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1 8 6 4 - 1 9 6 4

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E X P O S I Ç Ã O C O M E M O R A T I V A

DO

CENTENÁRIO DO NASCIMENTO

DE

ALBERTO NEPOMUCENO

DE JANEIRO - B I B L I O T E C A N A C I O N A L ORTALEZA - U N I V E R S I D A D E D O C E A R Á

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ûtJ.QO* W ' t e Z J

ão teria sido possível esta Exposição Comemorativa do Centenário do Nascimento de Alberto Nepomuceno sem que a Biblioteca Nacional contasse com a colaboração da Universidade do Ceará. Em si mesma, eíeito do material reunido, retlete a contribuição do artista definitivamente situado no quadro geral da cultura brasileira. Compositor e regente, pesquisador e intér-prete, pôde atender — em consequência da sensibilidade e da formação — a uma das exigências mais fortes de nossa vida social: foi, em verdade, um dos iniciadores da pesquisa sobre o folclore musical brasileiro. A Biblioteca Nacional, que guarda grande parte do seu trabalho, não poupou esforços para, nesta exposição, concentrar a sua obra completa.

Decisiva, porém, a colaboração d a Universidade do Ceará — tão responsável pela exposição quanto a Biblioteca Nacional — que, através do interêsse do Reitor Antônio Martins Filho, pôs a assis-tí-la o professor Aloysio de Alencar Pinto. Inúmeras peças aue a compõem de bibliotecas de entidades e coleções particulares, demonstram o carinho com que se preservam a obra e o nome do ex-diretor do Instituto Nacional de Música. A Biblioteca agradece, finalmente, a participação da família do compositor representada por seu neto Sérgio Nepomuceno Alvim Correia.

Em introdução crítica, especialmente escrita para o catálogo, o proí. Mozart de Araujo não justifica apenas a exposição ao reerguer as principais atividades do compositor. Revela indireta-mente como a Biblioteca Nacional prossegue cumprindo o dever de zelar pelo patrimônio humano dos valores artísticos brasi-leiros. É Alberto Nepomuceno, nêsse patrimônio, um dos valores mais altos.

ADONIAS FILHO

ara comemorar o transcurso do primeiro centenário de nascimento de Alberto Nepomuceno, a Biblioteca Nacional reúne, nesta exposição, a obra completa do mestre, dando-lhe, pela primeira vez, ordenação cronológica e exibindo, tanto quanto possível, os próprios documentos originais do autor. Rende-se, desfarte, a merecida homenagem a um dos mais ilustres compo-sitores do Brasil, cuja vida, inteiramente devotada à Música, foi, particularmente, um comovente exemplo de dedicação à Música Brasileira.

Não se pretende, porém, que os autógraíos que se alinham nestas vitrines revelem apenas a atividade do compositor. Alberto Nepo-muceno foi, antes de tudo, um Músico, no mais completo e uni-versal sentido da expressão. Compositor, regente, professor e virtuose, seria difícil resumir nesta pequena notícia as principais facetas da sua incansável atividade e da sua extraordinária ca-pacidade de trabalho.

Recordemos, porém, que a êle devemos os primeiros trabalhos de pesquisa científica do folclore musical brasileiro.

A êle se deve a restauração de grande parte da obra do Padre José Maurício, obra que encontrou em estado de completo abandono.

Como pedagogo e como organizador do ensino da música em nosso país, foi Alberto Nepomuceno um dos mais profícuos dire-tores do Instituto Nacional de Música, hoje Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, cargo que exerceu de 1902 a 1903 e de 1906 a 1916 e ao qual emprestou um alto teor de digni-dade administrativa.

Autor da versão vocal do Hino Nacional Brasileiro e laureado, com Leopoldo Miquéz, no concurso de composição do Hino da Proclamação da República, Alberto Nepomuceno é também o autor do hino de sua terra natal, o Ceará.

Incentivador e divulgador da música sinfônica, sua atuação como regente caracterizou-se pelo propósito de revelar, no país, obras de autores europeus ainda desconhecidas, e de levar às platéias do velho mundo, quando em viagem pela Europa, obras de auto-res nacionais como Carlos Gomes, Leopoldo Miguez, Henrique Osvaldo, Francisco Braga.

Sua criação se estende a todos os gêneros da composição musi-cal : da ópera à música sinfônica, da opereta à música sacra, da música de câmara ao coral e à canção artística. O que mais enobrece essa criação, porém, é o esforço que desenvolveu paro dar ã música brasileira uma característica nacional, uma perso-nal idade própria.

Vencendo a incompreensão e os preconceitos de um meio em que só havia receptividade para a música vocal que contivesse texto italiano, alemão ou trancez, Nepomuceno não se arreceiou dos perigos e percalços da ingrata tarefa de dar aos brasileiros o direito de ouvir música na sua própria língua materna. Datam de 1894 as suas primeiras canções em vernáculo. Mas já em 1888, como provam os documentos aqui, expostos, o eminente mú-sico dava em audição pública, no Club Iracema, de Fortaleza, a versão original para piano da "Dança dos Pretos", peça que incorporou depois, em versão sinfônica, à "Série Brasileira", com o nome de "Batuque", em 1895.

De então até a sua morte, ocorrida em 1920, a música brasileira foi o tema condutor de sua atividade : como compositor, desven-dando os mistérios e descobrindo os segredos da então inexistente técnica de compor em brasileiro; como artista consciente da sua função histórica e social, formando e transformando a sensibili-dade de um meio indiferente e até mesmo hostil a tudo o que não trouxesse a etiqueta européia.

Para Nepomuceno a arte tinha pátria e daí a sua preocupação constante e obstinada de construir o nosso patrimônio artístico, tal como já o haviam feito, ao longo de sua história, os povos de civilização mais realizada. O nosso dever de país jovem — era

a sua tése — não era o de permanecer copiando a cultura dêsses povos, mas o de imitá-los na construção de uma cultura própria. Ressalta do sentido e da significação de sua obra que a música, antes de ser uma mensagem de beleza para o prazer do homem, é uma linguagem. E, como os idiomas, ela tem o seu "status" social e os seus dicionários próprios.

Artista de sólida formação intelectual e de aprimorada cultura, foi na Europa, ao contato das personalidades mais eminentes dc música universal que Alberto Nepomuceno adquiriu a convicção de afirmar entre as outras nações a personalidade musical do seu povo, levando à música universal a contribuição sonora do Brasil.

Creio que foi o Jornal do Comércio de 30 de Agosto de 1906 que atribuiu a Alberto Nepomuceno o título de Fundador da Música Brasileira.

Esta exposição, que devemos ao espírito esclarecido de Adonias Filho, Diretor desta casa e ao esforço abnegado de Mercedes Reis Pequeno, Chefe da Seção de Música, vem confirmar aquele título que recebe hoje, nesta oportunidade, a sua definitiva consagra-ção histórica.

MOZART DE ARAUJO

R E L A Ç Ã O D E E N T I D A D E S E P E S S O A S Q U E G E N T I L M E N T E

C O L A B O R A R A M N A E X P O S I Ç Ã O N E P O M U C E N O *

C. F. N. — COLEÇÃO FAMÍLIA NEPOMUCENO

E. N. M. — ESCOLA NACIONAL DE MÚSICA

M. T. M. — MUSEU DO TEATRO MUNICIPAL

M. C. — MUSEU DA CIDADE

A. A, P. — PfiOF. ALOYSIO DE ALENCAR PINTO

A. O. B. — ARQUIVO OCTÁVIO BEVILACQUA

C. A. C. — COLEÇÃO ABRAHÃO DE CARVALHO

C. M. A. — COLEÇÃO MOZART DE ARAUJO

C. S. A. — DR. CARLOS DA SILVA ARAUJO

N. B. N. — PROF. NAIR B. BARROZO NETTO

* As peças sem indicação do proprietário, pertencem ao acervo da Seção de Música da Biblioteca Nacional.

I N F Â N C I A

VITRINA N.° I

Casa da rua Amélia (hoje Senador Pompeu) em Fortaleza ( C e a r á ) onde, a 6 de julho de 1864, nascia Alberto Nepomuceno.

C . F . N .

Certidão do batismo de Alberto Nepomuceno, a 15 de janeiro de 1865, na Catedral da cidade de Fortaleza.

C .F .N .

Fotografias da cidade de Fortaleza em fins do século passado: O Passeio Público e o antigo Mercado.

A . A . P .

Praça da Sé em dia de festa, vendo-se a antiga Catedral onde Nepomuceno foi batizado.

Página manuscrita com apontamentos autobiográficos do compositor.

C .F .N .

11

JUVENTUDE E FORMAÇÃO

VITRINA N.° II

6 — Reprodução fotográfica de duas litogravuras editadas por F. H. Caris; a cidade de Recife ao tempo em que a família Nepomuceno para lá se transferiu (1872).

7 — Estatutos do Clube Carlos Gomes, em Pernambuco. Re-cife Tip. Mercantil, 1863.

Aos 18 anos de idade, o jovem Alberto Nepomuceno íoi nomeado Diretor dos concertos desta organização musical, em substituição ao Maestro Euclides Fonseca.

8 — Retrato do Maestro Euclides Fonseca. C . F . N .

9 — Diploma concedendo a Alberto Nepomuceno o título de Sócio honorário do Clube Carlos Gomes, em Pernam-buco. Datado de 7/9/1880.

C . F . N .

10 — Fotografia da séde do Clube Beethoven, em 1888, na Glória ( a o lado do antigo Hotel Suisso no Rio de Janeiro)

Durante cerca de 10 anos esta sociedade reuniu em seus concertos a elite musical do Rio de Janeiro. Aqui chegando, em 1885, apresenta-se Nepomuceno como pianista, participando de

vários concertos patrocinados pelo Clube.

11 — Notícia do 78.° concerto do Clube Beethoven quando o pianista Nepomuceno, recém-chegado do norte do país, foi apresentado como "novidade da noite", executando peças de Rubinstein, Chopin e Clementi. "Gazeta de Notícias" de 1/11/1885.

12

12 — Programa do 100.° concerto do Clube Beethoven, realizado em 27/6/1886, do qual participaram vários artistas, dentre êles o pianista Arthur Napoleão, o violonce-lista Frederico Nascimento, e Nepomuceno ao piano, executando o 3.° Concerto de Beethoven.

13 — Notícia sobre o concêrto acima citado, publicada na "Ga-zeta de Notícias" de 28/6/1886.

14 — Crítica do concêrto realizado por Nepomuceno no "Impe-rial Conservatório de Música", assinada por O. Gua-nabarino. "O Paiz" de 24/7/1887.

O compositor executou ao piano sua "Romança" em mib, Mazurka em ré menor. Berceuse e um "Scherzo Fantástico".

15 — Retrato de Frederico Nascimento, violoncelista, professor, homem de grande cultura e inseparável companhei-ro de Nepomuceno até sua morte. Juntos fizeram uma "tournée" de concêrtos pelo norte do Brasil, angariando meios para a projetada viagem à Europa do compositor

C .F .N.

16 — Retrato do pianista Arthur Napoleão, outro grande amigo do compositor.

17 — Programa do concêrto dirigido por R. Kinsman Benjamin no Imperial Teatro D. Pedro II, a 6/6/1887, em bene-fício das vítimas dos terremotos da Itália. Nepomu-ceno executou na ocasião com Carlos de Mesquita, a dois pianos, a Rapsódia Espanhola de Chabrier. O frontispício do programa é desenho de Angelo Agostini.

18 Cartão de Suas Altezas a Sereníssima Princesa Isabel, e seu Augusto Esposo, datado de 12/10/1886, convi-dando o compositor para um chá no Palácio Isabel.

C .F .N.

13

VITRINA N ° III

19 — Primeiras composições de Nepomuceno:

Mazuica para violoncelo dedicada a Frederico Nascimento. E. N. M.

Manuscrito original datado de Juiz de Fóra, 27/4/1887.

l . a Mazuica para piano "Une Fleui" — romance para piano

20 — Retrato de Rodolfo Bernardelli. Escultor e grande amigo do compositor. Muito contribuiu para que Nepomu-ceno realizasse sua ambicionada viagem ao exterior.

C . F . N .

21 — Grupo fotografado em 1888, por ocasião de um piquenique no sítio de Guálter Silva, nos arredores de Fortaleza.

C . F . N .

Vêm-se Nepomuceno (ainda sem barba), então em excursão artística pelo norte do país com Frederico Nascimento, sua noiva Riria com seus pais os anfitriões, o governador da Província — Caio Prado, Antonio Martins, o poeta da Abolição, Thomaz Lopez (ainda menino), Antonio Salles e outros amigos.

22 — Notícias dos concertos realizados por Nepomuceno e Nascimento no "Clube Iracema" em Fortaleza, em abril de 1888, "Gazeta do Norte" de 30 de abril, 7 e 11 de maio de 1888.

Nepomuceno executou sua "Prière" e uma "Dança de negros". É curioso salientar o que já em 1888 dizia o comentarista referin-do-se a Nepomuceno : "como musico erudito, procura colecionar e assimilar as canções, as árias, a s melodias populares . . "

23 — Nepomuceno fotografado antes de partir para a Europa. C .F .N .

24 — Rodolfo Bernardelli e Angelo Agostini, com Nepumoceno e outros familiares.

C .F .N .

25 — Instantâneo de Nepomuceno com Frederico Nascimento. C .F .N .

14

26 — Passaporte de Alberto Nepomuceno. C .F .N.

Em agosto de 1888, partiu pa ra a Europa a bordo do vapor Adria, desembarcando em Gênova.

27 — Carta a Frederico Nascimento, escrita de bordo em 27 de agosto.

C .F .N.

Já muito saudoso Nepomuceno comenta ter concluído a ins-trumentação do "Prelúdio" de sua projetada ópera "Porangaba", e iniciado a "Marcha dos índios" e "Prelúdio do 3.° ato". Diz a inda ter composto "Perchè" pa ra canto e piano e revisto sua Rapsódia.

28 — Manuscrito do compositor com o roteiro da ópera "Poran-gaba".

C .F .N.

29 — Liceo Musicale di Santa Cecilia, em Roma, onde Nepomu-ceno estudou sob a orientação do Maestro Eugênio Terziani.

Por morte deste, passou a estudar com o Maestro De Sanctis.

30 — Outra carta a Frederico Nascimento datada de Capri, 30/5/1890.

C .F .N.

Trata de seus estudos, próximos exames no Conservatório de Berlim, e cogita de traduzir desinteressadamente p a r a o portu-guês o "Tratado de Harmonia" de De Sanctis, sondando com o amigo a s possibilidades de fazer adota-lo no Instituto de Música.

Comenta a inda o compositor, ter iniciado um "Concertstück" p a r a piano e orquestra, uma suite de pequenas peças p a r a piano e uma sonata p a r a piano só ou piano e violino ou violoncelo, p a r a o Concurso Rubinstein.

31 — Quarteto para 2 violinos, viola e violoncelo. (Sol menor). C .F .N.

Manuscrito original.

32 — Quarteto para 2 violinos, viola e violoncelo. (Si menor). Roma, 1890.

C .F .N.

Manuscrito original dedicado a Leopoldo Miguez.

15

33 — "Un soneto del Dante — Tanto gentile tanto onesta — per canto e violino con accompagnamento di piano-forte." Para mezzo soprano. Roma, 1889.

C .F .N. Manuscrito original.

34 — "Deux Morceaux pour piano-II Mazurka e Nina Nana". C .F .N.

VITRINA N.° IV

35 — Nepomuceno com Hermínio Barroso. Retrato tirado em Zurich.

C .F .N.

38 — Quarteto para 2 violinos, viola e violoncelo. (Ré menor). Berlim, 1891.

C .F .N. Manuscrito original dedicado a Leopoldo Miguez.

37 _ "Der Wünde Ritter". Versos de H. Heine. C .F .N.

Manuscrito original pa ra canto e piano.

33 — "Albumblátter" n.° 1 — Lá M. Publicada como suplemen-to n.° 9 de 15/12/1891 da revista "Arte Musical" (Rio de Janeiro)

A nota gue acompanha a música refere-se a seis Folhas d'Album enviados da Europa pelo compositor. Só temos conhe-cimento de três.

n.° 2 — Ré b M. Publicada como 2.° su-plemento musical da revista "Re-nascença' de 1904.

n.° 3 — Si b m. Publicada por E. Bevi-lacqua, que também imprimiu as duas anteriores.

39 — Grupo de brasileiros fotografados na Alemanha por volta de 1892. Identificados Nepomuceno, Felix Otero e Silvio Deolindo Fróes.

C.F.N.

16

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40 — "Souvenir" pa ra orquestra de cordas. C . F . N .

No frontispício da parti tura original lê-se: "2 Stücke für Streichorchester: Erinnerung-Spinnlied." Só conhecemos a primeira das duas citadas, que foi executada no Rio de Janeiro em 30 de abril de 1892, conforme notícia na "Gazeta Musical" a.° 8 de maio do mesmo ano, pág . 124.

41 — Retrato da pianista norueguesa Walborg Bang, discípula de Grieg e Leschetizky, com quem Nepomuceno casou-se em 1893.

C . F . N .

42 — Retratos dos filhos do compositor: Eivind, Sigrid e Astrid. C . F . N .

Várias composições de Nepomuceno pa ra piano foram escritas especialmente p a r a sua filha Sigrid que, como pianista, apresen-tava-se em concertos.

43 — Carta de Nepomuceno a seu filho Eivind, da tada de 1/12/1907, quando este se achava estudando na Suiça.

C . F . N .

44 _ "Dromd Lycka". Berlin, 1893. C . F . N .

Manuscrito original pa ra canto e piano.

45 — Peças Líricas para piano, ( Anhelo-Valsa-Dialogo-Galho-fe i ra ) op. 13.

45 — "Valse-lmpromptu" pa ra piano. C . F . N .

Manuscrito original.

47 — "Désirs d'hiver". Poésie de M. Maeterlinck. Paris, Maio, 1894.

C . F . N . Manuscrito original p a r a canto e piano.

43 •— Caderno manuscrito de Nepomuceno, com varias de suas canções escritas entre 1893-1897: a lgumas delas, seus primeiros ensaios de canto em lingua portu-guesa.

C . F . N .

17

Medroso de amor — Tu és o Sol. 1894 (J. Galeno) Désirs d'hiver — Oraison. 1894 (M. Maeterlinck) Eu não te posso dizer mais nada (Amo-te) — Ora

dize-me a verdade. 1894 (J. de Deus) Mater Dolorosa (G. Crespo ) Desterro. 1894 (O . Bilac) Dromd Lycka. 1893. Einklang — Herbst — Gedicht — Sehnsucht nach

vergessen. 1894 (N. Lenau) Les yeux élus — Au jardim des rêves — Il flotte dans

l'air. 1895 (H. Piazza) Morta (A. Salles) Cantos de Sulamita. 1897 (M. Teixeira) Ave Maria. Pascoa 1897 (J. Galeno) Ecce Panis. (1911)

49 — "Zeugniss des Stern'schen Konservatoriums der Musik in Berlin. Berlin den 21sten März 1894."

C . F . N .

Diploma dos cursos de piano, orgão e composição. Nepomu-ceno apresentou dois trabalhos nas provas finais do Conservatório de Berlim, onde permaneceu de 1892 a 1394: Suite p a r a orques-tra de cordas e Scherzo, regendo, com sucesso, a Orquestra Filar-mônica de Berlim.

50 — Scherzo. Berlin, 1894. C . F . N .

Manuscrito original pa ra orquestra.

51 — Suite Antique. E.N.M.

Manuscrito pa ra orquestra de cordas. Supomos que esta peça e a anterior tenham sido os trabalhos apresentados por Nepomuceno, nas provas finais do Conservatório de Berlim.

52 — Notícia do concerto de música brasileira realizado na Salle d'Harcourt em Paris, em 5/2/895 em benefício da Sociedade Brasileira de Beneficência, sob a direção de Francisco Braga e com a participação de Nepo-muceno regendo duas de suas obras sinfônicas: Suite Antique e Scherzo da Sinfonia em sol. Publi-cada na revista "A Semana" de 23/3/1895.

18

VITRINA N.° V

53 — Hino da Proclamação da República. Instrumentado de memória por Francisco Braga.

M.C . Manuscrito original do instrumentador.

54 — Retrato do Maestro Francisco Braga, companheiro de Ne-pomuceno e grande divulgador de sua obra, no Brasil e no estrangeiro.

55 — Declaração do compositor sobre pensões e auxílios rece-bidos para custear sua viagem de estudos à Europa. Publicada no "Jornal do Comercio" de 9/8/1895.

VITRINA N.° VI

56 — Título de nomeação de Alberto Nepomuceno para profes-sor de orgão do Instituto Nacional de Música. Datado de 17 de abril de 1894, tendo o compositor tomado posse na Legação do Brasil em Paris, a 27 de junho de 1895.

C . F . N .

57 — Música incidental de Nepomuceno para a "Electra" de Sófocles, em versão francesa, de C. Chabault.

C . F . N . Rascunho manuscrito.

58 — Programa de apresentação em Sainte Barbe des Champs, do drama "Electra' de Sofocles em tradução francesa de Charles Chabault, professor naquela localidade, com música de A. Nepomuseno. Datado de 30 de maio de 1895.

C . F . N .

53 — Crítica publicada no jornal "La Plume" de Paris e trans-crita no "Jornal do Comercio" de 3 de agosto de 1895.

"O Sr. Alberto Nepomuceno compôs p a r a essa notável tra-dução, uma música de cena original e muito arcaica, ora tocante, ora faustosa, sempre apropr iada à si tuação e ao texto que ela acompanha."

19

60 — Carta de C. Chabault, datada de Paris 13/7/1899, refe-rindo-se a uma possível apresentação da peça acima citada na capital francesa.

Não conseguimos mais esclarecimentos confirmando esia apre-sentação.

C . F . N .

61 — Programa do concerto realizado por Nepomuceno no Ins-tituto Nacional de Música, a 4 de agosto de 1895. Recém-chegado da Europa, após uma ausência do sete anos, apresentou-se Nepomuceno como organista e pianista, num programa onde figuravam várias de suas obras em primeira audição; Sonata para piano, trechos de música de cena para a "Electra" de Sófo-cles, canções com versos de N. Lenau, H. Piazza, João de Deus (Ora dize-me a verdade e Amo-te muito) G. Crespo (Mater Dolorosa) e J. Galeno (Tu és c sol)

C .F .N . »

62 — Crítica do concerto acima citado, publicada no "Jornal do Comercio" de 5/8/1895.

"O concerto foi um triunfo esplêndido para o Sr. A. Nepo-muceno, que foi consagrado — artista superior — pelo público que o aclamou em um entusiasmo d e l i r a n t e . . . "

63 — Sonata em fá menor para piano. C . F . N .

Manuscrito original.

64 — 2 Canções para meio soprano com acompanhamento de piano: 1.° Ora dize-me a verdade. 2.° Amote- muito. Versos de João de Deus.

C M . A .

65 — 2 Canções para canto com acompanhamento de piano: Mater Dolorosa (G. Cresoo) e Tu és o sol (J. Galeno).

C . M . A .

20

6S —• Nepomuceno e o canto em português. A propósito de uma canção de Gabriel Dufriche. "Jornal do Comércio" de 24/9/1895.

Recém-chegado da Europa e já trazendo consigo a lgumas canções em lingua portuguesa, Nepomuceno inicia logo, contra a opinião geral da época, sua c a m p a n h a em prol do canto em lingua vernácula, pa ra a qual contribuiu com as mais be las pág inas de seu estro musical.

67 — Carta de Alexandre Guilmant, de 18 de outubro de 1895, acompanhando uma declaração sua sobre os méritos musicais de Nepomuceno, que com êle fizera estu-dos de aperfeiçoamento de orgão, em Paris.

C .F .N .

68 — Número de 31 de Maio de 1896 da revista "Amphion" (Lisboa) com extensa biografia do jovem e talentoso músico cearense.

Transcrita do "Comércio de Pernambuco" de dezembro de 1895. Assinada: I . P .

69 — Programa do concerto no Cassino Fluminense, a 27 de outubro de 1895, com orquestra regida por Nepomu-ceno. O compositor apresentou duas de suas obras : "Souvenir", já ouvida anteriormente no Rio, e "In-termezzo" da Suite Brasileira, obra esta executada completa, em primeira audição, dois anos mais tarde.

70 — Crítica do concerto no Cassino Fluminense, publicada no "Jornal do Comercio" de 29/10/1895.

71 — Retrato de Nepomuceno tirado na época que regressou da Europa.

72 — Programas da l . a Série de 8 concertos com a Orquestra da "Associação de Concertos Populares", sob a regên-cia de A. Nepomuceno, realizados de junho a setem-bro de 1896. No último concerto da série, foi ouvida a "Dança de pretos" ( b a t u q u e ) da Suite Brasileira, a qual, segundo nota no programa, já fôra executada durante a estada do compositor na Europa, no "Tonhalle" de Zurich, "onde teve as honras do bis."

21

73 — Comentário de Vianna da Motta sobre a série de Concer-tos Populares realizada em 1896, no artigo "Musica no Brazil" — "Amphion" (Lisboa) n.° :8 de 30/9/1896, pág. 140.

74 — Críticas sobre esses concertos, publicadas no "Jornal do Comércio" de 15 e 23/6/1896 e 21/9/1896.

"O Maestro Nepomuceno, ao subir o estrado p a r a começar o concerto, foi recebido pelo público e pela orquestra com uma mani fes t ação . . . Somos solidários com esses aplausos que reve-lam da parte do público o reconhecimento dos esforços extremos e do trabalho infatigavel e perseverante do jovem Maestro pa ra dar-nos boas sessões s in fôn icas . . . "

22

M A T U R I D A D E

VITRINA N.° VII

75 — Programa do 15.° Concerto histórico de Luigi Chiaffarelli. em 10/7/1897, guando a então menina Antonieta Rudge executou a "Galhofeira" da suite de "Peças líricas", de Nepomuceno.

76 — Programas da 2 ° Série de 5 concêrtos com a Orguestra da "Associação de Concêrtos Populares", sob a re-gência de A. Nepomuceno, realizados de junho a agosto de 1897.

77 — Programa do Concêrto-Alberto Nepomuceno no salão do Instituto Nacional de Música em 1/8/1897. Foram ouvidas em primeira audição as seguintes obras: Sinfonia em sol menor. Suite Brasileira, Uiáras, Suite An tique (versão para orguestra de cordas) e Epitalâmio.

78 — Crítica do concêrto acima citado no "Jornal do Comércio" de 2/8/1897.

"Em tempo a pátria do jovem maestro fez-lhe a generosidade de uma pensão, gue lhe permitisse o estudo da arte nos grandes centros eu ropeus . . . O talentoso cearense acaba de resgatar ca-balmente essa dívida, doando a sua pátria, para o escrínio das suas glórias, essa joia musical, cujos reflexos diamantinos irão levar àgueles centros de cultura artística, a luz do talento genial e da inspiração a levantada de um brasileiro, cujo nome está de-finitivamente gravado na página destinada pela história àgueles gue engrandecerão seu país pelas mais sublimes produções da inteligência."

23

79 — Sinfonia em sol menor. E .N.M.

Manuscrito original dedicado a Leopoldo Miguez. No fron-tispício lê-se: "Para a Biblioteca do Instituto Nacional de Música o Autor. Rio, 18 agosto 1913."

Manuscrito original da redução pa ra piano a quatro mãos feita pelo compositor, doado à Biblioteca Nacional pela Sra. Laura O. Rodrigo Octávio.

80 — "Suite Antique" pour le piano forte. op. 11. C.F N.

Dedicada a Henrique Bernardelli.

81 — Suite Brasileira para orquestra. E .N.M.

Manuscrito.

82 — Epitalamio. Soneto de Antonio Salles. Versão para canto e orquestra.

C .F .N . Manuscrito original.

83 — Ártemis. Versão francesa de Iwan d'Hunac e Luiz de Castro. Representada pela primeira vez no Theatro Lyrico do Rio de Janeiro, em 14 de outubro de 1898, por iniciativa do Centro Artístico, sob a regência de Leopoldo Miguéz. Manuscrito original dedicado a Luiz de Castro.

E .N.M.

84 — Retrato de Leopoldo Miguéz.

85 — "Artémis". Épisode lyrique en un acte. Livret de Coelho Netto. Musique de Alberto Nepomuceno.

C .F .N . Cópia manuscrita do compositor.

86 — Programa de apresentação do episódio lírico "Ártemis" pelo Centro Artístico, em 18 de outubro de 1898 (2.° récita) no Teatro S. Pedro de Alcântara.

C . F . N .

24

87 — Noticiário e crítica sobre a apresentação de "Ártemis". "O Paiz" de 16/10/1898 e "Gazeta de Notícias" de 16/10/1898.

"Parece que a impressão geral do público foi de surpresa diante dessa música, escrita num estilo que é novo p a r a êle e que está em formal oposição com tudo quanto estamos acostumados a ouvir no Lírico. De fato, o talentoso Maestro, tendo de pôr em música o poemeto de Coelho Netto, inspirou-se na moderna escola wagner i ana e acompanhou pari passu o libreto, traduzindo em harmonias es t ranhas e misteriosas o estranho e doloroso e p i s ó d i o . . . "

88 — Cartão de Nepomuceno a Coelho Netto, enviando exem-plar impresso de sua obra "Ártemis."

89 — Retrato de Nepomuceno datado de Petrópolis, 5 de agosto 1889. C . F . N .

VITRINA N.° VIII

90 — Retratos de Nepomuceno tirados em Cristiânia (ant iga capital da Noruega) 1901. C .F .N .

91 — Programa do concerto de Barrozo Netto, no salão do Insti-tuto Nacional de Música, em 24 de novembro de 1901. Foram executadas em primeira audição por Carlos de Carvalho, incansável intérprete de Nepo-muceno, "Sono" e "Le Miroir d'or".

92 — Carta de Nepomuceno a Luiz de Castro, datada de Ber-lim, 27/6/1901. C . F . N .

Referindo-se à questão da sucessão Miguéz, no Instituto de Música assim se manifesta o compositor : "Qualquer idéia neste sentido deve vir do Governo mesmo, pois eu quero ter l iberdade completa de agir, e quero ter sempre a cabeça levantada p a r a poder guardar com dignidade o decoro do cargo que o Miguéz honrou e do qual firmou a tradição."

93 — Notícia sobre o banguete oferecido a Nepomuceno por ocasião de sua nomeação para Diretor do Instituto Nacional de Música. "Gazeta de Notícias" 27/7/1902.

94 — Bilhete de A. Napoleão, de 25/7/1902, congratulando-se com o amigo, na data festiva de sua nomeação.

C .F .N .

25

95 — Nepomuceno. Caricatura de Raul Pederneiras publicada no "Tagarela" de 4/6/1903.

96 — Hymno do Ceará na comemoração de seu tricentenário — 1603-1903. Poesia de Thomaz Lopes.

C .M.A.

Feito por encomenda do Barão Studart, celebrando o tricente-nário da vinda dos primeiros portugueses ao Ceará .

97 — Hymno do Ceará. Versos de Thomaz Lopez. C.F .N.

Manuscrito original do poeta.

98 — Carta de Coelho Netto, datada de Campinas, 3 de setem-bro de 1903. Demonstra seu entusiasmo pelo Hino acima citado e já faz referência à sua projetada "Pastoral".

C .F .N.

"Belo! Belíssimo! o teu Hino do C e a r á . . . É uma página so-berba, cheia de sol e de heroismo, bem nossa, do nosso Norte ardente!"

99 — Variations sur un thème original pour piano. Op. 29.

Manuscrito original dedicado ao pianista Alfredo Oswald e doado à Biblioteca Nacional pela Sra. Sissy Oswald.

100 — Serenata para quinteto de cordas. C .F .N.

Manuscrito original.

101 — Cartas de Coelho Netto a Nepomuceno, de 9/3 e 17 4/902 sobre o projeto de criação de um "Instituto de Edu-cação Artística" em Campinas, com o intuito de incrementar o gôsto artístico na cidade paulista. Pede-lhe composições suas, inclusive "Uiaras", para execução em concerto.

C.F .N.

102 — Philomela. Versos de Raymundo Corrêa. Op. 18 n.° 2. Versão para canto e orquestra.

C.F .N. Manuscrito original.

26

103 — Coração indeciso. Versos de Frota Pessoa. Op. 30 n.° 1.

C .F .N . Manuscrito original p a r a canto e piano.

VITRINA N.° IX

104 — A. Nepomuceno. Desenho original de R. Bernardelli. 1904.

C .F .N .

105 — Argumento da "Pastoral" de Coelho Netto. C . F . N .

Manuscrito original do escritor.

106 — Em Bethleem. Auto Pastoril de M. Coelho Netto. Op. 25.

E .N.M. Manuscrito original.

107 — 4 Cartas de Coelho Netto datadas de outubro e novembro de 1903. Comenta com entusiasmo a colaboração musical de Nepomuceno na sua "Pastoral".

C .F .N .

"Que beleza! Estamos t rabalhando valentemente e creio que o Auto f a r á um ruidoso sucesso. Tenho pedidos de bilhetes de vários pontos do Estado, e o teatro será pequeno p a r a conter os que dese jam qozar, não o que escrevi, mas o que fizestes: tu, e Oswald e o Braga. . . A tua parte, sobretudo, mais abundante e mais bela, é a preferida dos músicos. . . Os ensaios são um encanto! Ontem, à noite, quando o Euclides nos apareceu com a tua música, foi um delírio! Esperam-te aqui em dezembro. .

108 — Descrição, com o texto completo de Coelho Netto, do espe-táculo de estréia da "Pastoral" em Campinas, diri-gida por Nepomuceno em 25 de dezembro de 1903, (In Revista do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, de 31 de janeiro de 1904. pag. 43-54.)

A obra de Coelho Netto foi l evada à cena por iniciativa do Club Livro Azul de Campinas, com musica expressamente escrita pelos seguintes compositores brasileiros: Prelúdio por Sant 'Ana Gomes, 1.° Episódio por H. Oswald, 2.° Episódio por Francisco Braga e 3.° Episódio por A. Nepomuceno. Com grande sucesso, foram d a d a s três apresentações da peça.

27

109 — Notícias sobre a estréia da "Pastoral" em Campinas no "Estado de São Paulo" de 27/12/1903.

110 — Notícias sobre a apresentação da "Pastoral", no Parque Fluminense, no Rio de Janeiro, em 1906. "O Paiz" de 17 e 19/10/1906.

111 — Retrato de Coelho Netto.

112 — 12 Canções com acompanhamento de piano. Porto, J. V. Moreira de Sá e Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia. [1904] 2 cadernos.

Com a publicação desta coletânea de 12 canções em lingua portuguesa, Nepomuceno vê consolidados seus dez anos de luta em prol do canto em vernáculo.

113 — Programa de concerto de Carlos de Carvalho no Instituto Nacional de Música, em 10 de outubro de 1904.

114 _ "Doior Supremus". C . F . N .

Manuscrito original dos versos de O. Duque-Estrada.

115 — Carta de Machado de Assis, de 27/7/1904, agradecendo a inclusão de "Coração triste" no Álbum de canções musicadas por Nepomuceno.

C . F . N .

116 — Cartão de Raymundo Corrêa agradecendo a Nepomuceno álbum de "Canções".

C . F . N .

VITRINA N.° X

117 — Programa do Grande Festival com Orquestra no Teatro Lírico, em 10/6/1S04, com a participação de H. Bauer, P. Casals, E. Schelling e A. Napoleão. Foram apre-sentadas em primeira audição as "Valsas Humo-rísticas" (nos. 1, 2, 4 e 6 ) de Nepomuceno, executa-das pelo pianista norte-americano Ernesto Schelling, sob a regência do compositor.

28

118 — Crítica do Festival, publicada no "Jornal do Comércio" de 12/6/1904.

119 — Retrato de Ernesto Schelling, pianista norte-americano, aluno de Paderevski.

120 — Carta de Schelling a Nepomuceno. C . F . N .

121 — "Valses humoristiques pour piano et orchestre. Réduction a deux pianos par Arthur Napoleão."

C . A . C . Manuscrito original com a seguinte dedicatória: "Ao exce-

lente amigo, ao eminente autor do Abul, na noite de 16 setembro de 1913, oferece A. Napoleão."

122 — Programa do Ccncêrto-Festival organizado por Arthur Na-poleão no Instituto Nacional de Música, em 20/10/1904.

C . F . N .

O concerto foi ad iado pa ra o dia 28 do mesmo mês, quando se executou, em primeira audição, o Prelúdio de "O Gara tu ja" — comédia lírica extraída do romance de José de Alencar. A orques-tra sob a regência do compositor.

123 — Garatuja. Comédia lírica extraída do romance de José de Alencar, em 3 actos. Prelúdio.

C . F . N .

Fotografia da primeira página do manuscrito original.

124 — Críticas do Concêrto-Festival publicadas nos seguintes jornais: Gazeta de Noticicias de 31/10/1904. Jornal do Comércio de 30/10/1904. O Paiz de 30/10/1904 (Oscar Guanabarino) . Correio da Manhã de 31/10/1904 ( " S " )

"A impressão produzida por essa curiosa e bela página musical foi realmente extraordinária. Houve por par te do público uma explosão de entusiasmo sincera e vibrante — fato este tanto mais digno de ser registrado que esse Prelúdio é construído sobre motivos popula .os b ras i l e i ros . . . E aí se nota igualmente a predileção do autor da Suite Brasileira pelos nossos cantos po-pulares — predileção tanto mais p a r a ser elogiada, quanto só assim será possível a criação de uma música brasileira. Ainda um dia se há de reconhecer o serviço inestimável que u nossa arte musical está prestando N e p o m u c e n o . . . "

29

125 — Artigo de Osório Duque-Estrada sobre a estréia do Pre-lúdio de "O Garatuja", na "Gazeta de Notícias" de 3/11/1904.

126 — Bilhete de Nepomuceno a João Itiberê da Cunha, datado de 14/10/1907, pedindo emprestado, para estudo, o manuscrito autógrafo da parte de canto do Hino Nacional de Francisco Manuel da Silva.

C . A . C . Note-se que os versos de Osório Duque Estrada (que era

amigo de Nepomuceno) datam de 1909. Este manuscrito que pertence hoje à biblioteca da Escola Nacional de Música, talvez tenha sido a ela doado por sugestão de Nepomuceno.

127 — Fotografia de Nepomuceno ao piano. C . F . N .

128 — Notícia publicada na "Tribuna de Petrópolis" de 18/2/1905 sobre o concerto dado por Nepomuceno no Clube dos Diários, guando foram apresentadas em primeira audição várias obras suas: Tema e variações op. 28 — ao piano o compositor.

Devaneio e Improviso op. 27 e Folha d'Album, para piano. Turguesa e Hidrófana (versos de Luis Guimarães Junior.) Trovas (versos de O. Dugue-Estrada e Magalhães Azeredo).

129 — Improviso para piano. op. 27 n.° 2.

1.° Prêmio do "Concurso de Música Renascença." Publicado como Suplemento Musical da Revista "Renascença"

n.° 10 de dezembro de 1904.

130 — Tema e Variações op. 28. C . M . A .

Manuscrito original pa ra piano com o titulo de "Variações sobre um tema original".

131 — Programa do concerto sinfônico no Instituto Nacional de Música em 27/8/1906. Audição de obras de A. Ne-pomuceno.

Foram executados em l . a audição "Fragmentos do 3.° ato da ação legendária Abul". O resto do programa constou da Sinfonia em sol menor, Valsas humorísticas, Suite Brasileira, 4 Canções e Prelúdio de "O Gara tu ja ." Orquestra regida pelo compositor.

30

132 — Devaneio, op. 27 n.° 1 para piano.

Publicado no 17.° Suplemento Musical da Revista "Renas-cença" de julho de 1905.

133 — Dôr sem Consolo. Versos do Conde Afonso Celso. op. 32 n. 2. Versão para canto e orquestra de cordas.

C .F .N . Manuscrito original.

134 — Despedida. Versos de Carlos Magalhães de Azeredo. Para canto e orquestra de cordas.

C .F .N . Manuscrito original.

135 — Turquesa. Versos de Luis Guimarães Júnior. Orquestrada para voz média.

C .F .N .

Manuscrito original .contendo também um esboço das "Trovas alegres" com versos de C. Magalhães de Azeredo.

136 — Abul. 3.° ato (Esboço) C .F .N .

Manuscrito original (incompleto)

137 — Noturno para piano. op. 33.

Cópia feita pelo compositor da t ada de 19/6/1907. Doação da Sra. Laura O. Rodrigo Octávio.

138 — Programa de Concerto do Centro Musical do Rio de Ja-neiro, em 5/10/1907, sob a regência de Francisco Braga. Foi executada a "Suite Antique" em versão para orquestra.

139 — 3 Programas de concêrtos com a participação de Alberto Nepomuceno e outros artistas brasileiros. (1906-1908)

140 — Programa do concêrto de Carlos de Carvalho no Instituto Nacional de Música, em 14/6/1907.

31

VITRINA N.° XI

141 — Programas da Série de concertos organizada por Alberto Nepomuceno para a Exposição Nacional de 1908 Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos.

Foram realizados, com grande sucesso, 26 concertos, de 13 de agosto a 10 de outubro de 1908, regidos por Nepomuceno, Fran-cisco Braga e Assis Pacheco. De Nepomuceno foram executadas em primeira audição: "Romanza e Tarantela" pa ra violoncelo e orquestra em 1 de outubro e "Ao Amanhecer" pa ra orquestra, em 27 de agosto.

142 — Ao amanhecei. C . F . N .

Manuscrito original pa ra canto e orquestra.

143 — Fotografia do Teatro João Caetano ( n o recinto da Expo-sição) onde se realizaram os concertos.

144 — Críticas sobre os Concêrtos na Exposição, publicadas no "Jornal do Comércio" de 16/8/1908 e 2, 4 e 9/9/1908.

145 — 3 Programas de concêrtos sinfônicos regidos por Nepo-muceno em 1909.

146 — Retrato de Nepomuceno tirado em Paris. C . F . N .

147 — Notícia sobre o Concerto de Música Brasileira realizado em Bruxelas, publicada no Jornal do Comércio de 30 de agosto de 1910.

Comissionado pelo Governo brasileiro, empreendeu Nepo-muceno sua 3. a viagem à Europa, com a incumbência de divulgar a música brasileira. Após dois concêrtos na Exposição de Bru-xelas, apresentou-se em Genebra, no Parc des Eaux Vives, no dia '7 de setembro, em concêrto celebrando a data da Independên-cia brasileira. No dia 17 do mesmo mês regeu a Orquestra dos Concertos Colonne, na Salle Gaveau .

148 — Programa do Concêrto de Música Brasileira realizado na Salle Gaveau em Paris, a 17 de setembro de 1910. Orquestra dos Concêrtos Colonne sob a direção de Nepomuceno.

Ouviu-se o Concerto pa ra violino de H. Oswald e de Nepo-muceno: Prelúdio do Garatuja , Sinfonia, Fragmentos de Abul e Suite Brasileira.

32

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149 — Críticas do "Concert Brésilien" na Salle Gaveau, publi-cadas em "Le Monde Musical" de 30/9/1910 e "Le Guide Musical" de 25/9/1910.

E .N .M.

150 — Noticia sobre o concerto na Salle Gaveau, publicada na "Gazeta Artística" de 13/1/1911.

VITRINA N.° XII

151 — "A Cigana". Opereta em 3 atos de Eduardo Rivas. (pseud. de Luiz de Castro) Música de João Valdez (pseud. de Nepomuceno)

Romança do 3.° ato (canto e p iano) Valsa ( p i a n o ) Entre-Ato — Valsa (p i ano )

Manuscrito original "Copiado por Alb. Nepomuceno pa ra sua boa amiga D. Nini." (esposa de seu grande amigo Luiz de Castro).

152 — "Razão e amor". Para canto e piano.

Manuscrito original da tado de junho de 1911. Este e os trechos do item anterior (n.° 151), doados à Seção de Música da Biblioteca Nacional pela Sra. Laura O. Rodrigo Octávio.

"Les Maîtres Contemporains de l 'Orgue." Pièces inédites pour orgue ou harmonium. Recuellis et publiées par l 'abbé Jos. Joubert. Paris, Ed. M. Senart. 8 vols. De Nepomuceno — Vol. VI: Prélude e Fugue (Sol M e Sol m ) Vol. VII: Offertoire (Ré m )

E .N .M.

Carta do Abade Jos. Joubert, de 10/7/1912, sobre a anto-logia acima referida.

C . F . N .

Carta de Nepomuceno ao Abade Joubert, agradecendo a oferta de um exemplar de "Les Maîtres Contempo-rains de l 'Orgue". Datada de 8/8/1912.

C .F N

153 —

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(V)

155 —

158 — 2 fotografias feitas por ocasião da inauguração do novo pavilhão de aulas do Instituto Nacional de Música, em 16/4/1913. Presentes as autoridades oficiais, o diretor da Casa — Alberto Nepomuceno, professores e alunos. Publ. na "Ilustração Brasileira" n. 95 de 1/5/1913.

157 — Fotografia de Nepomuceno em seu gabinete de trabalho no Instituto Nacional de Música, cercado de auxilia-res. Publicada na "Ilustração Brasileira de 1/1/1910.

Aparecem também na fotografia, estantes com livros o fichá-rio da Biblioteca da Escola, que Nepomuceno com o maior carinho organizou e desenvolveu, equipando-a com as obras bás icas da literatura musical da época.

158 — Instantâneo batido na residência do Dr. José Carlos Ro-drigues (proprietário do Jornal do Comércio) por ocasião da visita de Paderevski ao Rio de Janeiro, em 1911.

159 — Programa da estréia mundial da ópera "Abul", no Teatro Coliseo de Buenos Aires, em 30/6/1913, sob a dire-ção de Gino Marinuzzi.

C . F . N . Apresentada também em Rosário e Montevidéo.

160 — Notícia sobre a estréia de "Abul" em Buenos Aires, pu-blicada em "La Prensa" de 1/7/1913 e no "Estado de São Paulo" de 2/7/1913.

161 — Caricatura de A. Nepomuceno publicada en "El Nacio-nal" de Buenos Aires, em 26/7/1913.

C . F . N .

162 — Menu do banquete oferecido por brasileiros residentes em Buenos Aires ao distinto Maestro Sr. Alberto Nepo-muceno. 22/7/1913. C . F . N .

163 — Carta de Nepomuceno a Alfredo Bevilacqua, da tada de Buenos Aires, 3 de julho de 1913, agradecendo a manifestação de solidariedade e regosijo do corpo docente do Instituto Nacional de Música, por seu triunfo em Buenos Aires, com a estréia da ópera "Abul". C . F . N .

34

164 — Programa do Concerto Sinfônico de música brasileira rea-lizado no Teatro Coliseo, em 21/7/1913, sob a regên-cia de A. Nepomuceno. Foram executadas peças de C. Gomes, H. Oswald, L. Miguéz e de Nepomuceno : Sinfonia, Interlúdio da ópera Abul e Prelúdio de O Garatuja.

C . F . N .

165 — Cartão de Nepomuceno agradecendo a Coelho Netto q telegrama de congratulações por seu triunfo em Buenos Aires. 3/7/1913.

166 — Flagrante da chegada de Nepomuceno no Caes Pharoux, vindo de Buenos Aires, após a estréia de sua ópera "Abul". "Figuras e Figurões" de 31/7/1913.

167 — Fotografia do banquete oferecido a Nepomuceno no res-taurante Assírio, no Rio de Janeiro em 29/7/1913, homenagem dos músicos brasileiros após seu su-cesso em Buenos Aires. Saudou o homenageado, seu grande amigo Luiz de Castro. Publicada na "Ilustração Brasileira" n.° 102 de 16/8/1913.

VITRINA N.° XIII

168 — Notícia sobre o concêrto regido por Nepomuceno em S. Paulo, na inauguração do monumento em homena-gem ao Padre Feijó. "Estado de S. Paulo" de 25/5/1913.

Após o espetáculo a orquestra ofereceu-lhe uma batuta e o Centro Musical de S. Paulo, uma medalha c rave jada de brilhan-tes como recordação da sua es tada em S. Paulo.

169 — Programa da estréia de "Abul" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 10/9/1913.

C . F . N .

170 — Crítica do espetáculo de estréia no "Jornal do Comércio" de 11/9/1913.

"Musicalmente, esses 3 atos af i rmam elonquentemente, de princípio a fim. n ã o só uma virtuosidade técnica admiravel, m a s também a consciência de uma ar te s u p e r i o r . . . A noite de ontem, foi de verdadeiro triunfo p a r a o Maestro Nepomuceno."

35

171 — Retrato de Nepomuceno tirado por Huberti & cia. C . A . C .

172 — Instantâneo batido no Rio de Janeiro: Nepomuceno com Múcio Teixeira e o Prefeito Gen. Bento Ribeiro. Pu-blicado no "Fon-Fon" de 9/8/1913.

173 — Notícia da representação de "Abul" em S. Paulo. "Estado de S. Paulo" de 1/10/1913.

174 — Nepomuceno rodeado de alunos, na Academia de Direito de S. Paulo. "Fon-Fon" de 25/10/1913.

175 — Missa para côro e orgão. (Ré menor.)

Manuscrito original datado: "Deus se ja louvado, 8 Dez. 1914." Doado à Seção de Música da Biblioteca Nacional pe la Sra.

Sissy Oswald.

176 — Nossa Velhice. Letra de Emilio de Menezes. C . F . N .

Manuscrito original pa ra canto e piano datado de 15 de fevereiro de 1914.

177 — Flores. Versos de Rabindranath Tagore. C . F . N .

Manuscrito original pa ra canto e piano datado de 27 de Agosto, 1914.

179 — Sinos de Natal. Dedicado a SS.AA.RR. os Principes Leo-poldo, Carlos e Maria José da Bélgica. Composto para "O Imparcial". Rio de Janeiro, 27/12/1915.

Manuscrito original doado à Biblioteca Nacional pela Sra . Laura O. Rodrigo Octávio.

179 — "Concert de Musique Brésilienne à l'occasion du Cin-quième Congrès de la Soc. Internationale de Musi-que, donné par M. Elpídio Pereira | Paris | Salle Erard, 11 Juin 1914."

Acompanha o programa um resumo histórico sobre música no Brasil. Foi executada na ocasião a "Prière" de Nepomuceno, orquestrada por E. Pereira.

36

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235

180 — Minuta da nota enviada por Nepomuceno a E. Pereira, em 7/7/1914, na qual diz ele: "Entristeceu-me pro-fundamente que V. se tenha servido de uma velha composição minha, sem minha expressa autorização, para um concerto em Pa r i s . . . lamento também ter de manifestar-lhe meu desapontamento com a leitura da "Monografia sobre a Musica no Brazil" que, além do mais, não se compadece com a verdade his-tórica."

C . F . N . 181 — Comentários de Luiz de Castro sobre o Concerto de Músi-

ca Brasileira em Paris, no "Jornal do Comércio" de 9/7/1914 e 6/8/1914.

182 — Hino a Alsacia-Lorena. Letra de O. Duque-Estrada.

183 — Carta de Nepomuceno a Oscar Lopes, então Presidente da Soe. de Homens de Letras, concitando-o a pro-testar, em nome dos intelectuais brasileiros, pelo bombardeamento por aviões alemães, de igrejas, universidades e teatros de Liège. Datada de 8/8/1914.

C . F . N .

184 — Caricatura de Nepomuceno por Mauro do Amaral, em "Figuras e Figurões de 9/10/1913.

VITRINA N.° XTV

185 — "Abul". Ação legendária em 3 atos e quatro quadros, ins-pirada em um conto de Herbert C. Ward.

Manuscrito original, da t ado de 23 de agosto de 1905, doado à Seção de Música da Biblioteca Nacional pela família do com-positor.

A idéia de redigir um libreto pa ra uma ópera, b a s e a d o no "Romance da Fé" de H. C. Ward, surgiu em meados de 1899, tendo Nepomuceno escolhido o título "Pela Fé" pa ra a obra então em elaboração. Depois de terem sido feitas inúmeras alterações, inclusive no título, em fins de 1903 iniciou Nepomuceno a compo-sição da par te musical, que terminou em 1905. Conforme anota-ções do próprio compositor, iniciou a instrumentação da ópera em março e terminou-a em agosto de 1905. Neste mesmo ano, caso raro, foi a obra incluída no repertório da Companhia Lírica Italiana de Luigi Mancinelli, pa ra ser apresen tada em primeira audição o que, na verdade, só se realizou oito anos mais tarde.

37

183 — Retrato de Nepomuceno tirado em Paris. C . A . C .

VITRINA N.° XV

187 — "O Insucesso de Abul em Roma; uma interessante entre-vista com o maestro Nepomuceno em "A Noite". 15/5/1915.

183 — "Ali Illustre Maestro Alberto Nepomuceno Questo modesto ricordo offrono in Omaggio alie Sue preclare doti d'intelletto e di cuore che tanto lo distinguono alcuni-ammiratori Romani, quale pegno di alta stimn sin-cera ammirazione e profondo rispetto per il gran-dioso sucesso riportato per il dramma Lirico: "Abul". Roma, il 17 Aprile, 1915.

C .F .N .

189 — "O Maestro Nepomuceno e a opera Abul". Notícia sobre a estréia da ópera em Roma, no Teatro Costanzi, em 15/4/1915, publicada pelo "Estado de S. Paulo" de 19/5/1915.

190 — "L'opéra di un Maestro brasiliano al Costanzi". Entrevista publicada em "Vita Coloniale" (Roma) de 11/4/1915.

C .F .N .

191 — Carta de Nepomuceno a Walter Mocchi, datada de 24/13/1913, onde ele já cogita da apresentação da sua ópera "Abul" em Roma, fato que só se verifi-cou dois anos mais tarde.

C .F .N .

192 — 2 Fotografias feitas em Roma, próximo ao Coliseu, na época da estréia de "Abul". Nepomuceno com cor-respondentes de jornais.

C .F .N . |

193 — Retrato de Nepomuceno em Roma com Magalhães Aze-redo, na época da apresentação de sua ópera "Abul".

C .F .N .

38

194 — Carta de Magalhães Azeredo a Nepomuceno, datada de 31/12/1916.

C . F . N .

O poeta e escritor comenta a questão da e laboração de um libreto baseado no drama "O Contratador de Diamantes" aten-dendo, supomos, pedido de Nepomuceno, que deve ter pretendido compor uma ópera b a s e a d a naquele texto.

195 — Programa do concerto no Salão da Associação dos Em-pregados do Comercio em 1.° de julho de 1915, quando foram apresentadas em primeira audição as canções : Olha-me e Numa concha, interpretadas por Isabel Verney Campello.

196 — Noticia do concerto acima citado, publicada no "Jornal do Comercio" de 2/7/1915.

197 — Ocaso. No album de S. M. a Rainha de Portugal a

Senhora D. Amelia. Poesia de Thomaz Lopez.

193 — Olha-me. Soneto de Olavo Bilac.

199 — Numa concha. Poesia de Olavo Bilac.

200 — Caricatura de Nepomuceno por J. Carlos, na "Careta" de 10/5/1913.

VITRINA N.° XVI

201 — Programa do concerto do Trio Barrozo-Milano-Gomes no Salão do Jornal do Comercio, em 31/8/1916, quando se executou em primeira audição o Trio em fá sus-tenido menor de Nepomuceno.

A . A . P .

202 — Fotografia do Trio Barrozo-Milano-Gomes.

203 — Trio em fá sustenido menor para piano, violino e violon-celo.

N.B.N.

Manuscrito original dedicado ao Trio Barrozo Netto, Hum-berto Milano e Alfredo Gomes.

39

204 — Artigo de Luiz de Castro sobre o concerto do Trio Barrozo-Milano-Gomes, em "A Noite" de 1/9/1916.

"O Trio em fá sustenido menor é uma obra prima. Não hesito em afirma-lo, porque essa é a opinião de outros mais competentes do que eu, como Henrique Oswald, que não hesitou em dizer, com a mais absoluta sinceridade, que não conhece na moderna literatura de trio nenhuma obra que lhe se ja superior."

205 — Crítica do mesmo concerto publicada no "Jornal do Co-mercio" de 1/9/1916.

206 — Impressões de André Messager e Xavier Leroux sobre os Trios de Nepomuceno e Oswald, após uma audição especial gue lhes foi proporcionada no Salão do Jornal do Comércio. "Jornal do Comércio" de 16/9/1916.

"Dès les premières mesures du thème qui sert de base aux quatre parties de l 'oeuvre, nous nous sentons pris, remués p a r cette pensée sérieuse, noble e p r o f o n d e . . . tel est ce Trio qui place du premier coup son auteur au rang des meilleurs de la musique moderne." (Messager)

207 — Carta de A. Messager a Nepomuceno, datada de 8/1/1917, apresentando Darius Milhaud, recém-chegado ao Brasil em missão cultural, como secretário de Paul Claudel.

C .F .N.

208 — Notícia da recepção na residência do casal Sampaio Araujo, para apresentação do jovem compositor Darius Milhaud, recém-chegado ao Brasil. "Jornal do Comércio" de 6/2/1917.

209 — Programa do concêrto no Instituto Nacional de Música, em 28/5/1917, guando novamente se executou o Trio de Nepomuceno. Foi num dos ensaios para este con-cêrto gue Milhaud travou conhecimento com a obra do compositor cearense.

210 — Carta de Darius Milhaud a Alberto Nepomuceno, mani-festando seu entusiasmo após a erudição do Trio em fá sustenido menor. Datada de 23/5/1917.

C . F . N .

40

211 — André Messager. Desenho de Cappiello.

212 — Retrato de Darius Milhaud.

VITRINA N.° XVII

213 — 2 Cartas de Milhaud a Nepomuceno, agradecendo a execução de obras suas (Printemps e Petite sym-phonie) em concertos regidos por este último.

C . F . N .

214 — "Iriel" legenda dramática de Luiz de Castro. Cena e dança da sedução com música de Nepomuceno.

E .N.M.

Manuscrito original dedicado à Madame Alberto de Queiroz, que foi a primeira intérprete da obra.

215 — Notícias sobre a apresentação de "Iriel", no "Jornal do Co-mércio" de 8 e 29/10/916.

216 — A. Schõnbera. Harmonielehre. Leipzig-Wien, Universal ed., 1911.

A .O .B . Exemplar que pertenceu a Nepomuceno.

Pouco tempo depois da publicação da obra de Schònberg, j á Nepomuceno, reconhecendo a importância da mesma, a utilizava com seus alunos, tendo chegado mesmo a iniciar sua t radução p a r a o português, conforme rascunho ora apresentado.

217 — Programa do concerto de Beatrice Sherrard, no Salão do Jornal do Comércio em 21/8/1917, quando se ouviu em primeira audição a "Canção da Ausência."

218 — Canção da Ausência. Versos de Hermes Fontes. C . M . A .

Manuscrito original p a r a canto e piano, da tado de julho 1915.

219 — Maurice Dumesnil e a música brasileira. Impressões de uma audição especial no Salão do Jornal do Comér-cio, quando se executaram as "Valsas humorísticas" e as "Variações op. 28". "Jornal do Comércio" de 6/10/1916.

41

220 — Noticiário sobre a questão que motivou o pedido de de-missão de Nepomuceno do cargo de Diretor do Ins-tituto Nacional de Música: A Noite" de 26/10/1916 e "A Época" de 27/10/1916.

221 — Fotografia feita por ocasião da manifestação de desagra-vo a Nepomuceno, logo após o incidente que oca-sionou o seu pedido de demissão.

C . F . N .

VITRINA N.° XVIII

222 — "Le Miiacle de la Semence". Tragipoëme de Jacques d'Avray (Pseud. de José Freitas Vale) Musique de Alb. Nepomuceno.

Manuscrito original (versão pa ra canto e piano) doado à Biblioteca Nacional pela Sra. Laura O. Rodrigo Octávio. Composto por encomenda da Sociedade de Cultura Artística de São Paulo.

223 — Notícia da primeira audição de "Le Miracle de la Semen-ce", na residência do casal Sampaio, interpretado por Frederico Nascimento Filho, tendo o composi-tor ao piano. "Jornal do Comercio" de 15/5/1917.

"O Maestro Nepomuceno não igualou o poeta — excedeu-o no transbordamento da sua alma apa ixonada de crente, n a efusão de seu ardor religioso ante a grandeza do Onipoten te . . . Nepo-muceno recebeu uma ovação ao terminar o cantor o tragipoema, e o interprete recebeu em aplausos comovidos a melhor admira-ção pela sua arte."

224 — Notícias sobre a execução da obra acima citada pelo barítono Armand Crabbé, sob a regência de Gino Marinuzzi. Tapajóz Gomes na "Gazeta de Notícias" de 19/9/1917 e Oscar Guanabarino no "Jornal do Comercio" do mesmo dia.

225 — Carta de G. Marinuzzi a Nepomuceno. Datada de São Paulo, 22/9/1915.

C . F . N .

226 — O. Guanabarino, noticiando a execução da Sinfonia em sol menor de Nepomuceno, sob a regência de Mari-nuzzi. "Jornal do Comercio" de 12/9/1917.

42

227 — Retrato de Gino Marinuzzi, maestro que regeu várias obras de Nepomuceno, inclusive a estreia de "Abul" em Buenos Aires.

229 — A Oswaldo Cruz. Versos de Osorio Duque-Estrada. Musi-ca de Alberto Nepomuceno. 1917.

Só texto literário.

223 — Caricatura de Nepomuceno feita pelo famoso tenor Enrico Caruso, em 1917.

230 — Canção do rio. Versos de Domingos Magarinos. Rio, 9/1/1917. Canto e piano.

Manuscrito original. Doação da Sra. Laura O. Rodrigo Octávio.

231 — Entrevista concedida por Nepomuceno à revista "Época Teatral" de 27/12/1917, onde comenta, com grande interesse, certas características de nossa folcmúsica.

C .F .N .

232 — Fotografia de Nepomuceno em uma de suas últimas apa-rições em público, homenageado por um grupo de diplomandas de 1918, do Instituto Nacional de Mú-sica.

C .F .N .

233 — Põe na virtude filha minha. Modinha. Versos do Viscon-de da Pedra Branca.

Manuscrito original, com a seguinte anotação do compositor: "Música attribuida por minha Mãe à minha avó, D. Emilia Raposo de Mello Oliveira." Doação da Sra. Laura O. Rodrigo Octávio.

234 — Programas dos últimos concertos regidos por Nepomuce-no para a "Sociedade de Concertos Sinfônicos" no Teatro Municipal, em maio de 1919.

No mês seguinte Nepomuceno apresen tava seu pedido de demissão do cargo de regente da orquestra da Sociedade.

235 — 2 Cartas de Nepomuceno de 25/6/1919: uma à Diretoria e outra aos colegas da "Soc. de Concertos Sinfônicos" pedindo, por motivos de saúde, demissão do cargo de regente da orquestra.

C .F .N .

43

236 — Carta de Vianna da Motta a Nepomuceno agradecendo o envio das Variações em fá sustenido maior e comentando várias obras de compositores espanhóis (Turina, Falia, Granados, Albéniz e Conrado dei Campo). Datada de Lisboa, 23 de abril de 1919.

C .F .N.

237 — Carta de Milhaud a Nepomuceno, datada de Paris, 10/4/919, remetendo programa de um concerto de música brasileira que dirigira em Paris.

C .F .N.

238 — Programa do concerto dado por Richard Strauss no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 23 de setembro de 1920, quando executou o "Prelúdio do Garatuja" de Nepomuceno.

M.T.M.

VITRINA N. XIX

239 — Medalha Rei Alberto da Bélgica, e respectivo diploma, ofertados a Alberto Nepomuceno em 22/6/1920, por ocasião da visita dos reis belgas ao Brasil.

C .F .N.

240 — Batuta oferecida por Arthur Napoleão a Nepomuceno em em 20/10/1904, e com a qual ele regeu o "Prelúdio" de O Garatuja, em primeira audição, (vêr n.° 122 do catálogo)

241 — A Jangada. Versos de Juvenal Galeno. A.O.B.

Manuscrito original pa ra canto e piano da ultima composição de Nepomuceno. Não tendo podido conclui-la, entregou-a a Octávio Bevilacqua, seu antigo aluno e grande amigo, pa ra que nela adaptasse a 3. a e 4. a estrofes da poesia.

242 — Trecho do necrológio escrito por Octávio Bevilacqua, des-crevendo , como testemunha que foi, os últimos mo-mentos do compositor.

243 — Retrato de Nepomuceno tirado no ano de sua morte, por Silvio Bevilacqua.

C .F .N .

44

MORTE E CONSAGRAÇÃO

VITRINA N.° XX

244 — Necrológio de Nepomuceno escrito por José Rodrigues Barbosa para o "O Jornal" de 17/10/1920.

A . O . B .

245 — "Diante da morte" por Coelho Netto, em "A Noite" de 21/10/1920.

A . O . B .

246 — Artigo de Filinto de Almeida sobre Nepomuceno, publi-cado em "A Noite" de 18/10/1920.

A . O . B .

247 — Notícias do falecimento de Nepomuceno, por Oscar Gua-nabarino, no "Jornal do Comércio" de 17 e 19/10/920.

248 — Fotografia da homenagem póstuma prestada pelo Insti-tuto Nacional de Música ao ilustre compositor e antigo diretor da casa. Presentes o Maestro H. Oswald, a viuva Nepomuceno e filha e vários pro-fessores da Escola. Publicada na "Careta" de 4/12/1920.

249 — Programa da homenagem à memoria de A. Nepomuceno pela Sociedade de Cultura Musical, com a coopera-ção do Instituto Nacional de Música, em 6/7/1924.

Comemorando com um concerto o 60.° aniversário natalicio do compositor, dele executaram "Trio" e "As Uyaras", seguidos de uma palestra do Sr. Rodrigues Barbosa. Na segunda pa r t e ouviu-se uma "Elegia heróica" (À gloria de A. Nepomuceno) com pa l av ra s de Coelho Netto e musica de Henrique Oswald. Se-

45

gundo nota no programa "esta composição é iniciada com o tema principal do "Trio" conjugado com o do "Noturno" p a r a piano, ambos de Nepomuceno. Estes temas são repetidos no decorrer da "Elegia heróica", assim recordando a personal idade do sau-doso mestre."

250 — Palestra de Rodrigues Barbosa pronunciada no concerto acima citado e publicada na revista "Brasil Musical" n.os 31/32 julho, 1924, e na Revista Brasileira de Mú-sica, v. VII, 1.° fase. 1940 p. 19-39.

251 — Programa do Concerto de Música Brasileira realizado por Barrozo Netto, com a colaboração de Nicolino Mi-lano e Henri Richet, na Salle Erard em Paris, em 26/5/1921.

A . A . P .

Foram executadas a s seguintes peças: Sonata p a r a piano e violino de Miguez, Trio de Nepomuceno e Sonata op. 36 e Trio pa ra piano e cordas op. 45 de Oswald.

252 — Bilhete de entrada e cartaz do concerto na Salle Erard.

A . A . P .

253 — Nota e caricatura sobre o concerto de Barrozo Netto na Salle Erard, publicadas em "Le Guide du concert" de 21/5/1921.

A . A . P .

254 — Notícia sobre o concerto publicada no rodapé do Jornal "La Lanterne" de 4/6/1921, assinada por Louis Vuillemin.

A .A .P .

255 — Diploma conferido a A. Nepomuceno, de sócio profissional do Centro Musical do Rio de Janeiro, fundado em 4 de maio de 1907. Assinado pelo Presidente-Francisco Braga, em 11/6/1907.

C .F .N.

256 — A Alberto Nepomuceno, o Instituto Nacional de Música, 7bro de 1905.

C .F .N .

46

257 — Fotografia do busto de Nepomuceno, obra de Rodolfo Bernardelli.

258 — Diploma de Sócio Honorário conferido a A. Nepomuceno por seus relevantes serviços prestados à causa abo-licionista. Sociedade Nova Emancipadora, instalada em 26/9/1880. Documento datado de Pernambuco, 25/4/1883.

C . F . N .

VITRINA N. XXI

259 — Dados biográficos do Maestro Alberto Nepomuceno, pelo Barão de Studart. Publicados na "Revista trimensal do Instituto do Ceará", t. 34, 1920, p. 371-375.

260 — Traços biográficos de A. Nepomuceno, por J. Octaviano. Primeira de uma série de Conferências promovidas pela Associação Brasileira de Música no Studio Ni-colas, em 1931. Publicada na Rev. da Ass. Brasileira de Música, n.° 6, 1933, p. 57-65.

261 — Bronze com a cabeça de Nepomuceno. Trabalho de A. G. Girardet, 1917.

C . S . A .

262 — Fotografia de um ousto de Nepomuceno, obra do escultor Celso Antonio.

263 — Fotografia de um quadro de E. Visconti — Nepomuceno ao piano — pintado em Paris em 1895.

C . S . A .

264 — Oração ao diabo, op. 20 n.° 2 de A. Nepomuceno (Versos de Orlando Teixeira), instrumentada por Heitor Villa-Lobos.

C . F . N . Manuscrito original da tado de 4/8/1921.

265 — A Nepomuceno — O filão de ouro das suas canções — O. Bevilacqua e Nepomuceno — A agonia "musical" de Nepomuceno ( /n Caminho de música — 2.a série. Curitiba, Ed. Guaíra, p. 357/361)

47

266 — A. Nepomuceno (In 150 anos de Música no Brasil, por Luiz Heitor Correia de Azevedo. Rio de Janeiro, José Olympio, 1956, p. 161-174)

267 — A. Nepomuceno (In História da Música Brasileira de Re-nato Almeida, Rio de Janeiro, F. Briguiet, 1942, p. 429-435).

268 — Nepomuceno em gravações: Sinfonia em sol menor. Orquestra Sinfônica Bra-

sileira. Regente: Edoardo de Guarnieri. Disco Festa LDR 5.018

Suite Brasileira — Dança do véo e Interlúdio do 3.° ato da ópera "Abul". — Prelúdio de "O Gara-tuja". Orquestra Sinfônica Brasileira. Regente Souza Lima. Disco Festa LDR 5.014.

VITRINA N.° XXII

26^ — Fotografia da Igreja da Candelária.

270 — Descrição da cerimônia de sagração da Igreja da Cande-lária, quando foi executada a Missa em si b do Padre José Maurício, diz a notícia, "instrumentada e re-gida" por Nepomuceno. "Jornal do Comércio" de 28/6/1898.

271 — 2 Notícias do Visconde de Taunay sobre a cerimônia de consagração do templo da Candelária, com uma curiosa informação sobre como foram encontrados os originais da Missa em si b do Padre Mestre. "Jornal do Comércio" de 27/6 e 9/7/1898.

272 — Missa Festiva do Pe. José Maurício Nunes Garcia. Executada, sob a regência de Nepomuceno, na solene inau-

guração da Igreja da Candelária . Reprodução fotográfica d a primeira página do manuscrito orignial.

273 — Cruz da Confraria da Candelária oferecida a Alberto Ne-pomuceno em 1898, por ocasião da "inauguração do Templo do SS. da Candelária." C . F . N .

274 — Retrato do Padre Mestre José Maurício Nunes Garcia,. figura máxima da música brasileira no século XVIII.

48

C R O N O L O G I A ( 1 )

1864 — 6 julho: Nasce Alberto Nepomuceno na cidade de For-taleza ( C e a r á ) .

1872 — Segue para Recife (Pernambuco) com a família e inicia estudos musicais com seu pai, Maestro Victor Au-gusto Nepomuceno. Faz também o curso completo de humanidades.

1880 — Com a morte do pai, fica impossibilitado de continuar os estudos superiores; passa a contribuir para a manutenção de sua mãe — Maria Virginia Nepo-muceno e sua irmã, dedicando-se ao professorado e continuando seus estudos musicais.

1882 — Nomeado Diretor de concertos do Clube Carlos Gomes, de Recife, em substituição ao Maestro Euclides Fon-seca.

1885 — Parte pa ra o Rio, vindo de Fortaleza, onde deixa mãe e irmã.

1 de Novembro: Apresenta-se pela primeira vez ao pú-blico do Rio de Janeiro, como pianista, em concerto no Clube Beethoven. Fase de estudos em compa-nhia de seu grande amigo Frederico Nascimento; ensina música e apresenta-se como pianista em saráus musicais e concertos.

(1) As da tas de composição das obras, em alguns casos, são dadas aproxi-madamente, baseadas em informações fornecidas pelo neto do compositor — Sergio Nepomuceno Alvim Correia.

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1887 — Primeiras composições: Mazuica op. 1 para violoncelo e piano. (Manuscrito)

l . a Mazuica para piano. (Rio de Janeiro, I. Bevilacqua, Ch. n.° 2383).

"Une Fleui", romanza para pia-no. (Rio de Janeiro, I. Bevi-lacqua, Ch. n.° 2382)

"Piièie" para violoncelo e piano. (Rio de Janeiro, Ed. Carlos Wehrs )

Maicha íúnebie para orquestra (Manuscrito extraviado) (2)

Ave Maiia (Manuscrito extravia-d o ) ( 3 )

Dança de negios, para piano ( 4 ) Scheizo fantástico pa ra piano

(Manuscrito extraviado) (vêr n.° 14 do catálogo)

Mazuica em ré menor e Nina nana (Berceuse) para pia-no (Milano, Carisch & Jdni-chen, Ch. n.° 3961/3962)

1888 — Maio: Em concerto no Clube Iracema, em Fortaleza, executa duas obras suas: "Prière" para violoncelo e piano, com Frederico Nascimento e "Dança de negros", para piano.

(2) So.bre esta peça diz o "Jornal do Comercio" de 22/8/1887: "Aprseentou-nos também o pianista Alberto Nepomuceno | em l . a audição | uma Marcha fúnebre, peça de mais serio trabalho mas um tanto monótona e ca r regada na instrumentação. Em todo caso vê-se nela talento e sobretudo estudo bem come-çado." (7.° concerto da Soc. de Concêrtos Populares, sob a direção de Carlos Mesquita)

(3) Citada por G. Pereira de Mello na sua História da Música e na revista "Amphion" n.° 10 de 31/5/1896, como pertencendo a uma ópera, que supomos se ja a "Porangaba".

(4) Posteriormente orquestrada pelo compositor, com o título de "Dança de pretos" (Batuque), foi por ele apresentada no "Tonhalle" de Zurich (1892), e n o Rio de Janeiro, em 1896, no último concêrto da série da "Ass. de Concêrtos Popu-lares", como "trecho de uma Suite (Suite Brasileira) composição característica & interessante, esplendidamente intrumentada, brilhante página musical do folclore brasileiro."

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Agosto: Empreende viagem de estudos a Europa, com o auxilio dos irmãos Bernardelli e o angariado em excursão artística no nordeste brasileiro, na com-panhia do violoncelista Frederico Nascimento.

Quarteto para cordas (sol menor) — Roma. (Ma-crito)

Rapsódia brasileira para orquestra (Ms extraviado)

"Rispondi" — "Perché". Canto e piano. Versos de Aleardo Aleardi. (Manuscri tos)

Porangaba — ópera (Prelúdios do 1.° e 3.° atos — Marcha dos índios — Bailado) (Ms extraviado)

1889 — Estada em Roma. Matricula-se no "Liceo Musicale Santa Cecília" — classe do proí. Eugénio Terziani. Por morte deste, continua os estudos com Cesare De Sanctis.

"Un soneto dei Dante — Tanto gentile e tanto onesta". Para canto, violino e piano. (Manuscri to)

1890 — Inscreve-se no concurso aberto no Brasil para composição do Hino à Proclamação da Republica. Obtém uma pensão do Governo Provisório que lhe permite pro-longar sua permanência na Europa.

Quarteto para 2 violinos, viola e violoncelo. (Sí menor) Roma. (Manuscri to)

1891 — Quarteto para 2 violinos, viola e violoncelo. (Ré menor) Berlim. (Manuscri to)

"3 Albumblátter", para piano (La maior — Ré b maior — Si b menor) (Rio de Janeiro, E. Bevi-lacqua, Ch. n.os 2858-7713)

1892 — "Souvenir" — para orquestra de cordas. (Manus-crito)

Ingressa no Stem'schen Konservatorium der Musik em Berlim, onde durante dois anos cursa a s classes de piano do professor H. Ehrlich, e orgão e composição do professor Arno Kleffiel.

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Sonata em fá maior para piano (Manuscrito').

"Der Wiinde Ritter". Versos de H. Heine. Canto e piano. (Manuscrito)

1893 — Casa-se com a pianista norueguesa Walborg Bang, com quem tem quatro filhos: Eivind, Sigurd, Sigrid e Astrid.

Valse — Impromptu para piano. (Manuscrito)

"Dromd Lycka", para canto e piano (Manuscri to)

Suite Antique (Menuet — Air — Rigaudon) para orquestra de cordas. (Manuscrito) ( 5 )

1894 — Nas provas finais do Conservatório de Berlim, rege a Orquestra Filarmônica desta cidade, apresentando duas obras suas: um "Scherzo" e uma "Suite para orquestra de cordas".

Scherzo para orquestra. Berlim. (Manuscri to)

5 Canções com texto de N. Lenau — Paris (Manus-critos)

Einklang Herbst O Wag es nicht Sehnsucht nach vergessen Wiege sie sauft

"Désirs d'hiver-Oraison". Poésies de M. Maeterlinck Paris. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado, Ch. n.° 1545/546, e Sampaio Araujo órCia)

(5) Versão para piano, precedida de um "Prelúdio", impressa em Cristiania, Brödrene Hals, e no Rio de Janeiro, I. Bevilacqua.

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Compõe suas primeiras canções em lingua portuguesa, com versos de João de Deus, Olavo Bilac, Juvenal Galeno e Gonçalves Crespo.

Maier Dolorosa. Soneto de Gonçalves Crespo. Can-to e piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacgua, Ch. n.° 3415)

Tu és o sol. Poesia de Juvenal Galeno. Canto e piano. Rio de Janeiro, E. Bevilacgua, Ch. n.° 3416)

Ora dize-me a verdade — Amo-te muito. Poesias de João de Deus. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia., Ch. n.° 328/329)

Medroso de amor. Poesia de Juvenal Galeno. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia. e Sampaio Araujo & Cia.)

Madrigal. Versos de Luís Guimarães Filho. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia. e Sampaio Araujo & Cia.)

Desterro. Poesia de Olavo Bilac. Canto e piano. (Manuscri to)

Melodia para piano. (Rio de Janeiro, Castro Lima & Cia. Ch. n.° 227)

4 Peças Líricas para piano. (Anhelo — Valsa — Dialogo — Galhofeira) (Rio de Janeiro, I. Be-vilacgua, Ch. n.° 3417/20)

17 de abril: Nomeado professor de orgão do Instituto Na-cional de Música, segue para Paris a fim de fazer um curso de aperfeiçoamento com Alex. Guilmant.

A convite do professor Charles Chabault compõe por volta de 1894, música de cena pa ra "Electra' de Sófocles.

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1895 — 3 Canções com texto de Henri Piazza (Rio de Ja-neiro, Vieira Machado & Cia., Ch. n.° 1547/49 e Sampaio Araujo & Cia.)

Les yeux élus Au jardin des rêves Il flotte dans l'air

Comunhão para orgão. (Manuscrito)

Le Miroir d'or. Canto e piano. (Manuscri to)

Regressa ao Rio de Janeiro, após sete anos de ausência.

Convidado pelo Governador de Pernambuco — Dr. Bar-bosa Lima — para organizar o Conservatório de Música do Recife, declina do convite por desejar se fixar no Rio de Janeiro.

4 de Agosto: Recém-chegado da Europa, apresenta-se em concêrto no Instituto Nacional de Música, como or ganista e pianista, executando várias obras suas, dentre elas uma "Sonata" para piano, as ' Peças Líricas", também para piano, suas primeiras canções com poesias de autores brasileiros e canções em lingua alemã.

1896 — Hino ao trabalho. Poesia de Olavo Bilac. (Rio de Janeiro, I. Bevilacqua & Cia., Ch. n.° 3612)

As Uiaras (Lenda amazônica) Letra de Mello Mo-rais Filho. Para côro feminino e orquestra. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. — versão para côro e piano. Impressa também por Vieira Machado & Cia.)

Canto fúnebre. Para côro a 2 vozes. (Rio de Janeiro, Carlos Wehrs) .

Morta. Poesia de A. Salles. Canto e piano. (Ma-nuscrito)

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Epitalâmio. Versos de Antonio Salles. Canto e piano. (Manuscrito)

Cativeiro. Versos de Juvenal Galeno. Canto e piano. (Manuscri to)

Nomeado Diretor d a "Associação de Concêrtos Popula-res', dirige duas séries de concêrtos, uma em 1896 e outra no ano seguinte. Inclui em seus programas várias obras de compositores brasileiros.

1897 — Ave Maria para côro. Versos de Juvenal Galeno. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & C., Ch. n.° 7810)

Cantos de Sulamita. Versos de Mucio Teixeira. (Ma-nuscrito).

Salutaris Hóstia. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Casa Bevilacqua, Ch. n.° 7820.)

1.° de agosto: Concêrto — Alberto Nepomuceno no Insti-tuto Nacional de Música. Apresenta em primeira audição no Brasil suas principais obras sinfônicas: Sinfonia — Suite brasileira — Suite Antique — Uiaras e ainda Epitalâmio, em versão para or-questra.

A "Sinfonia" e a "Suite Brasileira" foram transcritas pa ra piano a quatro mãos pelo compositor e impressas no Rio de Janeiro por Sampaio Araujo & Cia.

1898 — 14 de outubro: Apresenta em primeira audição, seu epi-sódio lírico "Ártemis", sobre libreto de Coelho Netto. (Redução para canto e piano impressa no Rio de Ja-neiro por Vieira Machado & Cia., Ch. n.° 1544)

1900 — Sono. Versos de Gonçalves Dias. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia. e Sam-paio Araujo & Cia.)

Nova viagem à Europa. Acometido de grave enfermi-dade em Viena, vê-se impossibilitado de realizar o que projetara para essa sua segunda visita ao con-tinente europeo, e após convalescença na Noruega, volta ao Rio de Janeiro em 1902.

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1902 — Julho: Nomeado Diretor do Instituto Nacional de Música, por morte de Leopoldo Miguéz, demite-se do cargo um ano depois, por não concordar com as irregula-ridades administrativas que então se verificaram.

Serenata para cordas. (Manuscrito)

Andante expressivo para cordas (Manuscrito)

Variações sobre um tema original, para piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia., Ch. n.° 7904)

Tema e variações em lá menor, para piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia., Ch. n. 7853)

Sonhei (Mir träumte) Versos de H. Heine. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia. Impresso também por Sampaio Araujo & Cia.)

Canção de amor (Liebeslied) Versos da Condessa Amadei (Rio de Janeiro, Vieira Machado à Cia. e Sampaio Araujo & Cia.)

Xacara. Versos de Orlando Teixeira. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia. e Sam-paio Araujo & Cia.)

Oração ao diabo. Versos de Orlando Teixeira. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Macha-do & Cia. e Sampaio Araujo & Cia.)

1903 — Coração triste. Versos de Machado de Assis. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. — impresso também por Vieira Machado & Cia.)

Philomela. Versos de Raimundo Correia. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. — Impresso também por Vieira Machado & Cia.)

25 de dezembro: Primeira apresentação, em Campinas, da "Pastoral" de Coelho Netto. O 3.° episódio com música de Nepomuceno.

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Hino do Ceará. Letra de Thomaz Lopes. Canto e piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Cia., Ch. n.° 5414.)

6 Valsas Humorísticas para piano e orquestra. (Ma-nuscrito)

Redução pa ra dois pianos, feita por Arthur Napoleão e impressa por Sampaio Araujo.

1904 — 20 de outubro: Nepomuceno rege, em primeira audição, o "Prelúdio" de O Garatuja — Comédia lírica | ina-cabada baseada no romance de José de Alencar com libreto de Luiz de Castro e Nepomuceno.

Nesta ocasião Nepomuceno é obsequiado por seu amigo Arthur Napoleão, com uma rica batuta com incrustações de ouro.

Dolor Supremus. Versos de Osório Duque Estrada. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia., Impressa também por Vieira Machado & Cia.)

Soneto. Versos de Coelho Netto. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia., Im-presso também por Vieira Machado & Cia.)

Publicação dos dois cadernos de "Canções" de Ne-pomuceno, pela editora Vieira Machado & Cia. (Impressas também por Sampaio Araujo.) Primeiro caderno: As Uiaras, Medroso de amor, Madrigal, Coração triste e Philomela. Segundo caderno : Sonhei, Canção de amor, Xá-cara. Oração ao diabo. O Sono, Dolor Supre-mus e Soneto.

Improviso pra piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Cia., Ch. n.° 5745)

Devaneio para piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia, Ch. n.° 7982)

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1905 — Nepomuceno termina a instrumentação de "Abul". Ópera em três atos inspirada em um conto de Herbert C. Ward. No ano seguinte foram ouvidos trechos de "Abul" em primeira audição, em concêrto regido pelo compositor.

Redução pa ra canto e piano impressa em Milão, em 1913, por Lorenzo Sonzogno.

18 de Fevereiro: Concêrto no Clube dos Diários com várias de suas obras em primeira audição. Para piano: Devaneio e Improviso — Folha d'Album — Tema e variações em lá menor. Para canto : Turque-sa — Hidrófana — Trovas. (Estas últimas peças para canto, impressas no Rio de Janeiro por Sam-paio Araujo & Cia. e por Vieira Machado)

1906 — 5 Peças para piano, só para a mão esquerda, escri-tas especialmente para a sua filha Sigrid: Dança — Brincando — Melodia — Polca — Bar-carola. (Manuscritos)

Coração indeciso. Versos de Frota Pessoa. Canto e piano (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. Ch. n.° 8052. Impressa também por Vieira Machado e Cia.)

Canção. Versos de Fontoura Xavier. Ccmto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. Im-pressa também por Vieira Machado & Cia.)

Outubro: Reassume a direção do Instituto Nacional de Música, após o pedido de demissão de Henrique Oswald; cargo este que desempenhará com a maior dedicação, durante dez anos consecutivos.

Ao Amanhecer. Versos de Ana Nogueira Batista. Canto e Piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Arau-jo & Cia., Ch. n.° 8051. Impresso também por Vieira Machado & Cia.)

Anoitece. Versos de Adelina Lopes Vieira. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araújo & Cia., n.° 805. Impresso também por Vieira Machado & Cia.)

1907 —

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Sempre — Dor sem consolo. Versos de Afonso Celso. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. Impressas também por Vieira Machado & Cia.)

A Grinalda — A Despedida. Versos de Carlos Ma-galhães Azeredo. Canto e piano. (Rio de Ja-neiro, Sampaio Araujo & Cia. Impressas tam-bém por Vieira Machado & Cia.)

Noturno para piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia, Ch. n. 7751)

1908 — Nomeado Diretor Musical dos concertos da Exposição Comemorativa do Centenário da Abertura dos Por-tos, organiza uma série de 26 concertos sinfônicos, de 13 de agosto à 10 de outubro, quando foram executadas, em primeira audição, obras de compo-sitores contemporâneos franceses, alemãs e russos. Dos brasileiros figuraram: Barrozo Netto, Ronchini, E. Guerra, Nepomuceno e um Festival Miguéz.

Romance e Tarantela. Para violoncelo e orquestra. (Redução para violoncelo e piano impressa no Rio de Janeiro, por Sampaio Araujo & Cia., Ch. n.° 7854.

Dedicados ao violoncelista Benno Niederberger, que já os tendo executado com sucesso em Viena, apresentou-os pela pri-meira vez, em versão p a r a orquestra, num dos concertos da Exposição de 1908.

1909 — Hino às árvores. Letra de J. M. Goulart de Andrade. (Rio de Janeiro, | Vieira Machado & Cia. | )

1910 — Comissionado pelo Governo para realizar concertos de música brasileira, empreende Nepomuceno sua 3.a

viagem à Europa, apresentando-se em Bruxelas, Ge-nebra e Paris.

Noturno em Dó maior, para piano, só para a mão esquerda. (New York, G. Schirmer j c.1917 | )

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1911 — Album Eucarístico, contendo peças para canto e orgão e para côro feminino : Panis Angelicus — Ecce Panis Angelorum — Salutaris Hóstia — Tantum Ergo. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia )

Aime-moi. Versos de Emilia Amai. Canto e piano (Manuscrito.)

Razão e amor ( O b r a póstuma) Canto e piano (Rio de Janeiro, Carlos Wehrs & Cia, Ch. n.° 2091.)

Sob o pseudônimo de João Valdez, compõe uma opereta em 3 atos "A Cigarra", com texto de Luiz de Castro, também oculto sob o pseudónimo de Eduardo Rivas. (Redução para canto e piano de alguns trechos, impressos no Rio de Janeiro por Castro Lima & Cia., Ch. n.° 257/260)

Encontro com Paderevski, por ocasião da visita do pia-nista polonês ao Brasil.

Ave Maria em Mi menor. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia )

1912 — 2.° Noturno para piano ( só para a mão esguerda) (Manuscrito)

Oíertório em ré menor e Prelúdio e fuga para orgão em Sol Maior e Sol Menor. (Incluidos na antologia "Les Maitres contemporains de 1'orgue")

1913 — Maio: Concerto realizado em São Paulo, por ocasião da inauguração do Monumento a Feijó. Em expressiva homenagem recebe Nepomuceno uma batuta e uma medalha de bronze do "Centro Musical" daguela cidade.

Embarca para Buenos Aires para assistir, a 30 de iunho, a estreia mundial de sua ópera "Abul" no Teatro Coliseo.

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10 de setembro: Estréia de "Abul" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

1914 — Missa, duabus vocibus aequalibus quam in honorem Virginis Immaculatae concinnavit et Eminentís-simo Domino Cardinali Arcoverde dicavit die 26 octobris, anni 1915. (Rio de Janeiro, E. Bevilac-qua, Ch. n.° 7732)

Ave Maria (Lá maior). Letra de Xavier da Silveira Junior. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia., Ch. n.° 355. Impressa também por Sampaio Araujo & Cia )

Ave Maria (Mi menor) . (Rio de Janeiro, Vieira Ma-chado & Cia., Ch. n.° 292 e Sampaio Araujo & Cia.)

Oração à Pátria. (Manuscri to)

Flores — Candura. Versos de Rabindranath Tagorc. Ccmto e piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Cia., Ch. n.° 7500)

Numa concha — Olha-me. Versos de Olavo Bilac. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Macha-do & Cia, Ch. n.° 1534/1535. Impressas também por Sampaio Araujo & Cia.)

Ocaso / No album de S. M. a Rainha de Portugal / a Senhora D. Amelia. Poesia de Thomaz Lopes. (Rio de Janeiro, Vieira Machado <5r Cia, Ch. n.° 1533. Impresso também por Sampaio Araujo & Cia.)

Canto nupcial. Do livro Ruth, cap. IV. 16-17. Canto e piano. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia., Ch. n.° 1532 e Sampaio Araujo, & Cia . )

Nossa velhice. Versos de Emilio Menezes. Canto e piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua, Ch. n.° 7504)

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1915 — Sinos de Natal, para piano. (Rio de Janeiro, Sam-paio Araujo & Cia., Ch. n.° 7762)

Luz e névoa — Canção da ausência. Versos de Her-mes Fontes. Canto e piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Cia., Ch. n.° 7502/7503)

Hino à Alsacia-Lorena. Versos de Osório Duque-Es-trada. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia., Ch. n.° 7626)

Nepomuceno segue para a Itália e assiste a estréia de sua ópera "Abul" no dia 15 de abril, em Roma, no Teatro Costanzi.

1916 — 31 de agosto: Primeira audição do Trio em Fá sustenido menor, para piano, violino e violoncelo, pelo Trio: Barrozo-Milano-Gomes. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia. Ch. n.° 7824.)

André Messager e Xavier Leroux, em visita ao Brasil, travam conhecimento com Nepomuceno.

21 de outubro: "Iriel" legenda dramática de Luiz de Castro é apresentada em primeira audição com mú-sica incidental de vários compositores, dentre eles: Massenet, Fauré e Nepomuceno (Cena e Dança da sedução), esta última composta especialmente para a ocasião. (Manuscrito)

Outubro: Sentindo-se injustiçado e desprestigiado pelas autoridades superiores, por uma questão surgida durante a realização de um concurso para professor catedrático do Instituto Nacional de Música, pede Nepomuceno demissão do cargo, em carater irrevo-gável.

Hino da Escola Normal. Versos de O. Duque Es-trada. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Ci., Ch. n.° 7722)

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1917 — Abril: A pedido de Jacques d'Avray (pseudônimo de José Freitas Vale) compõe música para o seu poema intitulado "Le Miracle de la Semence", que faz ouvir em primeira audição na residência dos Sampaio Araujo, acompanhando ao piano o barítono Nasci-mento Filho.

A primeira audição com orquestra realizou-se dias depois, pela Sociedade de Cultura Artística, no Teatro Municipal de São Paulo. (Impresso no Rio de Janeiro por Sampaio Araujo & Cia., Ch. n.° 7815/7818)

Canção do rio. Versos de Domingos Magarinos. Canto e piano. (Manuscri to)

Gino Marinuzzi em concêrtos sinfônicos no Teatro Muni-cipal, interpreta sua Sinfonia em sol menor e "Le Miracle de la Semence" com o barítono Armand Crabbé.

À Oswaldo Cruz. Versos de O. Duque Estrada (Ma-nuscrito extraviado)

Através uma apresentação de A. Messager, Nepomuceno conhece Darius Milhaud, que como secretário de Paul Claudel passou uma temporada no Rio de Janeiro, e com êle mantém relações a s mais amis-tosas.

1918 — Canção do Acre. Letra de Manuel Castro Paiva. Canto e piano. (Manuscri to)

O Baile na ílôr. Coro de vozes femininas. Poesia de Castro Alves. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & C. Ch. n.° 7811)

Conselho (Põe na virtude, filha minha) Antigas modinhas brasileiras. Poesia do Visconde de Pedra Branca. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua, Ch. n.° 7812)

Cantigas (D. Branca de Castro Colaço) Ccmto e piano. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Cia., Ch. n.° 7815)

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2 Canções de Marcha com cornetas e tambores. Letras de O. Duque Estrada. (Manuscrito)

1919 — Invocação à cruz. Versos de O. Duque Estrada. Côro. (Rio de Janeiro, E. Bevilacqua & Cia., n.° 7816)

Hino à Paz. Letra de Felix Pacheco. (Rio de Janeiro, Vieira Machado & Cia.)

Por motivo de saúde, pede demissão do cargo de Diretor da Orquestra da Sociedade de Concertos Sinfônicos.

Saudação à bandeira. Letra de D. Aquino Correia. Canto e Piano. (Manuscrito)

Brasileira, para piano. (Rio de Janeiro, Sampaio Araujo & Cia., Ch. n.° 7981)

1920 — 23 de Setembro: Richard Strauss, em concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, executa o Preludio do "Garatuja".

A Jangada. Versos de Juvenal Galeno. Canto e piano. (Rio de Janeiro, A. Napoleão, Ch. n.° 8062)

16 de outubro: Morre Nepomuceno em casa de seu maior amigo Frederico Nascimento, e em cuja com-panhia passara os últimos anos de sua vida.

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