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  • Direito do Trabalho 429

    Direito do Trabalho

    Henrique Correia

    QUESTES1. FONTES

    01. (FCC Analista Judicirio Oficial de Justia Avaliador TRT 4/2015) A sentena normativa a deciso proferida por um Tribu nal do Trabalho em um dissdio coletivo, estabelecendo uma regra geral, abstrata e impessoal que vai reger as relaes entre trabalhadores e empregadores de uma de terminada categoria, sendo classificada no Direito do Tra balho como

    A) fonte material heternoma.

    B) fonte formal autnoma.

    C) regra de hermenutica e no fonte do direito.

    D) fonte formal heternoma.

    E) fonte material profissional.

    COMENTRIOS `

    Nota do autor: A questo aborda o tema das fontes do Direito do Trabalho. Ademais, apresenta menor grau de dificuldade, uma vez que exigia ape-nas o conhecimento do rgo que emana sentena normativa.

    Alternativa correta: D. Comentrio serve para as demais alternativas, uma vez que versam sobre o mesmo assunto. A sentena normativa coloca fim ao conflito coletivo. Ela proferida pelos Tribunais e criam novas condies de trabalho. o chamado Poder Normativo da Justia do Trabalho. Nesse caso, apesar de a sentena normativa ser ato emanado pelo Poder Judicirio, apresenta carter normativo, uma vez que cria normas gerais, abstratas e impesso-ais aplicveis s relaes de emprego das categorias envolvidas no dissdio. So fontes heternomas, uma vez que no h participao direta dos destinatrios.

    02. (FCC Analista Judicirio rea Judiciria TRT 4/2015) Em sentido genrico, fontes do direito con-substancia a expresso metafrica para designar a ori-gem das normas jurdicas. Na Teoria Geral do Direito do Trabalho, so con sideradas fontes formais autnomas:

    A) fatores econmicos e geopolticos.B) fatores sociais e religiosos.C) Constituio Federal e leis complementares.D) medidas provisrias e jurisprudncia.E) acordo coletivo de trabalho e conveno coletiva

    de trabalho.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda o tema das

    fontes do Direito do Trabalho. Lembre-se de que a fonte do direito do trabalho o meio pelo qual nasce a norma jurdica. Algumas fontes so obrigatrias, ou seja, os membros da sociedade devem respeit-las (so normas cogentes e imperativas). Outras fontes, porm, atuam como fase preliminar das normas obri-gatrias, so os movimentos sociais.

    Alternativa correta: E. As fontes formais aut-nomas so discutidas e confeccionadas pelas partes diretamente interessadas pela norma. H, portanto, a vontade expressa das partes em criar essas normas. Dentre as fontes formais autnomas temos as con-venes e os acordos coletivos em que os prprios sujeitos particulares (sindicatos e empresas) criam normas jurdicas para, em regra, ampliar o rol de direi-tos dos integrantes da categoria ou dos empregados de determinada empresa.

    Alternativa A. Os fatores econmicos e geopo-lticos so fontes materiais do Direito do Trabalho, que compreendem fatores ou acontecimentos sociais, polticos, econmicos e filosficos que inspiram o legislador (deputados e senadores) na elaborao das leis. Esses movimentos influenciam diretamente o surgimento ou a modificao das leis.

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  • Henrique Correia430

    Alternativa B. Assim como na alternativa a, compreende fontes materiais do Direito do Trabalho.

    Alternativa C. A Constituio Federal e as leis complementares so fontes formais heternomas. Nas fontes heternomas no h participao direta dos destinatrios, ou seja, essas fontes possuem ori-gem estatal, no caso, advindas do Poder Legislativo.

    Alternativa D. As medidas provisrias e juris-prudncia tambm so fontes formais heternomas, sendo a primeira originria no Poder Executivo e segunda emitida pelo Poder Judicirio.

    03. (FCC Analista Judicirio rea Judiciria TRT16/2014) No tocante as fontes do Direito do Tra-balho considere:

    I. As fontes formais traduzem a exteriorizao dos fatos por meio da regra jurdica.

    II. So fontes formais do Direito do Trabalho as porta-rias ministeriais e a Constituio Federal brasileira.

    III. A sentena normativa e as leis so fontes mate-riais autnomas.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    A) I e II.

    B) I e III.

    C) II e III.

    D) III.

    E) II.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda o tema das

    fontes do Direito do Trabalho. Lembre-se que a fonte do direito do trabalho o meio pelo qual nasce a norma jurdica. Algumas fontes so obrigatrias, ou seja, os membros da sociedade devem respeit-las (so normas cogentes e imperativas). Outras fontes, porm, atuam como fase preliminar das normas obri-gatrias, so os movimentos sociais.

    Alternativa correta: A. Est correto o que se afirma nas assertivas I e II.

    Assertiva I. Correta. As fontes formais so a exteriorizao das normas jurdicas, ou seja, as fontes formais so normas de observncia obrigatria pela sociedade. Todos devem cumpri-las, pois so impera-tivas. Exemplo: conveno, acordo coletivo e leis. As fontes formais podem ser elaboradas pelo Estado ou pelos prprios destinatrios da norma, sem a parti-cipao do Estado. So divididas em fontes formais autnomas e fontes formais heternomas.

    Assertiva II. Correta. As portarias ministeriais e a Constituio Federal so fontes heternomas em que no h participao direta dos destinatrios, ou seja, essas fontes possuem origem estatal (Executivo e Legislativo respectivamente).

    Assertiva III. Incorreta. As sentenas norma-tivas e as leis so fontes formais heternomas, uma vez que compreendem a exteriorizao das normas jurdicas gerais e abstratas em que no h participa-o direta dos destinatrios, ou seja, possuem origem estatal (Judicirio e Legislativo respectivamente).

    04. (FCC Tcnico Judicirio rea Administrativa TRT16/2014) A Consolidao das Leis do Trabalho e a Constituio Federal so fontes

    A) autnomas.

    B) heternimas.

    C) heternima e autnoma, respectivamente.

    D) autnoma e heternima, respectivamente.

    E) extraestatais.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda o tema das

    fontes do Direito do Trabalho. Ressalta-se que as fon-tes formais so a exteriorizao das normas jurdicas, ou seja, so normas de observncia obrigatria pela sociedade. Todos devem cumpri-las, pois so impera-tivas. Exemplo: conveno, acordo coletivo e leis.

    Alternativa correta: B. Comentrio serve para as demais alternativas. Nas fontes heternomas no h participao direta dos destinatrios, ou seja, essas fontes possuem origem estatal (Legislativo, Executivo ou Judicirio). A Constituio Federal, lei fundamental e suprema que estabelece o funciona-mento do Estado e direitos e garantias fundamentais, uma espcie de fonte formal heternoma. Por sua vez, a lei, nesse caso representada pela CLT, fonte heternima, uma vez que elaborada pelo Poder Legislativo. As leis trabalhistas so elaboradas pelo Congresso Nacional, art.22, I, da CF/88.

    05. (FCC Tcnico Judicirio Administrativa TRT 5/2013) Conforme previso expressa contida na Consolidao das Leis do Trabalho, a Justia do Trabalho, na falta de disposies legais ou contratu-ais, decidir conforme o caso, NO podendo utilizar como fonte supletiva do Direito do Trabalho

    A) a jurisprudncia.

    B) os usos e costumes.

    C) valores sociais da livre iniciativa.

    D) os princpios gerais do Direito.

    E) a analogia e equidade.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda o tema das

    fontes do Direito do Trabalho, que so o meio pelo qual nasce a norma jurdica. Algumas fontes so obri-gatrias, ou seja, os membros da sociedade devem

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  • Direito do Trabalho 431

    respeit-las (so normas cogentes e imperativas). Outras fontes, porm, atuam como fase preliminar das normas obrigatrias (movimentos sociais).

    Alternativa correta: C. Comentrio serve para as demais alternativas, uma vez que versam sobre o mesmo assunto. O legislador no tem condies de prever todos os acontecimentos sociais e editar lei especfica para todos os eventos que venham a ocor-rer na sociedade. Assim, se houver um caso ainda no previsto em lei, o juiz dever julg-lo, pois a funo do magistrado pacificar os conflitos. Para isso, poder se valer de tcnicas de integrao: As autoridades administrativas e a Justia do Trabalho, na falta de dis-posies legais ou contratuais, decidiro, conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por equidade e outros princpios e normas gerais de direito, princi-palmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevalea sobre o interesse pblico. (art.8, caput, CLT). Os valores sociais da livre inicia-tiva no so fontes supletivas do Direito do Trabalho, mas esto inseridos como fundamento da Repblica Federativa do Brasil:

    Art.1, inciso IV, CF/88: A Repblica Fede-rativa do Brasil, formada pela unio indis-solvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fun-damentos: os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

    06. (FCC Tcnico Judicirio Administrativa TRT15/2013) No tocante s fontes do Direito, con-sidere:

    I. Fontes formais so as formas de exteriorizao do direito, como por exemplo, as leis e costumes.

    II. A sentena normativa uma fonte heternoma do Direito do Trabalho, assim como regulamento unilateral de empresa.

    III. A Conveno Coletiva de Trabalho, quanto ori-gem, classifica-se como uma fonte estatal.

    IV. A Conveno Coletiva de Trabalho, quanto von-tade das partes, classifica-se como imperativa.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    A) I e IV.

    B) I, II e III.

    C) II, III e IV.

    D) I e II.

    E) II e IV.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda o tema das

    fontes do Direito do Trabalho. Lembre-se que as fon-tes materiais so fatores ou acontecimentos sociais, polticos, econmicos e filosficos que inspiram o legislador (deputados e senadores) na elaborao das leis. Esses movimentos influenciam diretamente o surgimento ou a modificao das leis.

    Alternativa correta: D. Est correto o que se afirma nas assertivas I e II.

    Assertiva I. Correta. As fontes formais so a exteriorizao das normas jurdicas, ou seja, as fontes formais so normas de observncia obrigatria pela sociedade. Todos devem cumpri-las, pois so impera-tivas. Exemplo: conveno, acordo coletivo e leis. As fontes formais podem ser elaboradas pelo Estado ou pelos prprios destinatrios da norma, sem a parti-cipao do Estado. So divididas em fontes formais autnomas e fontes formais heternomas.

    Assertiva II. Correta. Nas fontes heternomas no h participao direta dos destinatrios, ou seja, essas fontes possuem origem estatal (Legislativo, Executivo ou Judicirio). Por meio da sentena nor-mativa, os tribunais colocam fim ao conflito coletivo, criando novas condies de trabalho. o chamado Poder Normativo da Justia do Trabalho. Por sua vez, H discusso, na doutrina, acerca do regulamento de empresa como fonte formal. Regulamento de empresa o conjunto de regras elaboradas pelo empregador para melhor organizar a empresa. O regulamento de empresa no reconhecido, por alguns autores, como fonte formal do direito do tra-balho, sob o argumento de que elaborado de forma unilateral pelo empregador. Entretanto, se o regula-mento da empresa atinge a todos os trabalhadores, de forma impessoal e genrica ou, ainda, que h a participao dos empregados na elaborao do regu-lamento, ser fonte formal autnoma. Dessa forma, entendo que a assertiva est incorreta e, por isso, a questo devia ser anulada.

    Assertiva III. Incorreta. A Conveno Coletiva de Trabalho discutida e confeccionada pelas partes diretamente interessadas pela norma, ou seja, sindi-catos representativos das categorias profissionais e econmicas. Portanto, no se trata de fonte emanada pelo poder estatal. fonte formal autnoma.

    Assertiva IV. Incorreta. Quando vontade das partes, a Conveno Coletiva de Trabalho faculta-tiva, ou seja, as partes tm a liberdade de celebrarem ou no a conveno, bem como de acertar seu conte-do. No h qualquer obrigatoriedade na formulao de uma Conveno Coletiva.

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  • Henrique Correia432

    07. (FCC Analista Judicirio rea Judiciria Oficial de Justia TRT12/2013) No estudo das fon-tes e princpios do Direito do Trabalho,

    A) a CLT relaciona expressamente a jurisprudncia co mo fonte supletiva, a ser utilizada pelas autori-dades administrativas e pela Justia do Trabalho em caso de omisso da norma positivada.

    B) o direito comum ser fonte primria e concor-rente com o direito do trabalho quando houver alguma omisso da legislao trabalhista, con-forme norma expressa da CLT.

    C) a sentena normativa no considerada fonte for mal do direito do trabalho porque produzida em dissdio coletivo e atinge apenas as categorias en volvidas no conflito.

    D) o princpio da aplicao da norma mais favorvel aplica-se no direito do trabalho para garantia dos empregos, razo pela qual, independente de sua po sio hierrquica, deve ser aplicada a norma mais conveniente aos interesses da empresa.

    E) o princpio da primazia da realidade do direito do tra balho estabelece que os aspectos formais prevale cem sobre a realidade, ou seja, a verdade formal se sobrepe verdade real.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda o tema das

    fontes e princpios do Direito do Trabalho. Ademais, no apresenta nvel elevado de dificuldade, uma vez que exigia conhecimentos bsicos sobre o assunto.

    Alternativa correta: A. As autoridades admi-nistrativas e a Justia do Trabalho, na falta de dispo-sies legais ou contratuais, decidiro, conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por equi-dade e outros princpios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito compa-rado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevalea sobre o interesse pblico. (art.8, caput, CLT grifo acrescido).

    Alternativa B. O direito comum ser fonte sub-sidiria do direito do trabalho, naquilo em que no for incompatvel com os princpios fundamentais deste. (art.8, pargrafo nico, CLT).

    Alternativa C. Em caso de dissdio coletivo que tenha por motivo novas condies de trabalho e no qual figure como parte apenas uma frao de empre-gados de uma empresa, poder o Tribunal compe-tente, na prpria deciso, estender tais condies de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa que forem da mesma pro-fisso dos dissidentes. (art.868, CLT). A sentena nor-mativa fonte formal do Direito do Trabalho, uma vez que expressa a prpria criao de normas jurdicas

    gerais, abstratas, impessoais, obrigatrias, para inci-dncia sobre relaes ad futurum.1

    Alternativa D. O princpio da norma mais favo-rvel estabelece que, entre duas ou mais normas possveis de ser aplicadas, utiliza-se a mais favorvel em relao ao trabalhador. Exemplo: h conveno coletiva e acordo coletivo que preveem clusulas de frias. O intrprete (juiz, advogado, procurador do trabalho) dever analisar qual desses instrumentos mais favorvel ao trabalhador, no tocante s frias, e aplic-lo relao empregatcia.

    Alternativa E. O princpio da primazia da reali-dade estabelece que a realidade se sobrepe s dis-posies contratuais escritas. Deve-se, portanto, veri-ficar se o contedo do documento coincide com os fatos. Exemplo: recibo assinado em branco no ato da contratao, posteriormente apresentado em juzo como prova de pagamento das verbas trabalhistas. bvio que esse documento no corresponde ver-dade dos fatos.

    08. (Cespe Analista Judicirio rea Judiciria TRT8/2013) Assinale a opo correta no que diz res-peito aos princpios e fontes do direito do trabalho.

    A) Aplica-se o princpio da primazia da realidade hiptese de admisso de trabalhador em emprego pblico sem concurso.

    B) Conforme expressa previso na CLT, independen-temente do perodo de tempo durante o qual o empregado perceba gratificao de funo, sendo este revertido ao cargo efetivo de origem, ainda que sem justo motivo, ser-lhe- retirada a gratificao, no cabendo a aplicao ao caso dos princpios da irredutibilidade salarial e da estabi-lidade financeira.

    C) As convenes coletivas de trabalho, embora sejam consideradas fontes do direito do trabalho, vinculam apenas os empregados sindicalizados, e no toda a categoria.

    D) A CLT probe expressamente que o direito comum seja fonte subsidiria do direito do trabalho, por incompatibilidade com os princpios fundamen-tais deste.

    E) De acordo com entendimento do TST, com fun-damento no princpio da proteo, havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do outro.

    1. DELGADO, Maurcio Godinho. Curso de Direito do Traba-lho.13. ed. So Paulo: LTr,2014. p.154.

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  • Direito do Trabalho 433

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda os temas

    das fontes e princpios do Direito do Trabalho. Lem-bre-se de que os princpios do Direito do Trabalho tm funo integrativa, ou seja, so aplicados para suprir a lacuna deixada pelo legislador.

    Alternativa correta: E. Havendo a coexis-tncia de dois regulamentos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do outro. (Smula n51, item II, TST)

    Alternativa A. A contratao de servidor pblico, aps a CF/1988, sem prvia aprovao em concurso pblico, encontra bice no respectivo art. 37, II e 2, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestao pactuada, em relao ao nmero de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salrio-mnimo, e dos valores referentes aos depsitos do FGTS. (Smula n363 do TST). H casos em que, mesmo presentes os quatro requisi-tos necessrios para o reconhecimento do vnculo (pessoalidade, onerosidade, no eventualidade e subordinao), o contrato ser declarado nulo, con-sequentemente encerra-se a prestao de servios ao empregador. No caso da contratao sem concurso, previsto nessa Smula n 363, trata-se de trabalho proibido.

    Alternativa B. Percebida a gratificao de funo por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revert-lo a seu cargo efetivo, no poder retirar-lhe a gratificao tendo em vista o princpio da estabilidade financeira. (Smula n372 do TST). Aps o perodo de10 anos, a gratificao incorpora definitivamente o salrio do empregado. Embora no haja previso legal espec-fica nesse sentido, o TST entende que a conduta do empregador em retirar a gratificao afrontaria o princpio da estabilidade financeira do trabalhador. Caso o trabalhador cometa conduta que contrarie a confiana nele depositada, poder ser retirada a gra-tificao, pois o empregador ter, nesse caso, justo motivo.

    Alternativa C. Os sindicatos so entidades representativas de toda a categoria, profissional ou econmica. Assim, o instrumento coletivo gerado a partir das negociaes envolvendo o sindicato abrange no apenas os sindicalizados, mas todos os empregados da categoria.

    Alternativa D. O direito comum ser fonte subsidiria do direito do trabalho, naquilo em que no for incompatvel com os princpios fundamentais deste. (art.8, pargrafo nico, CLT).

    09. (FCC Analista Judicirio Judiciria Oficial de Justia Avaliador TRT18/2013) Em relao aos

    princpios e fontes do Direito do Trabalho, INCOR-RETO afirmar que

    A) a analogia, os usos e costumes no so conside-rados fontes do direito do trabalho, por falta de previso legal.

    B) o princpio da primazia da realidade prev a importncia dos fatos em detrimento de infor-maes contidas nos documentos.

    C) o direito do trabalho se orienta pelo princpio da continuidade da relao de emprego.

    D) o acordo coletivo e a conveno coletiva de tra-balho so fontes formais do direito do trabalho.

    E) a Consolidao das Leis do Trabalho prev que a jurisprudncia fonte subsidiria do Direito do Trabalho.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A questo aborda os temas

    dos princpios e das fontes do Direito do Trabalho. A insero nesse tpico justifica-se pelo fato de que a alternativa correta versa sobre fontes do Direito do Trabalho. Ademais, o candidato deve estar atento para o fato de que a questo exige que seja assina-lada a alternativa incorreta.

    Alternativa incorreta: A. O costume a pr-tica reiterada de uma conduta numa dada regio ou empresa. Trata-se de fonte formal autnoma, pois feita pelas prprias partes interessadas. Cumpre salientar que o costume uma fonte prevista expres-samente no art.460 da CLT:

    Art. 460 da CLT. Na falta de estipulao do salrio ou no havendo prova sobre a importncia ajustada, o empregado ter direito a perceber salrio igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer servio equi-valente ou do que for habitualmente pago para servio semelhante.

    Cabe destacar que a analogia uma tcnica de integrao utilizada para a supresso de eventuais lacunas na lei, no se confundindo com fontes do direito. O legislador no tem condies de prever todos os acontecimentos sociais e editar lei especfica para todos os eventos que venham a ocorrer na socie-dade. H expressa previso nesse sentido:

    Art.8 As autoridades administrativas e a Justia do Trabalho, na falta de disposies legais ou contratuais, decidiro, conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por equidade e outros princpios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse

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  • Henrique Correia434

    de classe ou particular prevalea sobre o interesse pblico.

    Pargrafo nico O direito comum ser fonte subsidiria do direito do trabalho, naquilo em que no for incompatvel com os princpios fundamentais deste.

    Alternativa B. O princpio da primazia da rea-lidade aquele em que a realidade se sobrepe s disposies escritas. Deve-se, portanto, verificar se o contedo do documento coincide com os fatos. Exemplo: recibo assinado em branco no ato da con-tratao, posteriormente apresentado em juzo como prova de pagamento das verbas trabalhistas.

    Alternativa C. O Direito do Trabalho norte-ado pelo princpio da continuidade da relao de emprego. Em regra, o contrato de trabalho firmado por tempo indeterminado, ou seja, no h prazo pre-viamente fixado para seu fim. Alis, de interesse pblico que esses contratos sejam firmados para pra-zos de longa durao, pois, enquanto o empregado estiver trabalhando, haver fonte de sustento, garan-tindo sua dignidade.

    Alternativa D. As fontes formais do Direito do Trabalho compreendem a exteriorizao das normas jurdicas, ou seja, as fontes formais so normas de observncia obrigatria pela sociedade. Dessa forma, o acordo coletivo e a conveno coletiva de trabalho so fontes autnomas de Direito do Trabalho, uma vez que so confeccionadas pelas partes diretamente interessadas pela norma. H, portanto, a vontade expressa das partes em criar essas normas.

    Alternativa E. As autoridades administrativas e a Justia do Trabalho, na falta de disposies legais ou contratuais, decidiro, conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por equidade e outros princpios e normas gerais de direito, principalmente do Direito do Trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou par-ticular prevalea sobre o interesse pblico. (art. 8, CLT). Primeiramente, salienta-se que jurisprudncia a deciso reiterada no mesmo sentido sobre a mesma matria. Assim, apenas se no houver disposies legais a respeito do tema, dever ser utilizada a juris-prudncia (subsidiria). Discute-se acerca de a juris-prudncia ser entendida ou no como fonte formal do Direito do Trabalho, prevalecendo na doutrina e na jurisprudncia apenas como forma de interpreta-o do direito. Entretanto, nos concursos de Tcnico e Analista do TRT, recomenda-se a memorizao nos exatos termos do art.8 da CLT.

    10. (FCC Tcnico Judicirio TRT16/2009) Con-sidere:

    I. Lei ordinria.

    II. Medida provisria.

    III. Sentenas normativas.

    IV. Conveno Coletiva de Trabalho.

    V. Acordo Coletivo de Trabalho.

    So fontes de origem estatal as indicadas APE-NAS em

    A) IV e V.

    B) I, II e V.

    C) I e II.

    D) I, II, IV e V.

    E) I, II e III.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: As fontes de origem estatal

    (fontes formais heternomas) so aquelas em que no h participao direta dos destinatrios em sua elaborao, sendo emanadas pelos Poderes Legisla-tivo (ex.: Lei Ordinria), Executivo (ex.: medida provi-sria) ou Judicirio (ex.: sentena normativa).

    Alternativa correta: E. Apenas os itens I, II e III correspondem a fontes de origem estatal (fontes for-mais heternomas).

    Item I. Trata-se de fonte formal heternoma ela-borada pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional art.22, inciso I, da CF/88).

    Item II. Ato editado pelo Presidente da Rep-blica (Poder Executivo), que possui fora de lei, expe-dido em situaes de relevncia e urgncia (art.59 e art.62, CF/88).

    Item III. A sentena normativa o meio pelo qual os tribunais (Poder Judicirio) colocam fim ao conflito coletivo (dissdio coletivo), criando novas condies de trabalho. Trata-se de manifestao do chamado Poder Normativo da Justia do Trabalho.

    Item IV. a norma coletiva, prevista no art.611 da CLT, que elaborada em acordo celebrado entre sindicato profissional (trabalhadores) e sindicato da categoria econmica (empregadores). Como a norma jurdica (acordo coletivo), elaborado pelas prprias partes envolvidas; trata-se de fonte formal autnoma.

    Item V. a norma coletiva, prevista no 1 do art.611 da CLT, que elaborada em acordo celebrado entre empresa e o sindicato representante da catego-ria profissional. Como a norma jurdica (conveno coletiva) elaborada pelas prprias partes envolvi-das; trata-se de fonte formal autnoma.

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  • Henrique Correia752

    III. distribuio e comercializao de medicamentos e alimentos;

    IV. funerrios;

    V. transporte coletivo;

    VI. captao e tratamento de esgoto e lixo;

    VII. telecomunicaes;

    VIII. guarda, uso e controle de substn-cias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

    IX. processamento de dados ligados a servios essenciais;

    X. controle de trfego areo;

    XI. compensao bancria.

    Dessa forma, as atividades escolares de ensino fundamental no so consideradas atividades ou ser-vios essenciais por no integrarem o rol do art.10 da Lei n7.783/1989.

    603. (FCC TRT8 Analista Judicirio/2010) Marta empregada da empresa R, que atua no ramo de comrcio de peas automobilsticas; Mirna empre-gada da empresa S, que atua no ramo funerrio; e Mnica empregada da empresa T, que atua no ramo imobilirio, com venda e locao de imveis. As categorias de todas as empregadas tiveram frustra-das as negociaes para aumento salarial e, por esse motivo, pretendem a cessao coletiva do trabalho. No caso da categoria de Marta, Mirna e Mnica, a greve dever ser precedida de um aviso de

    A) 48 horas,72 horas e48 horas, respectivamente.

    B) 24 horas,48 horas e24 horas, respectivamente.

    C) 72 horas,48 horas e72 horas, respectivamente.

    D) 72 horas.

    E) 48 horas.

    COMENTRIOS ` Nota do autor: A greve um direito previsto

    na Constituio Federal (art. 9, caput, CF/88). A Lei n7.783/1989 regulamenta o direito de greve.

    Alternativa correta: A. Comentrio serve para as demais alternativas, pois todas elas tratam do mesmo assunto. Nos casos de Marta e de Mnica, a comunicao ao empregador deve ocorrer com ante-cedncia de, no mnimo,48 horas (art.3, pargrafo nico, Lei n7.783/1989 Lei de Greve). J o caso de Mirna diferente, pois ela exerce servio ou atividade considerada essencial (art.10, inciso IV, Lei de Greve); nesse caso, a comunicao, ao empregador e aos usu-rios, dever ocorrer com72 horas de antecedncia paralisao (art.13 da Lei de Greve).

    DICAS1. PRINCPIOS Princpio da norma mais favorvel: entre duas

    ou mais normas possveis de ser aplicadas, utiliza--se a mais favorvel em relao ao trabalhador. A aplicao de uma norma leva a renncia da outra. Nesse sentido:

    Smula n 202 do TST. Existindo, ao mesmo tempo, gratificao por tempo de servio outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, conveno coletiva ou sentena normativa, o empregado tem direito a rece-ber, exclusivamente, a que lhe seja mais benfica.

    Princpio da condio mais benfica: esse prin-cpio assegura ao empregado as vantagens con-quistadas durante o contrato de trabalho, con-forme previsto no art. 468 da CLT. Diante disso, essas conquistas no podero ser alteradas para pior. Nesse sentido:

    Smula n 288 do TST. A I A comple-mentao dos proventos da aposentadoria regida pelas normas em vigor na data da admisso do empregado, observando-se as alteraes posteriores desde que mais favo-rveis ao beneficirio do direito. II Na hip-tese de coexistncia de dois regulamentos de planos de previdncia complementar, insti-tudos pelo empregador ou por entidade de previdncia privada, a opo do beneficirio por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do outro. (grifos acrescidos)

    Smula n 51 do TST. I As clusulas regulamentares, que revoguem ou alte-rem vantagens deferidas anteriormente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento. II Havendo a coexistncia de dois regula-mentos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do outro.

    Princpio da primazia da realidade: a realidade se sobrepe s disposies contratuais escri-tas. Deve-se, portanto, verificar se o contedo do documento coincide com os fatos. Exemplo: recibo assinado em branco no ato da contrata-o, posteriormente apresentado em juzo como prova de pagamento das verbas trabalhistas.

    2. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO Fontes materiais: so fatores ou acontecimentos

    sociais, polticos, econmicos e filosficos que inspi-ram o legislador (deputados e senadores) na elabo-

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    rao das leis. Esses movimentos influenciam dire-tamente o surgimento ou a modificao das leis.

    Fontes formais: so a exteriorizao das normas jurdicas, ou seja, as fontes formais so normas de observncia obrigatria pela sociedade. Todos devem cumpri-las, pois so imperativas. Exem-plo: conveno, acordo coletivo e leis.

    H dois tipos de fontes formais: 1. Fontes for-mais autnomas: so discutidas e confeccio-nadas pelas partes diretamente interessadas pela norma. H, portanto, a vontade expressa das partes em criar essas normas. Exemplo: uma determinada negociao coletiva entre sindicato e empresa resulta em um acordo coletivo.2. Fon-tes formais heternomas: nas fontes heterno-mas no h participao direta dos destinatrios, ou seja, essas fontes possuem origem estatal (Legislativo, Executivo ou Judicirio).

    3. RENNCIA E TRANSAO Em razo do Princpio da Irrenunciabilidade e da

    Indisponibilidade que vigora no direito do traba-lho, h restrio da autonomia da vontade, isto , limita-se a possibilidade de negociao de direitos trabalhistas entre empregado e empregador. Res-salta-se que nesse tpico no ser tratada a nego-ciao coletiva (com participao do sindicato), pois nela h ampla possibilidade de transao, inclusive reduo de direitos dos trabalhadores.

    Renncia um ato unilateral que recai sobre direito certo e atual, por exemplo, o empregado conquistou o direito de frias aps um ano de trabalho e abriria mo (renunciaria) desse direito j conquistado, o que no vlido no direito do trabalho (conforme previsto no art.9 da CLT).

    Em razo do Princpio da Irrenunciabilidade so rarssimos os casos de renncia de direito na rea trabalhista. Um exemplo de renncia, prevista em lei, o pedido de transferncia para outra cidade, feito pelo dirigente sindical. Nesse caso, como ele foi eleito para desempenhar a funo naquela localidade, perderia (renunciaria) o direito esta-bilidade, conforme art.543, 1, da CLT42. Outro exemplo de renncia, citado por alguns autores, ocorre na audincia judicial, na presena do juiz do trabalho. Nesse caso, diante das explicaes do juiz, o empregado poderia renunciar a direitos j conquistados43. Por fim, a jurisprudncia do TST

    42. Art.543, 1, da CLT: O empregado perder o mandato se a transferncia for por ele solicitada ou voluntariamente aceita.

    43. Poder, entretanto, o trabalhador renunciar a seus direi-tos se estiver em juzo, diante do juiz do trabalho, pois nesse caso no se pode dizer que o empregado esteja sendo forado a faz-lo. Estando o trabalhador ainda na

    prev a possibilidade de o trabalhador renunciar ao aviso-prvio, se comprovar que j possui outro emprego, conforme transcrito a seguir:

    Smula n 276 do TST: O direito ao avi-so-prvio irrenuncivel pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento no exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovao de haver o presta-dor dos servios obtido novo emprego.

    A transao, por sua vez, recai sobre direito duvi-doso e requer um ato bilateral das partes, conces-ses recprocas. Na transao h direitos dispon-veis, cujos interesses so meramente particulares. A nica possibilidade de transao individual extrajudicial, prevista em lei, est no art. 625-E da CLT, que trata da Comisso de Conciliao Pr-via. Nesse caso, possvel que o trabalhador, indi-vidualmente, transacione diretamente com seu empregador suas verbas trabalhistas. Fora essa hiptese da Comisso de Conciliao Prvia, nem mesmo com a presena de um representante sin-dical, a transao individual ter validade para o direito do trabalho. Importante ressaltar que no cabe transao de direitos trabalhistas individu-ais em Cmaras de Mediao e Arbitragem. A arbitragem ocorre quando as partes elegem um rbitro com poder de deciso, sendo permitida apenas para dissdios coletivos, conforme pre-visto no art.114, 1, da CF/88.

    O Programa de Demisso Voluntria PDV ou programa de incentivo demisso volunt-ria tambm tratado, por alguns autores, como hiptese de transao individual de direitos tra-balhistas. O PDV tem por objetivo conceder uma vantagem pecuniria ao empregado que se desli-gar do trabalho voluntariamente. utilizado para reduzir os quadros da empresa e tambm para colocar fim ao contrato de trabalho. Importante destacar, entretanto, que o TST tem posiciona-mento no sentido de que a indenizao paga no PDV no pode substituir as verbas trabalhis-tas decorrentes do contrato de trabalho. Alis, o empregado que adere ao PDV no concede qui-tao geral do contrato44, podendo, no futuro,

    empresa que no se poder falar em renncia a direi-tos trabalhistas, pois poderia dar ensejo a fraudes. MAR-TINS, Srgio Pinto. Direito do Trabalho.26. ed. So Paulo: Atlas,2010. p.69.

    44. Nesse mesmo sentido, Smula n 330 do TST: QUITA-O. VALIDADE. A quitao passada pelo empregado, com assistncia de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observncia dos requisitos exigidos nos pargrafos do art.477 da CLT, tem eficcia liberatria em relao s parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado parcela ou parcelas impugnadas. I A quitao no abrange parcelas no consignadas no recibo de quitao

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    discutir parcelas que no foram devidamente quitadas. A seguir ser transcrita a jurisprudncia do TST:

    OJ n 270 da SDI-I do TST. A transao extrajudicial que importa resciso do con-trato de trabalho ante a adeso do empre-gado a plano de demisso voluntria implica quitao exclusivamente das parce-las e valores constantes do recibo.

    OJ n 356 da SDI-I do TST. Os crditos tipicamente trabalhistas reconhecidos em juzo no so suscetveis de compensao com a indenizao paga em decorrncia de adeso do trabalhador a Programa de Incentivo Demisso Voluntria (PDV).

    Quitao geral do contrato PDV (Previ-so em instrumento coletivo). Recentemente (abril/2015), o plenrio do STF45 adotou posio contrria OJ n 270 da SDI-I do TST ao decidir pela validade da clusula de quitao geral ampla e irrestrita das verbas trabalhistas decorrentes do contrato de trabalho desde que previstas em acordo coletivo e nos demais ins-trumentos assinados pelo empregado. Susten-tou-se que a igualdade existente entre os entes coletivos (sindicato da categoria profissional e a empresa) possibilitaria a quitao geral das ver-bas trabalhistas no PDV. Em resumo, a regra per-siste, ou seja, o empregado que adere ao PDV no concede quitao geral do contrato, exceto se houver previso dessa quitao em instrumento coletivo.

    Posicionamento doutrinrio sobre transao. O posicionamento doutrinrio sobre a possibi-lidade de transao. De acordo com o professor Maurcio Godinho Delgado, para as normas de indisponibilidade absoluta no cabe transa-o individual por atingirem o patamar mnimo civilizatrio, por exemplo, o direito anotao da CTPS, ao salrio-mnimo, incidncia das normas de proteo sade e segurana do trabalha-dor46. As normas de indisponibilidade relativa, por sua vez, no atingem o patamar mnimo civilizatrio, o interesse meramente particular. Exemplo de possibilidade de transao indivi-dual: forma de pagamento do salrio (salrio fixo

    e, consequentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo. II Quanto a direi-tos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigncia do contrato de trabalho, a quitao vlida em relao ao perodo expressamente consignado no recibo de qui-tao.

    45. RE n 590415/SC Relator Min. Roberto Barroso Data de julgamento: 30/04/2015.

    46. DELGADO, Maurcio Godinho. Curso do Direito do Traba-lho.9. ed. So Paulo: LTr,2010. p.201.

    ou salrio varivel). As parcelas de indisponibili-dade relativa no podem ser objeto de renncia.

    4. COMISSO DE CONCILIAO PRVIA Finalidade. As Comisses de Conciliao Prvia

    foram criadas como forma de tentar solucionar os conflitos existentes entre empregados e empre-gadores. Podero ser criadas pelas empresas ou pelos sindicatos e, caso existam, na mesma loca-lidade e para a mesma categoria, Comisso de Empresa e Comisso Sindical, o interessado deve optar por uma delas. De acordo com o art.625-A da CLT: As empresas e os sindicatos podem insti-tuir Comisses de Conciliao Prvia, de compo-sio paritria, com representantes dos empre-gados e dos empregadores, com a atribuio de tentar conciliar os conflitos individuais do traba-lho.

    Conflitos individuais. Essa Comisso poder conciliar apenas conflitos individuais de trabalho, ou seja, no tem atribuio para firmar acordos em dissdios coletivos. Alis, a nica forma, prevista em lei, de transao individual (entre empregado e empregador) de verbas trabalhis-tas.

    Composio e nmero de membros. A compo-sio dos membros da Comisso de Conciliao Prvia ser paritria, ou seja, o mesmo nmero de representantes dos trabalhadores e de represen-tantes do empregador. A composio da Comis-so em mbito sindical ter sua constituio e normas definidas em acordo ou conveno cole-tiva. O nmero de membros, em mbito empre-sarial, ser de, no mnimo, 2 e, no mximo, 10 membros.

    Representante dos empregados. Importante destacar que os representantes dos trabalhado-res sero eleitos em votao secreta. Em razo disso, para que no haja perseguio, titulares e suplentes possuiro garantia provisria de emprego (estabilidade), at um ano aps o fim do mandato, salvo se cometerem falta grave. Nesse caso, o art.625-B, 1, da CLT no prev a estabilidade dos representantes dos empregados a partir do registro da candidatura, portanto, nas provas objetivas, importante memorizar nos exa-tos termos da lei.

    Necessidade de submeter a demanda Comis-so de Conciliao Prvia. Nas localidades onde houver Comisso de Conciliao Prvia, a demanda ser submetida tentativa de con-ciliao antes de ingressar com a reclamao trabalhista na Justia do Trabalho (art.625-D da CLT). Entretanto, o Supremo Tribunal Federal STF entende que facultativo ao trabalhador a tentativa de conciliao perante a CCP, ou seja,

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    ele poder ingressar diretamente na Justia do Trabalho.

    Prazo e prescrio. Ao submeter a demanda Comisso, h um prazo de dez dias para realizar a sesso de tentativa de conciliao. Durante esse prazo, a prescrio ficar suspensa. Se no houver conciliao, ser fornecida s partes declarao da tentativa conciliatria frustrada, que dever ser juntada futura reclamao trabalhista.

    Termo de conciliao. Se as partes aceitarem a conciliao, ser lavrado termo de conciliao. Esse termo ter eficcia liberatria geral, ou seja, o empregado no poder rediscutir as mat-rias objeto de conciliao na Justia do Trabalho, pois j houve acordo entre as partes. H exceo, entretanto, no tocante s parcelas expressa-mente ressalvadas.

    Eficcia do termo de conciliao. Esse docu-mento ter fora de ttulo executivo extrajudi-cial, isto , poder ser executado diretamente na Justia do Trabalho. A ttulo de exemplo, o termo de conciliao vale como cheque dado pelo empregador: se no for pago, ser executado. Na reclamao trabalhista, h necessidade de juntar provas (documentos, testemunhas etc.), por isso o processo mais demorado. J na execuo, o processo rpido, pois a instruo realizada com o ttulo executivo.

    Para a semana antes da prova do TRT, segue o quadrinho de resumo sobre CCP:

    Objetivo de solucionar con flitos entre empregados e empregadores

    Podem ser criadas em m bito empresarial ou sindical

    Submeter a demanda CCP:

    Art. 625-D: demanda ser submetida

    Posicionamento do STF: opo do trabalhador

    Prazo de 10 dias: tentativa de conciliao

    Termo de conciliao:

    a) Eficcia liberatria geral

    b) Ttulo executivo extrajudicial

    Comisso de

    Conciliao Prvia

    Composio da CCP: composio paritria

    a) Representantes dos empregadosb) Representante dos empregadores

    mnimo 2 e mximo 10 eleio: representantes dos empregados estabilidade titulares e suplentes

    (representantes dos em pregados) mandato de 1 ano

    permitido uma reconduo

    5. CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDN-CIA SOCIAL Documento obrigatrio. No h formalidade

    especfica para contratar o empregado, pois o contrato de trabalho poder ser celebrado, inclu-sive, de forma verbal. H, entretanto, exigncia de um documento obrigatrio do empregado, chamado de Carteira de Trabalho e Previdncia Social CTPS. Esse documento utilizado para identificao do empregado, servindo como meio de prova na rea trabalhista e previdenci-ria. A falta de anotao da CTPS no afasta o vn-culo empregatcio, mas possibilita que a empresa seja autuada pela fiscalizao.

    Prazo para anotao na CTPS. O prazo para assinatura da carteira de 48 horas, sob pena de pagamento de multa. Nas localidades onde no for emitida a CTPS, o empregado poder ser admitido para exercer as atividades, pelo prazo de 30 dias. A empresa fica obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emisso mais prximo.

    Emisso da CTPS. A CTPS ser emitida pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou, mediante convnio, por rgos federais, estaduais e muni-cipais. No sendo firmados convnios com esses rgos, podero ser conveniados sindicatos para a emisso da CTPS. O sindicato no poder cobrar remunerao pela entrega da CTPS, con-forme previsto no art.26 da CLT.

    Anotaes obrigatrias na CTPS. Os acidentes de trabalho so obrigatoriamente anotados pelo INSS na carteira do acidentado, conforme pre-visto no art.30 da CLT.

    Anotaes desabonadoras. proibido ao empregador efetuar anotaes desabonadoras conduta do empregado. Exemplo: empregado que dispensado por justa causa, com suspeita de furto na empresa ou, ainda, o empregado que falta ao trabalho, injustificadamente. O emprega-dor, mesmo diante dessas condutas, no poder descrev-las na CTPS do empregado.

    Prescrio e CTPS. Na anotao da CTPS, para fins de comprovao perante o INSS, no se aplica o prazo previsto da Constituio Federal, ou seja, o prazo de dois anos a partir do trmino do contrato de trabalho. Esse direito imprescri-tvel, conforme previsto no art.11, 1, da CLT.

    6. EMPREGADO Importncia de identificar o empregado. A

    relao de emprego tem como principal caracte-rstica a presena do empregado, parte mais fraca da relao jurdica. O Direito do Trabalho foi pen-sado e criado exatamente para proteger a figura

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  • Henrique Correia756

    desse trabalhador. H necessidade, entretanto, de diferenciar o trabalhador em sentido amplo e o trabalhador com vnculo empregatcio. A CLT e as demais normas trabalhistas so voltadas ape-nas proteo dos direitos do empregado, ou seja, jornada de trabalho, FGTS, frias, descanso semanal remunerado, dentre outros direitos, so direcionados aos empregados, por isso a impor-tncia de diferenci-los dos trabalhadores aut-nomos, eventuais, estagirios etc. Veja o quadro a seguir, com os 4 requisitos para identificar o empregado:

    PROTEO PREVISTA NA CF/88 E NA CLT

    Princpios protetivos: Salrio-mnimo Limitao da jornada (8 horas dirias) Intervalos Descanso semanal e frias Estabilidade Demais direitos trabalhistas

    Empregado

    *Importante diferenci-lo dos demais trabalhadores, porque os direitos trabalhistas so direcionados ao empregado.

    Requisitos: Pessoa fsica (Pessoalidade) No eventualidade Onerosidade Subordinao

    Exclusividade. No h, na CLT, exigncia de que o empregado preste servios com exclusividade. No requisito para configurar o vnculo empre-gatcio que ele trabalhe para apenas um nico empregador. H possibilidade de vrios contra-tos de trabalho, com empresas diversas, simulta-neamente.

    Local da prestao de servios. O local da pres-tao de servios tambm irrelevante para con-figurar o vnculo empregatcio. Veja, por exemplo, o trabalhador que presta servios em domic-lio desenvolvendo programas de computador; nessa situao, se houver a presena dos requi-sitos da relao empregatcia (habitualidade, onerosidade e subordinao), ser configurada a relao de emprego, com o pagamento de todos os direitos trabalhistas.

    Teletrabalho. A CLT foi recentemente alterada, para prever o teletrabalho, ou seja, o trabalho executado a distncia. Nesse caso, se as ordens so passadas pelo celular ou e-mail, configura a subordinao e, consequentemente, o vnculo empregatcio. Observe a previso expressa da nova redao do art.6 da CLT:

    Art. 6 No se distingue entre o traba-lho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domiclio do empregado e o realizado a distn-cia, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relao de emprego. Pargrafo nico. Os meios telemticos e informatizados de comando, controle e superviso se equiparam, para fins de subordinao jurdica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervi-so do trabalho alheio.

    Experincia prvia (art.442-A da CLT). Recen-temente, a CLT foi alterada para incentivar o ingresso de novos profissionais no mercado de trabalho. Como forma de proporcionar que trabalhadores, ainda sem experincia, possam ocupar novos postos de trabalho, o empregador est proibido de exigir do candidato comprova-o de experincia prvia por tempo superior a6 meses.

    6.1. EMPREGADO RURAL (LEI N5.889/73)

    Direitos equiparados. Inicialmente, o empregado rural no possua os mesmos direitos dos empre-gados urbanos. Com a promulgao da Consti-tuio Federal de1988, ocorreu a equiparao de direitos entre empregados urbanos e rurais.

    Prescrio para o empregado rural. Houve altera-o do art.7, XXIX, da CF/88, e o prazo prescricio-nal do trabalhador rural passou a ser o mesmo do urbano: dois anos para ingressar com a ao judi-cial, aps a extino do contrato, com possibilidade de pleitear os direitos trabalhistas, dos ltimos cinco anos, a contar da propositura da ao.

    6.1.1. PECULIARIDADES DOS EMPREGA-DOS RURAIS Aviso-prvio. O aviso-prvio dado pela parte

    (empregado ou empregador) que decidir pr fim relao empregatcia. Se a iniciativa partir do empregador, a legislao trabalhista prev a reduo da jornada de trabalho, como forma de proporcionar ao trabalhador a busca por um outro emprego. O empregado rural notificado da dispensa sem justa causa tem direito reduo de1 dia por semana para buscar novo emprego, sem prejuzo da sua remunerao.

    Intervalo intrajornada. O intervalo concedido ao empregado rural para descanso e refeio, na jornada superior a seis horas, ser de acordo com os usos e costumes da regio. Cabe frisar, entre-tanto, que o TST tem-se posicionado no sentido de que o empregado rural que tenha jornada superior a seis horas dirias possui o direito ao

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    intervalo de, no mnimo,1 hora. Caso no seja concedido esse intervalo mnimo, haver o paga-mento de horas extras, com base no art.71, 4, da CLT.

    Trabalho noturno. O ser humano no pos-sui hbitos noturnos. Assim sendo, o trabalho noturno deve conter aspectos mais protetivos e possuir remunerao superior do diurno. O horrio noturno ser de acordo com a ativi-dade desenvolvida: a) na pecuria inicia-se s20 horas e termina s 4 horas; b) na agricultura, a jornada ser das 21 horas s 5 horas. A hora noturna rural, ao contrrio do que acontece com o trabalhador urbano, no reduzida, ou seja, a hora ter durao de 60 minutos. Durante a jornada noturna h necessidade de pagamento de adicional noturno de, no mnimo,25% a mais que a hora diurna.

    Salrio-utilidade ou salrio in natura. O sal-rio poder ser pago em dinheiro ou, ainda, em utilidades, como alimentao e moradia. Essa forma de pagamento chamada de salrio in natura ou utilidades. H possibilidade de des-conto do salrio-mnimo para o pagamento das utilidades, respeitando os seguintes percentu-ais: a) at20%, moradia; b) at25%, pelo forne-cimento de alimentao sadia e farta, atendidos os preos vigentes na regio. Para esses des-contos, h necessidade de prvia autorizao do empregado rural; sem tal autorizao, essas dedues sero nulas de pleno direito.

    6.2. CONTRATO TEMPORRIO RURAL (ART.14-A DA LEI N5889/73) Quem pode contratar? Recentemente, houve

    alterao na lei para disciplinar a contratao por pequeno prazo do trabalhador rural, na tenta-tiva de formalizar as contrataes dos diaristas do campo. Apenas o empregador pessoa fsica poder contratar sob essa modalidade, o que exclui as empresas rurais, cooperativas e demais pessoas jurdicas.

    Contrato por prazo determinado. Esse con-trato ser por prazo determinado, com durao mxima de 2 meses dentro do perodo de um ano. Veja que esse contrato possibilita vrios per-odos descontnuos.

    CTPS opcional. O empregador rural obrigado a recolher as contribuies previdencirias e efe-tuar os depsitos do FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Servio. Ademais, dever anotar na CTPS Carteira de Trabalho e Previdncia Social ou poder fazer contrato escrito com o traba-lhador rural.

    Direitos trabalhistas. O trabalhador rural con-tratado por curto perodo ter direito remu-nerao equivalente do trabalhador rural per-manente, e todos os demais direitos de natureza trabalhista, relativos ao contrato por prazo deter-minado. Essas parcelas sero calculadas dia a dia e pagas diretamente ao trabalhador.

    Para a semana antes da prova do TRT segue o quadrinho de resumo sobre empregado rural:

    EMPREGADO RURAL (Lei n5.889/73)

    Empregado

    rural

    equiparao de direitos como os urbanos (art.7 CF/88)identificao: trabalha para empregador ruralprescrio: mesmo perodo dos trabalhadores urbanos (2 anos para ingressar na justia/pedido dos ltimos5 anos)

    Peculiaridades do trabalhador

    rural

    aviso-prvio: reduo de1 dia por semana (iniciativa do empregador)intervalo: de acordo com usos e costumes da regiotrabalho noturno (hora de60 min): pecuria20h s4h agricultura21h s5h adicional noturno:25%salrio-utilidade (desconto sobre salrio-mnimo):

    20% moradia 25% alimentao prvia autorizao

    Contrato temporrio

    rural

    (art.14-A

    Lei Rural)

    empregador: pessoa fsicadurao:2 meses dentro do perodo de1 ano

    recolher FGTS e contribuies previdenciriasmesmos direitos dos demais empregados permanentes

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  • Henrique Correia794

    vantagens ou garantias a seus partcipes, que assumiram os riscos inerentes utiliza-o do instrumento de presso mximo.

    OJ n 11 da SDC/TST. abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e pacificamente, solucionar o conflito que lhe constitui o objeto.

    GREVE

    Servios das atividades essenciais

    previstas em lei (art.10 da Lei de Greve):

    abastecimento de gua, energia e gs;

    assistncia mdica;

    distribuio de alimentos e medi-camentos;

    funerrios;

    transporte coletivo;

    esgoto e lixo;

    telecomunicaes;

    substncias radioativas;

    trfego areo;

    compensao bancria;

    processamentos de dados ligados a servios essenciais.

    Atendimento bsico

    ser fixado em comum acordo entre sindicato, empresa e trabalhador.

    Requisitos para a greve:

    A) convocao de assembleia geral;

    B) tentativa de soluo amigvel;

    C) comunicao prvia (72h servios essenciais e48h para os demais).

    SMULAS APLICVEIS1. REGULAMENTO DE EMPRESA (NORMA REGULAMENTAR) Smula n51 do TST. Norma regulamentar. Van-

    tagens e opo pelo novo regulamento. Art.468 da CLT. I As clusulas regulamentares, que revo-guem ou alterem vantagens deferidas anterior-mente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento. II Havendo a coexistncia de dois regulamen-tos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do outro.

    Smula n 202 do TST. Gratificao por tempo de servio. Compensao. Existindo, ao mesmo tempo, gratificao por tempo de servio outor-gada pelo empregador e outra da mesma natu-reza prevista em acordo coletivo, conveno coletiva ou sentena normativa, o empregado

    tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benfica.

    Smula n77 do TST. Punio. Nula a punio de empregado se no precedida de inqurito ou sindicncia internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.

    Smula n 186 do TST. Licena-prmio. Con-verso em pecnia. Regulamento da empresa. A licena-prmio, na vigncia do contrato de traba-lho, no pode ser convertida em pecnia, salvo se expressamente admitida a converso no regula-mento da empresa.

    1.1. COMPLEMENTAO DE APOSENTA-DORIA Smula n 288 do TST. Complementao dos

    proventos da aposentadoria. I A complemen-tao dos proventos da aposentadoria regida pelas normas em vigor na data da admisso do empregado, observando-se as alteraes pos-teriores desde que mais favorveis ao benefici-rio do direito. II Na hiptese de coexistncia de dois regulamentos de planos de previdncia complementar, institudos pelo empregador ou por entidade de previdncia privada, a opo do beneficirio por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do outro.

    Smula n87 do TST. Previdncia privada. Se o empregado, ou seu beneficirio, j recebeu da instituio previdenciria privada, criada pela empresa, vantagem equivalente, cabvel a deduo de seu valor do benefcio a que faz jus por norma regulamentar anterior.

    Smula n92 do TST. Aposentadoria. O direito complementao de aposentadoria, criado pela empresa, com requisitos prprios, no se altera pela instituio de benefcio previdencirio por rgo oficial.

    Smula n 97 do TST. Aposentadoria. Comple-mentao. Instituda complementao de apo-sentadoria por ato da empresa, expressamente dependente de regulamentao, as condies desta devem ser observadas como parte inte-grante da norma.

    OJ n276 da SDI I do TST. Ao declaratria. Complementao de aposentadoria. incab-vel ao declaratria visando a declarar direito complementao de aposentadoria, se ainda no atendidos os requisitos necessrios aquisi-o do direito, seja por via regulamentar, ou por acordo coletivo.

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    2. PROGRAMA DE INCENTIVO DEMIS-SO VOLUNTRIA OJ n270 da SDI I do TST. Programa de incen-

    tivo demisso voluntria. Transao extraju-dicial. Parcelas oriundas do extinto contrato de trabalho. Efeitos. A transao extrajudicial que importa resciso do contrato de trabalho ante a adeso do empregado a plano de demisso voluntria implica quitao exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.

    OJ n356 da SDI I do TST. Programa de incen-tivo demisso voluntria (PDV). Crditos tra-balhistas reconhecidos em juzo. Compensao. Impossibilidade. Os crditos tipicamente traba-lhistas reconhecidos em juzo no so suscetveis de compensao com a indenizao paga em decorrncia de adeso do trabalhador a Pro-grama de Incentivo Demisso Voluntria (PDV).

    OJ n207 da SDI I do TST. Programa de incen-tivo demisso voluntria. Indenizao. Imposto de renda. No-incidncia. A indenizao paga em virtude de adeso a programa de incentivo demisso voluntria no est sujeita incidncia do imposto de renda.

    3. EMPREGADO

    3.1. DIRETOR ELEITO Smula n269 do TST. Diretor eleito. Cmputo

    do perodo como tempo de servio. O empre-gado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, no se computando o tempo de servio desse perodo, salvo se permanecer a subordinao jurdica ine-rente relao de emprego.

    3.2. BANCRIO Smula n 287 do TST. Jornada de trabalho.

    Gerente bancrio. A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agncia regida pelo art. 224, 2, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agncia bancria, presume-se o exerccio de encargo de gesto, aplicando-se-lhe o art.62 da CLT.

    Smula n102 do TST. Bancrio. Cargo de con-fiana. I A configurao, ou no, do exerccio da funo de confiana a que se refere o art.224, 2, da CLT, dependente da prova das reais atri-buies do empregado, insuscetvel de exame mediante recurso de revista ou de embargos.. II O bancrio que exerce a funo a que se refere o 2 do art.224 da CLT e recebe gratificao no inferior a um tero de seu salrio j tem remune-radas as duas horas extraordinrias excedentes de seis.. III Ao bancrio exercente de cargo de

    confiana previsto no artigo224, 2, da CLT so devidas as 7 e 8 horas, como extras, no per-odo em que se verificar o pagamento a menor da gratificao de1/3.. IV O bancrio sujeito regra do art.224, 2, da CLT cumpre jornada de trabalho de8 (oito) horas, sendo extraordinrias as trabalhadas alm da oitava.. V O advogado empregado de banco, pelo simples exerccio da advocacia, no exerce cargo de confiana, no se enquadrando, portanto, na hiptese do 2 do art.224 da CLT.. VI O caixa bancrio, ainda que caixa executivo, no exerce cargo de confiana. Se perceber gratificao igual ou superior a um tero do salrio do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e no as duas horas extraordinrias alm da sexta.. VII O bancrio exercente de funo de confiana, que percebe a gratificao no inferior ao tero legal, ainda que norma coletiva contemple per-centual superior, no tem direito s stima e oitava horas como extras, mas to somente s diferenas de gratificao de funo, se postula-das.

    Smula n109 do TST. Gratificao de funo. O bancrio no enquadrado no 2 do art.224 da CLT, que receba gratificao de funo, no pode ter o salrio relativo a horas extraordinrias com-pensado com o valor daquela vantagem.

    Smula n 199 do TST. Bancrio. Pr-contrata-o de horas extras. I. A contratao do servio suplementar, quando da admisso do trabalha-dor bancrio, nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mnimo,50% (cinquenta por cento), as quais no configuram pr-contratao, se pactuadas aps a admisso do bancrio. II. Em se tratando de horas extras pr-contratadas, opera-se a prescrio total se a ao no for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em que foram suprimidas.

    Smula n 124 do TST. Bancrio. Hora de sal-rio. Divisor. I. O divisor aplicvel para o clculo das horas extras do bancrio, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sbado como dia de descanso remunerado, ser:. A) 150, para os empregados submetidos jornada de seis horas, prevista no caput do art.224 da CLT;. B)200, para os empre-gados submetidos jornada de oito horas, nos termos do 2 do art.224 da CLT.. II. Nas demais hipteses, aplicar-se- o divisor:. A)180, para os empregados submetidos jornada de seis horas prevista no caput do art.224 da CLT;. B)220, para os empregados submetidos jornada de oito horas, nos termos do 2 do art.224 da CLT.

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  • Henrique Correia796

    Smula n113 do TST. Bancrio. Sbado. Dia til. O sbado do bancrio dia til no trabalhado, no dia de repouso remunerado. No cabe a repercusso do pagamento de horas extras habi-tuais em sua remunerao.

    OJ n 178 da SDI I Bancrio. Intervalo de 15 minutos. No computvel na jornada de trabalho. No se computa, na jornada do bancrio sujeito a seis horas dirias de trabalho, o intervalo de quinze minutos para lanche ou descanso.

    Smula n 226 do TST. Bancrio. Gratificao por tempo de servio. Integrao no clculo das horas extras. A gratificao por tempo de servio integra o clculo das horas extras.

    Smula n240 do TST. Bancrio. Gratificao de funo e adicional por tempo de servio. O adi-cional por tempo de servio integra o clculo da gratificao prevista no art.224, 2, da CLT.

    Smula n 247 do TST. Quebra de caixa. Natu-reza jurdica. A parcela paga aos bancrios sob a denominao quebra de caixa possui natureza salarial, integrando o salrio do prestador de ser-vios, para todos os efeitos legais.

    Smula n93 do TST. Bancrio. Integra a remu-nerao do bancrio a vantagem pecuniria por ele auferida na colocao ou na venda de papis ou valores mobilirios de empresas pertencentes ao mesmo grupo econmico, se exercida essa ati-vidade no horrio e no local de trabalho e com o consentimento, tcito ou expresso, do banco empregador.

    Smula n239 do TST. Bancrio. Empregado de empresa de processamento de dados. banc-rio o empregado de empresa de processamento de dados que presta servio a banco integrante do mesmo grupo econmico, exceto quando a empresa de processamento de dados presta servios a banco e a empresas no bancrias do mesmo grupo econmico ou a terceiros.

    OJ n 123 da SDI I do TST. Bancrios. Ajuda alimentao. A ajuda alimentao prevista em norma coletiva em decorrncia de prestao de horas extras tem natureza indenizatria e, por isso, no integra o salrio do empregado banc-rio.

    Smula n55 do TST. Financeiras. As empresas de crdito, financiamento ou investimento, tam-bm denominadas financeiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancrios para os efeitos do art.224 da CLT.

    Smula n119 do TST. Jornada de trabalho. Os empregados de empresas distribuidoras e cor-retoras de ttulos e valores mobilirios no tm direito jornada especial dos bancrios.

    OJ n 379 da SDI I do TST. Empregado de cooperativa de crdito. Bancrio. Equiparao. Impossibilidade. Os empregados de coopera-tivas de crdito no se equiparam a bancrio, para efeito de aplicao do art. 224 da CLT, em razo da inexistncia de expressa previso legal, considerando, ainda, as diferenas estruturais e operacionais entre as instituies financeiras e as cooperativas de crdito. Inteligncia das Leis ns4.594, de29.12.1964, e5.764, de16.12.1971.

    Smula n 257 do TST. Vigilante. O vigilante, contratado diretamente por banco ou por inter-mdio de empresas especializadas, no banc-rio.

    Smula n117 do TST. Bancrio. Categoria dife-renciada. No se beneficiam do regime legal relativo aos bancrios os empregados de estabe-lecimento de crdito pertencentes a categorias profissionais diferenciadas.

    4. EMPREGADO RURAL

    4.1. ENQUADRAMENTO COMO TRABA-LHADOR RURAL OJ n 38 da SDI I do TST. Empregado que

    exerce atividade rural. Empresa de reflores-tamento. Prescrio prpria do rurcola. (Lei n5.889/73, art.10 e decreto n73.626/74, art.2, 4). O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade est diretamente ligada ao manuseio da terra e de matria-prima, rurcola e no industririo, nos termos do Decreto n 73.626, de 12.02.1974, art. 2, 4, pouco importando que o fruto de seu trabalho seja des-tinado indstria. Assim, aplica-se a prescrio prpria dos rurcolas aos direitos desses empre-gados.

    4.2. PRESCRIO DO TRABALHADOR RU-RAL OJ n271 da SDI I do TST. Rurcola. Prescrio.

    Contrato de emprego extinto. Emenda consti-tucional n 28/2000. Inaplicabilidade. O prazo prescricional da pretenso do rurcola, cujo con-trato de emprego j se extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional n 28, de 26/05/2000, tenha sido ou no ajuizada a ao trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da extino do contrato de emprego.

    OJ n417 da SDI-I do TST. Prescrio. Trabalha-dor rural. Rurcola. Contrato de trabalho em curso. Emenda const.28/2000. CF/88, art.7, XXIX. CLT, art. 11.. No h prescrio total ou parcial da pretenso do trabalhador rural que reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encontrava em curso poca da promulgao da

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  • Direito do Trabalho 797

    Emenda Constitucional28, de26/05/2000, desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicao, observada a prescrio bienal.

    4.3. SALRIO-FAMLIA RURCOLA Smula n 344 do TST. Salrio-famlia. Traba-

    lhador rural. O salrio-famlia devido aos traba-lhadores rurais somente aps a vigncia da Lei n8.213, de24.07.1991.

    4.4. EMPREGADO DOMSTICO Smula n 377 do TST. Preposto. Exigncia da

    condio de empregado. Exceto quanto recla-mao de empregado domstico, ou contra micro ou pequeno empresrio, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligncia do art.843, 1, da CLT e do art.54 da Lei Complementar n123, de14 de dezembro de2006.

    5. EMPREGADOR Smula n 129 do TST. Contrato de trabalho.

    Grupo econmico. A prestao de servios a mais de uma empresa do mesmo grupo econmico, durante a mesma jornada de trabalho, no carac-teriza a coexistncia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrrio.

    OJ n 261 da SDI I do TST. Bancos. Sucesso trabalhista. As obrigaes trabalhistas, inclusive as contradas poca em que os empregados tra-balhavam para o banco sucedido, so de respon-sabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agncias, os direitos e deveres contratuais, caracterizando tpica suces-so trabalhista.

    OJ n 225 da SDI I do TST. Contrato de con-cesso de servio pblico. Responsabilidade trabalhista. Celebrado contrato de concesso de servio pblico em que uma empresa (primeira concessionria) outorga a outra (segunda con-cessionria), o todo ou em parte, mediante arren-damento, ou qualquer outra forma contratual, a ttulo transitrio, bens de sua propriedade:. I. em caso de resciso do contrato de trabalho aps a entrada em vigor da concesso, a segunda con-cessionria, na condio de sucessora, responde pelos direitos decorrentes do contrato de traba-lho, sem prejuzo da responsabilidade subsidiria da primeira concessionria pelos dbitos traba-lhistas contrados at a concesso;. II. no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigncia da concesso, a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores ser exclusiva-mente da antecessora.

    OJ n411 da SDI I do TST. Sucesso trabalhista. Aquisio de empresa pertencente agrupo eco-

    nmico. Responsabilidade solidria do sucessor por dbitos trabalhistas de empresa no adqui-rida. Inexistncia.. O sucessor no responde soli-dariamente por dbitos trabalhistas de empresa no adquirida, integrante do mesmo grupo eco-nmico da empresa sucedida, quando, poca, a empresa devedora direta era solvente ou idnea economicamente, ressalvada a hiptese de m-f ou fraude na sucesso.

    OJ n 92 da SDI I do TST. Desmembramento de municpios. Responsabilidade trabalhista. Em caso de criao de novo municpio, por des-membramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no perodo em que figurarem como real empregador.

    Smula n 430 do TST. Administrao pblica indireta. Contratao. Ausncia de concurso pblico. Nulidade. Ulterior privatizao. Convali-dao. Insubsistncia do vcio.. Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausncia de concurso pblico, quando celebrado originalmente com ente da Adminis-trao Pblica Indireta, continua a existir aps a sua privatizao.

    OJ n343 da SDI I do TST. Penhora. Sucesso. Art.100 da CF/1988. Execuo. vlida apenhora em bens de pessoa jurdica de direito privado, realizada anteriormente sucesso pela Unio ou por Estado-membro, no podendo a execuo prosseguir mediante precatrio. A deciso que a mantm no viola o art.100 da CF/1988.

    Smula n51 do TST. Norma regulamentar. Van-tagens e opo pelo novo regulamento. Art.468 da CLT. I. As clusulas regulamentares, que revo-guem ou alterem vantagens deferidas anterior-mente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento.. II. Havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sis-tema do outro.

    Smula n77 do TST. Punio. Nula a punio de empregado se no precedida de inqurito ou sindicncia internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.

    6. TERCEIRIZAO Smula n331 do TST. Contrato de prestao de

    servios. Legalidade. I. A contratao de trabalha-dores por empresa interposta ilegal, forman-do-se o vnculo diretamente com o tomador dos servios, salvo no caso de trabalho temporrio (Lei n6.019, de03.01.1974).. II A contratao irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, no gera vnculo de emprego com os rgos da admi-

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  • Henrique Correia798

    nistrao pblica direta, indireta ou fundacional (art.37, II, da CF/1988).. III. No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de ser-vios de vigilncia (Lei n7.102, de20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de servi-os especializados ligados atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinao direta.. IV. O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiria do tomador dos servios, quanto quelas obrigaes, desde que hajam participado da relao processual e constem tambm do ttulo executivo judicial (art.71 da Lei n8.666, de21.06.1993). V. Os entes integrantes da administrao pblica direta e indi-reta respondem subsidiariamente, nas mesmas condies do item IV, caso evidenciada a sua con-duta culposa no cumprimento das obrigaes da Lei n 8.666/93, especialmente na fiscalizao do cumprimento das obrigaes contratuais e legais da prestadora de servio como empregadora. A aludida responsabilidade no decorre de mero inadimplemento das obrigaes trabalhistas assu-midas pela empresa regularmente contratada.. VI A responsabilidade subsidiria do tomador de servios abrange todas as verbas decorrentes da condenao referentes ao perodo da prestao laboral.

    OJ n 321 da SDI I do TST. Vinculo emprega-tcio com a administrao pblica. Perodo ante-rior CF/88. Salvo os casos de trabalho tempor-rio e de servio de vigilncia, previstos nas Leis ns6.019, de03.01.74, e7.102, de20.06.83, ile-gal a contratao de trabalhadores por empresa interposta, formando-se o vnculo empregatcio diretamente com o tomador dos servios, inclusi-vemente pblico, em relao ao perodo anterior vigncia da CF/88.

    OJ n185 da SDI I do TST. Contrato de traba-lho com a associao de pais e mestres APM. Inexistncia de responsabilidade solidria ou subsidiria do estado. O Estado-Membro no responsvel subsidiria ou solidariamente com a Associao de Pais e Mestres pelos encargos tra-balhistas dos empregados contratados por esta ltima, que devero ser suportados integral e exclusivamente pelo real empregador.

    OJ n383 da SDI I do TST. Terceirizao. Empre-gados da empresa prestadora de servios e da tomadora. Isonomia. Art.12, A, da Lei n6.019, de03.01.1974. A contratao irregular de traba-lhador, mediante empresa interposta, no gera vnculo de emprego com ente da Administrao Pblica, no afastando, contudo, pelo princpio da isonomia, o direito dos empregados tercei-rizados s mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas queles contratados

    pelo tomador dos servios, desde que presente a igualdade de funes. Aplicao analgica do art.12, A, da Lei n6.019, de03.01.1974.

    OJ n191 da SDI I do TST. Contrato de emprei-tada. Dono da obra de construo civil. Respon-sabilidade. Diante da inexistncia de previso legal especfica, o contrato de empreitada de construo civil entre o dono da obra e o emprei-teiro no enseja responsabilidade solidria ou subsidiria nas obrigaes trabalhistas contra-das pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.

    7. CONTRATO DE TRABALHO

    7.1. IDENTIFICAO PROFISSIONAL DE EMPREGADO. CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDNCIA SOCIAL CTPS Smula n 12 do TST. Carteira profissional. As

    anotaes apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado no geram presuno juris et de jure, mas apenas juris tantum.

    OJ n 82 da SDI I do TST. Aviso-prvio. Baixa na CTPS. A data de sada a ser anotada na CTPS deve corresponder do trmino do prazo do avi-so-prvio, ainda que indenizado.

    7.2. CONTRATO DE EXPERINCIA E CON-TRATO POR PRAZO DETERMINADO Smula n 188 do TST. Contrato de trabalho.

    Experincia. Prorrogao. O contrato de experi-ncia pode ser prorrogado, respeitado o limite mximo de90 dias.

    Smula n163 do TST. Aviso-prvio. Contrato de experincia. Cabe aviso prvio nas rescises ante-cipadas dos contratos de experincia, na forma do art.481 da CLT (ex-Prejulgado n42).

    Smula n 125 do TST. Contrato de trabalho. Art.479 da CLT. O art.479 da CLT aplica-se ao tra-balhador optante pelo FGTS admitido mediante contrato por prazo determinado, nos termos do art.30, 3, do Decreto n59.820, de20.12.1966.

    7.3. DA NULIDADE DO CONTRATO DE TRA-BALHO Smula n363 do TST. Contrato nulo. Efeitos. A

    contratao de servidor pblico, aps a CF/1988, sem prvia aprovao em concurso pblico, encontra bice no respectivo art. 37, II e 2, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestao pactuada, em relao ao nmero de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salrio mnimo, e dos valores referen-tes aos depsitos do FGTS.

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    OJ n 335 da SDI I do TST. Contrato nulo. Administrao pblica. Efeitos. Conhecimento do recurso por violao do art. 37, II e 2, da CF/88Anulidade da contratao sem concurso pblico, aps a CF/88, bem como a limitao de seus efeitos, somente poder ser declarada por ofensa ao art. 37, II, se invocado concomitante-mente o seu 2, todos da CF/88.

    OJ n366 da SDI I do TST. Estagirio. Desvirtu-amento do contrato de estgio. Reconhecimento do vnculo empregatcio com a administrao pblica direta ou indireta. Perodo posterior constituio federal de 1988. Impossibilidade. Ainda que desvirtuada a finalidade do contrato de estgio celebrado na vigncia da Constituio Federal de1988, invivel o reconhecimento do vnculo empregatcio com ente da Administrao Pblica direta ou indireta, por fora do art.37, II, da CF/1988, bem como o deferimento de indeni-zao pecuniria, exceto em relao s parcelas previstas na Smula n363 do TST, se requeridas.

    OJ n164 da SDI I do TST. Oficial de justia ad hoc. Inexistncia de vnculo empregatcio. No se caracteriza o vnculo empregatcio na nomeao para o exerccio das funes de oficial de justia ad hoc, ainda que feita de forma reiterada, pois exaure-se a cada cumprimento de mandado.

    OJ n199 da SDI I do TST. Jogo do bicho. Con-trato de trabalho. Nulidade. Objeto ilcito. Arts.82 e145 do Cdigo Civil. nulo o contrato de traba-lho celebrado para o desempenho de atividade inerente prtica do jogo do bicho, ante a ilici-tude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formao do ato jurdico.

    Smula n386 do TST. Policial militar. Reconhe-cimento de vnculo empregatcio com empresa privada. Preenchidos os requisitos do art. 3 da CLT, legtimo o reconhecimento de relao de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.

    Smula n430 do TST Administrao pblica indireta. Contratao. Ausncia de concurso pblico. Nulidade. Ulterior privatizao. Convali-dao. Insubsistncia do vcio.. Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausncia de concurso pblico, quando celebrado originalmente com ente da Adminis-trao Pblica Indireta, continua a existir aps a sua privatizao.

    7.4. ALTERAO DO CONTRATO DE TRA-BALHO Smula n 372 do TST. Gratificao de funo.

    Supresso ou reduo. Limites. I. Percebida a

    gratificao de funo por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revert-lo a seu cargo efetivo, no poder retirar--lhe a gratificao tendo em vista o princpio da estabilidade financeira..II. Mantido o empregado no exerccio da funo comissionada, no pode o empregador reduzir o valor da gratificao.

    Smula n265 do TST. Adicional noturno. Alte-rao de turno de trabalho. Possibilidade de supresso. A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicio-nal noturno.

    OJ n308 da SDI I do TST. Jornada de trabalho. Alterao. Retorno jornada inicialmente con-tratada. Servidor pblico. O retorno do servidor pblico (administrao direta, autrquica e fun-dacional) jornada inicialmente contratada no se insere nas vedaes do art.468 da CLT, sendo a sua jornada definida em lei e no contrato de tra-balho firmado entre as partes.

    OJ n244 da SDI I do TST. Professor. Reduo da carga horria. Possibilidade. A reduo da carga horria do professor, em virtude da dimi-nuio do nmero de alunos, no constitui altera-o contratual, uma vez que no implica reduo do valor da hora-aula.

    OJ n159 da SDI I do TST. Data de pagamento. Salrios. Alterao. Diante da inexistncia de pre-viso expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alterao da data de pagamento pelo empregador no viola o art.468, desde que observado o pargrafo nico do art.459, ambos da CLT.

    Smula n 381 do TST. Correo monetria. Salrio. Art.459 da CLT. O pagamento dos salrios at o5 dia til do ms subsequente ao vencido no est sujeito correo monetria. Se essa data limite for ultrapassada, incidir o ndice da correo monetria do ms subsequente ao da prestao dos servios, a partir do dia1.

    OJ n28 da SDI I do TST. Correo monetria sobre as diferenas salariais. Universidades fede-rais. Devida. Lei n 7.596/1987. Incide correo monetria sobre as diferenas salariais dos ser-vidores das universidades federais, decorrentes da aplicao retroativa dos efeitos financeiros assegurados pela Lei n7.596/87, pois a correo monetria tem como escopo nico minimizar a desvalorizao da moeda em decorrncia da cor-roso inflacionria.

    Smula n 43 do TST. Transferncia. Presume--se abusiva a transferncia de que trata o 1 do art.469 da CLT, sem comprovao da necessi-dade do servio.

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  • Henrique Correia824

    OJ n 25 da SDC do TST Salrio normativo. Contrato de experincia. Limitao. Tempo de servio. Possibilidade. No fere o princpio da isonomia salarial (art.7, XXX, da CF/88) a previ-so de salrio normativo tendo em vista o fator tempo de servio.

    OJ n 26 da SDC do TST Salrio normativo. Menor empregado. Art.7, XXX, da CF/88. Viola-o. Os empregados menores no podem ser dis-criminados em clusula que fixa salrio mnimo profissional para a categoria.

    OJ n 30 da SDC do TST Estabilidade da ges-tante. Renncia ou transao de direitos constitu-cionais. Impossibilidade. Nos termos do art.10, II, B, do ADCT, a proteo maternidade foi erigida hierarquia constitucional, pois retirou do mbito do direito potestativo do empregador a possibili-dade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravdico. Portanto, a teor do artigo9, da CLT, torna-se nula de pleno direito a clusula que estabelece a possibilidade de renncia ou transao, pela gestante, das garantias referentes manuteno do emprego e salrio.

    OJ n31 da SDC do TST Estabilidade do aciden-tado. Acordo homologado. Prevalncia. Impossi-bilidade. Violao do art.118 da lei n8.213/91. No possvel a prevalncia de acordo sobre legislao vigente, quando ele menos benfico do que a prpria lei, porquanto o carter impera-tivo dessa ltima restringe o campo de atuao da vontade das partes.

    23.3. GREVE OJ n10 da SDC do TST Greve abusiva no gera

    efeitos. incompatvel com a declarao de abusi-vidade de movimento grevista o estabelecimento de quaisquer vantagens ou garantias a seus part-cipes, que assumiram os riscos inerentes utiliza-o do instrumento de presso mximo.

    OJ n11 da SDC do TST Greve. Imprescindibili-dade de tentativa direta e pacfica da soluo do conflito. Etapa negocial prvia. abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e pacificamente, solucionar o conflito que lhe constitui o objeto.

    OJ n38 da SDC do TST. Greve. Servios essen-ciais. Garantia das necessidades inadiveis da populao usuria. Fator determinante da quali-ficao jurdica do movimento. abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define como sendo essenciais comunidade, se no asse-gurado o atendimento bsico das necessidades inadiveis dos usurios do servio, na forma pre-vista na Lei n7.783/89.

    Sumula n 23 do TST. A Justia do Trabalho e competente para processor e julgar as aes pos-sessrias ajuizadas em decorrncia do exercicio do direito de greve pelos trabalhadores da inicia-tiva privada.

    INFORMATIVOS DO TST1. REGULAMENTO INTERNO

    CEF. Norma interna. CI/SUPES/GERET 293/2006. Validade. Opo pela jornada de oito horas. Ingresso em juzo. Retorno automtico jornada de seis horas. Orientao Jurisprudencial Transitria n 70 da SBDI-I.

    vlida a norma interna CI/SUPES/GERET 293/2006, expedida pela Caixa Econmica Federal (CEF), que deter-mina o retorno automtico jornada de seis horas, no caso de o empregado ingressar em juzo contra a opo pela jornada de oito horas. Essa providncia se har-moniza com o reconhecimento da nulidade da opo de jornada consagrada na Orientao Jurisprudencial Transitria n70 da SBDI-I, no havendo falar, portanto, em ofensa ao direito constitucional de acesso ao poder judicirio ou em configurao de ato discriminatrio. Com esse entendimento, a SBDI-I, em sua composio plena, conheceu dos embargos interpostos pela CEF, por divergncia jurisprudencial, e, no mrito, pelo voto prevalecente da Presidncia, deu-lhes provimento para julgar improcedentes os pedidos deduzidos na reclama-o trabalhista. Vencidos o Desembargador Convocado Sebastio Geraldo de Oliveira, relator, e os Ministros Lelio Bentes Corra, Horcio Raymundo de Senna Pires, Rosa Maria Weber, Augusto Csar Leite de Carvalho, Jos Roberto Freire Pimenta e Delade Miranda Arantes. TST-E--ED-RR-13300-70.2007.5.15.0089, SBDI-I, rel. Des. Convo-cado Sebastio Geraldo de Oliveira, red. p/ acrdo Min. Brito Pereira,18.4.2013 (Informativo n43)

    1.1. REQUISITOS PARA DISPENSA PREVIS-TO EM REGULAMENTO INTERNO

    Sociedade de economia mista. Privatizao. Demisso por justa causa. Necessidade de motivao do ato demissional. Previso em norma interna. Des-cumprimento. Nulidade da despedida. Reintegrao. Art.182 do CC.

    A inobservncia da norma interna do Banestado, socie-dade de economia mista sucedida pelo Ita Unibanco S.A., que previa a instaurao de procedimento adminis-trativo para apurao de falta grave antes da efetivao da despedida por justa causa, acarreta a nulidade do ato de dispensa ocorrido antes do processo de privatizao, assegurando ao trabalhador, por conseguinte, a reinte-grao no emprego, com base no disposto no art.182 do CC, segundo o qual, anulado o negcio jurdico, deve-se restituir as partes ao status quo ante. Com esse enten-dimento, a SBDI-I, por maioria, conheceu dos embargos,

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    por divergncia jurisprudencial, e, no mrito, negou-lhes provimento. Vencidos os Ministros Aloysio Corra da Veiga, relator, Ives Gandra Martins Filho, Brito Pereira e Maria Cristina Peduzzi, que davam parcial provimento ao recurso para, reconhecendo a nulidade da justa causa aplicada, convert-la em demisso imotivada e determi-nar o pagamento das diferenas relativas s verbas res-cisrias devidas. TST-E-ED-RR-22900-83.2006.5.09.0068, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corra da Veiga, red. p/ acrdo Min. Joo Oreste Dalazen,6.12.2012 (Informativo33)

    1.2. DESCUMPRIMENTO DE NORMA IN-TERNA

    Progresso salarial anual. Ausncia de avaliaes de desempenho. Descumprimento de norma interna. Art.129 do CC. Diferenas salariais devidas.

    Diante da omisso do empregador em proceder ava-liao de desempenho estabelecida como requisito progresso salarial anual prevista em norma interna da empresa, considera-se implementada a referida con-dio, conforme dispe o art. 129 do CC. A inrcia do reclamado em atender critrios por ele mesmo estabe-lecidos no pode redundar em frustrao da legtima expectativa do empregado de obter aumento salarial previsto em regulamento da empresa, sob pena de se caracterizar condio suspensiva que submete a eficcia do negcio jurdico ao puro arbtrio das partes, o que vedado pelo art.122 do CC. Com esse entendimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos, por divergncia jurisprudencial e, no mrito, deu-lhes provimento para julgar procedente o pedido de dife-renas salariais decorrente da progresso salarial anual por desempenho obstada pelo recorrido. TST-E-ED--RR-25500-23.2005.5.05.0004, SBDI-I, rel. Min. Augusto Csar Leite de Carvalho,12.4.2012. (Informativo n5)

    Promoo por antiguidade. Resoluo da empresa que fixa em zero o percentual de empregados pass-veis de promoo. Equivalncia inobservncia do regulamento interno. Prescrio parcial. Orientao Jurisprudencial n404 da SBDI-I.

    A resoluo da empresa que fixa em zero o percentual de empregados passveis de promoo por antigui-dade, assegurada em regulamento interno, no implica alterao do pactuado e a consequente prescrio total (Smula n 294 do TST), mas sim a inobservncia da norma interna a ensejar a incidncia da prescrio par-cial, nos termos da Orientao Jurisprudencial n 404 da SBDI-I. Comesse entendimento, a SBDI-I, por maioria, vencidos os Ministros Ives Gandra Martins Filho e Brito Pereira, deu provimento ao agravo e, ainda por maioria, vencida a Ministra Dora Maria da Costa, julgou desde logo o recurso de embargos para dele conhecer, por contrariedade Orientao Jurisprudencial n 404 da SBDI-I, e dar-lhe provimento para, reformando o acrdo embargado, determinar o retorno dos autos Turma de origem a fim de prosseguir no julgamento do recurso

    de revista, afastada a prescrio total da pretenso s promoes. TST-Ag-E-RR-36740-87.2007.5.04.0611, SBDI-I, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, red. p/ acrdo Min. Augusto Csar Leite de Carvalho,7.2.2013 (Informativo n35)

    1.3. REGULAMENTO INTERNO PROGRES-SO HORIZONTAL POR MERECIMENTO

    ECT. Plano de Cargos e Salrios. Progresso hori-zontal por merecimento. Deliberao da diretoria. Requisito essencial. No caracterizao de condio puramente potestativa.

    A deliberao da diretoria a que se refere o Plano de Car-gos e Salrios da Empresa de Correios e Telgrafos ECT constitui requisito essencial concesso de progresso horizontal por merecimento, na medida em que esta envo