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18ª Revista EGI em Movimento

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Esta revista pretende mostrar o que de bom se faz pela acção social, esclarecer exactamente o que é ser socialmente responsável, interligando os conceitos com a Engenharia e Gestão Industrial, através de práticas desenvolvidas na área. Conceitos como o Kaizen, Cadeia de Abastecimento Verde (Green Supply Chain), Sustentabilidade, aparecem cada vez com mais frequência pela importância que têm no desenvolvimento e criação de oportunidades de crescimento e de contributo para a obtenção de uma sociedade cada vez mais preocupada com o meio envolvente.

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EDITORIAL

FICHA TÉCNICA:

Edição: Pelouro Informativo e Divulgativo da AEGIA

Direção e Redação: Telma Freire

Edição Gráfica: NED - Núcleo de Estudantes de Design

Impressão: KopyStation

Tiragem: 170 exemplares

APOIOS:

Associação de Engenharia e Gestão Industrial de Aveiro

Fundada pelos estudantes da comissão de curso de EGI de 1996/1997

Campus Universitário de Santiago

Apartado 2010

3810-193 Aveiro (Portugal)

Tel: (+351) 234370361

(ext.23627)

Fax: (+351) 234370215

E-mail: [email protected]

Caros leitores,

Hoje em dia, todos sabemos que o ser humano é reconhecido pelas acções/opções que toma todos os dias. Ouvimos falar constantemente na importância de ser socialmente responsável, mas nem todos conhecem o seu real significado. Neste sentido, é com agrado que contribuo para o lançamento de mais uma edição da revista com mais prestígio no meio académico aveirense.

Esta edição, 18ª, é lançada num contexto cada vez mais rodeado de incerteza e de crise que nos obriga a encarar o futuro com algum receio. A Responsabilidade Social e Empresarial ganha cada vez mais importância nos dias de hoje, onde as empresas devem contribuir de forma ativa para a criação e desenvolvimento de uma comunidade amiga do ambiente, voluntária, preocupada com a diminuição de desperdícios e enriquecida pelas experiências sociais, com o intuito de ajudar quem mais necessita. Esta revista pretende mostrar o que de bom se faz pela acção social, esclarecer exactamente o que é ser socialmente responsável, interligando os conceitos com a Engenharia e Gestão Industrial, através de práticas desenvolvidas na área. Conceitos como o Kaizen, Cadeia de Abastecimento

Verde (Green Supply Chain), Sustentabilidade, aparecem cada vez com mais frequência pela importância que têm no desenvolvimento e criação de oportunidades de crescimento e de contributo para a obtenção de uma sociedade cada vez mais preocupada com o meio envolvente.

Embora tenhamos a preocupação de elucidar os nossos leitores sobre a importância de ser socialmente responsável, não deixamos de realçar empresas de grande renome a nível nacional e internacional, numa tentativa de criar uma ponte entre o meio académico e o tecido empresarial.

Por fim, é notória a importância dada às actividades desenvolvidas ao longo do semestre, com o intuito de dar a conhecer experiências vividas, quer pelos estudantes de EGI, a nível internacional e a nível empresarial, quer por parte dos docentes, enquanto entidades cada vez mais próximas.

Em suma, resta-me agradecer a todos os que contribuíram para a redacção desta edição, por forma a garantir a qualidade e satisfação pela qual é reconhecida.

Telma Freire

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ÍNDICE

MENSAGEM DO PRESIDENTE

MENSAGEM DO DIRETOR DO DEGEI

INTEGRAÇÃO AOS NOVOS ALUNOS

INTEGR@TE’12

ESTIEM

TIMES COM - COMATHON!

RECOM AVEIRO 2012

EXPERIÊNCIA CM BELGRADE 2012

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIALO QUE (NÃO) É A RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS

RESPONSABILIDADE SOCIAL: O MODELO DA UA

MOBILIDADE SUSTENTÁVELRESPONSABILIDADE SOCIAL NA TOYOTA

A EDP E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

TECIDO EMPRESARIAL - KAIZEN LEANUM CONCEITO EM EXPANSÃO!

LEAN MBA DAY

O MUNDO EMPRESARIAL - O GRUPO MEDLAR

ERASMUS - UMA EXPERIÊNCIA ALÉM FRONTEIRAS

À CONQUISTA DO TRI

ESTÁGIO DE VERÃO - GRUPO AUCHAN

CANTINHO DOS TESTEMUNHOS

ATIVIDADES REALIZADAS + PRÓXIMAS ATIVIDADES

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

David Mendes

Caros colegas,

Esta é a primeira edição da revista “EGI em Movimento” desde o início do novo ano lectivo. Desejo-vos aqui, publicamente, os maiores sucessos ao nível académico e que este ano seja repleto de peripécias e histórias que mais tarde possam recordar com nostalgia.

Aos novos membros desta academia e deste nobre curso, sejam bem-vindos. O que disse acima, também – e sobretudo – se aplica a vocês.

A Associação de Engenharia e Gestão Industrial de Aveiro, tem vivido – e viverá nos próximos tempos – um movimento e uma participação por parte dos estudantes que me faz crer que estamos no caminho certo.

Até ao momento, já realizámos, participámos, criámos e organizámos um sem número de actividades que posso afirmar terem sido de inegável interesse para os nossos associados. No que à participação desportiva diz respeito, EGI tem marcado a sua presença nas mais variadas modalidades e sempre com vista a atingir um patamar de excelência, deixando-nos orgulhosos nessa representação.

Não posso deixar de referir as actividades do foro cultural e pedagógico como é o caso da visita de estudo à sede da Inditex.

Atualmente, a questão da ação social é tema de debate central dos mais variados fóruns públicos de discussão. Suportar os custos inerentes à frequência do Ensino Superior e, para alguns, a deslocalização, são factores que tornam complicada a gestão dos orçamentos das famílias e, por esse motivo, a ação social no Ensino Superior é fundamental.

Particularmente, na Universidade de Aveiro, foi criado o Fundo Social ativo que pretende dar um

auxílio acrescido relativamente ao mínimo legal exigido e que, recentemente, foi reforçado. Os Serviços de Ação Social têm esse mesmo objectivo, o de permitir aos estudantes com dificuldades económicas que possam continuar os estudos, pois a formação académica deve ser uma ferramenta de resolução dessas mesmas dificuldades e não um obstáculo.

A AEGIA não pode adoptar uma postura de insensibilidade relativamente à questão social e, não querendo entrar em rota de colisão com o parceiro competente para o efeito, procura estar atenta de forma a detectar casos de carência a este nível. Sendo que a sua proximidade com os associados é notória, aproveitamos esse factor para que possamos ajudar os associados, uma vez que nem sempre é fácil, pelos mais variados motivos, assumir a sua situação de carência económica.

No plano das empresas, cada vez mais a responsabilidade social é encarada como prioridade ao nível corporativo e é uma tendência que deverá continuar a crescer. As empresas devem ter todo o interesse em manter os seus colaboradores satisfeitos e, quando necessário, devem apoiá-los aquando de uma situação de carência económica, pois os colaboradores são o principal cartão de visita e são eles que, acima de tudo, se devem sentir integrados na empresa. Apoiar os filhos, ou os próprios colaboradores, na obtenção de um curso superior pode ser uma mais-valia para a empresa, que terá retorno nesse investimento.

Assim, creio que deve ser este o sentido que deve permanecer como valor de cada. Não é só na época natalícia que se deve ser solidário e praticar a responsabilidade social, mas sim ao longo da vida e perante o exercício dos cargos que desempenharão ao longo da vossa vida.

Os meus votos de um bom ano,

David Mendes

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MENSAGEM DO DIRETOR DO DEGEI

ProfessorEgas Salgueiro

Em resposta a um convite da Direção da AEGIA, é com muito prazer que partilho algumas ideias sobre o DEGEI.

Desde logo para expressar o apoio a algumas iniciativas da vossa associação, em particular a organização em Abril de 2013 do Encontro Nacional de Engenharia e Gestão Industrial. Para além dos laços que aprofunda entre docentes, alunos e ex-alunos desta área, para além das comunicações científicas e profissionais que partilharão, será mais uma oportunidade para aumentar a visibilidade e reputação do nosso departamento.

A situação recessiva decorrente da atual crise financeira criou ainda mais competição no mercado de trabalho e limitações no financiamento das universidades. O esforço de docentes, alunos e funcionários é imprescindível para melhorar cada vez mais a qualidade do ensino e investigação produzidos no DEGEI. A qualidade é a melhor garantia para a empregabilidade e sucesso dos nossos graduados, mas só se atinge com muito esforço e trabalho por parte de cada um.

Se é importante mantermo-nos competitivos nesta conjuntura, é igualmente importante sermos

solidários entre nós e com os outros elementos da sociedade em que nos inserimos. Todas as iniciativas que puderem tomar neste sentido merecerão todo o apoio do Departamento.

O meu mandato como Diretor do DEGEI decorre do pedido de demissão (por motivo de reforma) do Prof. Borges Gouveia, e terminará com a escolha e nomeação de um novo Diretor. Neste período (que espero não ultrapasse os 6 meses) farei tudo o que estiver ao meu alcance para proporcionar condições equilibradas a todos, para fazerem o seu trabalho e darem o melhor de si próprios.

A escolha do novo Diretor pressupõe a convocatória do Conselho de Departamento. Acontece que o mandato dos representantes dos alunos terminou em Outubro e torna-se necessário eleger novos representantes, um por cada ciclo de estudos. Aproveito para mobilizar salientar a importância de participarem na eleição dos vossos representantes e pedir a vossa mobilização e empenho neste processo.

Bom Ano de 2013 a toda a comunidade académica!

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INTEGRAÇÃO AOS NOVOS ALUNOS

Ricardo Barbosa

PRIMEIRO ANO, O MELHOR DE MUITOS!

O melhor de muitos outros anos académicos! “Mas cuidado, não deixem que o “muitos” se transforme em “demasiados”!”, ecoa a voz dos vossos pais nas vossas cabeças. Assim foi, nesta ordem de ideias, que entrei cá em Aveiro, borga: sim, fazer cadeiras: sim! A ideia era boa, pôr em prática já foi mais complicado.

A ansiedade pela entrada na vida universitária, conhecer novas pessoas, novo ambiente, novas formas de pensamento, nova cidade, novas experiências, pronto para alargar os horizontes num novo mundo! Ainda por cima em Aveiro, uma pequena e acolhedora cidade onde reina a hospitalidade, o espírito académico e consequentemente, boa disposição e festa! Estava então tudo preparado para o “fazer cadeiras: sim” ir por água abaixo.

Primeiro passo no mundo novo: integração. Foi algo quase instantâneo, talvez a junção da hospitalidade da comunidade académica com o meu espirito aberto e sempre bem-disposto fizeram com que isso fosse possível. Desde o dia das matrículas que se instaurou a alegria e a espontaneidade, sentia-me em casa. Um grande factor que contribui para o desenvolvimento deste primeiro passo são as festas académicas. A começar pelo arraial, Destroika, Intragr@-te, Enterro, Praça do Peixe, festas temáticas dos cursos e todas as quintas-feiras à noite o BE. São tudo óptimas alturas para viveres grandes momentos e fortaleceres as ligações com todos os estudantes. Não poderia acabar este “primeiro passo” sem falar da Faina. Faz um óptimo papel no que toca à integração, “quebra o gelo” e cria grandes elos não só entre os caloiros mas entre caloiros e veteranos, vivem-se momentos únicos de

união que só a Faina pode proporcionar. Mas não é a forma soberana de integração, é apenas mais uma, mas com as suas próprias características.

Mas deixando agora a borga de lado, vamos lá “fazer cadeiras”. Toda a gente tem as suas preferências, matemática, línguas, desenho, economia, bla bla bla. Mas meus caros, estamos em engenharia, ninguém faz isto sem saber matemática e física. É o que se centra o primeiro ano, a base da engenharia. Quem se sente à vontade nesta matéria vai com certeza achar o primeiro ano muito fácil, caso contrário é melhor porem os pés ao caminho. Se me pedissem para escolher a disciplina de que mais gostei no primeiro ano acho que diria Programação em Java, completamente diferente do conceito de disciplina do secundário e com uma componente prática muito forte. O segredo para as cadeiras de programação (Java e ACE) é acompanhar a matéria em todas as aulas práticas e fazer exercícios. Em relação a matemática e física já toda a gente está habituada a isto do secundário. O resto é “canja”, mas cuidado com Desenho Técnico, quem tem facilidade em desenho provavelmente vai achar a disciplina fácil. Mas para quem não tem pode-se tornar numa dor de cabeça.

Muito vos espera neste 1º ano, cada um estabelece as suas prioridades, cada um vai levar as coisas de acordo com os seus objectivos, basta correr atrás. Para quem quiser seguir o “borga: sim, fazer cadeiras: sim” deixo o conselho: força de vontade é precisa, o desejo: boa sorte, uma conclusão: existe tempo para os dois.

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Bernardo Silva

INTEGR@TE’12

O integr@te foi para mim o marco do início da minha vida universitária. Foi, tal como o seu nome indica, uma oportunidade de me integrar e interagir com as novas pessoas que farão parte da minha vida durante os próximos anos.

Este festival proporcionou a todos noites fantásticas, num ambiente de festa e espírito universitário onde mais facilmente começámos a criar laços com os novos colegas, uma vez que para quem vem de longe, como eu, é sempre mais divertido e mais fácil o convívio no meio da música e da alegria de todos (alcoólica ou não). Claro que o cartaz é sempre um incentivo à participação neste tipo de eventos, e a presença de artistas como Linda Martini, Dj Ride, Buraka Som Sistema entre outros, foi um contributo para a eforia e desinibição dos mais tímidos. Em certas alturas, chegava a parecer que as pessoas no geral já se conheciam à mais do que 2 ou 3 semanas como realmente acontecia.

Na minha opinião o Integr@te resumiu-se a: Música, bebida, festa e novas amizades.

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Porque não agarrar o desafio? Foi a pergunta que fiz a mim mesma quando surgiu a oportunidade de viajar até Varsóvia pela ESTIEM para uma partilha de experiências únicas. Há algum tempo que pensava em integrar-me um pouco mais nesta organização e o Council Meeting veio proporcionar isso. Depois de uma noite de viagem de comboio para Lisboa e estadia no aeroporto chegava á hora de partir. Com o avião a descolar surgia o nervoso miudinho e crescia a expetativa do que me esperava

Dedicação e ambição foram as palavras-chave deste ano. Dedicação em fazer mais por um grupo local, cujo destino era cada vez mais solitário e com menos actividades, e ambição de querer sempre mais e de mostrar o valor dos estudantes aveirenses, mas nunca uma ambição desmedida.

Este ano o ESTIEM Local Group Aveiro sofreu uma mudança estrutural, essencial para o aumento da sua importância ao nível da comunidade ESTIEM. A criação da estrutura administrativa (Board) foi um dos passos que contribuiu para esse crescimento. Aumentar o número de pessoas envolvidas no desenvolvimento do grupo local e dos seus estudantes, bem como, contribuir para uma maior partilha de informação e interesse por esta comunidade, foram alguns dos objectivos alcançados pelos 7 elementos que constituem a Board de Aveiro.

Durante este ano, nem tudo foi perfeito, mas o passo que foi dado em frente rumo ao futuro deixa-me a mim com um sentimento de orgulho e de dever cumprido, pois conseguimos dar o ‘pontapé na crise’ e criar um maior interesse dos estudantes aveirenses por esta comunidade de grande interesse e com grande importância no desenvolvimento pessoal, curricular e profissional de qualquer membro.

A organização de alguns eventos como o ReCoM Aveiro 2012 (evento de coordenação da região ibérica) e a Qualificação Local do TIMES, bem como, a maior participação dos ESTIEMers Aveirenses, contribuíram para a criação de um grupo local cada vez mais forte e com ambições de em conjunto com os restantes grupos locais potenciar o crescimento de uma das regiões mais fortes e empreendedoras da comunidade ESTIEM. Embora pareçam poucos eventos, ou mesmo, pouco trabalho realizado em prol do futuro do LG Aveiro, este ano conseguimos fazer algo nunca antes realizado até à data. Conseguir num mesmo ano trazer para Aveiro eventos de grande importância e prestígio como uma Semi-Final do TIMES (25 a 29 de Março de 2013) e um Council Meeting, com a designação de Council Meeting Portugal, fruto da colaboração entre os quatro grupos locais portugueses (Novembro 2013) fazem deste ano, um ano diferente, um marco

Ana Costa

à chegada. Acompanhada por um grande amigo, João Correia, já habituado a estas viagens, e por dois colegas do grupo local de Lisboa, tudo parecia novo. À chegada foi incrível perceber como somos uma organização tão grande e unida. Por entre horas de sono e grandes caminhadas o corpo queria descansar, mas a mente estava bem acordada e pronta para aproveitar cada minuto. As manhãs começavam cedo, sempre com imensos assuntos a discutir e decisões a tomar. Pela tarde começavam

histórico, municiador de grandes projectos com claros contributos para o futuro do grupo local e dos seus estudantes. A complementar a organização destes eventos, foi dado mais um passo em direcção à maior presença e aumento da rede de contactos. Em Março será feito um intercâmbio com o LG Milão, um dos grupos locais mais ativos neste momento, podendo desta forma aprender o que é feito lá fora, melhorando as ligações existentes.

A jornada foi longa, mas o sucesso da mesma pode ser comprovada pelas palavras inspiradoras de um dos mais influentes ESTIEMers portugueses de sempre, Xavier Azcue, Presidente da ESTIEM Board 2012: “Aveiro é nosso! E há-de ser sem dúvida. Um grande ano 2013 espera o LG português com maior potencial, e claro com maior responsabilidade”.

Em suma e, em resumo do meu trabalho feito pelo grupo local de Aveiro, este foi um ano de altos e baixos, com grandes responsabilidades, por vezes com pouco tempo, mas com uma dedicação incrível. O meu desejo é, daqui a uns anos, chegar à universidade e poder perceber que o LG Aveiro é cada vez mais ativo, empreendedor, constituído por um número cada vez maior de estudantes com a ambição de poder contribuir para o desenvolvimento contínuo de um dos grupos locais com maior potencial de crescimento da ESTIEM, porque, enunciando Rui Nabeiro, Presidente do grupo Nabeiro/Delta Cafés “todo o ser humano tem de fazer mais do que aquilo que faz, pois, mesmo que façamos muito, podemos fazer sempre mais”. Desta forma lanço o desafio, podemos já ter conseguido muito, mas o importante é fazer mais e cada vez melhor!

Work hard, Play hard!Como sempre o mote perdura. Este deve ser levado a sério em tudo o que façamos no dia-a-dia. A capacidade de nos diferenciarmos é essencial para vencer, mas sem nunca esquecer que a vida não é apenas trabalho e que o convívio com as pessoas de quem mais gostamos é crucial para fazer de nós melhores estudantes, melhores amigos e melhores profissionais.

UM ANO MUNICIADOR DE GRANDES PROJECTOS PARA O FUTURO

CM VARSÓVIA 2012: UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL

Rui Beato

Presidente do Local Group Aveiro

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Mesmo antes de entrar em EGI, estava interessada na Estiem, principalmente na participação num evento fora do país. Assim que soube como entrar na Estiem e me tornar mais activa, escolhi o LR Forum Eindhoven 2012, que iria decorrer entre 14 e 19 de Maio. E porquê este evento?

Apesar de ser um evento maioritariamente para LRs e para futuros LRs, escolhi este evento acima de tudo porque sentia a necessidade de melhorar as minhas capacidades de liderança, organização e comunicação. Para isso, treinos como “Formar grupos de trabalho e trabalhar em grupo”, “Comunicação Intercultural” e “Estabelecimento de Metas e Gestão de Projectos – Como organizar um evento Estiem” contribuíram para isso, entre muitos outros.

Chegado o dia 14, parti do Aeroporto Sá Carneiro, com destino à cidade de Eindhoven, um local nunca antes visitado. Fiquei impressionada com a organização da cidade. Em toda a cidade, existem ciclovias e as pessoas circulam maioritariamente de bicicleta. Eindhoven não é uma cidade muito turística, mas sim uma cidade industrial. O crescimento de Eindhoven deve-se sobretudo a empresas como a Philips.

O meu maior receio durante o evento foi não conseguir falar Inglês correctamente. Tenho muitas dificuldades. Mas, logo no primeiro dia, conheci pessoas que estavam na mesma situação que eu, e com tempo e ao longo da semana notei logo uma evolução nesse sentido.

Os treinos começavam bem cedo. Pelas 7h, já tínhamos a organização a acordar-nos com imenso barulho. Deram-nos bicicletas e todos os dias íamos neste meio para a universidade de Eindhoven.

Durante a manhã e a tarde tínhamos treinos, intercalados com pausas para Coffee Breaks e Almoço. Mas não só de trabalho foi feito o evento, também tínhamos tempo para relaxar e descontrair.

“Work hard! Play Hard”. Só quem participa num evento Estiem entende realmente o significado deste lema. Aguentar o dia cheio de trabalho e a noite intensa na tão característica Stratumseind, uma rua com 225 metros recheada de bares e muita diversão nocturna, não é fácil, mas no fim tudo vale a pena!

Actividades como Beer Cantus (uma espécie de praxe com bebida), Flunkyball (jogo de beber), Pubcrawl (rally tascas), festas temáticas, Laser Tag e visitas pela cidade fizeram as delícias de todos os participantes. As fotos falam por si.

Gostei imenso do evento, desenvolvi imensas capacidades, conheci pessoas de toda a Europa, novas culturas, um novo país, uma nova cidade. Aconselho a todos os Estiemers! É uma experiência muito enriquecedora! Espero ver mais experiências destas na próxima edição da revista! E não se esqueçam: “Work Hard, Play Hard!”.

Ana Carolina

LR FORUM EINDHOVEN 2012 14 - 19 MAIO

os grupos de trabalho, infelizmente ocorriam ao mesmo tempo e era necessário fazer uma escolha. A noite começava com um jantar, sítio ideal para convivermos com pessoas de outros países, sem desvalorizar claro aqueles que fazem parte dos grupos locais do nosso país. Depois de um dia inteiro a trabalhar era necessário um tempo para relaxar, para conhecer alguns dos bares da cidade. A noite era longa e o dia começava cedo e no fim da semana acumulava-se o sono, mas também o conhecimento. A agenda estava sempre cheia. Entre assembleias, grupos de trabalho, o jantar internacional e o jantar de gala, houve tempo para algo indispensável, a visita á cidade. Esta foi feita através de desafios, no qual a resposta nos levava ao próximo sítio histórico. A visita terminou com todos os participantes a cantarem o hino da ESTIEM no meio da praça principal. No fim a despedida é o que custa sempre mais, mas fica sempre a promessa de um próximo encontro. Na viagem de volta o cansaço era tanto que qualquer sítio era bom para dormir. Foi uma semana intensa de muito trabalho e diversão, com algumas peripécias á mistura que em tudo tornaram toda esta viagem numa das mais marcantes que tive. Sem dúvida será uma experiência a repetir se a oportunidade surgir. Ficam agora as lembranças, saudades e amizades.

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3 Coordination Meetings em 10 dias:

TIMES (Tournament in Management and Engineering

Skills) CoM – Aachen, Alemanha;

FLC (Financial and Legal Committee) CoM – Coimbra;

GC (Grants Committee) CoM – Porto.

Quinta-feira, dia 20 de Setembro de 2012. Seria a primeira vez que ia viajar sozinho, e seria sem dúvida uma experiencia única. Esta grande aventura começou no Porto, onde apanhei o voo para Dusseldorf. Após chegar à Alemanha, descodificar algumas indicações em alemão, uma viagem de autocarro e duas de comboio, cheguei ao meu destino – Aachen. Logo na estação vi algumas caras conhecidas, ESTIEMers que mantiveram contacto comigo durante a viagem, indo-me buscar à estação.

Aachen - uma cidade de estudantes, pequena mas em rápido crescimento, bem organizada e com um espirito acolhedor que me fez sentir logo em casa. Fiquei hospedado em casa de um estudante de primeiro ano, que estava na sua primeira actividade da ESTIEM. O rapaz parecia entusiasmado com tal evento, com a reunião de tanta gente de diferentes países, algo que sem me aperceber, já se tinha tornado banal para mim.

No 2º dia começou o trabalho - TIMES CoM - uma reunião mais vocacionada para os organizadores das semifinais e da final. Eu fui como Project Leader da Semifinal do TIMES em Aveiro, em Março de 2013, apresentar um ponto da situação relativamente à organização do evento, recebendo feedback dos restantes, com o intuito de melhorarmos ao máximo os nossos respectivos eventos, igualmente discutindo problemas em comum. No último dia de treinos e reuniões foram discutidas algumas propostas de como melhorar nos anos vindouros este grande projecto que é o TIMES.

Comecei igualmente a escrever a primeira proposta para o Grants. Nunca tal tinha sido feito. Não para o TIMES. A incompatibilidade entre os objectivos da União Europeia de ajuda a projectos de associações juvenis e um torneio de casos de estudo a nível europeu discutido empresarialmente era demasiado. Uma verdadeira missão impossível. Mas não desisti.

Este evento não escapou ao lema da ESTIEM, e se de dia trabalhava-se, à noite era altura de relaxar e descobrir o melhor da noite alemã. Dos mais diversos pubs, a discotecas bastante únicas, apercebi-me que os alemães sabem sem dúvida divertir-se à séria! Um momento que me ficou: Todas as discotecas e pubs onde fomos, mesmo tendo em conta a qualidade incomparável da cerveja alemã, todas tinham a bela da Super Bock à venda, bem exposta atrás do balcão.

Um espectacular TIMES CoM chegou ao fim rapidamente, como todos os outros eventos, já eram horas de regressar ao meu pais natal, sem nunca esquecer o que aprendi, e as amizades que formei. “See you, somewhere in Europe”, e lá parti, de volta ao Porto.

Um CoM já estava, faltavam dois. Acabadinho de chegar, ainda de madrugada, apanhei o comboio para Coimbra. Ao passar em Aveiro, uma ESTIEMer do

nosso LG, a Ana Carolina, juntou-se a mim. Era o FLC CoM para onde nos dirigíamos. Infelizmente não pude estar presente durante todo o evento em si, visto ele ter começado quando eu ainda estava a sair da Alemanha, mas não perdi o essencial. Tratava-se de um joint event, FLC + Grants.

Mal chegamos, começaram as reuniões – como melhorar a ligação entre ambos os comités, explicar aos mais novos o orçamento detalhado (ainda são algumas dezenas de páginas!) da ESTIEM, e nesta economia actual, onde se pode cortar alguns custos mais supérfluos. Um dos treinos abordados foi como escrever em “linguagem Grants”, ou seja, a linguagem burocrática da Comissão Europeia, que já não é nada fácil em Português, quanto mais em Inglês. Embora eu já estivesse bem habituado a esta “nova língua”, treino nunca é demais. Então eu, que estava a escrever uma proposta e Grants por inteiro!

Apenas ficamos três dias, mas que três dias foram! Treinos intensivos de dia, jantares de curso à noite…à moda de Coimbra! Foi um início de Joint-event bastante positivo. E ai íamos nós, novamente de comboio, rumo ao último CoM, rumo à cidade invicta.

Grants CoM. Muito trabalho nos esperava. O nosso comité tinha de terminar 9 propostas de Grants até ao fim do evento, 30 de Setembro, ultimo dia antes do prazo de entrega das propostas. Cada elemento do comité ficou responsável de uma aplicação. Naturalmente fiquei responsável da minha, que tinha começado a escrever em Aachen. Não foi fácil, mas uma ajuda esporádica de membros mais velhos ajudou. Pouco ou nenhum tempo restou para treinos, as nossas mentes estavam ocupadas, sempre a escrever e a traduzir para língua burocrática. O tempo escasseava. Mas o objectivo foi cumprido!

Ainda houve tempo para um passeio pela baixa do Porto, uma visita à Torre dos Clérigos, à livraria Lello & Irmão, e um belo jantar de curso no último dia. Um regresso merecido a Aveiro me esperava.

Sentia-me desgastado. Física e mentalmente. Tinham sido 10 dias sem parar. Média de 3 horas dormidas cada noite. Diferentes temperaturas e climas. Mas tudo valeu a pena! Sem dúvida, ao fim de tantos eventos em que já estive presente, posso dizer que esta maratona resume muito bem o espirito da ESTIEM. Não me canso de dizer, estar em EGI e não pertencer à ESTIEM, não ser activo, é como ir a um jantar de curso e não beber nada! A ESTIEM é algo que nos abre tanto os horizontes, nos ajuda a pensar outside the box, que nos faz pensar no quanto conseguimos alcançar mesmo como meros estudantes universitários. Conhecer novas realidades. Novas pessoas. Novas culturas. Conhecer o Mundo. E ultimamente, conhecermo-nos a nós próprios. O mundo tem as portas abertas, e está a nossa espera. Dá o passo em frente. Eu dei.

TIMES COM - COMATHON!

João Correia

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Nuno Carneiro

Em 2012 a Regional Coordination Meeting (ReCoM) Iberia foi organizada em Aveiro entre 14 e 18 de Setembro. O evento contou com a presença de 15 representantes do Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Sevilha e Madrid.

Regional Coordination Meeting é o nome dado à reunião estratégica anual entre os Grupos Locais da ESTIEM numa dada região. A região Iberia é uma das 8 regiões da ESTIEM e compreende todos os 7 Grupos Locais na Península Ibérica: Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Sevilha, Madrid e Barcelona.

O objectivo do encontro era a partilha de experiências e a identificação de soluções para problemas comuns aos Grupos Locais da região.

Ao primeiro dia, dia de chegada, fomos agradavel-mente recebidos ao fim da tarde com um Porto de honra na Praça do Peixe, tendo tido a oportunidade de conhecer os outros participantes e trocar as primeiras ideias nessa noite.

O trabalho começou cedo no dia seguinte com a identificação e discussão dos problemas partilhados entre os Grupos Locais, entre os quais se destavam: recrutamento de novos membros e patrocínios. Durante este dia e o seguinte trabalhamos em conjunto durante 8 horas por dia, entre workshops sobre motivação e sessões de brainstorming de ideias para a região. Durante as pausas ou ao fim da tarde, surgiam os momentos de confraternização e

diversão que tornam todos os eventos da ESTIEM especiais – seguindo o motto da ESTIEM “Work Hard, Play Hard”.

No quarto dia foi altura de passar para papel todas as ideias geradas durante os dias anteriores. Todos os participantes se juntaram por Grupo Local e criaram um plano de actividades para o ano seguinte com soluções para os problemos e novas e excitantes ideais para levar os Grupos Locais para um outro nível.

Depois de todo o trabalho, os organizadores tinham preparado uma tarde de visita à bonita cidade de Aveiro – com passagem obrigatória pela Ria e com Ovos Moles incluídos.

A possibilidade de conhecer e partilhar experiências com outros Grupos Locais e a excelente organização e motivação dos organizadores tornaram este evento uma grande experiência para todos os participantes.

Não posso deixar de agradecer aos organizadores pelo excelente evento: Rui Beato, João Correia, Joana Furtado, André Couto e Rafael Pinheiro – obrigado e espero que continuem o bom trabalho em Aveiro!

Nuno Carneiro

ESTIEM Regional Coordinator Iberia 2012

RECOM AVEIRO 2012

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Miguel Sampaio

Para todos aqueles que participam numa jornada internacional como é o caso de um Council Meeting da ESTIEM, existem três momentos diferentes, o antes, o durante e o depois.

Antes de tudo isto, pensava que sabia o que era a ESTIEM, tinha conhecimento de várias histórias de eventos passados e conhecia também o que se podia fazer dentro da organização. Mas a partir do momento em que toda esta viagem começou, tudo mudou.

Para quem não sabe, viajar em companhias aéreas

EXPERIÊNCIA CM BELGRADE 2012denominadas de “Low-cost” é uma verdadeira aventura, o esforço e as engenhocas que se engendram para que seja possível cumprir todos os requisitos exigidos, é digno de um curso superior. O início desta viagem deu-se com a passagem por vários países e cidades dentro e fora da Sérvia para que fosse possível alcançar o destino da forma mais económica possível, visto que os tempos de crise, segundo os entendidos, estão cá para ficar. Depois de um ligeiro passeio pela Europa, chegamos finalmente ao destino pretendido, Belgrado. Para não fugir à regra dos portugueses, chegamos atrasados, apenas para marcar a diferença claro, mas mesmo assim chegamos dentro do aceitável e a recepção não poderia ser melhor. Todo o processo de chegada e de integração deu para ter a noção do que era a ESTIEM, é criado todo um ambiente amigável e familiar que a sensação que conheces as pessoas à largos anos, está sempre presente, o que deixa qualquer um, mesmo uma pessoa sem experiência neste tipo de eventos, bastante confortável.

Desde cedo no evento que se queria deixar bem esclarecido, por parte dos mais experientes, que o lema desta organização é para seguir à letra, e como tal, chegar a horas às assembleias gerais, ao contrário do costume dos portugueses, ir sair até às tantas e participar e opinar em todos os temas, eram tarefas obrigatórias para todos os ESTIEMers presentes no evento. Desde discutir temas importantíssimos para o futuro da organização, passando pelos Working Groups, que são um momento de alta partilha de conhecimento, até às votações para futuros líderes de projectos e mesmo da própria organização, são assuntos que têm de ser levados com o máximo de consideração e seriedade possível. Mas como também não poderia deixar de existir, desde a noite internacional até ao jantar de gala passando pela famosa ABC (Anything But Clothes) Party, que fique aqui bem claro, foi levada à letra, o espírito manteve e mantém-se presente em todos os momentos.

Resumindo toda esta jornada, não poderia estar mais contente e motivado para ajudar o nosso Local Group como me encontro agora, fui para o meu primeiro evento central da ESTIEM e aquilo que consigo trazer de lá é toda uma panóplia de novos conhecimentos e culturas sem esquecer claro a organização do Council Meeting Autumn 2013. Deixo desde já uma palavra de apreço à minha companheira de viagem, a todos os Local Groups portugueses e aos líderes de Aveiro, Local Responsible e Presidente da Board local, por toda a ajuda e colaboração durante o evento. Seguindo o lema da ESTIEM, “WORK HARD, PLAY HARD”!

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Prof. Arménio Rego

A responsabilidade social das empresas é um tema da moda – mas nem sempre pelas melhores razões. É frequentemente um mero exercício de relações públicas, não passando de ações de fachada. Mediante donativos e outras ações mais ou menos filantrópicas, diversas empresas tentam transmitir uma imagem “responsável” – mas sem suporte no modo como agem responsavelmente perante os diversos stakeholders, a começar pelos colaboradores. O efeito acaba por ser, por vezes, perverso – os clientes e a comunidade desconfiam de tais ações, e os trabalhadores tornam-se cínicos e perdem identificação com a empresa. O tema é complexo, não se compaginando com o espaço exíguo destinado a este texto, pelo que apenas faremos apenas duas considerações:

• Aempresasocialmenteresponsávelatuaresponsavelmente em vários domínios. Faz uma gestão cuidada dos recursos, fomenta a produtividade e procura ser lucrativa. Produz serviços de elevada qualidade e é transparente com os clientes e os consumidores. Respeita os fornecedores, pagando-lhes atempadamente. Cumpre a letra e o espírito da lei. Paga os impostos devidos. Segue princípios éticos e de justiça. Atua e promove a integridade, dentro e fora da empresa. Remunera dignamente os colaboradores, zela pela respetiva saúde física e mental, apoia o seu desenvolvimento, e permite- -lhes cumprirem as suas responsabilidades perante a família e a comunidade. Respeita o ambiente. Apoia a comunidade circundante.

A atuação em cada um destes domínios afeta os outros domínios, gerando espirais positivas. Por exemplo, a gestão responsável dos colaboradores induz nestes um maior empenhamento no trabalho e na empresa. O resultado é maior produtividade e superior capacidade para servir a clientela. A boa gestão e a obtenção de lucros aumentam as possibilidades de facultar melhores condições aos colaboradores, e permite fazer investimentos em inovação. Clientes bem servidos são mais leais e, por conseguinte, reforçam as possibilidades da empresa de ser rentável.

Termino citando Walter Haas Jr, “patriarca” da Levi Strauss: “Algumas pessoas argumentam que ‘fazer o que é correto fazer-se’ é contrário ao que é bom para os negócios. Eu penso que este ponto de vista é tanto complicado quanto errado. Na minha própria empresa, aprendemos que, quando fazemos o que consideramos que é correto, a empresa ganha. Não posso traduzir esse ganho nos números que aparecem no relatório financeiro, mas sei que não pretenderíamos estar num negócio nem sermos os líderes do sector se não desfrutássemos dessa relação com as nossas pessoas.”

Para aprofundamento:

Rego, A., Cunha, M. P., Guimarães, N., Cardoso, C. C., & Gonçalves, H. (2006). Gestão ética e socialmente responsável. Lisboa: RH Editora.

RESPONSABILIDADE SOCIALEMPRESARIALO QUE (NÃO) É A RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS

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Eng. Pedro Oliveira

A aproximação das empresas à realidade das pessoas, aos seus problemas concretos e à sua vivência diária, criou a denominada responsabilidade social no contexto do tecido empresarial.

Esta ideia, repensada nos anos 50 e 60, após ter sido levantada, pela primeira vez, a questão da ética, da responsabilidade e da discricionariedade dos dirigentes de empresas, em 1919, com o julgamento do caso Dodge versus Ford, institui uma nova visão: a de que as empresas devem assumir responsabilidade por eventuais impactos causados na sociedade e/ou nos indivíduos.

Pautado por uma atitude e comportamento ético e responsável, promotor da cidadania individual e coletiva, este processo articula um conjunto de valores e de estratégias de integração social e de inserção na comunidade, de valorização de recursos humanos e do exercício da capacitação profissional, e arrancou na UA, na década de 90, com a definição e implementação do seu Modelo Social interno, num vasto programa designado por “UA: Consciência Social”.

Assim, foi instituído o Fundo Social Ativo, que se consubstancia em projetos como o Apoio Social Ativo, a Bolsa de Mérito Social (BMS), o Vale Social ou ainda a redução do preço do alojamento universitário.

Ora, se é verdade que todos os membros da comunidade universitária beneficiam da ação social, pelo menos no seu modelo indireto, dado que acedem a programas sociais, culturais e desportivos, aos refeitórios, bares, consultas médicas, entre outros, é também verdade que os mais desfavorecidos encontram na UA uma verdadeira rede de apoio.

É propósito deste Modelo Social contribuir para assegurar os princípios constitucionais da igualdade e da universalidade, reforçados pelo art.º 73º que

RESPONSABILIDADE SOCIALO MODELO SOCIAL DA UA

defende que “todos têm direito à educação e à cultura”, neste caso, em termos de oportunidade e da frequência bem-sucedida do ensino superior.

Neste contexto, o Apoio Social Ativo permite majorar o limite dos rendimentos previsto no regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo em 10% (a partir deste ano em 15%) e apoiar os alunos que ficam neste intervalo de capitação.

Essencial para muitos estudantes continua a ser a colaboração no âmbito da BMS que lhes permite cooperar com a UA, por exemplo, na receção das instalações desportivas, feiras do livro ou no restaurante universitário, beneficiando de um compromisso de aproveitamento escolar e, em contrapartida, acedendo a um apoio financeiro e/ou em géneros.

O Vale Social é o apoio eficaz para alunos com problemas de natureza alimentar, pois permite- -lhes, em situação devidamente comprovada, aceder gratuitamente a refeições completas nos refeitórios da UA. Estes casos podem ser identificados e encaminhados para os SASUA por todos: colegas, comissões de residentes e de cursos, associações e núcleos, funcionários docentes e discentes. Em média, são anualmente apoiados, deste modo, 582 alunos, numa verba direta de duzentos mil euros.

Enquadrando a aprendizagem nas suas vertentes essenciais – ativa, cooperativa e ao longo da vida – cumpre-se assim o sonho de muitos estudantes que, de outro modo, não poderiam realizá-lo. E isto porque na UA não se desiste de nenhum percurso e de nenhum aluno, neste que é um projecto abrangente e inclusivo; é para todos porque todos e cada um são importantes.

Reportando a Che Guevara diria que o nosso lema deve ser: “lutar sempre, vencer talvez, desistir jamais”!

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EngenheiroCarlos Rolla

MOBILIDADE SUSTENTÁVELRESPONSABILIDADE SUSTENTÁVEL NA TOYOTA

Passam-se, já 75 anos desde que a Toyota se estreou na indústria automóvel. Até então era um revolucionário fabricante de teares automáticos.

Enfrentando grandes desafios e severos constrangimentos resultantes do pós-guerra e das crises económicas e financeiras do Japão, foi longo o caminho que o fabricante nipónico teve que percorrer desde que o primeiro Toyota saiu da linha de produção até se tornar no fabricante automóvel líder mundial. Presente em mais de 170 mercados, emprega cerca de 300.000 pessoas prevendo-se que, em 2012, as vendas anuais superem 9 milhões de unidades em todo o mundo.

Este longo caminho só terá sido possível graças a uma política ativa de responsabilidade social a qual permitiu à Toyota crescer ao ritmo do mercado e com uma gestão dos negócios a curto prazo que viabilizava a visão integrada a longo prazo. O resultado do sentido ético e cívico do fabricante mundial é hoje exemplo para as mais variadas indústrias e áreas de atuação estando patentes na filosofia designada por Toyota Way.

Entre vários princípios, diariamente colocados em prática, surgem os fundamentos do respeito pela pessoa enquanto indivíduo que dão origem ao sistema de produção TPS – Toyota Prodution System – onde a busca insaciável pela eficiência permite a qualquer colaborador ser a peça principal, ao ponto de poder interromper a linha de produção a qualquer momento, se tal for necessário.

Falar em responsabilidade social na Toyota remete-nos, obrigatoriamente, para a essência e o ponto de partida da organização. Só assim se entende como surge a constante inovação de processos e produtos capazes de conquistar um mercado já tomado e crescer para o liderar, impondo um ritmo de mudança que responde às necessidades da sociedade, apresentando soluções como o híbrido Prius, o ícone revolucionário da mobilidade.

Para a Toyota a responsabilidade social assenta nas pessoas. Seja nos colaboradores, seja nos clientes e mercado em geral, seja na comunidade e rede de parceiros.

Esta postura não é diferente em Portugal, onde a Toyota em 1968, pela mão de Salvador Fernandes Caetano, se estreia e onde, três anos depois, é instalada a primeira fábrica da Toyota na Europa, mais concretamente em Ovar.

Cedo se enveredou por uma gestão sustentável com forte preocupação e intervenção na comunidade local. Entre muitos outros exemplos, registe-se a doação de vários carros para a Cruz Vermelha e outras entidades.

O Toyota Way era assim adotado e adaptado em Portugal, mantendo-se em prática até aos dias de hoje. Atualmente a política de contribuições sociais

é centrada em três áreas estratégicas. São elas a sensibilização ambiental, a segurança rodoviária e o ensino de tecnologia. No campo da segurança rodoviária, a Toyota acumula várias atividades de sensibilização e formação para a eco-condução. No campo do ensino da tecnologia, o destaque vai para a escola Toyota Caetano Portugal que forma jovens para a vida ativa na área de mecânica, para além de várias parcerias de I&D com faculdades como o ISEP ou o IST de Lisboa.

Complementarmente, há uma intervenção muito importante da marca que resulta do seu apoio a projetos locais, de acordo com as necessidades da comunidade. Em Portugal podemos destacar o projeto de reflorestação “1 Toyota, 1 árvore”, em que, por cada viatura nova Toyota vendida é devolvida à Natureza uma árvore. Com este projeto já foi possível plantar cerca de 100.000 árvores em zonas florestais ardidas.

Há muitos outros exemplos, alguns de cariz mais social como o que surge em 2010, altura em que a Toyota Caetano Portugal passa a garantir a refeição

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diária de 2 lares de idosos - um junto à sua sede em VN Gaia, e outro na localidade da fábrica em Ovar - representando um apoio superior a 50.000€ por ano.

A rede de concessionários não escapa a esta intervenção no seio da comunidade, tão incentivada e apoiada pelo Importador. A Caetano Auto (Centro), por exemplo, que atua, entre outros, no distrito de Aveiro, tem vindo a ser distinguida, ano após ano, pela sua proatividade junto da comunidade local. Destaque para a cedência de viaturas para projetos de investigação a alunos da Universidade de Aveiro, ao desenvolvimento de ações de sensibilização ambiental junto de escolas do primeiro ciclo com o projeto “Reutilizar para Ganhar”; a participação em seminários e palestras junto de alunos do ensino superior; apoio a visitas de estudo às várias instalações dando conta da sua organização interna e forma como dão forma à filosofia Toyota Way.

Ao nível do produto, o objetivo da marca Toyota é o de oferecer soluções de mobilidade, tecnologicamente avançadas e amigas do ambiente.

Nesse sentido, a Toyota investe na pesquisa e desenvolvimento de sistemas de propulsão híbrida há mais de 30 anos. Foi nos anos 70 que surgiu o primeiro concept híbrido - o Toyota S800 - com uma turbina a gás e movimentação elétrica. Nos anos 90, a redução das emissões de CO2, identificada como a causa mais importante do aquecimento global, tornou-se num problema à escala mundial.

Neste contexto, em 1994 a Toyota inicia o projeto G21 com o objetivo de criar “um automóvel verde e amigo do ambiente” para o século XXI sem comprometer o conforto e prazer de condução.

O resultado surge em 1997 com o lançamento do Toyota Prius, o primeiro automóvel “puro” híbrido de produção em série que utiliza 2 motores: um de combustão interna e outro elétrico. Eles cooperam

de forma impercetível de forma a proporcionar prestações superiores e consumos mais baixos. A revolução que este carro impôs à indústria automóvel ficaria patente na denominação Prius que, em latim, significa “à frente do seu tempo”.

Três gerações depois, o Prius ainda continua a ser um ícone de mobilidade sustentável. A uma potência elevada de 136 cavalos, junta-se um consumo reduzido de 4,3 l/100 km em ciclo combinado emitindo 87 g/km de CO2, valores extremamente interessantes para um modelo do segmento D com capacidade para 5 adultos e com muito espaço de bagagem.

Para além do Prius, a Toyota contempla outros quatro modelos equipados com o sistema híbrido: Yaris, Prius+ (um monovolume de 7 lugares), o Auris e o Prius Plug-in. Este último, oferece uma autonomia de condução elétrica até 25 km, graças a uma bateria de iões de lítio de alta capacidade, que pode ser carregada a partir de uma tomada doméstica convencional. A grande vantagem deste porta-estandarte da tecnologia híbrida é que, uma vez esgotada a carga da bateria, o motor de combustão entra automaticamente em funcionamento, evitando a ansiedade da autonomia que caracteriza, ainda, os veículos elétricos.

O próximo passo para tornar o Prius ainda mais ecológico, será o uso de uma Célula de Combustível em vez do uso do motor de combustão interna.

A modularidade da tecnologia híbrida Toyota permite adaptar a diferentes tipos de utilização e diferentes fontes de energia, assim acreditamos que os veículos híbridos em breve vão ser a tecnologia mais comum no mundo automóvel.

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Hugo Almeida

O sector energético, no qual a EDP actua, é uma área-chave para o desenvolvimento das sociedades, influenciando a melhoria da segurança, conforto e qualidade de vida das populações. Reconhecendo essa sua vocação, a EDP acredita firmemente que é seu dever realizar iniciativas de responsabilidade social, de acordo com os Princípios de Desenvolvimento Sustentável que configuram o ADN da empresa e orientam a sua actuação.

A EDP é uma empresa líder no sector de energia, presente em 13 países, contando-se entre os grandes operadores europeus do sector e sendo o maior grupo industrial português. Esse posicionamento, que tanto nos orgulha, não pode ser dissociado do claro compromisso que a EDP assume com o desenvolvimento das regiões onde está presente e perante todas as suas partes interessadas. Assim, alinhamos todas as nossas acções e decisões com os nossos Princípios de Desenvolvimento Sustentável, entre os quais contamos o respeito pelo ambiente, a defesa dos Direitos Humanos, as boas práticas laborais e a valorização dos nossos recursos humanos, o envolvimento próximo com as comunidades nos locais onde possuímos empreendimentos, e a relação próxima e honesta com todas as partes interessadas, nomeadamente clientes, fornecedores e investidores.

De forma transversal a toda a sua estratégia, a EDP procura o equilíbrio entre os aspectos económicos, sociais e ambientais da sua actividade, integrando-os nos processos de planeamento e de tomada de decisão. Nesse sentido, a empresa empreende esforços na maximização dos impactos positivos da sua actividade, promovendo a melhoria da qualidade de vida das populações, contribuindo activamente para a preservação do ambiente e da biodiversidade, promovendo o acesso à energia de forma fiável e segura, atendendo às especificidades de natureza social do mercado e garantindo a equidade no acesso à energia.

Assim, muito mais do que uma ferramenta para potenciar a sua reputação ou uma obrigação legal, a EDP perspectiva a responsabilidade social como seu dever, como um gosto por fazer bem, consciência própria do contributo que as grandes empresas podem dar à sociedade. A EDP não abdica dessa visão, que atravessa e orienta toda a sua actuação, constituindo parte fundamental da sua identidade.

Através da Fundação EDP, em Portugal, e das suas congéneres em Espanha e no Brasil, somos a empresa portuguesa que mais investe em cultura e inovação social (cerca de 20 milhões de euros por ano), não só nos países onde estamos presentes mas também fora deles, como no campo de refugiados de Kakuma, no Quénia. Em 2011, a EDP colaborou com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, dotando os edifícios de apoio do campo, como escritórios, hospital e escola, de painéis solares, reduzindo a dependência de poluentes geradores a diesel e melhorando as

condições de trabalho. A EDP distribuiu também 4 mil e 500 lanternas solares por alunos da escola, e instalou 30 fornos e 31 candeeiros de rua, todos solares, bem como sistemas de bombagem de água para explorações agrícolas. Este programa gerou impactos positivos sobre a vida de mais de 70 mil pessoas, aumentando a segurança dos habitantes do campo, melhorando a qualidade dos cuidados de saúde prestados e permitindo o estabelecimento de restaurantes e outros pequenos negócios. O projecto foi ainda complementado com acções de formação técnica para mais de 100 refugiados, que hoje fazem a manutenção dos equipamentos.

A melhoria da qualidade de vida das populações é, de facto, uma das principais preocupações da EDP. Nas áreas onde actuamos, esse cuidado é notório, e a esse respeito podem referir-se o Programa EDP Solidária Barragens e o programa ComPro (Comunicação de Projectos). Da responsabilidade da Fundação EDP, o Programa EDP Solidária Barragens, existente desde 2009, financia anualmente projectos de empreendedorismo e inclusão social local, enquadrando-se nas iniciativas desenvolvidas pela empresa para incentivar o desenvolvimento económico, social e cultural nas regiões dos novos empreendimentos hidroeléctricos. Só em 2012, o Programa alcançará cerca de 150 mil pessoas. O programa ComPro, desenvolvido com o apoio do ISCTE, consiste numa metodologia de envolvimento das comunidades locais, possibilitando o incorporar das expectativas das populações nos processos de decisão, a fim de melhorar a sua qualidade de vida e as respectivas regiões. A EDP adopta esta visão e posicionamento em todas as suas acções, e afirma-os publicamente nos seus Princípios de Desenvolvimento Sustentável, políticas de ambiente e sustentabilidade, e no seu Código de Ética.

O valor das muitas iniciativas realizadas pela EDP e pela sua Fundação, em áreas tão diversas como a educação, o combate à exclusão social, o desporto ou ambiente, têm merecido à EDP o reconhecimento internacional, posicionando a empresa em lugar de destaque em diversos Índices de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa. A EDP é membro dos prestigiados Índices Dow Jones de Sustentabilidade pelo quinto ano consecutivo, e em 2012 igualou a pontuação do líder do sector, obtendo ainda a pontuação máxima em matéria de biodiversidade, desenvolvimento do capital humano, envolvimento com as partes interessadas e envolvimento com a sociedade em termos de cidadania empresarial, entre outros. A EDP é ainda membro do FTSE4Good Index Series, dos índices Ethibel de Sustentabilidade (ESI) e do Índice ECPI; e tem o estatuto de “Best in Class” pela Storebrand e de “Prime” pela Oekom.

A EDP E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

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TECIDO EMPRESARIAL – KAIZEN LEAN UM CONCEITO EM EXPANSÃO!

O que é o Kaizen?

Kaizen é uma palavra Japonesa que significa mudar para melhor. A publicação do livro “KAIZEN the key to Japan´s competitive advantage” em 1985 pelo Sr. Masaaki Imai, Presidente do Instituto Kaizen, veio ilustrar o esforço de Melhoria Contínua de algumas empresas lideres a nível mundial. Actualmente a palavra Kaizen é conotada com as actividades de melhoria de processos e operações para que se consiga uma utilização optimizada de todos os recursos produtivos e a satisfação dos clientes.

A dinâmica da sociedade e dos mercados impõe a qualquer empresa um desafio singular: melhorar ou morrer. Muitos caminhos foram explorados para ultrapassar este desafio desde a automação alargada até às recentes teorias da reengenharia. Algumas empresas aplicaram com maior ou menor sucesso as mais recentes ferramentas de gestão mas todas encontraram limitações.

Face a este desafio o Kaizen considera o cliente da empresa o centro das atenções, reconhecendo sempre as suas crescentes necessidades de Qualidade, Custo e Prazos de Entrega. O Kaizen começa no cliente e enfatiza, em cada fase do processo, as actividades que lhe trazem valor acrescentado. Tudo o resto se designa por Muda ou desperdício.

O papel da gestão é o de continuamente identificar o muda e de o eliminar. Para o conseguir, existe apenas uma solução: ir para os locais onde há acção, onde se cria valor acrescentado – ou seja o terreno ou Gemba. GembaKaizen significa a aplicação prática da melhoria contínua no local onde se acrescenta valor para o cliente, i e, a fábrica, o armazém ou o escritório.

A forma prática de melhorar é realizando Workshops GembaKaizen. Define-se um objectivo de melhoria, por exemplo melhorar a eficiência de processo em 30%, reúne-se uma equipa dotada de todos os meios para resolver o problema e realiza-se um Workshop. Este consiste num trabalho intensivo em que, no Gemba (no terreno), se vão desenhar e pôr em

prática soluções para atingir o objectivo em vista.

A melhoria de processos e a mobilização do pessoal para o trabalho de melhoria consegue-se pela realização de um Plano de Workshops GembaKaizen.

A verdadeira arte do Kaizen está na implantação de uma cultura de melhoria contínua, na criação de hábitos de execução de actividades de melhoria por todos os elementos da empresa. Não só é necessário cumprir o trabalho diário de execução de encomendas e normas de trabalho, é necessário também evoluir nos métodos de trabalho, na produtividade, na resolução dos problemas de qualidade, na melhoria dos prazos de entrega...em suma, na melhoria da Qualidade, Custos e Prazos.

Como funciona o Kaizen?

Um dos aspectos fundamentais do Kaizen é o ênfase posto na eliminação do desperdício. Para o Kaizen o desperdício assume um sentido muito mais amplo do que simples defeitos ou problemas de qualidade. Muda (desperdício) é qualquer actividade que não traz valor acrescentado ao cliente.

O esquema apresentado representa uma empresa que aplica Kaizen. O objectivo é o cumprimento dos requisitos dos clientes em termos de “QCD” (Quality, Cost, Delivery) através da eliminação sistemática de MUDA (expurgar Muda da empresa).

Isto consegue-se com o comprometimento da Direcção (desdobramento de directivas e suporte de um responsável Kaizen), com o envolvimento do pessoal a todos os níveis (através da realização de um plano de workshops GembaKaizen). A organização, o conhecimento e a aplicação prática levam à evolução da cultura da empresa.

A disseminação do Kaizen baseia-se nos princípios básicos do Kaizen (5S, gestão visual, normalização, Muda e Gemba) e nas metodologias mais adequadas para eliminar o Muda (desperdício dominante em

EngenheiroEuclides Coimbra

KAIZENÒ, COMO LEVAR À PRÁTICA A MELHORIA CONTÍNUA

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cada caso).

Através da realização de Workshops GembaKaizen é possível mudar a cultura da empresa e evoluir de forma natural, ou seja mudar para melhor. Isto é Kaizen, uma filosofia, uma arte, uma forma de levar à prática a melhoria contínua.

Mais informação sobre Kaizen pode ser obtida no web site http://kaizen-institute.com

Qual o impacto da redução de custos numa empresa?

O objectivo do Kaizen, mais concretamente dos Workshops GembaKaizen (técnica inovadora de moderação de grupo de melhoria), é a melhoria do desempenho dos processos administrativos (ou operacionais de uma forma mais geral) através da identificação e eliminação do desperdício.

Nesta conformidade é possível encurtar o tempo de execução de um processo em mais de 50%, reduzir os stocks e aumentar a disponibilidade de materiais necessários, aumentar a eficiência (mais trabalho com menos recursos).

Dado que a técnica GembaKaizen implica o envolvimento dos empregados o ênfase é sempre posto na procura da perfeição, eficiência e rapidez. Nunca um Workshop GembaKaizen tem por objectivo corte de custos pura e simplesmente. Procura-se antes aperfeiçoar os processos para obter os resultados.

Quais os principais gastos passíveis de optimização?

Os gastos de tempo podem ser eliminados de uma forma radical. Estes ganhos normalmente trazem grandes vantagens na Qualidade do serviço.

Os gastos de materiais consumíveis comprados e armazenados em excesso. Podem ser reduzidos em muito através de técnicas de controlo visual.

Os gastos em horas extras ou em absentismo devido ao stress de um trabalho atrasado ou de uma

elevada pressão para cumprir um prazo.

Em termos de organização da empresa, deve haver centralização das acções de melhoria?

As empresas devem aprender a realizar Workshops GembaKaizen. Para tal é necessário um Moderador, uma Metodologia e um Planeamento de Actividades.

O Kaizen Institute pode fornecer estes elementos inicialmente, no entanto a empresa tem que os desenvolver internamente, especialmente os Moderadores internos e o Planeamento de Actividades.

Normalmente é útil ter um Moderador treinado para cada 100 empregados. O treino do moderador consiste na participação em Workshops feitos pelo Kaizen Institute.

Quanto ao Planeamento de Actividade é usual existir um responsável pela organização deste esforço. Este tanto pode ser por exemplo o responsável pela Garantia da Qualidade como um Director especialmente designado para o efeito.

Outro elemento ainda não referido é o Factor Liderança…facto é o mais importante. É necessário que os gestores de topo dominem a técnica pois a sua aplicação pode resolver os mais importantes problemas do seu pessoal.

As PME´s estão sensibilizadas?

Como já referido no início, a empresa que pára no tempo e que considera que já faz tudo bem pois tem tido muito sucesso até ao dia de hoje, pode muito bem estar condenada ao fracasso no futuro.

A velocidade de mudança é tão elevada nos dias que correm que parar é morrer. É necessário uma procura constante de inovação e melhoria...esta forma de pensar deve estar integrada na cultura da empresa. Mas só isto não basta é necessário também a percepção de que se pode eliminar muito desperdício, até no processo mais perfeito. Aqui o Kaizen é essencial pois facilita a prática da melhoria contínua.

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LEAN MBA DAY

Lean significa magro, fino, sem gorduras. É precisamente este o conceito que diversas organizações procuram implementar no seu processo produtivo para otimizar os recursos disponíveis e minimizar os desperdícios.

No passado dia 16 de novembro, decorreu o Lean MBA Day 2012 na Biblioteca da Fundação de Serralves, no Porto, e estivemos representados por alunos de todos os anos do nosso curso.

Foi uma tarde de aprendizagem e troca de experiências lean. Profissionais de diferentes áreas expuseram a dinâmica Lean e a política Kaizen

que aplicaram nas suas organizações bem como o retorno que obtiveram.

Pudemos contar com o testemunho do Diretor de Aprovisionamento do Hospital Santo António, Pedro Morais, que falou sobre a aplicação da política dos 5S numa unidade de saúde. Os 5S provêm do Japonês e remetem para práticas que devemos ter nas nossas atividades diárias: a limpeza, o civismo, a ecologia, a segurança e a auto disciplina. É essencial que todos os trabalhadores de uma empresa os cumpram de modo a contribuírem para a melhoria da qualidade de vida no seu local de trabalho.

Pedro Paiva, Logistics Manager do armazém da Salsa, em Famalicão, apresentou as alterações feitas no picking e na reposição dos produtos e o procedimento utilizado para aumentar a eficiência do processo produtivo. Por exemplo, antes de aplicar o conceito Kaizen, o picking e a reposição eram feitos pelo mesmo corredor, por isso havia horas específicas para cada uma destas tarefas. Atualmente, as duas tarefas podem ser executadas em simultâneo porque há um corredor para o picking e outro para a reposição do stock.

Continuámos a tarde com Raquel Miranda, Assessora da Administração da Medlog – Logística Farmacêutica e, por último, Pedro Gaivão, Responsável Lean EDPWay, realçou a importância da partilha de experiências lean dentro de uma organização.

Eu embarquei nesta experiência porque considero que é cada vez mais importante estar a par das novas metodologias de trabalho, ouvir experiências de profissionais do universo empresarial e estabelecer contactos com o mundo do trabalho.

16 DE NOVEMBRO DE 2012

Maria Beatriz Matos

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Com mais de 35 anos de experiência na área da Saúde, o Grupo Medlog disponibiliza serviços em cinco eixos principais:

- Comercialização de produtos farmacêuticos e de saúde;

- Representação, promoção e distribuição de produtos de saúde;

- Logística farmacêutica e hospitalar;

- Transporte e distribuição de produtos de saúde;

- Comércio Internacional de produtos de saúde.

Com uma estratégia de criação de valor para todos os players no sector da saúde, o Grupo Medlog é reconhecido como um operador de referência no mercado, assumindo-se um grupo económico sólido e dinâmico.

Na sua essência está uma cultura de inovação e promoção do conhecimento, que assumem um carácter vital na competitividade e na capacidade de adaptação a uma envolvente repleta de desafios e em constante mudança.

Descrição de Grupo Medlog

O Grupo Medlog é composto pelas seguintes empresas:

A Cooprofar – Cooperativa dos Proprietários de Farmácia CRL, foi fundada em 1975 e dedica-se à comercialização de produtos farmacêuticos. Hoje, representa um dos elos fundamentais na cadeia do medicamento ao facultar às farmácias o acesso a mais de 15.000 referências. A Cooprofar tem conseguido afirmar uma posição cimeira no mercado e de marcada evolução com base em apostas fundamentais: excelência na distribuição, proximidade ao cliente e contínuo investimento em Tecnologia e Inovação.

A Mercafar – Distribuição Farmacêutica SA iniciou a sua actividade em 1999, apresentando-se no sector como uma empresa que actua nas áreas da distribuição, promoção e representação de produtos de saúde. A criação de parceiros de negócio com várias empresas da área da Saúde e Bem-Estar é outro pilar que cimenta a sua implantação no sector e consolida a sua representação nacional e internacional. A Mercafar representa uma vasta gama de produtos conceituados de reconhecida qualidade e inovação.

O MUNDO EMPRESARIAL:O GRUPO MEDLOG35 ANOS DE EXPERIÊNCIA E INOVAÇÃO EM EXCLUSIVO NA LOGÍSTICA DA SAÚDE

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A Medlog – Logística Farmacêutica SA surge para criar soluções globais de logística na área da Saúde. Com uma experiência de décadas herdada da Cooprofar, hoje, assume-se como um operador especializado em logística e supply chain management através da gestão de 5 plataformas logísticas. A capacidade de integração de uma vasta gama de serviços faz da Medlog um parceiro ideal em toda a cadeia logística integrada, desde a recepção em armazém, armazenagem, gestão de stocks e devoluções, preparação da encomenda e expedição.

A Dismed - Transporte de Mercadorias SA é uma empresa especializada no transporte de produtos de saúde. Ao actuar na área da logística externa, a Dismed prima por um serviço personalizado e inovador que lhe confere um papel de transportadora disponível, consistente, flexível, fiável e eficaz. Rigorosa na qualidade, a Dismed assegura a execução integral das definições das Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos. Traçando um serviço à medida da cada cliente, a Dismed ocupa um lugar de referência no sector.

A Lhs - Logistic Health Solutions SA é uma empresa de perfil inovador vocacionada para a logística hospitalar. A LHS propõe-se a ser o parceiro ideal para uma gestão inovadora e eficiente. A missão é a racionalização da Supply-Chain dos medicamentos e consumíveis hospitalares através da reestruturação de todo o circuito de abastecimento de medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos de saúde com vista a melhorar a performance da logística de aprovisionamento do mercado hospitalar.

E por fim, a Medlog SGPS é a empresa que concentra todas as participações sociais já existentes ou a criar e elabora a Gestão Estratégica de todas as actividades;

Certificação de qualidade

A prática quotidiana da Medlog está alicerçada num fio condutor comum - Qualidade. Baseia-se, por isso, numa actuação pautada por profissionalismo, rigor e dinamismo de operações, assim como, através da implementação de boas práticas de desempenho. A certificação das boas práticas do grupo foi então um passo natural.

A norma NP EN ISO 9001:2000 especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade baseado em oito princípios: Focalização no Cliente; Liderança; Envolvimento das pessoas; Abordagem por processos; Abordagem à gestão através de um Sistema (SGQ); Melhoria contínua; Abordagem à tomada de decisões baseada em factos; Relações mutuamente benéficas com fornecedores.

A implementação de um Sistema de Gestão de Responsabilidade Social de acordo com a norma SA 8000 é um garante de que a organização assume uma atitude de compromisso com as condições de trabalho oferecidas aos seus colaboradores, baseando-se em diversas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na declaração dos direitos do Homem das Nações Unidas e na Convenção das Nações Unidas dos direitos das Crianças.

A Norma Portuguesa 4457, publicada pelo Instituto Português da Qualidade em Janeiro de 2007, vem definir os requisitos de um Sistema eficaz de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI). O conceito de Inovação subjacente a esta norma é o mais abrangente possível, incluindo novos produtos, serviço, processos, métodos de marketing ou organizacionais.

A ERS 3005 foi desenvolvida pelo Grupo MEDLOG em parceria com a APCER. Esta especificação tem por objectivo permitir o estabelecimento de um quadro de referência para a actividade de distribuição farmacêutica. A certificação obtida reconhece o cumprimento das boas práticas legalmente estabelecidas e aplicáveis na manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos produtos farmacêuticos a serem distribuídos, bem como, a satisfação dos clientes pelo serviço prestado.

Plataformas logísticas

O grupo Medlog detém cinco plataformas logísticas em Portugal continental, todas licenciadas pelo Infarmed, preparadas para armazenamento de medicamentos e outros produtos de saúde, com temperatura e humidade controladas. Possui os mais modernos sistemas automáticos de armazenamento e aviamento, garantindo assim a rapidez de resposta e a fiabilidade das operações.

Conclusão

O grupo Medlog desenha soluções eficazes, inovadoras e à medida das necessidades de cada cliente, de forma a garantir a sua total satisfação.

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Fernando Nuñez

No dia 7 de Setembro de 2012 iniciou-se uma nova fase na minha vida – O Erasmus!!! Como todos devem saber, Erasmus é um programa difundido pela Direcção-Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia e, que tem por finalidade o intercâmbio de estudantes da União Europeia.

Este programa surgiu na minha vida desde o ensino secundário, mas sempre através de diálogo com amigos e professores, nunca experiencialmente. Sempre me empolgou a experiência de viver num outro país, numa nova cultura e com pessoas que desconhecia de todo. Decidi para mim mesmo, que o ano de 2012/2013 teria que ficar marcado na minha história e, também, no meu curriculum como o ano de Erasmus. Desta forma, no ano de 2012 inscrevi-me, sendo que coloquei como primeira opção Madrid, Espanha. Porém, devido a uma falha de comunicação entre mim e o gabinete de relações internacionais da UA acabei por ser colocado na Universidade Jaume I na Comunidade Valenciana em Espanha. Inicialmente fiquei um pouco entediado porque queria mesmo ir para Madrid, mas com o avanço do processo e a procura de informações sobre a Universidade e a cidade, o entusiamo e a adrenalina rapidamente me fizeram esquecer este pequeno incidente e, comecei a preparar a minha chegada.

Simplicidade e facilidade este programa inicialmente não tem nada, já que envolve um processo muito burocrático, metódico e psicológico que se tem que cumprir para que tudo corra pelo melhor. Entre montões de papéis, reservas de hotel, marcação de voos, cursos de línguas, e-mails trocados, busca de equivalências, procura de casa e preparação e aconselhamento mental por parte dos ente-queridos lá chegou a altura de vir para Espanha. Quando cá cheguei após ter apanhado um voo, o metro e um comboio lembro-me de pensar para mim “Agora pela primeira vez na minha vida, estou por minha conta” e, esta foi a frase que me seguiu os primeiros dias que aqui estive. Após ter conseguido arranjar casa, conhecer a cidade e habituar-me à Universidade começou a melhor parte: conhecer os outros estudantes. É intrigante que pessoas que nunca vi na minha vida, num dia em Erasmus se podem tornar nos meus melhores amigos. Aqui, conheci pessoas de França, Alemanha, Bélgica, países de leste, China, Malásia e alguns portugueses. Mal dei por mim já estava a falar espanhol, francês, italiano, inglês e algumas palavras de outras línguas. É incrível observar o enriquecimento linguístico que o Erasmus me traz. Despois do conhecimento, começaram as saídas, as viagens, os jantares, os botellóns e comecei a criar o meu círculo de amigos. Além disto, comecei a ir as aulas e entre

trocas de cadeiras, lá consegui achar o meu plano de equivalência. As aulas no início foram um choque porque os professores têm outra metodologia, as salas são diferentes e a Universidade é gigante e estruturada de uma forma distinta. Mas com tempo já me habituei, pois trata-se de uma Universidade com infra-estruturas muito boas.

Hoje em dia, ainda continuo em Erasmus até Janeiro ou possivelmente Junho, e o que tenho a dizer é que esta é umas das experiências mais enriquecedoras e gratificantes que já vivi. Ainda que tenha muitas saudades da namorada, amigos e familiares que deixei em Portugal, penso sempre que esta é uma experiência única e devo vivê-la ao máximo. Aconselho a toda a gente que queira vir que venha, não pense muito, simplesmente venha. Porém todas as pessoas devem estar cientes que, apesar de toda a diversão, saídas e convívios, aqui também se trabalha e muito. E temos que ser responsáveis ao ponto de conciliar todas as nossas actividades no pouco tempo que aqui dispomos, porque um dia em Erasmus é uma hora na tua vida normal. Viva ao Erasmus!!!

ERASMUS:UMA EXPERIÊNCIA ALÉM FRONTEIRAS

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Mais uma temporada de futsal para os “Incríveis Campeões de EGI”.

Quando tudo acabou na passada temporada de 2011/2012 com mais uma conquista, veio um sentimento de tristeza ao abandonar aquela família que tão bons momentos trouxeram a mim e a quem por ela passou.

Chegou o início para a temporada de 2012/2013 e fui convidado para treinar a equipa Masculina de Futsal do nosso grandioso curso de EGI. De imediato aceitei e quando fiquei a saber que poderia continuar a ajudar a equipa por mais um ano, a vontade de ir para dentro de campo defender as cores deste curso foi imensa.

Como sempre, de ano para ano, a equipa sofre alguns ajustes com a saída de alguns jogadores. A esses deixo o muito obrigado pelo suor e dedicação deixado dentro e fora de campo. Aos que entraram na equipa espero que a integração ocorra da melhor maneira possível.

Devido à grande adesão na prática das actividades desportivas foi criada uma segunda equipa masculina de futsal que se encontra a disputar o primeiro grupo da segunda liga da Taça UA.

Esta equipa destina-se aos alunos que partilham o gosto pela prática desportiva e também aos eventuais alunos que não sejam escolhidos para a primeira equipa. Não tendo o nível de exigência da equipa A e foi usado como único critério de selecção dos jogadores a demonstração de interesse pela representatividade nesta modalidade.

Pouco tempo decorreu até ao presente momento,

O ano académico de 2012/2013 recomeçou também para a equipa feminina de futsal de Engenharia e Gestão Industrial. Neste que é o meu segundo ano consecutivo à frente da equipa, definimos como objetivos principais, no mínimo fazer igual ao ano anterior, ou seja, estar presente na final.

Será importante perceber aquilo que de menos bom fizemos, tentando sempre melhorar a cada treino e a cada jogo. Muito importante é o facto de praticamente todas as jogadoras do ano transacto se terem mantido na presente época. Aliado a isto, conseguimos a inclusão de três ou quatro elementos que com certeza virão acrescentar qualidade e ajudar esta família a atingir as metas definidas inicialmente. Para já o objectivo primário é realizar uma fase de grupos consistente apontando para os dois primeiros lugares no grupo, que nos dê acesso a fase seguinte. Mais uma vez, é bom não esquecer

Acredito no nosso valor, em cada elemento da equipa e na equipa como um todo. Como sempre o objetivo é ambicioso, e o primeiro lugar assenta neste grupo que nem uma luva. Para tal é preciso de todos a dedicação e entrega que definem os verdadeiros campeões. Jogo a jogo, com garra e dedicação e especialmente com união de toda a equipa, a vitória surge naturalmente.

Aos nossos adeptos devemos o respeito de lutar sempre até ao último segundo, porque são eles que nos fazem ir buscar força e inspiração quando algo corre menos bem.

Despeço-me com a promessa de que darei tudo por tudo para que se faça história e que se faça de EGI tricampeão na modalidade. Um abraço a todos os que amam este maravilhoso curso.

Carrega Equipa! Força EGI!!!

mas já é possível concretizar que se criou um núcleo forte, uma equipa com sentido de dedicação e vontade de mostrar algo mais a cada momento que passa. É de louvar o espírito de equipa presente. É importante poder-se contar o apoio das bancadas e de certeza que com o ganho de experiência esta equipa tem tudo para triunfar e elevar e fazer ouvir o nome de EGI. É uma iniciativa que tem tudo para seguir em frente, é preciso ter a garra, é preciso ter a força característica no nosso curso.

Somos o curso mais forte, EGI até à morte!

alguns valores que nos caracterizam ao longo deste tempo e que nunca serão postos em casa, ou seja, nunca nos podemos esquecer que a camisola que vestimos é o símbolo do nosso grande curso.

As pessoas em EGI estão habituadas a ganhar, mas sobretudo estão a habituadas a lutar até à exaustão pelos seus objetivos, e ao mesmo tempo deve sempre permanecer a humildade e o respeito quer por colegas quer por adversárias. Acreditamos sempre que o grande empenho e esforço que incutimos em cada treino será no final recompensado.

Espero que as nossas metas sejam alcançadas, que a família EGI nos continue a apoiar, mas sobretudo que esta equipa se mantenha sempre unida, porque juntos seremos sempre muito mais fortes.

Força EGI!

À CONQUISTA DO TRI!

Tiago Henriques

André Couto

Márcio Ribeiro

EQUIPA A

A ESTREIA

EMPENHADAS PARA A VITÓRIA

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Pedro Rebelo

GESTÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO

Quando falamos de um produto físico, podemos constatar que ao seu custo final estão associados valores correspondentes a todos os processos que precederam a venda final ao consumidor, e que vão até ao seu manufacto. A cadeia de abastecimento compreende todos os múltiplos elementos como um único sistema integrado, o qual apresenta diversas fases: planeamentos e compra; transporte de matérias-primas e produtos acabados; recepção e verificação de mercadoria; armazenamento e operação; expedição; e logística inversa (reciclagem e devoluções). No negócio de retalho, que consiste na aquisição de produtos do seu ramo de actividade, e posterior venda directa aos consumidores em estabelecimentos apropriados ou em lugares fixos e permanentes de mercado. Neste negócio integram-se normalmente: produtos alimentares, artigos de drogaria, perfumaria e higiene, bricolage e electrodomésticos. De modo a diminuir os chamados custos intermédios, é essencial adoptar uma eficiente gestão da cadeia de abastecimento, sem nunca descorar o melhoramento e a qualidade do serviço.

ESTÁGIO NA AUCHAN

Uma vez que ainda não tinha finalizado os meus estudos universitários, encontrei nas férias de verão, a altura ideal para procurar um estágio de curto-prazo, que se enquadrasse com minha área de estudos. Após uma candidatura no mês de Junho ao programa PEJENE, fui selecionado com base no meu curso, curriculum e experiência já adquirida, para a empresa Auchan, nomeadamente para a área de gestão de cadeia de abastecimento. Abracei este novo desafio com uma afincada vontade de aprender e adoptar uma elevada performance de trabalho. A empresa que me acolheu, o grupo Auchan, é uma das maiores empresas a operar no mercado retalhista e distribuição no mundo. Denotei desde início que os processos subjacentes à sua cadeia de abastecimento, estavam bem definidos e já pré-estabelecidos com vista a um desempenho excelente na componente operacional. Fui então colocado no armazém do Jumbo Aveiro, um hipermercado do grupo com uma dimensão física elevada, no sentido de colaborar nas áreas de

logística e compras. A nível logístico, a primeira ideia que vi desmistificada, foi que no armazém não devia constar o máximo de mercadoria possível de forma a suprir qualquer quebra de stock em loja. A gestão dos stocks é uma das tarefas fundamentais na gestão da cadeia de abastecimento, o paradoxo é que ter grandes quantidades de stock aumenta os custos da organização. No entanto, encomendar menos quantidades, mas mais vezes, faz subir os custos de encomenda e transporte. De facto, tendo a Auchan um nível de fluxo de transportes optimizado ao máximo, não era necessário armazenar um grande stock de produtos, pois os fornecedores conseguiriam entregar esses mesmos produtos num prazo de dias. Assim o armazém tornava-se um local de fácil deslocação e de mais perceptível localização de produtos armazenados. Este sistema denominado kanban, introduzido pela Toyota no Japão em 1950, era prática generalizada no grupo Auchan. A previsão que era feita, para proceder a encomendas era realizada em alguns casos pela central do grupo para assegurar que não havia quebras de stock e assim proceder a uma supervisão mais eficaz. O próximo desafio foi ser responsável pela campanha escolar, para isto tive funções de encomendas a fornecedores e colocação do stock em armazém. Após essas operações, planeei a sua implementação, tanto na recepção e verificação de mercadoria como na preparação de “museus” consoante a mercadoria ia chegando ao armazém para a campanha, também na sua organização no armazém, para tornar fácil o seu transporte quando chegasse o dia da preparação da campanha. Procedi posteriormente a actividades operacionais como a verificação de produtos com alteração de preço, etiquetagem de material, com posterior reposição e devolução de artigos a fornecedores. No armazém, o trabalho foi mais ao nível do empilhamento de material para subsequente transporte do mesmo, seleção e organização do material por tipos e arrumação do espaço da secção no armazém. Durante este estágio adquiri sem dúvida competências não só ao nível de planeamento e provisionamento, mas mais que tudo aprendi que só estando no dia-a-dia de um armazém, e efectuando tarefas operacionais é que conseguiria ver todos aqueles processos com uma visão mais ampla. Foi em sumula, uma experiência incrível, que me irá beneficiar muito no mercado de trabalho.

ESTÁGIO DE VERÃO: GRUPO AUCHAN

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Arteixo. Corunha. Espanha. Foi aqui que teve lugar umas das visitas mais interessantes na qual tive oportunidade de participar. A visita ao grupo Inditex, está no cerne da questão.

Para os menos familiarizados, a Inditex trata-se de um importante conjunto de empresas têxteis espanhola, da qual fazem parte oito marcas, sendo elas a Zara, Pull & Bear, Massimo Dutti, Kiddy´s Class, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home e Uterque. Todas operam de forma independente, apesar de partilharem o foco em moda a preços acessíveis, bem como o modelo de gestão ao nível da produção, distribuição e cadeia de abastecimento.

No entanto, a nossa visita incidiu apenas no centro logístico da Zara e Zara Home. Lá, tivemos oportunidade de conhecer o armazém central, o centro de corte especializado da Zara, bem como o centro de logística interna e o centro de processamento pós-produtivo.

É política da Zara, não recorrer a meios publicitários comuns. A maneira que a marca usa para se divulgar é através da própria loja, enquanto espaço físico. Nesse sentido, um dos aspetos mais interessantes, no decorrer da nossa visita às instalações, foi o facto de termos tido a oportunidade de ver lojas-piloto, tanto da Zara, como da Zara Home.

Estas lojas funcionam como laboratórios, na medida em que é testada a disposição das roupas, acessórios, mobiliário, vestiários, caixa registadora e todos os elementos presentes numa tienda (loja em Espanhol). De referir que estes testes têm sempre em linha de conta uma série de estudos quanto à harmonia e conjunto das peças, passando pela escolha dos melhores materiais e o seu melhor posicionamento, jogo de luzes, sempre numa ótica do consumidor final. Um estudo envolvendo profissionais das demais áreas é levado a cabo. É um processo exaustivo e na qual a empresa aposta bastante, pois, tal como referido inicialmente, é o seu meio de publicidade e simultaneamente de venda!

Uma vez finalizado o estudo na loja piloto, este é documentado e fotografado e a informação flui para as diversas lojas espalhadas pelo mundo. Com o decorrer do tempo, a mudança nas lojas é feita de modo gradual, isto é, não mudam tudo ao mesmo tempo.

Depois de conhecer a ponta do véu do maior grupo europeu (e segundo mundial) de confeção de roupa, tivemos ainda a oportunidade de realizar uma visita cultural pela Corunha. Passeamos por locais como Castelo de Sant Antón, Torre de Hércules, Museu do Homem, Praia e Estádio do Riazor e Praça Maria Pitta.

Finalizamos o dia, ou melhor dizendo a noite, com um jantar no Hotel Moon, onde podemos estar novamente todos reunidos e recarregar energias para o que seria uma noite extremamente animada.

No regresso a Aveiro, fizemos uma passagem rápida por Santiago de Compostela.

Do meu ponto de vista, foi uma visita de grande interesse no âmbito do curso e por esse motivo a AEGIA é alvo de felicitação da minha parte.

Sendo uma fã exímia de uma das insígnias que este grupo alberga, a Zara, foi com enorme prazer que participei nesta visita.

Viagem inesquecível a todos os níveis!

Venham as restantes marcas!

CANTINHO DOS TESTEMUNHOSVISITA DE ESTUDO AO GRUPO INDITEX E VIAGEM FLASH

Inês Prata

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Especialidade BaguetesBolonhesa com queijo e cogumelos

Frango, ananás e milho

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