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HOJE EM DIA - p. 2 - 19.05.2011

Hotel no Ipsemg suspenso por 30 dias

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JOANA SUAREZMoradores e entidades ligadas a movimentos culturais do Morro

do Papagaio, na região Centro-Sul da capital, iniciaram uma mobi-lização para tentar impedir que a iniciativa da Polícia Militar, junto com o Ministério Público Estadual (MPE), de restringir eventos na Barragem Santa Lúcia seja colocada em prática.

A comunidade reclama que a proposta pode pôr fim a uma das principais conquistas da população, que é o acesso a iniciativas de cultura, na maioria das vezes gratuitas, que antes não chegavam ao morro. Para os moradores, a proposta é um preconceito evidente con-tra a comunidade.

A alegação da Polícia Militar, que acionou o MPE, é que os eventos na barragem causam transtornos à população do entorno e geram violência. Mesmo sem apresentar as estatísticas solicitadas pela reportagem de O TEMPO, o comandante do 22º Batalhão da PM, responsável pela área, coronel Ricardo Machado, disse que os eventos aumentam as ocorrências de violência. Ele citou casos isolados como o réveillon de 2009, quando houve um homicídio, e o Carnafavela 2010, ocasião em que foi registrada uma ocorrência de tentativa de as-

sassinato. Os dois eventos estão proibidos. “Achamos mais prudente suspender esses eventos”, disse o coronel.No último fim de semana, tanto a Polícia Militar quanto o MPE tentaram impedir a realização do Conexão Vivo, evento gratuito de música, que reuniu 7.000 pessoas em dois dias. “Foi um absurdo eles tentarem impedir um evento pou-cos dias antes. A gente estava disposto a fazer tudo que eles mandas-sem, por mais absurdo que fosse”, reclamou o produtor do Conexão Vivo, Kuru Lima.

Poder. De acordo com o produtor, nos outros espaços públicos onde o Conexão Vivo aconteceu, não foi exigida a mesma vistoria feita às pressas na barragem. “Eles exigiram um aparato tão grande que acabou inibindo as pessoas. Muitos se sentiam constrangidos ou acharam que o evento era fechado”.

Para o coordenador do Vozes do Morro, Cristiano da Silva, co-nhecido como Cris do Morro, o evento do último fim de semana não poderia ser gradeado, já que era aberto ao público. “A gente não aceita mais essa desculpa da violência porque isso tem em todo lugar. Pesso-as de alto poder estão por trás dessa decisão. São moradores de bairros nobres que não querem que os eventos aconteçam”.

Barragem Santa Lúcia.Moradores dizem que medida é demonstração de preconceito contra população pobre

Comunidade tenta derrubar restrição a eventos de culturaPolícia afirma que violência é motivo para suspensão de festas populares

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Fiscalização.Policiamento será aumentado na região metropolitana

Blitz da Lei Seca será reforçada em junho

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OAB exige resposta rápida da polícia para ataques a ônibus

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ARMA NA ESCOLA Por pouco, mais um caso de jovens armados dentro da sala de aula não entra para a estatística

alarmante da violência nas escolas mineiras. Na manhã de ontem, dois adolescentes, de 14 e 15 anos, entraram armados, com um revólver calibre 32 e seis munições intactas dentro da mochila, na sala de aula da Escola Municipal Sócrates Mariani Bittencourt, em Contagem, na Grande Belo Horizonte.

Os garotos informaram aos militares do 39º Batalhão da Polícia Militar que compraram a arma por R$ 300, sem informar quem a vendeu e o que pretendiam fazer com ela. De 2008 a 2010, 4.335 bole-tins de ocorrência foram gerados em ambientes escolares em Minas, quase 1,5 mil por ano, informou a PM. Na tentativa de barrar essa ameaça, projeto de lei para instalar detectores de metais em escolas da rede pública municipal da capital com mais de 500 alunos já foi aprovado em segundo turno e está em fase final de votação na Câmara. Os garotos apreendidos ontem foram encaminhados para a Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente de Contagem. (Luciane Evans)

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Thiago Ricci - Repórter A Polícia Militar decidiu ampliar o policiamento no entorno

de duas escolas no Bairro Boa Esperança, em Santa Luzia, onde, na semana passada, um jovem teria sido vítima de agressão. A de-cisão foi tomada na quarta-feira (18) depois que o vídeo gravado por alunos da Escola Estadual Domingos Ornellas e do Sesi-Senai foi postado na Internet.

A confusão começou na quarta-feira da semana passada, quando dois alunos da escola profissionalizante do Sesi-Senai dis-cutiram e trocaram ameaças por causa de uma partida de ping-pong. No dia seguinte, um dos meninos chamou três amigos e o grupo deu socos e pontapés no adolescente de 17 anos na saída da aula.

A direção do estabelecimento de ensino chamou os envolvi-dos e os pais deles para uma reunião. Os dois alunos ficaram proi-

bidos de usar a sala de jogos, mas, como a briga aconteceu fora da escola, não foram suspensos.

Com o envolvimento de três alunos de outra escola e a reper-cussão do vídeo, a coordenação resolveu conversar com a PM para garantir a segurança dos estudantes na volta à casa.

O aluno agredido estuda pela manhã no 3º ano da Escola Estadual Geraldo Teixeira da Costa e, à tarde, na instituição pro-fissionalizante. Segundo a vice-diretora da segunda instituição, Dione Fernandes, o adolescente tem complicado temperamento. “Ele está conosco desde a 5ª série e foi preciso mudá-lo de turma diversas vezes por causa de confusões”, afirmou.

As diretorias disseram que o menino faz uso de remédio con-trolado e passa a maior parte do tempo isolado, sem a companhia de amigos. O adolescente não sofreu nenhum ferimento grave com as agressões.

HOJE EM DIA - 0n LInE - 19.05.2011

Rogério Wagner Mendes - Repórter Cristiano CoutoA Operação Lobo de Ferro, realizada em conjunto entre a Po-

lícia Civil e o Ministério Público, apresentou nesta quarta-feira (18) nove integrantes de uma quadrilha internacional de roubo de automóveis e tráfico de drogas, todos pertencentes ao “braço” que agia em Minas.

Em dois anos, pelo menos cem veículos de luxo, todos acima de R$ 100 mil em preços de mercado, foram roubados no Estado pela quadrilha, que recebia documentos falsos de São Paulo para levar os carros para o Paraguai e para a Bolívia, onde eram troca-dos por pasta base de cocaína. A droga voltava para o Brasil, de onde embarcava para a Itália e a Espanha.

De acordo com o delegado Wanderson Gomes da Silva, do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GCOC), a qua-drilha roubava, em média, cinco carros por mês em Minas e estava em atuação no Estado há pelo menos dois anos. O nome da opera-

ção veio de uma Amarok, pick-up da Volkswagen, cuja tradução, na linguagem dos esquimós, quer dizer lobo de ferro, roubada den-tro de uma agência na cidade de São Gotardo, na Zona da Mata.

Como a quadrilha também tem pelo menos um braço em São Paulo e outro no Paraná, com conexões no Paraguai, Bolívia, Es-panha e Itália, a Polícia Civil de Minas e o Ministério Público pre-param pedido de atuação conjunta com a Polícia Federal e com a Polícia Internacional (Interpol). “As investigações estão em anda-mento e muita coisa precisa permanecer em sigilo, para não haver prejuízo”, explica Wanderson Gomes.

Os policiais chegaram à quadrilha com a recuperação de ve-ículo Volvo, modelo XC60, ano 2010, que depois de roubado no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, foi deixado no estacio-namento do Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, por quatro dias. A pessoa que faria o transporte do carro até o Paraguai foi presa ao desembarcar, vinda do Paraná, juntamente com outros três integrantes.

HOJE EM DIA - p. 19 - 19.05.2011

Entorno de escola tem policiamento reforçado após bullying Adolescente foi agredido por quatro jovens em função de uma partida de ping-pong

Presa quadrilha que roubava carro de luxoA quadrilha roubava, em média, cinco carros por mês em Minas Gerais e atuava há pelo menos dois anos

Por Rodrigo HaidarEm sessão administrativa nesta quarta-feira (18/5), o Supre-

mo Tribunal Federal escolheu os dois juízes que tomarão posse no Conselho Nacional de Justiça, em julho, nas vagas destinadas à indicação do STF. Por unanimidade, os ministros aprovaram o juiz José Guilherme Vasi Werner, do Rio de Janeiro, e o desem-bargador José Roberto Neves Amorim, do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O tribunal manteve a tradição de corroborar os nomes sugeri-dos pelo presidente do STF e do CNJ. Werner e Amorim foram in-dicados ao cargo pelo presidente da Corte, ministro Cezar Peluso.

O ministro Ayres Britto, vice-presidente do Supremo, pediu que seja considerado para entrar em uma próxima vaga o juiz per-nambucano Mozart Valadares, ex-presidente da Associação dos

Magistrados Brasileiros. Mozart disputava com Werner a cadeira no CNJ.

Formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Vasi Werner é titular do XX Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro. Foi secretário-geral adjunto do CNJ e hoje atua como juiz auxiliar da Presidência do Supremo Tribunal Federal.

Juiz desde 1984, Neves Amorim é formado pelo PUC de São Paulo e foi promovido a desembargador em 2006. Hoje, ocupa da 2ª Câmara de Direito Privado do TJ paulista. Também é vice-dire-tor da Faculdade de Direito da Faap.

Na mesma sessão, os ministros reconduziram ao cargo de conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público a juíza federal Taís Schilng Ferraz. É a primeira vez que o tribunal recon-duz um membro para mais um mandato nos conselhos.

cOnsuLTOr JuríDIcO - sp - cOnAMp - 19.05.2011

Supremo escolhe dois novos integrantes do CNJ

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EsTADO DE MInAs - p. 8 - 19.05.2011Um ano sem comemorações

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Alessandra Mello O governador Antonio Anastasia

(PSDB) confirmou ontem a saída do ex-prefeito de Três Pontas (Sul de Minas) Tadeu José de Mendonça do cargo de diretor-geral do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG) e prome-teu mais rigor nas nomeações para o primeiro e segundo escalões.

O governador anunciou que pe-diu à sua assessoria uma posição ju-rídica clara sobre quais os critérios da Lei da Ficha Limpa mineira para fazer nomeações. “Ele (Tadeu Men-donça) próprio pediu para se retirar do governo em razão da dúvida sur-gida.

Nós estamos analisando, agora, algumas novas regras. Vamos discu-tir essas questões, porque em Minas Gerais já há um dispositivo sobre aquelas pessoas que têm algum tipo de condenação.

Como há muita dúvida jurídica sobre o desdobramento dessa nature-za, porque a própria legislação per-mite interpretações conflituosas, eu estou pedindo a nossa área interna para dar uma posição que seja ine-quívoca sobre o assunto”, disse o governador, durante inauguração da , nova linha de galvanização da Usi-minas, em Itatinga, no Vale do Aço.

O ex-prefeito é o terceiro inte-grante do primeiro escalão do gover-no a deixar o cargo por causa da Lei da Ficha Limpa mineira.

A lei impede que qualquer pes-soa decretada inelegível pela Justiça ou que tenha sido condenada em de-cisão colegiada por crimes contra a administração pública ou ilícitos gra-ves como estupro e homicídio ocupe cargos de confiança no primeiro ou segundo escalão do governo.

Além de Tadeu José de Mendon-

ça, já deixaram cargos de confiança no governo o ex-vereador Welling-ton Magalhães e o ex-deputado fe-deral Edmar Moreira. Aprovada em dezembro do ano passado pela As-sembleia Legislativa, a Lei da Ficha Limpa mineira não detalha quais os casos de impedimento para a ocupa-ção de cargos nem cita como referên-cia e legislação nacional, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho do ano passado, que ampliou os casos de inelegibilidade.

O texto da Ficha Limpa mineira prevê a regulamentação dos casos de impedimento por meio de legislação complementar. Só que essa lei ainda não está em tramitação na Assem-bléia Legislativa, pois não foi pro-posta por nenhum parlamentar. cOnTAs

Tadeu Mendonça pediu ontem oficialmente exoneração do cargo depois da divulgação da inclusão de seu nome na lista dos inelegíveis do Tribunal de Contas da União (TCU).

Ele teve seus balanços julgados irregulares por causa da rejeição de contas de um convênio firmado du-rante sua gestão com a Fundação Na-cional de Saúde (Funasa) para a rea-lização de obras no hospital de Três Pontas, conforme mostrou reporta-gem exclusiva do Estado de Minas publicada na semana passada.

Parte do dinheiro desse con-vênio, segundo a defesa do ex-pre-feito, teria sido usada para comprar computadores e outros equipamen-tos para aparelhar o hospital, o que gerou a reprovação das contas. Para usar esse recursos nesses equipa-mentos ele teria de ter feito um novo convênio.

Tadeu Mendonça disse que dei-xou o cargo para não criar constran-gimentos para o governo, pois não é ficha-suja. “Sou uma pessoa séria,

nunca fui condenado por improbi-dade e alcancei esse cargo graças ao meu trabalho e não por indicação de alguém”.

Segundo Tadeu, ele só não po-deria ocupar o cargo se tivesse sido condenado por improbidade. No Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele foi condenado por má gestão, mas garante ter sido vítima de uma série de erros cometidos pela Justiça e pela Funasa.

“Vou provar que não sou ficha-suja.” Ele disse que quer ser ouvido pelos deputados na Assembleia para explicar o seu caso e levar documen-tos sobre os processos a que ele res-ponde na Justiça e no TCU por causa de convênios com a fundação. (Cola-borou Marta Vieira)

Lei municipal A Proposta de Emenda à Lei

Orgânica Municipal 9/2011, que ins-titui a Ficha Limpa, no âmbito da administração pública de Belo Hori-zonte, está pronta para ser votada na primeira semana de junho.

A Comissão Especial que anali-sou a proposta aprovou, em primei-ro turno, o substitutivo ao texto ori-ginal, que torna a lei mais ampla e mais exigente em relação às normas federais e estaduais.

O novo texto estende aos fun-cionários terceirizados a proibição de contratação de pessoas fichas-su-jas. Além disso, as novas regras são retroativas, ou seja, valem para os atuais ocupantes de cargos de chefia e assessores.

A tramitação da proposta prosse-gue em dois turnos, necessitando de quórum de dois terços dos vereado-res para aprovação em plenário.

Se aprovada, é promulgada pelo presidente da Câmara Municipal, e não passa pela avaliação do Execu-tivo.

EsTADO DE MInAs - p. 8 - 19.05.2011 Ficha Limpa

Mais rigor nas nomeaçõesAnastasia afirma que determinou à sua assessoria jurídica que analisasse os critérios da

lei mineira para definir nomes que possam assumir cargos de confiança no governo

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BETO RICHA Uma das maiores

contribuições da justi-ça para a construção da cidadania é aquela que ensina que a lei é para todos.

No entanto, o ego-ísmo de uns e a arro-gância de outros ainda hoje dificultam a apli-cação prática do direi-to à igualdade, um dos pilares da Revolução Francesa. Para supe-rar o atraso, buscamos uma caminhada contí-nua, que requer firme-za e determinação de propósitos.

No Paraná, a De-fensoria Pública torna-se hoje uma realidade que recebe estrutura legal e independência para atuar na proteção dos direitos da popu-lação mais carente em todas as comarcas do Estado.

Estamos fazendo o que deveria ter sido feito há mais de duas décadas, com a Cons-tituição de 1988. É o resgate de um direito que fundamenta a ci-dadania.

Imperdoável a omissão que perdurou até o momento. Porque ao governante cabe a responsabilidade adi-cional de conduzir a construção de instru-mentos em favor da cidadania. Como ensi-

nava Gandhi, “se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a in-justiça é minha”.

Outros passos ain-da serão necessários para garantirmos a or-ganização ideal. Mas o início é altamente promissor. Há grande motivação, que certa-mente vai superar os desafios que se apre-sentarem.

A criação da De-fensoria Pública teve a aprovação unânime da Assembleia Legislati-va do Estado, por meio de um projeto de lei que submetemos antes a discussão e aperfei-çoamento com amplos setores da sociedade.

A Defensoria para-naense reafirma nosso conceito de justiça por inteiro e confirma nos-so exato entendimento da condição principal dos direitos fundamen-tais da cidadania, entre eles a assistência jurí-dica integral e gratuita aos que comprovem insuficiência de recur-sos.

No Dia Nacional do Defensor Público, o texto que entra em vi-gor no Paraná já alcan-ça o reconhecimento, entre juristas, advoga-dos e defensores públi-cos, de ser um dos mais avançados do país.

Tivemos a opor-

tunidade de comparar outras experiências e avançar na proposta de contratar, além de 333 defensores públicos, também equipes mul-tidisciplinares, com psicólogos e assisten-tes sociais, num total de 426 profissionais técnicos e administra-tivos.

O resultado será certamente realizador. Porque faz parte de um novo jeito de governar, em que ser contempo-râneo é ser também intransigente na defesa da justiça, da ética, da transparência e da mo-ralidade.

O Paraná tem pressa para se ajustar aos novos tempos e às demandas socioeconô-micas que principiam em um sólido conceito de cidadania. Temos consciência da respon-sabilidade e da dedica-ção que devemos ter em nossas ações.

Afinal, institui-ções sólidas são cons-truídas com o tempero da reflexão e do pla-nejamento. Até agora, a inexistência da De-fensoria Pública nos causa entraves, como a situação prisional do Estado. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, o Paraná tem o maior número propor-cional de presos provi-

sórios do país: 54%.Com uma Defen-

soria independente, respaldada por bases inovadoras, inclusive com eleição direta do defensor-geral do Es-tado entre os integran-tes da carreira, tenho certeza de que a justiça será distribuída com maior rapidez e eficá-cia.

Outro avanço será a constituição, desde o início, de ouvidoria externa. Enfim, quere-mos fazer do passo que damos hoje o início de grande jornada, focada em valores emancipa-dores do cidadão.

Porque, como di-zia Tancredo Neves, “a cidadania não é atitude passiva, mas ação per-manente, em favor da comunidade”.

CARLOS AL-BERTO RICHA, o Beto Richa, é gover-nador do Paraná pelo PSDB.

Os artigos publica-dos com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas bra-sileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensa-mento contemporâneo. [email protected]

FOLHA DE sp - p. A3 - 19.05.2011 TEnDÊncIAs/DEBATEs

Defensoria Pública, uma questão de justiça No Paraná, a Defensoria Pública torna-se hoje realidade que recebe estrutura

legal e independência para proteger os direitos dos mais carentes

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