostentar qualquer condenao penal, Robert Scoot (37 anos de idade) requereu a nacionalidade brasileira que lhe foi concedida. Assim poder ele exercer, dentre outros, os cargos de Senador e de Ministro do Supremo Tribunal Federal? Justifique e aponte o fundamento constitu-cional pertinente.

    C) David um brasileiro nato condenado pela justia espanhola a pena de quinze anos de priso, por ter participado de ato terrorista com o obje-tivo de fomentar a independncia do pas Basco, atualmente, uma das regies da Espanha. Nessa situao hipottica, considerando que David se encontra no Brasil, o que ocorrer se o governo espanhol solicitar sua extradio para fins de cumprimento da pena?

    D) Jos, nascido em Lisboa Portugal, filho de um portugus com uma brasileira que se mudou para Portugal em busca de melhores oportuni-dades de trabalho. Ao atingir a idade adulta, Jos ingressou na carreira diplomtica, tendo recebido como primeiro posto no exterior o cargo de terceiro secretrio na embaixada de Portugal no Brasil. No Brasil, conhe-ceu uma brasileira de nome Mrcia, com quem se casou. Dessa unio, nasceu, no Brasil, um menino, batizado Ronaldo. Nos termos da Carta Magna Brasileira de 1988, qual a nacionalidade de Ronaldo? Justifique e aponte o fundamento constitucional pertinente.

    25.3. ESPELHOS DE CORREO DOS SIMULADOS

    A) Espelho de correo SIMULADO 1

    Caso prtico profi ssional Mandado de Segurana individual

    Quesitos Avaliados Faixa de Valores Atendimento ao Quesito

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    Direito_Constitucional_2aFaseOAB_3ed.indb 424 04/11/2015 09:42:08