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CELSO VASCONCELOS PLANEJAMNETO – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PRÁXIS DA MUDANÇA (2003). O problema da avaliação percebido a partir da década de 60 apontou: - os enormes estragos da prática classificatória e excludente: - elevados índices de reprovação e evasão, - baixa qualidade da educação, tanto na apropriação do conhecimento como na formação de uma cidadania ativa e crítica. O professor, em geral: - espera sugestões, propostas, orientações. - muitos gostariam até de algumas receitas - o ideário tem muita força na prática avaliativa da escola - o currículo oculto, tradição pedagógica disseminada em costumes, rituais, discursos, - formas de organização, que determinam mais a prática do que os infindáveis discursos teóricos já feitos. Para haver mudança é preciso: - Compromisso com uma causa, que pede: reflexão, - elaboração teórica - disposição afetiva, o querer. - Contribuir para uma práxis transformadora – Interiorizar a mudança. - É preciso mudanças na prática do professor. - Qualquer inovação, antes de existir na realidade, configura-se na imaginação do sujeito. (Interiorizar a mudança). - O acompanhamento das mudanças da avaliação em escolas e redes de ensino deve ter como princípios: - Vale mais a mudança de intenção do que a dos métodos. - A mudança da avaliação (conteúdo, forma, relações) sem a mudança na intencionalidade não tem levado a alterações mais substanciais - A mudança na intencionalidade da avaliação, num primeiro momento, tem possibilitado avanços significativos do trabalho. A mudança na intencionalidade levará à Intervenção na realidade a fim de transformá-la. “O professor não pode desistir do aluno, porque segundo Perrenoud, todos os alunos aprendem alguma coisa, uns mais, outros menos, mais todos estão sempre aprendendo.” Para mudar sua proposta de trabalho, o professor precisa saber: - O que o aluno precisa aprender (para definir o que ensinar). - Como o aluno conhece (para saber como ensinar). - O que está ensinando é relevante? - Em que medida está se ensinando de forma adequada. - Responder à pergunta – O que vale a pena ensinar?

19. avaliação da aprendizagem práticas de mudança por uma praxis transformadora

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CELSO VASCONCELOS

PLANEJAMNETO – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:PRÁXIS DA MUDANÇA (2003).

O problema da avaliação percebido a partir da década de 60 apontou: - os enormes estragos da prática classificatória e excludente: - elevados índices de reprovação e evasão, - baixa qualidade da educação, tanto na apropriação do conhecimento como na formação de uma cidadania ativa e crítica.

O professor, em geral: - espera sugestões, propostas, orientações. - muitos gostariam até de algumas receitas - o ideário tem muita força na prática avaliativa da escola - o currículo oculto, tradição pedagógica disseminada em costumes, rituais, discursos, - formas de organização, que determinam mais a prática do que os infindáveis discursos teóricos já feitos.

Para haver mudança é preciso:- Compromisso com uma causa, que pede: reflexão,- elaboração teórica- disposição afetiva, o querer.- Contribuir para uma práxis transformadora – Interiorizar a mudança.- É preciso mudanças na prática do professor.- Qualquer inovação, antes de existir na realidade, configura-se na imaginação do sujeito. (Interiorizar a mudança).- O acompanhamento das mudanças da avaliação em escolas e redes de ensino deve ter como princípios:- Vale mais a mudança de intenção do que a dos métodos.- A mudança da avaliação (conteúdo, forma, relações) sem a mudança na intencionalidade não tem levado a alterações mais substanciais- A mudança na intencionalidade da avaliação, num primeiro momento, tem possibilitado avanços significativos do trabalho.A mudança na intencionalidade levará à Intervenção na realidade a fim de transformá-la.“O professor não pode desistir do aluno, porque segundo Perrenoud, todos

os alunos aprendem alguma coisa, uns mais, outros menos, mais todos estão sempre aprendendo.”

Para mudar sua proposta de trabalho, o professor precisa saber:- O que o aluno precisa aprender (para definir o que ensinar).- Como o aluno conhece (para saber como ensinar).- O que está ensinando é relevante?- Em que medida está se ensinando de forma adequada.- Responder à pergunta – O que vale a pena ensinar?Hoje, não realizar uma aprendizagem significativa, indica a reprodução do sistema de alienação da organização social, na medida em que colabora para a formação de sujeitos passivos, acríticos, (aula / avaliação de perguntas e respostas prontas).

Mas, afinal, o que colocar no lugar da pressão da nota?Duas perspectivas fundamentais:- o sentido para o estudo, para o trabalho pedagógico e a forma adequada de trabalho em sala de aula.

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- poder de o professor estar centrado na proposta pedagógica e não mais na nota.- o resgate da significação do estudo e dos conteúdos, - a busca de uma metodologia participativa em sala, para que não se precise da nota para controlar os alunos, - ganhar o aluno pela proposta pedagógica e não pela muleta das ameaças,- através de novas atividades, professores e alunos redescobrirem o gosto pelo conhecimento que vem da compreensão, do entendimento, da percepção do aumento da capacidade de intervir no mundo.

Uma queixa recorrente entre os educadores diz respeito a carga horária das disciplinas.Muitas vezes ouve-se a pergunta: Como posso conhecer melhor, os alunos, se pouco convivo com eles?

O que se espera é uma adequação da carga horária à proposta de ensino – para quem não sabe o que quer, solicitar um aumento de aulas semanais sugere mais oportunismo corporativo do que zelo pedagógico.

O individualismo está muito enraizado. É preciso trabalhar no coletivo.– É importante a participação do professor no processo de mudança na sua condição de sujeito (não de objeto), caminhando de uma prática imitativa (cultura da reprovação) ou reativa (mera aprovação) à práxis transformadora (ensino de qualidade democrática para todos).